OSSOS SESAMÓIDES

O termo sesamóide foi empregado por Galeno (180 aD), denominando alguns ossos de formato assemelhado ao da semente do sésamo (planta da Índia Oriental), pequena, chata e ovalada. Estes ossos são de constituição muito sólida e povos antigos acreditavam que a partir dos sesamóides ressuscitaríamos no dia do Juízo Final, porque eram freqüentemente encontrados em exumações.

São ossos que se desenvolvem em alguns tendões e são encontrados nos lugares onde os tendões cruzam as extremidades dos ossos longos nos membros; eles protegem os tendões do desgaste excessivo.

Ossos Sesamóides do Membro Torácico (Dedos)

- Ossos Sesamóides Proximais

Estão situados em posição palmar à extremidade distal do grande metacarpiano e estão intimamente ajustados à falange proximal por potentes ligamentos.

Cada um deles apresenta a forma de uma pirâmide de três lados. A face articular adapta-se à correspondente parte da extremidade distal do grande metacarpiano. A face flexora é aplanada e oblíqua; ela é recoberta por uma camada de cartilagem que também prende o intervalo entre as bordas opostas dos dois ossos e forma um sulco liso para o tendão do músculo flexor digital profundo. A face lateral é côncava e dá inserção à parte do ligamento suspensório; está separada da face flexora por uma borda evertida. A base é distal e fornece inserção para os ligamentos sesamoidanos distais. O ápice é proximal arredondado.

-Osso Sesamóide Distal

O sesamóide distal ou osso navicular tem forma de lançadeira e está em situação palmar à função das falanges media e distal. Seu eixo longitudinal é transversal e possui duas faces, duas bordas e duas extremidades. A face articular direciona-se proximal e distalmente; consiste de uma eminência central, flanqueada por áreas côncavas e articula-se com a cabeça da falange média. A face flexora está dirigida distal e palmarmente; assemelha-se à face articular na forma, porém, mais extensa e nem tão lisa. No estado fresco, está recoberta com cartilagem e o tendão do flexor digital profundo desliza-se sobre ela. A borda proximal é larga e sulcida no seu centro, mas estuita e arredondada de cada lado. A borda distal apresenta dorsalmente uma faceta estreita para articulação com a falange distal. Palmar a esta borda existe um sulco que contem inúmeros forames relativamente grandes e está limitada palmarmente por uma eminente margem. As extremidades são obtusas.

Ossos sesamóides do membro pélvico

- Patela

A patela é um osso sesamóide largo que se articula com a tróclea do fêmur. Apresenta para descrição duas faces, duas bordas, uma base e um ápice ou vértice. A face livre, cranial, é quadrilátera, convexa, rugosa para inserção muscular ou ligamentosa. A face articular também é quadrilátera, porém muito menos extensa. Apresenta uma crista rugosa vertical, que corresponde ao sulco da tróclea do fêmur e separa as duas áreas côncavas. Destas, a medial é muito mais larga e não se adapta perfeitamente à correspondente crista da tróclea; nos estado fresco, entretanto, ela se torna mais completa devido a uma fibrocartilagem acessória encurvada. A base direciona-se proximal e caudalmente, é convexa transversalmente, côncava craniocaudalmente. O ápice forma uma romba de direção distal.

A patela desenvolve-se como um osso sesamóide de um centro (primário) num núcleo cartilaginoso no tendão do músculo quadríceps femoral.

-Dedos

Os sesamóides proximais são um pouco menores, à exceção da espessura, em relação aos membros torácicos. O sesamóide distal é mais estreito e mais curto.