análise e documentação de um manipulador com cinco graus de ...

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i ANÁLISE E DOCUMENTAÇÃO DE UM MANIPULADOR COM CINCO GRAUS DE LIBERDADE Rodrigo de Souza e Silva Picança Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro. Orientador: Prof. Vitor Ferreira Romano; Dott. Ric. Rio de Janeiro Março de 2014

Transcript of análise e documentação de um manipulador com cinco graus de ...

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    ANLISE E DOCUMENTAO DE UM MANIPULADOR COM CINCO GRAUS

    DE LIBERDADE

    Rodrigo de Souza e Silva Picana

    Projeto de Graduao apresentado ao Curso

    de Engenharia Mecnica da Escola

    Politcnica, Universidade Federal do Rio de

    Janeiro, como parte dos requisitos

    necessrios obteno do ttulo de

    Engenheiro.

    Orientador: Prof. Vitor Ferreira Romano;

    Dott. Ric.

    Rio de Janeiro

    Maro de 2014

  • ii

    UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

    Departamento de Engenharia Mecnica

    DEM/POLI/UFRJ

    ANLISE E DOCUMENTAO DE UM MANIPULADOR COM CINCO GRAUS

    DE LIBERDADE

    Rodrigo de Souza e Silva Picana

    PROJETO FINAL SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO DEPARTAMENTO

    DE ENGENHARIA MECNICA DA ESCOLA POLITCNICA DA

    UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS

    REQUISITOS NECESSRIOS PARA A OBTENO DO GRAU DE

    ENGENHEIRO MECNICO.

    Aprovado por:

    ________________________________________________

    Prof. Vitor Ferreira Romano; Dott. Ric. (orientador)

    ________________________________________________

    Prof. Thiago Gamboa Ritto; DSc

    ________________________________________________

    Prof. Fernando Pereira Duda; DSc

    ________________________________________________

    Prof. Armando Carlos de Pina Filho; DSc

    RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL

    MARO DE 2014

  • i

    Picana, Rodrigo de Souza e Silva.

    Anlise e documentao de um manipulador com cinco graus de

    liberdade/ Rodrigo de Souza e Silva Picana- Rio de Janeiro - UFRJ/

    Escola Politcnica, 2014.

    VIII, 58 p.: il.; 29,7 cm.

    Orientador: Prof. Vitor Ferreira Romano.

    Projeto de Graduao UFRJ/ Escola Politcnica/ Curso de

    Engenharia Mecnica, 2014.

    Referncias Bibliogrficas: p. 59-60.

    1. Robtica. 2. CAD. 3. Parmetros DH. 4. Modelagem. 5.

    Documentao. 6. Dimensionamento. 7. Desenho Tcnico. I. Romano,

    Vitor Ferreira. II Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola

    Politcnica, Curso de Engenharia Mecnica. III. Ttulo.

  • ii

    DEDICATRIA

    Dedico este trabalho minha famlia e amigos que sempre me apoiaram.

    Durante esse tempo de graduao pude adquirir uma vasta gama de conhecimentos

    tericos e prticos que certamente me tornaro um profissional mais completo. Assim,

    quero dedicar instituio UFRJ e a todo seu corpo docente.

  • iii

    AGRADECIMENTO

    A Deus, por estar sempre ao meu lado, me dando foras quando preciso. Aos

    meus pais Joo Pinheiro Picana e Elma coelho de Souza e Silva, pelo apoio e amor

    incondicional e pelos ensinamentos fundamentais da vida que me tornaram o homem

    que sou hoje. Ao meu irmo Marcio Renato Picana e a minha namorada Mait Lopes

    de Almeida, por serem uma fonte de afeto e carinho mesmo nos momentos mais

    difceis.

    Agradecimento aos meus amigos e futuros Engenheiros Mecnicos: Filippe

    Guedes, Mauricio Iglesias e Marcelo Martinez.

    Agradeo ao meu orientador Vitor Ferreira Romano pela presena marcante na

    minha formao, pelo tema sugerido, pela orientao e pela confiana depositada em

    mim.

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    Resumo da Monografia apresentada Escola Politcnica / UFRJ como parte dos

    requisitos necessrios para a obteno do grau de Engenheiro Mecnico

    ANLISE E DOCUMENTAO DE UM MANIPULADOR COM CINCO GRAUS

    DE LIBERDADE

    Rodrigo de Souza e Silva Picana

    Maro/2014

    Orientador: Vitor Ferreira Romano

    Curso: Engenharia Mecnica

    O presente trabalho consiste da anlise de um manipulador robtico de cinco graus

    de liberdade, projetado e construdo no Laboratrio de Robtica da Universidade

    Federal do Rio de Janeiro em 1989, cuja documentao foi perdida ao longo dos anos.O

    trabalho visa o estudo do manipulador atual para a sua futura recuperao do para fins

    didticos. O Projeto de Graduao foi dividido nas seguintes etapas: documentao

    tcnica (desenhos de peas e montagens), anlise cinemtica, anlise esttica, anlise do

    sistema de transmisso e sugestes de modificaes de componentes em relao ao

    projeto original. Durante o desenvolvimento do trabalho foram utilizados recursos

    computacionais como a modelagem slida em CAD3D (programas TopSolid e

    Solidworks) e simulao numrica com o aplicativo Robotics Tool Box do programa

    MatLab. Como resultado obteve-se a documentao completa dos componentes com as

    sequncias de montagens, a montagem fsica do manipulador, alm da verificao da

    viabilidade de utilizao de novos atuadores e sistemas de transmisso para uso futuro

    do equipamento.

    Palavras-chave: Robotica, Modelagem, CAD, Parmetros DH, Montagem e Desenho

    Tcnico.

  • v

    Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial

    fulfillment of the requirements for the degree of Engineer.

    DOCUMENTATION AND ANALYSIS OF A ROBOTIC HANDLER WITH FIVE

    DEGREES OF FREEDOM

    Rodrigo de Souza e Silva Picana

    March/2014

    Advisor: Vitor Ferreira Romano, DSc.

    Course: Mechanical Engineering

    This work consists of analyzing a robotic manipulator with five degrees of

    freedom , designed and built in the Robotics Laboratory of the Federal University of

    Rio de Janeiro in 1989 , whose documentation has been lost over the years .The work

    aims to study the current handler for future recovery for didactic purposes. The

    Graduation Project has been divided into the following steps: technical documentation

    (drawings of parts and assemblies), kinematic analysis, static analysis, analysis of the

    transmission system and suggestions for modifications of components to the original

    design. During the development of the work computational resources work as solid

    modeling CAD3D (TopSolid and Solidworks programs) and numerical simulation with

    the Robotics Tool Box application from MatLab program were used. As a result we

    obtained the full documentation of the components with the sequences of assemblies,

    the physical assembly of the manipulator, besides verifying the feasibility for using new

    actuators and drive systems for future use of the equipment.

    Keywords: Robotics, modeling, CAD, DH parameters, assembling and technical

    drawings.

  • vi

    SUMRIO

    DEDICATRIA ............................................................................................................... ii

    AGRADECIMENTO ...................................................................................................... iii

    NDICE DE FIGURAS ................................................................................................. viii

    NDICE DE TABELAS ................................................................................................... x

    1. INTRODUO ................................................................................................... 11

    1.1. Motivao ........................................................................................................ 11

    1.2. Objetivos Gerais .............................................................................................. 11

    1.3. Organizao do Texto ....................................................................................... 11

    2. UMA VISO GERAL DOS MANIPULADORES ROBTICOS....................... 13

    2.1. Robtica ........................................................................................................... 13

    2.1.1 reas de Aplicao da Robtica ...................................................................... 13

    2.2. Robtica Industrial .............................................................................................. 15

    2.2.1. Componentes do Rob Industrial ..................................................................... 16

    2.2.2. Principais aplicaes industriais ....................................................................... 18

    2.2.3. Efetuadores Mecnicos (end-effectors) ............................................................ 19

    2.2.4. Principais configuraes e caractersticas de manipuladores mecnicos ......... 22

    2. MODELAGEM E DOCUMENTAO............................................................ 23

    3.1. Funes do Software ........................................................................................ 23

    3.2. Documentao de Projeto ................................................................................ 23

    3.2.1. Desenho Tcnico ...................................................................................... 23

    3.2.2. Lista de Material ....................................................................................... 24

    3.2.3. Manual de Montagem ............................................................................... 25

    4. HISTRICO DO MANIPULADOR DE CINCO GRAUS DE LIBERDADE 27

    5. DOCUMENTAO ........................................................................................... 29

    5.1. Processo de registro ........................................................................................ 29

    5.2. Modelagem ...................................................................................................... 31

  • vii

    5.3. Documentao tcnica ..................................................................................... 33

    5.4. Materiais utilizados .......................................................................................... 35

    5.5. Itens .................................................................................................................. 37

    5.6. Manual de montagem ....................................................................................... 37

    6. MODELAGEM DA POSIO .......................................................................... 38

    6.1. Parmetros de Denavit- Hartenberg: ................................................................ 38

    6.2. Transformao Homognea Direta .................................................................. 38

    6.3. Volume de trabalho .......................................................................................... 43

    7. ANLISE ESTTICA ........................................................................................ 45

    7.1. Propriedades dos Conjuntos ............................................................................. 45

    7.2. Calculo das Foras e Momentos ...................................................................... 45

    8. SISTEMA DE TRANSMISSO ........................................................................ 47

    8.1. Anlise do sistema de transmisso ................................................................... 47

    8.2. Dimensionamento das Engrenagens ................................................................ 49

    8.3. Dimensionamento de Polias ............................................................................. 51

    9. ANLISE DE SUGESTES DE MODIFICAES DE COMPONENTES. ... 52

    10. CONCLUSO ..................................................................................................... 57

    10.1. Resultados e Concluses; ............................................................................. 57

    10.2. Sugestes Para Trabalhos Futuros ............................................................... 57

    10.2.1. Modificaes no Manipulador; ................................................................. 57

    10.2.2. Sistema de Comando Eletrnico............................................................... 57

    APNDICE A TABELA DE MATERIAIS ................................................................ 61

    APNDICE B ANALISE CINEMTICO E D-H ...................................................... 62

    APNDICE C DESENHOS TCNICOS ................................................................... 63

    APNDICE D MANUAL DE MONTAGEM ............................................................ 64

  • viii

    NDICE DE FIGURAS

    Figura 1 Rob Industrial UNIMATE [27] ...................................................................... 15

    Figura 2 Exemplo de um rob industrial [27] ................................................................ 16

    Figura 3 Detalhe do pulso de manipuladores [27] .......................................................... 19

    Figura 4 Tipos bsicos de preenso de uma mo humana. [27] ..................................... 20

    Figura 5 Esquemas de diversos tipos de garras.[27] ...................................................... 20

    Figura 6 Exemplo de garras robticas sem dedo, pesquisa da Universidade de Chicago.

