Anestesia Em Coelhos

download Anestesia Em Coelhos

of 23

Transcript of Anestesia Em Coelhos

  • 5/11/2018 Anestesia Em Coelhos

    1/23

    5 - ARTIGO DE REVISAO

    ANESTESIA EM COELHOS1Neuber Martins Fonseca?Saul. Goldenberg"Paulo de Oliveira Oomes"Cirilo Antonio de Paula Limas

    FONSECA, N. M.; GOLDENBERG, S,; GOMES, P. 0,; de PAULA LIMA, C.A. - Anestesia em coelhos. ActaCir.Bras., 11(2):82-104, 1996

    RESUMO: 0 objetivo deste trabalho de revisao foi orientar ao pesquisador nao habituado com tecnicasanestesieas, a rnelhor forma de anestesiar 0 coelho para perrnirir urn born desenvolvimento de seu experimento,Atencao foi empreendida para a avaliacao pre-anestesica, as limitacccs para 0 usa do coelho em experimentacfio,particularidades e tecnicas para a intubacao orotraqueal, vias de adrninistracao dos agentes anestesicos, rnedicacaopre-anestesica, rnonitcrizacao anestesica, agentes e tecnicas para anestesia com agentes injetaveis e inalat6rios,e alguns cuidados pos-anestesia que devem ser tornados.

    DESCRlTORES - Anestesia. Coelhos,

    INTRODUC;AO

    o coelhoe rnuito utilizado em estudosbiornedicos, porem ainda de uso limitado para pro-cedimentos cinirgicos experimentais, por problemasencontrados na anestesia":", sendo considerado comoa mais dificil especie dos animais de laborat6rio paraanestesiar'3,41,45,48,59,'20, devido a sua instabilidade nadose-resposra aos agentes anestesicos cornumenteutilizados, bern como na estreita margern de segu-ranca entre 0 plano anestesico cirurgico e 0 6bit089,e na dificuldade para a intubacao traqueal"7,8",, 'H,,o , .Estes fatores tem sido a causa da lirnitacao da escolhade coelhos para serem utilizados nos experimentoslaboratoriais!'. Contudo, adotando-se algumas medi-das conservadoras e de precaucoes, a anestesia podeser realizada de forma satisfatoria":".

    A anestesia geral deve ser sernpre executada noanimal sob as melhores condicoes possiveis, pois elaperrnite um estado de inconsciencia, prevenindoassirn, qualquer sofrimento durante uma manipulacaocirurgica, A pratica do uso de relaxante muscular paracontencao do animal a fim de realizar qualquer

    procedimento que provoque estimulo doloroso nan ejustificavel, por desconhecimento de principios etecnicas anestesiol6gicas, alem de ser consideradocomo urn ate desumano e selvagern'P.

    Apesar das dificuldades anestesiologicas encon-tradas para 0 coelho, esforcos devem ser feitos paraque haja uma maior utilizacao deste animal emexperimentos cirurgicos, pelas vantagens oferecidaspela especie, como a facilidade de manipulacao, vistoque sao animais d6ceis (a menos que estejam sobgrande estresse) exigir pouco espaco para alojamen-t089 e ser de facil controle das dcencas". Sao de portefisico adequado para rnuitos procedimentos cirurgicosexperimentais, principal mente aqueles que envolvamestudos em orgilos; e alern disto, se recuperamrapidamente do efeito dos agentes anestesicos. Outraimportante vantagem Ii : que este animal permite aabertura do torax sem que ocorra pneumotorax poissua anatomia toracica e constituida de uma membranaque se extende entre 0 pericardia e a regiao lateraldo externo possibilitando que 0 mediastino sejaatingido por abertura na linha media do externo semque OCOlTapneurnotorax",

    1. Trabalho de revisao da Tese de Doutorado do Curso de Pos-Graduacao em Tecnica Operat6ria e Cirurgia Experimentalda Universidade Federal de Sao Paulo (UNfFESP)- Escola Paulista de Medicina (EPM).

    2. Professor Adjunto do Curso de Anestesiologia da Universidade Federal de Uberlandia, Minas Gerais.3. Professor Titular da Disc, de Tee, Op, e Cir. Exper. do Departamento de Cirurgia da UNTFESP-EPM.4. Professor Adjunto, Coordenador do Curso de Pos-Graduacao em Tecnica Operat6ria e Cirurgia Experimental da UNIFESP-

    EPM.5. Professor Auxiliar de Ensino do Departamento de Medicine Animal da Universidade Federal de Uberlandia. Aluno do

    Curos de Pos-Graduacso em Tecnica Operat6ria e Cirurgia Experimental da UNlFESP-EPM, em nivel de Doutorado,

    82 - Acta Cirurgica Brasileira - Vol, 11 (2) 1996

  • 5/11/2018 Anestesia Em Coelhos

    2/23

    LIMITACOES PARA 0 usn EMEXPERIMENTACAoA escolha da especie animal para urn experimen-

    to laboratorial se reveste de grande importancia, aosaber que existem particularidades inerentes a propriaespecie".

    Geralmente oscoelhos S 8 . . o multo apropriadoscomo animal de experimentacao para procedimentoscirurgicos, bern como na avaliacao de agentes anes-tesicos, apresentando porem algumas caracteristicasque os lirnitam para certos tipos de estudo".

    Sao extrernamente resistentes a histamina, eportanto menos apropriados, do que par exemplo acobaia, para demonstracao dos efeitos desta droga oupara testes de antihistarninicos".o esvaziamento gastrico do coelho e muitolento, podendo serencontrado residues alimentarescom ate 5 dias de jejum, de forma que nao deveraoser utilizados para estudos de investigacao da absor-ao de medicarnentos administrados oralmente oupara estudos de dietas".o coelho tolera elevadas doses de atropina,maiores inclusive que outros animais de laboratorio,devido a sua grande reserva hepatica da enzimaatropina esterase, com a qual a droga e rapidamentedestruida".

    AVALIACAO PRE-ANESTESICAOs cuidados para uma boa avaliacao pre-

    anestesica sao importantes, po is e neste periodo quesao observadas as seguintes etapas:

    Sat/de do animalUrn significante fator na qualidade da anestesia

    em coelhos e a avaliacao de sua saude, de forma quesinais comuns de doencas sejam previamente reco-nhecidos",o coelho, como tambem outras especies deanimais de laboratorio, sao muito susceptiveis a umaserie de doencas que podem passar despercebidas aoexaminador, Urn exame clinico minucioso devera serfeito no animal, por medico veterinario qualificado,a fim de certificar a ausencia de sinais clinicos dequalquer doenca. Para procedimentos cirurgicos demaier porte, uma retina hematologicae bioquimicadeve ser adotada34,SJ.

    Para evitar alteracoes inerentes ao periodocircadiano habitual de ilurninacao (dia/noite), princi-palmente nos parametres hernatologicos, 0 experi-menta devera sempre que possivel, ser realizado nomesmo horario'".

    JejumE importante 0 controle da ingestao de alimentos

    e agua no pre-experimento, pois servira como guiade pararnetro do "bern estar" do animal". A dietapodera ser feita com racao comercial apropriada paracoelhos, nao sendo necessario complernentacdes, vistoque geralmente este tipo de dieta e completa'", A dietapaden! ser livre ate a momenta do experimento, poiso jejum pre-operatorio no coelho e desnecessario ea ocorrencia de vornitos durante aindl.lc;ao da anestesiae rara, 0 jejum pode ser necessario, caso 0 ateoperatorio envolva 0 tracto gastrointestinal superior.Durante a anestesia, a atividade esofagica normal esuprirnida, e com isto 0 gas acumulado no estornagopode causar distensao abdominal, as vezes sendonecessaria a passagern de sonda orogastrica para 0alivio desta distensao".

    AcomodacoesAs acomodacoes no perlodo pre-anestesico sao

    de vitalimportancia, pais pcdem interferir no com-portamento do animal. Sabe-se que 0 ambiente on deo animal permanece antes da intervencao cirurgica,se nao estiver em condicoes adequadas de bigiene,ventilacao e iluminacao, pode causar acentuadoestresse, sendo muito prejudicial para 0 ato aneste-sico".

    Os coelhos sao facilmente manipulados, especi-almente se J a tiveram uma experiencia previa emlaboratorio .. E comum, como em outras especies deanimals de experimentacao, que 0 coelho se tomeapreensivo quando retirado do seu meio habitual, e,transportado para urn local desconhecido, como alaboratorio experimental. Para que isto sejaminimizado, todo 0 esforc;:o devera ser feito para queo animal seja transferido para 0 novo alojamento dolaborarorio de experimentacao, pelo menos no diaanterior ao experimento, ou de preferencia, com umasemana de antecedencia. Esta conduta permitira umaminima adaptacao do animal ao novo ambiente,diminuindo 0 estresse e permitindo que sejammensuradas medidas mais fidedignas dos parametresfisiologicos basais34,~9,g3que poderao servir comocriterio de comparacao para com os sinais do periodode observacao do pos-experimento".

    Manuseio e contenciioA correta contencao do animal, bern como urnadequado manuseio, sao tarnbern importantes Henspara diminuir 0 estresse do coelho, e somarao noauxilio da avaliacao dos parametres fisiologicos basais,tomando-os mais fidedignos", bern como facilitando

    as manobras para induyao anestesicar'.A contencao do coelho pede ser feita com

    utilizacao de caixa apropriada, denominada de caixade contencao (Fig. I), e de preferencia, uma caixaque mantenha a cabeca do coelho exteriorizada, deforma que permita a facil abordagem dos vasos daorelhaJ3,76,H3.89. A caixa de contencao pede ser facil-Acta Cirurgica Brasileira - Vol. 11 (2) /996 - 83

  • 5/11/2018 Anestesia Em Coelhos

    3/23

    mente construida, sendo muito util para dominar 0animal durante a administracao de agentes intravenososou anestesicos inalatorios, e desde que 0 animal estejaem posicao confortavel, podera permanecer nela porlongo periodo".

    Os coelhos sao animais doceis, mas quando malconti dos, podem causar arranhoes profundos ao trans-portador ou mesmo ao examinador, 0 transportemanual do coelho deve ser feito pela pele frouxa dascostas,e nunca pelas orelhas au membros, especial-mente pernas":". A tecnica de transporte preferidapara coelhos maiores dever ser a que a cabeca doanimal seja colocada na axila do transportador; como abdome do animal apoiado no antebraco correspon-dente. Nao e aconselhavel a contencao pelas patasou orelhas, pais isto fara com que 0 animal sedebata'". Assim, todo 0 cuidado dever ser tornado nosenti do de evitar que 0 animal seja mal conduzido,pois caso coutrario, podera reagir'com pontapes ereviravoltas, levando a grande exercicio das juncoesintervertebrais, que poderao sangrar au romper cau-sando necrose local e 'a do animallO .H 3.!

  • 5/11/2018 Anestesia Em Coelhos

    4/23

    a 3,0 quilos, tuba traqueal de diarnetro interno de 3,0au 3,5 mm: e coelhos acirna de 3,0 quilos, tuba tra-

    Fig. 2- Coelho em posicao de decubito dorsal subrnetido aintubacao orotraqueal. Cabo do laringoscopio (l), coxim (2),tracao dos ineisivos com cordone (3).queal com difimetro interno de 3,5 au 4,0 mm 1,3),)4,101,Nao e indicado 0 usa de tuba traqueal com balonete,devido a pressao relativamente alta que a balonetepodera exercer sobre 0 epitelio traqueal, possibilitan-do a necrose de tecidas91,102.

    As circunstancias e necessidades do procedimen-to cirurgico determinam se havera a necessidade deintubacao traqueal, se poderia permitir ao coelhorespirar espontaneamente ou se ele seria ventiladomanualmente au rnecanicamente e se drogas adicio-nais, como os relaxantes musculares, analgesicos ouanestesicos seriam administrados'", porem sempre quepossivel a venrilacao mecanica deve ser a adotada,por permitir rnelhor controle dos gases arterials".

    VIAS DE ADMINISTRA

  • 5/11/2018 Anestesia Em Coelhos

    5/23

    A via intraperitoneal 6 muito utilizada, por serde facil injec,:30 e por permitir urn maior tempo deacao das drogas, apesar de apresentar 0 inconvenientede ser uma via de dificil controle na dosagem dasdrogas", devido a rna absorcao da droga,caso sejainjetada inadvertidamente em orgaos da cavidadeabdominal, 0 que retardara 0 periodo de latencia ouate proporcionara urn padrao irreal de anestesia".Ontra desvantagem desta via e 0 prolongado tempode recuperacao anestesica, podendo frequenrernenteestender-se alem do tempo de cirurgia, tornando 0animal susceptivel a complicacoes como hipotermiae depressao respiratoria. Apesar destas desvantagens,ainda e uma via preferida por alguns, do que aintramuscular par exemplo, pais como o s agentesanestesicos sao geralmente por natureza irritantes,podem causar rniosite quando injetados por viain tramuscul ar".

