ANÁLISE DO PERFIL DO ESTILO DE VIDA POR ... Ano de 2005 nos Períodos de Alta e Baixa Estação 45...

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UESC UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E MEIO AMBIENTE ANÁLISE DO PERFIL DO ESTILO DE VIDA POR ATIVIDADE DE TURISMO NA NATUREZA: O CASO DA CIDADE DE MUCUGÊ- BAHIA SÉRGIO SOUZA MAGALHÃES ILHÉUS - BAHIA 2007

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UESC

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente

MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E MEIO AMBIENTE

ANÁLISE DO PERFIL DO ESTILO DE VIDA POR ATIVIDADE

DE TURISMO NA NATUREZA: O CASO DA CIDADE DE MUCUGÊ- BAHIA

SÉRGIO SOUZA MAGALHÃES

ILHÉUS - BAHIA

2007

SÉRGIO SOUZA MAGALHÃES

ANÁLISE DO PERFIL DO ESTILO DE VIDA POR ATIVIDADE DE TURISMO

JUNTO A NATUREZA: O CASO DA CIDADE DE MUCUGÊ-BAHIA

PROJETO DE DISSERTAÇÃO PARA DEFESA FINAL

Dissertação apresentada ao Programa Regional de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente, sub-programa Universidade Estadual de Santa Cruz, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente. Área de Concentração: Ambiente e Saúde Orientador: Prof. Dr. Alexandre Schiavetti

ILHÉUS - BAHIA

2007

O d

Magalhães, Sérgio Souza Análise do perfil do estilo de vida por atividade de turismo na natureza: o caso da cidade de Mucugê-Bahia / Sérgio Souza Magalhães: UESC, 2007.

xxp. il. Orientador: Prof. Dr. Alexandre Schiavetti Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual de Santa

Cruz, 2007. Bibliografia: f. xx-xx. 1. Estilo de Vida. 2. Saúde. 3. Bem-Estar. 4. Meio

Ambiente. 5. Turismo. I. Universidade Estadual de Santa Cruz, Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente. II. Schiavetti, Alexandre. III. Título.

CDD

SÉRGIO SOUZA MAGALHÃES

ANÁLISE DO PERFIL DO ESTILO DE VIDA POR ATIVIDADE DE TURISMO

JUNTO A NATUREZA: O CASO DA CIDADE DE MUCUGÊ-BAHIA

Dissertação apresentada ao Programa Regional de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente, sub-programa Universidade Estadual de Santa Cruz, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente.

Área de concentração: Ambiente e Saúde.

Orientador: Prof. Dr. Alexandre Schiavetti

COMISSÃO EXAMINADORA Ilhéus - BA, 18 de dezembro de 2007.

__________________________________________ Alexandre Schiavetti - DCAA

Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC (Orientador)

__________________________________________ Marco Aurélio Ávila – DS

Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC

__________________________________________ Paulo Marinho de Oliveira – Dr.

CEFET/BA – UE-Vitória da Conquista

DEDICATÓRIA

A toda minha família, irmãos e pais, pela segurança e caráter que me deram;

Aos amigos, fiéis companheiros de uma jornada descrita;

Ao meu filho, João Diogo, que por sua existência me impulsiona e me dá determinação de nunca parar numa busca incessante de paz, antecipando diariamente uma felicidade maior que estar por vir;

Aos compadres Clóvis e Deise Piau, que com seu apoio e paciência me acolheram com amor e carinho;

A todos os colegas e professores do programa de mestrado que estiveram ao meu lado nesta trajetória, e em especial ao Prof. Dr. Max de Menezes pela partida do trabalho.

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela orientação constante;

A Gabriela Lins pela compreensão das diversas ausências;

Ao amigo Euvaldo Ribeiro, do Projeto Sempre Viva, pela disposição e presteza que sempre me atendeu;

Ao Alex, Prof. Dr. Alexandre Schiavetti pela paciência e por sua disposição.

Ao Prof. Neylor Calazans pelos constantes puxões de orelha.

LISTA DE TABELAS 1 TABELA 1: Numero de Escolares Visitantes do Parque Municipal de Mucugê no Ano de 2005 nos Períodos de Alta e Baixa Estação...............45 2 TABELA 2: Controle de Visitação do Parque Municipal de Mucugê nos últimos 8 anos............................................................................49

3 TABELA 3: Nível de significância da determinação entre o PEVI do BE e do

PEVI do MA para os moradores..................................................76 4 TABELA 4: Nível de significância da determinação entre o PEVI do BE e

do PEVI do MA para os turistas..................................................77 5 TABELA 5: Nível de significância da determinação entre o PEVI do BE e do PEVI do MA para os moradores dos serviços turísticos............77 6 TABELA 6: Escores das afirmativas do componente Nutrição, número de indivíduos por escore e percentual - Moradores.......................107 7 TABELA 7: Escores das afirmativas do componente Atividade Física, número de indivíduos por escore e percentual - Moradores......107 8 TABELA 8: Escores das afirmativas do componente Comportamento Preventivo, no de indivíduos por escore e percentual - Moradores.................................................................................108 9 TABELA 9: Escores das afirmativas do componente Relacionamento Social, número de indivíduos por escore e percentual - Moradores......108 10 TABELA 10: Escores das afirmativas do componente Controle do Stress, número de indivíduos por escore e percentual - Moradores......108 11 TABELA 11: Escores das afirmativas do componente Ativismo Ecológico, número de indivíduos por escore e percentual - Moradores......109 12 TABELA 12: Escores das afirmativas do componente Biodiversidade, número de indivíduos por escore e percentual - Moradores......109 13 TABELA 13: Escores das afirmativas do componente Consumo, número de indivíduos por escore e percentual - Moradores.....................109 14 TABELA 14: Escores das afirmativas do componente Valores Ambientais, número de indivíduos por escore e percentual -Moradores.....110 15 TABELA 15: Escores das afirmativas do componente Prevenção da Poluição, número de indivíduos por escore e percentual - Moradores....110

16 TABELA 16: Escores das afirmativas do componente Nutrição, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.........................110

17 TABELA 17: Escores das afirmativas do componente Atividade Física, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.......111

18 TABELA 18: Escores das afirmativas do componente Comportamento

Preventivo, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas....................................................................................111 19 TABELA 19: Escores das afirmativas do componente Relacionamento Social, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.......111 20 TABELA 20: Escores das afirmativas do componente Controle do Stress, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas........112 21 TABELA 21: Escores das afirmativas do componente Ativismo Ecológico, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas........112 22 TABELA 22: Escores das afirmativas do componente Biodiversidade, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.....................112 23 TABELA 23: Escores das afirmativas do componente Consumo, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.........................113 24 TABELA 24: Escores das afirmativas do componente Valores Ambientais, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.......113 25 TABELA 25: Escores das afirmativas do componente Prevenção da Poluição, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.......113 26 TABELA 26: Escores das afirmativas do componente Nutrição, número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.........................114 27 TABELA 27: Escores das afirmativas do componente Atividade Física, número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.......114 28 TABELA 28: Escores das afirmativas do componente Comportamento

Preventivo, número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR....................................................................................114

29 TABELA 29: Escores das afirmativas do componente Relacionamento Social, número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR........115 30 TABELA 30: Escores das afirmativas do componente Controle do Stress, número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR........115 31 TABELA 31: Escores das afirmativas do componente Ativismo Ecológico, número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR........115

32 TABELA 32: Escores das afirmativas do componente Biodiversidade, número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.....................116 33 TABELA 33: Escores das afirmativas do componente Consumo, número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR..........................116 34 TABELA 34: Escores das afirmativas do componente Valores Ambientais, número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR........116 35 TABELA 35: Escores das afirmativas do componente Prevenção da Poluição, número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR........117 36 TABELA 36: Investigação sobre a importância de implantar serviços, procedimentos e ações para a associação do turismo junto à natureza com o BE e o MA..........................................118

LISTA DE FIGURAS

1 Mapa da América do Sul, Brasil, Bahia, Chapada Diamantina e o da PARNA da Chapada Diamantina.........................................................37 2a Foto de Satélite da Cidade de Mucugê e do PARNA................................38 2b Mapa da Cidade de Mucugê e do PARNA................................................38 3 Municípios que Fazem Parte do PARNA...................................................40 4 Mapa do Parque Municipal de Mucugê.....................................................40 5 Foto do Fruto Mucugê...............................................................................42 6 Programa de Educação Ambiental – Aula de Campo...............................44 7a 2º Encontro Nacional Saúde & Bem-Estar, 2006......................................46 7b Trilha Interpretativa...................................................................................46 8a Representação Gráfica Desfavorável do Estilo de Vida............................54 8b Representação Gráfica Favorável do Estilo de Vida.................................54 9 Distribuição do Nível de Escolaridade dos Moradores da Cidade de

Mucugê......................................................................................................59 10 Distribuição da Renda Salarial dos Moradores da Cidade de Mucugê.....60 11 Distribuição do Tempo de Residência dos Moradores da Cidade de

Mucugê......................................................................................................60 12 Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente – Moradores...............................................64 13 Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente – Turistas. ...........................................67 14 Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e

do Pentáculo do Meio Ambiente dos grupos de Turistas nos períodos de visitação..............................................................................................69

15 Média do PEVI do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente dos grupos de Turistas nos períodos de visitação..................69 16 Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente – MSTUR. .........................................72

17 Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente dos 03 grupos avaliados...................74 18 Média do PEVI do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente dos 03 grupos avaliados......................................................74 19 Determinação entre o PEVI do BE e o PEVI do MA entre os Moradores.76 20 Determinação entre o PEVI do BE e o PEVI do MA entre os Turistas.....76 21 Determinação entre o PEVI do BE e o PEVI do MA entre os Moradores dos Serviços Turísticos.........................................................................77 22 Média do PEVI do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente dos números de visitas por ano em ambientes naturais pelos turistas....................................................................................................78 23 Média das respostas do questionário que investiga a relação do grau de influência do estilo de vida ideal na elaboração dos serviços turísticos em números relativos............................................................80 24 Grau de importância das ações a serem implantadas nos serviços turísticos – números absolutos.............................................................81

LISTA DE SIGLAS ACVM Associação dos Condutores de Visitantes de Mucugê

BE Bem-Estar

CEI Centro de Estatística e Informações

CMAD Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento

DCNTs Doenças Crônicas Não Transmissíveis

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IPHAN Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

MA Meio Ambiente

MEC Ministério da Educação

MS Ministério da Saúde

MSTUR Moradores que Trabalham no Serviço Turístico

OMS Organização Mundial da Saúde

OMT Organização Mundial do Turismo

PARNA Parque Nacional da Chapada Diamantina

PEA População Economicamente Ativa

PEVI Perfil do Estilo de Vida Individual

PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

UNESCO Órgão da Nações Unidas para o Desenvolvimento da Educação,

Ciência e Cultura

WHO World Heath Organization

SUMÁRIO

RESUMO................................................................................................................. xiv ABSTRACT .............................................................................................................. xv 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................16 2 OBJETIVOS ...........................................................................................................18 2.1 Objetivo Geral.....……………………........……………………………………………18 2.2 Objetivos Específicos..……………………...........…………………………………...18 3 REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................19 3.1 Estilo de Vida, Saúde, Qualidade de Vida, Meio Ambiente, Bem-Estar e Turismo: Apresentando Conceitos e Definições........................................................……….....19 3.1.1 Estilo de Vida...........…………………………………………………………………19 3.1.2 Saúde......…………..…………………………………………………………………20 3.1.3 Qualidade de Vida........……………………………………………………………..22 3.1.4 Meio Ambiente……….....……………………………………………………………23 3.1.5 Bem-Estar.………………....…………………………………………………………24 3.1.6 Turismo..……………………...………………………………………………………24 3.2 Relações Entre Estilo de Vida, Saúde, Qualidade de Vida, Meio Ambiente, Bem-Estar e Turismo: Construindo uma Rede de Interação........................….……..26 3.2.1 Estilo de Vida e Saúde......................................................................................27 3.2.2 Qualidade de Vida, Estilo de vida e Saúde......................................................30 3.2.3 Estilo de Vida, Saúde e Meio Ambiente............................................................31 3.2.4 Estilo de vida, Turismo e Meio Ambiente .........................................................33 3.2.5 Estilo de Vida, Turismo e Bem-Estar................................................................35 4 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO E SUA POPULAÇÃO ....................37 4.1 Localização,Características Geográficas e Sócioambientais...............................37 4.2 Um Breve Histórico do Surgimento do Município de Mucugê..............................41 4.3 O Turismo na Cidade de Mucugê........................................................................43 5 METODOLOGIA.....................................................................................................47 5.1 Tipo de Estudo..…....................................................................................…….....47 5.2 População de Estudo...........................................................................................48 5.3 Procedimentos Metodológicos...………………………………………….................48 5.3.1 Pesquisa Bibliográfica.......................................................................................48 5.3.2 Amostragem......................................................................................................49 5.3.3 Definição dos Instrumentos de Pesquisa..........................................................51 5.3.4 Procedimentos para Coleta de Dados...............................................................54 5.3.5 Análise dos Dados.............................................................................................55

6 RESULTADOS E DISCUSSÕES...........................................................................58 6.1 Dados Gerais da Amostra ...................................................................................58 6.2 Verificação do Perfil do Estilo de Vida relacionado ao Bem-Estar e relacionado ao Meio Ambiente.......................................................................................................61 6.2.1 Análise dos Dados do PEVI dos Moradores da Cidade de Mucugê.................61 6.2.2 Análise dos Dados do PEVI dos Visitantes/Turistas.........................................65 6.2.3 Análise dos Dados do PEVI dos Moradores - MSTUR.....................................70 6.2.4 Análise dos Dados do PEVI Entre Grupos........................................................73 6.3 Análise da Determinação Entre o PEVI Relacionado ao BE e do PEVI Relacionado ao MA....................................................................................................75 6.4 Análise da Influência do PEVI Ideal na Elaboração dos Serviços Turísticos.......79 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................83 8 REFERÊNCIAS.......................................................................................................85 APÊNDICES..............................................................................................................95

xiv

ANÁLISE DO PERFIL DO ESTILO DE VIDA POR ATIVIDADE DE TURISMO JUNTO A NATUREZA: CASO CIDADE DE MUCUGÊ-BAHIA

RESUMO

Vive-se na chamada era do estilo de vida, uma vez que as principais doenças e causas de morte neste milênio estão associadas prioritariamente à maneira como os seres humanos vivem. As pessoas através do modo de vida vêm impactando o meio ambiente. O estudo objetivou analisar o perfil do estilo de vida individual nas atividades de turismo junto à natureza. Foi utilizada a cidade de Mucugê na Chapada Diamantina para a aplicação do estudo, este de caráter descritivo numa abordagem qualitativa e quantitativa. A amostra foi constituída por 890 indivíduos de ambos os sexos e com idades entre 10 e 92 anos, composta de moradores, turistas e moradores que trabalham em serviços turísticos. Fora utilizado 02 questionários estruturados, o pentáculo do bem-estar e o pentáculo do meio ambiente, para verificação do perfil individual do estilo de vida, e, um questionário semi-estruturado para verificação da influência do perfil do estilo de vida na elaboração dos serviços turísticos. Foi utilizada a estatística descritiva com médias e correlações para as análises, juntamente com uma escala de valores para interpretação através dos comportamentos. Encontrou-se uma semelhança no perfil do estilo de vida frente ao bem-estar para todas as populações num comportamento moderadamente desejável e um perfil próximo ao desejável para a população dos moradores que trabalham nos serviços turísticos. Foi encontrada uma determinação baixa entre os perfis. Os serviços turísticos não foram elaborados a partir do perfil ideal do estilo de vida individual. Sugere-se que este estudo seja feito em outras populações de acordo a motivação do turista na sua visita a uma localidade.

Palavras-chave: Estilo de Vida; Saúde; Meio Ambiente; Bem-Estar; Turismo.

xv

ANALYSIS OF THE LIFE STYLE PROFILE FOR TOURISM ACTIVITY NEXT TO THE NATURE: THE CASE OF CITY OF MUCUGÊ IN BAHIA.

ABSTRACT

We live in the life style era, once the main diseases and the death causes, in this millennium, are mostly associated to our way of living. People through their life style can damage the environment. The study aimed at analyzing the individuals’ life style in tourism activities next to the Nature. The city of Mucugê, in Chapada Diamantina, was used as the location for the study, which was descriptive and based on a qualitative and quantitative approaching. The sampling held a group of 890 people from both genders, between 10 and 92 years old, including local inhabitants, tourists and inhabitants who worked for tourism services. We used the wellness pentagram quiz and the environment pentagram quiz, a questionnaire used to verify the influence of the life style in tourist services, in order to verify the life style of each subject. We also used a descriptive statistics method, using averages and correlations to analyze each collected data and a scale of values in order to consider every behavior. We found similarities in life style profile and wellness in every population according to a desirable moderated behavior and next to desirable profile for the group of the tourism workers inhabitants. We found low correlation between the profiles, as well. The tourism services were not developed according to the ideal profile of the individuals’ life style. We suggest that the study should be applied to other populations according to tourist motivation of visiting a place. Key-words: Life Style; Health; Enviroment; Wellness;Turism.

16

1 INTRODUÇÃO

O estilo de vida passou a ser considerado fundamental na promoção da

saúde, como indicador de qualidade de vida e na redução da morbi-mortalidade por

todas as causas. Nesta perspectiva, valorizam-se elementos que contribuem para o

bem-estar pessoal, dentre eles: o controle do stress, a nutrição equilibrada e

adequada, a atividade física habitual, os comportamentos preventivos à doenças e o

cultivo de relacionamentos sociais.

Os componentes do estilo de vida são influenciados pela idade e pela

experiência de vida das pessoas. Esses componentes sofrem influência também das

condições de vida e modus vivendi, além disto, a utilização dos componentes

constitutivos do estilo de vida é influenciada pela mídia, educação, renda,

oportunidades, ambiente, dentre outros.

Os problemas ambientais afligem não somente à natureza, mas também ao

homem. Este vem se apresentando com freqüência como agente causador de

grande parte dos distúrbios ambientais.

A atividade turística pode possibilitar as pessoas, através do aprendizado de

novos conhecimentos, do desejo e da ação a inclusão de novos comportamentos,

tanto no sentido individual quanto ambiental, deste que as pessoas reconheçam

algum benefício em suas escolhas.

Desta forma, este estudo procura apontar o perfil do bem-estar individual e do

comportamento frente ao meio ambiente dos diversos participantes da atividade

turística em áreas naturais, assim como, também indica pressupostos teóricos para

construção do problema; procura apresentar uma associação do comportamento

frente ao bem-estar individual com o comportamento pro - ativo ao meio ambiente, e,

investiga a participação do perfil do estilo de vida saudável e da responsabilidade

ambiental na elaboração dos serviços turísticos.

17

Não se trata de apresentar soluções e nem indicar as causalidades, e sim,

através de um corte transversal trazer à tona a realidade do perfil do estilo de vida

das pessoas envolvidas através dos diversos componentes constituintes dos estilos

de vida.

Para isso, fora escolhida a cidade de Mucugê, na Chapada Diamantina

(Bahia) para a questão apresentada, por apresentar fluxo de turistas que freqüentam

anualmente a região, por possuir um Parque Municipal, onde funciona o Projeto

Sempre Viva e por abrigar 52% do Parque Nacional da Chapada Diamantina –

PARNA da Chapada Diamantina.

O modelo de estudo implicou na escolha de uma metodologia de abordagem

do problema de forma qualitativa e quantitativa para mensurar valores e hábitos

numa escala apropriada. Para o caráter descritivo da pesquisa foi feito um corte

transversal com diversas visitas ao município. Questionários estruturados foram

realizados para testar as hipóteses. Os resultados de uma forma geral foram

apresentados utilizando-se estatística descritiva com opiniões do autor para

contextualização dos fatos.

Através dos dados foi possível avaliar o perfil do estilo de vida dos moradores,

turistas e das pessoas que trabalham nos serviços turísticos. Não foram encontradas

diferenças expressivas entre os grupos avaliados. Existe uma baixa determinação

entre o perfil do estilo de vida relacionado ao bem-estar e ao meio ambiente e, os

serviços turísticos da cidade de mucugê não levaram em consideração na sua

elaboração os componentes do bem-estar e do meio ambiente.

18

2. OBJETIVOS

2.1 Geral

Analisar o perfil do estilo de vida das pessoas envolvidas nas atividades de

turismo em áreas naturais em relação ao bem-estar e ao meio-a ambiente na cidade

de Mucugê, Ba.

2.2 Específicos

- Verificar o perfil do estilo de vida individual frente ao bem-estar;

- Verificar o perfil do estilo de vida individual frente ao meio ambiente;

- Identificar a associação do comportamento frente ao bem-estar individual

com o comportamento frente ao meio ambiente.

- Avaliar a participação do perfil do estilo de vida ideal na elaboração dos

serviços turísticos da cidade de Mucugê.

19

3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Estilo de Vida, Saúde, Qualidade de Vida, Meio Ambiente, Bem-Estar e Turismo: apresentando e discutindo conceitos e definições.

Por se tratar de um estudo com características complexas e de interação com

diversas áreas do conhecimento faz-se necessária à conceituação dos elementos

que o constituem, discutindo de forma a atender a abordagem da temática

apresentada.

3.1.1 Estilo de Vida

Por estilo de vida, entende-se o conjunto de ações cotidianas que refletem as

atitudes e valores das pessoas. As ações cotidianas, as quais se chamam de

hábitos, juntamente com as ações conscientes estão associadas à percepção de

qualidade de vida que as pessoas trazem consigo mesmo. Os diversos

componentes indicativos do estilo de vida podem variar ao longo dos anos. No

entanto, o indivíduo, conscientemente, deve reconhecer um valor no comportamento

que se precise cessar ou incrementar no conjunto das ações, além de perceber-se

como capaz de realizar as mudanças almejadas (SALLIS & OWEN, 1999).

