Análise documentária no âmbito do tratamento da informação

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Uma boa análise para o crescimento.

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· tl'.t.

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'--~ ."

A analise docurnentorlqno

ambito do trctcrnentodo

loformocco: elementos.'."h is t6ricos e conceltuois! ,::

Jose Augusto Chaves G u im araes

lntroducoo

A 'abordagem da analise documentaria? pressupoe o.resgate do

cIo informacional enquanto base para 0 fazer documental, em cujo a m -

bito se verificam, comooperacoes fundamentais e, interdependentes,

producao, 0 tratamento ou organizacao, a recuperacao, a disseminacao

e 0 usa da informacao que, por sua 'vez, pod era gerar nova producao,

completando 0 cicIo.

otratamento ou organizacao da informacao consiste, portanto,

em etapa intermediaria voltada primordialmente para a garantia de

urn dialogo entre 0 produtor e 0 consumidor da informacao, assumin-

do, destarte, uma funcao de verdadeira ponte informacional.

1 0 p re se nts te xto re to ma , s ls te m atiz a, atual iza e apro funda aspectos ante rio rm en le tra lados em G uim araes

(1994 , 1999), e Sm it & G u im araes (2000),

2 Em PO ftl!g a.l. u tiliz a-s e a e xp re ss ao a na lis e d oc ume nta l.

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esse momento, a literatura francesa e' espanhola da area de Cieri-

.da Informacao denomina analise documentaria, expressao que con-

dois conceitos fundamentais: analise e documento .

. Por analise tem-se a distribuicao ou separacao de urn todo em suas

componentes de modo a melhor conhecer seus elementos

. Dessa concepcao surge a ideia mais coloquial de analise

,,,!UUVexame de alguma obra ou situacao,

o documento, por sua vez, pode ser abordado sob quatro concep-

. '·meio de prova (tal como ocorre, por exemplo, no Direito Proces-

, materializacao de urn fato (como nos documentos que revelam

administrativos), suporte de informacao (tal como tratado na Cata-

por exemplo) ou registro e base para geracao de novos conhe-

mentos (incorporando 9 ideia de conhecimento registrado, como aborda

de organizacao do conhecimento).

A dlrnensoo conceituol da analise docurnentorio

Analisando-sea literatura intemacional no tocante ao conceito de ana-

documentaria, pode-se verificar, dentre outras, as seguintes definicoes:

C o n ju n to d e o p e r a c o e s n e c e s s a r ia s p a r a a e x t r a c a o d a in f o rm a c ; : a o c o n t id a n a sfo n t e s p r lm a ia s d e m o d o a preparala p a r a s u a p o s te r io r r e c u p e ra c a o e u ti l i z a c ;: a o ( R U I Z

P E R E Z , 1 9 9 2 , p .5 1 )

operacao o u c o n ju n to d e o p e r a c o e s v is a n d o a r e p r e s e n t a r 0 c o n t e u d o d e u r n

d o c u m e n to s o b u m a fo rm a d is t in t a d e s e u e s t a d o o n g in a l, c o m 0t im d e fa c il i t a r a c o n s u t t a

o u a p o s t e r io r lo c a liz a c ; : a o (C H A U M I E R , 1 9 9 3 , p .1 7 )

T o d a o p e r a c a o o u g r u p o d e o p e r a c o e s q u e b u s c a m a r e p r e s e m a c a o d e u r n d o c u -

m e n to s o b u m a fo rm a d is tin ta d a o r ig in a l , s e ja p o r t r a d u c ; : a o , r e s u m o o u in d e x a c ; : a o ,d e m o d o

a f a c il i t a r a r e c u p e r a c a c p o r e s p e c ia li s t a s in te re s s a d o s ( G A R D I N e t a li i , 1 9 8 1 , p .2 9 )

T ecnca d o c u m e n t a l q u e p e rm i t e , m e d ia n t e u m a o p e r a c a o in t e le c t u a l o b je t iv a , a

id e n t i t ic a c ; :a o e i ra n s l o r m a c a o d o s d o c u m e n to s e m p r o d u t o s q u e fa c i l i t e m a c o n s u l t a a o s

o r ig in a is , e m a r e a s d e c o n t r o le d o c u m e n ta l . e c o m 0o b je li v o u lt im o d e s e rv i r a c o m u n i -

d a d e c ie n t l t ic a (G a r c ia G u t ie r r e z A p u d R U IZ P E R E Z , 1 9 9 2 , p .5 9 )