    ........................................................................................................................................ 21

    Figura 7 Trocador de ferramenta rpida (Tool Changer)[25]......................................... 21

    Figura 8 Tipos de juntas em manipuladores[27] ............................................................ 22

    Figura 9 Exemplo de representao de desenho tcnico de um meio-corte em uma

    engrenagem [25] ............................................................................................................. 24

    Figura 10 Exemplo de vista explodida com materiais, referente disciplina [25] ........ 25

    Figura 11 Exemplo de vista com manual de montagem ................................................. 26

    Figura 12 Imagem de poca do manipulador ................................................................. 27

    Figura 13 Imagem antes da restaurao ......................................................................... 28

    Figura 14 Vista desmontada da junta ............................................................................. 29

    Figura 15 Vista desmontada do antebrao ...................................................................... 29

    Figura 16 Vista desmontada dos atuadores .................................................................... 30

    Figura 17 Vista montada da junta ................................................................................... 30

    Figura 18 Vista das peas que compoem da garra.......................................................... 30

    Figura 19 Vista montada da garra .................................................................................. 31

    Figura 20 Interface grfica do software de modelagem ................................................. 32

    Figura 21 Vista isomtrica do conjunto .......................................................................... 32

    Figura 22 Padro de legenda .......................................................................................... 33

    Figura 23 Tabela de Rugosidade segundo a NBR 8404 [22] ......................................... 34

    Figura 24 BA-04 Valor da massa obtido na balana ...................................................... 36

    Figura 25 BA-05 Valor da massa obtido na balana ...................................................... 36

    Figura 26 (a) Adesivo usado para fixao do rolamento, (b) Adesivo para juno de um

    componente eletrnico. ................................................................................................... 37

    Figura 27 Esquema simplificado do manipulador mecnico.......................................... 39

    Figura 28 Representao do manipulador mecnico. ..................................................... 39

  • ix

    Figura 29 Manipulador na posio de origem. ............................................................... 42

    Figura 30 Manipulador numa posio A de captura....................................................... 42

    Figura 31 Volume de trabalho do manipulador ZY ....................................................... 44

    Figura 32 Volume de trabalho do manipulador XY ....................................................... 44

    Figura 33 Foras e momentos do Manipulador .............................................................. 46

    Figura 34 Posio do cabo de ao, em amarelo, para rotao da primeira junta ............ 47

    Figura 35 Variao angular da junta 2............................................................................ 48

    Figura 36 ngulos mximos obtidos na terceira junta ................................................... 48

    Figura 37 Posio do cabo de ao na Junta3 .................................................................. 49

    Figura 38 variao angular da garra. .............................................................................. 49

    Figura 39 Conjunto Coroa Pinho .................................................................................. 50

    Figura 40 Manipulador com suas polias expostas .......................................................... 51

    Figura 41 Polia da Junta principal com seu canal largo ................................................. 51

    Figura 42 Vista modelada e perpendicular ao conjunto coroa pinho ........................... 52

    Figura 43 Vista real e perpendicular ao conjunto coroa pinho ..................................... 53

    Figura 44 Um batente improvisado para fim de curso da junta principal ...................... 53

    Figura 45 Duas Placas Maiores sendo utilizada entre o Anel e Chapa Lateral .............. 54

    Figura 46 Chapinha compensando o espaamento entre o Apoio e a Carenagem ......... 54

    Figura 47 Furo do Cilindro central ................................................................................. 55

    Figura 48 Borracha para espaar apoio .......................................................................... 55

    Figura 49 (a) Atuadores fixados na Chapa, (b) A chapa e todos seus detalhes cortados.

    ........................................................................................................................................ 56

    Figura 50 Modelo de sistema de controle de um rob utilizando processamento de

    imagem [28] .................................................................................................................... 58

  • x

    NDICE DE TABELAS

    Tabela 1 Resumo dos cdigos usados na montagem do conjunto. ................................. 35

    Tabela 2 Relao massa da balana com massa terica. ................................................ 36

    Tabela 3 Parmetros D-H ............................................................................................... 39

    Tabela 4 Dimenses gerais de cada elo para calculo estrutural ..................................... 45

    Tabela 5 Tabela com as medidas do par de engrenagens coroa - pinho ....................... 50

    Tabela 6 Tabela com os ndices de cada coluna ............................................................. 61

  • 11

    1. INTRODUO

    1.1.Motivao

    Manipuladores so os braos do homem moderno. A robtica tem possibilitado ao

    ser humano alcanar lugares que antes nunca foram possveis e em condies que o

    homem no conseguiria atuar.

    fato que, com novas tecnologias de fabricao, a automao se tornou o principal

    expoente em desenvolvimento. Com isso, projetos mais desafiadores e precisos tm

    surgido. Atualmente, muitos estudos na rea de simulao robtica esto voltados para o

    desenvolvimento de sistemas que ofeream ao usurio maiores facilidades de criao,

    modelagem e de simulao de manipuladores.

    Na rea da robtica industrial, diversos sistemas de simulao e modelagem tm

    sido desenvolvidos, aprimorados e atualizados por pesquisadores acadmicos, empresas

    especializadas e, principalmente, pelos fabricantes de robs.

    1.2.Objetivos Gerais

    O objetivo principal desta monografia analisar e documentar o manipulador de cinco

    graus de liberdade fabricado no Laboratrio de Robtica da Universidade Federal do Rio

    de Janeiro. Esse processo ser composto pela documentao de todas as peas do

    manipulador, interpretao dos seus movimentos, analise cinemtica, analise esttica, e

    modificaes para uma otimizao do projeto.

    1.3. Organizao do Texto

    O contedo desta monografia apresentado em dez captulos, incluindo esta

    introduo. No captulo 2, apresenta-se uma breve descrio histrica da robtica e de sua

    introduo na indstria, descrevem-se tambm os principais componentes, caractersticas,

    aplicaes e configuraes dos robs industriais. Ao abordar o captulo 3, encontram-se

    informaes importantes sobre modelagem em Solidworks e organizao de documentao

    tcnica. No capitulo 4, abordado todo o histrico do manipulador estudado para este

    trabalho.

    No captulo 5, descrito todo o processo de documentao do manipulador em

    questo: processo de registro, modelagem, documentao tcnica, materiais utilizados e o

    seu manual de montagem. Apresentam-se tpicos explicando todos os critrios utilizados

    no layout da documentao tcnica e em consideraes utilizadas. Ao abordar o captulo 6,

  • 12

    feito o estudo terico da cinemtica atravs dos parmetros de Denavit-Hartenberg e das

    matrizes de transformao, concluindo com a modelagem paramtrica de um rob

    industrial real. Tambm a descrio da cinemtica direita e inversa, que se pode notar o

    uso da ferramenta Robotics Toolbox para Matlab para estudar as posies do manipulador.

    No captulo 7, foi feito o clculo da anlise esttica e seus momentos, que podero ser

    usados para definir os atuadores. Ao abordar o captulo 8, ser estudado o sistema de

    transmisso do rob e definido todos os elementos de transmisso. Ainda neste captulo,

    sero estudados os tipos de engrenagem, correia e polia utilizada. No Captulo 9, sero

    verificados erros e excessos cometidos no rob ao longo de sua fabricao, erros devido

    m fabricao e a dimensionamentos de m qualidade.

    Por ltimo, na concluso, sero expostos os resultados finais obtidos ao longo dos

    estudos realizados e as modificaes futuras para uma otimizao do projeto do

    manipulador. Neste captulo, tambm ser abordada uma introduo a um sistema de

    controle para o manipulador robtico.

  • 13

    2. UMA VISO GERAL DOS MANIPULADORES ROBTICOS

    Ao longo da histria, o homem sonhou com seres capazes de realizar movimentos e

    terem comportamentos semelhantes aos dos animais e at mesmo com os do prprio

    homem. Mas, no fundo, buscava livrar-se de tarefas indesejveis, perigosas ou cansativas, o

    que permitiu a construo de mecanismos engenhosos que resultaram na robtica atual.

    2.1.Robtica

    O termo rob foi originalmente utilizado em 1921 pelo dramaturgo Tcheco Karen

    Capek, na pea teatral Os Robs Universais de Russum - R.U.R., como referncia a

    um autmato que acaba rebelando-se contra o ser humano. Rob deriva-se da palavra

    "robota",de origem eslava, que significa "trabalho forado".

    A palavra robtica foi usada pela primeira vez em Runaround, uma pequena fico

    publicada em 1942 por Isaac Asimov (1920-1992), autor de Eu, Rob em 1950. Uma

    aplicao cientfica do mesmo termo foi desenvolvida pelo Prof. Joseph Weizenbaum em

    1966, no MIT, ao realizar um estudo de comunicao homem-mquina por meio de um

    programa de computador que simulava um psicoterapeuta respondendo perguntas com

    perguntas.

    Uma definio realizada em [1] fornece uma ideia do contexto atual da Robtica:

    "Robtica um grande campo de trabalho para pesquisa e desenvolvimento em uma srie

    de reas interdisciplinares que incluem a cinemtica, a dinmica, o planejamento de

    sistemas, o controle, os sensores, as linguagens de programao e a inteligncia artificial".

    2.1.1 reas de Aplicao da Robtica

    Teoricamente, o uso de sistemas robotizados poderia estender-se a quase todas as

    reas imaginveis onde fosse necessrio executar tarefas manuais, tarefas hoje efetuadas

    pelo homem ou que este no consiga realizar como, por exemplo, explorar a superfcie

    de Marte. A seguir so relacionados alguns dos principais setores de aplicao da

    robtica:

    Entretenimento Favorecida pelo uso de robs para recriar situaes que at

    pouco tempo atrs pareciam fictcias, o caso das mascotes-rob, humanides,

    entre outros.

    Medicina Setor com grande expectativa de expanso, basicamente utilizado

    em sistemas de diagnsticos, sistemas de reabilitao, assistncia em cirurgias

    etc.

  • 14

    Inspeo Usado na inspeo de tubulaes, reservatrio, barragens, esgotos,

    estruturas, entre outros.

    Explorao Submarina Principalmente usado como veculo de operao

    remota ou autnoma, muito usado na indstria offshore e na explorao

    cientfica dos oceanos.

    Limpeza domstica e profissional Uma das principais realizaes dos

    cientistas, o to sonhado ajudante de casa, j comercializado em alguns pases,

    usado principalmente na limpeza de pisos, janelas, paredes, piscinas, entre

    outros.

    Defesa, resgate e aplicaes de segurana Usado na desativao de minas

    terrestre e explosiva, robs de combate com armas de fogo e explosivos, robs-

    vigias, sistemas areos autnomos de vigilncia etc.

    Construo e demolio Indstria em que robs executam tarefas de

    dimensionamento, transporte, montagem, etc.

    Pesquisa e Explorao onde os robs apresentam vantagem em relao aos

    seres humanos, por resistirem em ambientes hostis como na explorao espacial.

    Automao Industrial Corresponde ao uso de robs na indstria a fim de

    melhorar, agilizar e aumentar a produo nos diferentes processos.

    Principalmente, na indstria automobilstica, alimentcia, agrcola, minerao,

    madeireira. o mais relevante e de maior interesse nesta monografia.

    Na atualidade, a robtica est engajada em atividades ambiciosas, como na articulao

    de expresses faciais e corporais, que programaro futuras verses de robs-serventes.

    Como, o enon, siglas para "exciting nova on network, uma expresso de difcil

    traduo que procura ressaltar a sensao causada pelas habilidades do rob. O rob

    ASIMO tambm um expoente desse novo desenvolvimento.