Gonçalves & Vilarta (2004) caracterizam estilo de vida como os hábitos

aprendidos e adotados durante toda a vida, relacionados com a realidade familiar,

ambiental e social, resultando da integração de diversos fatores que compõe a

existência humana. De fato, vários autores concordam que diversos hábitos

influenciam no estilo de vida das pessoas e das coletividades, consequentemente

nas ações realizadas em seu meio. No entanto, vale ressaltar que é um imenso

desafio propor que pessoas situadas em algumas condições materiais adversas,

dentro de processos culturais e educacionais distintos, modifiquem e se mantenham

dentro de uma nova condição de prática de hábitos saudáveis.

20

Lessa (1999), Minayo, Hartz, Buss (2000) lembra que o estilo de vida inclui

hábitos e comportamentos auto-determinados, adquiridos social ou culturalmente, de

modo individual ou em grupos, sugere ainda que, quando se trata de estilo de vida

pressupõe-se que o indivíduo tem controle sobre suas ações, e que estas podem ser

prejudiciais ou benéficas à saúde.

Nesta perspectiva valorizam-se elementos que contribuem para o bem-estar

pessoal, dentre eles: o controle do stress, a nutrição equilibrada e adequada, a

atividade física habitual, os comportamentos preventivos a doenças e o cultivo de

relacionamentos sociais (NAHAS, 2001). Um estilo de vida inadequado pode estar

associado a diversos agravos a saúde, a exemplo das Doenças Crônicas Não

Transmissíveis - DCNT´s, entre elas o aumento da massa corporal total, que

geralmente é acompanhada por níveis pressóricos altos, taxas de colesterol

sanguíneo elevada, diabetes, entre outras (NETO & MIRANDA, 2003), ainda, as

doenças cardiovasculares, o câncer, o diabetes, a cirrose hepática, os transtornos

mentais, as doenças osteomusculares, a obesidade mórbida e as dislipidemias entre

outras (BRASIL, 2002).

3.1.2 Saúde

Não existe um consenso a respeito da definição da saúde, a não ser o fato de

que ela não pode ser entendida meramente como “ausência de doenças”, onde se

preserva o conceito equivocado e dicotômico de uma pessoa ser absolutamente

saudável ou doente (NAHAS, 1995; 2000). Este entendimento foi anunciado pela

OMS na perspectiva de conceituá-la como um estado de completo bem-estar, físico,

mental e social (WHO, 1978).

Hoje não se entende saúde apenas como não estar doente, segundo

DeVRIES (1978), NAHAS (1996: 2000; 2001), GRANDE (1991), BOUCHARD et al.

(1994) e NIEMAN (1999) há uma tendência em se mudar de um paradigma biológico

para um ecológico, definindo saúde holisticamente como uma condição humana com

dimensões física, social e psicológica, avaliada numa escala contínua, com pólos

positivo e negativo, resultante da complexa interação de fatores hereditários,

ambientais e do estilo de vida. A saúde positiva estaria associada com a

capacidade de apreciar a vida e de resistir aos desafios do cotidiano, enquanto a

21

saúde negativa associada a comportamentos de risco, morbidade e, no extremo,

com a mortalidade.

Apesar da evolução conceitual a respeito da saúde levar em consideração o

estado de saúde positiva ou bem-estar, até bem pouco tempo atrás, para avaliação

de estudos epidemiológicos, os indicadores de saúde eram somente negativos,

como a taxa de mortalidade e morbidade, e em muitas vezes tomava-se como base

do nível de saúde de determinada localidade apenas a taxa de mortalidade infantil

(NAHAS, 1996).

Com o surgimento dessas novas idéias, passaram também a ser

considerados os indicadores positivos, levando-se em conta outros determinantes

para alcançar a almejada qualidade de vida, tais como: orgânicos ou biológicos

(saúde e doença), psicológicos (identidade, auto-estima, criatividade, habilidade),

sociais (vida familiar, vida sexual, relacionamentos), comportamentais (vida

profissional, hábitos, repouso, lazer), materiais (habitação, bens, renda) e estruturais

(concepção sócio-política, posição social), (TOLEDO, 2006). Portanto, a saúde, não

é uma condição estática, existente somente devido à chamada ausência de

doenças, mas sim um processo de aprendizagem, tomada de decisão e ação para a

otimização do bem-estar próprio.

A tendência atual em vigilância à saúde, pelo menos em discurso, são os

planejamentos de ações em vista ao processo da promoção da saúde através da

concepção do processo de capacitação das pessoas para aumentar o controle sobre

sua saúde e melhorá-la, indo além de estilos de vidas saudáveis para condições

fundamentais e recursos para a saúde: paz, abrigo, educação, comida, rendimentos,

eco sistema estável, recursos sustentáveis, justiça social e equidade.

O que tem sido conduzido por uma prática estratégica interligada como

propõe a Carta de Ottawa (1986) apud TERRIS (1992) entre as ações intersetoriais

para alcançar uma política saudável, tanto quanto uma política de saúde pública;

pela afirmação do papel ativo do público usando o conhecimento sobre sua saúde

para fazer escolhas saudáveis que conduza à saúde e aumentar o controle sobre

sua própria saúde e meio ambiente e, pela ação comunitária por pessoas no nível

local.

Este documento aponta diversos campos de ação urgentes e prioritários para

a promoção da saúde, e dentre estes está à criação de ambientes favoráveis,

destacando-se que a proteção do meio ambiente e a utilização adequada dos

22

recursos naturais devem fazer parte de qualquer estratégia de promoção da saúde.

O termo “ambientes favoráveis” inclui os aspectos físicos e sociais, atingindo,

portanto, não só a natureza, mas todos os espaços nos quais as pessoas vivem: a

comunidade, as casas, o trabalho, as escolas e os ambientes de lazer (BRASIL,

2001).

3.1.3 Qualidade de Vida

Ao conceituar qualidade de vida Minayo et al. (2000) ressalta a configuração

de este ser um vocábulo polissêmico, já que implica inúmeros sentidos e

significados. Qualidade de vida literalmente significa várias coisas. Diz respeito a

como as pessoas vivem, sentem e compreendem seu cotidiano. Envolve, portanto,

saúde, educação, transporte, moradia, trabalho e participação nas decisões que lhes

dizem respeito e determinam como vive o mundo (GONÇALVES & VILARTA, 2004).

Compreende também, desse modo, situações extremamente variadas, como anos

de escolaridade, atendimento digno em caso de doenças e acidentes, conforto e

pontualidade nas decisões para se dirigir a diferente locais, alimentação em

quantidade suficiente e com qualidade adequada e, até mesmo, posse de aparelhos

eletrodomésticos (PIRES et al., 1998).

Para Pelicioni (1998, p.24) a conceituação de qualidade de vida aponta para

um novo entendimento, O conceito de qualidade de vida transcende o conceito de padrão do nível de vida, de satisfação das necessidades humanas do “ter” para a valorização da existência humana do “ser” e deve ser avaliada pela capacidade que tem determinada sociedade de proporcionar oportunidades de realização pessoal a seus indivíduos no sentido psíquico, social e espiritual ao mesmo tempo em que lhes garante um nível de vida minimamente aceitável.

Difícil de ser objetivamente definida, qualidade de vida pode ser considerada

como um conjunto de parâmetros individuais, socioculturais e ambientais que

caracterizam as condições em que vivem os seres humanos (NAHAS, 1997). Minayo

(2002) examina que a qualidade de vida é resultado das condições subjetivas do

indivíduo nos vários subdomínios que compõe a sua vida, como por exemplo,

trabalho, vida social, saúde física, humor, etc. Corroborando, Shephard (1996) define

23

qualidade de vida como uma percepção individual relativa às condições de saúde e

a outros aspectos gerais da vida pessoal.

Nahas (1997) ressalta ainda, que a inter-relação mais ou menos harmoniosa

dos fatores que moldam o cotidiano do ser humano resulta numa rede de fenômenos

e situações que, abstratamente, pode ser chamada de qualidade de vida. Associa-se

à expressão qualidade de vida a fatores como estado de saúde, longevidade,

satisfação no trabalho, relações familiares, disposição e até espiritualidade e

dignidade. Gonçalves e Vilarta (2004) sugerem algumas opiniões como segurança,

felicidade, lazer, saúde, condição financeira estável, família, amor e trabalho.

Outros elementos também estão associados para estudar esses significados

como sugere Gonçalves e Vilarta (2004) tais como, aspectos culturais, históricos e

de classes sociais, conjuntos de condições materiais e não-materiais, diferenças por

faixas etárias e condições de saúde das pessoas ou de uma comunidade.

Contudo, não seria possível deixar de apontar o pensamento de Moreira

(2001, p. 24-25), “atentar para a qualidade de vida provavelmente exigirá de todos

nós a consciência de cultivar o interesse pela vida das outras pessoas e do nosso

planeta, quer no momento presente, quer nas gerações futuras”. O autor depois de

uma revisão extensa sobre a crise do século XX e ao afirmar que é necessário

aprender com o passado, mudar paradigmas, os valores na sociedade pós-industrial

e adotar uma epistemologia motora, define qualidade de vida como o compromisso

em aperfeiçoar a arte de viver e de conviver.

3.1.4 Meio Ambiente

Tema de diversas discussões e definições o meio ambiente vem ao longo dos

anos recebendo diversos conceitos que procuram trazer com maior interação o seu

significado, não obtendo, contudo, um consenso a respeito de seu conceito,

transformando-o em representação social. O ecólogo Ricklefs (1993), define meio

ambiente como o que circunda um organismo incluindo as plantas, os animais com

os quais ele interage. Já para o ecólogo Duvigneaud (1984), o meio ambiente deve

evidenciar dois aspectos: a) meio ambiente abiótico físico e químico e b) meio

ambiente biótico. No entanto, para Silliamy (1980), o meio ambiente pode ser

entendido como o que circunda um individuo ou um grupo. A noção de meio

24

ambiente, engloba, ao mesmo tempo, o meio cósmico, geográfico, físico e o meio

social com suas instituições, cultura e valores. Insere-se ainda uma definição de

Reigota (1994), para meio ambiente, que o trata como o lugar determinado ou

percebido, onde os elementos naturais e sociais estão em relações dinâmicas e

interação. Contudo, por falta de um consenso, adota-se para este estudo, a posição

de que meio ambiente é um determinado lugar onde diversos elementos mantêm

entre si uma interação.

3.1.5 Bem-Estar Conceito analisado por Seaward (1997) propõe que bem-estar é a integração

harmoniosa entre os componentes mentais, físicos, espirituais e emocionais. O autor

sugere que o bem-estar é sempre maior que a soma dos seus componentes. Nahas

(2000) diz que a saúde é determinada por meios objetivos e subjetivos, no entanto, o

bem-estar é sempre uma percepção, fruto de uma avaliação subjetiva individual. Diversos são os indicadores dos componentes do bem-estar, dentre eles: as

sensações sobre sintomas e estado de saúde corporal, presença de dor,

energia/fadiga, doença, distúrbios do sono, sentimentos negativos e positivos como

depressão, ansiedade, raiva/irritabilidade, afeto, percepção positiva e negativa sobre

si próprio, auto-estima, sensação de domínio e controle sobre si, sentimentos gerais

sobre a saúde e sua evolução, satisfação com a vida e noções sobre as

expectativas idealizadas e a realidade da vida (GONÇALVES & VILARTA, 2004).

3.1.6 Turismo

O turismo se caracteriza como atividade multidisciplinar, onde engloba

diversos setores econômicos que contribui para a compreensão internacional, para a

paz e a prosperidade dos países (OMT, 2001). Atualmente o turismo destaca-se

como o primeiro setor da economia mundial. Ansarah (2001) propõe que o turismo

seja muito mais que um setor, seja uma atividade que se estende de forma direta por

vários setores da economia, e, de forma indireta, por todos os demais setores.

Compõe a atividade econômica do turismo, os transportes, os meios de

25

hospedagem, os agenciamentos de viagens e as práticas de lazer, além de outras

tantas ações mercadológicas que produzem riquezas e geram empregos para

muitas regiões e países (LAGE e MILONE, 2000).

O turismo proporciona o atendimento das necessidades humanas de

aventura, de descoberta, de movimento, de apreciação da natureza e a satisfação

das ambições estéticas, perpetuando a tradição, o folclore e as artes (SOUZA et al.,

2006).

Difícil de ser definido devido à amplitude característica da atividade, onde

atuações e interações distintas (rede de técnicas complementares) são acompanha

pela atividade, o turismo é uma atividade que compreende as ações que as pessoas

realizam durante suas viagens e estadas em lugares diferentes do seu entorno

habitual, por um período consecutivo inferior a um ano, com finalidade de lazer,

negócios e outras (OMT, 2001).

Existe uma dificuldade em dar um marco teórico ao turismo, no entanto as

definições sempre apresentam uma característica comum a todas elas: o

deslocamento do ambiente habitual (OLIVEIRA, 2007).

Atualmente o deslocamento para ambientes naturais tem crescido em

diversos países. Dados da World Resources Institute indicaram um crescimento de

em até 30%, enquanto o turismo geral cresceu a 4% no final do século (WEARING &

NEIL, 2001).

Na tentativa de associar a prática do turismo ao desenvolvimento sustentável,

autores têm dado uma ênfase na discussão e prática desta associação, a fim de

agregar ao turismo também este novo paradigma, definindo-o também como a

tentativa de satisfazer as necessidades do presente sem comprometer as das

futuras gerações (CMAD, 1988).

O turismo sustentável objetiva atender às necessidades de lazer dos turistas

e de desenvolvimento dos núcleos receptores, preservando o meio ambiente local

Inclui-se ainda nesta perspectiva a reprodução e regeneração dos recursos naturais,

a contribuição das comunidades locais, a preservação dos manifestos culturais como

atrativo turístico e uma distribuição eqüitativa dos benefícios econômicos advindos

das atividades recreacionais, enfatizando sempre a participação da população local

na tomada de decisões (PIRES, 1999 apud MATHEUS et. al., 2005).

26

3.2 Relações entre Estilo de Vida, Saúde, Qualidade de Vida, Meio Ambiente, Bem-Estar e Turismo: construindo uma rede de interação.

Estilo de vida, saúde, qualidade de vida, meio ambiente e bem-estar são

peças imbricadas para o equilíbrio da vida do homem no planeta. Essas associações

apresentam forte relação com a longevidade e expectativa de vida das pessoas

(NAHAS, 2001). Espera-se que em 2025 as pessoas com mais de 60 anos

representem um terço da população total em países desenvolvidos (WHO, 2002).

Em nosso país a projeção é que tenhamos no ano de 2020, um idoso para cada 13

residentes no Brasil (BERQUÓ, 1996 apud CARVALHO, 2003). Estimativas têm sido

levantadas, sinalizando que no ano de 2020 a população mundial com idade

superior a 65 anos estará aumentada em 82% em relação à atual (MATSUDO,

2001).

Existe uma forte evidência que este quadro esteja associado à melhoria da

saúde, bem-estar, aumento da qualidade de vida da população. Associa-se também

a este quadro o meio ambiente equilibrado. Entende-se como meio ambiente

equilibrado o lugar que possa reagir com freqüência aos impactos causados pela

presença, quase sempre danosa do homem, o que de fato não tem sido encontrado

com freqüência em grande parte dos ecossistemas.

Sabe-se que os efeitos de ações antrópicas, não só sobre os ambientes

naturais, mas também sobre as áreas urbanas, tem sido cada vez mais evidentes,

intensificando-se os processos de degradação sócio-ambientais, aumentando a

exposição a riscos e afetando a saúde humana. Pelicioni (2000) afirma que existe

uma total inter-relação entre as alterações do meio ambiente e a qualidade de vida

dos indivíduos.

O modelo pautado tradicionalmente na ação centralizada nas doenças

infecto-contagiosas que envolvem agente hospedeiro e meio ambiente está sendo

substituído por um novo modelo epidemiológico chamado de conceito de campo de

saúde, envolvendo assim, ambiente, estilo de vida, biologia humana e sistema de

organização de cuidados (DEVER, 1988). Países do mundo inteiro vêm

desenvolvendo conferências e estudos no sentido de propor ações e políticas

voltadas à saúde com caráter evidente à promoção, proteção e recuperação da

saúde (BRASIL, 2002).

27

Sobretudo, é preciso estudos que possam apontar relações entre hábitos de

vida, estilo de vida e meio ambiente, com característica de assinalar o

comprometimento das pessoas com o meio em que vivem tanto num ponto de vista

individual quanto coletivo.

3.2.1 Estilo de Vida e Saúde

Tratar sobre o tema estilo de vida, significa abordar uma série fatores como

qualidade de vida, longevidade, saúde, lazer, meio ambiente, etc., e ainda relacionar

os fatores apontados. No entanto, pesquisadores têm se esmerado a respeito e

produzido alguns estudos que possam validar estas associações. Por exemplo,

Nahas (2001) cita que estudos longitudinais têm demonstrado uma íntima relação do

estilo de vida com o surgimento de doenças crônicas degenerativas não

transmissíveis (DCNTs) e com a longevidade, apontando que os bons hábitos de

saúde sugere um aumento de vida em média de 11 anos entre os homens e 7 anos

entre as mulheres. (Ibidem) sugere que, na atualidade, vivemos a chamada “era do

estilo de vida” e que os fatores ambientais e de ordem médico-assistencialista são

respeitavelmente importantes para a saúde e qualidade de vida.

No entanto, Vickery (1990) apud Nahas (2001) indica atualmente uma menor

predisposição fatorial causal do ambiente e do sistema assistencial de vigilância à

saúde. Desta forma, dando lugar em ordem de importância aos comportamentos

usuais (hábitos alimentares, reação ao stress, nível de atividades físicas, dentre

outros). Estes fatores são os que mais tem afetado a saúde do homem

contemporâneo (DeVRIES, 1978; FLOYD et al., 1995; PITANGA,1998; 2001; 2002).

Blair (1993) e Bouchard et al. (1994) faz a referência que as principais doenças e

causas de mortes na transposição do milênio e atualmente esteja prioritariamente

associado à maneira como vivemos. Segundo Moragas (1997) o estilo de vida é

responsável por mais danos ao organismo do que a soma de todas as doenças

infecciosas do passado.

Enquanto fator de promoção de saúde e parâmetro indicador de qualidade de

vida, o estilo de vida tornou-se fundamental na ação preventiva a doenças. Acontece

principalmente na medida em pessoa passa a ser responsável pela administração da

sua saúde e do bem-estar, o que reflete diretamente no equilíbrio no meio em que o

28

cerca (MINAYO, 2002). Segundo Nahas (2001) o equilíbrio advém do próprio

comportamento individual, resultante tanto da informação quanto da vontade de

modificação de um comportamento, mas também, das barreiras e oportunidades

sociais presentes nas condições de vida.

Porém, vale salientar que a saúde não é norteada apenas pela consciência de

uma determinação pessoal, fruto de um estilo de vida, mas também pelas condições

materiais e simbólicas construídas historicamente (BRANT & MELO, 2001).

Gonçalves & Vilarta (2004) propõe que algumas condições ditas favoráveis

dependem das condições de vida, o que passa a ser um problema, levando em

consideração o nosso país, já que essas condições são caracterizadas como

iníquas, assimétricas, perversas e concentracionista de bens, recursos e serviços.

Além do estilo de vida, alguns itens ligados às condições de vida, tais como o

acesso aos sistemas de saúde e à escolaridade, a exposição aos riscos

ocupacionais e ambientais e as oportunidades de trabalho também influenciam o

modus vivendi de uma sociedade (LESSA, 1999; MINAYO; HARTZ; BUSS, 2000).

Segundo Candeias (1997) a expressão condições de vida, permite que o conceito

em promoção de saúde vença os limites dos fatores comportamentais para prender-

se em uma rede de interação mais complexa, constituída pela cultura, por normas e

pelo ambiente sócio-econômico. Inclusive consta da Lei Federal 8080 de 1990 em

seu Artigo 3º, a proposição de que a saúde possui um conjunto de fatores

determinantes e condicionantes caracterizados pela alimentação, moradia,

saneamento básico, transporte, meio-ambiente, trabalho, renda, educação, lazer e

serviços essenciais.

No entanto, diversas abordagens para aquisição de novos hábitos vêm

apresentando sucesso no sentido da contribuição para influenciar o estilo de vida

das coletividades, como conseqüência a qualidade das ações realizadas pelas

pessoas integradas em seu meio. Gonçalves e Vilarta (2004, p. 65) criticam que não

basta apenas querer para poder incrementar um conjunto de hábitos, fazendo uma

avaliação pouco satisfatória para o trabalho do Nahas (2000), no entanto, apontam

as seguintes práticas como saudáveis:

* Contemplar a regularidade de ingestão de nutrientes (distribuir a quantidade total de alimentos ingeridos em várias refeições ao longo do dia). * Respeitar as necessidades especifícas de nutrientes para cada etapa da vida (considerar as demandas por vitaminas, minerais, água,

29

carboidratos, lipídios ou proteínas de acordo com o estado fisiológico, por exemplo, adolescentes, gestantes atletas e crianças). * Praticar atividade física apropriada à própria condição fisiológica e com regularidade. * Controlar o estresse físico e emocional, utilizando técnicas específicas às expectativas e aos objetivos de cada pessoa. * Envolver-se em ações comunitárias, estabelecendo laços de apoio e convívio familiar e social. * Dedicar-se ao lazer não-sedentário, baseado em ações que envolvam atividade esportiva, hobbies ou trabalho voluntário.

No entanto, autores como DeVries (1978), Nahas (1991) referiam-se a três

características principais do estilo de vida associadas/determinantes a saúde

individual: nível de stress, características nutricionais e atividade física habitual.

Nahas (1996) incluiu a estes os componentes do comportamento preventivo.

Entretanto, mais recentemente, no ano 2000, o autor associa o uso de drogas no

comportamento preventivo e programa o componente da qualidade dos

relacionamentos humanos para também fazer parte não somente da avaliação do

estilo de vida, mas como padrão de práticas saudáveis.

Pollock & Wilmore (1993) citam que o avanço tecnológico transformou

cidadãos ativos em sedentários, questionam ainda as facilidades da vida moderna

que prometem uma vida com mais qualidade e produtividade, e, ainda, indicam que

o estilo de vida sedentário está contribuindo para que um novo conjunto de

problemas degenerativos diminua a expectativa de vida de pessoas.

No que tange a relação do estilo com a esperança de vida, existe um

consenso na literatura a respeito da influência do estilo de vida na longevidade.