Jose A ugusto C haves G uim araes

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_ P ro c e s s o d u p lo d e id e n t i f i c a ( : a o e r e p r e s e n t a c a o d o t e x t o I d o c u m e n t o ( P IN T O & '

G A lV EZ , 1996 , p .31 ) t i l l

Tais definicoes trazem, em seu bojo, aspectos como a identificac;ao,':,l

a extracao e a representacao da informacao que, no contexto da Ciencia~:;

da Informacao, podem assumlruma dimensao de forma ou de conteudo;.,;i

sugerindo dois niveis de analise documentaria:i:"

/: - Analise formal. Relativa ao processo de descricao bibliografica[J~c~,

(ca ta logacao) com 0 objetivo de criar registros. Trata-se, pois, da anaIi-,:f

se e representacao dos aspectos extrinsecos do documento parafins de?;'

identificacao e de localizac;ao,·

- A nalise de co nteudo '. Relacionada aos processos de condensac;ao/:,i

e de representacao por meio de linguagens documentarlas, com 0 obje.:~

tivo especifico de produzir resumos e indices de assunto. Tem-se, pois.u

analise e descricao dos aspectos intrinsecos do documento, ligados ao

seu conteudo tematico, razao pela qual tambem se denomina tratamentotematico da informacao,

Desse modo, 0 tratamento ou organizacao da informacao (que

revel a a analise documentaria em sentido amplo) visa a aplicacao

criterios de natureza descritiva (fisica) ou tematica (de conteudo) aos

distintos suportes informacionais, de modo a que os mesmos possam

ser localizados (no primeiro caso) e acessados em termos de assunto

(no segundo caso).

Nesse contexto especifico, duas concepcoes podem ser assinala-

das: por urn lado, autores como FOSKETT (1973) e LANCASTER

(1993), no exterior, assim como AMARO (1991); FUJITA, (1988) e

CAVALCANTI (1978), no Brasil, veem identidade entre 0 tratamento

tematico da informacao e a indexacao, Por outro lado, autores como

GARDIN (1981), PINTO (1993) e RUIZ PEREZ (1992), dentre ou-

tros, encaram a analise documentaria enquanto uma area (todo) na qual

J Ou Ana lise docum en te ria de n rve l in te rno, com o ressa lta RU IZ PEREZ (1992 , p.l02).

O rqan izacao e R epresen tacao do Conhecim en to · G eorge te M . R odrigues e IIza l. L op es (o rg '5 .)

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I~tse:insere indexacao propriamente dita (parte), refletindo a representa-

