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ANÁLISE ESTRUTURAL-DIFERENCIAL (SHIFT-SHARE) DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS NO NÍVEL REGIONAL Fernando Luís Garagorry Brasília, DF: Embrapa SGI, Dezembro de 2016 -15 -12 -9 -6 -3 0 3 6 9 12 15 1992/2002 2002/2012 1992/2012 PERÍODO Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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ANÁLISE ESTRUTURAL-DIFERENCIAL

(“SHIFT-SHARE”) DE

PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

NO NÍVEL REGIONAL

Fernando Luís Garagorry

Brasília, DF: Embrapa SGI, Dezembro de 2016

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

ARROZ: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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1

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 3

METODOLOGIA GERAL ............................................................................................................. 4

LAVOURAS PERMANENTES ................................................................................................... 11

BANANA .................................................................................................................................. 11

CAFÉ (EM GRÃO) .................................................................................................................. 14

COCO-DA-BAÍA....................................................................................................................... 17

DENDÊ (CACHO DE COCO) .................................................................................................. 20

LARANJA ................................................................................................................................. 23

MAÇÃ ....................................................................................................................................... 26

MAMÃO ................................................................................................................................... 29

MANGA .................................................................................................................................... 32

MARACUJÁ ............................................................................................................................. 35

UVA .......................................................................................................................................... 38

LAVOURAS TEMPORÁRIAS ..................................................................................................... 41

ABACAXI ................................................................................................................................. 41

ALGODÃO HERBÁCEO (EM CAROÇO) ................................................................................ 44

ALHO ....................................................................................................................................... 47

AMENDOIM (EM CASCA) ....................................................................................................... 50

ARROZ (EM CASCA) .............................................................................................................. 53

AVEIA (EM GRÃO) .................................................................................................................. 56

BATATA-DOCE ....................................................................................................................... 59

BATATA-INGLESA .................................................................................................................. 62

CANA-DE-AÇÚCAR ................................................................................................................ 65

CEBOLA .................................................................................................................................. 68

CENTEIO (EM GRÃO) ............................................................................................................ 71

CEVADA (EM GRÃO) .............................................................................................................. 74

FEIJÃO (EM GRÃO) ................................................................................................................ 77

MAMONA (EM BAGA) ............................................................................................................. 80

MANDIOCA .............................................................................................................................. 83

MELANCIA ............................................................................................................................... 86

MELÃO .................................................................................................................................... 89

MILHO (EM GRÃO) ................................................................................................................. 92

SOJA (EM GRÃO) ................................................................................................................... 95

SORGO (EM GRÃO) ............................................................................................................... 98

TOMATE ................................................................................................................................ 101

TRIGO (EM GRÃO) ............................................................................................................... 104

PRODUTOS DA PECUÁRIA ................................................................................................... 107

LÃ ........................................................................................................................................... 107

LEITE DE VACA .................................................................................................................... 110

CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 113

REFERÊNCIAS ......................................................................................................................... 115

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3

INTRODUÇÃO

O método estrutural-diferencial – ou "shift-share", segundo a sua designação em inglês – tem sido usado por muitos anos em estudos regionais. Em princípio, trata-se de um método simples, para identificar situações de mudança que escaparam, em alguma medida, do que se poderia esperar como um “comportamento médio”.

Um exemplo de aplicação tradicional aparece na seguinte situação: 1) considera-se um país com várias regiões e com vários setores da economia; 2) existem dados de emprego em dois anos (chamados, por exemplo, de ano inicial e de ano final), por região e por setor; 3) do ano inicial para o ano final houve variação nos níveis de

emprego, pelo menos em algumas regiões. Se e

denotam, respectivamente, os níveis de emprego na região r nos anos inicial (I) e final (F), então se trata de decompor a variação ocorrida mediante uma expressão do seguinte aspecto:

.

Nesse tipo de aplicação tradicional, o primeiro termo do lado direito é associado com um efeito (fator) "nacional" de mudança no total de emprego no país, enquanto que o segundo termo se relaciona com um efeito "setorial"; nesse sentido, esses dois termos captariam a presença de fatores "estruturais". Em geral, fica ainda uma diferença, que determina o terceiro termo, chamado genericamente de efeito "diferencial"; normalmente, ele é associado com algum tipo de desenvolvimento próprio da região r e, portanto, também é chamado de efeito de localização, geográfico ou regional. Neste documento, vai ser dada preferência ao termo “regional”.

Se bem que a consideração dos efeitos estruturais pode adicionar alguma informação, em geral, a principal atenção é colocada no efeito regional. Esse será o enfoque usado neste relatório; ou seja, se trata de identificar regiões que ficaram bem abaixo ou bem acima do que se poderia esperar, apenas, da atuação de fatores estruturais. O método será aplicado para produtos individuais, limitando-se ao nível regional; logicamente, o mesmo tipo de análise pode ser aplicado com outros níveis de divisão territorial, como unidades da federação, mesorregiões e microrregiões. Já foi realizado algum exercício de aplicação da análise estrutural-diferencial para um conjunto de produtos (especificamente, os grãos), mas isso não será discutido neste documento.

Existe uma vasta literatura sobre o método estrutural-diferencial. Entre as referências gerais podem mencionar-se um capítulo no livro de Haddad (1989), um texto para discussão de Simões (2005), artigos eletrônicos como os da EMSI (2015) ou da Wikipédia (2015), e artigos breves como os de Curtis (1972) e de Fothergill e Gudgin (1979). A partir de uma forma de aplicação mais tradicional, têm sido apresentadas algumas extensões, como as que aparecem em Esteban-Marquillas (1972), Arcelus (1984) e Barff e Knight III (1988).

As aplicações relacionadas com a agricultura têm sido bem diversificadas. Como exemplos, podem mencionar-se documentos com diferentes orientações, tais como: 1) trabalhos focados em determinados produtos, como café (SOUSA et al., 2007; OLIVEIRA et al., 2008), cana-de-açúcar (ANJOS; ROSÁRIO, 2012), mandioca (CARDOSO, 1996), pecuária bovina (IGREJA, 1987) e sorgo (PORTO; SILVEIRA JUNIOR, 1984); 2) trabalhos que consideram diversos produtos em um estado ou região, como a região amazônica (CARVALHO et al., 1994), o Rio Grande do Norte (MOREIRA, 1996) ou São Paulo (FELIPE, 2008); e 3) trabalhos focados em outros temas, como o comércio exterior (ABREU e FEISTEL, 2012), que não se limitam a produtos agrícolas. Em geral, nesses exemplos, ao considerar produtos individuais, têm sido usadas algumas variantes do método que se afastam um pouco do uso mais tradicional.

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METODOLOGIA GERAL

Dados

Inicialmente, foram considerados 35 produtos agrícolas para os quais se dispõe de dados que permitem calcular uma forma básica de produtividade. Especificamente, têm-se as seguintes situações: 1) para todos os produtos existem dados de quantidade produzida; 2) para as lavouras há dados de área colhida; 3) para o leite de vaca se conta com o número de vacas ordenhadas; e 4) para a lã de ovelha se tem o número de ovinos tosquiados. Portanto, para calcular a produtividade se tem o numerador (quantidade produzida) e o denominador (área colhida, vacas ordenhadas ou ovinos tosquiados), que depende do produto. No entanto, um produto que tinha presença numa única região foi deixado de lado, porque os efeitos regionais seriam nulos em todos os períodos; tratou-se do algodão arbóreo, que só tem registros no Nordeste. De modo que a análise vai ser apresentada para 34 produtos.

Entre esses 34 produtos, alguns têm, essencialmente, presença numa única região, mas aparecem em mais de uma região em certos anos. Outros têm presença consistente em certas regiões, mas também aparecem noutras em alguns anos. Preferiu-se deixar todos esses casos, em lugar de excluir os dados correspondentes às regiões que aparecem eventualmente, para não ter que alterar os totais nacionais e, também, para mostrar que o método pode ser aplicado em situações em que alguma região não tem presença constante entre os registros de um produto.

Em princípio, foram considerados os dados de 1991 a 2013. No entanto, para suavizar algumas mudanças mais pronunciadas entre anos sucessivos, procedeu-se a considerar as médias móveis de três anos. No caso da produtividade, usou-se diretamente o quociente entre o valor médio trienal da quantidade produzida e o do respectivo denominador; portanto, a produtividade resultante é a média de razões das produtividades nos três anos envolvidos. De modo que trabalhou-se com dados entre 1992 e 2012. Neste relatório, serão mostrados os resultados para os períodos de 1992 a 2002, de 2002 a 2012 e de 1992 a 2012.

Aplicação a produtos individuais

A ideia consiste em decompor as variações na quantidade produzida, de um ano inicial para um ano final, fazendo aparecer efeitos estruturais ligados com o denominador ou com a produtividade. Como os cálculos serão realizados considerando as regiões do País para as quais existem registros dos produtos, qualquer termo residual, que seja necessário para completar a decomposição da variação, será designado como efeito regional.

Em geral, não há uma forma única de se aplicar o método estrutural-diferencial a uma situação sendo estudada. Neste documento vão ser mostrados os resultados para uma determinada forma de aplicação do método. Como ela difere do enfoque usado por outros autores, será apresentado um exemplo para situar as diferenças que podem surgir. Inicialmente, se ilustra o método para o caso do arroz, segundo o que vai ser mostrado neste documento para os 34 produtos. Posteriormente, se mostra outra forma do método, que tem aparecido na literatura, aplicada aos mesmos dados.

Exemplo de análise estrutural-diferencial

Consideram-se os dados para o arroz, nos anos de 1992 (ano inicial) e 2012 (ano final). Os valores aparecem na Tabela 1.

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Tabela 1. Arroz: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável / unidade

Entidade geográfica

1992 2012

Área colhida Brasil 4.410.095 2.506.444

(ha) Norte 490.982 320.040

Nordeste 1.181.345 603.320

Sudeste 654.972 54.539

Sul 1.159.810 1.281.928

Centro-Oeste 922.986 246.617

Quantidade Brasil 9.877.535 12.269.808

produzida (t) Norte 805.696 955.193

Nordeste 1.221.528 856.234

Sudeste 1.219.025 166.779

Sul 5.276.109 9.458.792

Centro-Oeste 1.355.177 832.809

Produtividade Brasil 2.240 4.895

(kg/ha) Norte 1.641 2.985

Nordeste 1.034 1.419

Sudeste 1.861 3.058

Sul 4.549 7.379

Centro-Oeste 1.468 3.377

Passo 1: determinação dos fatores de mudança. Considerando apenas o nível nacional, tem-se o seguinte, de 1992 para 2012: 1) o fator geral de mudança na área colhida foi fA = 2.506.444 / 4.410.095 = 0,568; e 2) o fator geral de mudança na produtividade foi fP = 4.895 / 2.240 = 2,186. Se a quantidade produzida inicial, no total do País, fosse multiplicada sucessivamente por esses fatores, seria obtida exatamente a quantidade produzida total no ano final. A forma de cálculo apresentada aqui se baseia em aplicar, sucessivamente, esses fatores “estruturais” em cada região.

Passo 2: aplicação do fator de área. Se, em cada região, a área colhida tivesse mudado segundo o fator geral de área colhida, determinado acima, mas sem que mudasse a produtividade, então a quantidade produzida mudaria por esse mesmo fator; isso aparece na coluna QP1 da Tabela 2. Nessa tabela, repetiram-se os dados de quantidade produzida em 1992 e 2012 para facilitar o entendimento do processo.

Passo 3: aplicação do fator de produtividade. Se, além disso, em cada região, a produtividade tivesse mudado segundo o fator geral de produtividade, determinado acima, então a quantidade produzida estimada no passo anterior (QP1) também teria que ser alterada por esse mesmo fator; isso aparece na coluna QP2 da Tabela 2.

Passo 4: determinação dos efeitos estruturais. Em cada região, o efeito área colhida é determinado pela diferença entre o valor na coluna QP1 e o respectivo valor da quantidade produzida em 1992, na Tabela 2. O efeito produtividade é determinado pela diferença entre os correspondentes valores das colunas QP2 e QP1, também na Tabela 2.

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Tabela 2. Arroz: quantidade produzida (t) em 1992 e 2012, e estimativas intermediárias.

Entidade geográfica

1992 QP1 QP2 2012

Brasil 9.877.535 5.613.821 12.269.808 12.269.808

Norte 805.696 457.911 1.000.830 955.193

Nordeste 1.221.528 694.246 1.517.374 856.234

Sudeste 1.219.025 692.824 1.514.265 166.779

Sul 5.276.109 2.998.636 6.553.947 9.458.792

Centro-Oeste 1.355.177 770.205 1.683.392 832.809

Passo 5: determinação dos efeitos diferenciais. Logicamente, não se deve esperar que os valores da quantidade produzida no ano final coincidam, em todas as regiões, com os da coluna QP2 da Tabela 2 (certamente, os totais coincidem, como foi dito anteriormente). O que foi feito até este ponto corresponde a uma situação idealizada, onde todas as áreas colhidas e as produtividades mudassem segundo certos fatores gerais (“estruturais”). Portanto, no nível das regiões devem aparecer diferenças (“diferenciais”). Justamente, em cada região, o efeito regional (também chamado geográfico ou de localização), está determinado, nesta forma de cálculo, pela diferença entre o valor da quantidade produzida no ano final e o correspondente valor da coluna QP2 na Tabela 2. Os resultados aparecem na Tabela 3. No total do País, os efeitos área, produtividade e regional são calculados como somas dos respectivos efeitos nas regiões.

Tabela 3. Resumo dos resultados: variação na quantidade produzida (t), de 1992 para 2012, e efeitos componentes.

Entidade geográfica

Variação Efeito área colhida

Efeito produtividade

Efeito regional

Brasil 2.392.273 -4.263.713 6.655.987 0

Norte 149.497 -347.785 542.919 -45.637

Nordeste -365.294 -527.282 823.128 -661.140

Sudeste -1.052.246 -526.202 821.441 -1.347.486

Sul 4.182.684 -2.277.473 3.555.311 2.904.845

Centro-Oeste -522.368 -584.972 913.187 -850.583

Corresponde fazer as seguintes observações:

No total do País o efeito regional é nulo; de fato, como o total da quantidade produzida já tinha sido alcançado no final do passo 3 acima, quaisquer diferenças restantes só poderiam dar lugar a ajustamentos, para mais ou para menos, nas regiões.

Como o fator geral de área foi menor do que um então o efeito área colhida foi negativo em todas as regiões e, obviamente, no total do País; e, como o fator geral de produtividade foi maior do que um, e aplicado após o fator de área, então o efeito produtividade foi positivo em todas as regiões e, portanto, no total do País.

Outro enfoque na aplicação do método

Vários autores têm apresentado uma forma diferente para aplicar o método no estudo de produtos agrícolas individuais. Essa forma vai ser ilustrada com os mesmos dados

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do arroz. Se bem que podem aparecer diferentes esquemas de apresentação, o essencial é que nesse outro enfoque se usa um fator de produtividade para cada região.

Passo 1’: determinação dos fatores de mudança. Considerando apenas o nível nacional, tem-se o fator geral de mudança na área colhida, de 1992 para 2012: fA = 2.506.444 / 4.410.095 = 0,568. Além disso, determina-se um fator de mudança na produtividade em cada região, obtendo-se: 1) Norte, 2.985/1.641 = 1,819; Nordeste, 1.419/1.034 = 1,373; Sudeste, 3.058/1.861 = 1,643; Sul, 7.379/4.549 = 1,622; e Centro-Oeste, 3.377/1.468 = 2,300.

Passo 2’: aplicação do fator de área. Se, em cada região, a área colhida tivesse mudado segundo o fator geral de área colhida, determinado acima, mas sem que mudasse a produtividade, então a quantidade produzida mudaria por esse mesmo fator; isso aparece na coluna QP1 da Tabela 4. Nessa tabela, repetiram-se os dados de quantidade produzida em 1992 e 2012 para facilitar o entendimento do processo.

Passo 3’: aplicação dos fatores de produtividade. Se, além disso, em cada região, a produtividade tivesse mudado segundo o respectivo fator de produtividade, determinado acima, então a quantidade produzida estimada no passo anterior (QP1) também teria que ser alterada por esse mesmo fator; isso aparece na coluna QP2 da Tabela 4.

Tabela 4. Arroz: quantidade produzida (t) em 1992 e 2012, e estimativas intermediárias, segundo o enfoque com fatores regionais de produtividade.

Entidade geográfica

1992 QP1 QP2 2012

Brasil 9.877.535 5.613.821 9.559.199 12.269.808

Norte 805.696 457.911 832.842 955.193

Nordeste 1.221.528 694.246 952.865 856.234

Sudeste 1.219.025 692.824 1.138.320 166.779

Sul 5.276.109 2.998.636 4.863.724 9.458.792

Centro-Oeste 1.355.177 770.205 1.771.448 832.809

Passo 4’: determinação dos efeitos estruturais. Em cada região, o efeito área colhida é determinado pela diferença entre o valor na coluna QP1 e o respectivo valor da quantidade produzida em 1992, que aparecem na Tabela 4. O efeito produtividade é determinado pela diferença entre os correspondentes valores das colunas QP2 e QP1, também na Tabela 4.