Alguns pesquisadores acreditam que um terço do processo de envelhecimento é

dependente da hereditariedade e de outros fatores biológicos, enquanto dois terços

são resultados de opções no estilo de vida (THOMPSON; HOEKENGA, 1998). Isto

certifica, sobretudo, um conceito bem conhecido e difundido, que é o de que uma

vida longa e sadia depende da carga genética herdada dos ancestrais, uma boa

dose de “sorte” e, em grande parte, ao estabelecimento de um estilo de vida sadio

(BARRY; EATHORNE, 1994).

3.2.2 Qualidade de Vida, Estilo de Vida e Saúde

30

A análise de variáveis do estilo de vida pode constituir-se em mecanismo para

aferição da qualidade de vida e como conseqüência da condição de saúde da

população (LOPES & PIRES-NETO, 2001). É importante salientar que o estilo de

vida é um dos componentes individuais modificáveis de indicadores da qualidade de

vida das pessoas, junto a ele estão aspectos ligados aos componentes sócio-

ambientais, culturais e ainda componentes individuais não-modificáveis, como a

hereditariedade. No Brasil, tomando como exemplo, apesar do aumento da

expectativa de vida ter aumentado nos últimos anos, questiona-se a qualidade

destes anos, visto que, grande parte da população tem sido comprometida pela

crescente disparidade social e pelo desemprego (NAHAS, 2000). Parte do nosso

país, ainda não tem água potável, saneamento básico, moradia, segurança e outros.

No entanto, o estilo de vida é um bom componente para a verificação da

qualidade de vida de pessoas e ou grupos. Assim, é importante conferir os fatores

que compõe o estilo de vida. Em relação aos diversos aspectos componentes do

estilo de vida, existem alguns fatores que podem afetar negativamente nossa saúde

e sobre os quais temos controle, como por exemplo: fumo, álcool, drogas, stress,

isolamento social, sedentarismo, esforços repetitivos e intensos. Fatores negativos

do nosso estilo de vida sobre os quais temos pouco ou até mesmo nenhum controle,

são concentrados nas características hereditárias herdadas, os efeitos naturais do

envelhecimento e algumas doenças infecciosas, geralmente agravadas pelas

condições ambientais e de assistência (NAHAS,1991;2001).

Corpo e estilo de vida estão interligados diretamente à saúde. Cuidados com

corpo têm significância à medida que se observa à atenção na esfera alimentar,

regime de sono, de trabalho e da ocupação do tempo livre. Assim, Bento (1991)

propõe que este cuidado deve ser pregado desde cedo na escola, já que as

mudanças nas normas e valores geram alteração no padrão e função individual das

pessoas. Portanto, prevenir a ocorrência de distúrbios orgânicos irreversíveis na vida

adulta passa pelo afastamento dos fatores que provocam um estado de risco para a

morbi-mortalidade (GUEDES & GUEDES, 1995).

Diversas doenças estão fortemente associadas ao estilo de vida negativo,

principalmente as DCNT’s, dentre elas, a hipertensão arterial, a obesidade, o

diabetes, o câncer e as doenças cardiovasculares, essas associações são

agravadas quando o indivíduo é submetido a alimentação inadequada, stress

elevado e contínuo e inatividade física (NAHAS, 2001).

31

Estudos sugerem forte evidencia de que o estilo de vida ativo pode prolongar

o tempo de vida independente e colaborar com o melhor desempenho na realização

das atividades de vida diária (GOBBI, 1997; HURLEY; HAGBERG, 1998 apud

CARVALHO, 2003). Benefícios de ordem psicológica e comportamental têm sido

mencionados em outras publicações como a redução da ansiedade, depressão e

estresse, bem como a melhora do sono, do auto-conceito e da auto-imagem

(BRAZÃO, 1998; ACSM, 1999; OLIVEIRA FILHO et al., 1999).

Em nosso país, não são muitos os estudos que fazem referência às análises

das variáveis do estilo de vida, a fim de subsidiar informações que possam de

alguma maneira melhorar a qualidade de vida e, consequentemente, a saúde,

independente de quaisquer variáveis étnico-cultural-etárias (LOPES & PIRES-NETO,

2001). No entanto, algumas ações práticas têm ampliado a discussão, por exemplo,

alguns dos diversos cursos relacionados à saúde têm incluído o tema estilo de vida

saudável e qualidade de vida nas matrizes curriculares, bem como na promoção e

desenvolvimento das habilidades e competências propostas pelas Diretrizes

Curriculares do MEC ao egresso dos referidos cursos.

3.2.3 Estilo de Vida, Saúde e Meio Ambiente

De acordo com Augusto et al. (2005, p.27), “as relações entre saúde e

ambiente integram as dimensões históricas, espaciais e coletivas das situações

vividas pelos indivíduos e suas populações”. Segundo o autor esta relação deve ter

como meta o compromisso ético com a qualidade de vida das populações e dos

ecossistemas em jogo.

Minayo (2002) apresenta a idéia de que o estilo, situação e condição de vida

de grupos populacionais subsidiam o modelo de uma abordagem ecossistêmica da

saúde influenciando diretamente nas condições de saúde e meio ambiente. Para a

autora a relação desta abordagem deverá anunciar o desenvolvimento de novos

conhecimentos a respeito da saúde e do meio ambiente, que de forma concreta,

apropriada e adequada favoreçam as pessoas que vivem nas diversas localidades.

Isto deverá propiciar uma interação da ciência e o mundo da vida, de tal forma, que

se unam na construção da qualidade de vida através de uma melhor gestão do

ecossistema e da responsabilidade coletiva e individual sobre a saúde.

32

Diversas conferências internacionais sobre a promoção da saúde vêm dando

ênfase à interligação da saúde e do meio ambiente. O tema “Ambientes Favoráveis

à Saúde” chama a atenção para a situação de milhares de pessoas que vivem na

pobreza e privação em um ambiente degradado ameaçador para a saúde, tais como

a água e o lixo, aspectos que têm influenciado negativamente as condições do meio

ambiente e consequentemente a saúde e a qualidade de vida dos indivíduos.

Com a promulgação da Constituição Brasileira, em 5 de outubro de 1988, no

que se refere à questão ambiental, ficou determinado que “todos têm direito ao meio

ambiente ecologicamente equilibrado, de uso comum do povo e essencial à sadia

qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de

defendê-lo para as presentes e futuras gerações” (BRASIL, 1988, Cap. VI, Art. 225).

Toledo (2006) propõe que as ações para criar ambientes favoráveis à saúde

devem considerar a interdependência entre todos os seres vivos e considerar as

necessidades das futuras gerações quanto ao uso dos recursos naturais. Reforça-se

a este pensamento a posição do Ministério da Saúde de que:

não será possível sustentar a qualidade de vida para os seres humanos e demais espécies vivas sem uma mudança drástica nas atitudes e comportamentos, em todos os níveis, com relação ao gerenciamento e à preservação do ambiente (MS, 2001, p. 23).

De acordo com Toledo (2006) não se pode esperar que pessoas que não

conseguem cuidar de si próprias venham a proteger eficazmente o meio ambiente.

Dados da UNESCO (1999) indicam que mais de um bilhão de pessoas, isto é, mais

ou menos um terço da população total dos países em desenvolvimento, vive em

condições de pobreza desesperadora. É perfeitamente compreensível o

entendimento que a pobreza pandêmica e globalizada não é resultado da escassez

de produtos naturais, e sim, da dominação de um modelo econômico equivocado por

parte da maioria dos países que vêm gerando a exclusão das necessidades

humanas básicas como: comida, trabalho, renda, moradia, educação e lazer

(TOLEDO, 2006).

Estima-se que, atualmente, em torno de 2,4 bilhões de pessoas no mundo

não tem saneamento básico e há 1,1 bilhão de pessoas sem acesso a água potável.

Cerca de 3 milhões de pessoas morrem por ano de doenças relacionadas à

contaminação da água (PNUD, 2001). Com todo o conhecimento da relação saúde,

33

doença e meio ambiente o quadro no Brasil é de que 79,8% dos municípios não

dispõem de qualquer tipo de tratamento de esgotos domésticos (IBGE, 2002) e 60%

das internações hospitalares no país devem-se às doenças de veiculação hídrica

(ROCHA, 1993). Só na área urbana, aproximadamente 20 milhões de pessoas não

têm acesso à água tratada, 75 milhões não possuem tratamento de esgoto em seus

domicílios e 60 milhões não são atendidos pela coleta de resíduos sólidos (IBGE,

2002).

Desta forma, torna-se importante o cuidado com o meio ambiente para que as

pessoas tenham melhores indicadores de saúde pela opção de ter um equilíbrio no

meio em que vive.

3.2.4 Estilo de Vida, Turismo e Meio Ambiente Em primeiro momento é importante ressaltar que o turismo acontece

primordialmente no espaço do lazer. O lazer, fenômeno moderno, surgido com a

disponibilidade do tempo livre de trabalho, tem sido reputado por parte da maioria

das pessoas como uma atividade de menor importância frente a outras atividades

como saúde, educação e saneamento básico. O que na verdade, reflete que nem

todas as pessoas apresentam um padrão de comportamento e condutas em suas

vidas diárias (rotinas de trabalho, lazer e vida em sociedade) da mesma forma.

No entanto, é preciso refletir ainda que exista culturalmente em nosso meio

certo menosprezo ao lazer, dando ao trabalho uma importância mais significativa.

Melo e Alves Júnior (2003) sugerem que o lazer seja definido pela junção do tempo

e do prazer, assim indicam que as atividades de lazer são culturais, em seu sentido

mais amplo, podem ser efetuadas no tempo livre das obrigações profissionais,

domésticas, religiosas e das necessidades físicas e que são buscadas tendo em

vista o prazer e por alguns interesses (culturais, os interesses físicos, intelectuais,

artísticos, manuais e sociais) onde logicamente, a atividade turística acontece em

função dos seus diversos atrativos.

Nesse sentido, Villaverde (2003) considera que a atividade turística é

pensada em dimensões que transcendem seu tratamento como mera atividade

comercial e de consumo para a relação de pessoas com lugares e cultura,

intensificando a relação do homem consigo mesmo, com a cultura, com outros seres

34

humanos e com os diversos elementos do planeta Assim, é sugerido que tanto o

lazer quanto a atividade turística tenha relação, até mesmo direta, com a saúde,

educação e qualidade de vida (MELO & ALVES JÚNIOR, 2003).

Nesse sentido, Villaverde (2003) cita que uma atividade turística com

preocupações ambientais deve fomentar no turista uma postura preservacionista que

não contemple apenas o tempo em que esteja na atividade turística, mas para a vida

toda. Há uma observação por parte de Serrano (1997) de que como fenômeno

social, associado à intenção de um “retorno à natureza”, a atividade de turismo junto

à natureza, genericamente entendida como ecoturismo1, deva buscar a vivência

com práticas das medicinas alternativas, dos esportes praticados na natureza, uma

alimentação mais saudável e natural e também um comportamento ambientalista.

McKercher (2002) aponta que o perfil do turista que procura ambientais

naturais é bastante diferente daqueles que buscam por outros motivos. Geralmente,

esses turistas são pessoas que querem sair da rotina, do seu estilo de vida,

buscando um pouco de aventura e experiências turísticas autênticas.

Eagles (1992) acredita, após pesquisa realizada, que turistas canadenses

procuram ambientes naturais por motivos sociais, culturais e ambientais. Ele

identificou dentre os motivos sociais a vontade de estar fisicamente ativo e de

vivenciar um estilo de vida diferente. McKercher (2002) assinala ainda, que dentre os

estímulos que levam pessoas a viajar para destinos naturais, a oportunidade para

experimentar um novo estilo de vida é bastante freqüente.

Com isso, é possível aventurar a possibilidade de que a atividade turística em

ambientes naturais possa ter influência sobre a mudança do estilo de vida das

pessoas. Ainda que Gonçalves & Vilarta (2004) atentem para a idéia de que novos

comportamentos dependem de condições preexistentes, da capacidade de

potencializar os novos efeitos positivos, além da inserção das pessoas com novos

comportamentos em seu ambiente social, familiar e ambiental.

No entanto, como sugere a WHO (1998) os padrões identificáveis de

comportamento são determinados pela inter-relação entre características pessoais,

interações sociais e condições socioeconômicas e ambientais de vida e que estes

comportamentos são continuamente ajustados em resposta a mudanças nas

condições sociais e ambientais.

1 A atividade de ecoturismo sugere uma viagem responsável, em que se conservam os ambientes naturais e que haja uma maior relação do turista com a natureza (WEARING & NEIL, 2001).

35

3.4.5 Estilo de Vida, Turismo e Bem-Estar

O Bem-Estar pode ser apurado por diversos fatores, no entanto, sempre fruto

de um caráter subjetivo. Nahas (2001) sugere que fatores como satisfação com a

vida, noções sobre expectativas realizadas e a própria realidade da vida,

sentimentos positivos e negativos, estado de saúde corporal sejam considerados.

Fatores como educação, renda, o acesso a bens e serviços também estão

associados ao bem-estar.

Nesse sentido, a qualidade de vida passa a ser um bom indicador de bem-

estar das pessoas. No entanto, diversas pessoas na busca pelo bem-estar e da

própria qualidade de vida, apenas através do aumento do ganho salarial e renda,

tem invertido o posicionamento de escolha. Diminuem seu estado de saúde corporal,

seu humor, reduzem as opções de lazer em função da aquisição de bens, que

paradoxalmente, também contribuem para o bem-estar e a qualidade de vida.

A atividade turística em ambientes naturais, por parte das pessoas que a

gerem, proporciona um aumento da renda e com isso, acesso a bens e serviços

essenciais, mas também promove a conservação do patrimônio cultural, ambiental e

histórico através dos modelos de exploração e conservação (MORAES, 2006). No

entanto, proporcionam ao turista sensações prazerosas em ambientes calmos,

relaxantes, naturais, através de consumo de alimentos saudáveis, rotinas

alternativas de modo de vida e o contato com imagens e paisagens exuberantes e

gratificantes da natureza.

Moraes (2006) propõe que o turismo rural, como exemplo, melhore a

qualidade de vida das pessoas que trabalham nos serviços turísticos, bem como das

pessoas que o procuram, pois proporcionam tranqüilidade, simplicidade e descanso

da vida cotidiana, além da convivência com a pluralidade cultural, étnica e social. O

que vem sendo constato por alguns autores. Eagles (1992) verificou que, embora os

ecoturistas estejam bastante interessados na natureza em si, eles apreciam o

desenvolvimento pessoal por meio de atividades físicas, vivenciando estilos de vida

novos e mais simples, encontram pessoas com interesses afins e observam as

atividades culturais e produtos de artesanato do lugar.

Nesse sentido, Wearing & Neil (2001) considera que a atividade de

ecoturismo é mais do que uma simples atividade de lazer, é um verdadeiro estilo de

viagem, que proporciona orientações no estilo de vida, comportamentos e filosofias.

36

Crompton (1979) apud Wearing & Neil (2001) concebe alguns fatores que

estabelece o desejo de viagens para destinos naturais, são eles: fuga do ambiente

mundano perceptível, relaxamento, prestígio, investigação e avaliação do Eu,

regressão, intensificação dos relacionamentos afins e facilitação da interação social.

Souza et al. (2006) associa também a atividade turística com o estilo de vida

das pessoas da terceira idade, considerando que o turismo vem causando

modificações do modo de vida das pessoas e frequentemente promovendo bem-

estar e qualidade de vida.

Assim, percebe-se que as atividades turísticas em ambientes naturais tem um

forte relação com o propósito do estilo de vida das pessoas que a procuram, sendo

portanto, uma extensão da própria rotina ou uma busca por um outro modo de viver.

37

4 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO E DE SUA POPULAÇÃO 4.1 Localização, Características Geográficas e Sócioambientais

O município de Mucugê fica situado na Chapada Diamantina, que é uma das

15 (quinze) Regiões Econômicas do Estado da Bahia, estabelecida pelo Centro de

Estatística e Informações – CEI. A região possui segundo dados do IBGE (2002) 33

municípios distribuídos numa área de 41.756,1 km2, com uma população

aproximada de 504.040 habitantes, constituindo-se assim numa região de pouco

grupamento populacional dentre as regiões do Estado – FIGURA 1.

FIGURA 1 – Mapa da América do Sul, Brasil, Bahia, Chapada Diamantina e o PARNA da Chapada Diamantina

FONTE: Vila Serrano, 2006

38

A Chapada Diamantina assume um papel estratégico na gestão de recursos

naturais no Estado da Bahia por conta de sua elevada biodiversidade, presença de

espécies raras e por ser a principal provedora de água para parte do semi-árido

baiano, o qual ocupa mais de 50% da área do Estado. A região dispõe também de

relevante acervo histórico, originário da exploração de ouro e diamantes, nos

séculos XVIII e XIX, respectivamente, classificando como uma zona turística

prioritária da Bahia.

O município de Mucugê localizado na microrregião da Chapada Diamantina

surgiu por volta de 1844, quando foram descobertas jazidas de diamantes nos leitos

dos seus rios, provocando uma desenfreada busca de pedras preciosas, que mais

tarde deu origem ao Ciclo Diamantífero (BANDEIRA,1998).

Incrustada entre montanhas da Serra do Sincorá, a cidade fica a 980m de

altitude e possui uma temperatura média em torno de 18º a 19º, apresenta ainda

como característica um clima serrano, com casas bem preservadas e de ruas e

praças limpas. O município é composto pela sede e dois (2) distritos, João Correia e

Guiné. O município faz fronteira com as cidades de Ibicoara, Abaíra, Piatã, Lençóis,

Andaraí, Boninal e Palmeiras – FIGURA 2a e 2b.

Faz. CampoAlegre

Machambongo

Chapadinha

Pina

Larga deLeobino

Cascavel

Palmeiras

João Correia

Caeté-Açu

Igatu

Ibicoara

Guiné

Mucugê

Lençóis

Abaíra

Andaraí

Ñ2086008605900

8524000208600Ñ Ñ

85800Ñ

2488008524000

24000248

N

FIGURA 2a – Foto de Satélite do Município FIGURA 2b – Mapa do Município de Mucugê de Mucugê e do PARNA e do PARNA FONTE: Projeto Sempre Viva, 2006 FONTE: Projeto Sempre Viva, 2006

39

O município possui uma área de 2.455 km² e apresentava uma população de

13.682 hab, destes 3.317 habitantes na área urbana e 10.365 na zona rural (IBGE,

2000).

A população de Mucugê vem recebendo imigrantes da microrregião, sendo o

maior pólo de imigrantes trabalhadores assalariados temporários “bóias fria” (BRITO,

2005). O município de Mucugê apresenta taxa de urbanização de 24,24% e uma

densidade populacional de 5,51% (IBGE, 2002).

Quanto ao aspecto socioeconômico, em função do ganho salarial do chefe de

família da População Economicamente Ativa - PEA, a população municipal

apresenta um ganho salarial expressivamente baixo, onde 53,47% recebem entre ½

e 1 salário mínimo mensalmente e apenas 2,55% recebe mais de 5 salários mínimos

por mês e ainda encontra-se 13,92% de chefes de famílias que não obtém

rendimentos.

Nos últimos 7 anos o município de Mucugê teve uma explosão agroindustrial,

atraindo diversos produtores de horticultura, floricultura, cafeicultura e fruticultura. As

características são de tecnologia moderna e industrial, tendo como produtos à

batatinha, o tomate, a cebola, a cenoura, a beterraba e diversas folhosas, mais

recentemente a produção do morango, da ameixa e da maça. O município possui

cerca de 60% das atividades econômicas concentradas nas atividades

agropecuárias2.

Mucugê abriga ainda 52% do PARNA da Chapada Diamantina, local de

grande potencial turístico natural e histórico. O PARNA, criado em 17 de setembro

de 1985 pelo Decreto Federal n.º 91.655, visa proteger paisagens e ecossistemas

notáveis situados nas montanhas, vales e altiplanos da Serra do Sincorá – FIGURA

3.

Cerca de 30 % do território do município situa-se dentro dos limites dessa

Unidade de Conservação, revestindo a cidade de responsabilidade na preservação

desse patrimônio, de valor inestimável. A cidade abriga ainda uma unidade de

conservação denominada de Parque Municipal de Mucugê, com 540 hectares onde

funciona o Projeto Sempre Viva.

2 1ª entrevista concedida pelo Sr. Euvaldo Ribeiro, coordenador do Parque Municipal de Mucugê em 25/01/07.

40

ANDARAÍ

MUCUGÊ

PALMEIRAS

IBICOARA

ITAETÉÁREAS IRRIGADAS

PARQUE NACIO

NAL DA CHAPADA DIAMANT INA

LENÇÓIS

FIGURA 3 – Municípios que Fazem Parte do

PARNA da Chapada Diamantina FONTE: Projeto Sempre Viva, 2006

O Projeto Sempre Viva, ganhador de diversos prêmios ambientais, protege

parcela importante do patrimônio histórico do município ligado à exploração

diamantífera do século XIX, constituintes importantes dos registros dos garimpos

que deram origem às “Lavras Diamantinas da Bahia” – FIGURA 4.

Marcosda Poligonal do PARM

õ

ô

²

Ö

!>

î

$T $T

!/

ß

#S

ÆV

#

#

#

$T

%U#S

Rio M

ucug

ê

R io Combucas Piabinha

RioBA - 142

Morr odoFervi do

Mata de Zé Leandro

LizardoSandália Bordada

Estufa

Cachoeira doTiburtino

#

Área de TurfasComun. Arbustiva deTransiçãoComun. ArbustivaCyperaceaeMataMata CiliarVegetação AntropizadaVegetação RupestreCampo deSempre VivaUnidade deCult ivo Experimental

Área IrrigadaEstufa

Malha de CoordenadasRodovia Asfaltada

TrilhasRios

CercaIrrigação

² Barragem do Piabinha

ß Brejode Zé Leandro

!> Cachoeira

Ö Casado Administrador (Mocolândia)

#S Frinchada Onça

! Labirint o

Pintura Rupestre

ÆV Restaurant e

$T Ruína do Lizardo1

$T Ruína do Lizardo2

$T Ruína do Tiburtino

%U Estação Climatológica

#S Bomba de IrrigaçãoSededo Parm

î Igreja Santa Isabel

# Poços

# Poço2

# Poço3

õ

N

Estacionamento

Entrada do Parque

Casa do Diamante

Legenda dos pontos do projeto Museu Vivo

Casa do DiamanteEntrada do ParqueLocal onde será construído o rancho do garimpeiro eonde será feita a apresentação do garimpo e lavagem do cascalho.

