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EDITAL DE LEILÃO N O 007/2015-ANEEL ANEXO 6 LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS. ANEXO 6 LOTE ÚNICO SISTEMA DE TRANSMISSÃO EM CORRENTE CONTÍNUA DE ±800 kV PARA REFORÇO À INTERLIGAÇÃO NORTE – SUDESTE ASSOCIADO AO ESCOAMENTO DA UHE BELO MONTE CONVERSORAS 500 kV CA /±800 kV CC NAS SUBESTAÇÕES XINGU e TERMINAL RIO, LT-CC ±800 kV XINGU – TERMINAL RIO, LTs E EQUIPAMENTOS EM 500 kV ASSOCIADOS CARACTERÍSTICAS E REQUISITOS TÉCNICOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO

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EDITAL DE LEILÃO NO007/2015-ANEEL ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

ANEXO 6 LOTE ÚNICO

SISTEMA DE TRANSMISSÃO EM CORRENTE CONTÍNUA DE ±800 kV PARA REFORÇO À

INTERLIGAÇÃO NORTE – SUDESTE ASSOCIADO AO ESCOAMENTO DA UHE BELO MONTE

CONVERSORAS 500 kVCA/±800 kVCC NAS SUBESTAÇÕES XINGU e TERMINAL RIO, LT-CC ±800 kV XINGU – TERMINAL RIO,

LTs E EQUIPAMENTOS EM 500 kV ASSOCIADOS

CARACTERÍSTICAS E

REQUISITOS TÉCNICOS BÁSICOS DAS

INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO

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ÍNDICE

1 DESCRIÇÃO ..................................................................................................................... 6

1.1 DESCRIÇÃO GERAL ....................................................................................................................... 6

1.2 GLOSSÁRIO .................................................................................................................................... 6

1.3 CONFIGURAÇÃO BÁSICA ............................................................................................................. 8

1.4 REQUISITOS TÉCNICOS NO CASO DE SECCIONAMENTO DE LINHA DE TRANSMISSÃO ....12

1.5 REQUISITOS GERAIS ....................................................................................................................13

2 DADOS DE SISTEMA ..................................................................................................... 14

2.1 REPRESENTAÇÃO DA REDE .......................................................................................................14

2.2 NÍVEIS DE CURTO-CIRCUITO .......................................................................................................17

3 SUBESTAÇÕES – PÁTIOS EM CA ................................................................................ 18

3.1 INFORMAÇÕES BÁSICAS .............................................................................................................18

3.2 ARRANJO DE BARRAMENTOS ....................................................................................................20

3.3 CAPACIDADE DE CORRENTE ......................................................................................................20

3.4 SUPORTABILIDADE ......................................................................................................................21

3.5 EFEITOS DE CAMPOS ...................................................................................................................21

3.6 INSTALAÇÕES ABRIGADAS ........................................................................................................22

4 EQUIPAMENTOS EM CA ............................................................................................... 23

4.1 DISJUNTORES ...............................................................................................................................23

4.2 SECCIONADORAS, LÂMINAS DE TERRA E CHAVES DE ATERRAMENTO ..............................24

4.3 PARA-RAIOS ..................................................................................................................................24

4.4 TRANSFORMADORES DE CORRENTE E POTENCIAL ...............................................................24

4.5 EQUIPAMENTOS DE SERVIÇOS AUXILIARES ............................................................................25

4.6 COMPENSADORES SÍNCRONOS .................................................................................................25

5 CASA DE VÁLVULAS E EQUIPAMENTOS DO ELO CC ............................................... 28

5.1 DEFINIÇÕES BÁSICAS ..................................................................................................................28

5.2 TEMPERATURAS DE PROJETO DAS CONVERSORAS .............................................................28

5.3 DADOS DE FREQUÊNCIA E TENSÃO CA PARA PROJETO .......................................................28

5.4 VALORES NOMINAIS .....................................................................................................................29

5.5 REQUISITOS MÍNIMOS ..................................................................................................................30

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5.6 ASPECTOS DE DIMENSIONAMENTO ..........................................................................................41

5.7 OPERAÇÃO DO ELO CC – INTERAÇÃO CA-CC-CA ...................................................................41

6 FILTROS DE HARMÔNICAS .......................................................................................... 45

6.1 FILTROS DO LADO CA ..................................................................................................................45

6.2 FILTROS DO LADO CC ..................................................................................................................50

7 ELETRODOS DE ATERRAMENTO ................................................................................ 53

7.1 REQUISITOS GERAIS ....................................................................................................................53

7.2 INTERFERÊNCIAS .........................................................................................................................53

7.3 CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS ..........................................................................................54

7.4 CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS .................................................................................................54

7.5 LINHA DO ELETRODO ...................................................................................................................54

8 CONTROLES DOS ELOS CC ......................................................................................... 56

8.1 FILOSOFIA DO CONTROLE – CONTROLE MESTRE ..................................................................56

8.2 DESEMPENHO DO SISTEMA DE CONTROLE DO ELO CC ........................................................58

9 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CORRENTE CONTÍNUA – LT-CC ............................. 61

9.1 CARACTERÍSTICAS OPERATIVAS BÁSICAS .............................................................................61

9.2 REQUISITOS ELÉTRICOS .............................................................................................................61