    Esse rob tem um sistema de comunicao que lhe confere a capacidade de trabalhar

    em equipe, partilhar informaes e coordenar tarefa. Por causa do sistema de ligao

    desenvolvido, os robots partilham informaes, como a sua localizao ou a tarefa que

    desempenham. Alm disso, na nova verso, o Asimo ganhou mais sensores, que do

    sensibilidade aos dedos para que ele seja capaz, por exemplo, de abrir uma garrafa

    trmica [2].

  • 15

    2.2. Robtica Industrial

    O termo robtica industrial frequentemente usado para referir-se a um

    equipamento capaz de executar uma tarefa especfica de modo automtico. A princpio,

    todo equipamento automatizado projetado para realizar uma determinada tarefa,

    assim, este poderia tambm ser considerado como um rob; no entanto, a diferena de

    um rob para um equipamento automatizado reside no fato de que um rob, em

    particular aqueles destinados a aplicaes industriais, podem realizar diversas tarefas,

    modificando-as apenas de acordo com o tipo de servio, o software e o efetuador, no

    sendo necessria a troca completa do equipamento.

    Robs industriais so constitudos por vrios corpos rgidos, ligados em srie por

    juntas, tendo uma das extremidades fixa base, e a outra livre para movimentar o

    efetuador [3].

    Os robs industriais foram desenvolvidos a partir de pesquisas realizadas

    durante a Segunda Guerra Mundial, quando foi concebida uma estrutura mecnica

    articulada do tipo mecanismo pantogrfico, capaz de realizar tarefas atravs de

    movimentos comandados diretamente por um operador humano de curta distncia. Este

    dispositivo foi denominado de sistema tele operado, empregado em atividades de

    manipulao de materiais radioativos. Posteriormente, foram desenvolvidos outros

    sistemas tele operados providos de servomotores com controle de posio (1947) e com

    sensores de fora (1948) [1].

    A UNIMATION Inc. instalou o primeiro rob industrial, denominado

    UNIMATE,figura 1, no cho de fbrica de uma empresa em 1961. O projeto deste rob

    resultou da combinao entre os mecanismos articulados e garras usadas no tele operador

    master-slave" e a tecnologia de controle desenvolvida em mquinas operatrizes com

    comando numrico [4].

    Figura 1 Rob Industrial UNIMATE [27]

  • 16

    Assim, o Instituto Americano de Robtica (RIA), define rob industrial como um

    dispositivo de manipulao reprogramvel e multifuncional, projetado para movimentar

    materiais, partes, ferramentas ou equipamentos especializados, atravs de diversos

    movimentos programados, a fim de realizar uma variedade de tarefas.

    As configuraes de robs utilizadas mais comumente na automao

    industrial incluem os robs articulados, o tipo mais comum, os robs SCARA, e os

    robs conhecidos como robs x-y-z. No contexto da robtica geral, a maior parte dos

    robs industriais seria categorizada como braos robticos [5].

    Os robs industriais sempre realizam tarefas especficas, porm possuem uma srie

    de caractersticas sobre os quais devem ser estritamente projetados. Por exemplo,

    volume de trabalho, velocidade de movimento, capacidade de carga, preciso de

    movimento, tempo de resposta, entre outros.

    2.2.1. Componentes do Rob Industrial

    Um rob industrial (Figura 2) basicamente pode ser formado pela integrao dos

    seguintes componentes [1,3]:

    Figura 2 Exemplo de um rob industrial [27]

    I. Manipulador mecnico: refere-se principalmente ao aspecto construtivo do rob.

    Consiste na combinao de elementos estruturais rgidos (elos ou corpos)

    conectados entre si atravs de articulaes (juntas), formando, assim, o brao

    manipulador que incorpora na prpria estrutura os atuadores, sensores e o efetuador.

    a. Elo ou corpo: So estruturas rgidas que definem a relao entre dois eixos

    de juntas adjacentes do manipulador. Sendo encarregados de transmitir os

    movimentos gerados nos atuadores e direcion-los extremidade do

    http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Robo_SCARA&action=edit&redlink=1

  • 17

    manipulador, paralelamente e em sentido inverso, tambm responsvel

    pela transmisso dos esforos atuantes no efetuador e por direcion-los em

    direo base fixa.

    b. Juntas: So as articulaes do manipulador que permitem a interligao

    entre elos adjacentes para formar a cadeia cinemtica. Com o auxlio dos

    atuadores e mecanismos de transmisso, permite de forma restrita o

    posicionamento e/ou orientao consecutiva dos elos, de modo que o

    manipulador atinja determinada pose.

    c. Atuadores: So componentes que convertem energia eltrica, hidrulica ou

    pneumtica em potncia mecnica. No rob, possibilitam a movimentao dos

    corpos atravs da transmisso de foras e/ou torques nas juntas. Dessa forma,

    ocorrem os deslocamentos relativos dos corpos.

    d. Sensores: Fornecem parmetros sobre o comportamento do manipulador

    unidade de controle, geralmente em termos de posio e velocidade dos corpos

    em funo do tempo e do modo de interao entre o rob e o ambiente

    operativo (fora, torque, sistema de viso).

    e. Efetuador: o elo entre o rob e o meio que o cerca. Pode ser do tipo garra ou

    ferramenta. A principal funo de uma garra pegar um determinado objeto,

    transport-lo a uma posio pr-estabelecida e, aps alcanar tal posio, solt-

    lo. A ferramenta tem como finalidade realizar uma ao ou trabalho sobre uma

    pea, sem necessariamente manipul-la.

    II. Unidade de controle: responsvel pelo gerenciamento e monitorao dos parmetros

    operacionais requeridos para a realizao das tarefas designadas ao rob. Os comandos

    de movimentao enviados aos atuadores so originados nos controladores de

    movimento (computadores, CLPs, placas controladoras de passo) baseados em

    informaes obtidas atravs de diversos sensores.

    III. Unidade de potncia: responsvel pelo fornecimento da potncia necessria para a

    movimentao dos atuadores. A bomba hidrulica, o compressor e a fonte eltrica so

    as unidades de potncia associadas aos atuadores hidrulico, pneumtico e

    eletromagntico, respectivamente.

  • 18

    2.2.2. Principais aplicaes industriais

    O setor que mais usa robs o automobilstico. A razo mais provvel porque os

    robs trabalham rapidamente, com mais exatido, por perodos de tempo mais longos e sem

    intervalos.

    Em uma linha de montagem simples onde o julgamento humano no seja

    requerido, o rob tm mostrado bom desempenho, principalmente quando o servio

    requer movimentos repetitivos e por longos perodos. A flexibilidade dos robs permite

    sua aplicao em diversos setores de produo, como numa linha de montagem

    automotiva, de equipamentos, no setor farmacutico, na movimentao de cargas, etc.

    Qualquer que seja o tipo de indstria requer um cuidadoso planejamento na execuo do

    projeto de automao robotizada, um planejamento mal elaborado pode resultar em

    perdas de tempo e dinheiro. A utilizao de Robs Industriais est estruturada

    basicamente nos seguintes setores [6]:

    1. Movimentao:

    Movimentao de peas entre posies definidas;

    Transporte de peas entre esteira transportadora e mquinas operatrizes;

    Carregamento e descarregamento de peas em mquinas operatrizes;

    Paletizao.

    2. Processamento:

    Soldagem por resistncia eltrica (pontos) ou a arco (contnua);

    Fixao de circuitos integrados em placas;

    Pintura e envernizamento de superfcies;

    Montagem de peas;

    Acabamento superficial;

    Limpeza atravs de jato de gua e abrasivos;

    Corte atravs de processos por plasma, laser, oxi-corte ou jato de gua;

    Fixao de partes com parafusos, deposio de cola, rebites;

    Empacotamento.

    3. Controle de qualidade:

    Inspeo por viso;

    Verificao dimensional de peas atravs de sensores.

  • 19

    Existem no mercado diversas empresas dedicadas fabricao de robs industriais e

    uma ampla gama de modelos que normalmente recebem cdigos para identificar

    famlias de robs de acordo com a configurao, modo de fixao, capacidade de carga,

    nmero e tipo de juntas.

    2.2.3. Efetuadores Mecnicos (end-effectors)

    Para que uma determinada tarefa seja realizada, necessrio que haja uma

    interao entre o rob e seu entorno, o efetuador o componente que permite esta

    interao [1].

    Os efetuadores podem ser divididos em dois grandes tipos: ferramentas especiais e

    garras mecnicas. Geralmente, as ferramentas especiais realizam trabalho sobre uma

    determinada pea, modificando sua posio e/ou orientao, assim como sua geometria.

    J as garras mecnicas, normalmente, procuram posicionar e orientar a pea.

    Em ambos os casos, a manipulao do objeto se d por meio da combinao atrito

    e presso de contato (entre a garra e o objeto) buscando restringir a ao da gravidade,

    acelerao e qualquer outra fora que possa surgir durante a realizao de determinada

    tarefa.

    Alguns fabricantes de robs industriais fornecem o manipulador sem o efetuador

    como ilustra a figura 3 [7], contudo, a configurao conjunta destes dois equipamentos

    deve prever o cumprimento dos requisitos necessrios do projeto da clula de produo.

    Figura 3 Detalhe do pulso de manipuladores [27]

    A mo humana apresenta extrema destreza quanto capacidade de agarramento

    de peas. De acordo com Schlesinger, citado por ROMANO [4], existem seis tipos

    bsicos de preenso, q podem ser vistos na figura 4.

  • 20

    Figura 4 Tipos bsicos de preenso de uma mo humana. [27]

    Diversos fatores devem ser considerados tanto na especificao e seleo quanto

    no projeto de garras mecnicas ou das ferramentas especficas. Dentre estes fatores,

    pode-se citar: forma, peso, material, rigidez do objeto a ser manipulado, velocidade e

    acelerao do manipulador durante a realizao do trabalho, estabilidade do

    agarramento, ambiente de trabalho entre outros.

    Na figura 5mostram-se alguns desenhos esquemticos de diversos tipos de garras

    baseados nos fatores citados acima.

    Figura 5 Esquemas de diversos tipos de garras.[27]

    Enquanto nos centros de pesquisas de todo o mundo procuram-se desenvolver

    garras mecnicas com funes to complexas quanto s realizadas pelas mos humanas,

    nas indstrias, as garras so, na grande maioria, compostas de apenas dois ou trs dedos,

    dependendo da sua finalidade, na figura 6 a seguir visto uma garra especial, sem

    dedos. [8].

  • 21

    Figura 6 Exemplo de garras robticas sem dedo, pesquisa da Universidade de

    Chicago.

    Os efetuadores com ferramentas especiais so geralmente customizados para

    atender operaes com um grau de complexidade maior. comum, na indstria, a

    utilizao de trocadores rpidos de ferramentas, os quais so fixados entre o pulso do

    rob e o efetuador (figura 7). A funo da instalao deste dispositivo, como o prprio

    nome sugere, garantir uma rpida troca do efetuador, economizando tempo e perdas

    na produo [9].

    Figura 7 Trocador de ferramenta rpida (Tool Changer)[25].