Estacionamento do Parque

ranchoRancho

LEGENDA

PARQUE MUNICIPAL DE MUCUGÊ

Área do parque 270 hectares

FIGURA 4 – Mapa do Parque Municipal de Mucugê FONTE: Projeto Sempre Viva, 2006

41

A sede do município de Mucugê, uma das localidades que integram as

chamadas “Lavras Diamantinas”, teve o seu conjunto arquitetônico e paisagístico

tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, com

base no processo n.º 974-T – 78, em 26 de setembro de 1980.

Atualmente, seguindo a aptidão indicada pela riqueza cênica e importância

histórica e cultural no desenvolvimento da região, a cidade de Mucugê vem

explorando a atividade turística como opção para o desenvolvimento econômico do

município. Conta-se, com uma infra-estrutura ainda inadequada, principalmente na

de prestação de serviços aos turistas, no entanto, esta atividade é responsável

apenas por 12,1% da renda da PEA (BRITO, 2005).

A cidade de Mucugê possui cerca de 30 estabelecimentos ligados à atividade

turística, dentre eles bares e restaurantes, pousadas e hotéis, associações de guias,

museus, unidades de conservação, poder público municipal, receptivos turísticos,

agências e lojas.

Segundo Brito (2005) a sede do município de Mucugê possui 66% dos

domicílios ligados à rede de abastecimento de água, no entanto está abaixo

comparado aos quatro (4) principais município da Chapada Diamantina. Quanto aos

resíduos sólidos apenas 36% dos domicílios fazem coleta de lixo. Em entrevista

concedida pelo Sr. Euvaldo Ribeiro, este aponta que praticamente (95%) dos

domicílios da cidade, na atualidade, possuem abastecimento de água3. Contrapondo

a opinião de Brito (2005), o Sr. Euvaldo Ribeiro elucida que a mídia vem

frequentemente afirmando que a cidade de Mucugê tem feito o dever de casa, no

que tange o abastecimento de água e tratamento dos resíduos. O município de

Mucugê implantou recentemente uma usina de reciclagem para o lixo, de acordo

com Brito (2005) os moradores ainda não colaboram com a separação do material

orgânico e inorgânico, sendo necessário destinar o lixo para a separação na usina.

4.2 Um Breve Histórico do Surgimento do Município de Mucugê

A história a ocupação humana das terras da Chapada Diamantina está

intimamente ligada à exploração do ouro e do diamante. A colonização da região

3 2ª entrevista concedida pelo Sr. Euvaldo Ribeiro, coordenador do Parque Municipal de Mucugê em 03/03/2007.

42

iniciou-se com as expedições de desbravamentos do sertão. Uma série de entradas

baianas buscando metais, pedras preciosas e índios, seguidas por repartições das

terras desbravadas, acabou por fechar um cinturão de colonização ao redor da

Chapada, mais tarde chamada de Diamantina com a descoberta das lavras de

diamantes.

Os primeiros povoados surgiram com os acampamentos de garimpeiros em

torno da Serra da Tromba no início do século XVIII. Logo depois, ocorreu a

expansão de fazendas de gado do Guedes de Brito; os pontos de troca que surgiram

com o desenvolvimento do comércio de subprodutos da pecuária, excedentes das

policulturas e produtos dos garimpos; os pousos para viajantes e tropeiros que

percorriam a estrada de ligação da Bahia, Minas Gerais e Goiás foram fatores que

acabaram por criar vários núcleos populacionais (TEIXEIRA, 1998).

As terras do atual Município de Mucugê integravam primitivamente a grande

propriedade do sargento-mor Francisco José da Rocha Medrado, que ali

desenvolveu a criação de gado. Em 1817 ou 1818 foram descobertos diamantes

desenvolveu a criação de gado. Em 1817 ou 1818 foram descobertos diamantes na

Serra do Gagau, hoje mais conhecida como Serra do Bastião, localizada a Oeste da

Serra do Sincorá (SALES, 1994).

Mucugê é o nome indígena de uma fruta semelhante à mangaba, de sabor

adocicado, que pode ser consumida “in natura” ou sob a forma de sucos, licores,

etc., outrora abundante nessa região. A árvore do Mucugê cresce entre rochas,

próxima a leitos de rios, pode medir até 10 m de altura e produz um látex branco,

que chegou a ser pesquisado para a produção da borracha durante a II Guerra

Mundial. Em princípio a fruta deu nome ao rio e, depois da descoberta dos

diamantes em 1844, ao “Arraial do Mucugê” – FIGURA 5.

FIGURA 5 – Foto do Fruto Mucugê FONTE: Projeto Sempre Viva, 2006

43

O período áureo do ciclo diamantífero foi relativamente curto indo até o ano

de 1871, quando a concorrência da produção sul-africana, aliada aos métodos

primitivos de extração utilizados, impuseram um duro golpe na economia regional. A

partir de 1880 houve uma valorização do diamante carbonado, usado na fabricação

de perfuratrizes, cuja demanda aumentou em função da construção do canal do

Panamá, o que amenizou a situação (TEIXEIRA, 1998).

Nas primeiras décadas do século houve uma retomada da mineração do

diamante, devido à sua valorização no mercado internacional. Nos anos seguintes,

as lutas políticas entre os coronéis acabaram por trazer dificuldades à economia da

região. A partir da década de 30 deste século XX, a Chapada perdeu sua

importância política, o que juntamente com a queda dos preços do diamante, a baixa

produtividade e o alto custo de produção lançaram as Lavras num longo período de

estagnação econômica e abandono que atingiu o seu pior momento entre o final da

década de sessenta e inicio da década de setenta do século XX, quando a

população de Mucugê foi reduzida a menos de 400 habitantes. O êxodo teve como

principal destino à cidade de São Paulo (SALES, 1994).

Em 1980, a cidade foi tombada pelo IPHAN e em 1985 foi decretado o Parque

Nacional da Chapada Diamantina, que ocupa mais de 30% das terras do município.

Conquanto tenham sido medidas de fundamental importância para a preservação do

patrimônio natural e histórico do município, o tombamento da cidade e a criação do

PARNA foram recebidos com desconfiança por significativos segmentos da

comunidade local que temiam o cerceamento das suas atividades, pois sobreviviam,

em sua maioria, através do uso direto dos recursos naturais existentes à sua volta,

em áreas que passaram a fazer parte do PARNA. Naquele período, após longo

tempo de dificuldades, estavam em melhor situação financeira e pretendiam também

reformar as suas velhas casas. Criticar o tombamento, do Parque e dos órgãos que

os promoveram passou a ser quase um traço na identidade cultural mucugeense

(STRADMANN, 1998).

4.3 O Turismo na Cidade de Mucugê A cidade de Mucugê é parte integrante dos roteiros turísticos da Chapada

Diamantina. Como as demais cidades pertencentes a este roteiro, a cidade, segundo

44

Brito (2005), continua sendo uma área caracterizada pela recepção de um fluxo

turístico sazonal que tem início a partir do período pós-natalino até o pós-carnaval,

passando pelos feriados de fins de semana prolongados e pelas festas juninas.

Grande parte das zonas turísticas, atribuídos aos atrativos, que integram o

Pólo Turístico da Chapada Diamantina (374 atrativos), 65% (118) está concentrada

nos municípios de Lençóis, Palmeiras, Andaraí e Mucugê (ibidem). Mucugê, no

entanto, atrai diversos turistas não somente pelos atrativos naturais, mas também,

pelas manifestações culturais, histórico-culturais, pesquisas científicas, religiosas e

pelos eventos constantes com o público escolar, da 3ª idade e dos “Jipeiros”, sendo

este último de iniciativa da cidade de Andaraí, no entanto, parte dos integrantes

passa e fica algum tempo na cidade de Mucugê.

Por ter um clima bucólico, ruas limpas e uma área bem preservada, a cidade

tem atraído pessoas de meia idade com sua família e estas passaram a fazer um

pernoite e até mesmo utilizam como sede para o circuito turístico. A cidade tem uma

Festa Junina muito famosa na região, com característica tradicional e bem

organizada, tendo nas últimas edições mais de 3.000 visitantes para o evento4.

Uma alternativa de aumento de fluxo turístico bastante usado têm sido a de

receber escolares, principalmente oriundos da Região Nordeste do Brasil, em

projetos de envolvimento com educação ambiental como pode ser observado na

TABELA 1. Este tipo de projeto tem uma duração média de 3 dias com hospedagem

em pousadas locais – FIGURA 6.

FIGURA 6 – Programa de Educação Ambiental – Aula Prática FONTE: Projeto Sempre Viva, 2006

4 Entrevista concedida por Welliton Camandaroba, presidente da ACVM em 15/06/07.

45

TABELA 1: Numero de Escolares Visitantes do Parque Municipal de Mucugê no Ano de 2005 nos Períodos de Alta e Baixa Estação.

MÊS ESCOLA PÚBLICA

ESCOLA PARTICULAR

ESCOLA LOCAL TOTAL

JAN/FEV/JUN/ JUL/DEZ 170 785 50 1455 MAR/ABR/MAI/AGO/ SET/OUT/NOV 764 1335 70 2169 Total 934 2120 120 3174 MÉDIA /DIA 2,59 5,89 0,33 8,82

FONTE: Projeto Sempre Viva, 2006 Para o Sr. Oremildes Alves, Secretário Municipal de Turismo e Meio

Ambiente, esta é uma estratégia que vem dando bastante êxito para a sazonalidade

local, pois o turismo pedagógico, não procura visitas em épocas de grande fluxo

turístico5.

O perfil do turista de Mucugê, segundo Welliton Camandaroba, presidente da

ACVM (Associação dos Condutores de Visitantes de Mucugê), possui um perfil

cultural, econômico e comprometimento sócio-ambiental bem adequado às

propostas dos serviços turísticos da região. Ele acredita que, mesmo o turista tendo

visitado o atrativo, este busca novamente os serviços da ACVM, pois a presença do

Guia Especializado agrega valor e segurança no roteiro6.

O turismo de Mucugê conta ainda com algumas alternativas isoladas como

Festival Gastronômico da Chapada Diamantina, Encontros de Grupos da 3ª Idade e

os 1º, 2º e 3º Encontro Nacional Saúde & Bem-Estar – FIGURA 7a, além dos

encontros de Forrozeiros locais que antecedem ao São João e ao São Pedro.

Recentemente foi implantada uma trilha interpretativa por agências turísticas,

atividade que agrega valor ao ecoturismo. Segundo Pagani (1996) a Trilha

Interpretativa é uma técnica que busca esclarecer os fenômenos da natureza para

determinado público-alvo, em linguagem clara, fácil e acessível, a fim de promover

no público um sentimento de pertencimento à natureza. Estes eventos também têm

atraído turistas fora da alta estação, minimizando o impacto da sazonalidade –

FIGURA 7b.

5 Entrevista concedida pelo Sr. Orenildes Alves, Secretário Municipal de Turismo e Meio Ambiente 01/05/07. 6 Entrevista concedida por Welliton Camandaroba, presidente da ACVM em 15/06/07.

46

FIGURA 7a – 2º Encontro Nacional Saúde &

Bem-Estar -2006 FONTE: Sérgio Magalhães, 2006

FIGURA 7b – Trilha Interpretativa FONTE: Sérgio Magalhães, 2007

47

. METODOLOGIA

om a finalidade de analisar o perfil do estilo de vida individual das pessoas

envolv

.1 Tipo de Estudo

partir da abordagem do problema, esta pesquisa, pode ser caracterizada

como

o ponto de vista da resposta aos objetivos da pesquisa, esta pode ser

classif

comportamento que se desejou conhecer.

5

C

idas nas atividades turísticas em ambientes naturais, foi necessária à

utilização de um conjunto de métodos científicos na busca do conhecimento,

definida por Severino (1999) como metodologia do trabalho científico, utilizado para

o alcance dos objetivos deste trabalho.

5

A

pesquisa quantitativa e qualitativa. Segundo Silva e Menezes (2001) este tipo

de pesquisa considera tudo que é quantificável, o que significa traduzir em números

opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. De acordo com Minayo

(2005), a abordagem quantitativa objetiva dimensionar e quantificar dados de

processo e/ou de resultados, e, Pelicioni (1998) indica que os estudos qualitativos

são usados para verificar como as pessoas avaliam uma experiência, idéia ou

evento.

D

icada como pesquisa descritiva já que visa segundo Gil (1991), descrever as

características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de

relações entre variáveis. Para isto fora realizado um corte transversal com visitas ao

longo de um ano. Desta forma, foi utilizado do ponto de vista dos procedimentos

técnicos, o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e

observação sistemática através de levantamentos de entrevista de pessoas sobre o

48

foi elaborada a partir de material já

publica

5.2 População de Estudo

do foi composta por três (03) grupos distintos: um (01)

rupo formado pelos moradores urbanos do município de Mucugê, um (01) outro

visitação

entre

.3 Procedimentos Metodológicos

No primeiro momento foi realizado um levantamento bibliográfico acerca do

l. Estudos relacionando estilo de vida de indivíduos e

grupos têm sido constantemente usados na área da educação física com

Na fase exploratória foi feito um levantamento bibliográfico dando também um

caráter de pesquisa bibliográfica já que

do, constituído principalmente de livros, dissertações, teses, artigos de

periódicos e com material disponibilizado na Internet (GIL, 1991).

A população do estu

g

grupo também de moradores urbanos do município de Mucugê, mas que trabalham

nos serviços turísticos, dentre estes: guias, funcionários públicos em serviços ligados

à atividade turística, proprietários e funcionários de hotéis e pousadas, bares e

restaurantes, agentes de viagens e de receptivos turísticos dentre outros, e, ainda

um (01) grupo dos turistas, essencialmente brasileiros, advindos das diversas

regiões do país em três (03) momentos distintos: visita na alta temporada, na baixa

temporada e nos feriados prolongados, transformados em subcategorias.

Tornou-se importante à divisão dos grupos de turistas pelo momento de visita,

já que era importante saber se existia uma distinção de acordo a época de

os avaliados, bem como, a freqüência que estes visitam áreas naturais por

ano. Os grupos citados formaram a população para a representação do PEVI frente

ao bem-estar e ao meio ambiente. No entanto, para a identificação da influência do

perfil do estilo de vida ideal na elaboração dos serviços turísticos do município foi

elaborado um quarto grupo composto apenas pelos proprietários/responsáveis pelos

serviços turísticos, porém, estes também participaram do grupo dos moradores dos

serviços turísticos.

5 5.3.1 Pesquisa Bibliográfica

perfil do estilo de vida individua

49

plinares

Foram realizados levantamentos populacionais para posterior cálculo de

lação de moradores urbanos da cidade de Mucugê é de 3.317

E, 2005). Para encontrar o número médio anual de turistas da cidade

concentração na associação da atividade física, saúde e bem-estar. Contudo, não

foram encontrados na literatura estudos relacionando estilo de vida com o meio

ambiente no que tange a relação conservacionista e preservacionista. Sobretudo,

encontram-se também ausências de estudos relacionados ao perfil do estilo de vida

de moradores de ambientes naturais e os existentes com turistas referem-se sobre

estado de espírito e o que estes desejam para realização do seu bem-estar.

Desta forma, foi feita uma revisão na literatura que pudesse dar um marco

conceitual aos fatores associados com estilo de vida com interação entre estes

fatores. Por isso, tornou-se fundamental a busca por elementos interdisci

(estilo de vida, meio ambiente, saúde, bem-estar e turismo), já que o estudo propõe

a avaliar estilo de vida com turistas e moradores em ambientes naturais.

5.3.2 Amostragem

amostragem. A popu

pessoas (IBG

de Mucugê foram tomados como base de dados, os números da TABELA 2.

TABELA 2: Controle de Visitação do Parque Municipal de Mucugê nos Últimos 8 Anos.

CONTROLE DE VISITAÇÃO DO PROJETO SEMPRE VIVA ANO TOTAL DE VISITANTES 1999 14.261 2000 10.309 2001 7.366 2002 9.258 2003 11.759 2004 14.151 2005 13.470 2006 13.186

TOTAL 93.760 Média anual dos últimos anos 11.720 FONTE: Projeto Sempre Viva, 2006

Após levantamento dos dados primários, encontrou-se um número de

moradores urbanos que estão envolvidos nos serviços turísticos de 115 pessoas, e,

50

volvidas nas

Municipal de Mucugê), núcleo de maior visitação da

cidade

m nos serviços

os números de estabelecimentos de serviços envolvidos nas atividades turística de

26 estabelecimentos, neste último foi utilizada uma amostra censitária.

A escolha dos moradores urbanos se deu pelo entendimento de que estes

melhor representam à vida das pessoas que de alguma forma estão en

atividades turísticas, já que os moradores da zona rural vivem exclusivamente da

lavoura e pecuária (BRITO, 2005), com isso, participando muito pouco das

atividades turísticas da região.

Para a escolha da população de visitantes, fora tomado como base os dados

do Projeto Sempre Viva (Parque

. Foi consenso entre os envolvidos nas atividades turísticas que quase a

totalidade das pessoas que fazem visitas aos atrativos turísticos do município, visita

o Parque Municipal de Mucugê, pois é de fácil acesso, contém atrativos naturais, um

centro de pesquisa e localiza-se nem perto do centro do município.

Para o cálculo do tamanho mínimo da amostra da população de moradores

urbanos, dos visitantes (turistas) e dos moradores que trabalha

turísticos foi utilizada a seguinte equação (TRIOLA, 1998):

n = N. no / N + no onde, n = Tamanho Mínimo da Amostra

ostra (Erro Amostral Tolerável)

inte equação:

N = Tamanho da População

no = Aproximação Inicial do tamanho da Am

Para calcular o erro amostral tolerável foi utilizada a segu

no = 1 / E2 onde, = Erro

optado por um erro amostral tolerável de 5%. Assim, foi

btida uma amostra representativa da população de moradores, de turistas e dos

E Amostral Tolerável

Desta forma, foi

o

moradores que trabalham nos serviços turísticos. A amostra foi composta por

indivíduos de ambos os sexos, na faixa etária de 10 a 92 anos. O cálculo da

amostragem apontou que o número mínimo de entrevistas com os moradores

urbanos fosse de 357, no entanto foram realizadas (n= 490 entrevistas), o número

mínimo de entrevistas com os turistas foi de 386, porém só foi possível realizar (n=

290 entrevistas), já que os turistas não se mostravam motivados para responderem

51

.3.3 Definição dos Instrumentos de Pesquisa

r foi selecionado um questionário

estruturado, validado e comumente utilizado em pesquisas na associação da

ativida

do Pentáculo do Bem-Estar no que tange a consistência

interna

riaram o PEVI – Perfil do Estilo de Vida Individual, composto de 15

(quinz

saúde e

ao questionário. Foi separada uma subcategoria por época de visitação dos turistas

onde foram entrevistados (n= 72 turistas) na baixa estação, (n= 132 turistas) na alta

estação e (n= 86 turistas) nos feriados prolongados. O número mínimo de

entrevistas com os moradores responsáveis pelos serviços turísticos foi de 89

entrevistas, contudo foram realizadas (n= 99 entrevistas).

5

Para análise do PEVI frente ao bem-esta

de física, saúde e qualidade de vida. Este questionário (Perfil do Estilo de

Vida Individual) foi desenvolvido pelos professores Nahas, Barros e Francalacci

(2000). Segundo Hernandez et ali. (2007) o PEVI tem sido com freqüência, utilizado

nas pesquisas da Educação Física e outras áreas da saúde (BAHIA, 2002;

BITTENCOURT et al., 2005; EIDAM, 2003; FOGAGNOLI, SILVA, CORRADO, 2005;

PONTES et al., 2005).

Contudo, Hernandez et ali. (2007) faz uma crítica a respeito do procedimento

utilizado pelos autores

do instrumento. No entanto, os números apresentados pelos autores do

Pentáculo do Bem-Estar são de que o instrumento apresenta uma fidedignidade de

0,74 a 0,93.

Nahas, Barros e Francalacci (2000), inspirados no modelo do Pentáculo do

Bem-Estar, c

e) itens divididos igualmente entre cinco fatores ou componentes, os quais

representam as pontas do pentagrama, são eles: a nutrição, a atividade física, o

comportamento preventivo, o relacionamento social e o controle do stress.

Nahas et al. (2000; 1996) consideram que o Pentáculo do Bem-Estar não é

algo novo, já que foi sistematizado em pressupostos importantes para a

qualidade de vida, através dos estudos mais recentes na associação do estilo de

vida com a saúde e qualidade de vida. O instrumento citado foi elaborado

inicialmente com adultos, sendo interpretado individual ou coletivamente

considerando os escores médios para um determinado grupo ou indivíduo.

52

em um

uestões ambientais, Santos e Magalhães (2007) apresentaram um

uesti

s numa ação de cidadania na busca do direito ao meio ambiente

vezes, tratando apenas

de cita

trumento simples, auto-

Escores correspondentes ao nível 3 (três) são sempre desejados pelos

pesquisadores, no entanto, níveis 0 (zero) indicam que o indivíduo ou grupo

ou em mais componentes devem ser orientados a programar mudanças de

comportamentos. Níveis 1 e 2 apenas pequenos ajustes nos valores e nos hábitos.

Porém, a idéia geral é que o grupo ou indivíduo reconheça positivamente a

necessidade de incrementar ou afastar um comportamento habitual, recebendo

informações e optando por oportunidades que possa levá-lo a uma vida com mais

qualidade.

Na falta de um instrumento que pudesse avaliar o perfil do estilo de vida

frente às q

q onário estruturado e validado com vistas a interagir com o avaliado a

responsabilidade de interferir positivamente sobre questões fundamentais do meio

ambiente.

