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Gilmar Ribeiro Nachtigall Bernardo van Raij ANÁLISE DO POTÁSSIO NO SOLO E INTERPRETAÇÃO São Pedro SP 22 a 24 de setembro de 2004

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Gilmar Ribeiro Nachtigall

Bernardo van Raij

ANÁLISE DO POTÁSSIO NO SOLO

E INTERPRETAÇÃO

São Pedro – SP – 22 a 24 de setembro de 2004

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INTRODUÇÃO

Segundo elemento mais exigido pelas culturas;

Aumento da quantidade utilizada, originada pela

agricultura intensiva e tecnificada;

Solos brasileiros não possuem teores

adequados de K;

A avaliação da disponibilidade de K no solo tem

sido insatisfatória em parte dos estudos.

POTÁSSIO:

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O POTÁSSIO NO SOLO

Critério de disponibilidade no nutriente no solo:

Relativamente indisponível;

Lentamente disponível;

Prontamente disponível.

CLASSIFICAÇÃO DO POTÁSSIO TOTAL DO SOLO:

1. Tisdale & Nelson (1975):

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O POTÁSSIO NO SOLO

Critério químico:

Potássio componente de minerais primários;

Potássio temporariamente fixado entre as

camadas de argila 2:1;

Potássio trocável – extraível por um sal neutro;

Potássio na solução do solo.

CLASSIFICAÇÃO DO POTÁSSIO TOTAL DO SOLO:

2. Ritchey (1982):

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O POTÁSSIO NO SOLO

Nem todas as formas são possíveis de serem

avaliadas em laboratório, com boa precisão;

A rigor, nenhuma das formas constitui

quantidades discretas (não existe limite nítido

entre as formas.)

CLASSIFICAÇÃO DO POTÁSSIO TOTAL DO SOLO:

A adoção de uma destas classificações é dificultada por:

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O POTÁSSIO NO SOLO

O K total no solo é distribuído numa ampla

faixa de forças de retenção que varia de forma

contínua:

CLASSIFICAÇÃO DO POTÁSSIO TOTAL DO SOLO:

Assim:

K ligado aos minerais primários

K em vários níveis

de seletividade

K livre – solúvel em água

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DINÂMICA DO POTÁSSIO NO SOLO

Representação esquemática da dinâmica do potássio no solo.

K trocável K não

trocável

K solução

K em

minerais RÁPIDO LENTO

MUITO

LENTO

K DISPONÍVEL

RAPIDAMENTE

K DISPONÍVEL

LENTAMENTE

K LIBERADO

SOMENTE PELO

INTEMPERISMO

LIXIVIAÇÃO

PLANTA

FERTILIZANTES

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ANÁLISE DO POTÁSSIO NO SOLO

Utiliza como critério de classificação do

potássio no solo, a solubilidade do

nutriente em diferentes extratores

químico.

Vantagem: permite a comparação dos

resultados obtidos em diferentes locais.

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FRAÇÕES DO

K NO SOLO MÉTODO

• Sistema de equilíbrio ou coluna de lixiviação com água

• Extração por membranas ou centrifugação (que extrai o K na solução do solo)

• Quocientes de atividade

K SOLUÇÃO

• Sistema de equilíbrio ou lixiviação com soluções diluídas ou sais (especialmente NH4

+) e ácidos (cítrico e nítrico)

• Eletro-Ultrafiltragem (EUF)

• Mehlich 1 (HCl + H2SO4) e Mehlich 2 (ácido acético, fluoreto de amônio, cloreto de amônio e HCl)

• Bicarbonato de Amônio + DTPA

• Bray 1

• Isotermas de troca

• Acetato-Lactato de Cálcio (CAL-K)

• Resina Trocadora de Íons

K TROCÁVEL

Métodos utilizados para avaliar a concentração de potássio no solo (Goulding, 1987).

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FRAÇÕES DO

K NO SOLO MÉTODO

• Lixiviação com ácidos diluídos e sais

• Aquecimento com ácidos diluídos

• Aquecimento com ácidos concentrados

• Extrações sucessivas com NaTPB

• Extrações sucessivas com ácido oxálico

• Extração a quente com MgCl2

• Eletro-Ultrafiltragem (EUF)

• Eletrodiálise

K NÃO

TROCÁVEL

Métodos utilizados para avaliar a concentração de potássio no solo (Goulding, 1987).

• Dissolução seletiva pela fusão com Na-pirosulfato K MINERAL

• Digestão com HF K TOTAL

• Eletro-Ultrafiltragem (EUF)

• Extração seqüencial por resina

• HNO3 fervente

K MULTI-

FRAÇÃO

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K TROCÁVEL NH4O-Ac 1 mol L-1 a pH 7,0

K NÃO TROCÁVEL K-HNO3 1 mol L-1 fervente menos

K-trocável

K TOTAL Extraído com HF

K ESTRUTURAL K Total menos K-HNO3 fervente

K SOLUÇÃO Extraído com CaCl2 ou

diretamente na solução do solo

MÉTODOS PADRÕES:

ANÁLISE DO POTÁSSIO NO SOLO

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MEHLICH 1 HCl 0,05 mol L-1 + H2SO4 0,0125 mol L-1

Utilizado para avaliar a disponibilidade de

potássio do solo no RS, SC e MG.