Passo 5’: determinação dos efeitos diferenciais. Logicamente, não se deve esperar que os valores da quantidade produzida no ano final coincidam, em todas as regiões, com os da coluna QP2 da Tabela 4. O que foi feito até este ponto corresponde a uma situação idealizada, onde todas as áreas colhidas mudassem segundo um fator geral, e as produtividades segundo certos fatores próprios de cada região, todos eles considerados como “estruturais”. Portanto, no nível das regiões devem aparecer diferenças (“diferenciais”). Justamente, o efeito regional, está determinado, nesta forma de cálculo, pela diferença entre os valores da quantidade produzida no ano final e os da coluna QP2 na Tabela 4. Os resultados aparecem na Tabela 5. No total do País, os efeitos área, produtividade e regional são calculados como somas dos respectivos efeitos nas regiões.

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Tabela 5. Resumo dos resultados: variação na quantidade produzida (t), de 1992 para 2012, e efeitos componentes,segundo o enfoque com fatores regionais de produtividade.

Entidade geográfica

Variação Efeito área colhida

Efeito produtividade

Efeito regional

Brasil 2.392.273 -4.263.713 3.945.378 2.710.609

Norte 149.497 -347.785 374.931 122.351

Nordeste -365.294 -527.282 258.619 -96.631

Sudeste -1.052.246 -526.202 445.496 -971.541

Sul 4.182.684 -2.277.473 1.865.088 4.595.068

Centro-Oeste -522.368 -584.972 1.001.243 -938.638

Corresponde fazer as seguintes observações, para o presente enfoque na aplicação do método:

No total do País, em geral, como ilustra o atual exemplo, o efeito regional não é nulo, e surge certa dificuldade para se interpretar esse valor.

Como as colunas correspondentes à variação total e ao efeito área colhida coincidem nas Tabelas 3 e 5, então também coincidem as somas dos efeitos produtividade e regional (salvo por aparentes diferenças devidas ao arredondamento). No entanto, esses dois efeitos são muito diferentes em ambas as tabelas.

Nesta forma de aplicação do método existe certo confundimento entre a produtividade e a região, que não está de acordo com a ideia tradicional, de usar fatores estruturais que atuariam independentemente das regiões; assim, o efeito produtividade, resultante da aplicação de um fator específico para cada região, aparece aqui mais como regional do que como estrutural. Tendo em vista que formas peculiares do método estrutural-diferencial têm sido usadas em diversos campos, algumas instâncias de confundimentos já foram assinaladas na literatura.

Dado que o fator geral de área foi menor do que um, então o efeito área colhida foi negativo em todas as regiões e, obviamente, no total do País. Como, neste exemplo, todos os fatores regionais de produtividade foram maiores do que um, e aplicados após o fator geral de área, então o efeito produtividade foi positivo em todas as regiões e, portanto, no total do País. Em outros casos, os efeitos produtividade podem apresentar diferentes sinais entre as regiões.

Apresentação dos resultados

Os resultados correspondentes aos diferentes produtos serão apresentados para os períodos 1992/2002, 2002/2012 e 1992/2012. Nesta seção, serão exemplificados com o arroz no período 1992/2012, salvo na figura exibida, onde aparece o período completo e os dois subperíodos. A Tabela 6 repete os valores da Tabela 3 e adiciona algumas taxas de variação, o qual é frequente na literatura, particularmente para destacar as alterações mais pronunciadas na variação total.

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Tabela 6. Arroz: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, de 1992 para 2012, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2012 Brasil 2.392.273 -4.263.713 6.655.987 0 24,22 1,09

Norte 149.497 -347.785 542.919 -45.637 18,56 0,85

Nordeste -365.294 -527.282 823.128 -661.140 -29,90 -1,76

Sudeste -1.052.246 -526.202 821.441 -1.347.486 -86,32 -9,47

Sul 4.182.684 -2.277.473 3.555.311 2.904.845 79,28 2,96

Centro-Oeste -522.368 -584.972 913.187 -850.583 -38,55 -2,41

Mais que nos valores absolutos envolvidos, usualmente, o maior interesse do método reside em detectar as variações relativas que ocorreram entre as regiões. Assim, mesmo que todas tivessem aumentado a quantidade produzida, num determinado período, elas mostrariam desempenhos acima ou abaixo “do esperado”, de acordo com a aplicação dos fatores estruturais de mudança. Daí o interesse particular dos efeitos regionais. Nesse sentido, e para facilitar as comparações entre os comportamentos de diferentes produtos, resulta conveniente expressar os efeitos regionais numa escala comum, independentemente das unidades envolvidas (toneladas, litros, etc.). Aqui foi adotada uma escala entre -15 e 15. Por exemplo, segundo a Tabela 6, o efeito regional com maior valor absoluto (2.904.845) aconteceu na região Sul. Como foi de sinal positivo, então a região Sul recebe o valor 15 e as demais recebem valores que mantenham a proporção (e o sinal) com respeito ao máximo registrado. Logicamente, se o maior valor absoluto fosse o de um efeito regional negativo, a região correspondente receberia o valor -15. Os resultados aparecem na Tabela 7.

Tabela 7. Arroz: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2012 -0,24 -3,41 -6,96 15,00 -4,39

Finalmente, a Figura 1 ilustra a importância e o sinal dos efeitos regionais, na escala [-15, 15], nos períodos considerados. Uma figura similar é apresentada com os resultados para cada produto, mesmo que ele não tenha sido registrado em alguma região.

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Fig. 1. Arroz: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

ARROZ: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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11

LAVOURAS PERMANENTES

BANANA

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e as cinco regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Banana: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 509.358 507.613 489.848

(ha) Norte 80.233 110.701 74.071

Nordeste 195.277 175.202 201.880

Sudeste 138.595 142.620 140.188

Sul 46.061 48.573 53.194

Centro-Oeste 49.193 30.518 20.515

Quantidade Brasil 5.695.798 6.555.818 7.041.426

produzida (t) Norte 870.566 1.167.617 879.317

Nordeste 2.154.176 2.169.846 2.549.598

Sudeste 1.616.867 2.038.915 2.301.066

Sul 628.447 910.735 1.042.841

Centro-Oeste 425.743 268.705 268.604

Produtividade Brasil 11.182 12.915 14.375

(kg/ha) Norte 10.850 10.547 11.871

Nordeste 11.031 12.385 12.629

Sudeste 11.666 14.296 16.414

Sul 13.644 18.750 19.605

Centro-Oeste 8.655 8.805 13.093

Tabela 2. Banana: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 0,997 1,155

2002 2012 0,965 1,113

1992 2012 0,962 1,285

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RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e regional, no Brasil e nas cinco regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

Tabela 3. Banana: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 860.019 -19.513 879.532 0 15,10 1,42

Norte 297.051 -2.982 134.431 165.603 34,12 2,98

Nordeste 15.670 -7.380 332.643 -309.593 0,73 0,07

Sudeste 422.048 -5.539 249.673 177.914 26,10 2,35

Sul 282.288 -2.153 97.043 187.397 44,92 3,78

Centro-Oeste -157.037 -1.459 65.742 -221.321 -36,89 -4,50

2002 2012 Brasil 485.608 -229.435 715.043 0 7,41 0,72

Norte -288.300 -40.863 127.352 -374.789 -24,69 -2,80

Nordeste 379.752 -75.938 236.665 219.025 17,50 1,63

Sudeste 262.151 -71.356 222.384 111.123 12,86 1,22

Sul 132.107 -31.873 99.334 64.646 14,51 1,36

Centro-Oeste -102 -9.404 29.308 -20.005 -0,04 -0,00

1992 2012 Brasil 1.345.627 -218.167 1.563.794 0 23,62 1,07

Norte 8.751 -33.345 239.016 -196.919 1,01 0,05

Nordeste 395.422 -82.512 591.434 -113.500 18,36 0,85

Sudeste 684.199 -61.931 443.915 302.216 42,32 1,78

Sul 414.394 -24.071 172.542 265.924 65,94 2,56

Centro-Oeste -157.139 -16.307 116.889 -257.720 -36,91 -2,28

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram menores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi negativo em todos os casos;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

no período de 1992 a 2012, o sinal do efeito regional indica que o Norte, o Nordeste e o Centro-Oeste tiveram um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, e que o contrário ocorreu no Sudeste e no Sul; nos dois subperíodos, os efeitos regionais foram positivos no Sudeste e no Sul, negativos no Centro-Oeste, e tiveram mudanças de sinal nas outras duas regiões.

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13

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

Tabela 4. Banana: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 8,02 -15,00 8,62 9,08 -10,72

2002 2012 -15,00 8,77 4,45 2,59 -0,80

1992 2012 -9,77 -5,63 15,00 13,20 -12,79

Fig. 1. Banana: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

BANANA: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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CAFÉ (EM GRÃO)

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e as cinco regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Café: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 2.507.698 2.367.474 2.118.126

(ha) Norte 149.514 204.695 134.838

Nordeste 152.623 156.957 168.627

Sudeste 1.856.482 1.852.469 1.713.855

Sul 294.337 107.327 70.430

Centro-Oeste 54.743 46.026 30.376

Quantidade Brasil 1.364.789 2.139.154 2.900.837

produzida (t) Norte 94.553 138.487 93.730

Nordeste 57.028 131.306 154.128

Sudeste 1.051.084 1.737.048 2.517.938

Sul 134.182 95.085 105.331

Centro-Oeste 27.942 37.228 29.711

Produtividade Brasil 544 904 1.370

(kg/ha) Norte 632 677 695

Nordeste 374 837 914

Sudeste 566 938 1.469

Sul 456 886 1.496

Centro-Oeste 510 809 978

Tabela 2. Café: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 0,944 1,660

2002 2012 0,895 1,516

1992 2012 0,845 2,516

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e

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15

regional, no Brasil e nas cinco regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

Tabela 3. Café: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 774.366 -76.315 850.681 0 56,74 4,60

Norte 43.934 -5.287 58.935 -9.715 46,46 3,89

Nordeste 74.279 -3.189 35.546 41.922 130,25 8,70

Sudeste 685.964 -58.774 655.147 89.590 65,26 5,15

Sul -39.097 -7.503 83.636 -115.230 -29,14 -3,39

Centro-Oeste 9.287 -1.562 17.416 -6.567 33,24 2,91

2002 2012 Brasil 761.683 -225.301 986.984 0 35,61 3,09

Norte -44.757 -14.586 63.896 -94.068 -32,32 -3,83

Nordeste 22.821 -13.830 60.583 -23.933 17,38 1,62

Sudeste 780.890 -182.950 801.457 162.384 44,96 3,78

Sul 10.246 -10.015 43.871 -23.611 10,78 1,03

Centro-Oeste -7.517 -3.921 17.177 -20.773 -20,19 -2,23

1992 2012 Brasil 1.536.049 -212.021 1.748.070 0 112,55 3,84

Norte -823 -14.689 121.107 -107.241 -0,87 -0,04

Nordeste 97.100 -8.859 73.043 32.916 170,27 5,10

Sudeste 1.466.854 -163.287 1.346.266 283.874 139,56 4,46

Sul -28.851 -20.845 171.865 -179.871 -21,50 -1,20

Centro-Oeste 1.770 -4.341 35.789 -29.678 6,33 0,31

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram menores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi negativo em todos os casos;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

no período de 1992 a 2012, o sinal do efeito regional indica que o Norte, o Sul e o Centro-Oeste tiveram um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, e que o contrário ocorreu no Nordeste e no Sudeste; o mesmo aconteceu no subperíodo de 1992 a 2002; no subperíodo de 2002 a 2012, apenas o Sudeste teve um desempenho acima do que poderia esperar-se.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

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16

Tabela 4. Café: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 -1,26 5,46 11,66 -15,00 -0,85

2002 2012 -8,69 -2,21 15,00 -2,18 -1,92

1992 2012 -5,67 1,74 15,00 -9,50 -1,57

Fig. 1. Café: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

CAFÉ: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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COCO-DA-BAÍA

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e quatro regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Coco-da-baía: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 234.289 276.773 261.915

(ha) Norte 15.169 23.348 25.764

Nordeste 216.277 232.660 212.889

Sudeste 2.840 17.852 20.460

Sul 0 33 221

Centro-Oeste 3 2.879 2.580

Quantidade Brasil 859.838 1.778.148 1.947.882

produzida Norte 142.585 238.869 246.267

(1.000 frutos) Nordeste 698.312 1.264.171 1.355.933

Sudeste 18.919 243.009 308.514

Sul 0 226 2.560

Centro-Oeste 21 31.873 34.607

Produtividade Brasil 3.670 6.425 7.437

(frutos/ha) Norte 9.400 10.231 9.558

Nordeste 3.229 5.434 6.369

Sudeste 6.661 13.612 15.079

Sul 0 6.918 11.585

Centro-Oeste 7.111 11.070 13.412

Tabela 2. Coco-da-baía: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 1,181 1,751

2002 2012 0,946 1,158

1992 2012 1,118 2,026

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e

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regional, no Brasil e em cinco regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

Tabela 3. Coco-da-baía: variação total na quantidade produzida (1.000 frutos), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 918.310 155.916 762.394 0 106,80 7,54

Norte 96.284 25.855 126.426 -55.997 67,53 5,30

Nordeste 565.859 126.626 619.174 -179.942 81,03 6,11

Sudeste 224.090 3.431 16.775 203.884 1.184,45 29,08

Sul 226 0 0 226 − −

Centro-Oeste 31.852 4 19 31.829 149.304,69 107,70

2002 2012 Brasil 169.734 -95.454 265.188 0 9,55 0,92

Norte 7.398 -12.823 35.624 -15.403 3,10 0,31

Nordeste 91.762 -67.863 188.535 -28.910 7,26 0,70

Sudeste 65.505 -13.045 36.242 42.308 26,96 2,42

Sul 2.334 -12 34 2.313 1.032,89 27,47

Centro-Oeste 2.734 -1.711 4.753 -308 8,58 0,83

1992 2012 Brasil 1.088.044 101.388 986.656 0 126,54 4,17

Norte 103.682 16.813 163.615 -76.746 72,72 2,77

Nordeste 657.621 82.342 801.306 -226.028 94,17 3,37

Sudeste 289.595 2.231 21.710 265.654 1.530,68 14,98

Sul 2.560 0 0 2.560 − −

Centro-Oeste 34.586 3 24 34.559 162.120,31 44,71

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como o fator de mudança na área colhida (Tabela 2) foi menor do que um no subperíodo de 2002 a 2012, então o efeito área correspondente a esse intervalo de tempo foi negativo em todas as regiões; nos demais casos, ele foi positivo;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

no período de 1992 a 2012, o sinal do efeito regional indica que o Norte e o Nordeste tiveram desempenhos abaixo do que poderia esperar-se, e que o contrário ocorreu nas outras três regiões; o mesmo aconteceu no subperíodo de 1992 a 2002; no intervalo de 2002 a 2012, apenas o Sudeste e o Sul tiveram desempenhos acima do que poderia esperar-se.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a

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Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

Tabela 4. Coco-da-baía: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 -4,12 -13,24 15,00 0,02 2,34

2002 2012 -5,46 -10,25 15,00 0,82 -0,11

1992 2012 -4,33 -12,76 15,00 0,14 1,95

Fig. 1. Coco-da-baía: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

COCO-DA-BAÍA: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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20

DENDÊ (CACHO DE COCO)

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e duas regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Dendê: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e em duas regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 73.321 82.963 110.283

(ha) Norte 36.431 40.057 56.157

Nordeste 36.890 42.906 54.126

Quantidade Brasil 611.781 795.428 1.263.006

produzida (t) Norte 454.273 620.825 1.054.968

Nordeste 157.508 174.603 208.039

Produtividade Brasil 8.344 9.588 11.452

(kg/ha) Norte 12.470 15.499 18.786

Nordeste 4.270 4.069 3.844

Tabela 2. Dendê: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 1,132 1,149

2002 2012 1,329 1,194

1992 2012 1,504 1,373

RESULTADOS A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e regional, no Brasil e em duas regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

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21

Tabela 3. Dendê: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 183.647 80.452 103.195 0 30,02 2,66

Norte 166.552 59.739 76.627 30.187 36,66 3,17

Nordeste 17.095 20.713 26.568 -30.187 10,85 1,04

2002 2012 Brasil 467.578 261.945 205.633 0 58,78 4,73

Norte 434.142 204.446 160.495 69.202 69,93 5,45

Nordeste 33.436 57.499 45.138 -69.202 19,15 1,77

1992 2012 Brasil 651.225 308.413 342.812 0 106,45 3,69

Norte 600.695 229.010 254.552 117.133 132,23 4,30

Nordeste 50.531 79.403 88.260 -117.133 32,08 1,40

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi positivo em todos os casos;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

tanto no período geral de 1992 a 2012, quanto nos dois subperíodos, os sinais do efeito regional indicam que o Norte teve um desempenho acima do que poderia esperar-se e que o oposto aconteceu no Nordeste.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