O questionário proposto não procura culpado, e sim, busca inserir pessoas e

comunidade

estável, com qualidade e sustentabilidade (SANTOS & MAGALHÃES, 2007). Desta

forma, itens como o (1)comportamento ativista ecológico, a (2)preservação da

biodiversidade, a (3)diminuição do consumo, a (4)aquisição de valores ambientais e

a (5)prevenção da poluição foram inseridos no que foi chamado de Pentáculo do

Meio Ambiente. Instrumento que visa medir o grau de comprometimento das

pessoas frente aos problemas ambientais da nossa época.

A maioria dos instrumentos de avaliação de questões ambientais não prioriza

o envolvimento de ações individuais e/ou coletivas. Muitas

r o homem genericamente como único responsável por todos os problemas.

Foi escolhido este instrumento pelo seu destaque nos comportamentos que direta ou

indiretamente influenciam nas questões de conservação, preservação, envolvimento,

discussão, engajamento e valoração do ambiente a partir das atitudes e dos hábitos

que podem e devem ser modificados na medida em que a pessoa ou grupo

reconheça valor no novo comportamento a ser incorporado.

A avaliação dos escores obedece à mesma estrutura do Pentáculo do Bem-

Estar. Para este estudo, o Pentáculo do Meio Ambiente, ins

administrado, que inclue cinco aspectos relevantes ao meio ambiente (ativismo

ecológico, biodiversidade, consumo, valores ambientais e prevenção da poluição),

compostos de 15 (quinze) afirmativas que estão associadas à responsabilidade

53

dos itens auto-

s: comportamento não

desejá

lidade de vida e meio ambiente, na medida em

titudes, comportamentos e

ambiental (comportamento ativista nas ações e participações em campanhas,

manutenção/conservação da biodiversidade, utilização racional dos recursos

naturais, diminuição do consumo de água, energia e bens, revaloração do meio

ambiente com apreço aos produtos reciclados, orgânicos, eco-friendly e

biodegradáveis, atuação junto ao poder público para melhoria da habitação e

segurança, prevenção das diversas formas de poluição) seja aplicado de forma

individual e/ou em grupo, porém, sempre no propósito de avaliar as atitudes, valores,

hábitos e comportamentos relacionados às questões ambientais.

Além de responderem aos 15 itens do questionário, as pessoas são

estimuladas a hachurar as faixas representativas de cada um

avaliados, numa escala tipo Likert de quatro pontos para responder aos itens: de 0

significando “absolutamente não”, 1 “às vezes”, 2 “quase sempre” e 3 “sempre

verdadeira”, conforme instruções dos autores. Daí, conclui-se que 0 (ausência total

de tal característica) até 3 pontos (completa realização do comportamento

considerado) sirva para interpretação do objeto estudado.

Para interpretação dos resultados foi estabelecida uma escala de valores que

pudesse ajustar e definir padrões de comportamento

vel (= soma de 0-1 ponto), comportamento pouco desejável (= soma de 2-3

pontos), comportamento moderadamente desejável (= soma de 4-5 pontos),

comportamento próximo ao desejável (= soma de 6-7 pontos), comportamento

desejável (= soma de 8-9 pontos).

Os instrumentos citados podem servir para futuras proposições de programas

e projetos no âmbito da saúde, qua

que estes apontem dados significativos nos valores, atitudes, comportamentos e

hábitos de pessoas e grupos envolvidos nas pesquisas.

Uma representação gráfica do Pentáculo do Meio Ambiente em situações

favoráveis e desfavoráveis em relação aos valores, a

hábitos de pessoas e/ou grupos estão configuradas nas FIGURAS 8ª e 8b.

Quanto mais pintado for o Pentáculo, melhor o perfil do estilo de vida

individual, quando mais espaços brancos existirem nos Pentáculos, piores são os

perfis do estilo de vida individual.

54

FIGURA 8ª - Perfil ideal do estilo de vida FIGURA 8b - Perfil não desejável do estilo de vida

Para a avaliação da influência do estilo de vida ideal na elaboração dos

serviços turísticos foi elaborado um questionário semi-estruturado com 15 (quinze)

questões acerca da participação do estilo de vida frente ao meio ambiente e ao bem-

estar na construção e execução dos serviços turísticos. Ainda, o questionário consta

de perguntas sobre a participação do turismo na melhoria da qualidade de vida e na

preservação e conservação do meio ambiente e o nível de importância para a

elaboração dos serviços turísticos a partir do perfil do estilo de vida.

5.3.4 Procedimentos para Coleta de Dados Antes do início das coletas para configuração dos objetivos do estudo, foi feito

um levantamento dos dados primários como os da população e os dos serviços

turísticos. Estes levantamentos foram realizados entre os meses de abril e maio de

2006. Entrevistas com moradores e representantes do poder público local, além de

documentações levantadas foram importantes para a elaboração da população da

pesquisa.

Durante o processo de pesquisa realizaram-se 16 intervenções distribuídas

entre o período de agosto de 2006 a julho de 2007, a fim de que pudessem ser

avaliados turistas de baixa estação e feriados. Assim, foram realizadas dezesseis

(16) visitas de campo, distribuídas da seguinte forma: cinco (5) visitas de agosto a

55

novembro de 2006, quatro (4) entre dezembro e fevereiro de 2007, quatro (4) entre

março a maio de 2007 e por fim três (3) visitas entre junho e julho de 2007. Embora

estivesse no procedimento metodológico previamente definido no projeto inicial, as

datas das visitas de campo foram evoluindo e se adequando com relação à

realidade local.

A forma de abordagem inicial para o PEVI frente ao meio ambiente e frente ao

bem-estar era da utilização do instrumento de pesquisa (Pentáculo do Bem-Estar e

do Meio Ambiente) como questionário, auto-aplicável. No entanto, ao perceber que

dentre os moradores havia pessoas analfabetas, foi feita a escolha pela execução

dos instrumentos sob a forma de entrevistas, todas elas realizadas pelo pesquisador.

Entretanto, o instrumento para a avaliação da influência do estilo de vida ideal

na elaboração dos serviços turísticos, um instrumento semi-estruturado, fora

executado como questionário para a população censitária.

Para a escolha dos moradores foi feita uma estratificação dos locais de

moradia através de um sorteio contendo nome dos três (3) bairros da cidade (cidade

monumento, cidade histórica e cidade nova) de forma aleatória, a partir daí foram

sorteados quatro (ruas) por bairro. A escolha por morador foi feita de forma não

probabilística e intencional, era abordado o primeiro que se encontrava disponível

para a entrevista. A escolha dos indivíduos (turistas) se deu de forma não

probabilística e intencional, sendo sempre abordados nos momentos de preparação

para as trilhas e atrativos, bem como, no Parque Municipal de Mucugê.

5.3.5 Análise dos Dados

O objetivo geral do presente trabalho foi analisar o perfil do estilo de vida junto

à atividade de turismo na natureza, tomando como referência a cidade de Mucugê

na Chapada Diamantina. Para isso, foram trilhados caminhos importantes para a

aquisição de informações que pudessem retratar de forma eficaz esta análise.

Primeiramente, a verificação do perfil do estilo de vida individual (PEVI) frente ao

bem-estar através dos componentes do Pentáculo do Bem-Estar. O segundo foi à

verificação do perfil do estilo de vida individual (PEVI) frente ao meio ambiente

através dos componentes do Pentáculo do Meio Ambiente. O terceiro foi verificar a

relação do perfil do estilo de vida individual frente ao bem-estar com o perfil do estilo

56

de vida frente ao meio ambiente, correlacionando os dois perfis e por último uma

verificação da influência do perfil do estilo de vida ideal (ambiental e bem-estar) na

elaboração dos serviços turísticos da cidade de Mucugê.

Os resultados desta pesquisa serão apresentados de acordo o grupo da

população avaliada, no entanto, a análise será feita de forma conjunta, buscando

melhor a compreensão dos objetivos da pesquisa.

Inicialmente foram formados grupos de sujeitos da pesquisa entre moradores,

moradores que trabalham nos serviços turísticos e os turistas. Algumas variáveis

foram propostas para o cruzamento dos dados, dentre estas está o sexo, a idade, o

nível de escolaridade, a renda mensal em salários mínimos para todos os grupos. O

grupo de turistas apresenta ainda a variável época de visitação (alta temporada,

baixa temporada e feriados prolongados) e a freqüência anual de visitação em

ambientes naturais, excluindo destas áreas, as visitas em lugares de praia que não

tivesse a exclusividade da visita como atrativo turístico natural. Já que os interesses

dos turistas com envolvimento com a natureza possuem características singulares,

inclusive com a fuga de ambientes urbanos e mudança na rotina diária do estilo de

vida (EAGLE,1992). Para os grupos de moradores foi incluído a variável o tempo de

residência em anos.

Um processo de categorização foi implementado para melhor compreensão

das relações. Foi feita uma categoria da renda mensal em: menor que 1 a 3 salários

mínimos, de 3,1 a 10 salários mínimos e mais de 10 salários mínimos. O nível de

escolaridade foi categorizado em até o 1º grau completo7, o 2º grau e superior. O

tempo de residência dos moradores foi categorizado em até 3 anos, de 3,1 a 10

anos e superior a 10 anos. Para o número de visitas em ambientes naturais foi feita

uma categoria da seguinte forma: até 3 visitas/ano, de 4 a 6 visitas/ano e superior a

6 visitas/ano.

Ainda, em relação aos visitantes, o período de visitação foi categorizado por

época do ano, através dos períodos de baixa estação (compreendendo os meses de

março a maio e de agosto a novembro), períodos de alta estação (compreendendo

os meses de junho, dezembro, janeiro e fevereiro) e ainda o período dos feriados

prolongados.

7 Optou-se pela utilização do termo 1º e 2º grau em substituição ao ensino fundamental e ensino médio, visto que a população local tinha dificuldade em responder a questão.

57

Após obtenção dos dados foram delineadas planilhas para tratamento

estatístico. Para isto foi utilizado a Planilha Microsoft Excel versão 2003 para cálculo

de dispersão e geração dos gráficos, logo após os dados foram exportados para

uma análise das respostas através do pacote estatístico SPSS for Windows versão

7.5. A partir daí foram utilizados procedimentos estatísticos para resolução dos

objetivos da pesquisa. Para comparação das médias foi feita a análise de variância

ANOVA com testes de Tukey para as significâncias (p<0,05) e para as

determinações o modelo de regressão linear simples.

Foi feita uma estatística descritiva da freqüência dos sujeitos da amostra, para

isso, foi utilizada a média com desvio padrão da idade dos sujeitos, bem como de

todos os escores dos diversos componentes dos questionários (Pentáculo do Bem-

Estar e Pentáculo do Meio Ambiente). As somas de todos os componentes foram

tratadas também através da média e desvio padrão. Ainda foi realizada ainda uma

determinação entre os comportamentos do PEVI frente ao Bem-Estar (BE) e frente

ao Meio Ambiente (MA).

Uma análise discursiva do PEVI frente ao BE e ao MA foi feita através das

respostas ao questionário da influência do estilo de vida ideal nos serviços turísticos.

58

6 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Serão apresentados inicialmente os dados gerais das amostras, a partir daí

para melhor compreensão dos Pentáculos do Bem-Estar e do Meio Ambiente os

dados, serão apresentados juntos por população avaliada: moradores, turistas e

moradores envolvidos nos serviços turísticos, em seguida a determinação existente

entre os dois questionários e por fim, os dados do questionário que verifica a

influência do BE e do MA na elaboração dos serviços turísticos.

6.1 Dados Gerais da Amostra Ao analisarmos os dados da pesquisa, foi possível observar que a amostra

populacional avaliada foi composta por indivíduos de ambos os sexos e com faixa

etária entre 10 e 92 anos igual a (n=879) distribuídas em grupos de avaliados sendo

(n=490) moradores, (n=290) turistas e (n=99) moradores que trabalham em serviços

turísticos. Ainda foi avaliado o censo (n=26) dos serviços turísticos, pessoas já

entrevistadas pela categoria dos moradores - MSTUR.

Ao abordar o grupo de moradores da cidade de Mucugê observa-se que o

número de avaliados totais foi de (n=490) indivíduos com idade cronológica média

de 28,48 anos (± 14,37) com idade mínima de 10 e máxima de 92 anos, de ambos

os sexos composta de (n=248) indivíduos do sexo masculino (50,6%) e de (n=242)

do sexo feminino (49,4%). Do grupo de moradores avaliados, 37,8% (n=185)

possuem um nível de escolaridade até o ensino fundamental, 56,9% (n=279)

possuem o ensino médio e apenas 5,3% (n=26) possuem nível superior. Entre os

moradores avaliados, 86,3% (n=423) recebem menos que 3 salários mínimos

mensais, 12,4% (n=61) recebem entre 3,1 e 10 salários mínimos e 1,2% (n=6)

ganham mais que 10 salários mínimos mensais. Em relação ao tempo de residência

59

foi possível constatar que 16,7% dos moradores (n= 82) residem no município a

menos de 3 anos, 29,2% (n=143) moram na cidade entre 3,1 e 10 anos e 54,1%

(n=265) residem a mais de 10 anos na cidade de Mucugê.

Entre o grupo de moradores da cidade de Mucugê que trabalha em serviços

turísticos observou-se que o número de avaliados totais foi de (n=99) moradores

com idade cronológica média de 31,14 anos (± 12,25) com idade mínima de 14 e

máxima de 78 anos, de ambos os sexos composta de 53,5% de indivíduos do sexo

masculino (n=53) e 46,5% de indivíduos do sexo feminino (n=46). Destes, 17,2%

possuem um nível de escolaridade até o ensino fundamental (n=17), 68,7%

possuem o ensino médio (n=68) e 14,1% possuem nível superior (n=14). Entre os

avaliados 70,7% recebem menos que 3 salários mínimos mensais (n=70), 20,2%

recebem entre 3,1 e 10 salários mínimos (n=20) e 9,1% ganham mais que 10

salários mínimos mensais (n=9). Em relação ao tempo de residência foi possível

constatar que 7,17% dos moradores residem no município a menos de 3 anos (n=7),

17,2% moram na cidade entre 3,1 e 10 anos (n=17) e que 75,8% (n=75) residem a

mais de 10 anos na cidade de Mucugê.

Através dos dados foi percebido que os moradores da cidade de Mucugê

envolvidos nos serviços turísticos-MSTUR possuem um melhor nível de escolaridade

que os moradores avaliados envolvidos em outras atividades laborais (FIGURA 9).

Percebe-se ainda, que os moradores que trabalham nos serviços turísticos recebem

melhores salários médios que os demais moradores (FIGURA 10) e que estes

moradores residem a mais tempo na cidade de Mucugê conforme (FIGURA 11).

37,8%

17,2%

56,9%

Moradores MSTUR

68,7%

14,1%5,3%

Ensino Fundamental édioEnsino M Superior

Nível de Escolaridade

FIGURA 9 - Distribuição do Nível de Escolaridade entre os Moradores da Cidade de Mucugê.

60

86,3%

70,7%

12,4%20,2%

1,2% 9,1%

Moradores MSTUR

Até 3 SM 3,1 a 10 SM M

alarialMais de 10 S

Renda S

FIGURA 10: Distribuição da Renda Salarial dos Moradores da Cidade de Mucugê.

FIGURA 11: Distribuição do Tempo de Residência dos Moradores da

Moradores MSTUR

75,8%

54,1%

29,2%16,7% 17,2%

7,2%

Até 3 anos 3 a 10 anos Mais de 10 anosTempo de Residência

Cidade de Mucugê Através disto pode-se apontar que a atividade turística tem em seu corpo de

trabalhadores pessoas com melhor nível educacional, possuidores de uma renda

salarial e tempo de residência um pouco maior que os demais moradores. Isto pode

ser explicado pelo fato de alguns dos serviços turísticos optarem por pessoas com o

perfil educacional que possuam pelo menos o ensino médio e que conheçam melhor

as riquezas atrativas da cidade, consequentemente o pagamento de melhores

salários por se tratar de uma atividade um pouco mais especializada.

Ao abordar o grupo de turistas foi observado que o número total de avaliados

foi igual a (n=90) turistas com idade cronológica média de 29,96 anos (± 13,74) com

idade mínima de 11 e máxima de 72 anos, de ambos os sexos composta de 57,2%

de indivíduos do sexo masculino (n=166) e 42,8% do sexo feminino (n=124). Destes,

7,6% (n=22) possuem um nível de escolaridade até o ensino fundamental, 35,9%

(n=104) possuem o ensino médio e 56,6% (n=164) possuem nível superior. Entre os

avaliados 36,63% (n=106) recebem menos que 3 salários mínimos mensais, 39,7%

61

(n=115) recebem entre 3,1 e 10 salários mínimos e 23,8% (n=69) ganham mais que

10 salários mínimos mensais.

Em relação ao período de visitação dos turistas foi possível constatar que na

amostra composta pelos entrevistados, 24,8% de turistas visitaram a cidade de

Mucugê na Baixa Estação (n=72), 45,5% visitaram a cidade no período da Alta

Estação (n=132) e que 29,7% dos turistas (n=86) visitaram a cidade nos feriados

prolongados.

No que tange ao número de visitas dos turistas em ambientes naturais por

ano, 54,2% dos turistas visitam ambientes naturais até 3 vezes ao ano, 31% visitam

de 3 a 6 vezes ano e 14,8 vistam mais de 6 vezes ao ano os ambientes naturais.

6.2 Verificação do Perfil do Estilo de Vida relacionado ao Bem-Estar e relacionado ao Meio Ambiente

Para atender aos objetivos específicos desta pesquisa, foi necessário

apresentar o PEVI do BE e o PEVI do MA por categoria de população com posterior

comparação entre os grupos.

6.2.1 Análise dos Dados do PEVI dos Moradores da Cidade de Mucugê

Ao fazer uma análise do PEVI através do Pentáculo do Bem-Estar entre os

moradores da cidade de Mucugê foi possível constatar que a média obtida no

somatório dos 5 componentes (escala de 0 a 45 pontos) foi de 26,29 (± 6,63) com

valores de 6 a 43 pontos no escore.

No entanto fazendo uma análise por componente avaliado verifica-se que no

componente Nutrição a média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) foi

4,64 (± 2,30) e, o número total de avaliados por categoria de escore bem como o

percentual destes estão apresentados na TABELA 6 do APÊNDICE B. Contudo,

28,56% dos moradores (n=140) apresentaram um comportamento próximo ao

desejável e apenas 10,82% (n=53) um comportamento desejável.

62

Fazendo uma análise do componente Atividade Física a média dos escores

avaliados (escala de 0 a 9 pontos) foram 4,02 (± 2,53) e, o número total de avaliados

por categoria de escore bem como o percentual destes estão apresentados na

TABELA 7 do APÊNDICE B. Dentre os avaliados 27,35% (n=134) possuem um

comportamento pouco desejável e apenas 10,41% (n=51) o comportamento

desejável.

A análise do componente Comportamento Preventivo apresentou a média dos

escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 5,38 (± 2,29) e, o número total de

avaliados por categoria de escore, bem como, o percentual de destes estão

apresentados na TABELA 8 do APÊNDICE B. É importante assinalar que 32,86%

dos avaliados (n=161) apresentaram comportamento próximo ao desejável e 19,39%

(n=95) possuem o comportamento desejável.

O componente Relacionamento Social apresentou a média dos escores

(escala de 0 a 9 pontos) de 6,59 (± 1,98) e, o número total de avaliados por

categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 9 do

APÊNDICE B. Contudo, este componente apresenta o melhor perfil dentre os

demais componentes do BE para esta amostragem, onde 38,78% (n=190) possuem

um comportamento desejável e 34,90% (n=171) um comportamento próximo ao

desejável.

Uma análise do componente Controle do Stress mostra uma média dos

escores (escala de 0 a 9 pontos) de 5,66 (± 2,19) e, o número total de avaliados por

categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 10 do

APÊNDICE B. Neste componente, 28,56% dos avaliados (n=140) possuem um

comportamento próximo ao desejável e 10,81% (n=53) um comportamento

desejável.

Através da análise do Pentáculo do Meio Ambiente dos moradores da cidade

de Mucugê foi possível constatar que a média obtida no somatório dos 5

componentes (escala de 0 a 45 pontos) foi de 26,26 (± 6,87) com valores de 7 a 45

pontos no escore.

Com relação ao componente Ativismo Ecológico dos moradores, apresentam

uma média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 3,54 (± 2,56) e, o

número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o percentual de

destes estão apresentados na TABELA 11 do APÊNDICE B. Contudo, 31,20% dos

avaliados (n=153) possuem um comportamento pouco desejável e apenas 9,69%

63

(n=47) possuem um comportamento desejável, destacando este componente como

o pior perfil dentre os demais componentes avaliados para o MA.

Uma análise do componente Biodiversidade mostra uma média dos escores

(escala de 0 a 9 pontos) de 5,60 (± 2,31) e, o número total de avaliados por

categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 12 do

APÊNDICE B. Porém, dentre os avaliados 30,21% (n=148) possuem um

comportamento próximo ao desejável e 24,09% (n=118) um comportamento

desejável.

Com relação ao componente Consumo dos moradores apresenta-se uma

média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 3,54 (± 2,56) e, o número

total de avaliados por categoria de escore, bem como, o percentual destes estão

apresentados na TABELA 13 do APÊNDICE B. Contudo, este componente

apresenta o melhor perfil dentre os demais componentes do MA com 43,88%

(n=215) apresentando um comportamento desejável e 29,18% (n=143) um

comportamento próximo ao desejável.

Uma análise do componente Valores Ambientais mostra uma média dos

escores (escala de 0 a 9 pontos) de 4,30 (± 2,33) e, o número total de avaliados por

categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 14 do

APÊNDICE B. Neste componente, 27,34% dos avaliados (n=134) adotam um

comportamento moderadamente desejável, enquanto apenas 9,18% (n=45) adotam

um comportamento desejável.

A análise do componente Prevenção da Poluição mostra uma média dos

escores (escala de 0 a 9 pontos) de 6,09 (± 2,07) e, o número total de avaliados por

categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 15 do

APÊNDICE B. Porém, este componente também apresenta um bom perfil para o MA

quando entre os moradores 39,18% (n=192) apresentaram um comportamento

próximo ao desejável e 26,32% (n=129) adotaram um comportamento desejável.

A FIGURA 12 apresenta a média do PEVI por componente avaliado através

do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente – Moradores.