9.3 COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO .............................................................................................62

9.4 REQUISITOS MECÂNICOS ............................................................................................................64

9.5 REQUISITOS ELETROMECÂNICOS .............................................................................................66

10 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CORRENTE ALTERNADA ........................................ 68

10.1 REQUISITOS GERAIS ....................................................................................................................68

10.2 REQUISITOS ELÉTRICOS .............................................................................................................68

10.3 REQUISITOS MECÂNICOS ............................................................................................................75

10.4 REQUISITOS ELETROMECÂNICOS .............................................................................................78

11 SISTEMAS DE PROTEÇÃO............................................................................................ 79

11.1 DEFINIÇÕES BÁSICAS ..................................................................................................................79

11.2 REQUISITOS GERAIS PARA PROTEÇÃO, REGISTRADORES DE PERTURBAÇÕES E TELECOMUNICAÇÕES ...............................................................................................................................80

11.3 REQUISITOS TÉCNICOS DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO - ASPECTOS GERAIS .....................80

11.4 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE LINHA DE TRANSMISSÃO – GERAL ..........................................80

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11.5 ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO DOS TERMINAIS DA LINHA DE TRANSMISSÃO 80

11.6 LINHAS DE TRANSMISSÃO COM TENSÃO NOMINAL IGUAL OU SUPERIOR A 345KV ..........80

11.7 ESQUEMA DE RELIGAMENTO AUTOMÁTICO ............................................................................80

11.8 REQUISITOS PARA VERIFICAÇÃO DE SINCRONISMO MANUAL. ............................................80

11.9 TRANSFORMADORES OU AUTOTRANSFORMADORES ...........................................................80

11.10 TRANSFORMADORES CUJO MAIS ALTO NÍVEL DE TENSÃO NOMINAL É IGUAL OU SUPERIOR A 345 KV ...................................................................................................................................80

11.11 BANCOS DE FILTROS ...................................................................................................................80

11.12 SISTEMAS DE PROTEÇÃO DE ELOS DE CORRENTE CONTÍNUA ............................................81

11.13 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE BARRAMENTOS COM TENSÃO NOMINAL IGUAL OU SUPERIOR A 138 KV ...................................................................................................................................82

11.14 SISTEMA DE PROTEÇÃO PARA FALHA DE DISJUNTOR COM TENSÃO NOMINAL IGUAL OU SUPERIOR A 138 KV ...................................................................................................................................82

11.15 SISTEMAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO .......................................................................................82

12 SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE ................................................................ 84

12.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................84

12.2 REQUISITOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES .....................84

12.3 REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO E CONTROLE DE EQUIPAMENTOS PERTENCENTES À REDE DE OPERAÇÃO ................................................................................................................................84

12.4 REQUISITOS PARA O SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS .........................................................85

12.5 ARQUITETURA DE INTERCONEXÃO COM O ONS .....................................................................85

12.6 REQUISITOS DE SUPERVISÃO PELO AGENTE PROPRIETÁRIO DAS INSTALAÇÕES (SUBESTAÇÕES) COMPARTILHADAS DA REDE DE OPERAÇÃO. ........................................................88

12.7 REQUISITOS DE SUPERVISÃO ENTRE OS AGENTES CONCESSIONÁRIO DAS ESTAÇÕES CONVERSORAS E OS AGENTES CONCESSIONÁRIOS DAS LINHAS CC .............................................88

12.8 AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE E DA QUALIDADE DOS RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE ..................................................................................................................................................88

12.9 REQUISITOS PARA A ATUALIZAÇÃO DE BASES DE DADOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE ......................................................................................................................88

12.10 AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE E DA QUALIDADE DOS RECURSOS DE TELECOMUNICAÇÕES ...............................................................................................................................88

13 SISTEMAS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES......................................................... 89

13.1 GRANDEZAS ANALÓGICAS E DIGITAIS A SEREM MONITORADAS PELO REGISTROS DE PERTURBAÇÕES ........................................................................................................................................89

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14 SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES ........................................................................... 91

14.1 REQUISITOS GERAIS ....................................................................................................................91

14.2 REQUISITOS TÉCNICOS DOS CANAIS PARA TELEPROTEÇÃO ..............................................92

14.3 REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE VOZ ...................................................94

14.4 REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS ..............................................96

15 DEMONSTRAÇÃO DA CONFORMIDADE DO EMPREENDIMENTO ............................ 98

15.1 ACOMPANHAMENTO DO PROJETO E TREINAMENTOS .........................................................101

15.2 MODELOS COMPUTACIONAIS E FERRAMENTA DE SIMULAÇÃO .........................................102

15.3 ETAPA DE CONCEPÇÃO ............................................................................................................105

15.4 ETAPA DE DETALHAMENTO ......................................................................................................107

15.5 ESTUDOS PARA DEMONSTRAÇÃO DA CONFORMIDADE NA ETAPA DE CONCEPÇÃO ....107

15.6 DEMONSTRAÇÃO DE CONFORMIDADE NA ETAPA DE DETALHAMENTO ...........................120

16 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA RELATIVA AO EMPREENDIMENTO ........................... 124