Tabela 4. Dendê: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 15,00 -15,00 0,00 0,00 0,00

2002 2012 15,00 -15,00 0,00 0,00 0,00

1992 2012 15,00 -15,00 0,00 0,00 0,00

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22

Fig. 1. Dendê: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

DENDÊ: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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23

LARANJA

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e as cinco regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Laranja: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 924.322 829.859 749.692

(ha) Norte 12.229 17.892 17.747

Nordeste 83.450 109.651 128.523

Sudeste 786.256 642.316 535.464

Sul 34.844 51.765 59.893

Centro-Oeste 7.543 8.234 8.065

Quantidade Brasil 15.311.255 17.477.192 18.457.720

produzida (t) Norte 183.716 247.321 283.087

Nordeste 1.220.057 1.586.868 1.856.329

Sudeste 13.326.863 14.662.276 14.830.137

Sul 489.581 834.703 1.340.169

Centro-Oeste 91.038 146.025 147.997

Produtividade Brasil 16.565 21.060 24.620

(kg/ha) Norte 15.023 13.823 15.951

Nordeste 14.620 14.472 14.444

Sudeste 16.950 22.827 27.696

Sul 14.051 16.125 22.376

Centro-Oeste 12.069 17.734 18.351

Tabela 2. Laranja: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 0,898 1,271

2002 2012 0,903 1,169

1992 2012 0,811 1,486

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e

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24

regional, no Brasil e nas cinco regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

Tabela 3. Laranja: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 2.165.937 -1.564.765 3.730.703 0 14,15 1,33

Norte 63.605 -18.775 44.764 37.616 34,62 3,02

Nordeste 366.811 -124.686 297.276 194.222 30,07 2,66

Sudeste 1.335.413 -1.361.966 3.247.190 -549.811 10,02 0,96

Sul 345.122 -50.034 119.290 275.865 70,49 5,48

Centro-Oeste 54.986 -9.304 22.182 42.108 60,40 4,84

2002 2012 Brasil 980.528 -1.688.359 2.668.887 0 5,61 0,55

Norte 35.766 -23.892 37.768 21.891 14,46 1,36

Nordeste 269.461 -153.297 242.326 180.433 16,98 1,58

Sudeste 167.861 -1.416.428 2.239.030 -654.741 1,14 0,11

Sul 505.467 -80.635 127.465 458.637 60,56 4,85

Centro-Oeste 1.973 -14.107 22.299 -6.220 1,35 0,13

1992 2012 Brasil 3.146.465 -2.892.725 6.039.190 0 20,55 0,94

Norte 99.371 -34.709 72.463 61.617 54,09 2,19

Nordeste 636.273 -230.503 481.225 385.551 52,15 2,12

Sudeste 1.503.274 -2.517.818 5.256.490 -1.235.398 11,28 0,54

Sul 850.588 -92.496 193.105 749.979 173,74 5,16

Centro-Oeste 56.959 -17.200 35.908 38.251 62,57 2,46

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram menores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi negativo em todos os casos;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

em todos os intervalos de anos, os sinais do efeito regional indicam que apenas o Sudeste teve um desempenho abaixo do que poderia esperar-se.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

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25

Tabela 4. Laranja: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 1,03 5,30 -15,00 7,53 1,15

2002 2012 0,50 4,13 -15,00 10,51 -0,14

1992 2012 0,75 4,68 -15,00 9,11 0,46

Fig. 1. Laranja: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

LARANJA: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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MAÇÃ

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e três regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Maçã: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e em três regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 25.154 31.330 38.350

(ha) Nordeste 0 0 56

Sudeste 1.039 252 315

Sul 24.115 31.078 37.979

Quantidade Brasil 456.405 805.080 1.303.413

produzida (t) Nordeste 0 0 809

Sudeste 15.839 2.797 6.563

Sul 440.566 802.283 1.296.040

Produtividade Brasil 18.144 25.697 33.988

(kg/ha) Nordeste 0 0 14.533

Sudeste 15.240 11.114 20.858

Sul 18.269 25.815 34.125

Tabela 2. Maçã: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 1,245 1,416

2002 2012 1,224 1,323

1992 2012 1,525 1,873

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e regional, no Brasil e em três regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

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Tabela 3. Maçã: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 348.675 112.046 236.628 0 76,40 5,84

Sudeste -13.042 3.888 8.212 -25.142 -82,34 -15,92

Sul 361.717 108.158 228.416 25.142 82,10 6,18

2002 2012 Brasil 498.333 180.393 317.940 0 61,90 4,94

Nordeste 809 0 0 809 − −

Sudeste 3.766 627 1.105 2.035 134,66 8,90

Sul 493.758 179.766 316.835 -2.844 61,54 4,91

1992 2012 Brasil 847.008 239.419 607.589 0 185,58 5,39

Nordeste 809 0 0 809 − −

Sudeste -9.276 8.309 21.086 -38.670 -58,56 -4,31

Sul 855.474 231.110 586.503 37.861 194,18 5,54

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi positivo em todos os casos, salvo no Nordeste (por falta de produção em 1992 e 2002);

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos, salvo no Nordeste;

no período de 1992 a 2012, o sinal do efeito regional indica que só o Sudeste teve um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, e que o mesmo ocorreu no subperíodo de 1992 a 2002; no subperíodo de 2002 a 2012 , só o Sul ficou abaixo do esperado.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

Tabela 4. Maçã: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 0,00 0,00 -15,00 15,00 0,00

2002 2012 0,00 4,27 10,73 -15,00 0,00

1992 2012 0,00 0,31 -15,00 14,69 0,00

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Fig. 1. Maçã: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

MAÇÃ: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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MAMÃO

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e as cinco regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Mamão: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 21.932 35.723 32.943

(ha) Norte 2.580 3.200 3.517

Nordeste 13.273 21.725 20.065

Sudeste 5.316 9.997 8.789

Sul 524 439 348

Centro-Oeste 238 363 224

Quantidade Brasil 718.419 1.600.538 1.651.559

produzida (t) Norte 59.540 28.902 49.417

Nordeste 344.277 972.275 1.023.343

Sudeste 302.010 583.665 569.845

Sul 4.561 4.731 3.578

Centro-Oeste 8.031 10.966 5.376

Produtividade Brasil 32.757 44.804 50.133

(kg/ha) Norte 23.076 9.033 14.051

Nordeste 25.939 44.754 51.001

Sudeste 56.808 58.382 64.839

Sul 8.699 10.784 10.281

Centro-Oeste 33.697 30.236 23.966

Tabela 2. Mamão: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 1,629 1,368

2002 2012 0,922 1,119

1992 2012 1,502 1,530

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30

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e regional, no Brasil e nas cinco regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

Tabela 3. Mamão: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 882.119 451.756 430.363 0 122,79 8,34

Norte -30.638 37.440 35.667 -103.744 -51,46 -6,97

Nordeste 627.998 216.488 206.236 205.274 182,41 10,94

Sudeste 281.654 189.910 180.917 -89.172 93,26 6,81

Sul 169 2.868 2.732 -5.431 3,71 0,37

Centro-Oeste 2.935 5.050 4.811 -6.926 36,54 3,16

2002 2012 Brasil 51.021 -124.541 175.562 0 3,19 0,31

Norte 20.514 -2.249 3.170 19.593 70,98 5,51

Nordeste 51.069 -75.654 106.648 20.075 5,25 0,51

Sudeste -13.820 -45.416 64.022 -32.425 -2,37 -0,24

Sul -1.153 -368 519 -1.304 -24,37 -2,75

Centro-Oeste -5.589 -853 1.203 -5.939 -50,97 -6,88

1992 2012 Brasil 933.140 360.703 572.437 0 129,89 4,25

Norte -10.123 29.894 47.441 -87.459 -17,00 -0,93

Nordeste 679.067 172.854 274.320 231.893 197,24 5,60

Sudeste 267.835 151.633 240.642 -124.440 88,68 3,23

Sul -984 2.290 3.634 -6.908 -21,57 -1,21

Centro-Oeste -2.655 4.032 6.399 -13.086 -33,06 -1,99

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram maiores do que um de 1992 para 2002 e para 2012, então o efeito área foi positivo nesses intervalos, em todos os casos; pelo contrário, como o fator de mudança na área foi menor do que um de 2002 para 2012, o efeito área foi negativo nesse subperíodo, em todos os casos;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

o sinal do efeito regional mostra que o Nordeste teve um desempenho acima do esperado em todos os períodos, e o Norte apenas de 2002 para 2012; em todos os demais casos o desempenho ficou abaixo do que poderia esperar-se.

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31

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

Tabela 4. Mamão: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 -7,58 15,00 -6,52 -0,40 -0,51

2002 2012 9,06 9,29 -15,00 -0,60 -2,75

1992 2012 -5,66 15,00 -8,05 -0,45 -0,85

Fig. 1. Mamão: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

MAMÃO: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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32

MANGA

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e as cinco regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Manga: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 49.385 67.349 73.355

(ha) Norte 1.918 1.314 395

Nordeste 18.683 37.971 50.169

Sudeste 26.505 25.975 21.779

Sul 435 735 711

Centro-Oeste 1.844 1.354 301

Quantidade Brasil 491.653 852.372 1.196.085

produzida (t) Norte 25.372 12.871 2.364

Nordeste 252.847 551.067 814.787

Sudeste 199.908 265.976 365.645

Sul 4.258 8.555 9.580

Centro-Oeste 9.267 13.903 3.709

Produtividade Brasil 9.956 12.656 16.305

(kg/ha) Norte 13.226 9.793 5.980

Nordeste 13.534 14.513 16.241

Sudeste 7.542 10.240 16.789

Sul 9.797 11.640 13.474

Centro-Oeste 5.026 10.271 12.322

Tabela 2. Manga: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 1,364 1,271

2002 2012 1,089 1,288

1992 2012 1,485 1,638

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e

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33

regional, no Brasil e nas cinco regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

Tabela 3. Manga: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 360.720 178.842 181.878 0 73,37 5,66

Norte -12.501 9.229 9.386 -31.116 -49,27 -6,56

Nordeste 298.220 91.975 93.536 112.709 117,94 8,10

Sudeste 66.068 72.718 73.952 -80.602 33,05 2,90

Sul 4.297 1.549 1.575 1.173 100,91 7,23

Centro-Oeste 4.636 3.371 3.428 -2.163 50,03 4,14

2002 2012 Brasil 343.713 76.017 267.696 0 40,32 3,45

Norte -10.507 1.148 4.042 -15.697 -81,63 -15,59

Nordeste 263.720 49.146 173.068 41.506 47,86 3,99

Sudeste 99.670 23.720 83.532 -7.583 37,47 3,23

Sul 1.025 763 2.687 -2.425 11,98 1,14

Centro-Oeste -10.194 1.240 4.366 -15.801 -73,32 -12,38

1992 2012 Brasil 704.433 238.638 465.794 0 143,28 4,55

Norte -23.008 12.315 24.038 -59.361 -90,68 -11,19

Nordeste 561.940 122.727 239.549 199.664 222,24 6,03

Sudeste 165.738 97.031 189.394 -120.687 82,91 3,07

Sul 5.322 2.067 4.034 -780 124,97 4,14

Centro-Oeste -5.558 4.498 8.780 -18.836 -59,98 -4,48

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi positivo em todos os casos;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

o sinal do efeito regional mostra que o Nordeste teve um desempenho acima do esperado em todos os períodos, e o Sul apenas de 1992 para 2002; em todos os demais casos o desempenho ficou abaixo do que poderia esperar-se.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

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Tabela 4. Manga: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 -4,14 15,00 -10,73 0,16 -0,29

2002 2012 -5,67 15,00 -2,74 -0,88 -5,71

1992 2012 -4,46 15,00 -9,07 -0,06 -1,42

Fig. 1. Manga: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

MANGA: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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35

MARACUJÁ

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e as cinco regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Maracujá: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 31.988 34.270 58.919

(ha) Norte 10.591 4.302 4.036

Nordeste 14.268 17.381 45.178

Sudeste 6.644 9.740 6.540

Sul 133 1.185 1.599

Centro-Oeste 352 1.662 1.566

Quantidade Brasil 483.023 477.153 845.792

produzida (t) Norte 206.539 36.168 51.191

Nordeste 153.661 224.041 618.934

Sudeste 116.040 180.434 122.990

Sul 2.017 16.592 23.992

Centro-Oeste 4.767 19.918 28.684

Produtividade Brasil 15.100 13.923 14.355

(kg/ha) Norte 19.501 8.408 12.684

Nordeste 10.770 12.890 13.700

Sudeste 17.465 18.524 18.807

Sul 15.128 14.002 15.001

Centro-Oeste 13.555 11.982 18.317

Tabela 2. Maracujá: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 1,071 0,922

2002 2012 1,719 1,031

1992 2012 1,842 0,951

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e

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regional, no Brasil e nas cinco regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

Tabela 3. Maracujá: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil -5.871 34.464 -40.334 0 -1,22 -0,12

Norte -170.371 14.736 -17.247 -167.860 -82,49 -15,99

Nordeste 70.380 10.964 -12.831 72.247 45,80 3,84

Sudeste 64.394 8.279 -9.690 65.805 55,49 4,51

Sul 14.575 144 -168 14.600 722,61 23,46

Centro-Oeste 15.151 340 -398 15.209 317,85 15,37

2002 2012 Brasil 368.639 343.184 25.456 0 77,26 5,89

Norte 15.023 26.013 1.930 -12.920 41,54 3,53

Nordeste 394.894 161.137 11.952 221.804 176,26 10,70

Sudeste -57.444 129.774 9.626 -196.844 -31,84 -3,76

Sul 7.400 11.934 885 -5.418 44,60 3,76

Centro-Oeste 8.767 14.325 1.063 -6.621 44,01 3,71

1992 2012 Brasil 362.769 406.657 -43.888 0 75,10 2,84

Norte -155.348 173.885 -18.766 -310.466 -75,21 -6,74

Nordeste 465.273 129.367 -13.962 349.868 302,79 7,21

Sudeste 6.950 97.694 -10.544 -80.200 5,99 0,29

Sul 21.975 1.698 -183 20.460 1.089,51 13,18

Centro-Oeste 23.918 4.013 -433 20.338 501,77 9,39

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi positivo em todos os casos;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram menores do que um no subperíodo de 1992 a 2002 e no período total (1992-2012), então o efeito produtividade foi negativo em todas as regiões, nesses dois intervalos; pelo contrário, o efeito produtividade foi positivo em toda parte no subperíodo de 2002 a 2012, quando o fator de mudança na produtividade foi maior do que um;

no período de 1992 a 2012, o sinal do efeito regional indica que o Norte e o Sudeste tiveram um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, e que o contrário ocorreu nas outras três regiões; no subperíodo de 1992 a 2002, somente o Norte ficou abaixo do que poderia esperar-se; no subperíodo de 2002 a 2012, somente o Nordeste ficou acima do esperado.