!~:i~aodocumentaria,fasefinal do tratamento, em que se utilizam os ins-

~tirumentos documentaries (linguagens) para a geracao de produtos

~~~cumentarios (indices, notacoes classificat6rias, etc)", .

~ & H ; Em suma, pode-se dizer que a area de analise documentaria, para

i'Mhsde tratamento tematico da informacao, consiste de urn conjunto de

~~procedimentosde natureza analitico-sintetica, envolvendo os processos

f~:~eanalisedo conteudo tematico dos documentos e sua sintese, por meio

t i i H a condensacao ou da representacao em linguagens documentarias, com1 : : : i ~ ~ _ ; . . : : - -

~;;9.objetivode garantir uma recuperacao rapida e precisa pelo usuario oulJfCliente.Dessa concepcao alguns elementos merecem destaque:~1~~f' .

I ·~ ~ = : : : : : : : o : e : : : o : : : : : : n : : : : : s : : :d o u r n s e n tid o in fo rm a t i v ~ ;

- c o n te tJ d o t e m a t ic o : 0c o n ju n t o d e e le m e n t o s d o c u m e n t a is q u e r e f le t e m a d im e n -

s a o in fo rm a t iv a ( a f u n ~ a o o r ig in a l ) d o d o c u m e n to ;

- d o c u m e n to s : a q u i e n t e n d id o s e m s u a c o n c e p c a o r n a is a m p la , e n q u a n t o s u p o r -

t e s in fo rm a c io n a is d e q u a lq u e r o rd e m ;

- c o n d e n s a t ; a o : r e c o n s u u c a o d o d o c u m e n t o d e f o rm a a b r e v ia d a , d e s t a c a n d o

s e u s p o n t o s o u p a s s a g e n s d e m a io r e x p r e s s iv id a d e t e m a a c a :

- r e p r e s e n ta t ; a o : p ro c e s s o s im i la r a t r a d w ; a o , n o q u a l 0c o n t e u d o temalco p a s s a a

s e r e x p re s s o d e m a n e i r a p a d ro n iz a d a c o n fo rm e p a r a m e t r o s p re v ia m e n te e s t a b e le c id o s ;

- l in g u a g e n s d o c u m e n ta r ia s ( t a m b e m d e n o m i n a d a s l in g u a g e n s d e in d e x a t; a o ) :

c o n ju n t o d e in s t r u in e n to s o u f e r r a m e n t a s p a r a a r e p r e s e n t a c a o p a d ro n iz a d a d o c o n te u d o

t e m a t c o d o s d o c u m e n t o s . T r a d ic io n a lm e n t e , c o n s is t e m n o s s is t e m a s d e dassflcacao,

n a s l is t a s d e c a b e c a h o s d e a s s u n t o o u n o s t e s a u r o s ;

- r e c u p e r a f l io d a in f o rm a f l io : o b j e t iv o b a s c o d e t a d a a a ti v id a d e de t r a ta m e n to d o c u -

m e n ta l. u m a v e z q u e pemjte q u e 0c o n te u d o in fo rm a c io n a l c h e g u e a te 0u s u a r io o u c l ie n t e ;

" Ta l concepcao te rn s ido ado tada , a inda pe los in teg ran tes do g rupo TE MM A. da Un ive rs idade de Sao Paulo ,

notada rnen te a pa rtir dos anos 80 .

Jose Augus to Chaves Gu im araes

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. - e - r q p i d € ) z : p r i n c i p a l m e n t e e m te m p o s d e m u tt a p ro d e c a o in fo rm a c io n a l, e i m p o r t a n t e ,

. r e c o r d e r q u e i ( l f o r r n a q a o a t r a s a d a c o n s t i t u i - s e ; e m v e r d a d e , e m in f o rm a ~ a o n e g a d a ; ,

. " . : . - : p r e c is i1 o .~ 'a le r n d e g a r a n t i r a r a p id e z , e f u n d a m e n t a l q u e e s s a in fo rm a ~ a o c h e - , :

g u e a o u s u a r io o u c l ie n t e , e m a d e q u a c a o a s e s p e c i f i c id a d e s d e s u a n e c e s s id a d e .

A vista do exposto, pode-se dizer que a analise documentaria tern.'

por objetivos estabelecer uma ponte entre 0 usuario e 0 documento.z

fomecer subsidies ao processo de disseminacao da informacao, e gerarr

produtos documentaries (resumos e Indices).

A dirnensco h is t6rica do analise documentorio

Urn resgate hist6rico da Analise Documentaria sugere a identifica-

< ; 3 0 de tres momentos, representativos de concepcoes distintas da area:

a arte, a tecnica e a busca por metodologias que a sustentem e justifi-

quem cierttificamente.

A arte e a tecnica

Entendida, em urn primeiro momento, como uma habilidade ou dorn ,.

especial, a Analise Documentaria teve sua primeira aplicacao conheci-da, como ressalta Witty (1973, p.193) na Mesopotamia, por volta do

ana 2000 AC, quando documentos registrados por escrita cuneiforrne

