ANATOMIA PALPATÓRIA - Conceitos, movimentos etc

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ANATOMIA PALPATÓRIA Utilização do tato para investigar e obter informações, ou para completar as já obtidas por outros meios. Extraem-se informações de estruturas situadas abaixo da pele e da fáscia. OBJETIVOS: Avaliar a ADM = Amplitude de Movimento. Avaliar a simetria de estruturas. Ver alterações na forma, textura, elasticidade, contornos ósseos e musculares. Perceber tensão tecidual. Sentir temperatura, umidade, tumefação e crepitação. Compreender pontos desencadeantes de dor. Determinar posicionamento adequados em pós operatório e após traumas. ANATOMIA Anatome – do grego = cortar em pedaços ou separar. (Aristóteles – 384-322 a.C.) Dissecare – do latim = cortar em pedaços. Anatomia tem como interesse o estudo da forma mas para uma compreensão real a forma deverá sempre estar relacionada com a função. ANATOMIA REGIONAL - TOPOGRÁFICA Estuda o corpo humano por segmentos ou partes, sendo as mesmas divididas em regiões ou zonas. Ex: Cabeça →face →nariz ANATOMIA de SUPERFÍCIE Estudo de estrutura situada sob a pele e perceptíveis ao toque. Através da observação e da palpação. A palpação é uma técnica clínica para exame da anatomia no corpo vivo. TECIDO ÓSSEO Do grego: Osteon = osso + Logus = estudo Do latim: Os = osso Forma elástica de tecido conjuntivo semirrígido que forma partes do esqueleto onde ocorre movimento. FUNÇÕES: Proteção – Sustentação – Fixação Depósito de Ca e P e produção das células do sangue REGIÕES: Diáfise (corpo) Epífises (extremidades) Metáfises (entre as regiões acima) Cartilagem articular

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ANATOMIA PALPATÓRIA

Utilização do tato para investigar e obter informações,

ou para completar as já obtidas por outros meios.

Extraem-se informações de estruturas situadas

abaixo da pele e da fáscia.

OBJETIVOS:

Avaliar a ADM = Amplitude de Movimento.

Avaliar a simetria de estruturas.

Ver alterações na forma, textura, elasticidade,

contornos ósseos e musculares.

Perceber tensão tecidual.

Sentir temperatura, umidade, tumefação e

crepitação.

Compreender pontos desencadeantes de dor.

Determinar posicionamento adequados em

pós operatório e após traumas.

ANATOMIA

Anatome – do grego = cortar em pedaços ou separar.

(Aristóteles – 384-322 a.C.)

Dissecare – do latim = cortar em pedaços.

Anatomia tem como interesse o estudo da forma mas

para uma compreensão real a forma deverá sempre

estar relacionada com a função.

ANATOMIA REGIONAL - TOPOGRÁFICA

Estuda o corpo humano por segmentos ou

partes, sendo as mesmas divididas em regiões ou

zonas. Ex: Cabeça →face

→nariz

ANATOMIA de SUPERFÍCIE

Estudo de estrutura situada sob a pele e perceptíveis

ao toque. Através da observação e da palpação.

A palpação é uma técnica clínica para exame da

anatomia no corpo vivo.

TECIDO ÓSSEO

Do grego: Osteon = osso + Logus = estudo

Do latim: Os = osso

Forma elástica de tecido conjuntivo semirrígido que

forma partes do esqueleto onde ocorre movimento.

FUNÇÕES: Proteção – Sustentação – Fixação

Depósito de Ca e P e produção das células do

sangue

REGIÕES:

Diáfise (corpo)

Epífises (extremidades)

Metáfises (entre as regiões acima)

Cartilagem articular

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PARTES:

Substância óssea

Cavidade medular

TIPOS:

Longo

Curto

Plano

Irregular

Sesamóide

Pneumatico

ACIDENTES:

DEPRESSÕES – Fossas, Sulcos, Impressões

SALIÊNCIAS – Processos, Espinhas, Linhas, Cristas,

Tubérculos, Trocânteres

ABERTURAS – Incisuras, Fissuras, Foramens,

Canais, Meatos.

