Andando, Andando Portugues 8º D Com Correção

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE LOUSADA ESTE- CADE DE REIAno Letivo 2013/2014

Prova de Aferio Interna de Portugus 8ano

Durao da prova: 90 minutos

__________________

GRUPO I

Parte A

L atentamente o texto.Jovens de bairros sociais so um "Bando parte" no TeatroProjeto de quase dois anos chega ao fim com um espetculo onde cada um dos atores apresenta a personagem por si criada.Margarida AlvarinhasDez jovens, oriundos de bairros sociais e municipais de Coimbra, aceitaram o desafio proposto pelo Teatro. Com isso, mudaram um pouco as suas vidas. Passaram a ter novas rotinas, a sentir a necessidade de gerir melhor o tempo, porque esse tempo passou a ser tambm necessrio para os ensaios, para a preparao, para todo o processo que envolveu a produo do espetculo. Porque ser artista requer esforo. De hoje a sbado, esses jovens so um "Bando parte" que se apresenta no palco da Oficina Municipal de Teatro. So atores, msicos e bailarinos; so personagens que eles prprios idealizaram e construram, aps um longo processo de aprendizagem que comeou h 22 meses.O projeto "Bando parte: culturas juvenis, arte e insero social" um processo de formao especfica em teatro, msica e dana, que implicou um trabalho continuado desde janeiro de 2010 at ontem, ltimo dia dos ensaios. Pelo meio houve todo um longo processo de aprendizagem, que foi muito alm dos ensaios e da criao das personagens. Os jovens, conta Cludia Pato Carvalho, coordenadora do projeto, "comearam por vir assistir a espetculos de formao para perceberem que h diferentes coisas". Ou seja, aos participantes foi permitida uma interligao com as atividades do Teatro e, inclusivamente, participar nos espetculos da companhia. Houve tambm espao para intercmbios, nomeadamente com projetos semelhantes de Itlia e Holanda.Experincia de crescimentoAo envolver jovens de bairros sociais e municipais de Coimbra, o Teatro pretendeu o desenvolvimento do raciocnio e da capacidade de reflexo sobre o mundo. E os jovens sentem que o conseguiram. "Todos ns crescemos muito. Nota-se a diferena na nossa maneira de pensar, de agir. Hoje sou uma Maria Joo muito mais preenchida, porque todo este processo nos foi enriquecendo", contou a Maria Joo, uma jovem oriunda da Urbanizao Fonte do Castanheiro, uma das participantes.

Maria Joo, que optou pela rea do teatro, fala da personagem, idealizada e trabalhada por si."Sou uma exploradora, ando sempre procura de alguma coisa, procura de um caminho", explica a jovem de 16 anos, visivelmente entusiasmada com o projeto que, admite, lhe tem roubado muito tempo. E explica tambm como chegou personagem final: "comemos com sesses individuais, a falar sobre o que achvamos que era importante e interessante mostrar s pessoas. Trabalhei com textos para chegar "Exploradora". Houve uma espcie de processo que nos levou s personagens".No final, juntaram-se as personagens e criou-se o espetculo. Leonor Picareto, por exemplo, baseou-se na sua vida para criar algo e levar ao pblico. "Sou cigana e tento mostrar s outras pessoas a outra faceta dos ciganos, que no os feirantes que no querem outra vida".O projeto chega ao fim, com os espetculos de hoje a sbado, s 21:30, mas inteno dar-lhe seguimento, atravs de novos ciclos, em que se possam integrar outros jovens. Alis, interessados em participar no faltaram, garante Cludia Pato, recordando que a divulgao do projeto comeou em finais de 2009, nos bairros sociais da cidade, onde foram estabelecidos contactos com as associaes locais, no sentido de se perceber quem poderiam ser os potenciais participantes. "Encontrmos muitas pessoas interessadas", garante a coordenadora do projeto.in Dirio de Coimbra, 13 de outubro de 2011

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.1. Indica se as afirmaes seguintes so verdadeiras (V) ou falsas (F).a. O projeto denomina-se "Bando parte".b. O projeto foi desenvolvido durante um ano.c. A meta final do projeto a criao de um espetculo teatral.d. Participaram no projeto jovens oriundos de todo o pas.e. Este projeto beneficiou de intercmbios com projetos anlogos em Itlia e na Blgica.f. Pretende-se dar continuidade ao projeto.2. Para responderes a cada item (2.1. a 2.4.), seleciona a nica opo que te permite obter uma afirmao adequada ao sentido do texto.2.1.Este projeto visou desenvolver nos jovens participantes...a. a capacidade de reflexo.b. o conhecimento de dramaturgos portugueses.c. o contacto com a lngua italiana.2.2. O espetculo teatral levado a pblico baseia-se...a. num texto dramtico definido.b. em personagens criadas pelos atores.c. num facto real, passado na Urbanizao Fonte do Castanheiro.2.3. A personagem representada por Leonor Picareto tem patente uma dimenso... a. coletiva.b. interativa.c. esttica.

