André Bezerra - Portfólio (2013)

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A N D R É B E Z E R R A PORTFÓLIO

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Reunião de recorte da produção do artista visual, cênico e performer André Bezerra (Natal - Rio Grande do Norte.

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A N D R É B E Z E R R A

PORTFÓLIO

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BEZERRA Mestrando em Artes Cênicas, no campo de Performance e Política, e licenciado com láurea em Teatro pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, atua também como performer residente na cidade do Natal – RN. Apresentou performances suas em diversos circuitos e salões independentes e oficiais na cidade onde reside, dentre elas a performance “Paisagem Espinhal” no 64º Salão de Abril (2013), “Ação Futurista”, integrante do Circuito Regional de Performance BodeArte , a performance “Santos em Vão” (2011) no Circuito Ribeira junto ao Coletivo ES3, a performance Gula (2009), junto a performer Chrystine Silva na I Semana de Arte Contemporânea – Natal/RN, a exposição Movimento-Momento: Fragmentos no Tempo realizada no evento Gambiarra. Apresentou também seus trabalhos junto a performer Chrystine Silva em galerias nas cidades de Salvador – BA (ENEARTE-2009), e Belo Horizonte – MG (ABRACE-2008). Dentre suas produções de destaque na pesquisa estão premiação por pesquisa crítica voltada a performance e artes visuais no Rio Grande do Norte no XIII Salão de Artes Visuais da Cidade do Natal, Seleção e participação na Quadrienal de Praga 2011 na qualidade performance designer, assim como também palestras como convidado, tal qual a palestra Circuito BodeArte: Corpos em Performance no Nordeste, realizada no Tubos de Ensaio na UnB. Participou no ano de 2013 do Encontro do Instituto Hemisférico de Performance e Política em grupo de trabalho coordenado por Diana Taylor. Como performer realizou a performance ES3, e a encenação performática Cleansed. Realizou em encontros nacionais de arte as performances «Medula Abissal» e «Paisagem Espinhal» (2011), assim como «Composições Para Esquecer que Não Estou Aqui» (2012). Atua também como formador no campo da performance arte, tendo desenvolvido projetos de pesquisa e extensão junto a Prof. Dr. Naira Ciotti, com oficinas de performance em comunidades carentes da Grande Natal. Além dessa experiência ministra oficinas e workshops referentes à práticas corporais em performance, performance no espaço urbano, produção independente de eventos, história da performance arte, performance e política, performance e coletividade em contextos de autogestão. Hoje também é produtor do Circuito Regional de Performance BodeArte junto ao Coletivo ES3, maior circuito independente de performance arte no território nacional.

ANDRÉ

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COISAS INOMINÁVEIS QUE NOS HABITAM POR

DENTRO

A p e r f o r m a n c e C o i s a s Inomináveis que Nos Habitam por Dentro reflete sobre as relações de indigência no centro urbano de Natal - RN, buscando construir junto ao público um reflexão voltada as práticas de i n v i s i b i l i d a d e s o c i a l incorporadas no cotidiano da cidade. Nesse intuito propõe através de uma narração autobiográfica do performer um trânsito entre ficção e realizada através do relato da experiência de convívio entre o performer André Bezerra e um flanelinha do bairro do centro chamado Messias, falecido no natal de 2009 na cidade do Natal.

Trabalho apresentado na Mostra Itinerante Descontrole Remoto Natal-Curitiba em julho de 2012.

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COMPOSIÇÕES PARA ESQUECER QUE NÃO

ESTOU AQUITrabalho apresentado pela primeira vez em 2012 em Natal (RN) com transmissão em tempo real para a cidade de Curitiba (PR), no evento

PERFORMEIOS, sob curadoria de Angelo Luz e Fernando Ribeiro.

A figura do performer e a associação de sua prática à presença de seu corpo aparece em diversos esforços de teorizar aspectos da performance arte. Zona de conflito a percepção de que essa presença é fundamental, ou desnecessária para o ato da performance, se confunde com ainda mais veemência diante das mediações da presença em tempo real pela rede. A proposta lançada a partir dessa questão trata da presença prolongada do performer em transmissão ao vivo (durante duas horas) diante da câmera num esforço de ritualizar a própria presença no espaço de transmissão, compondo e re-compondo sua imagem no enquadramento da tela, num esforço para esquecer que a telepresença não é seu corpo, e que o corpo não está presente. Questionando ao mesmo tempo se estar no mesmo espaço físico é um ato de presença.

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A performance Corpo Paisagem propõe com sua ação pensar o corpo no espaço urbano como zona de compartilhamento e contato, centrando-se dessa maneira no espaço do encontro com outro como potência de desvio, de ser desviado, o outro como uma rua desconhecida, como uma multiplicidade de caminhos.Dessa maneira sua ação se concentra nas alterações sonoras sofridas na paisagem interna do corpo ao atravessar uma rua, ao ser tocado neste ou naquele ponto, ao abraçar. Traz para a rua a perspectiva interativa e colaborativa entre performer e público, como agentes de mútua importância na construção da ação, compartilhando no espaço do encontro entre seus corpos um momento de performance no outro.Corpo Paisagem propõe uma ação de aproximação num espaço urbano c o n t e m p o r â n e o m a r c a d o p e l o distanciamento e isolamento dos sujeitos, e dessa maneira pensa o corpo do outro como “rua”, ambiente de interação, resposta, cognição cujo cruzamento com as paisagens de corpos distintos opera o surgimento de novas rotas de percepção do sujeito, novas cartografias sensíveis.