    A via espinhal e raramente utilizada no coelho,principaLmente para injecao de anestesicos locaisantes de intervencao cirurgica'",

    MEDlCACAO PRE-ANESTESrCA

    A medicacao pre-anestesica e 0 ato que antecedea anestesia, preparando 0 animal para a anestesia,dando-lhe a devida sedacao, suprimindo-lhe airritahilidade, a agressividade e as reacoes indeseja-veis causadas pelos anestesicos". Caso 0 coelhomanifesre oestresse com a vocalizacao, sera prudenreque 0 experirnento seja postergado para urn outroperiodo",

    Como ja mencionado, os coelhos sao animaisque se estressam com faci lidade, de forma que,sempre que possivel, urn tranquilizante ou sedativodeve ser utilizado, mesmo que 0 animal esteja emlocal familiarizado, ou para ser transferido a sala deoperacao, minimizando desta forma 0 estresse cau-sado pela rnanipulacao".

    As drogas empregadas no coelno para medicacaopre-anestesica apresentam algumas finalidades, comopara reduzir a dor e 0 desconforto, diminuir aquantidade dos agentes anestesicos utilizados naanestesia do animal, minimizando assim os efeitosindesejaveis dos anestesicos+",

    Varies sao os medieamentos que podem serutilizados no coelho como rnedicacao pre-anestesica,estando geralmeute a opcao da droga relacionada como agente anestesico a ser empregado e com a pre-ferencia pessoal do examinador pelo medicamento".

    Para se obter tranquilizacao discreta para simplesmanipulacoes em coelhos, pode-se utilizar os deriva-dos da fenotiazina, tais com a levornepromazina oua clorprornazina (0,5 a I mglkg, im ou 2 mg/kg,sc )40,57,83,85. Estes agentes pertencem a classe dosneurolepticos e podem potencializar a acao de anes-86 - Acta Cirurgica Brasileira - Vol, 1J (2) 1996

    tesicos, hipnoticos e narcoanalgesicos, bern como,reduzir a dose necessaria de drogas utilizadas paramanter a anestesia em plano cirurgico'",

    A associacao ferrtaniI/f1uanisona (0,2 a 0,5 ml/kg. irn) pode produzir sedacao e analgesia suficientepara pequenas manipulacoes no animal, como depi-lac;:ao e venopuncao",

    Os benzodizapinicos, como diazepam oumidazolam (2 rug/kg, IV; 4 mg/kg, im ou ip), produzboa sedacao no coelho, porem sem nenhum efeitoanalgesieo . Potencializa a a9ao dos narcoanalgesicos,permitindo certo grau de relaxamento muscular".

    A quetamina (25 mg/kg, im) pode produzirsedacao profunda e boa analgesia, porem insuficientepara procedimentos cinirgicos superficiais na dosereferida".

    A xilazina (1 a 3 mg/kg, im), um tranquilizanteagonista-adrenergico, produz boa sedacao no coelho,com moderada analgesia. Potencializa a acao demuiras drogas anestesicas".A alfadolanalalfaxalona (9 a 12 mg/kg, im)permite sedacao profunda, sendo variavel 0 efeito deanimal para animal, com baixo efeito analgesico",

    A atropina, utilizada com objetivo anticolinergico(para reduzir a secrecao salivar e bronquica e protegero coracao do reflexo vagal), geralmente e inefi.cienteno coelho, sendo necessario altas doses do medica-mento", uma vez que 0 coelho metaboliza muitorapido a droga por ter grandes reservas hepaticas daenzima atropina esterase".

    A Tabela I apresenta alguns medicarnentos, comdose e melhor via de administracao, utilizados paraa anestesia ou sedacao do coelh034,46,6I,87.1'8,Tabela I - Agentes utilizados para anestesia ou seda~ao doccelho,DROGA DOSE (mglkg) VIA EFEITOAceprornazina Ia 2 s.c. au i.m, sedacsoAlfadolonal 6 a 9 I.V. anesresia *alfaxalonuAtropina 0.05 UTI. fuguzBuprcnorf ina 0,01 a 0,05 s.c. ou i.rn. S a [2 horasButorfanol 0,] a 0,5 LV. 4 horusClorprornazina 3 a 5 I.V. au i.m. sedacaoDiazepam 2 i.v, scda.yiioDoxapram 2 a 5 i.v,Flunixin I s.c. ou i.m. 12 horasFenianill 0,22 i.m. scduyao( luanixona (ml/kg)Fent./nuan./ 0,3 I11l/kg i.m.u.p.ou anestesiadiazepam + 2 mg/kg i .v.(diazepam)Fent/fluan/ 013 ml/kg i.~ll.,i.p,ou ancstcsiamidazolam + 2 mg/kg I.V.(miduzolam)lbuprofem 1 0 LV. 24 horusKctamina 30 a 40 t.rn, anestesiaXilazina 2 a 10 LID, se d a C;:3 0 aanestesia.. profunda dcpressao respiratorias.c. subcutanco, i.rn . - intramuscular, i.p.. intraperitoneal,i.v, - endovcnoso

  • 5/11/2018 Anestesia Em Coelhos

    6/23

    MONITORIZACAO DA ANESTESIAUrn plano cirurgico-anestesico ideal e muitodificil de ser obtido no coelho, devendo as agentesanestesicos serem administrados com cuidado1J,33,45,48.89.

    Uma vez que a susceptibilidade aos agentes aneste-sicos varia muito de coelho para coelho, a dose idealdever ser determinada com a observacao criteriosados efeitos clinicos da medicacao, e nao por umadose padronizada e fixa",

    A administracao do agente anestesico normal-mente e seguida par depressao da atividade dediversas regices do sistema nervoso central, e assim,a animal perde a controle de determinados reflexos.A anestesia devera ser entao avaliada, instanle ainstante, para certificar quanto ao plano de anestesiafrente ao estimulo doloroso",

    Para assegurar a controle da dor e da incons-ciencia com anestesia, deverao ser utilizados mew-camentos e tecnicas apropriadas, ao mesmo tempo emque a coelho devera ser monitorizado adequadamentepara contra Ie do nivel de anestesia e manutencao dasfuncoes fisiologicas vitais'P, A adequada monitori-zacao do coelho nao necessita obrigatoriamente deequipamentos sofisticados, porem com observacoesclinicas basicas como a coloracao das mucosas,frequencies cardiaca e respiratoria, qualidade dopulso, pode-se monitorizar 0 coelho com segurancae confiabilidade". E tambem irnportante 0 conheci-mento das respostas do animal aos diferentes agentesanalgesicos e anestesicos utilizados, de forma que, 0conforto do animal seja assegurado'".

    Os principios gerais de monitorizacao e coniroledas funcoes vitais (Tabela II) durante a anestesia nocoelho se assernelham com as do bomem, sendo deespecial importancia a controlc de diversos parametres,tais como, iufusao de liquidus, frequencias respira-toria e cardiaca, pressao arterial, reflexos digital aoestirnulo doloroso, movimento ocular, reflexespalpebral e corneal, temperatura corporal=!".Tabela 1I - Valores fisio16gicos basais do coelho adulto (3,0kg)"I0.30,61,81,l1',I 15.

    Dcscricao valorFrequencia respiratoria (incursoes por minuto)Volume corrcnte ( 1 1 1 1 )(ml/kg)Frcquencia cardiaca (batimentos por minuto)Volume sanguineo (ml/kg)Temperatura corporal ("C)Tempo de coagulacao (rnin.)

    32 a 6020

    4 a 6220 a 330

    7 03 R a 402 a 5

    Resposta ao estimulo dolorosoo reflexo doloroso provavelmente e a melhor

    indice para deterrninar 0 plano cirurgico-anestesico,

    devendo sempre ser usado com criteria antes dequalquer procedimento cirurgico na avaliacao doplano anestesico do animaf". Como 0 principio basicoda anestesia e a bloqueio da percepcao dolo rosa aresposta ao estimulo doloroso, entende-se que sejafundamental 0 controle do estimulo doloroso para aavaliaeao do nivel de anestesia. 0 reflexo ao estimulodoloroso cutaneo entre as pregas cutaneas da mao oudo pe e considerado como 0 local mais fidedigno paraesta aval iacao",o estimulo doloraso no coelho tambem pode seravaliado na orelha QlI no pe, par preensao direta comqualquer instrumento que prornova estimulo doloro-S057, Se com 0 estirnulo houver contracao muscular,ou lacrimejamento, conclui-se que a profundidade daanestesia e insuficiente para perrnitir qualquer pro-cedimento cirurgico".o plano de anestesia pede variar com base no

    grau do estirnulo cinirgico e nas condicoesfisiolo-gicas do animal, devendo ser adequado individual-mente mediante balance anestesia/analgesia e funcoesfisiologicas do animal'". Como 0 estimulo dolorosonao e unifonne em todas areas do corpo (conformemostra a tabela In), e possivel que diante de umalaparotornia, par exemplo, 0 animal nao demonstrenenbum tipo de movirnento ou alguma respostaautonoma, como aumento da frequencia cardiaca. Poreste motivo,e recomendado que a avaliacao aoestirnulo doloroso seja feito em regioes mais sensi-veis, como na orelha, pe ou mao do animal, e naoem regioes menos sensiveis, como por pincamentode pele da regiao abdominal".

    Alteraciies no rejlexo ocularE limitado 0 uso do reflexo ocular, ou do

    movimenlO dos olhos, como criterio na avaliacao daprofundidade da anestesia no coelho. 0 reflexocorneano como indicador de plano anestesico ternside durarncnte criticado par varios autores devidoa falta de consistencia com criterio de plano ancs-tesicoll,4X,119. Apesar da pupila contrair-se e dilatar-se durante a anestesia, como em outros animais 0coelho tern uma tendencia a fechar os olbos, quesomada a retardada resposta ocular, exclui este sinalcomo urn born criterio da avaliacao clinica de estagioda anestesia". 0 reflexo palpebral e de dificil ava-liacao e pode estar presente mesmo em plano pro-fundo de anestesia. A posicao ocular, 0 grau dedilatacao pupilar ou a ocorrencia de nistagmo naodevern ser adotados como principais criterios nainvestigacfto da profundidade da anestesia, paden doporern, ser associ ados com outros sinais clinicos deavaliacao do padrao de anestesia".

    Acta Cinirgica Brasileira - Vol. 11 (2) 1996 - 87

  • 5/11/2018 Anestesia Em Coelhos

    7/23

    Tabela ill-Escala de sensibilidade an estimulo delorose",

    Regioes + ++Grau de sensibi I idade

    ++++++Pele Partes corneas

    e calosasEsofago, estornagoe intestinesTendoes e rnus-culosSubstiincias osseasscm periosteoc cartilagensParede do estornagoe intestine, rim, figado,pulrnocs, t ireoide, uteroe ovarioCerebro, medula espi-nhal e durn-mater

    Dorso, membrose pescocoVagina, uteroe faringeTecidos subcuta-ncos

    Mucosas

    Tecidos conjun-tivos fibrosesEsqucleto Endosteo,m edu la e ligarn eru osVisceras Epiplon, vesicula.cap su l a renal

    Tecido nervoso Linfonodos

    Extremidades,focinbo e ventre

    Dcdos, labios, nariz e genitais

    Boca, nariz, con-juntiva e bexigaAponeu rase,tecido pcritendinosoPeriostco e periciindrio,capsu la articular

    Reto, anus, uretra, vestibulo,cavidade nasalPeriosteo e pericondrio

    Cavidade alveolar

    Vias biliares, pcdlculoesplenico, ligamentouteros-sacro

    Peritonco, pleura. diafragma, pedi-culo renal C testiculo

    Nervo simpatico, raizes Nerves sensitives e rnistosespinhais, plexosperiarteriais

    Alteracoes da funcdo cardioresplratoriaGeralmente os anestesicos causam depressao da

    funcao cardiorespiratoria diretamente relacionada coma dose". A profundidade anestesica no coelho podeentao ser avaliada pela frequencia e profundidade darespiracao, podendo os agentes anestesicos seremadministrados tomando como criterio a respiracao,que pode tornar-se tao mais abdominal quanta maisprofunda for a plano de anestesia, Se a respiracaoestiver com padrao intermitente, diminuida au cominstantes de apneia, 0 anima! se encontra em planoprofundo de anestesia, e rnedidas de ressusciracaodeverao ser tornadas'", Coovencionalmente, 0 padraoventi Itori 0 diante de uma aoestesia, tende a apresen-tar diminuicao da frequencia respirat6ria e aumentoda profundidade da respiracao", de forma que, umpadrao ventilatorio regular, adotado na anestesiainalat6ria com isoflurano, por exernplo, pode indicarum plano anestesico segura para 0 animal".