2.4. Os organismos cujo papel foi essencial para divulgar o projeto e chegar a potenciais interessados foram as associaes...a. locais.b. municipais.c. nacionais.

3. Seleciona a opo que corresponde nica afirmao falsa, de acordo com o sentido do texto.a. "isso" (I. 4) refere-se a "aceitaram o desafio proposto pelo Teatro".b. "lhe" (I. 30) refere-se a "jovem de 16 anos".c. "onde" (I. 40) refere-se a "da cidade".

Parte BL atentamente o texto.

PAFI -8ano6

Andando, andando

ELA - E como que eu vou saber se s tu o verdadeiro Amor...?ELE - Basta que to diga. Porque que eu havia de dizer que era o Amor se no fosse?!ELA - Ento mostra-me como que tu fazes para ver se gosto da tua voz!ELE - Ah! no recomeces com histrias da Carochinha que eu j no vou nisso!ELA - Vs? Vs que s tu...? Eu bem desconfiava!ELE - Que eu sou eu j eu sabia h muito tempo. Mas eu, quem ?ELA - Andas h tanto tempo tua procura e ainda no te achaste?ELE - Pensas que uma pessoa se acha a si prpria assim de repente, como a Carochinha achou cinco ris a varrer a cozinha...?ELA - Ento porque que dizes que s o Amor...?ELE - Se eu no sei quem sou, e tu andas procura de algum que no sabes quem , pode muito bem ser que esse algum seja eu! ELA - Para amar algum tenho que saber quem esse algum. Se tu no sabes quem s, como que eu hei de saber?ELE - E tu, sabes quem s?Ela no responde. E tu, no andas tambm tua procura?ELA - No, eu ando procura do Amor. ELE - Se calhar a mesma coisa. ELA - Quem sabe se tens razo...Suspira.Tenho fome. No tens por a uma ma?ELE - (alegre, tirando uma ma do saco e dando-lha) Toma! (Pausa)E se fizssemos um foguinho?Vai juntar lenha. Ela ajuda-o.ELA - Ainda tens batatas?ELE - Claro! E azeitonas! Arranjei-as a pensar em ti!ELA - Sempre pensei que o Amor oferecia flores e no azeitonas...ELE - O Amor oferece aquilo de que a gente est precisada. E tu, o que que me ofereces? ELA - (tira, com gestos misteriosos, qualquer coisa do bolso) Adivinha. ELE - O que mais jeito agora nos fazia era azeite para temperar as batatas!ELA - (amuando) Pronto! J no te dou! No sabes apreciar o que bonito! ELE - Se gosto de ti como que no sei?! D c! ELA - (apaziguada tira um pssaro do bolso e entrega-lho, nas duas mos fechadas) No lindo...?ELE - ... Sobretudo a voar... Vamos deit-lo a voar? ELA - No gostas dele?ELE - Gosto. Gosto muito. Por isso que gostava que o deitssemos a voar. Posso...? ELA - J que to dei, podes fazer dele o que quiseres...ELE - (para o pssaro) V, vai nossa frente e descobre o nosso caminho. Se eu soubesse voar j tinha descoberto. Abre a mo e o pssaro solta-se. Agora vamos assar as batatas!ELA ajuda-o. Acocoram-se ambos em volta da fogueira. s vezes sonho que sou um pssaro. to bom voar! ELA - E eu sonho que sou a Lua. E to bom andar pelo cu como por uma praia deserta! A luz diminui lentamente. Escuro.Canto de galo. Sbita claridade.ELE - J de manh!ELA - Ainda tenho um bocadinho de sono...