16.1 ESTUDOS DE ENGENHARIA E PLANEJAMENTO .....................................................................124

16.2 RELATÓRIOS DAS CARACTERÍSTICAS E REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES EXISTENTES..............................................................................................................................................124

16.3 MEIO AMBIENTE, LICENCIAMENTO E FUNDIÁRIO ..................................................................125

17 CRONOGRAMA ............................................................................................................ 126

17.1 CRONOGRAMA FÍSICO DO EMPREENDIMENTO (TABELA A) ................................................127

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1 DESCRIÇÃO

1.1 DESCRIÇÃO GERAL

Este anexo apresenta as características e os requisitos técnicos básicos das instalações de transmissão integrantes do Bipolo de Corrente Contínua Xingu –Terminal Rio (Bipolo 2) compostas por:

Estação Conversora CA/CC, ±800 kV, 4.000 MW, junto à SE 500 kV Xingu;

Estação Conversora CA/CC, ±800 kV, (*) 3.788 MW, junto à SE 500 kV Terminal Rio;

Linha de Transmissão em Corrente Contínua de ±800 kV Xingu –Terminal Rio;

Linha de Transmissão em Corrente Alternada de 500 kV Terminal Rio – Nova Iguaçu C1 e C2 e

Seccionamentos das LTs 500 kV Adrianópolis – Resende e Adrianópolis – Cachoeira Paulista na SE Terminal Rio.

Dois Compensadores Síncronos de 500 kV e (150/-75) Mvar na SE Terminal Rio;

Dois transformadores para serviços auxiliares de 500/13,8 kV e 40 MVA na SE Terminal Rio

(*) Potência a ser confirmada conforme item 5.4.2

De acordo com os estudos de planejamento, convencionou-se chamar de Bipolo 1 o bipolo Xingu – Estreito, licitado em 2014, e de Bipolo 2 o bipolo Xingu – Terminal Rio, objeto deste Edital.

Para o dimensionamento dessas instalações deverá ser considerado o Bipolo 1, que deverá entrar em operação antes da entrada deste empreendimento, além da rede existente que já terá em operação os bipolos de corrente contínua Foz do Iguaçu – Ibiúna (BP1 e BP2) e Porto Velho – Araraquara 2 (BP1 e BP2). O Bipolo 2 deverá permitir a operação integrada e coordenada com o Bipolo 1, sem nenhum empecilho de ordem técnica.

1.2 GLOSSÁRIO

ATP Alternative Transients Program, programa de computador utilizado para estudos de transitórios eletromagnéticos em sistemas elétricos de potência

CA Corrente Alternada

CC Corrente Contínua

CCC Capacitor Commutated Converter, tecnologia de conversoras CA/CC

CIGRE Conseil International des Grands Reseaux Electriques, Conselho Internacional de Grandes Redes Elétricas, responsável pela publicação de materiais técnicos de engenharia.

DTHT Distortion Harmonics Total, Valor Global de Distorção Harmônica

FAT Factory Acceptance Test, Teste de Aceitação de Fábrica

FST Factory System Test, Teste de Sistema.

HVDC High Voltage Direct Current, mesmo que CCAT - Corrente Contínua em Alta Tensão.

IEC International Electrotechnical Commission, Comissão Internacional de Eletrotécnica

LCC Line Commutated Converter, tecnologia de conversoras CA/CC

LT (LT-CC) Linha de Transmissão (Linha de Transmissão em Corrente Contínua)

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PSCAD Programa de finalidade genérica para simulação no domínio do tempo de sistemas de potência multifásicos e de sistemas de controle

TOV Capability

Temporary Overvoltage Capability, onde mencionado no texto diz respeito à suportabilidade de para-raios (Metal Oxide Arresters) a solicitações advindas de sobretensões temporárias, que aumentam a corrente e a dissipação de energia nestes elementos, aumentando a sua temperatura

SE Subestação de energia elétrica

TIF Telephone Interference Factor, Fator de Interferência Telefônica

TC Transformador de Corrente

VSC Voltage Source Converter, tecnologia de conversoras CA/CC

Zmax, Zmin, Angmax e Angmin

Módulos e Ângulos das Impedâncias Harmônicas – valores máximos e mínimos

CEPEL Centro de Pesquisas de Energia Elétrica

DENTEL Departamento Nacional de Telecomunicações

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1.3 CONFIGURAÇÃO BÁSICA

A Configuração Básica é caracterizada pelas instalações listadas nas Tabelas 1.1 a 1.6 a seguir.

TABELA 1.1 – OBRAS DE SUBESTAÇÕES

SUBESTAÇÃO kV QTDE. EQUIPAMENTO

Xingu

± 800 CC

1 Módulo de infraestrutura geral – MIG

1 Ponte conversora de 12 pulsos por polo, potência nominal de 4.000 MW, em operação bipolar, reatores de alisamento e filtros CC a serem definidos pela TRANSMISSORA

500 CA

1 Módulo de infraestrutura geral – MIG

4 Banco de transformadores conversores monofásicos de dois enrolamentos com tensão primária de 500/√3 e com tensão secundária e potência a ser definida pela TRANSMISSORA

2 Unidade de transformador conversor para reserva, sendo uma Y/Δ e outra Y/Y.

2 Módulo de conexão de transformador conversor – DJM

¹ 3 Módulo interligador de barra em arranjo DJM,.