    A monitorizacao dos parametres ventilatoriospo de ser feita pela observacao da frequencia respi-ratoria do animal, onde 0 padrao e a profundidadeventilat6ria podem ser facilmente monitorizados".Alguns equipamentos desenvolvidos para 0 homern,como capnografo, ventil6metro, respirornetro, monitorde freqiiencia respiratoria podem ser utilizados paraa monitorizacao da funcao respiratoria do coelho,porem, como geralmente sao incorporados no circuitoanestesico, poderao aumentar 0 volume do espacomorto levando a alteracdes venrilatorias importantes,de forma que, cuidados deverao ser tornados paraevitar este efeito, como adaptacoes nos conectoresempregados",Apesar das medidas mecanicas nonnalmentefornecerem bom pariimetro da func;ao respiratoria docoelho, alguma atencao deve ser dispensada naavaliacao da adequada troca de gases que ocorre Ii88 ~ Acta Cirurgica Brasileira - Vol. 11 (2) 1996

    nivel pulmonar. Esta avaliacao podera ser feita eli-nicamente pela observacao da coloracao das mucosas,au em estado de cirurgia, pela cor do sangue nocampo de operacao, 0 oximetro de pulse e urnimportante instrumento adicional para analise dasaturacao de oxigenio, podendo ser utilizado comsucesso e facilidade no coelho, cujo sensor de leiturapode ser colocado na orelha, lingua ou nariz", Porem,estas observacoes indicam somente a saturacao arte-rial de oxigenio no sangue, nao indicando qualqueralteracao a nivel de troca de dioxide de carbona, deforma que quando se fizer necessario, uma melhorami lise das trocas de gases a nivel pulmonar deveraser utilizado. 0 metodo de monitorizacao do padraode trocas gasosas e ventilatorio mais satisfat6rio e aanalise dos gases sanguineos, obtida de amostra desangue arterial. A analise deste sangue arterial for-necera a pressao parcial de oxigenio, dioxide decarbono e pH, e em adicional calculara a concentra-c;ao de bicarbonate de sodio e excesso de bases3J.'OJ.Amostra de sangue arterial podera ser facilmenteobtida por canulizacao da arteria femural ou arteriaauricular caudal (arteria central da orelhaj".

    A diminuicao na ventilacao alveolar e provavel-mente a principal causa do aumento da concentracaoarterial de COt, principalmente considerando que aanestesia com agentes inalatorios, como 0 isoflurano,acarreta depressao do sistema nervoso central, comconsequente queda de resposta ventilatoria ahipe rcapn ia e a hip6xia21,27.38.

    Depressao cardiovascular na anestesia do coelhousualmente resulta de queda na resistencia vascularsistemica ou falencia da funcao cardiaca, diretamenterelacionada com 0 agente anestesico utilizado, berncomo na dose do mesmo. 0 ritmo cardiaco e aqualidade do pulso periferico podem ser facilmentemonitorizados no coelho. A frequencia cardiaca e a

  • 5/11/2018 Anestesia Em Coelhos

    8/23

    tonaLidade do som cardiaco pode ser monitorizadocom estetosc6pio fi.xado na regiao cardiaca do torax,au melhor ainda, utilizando estetosc6pio esofagico".o tracado eletrico e a freqiiencia cardiaca podemser monitorizadas par monitor cardiaco, sendo pre-ferivel 0 eletrocardiograma. Os monitores cardiadosgeralmente sao indevidos para serem utilizados nocoelho, uma vez que sao desenvolvidos e calibradospara 0 homem, e normalmenre registram ate 250batimentos POf minute, sendo impr6prios para regis-tro de altas frequencies como e observada em coe-111os33.

    A monitorizacao da pressao arterial pode serclinicarnente avaliada por observacao da coloracao damucosa, que indiretamente indicara a qualidade daperfusao periferica. No coelho ela podera ser dire-ramente medida por insercao de urn cateter na arteria,podendo ser facilmente canulizadas a arteria femuralou a arteria auricular caudaIJJ.J4.

    Temperatura corporalA monitorizacao da temperatura do coelho durante

    o procedimento anestesico e efetuda para controle dasvariacoes termicas de hiper ou hipotermia que podemocorrer!". A temperatura retal e utilizada por diversospesquisadores como criterio de rnonitorizacao datemperatura 11.93.120. Porem, sempre que possivel, atemperatura timpanica ou esofagica devera ser ado-tada por corresponder com maier fidelidade ao valorreal, uma vez que a temperatura retal alem deresponder rnais lentamente a s variacoes de tempera-tura, podera ter iaterferencia com 0 bolo fecaI61IIO.Em cirurgias prolongadas, principal rnente quandoagentes inalatorios sao utilizados, cuidados deveraoser tomados para evitar a perda de calor, pois estesagentes provocarn vasodilatacao periferica, ocorrendomais acentuadamente com 0 isofluranov-", e portanto,aumentam as perdas de calor por radiacao, conducaoe evaporacdo, bern como, por provocarem relaxamen-to muscular impedem a producao de calor!", Estecontrole podera ser feito por meio de incubadora",colchao termico, au por calor irradiante, como parexemplo, lampada incandescente au de infravermelho,que e 0 recurso usado par alguns autores":". Coelhospequenos deverao ser protegidos da perda exccssivade calor durante a anesresia, como por exemplo,envolvendo-os com toalha".

    Reposiciio de liquidosPrincipios gerais de fluidoterapia e reposicao

    volemica, como cristaloides e expansores plasmaticossao aplicados ao coelho", devendo manter 0 animalo mais proximo possivel das normalidades bioquirni-cas e hematologica (consultar as Tabelas IV e V).

    Tabeta ]V Valeres hematol.ogicos normals no coelhoadulto''l,sS.lIS:Parflmetro Unidade ValorLeucocitos 10]/ mm] 8,1 - 13,0Hernacias 10b/mm' 4,8 - 6.1Hemog lob i n a gfdl 10,5 - 13,1Hernarecri ro % 35,0 - 42,0VCM micras' 60,0 - 63,0HCM picogramas 19,1 - 23,0VHCM g l d J 29,0 - 35,0Linfocitos 0 /0 40.0 - 80,0eutrofilos % 17,0 - 47,0

    Eosin6l'ilos % 0-5Mon6citos % o - 4Basefilos % o - IPlaquetas 10]/mm' 2 - 4Reticulocitos % 2 - 4

    Tabela V - Valures hioquimices normal no sora do coel ..hoadultc'":Teste Unidade ValorAcido urico mgfdl 0-1.0Albumina gldl 0.9-1.7Fosfatase alcalina UUI 30-64Bilirrubina total rng/dl 0.3-0.6Bilirrubina direta mgldI 0-0.2BUN mgldl 8-20Calcic mgldl 7.8-1.2.2Co le stcro l m g/dl 52-113Creatiuina mgfdl 0.7-1.6GTP UVrnI 0-7Globulina g/dl 2.2-3.6Glicosc gfdl 109-186LDH UI/L 46-113F6sforo rngldl 4.2-7.0Pouissio mmollL 3.9-5.3Proteinas rotais gldl 5.2-7.2Rela~ao Alb/Glob. 0.9-1.7SGOT UVL 23-66SOPT U1/L 60-113S6dio mmoUL 130-150Trigliceridcs mgldl 86-234

    AGENTES ANESTESICOS INJET A VEIS

    Coelhos brancos, de linhagem "breed" NovaZelandia tem sido, provavelmente, a linhagem maisutilizada nos experimentos laboratoriais, contudo, asusceptibilidade a anestesia parece variar mais decoelho para coelho do que a uma linhagem especificacomo do tipo "breed", de forma que a utilizacao de

    Acta Ciriirgica Brasileira - Vol. 11 (2) 1996 - 89

  • 5/11/2018 Anestesia Em Coelhos

    9/23

    animals sem linhagem definida tem side preferida porfomecer resultados mais satisfat6rios e fidedignos",

    A escolha do anestesico ideal para 0 animal eaquele que quando aplicado imediatarnente antes daintervencao cirurgica, cessa seu efeito logo ap6s atermino da mesma, e que altere 0 minima possivel asparametres fisiol6gicos do animal".

    Como os diferentes agentes anestesicos oferecemvantagens e desvantagens, a escolha do agente de-pende muito da experiencia do examinador, e defatorescomo local e duracao do ato cirurgico, berncomo do principal objetivo da investigacao".

    Combinacoes de ageates anestesicos podem serfeitas para a anestesia do coelho, porern com diferentegradiente de intensidade, conseguindo-se desde umaboa manipulacao com a imobil izacao medicamentosa(contencao quimica) ate a anestesia profunda, em queamplas intervencoes cirurgicas podem ser realiza-das7J83. Varies agentes anestesicos podem ser utili-zados com a finalidade de produzir perda da cons-ciencia, analgesia, e supressao da atividade reflex ae muscular no coelho, Este objetivo pode ser con-seguido com urn medicamento, ou alternativamente,por uma associacao de medicarnentos, cad a urnpodendo isoladamente, contribuir com 0 efeito dese-jado para a anestesia, sendo geralmente esta a opcaopreferida, pela vantagem que rnuitas associaceesrnedicamentosas podem atenuar os efeiros indeseja-veis, que podem ser pronunciados quando 0 medi-camento e utilizado isoladarnente",

    Os agentes anestesicos utilizados por via venosadeverao sec utilizados de forma cuidadosa,lenta ediluida, de tal forma que 0 efeito maxima somenteseja atingido com alguns minutes de intervalo, evi-tando sobredose anestesica ao animal'".

    Esta tecnica anestesica se popularizou com aintroducao de varies medicamentos injetaveis, permi-tindo assim urna auestesia satisfat6ria, sem a neces-sidade de submeter 0 coelho a uma intubacao traqueal,tecnica temida por muitos autores, devido as dificul-dades tecnicas discutidas anteriormelltel.~,I~.60.n.89.101.

    Dos agentes intravenosos utilizados para aanestesia do coelho, 0 acido barbiturico tern side urndos rnais utilizados. Este agente foi preparado em1864 por ADOLPH VON BAYER. porem a anestesiaintravenosa s6 se tomou popular com a introducao,na decada de 1930, dos barbituricos de acao ultra-rapida", 1 t i . ern 1954, UNG indicava 0 uso debarbituros para coelhos, sendo 0 tiopental indica dopara curtos procedimentos e 0 pentobarbital paraprocedimenros em que 0 tempo anestesico exigi sseser major. Este mesmo autor, em 1957, tambern jareferia alguns problemas encontrados na anestesiacom pentobarbital no coelho, ressaltando que amesma dose em rug/kg de peso utilizada para umcoelbo, era insuficiente para outro, como no trabalhode GARDNER em196442 em que utilizou doses de90 - Acta Cirurgica Brasileira - Vol. 11 (2) 1996

    7,35 a 83,3 mg/kg de peso para obter 0mesmo padraode anestesia, A grande variacao de resposta individualdos coelhos aos barbiniricos e exaustivamente refe-rida23,70.7l.76.R3,92, Alern disto, ocorre com grandefrequencia parada respiratoria, de dificil reversao aopadrao espontaneo, devido a estreita margem deseguranca entre o plano anestesico-cirurgico e asupressao do padrao respirat6rio espontaneo'"!".Apesar disto, 0 pentobarbital ainda continua sendo 0barbiturico mais utilizado no coelho, por ser de baixocusto e permitir anestesia-lo sem a necessidadeabsoluta de subrneter 0 animal a intubacao traqueal".A dose utilizada pode ser de 25-40 mg!kg depesolO.S3.89,porem com algumas precaucoes como aadminist racao lenta e avaliacao continua dos reflexosque orientarn 0 nivel on 0 plano anestesico, a fimde que seja evitada a parada respiraroria'". Como 0indice de mortalidade com esta droga e alto, mesmocom as precaucoes descritas, esta droga deve serevitada em coelhos, a menos que seja extremamentenecessaria", 0 tiopental (30 mg/kg, iv, l,25%) oumctohexital (10-15 mg/kg, iv, 1%) ainda podem serutilizados como opcao para procedimentos de curtaduracao, como aqueles entre 5 a 10 minutes",Oxibarbituricos sao contra-indicados devido a baixamargem de seguranca", com grande variacao na dose-resposta do agente de coelho para coelho'". A dis-crepancia das respostas aos barbituriccs talvez seprenda a via de aplicacao do mesmo, ou ii altasconcentracoes uti lizadas".

    A quetamina,. urn agente arilcicloalquilamina,induz estado de sedacao, imobilidade e analgesiaacentuada com efeito de anestesia dissoci ativa26,!i 1.82.Promove atividade depressora do sistema nervosocentral, com bloqueio da couducao do impulse sen-sitivo doloroso ao talamo e cortex cerebral'P, Tendea estimula.r a funcao cardiovascular com aumento dodebito cardiaco26.51.82. Estes fatores qualificam aoc1oridrato de queta.mina uma larga margem de segurapara 0 uso em coelhos". A quetamina (44 mg/kg; im)pode ser usada isoladamente como agente anestesico,apresentando alem da grande margern de seguranca,facil controle do plano anestesico. Porern e de usalimitado, devido a alta incidencia de apneia7088, e parnao promover adequado relaxamento muscular'F'!'".