    As ferramentas especiais utilizam os mesmos atuadores das garras mecnicas,

    permitindo economias de tempo e dinheiro no desenvolvimento de novos atuadores.

    Existem ainda outros tipos de efetuadores, como os utilizados para a aplicao de

    tintas e solda, em operaes de corte e manipulao, entre outras, cada uma com

    caractersticas especficas. Entre os fatores que devem ser considerados, tanto na

    especificao, na troca e no projeto de efetuadores relacionados na norma ISO/DIN

    14539 [1] tem-se:

    I. Geometria dos dedos e da palma;

  • 22

    II. Posicionamento dos dedos na palma;

    III. Forma dos dedos e o seu movimento durante o agarramento;

    IV. Nmero e posicionamento dos atuadores;

    V. Nmero e posicionamento dos sensores;

    VI. Mecanismos de transmisso da potncia;

    VII. Mecanismo de fixao manipulador-efetuador;

    VIII. Tipo e fora de agarramento;

    IX. Tempo de operao (de agarramento, tempo do ciclo);

    X. Tipo de sistema de controle empregado (fora e/ou posio);

    XI. Nmero e material dos dedos;

    XII. Nmero de graus de liberdade dos dedos;

    XIII. Geometria, peso, temperatura mxima e mnima, propriedades magnticas e

    caractersticas da superfcie do objeto a ser manipulado.

    2.2.4. Principais configuraes e caractersticas de manipuladores mecnicos

    Um manipulador mecnico usado para realizar determinadas tarefas em algum

    ponto do espao, portanto necessrio que este tenha partes mveis para possibilitar o

    alcance dos pontos alvos.

    Pode-se fazer ainda uma analogia entre o brao humano e um manipulador. Da

    mesma forma que o brao humano ligado ao nosso corpo, o manipulador instalado a

    uma base que pode ser fixa, mvel, suspensa ou com qualquer uma destas trs

    combinaes. O posicionamento do pulso geralmente alcanado atravs das trs

    primeiras juntas do manipulador e a orientao do efetuador realizada pelas juntas do

    pulso.

    Apesar de existirem diversos tipos de juntas, os manipuladores mecnicos so,

    em sua maioria, construdos por dois tipos de juntas: rotativas ou de rotao (R) e de

    translao ou prismticas (P). Desta forma, tornam-se mais simples o controle

    individual da direo do movimento e da rigidez do mecanismo [1]. Apresentam-se, na

    figura 8, os tipos bsicos de juntas.

    Figura 8 Tipos de juntas em manipuladores[27]

  • 23

    2. MODELAGEM E DOCUMENTAO

    Com a evoluo da engenharia, a modelagem computacional se tornou um

    importante passo de um projeto. Os softwares de CAD/CAM podem: organizar,

    simular, enxergar e prever erros. O software Solidworks e Topsolid so exemplos

    neste mercado de engenharia.

    3.1. Funes do Software

    Esse tipo de software tem a capacidade de simplificar muitas funes utilizadas na

    engenharia. O Solidworks, Software desenvolvido pela Dassault Systmes Solid Works

    Corp, capaz de otimizar e facilitar a criao de projetos mecnicos avanados. No

    software, h diversos recursos:

    Modelagem computacional:

    Este recurso a origem de tudo, nele, o usurio transporta o elemento real para o

    formato 3d. Usando as ferramentas do aplicativo, o modelo 3d desenhado e criado

    dentro do software. Aps o elemento modelado, o software capaz de simular, desenhar

    tecnicamente e alterar qualquer projeto.

    Anlise de elementos finitos:

    O software capaz de simular tenses em diversos materiais e escoamentos de diversos

    fluidos. H tambm a simulao de movimento e anlise de tolerncia.

    Desenho tcnico:

    Umas das suas principais finalidades a execuo de desenhos tcnicos. Esse recurso

    capaz de gerar: Listas de materiais, vistas explodidas, vistas em detalhes, manual de

    montagem e vistas ortogrficas.

    3.2. Documentao de Projeto

    A organizao documental de um projeto fundamental para sua existncia. Para

    a criao ou restaurao de um projeto mecnico, os principais itens so: Desenho

    tcnico, Lista de material e Manual de montagem. Esses itens visam fabricao do

    conjunto e ao reparo de algum elemento j existente. [26]

    3.2.1. Desenho Tcnico

    O desenho tcnico um ramo especializado do desenho, caracterizado pela sua

    normalizao e pela apropriao que faz dos seguintes contedos:

    Sistemas Projetivos: vistas ortogonais, cortes, sees, determinao de

  • 24

    distncias, reas e planificao de slidos.

    Perspectivas: mtodos ilustrativos de representao do espao e de objetos.

    Perspectiva isomtrica: Qualquer linha de faz trs ngulos iguais em relao ao

    eixo de coordenada. [26]

    Tal forma de representao grfica utilizada como base do projeto na arquitetura,

    no design e na engenharia. O desenho tcnico a ferramenta necessria para a

    interpretao e representao de um projeto por ser o meio de comunicao entre a

    equipe de criao e a de fabricao (ou de construo). Nesse contexto, ele pode ser

    interpretado como a linguagem grfica que representa as formas, dimenses e

    posicionamento de objetos e suas relaes com o meio. Como representado no meio

    corte de engrenagem da figura 9 [25]

    Figura 9 Exemplo de representao de desenho tcnico de um meio-corte em uma

    engrenagem [25]

    3.2.2. Lista de Material

    Lista de material o resumo de todos os itens usados em um conjunto ou

    subconjunto de um projeto. Normalmente, essa lista representada em um conjunto

    montado, explodido ou em corte, assim podendo ter a visibilidade de todas as peas do

    conjunto.

    Na figura 10, ter um exemplo de vista explodida com lista de materiais de um

    guincho manual, desenho referente disciplina e apostila. [25]

  • 25

    Figura 10 Exemplo de vista explodida com materiais, referente disciplina [25]

    3.2.3. Manual de Montagem

    A necessidade de organizao em um projeto faz com que possua um manual de

    montagem. Assim, todo trabalho acompanhado por um passo a passo de atividades de

    montagem e desmontagem que esto num registro fcil e claro para o usurio poder

    utilizar.

    Em uma instruo, sempre so utilizadas figuras e indicaes para simplificar as

    explicaes. Imagens essas acompanhadas de indicaes numricas de cada elemento

    vinculadas com a lista de material. Na figura 11 a seguir h o exemplo de uma lista de

    material com manual de montagem.

  • 26

    Figura 11 Exemplo de vista com manual de montagem

  • 27

    4. HISTRICO DO MANIPULADOR DE CINCO GRAUS DE

    LIBERDADE

    O manipulador foi desenvolvido em meados de 1989, sob a orientao do Prof.

    Jan Leon Scieszko, e tambm do ento funcionrio da Universidade Jos Stockler. Aps

    vrios anos de funcionamento, esse rob sofreu um processo de sucateamento. Na

    imagem de poca da figura 12 notado o manipulador montado e ativo

    academicamente.

    Figura 12 Imagem de poca do manipulador

    Aps esse perodo, toda a parte eletroeletrnica e de controle ficou inutilizvel,

    mas a parte mecnica se manteve intacta. Sua documentao mecnica se perdeu em

    uma inundao do Laboratrio de Robtica. Assim, na figura 13 exibido o

    manipulador antes da restaurao com seus elementos deteriorados.

  • 28

    Figura 13 Imagem antes da restaurao

    Ento, em 2011, o prof. Vitor Romano, no intuito de estimular seus alunos com

    os fundamentos de projetos de mquinas e automao robtica, fez uma parceira com a

    empresa Missler, detentora do software Topsolid. Assim, o professor montou um grupo

    de iniciao cientfica que iria comear o processo de desmontagem, documentao,

    modelagem e simulao desse manipulador, grupo esse composto pelos alunos Rodrigo

    Picana, Filippe Guedes, Marcelo Martinez e Vicente Curi.

    Durante o projeto em grupo, foi realizada toda a medio e o registro de todas as

    peas do manipulador. Em seguida, foram modelados todos os componentes no

    software TOPSOLID. Porm, aps essa primeira etapa do projeto, o grupo de IC foi

    dissolvido por diversos fatores.

    Nesse projeto final, as peas foram convertidas para o software SolidWorks,

    com o objetivo de concluir as etapas de registro e de analise.

  • 29

    5. DOCUMENTAO

    Durante a desmontagem, o grupo registrou fotos de todas as peas, depois da

    modelagem no software, foram feitos os desenhos tcnicos e a remontagem do

    manipulador.

    5.1. Processo de registro

    O primeiro passo foi o registro fotogrfico de cada pea durante sua

    desmontagem, no intuito de auxiliar a futura remontagem e de facilitar a sua posterior

    documentao.

    As figuras de 14 a 19 apresentam o registro fotogrfico de algumas partes e

    peas durante a desmontagem:

    Figura 14 Vista desmontada da junta

    Figura 15 Vista desmontada do antebrao

  • 30

    Figura 16 Vista desmontada dos atuadores

    Figura 17 Vista montada da junta

    Figura 18 Vista das peas que compoem da garra

  • 31

    Figura 19 Vista montada da garra

    Procurei fotografar imagens de cada elemento e conjunto, em vistas

    desmontadas e peas separadas, com isso, as imagens se tornaram uma grande

    referencia para o trabalho.

    5.2. Modelagem

    Aps essa etapa de registro, todos os componentes foram medidos e modelados no

    software Topsolid. Para o uso desse projeto foi feito a converso dos componentes para

    o software Solidworks.

    Foi modelado cada componente de forma separada, e depois foi feito as

    montagens de cada conjunto para melhor organizao.

    Para critrio de construo, a montagem foi dividida em 5 submontagens, que

    esto representadas na vista explodida do manipulador no Apndice C e separadas nas

    seguintes categorias :

    1. Garra;

    2. Brao;

    3. Junta;

    4. Antebrao;

    5. Base.

  • 32

    Figura 20 Interface grfica do software de modelagem

    Na figura 20, tem a tela de interface do software de modelagem. Na figura 22, a

    montagem completa do manipulador.

    Figura 21 Vista isomtrica do conjunto

  • 33

    5.3. Documentao tcnica

    Com o passar dos anos, nenhum registro de desenhos tcnicos restou. Com isso,

    foi elaborado um layout com todas as informaes necessrias para fabricao, sendo

    condizentes com as normas da NBR 10067 e 10068 [10,11].

    Figura 22 Padro de legenda

    Na figura 23 todos os itens da legenda foram feitos segundo as normas da NBR.

    Foram colocados os seguintes itens:

    Desenhista: Rodrigo de Souza e Silva Picana, o prprio autor.

    Cotas: em mm. Foram utilizadas cotas em milmetros durante o projeto.

    Escalas: Escalas dentro da norma da NBR 8196 [14]. Utilizando sempre 5:1,

    2:1, 1:1, 1:2 e 1:5.

    Massa: Massa foi indicado em Kg. Clculo feito pelo programa tendo como

    base o material utilizado em cada pea.

    Formato: Foi utilizado A3 e A4.