64

4,644,02

6,87 6,595,66

3,54

5,61

6,73

4,31

6,09

012345678

Nutriçã

o

Ativ.Físi

ca

Comp.P

reventi

vo

Relac.S

ocial

Cont.d

o Stress

Ativism

o Ecol.

Biodive

rsida

de

Consu

mo

Val.Ambien

tais

Prev. d

a Polui

ção

Esco

res

de 0

-9

FIGURA 12: Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente – Moradores.

Observa-se, segundo as médias apresentadas, que os moradores da cidade

de Mucugê possuem um PEVI bem semelhante para os perfis avaliados, tanto do

PEVI do Bem-Estar (26,29) quanto do PEVI do Meio Ambiente (26,26). No entanto,

vale ressaltar que os componentes Comportamento Preventivo e Relacionamento

Social (BE), Consumo e Prevenção da Poluição (MA) são os que apresentaram os

melhores perfis, estando bem próximo ao desejável, enquanto Atividade Física (BE)

e Ativismo Ecológico (MA) são os que apresentaram o pior perfil dentre os

componentes avaliados, necessitando de uma modificação nos valores e

comportamentos.

O baixo perfil da nutrição deve estar associado à baixa renda e pela falta de

educação nutricional por parte da população, já que existe disponibilidade de

alimentos saudáveis na região. No que tange ao pouco nível habitual de atividade

física é explicado pelo tamanho da cidade ser pequena e com isso necessitar de

poucos deslocamentos, além de não ter disponibilidade de espaços esportivos e

locais apropriados para exercícios físicos, e, por mais paradoxal que pareça, poucos

são os moradores que se integram às trilhas locais, preferindo sempre os lugares

mais próximos.

No entanto, é percebido que mesmo morando num ambiente urbano, muito

próximo ao ambiente natural os moradores não possuírem um perfil adequado ao

ativismo ecológico e aos valores ambientais.

65

A cidade sendo pequena mostra evidencias de um melhor relacionamento

social por parte dos habitantes. O fato de o componente comportamento preventivo

apresentar-se com melhor perfil é explicado pelo caso de que poucos são os

moradores que possuem ou necessitam de automóveis. Quanto ao componente

consumo ter apresentado um perfil mais adequado pode ser explicado também pela

baixa renda e pela pouca disponibilidade de produtos. No entanto, o fato de o

componente prevenção da poluição apresentar-se num perfil próximo ao ideal é

explicado pela prefeitura municipal ter implantado um programa de coleta seletiva

dos resíduos. Fato que se opõe à posição de Brito (2005) quando o mesmo aponta

que apenas 36% dos domicílios fazem coleta de lixo.

6.2.2 Análise dos Dados do PEVI dos Visitantes/Turistas

Ao realizar uma análise do PEVI através do Pentáculo do Bem-Estar entre os

turistas que visitaram a cidade de Mucugê foi possível constatar que a média obtida

no somatório dos 5 componentes (escala de 0 a 45 pontos) foi de 27,93 (± 6,30) com

valores de 9 a 41 pontos no escore.

No entanto, fazendo uma análise por componente avaliado verificou-se que

no componente Nutrição a média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) foi

4,67 (± 2,19) e, o número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o

percentual de destes estão apresentados na TABELA 16 do APÊNDICE B. Contudo,

35,17% dos turistas (n=102) apresentaram um comportamento moderadamente

desejável e apenas 10,69% (n=31) um comportamento desejável.

Fazendo uma análise do componente Atividade Física a média dos escores

avaliados (escala de 0 a 9 pontos) foi de 5,05 (± 2,76) e, o número total de avaliados

por categoria de escore, bem como, o percentual destes estão apresentados na

TABELA 17 do APÊNDICE B. Dentre os avaliados 29,31% (n=85) possuem um

comportamento próximo ao desejável e 21,39% (n=621) o comportamento desejável.

A análise do componente Comportamento Preventivo apresentou a média dos

escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 6,51 (± 2,19) e, o número total de

avaliados por categoria de escore, bem como, o percentual destes estão

apresentados na TABELA 18 do APÊNDICE B. É importante assinalar que 41,38%

66

dos avaliados (n=120) apresentaram comportamento desejável e 28,97% (n=84)

possuem o comportamento próximo ao desejável.

O componente Relacionamento Social apresentou a média dos escores

(escala de 0 a 9 pontos) de 6,72 (± 1,93) e, o número total de avaliados por

categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 19 do

APÊNDICE B. Contudo, este componente apresenta também, como no caso dos

moradores, o melhor perfil dentre os demais componentes do BE para esta

amostragem, onde 37,59% (n=109) possuem um comportamento desejável e

41,03% (n=119) um comportamento próximo ao desejável.

O componente Controle do Stress mostra uma média dos escores (escala de

0 a 9 pontos) de 4,98 (± 2,04) e, o número total de avaliados por categoria de escore

e o percentual destes estão apresentados na TABELA 20 do APÊNDICE B. Neste

componente, 37,24% dos avaliados (n=108) possuem um comportamento

moderadamente desejável e apenas 10,34% (n=30) um comportamento desejável.

Através da análise do Pentáculo do Meio Ambiente dos turistas da cidade de

Mucugê foi possível constatar que a média obtida no somatório dos 5 componentes

(escala de 0 a 45 pontos) foi de 24,78 (± 6,80) com valores de 7 a 43 pontos no

escore.

O componente Ativismo Ecológico dos turistas visitantes da cidade de

Mucugê apresentou uma média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de

4,14 (± 2,16) e, o número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o

percentual destes estão apresentados na TABELA 21 do APÊNDICE B. Contudo,

31,03% dos avaliados (n=90) possuem um comportamento pouco desejável e

apenas 5,5% (n=16) possuem um comportamento desejável, destacando este

componente como o pior perfil dentre os demais componentes avaliados para o MA.

Uma análise do componente Biodiversidade mostra uma média dos escores

(escala de 0 a 9 pontos) de 4,99 (± 2,36) e, o número total de avaliados por

categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 22 do

APÊNDICE B. Porém, dentre os avaliados 29,31% (n=85) possuem um

comportamento moderadamente desejável e 16,20% (n=47) um comportamento

desejável.

O componente Consumo dos turistas visitantes da cidade de Mucugê

apresentou uma média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 6,24 (±

2,10) e, o número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o

67

percentual destes estão apresentados na TABELA 23 do APÊNDICE B. Contudo,

este componente apresenta-se como melhor perfil dentre os demais componentes

do MA com 37,59% (n=109) dos entrevistados apresentando um comportamento

próximo ao desejável e 31,03% (n=90) um comportamento desejável.

Uma análise do componente Valores Ambientais mostra uma média dos

escores (escala de 0 a 9 pontos) de 4,32 (± 2,14) e, o número total de avaliados por

categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 24 do

APÊNDICE B. Neste componente, 28,62% dos avaliados (n=83) adotaram um

comportamento pouco desejável, enquanto apenas 4,49% (n=45) adotaram um

comportamento desejável, destacando-se também como um perfil baixo de

comportamento frente aos valores ambientais

A análise do componente Prevenção da Poluição mostra uma média dos

escores (escala de 0 a 9 pontos) de 5,09 (± 2,23) e, o número total de avaliados por

categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 25 do

APÊNDICE B. Neste componente os turistas 32,07% (n=93) apresentaram um

comportamento próximo ao desejável e 13,79% (n=40) adotaram um comportamento

desejável.

A FIGURA 13 apresenta a média do PEVI por componente avaliado através

do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente - Turistas.

5,094,32

6,24

4,994,14

4,98

6,726,51

5,054,67

012345678

Nutriçã

o

Ativ. Físic

a

Comp.

Preven

tivo

Relac. S

ocial

Contro

le do

Stress

Ativ. Ecol

ógico

Biodive

rsida

de

Consu

mo

Val. Ambie

ntais

Prev. d

a Poluiç

ão

Esco

re 0

- 9

FIGURA 13: Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente – Turistas.

Observou-se, segundo as médias apresentadas, que os turistas visitantes da

cidade de Mucugê possuem um PEVI um pouco melhor em relação ao BE (27,93) do

que ao MA (24,78). No entanto, vale ressaltar que os componentes Comportamento

68

Preventivo e Relacionamento Social (BE) e Consumo (MA) são os que apresentaram

melhores perfis, estando mais próximo ao desejável, enquanto os componentes

Nutrição, Controle do Stress do (BE), Ativismo Ecológico e Valores Ambientais (MA)

são os que apresentaram os piores perfis dentre os componentes avaliados,

necessitando de uma intervenção para mudanças de valores e comportamentos.

Os hábitos nutricionais inadequados parece ser uma constante na sociedade

moderna, já que este grupo também apresentou um perfil baixo para este

componente. O fato de o componente controle do stress apresentar-se baixo nesta

população pode ser explicado inclusive pela intenção da busca por destinos naturais

como atrativo turístico conforme (EAGLES, 1992; MCKERCHER, 2002). Para a

população avaliada apresentar também um comportamento ativista ecológico baixo,

além da preocupação com a biodiversidade e com os valores ambientais baixos

pode ser analisado pelo fato de existam poucas intervenções educativas para o meio

ambiente, tanto em relação ao ambiente formal (escola) quanto o não-formal (fora da

escola) ou mesmo que as pessoas não estão ainda sensibilizadas para a questão.

Na metodologia deste estudo foi sugerida a verificação do período de

visitação do turista transformando-se numa subcategoria, turistas na Alta

Temporada, Baixa Temporada e nos Feriados Prolongados, já que foi observado

que o interesse pelo contato em áreas naturais era distinto de acordo a época de

visitação, bem como a freqüência com que se visitam estas áreas.

No entanto, foram apresentados dados pouco significativos entre os 3 grupos

da subcategoria época de visitação, que era uma dúvida que se apresentava na

abordagem do problema. No entanto, pode ser observado na FIGURA 22 que os

turistas que procuram os feriados prolongados para a visitação em áreas naturais

possuem um discreto melhor PEVI para o (BE) em 4 componentes e também um

discreto PEVI acima para o (MA) em 3 componentes quando comparados aos

demais grupos.

69

FIGURA 14: Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo

Feriados ProlongadosBaixa Temporada Alta Temporada

do Meio Ambiente dos grupos de Turistas nos períodos de visitação.

A FIGURA 15 apresenta a média do somatório dos 5 componentes dos

Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente. A partir disto, pode se

perceber uma semelhança entre os grupos por época de visitação, contudo há uma

modesta superioridade do PEVI dos turistas que visitam em feriados prolongados.

FIGURA 15: Média do PEVI do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente dos grupos de Turistas nos períodos de visitação. O fato do grupo de turistas que freqüentam os ambientes naturais em feriados

prolongados ter apresentado o melhor perfil relacionado ao meio ambiente poder ser

4,83

5,97

5,5,27

15

60

6,14

4,43

4,94

4,45

6 5

4,374,69

14

6

3,85

4,25

7,07

4,65

Nut

rição

,5

6,92,78

6,58

6,16

4,4,86

4,4,37

5,29

6,08

4,37

4,895,05

4,14

5,48A

tiv. F

ísic

a

Rel

ac. S

ocia

l

Ativ

. Eco

lógi

co

Con

sum

o

Esco

res

0 - 9

Com

p. P

reve

ntiv

o

Con

trole

do

Stre

ss

Bio

dive

rsid

ade

Val

. Am

bien

tais

Pre

v. d

a P

olui

ção

27,25 26,8430,17

24,00 24,77 25,43

0

5

10

15

20

25

30

35

Bem-Estar Meio Ambiente

Baixa Temporada Alta Temporada Feriados Prolongados

70

explicado por nestes feriados terem a maior participação de escolares em programas

práticos de educação ambiental. A idade média para este grupo foi de 20,77 anos (±

5,48), bem menor que a média de todas as populações (28,48 anos). Em relação ao

perfil do bem-estar pode ser explicado por os indivíduos estarem menos susceptíveis

ao stress, terem melhores relacionamentos, comum da idade escolar e um nível

maior habitual de atividades físicas pela idade jovem e desvinculo com o mundo do

trabalho. 6.2.3 Análise dos Dados do PEVI - Moradores dos Serviços Turísticos - MSTUR

Ao fazer uma análise do PEVI através do Pentáculo do Bem-Estar entre os

moradores da cidade de Mucugê que trabalham no serviço turístico, ou seja,

Moradores do Serviço Turístico – MSTUR foi utilizada uma amostra bastante

significativa. Com isso, foi possível constatar através das entrevistas que a média

obtida no somatório dos 5 componentes (escala de 0 a 45 pontos) foi 27,46 (± 5,81)

com valores variando entre 13 a 39 pontos no escore.

No entanto, fazendo uma análise por componente avaliado verifica-se que no

componente Nutrição a média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) foi de

4,17 (± 2,39) e o número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o

percentual destes estão apresentados na TABELA 26 do APÊNDICE B. Contudo,

30,30% dos MSTUR (n=30) apresentaram um comportamento pouco desejável e

apenas 6,60% (n=6) um comportamento desejável.

Fazendo uma análise do componente Atividade Física a média dos escores

avaliados (escala de 0 a 9 pontos) foi de 5,05 (± 2,62) e o número total de avaliados

por categoria de escore, bem como, o percentual destes estão apresentados na

TABELA 27 do APÊNDICE B. Dentre os avaliados 32,32% (n=32) possuem um

comportamento próximo ao desejável e 19,19% (n=19) o comportamento desejável.

A análise do componente Comportamento Preventivo apresentou a média dos

escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 5,58 (± 2,33) e o número total de

avaliados por categoria de escore, bem como, o percentual destes estão

apresentados na TABELA 28 do APÊNDICE B. É importante assinalar que 31,31%

dos avaliados (n=31) apresentaram comportamento próximo ao desejável e 22,22%

(n=22) possuem o comportamento desejável.

71

O componente Relacionamento Social apresentou a média dos escores

(escala de 0 a 9 pontos) de 7,41 (± 1,70) e o número total de avaliados por categoria

de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 29 do APÊNDICE

B. Contudo, este componente apresenta o melhor perfil dentre os demais

componentes do BE para esta amostragem, onde 55,55% (n=55) possuem um

comportamento desejável e 32,32% (n=32) um comportamento próximo ao

desejável.

Uma análise do componente Controle do Stress mostra uma média dos

escores (escala de 0 a 9 pontos) de 5,25 (± 2,12) e o número total de avaliados por

categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 30 do

APÊNDICE B. Neste componente, 32,31% dos avaliados (n=310) possuem um

comportamento próximo ao desejável e 16,16% (n=16) um comportamento

desejável.

Através da análise do Pentáculo do Meio Ambiente dos moradores da cidade

de Mucugê que trabalham no serviço turístico – MSTUR foi possível constatar que a

média obtida no somatório dos 5 componentes (escala de 0 a 45 pontos) foi de

31,68 (± 7,40) com valores de 13 a 44 pontos no escore.

Ao ser analisado o componente Ativismo Ecológico dos moradores - MSTUR

este apresentou uma média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 5,41

(± 2,66) e o número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o

percentual destes estão apresentados na TABELA 31 do APÊNDICE B. Contudo,

28,28% dos avaliados (n=28) possuem um comportamento desejável e 24,24%

(n=24) possuem um comportamento próximo ao desejável.

A análise do componente Biodiversidade mostra uma média dos escores

(escala de 0 a 9 pontos) de 6,71 (± 2,30) e o número total de avaliados por categoria

de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 32 do APÊNDICE

B. Porém, dentre os avaliados 45,45% (n=45) possuem um comportamento

desejável e 30,30% (n=30) um comportamento próximo ao desejável.

Ao analisar o componente Consumo dos moradores, este se apresenta com

uma média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 6,88 (± 2,16) e o

número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o percentual de

destes estão apresentados na TABELA 33 do APÊNDICE B. Contudo, este

componente apresentou um bom perfil dentre os demais componentes do MA com

72

51,52% (n=51) apresentando um comportamento desejável e 21,21% (n=21) um

comportamento próximo ao desejável.

A análise do componente Valores Ambientais mostra uma média dos escores

(escala de 0 a 9 pontos) de 5,61 (± 2,42) e o número total de avaliados por categoria

de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 34 do APÊNDICE

B. Neste componente, 34,34% dos avaliados (n=34) adotaram um comportamento

próximo ao desejável, enquanto 24,24% (n=24) adotaram um comportamento

desejável.

A análise do componente Prevenção da Poluição mostra uma média dos

escores (escala de 0 a 9 pontos) de 7,07 (± 1,94) e o número total de avaliados por

categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 35 do

APÊNDICE B. Porém, este componente apresentou o melhor perfil para o MA

quando entre os moradores 46,46% (n=46) apresentaram um comportamento

desejável e 32,32% (n=32) adotaram um comportamento próximo ao desejável.

A FIGURA 16 apresenta a média do PEVI por componente avaliado do

Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente – MSTUR dos moradores

da cidade de Mucugê que estão envolvidos nos serviços turísticos.

7,075,61

6,886,715,415,25

7,41

5,585,054,17

012345678

Nutriçã

o

Ativ. F

ísica

Compo

rt. Preve

ntivo

Relac.

Social

Contro

le do

Stress

Ativ. E

cológ

ico

Biodive

rsida

de

Consu

mo

Valores

Ambie

ntais

Prev. d

a Polui

ção

Esco

res

0 - 9

FIGURA 16: Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente – MSTUR.

Através dos dados obtidos observou-se que os moradores envolvidos nos

serviços turísticos da cidade de Mucugê possuem um PEVI distinto para o Bem-

Estar (27,46) e para o Meio Ambiente (31,68). No entanto, vale ressaltar que o

componente Comportamento Preventivo e Relacionamento Social (BE) e

73

Biodiversidade, Consumo e Prevenção da Poluição (MA) são os que apresentaram

melhores perfis, estando bem próximo ao desejável.

O baixo perfil da nutrição pode ser explicado também pela pequena renda e

pela falta de educação nutricional por parte da população, já que existe

disponibilidade de alimentos saudáveis na região. No que tange ao baixo nível

habitual de atividade física pode ser explicado pelo tamanho da cidade ser pequena

e necessitar de poucos deslocamentos, além de não ter disponibilidade de espaços

esportivos e locais apropriados para exercícios físicos, o que é uma constante em

todo o território brasileiro e em especial na região Nordeste (NAHAS 2001). Nesta

população, apenas os guias possuem um maior nível habitual de atividades físicas,

característico da função exercida em ambientes naturais. No entanto, para esta

população, apresenta-se um controle do stress também baixo, mostrando talvez uma

carga de trabalho excessiva.

O esclarecimento de esta população apresentar-se como a que melhor possui

um PEVI para o MA pode ser elucidado pelo fato de que exista frequentemente

cursos de capacitação e informação a respeito do meio ambiente feito por órgãos

públicos e associações, além desta população servir de exemplo para as ações

implantadas pela Prefeitura Municipal, através dos setores responsáveis.

6.2.4 Análise dos Dados do PEVI Entre Grupos

Com todos os dados obtidos e analisados é possível apresentar a diferença

existente em o PEVI do Bem-Estar entre os grupos avaliados, bem como, apresentar

diferenças existentes entre o PEVI do Meio Ambiente. Observando na FIGURA 17

pode-se afirmar que o grupo dos moradores – MSTUR possui um PEVI relacionado

ao MA melhor que os demais grupos em todos os componentes, no entanto, o PEVI

frente ao BE é melhor neste grupo em apenas 2 componentes, tendo o

relacionamento social atingido o melhor perfil dentre todos os grupos avaliados. O

que vem corroborar com a posição de Moraes (2006) de que o turismo rural, citado

no exemplo, melhora a qualidade de vida das pessoas que trabalham em serviços

turísticos.

74

Para o grupo dos turistas é apresentado um PEVI mais adequado no

componente comportamento preventivo e para o grupo de moradores apresenta-se

um PEVI mais adequado apenas no componente controle do stress.

4,64

4,02

5,38

6,59

5,66

3,54

5,60

6,73

4,3

6,09

4,67 5,05

6,516,72

4,98

4,14

4,99

6,24

4,32

5,09

4,17

5,055,58

7,41

5,25 5,41

6,71 6,88

5,61

7,07

Nut

rição

Ativ

. Fís

ica

Com

p. P

rev.

Rel

ac. S

ocia

l

Con

t. S

tress

Ativ

. Eco

lóg.

Bio

dive

rsid

.

Con

sum

o

Val

ores

Am

b..

P.d

a P

olui

ção

Moradores Turistas MSTUR

Esco

res

0 - 9

FIGURA 17: Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente dos 03 grupos avaliados.

A FIGURA 18 apresenta a média do somatório dos 5 componentes dos

Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente. Com isso, percebe-se

uma diferença entre os grupos de turistas e dos MSTUR referentes ao PEVI do BE e

PEVI do MA, no entanto, há uma semelhança para o grupo de moradores. Contudo,

existe um melhor PEVI do MA para o grupo do MSTUR.

75

26,29 27,93 27,46 26,26 24,78

31,68

0

5

10

15

20

25

30

35

Bem-Estar Meio Ambiente

Morador Turista MSTUR

FIGURA 18: Média do PEVI do Pentáculo do BE e do Pentáculo do MA dos 03 grupos avaliados. Portanto, após os dados obtidos e na busca de responder os objetivos da

pesquisa, podemos verificar a evidência do PEVI dos moradores que trabalham em

serviços turísticos ser o que melhor se apresenta dentre os grupos avaliados, com

uma ênfase positiva no PEVI do MA, fato que pode ser explicado pelo envolvimento

das pessoas nas atividades turísticas ambientais, desta forma tendo um melhor

comportamento frente à preservação e conservação do meio ambiente. Esta média

sugere que o grupo do MSTUR esteja relacionado ao comportamento bem próximo

ao ideal. No entanto, é interessante avaliar que dentre os grupos avaliados, todos

estão com um PEVI referente ao BE relacionado ao comportamento moderadamente

desejável. Assim, necessitando de intervenção para modificação de valores, atitudes

e comportamentos, bem como o PEVI relacionado ao MA dos grupos de moradores

e turistas quando se apresenta também relacionado ao comportamento

moderadamente desejável.

6.3 Análise da determinação entre o PEVI relacionado ao BE e do PEVI relacionado ao MA.

Para a determinação do PEVI do Bem-Estar com o PEVI do Meio Ambiente

foi utilizada uma regressão linear simples com equação para cada determinação e

uma significância através da ANOVA.