    A xilazina e urn potente hipn6tico nao narc6ticotranquilizante agonista-adrenergico, de aC;ao central,com propriedades analgesicas e de relaxamentomuscular, par inibir os impulsos de transmissaointraneural+". Porem, nao e indicada para seruti-lizada isoladamente como agente anestesico no co-elho, par promover hipotensao arterial importante egraves arritmias cardlacas'

  • 5/11/2018 Anestesia Em Coelhos

    10/23

    anestesico cirurgico efetivo por cerca de 30 a 75minutos33,8J.98,II8, Tanto a quetamina quanta a xilazinasao soluveis em agua e podem ser misturados namesma seringa para ser administrado!'. A associacaoda quetarnina-xilazina minimiza os efeitos de catalepsiae delirio da quetamina no coelho'", porem, prornovequeda da pressao arterial e acentuada depressaorespiratoria", que e maior, cornparativamente, que aque ocorre com a mistura de fentanillfluanisonalmidazolam ou diazepam", E uma associacao muitopopular para coelhos, podendo ser utilizada por viaintramuscular au intravenosa".

    A tiletarnina e outro anestesico dissociativoari lcicloalquilamina caracterizado par promoverinducao rapida e por potencialmente promovercatalepsia no coelho". Este agente nao produzanalgesia adequada para qualquer intervencao cirur-gica no coelho, porem pode potencializar 0 efeito deoutros agentes quando associados a ele, como oshipno-analgesicos". 0 zolazepam, por exernplo, e urntranquilizante benzodiazepinice de baixo efeitotranquilizante". Sua associacao com a tiletamina naoproduz born plano de anestesia 113, porern a associacaoda tilamina-zolazepam com a xilazina, nas doses de32-64-5 mglkg de peso respectivamente, pode pro-mover born plano de anestesia, sendo em algumassituacoes rnais estavel que a associacao quetamina-xilazina", Porern, como e nefrotoxico nas doseshabitualmente recomendadas, e contra-indicado parauso na anestesia para coelhos",

    A acepromazina, um tranquilizante fenotiazlnico,potente neuroleptico, com atividade bloqueadora,-adrenergica'", e por isto, potente hipotensor, podeauxiliar n a anestesia do coelho. Deve ser usado comcuidado e em condicoes hemodinarnicas nonnais, afim de evitar a ocorrencia de grave hipotensao". Aassociacao da quetamina (9 partes) com acepromazina(l parte), na dose de 20-25 mglk de peso, prornoveimobilizacao por curto periodo!". A associacaoquetamina-xilazina com acepromazina tern sido refe-rida por alguns autores para prornover anestesia nocoelho par periodos prolongados'

  • 5/11/2018 Anestesia Em Coelhos

    11/23

    Propofol (di-isopropilfenol) e urn potente anes-tesico intravenoso, quimicamente nao relacionado aosoutros agentes anestesicos intravenosos~6,43.51.82,Certaspropriedades do propofol se assemelharn ao tiopentalcom respeito a que e um agente de nip ida acao ecurta duracao e sem efeitos secundarios de excitacao.Esta propriedade do propofol se deve ao decliniorapido da concentracao sangi.iinea do agente apesadrninistracao venosa em virtude de sua rapida dis-tr:ibui9ao4JSI.79, e como e uma droga muito lipofllica,entra e sai do cerebra multo rapidamente, e portantopermitindo rapida recuperacao da anestesia". 0 des-pertar da anestesia e mais rapido, por exemplo, doque aquele a partir do tiopental, alfadolonalalfaxalonaou etomidad026.51.s2. Ambos agentes possuem indiceterapeutico e efeitos cardiorespiratorios simi lares,caracterizado por induzir intensa depressao respira-t6ria no coelho, mesmo quando administrado lenta-mente, e antes mesmo que 0 animal atinja planoanestesico cirurgico":". A configuracao anestesicadifere do tiopental no que se refere a recuperacao daanestesia, sendo mais rapida, mesmo quando utilizadoem doses repetidas ou em infusao continua. Tambemnao causa lesao tecidual quando injetado intra-arterialou em regiao perivascular, E um agente compativelcom lima grande gama de drogas usadas na pre-medicacao e com os agentes inalatorios. A dose depropofol recomendada para a imobilizacao do coelhoe de 1 0 mg/kg de peso corporal, podendo tambemser mantida por infusoes repetidas ou continua a umadose de 1, 55 mg/kg de peso/miuuto-':".

    Uma serie de agonistas.sadrenergicos altarnenteseletivos, de ayno central, com propriedades scdativas,estao sendo desenvolvidos. A dexmedetomidina ja seencontra para uso anestesico veterinario, Estes com-postos nao reduzem acentuadarnente as necessidadesde dose dos agentes anestesicos, porem podem sercapazes de induzir a anestesia por si mesmas",

    Anestesicos locais nao sao usualrnente utilizadospara anestesia em coelhos, exceto para anestesia cmcirurgia que envolva os olhos, mesmo assim, sendoutilizado em associacao com outra tecnica anestesica,e de preferencia a anestesia geral". Em cirurgiacardiovascular, podera ser utilizado no coracao paraevitar fibrilacao, ou usar em vasos para prevenirespasmo arterial".

    ANESTESIA INALATORIA

    Apesar da grande variedade de agentes aneste-sieos injetaveis em disponibilidade para 0 uso emcoelho, a anestesia inalatoria tem sido preferida,principalmente quando se deseja uma recuperacaoanestesica precoce, urn controle preciso do plano daanestesia ou dos parametros fisiologicos mais proxi-mos dos val ores basais~J84.I09.E a tecnica de escolha92 - Acta Cirurgica Brasileira - Vol. 11 (2) 1996

    para promover anestesia por longo periodo no coe-Iho73 podendo ser induzida utilizando varias drogase diferentes tecnicas", e em muitas circunstancias,utilizar um unico agente para promover a perda daconsciencia, analgesia, depressao da atividade reflexae relaxamento muscular".

    A adrninistracao de agentes inalatorios para ainducao do coelho pode ser feita por meio de mascarafaciaP3.57.SS,porem, e lima tecnica muito estressantetanto para 0 animal quanto para 0 pesquisador". Esteestresse desnecessario pode serevitado adotando-seourra forma de inducao da anestesia, sendo preferivel,a utilizacao de agentes venosos, ou mesmo sedativosou tranquilizantes potentes na medicacao pre-anestesica, podendo assim, facilitar a inducao emanutencao da anestesia, por meio de agentes anes-tesicos inalatorios" ..

    Outro metoda para administracao de agentesinalat6rios ao coelho, em que tambern a intubacaotraqueal poderia ser evitada, e 0 da camara deanestesia, tarnbem chamada de caixa anestesica, Acarnara geralmente e urn recipiente de vidro ou deplastico, ern que 0 animal e colocado no seu interior,e que contern uma gase ou urn algodao embebido emanestesico Iiquido".3I1,I[)(,. A concentracao na camarae aleat6ria, podendo ser letal para 0 coelho, princi-palmente quando algum anestesico de facil vapori-zacao e utiLizado, como 0 halotano, isoflurano ouenflurano. Este metoda po de ser utilizado comotecnica de inducao da anestesia", em que 0 anestesicopode ser adrninistrado ate que 0 animal atinja planoanestesico desejado para perrnitir uma possivelintubacao lraqueaPO.J3.

    Algum rnetodo deve ser adotado para a manu-tencao da anestesia, sendo geralmente utilizado oscircuitos de anestesia, podendo ser empregado ossistemas denominados de abertos, semi-abertos oufechados'".

    Devido as dificuldades tecnicas encontradas paraa intubacao traqueal do coelho, como ja discutidoanteriormente, os agentes anestesicos inalatorios podernser administrados ao coelho utilizando mascara facialou cone (Figura 4), colocada junto a face do animalpermitindo administracao continua de anestesico porgotejamento'v", Esta recnica apresenta a desvantagemda necessidade de alto fluxo de gases, acirna de 3vezes 0 volume minuto, e com isto ocorre altoconsumo de anestesico e pcluicao ambiental". Paraminimizar 0 efeito da poluicao, pode-se optar pelamascara facial concentrica=, apesar que ainda con-tinua exigindo alto fluxo de gases, e com isto, e umatecnica de alto custo econ6mico. Pela facilidade deusa, e apesar da desvantagem apresentada, a mascarafacial continua sendo 0 sistema mais utilizado, devidoa facilidade para a administracao de agentes ancste-sicos inalatorios ao coelho".

    Circuitos de anestesia sem absorvedor de dioxidede carbone, avalvulares, tambem elassificados como

  • 5/11/2018 Anestesia Em Coelhos

    12/23

    ESCAPE DOS GASES ANE.lTE."C~

    ~FLUXOS DE G'{SS . t : - - = - : : : : ; : : : : : : = = ~ =""COS =-?/' I~- I

    ESCAPE DOS GA.SES ANESTESICOSFig. 4- Sistema aberto de anestesia onde os gases anestesieossao adrninistrados ao coelho por meio de mascara facial.sistemas sem reinala9ao24.63,94,lo7,denominados desistemas tipo MAPLESON (1954)81 (Fig. 5), tern sidoutilizados para anestesia do coelho.

    ____ nufl>O DE"'D~lISS".ODE GA..l\fS t='N;SCOS

    O B A L l O I l f . S .ER .VATOIUO-__ TUDO COR.RUC".AlH). . J . . . . . V;u'\,UL4EXPlkATORI.4.)~ M.OCAIIA

    Fig. 5 - Classificacao dos sistemas de anestesia por MAPLESON(1954ll.

    Destes sistemas, 0 mais simples foi descrito porAYRE (1937)2, que e composto por uma peca em"T" (Figura 6), e que foi idealizado com a objetivobasico de ter baixo espaco marta, e baixa resistenciaexpiratoria, por nao utilizar vfllvulas2433,54.,o7.

    Constituido inicialmente apenas por uma pecaem formato de "T", sofreu numerosas modificacoes,tanto na peca ern t'T'{formato, diametro dos tubes),quanto pela adicao de tubo reservatorio com capa-eidades variaveis com ou sem a presenca de balaoreservatorio. Urna destas modificaeoes e um sistemade duplo "T" propos to par BARA.KA, BRAN-DSTATER, MUALLEN e SERAPHIM em 1969\sem valvulas, que nao utiLiza cal sodada e permiteventilacao espontanea au controlada sem resistenciarespiratoria (Fig. 7). Outra modificacao e 0 sistemacoaxial de BAlN e SPOEREL (1972)3, uma modi-ficacao do sistema D de Mapleson3,24,8I,107, 'em. quepermite-se que 0 balao reservatorio fique Longe do

    E , _..........-FGF

    p E=EXPlRA{:AOP=PACIENTE

    FGF=FLUXO DE GASESFRESCOSFig. 6 - Sistema de anestesia ou peca em "Tn de AYRE(1937)~.

    animal (Fig, 8), tendo a vantagem de se r de facilrnanipulacao, baixo peso, pequeno espaco morto epermitir com facilidade a realizacao de ventilacaocontrolada", podendo ser utilizado para inducao ernanutencao da anestesia inalat6ria 24,G,.,o7

    Fig. 7 - Sistema de duplo "T" de BARAKA, BRANDSTATER,MUALLEM, SERAPHIM (1969)4

    ~~~ ..~) I A S C A R AI

    . LUXO DE ADi\IISSJ:\ODE GAS .. 4I oFH E $CO S

    Fig. 8- Sistema coaxial de anestcsia de BAIN o SPOEREL(I 972)Jo sistema de MaguiJl24,33.Hu(Fig. 9) e provavel-

    mente 0 circuito mais utilizado para a anestesiahumana e devido a experiencia com este sistema tern-se tendencia de utiliza-lo com frequencia na anestesiado coelho". Este sistema tern a vantagem de permitir,com facilidade, 0 contra le manual da ventilacao doanimal. 0 maior problema, ou a grande desvantagemdo sistema, e 0 aumento da resistencia expiratoriaimposta pela valvula "pep-off" e do espaco morto (8a 1 0 ml), que pode ser significante frente a um

    Acta Cirurgica Brasileira - Vol. 11 (2) 1996 - 93

  • 5/11/2018 Anestesia Em Coelhos

    13/23

    pequeno volume corrente como do coelho, e par isto,nao sendo habitualmente recomendado seu usa paraa anestesia do coelho".

    fLUXO DE ADMISSAO DEGASES FRESCOSIIAL'\O RESERVATORlOTUllO CORRUGAIlOy,\.LVUl.A J:XP[RATORIAMAsCARA

    'Fig. 9 - Sistema de anestesia de MAGUlLL (1960YoTradicionalmente a anestesia inalat6ria em sis-

    tema sem absorvedor de dioxide de carbona paraanimais de pequeno porte, como 0 coelho, tern sidofeita, como e caracteristico destes sistemas", com altofluxo de gases, como 22 a 44 ml/kg de peso/rninuto,ou com fluxos de 1 a 3 l/minuto, baseados napreferencia pessoal ou na habilidade tecnica doexaminador'P, Considerando que 0 consumo metabo-lico basal de oxigenio" para 0 coelho e de cerca de2x 10 ml/kg" de peso/minuto'v'P, uma grande quan-tidade de oxigenio e vapor anestesico e eliminadapara 0 rneio ambiente, sendo portanto, os sistemasavalvulares, uma tecnica antieconcmica comparadaaos sistemas circulates, particularmenre com 0 uso deagentes de alto eusto, como 0 isoflurano+'P, de formaque, fluxes baixos de oxigenio devem ser conside-rados para a anestesia no coelho!".