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37

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

Tabela 4. Maracujá: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 -15,00 6,46 5,88 1,30 1,36

2002 2012 -0,87 15,00 -13,31 -0,37 -0,45

1992 2012 -13,31 15,00 -3,44 0,88 0,87

Fig. 1. Maracujá: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

MARACUJÁ: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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38

UVA

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e as cinco regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Uva: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 59.667 66.007 81.961

(ha) Norte 0 27 26

Nordeste 3.044 6.602 9.483

Sudeste 9.970 12.806 11.795

Sul 46.650 46.259 60.329

Centro-Oeste 3 312 327

Quantidade Brasil 745.167 1.091.550 1.498.790

produzida (t) Norte 0 324 192

Nordeste 61.853 189.566 284.029

Sudeste 129.398 237.590 228.093

Sul 553.878 660.843 979.012

Centro-Oeste 38 3.226 7.465

Produtividade Brasil 12.489 16.537 18.287

(kg/ha) Norte 0 12.150 7.291

Nordeste 20.320 28.712 29.950

Sudeste 12.979 18.553 19.338

Sul 11.873 14.286 16.228

Centro-Oeste 11.300 10.330 22.828

Tabela 2. Uva: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 1,106 1,324

2002 2012 1,242 1,106

1992 2012 1,374 1,464

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e

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39

regional, no Brasil e nas cinco regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

Tabela 3. Uva: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 346.383 79.175 267.208 0 46,48 3,89

Norte 324 0 0 324 − −

Nordeste 127.712 6.572 22.180 98.960 206,48 11,85

Sudeste 108.192 13.749 46.401 48.043 83,61 6,26

Sul 106.966 58.850 198.614 -150.498 19,31 1,78

Centro-Oeste 3.189 4 14 3.171 8.465,49 56,05

2002 2012 Brasil 407.241 263.842 143.399 0 37,31 3,22

Norte -132 78 43 -253 -40,74 -5,10

Nordeste 94.463 45.820 24.904 23.739 49,83 4,13

Sudeste -9.498 57.429 31.213 -98.139 -4,00 -0,41

Sul 318.169 159.734 86.816 71.618 48,15 4,01

Centro-Oeste 4.238 780 424 3.035 131,37 8,75

1992 2012 Brasil 753.623 278.429 475.195 0 101,13 3,56

Norte 192 0 0 192 − −

Nordeste 222.175 23.111 39.444 159.620 359,20 7,92

Sudeste 98.694 48.349 82.518 -32.172 76,27 2,87

Sul 425.135 206.954 353.209 -135.029 76,76 2,89

Centro-Oeste 7.427 14 24 7.389 19.717,70 30,27

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi positivo em todos os casos;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

no período de 1992 a 2012, o sinal do efeito regional indica que o Sudeste e o Sul tiveram um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, e que o contrário ocorreu nas outras três regiões; de 1992 para 2002, apenas o Sul ficou abaixo do esperado, enquanto que isso aconteceu de 2002 a 2012 somente no Norte e no Sudeste.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

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40

Tabela 4. Uva: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 0,03 9,86 4,79 -15,00 0,32

2002 2012 -0,04 3,63 -15,00 10,95 0,46

1992 2012 0,02 15,00 -3,02 -12,69 0,69

Fig. 1. Uva: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

UVA: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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41

LAVOURAS TEMPORÁRIAS

ABACAXI

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e as cinco regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Abacaxi: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 37.703 60.570 63.729

(ha) Norte 2.984 16.161 17.691

Nordeste 18.199 21.823 22.657

Sudeste 14.155 18.389 17.832

Sul 522 698 830

Centro-Oeste 1.843 3.499 4.719

Quantidade Brasil 818.187 1.434.422 1.643.531

produzida Norte 38.921 284.235 434.216

(1.000 frutos) Nordeste 440.665 567.253 602.720

Sudeste 301.359 492.712 486.115

Sul 5.423 14.053 15.824

Centro-Oeste 31.819 76.168 104.656

Produtividade Brasil 21.701 23.682 25.789

(frutos/ha) Norte 13.045 17.587 24.545

Nordeste 24.213 25.993 26.602

Sudeste 21.290 26.794 27.261

Sul 10.390 20.143 19.065

Centro-Oeste 17.262 21.768 22.176

Tabela 2. Abacaxi: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 1,606 1,091

2002 2012 1,052 1,089

1992 2012 1,690 1,188

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42

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e regional, no Brasil e nas cinco regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

Tabela 3. Abacaxi: variação total na quantidade produzida (1.000 frutos), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 616.234 496.222 120.013 0 75,32 5,77

Norte 245.315 23.605 5.709 216.001 630,29 22,00

Nordeste 126.588 267.258 64.637 -205.307 28,73 2,56

Sudeste 191.353 182.771 44.204 -35.622 63,50 5,04

Sul 8.630 3.289 795 4.545 159,13 9,99

Centro-Oeste 44.348 19.298 4.667 20.383 139,38 9,12

2002 2012 Brasil 209.109 74.812 134.298 0 14,58 1,37

Norte 149.981 14.824 26.612 108.545 52,77 4,33

Nordeste 35.467 29.585 53.109 -47.227 6,25 0,61

Sudeste -6.597 25.697 46.130 -78.425 -1,34 -0,13

Sul 1.770 733 1.316 -278 12,60 1,19

Centro-Oeste 28.488 3.972 7.131 17.384 37,40 3,23

1992 2012 Brasil 825.344 564.774 260.569 0 100,87 3,55

Norte 395.296 26.866 12.395 356.035 1.015,64 12,82

Nordeste 162.056 304.180 140.339 -282.463 36,78 1,58

Sudeste 184.756 208.021 95.974 -119.240 61,31 2,42

Sul 10.400 3.744 1.727 4.930 191,77 5,50

Centro-Oeste 72.836 21.964 10.134 40.739 228,91 6,13

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi positivo em todos os casos;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então também o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

no período de 1992 a 2012, o sinal do efeito regional indica que o Nordeste e o Sudeste tiveram um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, e que o contrário ocorreu nas demais regiões; isso também foi o que aconteceu no subperíodo de 1992 a 2002; no subperíodo de 2002 a 2012, somente o Norte e o Centro-Oeste ficaram acima do esperado.

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43

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

Tabela 4. Abacaxi: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 15,00 -14,26 -2,47 0,32 1,42

2002 2012 15,00 -6,53 -10,84 -0,04 2,40

1992 2012 15,00 -11,90 -5,02 0,21 1,72

Fig. 1. Abacaxi: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

ABACAXI: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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44

ALGODÃO HERBÁCEO (EM CAROÇO)

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e as cinco regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Algodão herbáceo: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 1.334.197 782.698 1.243.599

(ha) Norte 11.408 1.593 6.333

Nordeste 291.615 137.561 407.548

Sudeste 311.454 103.251 43.126

Sul 555.833 45.814 820

Centro-Oeste 163.887 494.479 785.772

Quantidade Brasil 1.677.188 2.336.269 4.485.659

produzida (t) Norte 14.378 3.157 18.738

Nordeste 165.651 256.004 1.384.808

Sudeste 439.062 244.560 142.687

Sul 814.999 110.308 1.774

Centro-Oeste 243.099 1.722.240 2.937.652

Produtividade Brasil 1.257 2.985 3.607

(kg/ha) Norte 1.260 1.982 2.959

Nordeste 568 1.861 3.398

Sudeste 1.410 2.369 3.309

Sul 1.466 2.408 2.164

Centro-Oeste 1.483 3.483 3.739

Tabela 2. Algodão herbáceo: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 0,587 2,374

2002 2012 1,589 1,208

1992 2012 0,932 2,869

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e

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45

regional, no Brasil e nas cinco regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

Tabela 3. Algodão herbáceo: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 659.081 -693.277 1.352.357 0 39,30 3,37

Norte -11.221 -5.943 11.593 -16.871 -78,04 -14,07

Nordeste 90.353 -68.473 133.568 25.258 54,54 4,45

Sudeste -194.502 -181.489 354.027 -367.039 -44,30 -5,68

Sul -704.691 -336.885 657.153 -1.024.959 -86,47 -18,13

Centro-Oeste 1.479.141 -100.486 196.016 1.383.611 608,45 21,63

2002 2012 Brasil 2.149.390 1.375.739 773.652 0 92,00 6,74

Norte 15.581 1.859 1.045 12.677 493,59 19,49

Nordeste 1.128.804 150.751 84.775 893.278 440,93 18,39

Sudeste -101.873 144.012 80.986 -326.871 -41,66 -5,25

Sul -108.534 64.956 36.528 -210.018 -98,39 -33,83

Centro-Oeste 1.215.412 1.014.161 570.317 -369.066 70,57 5,48

1992 2012 Brasil 2.808.471 -113.889 2.922.360 0 167,45 5,04

Norte 4.360 -976 25.052 -19.716 30,32 1,33

Nordeste 1.219.157 -11.249 288.632 941.773 735,98 11,20

Sudeste -296.375 -29.815 765.030 -1.031.590 -67,50 -5,46

Sul -813.225 -55.342 1.420.067 -2.177.950 -99,78 -26,40

Centro-Oeste 2.694.553 -16.508 423.579 2.287.482 1.108,42 13,27

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram menores do que um no período total (1992-2012) e no subperíodo de 1992 a 2002, então o efeito área foi negativo em todos os casos, nesses intervalos; por outro lado, o efeito área foi positivo em todos os casos no subperíodo de 2002 a 2012, quando o fator de mudança na área foi maior do que um;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

no período de 1992 a 2012, o sinal do efeito regional indica que o Norte, o Sudeste e o Sul tiveram um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, e que o contrário ocorreu no Nordeste e no Centro-Oeste; o mesmo aconteceu no subperíodo de 1992 a 2002; no subperíodo de 2002 a 2012, apenas o Norte e o Nordeste ficaram acima do esperado.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a

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46

Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

Tabela 4. Algodão herbáceo: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 -0,18 0,27 -3,98 -11,11 15,00

2002 2012 0,21 15,00 -5,49 -3,53 -6,20

1992 2012 -0,13 6,18 -6,76 -14,28 15,00

Fig. 1. Algodão herbáceo: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

ALGODÃO HERBÁCEO: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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ALHO

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e quatro regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Alho: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e em quatro regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 17.688 15.038 10.853

(ha) Nordeste 1.156 1.605 729

Sudeste 4.835 3.445 2.157

Sul 9.158 7.699 5.033

Centro-Oeste 2.539 2.290 2.934

Quantidade Brasil 83.663 113.153 117.511

produzida (t) Nordeste 4.003 13.226 8.066

Sudeste 23.872 30.857 27.808

Sul 43.229 47.159 39.486

Centro-Oeste 12.559 21.911 42.152

Produtividade Brasil 4.730 7.524 10.828

(kg/ha) Nordeste 3.464 8.239 11.070

Sudeste 4.937 8.958 12.892

Sul 4.720 6.126 7.845

Centro-Oeste 4.947 9.570 14.367

Tabela 2. Alho: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 0,850 1,591

2002 2012 0,722 1,439

1992 2012 0,614 2,289

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e regional, no Brasil e em quatro regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

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48

Tabela 3. Alho: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 29.490 -12.531 42.021 0 35,25 3,07

Nordeste 9.223 -600 2.011 7.812 230,39 12,69

Sudeste 6.985 -3.576 11.990 -1.429 29,26 2,60

Sul 3.930 -6.475 21.713 -11.308 9,09 0,87

Centro-Oeste 9.352 -1.881 6.308 4.925 74,46 5,72

2002 2012 Brasil 4.358 -31.492 35.850 0 3,85 0,38

Nordeste -5.160 -3.681 4.190 -5.669 -39,01 -4,82

Sudeste -3.050 -8.588 9.776 -4.238 -9,88 -1,04

Sul -7.673 -13.125 14.941 -9.489 -16,27 -1,76

Centro-Oeste 20.240 -6.098 6.942 19.396 92,37 6,76

1992 2012 Brasil 33.848 -32.328 66.176 0 40,46 1,71

Nordeste 4.063 -1.547 3.166 2.443 101,50 3,57

Sudeste 3.936 -9.224 18.882 -5.722 16,49 0,77

Sul -3.743 -16.704 34.193 -21.232 -8,66 -0,45

Centro-Oeste 29.592 -4.853 9.934 24.511 235,62 6,24

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram menores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi negativo em todos os casos;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

no período de 1992 a 2012, o sinal do efeito regional indica que o Sudeste e o Sul tiveram um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, e que o contrário ocorreu no Nordeste e no Centro-Oeste (só quatro regiões foram consideradas); isso também aconteceu no subperíodo de 1992 a 2002; no subperíodo de 2002 a 2012, somente o Centro-Oeste ficou acima do esperado.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

Tabela 4. Alho: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 0,00 10,36 -1,90 -15,00 6,53

2002 2012 0,00 -4,38 -3,28 -7,34 15,00

1992 2012 0,00 1,50 -3,50 -12,99 15,00

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49

Fig. 1. Alho: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

ALHO: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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50

AMENDOIM (EM CASCA)

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e as cinco regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Amendoim: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 92.013 97.092 112.672

(ha) Norte 41 196 2.281

Nordeste 6.089 7.555 10.403

Sudeste 77.878 77.597 91.854

Sul 7.447 9.628 6.574

Centro-Oeste 559 2.116 1.560

Quantidade Brasil 154.755 194.922 345.155

produzida (t) Norte 34 279 7.623

Nordeste 5.944 8.559 11.061

Sudeste 138.883 164.954 309.979

Sul 9.110 16.564 13.107

Centro-Oeste 783 4.565 3.386

Produtividade Brasil 1.682 2.008 3.063

(kg/ha) Norte 844 1.426 3.342

Nordeste 976 1.133 1.063

Sudeste 1.783 2.126 3.375

Sul 1.223 1.720 1.994

Centro-Oeste 1.400 2.157 2.170

Tabela 2. Amendoim: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 1,055 1,194

2002 2012 1,160 1,526

1992 2012 1,225 1,821

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e

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51

regional, no Brasil e nas cinco regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

Tabela 3. Amendoim: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 40.167 8.542 31.625 0 25,96 2,33

Norte 245 2 7 236 712,62 23,31

Nordeste 2.615 328 1.215 1.072 43,99 3,71

Sudeste 26.072 7.666 28.382 -9.976 18,77 1,74

Sul 7.454 503 1.862 5.089 81,82 6,16

Centro-Oeste 3.782 43 160 3.579 482,81 19,28

2002 2012 Brasil 150.233 31.277 118.956 0 77,07 5,88

Norte 7.344 45 170 7.129 2.632,26 39,20

Nordeste 2.502 1.373 5.223 -4.095 29,23 2,60

Sudeste 145.025 26.468 100.668 17.888 87,92 6,51

Sul -3.457 2.658 10.109 -16.224 -20,87 -2,31

Centro-Oeste -1.180 733 2.786 -4.698 -25,84 -2,95

1992 2012 Brasil 190.401 34.745 155.656 0 123,03 4,09

Norte 7.589 8 35 7.546 22.102,91 31,01

Nordeste 5.117 1.335 5.979 -2.196 86,08 3,15

Sudeste 171.096 31.181 139.692 224 123,19 4,10

Sul 3.997 2.045 9.163 -7.212 43,87 1,84

Centro-Oeste 2.602 176 788 1.639 332,21 7,59

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi positivo em todos os casos;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

no período de 1992 a 2012, o sinal do efeito regional indica que o Nordeste e o Sul tiveram um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, e que o contrário ocorreu nas demais regiões; no subperíodo de 1992 a 2002, somente o Sudeste ficou abaixo do esperado; no subperíodo de 2002 a 2012, somente o Norte e o Sudeste ficaram acima do que poderia esperar-se.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

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52

Tabela 4. Amendoim: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 0,35 1,61 -15,00 7,65 5,38

2002 2012 5,98 -3,43 15,00 -13,60 -3,94

1992 2012 15,00 -4,37 0,44 -14,34 3,26

Fig. 1. Amendoim: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

AMENDOIM: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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53

ARROZ (EM CASCA)

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e as cinco regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Arroz: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 4.410.095 3.155.245 2.506.444

(ha) Norte 490.982 513.365 320.040

Nordeste 1.181.345 718.556 603.320

Sudeste 654.972 139.108 54.539

Sul 1.159.810 1.178.271 1.281.928

Centro-Oeste 922.986 605.946 246.617

Quantidade Brasil 9.877.535 10.321.591 12.269.808

produzida (t) Norte 805.696 1.080.659 955.193

Nordeste 1.221.528 1.001.898 856.234

Sudeste 1.219.025 319.894 166.779

Sul 5.276.109 6.282.668 9.458.792

Centro-Oeste 1.355.177 1.636.472 832.809

Produtividade Brasil 2.240 3.271 4.895

(kg/ha) Norte 1.641 2.105 2.985

Nordeste 1.034 1.394 1.419

Sudeste 1.861 2.300 3.058

Sul 4.549 5.332 7.379

Centro-Oeste 1.468 2.701 3.377

Tabela 2. Arroz: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 0,715 1,461

2002 2012 0,794 1,496

1992 2012 0,568 2,186

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e

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54

regional, no Brasil e nas cinco regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

Tabela 3. Arroz: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 444.057 -2.810.556 3.254.613 0 4,50 0,44

Norte 274.963 -229.253 265.474 238.742 34,13 2,98

Nordeste -219.630 -347.574 402.489 -274.545 -17,98 -1,96

Sudeste -899.131 -346.862 401.665 -953.934 -73,76 -12,52

Sul 1.006.560 -1.501.265 1.738.459 769.366 19,08 1,76

Centro-Oeste 281.295 -385.602 446.526 220.372 20,76 1,90

2002 2012 Brasil 1.948.217 -2.122.391 4.070.608 0 18,88 1,74

Norte -125.466 -222.212 426.188 -329.442 -11,61 -1,23

Nordeste -145.664 -206.017 395.126 -334.773 -14,54 -1,56

Sudeste -153.115 -65.779 126.159 -213.495 -47,86 -6,31

Sul 3.176.124 -1.291.882 2.477.746 1.990.260 50,55 4,18

Centro-Oeste -803.663 -336.502 645.389 -1.112.550 -49,11 -6,53

1992 2012 Brasil 2.392.273 -4.263.713 6.655.987 0 24,22 1,09

Norte 149.497 -347.785 542.919 -45.637 18,56 0,85

Nordeste -365.294 -527.282 823.128 -661.140 -29,90 -1,76

Sudeste -1.052.246 -526.202 821.441 -1.347.486 -86,32 -9,47

Sul 4.182.684 -2.277.473 3.555.311 2.904.845 79,28 2,96

Centro-Oeste -522.368 -584.972 913.187 -850.583 -38,55 -2,41

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram menores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi negativo em todos os casos;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

no período de 1992 a 2012, o sinal do efeito regional indica que somente o Sul ficou acima do esperado, e o mesmo aconteceu no subperíodo de 2002 a 2012; no subperíodo de 1992 a 2002, o Nordeste e o Sudeste ficaram abaixo do esperado, e o contrário aconteceu nas outras três regiões.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