    Diedro: Usado no 3 diedro. Seguindo a NBR 10067 [10]

    Tolerncias dimensionais:

    Devido ao projeto j ter sido criado e no ter tido necessidade de uma fabricao

    muito precisa, foi usada uma classe de tolerncia grossa seguindo o padro da norma.

    No layout, foram registrados intervalos menores do que a norma, sendo colocada

    a maior tolerncia de cada intervalo selecionado.

  • 34

    Figura 24 Tabela de tolerncias lineares da NBR ISO 2768-1[21]

    Tolerncias geomtricas:

    Foi utilizado um valor dentre uma mecnica corrente. Para as tolerncias de

    inclinao, perpendicularidade e concentricidade, foram usadas o valor de 0,1. Seguindo

    ao NBR 6409 [20].

    Rugosidade:

    Foi usada uma indicao de rugosidade exigida.

    Figuras:

    Foram utilizados os logos do Laboratrio de robtica e da Engenharia mecnica

    da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

    Figura 23 Tabela de Rugosidade segundo a NBR 8404 [22]

    Ttulo: nome de cada pea indicada no desenho.

    Descrio: descreve cada item, com detalhes de suas dimenses externas e

  • 35

    caractersticas.

    Conjunto:

    Cada item ser indicado com seus respectivos conjuntos. Que so:

    1. Garra

    2. Brao

    3. Junta

    4. Antebrao

    5. Base

    Sendo que nenhum item comercial ter essa indicao.

    Cdigo do desenho:

    Foi criado um sistema de cdigos para melhor organizao.

    Cdigo Conjunto

    MA Manipulador

    GA Garra

    BR Brao

    JU Junta

    AB Antebrao

    BA Base

    CO Comercial

    Tabela 1 Resumo dos cdigos usados na montagem do conjunto.

    Sendo, por exemplo:

    I. GA-01

    Uma pea fabricada que compem o conjunto garra.

    II. CO-10

    Um item comercial que pode compor mais de um conjunto.

    Anexo no Apndice C, todos os desenhos tcnicos gerados do manipulador e as

    vistas explodidas dos conjuntos.

    5.4. Materiais utilizados

    Devido ausncia de informaes, foi pesquisado um alumnio comumente usado

    em projetos de robtica: o alumnio 5052.

    Para comprovar seu valor, foram obtidas as massas de duas peas e comparadas

    com o valor que o software gerou, atravs da massa especifica do Al 5052.

  • 36

    Item Massa da Balana Figura Massa Terica

    Perna-BA-04 0.080 0.005 Kg Figura 26 0.079 Kg

    Trava Sextavada

    BA-05 0.010 0.005 Kg Figura 27 0.008 Kg

    Tabela 2 Relao massa da balana com massa terica.

    Figura 24 BA-04 Valor da massa obtido na balana

    Figura 25 BA-05 Valor da massa obtido na balana

    Dessa forma conclui-se que o Alumnio 5052 uma boa suposio de

    material utilizado,

    Foi tambm informado pelo Prof. Vitor, que foi usado um adesivo epxi para a

  • 37

    juno de alguns elementos, representados na figura 29. Mas, com o passar do tempo,

    no foi possvel descrever o tipo de adesivo utilizado.

    (a) (b)

    Figura 26 (a) Adesivo usado para fixao do rolamento, (b) Adesivo para juno

    de um componente eletrnico.

    5.5. Itens Com a modelagem concluda, foi feito o levantamento de todos os itens. Foram

    encontrados:

    60 peas fabricadas

    19 itens comerciais

    5 conjuntos de montagem

    Em Anexo, no Apndice A, tabela com todos os componentes do manipulador.

    Para elaborao da lista foi usada norma NBR 13272 [23].

    5.6. Manual de montagem

    Foi elaborado um manual de montagem para conjunto do manipulador. Foram 6

    conjuntos: Garra, Brao, Junta, Antebrao, Base e montagem final.

    Em Anexo, no Apndice D, Manuais com descrio de montagem de cada

    conjunto.

  • 38

    6. MODELAGEM DA POSIO

    6.1. Parmetros de Denavit- Hartenberg:

    Denavit e Hartenberig criaram, em 1955, um mtodo sistemtico representado

    por uma matriz de transformao homognea 4 x 4 capaz de descrever as relaes

    de translao e rotao entre elos adjacentes.

    Nesse mtodo, cada elo associado a um sistema de coordenadas locais, fixo

    relativamente ao elo. Desse modo, atravs de transformaes sequenciais, os

    deslocamentos locais dos elos adjacentes da cadeia cinemtica, expressos por

    coordenadas locais, podem ser transformados em termos de coordenadas de base,

    compondo, assim, o sistema de referncia inercial. [27]

    Portanto, atravs dessa sequncia de operaes, chega-se matriz de

    transformao homognea para o manipulador mecnico aqui abordado. A equao

    apresenta, a matriz de transformao homognea para o manipulador mecnico [27].

    i-1Ti =

    (1)

    Sendo :

    - Seni - Cos - Sen - Cos - Distncia de zi-1 a zi, medida ao longo de xi - ngulo entre zi-1 e zi ao longo de xi - Distncia entre xi-1e xi, medida ao longo de zi-1 - ngulo entre xi-1 e xi, medido em zi-1

    6.2. Transformao Homognea Direta

    O manipulador mecnico abordado possui cinco graus de liberdade. Todas as suas

    juntas so de rotao e esto representadas no Apndice B. Nas figuras 30 e 31, est

    representado esquema simplificado do manipulador mecnico e a sua representao.

  • 39

    Figura 27 Esquema simplificado do manipulador mecnico.

    No projeto estudado, o sistema 3 e 4 tm o mesmo elo, sendo o elo 5 a garra do

    manipulador.

    Figura 28 Representao do manipulador mecnico.

    lo ai[mm] i di[mm] i imin imax

    1 0 /2 112,7 1(varivel) -180 +180

    2 279,2 0 0 2(varivel) -23,1 +30,7

    3 257,1 0 0 3(varivel) -79,6 +170

    4 0 /2 0 4(varivel) -157,5 +156,9

    5 0 0 82,2 5(varivel) -180 +180

    Tabela 3 Parmetros D-H

  • 40

    Os valores de Min e Max esto registrados no Apndice B.

    Os valores da tabela 3, foram aplicados na matriz de transformao homognea

    para cada elo.

    0T1 =

    (2)

    1T2 =

    (3)

    2T3 =

    (4)

    3T4 =

    (5)

    4T5 =

    (6)

    Assim, a matriz de transformao homognea composta ficar:

    0T5=

    0T1

    1T2

    2T3

    3T4

    4T5

    0T5=

    =

    Onde:

    X0 =

  • 41

    Y0 =

    Z0 =

    =

    Foi plotado, no software Robotic toolbox para Matlab, o manipulador na posio

    de origem e numa posio de captura. Software esse que tem como sada clculo de

    cinemtica direta e inversa para um determinado ponto. Para este projeto, foi

    determinado um ponto A onde ser capturado um objeto para uma operao.

    Usando os comandos do software, foi possvel determinar a transformao direta

    do ponto A. Os passos foram:

    Primeiro construir o rob com os parmetros DH.

    >> L =

    theta=q1, d= 0.113, a= 0, alpha= 1.571 (R,stdDH)

    theta=q2, d= 0, a= 0.279, alpha= 0 (R,stdDH)

    theta=q3, d= 0, a= 0.257, alpha= 0 (R,stdDH)

    theta=q4, d= 0, a= 0, alpha= 1.571 (R,stdDH)

    theta=q5, d= 0.082, a= 0, alpha= 0 (R,stdDH)

    >> R = seriallink(L)

    Aps isso, foi determinado um ponto A, sendo cada coordenada uma rotao ,em

    rad em cada junta.

    >>qa = [01.1694 -1.3963 0.7589 0]

    Aps isso, foi calculado a cinemtica direta .

    .>>Tr = fkine(R,qa)

    Tr =

    0.8618 -0.0000 0.5073 0.4010

    0.0000 -1.0000 -0.0000 0.0000

    0.5073 0.0000 -0.8618 0.2413

  • 42

    0 0 0 1.0000

    Sendo essa a Matriz Tr transformada da posio de origem ao ponto A. Nas

    figuras 32 e 33, mostrada a posio zero do manipulador e a posio A.

    Figura 29 Manipulador na posio de origem.

    Figura 30 Manipulador numa posio A de captura

    Ao contrrio da Transformao homognea direta existe a transformao

    homognea inversa, a cinemtica inversa fornece, a partir da posio, a orientao da

    garra 0Tn,o conjunto das variveis de juntas, bem como o ngulo entre os elos e, logo, as

  • 43

    suas posies no plano. Isso possvel a partir dos parmetros do manipulador

    mecnico DH, sua configuraoe as condies de contorno baseadas no esquema

    simplificado do manipulador mecnico[27]. Sendo sua soluo geral abaixo.

    (8)

    Devido aos 5 graus e a liberdade, a matriz transformao ter muitas possibiliadades

    de solues. Com isso, foi encontrado de maneira inversa o ponto A utilizando

    ferramenta Robtico Tollbox do Matlab.

    Nas figuras anteriores, esto representadas a posio de origem e a posio A.

    Agora, utilizando o comando de inversa, ser calculada a sua Matriz

    Usando o comando:

    >>qo = ikine(R,Tr,qa,M)

    qo =

    0 1.1694 -1.3963 0.7589 0

    Assim, encontrando o qa usado anteriormente.

    6.3. Volume de trabalho

    o volume de espao gerado pelo somatrio das posies possveis do efetuador

    dada uma especfica configurao do manipulador.

    O espao de trabalho limite alcanado por um manipulador representado pelo

    lugar geomtrico dos pontos Pi obtido, considerando a equao cinemtica direta em

    termos de posio.[27]

    Esta regio finita, fechada e contnua, sendo definida na fronteira.

    Onde:

    P - funo escalar que representa o volume (somatrio dos pontos) gerado

    por um manipulador. Equivalente ao campo de trabalho limite.

    qi - coordenada generalizada de posio do elo i.

    qimin- posio de fim de curso mnimo da coordenada qi

  • 44

    qimx - posio de fim de curso mximo da coordenada qi

    O volume gerado pelo manipulador em questo foi formado pelas posies Max e

    Min das juntas e plotado no Solidworks. Documento que est no Apndice B, e na

    figuras 31 e 32.

    Figura 31 Volume de trabalho do manipulador ZY

    Figura 32 Volume de trabalho do manipulador XY

  • 45

    7. ANLISE ESTTICA

    Neste tpico sero calculados os valores das foras e torques necessrios para a

    manipulao de uma determinada carga. Inicialmente, sero apresentadas as

    propriedades de cada conjunto e depois os clculos referentes aos torques.

    Na concepo da anlise foram levadas em considerao as massas dos elos e das

    juntas, em um cenrio de caso crtico, no qual a carga manipulada a mxima

    estipulada no projeto, foi arbitrado, 2 kg, e o manipulador se encontra com o elo 2 na

    vertical, o elo 3 em posio horizontal e a o elo 4, que o mesmo do 5, em posio

    horizontal.

    7.1. Propriedades dos Conjuntos

    Utilizando as propriedades geradas no software Solidworks, foi montada a tabela

    com dimenses gerais e peso. Para esse estudo as dimenses de cada elo sero

    simplificadas as trs dimenses gerais.