    Os circuitos fechados de anestesia sao sistemasno qual 0 gas expirado passa por urn absorvedor dedioxide de carbone, geralmente cal sodada, quandoocorre a absorcao do di6xido de carbo noll . Urnrecurso opcional para utilizar sistema circular comabsorvedor de dioxide de carbono foi feito porKUMAR, BOYER e BOWEN em 199361, onde aparte expiratoria do circuito de BArN c SPOEREL(l 9 7 2 ) 3 foi conectada ao conector em ''Y'' de umcircuito com absorvedor de dioxide de carbo no,permit indo que 0 animal fosse ventilado mecanica-mente par ventilador pediatrico,

    A tecnica da anestesia quantitativa, OU anestesiaem sistema fechado, e aquela em que a fornecimcntode oxigenio ao sistema de anestesia e exatamente igualao consumo do animal, e desta forma, dispensa a

    * Consume de oxigenio/rniuuto (VO) = 10 X kgY.ondc: kg!'. C 0 nurnero de BRODy74 . IO.94 - Acta Cirurgica Brasileira - Vol. 11 (2) 1996

    necessidade de valvula para que pennita 0 escape deexeesso de gases. As desvantagens da anestesiaquantitativa sao relacionadas principalmente com anecessidade de urn equipamento apropriado paraexecuta-la, como urn circuito anestesico comabsorvedor de dioxide de carbono'!'. Porem, aaplicabilidade desta tecnica no coelho pode ser con-siderada com 0 desenvolvimento do circuito aneste-sico circular com absorvedor de dioxide de carbono,desenvolvido par FONSECA e GOLDENBERG em1.99)36, permitindo a analise de suas vantagens parao experimentador e para 0 animal (Fig. 10).

    A anestesia quantitativa apresenta algumas van-tagens em relacao aos sistemas abertos, como adiminuicao da poluicao da sala de operayao5.674e docusto da anestesia, em que pode ser reduzido 0consumo total de anestesico liquido ern ate cerea de1 5 vezes. A conservacao da temperatura do animale da mistura anestesica e melhor com anestesiaquantitativa, ocorrendo menos hipotermia, bern comobaixos indices de complicacoes respirat6rias no pos-operatori02~.74,IO~,'12.sta tecnica permite tambem medirparametres basais do metabolismo do animal, comoo consumo de oxigenio, producao de dioxide decarbono, debito cardiaco, necessidades basais dellquidos, glicose e producao de calories!". As mesmasvantagens da anestesia quantitativa sao referidas parao hornem par varies autores65,69,74,99,10,14.

    Consideracao aos gases toxicos deve ser feita naanestesia em sistema fechado, visto que gases comomonoxide de carbono, acetona, metano, hidrogeneoe etanol nao sao removidos pelo absorvedor utilizadono circuito de anestesia, e portanto, podem se acu-mular em procedimentos de longa durayao24.74. Emprocedimentos com mais de uma hora de duracao,sugere-se a abertura da valvula de escape de gasesdo circuito de anestesia a cada 2 horas, esvaziamentodo baldo resertorio de gases do circuito de anestesia,e ench imento com gases frescos do mesrno balao 112

    Fig. 10 - Sistema de anestcsia de FONSECA c GOLDENBERG(1993))6. Cabeca do absorvedor (1), porca de fixacao docanister (2), balao rcservatorio (3), dispositive de escape degases (4), tubo flexivcl inspiratorio (5), tuba flexivcl expiratorio(6), valvula unidirecional (7), conector em "Y" (8) e entradade gases (9).

  • 5/11/2018 Anestesia Em Coelhos

    14/23

    Como a quanti dade de gases frescos (incluindovapor anestesico) adicionado ao sistema em cadaminuto e muito pequena em relacao ao volume detodo 0 circuito anestesico, a constante de tempo dosistema de anestesia (volume do sistema dividido pelataxa de fluxo de gases frescos) e muito grande, e atempo necessario para atingir uma mudanca naconcentracao anestesica e prolongado. Este efeito tema vantagern de manter estavel a concentracaoanestesica, porem tern a desvantagem de apresentarresposta tardia quando e necessario uma mudanca naprofundidade anestesica, as vezes exigindo mudancasna tecnica, como a abertura da valvula de escape degases do sistema de anestesia!".

    Outre potencial problema relacionado com sis-temas de fluxo basal, e a precisao dos vaporizadores,vista que, em geral, sao calibrados para exerceremprecisao de vaporizacao em fluxos de 500 ml a 10litros por minute!". Tecnicas alternativas para evitareste efeito sao indicadas, como a injecao de anes-tesico liquido no ramo expiratorio do circuito deanestesia'P"!", au utilizacao de outros tipos devaporizadores, como vaporizador tipo "kettle?", ouvaporizador universal6469,

    Apesar das vantagens apresentadas com 0 usada anestesia quantitativa com baixo fluxo de ga-ses6.65,74,99,IOO,IOS,112, existem dificuldades tecnicas quelimitarn 0 uso rotineiro da tecnica, sendo principal-mente a quantificacao anestesica, que exige calculosmatematicos e cronometragern. 0 uso do vaporizadoruniversal tipo "kettle" tornou facil a administracaode anestesicos em fluxos basais, que associado aanestesia quantitativa corn "intervalos duplos" pro-posta por LEAO, VIEIRA e SARANA em 198765 ,assim chamada porque cada urn de seus intervaloscorresponde a dois interval os das tecnicas propostaspor LOWE e ERNEST (1981)1\ e por SILVA,PEREIRA e SARAIV A (I981 )104, nao apresentagrandes dificuldades, a nao ser 0 calculo de aneste-sico a ser administrado no intervale, e acronometragem dos intervalos, 0 usa do vaporizadoruniversal tipo "kettle" t ambern apresenta a vanta gemde permitir planejar a con sumo anestesico, commelhor controle, a qualquer momenta, da dose deanestesico adrninistrada, por aumento ou reducao dofluxo de borbulhamento, facilitando a quantificacaoanestesica", permitindo tambem que intervalos detempo mais prolongados entre as cronomerragenssejam utilizados, visto que fomece a opcao emutilizar "intervalos duplos de tempo", reduzindoassim os atropelos iniciais da anestesia, principal-mente na inducao".

    A quanti dade de vapor necessaria para a inducaoe rnanutencao cla anestesia do animal pode sercalculada com a tecnica de anestesia quantitativa!".Este calculo e baseado na solubilidade do agenteanestesico no sangue, 110 debito cardiaco do animal,na concentracao anestesica alveolar necessaria para

    anestesiar 0 animal e na dose de saturacao do circuitoanestesico e da saturacao arterial, chamada de "dosepriming" totaI74,l08,112.

    A dose de consumo de anestesico, tambemcham ada de dose unitaria, esta diretamente relacio-nada com a constante de tempo, ou seja, com osintervalos de 0-4, 4 a 9, 9 a 16, 16 a 25, 25 a 36,36 a 49 minutos, e assim por diante, sendo que 0volume de anestesico consumido pOI intervalo detempo pode ser calculado, conforme:

    Vcons (rnl) = 2. f CAM. ; I . . S/G. 2 Kg'!. (I r 112 - ti- 11 1)vapor (ml) / liquido (ml)

    Onde Vcons e 0 volume de anestesico liquidocaptado pelo paciente, f e a fracional da CAM(concentracao alveolar minima), CAM e a coneen-tracao alveolar minima com a qual 50% dos animaisnao reagem a estimulo cirurgico". Para urn niveladequado de anestesia a valor do CAM se situadaentre 1.,25 a 1,50, sendo adotado 0 valor de 1,3, quecorresponde a ED95*108, e 2 Kg. ( 0 dobro do numerode BRODy)7\ que exprime 0 valor do debito cardiacoem dlJminuto. 0 tempo de consumo e expresso portl12 (vt = raiz quadrada do tempo). A relacao de mlde vapor para cad a ml de anestesico liquido econhecido"'!", sendo que cada ml de anestesicoliquido equivale a 240 ml de vapor de halotano, 206ml de vapor de isoflurano, 210 ml de vapor deenflurano (Tabela VI).Tabela Vii - Caracteristicas dos agentes anestesices (37 C)para coelhos25:loH.

    Agente CAM (%) Vapor (rnl) I Liquido (ml)HalotanoIsofluranoEnflurano

    2 4 02 0 62 1 0

    1.392 , 0 52.86

    o modelo de captacao de anestesicos inalatoriosproposto por LOWE e ERNEST (1981)14, mostra queo consumo de vapor anestesico e funcao de suaconcentracao alveolar minima (CAM), de seu coefi-ciente de particao sangue-gas ( I e S/G) e do debitocardiaco, de forma que para se prever 0 volume devapor de anestesico captado continuarnente, semadicionar oxido nitroso, pode-se calcular pela seguin-te expressao:

    Vol",P

  • 5/11/2018 Anestesia Em Coelhos

    15/23

    enflurano, e de 2,05 para 0 isoflurano, e utilizandoa f6rmula acima, e possivel construir inumeras tabelaspara os varies anestesicos inalatorios, para serernusados na anestesia quantitativa", cujo exemplo eexpresso na tabela VII.

    Tabela VII - Volume de vapor de Halotano (mJ/minuto)calculado para coelhos.Vol"", (ml/min) = f CAM. S/G. 2 Kg", r ' 1 2Vol.,,,,,, (ml/min) = 1,3. 1,39. 2,3. 2 Kg". [ "1

  • 5/11/2018 Anestesia Em Coelhos

    16/23

    oxide nitroso no coelho e baixa, e nao e indicadocomo agente anestesico isolado au como agente paracontrole da dor do animal. Podera ser utilizado emassociacao com opi6des ou outros agentes inalatorios,como halotano, enflurano ou isoflurano, podendoassegurar ao coelho uma anestesia satisfatoria!".o eter dietilico foi considerado par rnuito tempocomo anestesico de escolha para anestesiar coelhosdevido a seu baixo custo, facilidade de administracaoe controle do plano anestesico'", porem atualmentee considerado como inconveniente, devido suas pro-priedades irritantes, podendo levar a laringoespasmo,caso seja utilizado como agente de inducao inalatoria,com secrecao bronquica e saiivar excessivas; sendotambem considerado como agente perigoso paramanipulacso, par ser explosive".o metoxiflurano (Pentrane) e 0 eter do 2,2-dicloro-Ll-difluoetilmetil. t urn agente de odoragradavel.estavel na cal sodada, nao inflarnavel auexplosivo na presenca do ar ou de oxigenio, emconcentracoes anestesicast-". Considerado por rnuitotempo como agente inat6rio seguro, efetivo e comgrande margem de seguranca para a anestesia inalatoriano coelhoI7.49.s7.8s, permitindo inducao estavel etranquila em cerca de 5 minutes". Concentracoes de0,4 a 1% podem ser utilizadas para a manutencao daanestesia, pennitindo ser associado com oxido nitroso",Promove born relaxamento muscular e profundaanalgesia" porern provoca depressao respiratoria ecardiovascular, apesar de comparativamente ser menorque a do halotano". 0 metoxiflurano e metabolizadoem grau maior do que qualquer outro agente inalatorio,onde cerca de 50 a 70% da dose absorvida saometabolizados no figado em fluoreto livre, acidooxalico, acido difluorometoxiacetico e acidodicloroacetico. As duas primeiras substancias, parti-cularmente 0 fluoreto, causam lesao renal". Estapotencial toxicidade renal limita sua utilizacao paraatingir uma anestesia profunda e para period os pro-longados de anestesia'v", podendo levar 0 coelho aoobito por falencia renal". Como resultado da suatoxicidade renal fluor-dependente, 0 metoxifluranocom anestesico geral esta em desuso377s,82.111.o halotano e 0 2-bromo-2-cloro-l, 1, 1-trifluoretano. Agente anestesico nao explosivo ouinflamavel com ar ou oxigenio, estavel e de odoragradavel". E . urn excelente agente anestesico inalatoriode inducao e manutencao anestesica em coelhos", porpermitir a perda da consciencia de maneira suave,agradavel e rapida". Porem como 0 rnetoxiflurano,tern uma pequena rnargem de seguranca, ocorrendorapida depressao circulat6ria com reducao profundada pressao sanguinea arterial" e por isto devendo serutilizado com cautela, e de preferencia, comvaporizador calibrado. Concentracao de 1,5 a 2,0%geralmente e 0 suficiente para a manutencao anesresicano coelho",

    o enflurano (Etrane) e 0 eter do 2-c1oro-I,I,2-trifluroetil-difluorometil, nao inflamavel, com odorsuave e adocicado, estavel quimicamente. A inducaoe recuperacao da anestesia e 0 ajustamento daprofundidade da anestesia durante a manutencaopodem ser suave e moderadamente rapidos. Assimcomo 0 halotano, os sinais mais uteis da profundidadeda anestesia sao as modificacoes na pressao arterial,frequencia cardiaca ou a resposta aoestimulo dolo-roso'", E urn excelente agente anestesico inalatoriode inducao e manutencao anestesica em coelhos",o isoflurano (Forane) e 0 eter do 1- cloro -2,2,2 -trifluoroetil-difluorornetil, nao inflamavel no arou em oxigenio, Foi introduzido para uso clinico em1981 e tomou-se um agente anestesico inalatoriomuito utilizado, pelas suas qualidades farmacologicas,limitado somente pelo alto custo financeiro, Comosua pressao de vapor e alta, a distribuicao deconcentracoes seguras exige 0 usa de vaporizadoresou tecnica de anestesia precisos, Como tern urncoeficiente de solubilidade sangue/gas baixo, permiteque modificacoes na profundidade anestesica sejamatingidas rapidamente, Os sinais clinicos pelos quaisa profundidade da anestesia e julgada incluem quedasprogressivas na pressao arterial e no volume efrequencia respirat6rios, e tarnbem aumento dafrequencia cardiaca. Como 0 isoflurano tern odor maispenetrante do que 0 halotano e mesmo 0 enflurano,usa-se suplementacao com agentes intravenosos paracompensar essa desvantagern". 0 isoflurano terngrande estabilidade anestesica em coelhos".