ESQUELETO AXIAL

Cabeça (crânio e face)

Coluna vertebral

Hióide

Ossos do tronco (esterno e costelas)

ESQUELETO APENDICULAR

Osso Trabecular

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COLUNA

7 vértebras cervicais (atlas,

axis)

12 vértebras torácicas

5 vértebras lombares

5 vértebras sacrais (fundidas)

4 vértebras coccígeas

(fundidas)

TORAX

1 ESTERNO – Manúbrio, corpo e processo xifóide

COSTELAS - 7 pares verdadeiros, 3 pares falsos e

2 pares flutuantes.

MEMBRO SUPERIOR

Braço – úmero

Antebraço – rádio (lateral) + ulna (medial)

Punho – Carpo (8 ossos)

Mão – metacarpo (dorso) + falanges (proximal,

intermédia, distal)

CARPO

8 ossos em 2 fileiras

Fileira proximal: escafóide, semilunar,

piramidal, pisiforme.

Fileira distal: trapézio, trapezóide, capitato, hamato

MÃO E DEDOS

5 ossos metacarpianos numerados em I, II, III, IV, V

14 falanges: dos 2°ao 5°dedos:

Falange proximal, medial e distal

Polegar: Falange proximal e distal

PÉ E DEDOS

7 ossos em 2 fileiras

Fileira proximal: calcâneo e tálus

Fileira distal: navicular, cubóide, cuneiforme medial,

cuneiforme intermediário (médio) e cuneiforme lateral

5 ossos metatarsianos numerados em I, II, III, IV, V

14 falanges: dos 2°ao 5°dedos: Falange proximal,

medial e distal

Hálux: Falange proximal e distal

MOVIMENTOS GERAIS

FLEXÃO – movimento que diminui o ângulo de uma

articulação. Aproxima as faces anteriores ou

posteriores de 2 segmentos.

EXTENSÃO – movimento que aumenta o ângulo de

uma articulação. Afasta as faces anteriores ou

posteriores de 2 segmentos.

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ADUÇÃO – movimento que aproxima da linha

mediana.

ABDUÇÃO – movimento que afasta da linha mediana.

ROTAÇÃO INTERNA ou MEDIAL – movimento

rotatório em torno do eixo longitudinal no sentido da

linha mediana. Superfície anterior gira para dentro.

ROTAÇÃO EXTERNA ou LATERAL – movimento

rotatório em torno do eixo longitudinal no sentido

contrário ao da linha mediana. Superfície anterior gira

para fora.

CIRCUNDUÇÃO – movimento circular de um membro

que descreve um cone.

É a combinação da flexão, extensão, adução e

abdução.

ARTICULAÇÃO DA COLUNA

FLEXÃO LATERAL – qualquer dos segmentos da

coluna afastando-se da linha média em movimento

lateral para a direita ou para a esquerda. Como em

uma abdução.

REDUÇÃO – Retorno à posição anatômica.

HIPEREXTENSÃO – ultrapassar o ângulo da

extensão. Além da posição anatômica.

INCLINAÇÃO

LATERAL

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ARTICULAÇÃO DA PELVE

INCLINAÇÃO LATERAL – Depressão ou Elevação de

uma crista ilíaca em relação à outra.

ROTAÇÃO ou INCLINAÇÃO PARA FRENTE –

espinha ilíaca ânterosuperior projeta-se à frente.

ROTAÇÃO ou INCLINAÇÃO PARA TRÁS – espinha

ilíaca ântero-superior projeta-se para trás.

ARTICULAÇÃO DA CINTURA ESCAPULAR

PROTRAÇÃO – afastamento da linha média das

escápulas. Abdução das escápulas.

RETRAÇÃO - aproximação da linha média das

escápulas. Adução das escápulas.

ROTAÇÃO ASCENDENTE ou PARA CIMA – rotação

da escápula com seu ângulo inferior dirigindo-se

lateralmente e para cima.

ROTAÇÃO DESCENDENTE ou PARA BAIXO

rotação da escápula com seu ângulo inferior dirigindo

se medialmente e para baixo.

