ANEIRO - DEEMBRO 201 Boletim Econômico INDÚSTRIA...

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Boletim Econômico EDIÇÃO: 12 | FEVEREIRO DE 2017 JANEIRO - DEZEMBRO 2016 INDÚSTRIA BRASILEIRA DE FERRAMENTAS, ABRASIVOS E USINAGEM DESEMPENHO DOS SETORES AUTOMOBILÍSTICO E DE CONSTRUÇÃO Automobilístico: No ano de 2016, a produção de auto veículos, segundo a Anfavea, foi de 2,1 milhões de unida- des, 11,2 % abaixo do registrado em 2015 (2,4 milhões). Para o presidente da Associação Nacional dos Fabrican- tes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, as vendas de veículos devem crescer um dígito em 2017. A crise no Brasil levou as montadoras a buscar novos mercados e estabilidade cambial, que agora aponta para o ex- terior como um novo campo a ser ex- plorado. Construção civil: As perspectivas para o setor de construção civil em 2017 indicam que os lançamentos em planta devem voltar no segundo se- mestre. Atualmente, existem 117,7 mil imóveis à espera de comprador, o su- ficiente para atender à demanda por um ano e quatro meses. Outro fator TABELA 01| Desempenho da produção na indústria brasileira VARIAÇÃO PERCENTUAL | JANEIRO A DEZEMBRO DE 2016 Segmentos Variação percentual (%) Dez16/Dez15 No Ano Indústria Indústria de transformação -0,9% -6,3% Produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos -2,0% -11,1% Forjaria, estamparia, metalurgia do pó e serviços de tratamento de metais -1,7% -9,5% Máquinas e equipamentos 12,8% -11,2% Veículos automotores, reboques e carrocerias 19,6% -11,8% Fabricação de automóveis, camionetas e utilitários 15,3% -11,1% Fabricação de caminhões e ônibus 34,9% -15,5% Construção Civil - Produção Produtos típicos da construção civil -4,2% -11,3% Construção Civil - Vendas* Volume -4,3% -11,5% Receita -3,6% -9,0% Fonte: IBGE - Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Nota : *Dados de vendas estão atualizados até novembro, último dado disponivel pelo IBGE positivo é a expectativa de que os ju- ros básicos cheguem a menos de 10% ao ano até o fim de 2017. Diante disso, a redução da Selic pode estimular a emissão de produtos de securitização de crédito imobiliário, como a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e o Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), vol- tados para o investidor qualificado. Na construção pesada, o governo preten- de lançar, em fevereiro, o primeiro rela- tório sobre as 1,6 mil obras paralisadas a serem concluídas ao longo de 2017 e 2018. Em 2016, foram investidos R$ 42 bilhões em obras de infraestrutura em todo o País. Desempenho da indústria geral: Os setores consumidores de produtos das associadas da ABFA têm apresentado reduções nas suas atividades, segun- do dados da PIM-PF (índice de produ- ção física), do IBGE. No acumulado de janeiro a dezembro de 2016, os setores que apresentaram as maiores retrações foram a indústria de fabrica- ção de caminhões e ônibus (-15,5%) e fabricação de automóveis, camionetas e utilitários (-11,8%). Comércio Exterior: No acumulado de janeiro a dezembro de 2016, a indústria brasileira de ferramentas, abrasivos e usinagem exportou US$ 500 milhões em produtos, o que representou um recuo de 5,7% no valor exportado em relação ao mesmo período de 2015. As exportações brasileiras de produtos do setor destinados à Argentina totalizaram US$ 60 milhões, com recuo de 1,4% em relação ao ano de 2015. As importações do setor totalizaram US$ 1 bilhão, re- presentando um recuo de 24,6% em relação a 2015.

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Boletim EconômicoEDIÇÃO: 12 | FEVEREIRO DE 2017JANEIRO - DEZEMBRO 2016

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE FERRAMENTAS,

ABRASIVOS E USINAGEM

DESEMPENHO DOS SETORES AUTOMOBILÍSTICO E DE CONSTRUÇÃO Automobilístico: No ano de 2016, a produção de auto veículos, segundo a Anfavea, foi de 2,1 milhões de unida-des, 11,2 % abaixo do registrado em 2015 (2,4 milhões). Para o presidente da Associação Nacional dos Fabrican-tes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, as vendas de veículos devem crescer um dígito em 2017. A crise no Brasil levou as montadoras a buscar novos mercados e estabilidade cambial, que agora aponta para o ex-terior como um novo campo a ser ex-plorado. Construção civil: As perspectivas para o setor de construção civil em 2017 indicam que os lançamentos em planta devem voltar no segundo se-mestre. Atualmente, existem 117,7 mil imóveis à espera de comprador, o su-ficiente para atender à demanda por um ano e quatro meses. Outro fator

TABELA 01| Desempenho da produção na indústria brasileiraVARIAÇÃO PERCENTUAL | JANEIRO A DEZEMBRO DE 2016

SegmentosVariação percentual (%)