    A pesquisa de melhores anestesicos gerais temacarretado a sintese sistematica de novos agentesanestesicos halogenados, como 0 do sevoflurano [eterdo fluorometil 2,2,2-trifluoro-l -[trifluorometil] etil) eo desflurano (Her do difluorometil l-fluoro 2,22-trifluoroetil), Sua utilizacao clinica no coelho neces-sita maiores investigacoes"

    CUIDADOS POS-ANESTESIA

    Oscuidados pos-anestesia devem ser considera-dos como extensao natural. e essencial de uma boatecnica de anestesia. A nao observacao cuidadosa doanimal durante esta fase, pode exacerbar os disturbiosmetabolicos decorrentes da cirurgia, levando 0 animalao cbito".

    Uma terapia de suporte para os cuidados basaisdevem continuar 110 estagio de p6s anestesia, berncomo a monitorizacao dos criterios pertinentes a cadaintervencao cirurgica realizada no coelho".

    Uma area de recuperacao, aquecida e tranquila,deve ser adotada neste periodo, com pouca ilumina-((ao, suficiente sornente para observar 0 animal". 0coelho nao devera ser manipulado, a menos que seja

    Acta Cirurgica Brasileira - Vol. 11 (2) 1996 - 97

  • 5/11/2018 Anestesia Em Coelhos

    17/23

    estritamente necessario, uma vez que, mesmo mani-pulado por pessoa familiarizada, podera causar acen-tuado estresse no animal", Apesar do estresse pro-vocado ao animal pela manipulacao, especial atencaodevera ser feita para manter 0 animal limpo e seca,em particular, com lirnpeza dos olhos, nariz e boca",

    A caixa em que 0 coelho estiver nao deveracanter "cama" de serragem, pais ela podera fixar noolho, nariz ou boca do animal. Esta "cama" poderaser feita com material que nao promova este efeito,como 0 algodao de acrilico, que alem de ser reutilizavele dura vel, pode ser subrnetido a esterilizacao parautoclave. "Cama" de papel nao e indicado para esteobjetivo, par ser urn material relativamente ineficiente,por nao servir par tempo prolongado, alem de aderir-se com facilidade ao fundo de caixas de plastico,retendo residues ofensivos it saude do coelho",

    E importante a monitorizacao da temperaturacorporal na fase de recuperacao pos-anestesica, vistoque a hipotermia e potencialmente urn serio problemanesta fase, e facil de ocorrer no coelho'". Podera sermonitorizada por termornetro retal. 0 contra Ie datemperatura corporal podera ser feito par meio deincubadora (incubadora para recem nascidos hurna-nos) rnantida a uma temperatura de 27 a 30CJ3.J4Podera tambem ser utilizado, como outra opcao,colchao termico, calor irradiante de liimpadaincandescente ou de infravermelhc":". A perda decalor do coelho podera tarnbern ser evitada envolven-d o - o com tecido".

    Especial atencao deve ser feita para a monitori-zacao da respiracao, visto ser urn efeito frequente-mente observado na recuperacao anestesica, emdecorrencia do efeito residual dos agenres anestesicosutilizados, que geralmente deprimem a respiracao. 0

    grau de depressao pode ser progressivo, e se nao formonltorizado adequadamente, podera ser notadosornente quando 0 coelho ja estiver ern hipoxia ouhipercapnia acentuadas. Para que isto seja evitado,podera utilizar-se monitores respiratorios ate que 0animal esteja estabilizado, Administracao suplemen-tar de oxigenio devera ser feita nesta fase a fim deevitar hipoxia" ..

    A monitorizacao da fluidoterapia e necessaria,podendo ser utilizado suplementacao oral se 0 coelhoestiver desperto, Se 0 animal estiver sob efeito dealgum medicarnento anestesico, sendo incapaz deingerir liquidos por via oral, suplementacao de glicosea 4% com salina a 0,18% ou salina a 0,9%, emvolume de 40 a 80 ml/kg/24h, podera scr adminis-trada ao coelho por via venosa, subcutdnea ouperitoneal. A rotina de pesar 0 animal no preexperimento e pos-anestesia, podera ser utilizadacomo parametro no balance hidrico-'-".

    Apesar de discutir-se a interferencia de qualquermedicamento utilizado no periodo de recuperacaoanestesica sob 0 experimento reatizado, eticamentedeve-se instituir para 0 coelho uma adequadaanalgesia", E importante tambem saber que alern doaspecto etico, a presenca de dor no pos-operatorioproduz consideraveis alreracoes fisiologicas no ani-mal, que poderao interferir na real efidedignaavaliacao do experirnento realizado". Uma vez queo animal 6 incapaz de cornunicar-se diretamente como experimentador, este deve ser capaz de reconhecera nivel de dor do animal, 0 que podera ser feito porcontrole rigoroso dos dados antropomorfol6gicos doanimal". A analgesia pos operatoria podera ser feitacom medicamentos, como a buprenorfina (0,0 I mg!kg por via IM)61.

    FONSECA, N. M.; GOLDENBERG. S.; GOMES, P.O.; de PAULA LIMA, CA.- Anesthesia in rabbits. ActaCir. Bras .. 1/(2):82-104, 1996.

    SUMMARY: The aim of the present review was to show the best way to solve several problemsencountered when attempcting to anesthetize rabbits. The countents inclued handling and restraint, rescrchlimitations, pre-medication, oral intubation, choice of agents and dosage, monitoring in anesthesia, routes of drugsadministration, injetables (anesthetic agenres) and inhalation anesthesia and some critical care after anesthesia.

    HEADINGS: Anesthesia. Rabbits.

    REFERENCIAS

    I. ALEXANDER, D1 & CLARK, G.C - A simple methodof oral endotrachealimabation in rabbits (Oryctolaguscuniculus). Lab. Anim. Sci., 30:871-3, 1980.

    2. AYRE, P. - Anaesthesia for hare lip and dell palateoperations on babies. Br. J Surg., 25: 131-2, 1937.

    3. BAIN, J.A. & SPOEREL, W.E. - A streamlined anaestheticsystem. Can. Anaesth. Soc. J., 19:426-35, 1972.

    98 - Acta Cirurgica Brasileira - Vol. 1J (1 ) 1996

    4. BARAKA, A.; BRANDSTATER, B.; MUALLEN, M..SERAPHIM, C - Rebreathing in a double T-piceesystem. Br. J. Anaesth., 41:47-53, 1969.

    5. BAUM, J. - Clinical applications of low flow and closedcircuit anesthesia. Acta Anaesthesiol. Belg., 41:239-47, 1990.

    6. BEATY, P.; WHEELER, M.F.S.; KAY, B.; GREER, W.;COHEN, A.T.; PARKHOUSE, J. - A versatile closedcircuit .. Sr. J. Anaesth., 54:689-97, 1982.

  • 5/11/2018 Anestesia Em Coelhos

    18/23

    7. BECHTOLD, S.Y. & ABRUTYN, D. - An improvedmethod of endotracheal intubation In rabbits. Lab.Anim. Sci., 41:630-1, 1991.

    8. BERTOLET, R.D. & HUGHES, H.C . Endotrachealintubation: All easy way to establish a patent airwayin rabbits. Lab. Allim. Sci., 30:227-30, 1980.

    9. BJELLlN, L.& CARTER, AM. - Circulatory adjustamentsto preganancy in the rabbit. Biol. Reprod., 16:1126, 1977.

    10. BJOTYEDT, G.- Common diseases of Now Zealand whiterabbits. Vet. Med. Small Anim. Clinician, 77: 1259-66,1982.

    11. BORKOWSKJ, c.t., DANNEMAN, P.J.; RUSSEL, G.B.;LANG, C.M. - An evaluation of thercc intravenousanesthetic regimens in New Zealand Rabbits. Lab.Anim. Sci., 40:270-6, 1990.

    12. BORTOlOTTI, A; CASTELLI, D.; BONATI, M. -Hematology and serum chemistry values of adult,pregnat and newborn New Zealand Rabbits(Oryctolagys cuniculus). Lab. Anim. Sci .. 39:437-9,1989.

    13. BREE, M. & COHEN, B. - EFfects of urethane anesthesiaon blod vessels in rabbits. Lab. Anim. Care, 15:254-9, 1965.

    14. BROWN, 1.H.; PLEUVRY, 8.1; KAY ,B. - Respiratoryeffects of new opiate analgesic, R30209, in the rabbit:comparasion with fentanyl. Br. J. Anaesth., 52: I L O 1-6, 1980.

    15. BROWN, R.H & FERNER, W.T. - The use of xylazine-ketamine for intraocular surgery 011 rabbits. Am. J.Ophtalmol., 99:614-5, 1985.

    16. CHEN, G. & BOHNER, B. - Surgical anesthesia in rabbitwith 2-(ethylamino)-2-(2-thienyl) cyclohexanone Hel(CI-634) and chloral hydrate. Am. J. Vet. Res., 29:869, 1968.

    17. COMMEL, J. - A new inhalation anesthesia unit for smallanimals. The Practicing Veterinarian, 43:11-3, 1971.

    18. CONLON, x.c., CORBALLY, M.T.; BADING, l.R.;BRENNAN, M.F. - Atraumatic endotracheal intubationin samall rabbits. Lab. Anim. Sci., 40:221-2, 1990.

    19. COSTA, D.L.; LEHMANN, J.R.; HAROLD, W.M.;DREW, R.T. - Transoral tracheal intubation of ro-dents using a fiberoptic laryngoscope. Lab. Anim ...Sci.,36:256-61, 1986.

    20. DAVIS, N.L. & MALIN IN, T. -Rabbit intubation andhalothane anesthesia. Lab. Anlm. ScL. 24:617-21,1974.

    21. DELAY, J. & THILLIER, J .E. - Curarization by rectalsuppository. Science, lJ 7:57, 1953.

    22. DOERNING, B.1.; BRAMMER, D.W.; CHRISP, c.s:RUSH, H.G. - Anesthetic and nephrotoxic effects oftiletamine/zolazcpau in rabbits. Lab. Anim. SCi., 40:21, 1990.

    23. DOLOWY, W.C. & HESSE, 8.S.- Chlorpromazinepremidication with pentobarbital anesthesia in rabbit.J. Am. Vet. Med. Assoc., /5:1.83-4, 1959.

    24. DORSCH, J.A & DORSCH, S.E - Understanding anes-thesia equipement. 2 ed. los Angeles, Williams &Wilkens, 1984. p. 137-246.

    25. DRUMMOND, 1.e. - MAC for halothane, enflurane, andisoflurane in the New Zealand White Rabbit: and a

    test for the validity of MAC determinations. Anes-thesiology, 62:3368, 1985.

    26. DUNDEE, 1.W. - Pharmacology of intravenous anaestheticsand hypnotics. In: NUNN, J.F.; UTTlNG, 1.E.; BROWJr, B.R. - General anaesthesia. 5 ed. London,Butterworths, 1989. p, 115-34.

    27. EGER, E.I. - Isoflurane: a review - Anesthesiology, 55:559-76, 1981.28. EGER, E.1. & EPSTEIN, R.M. - Hazards of anesthetic

    equipment. Anesthesiology, 25:490-504, 1964.29. EGER. E.I.; SAID MAN,. LJ.; BRAN DSTATER, - Min-

    imum alveolar anesthetic concentration: A standardof anesthetic potency. Anesthesiology, 26:756-63,1965.64

    30. FIALHO, S.A.G. - Anestesiologia veterinaria, Sao Paulo,Livraria Nobel, 1986. 234p.

    31. FICK, T.E. & SCHALM, S.W. - A simple technique forendotracheal intubation in rabbits. Lab. Anim., 21:265-6, 1987.

    32. FIELD, E.J. - Anaesthesia in rabbits, J. Anim. Tech. Assoc.,8:47- 8, 1957

    33.FLECKNELL, P.A. - Laboratory animal anaesthesia. 3ed.London, Academic Press, 1992 . . 156p.34. FLECKNELL, P.A. - Anaesthesia of animals for biomed-

    ical reserach. BI'. J. Anaesth., 71 :885-94, 1993.35. FLECKNELL, P.A.; MITCHELL, M.G.M.; SHUREY, C.