    Nome Dimenses gerais Lx

    H x C(mm x mm x

    mm)

    Massa (kg) PESO W

    Elo1 49 x 49 x 113 0,309 3,1 Elo2 53,7 x 50,6 x 330 0,143 1,4 Elo3 49 x 33 x 262 0,212 2,1 Elo4 52 x 52 x161 0,127 1,3 Elo5 52 x 52 x161 0,127 1,3

    Tabela 4 Dimenses gerais de cada elo para calculo estrutural

    7.2. Calculo das Foras e Momentos

    Alm da posio crtica, foi adotada outra considerao no clculo de que os centros

    de massas de cada elo foram estimados no seu ponto mdio. Assim, tendo um resultado

    conservador.

    As variveis so:

    MJi :

    o somatrio de momento em cada Junta i (2,3 ou 4)

    WAB, WGA, WBR:

    Valores dos pesos registrados na tabela 4 e inserido no centro do seu respectivo corpo.

  • 46

    Figura 33 Foras e momentos do Manipulador

    Na figura 33 calculado as reaes e momentos das juntas 2, 3 e 4, usando a

    simplificao geomtrica o centro da garra ser no mesmo ponto onde esta sua junta.

    Isolando os corpos tem se:

    Garra (elo 4 e 5)

    MJ4 = 20 x 80 = -1600 Nmm

    Sendo a reao da junta, R4 = WGA + 20 = 21,3 N

    Antebrao (elo3)

    MJ3 = 20 x (80+262) + 1,3 x 262 + 2,1 x 262/2 = -7455,7 Nmm

    Sendo a reao da junta, R3 = WGA + 20 + WAB = 23,4 N

    Brao (elo2)

    Para o elo2 foi considerado uma posio esttica, assim seu peso no irar gerar

    momento em relao junta 2.

    MJ2 = MJ3

    Sendo a reao da junta, R2 = WGA + 20 + WAB + WBR = 24,8 N

  • 47

    8. SISTEMA DE TRANSMISSO

    Neste captulo, so analisados elementos do sistema e seus ngulos limites. Que so

    gerados atravs da transmisso de torque dos atuadores para as polias e engrenagens.

    Foi informado que o antigo sistema do manipulador todo movido por cabos de ao.

    Para este capitulo tambm sero usadas informaes do Apndice B.

    8.1.Anlise do sistema de transmisso

    O Projeto composto por juntas rotacionais. Foi estudado o manipulador atravs do

    Solidworks e definido os ngulos limites de cada junta

    A primeira junta rotacionada de + 180 a -180. Sua articulao dada,

    provavelmente, por um atuador fixado na base inercial SCR{0}, que assim transmite

    movimento para a Base Circular Superior (BA-08), como representado na figura 34.O

    elemento que est acoplado na Haste (BA-07). Como descrito anteriormente, esses

    movimentos eram transmitidos por cabos de ao.

    Figura 34 Posio do cabo de ao, em amarelo, para rotao da primeira junta

  • 48

    Na segunda junta,figura 35, foi verificado o movimento angular de +30,7 a -

    23,1.

    Figura 35 Variao angular da junta 2.

    Na Terceira junta, figura 36, foram verificados os ngulos de +105,1 a -79,6.

    Na figura

    Figura 36 ngulos mximos obtidos na terceira junta

    O movimento angular da terceira junta criado atravs de cabos conectados em

    polias fixadas na base. Na figura 37 demonstrao da posio de cabo de ao.

  • 49

    Figura 37 Posio do cabo de ao na Junta3

    A quarta e quinta junta, figura 38, tem a mesma origem. Na junta4 possvel

    um angulo de +156,9 e -157,4. Essa angulao devido rotao das engrenagens

    pinho, no eixo X que movimentam a garra. Quando acionadas simultaneamente em um

    sentindo positivo, a garra se eleva, num sentido negativo a garra se abaixa. Se acionada

    em sentidos opostos, a garra ir rotacionar sobre seu prprio eixo. Sendo possvel em Z

    uma rotao de +180 e -180

    Figura 38 variao angular da garra.

    8.2. Dimensionamento das Engrenagens

    Para a modelagem da engrenagem, foram coletados os mdulos, nmeros de dentes,

    largura dos dentes, ngulos de presso e ngulos de eixos, utilizando a norma da NBR

    para engrenagens [15].

  • 50

    Com isso, foram reproduzidas as dimenses das engrenagens utilizadas. na tabela

    5, h todos os valores necessrios para sua construo.

    Denominao Smbolo Coroa Pinho

    Elementos Fundamentais

    Mdulo M 1

    Nmero de dentes Z 28 18

    Passo do dente p 3,14 3,14

    Espessura do Dente e 1,57 1,57

    ngulo de presso 20 20

    ngulo entre Eixos 90,00

    Elementos complementares

    Semingulos do cone

    primitivo 57,26 32,74

    Diam. Primitivo Dp 28 18

    Diam. Externo De 29,08 19,68

    Geratriz do cone

    Primitivo R 16,64 16,64

    ngulo da Cabea a 3,44 3,44

    ngulo do p b 4,30 4,30

    Altura da Cabea a 1 1

    altura do p b 1,25 1,25

    Altura do Dente h 2,25 2,25

    Raio do P r 0,17 0,17

    Tabela 5 Tabela com as medidas do par de engrenagens coroa - pinho

    Figura 39 Conjunto Coroa Pinho

  • 51

    8.3. Dimensionamento de Polias

    O projeto original foi desenvolvido para o uso de cabos de ao. Porem, nas polias

    notado uma dimenso maior que a necessria para cabos de ao. Tendo no total 12

    polias para transmitir seus movimentos. Na figura 43 exposto as polias do conjunto do

    manipulador

    Figura 40 Manipulador com suas polias expostas

    Nas polias, usadas para cabos de ao foi observado um canal mais largo que o

    necessrio e de seo retangular, que poderia ser adaptado para uma correia.(figura 41)

    Figura 41 Polia da Junta principal com seu canal largo

  • 52

    9. ANLISE DE SUGESTES DE MODIFICAES DE

    COMPONENTES.

    Ao longo da pesquisa no manipulador, foram verificados erros de projeto e erros que

    vieram da fabricao. H tambm o excesso de componentes desnecessrios ou ausncia

    de alguns elementos de fixao. Alguns dos seguintes erros foram encontrados:

    a) Erro de fabricao da engrenagem cnica (GA-12):

    A engrenagem em questo possui: nmero de dentes igual a 28, mdulo 1,

    ngulo de presso de 20 e ngulo entre eixos de 90. Com esses dados, foi aplicado o

    modelo terico seguindo a teoria do manual DESENHO TCNICO PARA

    ENGENHARIA MECNICA [25], modelo esse que gerou os dados que esto na tabela

    4 do captulo 8 desse projeto e est representada na figura 42.

    Figura 42 Vista modelada e perpendicular ao conjunto coroa pinho

    Porm, a engrenagem fabricada possui medidas diferentes da terica. Foi

    observado e medido que o dimetro externo igual ao dimetro primitivo, sendo assim,

    diferente dos dimetros externo e primitivo tericos. Vide a figura 43:

  • 53

    .

    Figura 43 Vista real e perpendicular ao conjunto coroa pinho

    b) Batente da junta improvisada:

    Foi observado um elemento de batente para a junta principal, mas um elemento

    improvisado, sendo uma chapa fina de alumnio colada de maneira no ajustada.(figura

    44)

    Figura 44 Um batente improvisado para fim de curso da junta principal

    c) Chapa entre o Anel e a ChapaLateral do brao:

    Foi observado um elemento que foi documentado como Placa maior (BR-03), porm

  • 54

    no havia necessidade da sua existncia, pois um Anel mais largo supriria o elemento

    Placa Maior. a hiptese de que o elemento foi criado devido a um erro de fabricao

    do elemento Anel. Sendo assim, a placa maior resolveria o espaamento deixado entre o

    Anel e a Chapa Lateral.(figura 45)

    Figura 45 Duas Placas Maiores sendo utilizada entre o Anel e Chapa Lateral

    d) Chapa entre Apoio Central e Carenagem Lateral no antebrao:

    Assim como no item C, um apoio central mais largo supriria a necessidade da

    chapinha (AB-01). Abaixo vemos que, um apoio central usou a pea Chapinha, porm o

    outro Apoio no.

    Figura 46 Chapinha compensando o espaamento entre o Apoio e a Carenagem

  • 55

    e) Furao no cilindro central (JU-06):

    Foram localizados dois furos na pea analisada. Um desses furos estava muito

    prximo aresta do cilindro. Isso ocorreu, provavelmente, por um erro de fabricao.

    Sendo assim, partir das anlises, foi constatado que os furos deveriam ter a mesma

    distncia ao centro.

    Figura 47 Furo do Cilindro central

    f) Apoio de borracha para a Chapa de Apoio:

    O elemento de borracha BA-10 tem a finalidade de espaar a Chapa de apoio,

    porm, devido a um improviso, foi utilizada uma borracha escolar como separador. a

    hiptese de que o apoio de borracha tinha como finalidade reduzir a vibrao de

    algum atuador. Contudo, a escolha de uma borracha escolar como polmero no a mais

    adequada para um projeto mecnico.

    Figura 48 Borracha para espaar apoio

  • 56

    g) Excesso de furo na Chapa Superior (BA-03):

    Aps a retirada de todos os atuadores antigos, foi observado um excesso de furos

    na Chapa Superior. Isso ocorreu devido tecnologia da poca em que foi fabricada essa

    chapa necessitar de muitos furos para fixar os seus atuadores. Atualmente, atuadores

    mais recentes teriam uma fixao mais fcil e sem a necessidade de tantos furos.

    (a) (b)

    Figura 49 (a) Atuadores fixados na Chapa, (b) A chapa e todos seus detalhes

    cortados.

  • 57

    10. CONCLUSO

    10.1. Resultados e Concluses

    Neste trabalho teve como resultado a documentao completa do manipulador, todo

    o desenhos, manuais de montagem e vistas explodidas nos Apndices. Tambm Foi

    realizada a montagem fsica, aps a desmontagem.

    Portanto, o manipulador timo para o uso acadmico, e com os resultados citados

    poder acrescentar contedo nas disciplinas referentes ao tema.

    10.2. Sugestes Para Trabalhos Futuros

    O projeto mecnico do manipulador est vivel, porm h a necessidade de

    atualizao de elementos da montagem original e a construo de um sistema de

    comando eletrnico.

    Foi verificada a viabilidade de utilizao de novos atuadores, sendo necessrio um

    novo estudo para calcular os torques dinamicamente e os atuadores.

    Para o sistema de transmisso foi comprovado sua funcionalidade, contudo, uma

    nova engrenagem e correias aperfeioariam o projeto do manipulador.

    10.2.1. Modificaes no Manipulador

    Para uma futura otimizao do projeto seria necessria uma alterao e uma

    remoo de diversos erros no projeto original. Como, por exemplo, o item b do captulo

    anterior em que deveria ser removido o batente improvisado, assim como a borracha

    escolar localizada no item f que deveria ser trocada por um elemento polimrico.