CORPO PAISAGEMTrabalho apresentado pela primeira vez em 2013 em Natal (RN) no

Cena Performance (Casa da Ribeira), sob curadoria de Gustavo Wanderley.

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MEDULA ABISSAL

Medula Abissal busca referência na corda de caranguejos, vendido usualmente em feiras livres no nordeste, onde dez caranguejos vivos são amarrados e colocados a venda. Com uma corda de caranguejo amarrada a minha face, imobilizo meus dedos na forma da patola do caranguejo, e coloco em cada par de dedos um cabo de som, ligado a pedaleira e caixa amplificadora. Construo assim uma relação de movimento, interferência e batalha com os caranguejos, tocando-os com minhas patas, os sons gerados no ambiente e modificados pelo aparato técnico são resultado dessa interação. Medula Abissal remonta minhas experiências de infância catando caranguejos na cidade onde nasci, joga com este segundo elemento icônico, desta vez do litoral nordestino, acoplando-o a meu corpo como uma prótese, um espaço corpóreo de transição, entre o doce e o salgado, entre o mangue e o asfalto, entre andar e deslocar-se.

Trabalho apresentado no XV ENEART em 2011, e selecionado para apresentação em 2012 pelo Cena Aberta Nordeste, com curadoria de Kil Abreu e Valmir Santos.

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IMERSÃOTrabalho realizado nas dunas de Genipabu em 2012, integrante da Plataforma Descontrole Remoto, sob curadoria de Angelo Luz.

Imersão fala sobre outras possibilidades de contato e interação entre sujeito e espaço, apresentando numa ação de movimento entre matizes e corpos.A relação abordada é de entrada no espaço folhado de uma duna, até que o corpo seja completamente absorvido por essa estrutura viva.

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N Ã O C O N H E Ç O NENHUMA RAZÃO PARA AMAR SENÃO AMAR

Trabalho apresentado em 2 0 1 2 a c o n v i t e d a Companhia Suspensa (MG) na Casa da Ribeira, e criado e m p a r c e r i a c o m a performer Chrystine Silva.

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A figura do amor transita entre muitos espaços, desde a arte aos atos e contos espalhados pela história, o amor está sempre presente sob diferentes olhares e compreensões. A ação proposta se encontra nesse meio, e pára por um momento sobre a ideia de uma promessa de amor, um ato performativo, uma sentença que implica numa ação: "eu prometo...".

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PAISAGEM ESPINHALTrabalho apresentado no XV ENEART em 2011, e em 2012 pelo Cena Aberta Nordeste, com curadoria de Kil Abreu e Valmir Santos.

A performance Paisagem Espinhal, que pertence a mesma série da performance Medula Abissal, trata de questões que dizem respeito prioritariamente a uma sedimentação da ideia de tradição como objeto preservado, para uma postura da tradição como território constantemente contaminado pela experiência presente. Seu título faz referência aos compêndios anatômicos, tratados do século XVIII e XIX, que tratavam do ato de abrir o corpo, conhecer seus órgãos, e na performance proposta trata de desconstruí-los para pensar de uma maneira distinta o passado. Transformar não apenas uma atualização do(s) eu(s) futuro(s), mas desmembrar tantas ficções do(s) eu(s) passado(s).

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FRAGMENTO AO AR LIVRETrabalho apresentado na cidade de Porto Alegre (RS) em 2013, com apoio do edital Rede Funarte de Artes Visuais - 9º Edição.

Fragmento Ao Ar Livre se trata de uma série de quinze performances que partem da convivência extrema com o espaço da rua, numa auto-proibição do performer de entrar em qualquer espaço fechado pelo período de oito dias.As ações procuram investigar poeticamente a presença e percursos do corpo quando retiramos do mapa a idéia de uma casa, um teto para o qual se retorna. Que derivas e convivências são possíveis com a cidade nesse recorte?A série de performances culminou na realização de uma exposição durante um mês no Atelier Subterânea (Porto Alegre - RS), denominada «Fragmentário de Ações da Rua», com instalações, e registros escritos e fotográficos da jornada do performer.

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AUTO-LIMPANTETrabalho apresentado no evento Performance Corpo Política (Brasília) em 2013, com curadoria do grupo Corpos Informáticos.

Auto-Limpante se propõe pensar questões que se referem as políticas do clean como espaço de limpeza social, sugerindo um movimento de limpeza nas mangueiras de bombeiro contra os manifestantes, na cal e no fogo dos campos de concentração, no auto controle do corpo e de seus desvios a partir de determinada norma.Auto-limpante como espaço de controle, situação de preservação, movimento de purificação. Self cleaning como um movimento que abandona o self como base consciente de uma identidade, para mover-se a uma subjetividade em trânsito, nos trânsitos. Na performance o corpo do performer está pixado com a palavra «occupy» e usando saliva e uma barra de sabão o performer, interagindo com o público, vai limpando o seu corpo.

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CONTATO [email protected]/andre.bezerraandreemperformance.blogspot.com