A determinação do PEVI do BE com o PEVI do MA entre o grupo de

moradores pode ser explicada através da equação y = 0513x + 12,769. A regressão

76

linear e ANOVA foram calculadas nos resultados das dependências a um nível de

significância (p<0,05), que podem ser observadas na FIGURA 19 e na TABELA 3.

R2 = 0,2449

05

101520253035404550

0 10 20 30 40

MA

BE

50

FIGURA 19: Tabela de Determinação entre o PEVI do

BE e o PEVI do MA entre os Moradores. TABELA 3: Nível de significância da determinação entre o PEVI do BE e do

PEVI do MA para os moradores.

5653,569 1 5653,569 158,291 ,000a

17429,543 488 35,71623083,112 489

RegressionResidualTotal

Model1

Sum ofSquares df

MeanSquare F Sig.

ANOVAb

Predictors: (Constant), TOTAL BEa.

Dependent Variable: TOTAL MAb.

A determinação do PEVI do BE com o PEVI do MA entre o grupo de turistas

pode ser explicada através da equação y = 0,3132x + 16,027. A regressão linear e

ANOVA foram calculadas nos resultados das dependências a um nível de

significância de (p<0,05), que podem ser observadas na FIGURA 20 e na TABELA

4.

R2 = 0,0844

05

101520253035404550

0 10 20 30 40

MA

BE

50

FIGURA 20: Determinação entre o PEVI do BE e o PEVI do

77

MA entre os Turistas.

TABELA 4: Nível de significância da determinação entre o PEVI do BE e do

PEVI do MA para os turistas.

1126,479 1 1126,479 26,536 ,000a

12225,952 288 42,45113352,431 289

RegressionResidualTotal

Model1

Sum ofSquares df

MeanSquare F Sig.

ANOVAb

Predictors: (Constant), TOTAL BEa.

Dependent Variable: TOTAL MAb.

A determinação do PEVI do BE com o PEVI do MA entre o grupo de

moradores que trabalham nos serviços turísticos pode ser explicada através da

equação y = 0,6376x + 14,164. A regressão linear e ANOVA foram calculadas nos

resultados das dependências a um nível de significância (p<0,05), que podem ser

observadas na FIGURA 21 e na TABELA 5.

R2 = 0,2504

05

101520253035404550

0 10 20 30 40

MA

BE

50

FIGURA 21: Determinação entre o PEVI do BE e o PEVI do

MA entre os Moradores dos Serviços Turísticos.

TABELA 5: Nível de significância da determinação entre o PEVI do BE e do

PEVI do MA para os moradores dos serviços turísticos.

78

1342,775 1 1342,775 32,409 ,000a

4018,882 97 41,4325361,657 98

RegressionResidualTotal

Model1

Sum ofSquares df

MeanSquare F Sig.

ANOVAb

Predictors: (Constant), TOTAL BEa.

Dependent Variable: TOTAL MAb.

Foi feita uma regressão linear e uma ANOVA para a análise do grupo de

turistas por período de visitação. No entanto, os dados obtidos não apresentam

diferenças expressivas entre o grupo de turistas.

Através dos dados foi possível perceber que existe uma detrminação baixa

entre todos os componentes avaliados, sempre por volta de 25% (r=0,25) entre os

tipos de moradores e por volta de 9% (r=0,084) para os turistas, no entanto, quando

analisado o período de visitação dos turistas foi constatada uma determinação por

volta de 20% (r=0,204) entre os turistas da baixa estação, de 2% (r=0,020) para os

turistas da alta estação e 12% (r=0,125) para os turistas do feriado prolongado,

contudo, apresenta-se uma significância alta também entre todos os componentes

avaliados.

Foram feitos recortes com determinações em conjunto de todas as

populações com as variáveis idades (BE) (r=0,210) e (MA) (r=0,246), sexo (BE)

(r=0,184) e (MA) (r=0,146), escolaridade (BE) (r=0,149) e (MA) (r=0,084), renda (BE)

(r=0,131) e (MA) (r=0,120), visitas/ano (BE) (r=0,126) e (MA) (r=0,102), todos com a

significância (p < 0,05), porém, todos os recortes apresentam determinação baixa.

Quando comparadas às médias do PEVI do BE e do PEVI do MA com o

número de visitas/ano, onde até 3 visitas/ano (n=157), de 3 a 6 vistas/ano (n=90) e

mais 6 vistas/ano (n=43) foram encontradas diferenças significativas (p < 0,05),

expostas na FIGURA 22.

79

FIGURA 22: Média do PEVI do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente dos

27,123,96

28,9325,5

28,86 26,26

até 3/ano 3 a 6/ano mais de 6/ano Bem-Estar Meio Ambiente

números de visitas por ano em ambientes naturais pelos turistas.

Conforme demonstra a figura acima, o PEVI do MA é um pouco afetado pelo

número de visitas/ano, permitindo evidenciar que quanto mais se fazem vistas a

ambientais naturais melhor o PEVI, no entanto, o PEVI do BE não é afetado pelas

visitas a ambientes naturais, havendo uma diferença mais significativa entre os dois

primeiros casos, até 3/ano e 3 a 6/ano (p<0,05).

O fato é que existe uma pouca determinação entre o PEVI do BE e o PEVI do

MA, constatando que nem sempre quando um perfil é desejável ou não-desejável o

outro também seja desejável ou não-desejável, desta forma não comprovando uma

das hipóteses para este estudo que indicava a relação do PEVI do BE com o PEVI

do MA.

6.4 Análise da influência do PEVI ideal na elaboração dos serviços turísticos da cidade de Mucugê.

No sentido de atender a comprovação de uma das hipóteses desta pesquisa,

foi necessário apresentar dados que pudessem demonstrar a influência do PEVI

ideal na elaboração dos serviços turísticos da cidade de Mucugê.

Para dar andamento às discussões faz-se necessária apresentar as

características do censo dos serviços turísticos, onde dos 26 estabelecimentos

entrevistados e existentes, 8 eram pousadas, 3 estavam entre ACVM, Poder Público

(Secretaria Municipal de Turismo e Meio Ambiente) e Parque Municipal de Mucugê,

80

7 eram bares, restaurantes e pizzarias, 2 eram museus e 6 estabelecimentos entre

lojas, receptivos, agências e locadoras de automóveis.

Ao fazer uma análise da amostra foi possível identificar que a média de

funcionários dos serviços foi de 6,15 funcionários (±6,3), o número médio de clientes

mensais foi de 336,19 clientes/mês (±350) variando de acordo o tipo de serviço

turístico, o tempo de existência do serviço foi de 5,69 anos (±3,2).

Para medir a influência do estilo de vida nos serviços turísticos foi elaborado

um questionário semi-estruturado com 15 itens – APÊNDICE A, sendo 13 deles a

respeito da influência dos componentes do PEVI do BE e do PEVI do MA, além da

relação do turismo com a saúde e qualidade de vida. Os 2 últimos itens do

questionário referem-se à prática de alguns segmentos do turismo no

estabelecimento e sobre a importância de implantar serviços, ações, procedimentos

ou ter atitudes para associar o turismo junto à natureza com o bem-estar e o meio

ambiente. O grau de influência destes itens com a elaboração do serviço turístico

está exposto na FIGURA 23.

0102030405060708090

% da

s res

posta

s

p1 p2 p3 p4 p5 p6 p7 p8 p9 p10 p11 p12

Perguntas

Nenhum Pouco Importante Muito Essencial

FIGURA 23: Média das respostas do questionário que investiga a relação do grau de influência do estilo de vida ideal na elaboração dos serviços turísticos - Números relativos. Como pode ser observado na FIGURA 23 existe uma relação pouco

significativa em grau de importância dos serviços turísticos estarem atrelados ao

PEVI ideal do BE e do PEVI MA. Observa-se que os itens ligados aos componentes

Ativismo Ecológico - p1 (80%), Biodiversidade - p-2 (81%) e Prevenção da Poluição -

p-5 (93%) possuem um grau de importância entre estar muito importante e

essencialmente vinculados com os PEVI do MA. Nenhum componente do PEVI do

BE – p6 a p-10 obteve um grau elevado de muita importância ou essencial para

estar relacionado com a elaboração dos serviços turísticos.

81

Com isso, podemos concluir que os serviços turísticos prestados pela cidade

de Mucugê tiveram pouca influência pelos componentes do PEVI do BE, nutrição

adequada, atividade física habitual, comportamento preventivo, relacionamento

social e controle do stress, corroborando com uma das hipóteses deste estudo.

É um equívoco, já que as atividades turísticas em geral estão associadas ou

mesmo, tenta promover o bem-estar dos turistas, seja através de eventos sociais,

preocupação com a saúde, seja oferecendo a possibilidade uma alimentação mais

saudável, propondo atividades físicas e criando diversas condições para controlar o

stress. Na revisão deste estudo consta que em geral as pessoas busquem

atividades de turismo em ambientes naturais para fugirem do estilo de vida urbano e

que possam de alguma forma incrementar atividades físicas, uma alimentação mais

saudável e envolvimento com a cultura local através dos relacionamentos, tudo o

que não faz parte do estilo de vida destas pessoas em ambientes urbanos.

No entanto, paradoxalmente os entrevistados acreditam que a atividade

turística pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida e da saúde dos

indivíduos quando 92,2% dos entrevistados (n=25) responderam que o turismo

contribui muito e essencialmente para isto. Não obstante, 92,2% dos entrevistados

(n=25) acreditam também que a atividade turística contribui muito e essencialmente

na conservação e preservação ambiental.

Quando perguntados sobre se o meio ambiente e o bem estar são indicativos

representativos na elaboração do serviço turístico, apenas 39% (n=10) acreditam

que são essenciais na elaboração dos serviços, 19% (n=6) acreditam ser muito

importante, 35% (n=9) acreditam ser importante e os demais não vêem importância.

Quando questionados sobre se o turismo sendo dividido em alguns

segmentos, de acordo com a motivação dos turistas em Turismo de Lazer, Turismo

de Saúde, Cultural e Eco-Turismo, entre outros, se estes são desenvolvidos de

alguma forma nas ações proporcionadas pelo estabelecimento, 96,1% dos

entrevistados (n=25) responderam que sim.

Para a medida do quanto é importante implantar serviços, procedimentos,

ações e ter atitudes para associar o turismo junto à natureza com o bem-estar das

pessoas e com o meio ambiente foi elaborada uma questão, dentro do mesmo

instrumento de pesquisa contendo, na verdade, 12 (doze) investigações para que

fosse possível ser avaliada a importância supracitada. As questões estão expostas

na TABELA 36 do Apêndice C.

82

O grau de importância destas ações está exposto na FIGURA 24.

0

5

10

15

20

25En

trevis

tado

s

A B C D E F G H J K L M

Perguntas

Pouco .. .... ...... Importante

FIGURA 24: Grau de importância das ações a serem implantadas nos serviços turísticos – números absolutos. Através dos dados obtidos foi possível verificar que, de forma geral, os

estabelecimentos ligados às atividades turísticas, através de seus gestores,

acreditam ser muito importante e até mesmo essencial implantar serviços, ações e

procedimentos ou até mesmo ter uma atitude para associar o serviço turístico ao

Bem-Estar e ao Meio Ambiente. No entanto, existe uma pouca/média importância

em seu serviço adotar um comportamento ativista, a promover uma alimentação

adequada/saudável, a que funcionários e clientes pratiquem atividades físicas

habitualmente e no incentivo a mudanças de comportamento dos funcionários para

um PEVI saudável.

Definitivamente os gestores dos serviços turísticos dizem pretender de

alguma forma implantar atividades relacionadas ao PEVI para o bem-estar e para o

meio-ambiente, no entanto, na sua elaboração não foi levado em consideração, de

uma forma geral, os componentes relacionados ao PEVI. Contudo, os gestores

acreditam que a atividade turística contribui para a melhoria da saúde e qualidade de

vida dos turistas, bem como, para a conservação e preservação ambiental.

83

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do exposto, evidencia-se que o perfil do estilo de vida individual é um

indicador importante para a saúde, qualidade de vida e para o meio ambiente.

Diversos são componentes indicadores para a construção de um perfil. Contudo, em

ambientes naturais, os envolvidos apresentaram perfis diferenciados, sendo os

moradores que trabalham em serviços ligados ao turismo aqueles que

apresentaram, enquanto grupo o melhor perfil do estilo de vida individual frente ao

meio ambiente, mas em iguais condições aos grupos de turistas e moradores frente

ao bem-estar.

O perfil do estilo de vida individual dos moradores que trabalham nos serviços

turísticos é o único que se mostrou no comportamento próximo ao desejável na

84

escala de valores, indicando de alguma forma, que o envolvimento turístico em

áreas naturais contribui para um melhor perfil em relação ao meio ambiente.

Entretanto, todos os demais grupos apresentaram um perfil moderadamente

desejável para o meio ambiente e juntamente com os moradores que trabalham nos

serviços turísticos para o bem-estar.

Foi exposto ao longo do estudo que existe uma baixa determinação entre os

perfis avaliados, não demonstrando evidencias suficientes para que quando se

obtenha um perfil melhor para o meio ambiente, obtenha-se também para o bem-

estar e vice-versa. O estudo aponta ainda que o número maior de visitação a

ambientes naturais por parte dos turistas é associado ao melhor perfil do estilo de

vida individual frente ao meio ambiente.

Os serviços turísticos oferecidos pela cidade de Mucugê não sofreram

influências do estilo de vida individual para o bem-estar na sua elaboração e

execução, entretanto, os componentes do perfil do estilo de vida frente ao meio

ambiente: ativismo ecológico, biodiversidade e prevenção da poluição, podem estar

associados aos serviços turísticos. No entanto, os gestores destes serviços

acreditam que o turismo de alguma forma contribui para a qualidade de vida e saúde

das pessoas, bem como para o comportamento destas frente à conservação e

preservação ambiental e, sentem-se motivados a implantar ações para que de certa

forma colaborem com bem-estar e o meio ambiente.

Espera-se, portanto, que esta pesquisa e o seu propósito de apontar na

obtenção de dados para análise de um perfil do estilo de vida individual contribuam

de diversas formas para a cidade de Mucugê, bem como para futuros estudos que

em que exista uma associação do bem-estar, meio ambiente, turismo, saúde e

qualidade de vida com o perfil do estilo de vida dos indivíduos.

É desejo que esta intervenção científica não se finde com este estudo e que

com os resultados obtidos façam surgir novas possibilidades de continuidade do

processo em outras populações. Existe uma perspectiva de avanço nesta linha de

pesquisa em outras áreas ambientais, inclusive em outras regiões de Chapadas no

Brasil, porém, o estudo fica limitado a linhas de financiamento, na medida em que o

modelo sugere várias visitas em loco, com isso, aumentando o custo da pesquisa.

85

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95

APÊNDICES

APÊNDICE A – Instrumentos de Pesquisa

96

QUESTIONÁRIO DO PENTÁCULO DO BEM-ESTAR

INSTRUMENTO ELABORADO PARA FINS DE PESQUISA NO PROGRAMA REGIONAL DE PÓS-

GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E MEIO AMBIENTE – UESC/BA. Agradeço sua participação nesta pesquisa, parte integrante da investigação sobre a análise do perfil do estilo de vida por atividade de turismo na natureza, para conclusão de Dissertação de Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC/Ba.

Sua participação é de extrema importância para o sucesso desta análise. Sexo: ___________ Idade: _________ Escolaridade: ___________________ Data: ____/_____/____ Renda Mensal: (<1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) salário(s) mínimo(s) - Tempo Residência/Ano: (<1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10)

PERFIL DO ESTILO DE VIDA INDIVIDUAL - Moradores Sexo: ___________ Idade: _______ Escolaridade: _____________________ Data: ____/_____/____ Renda Mensal: (< 1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) salário(s) mínimo(s) -Tempo Serviço/Ano: (< 1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10)

PERFIL DO ESTILO DE VIDA INDIVIDUAL – Moradores em serviços Turísticos Sexo: ___________ Idade: ________Escolaridade: ____________________ Data: ____/_____/____ Renda Mensal: (<1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) salário(s) mínimo(s) -Visitas(Áreas Naturais)/Ano: (<1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10)

PERFIL DO ESTILO DE VIDA INDIVIDUAL - Turistas O ESTILO DE VIDA corresponde ao conjunto de ações habituais que refletem as atitudes e valores das pessoas. Estas ações têm grande influência na saúde geral e qualidade de vida de todos os indivíduos. Os itens abaixo representam características do estilo de vida relacionadas ao bem-estar individual. Manifeste-se sobre cada afirmação considerando a escala: ( 0 ) absolutamente não faz parte do seu estilo de vida ( 1 ) às vezes corresponde ao seu comportamento ( 2 ) quase sempre verdadeiro no seu comportamento ( 3 ) a afirmação é sempre verdadeira no seu dia a dia; faz parte de seu estilo de vida. Componente: Nutrição

a. ( ) Sua alimentação diária inclui ao menos 5 porções de frutas e verduras. b. ( ) Você evita ingerir alimentos gordurosos (carnes gordas, frituras) e doces. c. ( ) Você faz 4 a 5 refeições variadas ao dia, incluindo café da manhã completo.

Componente: Atividade Física

d. ( ) Você realiza ao menos 30 minutos de atividades físicas moderadas/intensas, e forma contínua ou acumulada, 5 ou mais dias na semana.

e. ( ) Ao menos duas vezes por semana você realiza exercícios que envolvam força e alongamento muscular.

f. ( ) No seu dia a dia, você caminha ou pedala como meio de transporte e, preferencialmente, usa as escadas ao invés do elevador.

Componente: Comportamento Preventivo

g. ( ) Você conhece a sua PRESSÃO ARTERIAL, seus níveis de COLESTEROL e procura controla-los. h. ( ) Você NÃO FUMA e ingere ÁLCOOL com moderação (menos de 2 doses ao dia). i. ( ) Você sempre usa cinto de segurança e, se dirige, o faz respeitando as normas de trânsito, nunca

ingerindo álcool quando vai dirigir.

97

Componente: Relacionamento Social j. ( ) Você procura cultivar amigos e está satisfeito com seus relacionamentos. k. ( ) Seu lazer inclui reuniões com amigos, atividades esportivas em grupo, participação em associações. l. ( ) Você procura ser ativo em sua comunidade, sentindo-se útil no seu ambiente social.

Componente: Controle do Stress

m. ( ) Você reserva tempo (ao menos 5 minutos) todos os dias para relaxar. n. ( ) Você mantém uma discussão sem alterar-se, mesmo quando contrariado. o. ( ) Você equilibra o tempo dedicado ao trabalho com o tempo dedicado ao lazer

Instrumento idealizado pelo Prof. Dr. M. V. Nahas; Prof. Dr. Mauro V. de Barros; Prof. Dra Vanessa Francalacci – NuPAF/UFSC

98

QUESTIONÁRIO DO PENTÁCULO DO MEIO AMBIENTE

INSTRUMENTO ELABORADO PARA FINS DE PESQUISA NO PROGRAMA REGIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E MEIO AMBIENTE – UESC/BA.

Agradeço sua participação nesta pesquisa, parte integrante da investigação sobre a análise do perfil do estilo de vida por atividade de turismo na natureza, para conclusão de Dissertação de Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC/Ba.

Sua participação é de extrema importância para o sucesso desta análise. Sexo: ___________ Idade: _________ Escolaridade: ___________________ Data: ____/_____/____ Renda Mensal: (<1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) salário(s) mínimo(s) - Tempo Residência/Ano: (<1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10)

PERFIL DO ESTILO DE VIDA INDIVIDUAL - MEIO AMBIENTE- Moradores Sexo: ___________ Idade: _______ Escolaridade: _____________________ Data: ____/_____/____ Renda Mensal: (< 1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) salário(s) mínimo(s) -Tempo Serviço/Ano: (< 1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) PERFIL DO ESTILO DE VIDA INDIVIDUAL – MEIO AMBIENTE - Moradores em serviços Turísticos

Sexo: ___________ Idade: ________Escolaridade: ____________________ Data: ____/_____/____ Renda Mensal: (<1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) salário(s) mínimo(s) -Visitas(Áreas Naturais)/Ano: (<1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10)

PERFIL DO ESTILO DE VIDA INDIVIDUAL – MEIO AMBIENTE - Turistas O ESTILO DE VIDA corresponde ao conjunto de ações habituais que refletem as atitudes e valores das pessoas, o MEIO AMBIENTE pode ser definido como um conjunto de fatores que atuam num determinado espaço, mantendo entre si uma inter-relação. Neste caso, as ações aqui verificadas representam um grau de comprometimento do estilo de vida individual com o meio ambiente. Estas ações influenciam na preservação ambiental e nas formas de manutenção da vida. Os itens abaixo representam características do estilo de vida relacionadas aos componentes ambientais. Manifeste-se sobre cada afirmação considerando a escala: (0) absolutamente não faz parte do seu estilo de vida (1) às vezes corresponde ao seu comportamento (2) quase sempre verdadeiro no seu comportamento (3) a afirmação é sempre verdadeira no seu cotidiano; faz parte de seu estilo de vida. Componente: ATIVISMO ECOLÓGICO a. ( ) Procuro informação a respeito dos problemas ambientais em revistas, jornais, internet, programas

televisivos e palestras, contribuindo com ações de preservação. b. ( ) Participo de grupos ambientalistas ou procuro contribuir com ações e campanhas desses grupos ou

associações quando os mesmos atuam. c. ( ) No convívio familiar, no ambiente escolar, no trabalho e lazer tenho discussões acerca dos problemas

ambientais, propondo ações de preservação do meio ambiente. Componente: BIODIVERSIDADE d. ( ) Ao comprar plantas ornamentais, você tem a preocupação de saber se as mesmas foram cultivadas ou

se foram colhidas em áreas naturais, neste caso evitando a sua compra. e. ( ) Em suas refeições não incluem animais abatidos na caça. f. ( ) Nos ambientes de trabalho e moradia, procuro sempre criar e manter áreas verdes como jardins,

canteiros, etc.