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55

Tabela 4. Arroz: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 3,75 -4,32 -15,00 12,10 3,47

2002 2012 -2,48 -2,52 -1,61 15,00 -8,38

1992 2012 -0,24 -3,41 -6,96 15,00 -4,39

Figura 1. Arroz: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

ARROZ: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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AVEIA (EM GRÃO)

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e três regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Aveia: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e em três regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 272.375 269.759 202.830

(ha) Sudeste 0 0 2.054

Sul 271.131 260.421 190.576

Centro-Oeste 1.243 9.338 10.200

Quantidade Brasil 263.533 358.751 441.477

produzida (t) Sudeste 0 0 3.843

Sul 262.343 348.059 425.570

Centro-Oeste 1.190 10.692 12.063

Produtividade Brasil 968 1.330 2.177

(kg/ha) Sudeste 0 0 1.871

Sul 968 1.337 2.233

Centro-Oeste 957 1.145 1.183

Tabela 2. Aveia: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 0,990 1,375

2002 2012 0,752 1,637

1992 2012 0,745 2,250

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e regional, no Brasil e em três regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

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Tabela 3. Aveia: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 95.218 -2.531 97.749 0 36,13 3,13

Sul 85.716 -2.519 97.307 -9.072 32,67 2,87

Centro-Oeste 9.502 -11 442 9.072 798,26 24,55

2002 2012 Brasil 82.725 -89.009 171.734 0 23,06 2,10

Sudeste 3.843 0 0 3.843 − −

Sul 77.511 -86.356 166.616 -2.748 22,27 2,03

Centro-Oeste 1.371 -2.653 5.118 -1.095 12,82 1,21

1992 2012 Brasil 177.943 -67.288 245.231 0 67,52 2,61

Sudeste 3.843 0 0 3.843 − −

Sul 163.227 -66.984 244.123 -13.912 62,22 2,45

Centro-Oeste 10.873 -304 1.108 10.069 913,41 12,28

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram menores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi negativo em todos os casos, salvo quando teve o valor zero no Sudeste;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos, salvo quando teve o valor zero no Sudeste;

no período de 1992 a 2012, o sinal do efeito regional indica que apenas o Sul teve um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, entre as três regiões consideradas; o mesmo aconteceu no subperíodo de 1992 a 2002, onde só duas regiões puderam ser consideradas; no subperíodo de 2002 a 2012, somente o Sudeste ficou acima do que poderia esperar-se entre as três regiões consideradas.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

Tabela 4. Aveia: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 0,00 0,00 0,00 -15,00 15,00

2002 2012 0,00 0,00 15,00 -10,73 -4,27

1992 2012 0,00 0,00 4,14 -15,00 10,86

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Fig. 1. Aveia: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

AVEIA: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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59

BATATA-DOCE

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e as cinco regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Batata-doce: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 57.482 44.318 40.589

(ha) Norte 195 383 586

Nordeste 24.046 17.323 16.926

Sudeste 5.368 6.016 6.464

Sul 27.654 20.284 16.329

Centro-Oeste 218 312 284

Quantidade Brasil 600.550 505.310 509.865

produzida (t) Norte 1.256 1.191 7.628

Nordeste 199.230 156.846 155.559

Sudeste 71.317 84.823 107.339

Sul 325.498 258.581 230.877

Centro-Oeste 3.249 3.869 8.461

Produtividade Brasil 10.448 11.402 12.562

(kg/ha) Norte 6.450 3.106 13.025

Nordeste 8.285 9.054 9.191

Sudeste 13.285 14.100 16.606

Sul 11.770 12.748 14.139

Centro-Oeste 14.882 12.414 29.791

Tabela 2. Batata-doce: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 0,771 1,091

2002 2012 0,916 1,102

1992 2012 0,706 1,202

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e

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60

regional, no Brasil e nas cinco regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

Tabela 3. Batata-doce: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil -95.240 -137.530 42.290 0 -15,86 -1,71

Norte -65 -288 88 134 -5,18 -0,53

Nordeste -42.385 -45.625 14.029 -10.789 -21,27 -2,36

Sudeste 13.506 -16.332 5.022 24.816 18,94 1,75

Sul -66.916 -74.541 22.921 -15.296 -20,56 -2,28

Centro-Oeste 620 -744 229 1.135 19,07 1,76

2002 2012 Brasil 4.555 -42.522 47.077 0 0,90 0,09

Norte 6.438 -100 111 6.427 540,68 20,41

Nordeste -1.286 -13.198 14.612 -2.700 -0,82 -0,08

Sudeste 22.516 -7.138 7.902 21.751 26,54 2,38

Sul -27.704 -21.759 24.090 -30.035 -10,71 -1,13

Centro-Oeste 4.592 -326 360 4.557 118,68 8,14

1992 2012 Brasil -90.685 -176.493 85.807 0 -15,10 -0,82

Norte 6.373 -369 179 6.562 507,51 9,44

Nordeste -43.671 -58.551 28.466 -13.586 -21,92 -1,23

Sudeste 36.022 -20.959 10.190 46.791 50,51 2,07

Sul -94.620 -95.659 46.508 -45.469 -29,07 -1,70

Centro-Oeste 5.211 -955 464 5.702 160,38 4,90

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram menores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi negativo em todos os casos;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

tanto no período total de 1992 a 2012, quanto nos dois subperíodos considerados, o sinal do efeito regional indica que somente o Nordeste e o Sul tiveram um desempenho abaixo do que poderia esperar-se.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

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61

Tabela 4. Batata-doce: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 0,08 -6,52 15,00 -9,25 0,69

2002 2012 3,21 -1,35 10,86 -15,00 2,28

1992 2012 2,10 -4,36 15,00 -14,58 1,83

Fig. 1. Batata-doce: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

BATATA-DOCE: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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BATATA-INGLESA

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e quatro regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Batata-inglesa: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e em quatro regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 165.625 155.653 137.746

(ha) Nordeste 2.310 3.701 6.961

Sudeste 54.665 71.839 67.749

Sul 108.057 77.026 55.278

Centro-Oeste 592 3.086 7.758

Quantidade Brasil 2.355.560 3.021.364 3.734.268

produzida (t) Nordeste 23.049 95.185 249.700

Sudeste 1.103.889 1.706.250 1.939.152

Sul 1.211.338 1.111.548 1.233.239

Centro-Oeste 17.284 108.381 312.177

Produtividade Brasil 14.222 19.411 27.110

(kg/ha) Nordeste 9.979 25.716 35.873

Sudeste 20.194 23.751 28.623

Sul 11.210 14.431 22.310

Centro-Oeste 29.179 35.116 40.239

Tabela 2. Batata-inglesa: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 0,940 1,365

2002 2012 0,885 1,397

1992 2012 0,832 1,906

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e regional, no Brasil e em quatro regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

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63

Tabela 3. Batata-inglesa: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 665.804 -141.825 807.629 0 28,27 2,52

Nordeste 72.136 -1.388 7.902 65.621 312,97 15,24

Sudeste 602.361 -66.463 378.480 290.344 54,57 4,45

Sul -99.790 -72.933 415.320 -442.177 -8,24 -0,86

Centro-Oeste 91.097 -1.041 5.926 86.212 527,07 20,15

2002 2012 Brasil 712.904 -347.585 1.060.489 0 23,60 2,14

Nordeste 154.515 -10.950 33.410 132.056 162,33 10,12

Sudeste 232.902 -196.291 598.889 -169.695 13,65 1,29

Sul 121.691 -127.875 390.150 -140.584 10,95 1,04

Centro-Oeste 203.796 -12.468 38.041 178.223 188,04 11,16

1992 2012 Brasil 1.378.708 -396.498 1.775.206 0 58,53 2,33

Nordeste 226.651 -3.880 17.370 213.161 983,36 12,65

Sudeste 835.263 -185.811 831.918 189.157 75,67 2,86

Sul 21.901 -203.898 912.893 -687.095 1,81 0,09

Centro-Oeste 294.893 -2.909 13.025 284.777 1.706,20 15,57

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram menores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi negativo em todos os casos;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

no período de 1992 a 2012, o sinal do efeito regional indica que somente o Sul teve um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, e o mesmo aconteceu no subperíodo de 1992 a 2002; no subperíodo de 2002 a 2012, além do Sul também o Sudeste ficou abaixo do esperado.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

Tabela 4. Batata-inglesa: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 0,00 2,23 9,85 -15,00 2,92

2002 2012 0,00 11,11 -14,28 -11,83 15,00

1992 2012 0,00 4,65 4,13 -15,00 6,22

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64

Fig. 1. Batata-inglesa: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

BATATA-INGLESA: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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65

CANA-DE-AÇÚCAR

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e as cinco regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Cana-de-açúcar: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 4.092.430 5.143.107 9.833.957

(ha) Norte 14.749 13.780 52.031

Nordeste 1.262.991 1.099.761 1.208.019

Sudeste 2.361.926 3.185.802 6.303.446

Sul 230.629 406.089 688.412

Centro-Oeste 222.135 437.676 1.582.049

Quantidade Brasil 258.964.603 368.231.499 741.067.116

produzida (t) Norte 670.539 822.235 3.564.832

Nordeste 59.020.749 61.571.437 70.309.778

Sudeste 169.493.657 242.139.224 502.196.442

Sul 14.950.639 30.876.037 48.773.894

Centro-Oeste 14.829.019 32.822.565 116.222.171

Produtividade Brasil 63.279 71.597 75.358

(kg/ha) Norte 45.463 59.669 68.514

Nordeste 46.731 55.986 58.203

Sudeste 71.761 76.006 79.670

Sul 64.825 76.033 70.850

Centro-Oeste 66.757 74.993 73.463

Tabela 2. Cana-de-açúcar: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 1,257 1,131

2002 2012 1,912 1,053

1992 2012 2,403 1,191

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e

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66

regional, no Brasil e nas cinco regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

Tabela 3. Cana-de-açúcar: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 109.266.896 66.485.780 42.781.116 0 42,19 3,58

Norte 151.697 172.152 110.773 -131.229 22,62 2,06

Nordeste 2.550.687 15.152.807 9.750.265 -22.352.384 4,32 0,42

Sudeste 72.645.567 43.515.283 28.000.459 1.129.825 42,86 3,63

Sul 15.925.398 3.838.381 2.469.855 9.617.162 106,52 7,52

Centro-Oeste 17.993.547 3.807.157 2.449.763 11.736.627 121,34 8,27

2002 2012 Brasil 372.835.617 335.851.144 36.984.473 0 101,25 7,24

Norte 2.742.596 749.932 82.584 1.910.080 333,55 15,80

Nordeste 8.738.341 56.157.166 6.184.118 -53.602.943 14,19 1,34

Sudeste 260.057.217 220.846.765 24.320.004 14.890.447 107,40 7,57

Sul 17.897.857 28.160.960 3.101.131 -13.364.233 57,97 4,68

Centro-Oeste 83.399.605 29.936.320 3.296.636 50.166.649 254,09 13,48

1992 2012 Brasil 482.102.513 363.317.756 118.784.757 0 186,17 5,40

Norte 2.894.293 940.741 307.570 1.645.981 431,64 8,71

Nordeste 11.289.028 82.803.928 27.072.292 -98.587.191 19,13 0,88

Sudeste 332.702.784 237.793.330 77.745.231 17.164.223 196,29 5,58

Sul 33.823.255 20.975.193 6.857.725 5.990.338 226,23 6,09

Centro-Oeste 101.393.152 20.804.565 6.801.939 73.786.649 683,75 10,84

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi positivo em todos os casos;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

no período de 1992 a 2012, o sinal do efeito regional indica que apenas o Nordeste teve um desempenho abaixo do que poderia esperar-se; de 1992 para 2002, somente o Norte e o Nordeste ficaram abaixo do esperado; isso mesmo aconteceu, mas com o Nordeste e o Sul, no subperíodo de 2002 a 2012.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

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67

Tabela 4. Cana-de-açúcar: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 -0,09 -15,00 0,76 6,45 7,88

2002 2012 0,53 -15,00 4,17 -3,74 14,04

1992 2012 0,25 -15,00 2,61 0,91 11,23

Fig. 1. Cana-de-açúcar: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

CANA-DE-AÇÚCAR: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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68

CEBOLA

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e as cinco regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Cebola: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 74.955 67.197 60.605

(ha) Norte 1 0 0

Nordeste 9.971 9.712 12.819

Sudeste 15.133 11.626 8.719

Sul 49.818 45.348 37.375

Centro-Oeste 32 510 1.691

Quantidade Brasil 904.128 1.167.444 1.527.089

produzida (t) Norte 2 0 0

Nordeste 137.954 212.159 293.102

Sudeste 287.099 313.376 350.188

Sul 478.607 620.053 780.289

Centro-Oeste 466 21.856 103.509

Produtividade Brasil 12.062 17.374 25.198

(kg/ha) Norte 2.000 0 0

Nordeste 13.836 21.844 22.864

Sudeste 18.971 26.954 40.164

Sul 9.607 13.673 20.877

Centro-Oeste 14.402 42.828 61.200

Tabela 2. Cebola: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 0,896 1,440

2002 2012 0,902 1,450

1992 2012 0,809 2,089

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e

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69

regional, no Brasil e nas cinco regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

Tabela 3. Cebola: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 263.316 -93.583 356.899 0 29,12 2,59

Norte -2 -0 1 -3 -100,00 -100,00

Nordeste 74.204 -14.279 54.457 34.027 53,79 4,40

Sudeste 26.277 -29.717 113.331 -57.337 9,15 0,88

Sul 141.446 -49.539 188.928 2.058 29,55 2,62

Centro-Oeste 21.391 -48 184 21.255 4.593,56 46,94

2002 2012 Brasil 359.645 -114.526 474.171 0 30,81 2,72

Nordeste 80.944 -20.813 86.171 15.586 38,15 3,28

Sudeste 36.813 -30.742 127.281 -59.726 11,75 1,12

Sul 160.236 -60.827 251.842 -30.779 25,84 2,33

Centro-Oeste 81.653 -2.144 8.877 74.920 373,59 16,83

1992 2012 Brasil 622.961 -173.098 796.059 0 68,90 2,66

Norte -2 -0 2 -3 -100,00 -100,00

Nordeste 155.148 -26.412 121.465 60.095 112,46 3,84

Sudeste 63.090 -54.966 252.782 -134.727 21,97 1,00

Sul 301.682 -91.631 421.400 -28.087 63,03 2,47

Centro-Oeste 103.043 -89 410 102.722 22.128,13 31,02

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram menores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi negativo em todos os casos;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

no período de 1992 a 2012, o sinal do efeito regional indica que o Norte (ligeiramente), o Sudeste e o Sul tiveram um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, e que o contrário ocorreu no Nordeste e no Centro-Oeste; no subperíodo de 1992 a 2002, somente o Norte e o Sudeste ficaram abaixo do esperado; no subperíodo de 2002 a 2012 não figurou o Norte, o Sudeste e o Sul ficaram abaixo do esperado, e o contrário ocorreu no Nordeste e no Centro-Oeste.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

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70

Tabela 4. Cebola: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 -0,00 8,90 -15,00 0,54 5,56

2002 2012 0,00 3,12 -11,96 -6,16 15,00

1992 2012 -0,00 6,69 -15,00 -3,13 11,44

Fig. 1. Cebola: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

CEBOLA: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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71

CENTEIO (EM GRÃO)

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e duas regiões. A Tabela 2 dá o fator de mudança da área colhida no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Centeio: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e em duas regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 5.855 4.846 3.880

(ha) Sul 5.855 4.806 2.479

Centro-Oeste 0 40 1.401

Quantidade Brasil 6.254 5.732 5.680

produzida (t) Sul 6.254 5.692 4.119

Centro-Oeste 0 40 1.561

Produtividade Brasil 1.068 1.183 1.464

(kg/ha) Sul 1.068 1.184 1.662

Centro-Oeste 0 1.000 1.114

Tabela 2. Centeio: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 0,828 1,107

2002 2012 0,801 1,238

1992 2012 0,663 1,371

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e regional, no Brasil e em duas regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

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72

Tabela 3. Centeio: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil -522 -1.077 555 0 -8,35 -0,87

Sul -562 -1.077 555 -40 -8,99 -0,94

Centro-Oeste 40 0 0 40 − −

2002 2012 Brasil -52 -1.143 1.091 0 -0,91 -0,09

Sul -1.573 -1.135 1.083 -1.521 -27,63 -3,18

Centro-Oeste 1.521 -8 8 1.521 3.801,67 44,25

1992 2012 Brasil -574 -2.110 1.536 0 -9,18 -0,48

Sul -2.135 -2.110 1.536 -1.561 -34,13 -2,07

Centro-Oeste 1.561 0 0 1.561 − −

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram menores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi negativo em todos os casos, salvo quando foi nulo no Centro-Oeste;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos, salvo quando foi nulo no Centro-Oeste;

tanto no período total de 1992 a 2012, quanto nos dois subperíodos, o sinal do efeito regional indica que o Sul teve um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, e que o contrário ocorreu no Centro-Oeste (só essas duas regiões foram consideradas).