² X Compensação reativa e filtros dimensionados conforme itens 5.5.13, 5.5.14 e 6.1 incluindo os seus disjuntores, chaves, TCs e demais equipamentos necessários ao correto funcionamento dessas instalações, conectados em arranjo DJM.

Terminal Rio

± 800 CC

1 Módulo de Infraestrutura Geral – MIG

1 Ponte conversora de 12 pulsos por polo, potência nominal como inversora de 3.788 MW, a ser confirmada conforme item 5.4.2, em operação bipolar, transmissão no sentido Xingu - Terminal Rio. Potência nominal como estação retificadora, transmissão no sentido Terminal Rio – Xingu, igual a 3.270 MW. Reatores de alisamento e filtros CC a serem definidos pela TRANSMISSORA

500 CA

1 Módulo de Infraestrutura Geral – MIG

2 Módulo de entrada de linha – DJM (LTs para SE Nova Iguaçu)

4 Banco de transformadores conversores monofásicos de dois enrolamentos com tensão primária de 500/√3e com tensão secundária e potência a ser definida pela TRANSMISSORA

2 Unidade de transformador conversor para reserva, sendo uma Y/Δ e outra Y/Y.

2 Módulo de conexão de transformador conversor – DJM

¹ 5 Módulo interligador de barra em arranjo DJM,

² X Compensação reativa e filtros dimensionados conforme itens, 5.5.13, 5.5.14 e 6.1 incluindo os seus disjuntores, chaves, TCs e demais equipamentos necessários ao correto funcionamento dessas instalações, conectados em arranjo DJM

2 ³ Transformador trifásico 500/13,8 kV – 40 MVA para Serviços Auxiliares

2 Módulo de conexão de transformador DJM

2 Compensador Síncrono de (150/-75) Mvar

1 Banco de unidades transformadoras monofásicas, de (3x100) MVA, para conexão dos Compensadores Síncronos

1 Unidade transformadora monofásicas de reserva, de 100 MVA, para conexão dos Compensadores Síncronos

1 Módulo de conexão de compensador DJM

Nova Iguaçu 500 CA 2 Módulo de entrada de linha – DJM (LTs para SE Terminal Rio)

2 Módulo interligador de barras – DJM (LTs para Terminal Rio)

1) Poderão ser necessários e deverão ser implementados pela Transmissora mais módulos de interligação de barras, de acordo com o projeto dos filtros para atender as especificações desses equipamentos e demais equipamentos da SE conectados em arranjo DJM.

2) O número de bancos de filtros e respectivas conexões dependerá do projeto da Transmissora para atender os requisitos desses equipamentos.

3) A TRANSMISSORA poderá submeter para aprovação da ANEEL, no Projeto Básico Etapa de Concepção, outros valores para tensão secundária e potência dos transformadores dos serviços auxiliares.

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TABELA 1.2 – OBRAS DE LINHAS DE ELETRODO

ORIGEM DESTINO CIRCUITO Distância mínima da

SE em km

SE Xingu Eletrodo da SE Xingu CS 15

SE Terminal Rio Eletrodo da SE Terminal Rio CS 15

TABELA 1.3 – OBRAS DE ELETRODO

ELETRODO LOCAL

Eletrodo da SE Xingu A 15 km ou mais da SE Xingu

Eletrodo da SE Terminal Rio A 15 km ou mais da SE Terminal Rio

TABELA 1.4 – OBRAS DA LINHA DE TRANSMISSÃO EM CORRENTE CONTÍNUA

ORIGEM DESTINO CIRCUITO Distância em km

SE Xingu SE Terminal Rio Bipolo simples 2518

TABELA 1.5 – OBRAS DA LINHA DE TRANSMISSÃO EM CORRENTE ALTERNADA

ORIGEM DESTINO CIRCUITO Distância em km

SE Terminal Rio SE Nova Iguaçu Simples 30

SE Terminal Rio SE Nova Iguaçu Simples 30

TABELA 1.6 – ATIVIDADES DE RESPONSABILIDADE DA TRANSMISSORA VENCEDORA DA LICITAÇÃO

Subestação Atividades

Terminal Rio

Implementação de quatro trechos de linha de transmissão em 500 kV, circuito simples, com

extensão aproximada de 1 km, entre o ponto de seccionamento das Linhas de Transmissão

Adrianópolis – Resende e Adrianópolis – Cachoeira Paulista e a SE Terminal Rio.

Implementação de 4 entradas de linha em 500 kV e 4 interligadores de barras em disjuntor

e meio, associados aos dois seccionamentos das linhas em 500 kV.

¹ Implementação de 2 bancos de reatores de barra/linha de (3x45,33) Mvar/500 kV (no

mesmo vão das LTs 500 kV Terminal Rio – Rezende e Terminal Rio – Cachoeira Paulista)

mais uma unidade monofásica de reserva de 45,33 Mvar/500 kV e 2 módulos de conexão

de reator de barra DJM.

Adrianópolis Aquisição dos equipamentos necessários para as modificações nas entradas de linha das

linhas seccionadas.