ELE leuanta-se.Vais-te embora?ELE - No, espero por ti. ELA - P'ra qu?ELE - P'ra partirmos juntos. Afinal, se andamos procura do mesmo, vamos na mesma direo.ELA - E se nos tornamos a zangar?ELE - Tornamos a ir cada um para o seu lado.Um apito longnquo de navio.ELA - Onde estamos?ELE - A caminho.Teresa Rita Lopes, Andando. Andando, Campo das Letras, 1999

Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem.1. O presente excerto comea com uma dvida, que remete para o tema que ser abordado ao longo do texto.1.1. Identifica essa dvida, bem como o tema que introduz.2. Transcreve as falas que mostram como, para a personagem "ELE", a questo do amorest ligada questo da identidade pessoal.3. Foca a tua ateno nos presentes que as personagens oferecem uma outra.

3.1. Identifica esses presentes, referindo o seu possvel simbolismo.3.2. Tendo em conta os presentes que do, caracteriza psicologicamente as personagens"ELE" e "ELA".

4. Considera a seguinte fala:"E eu sonho que sou a Lua. to bom andar pelo cu como por uma praia deserta!" (I. 47)4.1. Identifica dois recursos expressivos nela presentes.4.2. Explicita a sua expressividade.

GRUPO II

1. Identifica o hipernimo presente em cada alnea.a. moblia - secretria - estante - armriob. televiso - Internet - jornal - mediac. lils - cor - azul-marinho - verde-alfaced. estrelas - corpos celestes - cometas planetas

2. Reescreve as frases seguintes, substituindo a expresso sublinhada pelo pronome pessoal adequado. Faz as transformaes necessrias.a. Ele procurou, mas afinal no trazia batatas no alforge.b. Se pudesse, o Joo ofereceria tambm flores Maria.

3. Reescreve o enunciado seguinte no discurso indireto, procedendo s alteraes necessrias."ELA - Ainda tens batatas? ELE - Claro! E azeitonas! Arranjei-as a pensar em ti! ELA - Sempre pensei que o Amor oferecia flores e no azeitonas..."

4. Indica a funo sinttica que a expresso sublinhada desempenha na frase abaixo. "Ento porque que dizes que s o Amor... ?" (I. 10)

5. Os segmentos A., B., C., D. e E. constituem partes de um texto e esto desordenados. Escreve a sequncia de letras que corresponde ordem correta dos segmentos, de modo a reconstitures o texto. Comea pela alnea B.A. Regressou a Portugal em 1976 e hoje catedrtica da Universidade Nova de Lisboa.

B. Teresa Rita Lopes algarvia, de Faro, e, no incio dos anos 60, matriculou-se na Faculdade de Letras de Lisboa. Perseguida pela ditadura salazarista exilou-se em Paris, onde estudou, e foi professora na Sorbonne.

C. Como dramaturga, Teresa Rita Lopes escreveu ainda cinco volumes de teatro, que incluem peas como Rimance da Mal Mandada, Esse Tal Algum (Grande Prmio de Teatro da Associao Portuguesa de Escritores) ou A Asa e a Casa.

D. Diz que dedicou o melhor da sua vida ao estudo da obra de Fernando Pessoa.

E. Mas desse melhor ainda sobrou talento e arte para escrever sete livros de poesia, com destaque para Cicatriz e a sua ltima obra, sada recentemente, A Fmbria da Fala.

In http://WWW.Wook.pt/authors/detail/id/25520 (adaptado e consultado em 03-02-12

GRUPO III

O texto B faz referncia ao amor e quilo que somos capazes de fazer por ele.Redige um texto narrativo que possua um mnimo de 180 e um mximo de 240 palavras, imaginando uma situao que demonstre o poder do amor.Deves localizar a ao no espao e no tempo e descrever as personagens, utilizando uma linguagem adequada e organizando as ideias de forma coerente.

COTAES

Grupo I50 pontos

1. .5 pontos2.1. .3 pontos2.2. .3 pontos2.3. .3 pontos2.4. .3 pontos3. .3 pontos

Parte B1.1. 4 pontos2. 4 pontos3.1. 6 pontos3.2. 6 pontos4.1. 4 pontos4.2. 6 pontosGRUPO II ..20 pontos1. ..4 pontos2. ..4 pontos3. ..4 pontos4. ..3 pontos5. ..5 pontosGRUPO III..30 pontosTotal100 pontos

http://issuu.com/portuguesmaismente/docs/tx_dramatico_corrigido