Análise do filme Blade Runner

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Análise contextualizada do filme Blade Runner

A tecnologia sem duvida ainda assusta, não a quantidade de

aparatos tecnológicos, mas a velocidade em que elas são

aperfeiçoadas e ficam ultrapassadas.

No cenário futurista, o filme Blade Runner faz uma previsão quase

visionária, para não dizer profético. Na época que foi lançado,

algumas das representações eram um absurdo, mas hoje pode-se

notar que algumas das referencias feitas nos filmes são atuais ou

ainda serão. Tendo em vista alguns detalhes tecnológicos, o filme

faz algumas previsões que acabaram se realizando como, por

exemplo, a vídeo conferencia em tempo real. De forma exagerada,

o filme se aproxima de características do desenho animado de “Os

Jetsons”, com carros voadores, a poluição visual que forma de

maneira megalomaníaca o cenário caótico que se transformou a

cidade americana de Los Angeles, no  ano  de 2019.

O filme trás o planeta Terra de forma Caótica e intensamente

rápida. Há referencias de uma mudança no comportamento da

natureza, como céus negros e totalmente com nuvens. Além de

fazer referencia a rápida industrialização como tochas saindo de

espécie de indústrias como se não houvesse mais preocupação

com as questões ambientais

As cidades são superpopulosas e percebe-se

uma presença maciça da cultura oriental, talvez uma previsão de

que a China seria em potencia uma das maiores nações do mundo,

sendo assim, em algumas cenas nota-se uma figura em forma de

mulher oriental que utiliza na linguagem dos comerciais, um

dialeto próximo do chinês ou japonês. Além disso, acredito que

possa estar fazendo uma menção as tecnologias orientais que

ganhariam espaço no mercado. Os grandes outdoors em formato

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de monitores enormes se espalham pela cidade toda a fim de

atingir a massa com os recados publicitários.

A relação do homem e a máquina é um ponto bem abordado pelo

filme e em minha opinião o auge das discussões do filme, pelo

simples motivo de nos levar a refletir sobre a contemporaneidade

onde a tecnologia e o ciberespaço são mais “reais” e mais

considerados que que a realidade nua e crua, onde agora com

uma identidade virtual, eu sou alguém relevante e contrapondo

isso na realidade ‘carnal’ não passo de um ser humano com nome

e sobrenome.

Ainda nessa relação, fica claro no filme que isso perderia o

controle. A ilustração disso é inserida nas diversas cenas, na qual

o personagem principal, o caçador de replicantes, se vê vitima da

paixão por uma das replicantes que ele recebeu a missão de

eliminar. Essa afetividade é considerada inapropriada, mas mesmo

assim, O policial não consegue se controlar. Uma das cenas que

mais marca isso é quando ele pede para ela dizer que o ama a

ainda a força a beija-lo. Essa é a forma figurada de dizer que não

haveria um tempo em que não fosse mais possível separar das

tecnologias e tudo que ela oferece. Essa é uma realidade atual.

Além disso, esse filme permeia no conceito de que o individuo

possui uma organização social e espacial como a de hoje porem,

não se estabelece como hoje com a liberdade. Nota-se durante o

filme que existe espécies de castas que separam a sociedade em

diversas categorias, mas não despreza a função deles para que a

sociedade avance na perspectiva tecnológicas. Essas

características transforma o filme em um dos mais relevantes

filmes futurísticos das décadas em que o cinema existe.