ELEVAÇÃO – Movimento superior da cintura

escapular, elevar o ombro.

DEPRESSÃO - Movimento inferior da cintura

escapular, deprimir o ombro.

ARTICULAÇÃO DO OMBRO

ABDUÇÃO HORIZONTAL ou EXTENSÃO

HORIZONTAL – movimento do membro superior no

plano horizontal afastando-o da linha mediana do

corpo.

ADUÇÃO HORIZONTAL ou FLEXÃO HORIZONTAL–

movimento do membro superior no plano horizontal

aproximando-o da linha mediana do corpo.

ARTICULAÇÃO RADIOULNAR

PRONAÇÃO – rodar internamente o antebraço

girando a palma da mão para baixo. Sair da posição

anatômica.

SUPINAÇÃO - rodar externamente o antebraço

girando a palma da mão para cima. Voltar a posição

anatômica.

ARTICULAÇÃO DO PUNHO

FLEXÃO RADIAL ou DESVIO RADIAL – Abdução do

punho, afastando da linha média.

FLEXÃO ULNAR ou DESVIO ULNAR – Adução do

punho, aproximando da linha média.

INCLINAÇÃO LATERAL DA PELVE

D.R

D.U

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ARTICULAÇÃO DO POLEGAR

OPOSIÇÃO – Movimento diagonal do polegar, indo

em direção aos outros dedos da mão.

REPOSIÇÃO – Movimento contrário.

ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO E PÉ

FLEXÃO DORSAL ou DORSOFLEXÃO (FLEXÃO) - trazer a ponta do pé em direção a região anterior da tíbia. Ficar no calcanhar.FLEXÃO PLANTAR ou PLANTIFLEXÃO (EXTENSÃO) – a ponta do pé afasta da região anterior da tíbia. Ficar na ponta dos pés.PRONAÇÃO – rotação, planta do pé para a direção externa.SUPINAÇÃO – rotação, planta do pé para a direção interna.EVERSÃO – girar a planta do pé para fora ou lateralmente.INVERSÃO – girar a planta do pé para dentro ou medialmente.

ARTICULAÇÕES Articulações ou junturas são as uniões funcionais entre os diferentes ossos do esqueleto.Do Grego, Arthron = junturaLogos = estudo

Músculos – Coluna Cervical – ESCALENOS

ESCALENO ANTERIOR

Origem: Processos Transversos de C2 a C6.

Inserção: 1ª. Costela no tubérculo escaleno.

Ação: Flexão lateral da coluna cervical e eleva a 1ª.

costela na inspiração forçada.

ESCALENO MÉDIO

Origem: Processos Transversos de C2 a C6.

Inserção: 1ª. Costela próximo ao sulco do subclávio.

Ação: Flexão lateral da coluna cervical e eleva a 1ª.

costela na inspiração forçada.

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ESCALENO POSTERIOR

Origem: Processos transversos de C4 a C6.

Inserção: Segunda costela, posterior ao sulco

subclávio.

Ação: Flexão Lateral da coluna cervical e eleva a

segunda costela na inspiração forçada.

SEMIESPINHAL DA CABEÇA

Origem: Processo articular da 4 a 6 V.C. e processo

transverso da 7 V.C. a 6 V.T.

Inserção: Osso occipital.

Ação: Extensão e Flexão Lateral da coluna cervical.

TRAPÉZIO

Origem: base do crânio e processo espinhoso de C7

a T 12.

Inserção: borda posterior da clavícula, acrômio e

espinha da escápula.

Ação: Porção Superior = Elevação e Rotação

Superior da cintura escapular.

Porção Média = Adução da cintura escapular.

Porção Inferior = Depressão da cintura escapular.

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ELEVADOR DA ESCÁPULA

Origem: Processo transverso C1 a C4 = vértebras

cervicais.

Inserção: Borda medial da escápula - da espinha ao

ângulo superior.

Ação: Elevação da cintura escapular.

Músculos Articulações da Cintura Escapular

SERRÁTIL ANTERIOR

Origem: Superfície externa das 9 costelas na face

lateral do tórax.

Inserção: Borda medial, ângulo superior e inferior da

escápula.