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

Tabela 4. Centeio: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 0,00 0,00 0,00 -15,00 15,00

2002 2012 0,00 0,00 0,00 -15,00 15,00

1992 2012 0,00 0,00 0,00 -15,00 15,00

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73

Fig. 1. Centeio: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

CENTEIO: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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74

CEVADA (EM GRÃO)

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e duas regiões. A Tabela 2 dá o fator de mudança da área colhida no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Cevada: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e em duas regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 77.118 136.542 93.102

(ha) Sul 77.118 135.670 93.102

Centro-Oeste 0 872 0

Quantidade Brasil 115.607 295.915 299.860

produzida (t) Sul 115.607 291.903 299.860

Centro-Oeste 0 4.012 0

Produtividade Brasil 1.499 2.167 3.221

(kg/ha) Sul 1.499 2.152 3.221

Centro-Oeste 0 4.602 0

Tabela 2. Cevada: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 1,771 1,446

2002 2012 0,682 1,486

1992 2012 1,207 2,148

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e regional, no Brasil e em duas regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

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75

Tabela 3. Cevada: variação total na quantidade produzida (t), na região Sul, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 180.308 89.081 91.226 0 155,97 9,85

Sul 176.296 89.081 91.226 -4.012 152,50 9,70

Centro-Oeste 4.012 0 0 4.012 − −

2002 2012 Brasil 3.945 -94.143 98.088 0 1,33 0,13

Sul 7.957 -92.867 96.759 4.065 2,73 0,27

Centro-Oeste -4.012 -1.276 1.330 -4.065 -100,00 -100,00

1992 2012 Brasil 184.253 23.961 160.292 0 159,38 4,88

Sul 184.253 23.961 160.292 0 159,38 4,88

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como o fator de mudança na área colhida (Tabela 2) foi menor do que um de 2002 a 2012, o efeito área foi negativo, nesse subperíodo, nas duas regiões consideradas; como esse fator foi maior do que um de 1992 a 2002 e de 1992 a 2012, nesses intervalos o efeito área foi positivo em toda parte, salvo quando foi nulo no Centro-Oeste;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos, salvo quando foi nulo no Centro-Oeste;

no período de 1992 a 2012, só pode ser considerada a região Sul, de modo que o efeito regional foi nulo; de 1992 a 2002, o Sul ficou abaixo do esperado e o Centro-Oeste acima; de 2002 a 2012, aconteceu exatamente o oposto.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

Tabela 4. Cevada: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 0,00 0,00 0,00 -15,00 15,00

2002 2012 0,00 0,00 0,00 15,00 -15,00

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76

Fig. 1. Cevada: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012

PERÍODO

CEVADA: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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77

FEIJÃO (EM GRÃO)

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e as cinco regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Feijão: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 4.822.977 3.893.814 3.065.384

(ha) Norte 236.357 164.421 142.487

Nordeste 2.214.076 2.044.042 1.370.990

Sudeste 927.111 685.609 539.019

Sul 1.180.436 801.451 655.422

Centro-Oeste 264.996 198.291 357.467

Quantidade Brasil 2.673.762 2.939.982 3.040.940

produzida (t) Norte 127.562 118.518 110.387

Nordeste 792.845 748.363 513.903

Sudeste 701.625 812.932 824.188

Sul 859.473 912.632 967.187

Centro-Oeste 192.257 347.538 625.276

Produtividade Brasil 554 755 992

(kg/ha) Norte 540 721 775

Nordeste 358 366 375

Sudeste 757 1.186 1.529

Sul 728 1.139 1.476

Centro-Oeste 726 1.753 1.749

Tabela 2. Feijão: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 0,807 1,362

2002 2012 0,787 1,314

1992 2012 0,636 1,789

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e regional, no Brasil e nas cinco regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

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78

Tabela 3. Feijão: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 266.220 -515.109 781.329 0 9,96 0,95

Norte -9.044 -24.575 37.276 -21.745 -7,09 -0,73

Nordeste -44.482 -152.744 231.686 -123.424 -5,61 -0,58

Sudeste 111.307 -135.170 205.029 41.448 15,86 1,48

Sul 53.159 -165.580 251.156 -32.417 6,19 0,60

Centro-Oeste 155.281 -37.039 56.182 136.138 80,77 6,10

2002 2012 Brasil 100.957 -625.497 726.454 0 3,43 0,34

Norte -8.131 -25.215 29.285 -12.201 -6,86 -0,71

Nordeste -234.461 -159.218 184.917 -260.159 -31,33 -3,69

Sudeste 11.256 -172.956 200.871 -16.660 1,38 0,14

Sul 54.555 -194.167 225.507 23.216 5,98 0,58

Centro-Oeste 277.738 -73.941 85.875 265.804 79,92 6,05

1992 2012 Brasil 367.178 -974.374 1.341.552 0 13,73 0,65

Norte -17.175 -46.486 64.004 -34.693 -13,46 -0,72

Nordeste -278.943 -288.929 397.808 -387.821 -35,18 -2,14

Sudeste 122.563 -255.687 352.038 26.212 17,47 0,81

Sul 107.714 -313.210 431.238 -10.314 12,53 0,59

Centro-Oeste 433.019 -70.062 96.464 406.617 225,23 6,07

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram menores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi negativo em todos os casos;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

no período de 1992 a 2012, o sinal do efeito regional indica que o Norte, o Nordeste e o Sul tiveram um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, e que o contrário ocorreu no Sudeste e no Centro-Oeste; isso mesmo aconteceu de 1992 para 2002; no subperíodo de 2002 a 2012, o Norte, o Nordeste e o Sudeste ficaram abaixo do esperado, enquanto que o Sul e o Centro-Oeste ficaram acima.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

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79

Tabela 4. Feijão: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 -2,40 -13,60 4,57 -3,57 15,00

2002 2012 -0,69 -14,68 -0,94 1,31 15,00

1992 2012 -1,28 -14,31 0,97 -0,38 15,00

Fig. 1. Feijão: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

FEIJÃO: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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80

MAMONA (EM BAGA)

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e quatro regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Mamona: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e em quatro regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 183.322 142.584 112.167

(ha) Nordeste 172.698 131.015 107.602

Sudeste 8.338 3.254 3.631

Sul 1.893 434 870

Centro-Oeste 392 7.881 64

Quantidade Brasil 91.662 86.531 52.894

produzida (t) Nordeste 78.925 72.018 48.254

Sudeste 9.758 3.924 3.921

Sul 2.564 653 690

Centro-Oeste 415 9.937 29

Produtividade Brasil 500 607 472

(kg/ha) Nordeste 457 550 448

Sudeste 1.170 1.206 1.080

Sul 1.355 1.503 793

Centro-Oeste 1.057 1.261 448

Tabela 2. Mamona: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 0,778 1,214

2002 2012 0,787 0,777

1992 2012 0,612 0,943

RESULTADOS A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e regional, no Brasil e em quatro regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

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81

Tabela 3. Mamona: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil -5.131 -20.369 15.238 0 -5,60 -0,57

Nordeste -6.907 -17.539 13.121 -2.489 -8,75 -0,91

Sudeste -5.835 -2.169 1.622 -5.288 -59,79 -8,71

Sul -1.912 -570 426 -1.768 -74,55 -12,79

Centro-Oeste 9.522 -92 69 9.546 2.296,38 37,39

2002 2012 Brasil -33.637 -18.459 -15.178 0 -38,87 -4,80

Nordeste -23.764 -15.363 -12.632 4.232 -33,00 -3,93

Sudeste -3 -837 -688 1.522 -0,08 -0,01

Sul 38 -139 -114 291 5,77 0,56

Centro-Oeste -9.908 -2.120 -1.743 -6.046 -99,71 -44,28

1992 2012 Brasil -38.768 -35.578 -3.191 0 -42,29 -2,71

Nordeste -30.671 -30.634 -2.747 2.710 -38,86 -2,43

Sudeste -5.838 -3.788 -340 -1.710 -59,82 -4,46

Sul -1.874 -995 -89 -789 -73,08 -6,35

Centro-Oeste -386 -161 -14 -211 -93,09 -12,50

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram menores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi negativo em todos os casos;

como o fator de mudança na produtividade (Tabela 2) foi maior do que um somente de 1992 para 2002, então o efeito produtividade foi positivo nas quatro regiões consideradas e, portanto, no Brasil apenas nesse intervalo, tendo sido negativo nos demais casos;

no período de 1992 a 2012, o sinal do efeito regional indica que o Sudeste, o Sul e o Centro-Oeste tiveram um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, e que o contrário ocorreu no Nordeste; de 1992 a 2002, somente o Centro-Oeste ficou acima do esperado; pelo contrário, de 2002 a 2012, somente o Centro-Oeste ficou abaixo do esperado.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

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82

Tabela 4. Mamona: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 0,00 -3,91 -8,31 -2,78 15,00

2002 2012 0,00 10,50 3,78 0,72 -15,00

1992 2012 0,00 15,00 -9,47 -4,37 -1,17

Fig. 1. Mamona: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

MAMONA: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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83

MANDIOCA

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e as cinco regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Mandioca: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 1.862.129 1.659.683 1.650.806

(ha) Norte 328.588 440.106 489.156

Nordeste 1.052.917 752.147 676.914

Sudeste 133.288 127.115 141.078

Sul 281.327 261.718 271.587

Centro-Oeste 66.008 78.597 72.071

Quantidade Brasil 22.786.259 22.563.222 23.292.621

produzida (t) Norte 4.511.816 6.171.871 7.495.428

Nordeste 10.056.197 7.924.746 6.247.560

Sudeste 2.075.586 2.155.036 2.585.458

Sul 5.108.085 5.036.662 5.685.267

Centro-Oeste 1.034.575 1.274.907 1.278.908

Produtividade Brasil 12.237 13.595 14.110

(kg/ha) Norte 13.731 14.024 15.323

Nordeste 9.551 10.536 9.229

Sudeste 15.572 16.953 18.326

Sul 18.157 19.245 20.933

Centro-Oeste 15.673 16.221 17.745

Tabela 2. Mandioca: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 0,891 1,111

2002 2012 0,995 1,038

1992 2012 0,887 1,153

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e

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84

regional, no Brasil e nas cinco regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

Tabela 3. Mandioca: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil -223.036 -2.477.261 2.254.225 0 -0,98 -0,10

Norte 1.660.055 -490.513 446.350 1.704.218 36,79 3,18

Nordeste -2.131.451 -1.093.283 994.851 -2.033.019 -21,20 -2,35

Sudeste 79.450 -225.652 205.336 99.766 3,83 0,38

Sul -71.422 -555.337 505.338 -21.423 -1,40 -0,14

Centro-Oeste 240.332 -112.476 102.350 250.459 23,23 2,11

2002 2012 Brasil 729.399 -120.691 850.090 0 3,23 0,32

Norte 1.323.557 -33.013 232.531 1.124.039 21,44 1,96

Nordeste -1.677.186 -42.390 298.572 -1.933.368 -21,16 -2,35

Sudeste 430.422 -11.527 81.193 360.756 19,97 1,84

Sul 648.605 -26.941 189.761 485.785 12,88 1,22

Centro-Oeste 4.001 -6.819 48.033 -37.213 0,31 0,03

1992 2012 Brasil 506.362 -2.585.894 3.092.256 0 2,22 0,11

Norte 2.983.612 -512.023 612.285 2.883.349 66,13 2,57

Nordeste -3.808.637 -1.141.225 1.364.697 -4.032.108 -37,87 -2,35

Sudeste 509.872 -235.547 281.672 463.747 24,57 1,10

Sul 577.182 -579.690 693.203 463.669 11,30 0,54

Centro-Oeste 244.333 -117.409 140.399 221.342 23,62 1,07

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram menores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi negativo em todos os casos;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

no período de 1992 a 2012, o sinal do efeito regional indica que somente o Nordeste teve um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, e que o contrário ocorreu nas demais regiões; de 1992 a 2002, somente o Nordeste e o Sul ficaram abaixo do esperado, enquanto que, de 2002 a 2012, esse foi o caso apenas no Nordeste e no Centro-Oeste.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

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Tabela 4. Mandioca: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 12,57 -15,00 0,74 -0,16 1,85

2002 2012 8,72 -15,00 2,80 3,77 -0,29

1992 2012 10,73 -15,00 1,73 1,72 0,82

Fig. 1. Mandioca: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

MANDIOCA: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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86

MELANCIA

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e as cinco regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Melancia: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 68.909 78.361 94.784

(ha) Norte 3.459 12.347 18.687

Nordeste 33.966 23.498 31.880

Sudeste 7.239 9.042 9.635

Sul 18.435 24.473 24.031

Centro-Oeste 5.811 9.000 10.550

Quantidade Brasil 858.188 1.615.754 2.147.224

produzida (t) Norte 65.977 225.321 378.476

Nordeste 306.944 435.689 641.458

Sudeste 132.556 205.485 267.409

Sul 260.418 520.099 541.489

Centro-Oeste 92.294 229.161 318.391

Produtividade Brasil 12.454 20.619 22.654

(kg/ha) Norte 19.075 18.249 20.254

Nordeste 9.037 18.541 20.121

Sudeste 18.312 22.725 27.754

Sul 14.126 21.252 22.533

Centro-Oeste 15.883 25.462 30.178

Tabela 2. Melancia: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 1,137 1,656

2002 2012 1,210 1,099

1992 2012 1,375 1,819

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e

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87

regional, no Brasil e nas cinco regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

Tabela 3. Melancia: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 757.566 117.712 639.854 0 88,28 6,53

Norte 159.344 9.050 49.191 101.103 241,52 13,07

Nordeste 128.745 42.102 228.853 -142.210 41,94 3,56

Sudeste 72.929 18.182 98.832 -44.085 55,02 4,48

Sul 259.681 35.720 194.165 29.796 99,72 7,16

Centro-Oeste 136.867 12.659 68.813 55.395 148,30 9,52

2002 2012 Brasil 531.470 338.625 192.845 0 32,89 2,88

Norte 153.155 47.222 26.893 79.040 67,97 5,32

Nordeste 205.770 91.310 52.001 62.459 47,23 3,94

Sudeste 61.924 43.065 24.525 -5.666 30,14 2,67

Sul 21.390 109.001 62.075 -149.686 4,11 0,40

Centro-Oeste 89.231 48.027 27.351 13.853 38,94 3,34

1992 2012 Brasil 1.289.036 322.238 966.798 0 150,20 4,69

Norte 312.500 24.773 74.326 213.400 473,65 9,13

Nordeste 334.515 115.253 345.789 -126.528 108,98 3,75

Sudeste 134.853 49.773 149.331 -64.251 101,73 3,57

Sul 281.071 97.784 293.376 -110.089 107,93 3,73

Centro-Oeste 226.098 34.655 103.974 87.469 244,98 6,39

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi positivo em todos os casos;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

no período de 1992 a 2012, o sinal do efeito regional indica que o Nordeste, o Sudeste e o Sul tiveram um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, e que o contrário ocorreu no Norte e no Centro-Oeste; de 1992 a 2002, somente o Nordeste e o Sudeste ficaram abaixo do esperado, enquanto que, de 2002 a 2012, isso aconteceu apenas no Sudeste e no Sul.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

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88

Tabela 4. Melancia: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 10,66 -15,00 -4,65 3,14 5,84

2002 2012 7,92 6,26 -0,57 -15,00 1,39

1992 2012 15,00 -8,89 -4,52 -7,74 6,15

Fig. 1. Melancia: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

MELANCIA: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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MELÃO

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e as cinco regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Melão: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 10.349 15.780 21.502

(ha) Norte 18 123 78

Nordeste 8.195 13.046 18.616

Sudeste 282 128 56

Sul 1.749 2.385 2.638

Centro-Oeste 105 98 113

Quantidade Brasil 131.622 322.076 546.872

produzida (t) Norte 128 491 1.432

Nordeste 120.321 304.090 517.712

Sudeste 3.313 2.378 1.195

Sul 6.715 14.383 24.671

Centro-Oeste 1.145 735 1.861

Produtividade Brasil 12.719 20.411 25.434

(kg/ha) Norte 7.168 4.005 18.285

Nordeste 14.682 23.309 27.810

Sudeste 11.748 18.576 21.345

Sul 3.840 6.030 9.351

Centro-Oeste 10.908 7.500 16.472

Tabela 2. Melão: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 1,525 1,605