em tabletes de argila eram armazenados em envelopes, tambem de argi-

la, que continham urn resumo do documento, de modo a evitar a destrui-

<;aodo envelope a cada "consulta". A isso seguiu-se 0 desenvolvimento

do sistema de classificacao idealizado por Calimaco, para a Biblioteca deAlexandria, a praxe dos monges copistas de apresentacao de "indices

marginais II nas paginas dos c6dices medievais (pratica ainda hoje exis-

tente em muitas publicacoes religiosas), as concordancias biblicas cria-

das por Alexander Cruden na Inglaterra no seculo XVII (e que, na atua-

lidade, seguem existindo, principalmente em biblias protestantes de ampla

utilizacao, talcomo as edicoes de bolso das Biblias difundidas peIos '

O rg an iia ~a oeRe pre se nla ~a o d o C on he cim en to - G eo rg ele M , R od rig ue s e IIz a l. Lopes (orqs .)

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1~'iGuideOnS),e0 sistema de indexacao por palavras-chaves do documen-

ig::b,to,tilizado na Alemanha no seculo XVIII (e que norteoti toda a indexacao

~~,iporpalavrana atualidade).

~ ~ r Desse modo, observa-se, nesse periodo, uma concepcao de Analise~WDocumentariacomo fruto de urn talento especial, uma verdadeira habi-~lidade artistica em que 0 emprego do born senso se aplica aum processo

!B;;:altamententuitivo: a determinacao do conteudo do documento e sua

~t'conseqiiente nomeacao.

~~,. Em urn segundo momento, pautado pelos reflexos da revolucao

~i;iridustrial e da producao documental em larga escala, notadamentea

~\~partirdo .•seculo XIX, a Analise Documentaria assume uma dimensao

~~:l1laisragmatica epassa a ser vista enquanto produto da aplicacao de

l~;,umconjunto de tecnicas, receitas ou regras previamente estabelecidas.

~i Nesse contexto registra-se a preocupacao de Melvil Dewey com urn

;!ilt.sistemae classificacao adaptavel a realidade cotidiana de Iocal izacao (ou

llti,&rranjo)os documentos nas estantes, (EUA, 1876), os principios - espe-

~!~;dfico,euso-e sindetico- da indexacao alfabetica de Cutter: (EUA, 1876),

~ : / a spropostas de inter-relacao de conceitos de Otlet e La Fontaine, por

IliO_meioa Classificacao Deci~al Universal (Belgica, 1895), 0 sistema de

~~];classificac;aoa Bibliotecado Congresso, baseado no principio de garan-

~i'htialiterariaEUA, 1920), as tecnicas de indexacao coordenada deMortimer

\~:,aube,lancando as bases para a pos-coordenacao de conceitos na indexacao~ft(EUA,1953), e os sistemas de indexacao por palavra baseados no titulo,

;s,como0KWIC de Hans Peter Luhn (EUA, 1959), dentre outros.<t - ~

i , l ; ~ ; t ~

~ : L" , , ~ ,

~~... Somente neste seculo, notadamente a partir dos anos 1950, com as'~experiencias de tratamento automatizado da informacao, a questao da .

~consistencia se coloca, exigindo uma rediscussao de procedimentos. Nesse

:;,.ambito,nasce a pesquisa em Analise Documentaria, notadamente em

~duas vertentes te6ricas: a europeia (sobretudo na Inglaterra, na Franca

W ' e na Espanha), mais voltada para a questao do processo em si, e a norte-

~americana, primordialmente centrada na consistencia dos produtos.

A busca por metodologias

Jo se A ug usto C ha ve s G uim arae s

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Especificamente no que tange Ii busca por metodologias, ressal-

tam-se os esforcos da vertente europeia, mais voltada para 0 desenvol-

vimento de elementos te6ricos pr6prios a AD. Nesse contexto, mere-

cernmencao as experiencias investigativas de Kaiser (EUA, 1911)5quanto

ao binomio concreto/processo na composicao dos enunciados de assun-

to dos documentos, de Ranganathan (India, 1933) quanto a uma analise

em facetas - Personalidade, Materia, Energia, Espaco e Tempo - do con-

. tendo tematico dos documentos, do Classification Research Group (In-

glaterra, 1952), que ampliou para doze as cinco categorias fundamen-

tais de Ranganathan e de Austin (Inglaterra, 1968) e do grupo de

Bangalore (India, 1969) que, por meio dos sistemas PRECIS e POPSI, .

lancaram as bases para uma aplicacao da analise facetada em sistemas

automatizados.