Resende Aquisição dos equipamentos necessários para as modificações na entrada de linha da linha

seccionada.

² Cachoeira Paulista Aquisição dos equipamentos necessários para as modificações na entrada de linha da linha

seccionada.

1) A TRANSMISSORA, considerando o projeto de linha de transmissão adotado, deverá verificar se os reatores estão adequados para a faixa de frequência entre 56 Hz e 66 Hz e propor modificações, se necessárias

2) A CSN – Companhia Siderúrgica Nacional está autorizada a conectar-se na LT 500 kV Adrianópolis – Cachoeira Paulista mediante seccionamento. Caso isto ocorra antes do seccionamento na SE Terminal Rio, a adequação deverá considerar a SE 500 kV Volta Redonda a ser implementada pela CSN conforme o Parecer de Acesso ONS RE 2.1/072/2014.

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As instalações descritas na tabela 1-6 serão transferidas sem ônus para a Eletrobrás/Furnas, concessionária de transmissão da(s) linha(s) a serem seccionada(s), doravante denominada “Concessionária da Linha”, conforme disposto na Resolução nº 67, de 8 de junho de 2004, e no Contrato de Concessão a ser assinado pela vencedora do leilão e a ANEEL, sendo a Concessionária da Linha, responsável pela Operação e Manutenção das Linhas de Transmissão resultantes do seccionamento e respectivos módulos de Entrada de Linha e módulos Interligadores de Barra.

A configuração básica adotada nos estudos de planejamento (R1, R2, R3 e R4, integrantes deste Edital) prevê a instalação de uma ponte conversora – tecnologia LCC, sem CCC, de 12 pulsos de 800 kV por polo, bem como bancos de transformadores conversores monofásicos de 2 enrolamentos. Fazem parte desta configuração duas unidades reservas por subestação conversora, sendo uma Y/Δ e outra Y/Y.

É facultado a TRANSMISSORA a instalação de duas pontes conversoras de 400 kV de 12 pulsos por polo e a modificação do arranjo, do tipo e quantidade dos bancos de transformadores conversores, que poderão ser de dois ou três enrolamentos, sem prejuízo das unidades reservas. No caso de solução com transformadores de três enrolamentos e um conversor por polo deverá ser prevista uma unidade monofásica reserva de três enrolamentos por subestação. Em qualquer solução proposta para os transformadores conversores, caso haja mais de um conversor de 12 pulsos por polo, o número de unidades reservas deverá ser duplicado em relação ao considerado nos parágrafos anteriores.

A configuração básica supracitada constitui-se na Alternativa de Referência. Os requisitos técnicos deste Anexo caracterizam o padrão de desempenho mínimo a ser atingido por qualquer solução proposta. Este desempenho deverá ser demonstrado mediante justificativa técnica comprobatória, ainda que seja utilizada pela TRANSMISSORA a Alternativa de Referência.

A utilização pelo empreendedor de outras soluções, que não a de Referência, fica condicionada à demonstração de que a mesma apresente desempenho elétrico equivalente ou superior àquele proporcionado pela Alternativa de Referência.

No entanto, nesta proposta de configuração alternativa, a TRANSMISSORA NÃO tem liberdade para modificar:

A tecnologia LCC;

Níveis de tensão CC e CA;

Potência nominal das conversoras;

Distribuição de fluxo de potência em regime permanente;

Não será permitida a redução de confiabilidade e/ou disponibilidade, ainda que implique em outros benefícios para o SIN. Entre as alterações não permitidas, estão a redução do número de vãos em subestações e a implementação de circuito duplo de linha de transmissão, quando forem especificados circuitos simples.

O empreendimento objeto do Leilão compreende a implementação das instalações detalhadas nas Tabelas 1.1 a 1.6. Estão ainda incluídos no empreendimento os equipamentos terminais de manobra, proteção, supervisão e controle, telecomunicações e todos os demais equipamentos, serviços e facilidades necessários à prestação do SERVIÇO PÚBLICO DE TRANSMISSÃO, ainda que não expressamente indicados neste Anexo.

A Figura 1.1 a seguir descreve a SE Terminal Rio, já incorporando as adições decorrentes de avaliações posteriores ao R2 e R4, as quais deverão ser implementadas pela Transmissora. Caso a Transmissora opte por leiaute distinto ao da Figura 1.1 deverá propor e justificar no Projeto Básico Etapa de Concepção para aprovação da ANEEL. Os equipamentos desenhados com linhas tracejadas são para instalação futura e não fazem parte do escopo deste lote.

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SE TERMINAL RIO

500kV

C. Paulista/

V. Redonda

ADRIANÓPOLISNOVA IGUAÇU

Se

rv. A

ux

. 1

Fe

rnã

o D

ias

+800kV

Bcos de

Filtros

Bcos de

Filtros

2 Compen-

sadores

síncronos

2 Compen-

sadores

síncronos

(futuro)

Se

rv.

Au

x.

2

Resende

Bcos de

Filtros

Polo 1 Polo 2

- 800kV

Figura 1.1 – Diagrama Unifilar da SE Terminal Rio (os equipamentos futuros, desenhados com linhas pontilhadas não fazem parte do escopo deste Lote).