Dez16/Dez15 No Ano

Indústria

Indústria de transformação -0,9% -6,3%

Produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos -2,0% -11,1%

Forjaria, estamparia, metalurgia do pó e serviços de tratamento de metais -1,7% -9,5%

Máquinas e equipamentos 12,8% -11,2%

Veículos automotores, reboques e carrocerias 19,6% -11,8%

Fabricação de automóveis, camionetas e utilitários 15,3% -11,1%

Fabricação de caminhões e ônibus 34,9% -15,5%

Construção Civil - Produção

Produtos típicos da construção civil -4,2% -11,3%

Construção Civil - Vendas*

Volume -4,3% -11,5%

Receita -3,6% -9,0%

Fonte: IBGE - Pesquisa Industrial Mensal - Produção FísicaNota : *Dados de vendas estão atualizados até novembro, último dado disponivel pelo IBGE

positivo é a expectativa de que os ju-ros básicos cheguem a menos de 10% ao ano até o fim de 2017. Diante disso, a redução da Selic pode estimular a emissão de produtos de securitização de crédito imobiliário, como a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e o Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), vol-tados para o investidor qualificado. Na construção pesada, o governo preten-de lançar, em fevereiro, o primeiro rela-tório sobre as 1,6 mil obras paralisadas a serem concluídas ao longo de 2017 e 2018. Em 2016, foram investidos R$ 42 bilhões em obras de infraestrutura em todo o País. Desempenho da indústria geral: Os setores consumidores de produtos das associadas da ABFA têm apresentado reduções nas suas atividades, segun-do dados da PIM-PF (índice de produ-ção física), do IBGE. No acumulado

de janeiro a dezembro de 2016, os setores que apresentaram as maiores retrações foram a indústria de fabrica-ção de caminhões e ônibus (-15,5%) e fabricação de automóveis, camionetas e utilitários (-11,8%). Comércio Exterior: No acumulado de janeiro a dezembro de 2016, a indústria brasileira de ferramentas, abrasivos e usinagem exportou US$ 500 milhões em produtos, o que representou um recuo de 5,7% no valor exportado em relação ao mesmo período de 2015. As exportações brasileiras de produtos do setor destinados à Argentina totalizaram US$ 60 milhões, com recuo de 1,4% em relação ao ano de 2015. As importações do setor totalizaram US$ 1 bilhão, re-presentando um recuo de 24,6% em relação a 2015.

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Boletim Econômico

02

FEVEREIRO DE 2017 INDÚSTRIA BRASILEIRA DE FERRAMENTAS, ABRASIVOS E USINAGEM

DESEMPENHO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL NO SETOR

A indústria brasileira de ferramentas, abrasivos e usinagem registrou queda de 9,4% na sua atividade produtiva no acumulado de janeiro a dezembro de 2016, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre os seg-mentos que compõem o setor, a indús-tria de usinagem apresentou a redução mais expressiva, de 11,2%, fortemente influenciada pela redução de 13,3% na produção de peças e partes para a in-dústria de produtos para a saúde, bem como pela queda de 13,1% na produ-ção de partes e peças para a indústria de bens duráveis. A indústria de fer-ramentas apresentou recuo de 8,2% na produção no período em análise, refletindo a queda de 8,7% na produ-ção de ferramentas industriais. O nível geral de produção do se-tor está 20% abaixo do verificado em dezembro de 2012, ano de início da nova série do IBGE.(Gráfico 1)

TABELA 02 |Produção nos segmentos ABFAVARIAÇÃO PERCENTUAL | JANEIRO A DEZEMBRO DE 2016

Segmentos

Variação percentual (%)

Dez16/Dez15 No ano

Indústria de ferramentas 4,5% -8,2%

Ferramentas manuais 10,0% -7,7%

Ferramentas industriais 0,9% -8,7%

Indústria de usinagem 7,4% -11,2%

Partes e peças para a indústria automobilística 19,4% -10,2%

Partes e peças para a indústria de bens duráveis 0,2% -13,1%

Partes e peças para a indústria de máquinas e equipamentos -12,8% -11,3%

Partes e peças para a indústria de produtos para a saúde -11,9% -13,3%

Total da Ind. de Artefatos, Ut. e Ferragens de Ferro e Aço 7,3% -7,9%

Utensílios de Mesa 14,6% -5,9%

Artefatos e Ferragens para a Construção Civil -4,2% -11,3%

Artefatos e Utensílios para Uso Doméstico Geral 14,6% -5,9%

ABFA 5,5% -9,4%

Fonte: PIM-PF/IBGE | Elaboração: Websetorial

Gráfico 01|Desempenho da produção ABFAÍNDICE MÉDIA MÓVEL TRIMESTRAL (MAR2012 A DEZ2016)

Fonte: PIM-PF/IBGE | Elaboração: Websetorial

65

70

75

80

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100

105

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Boletim EconômicoFEVEREIRO DE 2017INDÚSTRIA BRASILEIRA DE

FERRAMENTAS, ABRASIVOS E USINAGEM

03

DESEMPENHO DO EMPREGO NA INDÚSTRIA

De acordo com os dados do Ministé-

rio do Trabalho, a indústria brasileira de

ferramentas, abrasivos e usinagem re-

gistrava 220 mil pessoas empregadas

em dezembro de 2016, contingente

6,4% menor do que o nível de empre-

go verificado em dezembro de 2015.