Urn olhar mais detido sobre a construcao te6rico-metodol6gica re-

vela que ate os anos 70 a literatura da area centrava-se mais na sintese

documentaria que na analise propriamente dita. Assim, no decorrer depouco mais de urn seculo, a enfase residiu substancialmente no desen-

volvimento de linguagens documentarias, voltadas para a representacao

de conceitos dos documentos (notadamente por influencia de Dewey),

nao se atendo a questoes relativas ao desenvolvimento de estrategias ou

metodologias de leitura documentaria ou de identificacao e selecao de

conceitos (RIVIER,1992, FUJITA, 1988 e GOMES &GUSMAO, 1983).Essa enfase nas linguagens documentarias ou linguagens de

indexacao", revelou, por urn lado, uma vertente voltada para a represen-

tacao notacional, com os chamados sistemas de classificacao, partindo

de estruturas prescritivas e hierarquicas como a Classificacao Decimal

de Dewey (EUA, 1876), passando por esquemas parcialmente flexiveis

como a Classificacao Decimal Universal (Belgica, 1895), para se chegar

aos chamados sistemas flexiveis, de caracteristica eminentemente anali-

tico-sintetica, como as classificacoes facetadas criadas por Ranganathan

5 A inda que norte -am erica no , Ka ise r desenvo lveu experienc las investiga tivas na Ing la te rra e seu sis tem a

trouxe im portan tes e lem en tos m etodo l6g icos que in fluenc ia ram , inc lus ive . os traba lhos de R angana than .6 E xpressoes rep resen ta tivas , respectivam en le , das lite ra tu ras frances a e ing lesa da area .

O rgan iza~ao e Represea tacao do Conhec im en to - G eorge te M . R odrigues e IIza L . L op es (o rg s.)

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(India, 1933) e desenvolvidas pelo Classification Research Group (In-

glaterra, apartir de 1952), sendo mais modernamente objetode investi-

gacao da International Society for Knowledge Organization (ISKO).

Por outro lado, a partir da publicacao das Rules jor'a dictionary

catalog, de Charles Ami Cutter (EVA, 1876), passa adesenvolver-se

uma vertente voltada para a representacao alfabetica de 'assunro, com 0

estabelecimento de padroes de consistencia para incticesc 0 desenvolvi-

mento de sistemas de estrutura alfabetico-combinatoria (CHAUMIER ,

1988)0 que veio a nortear a elaboracao das chamadas listas decabeca-

lhos de assunto",

De modo a propiciar uma simbiose entre 0 acesso tematico direto

dos indices alfabeticos, gerados por meio de listas de cabecalhos de

assunto, com a estrutura hierarquica de conceitos dos catalogos siste-

maticos, gerados a partir de sistemas de classificacao, e considerando-

se a necessidade de acesso rapido e preciso a literatura tecnico-cienfi-

fica no mundo do pos-guerra, ganham forca os tesauros, aumentandoa flexibilidade no momenta da representacao e permitindo maior agili-

dade na incorporacao de conceitos novos. Isso levou a que, notadamente

a partir dos anos 70 se desenvolvesse umagrande quantidade de traba-

lhos voltados para a elaboracao e a normalizacao internacional de

tesauros, valendo-se do apoio te6rico da Terminologia, em area

especiali~adas.No entanto, como ja alertado anteriormente, se por urn lade a lite-

ratura apresenta-se tao farta em termos de sintesedocumentaria (mor-

mente elaboracao, adaptacao e utilizacao de linguagens), tal nao ocorre

com aetapa analitica, que a antecede. Desse modo, como bern ressalta

CUNHA (1989;p.40), os procedimentos envolvidos na Iocalizacao e

identificacao dos conceitos no documento, para serem posteriormente

representados por meio de linguagens documentarias, eram encarados

como operacoes empiricas de born senso dosbibliotecarios, revelando'

uma vasta diversidade de criterios, de natureza fluida e subjetiva, sem

1 Ve ja -se , pa ra tan to , C ESA RINO & P INTO ( 1978 ) e TORRE S ( 1992 ) ,

Jose Augus to C haves G uim araes

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parametres que lhes conferissem alguma cientificidade, ou, ainda, a

explicitacao dos procedimentos au mecanismos envolvidos.

A propria. literatura da epoca reforca tal assertiva ao dispor urn