    - Neuroleptanalgesia in the rabbit. Lab. Anim., 17:110~9, 1983.

    36. FONSECA, N.M & GOLDENBERG, S. - Sistema circularde anestesia para animals de pequeno porte: estudodas resistencias ao fluxo de ar. Rev. Bras. Anesteslol.,43:303-11, 1993.

    37. FORREST, J.B. - Cornparive pharmacology of' inhalationalanaesthetics. In: NUNN, J.F.; UTTING, J.E.; BROWJr, B.R. - General anaesthesia. 5.ed. London,Buttcrworths, 1989. p. 60-95.

    38. FOURCAD, H.E.; STEVENS, wc; LARSON, P.;CROMWELL, T.H.; BALHMAN, 5.1-1.; HICKEY,R.F.; HALSEY, M.J.; EGER, E.1. - The ventilatoryeffects of forane, a new inhaled anesthetic .. Anesthe-siology, 35:26-31, 1971.

    39. FOX, R.R.; LAIRD, C.W. - Diurnal variations in rabbits:hematological parameter ..Am. J. Physiol .. 218:1609-12, 1970 ..

    40. FREEMAN, M.J.; BAILEY, S.P.; HODESSON, S. -Premedication, tracheal intubation, and methoxyfluraneanesthesia in the rabbit. Lab. Anim. SCi., 22:576-80,1972.

    41. GARDNES, S.P. - The development of general anesthesiain the rabbit J. Am. Vet. Med. Assoc., J 8:21-2, 1966.

    42. GARDNER, AF. - The development of general anesthesiain the albino rabbit for surgical procedures. Lab.Anim. Care, 14:214-25, 1964.

    43. GLEN, J.B. - Animal studies of the anesthetic activity ofICI 35 868. Br. J. Anaestli., 52:731-48, 1980.

    44. GOLDEAX, J. & TONNESEN, M. - Investigations intoatropine metabolism in the animal organism. ActaPharmacal. Toxico/', 5:95, 1949.

    45. GRAHAM, C. & BOHNER, B. - Surgical anesthesia with2(ethylamino) - 2 - (2 thienyl) cyclohexanc Hcl (CI-

    Acta Cirurgica Brasileira - Vol. ]1 (2) J 996 - 99

  • 5/11/2018 Anestesia Em Coelhos

    19/23

    634) and chloral hydrate ..Am. J. Vet. Res., 29:869-75,. 1968.

    46. GREEN, c.r . , KNIGHT, J.; PRESI0US. S. - Ketaminealone and combined with diazepam and xylazine inlaboratory animals: a to-year experience. Lab. Anim.,15:.163-70, 1981.

    47. GUERRErRO, O. & PAGE, c.P. - The effect ofneuroleptanalgesia on somecardiorcspiratory vari-ables ill the rabbit. Lab. Anim., 21:205-9, 1987.

    48. HODESSON, S.: RI.CH, S.; WASHl.NGTON, 1.; APT, L.- Anesthesia of the rabbit with Equithesin followingthe administration of preanesthetics, Lab. Anim. Care,15:336-44, 1965.

    49. HOGE, R.S.; HODESSON, S..; SNOW, LB.;. WOOD, A.I.- "Intubation technique and methoxyflurane adminis-tration. in rabbits. Lab. Anim. Care, 19:593-5, 1969.

    50. HOLLAND, A.J.C.- Loboratory animal anesthesia. Canad.Anaesth. Sac. Jour., 20:693, 1973

    51. HULL, C.l. - Pharmacokinetics and pharmacodynamics,with particular reference 10 intravenous anaestheticagents. In: NUNN, J.F.; 'UlTING, J.E.; BROW Jr,B.R. - General anaesthesia. 5 ed. London,Butterworths, 1989. p. 96-114.

    52. HUNTER; OLEN; BUTCHER - A rnodifed anestheticvapor extration system .. Lab. Allim., J 8:42-4, 1984.

    53. JAFfE, J .H & MARTIN, W.R .. Analgesicos opi6des eantagonistas, In: GILMAN, A.G.; RALL, T.W.; NIES,A.S.; TAYLOR, P. - As bases [armacologicas daterapeutlca. 8" ed. Rio de Janeiro, Guanabara KooganS.A., 1991. p. 321-43.

    54. JONSSON, L.O. & ZETIERSTROM, H . Fresh gas flowin coaxial Mapleson A and D circuits during spon-taneous breathing. Acta Anaesthesiol. Scand., 30:588-93,1986.

    55 .. KABATA, J.; ORATWOHL, A.; T1CHELU, A. JOHN,LSPECK,B.- Henatologic values of New ZealandWhite Rabbits determined by automated flowcytometry ..Lab.Anim. Sci., 41:613-19, 1991.

    56. KEERI.-SZANTO, M. - Demand analgesia. Br. 1. Anaesth.,55:919-20, 1983

    57. KENT, G.M.. - General anesthesia in rabbits usingmethoxyflurane, nitrous oxide, and oxygen. Lab.Allim. Sci., 2/:256-7, .1971.

    58. KJERASZEWICS, H.; KNILL,. R.L.; CLEMENT, J.L.-Chemical regulation of ventilation during iaofluranesedation and anaesthesia. Call. Anaesth. Soc. 1., 28:5449, 198!.

    59. KISLOFF, B. - Ketamine-paraldehyde anesthesia forrabbits. Am. 1. Vet. Res., 36:10.33-4, 1975.

    60. KO, J.C.H; THURM.ON, ic.c, TRANQU ILLI, W.J.;BENSON, F.J.; OLSON, W.A. - A cornparation ofmedetomidine-propofol and medetomidine-midazolam-propofol anesthesia in rabbits. Lab. Anim. Sci., 42:503-7, 1992.

    61. KUMAR, R.A.; BOYER, M.I ..; BOWEN, C.Y.A. - Areliable method of anesthesia for extensive surgeryin small rabbits. Lab. Anim. Sci.. 43:265-6, 1993.

    62. LAfRD, C.W.; FOX, R.R.; MITCHELL, B.P.; BLA'U,E.M.; SCHULTZ, H.S. - Bffect of strain and age onsome hematological parameters in the rabbit. Am. 1.Phsiol., 218:.16137, 1970.

    100 - Acta Cirurgica Brasileira - Vol. 11 (2) 1996

    63. .LEAO, D.G. - Nova classificacao da ancstcsia inalatoria.Rev. Bras .. Anestesiol., 39:213-7, 1989.

    64. LEAO, D.G .. Anestesia com halotano e enflurano emfluxes basais de gases: estudo comparative cornvaporizadorcs. Rev. Bras. Anestesiol., 41:127-31, 1991.

    65. LEAO, D.G; ViEIRA, Z.E.G.; SARAIV A, R.A - Anestesiacom baixo fluxo de gases: Uso de vaporizador tipo"kettle"com novas intervalos, Rev. Bras. Anestesiol.,37:89-95, 1987.

    66. LEAo, D.G & VIEIRA,. Z.E.G, - Halotano em anestesiaquantitativa com intervalos duplos, Rev. Bras.Anestesiol., 38:93-8, 1988.

    67. LEAO, D.G; VIEIRA, Z.E.G., MELO, E.B.P.- Isofluranoem anestesia quantitativa com intervalos duplos, Rev.Bras. Anestesiol., 38:99-[05, 1988.

    68. LEAO, D.O & FONSECA, N.M.- Halotano e oxidenitroso em anestesia com fluxo basal de gases eintcrvalos duplos. Rev. Bras. Anestesiol., 39:389-95,1989.

    69 .. LEAO, D.G. & SOUSA, D.G. - Uso do vaporizadoruniversal na anestesia quantitativa com halotano. Rev.Bras. Anestesiol .., 40:187-90, [990.

    7 0 . LINDQUIST, P .A.. - Induction of methowyflurane anes-thesia in the rabbit after ketamine hydrochloride andendotracheal intubation. Lab. Anim. Sci., 22:898-9,1972.

    71. LING, H.W. - Operations on animals, preparation an post-operative care. J. Anim. Tech. Assoc., 5:13-4, 1.954.

    72. LING, H.W. - Anaesthesia in rabbits. J. Anim. Tech.Assoc., 8:58-9, 1957

    73. UPMAN,. N.S.; MARIN1. P.R.; ERDMAN, S.E. - Acomparison of kctaminc/xylazine and ketamine/xylazine/acepromaziue anesthesia in the rabbit. Lab.Anim. sa.. 40:395-8, 1990.

    74. LOWE, H.1. & ERNEST, E.A. - The quantitative practiceof anaesthesia: use of closed circuit. London, Wil-liams and. W.i.lk.in.s,1981. 234p.

    75. LUDDUS, J.W.; THOMAS, c.B.; SHARP, P. - Ananesthetic technique for repeated collection of floodNew Zealand white rabbits. Lab. Anim ..Sci .. 37:803-5, 1987.

    76. LUMB, W.V. & JONES, E.W. - Anestesia Veterinaria.Espafia, Continental, 1983. 687p.

    77. MACRAE, DJ. & GUERRE[RO, D. - A simplelaryngoscopic techinique for the endotracheal intubationof rabbits. Lab. Anilll., 23:59-61, 1989.

    78. MAGALHAES, E. - Toxicidade dos anestesicos inalaterios:Estado atual . Rev. Bras. Anestesiol., 44:259-69, 1994.

    79. MAGELLA, H.A. & CHEmUB, Z.B .. Propofol: revisaobibliografica ..Rev. Bras. Anestesiol., 40:289-94, 1990.

    80. MAGUILL, 1. - Discussion. In: KATN, M.L. & NUNN,1.F. - Fresh gas flow and rebreathing in the Maguillcircuit whith spontaneous respiration. Proc. R. Soc.Med., 60:749, 1967.

    81. MAPLESON, W.W. - The elimination of rebreatbinginvarious serniclosed anaesthetic systems. Br. 1.Anaesth.,26:32332, 1954.82..MARSHALL, B.E. & LONGNECKER, D.E. - Anestesicos

    gerais. Ill: GILMAN, A.G.; RALL, T.W.; NrES, A.S.;TAYLOR, P. - As bases farmaeoiogleas da

  • 5/11/2018 Anestesia Em Coelhos

    20/23

    terapeutica. 8' e d , Rio de Janeiro, Guanabara KooganS.A., 1991. p. 189-204.

    83. MASSONE, F. - Anestesiologia veterinaria: farmacologiae tecnicas. Rio de Janeiro, Editora Guanabara S.A.,1988. 235p.

    84. MASSONE, F & CREMONESI, E. - Anestesias emanimais de laborat6rio. In: CREMONESI, E.- Temasde anestesiologia. Sao Paulo, Sarvier, 1987. p. 353-68.

    85. McCORMICK, M.1. & ASHWORTH, M.A. - Acepromazineand methoxyflurane anesthesia of immature NewZealand white rabbits. Lab. Anim. Scie., 21:220-3,1971.

    86. MELTCH, D. - A method for chronic intravenous infusionof the rabbit via the marginal ear vein. Lab. Anim.Sei., 40:327-8, 1990.

    87. MUIR, W.W. & HUBBELL, lA.E. - Handbook ofveterinary anesthesia. Washington, e. V. MosbyCompany, 1989. 339p.

    88. MULDER, J.B. - Anesthesia in the rabbit using acombination of ketamine and promazine. Lab. Anim.Sci., 28:321-2, 1978.89. MURDOCK, H.R.Jr. - Anesthesia ill the rabbit. Fed. Proc.,28: 1510-16, 1969.

    90. NOCJTE, J.R. - lsoflurano, vantagens c desvantagens. Rev.Bras. Anestesiol., 37:253-9, 1987.

    91. NORDlN, U; LrNDHOLM, C.E; WOLGAST, M. -Bloodflow in the rabbit tracheal mucosa undernormal conditions and under Ihe influence or trachealintubation, Acta Anesthesiol. Scand., 21:81-94, 1977.

    92. PANDEYA, N.K. & LEMON. H.M. - Paraldehyde: ananesthesia for recovery experiments in albino rabbits.Lab. Anim. Care, 15:304-6, 1965.

    93. PATEL, P.M. & MUTCH, W.A.C. - The cerebral prcssure-flow relationship during [,0 MAC isoflurane anesthe-sia in the rabbit: the effect of different vasopressors,Anesthesiology, 72:118-24, 1990.

    94. PEREIRA, E. & VIEIRA, Z.E.G. - Sistemas dc inalacao,analise luncicnal. Rev. Bras. Anestesiol., 29: 115,1979.

    95. PO.PILSKlS,. s.r., MEHMET. CD.; GORMAN, P.;FLORESTAL, A.; KOI-IN, D.F. - Comparasion ofxylazine with tiletamine- zolazepam (Telazol) andxylazine- kctamine anesthesia 'in rabbits. Lab. Anini.Sci., 41:51-3, 1991.