99

Componente: CONSUMO g. ( ) Você cria mecanismos para economia de energia no trabalho e em casa, otimizando o uso de

equipamentos eletroeletrônicos, desligando as tomadas, apagando as luzes dos ambientes vazios, etc. h. ( ) Ao tomar banho, escovar os dentes e lavar o carro, você sempre desliga a torneira da água, enquanto

executa essas atividades. i. ( ) Ao comprar bens de consumo (roupas, calçados, alimentos, etc.), compro exclusivamente o necessário

evitando desperdício. Componente: VALORES AMBIENTAIS j. ( ) Ao adquirir bens de consumo, você se preocupa em comprar produtos reciclados, orgânicos, com

certificação, biodegradáveis ou de empresas com projetos de responsabilidade ambiental. k. ( ) Você exige e/ou cria mecanismos para que outros exijam do poder público, condições dignas de

habitação no local em que vive (segurança, urbanização, saneamento básico e ambiental, etc.). l. ( ) Ao tomar conhecimento de tráfico de animais silvestres, desmatamentos, queimadas, vendas ilegais de

madeiras e de produtos naturais você denuncia. Componente: PREVENÇÃO DA POLUÍCÃO m. ( ) Você sempre verifica o funcionamento do sistema de carburação do veículo, e, procura substituir o uso

do veículo por caminhadas, bicicleta ou transporte coletivo. n. ( ) Ao tomar banho em ambientes naturais você sempre evita usar produtos químicos em pele e cabelos e

evita deixar dejetos nesses locais. o. ( ) Você se preocupa com a classificação e seleção do lixo separando-os e depositando-os em locais

adequados para as coletas seletivas.

Instrumento idealizado pelos Profs. Sérgio Souza Magalhães & Clóvis Piau Santos – FTC/VCA

100

QUESTIONÁRIO DOS SERVIÇOS TURÍSTICOS

INSTRUMENTO ELABORADO PARA FINS DE PESQUISA NO PROGRAMA REGIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E MEIO AMBIENTE – UESC/BA. Agradeço sua participação nesta pesquisa, parte integrante da investigação sobre a análise do perfil do estilo de vida por atividade de turismo na natureza, para conclusão de Dissertação de Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC/Ba.

Sua participação é de extrema importância para o sucesso desta análise. Tipo de Segmento: ______________________________________Tempo no Mercado: ___________ No Funcionários: ______________ No Clientes Mês: ____________________ Data: ____/_____/____

1. OBJETIVO DA PESQUISA

“Analisar o perfil do estilo de vida das pessoas junto às atividades de turismo na natureza.” 2. SOBRE O PREENCHIMENTO DO QUESTIONÁRIO

As caixas reservadas para “respostas e comentários” (em cinza) são espaços para opiniões que o colaborador acredite serem pertinentes. Estas caixas vão se adaptando automaticamente ao texto à medida que se vai escrevendo. Os campos em cinza são os campos que devem ser preenchidos. Para preencher os campos é muito simples: 1) clicar sob o quadro; 2) marcar X ou escrever normalmente (de acordo com o que solicita cada questão) 3) ao terminar de responder, gravar este arquivo no seu computador. 4) anexar este arquivo e enviar para: [email protected] [email protected] 5) qualquer dúvida ou problema entrar em contato através de: E-mail: [email protected] Telefone: (0xx77) 9989 1689 3424 1115

QUESTIONÁRIO 01) Qual o grau de importância para seu estabelecimento estar associado ao ativismo participando ou desenvolvendo campanhas ou ações ligadas à conservação ambiental ou a qualquer outro assunto ligado ao meio ambiente, seja para os funcionários ou clientes?

Sem importância Pouco Importante Importante Muito Importante Essencial

Comentários:

101

02) Qual o grau de importância para seu estabelecimento cuidar da biodiversidade não oferecendo nas opções do cardápio animais abatidos em caça, mantendo áreas verdes como jardins e canteiros sabendo da procedência das plantas, não adquirindo plantas retiradas em áreas naturais?

Sem importância Pouco Importante Importante Muito Importante Essencial

Comentários: 03) Existe algum tipo de mecanismo em seu estabelecimento para que as pessoas (funcionários e clientes) utilizem racionalmente a energia, água, alimentos e vestuários como avisos, instruções de consumo consciente e algum tipo de tecnologia de economia para consumo?

Nenhum Mecanismo Poucas Ações Ações Moderadas Muitas Ações Campanha Intensa

Comentários: 04) Ao fazer as compra de bens de consumo (alimentos, vestuários, equipamentos, produtos de limpeza, etc.) o seu estabelecimento tem se preocupado em adquirir produtos biodegradáveis, reciclados, com certificação, orgânicos e de empresas que contribuem com a preservação ambiental?

Nenhuma Preocupação – não compramos nenhum tipo de produtos citados. Pouca Preocupação Preocupação Moderadas Muita Preocupação Preocupação Intensa – só compramos produtos com estas características.

Comentários: 05) O seu estabelecimento faz a seleção e classificação dos resíduos, depositando em locais adequados para as coletas seletivas?

Sem importância – não fazemos seleção e classificação do lixo Pouco Importante Importante Muito Importante Essencial – fazemos diariamente a seleção e classificação do lixo

Comentários: 06) Qual o grau de importância para seu estabelecimento oferecer alimentos naturais (frutas, verduras, legumes, cereais integrais, produtos orgânicos, etc.) e restringir alimentos gordurosos, frituras e doces incluindo a opção light e diet nas refeições dos seus clientes?

102

Sem importância Pouco Importante Importante Muito Importante Essencial

Comentários:

07) Seu estabelecimento incentiva funcionários e clientes à prática regular de atividades físicas intensas e moderadas diariamente (alongamentos/caminhadas), a evitar o transporte motorizado e a não utilizar mecanismos que poupem esforços físicos?

Nenhuma Preocupação – não incentivamos a estas práticas. Pouca Preocupação Preocupação Moderadas Muita Preocupação Preocupação Intensa – incentivamos sempre

Comentários: 08) Existe algum tipo de mecanismo de controle da saúde dos clientes usuários do seu estabelecimento, como questionários de avaliação da saúde com relato das últimas doenças e as atuais, campanhas contra fumo e ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, aquisição de aparelhos de medida da pressão arterial, caixa de primeiros socorros, macas, relato do tipo sanguíneo para em caso de acidentes?

Nenhum Mecanismo Poucas Ações Ações Moderadas Muitas Ações Ação Intensa

Comentários: 09) Existe algum tipo de ação no serviço prestado pelo seu estabelecimento no sentido de oferecer eventos de convivência como encontros culturais, cafés, happy-hours, reuniões, palestras, festas, atividades esportivas em grupo, etc.?

Nenhum Mecanismo Poucas Ações Ações Moderadas Muitas Ações Ação Intensa

Comentários: 10) Seu estabelecimento oferece algum tipo de serviço prioritariamente como mecanismo para o controle do stress de seus clientes e funcionários?

Nenhum Serviço Poucos Serviços Alguns Serviços

103

Muitos Serviços Sempre Oferecemos Serviços

Cite os Serviços: 11) No seu entender, o Turismo contribui para a melhoria da qualidade de vida e da saúde das pessoas?

Não contribui Contribui pouco Contribui razoavelmente Contribui muito Contribui bastante

12) No seu entender, o Turismo contribui para a conservação e preservação ambiental?

Não contribui Contribui pouco Contribui razoavelmente Contribui muito Contribui bastante

13) O meio ambiente e o bem-estar individual são indicadores representativos na elaboração dos serviços turísticos?

Sem importância Pouco Importante Importante Muito Importante Essencial

Comentários: 14) O turismo pode ser dividido em alguns segmentos, de acordo com a motivação dos turistas (Turismo de Lazer, Turismo de Saúde, Turismo Cultural, Eco-Turismo, entre outros). No seu entender, os segmentos de turismo citados são desenvolvidos de alguma forma nas ações proporcionadas pelo seu estabelecimento?

SIM NÃO

Se sim, de que maneira desenvolve estas ações. Se não, explique quais os motivos que impedem estas ações. Comentários:

104

15) Marque com X, o quanto é importante implantar serviços, procedimentos, ações e atitudes para a associação do turismo junto à natureza com o bem-estar das pessoas e com o meio ambiente. (quanto mais próximo a 1 = pouco importante).

Pouco ------------------------- Muito Importante 1 2 3 4 5 a) Adotar um Comportamento Ativista b) Ter Cuidado com a Biodiversidade c) Praticar o Consumo Consciente d) Cultivar Valores Ambientais e) Prevenir à Poluição f) Aderir a uma Nutrição Adequada g) Praticar Atividade Física Habitual h) Comportamento Preventivo às Doenças j) Melhorar o Relacionamento Social k) Controlar o Stress l) Incentivar a uma mudança de comportamento dos Funcionários para um estilo de vida saudável

m) Proporcionar maior entusiasmo na elaboração de serviços prestados levando em consideração o bem-estar e o meio ambiente

Comentários: Agradeço muito sua participação. Sérgio Souza Magalhães Av. Franklin Ferraz, 1251, Bloco C – Apt. 203. Bairro: Candeias Vitória da Conquista - Bahia Tel: (0xx77) 9989 1689 3424 1115

105

PENTÁCULO DO MEIO AMBIENTE

Perfil do Estilo de Vida Frente ao Meio Ambiente

INSTRUM ENTO ELABORADO PARA FINS DE PESQUISA NO PROGRAM A REGIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIM ENTO REGIONAL E M EIO AM BIENTE - UESC/BA.

A tiv ism oE co ló g ico

BiodiversidadePrevenção daPoluição

ValoresAmbientais

Consumo

d

d

e

12

3

e

f

f

g

g

h

h

i

i

j

j

k

k

l

l

m

m

n

n

o

o

b

b

a

a

c

c

Resposta aos itens do Questionário:

ItemEscore

Interpretação:____________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________

106

PENTÁCULO DO BEM-ESTAR

Perfil do Estilo de Vida Individual

INSTRUM ENTO ELABORADO PARA FINS DE PESQUISA NO PROGRAM A REGIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIM ENTO REGIONAL E M EIO AM BIENTE - UESC/BA.

N u tr iç ã o

Atividade FísicaControle doStress

Relacionam entoSocial

ComportamentoPreventivo

d

d

e

12

3

e

f

f

g

g

h

h

i

i

j

j

k

k

l

l

m

m

n

n

o

o

b

b

a

a

c

c

Resposta aos itens do Questionário:

ItemEscore

Interpretação:____________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________

107

APÊNDICE B – Tabelas dos Escores dos Componentes Avaliados para o PEVI do BE e do MA, Número de Indivíduos por Escore e Percentual

TABELA 6: Escores das afirmativas do componente Nutrição, número de indivíduos por escore e percentual - Moradores.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 49 10,00%

2 – 3 (pouco desejável) 124 25,31%

4 – 5 (moderadamente desejável) 124 25,31%

6 – 7 (próximo ao desejável) 140 28,56%

8 – 9 (desejável – ideal) 53 10,82%

TABELA 7: Escores das afirmativas do componente Atividade Física, número de indivíduos por escore e percentual - Moradores.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 91 18,57%

2 – 3 (pouco desejável) 134 27,35%

4 – 5 (moderadamente desejável) 106 21,63%

6 – 7 (próximo ao desejável) 108 22,04%

8 – 9 (desejável – ideal) 51 10,41%

108

TABELA 8: Escores das afirmativas do componente Comportamento Preventivo, no de indivíduos por escore e percentual - Moradores.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 23 4,69%

2 – 3 (pouco desejável) 93 18,98%

4 – 5 (moderadamente desejável) 118 24,08%

6 – 7 (próximo ao desejável) 161 32,86%

8 – 9 (desejável – ideal) 95 19,39%

TABELA 9: Escores das afirmativas do componente Relacionamento Social, no de indivíduos por escore e percentual - Moradores.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 5 1,02%

2 – 3 (pouco desejável) 35 7,14%

4 – 5 (moderadamente desejável) 89 18,16%

6 – 7 (próximo ao desejável) 171 34,90%

8 – 9 (desejável – ideal) 190 38,78%

TABELA 10: Escores das afirmativas do componente Controle do Stress, no de indivíduos por escore e percentual - Moradores.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 49 10,00%

2 – 3 (pouco desejável) 124 25,31%

4 – 5 (moderadamente desejável) 124 25,31%

6 – 7 (próximo ao desejável) 140 28,56%

8 – 9 (desejável – ideal) 53 10,82%

109

TABELA 11: Escores das afirmativas do componente Ativismo Ecológico, no de indivíduos por escore e percentual - Moradores.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 122 24,80%

2 – 3 (pouco desejável) 153 31,20%

4 – 5 (moderadamente desejável) 100 20,50%

6 – 7 (próximo ao desejável) 68 13,91%

8 – 9 (desejável – ideal) 47 9,69%

TABELA 12: Escores das afirmativas do componente Biodiversidade, no de indivíduos por escore e percentual - Moradores.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 17 3,46%

2 – 3 (pouco desejável) 85 17,35%

4 – 5 (moderadamente desejável) 122 24,89%

6 – 7 (próximo ao desejável) 148 30,21%

8 – 9 (desejável – ideal) 118 24,09%

TABELA 13: Escores das afirmativas do componente Consumo, no de indivíduos por escore e percentual - Moradores. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 8 1,63%

2 – 3 (pouco desejável) 42 8,58%

4 – 5 (moderadamente desejável) 82 16,73%

6 – 7 (próximo ao desejável) 143 29,18%

8 – 9 (desejável – ideal) 215 43,88%

110

TABELA 14: Escores das afirmativas do componente Valores Ambientais, no de indivíduos por escore e percentual - Moradores.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 63 10,86%

2 – 3 (pouco desejável) 130 26,54%

4 – 5 (moderadamente desejável) 134 27,34%

6 – 7 (próximo ao desejável) 118 24,08%

8 – 9 (desejável – ideal) 45 9,18%

TABELA 15: Escores das afirmativas do componente Prevenção da Poluição, no de indivíduos por escore e percentual - Moradores.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 8 1,63%

2 – 3 (pouco desejável) 53 10,82%

4 – 5 (moderadamente desejável) 108 22,05%

6 – 7 (próximo ao desejável) 192 39,18%

8 – 9 (desejável – ideal) 129 26,32%

TABELA 16: Escores das afirmativas do componente Nutrição, no de indivíduos por escore e percentual - Turistas.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 21 7,62%

2 – 3 (pouco desejável) 64 22,07%

4 – 5 (moderadamente desejável) 102 35,17%

6 – 7 (próximo ao desejável) 72 24,83%

8 – 9 (desejável – ideal) 31 10,69%

111

TABELA 17: Escores das afirmativas do componente Atividade Física, no de indivíduos por escore e percentual - Turistas.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 39 13,45%

2 – 3 (pouco desejável) 53 18,26%

4 – 5 (moderadamente desejável) 51 17,59%

6 – 7 (próximo ao desejável) 85 29,31%

8 – 9 (desejável – ideal) 62 21,39%

TABELA 18: Escores das afirmativas do componente Comportamento Preventivo, no de indivíduos por escore e percentual - Turistas.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 6 2,07%

2 – 3 (pouco desejável) 24 8,28%

4 – 5 (moderadamente desejável) 56 19,31%

6 – 7 (próximo ao desejável) 84 28,97%

8 – 9 (desejável – ideal) 120 41,38%

TABELA 19: Escores das afirmativas do componente Relacionamento Social, no de indivíduos por escore e percentual - Turistas.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 5 1,72%

2 – 3 (pouco desejável) 12 4,13%

4 – 5 (moderadamente desejável) 45 15,52%

6 – 7 (próximo ao desejável) 119 41,03%

8 – 9 (desejável – ideal) 109 37,59%

112

TABELA 20: Escores das afirmativas do componente Controle do Stress, no de indivíduos por escore e percentual - Turistas.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 20 6,90%

2 – 3 (pouco desejável) 41 14,14%

4 – 5 (moderadamente desejável) 108 37,24%

6 – 7 (próximo ao desejável) 91 31,38%

8 – 9 (desejável – ideal) 30 10,34%

TABELA 21: Escores das afirmativas do componente Ativismo Ecológico, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 33 11,38%

2 – 3 (pouco desejável) 90 31,03%

4 – 5 (moderadamente desejável) 81 27,93%

6 – 7 (próximo ao desejável) 70 24,14%

8 – 9 (desejável – ideal) 16 5,51%

TABELA 22: Escores das afirmativas do componente Biodiversidade, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 19 6,53%

2 – 3 (pouco desejável) 67 23,10%

4 – 5 (moderadamente desejável) 85 29,31%

6 – 7 (próximo ao desejável) 72 24,83%

8 – 9 (desejável – ideal) 47 16,20%

113

TABELA 23: Escores das afirmativas do componente Consumo, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 5 1,72%

2 – 3 (pouco desejável) 29 10,00%

4 – 5 (moderadamente desejável) 57 19,66%

6 – 7 (próximo ao desejável) 109 37,59%

8 – 9 (desejável – ideal) 90 31,03%

TABELA 24: Escores das afirmativas do componente Valores Ambientais, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 34 11,72%

2 – 3 (pouco desejável) 83 28,62%

4 – 5 (moderadamente desejável) 76 26,20%

6 – 7 (próximo ao desejável) 84 28,97%

8 – 9 (desejável – ideal) 13 4,49%

TABELA 25: Escores das afirmativas do componente Prevenção da Poluição, no de indivíduos por escore e percentual - Turistas.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 18 6,20%

2 – 3 (pouco desejável) 54 18,62%

4 – 5 (moderadamente desejável) 85 29,31%

6 – 7 (próximo ao desejável) 93 32,07%

8 – 9 (desejável – ideal) 40 13,79%

114

TABELA 26: Escores das afirmativas do componente Nutrição, no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 14 14,14%

2 – 3 (pouco desejável) 30 30,31%

4 – 5 (moderadamente desejável) 25 25,25%

6 – 7 (próximo ao desejável) 24 24,24%

8 – 9 (desejável – ideal) 6 6,06%

TABELA 27: Escores das afirmativas do componente Atividade Física, no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 12 12,12%

2 – 3 (pouco desejável) 18 18,18%

4 – 5 (moderadamente desejável) 18 18,18%

6 – 7 (próximo ao desejável) 32 32,33%

8 – 9 (desejável – ideal) 19 19,19%

TABELA 28: Escores das afirmativas do componente Comportamento Preventivo, no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 4 4,04%

2 – 3 (pouco desejável) 18 18,18%

4 – 5 (moderadamente desejável) 24 24,24%

6 – 7 (próximo ao desejável) 31 31,31%

8 – 9 (desejável – ideal) 22 22,22%

115

TABELA 29: Escores das afirmativas do componente Relacionamento Social, no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 0 0%

2 – 3 (pouco desejável) 6 6,06%

4 – 5 (moderadamente desejável) 6 6,06%

6 – 7 (próximo ao desejável) 32 32,33%

8 – 9 (desejável – ideal) 55 55,55%

TABELA 30: Escores das afirmativas do componente Controle do Stress, no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 3 3,03%

2 – 3 (pouco desejável) 19 19,19%

4 – 5 (moderadamente desejável) 30 30,30%

6 – 7 (próximo ao desejável) 31 31,31%

8 – 9 (desejável – ideal) 16 16,16%

TABELA 31: Escores das afirmativas do componente Ativismo Ecológico, no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 8 8,08%

2 – 3 (pouco desejável) 19 19,19%

4 – 5 (moderadamente desejável) 20 20,21%

6 – 7 (próximo ao desejável) 24 24,24%

8 – 9 (desejável – ideal) 28 28,28%

116

TABELA 32: Escores das afirmativas do componente Biodiversidade, no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 3 3,03%

2 – 3 (pouco desejável) 10 10,10%

4 – 5 (moderadamente desejável) 11 11,11%

6 – 7 (próximo ao desejável) 30 30,30%

8 – 9 (desejável – ideal) 45 45,45%

TABELA 33: Escores das afirmativas do componente Consumo, no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 1 1,01%

2 – 3 (pouco desejável) 10 10,11%

4 – 5 (moderadamente desejável) 16 16,16%

6 – 7 (próximo ao desejável) 21 21,21%

8 – 9 (desejável – ideal) 51 51,51%

TABELA 34: Escores das afirmativas do componente Valores Ambientais, número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.

Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 6 6,06%

2 – 3 (pouco desejável) 20 20,20%

4 – 5 (moderadamente desejável) 15 15,15%

6 – 7 (próximo ao desejável) 34 34,34%

8 – 9 (desejável – ideal) 24 24,24%

117

TABELA 35: Escores das afirmativas do componente Prevenção da Poluição, no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual

0 – 1 (indesejável) 1 1,01%

2 – 3 (pouco desejável) 5 5,05%

4 – 5 (moderadamente desejável) 15 15,15%

6 – 7 (próximo ao desejável) 32 32,32%

8 – 9 (desejável – ideal) 46 46,46%

118

APÊNDICE C – Perguntas da entrevistas com os gestores dos serviços turísticos da cidade de Mucugê.

TABELA 36: Investigação sobre a importância de implantar serviços, procedimentos e ações para a associação do turismo junto à natureza com o BE e o MA. AÇÃO A SER IMPLANTADA

A) Adotar comportamento ativista B) Ter cuidado com a biodiversidade C) Praticar o consumo consciente D) Cultivar valores ambientais E) Prevenir à poluição F) Aderir à nutrição adequada G) Praticar atividade física habitualmente H) Ter comportamento preventivo às doenças J) Melhorar o relacionamento social K) Controlar o stress L) Incentivar mudanças de comportamentos dos funcionários para um PEVI saudável M) Proporcionar maior entusiasmo na elaboração dos serviços turísticos levando em consideração o BE e o MA.

M188 Magalhães, Sérgio Souza de. Análise do perfil do estilo de vida por atividade de turismo na natureza: o caso da cidade de Mu- cugê - Bahia/ Sérgio Souza de Magalhães. – Ilhéus, BA: UESC/PRODEMA, 2007. xv, 118 f. : il. Orientador: Alexandre Schiavetti. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de Santa Cruz. Programa Regional de Pós-Gradua- ção em Desenvolvimento e Meio Ambiente. Inclui bibliografia e apêndice.

1. Meio ambiente. 2. Turismo – Aspectos ambi- entais. 3. Qualidade de vida. I. Título. CDD 336.7