    Tambm para um prximo trabalho adaptao de correias no lugar de cabos de

    ao. Sendo que, o manipulador tem polias com dimenses compatveis com as correias

    usuais no mercado e em relao aos cabos de ao so mais silenciosas e maior

    capacidade de amortecimento, que reduzem a transmisso de choques mecnicos e

    vibraes em relao aos cabos de aos, isso em funo da sua flexibilidade.

    10.2.2. Sistema de Comando Eletrnico

    Para um trabalho futuro a criao de uma unidade de controle, para gerenciar e

    monitorar as operaes do manipulador estudado. Tambm, a instalao de sensores

    para medio das velocidades e acelerao da juntas.

  • 58

    A unidade tem como modelo um sistema de controle que consiste de

    subsistemas e processos reunidos com o propsito de controlar as sadas dos processos,

    onde uma entrada de referncia comparada com a sada do sistema, gerando um sinal

    de erro. O elemento controlador trata estes sinais que posteriormente so amplificados e

    enviados aos atuadores do sistema. [28].

    Figura 50 Modelo de sistema de controle de um rob utilizando processamento de

    imagem [28]

  • 59

    BIBLIOGRAFIA

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    Intelligence, New York: McGraw-Hill, 1987.

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    [3] PIRES, J.N., Os desafios da Robtica Industrial, Jornal Pblico, caderno de

    Computadores, DEM - Universidade de Coimbra, 28 Abr. 2003, Pgina consultada em

    15 de maro de

    2014

    [4] ROMANO, V.F., Robtica Industrial - Aplicao na Indstria de Manufatura e de

    Processos. Editora Edgard Blcher Ltda., 2002.

    [5] ROB INDUSTRIAL, Novembro de 2012 , Pgina consultada em 15 de maro de

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    de 2008, .

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    representao em desenho tcnico. [S.l.: s.n.], 1995

    [11] Associao Brasileira de Normas Tcnicas NBR 10068 - Folha de desenho -

    Leiaute e dimenses. [S.l.: s.n.], 1987

    [12] Associao Brasileira de Normas Tcnicas NBR 10126 - Cotagem em desenho

    tcnico. [S.l.: s.n.], 1987

    [13] Associao Brasileira de Normas Tcnicas NBR 12298 - Representao de corte

    http://robotics.dem.uc.pt/norberto/publico/robotica_industrial_desafios.pdfhttp://www.reisrobotics.de/http://www.robotic-accessories.com/files/Pro_Too.pdf

  • 60

    em desenho tcnico. [S.l.: s.n.], 1995

    [14] Associao Brasileira de Normas Tcnicas. NBR 8196: Desenho Tcnico:

    emprego de escalas. [S.l.: s.n.], 1999.

    [15] Associao Brasileira de Normas Tcnicas NBR 11534 - Representao de

    engrenagem em desenho tcnico. [S.l.: s.n.], 1991

    [16] Associao Brasileira de Normas Tcnicas NBR 6389 - Polias de transmisso.

    [S.l.: s.n.], 1971

    [17] Associao Brasileira de Normas Tcnicas NBR ISO 261 - Seleo de dimetros

    para parafusos e porcas. [S.l.: s.n.], 2004

    [18] Associao Brasileira de Normas Tcnicas NBR 8993 - Representao

    convencional de partes roscadas em desenhos tcnicos. [S.l.: s.n.], 1985

    [19] Associao Brasileira de Normas Tcnicas NBR 6158 - Sistema de tolerncias e

    ajustes. . [S.l.: s.n.], 1995

    [20] Associao Brasileira de Normas Tcnicas NBR 6409 - Tolerncias geomtricas.

    [S.l.: s.n.], 1997

    [21] Associao Brasileira de Normas Tcnicas NBR ISO 2768-1 e 2768-2 -

    Tolerncias gerais. [S.l.: s.n.], 2001

    [22] Associao Brasileira de Normas Tcnicas NBR 8404 - Indicao do estado de

    superfcies em desenhos tcnicos. [S.l.: s.n.], 1984

    [23] Associao Brasileira de Normas Tcnicas NBR13272 - Elaborao das listas de

    itens. [S.l.: s.n.], 1999

    [24] Associao Brasileira de Normas Tcnicas NBR13273 - Referncia a itens . [S.l.:

    s.n.], 1999

    [25] PINA FILHO, A.C., Desenho tcnico para engenharia mecnica. Universidade

    federal do Rio de Janeiro, 2011.

    [26] Associao Brasileira de Normas Tcnicas NBR ISO 10209-2 Termos relativos

    aos mtodos de projeo [S.l.: s.n.], 2005

    [27] ROMANO, V.F. , Apostila de Robtica, UFRJ-Poli / Engenharia Mecnica,

    2011.

    [28] OGATA, Katsuhiko. Engenharia de Controle Moderno. Traduo de Prof.

    Bernardo Severo. Rio de Janeiro: LTC Editora, 1998.

  • 61

    APNDICE A TABELA DE MATERIAIS

    Neste apndice, foi elaborada uma tabela com a descrio de todos os itens do

    projeto.

    A tabela est composta pelas seguintes colunas:

    Tabela 6 Tabela com os ndices de cada coluna

    Titulo. Nome do item em questo.

    Cdigo. Para melhor organizao,os itens foram separados em cdigos.Vide a Tabela 1.

    Descrio. Uma breve descrio do elemento com seu tipo e medida gerais

    Material. Nome do material do respectivo elemento.

    Conjunto. Cada elemento est enquadrado em um dos 6 itens possveis.

    Massa. Massa calculada pelo software, a partir da massa especifica e volume do item modelado.

    Foram usadas trs casas decimais em Quilograma.

    QTD. Quantidade de itens de cada elemento na montagem completa.

    TTULO CODIGO DESCRIO MATERIAL CONJUNTO MASSA QTD.

  • TTULO CODIGO DESCRIO MATERIAL CONJUNTO MASSA QTD.

    Chapinha AB-01 Chapa 0.9mm Furada Alumnio 5052 Antebrao 0,630 4

    Apoio Central AB-02 41.8 x 29.4mm Alumnio 5052 Antebrao 0,012 2

    Carenagem frontal AB-03 Chapa 1.5mm Dobrada Alumnio 5052 Antebrao 0,044 1

    Carenagem Traseira AB-04 Chapa 1.5mm Dobrada Alumnio 5052 Antebrao 0,039 1

    Cruz AB-05 52 x 23.2 mm Alumnio 5052 Antebrao 0,009 1

    Polia com Guia AB-06 C=13.7 e= 26.1 Polia com Guia Alumnio 5052 Antebrao 0,003 2

    Engrenagem Cnica Pinho AB-07 Z=18 M=1 =20 =90 Pinho Nilon 101 Antebrao 0,001 2

    Carenagem Lateral AB-08 Chapa 1.6mm Dobrada Alumnio 5052 Antebrao 0,034 2

    Chapu AB-09 21 x 3mm Alumnio 5052 Antebrao 0,001 2

    Capa da carenagem lateral AB-10 Chapa 1.5mm Dobrada Alumnio 5053 Antebrao 0,001 2

    Base Circular Inferior BA-01 Chapa 11mm Usinada Alumnio 5052 Base 2,125 1

    Apoio Central da Base BA-02 80 x 22.8mm Alumnio 5052 Base 0,231 1

    Chapa Superior BA-03 Chapa 3.1mm Usinada Alumnio 5052 Base 0,333 1

    Perna BA-04 HEX R=10.9mm C=96mm Alumnio 5052 Base 0,079 4

    Trava Sextavada BA-05 HEX R=14.5mm C=8.2mm Alumnio 5052 Base 0,008 4

    Pino BA-06 12.6 x 136.8mm Alumnio 5052 Base 0,046 1

    Haste BA-07 C=105.2mm Alumnio 5052 Base 0,178 1

    Base Circular Superior BA-08 Polia com Guia e=210mm Alumnio 5052 Base 0,475 1

    Chapa de Apoio BA-09 Chapa 2mm Cortada Alumnio 5052 Base 0,104 1

    Apoio de Borracha BA-10 14 x 32.5 x 9mm Borracha natural Base 0,004 2

    Barra Retangular BA-11 16 x 128.5 x 9.4mm Alumnio 5052 Base 0,048 1

    Pino de ligao BA-12 C=55.9mm Alumnio 5052 Base 0,010 1

    Polia Dupla BA-13 Polia Guia Dupla Escalonada Alumnio 5052 Base 0,017 2

    Polia Simples BA-14 Polia com Guia e=49.7mm Alumnio 5052 Base 0,013 1

    Anel interno BA-15 26 x 11.9mm Alumnio 5052 Base 0,010 1

    N de marinheiro BA-16 Chapa 2.9mm Usinada Alumnio 5052 Base 0,034 1

    Anel BR-01 46.6 x 46.8mm Alumnio 5052 Brao 0,016 2

    Placa Menor BR-02 12 x 21.3 x 2mm Alumnio 5052 Brao 0,001 4

    Placa Maior BR-03 Chapa 2mm Furada Alumnio 5052 Brao 0,002 4

    Pino Redondo BR-04 6.4 x 7.8mm Alumnio 5052 Brao 0,000 1

    Cabea Simples BR-05 Chapa 3mm Usinada Alumnio 5052 Brao 0,035 1

    Pino Retangular BR-06 4.2 x 9mm Alumnio 5052 Brao 0,001 1

    Chapa Inferior BR-07 Chapa 1.5mm Dobrada Alumnio 5052 Brao 0,062 1

    Chapa Lateral Brao BR-08 Chapa 1.5 Usinada Alumnio 5052 Brao 0,062 2

    Capa Externa do Menor Rolamento BR-09 16.7 x 6.1mm Alumnio 5052 Brao 0,001 2

    Capa Externa do Maior Rolamento BR-10 40 x 4.3mm Alumnio 5052 Brao 0,008 2

    Capa Interna do Maior Rolamento BR-11 25.2 x 6mm Alumnio 5052 Brao 0,003 2

    Capa Interna do Menor Rolamento BR-12 23 x 2mm Alumnio 5052 Brao 0,002 2

    Parafuso Phillips - M3 6 CO-01 Comercial - Comercial 0,680 6

    Parafuso Phillips - M1.6 3 CO-02 Comercial - Comercial 0,000 18

    Parafuso Phillips - M3 8 CO-03 Comercial - Comercial 0,001 12

    Parafuso Allen - M5 25 CO-04 Comercial - Comercial 0,006 6

    Porca Sextavada - M4 CO-05 Comercial - Comercial 0,580 6

    Arruela - M4 CO-06 Comercial - Comercial 0,770 6

  • Arruela da Garra M3 CO-07 Comercial - Comercial 0,180 1

    Parafuso Allen - M4 35 CO-08 Comercial - Comercial 0,004 4

    Parafuso Allen - M3 10 CO-09 Comercial - Comercial 1,030 1

    Parafuso Allen - M4 16 CO-10 Comercial - Comercial 0,003 2

    Parafuso Allen - M4 20 CO-11 Comercial - Comercial 0,003 2

    Parafuso Phillips - M3 12 CO-12 Comercial - Comercial 0,001 4

    Parafuso Phillips - M2.5 6 CO-13 Comercial - Comercial 0,280 6

    Rolamento- 3 10 4 CO-14 Modelo NSK 6023 - Comercial 0,460 2

    Rolamento - 4 13 5 CO-15 Modelo NSK 6024 - Comercial 0,330 2

    Rolamento - 7 19 6 CO-16 Modelo NSK 6007 - Comercial 0,440 2

    Rolamento - 4 12 4 CO-17 Modelo NSK 6004 - Comercial 0,390 2

    Rolamento - 8 16 4 CO-18 Modelo NSK 6188 - Comercial 0,300 4

    Porca Sextavada M2 CO-19 Comercial - Comercial 0,400 1

    Base da Garra GA-01 Chapa 1.1mm Dobrada Alumnio 5052 Garra 0,007 1

    Triangulo GA-02 Chapa 1.1 mm Dobrada Alumnio 5052 Garra 0,003 2

    Triangulo do Polimero GA-03 Chapa 1.1mm Dobrada Alumnio 5052 Garra 0,003 2

    Polimero de Contato GA-04 27.5 x 9.8mm NEOPRENE Garra 0,000 2

    Batente Eixo GA-05 13 x 4.5mm + Rosca M2 Interna Ao carbono simples Garra 0,001 1