RESINA DE TROCA IÔNICA Utilizado para avaliar a

disponibilidade de potássio

do solo em SP.

MÉTODOS UTILIZADOS NOS LABORATÓRIOS DE

ROTINA NO BRASIL:

ANÁLISE DO POTÁSSIO NO SOLO

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ANÁLISE DO POTÁSSIO NO SOLO

De modo geral, as quantidades de

potássio obtidas pelos diferentes

métodos, em cada fração, apresentam

alta correlação entre si.

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Relação entre os teores de potássio extraídos pela resina de troca iônica e os extraídos pelos

métodos Mehlich I (A) e NH4O-Ac 1 mol L-1 a pH 7,0 (B) de um Latossolo Bruno alumínico câmbico do

Rio Grande do Sul. (Adaptado de Carraro et al., 2003).

y = 1,54 + 2,27**x

R2 = 0,98

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

0 5 10 15 20 25

K Resina de Troca Iônica - mmolc dm-3

K A

ce

tato

de

Am

ôn

io -

mm

ol c

dm

-3

y = - 1,09 + 1,70**x

R2 = 0,98

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 5 10 15 20 25

K Resina de Troca Iônica - mmolc dm-3

K M

eh

lich

I -

mm

ol c

dm

-3

(A) (B)

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y = 0,26 + 1,70**x

R2 = 0,89

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 5 10 15 20 25

K Resina de Troca Iônica - mmolc dm-3

K H

NO

3

- m

mo

l c d

m-3

Relação entre os teores de potássio extraídos pela resina de troca iônica e os extraídos pelo HNO3

fervente (C) e entre os teores de potássio extraídos pelo método Mehlich 1 e NH4O-Ac 1 mol L-1 a pH 7,0

(D) de um Latossolo Bruno alumínico câmbico do Rio Grande do Sul. (Adaptado de Carraro et al., 2003).

(C) (D)

y = - 0,02 + 1,33**x

R2 = 0,99

0

10

20

30

40

50

0 10 20 30 40

K Mehlich I (mmolc dm-3)K

Ace

tato

de

Am

ôn

io -

mm

ol c

dm

-3

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Relação entre os teores de potássio trocável (extraídos pelo NH4O-Ac 1 mol L-1 a pH 7,0) e os teores

de potássio extraível pelo método Mehlich I de 44 solos da região sul do Rio Grande do Sul.

(Nachtigall & Vahl, 1989).

y = 0,09 + 1,23**x

R2 = 0,99

y = - 1,09 + 2,30**x

R2 = 0,97

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0

K Extraível - mmolc.dm-3

K T

roc

áv

el

- m

mo

l c.d

m-3

Minerais 1:1 Minerais 2:1

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ANÁLISE DO POTÁSSIO NO SOLO

Entre as diferentes frações de potássio

no solo (formas de K), nem sempre é

obtida boa relação entre os métodos.

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Relação entre os teores de potássio trocável (extraídos pelo NH4O-Ac 1 mol L-1 a pH 7,0) e os teores

de potássio na solução de 44 solos da região sul do Rio Grande do Sul. (Nachtigall & Vahl, 1989).

y = 0,05 + 0,55*x

R2 = 0,44

y = 0,03 + 0,09*x

R2 = 0,50

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

0 2 4 6 8 10 12

K Trocável - mmolc.dm-3

K S

olu

çã

o -

mm

ol c

.L-1

Minerais 1:1 Minerais 2:1

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Relação entre os teores de potássio total e os teores de potássio não trocável de 44 solos da região

sul do Rio Grande do Sul. (Nachtigall & Vahl, 1989).

y = - 3,24 +0,043*x

R2 = 0,75

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

0 200 400 600 800 1000 1200

K Total - mmolc.dm-3

K N

ão

Tro

ve

l -

mm

ol c

.dm

-3

Outros Materiais Granito

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INTERPRETAÇÃO DA DISPONIBILIDADE DE

POTÁSSIO NO SOLO

A) POTÁSSIO PRONTAMENTE DISPONÍVEL:

Potássio trocável extraído com acetato de

amônio a pH 7,0, formas que também podem

ser estimadas por outros extratores, como o

Mehlich 1 e a resina de troca iônica, entre

outros.

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INTERPRETAÇÃO DA DISPONIBILIDADE DE

POTÁSSIO NO SOLO

A) POTÁSSIO PRONTAMENTE DISPONÍVEL:

Estabelecimento dos limites de classes de teores

de potássio no solo.

Problemas:

Dispersão de pontos na correlação

entre teor de K e produção;

Em algumas situações ocorre baixa

correlação entre teor de K e produção.

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Relação entre a resposta de três culturas à adubação potássica e os teores de

potássio nos solos (Raij, 1991).