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1.4 REQUISITOS TÉCNICOS NO CASO DE SECCIONAMENTO DE LINHA DE TRANSMISSÃO

Para a implementação dos trechos de linha(s) de transmissão entre o ponto de seccionamento das Linhas de Transmissão Adrianópolis – Resende e Adrianópolis – Cachoeira Paulista, com extensão aproximada de 1 km, das 4 entradas de linha em 500 kV correspondentes, na nova subestação Terminal Rio, a TRANSMISSORA deverá observar os requisitos descritos neste Anexo e, adicionalmente, as normas e padrões técnicos da concessionária da linha.

A TRANSMISSORA deverá fornecer à concessionária da linha, antes do início do primeiro ensaio, uma lista, com o cronograma de todos os ensaios a serem realizados, sendo necessária a realização dos ensaios requeridos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Para os casos em que a ABNT não for aplicável, deve-se realizar os ensaios requeridos pelas Normas Técnicas Internacionais mencionadas neste Anexo. Deve ser emitido um certificado para cada ensaio. Os ensaios de rotina deverão ser executados em todos os painéis incluídos no fornecimento.

O comissionamento das instalações será realizado em conjunto pela TRANSMISSORA e pela concessionária da linha.

A TRANSMISSORA deverá adquirir os equipamentos necessários para as modificações nas entradas de linha da(s) linha(s) de transmissão seccionada(s), localizada na(s) subestação(ões) Adrianópolis, Resende e Cachoeira Paulista e transferi-los para a concessionária da linha, que será a responsável pela sua implementação, devendo estes equipamentos serem entregues nos locais onde serão instalados.

Para os equipamentos associados aos trechos de linhas de transmissão, a TRANSMISSORA deverá fornecer à concessionária da linha peças sobressalentes em quantidade suficiente, que viabilizem a disponibilidade requerida para o sistema e que compreendam os equipamentos necessários para substituição de uma fase completa do módulo de Entrada de Linha (polo de disjuntor, polo de chave seccionadora, transformador de potencial, transformador de corrente e para-raios).

A TRANSMISSORA será responsável pelo fornecimento para concessionária da linha de todas as ferramentas e acessórios necessários para o comissionamento, operação e manutenção dos equipamentos transferidos.

A TRANSMISSORA deverá prover treinamento adequado abrangendo os equipamentos fornecidos para as entradas de linha, caso esses equipamentos sejam diferentes dos utilizados pela concessionária da linha na referida linha de transmissão.

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1.5 REQUISITOS GERAIS

O projeto e a construção das instalações objeto deste anexo, devem estar, no que for aplicável, em conformidade com as últimas revisões das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Na falta destas, com as últimas revisões das normas da International Electrotechnical Commission - IEC, American National Standards Institute - ANSI ou National Electrical Safety Code - NESC, nesta ordem de preferência, salvoondeexpressamente indicado o contrário.

Os requisitos aqui estabelecidos aplicam-se ao pré-projeto, aos projetos básico e executivo bem como às fases de construção, montagem, comissionamento, manutenção e operação do empreendimento durante todo o período de concessão. Aplicam-se ainda ao projeto, fabricação, inspeção, ensaios e montagem de materiais, componentes e equipamentos utilizados no empreendimento.

É responsabilidade da TRANSMISSORA obter todos os dados inclusive os descritivos das condições ambientais e geomorfológicas da região de implantação, a serem adotados na elaboração do projeto básico, bem como nas fases de construção, manutenção e operação das instalações.

As características técnicas e requisitos estabelecidos neste ANEXO definem o padrão de desempenho mínimo da Alternativa de Referência, o que não exime a TRANSMISSORA de preparar, de acordo com a necessidade para atendera esse desempenho mínimo, as especificações técnicas para a aquisição de equipamentos, sistemas, componentes e serviços suficientemente detalhada para o correto desempenho do empreendimento. Esta especificação será parte integrante da documentação do projeto básico a ser entregue para análise.

As informações, requisitos, premissas e diretrizes contidas neste ANEXO tem precedência sobre aquelas contidas na documentação do planejamento, R1, R2, R3 e R4, integrantes do Edital.

Devem ser respeitados os Procedimentos de Rede, em sua versão vigente na data de publicação do Edital. Em caso de conflito, os requisitos estabelecidos neste ANEXO, terão precedência.

A demonstração da conformidade deste empreendimento com os requisitos deste ANEXO e com os Procedimentos de Rede, mediante a apresentação do Projeto Básico, se dará em duas etapas, Projeto Básico Etapa de Concepção e Projeto Básico Etapa de Detalhamento, as quais estão definidas no item 15 deste Anexo.

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2 DADOS DE SISTEMA

Os dados de sistema utilizados nos estudos em regime permanente, transitório eletromecânico e desempenho dinâmico, efetuados para a definição da configuração básica estão disponibilizados nos formatos dos programas do CEPEL de simulação de rede, ANAREDE, ANATEM/ANAT0 e no formato do programa PSCAD, para os horizontes inicial e final do planejamento, no site da Empresa de Pesquisa Energética – EPE (www.epe.gov.br).Para o Projeto Básico Etapa de Concepção deverão ser utilizados os dados disponíveis na data de publicação deste Edital. No Projeto Básico Etapa de Detalhamento, será necessária a utilização de dados atualizados conforme item 15.4.