2002 2012 1,363 1,246

1992 2012 2,078 2,000

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e

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90

regional, no Brasil e nas cinco regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

Tabela 3. Melão: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 190.455 69.072 121.382 0 144,70 9,36

Norte 364 67 118 179 284,35 14,41

Nordeste 183.769 63.142 110.961 9.666 152,73 9,72

Sudeste -935 1.739 3.055 -5.729 -28,23 -3,26

Sul 7.668 3.524 6.192 -2.048 114,20 7,91

Centro-Oeste -410 601 1.056 -2.068 -35,83 -4,34

2002 2012 Brasil 224.796 116.791 108.005 0 69,80 5,44

Norte 941 178 165 598 191,52 11,29

Nordeste 213.622 110.269 101.973 1.380 70,25 5,47

Sudeste -1.182 862 797 -2.842 -49,73 -6,65

Sul 10.289 5.215 4.823 250 71,54 5,54

Centro-Oeste 1.126 267 246 613 153,24 9,74

1992 2012 Brasil 415.250 141.848 273.403 0 315,49 7,38

Norte 1.305 138 266 901 1.020,47 12,84

Nordeste 397.391 129.669 249.929 17.793 330,28 7,57

Sudeste -2.118 3.570 6.882 -12.570 -63,92 -4,97

Sul 17.957 7.236 13.948 -3.227 267,42 6,72

Centro-Oeste 716 1.234 2.379 -2.897 62,51 2,46

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi positivo em todos os casos;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

no período de 1992 a 2012, o sinal do efeito regional indica que o Sudeste, o Sul e o Centro-Oeste tiveram um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, e que o contrário ocorreu no Norte e no Nordeste; esse também foi o caso no subperíodo de 1992 a 2002, enquanto que, de 2002 a 2012, somente o Sudeste ficou abaixo do esperado.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

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91

Tabela 4. Melão: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 0,28 15,00 -8,89 -3,18 -3,21

2002 2012 3,16 7,29 -15,00 1,32 3,24

1992 2012 0,76 15,00 -10,60 -2,72 -2,44

Fig. 1. Melão: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

MELÃO: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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MILHO (EM GRÃO)

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e as cinco regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Milho: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 12.767.574 12.353.939 14.232.351

(ha) Norte 462.266 507.398 525.638

Nordeste 2.294.095 2.309.227 2.169.788

Sudeste 3.124.196 2.386.910 2.062.686

Sul 5.420.814 5.062.093 4.349.966

Centro-Oeste 1.466.203 2.088.312 5.124.273

Quantidade Brasil 28.063.817 42.076.877 69.002.132

produzida (t) Norte 672.334 866.398 1.522.038

Nordeste 1.324.813 2.324.523 4.574.375

Sudeste 8.053.074 9.163.147 11.375.680

Sul 13.495.729 21.217.940 23.522.085

Centro-Oeste 4.517.867 8.504.868 28.007.954

Produtividade Brasil 2.198 3.406 4.848

(kg/ha) Norte 1.454 1.708 2.896

Nordeste 577 1.007 2.108

Sudeste 2.578 3.839 5.515

Sul 2.490 4.192 5.407

Centro-Oeste 3.081 4.073 5.466

Tabela 2. Milho: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 0,968 1,550

2002 2012 1,152 1,423

1992 2012 1,115 2,206

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e

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93

regional, no Brasil e nas cinco regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

Tabela 3. Milho: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 14.013.060 -909.192 14.922.252 0 49,93 4,13

Norte 194.064 -21.782 357.497 -141.651 28,86 2,57

Nordeste 999.710 -42.920 704.437 338.193 75,46 5,78

Sudeste 1.110.073 -260.898 4.282.026 -2.911.055 13,78 1,30

Sul 7.722.211 -437.225 7.176.026 983.411 57,22 4,63

Centro-Oeste 3.987.001 -146.367 2.402.266 1.731.102 88,25 6,53

2002 2012 Brasil 26.925.256 6.397.772 20.527.484 0 63,99 5,07

Norte 655.640 131.735 422.678 101.227 75,67 5,80

Nordeste 2.249.852 353.443 1.134.034 762.376 96,79 7,00

Sudeste 2.212.533 1.393.253 4.470.302 -3.651.022 24,15 2,19

Sul 2.304.145 3.226.179 10.351.313 -11.273.347 10,86 1,04

Centro-Oeste 19.503.085 1.293.162 4.149.157 14.060.767 229,32 12,66

1992 2012 Brasil 40.938.316 3.219.657 37.718.658 0 145,88 4,60

Norte 849.704 77.134 903.638 -131.068 126,38 4,17

Nordeste 3.249.562 151.991 1.780.590 1.316.981 245,28 6,39

Sudeste 3.322.606 923.899 10.823.586 -8.424.880 41,26 1,74

Sul 10.026.356 1.548.315 18.138.687 -9.660.646 74,29 2,82

Centro-Oeste 23.490.087 518.318 6.072.156 16.899.612 519,94 9,55

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como o fator de mudança na área colhida (Tabela 2) foi menor do que um somente de 1992 a 2002, então o efeito área foi negativo em todas as regiões, apenas nesse subperíodo; em todos os demais casos foi positivo;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

no período de 1992 a 2012, o sinal do efeito regional indica que o Norte, o Sudeste e o Sul tiveram um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, e que o contrário ocorreu no Nordeste e no Centro-Oeste; de 1992 a 2002, somente o Norte e o Sudeste ficaram abaixo do esperado, enquanto que, de 2002 a 2012, isso aconteceu apenas no Sudeste e no Sul.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

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94

Tabela 4. Milho: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 -0,73 1,74 -15,00 5,07 8,92

2002 2012 0,11 0,81 -3,89 -12,03 15,00

1992 2012 -0,12 1,17 -7,48 -8,57 15,00

Fig. 1. Milho: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

MILHO: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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95

SOJA (EM GRÃO)

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e as cinco regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Soja: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 9.897.790 16.289.770 25.616.865

(ha) Norte 12.482 152.924 750.124

Nordeste 328.443 1.110.847 2.127.317

Sudeste 984.629 1.328.251 1.609.395

Sul 5.204.604 6.778.138 9.387.579

Centro-Oeste 3.367.632 6.919.609 11.742.451

Quantidade Brasil 18.914.496 43.978.106 74.129.594

produzida (t) Norte 23.102 384.022 2.256.316

Nordeste 546.460 2.223.129 5.865.196

Sudeste 1.959.903 3.434.187 4.691.130

Sul 8.908.173 17.693.996 25.636.462

Centro-Oeste 7.476.858 20.242.772 35.680.489

Produtividade Brasil 1.911 2.700 2.894

(kg/ha) Norte 1.851 2.511 3.008

Nordeste 1.664 2.001 2.757

Sudeste 1.990 2.585 2.915

Sul 1.712 2.610 2.731

Centro-Oeste 2.220 2.925 3.039

Tabela 2. Soja: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 1,646 1,413

2002 2012 1,573 1,072

1992 2012 2,588 1,514

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e

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regional, no Brasil e nas cinco regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

Tabela 3. Soja: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 25.063.609 12.214.958 12.848.652 0 132,51 8,80

Norte 360.919 14.919 15.693 330.306 1.562,26 32,46

Nordeste 1.676.669 352.903 371.211 952.554 306,82 15,06

Sudeste 1.474.284 1.265.703 1.331.365 -1.122.784 75,22 5,77

Sul 8.785.823 5.752.887 6.051.338 -3.018.402 98,63 7,10

Centro-Oeste 12.765.914 4.828.545 5.079.043 2.858.326 170,74 10,47

2002 2012 Brasil 30.151.488 25.180.712 4.970.776 0 68,56 5,36

Norte 1.872.294 219.881 43.405 1.609.008 487,55 19,37

Nordeste 3.642.067 1.272.905 251.277 2.117.885 163,83 10,19

Sudeste 1.256.943 1.966.326 388.161 -1.097.543 36,60 3,17

Sul 7.942.466 10.131.119 1.999.925 -4.188.578 44,89 3,78

Centro-Oeste 15.437.718 11.590.481 2.288.009 1.559.228 76,26 5,83

1992 2012 Brasil 55.215.097 30.038.868 25.176.229 0 291,92 7,07

Norte 2.233.213 36.690 30.750 2.165.773 9.666,61 25,74

Nordeste 5.318.736 867.856 727.369 3.723.512 973,31 12,60

Sudeste 2.731.227 3.112.600 2.608.738 -2.990.110 139,36 4,46

Sul 16.728.289 14.147.426 11.857.266 -9.276.403 187,79 5,43

Centro-Oeste 28.203.632 11.874.297 9.952.107 6.377.228 377,21 8,13

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi positivo em todos os casos;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

tanto no período total de 1992 a 2012, quanto nos dois subperíodos considerados, o sinal do efeito regional indica que o Sudeste e o Sul tiveram um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, e que o contrário ocorreu nas outras três regiões.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

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Tabela 4. Soja: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 1,64 4,73 -5,58 -15,00 14,20

2002 2012 5,76 7,58 -3,93 -15,00 5,58

1992 2012 3,50 6,02 -4,84 -15,00 10,31

Fig. 1. Soja: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

SOJA: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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SORGO (EM GRÃO)

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e as cinco regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Sorgo: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 159.230 555.864 746.067

(ha) Norte 0 932 15.813

Nordeste 32.359 41.806 94.280

Sudeste 46.934 131.158 164.278

Sul 46.379 46.629 17.051

Centro-Oeste 33.559 335.339 454.645

Quantidade Brasil 273.953 1.168.709 2.024.729

produzida (t) Norte 0 1.608 36.359

Nordeste 36.126 57.380 99.524

Sudeste 102.957 245.606 498.864

Sul 88.673 123.063 42.548

Centro-Oeste 46.197 741.051 1.347.434

Produtividade Brasil 1.720 2.103 2.714

(kg/ha) Norte 0 1.726 2.299

Nordeste 1.116 1.373 1.056

Sudeste 2.194 1.873 3.037

Sul 1.912 2.639 2.495

Centro-Oeste 1.377 2.210 2.964

Tabela 2. Sorgo: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 3,491 1,222

2002 2012 1,342 1,291

1992 2012 4,685 1,577

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e

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99

regional, no Brasil e nas cinco regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

Tabela 3. Sorgo: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 894.757 682.400 212.357 0 326,61 15,61

Norte 1.608 0 0 1.608 − −

Nordeste 21.255 89.987 28.003 -96.735 58,84 4,74

Sudeste 142.649 256.460 79.808 -193.619 138,55 9,08

Sul 34.390 220.880 68.736 -255.226 38,78 3,33

Centro-Oeste 694.855 115.073 35.810 543.972 1.504,12 31,98

2002 2012 Brasil 856.020 399.904 456.116 0 73,24 5,65

Norte 34.751 550 628 33.573 2.160,66 36,59

Nordeste 42.144 19.634 22.394 116 73,45 5,66

Sudeste 253.258 84.040 95.853 73.364 103,12 7,34

Sul -80.515 42.109 48.028 -170.653 -65,43 -10,08

Centro-Oeste 606.383 253.570 289.212 63.601 81,83 6,16

1992 2012 Brasil 1.750.776 1.009.640 741.136 0 639,08 10,52

Norte 36.359 0 0 36.359 − −

Nordeste 63.399 133.140 97.732 -167.473 175,49 5,20

Sudeste 395.907 379.443 278.534 -262.071 384,54 8,21

Sul -46.125 326.802 239.892 -612.819 -52,02 -3,61

Centro-Oeste 1.301.237 170.256 124.978 1.006.004 2.816,73 18,37

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi positivo em todos os casos, salvo quando foi nulo no Norte;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos, salvo quando foi nulo no Norte;

tanto no período total de 1992 a 2012, quanto no subperíodo de 1992 a 2002, o sinal do efeito regional indica que o Nordeste, o Sudeste e o Sul tiveram um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, e que o contrário ocorreu no Norte e no Centro-Oeste; de 2002 a 2012, somente o Sul ficou abaixo do esperado.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

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100

Tabela 4. Sorgo: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 0,04 -2,67 -5,34 -7,04 15,00

2002 2012 2,95 0,01 6,45 -15,00 5,59

1992 2012 0,54 -2,50 -3,91 -9,14 15,00

Fig. 1. Sorgo: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

SORGO: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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101

TOMATE

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e as cinco regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Tomate: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 55.612 61.163 66.006

(ha) Norte 300 1.642 1.857

Nordeste 18.252 12.224 12.065

Sudeste 25.928 26.157 24.838

Sul 5.947 8.517 10.264

Centro-Oeste 5.185 12.624 16.981

Quantidade Brasil 2.277.981 3.488.296 4.159.428

produzida (t) Norte 6.611 22.985 33.952

Nordeste 599.395 496.701 499.315

Sudeste 1.238.608 1.656.742 1.670.657

Sul 197.994 384.288 601.490

Centro-Oeste 235.373 927.580 1.354.014

Produtividade Brasil 40.962 57.032 63.016

(kg/ha) Norte 22.061 14.001 18.280

Nordeste 32.841 40.633 41.385

Sudeste 47.772 63.339 67.261

Sul 33.291 45.122 58.600

Centro-Oeste 45.392 73.476 79.735

Tabela 2. Tomate: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 1,100 1,392

2002 2012 1,079 1,105

1992 2012 1,187 1,538

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e

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102

regional, no Brasil e nas cinco regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

Tabela 3. Tomate: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual, para o total da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 1.210.315 227.409 982.906 0 53,13 4,35

Norte 16.374 660 2.852 12.861 247,68 13,27

Nordeste -102.694 59.837 258.628 -421.159 -17,13 -1,86

Sudeste 418.134 123.649 534.436 -239.951 33,76 2,95

Sul 186.294 19.766 85.431 81.098 94,09 6,86

Centro-Oeste 692.207 23.497 101.559 567.151 294,09 14,70

2002 2012 Brasil 671.132 276.208 394.923 0 19,24 1,78

Norte 10.967 1.820 2.602 6.545 47,72 3,98

Nordeste 2.614 39.330 56.233 -92.949 0,53 0,05

Sudeste 13.915 131.183 187.566 -304.835 0,84 0,08

Sul 217.202 30.428 43.507 143.266 56,52 4,58

Centro-Oeste 426.434 73.447 105.015 247.972 45,97 3,85

1992 2012 Brasil 1.881.447 425.789 1.455.658 0 82,59 3,06

Norte 27.341 1.236 4.224 21.881 413,58 8,53

Nordeste -100.080 112.036 383.021 -595.137 -16,70 -0,91

Sudeste 432.049 231.515 791.485 -590.951 34,88 1,51

Sul 403.496 37.008 126.521 239.967 203,79 5,71

Centro-Oeste 1.118.641 43.995 150.406 924.240 475,26 9,14

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como os fatores de mudança na área colhida (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito área foi positivo em todos os casos;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

tanto no período total de 1992 a 2012, quanto nos dois subperíodos considerados, o sinal do efeito regional indica que o Nordeste e o Sudeste tiveram um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, e que o contrário ocorreu nas outras três regiões.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

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103

Tabela 4. Tomate: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 0,34 -11,14 -6,35 2,14 15,00

2002 2012 0,32 -4,57 -15,00 7,05 12,20

1992 2012 0,36 -9,66 -9,59 3,89 15,00

Fig. 1. Tomate: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

TOMATE: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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104

TRIGO (EM GRÃO)

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de área colhida, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e quatro regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Trigo: área colhida, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e em quatro regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Área colhida Brasil 1.829.104 2.131.208 2.046.341

(ha) Nordeste 0 193 0

Sudeste 74.677 40.443 66.995

Sul 1.646.165 1.993.856 1.952.444

Centro-Oeste 108.263 96.716 26.902

Quantidade Brasil 2.636.592 4.208.586 5.282.301

produzida (t) Nordeste 0 967 0

Sudeste 120.797 96.480 191.675

Sul 2.396.246 3.944.825 5.021.628

Centro-Oeste 119.548 166.314 68.998

Produtividade Brasil 1.441 1.975 2.581

(kg/ha) Nordeste 0 5.000 0

Sudeste 1.618 2.386 2.861

Sul 1.456 1.978 2.572

Centro-Oeste 1.104 1.720 2.565

Tabela 2. Trigo: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Área colhida Produtividade

1992 2002 1,165 1,370

2002 2012 0,960 1,307

1992 2012 1,119 1,791

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos área, produtividade e regional, no Brasil e em quatro regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

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105

Tabela 3. Trigo: variação total na quantidade produzida (t), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito área

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 1.571.994 435.473 1.136.521 0 59,62 4,79