0

20

40

60

80

100

120

140

0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0

Potássio Trocável - mmolc.dm-3

Pro

du

çã

o R

ela

tiv

a -

%

y = 111,8 - 3,21 1/x

r = - 0,762*

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INTERPRETAÇÃO DA DISPONIBILIDADE DE

POTÁSSIO NO SOLO

A) POTÁSSIO PRONTAMENTE DISPONÍVEL:

Inclusão de outras variáveis na INTERPRETAÇÃO

DAS ANÁLISES DE SOLO:

Teor de argila;

Capacidade de troca de cátions (CTC);

Argilo-mineral predominante;

Relação do K com outros cátions.

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INTERPRETAÇÃO DA DISPONIBILIDADE DE

POTÁSSIO NO SOLO

A) POTÁSSIO PRONTAMENTE DISPONÍVEL:

SILVA & MEURER (1988) - Separar os solos em

três classes de CTC:

CTC < 5 meq/dl;

CTC entre 5 e 9 meq/dl;

CTC > 9 meq/dl.

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Relação entre a produção relativa de trigo e os teores de potássio extraíveis pelo método Mehlich 1

em 11 solos da região sul do Rio Grande do Sul, divididos em função do teor de argila.

y = 8,07 + 5,84*x - 0,0861**x2

R2 = 0,77

y = 2,76 + 5,10*x - 0,0635**x2

R2 = 0,76

y = 11,47 + 3,67*x - 0,0347**x2

R2 = 0,72

0

20

40

60

80

100

120

140

0 10 20 30 40 50 60 70

K Mehlich I - mmolc.dm-3

Pro

du

çã

o R

ela

tiv

a -

%

argila < 20% argila 20 - 40% argila > 40%

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Relação entre a produção relativa de trigo e os teores de potássio extraíveis pelo método Mehlich 1

em 11 solos da região sul do Rio Grande do Sul, divididos segundo a mineralogia.

y = 10,28 + 5,01*x - 0,0661*x2

R2 = 0,75

y = 22,919 + 3,36*x - 0,0337*x2

R2 = 0,59

0

20

40

60

80

100

120

140

0 10 20 30 40 50 60 70

K Mehlich I - mmolc.dm-3

Pro

du

çã

o R

ela

tiva

- %

Minerais 1:1 Minerais 2:1

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INTERPRETAÇÃO DA DISPONIBILIDADE DE

POTÁSSIO NO SOLO

A) POTÁSSIO PRONTAMENTE DISPONÍVEL:

Atualmente nenhum sistema de

recomendação de adubação potássica,

utilizado no Brasil, inclui na interpretação

das análises de K do solo variáveis como

teor de argila, CTC ou argilo-mineral

predominante.

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INTERPRETAÇÃO DA DISPONIBILIDADE DE

POTÁSSIO NO SOLO

A) POTÁSSIO PRONTAMENTE DISPONÍVEL:

Local Teor de K adequado Fonte

Minas Gerais 1,8 e 3,1 mmolc dm-3 Ribeiro et al. (1999)

São Paulo 1,6 e 3,0 mmolc dm-3 Raij et al. (1996)

Rio Grande do Sul

e Santa Catarina 2,1 e 3,1 mmolc dm-3 Comissão de Fertilidade

do Solo – RS/SC (1995)

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INTERPRETAÇÃO DA DISPONIBILIDADE DE

POTÁSSIO NO SOLO

B) RESERVA DE POTÁSSIO A MÉDIO PRAZO:

A determinação dos teores de K não trocável

ainda não é utilizada de forma rotineira:

Dificuldade analítica encontrada pelos

laboratórios de análise de rotina;

Variabilidade dos resultados referentes

a sua interpretação;

Poucos resultados.

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INTERPRETAÇÃO DA DISPONIBILIDADE DE

POTÁSSIO NO SOLO

B) RESERVA DE POTÁSSIO A MÉDIO PRAZO:

SILVA (2000) não observou relação entre os

teores de K não trocável e a produção de matéria

seca de duas espécies florestais e para o milho.

NACHTIGALL & VAHL (1991) verificaram relação

entre o K extraído pela parte aérea das plantas de

milho e azevém em seis cultivos sucessivos e os

teores de potássio extraídos pelo HNO3 (r2 = 0,67*).

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INTERPRETAÇÃO DA DISPONIBILIDADE DE

POTÁSSIO NO SOLO

B) RESERVA DE POTÁSSIO A MÉDIO PRAZO:

CRISÓSTOMO & CASTRO (1970) verificaram que o K

extraído pelo milho, em 4 cultivos sucessivos,

superou os teores de K trocável.

CASTILHOS & MEURER (2002) observaram que o K

trocável não foi a única forma de K que supriu a

demanda das plantas de arroz, ocorrendo

contribuição de formas de K não trocável.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apenas para o K trocável existem informações

em quantidades satisfatórias para estabelecer

limites de disponibilidade nos solos;

Os métodos utilizados para a avaliação do K

trocável no solo, de forma rotineira, nem sempre

quantificam a real disponibilidade do nutriente no

solo;

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A inclusão de outras variáveis para a

interpretação das análises de solo, para algumas

regiões e tipos de solos, pode aumentar a

eficiência do diagnóstico;

O conhecimento sobre as reservas de potássio

do solo (formas não trocáveis) merece maior

atenção.

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Muito

Obrigado!!!