Ação: Abdução e Rotação superior da cintura

escapular.

PEITORAL MENOR

Origem: Processo coracóide da escápula.

Inserção: Superfície externa da terceira, quarta e

quinta costela. Ação: Depressão, abdução e rotação

inferior da cintura escapular.

ROMBÓIDE

Origem: Processo espinhoso de C7 a T5 .

Inserção: Borda medial da escápula.

Ação: Elevação, adução e rotação inferior da cintura

escapular.

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Músculo da Articulação do Ombro

GRANDE DORSAL

Origem: Processo espinhoso de T6 a T12 e as 5

lombares, sacro, crista ilíaca e 3 últimas costelas.

Inserção: Sulco intertubercular do úmero.

Ação: Extensão, Rotação Interna e Adução do

Ombro.

REDONDO MENOR

Origem: Superfície dorsal da escápula, na borda

lateral.

Inserção: Tubérculo maior do úmero.

Ação: Rotação Externa e Adução do ombro.

REDONDO MAIOR

Origem: Superfície dorsal da escápula, na borda

lateral – ângulo inferior.

Inserção: Tubérculo menor do úmero.

Ação: Extensão, Adução e Rotação Interna do ombro.

SUPRA - ESPINHAL

Origem: Fossa supraespinhal

Inserção: Tubérculo maior do úmero

Ação: Abdução do ombro.

INFRA - ESPINHAL

Origem: Fossa infraespinhal

Inserção: Tubérculo maior do úmero

Ação: Rotação Externa e Extensão Horizontal do

ombro.

GR

AN

DE

DO

RS

AL

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PEITORAL MAIOR

Origem: clavícula, esterno e cartilagem das 6

primeiras costelas.

Inserção: Sulco intertubercular do úmero

Ação:

Porção clavicular: flexão , flexão horizontal e rotação

interna do ombro.

Porção esternal: extensão e adução do ombro.

SUBESCAPULAR

Origem: Superfície costal da escápula.

Inserção: Tubérculo menor do úmero.

Ação: Rotação interna do ombro

MANGUITO ROTADOR

A função principal deste grupo é manter a cabeça do

úmero contra a cavidade glenóide, reforçar a cápsula

articular e resistir ativamente e deslocamentos da

cabeça do úmero.

Junção dos músculos: SUPRA-ESPINHOSO; INFRA-

ESPINHOSO; REDONDO MENOR;

SUBESCAPULAR

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Músculos – Articulação da Coluna Torácica e

Lombar

RETO ABDOMINAL

Origem: Quinta, sexta e sétima cartilagem costal

Inserção: Crista e sínfise púbica.

Ação: Parte inferior fixa realiza a flexão da coluna.

Parte superior fixa realiza a retroversão da pelve.

Flexão lateral da coluna para o mesmo lado.

Músculos – Articulação da Coluna Torácica e

Lombar

OBLÍQUO INTERNO

Origem: Fáscia toracolombar e crista ilíaca.

Inserção: Oitava, nona e décima cartilagem costal

e linha alba.

Ação: flexão da coluna e flexão lateral para o mesmo

lado e rotação para o mesmo lado da coluna.

OBLÍQUO EXTERNO

Origem: Sete últimas costelas.

Inserção: Crista ilíaca, crista do púbis e linha

alba.

Ação: Flexão da coluna e flexão lateral do mesmo

lado e rotação para o lado oposto da coluna.

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QUADRADO LOMBAR

Origem: Crista ilíaca e processo transverso das

quatro vértebras lombares inferiores.

Inserção: Vértebras lombares superiores e borda

inferior da última costela.

Ação: Flexão lateral da coluna para o mesmo lado.

INTERCOSTAL EXTERNO

Origem: Borda Inferior da Costela Suprajacente.

Inserção: Borda Superior da Costela

Infrajacente.

Ação: Inspiração por elevação das costelas.

PLATISMA

Origem: Face inferior da mandíbula e pele inferior da

face e canto da boca.

Inserção: Fáscias dos músculos peitoral maior e

deltóide.

Ação: Deprime a mandíbula e traciona o lábio inferior.

PL

AT

ISMA