Nordeste 967 0 0 967 − −

Sudeste -24.318 19.951 52.071 -96.340 -20,13 -2,22

Sul 1.548.579 395.776 1.032.919 119.884 64,63 5,11

Centro-Oeste 46.766 19.745 51.532 -24.511 39,12 3,36

2002 2012 Brasil 1.073.716 -167.592 1.241.307 0 25,51 2,30

Nordeste -967 -38 285 -1.213 -100,00 -100,00

Sudeste 95.196 -3.842 28.456 70.581 98,67 7,11

Sul 1.076.802 -157.088 1.163.512 70.379 27,30 2,44

Centro-Oeste -97.316 -6.623 49.054 -139.747 -58,51 -8,42

1992 2012 Brasil 2.645.710 313.139 2.332.571 0 100,35 3,54

Sudeste 70.878 14.347 106.868 -50.337 58,68 2,34

Sul 2.625.381 284.594 2.119.939 220.848 109,56 3,77

Centro-Oeste -50.550 14.198 105.763 -170.511 -42,28 -2,71

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como o fator de mudança na área colhida (Tabela 2) foi menor do que um de 2002 a 2012, então o efeito área foi negativo nas quatro regiões consideradas nesse subperíodo; nos intervalos de 1992 a 2002 e de 1992 a 2012 esse fator foi maior do que um, de modo que o efeito área foi positivo nas regiões envolvidas, salvo quando foi nulo no Nordeste;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos, salvo quando foi nulo no Nordeste;

no período de 1992 a 2012, o sinal do efeito regional indica que o Sudeste e o Centro-Oeste tiveram um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, e que o contrário ocorreu no Sul; no subperíodo de 1992 a 2002 também o Sudeste e o Centro-Oeste ficaram abaixo do esperado, enquanto que o contrário aconteceu no Nordeste e no Sul; de 2002 a 2012, o Nordeste e o Centro-Oeste ficaram abaixo do esperado, enquanto que o Sudeste e o Sul ficaram acima.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

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106

Tabela 4. Trigo: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 0,00 0,12 -12,05 15,00 -3,07

2002 2012 0,00 -0,13 7,58 7,55 -15,00

1992 2012 0,00 0,00 -3,42 15,00 -11,58

Fig. 1. Trigo: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

TRIGO: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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107

PRODUTOS DA PECUÁRIA

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

A Tabela 1 apresenta os dados de ovinos tosquiados, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e quatro regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Lã: Ovinos tosquiados, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e em quatro regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Ovinos Brasil 9.485.244 3.966.101 3.993.044

tosquiados Norte 167 0 0

(cabeça) Sudeste 40.026 41.638 26.450

Sul 9.353.674 3.865.676 3.902.525

Centro-Oeste 91.378 58.787 64.068

Quantidade Brasil 27.523.655 11.603.805 11.946.838

produzida (kg) Norte 333 0 0

Sudeste 79.731 88.928 60.036

Sul 27.239.938 11.420.358 11.782.041

Centro-Oeste 203.652 94.519 104.760

Produtividade Brasil 2.902 2.926 2.992

(g/cabeça) Norte 2.000 0 0

Sudeste 1.992 2.136 2.270

Sul 2.912 2.954 3.019

Centro-Oeste 2.229 1.608 1.635

Tabela 2. Lã: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Ovinos tosquiados Produtividade

1992 2002 0,418 1,008

2002 2012 1,007 1,023

1992 2012 0,421 1,031

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos ovinos tosquiados, produtividade e regional, no Brasil e em quatro regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

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108

Tabela 3. Lã: variação total na quantidade produzida (kg), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito ovinos

tosquiados

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil -15.919.850 -16.015.085 95.235 0 -57,84 -8,27

Norte -333 -194 1 -141 -100,00 -100,00

Sudeste 9.197 -46.393 276 55.314 11,53 1,10

Sul -15.819.580 -15.850.000 94.253 -63.833 -58,07 -8,33

Centro-Oeste -109.134 -118.498 705 8.660 -53,59 -7,39

2002 2012 Brasil 343.033 78.827 264.206 0 2,96 0,29

Sudeste -28.891 604 2.025 -31.520 -32,49 -3,85

Sul 361.683 77.581 260.029 24.073 3,17 0,31

Centro-Oeste 10.241 642 2.152 7.447 10,84 1,03

1992 2012 Brasil -15.576.817 -15.936.904 360.087 0 -56,59 -4,09

Norte -333 -193 4 -145 -100,00 -100,00

Sudeste -19.695 -46.166 1.043 25.429 -24,70 -1,41

Sul -15.457.897 -15.772.625 356.375 -41.647 -56,75 -4,10

Centro-Oeste -98.892 -117.920 2.664 16.363 -48,56 -3,27

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como o fator de mudança nos ovinos tosquiados (Tabela 2) foi menor do que um de 1992 a 2002 e de 1992 a 2012, então o efeito ovinos tosquiados foi negativo nas quatro regiões consideradas nesses intervalos; por outro lado, de 2002 a 2012, esse fator foi maior do que um, com o qual o efeito ovinos tosquiados foi positivo nas três regiões consideradas nesse intervalo;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

tanto no período total de 1992 a 2012, quanto no subperíodo de 1992 a 2002, o sinal do efeito regional indica que o Norte e o Sul tiveram um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, e que o contrário ocorreu no Sudeste e no Centro-Oeste; no subperíodo de 2002 a 2012, com três regiões consideradas, somente o Sudeste ficou abaixo do esperado.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

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109

Tabela 4. Lã: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 -0,03 0,00 13,00 -15,00 2,04

2002 2012 0,00 0,00 -15,00 11,46 3,54

1992 2012 -0,05 0,00 9,16 -15,00 5,89

Fig. 1. Lã: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

LÃ: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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110

LEITE DE VACA

ESTATÍSTICAS BÁSICAS

Nesta seção será usado, com frequência, o termo “leite” para designar o leite de vaca. A Tabela 1 apresenta os dados de vacas ordenhadas, quantidade produzida e produtividade, nos anos considerados, para o total do País e as cinco regiões. A Tabela 2 dá os fatores de mudança no total do País, de um ano inicial para um ano final.

Tabela 1. Leite: vacas ordenhadas, quantidade produzida e produtividade, no Brasil e nas cinco regiões, em 1992, 2002 e 2012 (valores médios de três anos).

Variável/ unidade

Entidade geográfica

1992 2002 2012

Vacas Brasil 20.183.402 18.747.429 22.995.750

ordenhadas Norte 1.835.278 2.190.346 2.235.621

(cabeça) Nordeste 3.718.070 3.568.069 4.684.960

Sudeste 8.093.048 6.862.253 8.003.572

Sul 2.960.273 2.990.053 4.251.413

Centro-Oeste 3.576.733 3.136.707 3.820.183

Quantidade Brasil 15.488.984 21.468.938 32.885.335

produzida Norte 712.551 1.433.894 1.726.682

(1.000 l) Nordeste 2.041.481 2.378.989 3.736.377

Sudeste 7.183.762 8.750.836 11.639.747

Sul 3.553.541 5.491.653 10.912.070

Centro-Oeste 1.997.650 3.413.566 4.870.459

Produtividade Brasil 767 1.145 1.430

(l/cabeça) Norte 388 655 772

Nordeste 549 667 798

Sudeste 888 1.275 1.454

Sul 1.200 1.837 2.567

Centro-Oeste 559 1.088 1.275

Tabela 2. Leite: fatores de mudança, de um ano inicial para um ano final.

Ano inicial

Ano final

Vacas ordenhadas Produtividade

1992 2002 0,929 1,492

2002 2012 1,227 1,249

1992 2012 1,139 1,863

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111

RESULTADOS

A Tabela 3 mostra, para cada combinação de um ano inicial e um ano final, a variação na quantidade produzida e sua decomposição nos efeitos vacas ordenhadas, produtividade e regional, no Brasil e nas cinco regiões. Também são apresentadas as taxas de variação total e anual da quantidade produzida, nos respectivos períodos.

Tabela 3. Leite: variação total na quantidade produzida (1.000 l), no Brasil e nas regiões, entre um ano inicial e um ano final, efeitos componentes, e taxas de variação total e anual da quantidade produzida.

Ano inicial

Ano final

Entidade geográfica

Variação total

Efeito vacas or-denhadas

Efeito produti-vidade

Efeito regional

Taxa de variação

total

Taxa de variação

anual

1992 2002 Brasil 5.979.954 -1.101.983 7.081.936 0 38,61 3,32

Norte 721.343 -50.695 325.795 446.243 101,23 7,24

Nordeste 337.509 -145.244 933.414 -450.662 16,53 1,54

Sudeste 1.567.074 -511.097 3.284.589 -1.206.417 21,81 1,99

Sul 1.938.112 -252.821 1.624.764 566.169 54,54 4,45

Centro-Oeste 1.415.916 -142.125 913.374 644.668 70,88 5,50

2002 2012 Brasil 11.416.397 4.865.037 6.551.360 0 53,18 4,36

Norte 292.789 324.932 437.560 -469.704 20,42 1,88

Nordeste 1.357.388 539.098 725.961 92.328 57,06 4,62

Sudeste 2.888.911 1.983.011 2.670.364 -1.764.464 33,01 2,89

Sul 5.420.417 1.244.453 1.675.807 2.500.157 98,70 7,11

Centro-Oeste 1.456.892 773.542 1.041.668 -358.317 42,68 3,62

1992 2012 Brasil 17.396.351 2.158.230 15.238.121 0 112,31 3,84

Norte 1.014.132 99.287 701.010 213.835 142,32 4,52

Nordeste 1.694.897 284.459 2.008.416 -597.979 83,02 3,07

Sudeste 4.455.985 1.000.983 7.067.412 -3.612.410 62,03 2,44

Sul 7.358.529 495.149 3.495.987 3.367.393 207,08 5,77

Centro-Oeste 2.872.809 278.352 1.965.296 629.161 143,81 4,56

Segundo os valores da Tabela 3, tem-se o seguinte:

como o fator de mudança no número de vacas ordenhadas (Tabela 2) foi menor do que um de 1992 a 2002, então o efeito vacas ordenhadas foi negativo em toda parte nesse subperíodo; como esse fator foi maior do que um de 2002 a 2012 e de 1992 a 2012, então o efeito vacas ordenhadas foi positivo em todos os casos, nesses intervalos;

como os fatores de mudança na produtividade (Tabela 2) foram maiores do que um em todos os períodos, então o efeito produtividade foi positivo em todos os casos;

tanto no período total de 1992 a 2012, quanto no subperíodo de 1992 a 2002, o sinal do efeito regional indica que o Nordeste e o Sudeste tiveram um desempenho abaixo do que poderia esperar-se, e que o contrário ocorreu nas

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112

outras três regiões; de 2002 a 2012, apenas o Nordeste e o Sul ficaram acima do esperado.

Na Tabela 4 aparece o resultado de reescalar os valores dos efeitos regionais da Tabela 3, na escala de -15 a 15. Com base nos valores da Tabela 4 foi construída a Figura 1, que ilustra, nessa escala, as magnitudes relativas e os sinais dos efeitos regionais.

Tabela 4. Leite: efeitos regionais na escala [-15, 15].

Ano inicial

Ano final

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste

1992 2002 5,55 -5,60 -15,00 7,04 8,02

2002 2012 -2,82 0,55 -10,59 15,00 -2,15

1992 2012 0,89 -2,48 -15,00 13,98 2,61

Fig. 1. Leite: efeitos regionais na escala [-15, 15].

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

9

12

15

1992/2002 2002/2012 1992/2012

PERÍODO

LEITE DE VACA: efeitos regionais reescalados

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

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CONCLUSÃO

RESUMO DE EFEITOS REGIONAIS

A Tabela 1 mostra em forma resumida os efeitos regionais correspondentes ao período total de 1992 a 2012. Foi usado um procedimento auxiliar para facilitar a construção da tabela, mediante a definição de três classes para os valores mostrados na escala [-15, 15]. Se GEO denota o valor do efeito regional nessa escala, definiu-se: a) se GEO < -5, então classe = 1; b) se -5 ≤ GEO ≤ 5, então classe = 2; e c) se GEO > 5, então classe = 3. Isso pode interpretar-se do seguinte modo: a) se classe = 1, a região ficou bem abaixo do que poderia esperar-se; b) se classe = 2, o efeito regional (positivo ou negativo) não foi muito importante; e c) se classe = 3, a região ficou bem acima do que poderia esperar-se.

Tabela 1. Resumo de efeitos regionais de 1992 para 2012, em três classes.

Produto Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Banana 1 1 3 3 1

Café 1 2 3 1 2

Coco-da-baía 2 1 3 2 2

Dendê 3 1 2 2 2

Laranja 2 2 1 3 2

Maçã 2 2 1 3 2

Mamão 1 3 1 2 2

Manga 2 3 1 2 2

Maracujá 1 3 2 2 2

Uva 2 3 2 1 2

Abacaxi 3 1 1 2 2

Algodão herbáceo 2 3 1 1 3

Alho 2 2 2 1 3

Amendoim 3 2 2 1 2

Arroz 2 2 1 3 2

Aveia 2 2 2 1 3

Batata-doce 2 2 3 1 2

Batata-inglesa 2 2 2 1 3

Cana-de-açúcar 2 1 2 2 3

Cebola 2 3 1 2 3

Centeio 2 2 2 1 3

Feijão 2 1 2 2 3

Mamona 2 3 1 2 2

Mandioca 3 1 2 2 2

Melancia 3 1 2 1 3

Melão 2 3 1 2 2

Milho 2 2 1 1 3

Soja 2 3 2 1 3

Sorgo 2 2 2 1 3

Tomate 2 1 1 2 3

Trigo 2 2 2 3 1

Lã 2 2 3 1 3

Leite de vaca 2 2 1 3 2

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Na Tabela 1 não foi incluída a cevada que, nesse período, teria só efeito regional nulo em todas as regiões, ficando na classe 2 (cor amarela) em toda a linha. Com 33 produtos e cinco regiões, a parte da tabela com os números das classes tem 165 células. As frequências dos valores são as seguintes: o um aparece 42 vezes, o dois aparece 84 vezes e o três tem 39 casos. De modo que predominam, claramente, os casos “neutros”, da classe 2, onde o efeito regional não deve ser considerado como sendo muito importante. Notar que a classe 2 inclui os numerosos casos em que GEO = 0 (em geral, devido a que o produto não esteve presente na região em 1992 e 2012). O importante é observar que, mesmo eliminando todos esses casos (por exemplo, deixando em branco a célula correspondente na Tabela 1), ainda ficaria, em cada linha da tabela (isto é, para cada produto) alguma região na classe 1 e alguma na classe 3. Normalmente, nos estudos regionais onde se aplica a análise estrutural-diferencial, a atenção se volta para os casos mais extremos, em que o efeito regional foi muito negativo ou muito positivo, para tratar de explicar as razões pelas quais esses comportamentos se afastaram tanto do que poderia esperar-se com base nos fatores estruturais de mudança.

De todos os modos, sem maior detalhamento, usando uma classificação dos efeitos geográficos em apenas três classes, a Tabela 1 permite assinalar a diversidade de situações que aparecem na agricultura quando se consideram diferentes produtos. Além disso, foram mostradas outras variações nos efeitos regionais que aparecem quando se consideram subperíodos. Assim, em certos casos, uma região pode ficar bem acima do esperado em um subperíodo e bem abaixo no seguinte. Em qualquer caso, é necessário lembrar que a análise estrutural-diferencial procura identificar diferenças relativas entre entidades geográficas (no caso, as regiões). Assim, é possível que a quantidade produzida de determinado produto tenha aumentado em todas as regiões (e.g., no caso do milho ou da soja) e, no entanto, apareçam efeitos regionais positivos e negativos. Isso está assinalando, apenas, que algumas regiões comportaram-se melhor e outras pior do que poderia esperar-se com base nas alterações de nível nacional, captadas pelos fatores de mudança. Por exemplo, no período de 1992 para 2012, na região Sul, tradicional produtora de soja, o produto ficou na classe 1. Isso aconteceu mesmo tendo havido um aumento de 16,7 milhões de toneladas entre o ano inicial e o ano final do intervalo. O que ocorreu, para a análise estrutural-diferencial, foi muito simples: as outras regiões aumentaram a produção em maior proporção.

OUTRAS APLICAÇÕES

A análise estrutural-diferencial pode ser aplicada com maior número de entidades geográficas (unidades da federação, mesorregiões, etc.), dependendo da existência de dados. Também pode ser usada em certos casos de multiprodutos, isto é, agregados onde faz sentido adicionar as quantidades produzidas dos diferentes produtos individuais. Um exercício nesse sentido, com o agregado “grãos”, foi feito para a região do Matopiba, considerando 31 microrregiões e nove tipos de grãos (GARAGORRY et al., 2015). Outros agregados, como cítricos ou hortaliças, podem ser analisados com esse método, para detectar mudanças territoriais relativas, entre os diferentes produtos.

Ainda no terreno da Estatística Agrícola, com base em dados censitários, é possível aplicar a análise estrutural-diferencial para estudar a evolução ocorrida em certos domínios como mão de obra ou utilização da terra.

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