conjunto de recomendacoes ao indexador, como 0 conhecimento sufici-

ente do assunto a ser indexado, a born senso, a concisao, a necessidade

de 0 indexador colocar-se sempre no lugar do usuario, a experiencia, a

concentracao, a capacidade de compreensao e leitura, etc." Relativa-

mente a necessidade de estabelecimento de padroes, OLSON (2000)

chega mesmo a alertar para urn poder que se supoe tenha 0 indexador

no momenta da representacao, qual seja aquele de nomear, rotular urn

conteudo tematico.

A natureza interdisciplinor

da analise documentcrlo

Como bern obserya AMARO (1991, p.4), durante decadas a litera-

tura da area nao dava conta de responder, satisfatoriamente a uma ques-

tao de natureza eminentemente pragmatica: com o se identifica a infor-

maciio principal do do cumento ?

E foi extamente no contexte de busca de metodologias que a area

passou a adquirir urn carater mais te6rico e uma natureza notadamenteinterdisciplinar, Desse modo, registram-se os trabalhos de Jean-Claude

Gardin,na Franca.. voltados para conferir a Analise Documentaria urn

status de area de investigacao, os trabalhos de Beghtol, no Canada, rela-

tivamente aos conceitos de tematicidade e significados, e os de Dahlberg

e seus seguidores, na Alemanha, no ambito da In te rnationa l Socie ty fo r

K now ledge O rganization. ISKO, relativamente a dimensao do docu-

mento enquanto conhecimento registrado e socializado.

No Brasil, a dimensao interdisciplinar da Analise Documentaria,

encontrou reflexo pioneiro nos trabalhos Grupo Temma, criado por

6 T ais re comen dace es, na scid as d a e xp erle ncia pro fiss io na l e ram . a qu ela e po ca , im portan tes refere nciasp ra tlc o s v is to cons is tir em 0 Lin ico recu rso de q ue d ispu nh a 0 ind exa do r p ara no rte ar se u modus fac iendi.

O rg aniza ca o e R epre se nta cao do C on he cim en to - G eorg ete M . R od rig ues e IIza L . Lopes (orgs .)

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Johanna Smit na Escola de Comunicacoes e Artes da Universidade de

Sao Paulo, nos anos 80, a partir da concepcao teorica de Gardin e tendo

como pressuposto basico a busca de parametres metodo16gicos para a

area por meio de uma inter-relacao entre Documentacao, L6gica e Cien-

cias da Linguagem.

Hoje, tem-se clara a necessidade de a area recorrer ao aparato teo-

rico de outras areas do conhecimento, em recortes especificos para rea-

lidades documentais igualmente especificas, no intuito de melhor

explicitar os procedimentos que Ihes sao inerentes (sua propria

discip1inaridade). Nesse contexto, alguns aportes interdisciplinares po-

dem ser observados, oriundos, dentreoutras, de areas como: Adminis-

tracao, Psicologia.: Lingiiistica, Terminologia, L6gica, Informatica, Inte-

Iigencia Artificial,e Arquivologia, entre outras,

o aporte te6rico da Administracao se da na medida em que hoje se

entende a Analise Documentar ia como parte de urn contexto

organizacional, de maneira que a politica de analise e indexacao integranecessariamente 0 contexto gerencial da unidade QU sistema de infor-

macae ."

A Psicologia fomece importante subsidies a area, uma vez que faz

parte da pr6pria politica de analise e indexacao 0 conhecimento previo

do contexto do usuario ou cliente, seja no ambito do vocabulario por ele

empregado seja, ainda, pela natureza tematica de suas demandasinformacionais.

Considerando-se que a area de Analise Documentaria tern, como

ferramentas de representacao de conteudo, verdadeiras metalinguagens

- as linguagens documentarias - necessaries se tomam os aportes oriun-

dos da Lingiiistica, em ambitos de natureza sintatica (construcao Iogica

de enunciados, ordem de citacao de descritores, etc) e semantica (ques-

toes de significado).

o carater instrumental da Terminologia a Analise Documentaria -

e mais especificamente aos tesauros (como bern demonstram os traba-

'Ve jam -se , para tan to , CARNE IRO (1985) e GU IMARAES (2000).

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110

lhos levados a efeito pela Rede Iberoamericana de Terminologia -

RITerm) e explicado pelo fa to de essa area dedicar-se a atribuicao de