Ainda na comparação de dezembro

de 2016 com dezembro de 2015, foram

fechados 15.139 postos de trabalho

nos segmentos industriais representa-

dos pela ABFA. O saldo da diferença

entre as contratações e demissões foi

negativo em todos os segmentos do

setor, com destaque para o desempe-

nho de “demais artefatos, utensílios e

ferragens”, com fechamento de 8,9 mil

postos de trabalho no período citado.

Fonte: Caged/ MTE e RAIS 2015 | Elaboração: Websetorial

Gráfico 02|Evolução do empregoEM NÚMERO E VARIAÇÃO PERCENTUAL | DEZEMBRO DE 2009 A 2016

DESEMPENHO DO EMPREGO NA INDÚSTRIA

TABELA 03| Evolução do emprego nos segmentos ABFAEM NÚMERO E VARIAÇÃO PERCENTUAL | JANEIRO A DEZEMBRO DE 2016

Fonte: Caged/ MTE e RAIS 2014 | Elaboração: Websetorial

Segmentos

2016 2015 Saldo das contratações

Variação percentual (%)Dezembro Dezembro

A B A - B A/ B -1

ABFA 220.436 235.575 -15.139 -6,4

Ferramentas, artefatos e usinagem (SINAFER) 199.088 213.046 -13.958 -6,6

Artigos de cutelaria, facas e talheres 7.726 7.804 -78 -1,0

Demais artefatos, utensílios e ferragens de ferro e aço 112.857 121.776 -8.919 -7,3

Ferramentas 20.916 21.777 -861 -4,0

Instrumentos de medição 19.903 21.438 -1.535 -7,2

Usinagem pura, sem partes e peças 37.686 40.251 -2.565 -6,4

ABRASIVOS (SINAESP) 21.348 22.529 -1.181 -5,2

Lixas, rebolos e discos 21.348 22.529 -1.181 -5,2

-20%

-15%

-10%

-5%

0%

5%

10%

15%

220.000

230.000

240.000

250.000

260.000

270.000

280.000

290.000

300.000

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

ABFA Variação percentual em 12 meses

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EDIÇÃO: 12 | FEVEREIRO DE 2017Elaboração: Websetorial Consultoria econômica

Boletim EconômicoFEVEREIRO DE 2017 INDÚSTRIA BRASILEIRA DE

FERRAMENTAS, ABRASIVOS E USINAGEM

COMÉRCIO EXTERIOR NA INDÚSTRIA

Segmentos2016 2015 Variação %

Ac.ano Ac.ano Ac.ano

Exportações

ABFA 500 530 -5,7%

Ferramentas (SINAFER) 437 463 -5,6%

Ferramentas elétricas e pneumáticas 121 127 -4,5%

Ferramentas industriais 116 114 2,2%

Ferramentas manuais 139 147 -5,8%

Instrumentos de medição 6 9 -24,4%

Metal duro 50 49 2,6%

Serras 4 17 -78,6%

Abrasivos (SINAESP) 63 67 -6,1%

Importações

ABFA 1.000 1.325 -24,6%

Ferramentas (SINAFER) 804 1.105 -27,3%

Ferramentas elétricas e pneumáticas 176 284 -38,2%

Ferramentas industriais 371 462 -19,6%

Ferramentas manuais 137 204 -32,9%

Instrumentos de medição 33 50 -34,8%

Metal duro 27 38 -29,0%

Serras 60 67 -10,3%

Abrasivos (SINAESP) 196 220 -10,9%

Segmentos2016 2015 Variação %

Ac.ano Ac.ano 12 meses

Exportações

ABFA 60,0 60,8 -1,4%

Ferramentas (SINAFER) 50,3 49,5 1,6%

Ferramentas elétricas e pneumáticas 18,0 16,1 12,1%

Ferramentas industriais 14,3 19,1 -24,9%

Ferramentas manuais 14,1 9,6 46,2%

Instrumentos de medição 0,5 0,8 -33,3%

Metal duro 0,2 0,1 131,3%

Serras 3,2 3,9 -17,1%

Abrasivos (SINAESP) 9,6 11,3 -14,8%

TABELA 04|Comércio exterior brasileiroEM MILHÕES DÓLARES E VARIAÇÃO PERCENTUAL | JANEIRO A DEZEMBRO DE 2016

TABELA 05| Exportações brasileiras para a ArgentinaEM MILHÕES DÓLARES E VARIAÇÃO PERCENTUAL | JANEIRO A DEZEMBRO DE 2016

Fonte: Aliceweb/ SECEX | Elaboração: Websetorial

Fonte: Aliceweb/ SECEX | Elaboração: Websetorial