No âmbito da operação, os dados estão disponibilizados no site do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS (www.ons.org.br). Para os estudos operativos e para eventuais estudos do Projeto Básico Etapa de Detalhamento que se refiram a topologias contidas dentro do horizonte de operação deve ser utilizada a base de dados disponibilizada pelo ONS, no formato dos programas ANAFAS, ANAREDE e ANATEM

Plantas, relatórios e dados da UHE Belo Monte, que poderão ser necessários para o dimensionamento dos equipamentos integrantes do objeto deste Edital, estão disponíveis no site da ANEEL(www.aneel.gov.br) junto com a documentação listada no Capítulo 16.

2.1 REPRESENTAÇÃO DA REDE

Para efeito de demonstração da conformidade do empreendimento aos requisitos deste ANEXO, estão disponíveis os seguintes dados referentes à rede elétrica, além daqueles citados acima:

Os lugares geométricos das impedâncias harmônicas da rede, a serem considerados no projeto dos filtros de harmônicas, sem considerar os filtros do Bipolo 1, nas Tabelas 2.1 e 2.2 a seguir.

Os dados da topologia da rede retida1 (sequencia positiva e zero) e dos equivalentes a serem considerados nos estudos de desempenho dinâmico e de transitórios eletromagnéticos, para os horizontes inicial e final de planejamento e operação, estão detalhados e disponíveis no site da EPE, no formato PSCAD. Os resultados e diagramas orientativos constam no Relatório R2, integrante deste Edital.

1 Quando um sistema é reduzido, para efeito de simulação, parte da rede é equivalentada e o restante da topologia, não reduzida, é mantida. Esta parte da rede, que é mantida, é denominada rede retida.

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TABELA 2.1 - PARÂMETROS DOS LUGARES GEOMÉTRICOS DAS IMPEDÂNCIAS HARMÔNICAS – SE XINGU

Ordem

harmônica

Frequência

(Hz)

2 120 118,0 1,8 76,0 -70,0

3 180 118,0 1,8 76,0 -70,0

4 240 140,0 6,0 78,0 -66,0

5 300 140,0 6,0 76,0 -66,0

6 360 140,0 6,0 70,0 -68,0

7 420 126,0 10,0 68,0 -74,0

8 480 126,0 3,0 68,0 -74,0

9 540 95,0 3,0 67,0 -74,0

10 600 77,0 3,0 67,0 -76,0

11 660 164,0 3,0 68,0 -81,0

12 720 275,0 7,0 68,0 -85,0

13 780 275,0 5,0 68,0 -85,0

14 840 275,0 5,0 68,0 -85,0

15 900 275,0 5,0 68,0 -85,0

16 960 275,0 5,0 51,0 -85,0

17 1020 106,0 5,0 62,0 -84,0

18 1080 106,0 6,0 65,0 -84,0

19 1140 106,0 5,0 65,0 -84,0

20 1200 184,0 5,0 65,0 -82,0

21 1260 184,0 5,0 65,0 -85,0

22 1320 184,0 5,0 65,0 -85,0

23 1380 184,0 5,0 61,0 -85,0

24 1440 184,0 7,0 61,0 -85,0

25 1500 113,0 4,0 47,0 -85,0

26 1560 101,0 4,0 63,0 -84,0

27 1620 101,0 4,0 63,0 -84,0

28 1680 101,0 4,0 63,0 -84,0

29 1740 117,0 4,0 63,0 -84,0

30 1800 117,0 7,0 63,0 -86,0

31 1860 117,0 4,0 48,0 -86,0

32 1920 117,0 4,0 48,0 -86,0

33 1980 117,0 4,0 48,0 -86,0

34 2040 106,0 4,0 45,0 -86,0

35 2100 97,0 4,0 65,0 -86,0

36 2160 97,0 4,0 65,0 -85,0

37 2220 97,0 4,0 65,0 -85,0

38 2280 157,0 4,0 65,0 -88,0

39 2340 157,0 4,0 65,0 -88,0

40 2400 157,0 4,0 60,0 -88,0

41 2460 157,0 4,0 60,0 -88,0

42 2520 157,0 4,0 60,0 -88,0

43 2580 103,0 3,0 53,0 -88,0

44 2640 103,0 3,0 53,0 -88,0

45 2700 103,0 3,0 53,0 -88,0

46 2760 58,0 3,0 45,0 -88,0

47 2820 79,0 3,0 45,0 -87,0

48 2880 79,0 3,0 45,0 -87,0

49 2940 79,0 3,0 45,0 -87,0

50 3000 79,0 3,0 45,0 -87,0

SE Xingu (500 kV)

Intervalos de frequência

Zmax (Ω) Zmin (Ω)Angmax

(graus)

Angmin

(graus)

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TABELA 2.2 - PARÂMETROS DOS LUGARES GEOMÉTRICOS DAS IMPEDÂNCIAS HARMÔNICAS – SE TERMINAL RIO

Na Tabela 2.2 não se considera a existência dos dois compensadores síncronos de (150/-75) Mvar conectados a barra da SE Terminal Rio 500 kV.

h

(ordem

harmônica)