conceitos distintos e metologicamente delimitados ao termo, a partir do

contexto do mesmo, sendo de especial relevancia as.slinguagens

especializadas, partindo da identificacao dos conceitos de uma determi-

nada area do saber para, em-seguida, passar-se a atribuicao dos termos,

definindo-os e controlando suas relacoes de sinonimia, homonimia, etc

(RIVIER, 1992).

A relacao com a L6gica e bern expressa por CUNHA (1989), ao

referir-se ao processo de Analise Documentaria enquanto identificacao

de traces descritivos e de argumentos que comp6em 0 discurso expres-

so no documento, ordenando-os em esquemas 16gicos por meio da iden-

tificacao de teses e hip6teses. Outro importante aporte reside nos racio-

cinios indutivo e dedutivo, que nortearao a definicao de estrategias de

leitura documental.

A interdisciplinaridade com a Informatica da-se de distintas for-mas, des de 0 carater instrumental'? desta ultima aos procedimentos de

indexacao autornatica, ate os softwares de geracao automatica de lin-

guagens documentarias (como por exemplo, nos aplicativos para elabo-

ra<;ao de tesauros)."

No ambito da Inteligencia Artificial, registram-se experiencias para

geracao automatica de resumos e de bases de dados de camposespecializados do conhecimento", bern como experiencias de inteligen-

cia artificial para indexacao em lingua gem natural, citando-se como

exemplo os trabalhos desenvolvidos pela Universidade de Montpellier,

no ambito da informacao juridica.

Com relacao a Arquivologia, observa-se uma relacao de simbiose

com a area, visto del a advirem aspectos importantes a Analise

1 0 Obse rve-se, ne sse amb ito , qu e 0 G rupo M ercosu l de E sco las de B ib lio teconom ia entende as N ovas

T ec no lo gia s, j un tam en te com a Pes qu is a, e nq ua nto in strum en ta lid ad es q ue p erp ass am a s q ua tro g ra nd es

a re as d e c on te ud o: F un damen lo s em B ib lio te co nom ia e C ie nc ia d a ln lo rma ca o: O rg an iz a~ iio e Re cu pe ra ca o

d a ln lo rm a ca o: re cu rs os e S erv ic es d e In fo rm a ~a oe Ge sta e d e U nid ad es d e ln to rm a ca o.

11 Vejam -se , p ara ta nto , G il L eiva (1 99 9) e R ob re do (1 99 1).

12 Ve ja -s e, em KOBASH I (1 994 , p .3 5 -3 8 ) in te re ss an te s re fe rE 'ln cia sa ta ls a porte s in le rd is cip lin are s, c omo 0P ro je to TOPIC (A lem an ha ), o s tra ba lh os d o INST (F ra nc;a )e a p ro po sta d e B arc el6 j un to a o CNRS (F ra nc ;a ).

O r qan iz ac aoe Rep re sen taC ;iiod o Conhe cimen to - Geo rg e te M . Rod rig u es e IIz a L. Lopes (or gs .)

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Documentaria tais como os principios arquivisticos da proveniencia/

procedencia (que interfere no aspecto da confiabilidade da informaeao

indexada) e da organicidade (visto permitir trabalhar-se tematicamente

os conjuntos documentais), bern como a importante contribuicao da

Diplornatica, por meio de seu metodov, para a etapa de identificacao de (conceitos, mormente em documentos tecnicos. Por outro lado, quest6es '

relativas a condensacao e a representacao documentariatcontrole de

vocabulario) tern sido fundamentais para a Arquivologia na atualidade,

visto contribuirem sobremaneira para a geracao de produtos arquivisticos

tipicos como inventarios analiticos e guias de pesquisa.

A questoo do analise e do sinteseIf

Nesse contexto de busca por metodologias por meio de recortes

te6ricos advindos de areas diversas, chega-se a urn modelo em que se

verificam consecutivamente os momentos: de analise e de sintese,

Na etapa analitica verificam-se procedimentos de leitura tecnica

(ou leitura documentaria) e de identificacao de conceitos. Tem-se, pois,

urn desmontar do conteiido tematico do suporte de informacao.

Em seguida, a etapa sintetica comporta a selecao dos conceitos iden-

tificados para fins de representacao, a condensacao do documento origi-

nal em urn micro-documento que mantenha suas macroproposicoes se-

manticas fundamentais (resumo) bern como a representacao documen-

tal, especie de traducao dos conceitos extraidos - e originariamente ex-