    Pino do Triangulo GA-06 1.5 x 7mm Alumnio 5052 Garra 0,000 2

    Barra GA-07 Chapa 1.2mm Usinada Alumnio 5052 Garra 0,460 4

    Bucha GA-08 C=11.5 Rosca M2 Interna Bronze Alumnio Garra 0,000 8

    Base do Atuador GA-09 33.3 x 14.3mm Alumnio 5052 Garra 0,016 1

    Tampa do Atuador GA-10 31.4 x 9mm PET Garra 0,003 1

    Base da Engrenagem da Garra GA-11 C=32.5 Ao carbono simples Garra 0,024 1

    Engrenagem Conica Coroa GA-12 Z=28 M=1 =20 =90 Coroa Nilon 101 Garra 0,002 1

    Cilindro Perfurado GA-13 31.4 x 45.5mm Alumnio 5052 Garra 0,015 1

    Eixo GA-14 C=58.7mm + Rosca M2.5 Ao carbono simples Garra 0,006 1

    Polia Menor JU-01 Polia com Guia e=28.10mm Alumnio 5052 Junta 0,005 2

    Chapa da Junta JU-02 Chapa 3mm Usinada Alumnio 5052 Junta 0,034 2

    Polia Maior JU-03 Polia com Guia e=29mm Alumnio 5052 Junta 0,004 2

    Polia do Cilindro JU-04 Polia com Guia e=50.2 Alumnio 5052 Junta 0,023 1

    Bucha de Juno JU-05 6.4 x 4.3 Alumnio 5052 Junta 0,270 4

    Cilindro Central JU-06 50.1 x 22mm Alumnio 5052 Junta 0,023 1

    Eixo Cilindro JU-07 C=56.4mm Alumnio 5052 Junta 0,005 1

    Eixo Polia Menor JU-08 C=31.5 Rosca M2.5 Interna Alumnio 5052 Junta 0,001 1

  • 62

    APNDICE B ANALISE CINEMTICO E D-H

    A seguir, sero apresentados os desenhos para anlise cinemtica nos parmetros

    DH calculados no capitulo 6.

    Neste anexo consta:

    Analise DH;

    Volume de trabalho;

    Cinco desenhos com as anlises angulares dcada junta;

  • APPROVEDP.E. CHECKBYDATEDESCRIPTIONECO NO.REV

    165

    137

    ,7 2

    52

    257,1

    82,2

    112

    ,7

    531

    ,2

    279

    ,2

    XYZ

    X1

    Y1Z1

    X2

    Y2

    Z2

    X3

    Y3

    Z3

    X4Y4

    Z4

    Z5

    Y5X5

    SCR{0}

    Junta ai [mm] i di [mm] i imin imax

    1 0 /2 112,7 1(varivel) -180 +1802 279,2 0 0 2(varivel) -23,1 +30,73 257,1 0 0 3(varivel) -79,6 +105,14 0 /2 0 4(varivel) -157,5 +156,95 0 0 82,2 5(varivel) -180 +180

    11

    6

    5

    4

    3

    2

    1

    B C D E

    10

    9

    8

    7

    F G H J K L M N P QA

    DATA:

    69 / 81

    CONJUNTO:Manipulador Robotico

    FOLHAS

    TTULO:

    CDIGO DESENHO:

    MA-00

    Rodrigo de Souza e S Picana 28/02/2014DESENHISTA: DESCRIO:

    MASSA: 4.858 Kg

    ESCALA:

    0.10.5mm-6mm : 0.3mm

    1:5

    6mm-120mm : 0.8mm

    120mm-1000mm : 2mm1000mm-4000mm : 4mm

    :0.1 Eixo:0.1 Eixo

    N.B.RRUGOSIDADE :

    MATERIAL:

    ANGULAR:

    TOLERANCIAS GEOMTRICAS N.B.RTOLERANCIAS LINEARES & N.B.R

    COTAS : mm

    FORMATO: A3

    Montagem Manipulador

    Parametro DH para analise cinemtica

    1.6

    -

  • APPROVEDP.E. CHECKBYDATEDESCRIPTIONECO NO.REV APPROVEDP.E. CHECKBYDATEDESCRIPTIONECO NO.REV

    330

    138

    ,10

    R617,36

    R341,05

    R80,21

    872

    ,18

    866,60

    VOLUME DE TRABALHO NO PLANO ZY

    Z

    Y

    11

    6

    5

    4

    3

    2

    1

    B C D E

    10

    9

    8

    7

    F G H J K L M N P QA

    DATA:

    70 / 81

    CONJUNTO:

    Manipulador Robotico

    3 DIEDRO

    FOLHAS

    TTULO:

    CDIGO DESENHO:

    MA-00

    Rodrigo de Souza e S Picana 28/02/2014DESENHISTA: DESCRIO:

    MASSA : 4.858 Kg

    ESCALA:

    0.10.5mm-6mm : 0.3mm

    1:4

    6mm-120mm : 0.8mm

    120mm-1000mm : 2mm1000mm-4000mm : 4mm

    :0.1 Eixo:0.1 Eixo

    N.B.RRUGOSIDADE :

    MATERIAL:

    ANGULAR:

    TOLERANCIAS GEOMTRICAS N.B.RTOLERANCIAS LINEARES & N.B.R

    COTAS : mm

    FORMATO: A3

    Volume de trabalho

    Volume de trabalho gerado pelo manipulador

    1.6

    -

  • JUNTA 1

    Junta 1 tem uma variao angular de +180 e -180

    y

    Z

    y

    x

    DATA:

    71 / 81

    CONJUNTO:

    Manipulador Robotico

    3 DIEDRO

    FOLHAS

    TTULO

    CDIGO DO DESENHO:

    MA-00

    Rodrigo de Souza e S Picana 28/02/2014DESENHISTA: DESCRIO:

    MASSA : 4.858Kg

    ESCALA :

    0.10.5mm-6mm : 0.3mm

    1:5

    6mm-120mm : 0.8mm

    120mm-1000mm : 2mm1000mm-4000mm : 4mm

    1.6

    :0.1 Eixo:0.1 Eixo

    N.B.RRUGOSIDADE :

    MATERIAL: -

    ANGULAR:

    TOLERANCIAS GEOMTRICAS N.B.RTOLERANCIAS LINEARES & N.B.R

    COTAS : mm

    FORMATO: A4

    Variao angular da Junta 1

    Junta 1

  • 23,1

    30,7

    JUNTA2

    X

    Z

    Y

    DETALHE JUNTA2 ESCALA 2 : 5

    BatenteJunta

    A junta 2 tem um angulo variavel de +30,7 a -23,1.Isso deivo aos seus batentes acoplados no Antebrao

    que limita seu movimento.

    DATA:Variao angular da Junta 2

    72 / 81

    CONJUNTO:

    -

    3 DIEDRO

    FOLHAS

    TTULO

    CDIGO DO DESENHO:

    MA-00

    Rodrigo de Souza e S Picana 28/02/2014DESENHISTA: DESCRIO:

    MASSA : 4.858Kg

    ESCALA :

    0.10.5mm-6mm : 0.3mm

    1:5

    6mm-120mm : 0.8mm

    120mm-1000mm : 2mm1000mm-4000mm : 4mm

    1.6

    :0.1 Eixo:0.1 Eixo

    N.B.RRUGOSIDADE :

    MATERIAL: -

    ANGULAR:

    TOLERANCIAS GEOMTRICAS N.B.RTOLERANCIAS LINEARES & N.B.R

    COTAS : mm

    FORMATO: A4

    Junta 2

  • 105,1

    79,6

    JUNTA 3

    Y

    X

    Z

    Junta 3 tem uma variao angular de +105,1 a -79,6.Seus movimentos so limitados pela garra e pela junta principal

    DATA:

    73 / 81

    CONJUNTO:

    Manipulador Robotico

    3 DIEDRO

    FOLHAS

    TTULO

    CDIGO DO DESENHO:

    MA-00

    Rodrigo de Souza e S Picana 28/02/2014DESENHISTA: DESCRIO:

    MASSA : 4.858Kg

    ESCALA :

    0.10.5mm-6mm : 0.3mm

    1:5

    6mm-120mm : 0.8mm

    120mm-1000mm : 2mm1000mm-4000mm : 4mm

    1.6

    :0.1 Eixo:0.1 Eixo

    N.B.RRUGOSIDADE :

    MATERIAL: -

    ANGULAR:

    TOLERANCIAS GEOMTRICAS N.B.RTOLERANCIAS LINEARES & N.B.R

    COTAS : mm

    FORMATO: A4

    Junta 3

    Variao angular da Junta 3

    -

    MA-00-

  • 156,9

    0

    157,40

    Y

    Z

    CONJUNTO COROA PINHO

    X

    Z

    Na junta4 possivel um angulo de +156,9 e -157,4.Essa angulao devido a rotao da engrenagens pinho, no eixo Xque movimentam a garra .

    Quando acionadas simultaneamentes em um sentindo positivo, a garra se eleva, num sentido negativo a garra se abaixa.Se acioanda em sentidos opostos, a garra ir rotacionar sobre seu prprio eixo. Sendo possivel em Z uma rotao de +180 e -180

    DATA:Variao angular da Junta 4

    74 / 81

    CONJUNTO:

    3 DIEDRO

    FOLHAS

    TTULO

    CDIGO DO DESENHO:

    Rodrigo de Souza e S Picana 01/03/2014DESENHISTA: DESCRIO:

    MASSA : Kg

    ESCALA :

    0.10.5mm-6mm : 0.3mm

    1:2

    6mm-120mm : 0.8mm

    120mm-1000mm : 2mm1000mm-4000mm : 4mm

    1.6

    :0.1 Eixo:0.1 Eixo

    N.B.RRUGOSIDADE :

    MATERIAL:

    ANGULAR:

    TOLERANCIAS GEOMTRICAS N.B.RTOLERANCIAS LINEARES & N.B.R