    96. RALL, T.W. - Hipnoticos e sedativos; etanol. In: GILMAN,A.G.; RALL, T.W.; NIES, A.S.; TAYLOR., P . - Asbases [armacologicas da terapeutica. 8' ed. Rio deJaneiro, Guanabara Koogan, 1991. p. 228-52.

    97. SAKAI, T. & TAKA.ORI, M. - Biodegradation ofhalothane, enflurane, and methoxyflurane. BI'. J.Anaesth., 50:768-91, 1978.

    98. SANFORD, T.D. & COLBY, E.D. - Effect of xylazineand ketarnine on blood pressure, heart rate andrespiratory rate in rabbits. Lab. Anim. Sci., 30:519-23, 1980.

    99. SARAlVA, R.A.- Modelo exponcncial na farmacocincticados anestesicos inalatorios, Rev. Bras. Anestesiol.,28:3-18, 1978.100. SARAlVA, R.A. - Farmacocinetica da anestesia

    quantitativa. Rev. Bras. Anestesiol., 35:2.19-21, 1985.

    101. SCHUYT, H.C.; LEENE, W.- An improved method! oftracheal intubation in the rabbit. Lab. Anim. Sci.,27:690-3, 1977.

    102. SCHUYT, H.e.; MEEDER, P.; LEENE, W. - A bit toimmobilize the endotracheal tube in the intubatedrabbit. Lab Allim. Sci., 28:470-1, 1978.

    103. SHORT, C.E. - Adequacy of general anesthesia foranimal surgery. J. Am. Vet. Med. Assoc., 191: 1258-9, 1987.

    104. SILVA, J.M.C; PERE[RA, E.; SARAIVA,. R.A. - Asbases fisiologicas c farmacologicas do baixo fluxo degases em sistema fechado . Rev. Bras .. Anestesiol.,3/:389-95, 1981.

    105. SILVA, J.M.C.; NASPOLlN[ FILHO, 1 - 1 ; , VIEIRA,Z.E.G.; ARAUJO , J.B.e.; COSTA FILHO. A.C.;BE DER, P.F.M.- Agentes inalatorios halogenadoscmpregados pelo metodo quantitative de anestesia.Rev. Bras. Anestesiol., 35:267-74, 1985.

    106. SKARTVEDT, S.M. & LYON, N.e.- A simple apparatusfor inducing and maintaining halothane anesthesia ofthe rabbit. Lab: Anim. Sci., 22:922-4, 1972;

    107. SMITH, R.M. - Design and function of pediatricanesthesia systems. In : -- Anesthesia for infantsand children. London, e.V. Mosby Company, 1980.p. 128-151.

    108. SOMA, L.R. & KLlDE, A. - Steady-state level ofanesthesia. 1 . Am. Vet. Med. Assoc., 191:1260-5,1987.

    109. THURMON. r .c . & BENSON, G.J. - Pharmacologicconsideration in selection of anesthetics for animals.J. Am. Vet. Med. Assoc., 191:1245-51, 1987.

    110. TONElU. D. & TOLDO, A. - Regulacao cia temperaturae anestesia. Rev. Bras. Anestesiol., 44: 195-204, 1994.

    Ill. VALE, N.B. - "Quo vadis", dcsflurano e sevoflurano?Rev Bras. Anestesiol. , 44:331-8, 1994.

    112. WAGNER, A.E. & BEDNARSH.l, R.M.- Use of low-flow and closed-system anesthesia. J. Am. Vet. ivied.Assoc., 200:1005-10, 1992.

    113. WARD, G.S.; JOHNSON, D.O.; ROBERTS, C.R. - Theuse of C1744 as an anesthetic for laboratory animals.Lab. Anim. Sci., 24:737-42, :1974.

    114. WATSON, S.C & COWIE, A.T. - A simple closed-circuit apparatus for cyclopropane and halothaneanesthesia of the rabbit. Lab. Anim. Core, 16:515-9,1966.

    ] IS. WECHSLER S.J. - Blood collection techniques andnormal values for ferrets, rabbits, and rodents: areview. Vet. Med. Small Anim. Clinician., 78:713-17,1983.

    116. WE[NGER, M.B. & KOOB, G.F. - What constltuesadequate anesthesia in animals? ill neonates? Anes-thesiology, 72:767-8, 1990.

    117. WEISBROTH, S.H. & FUDENS, J.H. - Use of ketaminehydrochloride as au anesthetic in laboratory rabbits,rats mice, and guinea pigs. Lab. Anim. Sci., 22:904-6, 1972.118. WHITE, G.L. & HOLMES, D.D. - A cornparasion ofketamine and the combination ketarnine-xylazine foreffective surgical anesthesia in the rabbit. Lab. Anim.Sci., 26:804-6, 1976.

    Acta Cinirgica Brasileira - Vol. 11 (2) 1996 - 101

  • 5/11/2018 Anestesia Em Coelhos

    21/23

    119. WHITE, W.J. & FIELD, x.i.Anesthesia and surgeryof laboratory animals. In: Veterinary Clinics a/NorthAmerica: small animal practice. Philadelphia, W.B.Sanders . J 7:989-10 I.7, 1987.

    120. WYATT, J.D.; scorr, RAW.; RICHARDSON, M.E.- The effects of prolonged ketamine-xylazine intra-venous infusion on arterial blood pH , blood gasesmean arterial blood presure, heart and respiratoryrates, rectal temperature and rcflexus rn the rabbit.

    Lab. Anim. Sci., 39:411-6, 1989.121. ZANINl, A.C. & OOA, S. - Farmacologia aplicada. Slio

    Paulo, Atheneu, 1994.

    Enderecn:Neuber M. FonsecaRua Jose Andraus,88811 01Uberlandia - M.G. - CEP: 38.401-075FONE: 034-236-1932

    Recebido em: 22.11.95Data da revisao: 18 ..12.95

    Data da aprovacao: 10.01.96

    Nome do produto Nome comercialANEXO - Alguns produtos farmacologicos nacionais mais utilizados emanestesia'v"

    Laboratorio Apresentacao

    Univet PIA 20 ml, 10 mg/mlUnivet PIA 20 ml, 10 mg/mlRhodia A 5ml, 25 rugFarmasa A 5ml, 25 mgCristalia A 5ml, 25 mgBiochimico/Libra A 5ml, 25 mgRhodia A Sml, 25 rugCristalia A 5ml, 25 mgB iochirn ico /Libra A lml, 25 mgRhodia A 2ml, 50 mg

    Tranquilizantes (fenotiazinas)Acepromazi na Acepran 0,2 %

    Acepran . 1 , 0 %AmplictilClorprazinClorprornazinaClorpromazinaNeozineLevomepromazinaLevomepromazinaFenergan

    Clorpromazina

    Levomepromazina

    PrometazinaTranquilizantes (butirofenonas)DroperidolAzaperne

    DroperidolStresnil

    Ansiolitieos (benzodiazepinicos)Diazepam

    Johnson & Johnsonjohnson & Johnson

    F/A 10 ml, 2,5 mg/mlPIA 20 ml, 40 mg/ml

    Valium Roche A 2 ml, 10 mgDiazepam Biochimico/libra A 2 ml, 1 0 mgDiazepam Cristalia A 2 ml, 10 mgRohypnol Roche A Iml, 2 mgDormon.id Roche A 3 ml, 15 mg

    FlunitrazepamMidazolamAnticolinergi.co (parasimpa Hcolitico)Atropina Sulfato de atropina

    Sulfato de atropinaSulfate de atropinaBromidrato de esco-polarnina

    Escopolamina

    Hipnuanalgesicos (opidldes)Meperidina DemerolDolantina

    Meperidina102 - Acta Cirurgica Brasileira - Vol. II (2 ) 1996

    Biochimica/LibraApsenBrasmedicaAbbot

    A 1 ml, 0,25/0,5 mgA 1 ml, 0,25 mgA 1 ml, 0,251 0,5 mgA 1 ml, 0,4 mg

    WinthropHeeschCristalia

    A 2 ml, 50 mgA 2 ml, 100 mgA 2 ml, 100 mg

  • 5/11/2018 Anestesia Em Coelhos

    22/23

    Fentanil Fentanil Janssen F/AlO ml, 0,05 mg/mlFentanil Cristalia PIA lOml, 0,075 mg/m '! e A 2 mlRapifen Janssen A 5 ml, 0,5 mg/mlNubain Rhodia A2 ml

    AlfentanilNalbufinaHipnOti.cosEtomidatoHidrato de cloral

    HypnornidateHidrato de elora I

    Janssen A 10 ml, 20 mg

    Antagonistas do hipnoanalgesleosNalorfina Nalorfina Johnson & Johnson A 5 mg/mlNaloxona Narcan Upjohn A 0,4 rng/mlAntagonista dos benzodiazepinicosFlumazenil Lanexat Roche A 5 ml, 0,5 mgBarbiturlccsPentobarbital s6dicoTiamilalTiopentalMetoexital

    NembutalSuritalThionembutalBrietal sodico

    AbbotDavisAbbotLilly

    V 20 cp., 100 mgF/A IgF/A 0,5 e 1,0 gPIA 0,5 g

    Anestestcos niio-barbiruricosAlfadolona/alfaxolona Alfatesin Glaxo A 5 ml, 9 mg

    alfaxolonaA 20 ml, 200 mgropofol Diprivam Wellcome-Zeneca

    Agentes dissociativosQuetamina Ketalar Parke-Davis F/AIO ml, 50 mg/mlAgonista 2-adrenergicoDomosedanXilazina

    DetomidinaRompun

    - Ciba-GeigyBayer

    FIA lOml, 10 mgF/A 10 ml

    Miorrelaxantes CentralsXilazinaErer gliceril

    RompunEter gliceril

    BayerHenrifarrna

    F/A 20 ml, 20 mg/mlCx lkg

    Anestesicos locaisLidccaina Lidocaina Apsen F/A 20 rnl a 0,5, 1,0

    e 2,0%F/A 20 ml a e 2%8 30 g a 2%B 25 g a 5%P 60 ml a 2%F 40 ml a 2%Sol. topica a 10%A 2 ml a 5%

    Lidocaina geleiaLidocaina pomadaLidocaina viscosa

    CristaliaApsenApsenApsenCristaliaCristaliaCristalia

    LidocainaLidocaina pesada

    Acta Cirurgica Brasileira - Vol. 11 (2) 1996 - 103

  • 5/11/2018 Anestesia Em Coelhos

    23/23

    ProcainePrilocaina

    Bupivacaina

    Agentes inalat6riosEterHalotano

    MetoxifluranoEn fluranoIsoflurano

    Bloqueadores neuromuscularesSuceinilcolinaGalaminaFazadinioAtracurioPancuronio

    Analeptlcos cardlurrespiratnrlosDoxapram

    SimpatlcomlmetlcosAdrenalina

    Xylocalna viscosaXyloeaina sprayXyloeaina pornadaXylocaina geleiaXylocaina pesadaXyloeaina come sem adrenalinaAnestesico Pearson PearsonAnestesico Covelli Covelli

    AstraAstraAstraAstraAstraAstra

    Citanest c/ octapressin AstraCitoeainaMarcaina pesadaMarcaina come sem adrenalinaNeoca ina pes adaNeocaina come sem adrenalina

    Cristal iaAstraAstra

    F 120 ml a 2%F 90 ml a 10%B 25 g a 5%B 30 ml a 2%A 2 ml a 5%F/A 20m!, 0,5, Ie 2%

    F/A 50 ml a 2%F/A 20 ml, 22 mg/mlA 1.,8 ml a 3%A 1.,8 ml a 3%A 4 ml a 0,5%F/A 20 ml a 0,25, 0,50e 0,75 %A 4 ml a 0,5%F/A 20 ml a 0,25, 0,50e 0,75 %

    Bter anestesico Rhodia F 140 mlHalotano Hoeschst F 50, 100 e 250 mlHalotano Cristalia F 250 m lHalothane Ayerst F 50, 100 e 250 mlFluothane Wellcome -Zeneca F 100 e 250 mlPentrane Abbot F 100 m[Etrane Abbot F 100 e 240 m1Etrane Wellcome -Zeneca F 100 mlForane Abbot F [00 ml

    104 - Acta Cirurgica Brasileira - Vol. 11 (2) 1996

    Cristalia

    QuelicinFlaredilPazadonTracriumPavulonPaneuron

    AbbotRhodiaGlaxoWellcome -ZenecaOrganonCristalia

    Dopram AH Robbins

    F/A 100 e 500 mgA 2 ml, 40 mgA 5 ml, 75 mgA 25 e 50 mgA 2 ml, 2 g/mlA 2 ml, 2 g/ml

    F/A 20 ml, 20 mg/ml

    A 1 ml, 1:1.000A 1 ml, !mgA lml, 1 mg

    A ampola; F

    AdrenalinaAdrenalinaAdrenalina

    BrasmedicaMesquitaVital Brazil

    fraseo F/A '" frasco ampola; B = Bisnaga; C = cartucho; Cp = capsula ex = eaixa