,pressos em Linguagem Natural- para uma linguagem artificial, denomi-

nada Linguagem Documentaria ou Linguagem de Indexacao.

A literatura na area tern denominado diferentemente as etapas doprocesso de analise documentaria sem, no entanto, diferir substancial-

mente quanta ao contetido.

Desse modo, para FUJITA (1988), LANCASTER (1993) e

KOBASHI (1989), a analise documentaria pressup6e dois momentos

13 Ve jam -se . pa ra tan to . G UIM AR AE S (199B ). NASC IM ENTO (2002) e FU RLAN ETO (2003 ) .

Jose Augus to C haves G u im araes

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fundamentals: a determinacao do assunto e a traducao/representacao

em uma linguagem de indexacao, }a CAVALCANTI (1982) prefere sub-

dividir a primeira fase em duas etapas: identificacao da tematicidade do

documento e selecao de conceitos. PINTO MOLINA (1993), por sua

vez, ve tres subetapas na determinacao do assunto: leitura, compreen-,

sao e interpretacao e sintese. CHAUMIER (1985), as etapas anterior-

mente tratadas, acrescenta mais uma, ap6s a traducao: a incorporacao

dos elementos sintaticos que poderia ser entendida como uma ordem de

citacao des elementos e RUIZ PEREZ (1992), .mais voltado para os

produtos documentaries decorrentes do processo de analise, divide-o

em Indexacao (analise e descricao do conteudo para recuperacao por

conceitos ou assuntos) e Operacao de resumir (representacao em forma

reduzida dos conteudos documentais).

Nesse contexto, acreditamos que a posicao anteriormente adotada

(GUIMARA.ES, 1994), no tocante ao conteudo das etapas de analise e

de sintese da Analise Documentaria possa sintetizar, de alguma .manei-ra, a questao:

Etapa analitica:

~ Leitura tecnica do documento, em que odocumentalista adentra

na estruturado documento, buscando tomar contato com as partes querevel em maior conteudo tematico valendo-se, para tanto, de urn conjun-

to de estrategias metacognitivas;

~ Identificacao de conceitos: uma vez identificadas as partes mais

significativas tematicamente, aplica-se ao documento urn conjunto de

de categorias conceituais, visando a construcao de enunciados de assunto.

Etapa sintetica:

- Seleciio de conceitos: os enunciados de assunto sao, entao,

categorizados em principais, secundarios e perifericos, e ordenados

logicamente, tendo como parametres a estrutura, a funcao e os usos

(tipo de busca informacional a que se presta 0 documento).

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- Condensaciio documentaria: reducao do documento original a

urn micro-documento (resumos), e

- Represen taciio documentaria: traducao do conteudo tematico do

documento em lingua gem de Iindexacao, representando-o por meio de

indices.

Por fim, nao e demais ressaltar 0 anteriorrnente argumentado no

tocante ao duplo papel da Analise documentaria, seja como area de

investigacao ligada aos process os, produtos e instrumentos de tratamento

da informacao, seja como processo interno (em contraposicao a sintese

documentaria) quando se efetuam procedimentos de identificacao do

conteudo tematico do documento, a partir de uma leitura tecnica .

Condusoo.-: '> -- ;:" .~: , , :.~ .:

, ; ( { ; r ~ l _ ' j · : { : , : : : ·

A vista do exposto, verifica-se que a areadeAri~lise Documentar ia ,

seja em nivelinternacional, seja no ambito brasileiro, encontra-se em

escala ascendente em term os de campo de pesquisa: a cada dia que passa

novos aportes te6ricos e metodo16gicos sao experimentados em rea l ida-

informativas distintas, de modo a comprovar ou refutar sua

instrumentalidade.Idos sao os tempos em que a area era considerada como mero . p ro-

tecnico, relegada it obscuridade dos gabinetes profissionais , dis-

tante da realidade usuaria e, quando muito, importando metodos e siste-

estrangeiros. Cada vez mais se tern clara a necessidade de uma ade-

4U'<lYCl.U entre as metodologias de tratamento tematico e as distintas rea-

'~"'~'''''''''' em suas tres dimensoes fundamentais: a do documento, a doe a da organizacao.

Jose A ugusto C haves G uim araes

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