Frequência

(Hz)

Zmax

(ohms)

Zmin

(ohms)Ømax (o) Ømin (o)

2 120 33,3 15,5 73,1 7,6

3 180 111,5 15,5 73,1 -39,0

4 240 111,5 5,5 73,1 -69,8

5 300 111,5 5,5 75,6 -69,8

6 360 78,5 5,5 77,4 -69,8

7 420 102,0 6,5 82,4 -56,3

8 480 102,0 6,5 82,4 -56,3

9 540 165,3 8,8 82,4 -60,5

10 600 165,3 3,0 82,4 -67,2

11 660 183,5 3,0 75,6 -67,2

12 720 214,5 3,0 75,6 -76,5

13 780 214,5 3,0 75,6 -76,5

14 840 214,5 3,0 71,5 -76,5

15 900 214,5 5,5 71,5 -76,5

16 960 214,5 5,5 73,5 -76,5

17 1020 164,5 5,5 73,9 -67,2

18 1080 164,5 3,8 73,9 -67,2

19 1140 164,5 3,8 73,9 -67,2

20 1200 164,5 3,8 76,9 -67,2

21 1260 203,5 3,5 78,5 -70,4

22 1320 479,5 2,5 80,7 -74,8

23 1380 479,5 2,5 84,0 -74,8

24 1440 479,5 2,5 84,0 -74,8

25 1500 479,5 2,5 84,0 -74,8

26 1560 479,5 2,5 84,0 -74,8

27 1620 228,3 5,0 84,0 -73,0

28 1680 228,3 7,3 83,5 -63,7

29 1740 228,3 7,3 83,2 -63,7

30 1800 182,8 7,3 75,9 -63,7

31 1860 182,8 12,8 75,9 -50,7

32 1920 182,8 15,5 75,9 -68,7

33 1980 182,8 5,8 68,0 -71,2

34 2040 182,8 5,8 63,4 -71,2

35 2100 178,5 5,8 63,2 -71,2

36 2160 178,5 4,5 68,2 -71,2

37 2220 132,0 4,5 75,7 -71,2

38 2280 104,3 4,5 77,9 -60,2

39 2340 218,3 4,5 77,9 -60,2

40 2400 218,3 4,5 77,9 -69,2

41 2460 273,8 6,0 79,9 -69,2

42 2520 273,8 6,3 79,9 -70,8

43 2580 273,8 7,8 79,9 -72,1

44 2640 273,8 7,8 79,9 -72,1

45 2700 273,8 8,0 79,9 -72,1

46 2760 283,3 8,0 81,8 -72,1

47 2820 283,3 8,0 81,8 -72,1

48 2880 283,3 9,8 83,3 -61,2

49 2940 283,3 9,8 83,3 -61,2

50 3000 283,3 9,8 83,3 -61,2

SE Terminal Rio (500 kV)

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2.2 NÍVEIS DE CURTO-CIRCUITO

A Tabela 2.3, a seguir, resume os valores de potência de curto-circuito a serem considerados no desenvolvimento do projeto. Estes valores são compatíveis com os equivalentes fornecidos no item anterior considerando a retirada de elementos citadas nas notas da Tabela 2.3 e devem ser considerados nos estudos de dimensionamento e de sistema definidos nos itens 15.5 e 15.6.

Os níveis de curto-circuito mencionados na Tabela 2.3 não consideram a presença dos 2 compensadores síncronos 150/-75 Mvar previstos para a SE Terminal Rio.

Para efeito de dimensionamento da instalação do elo CC quanto aos níveis de curto-circuito e para atendimento ao requisito de desempenho (tempo de resposta, item 8.2.2), tais compensadores síncronos deverão ser considerados como fora de operação.

Caso seja identificado algum valor de potência de curto-circuito fora da faixa indicada na Tabela 2.3, tal fato deverá ser informado, imediatamente, a ANEEL para as devidas providências.

TABELA 2.3 – NÍVEIS DE CURTO-CIRCUITO A SEREM ADOTADOS NO PROJETO

Objetivo SE Xingu (pátio CA

em 500 kV) SE Terminal Rio (pátio CA

em 500 kV) SE Nova Iguaçu

500 kV

Dimensionamento de capacidade de corrente de curto-circuito simétrica dos equipamentos dos pátios CA e CC.

63 kA 63 kA

63 kA

Demais aplicações (MVA) Faixa de Potência de Curto-Circuito Trifásica. Fluxo sentido Terminal Rio– Xingu.

15282(1) a 20800 20595(2) a 28856

-

Demais aplicações (MVA) (5) Faixa de Potência de Curto-Circuito Trifásica. Fluxo sentido Xingu – Terminal Rio

18381(3) a 42166 15738(4) a 17834

-

Notas: 1 – Mesmo valor utilizado no Bipolo 1 2 – Valor mínimo para um cenário intermediário, considerando despacho mínimo de geração térmica no Rio de

Janeiro (indisponibilidade), sem UTN Angra 3, sem 01 Compensador Síncrono da SE Grajaú e sem a LT 500 kV Fernão Dias – Terminal Rio.

3 – Mesmo valor utilizado no Bipolo 1. 4 – Valor mínimo para um cenário intermediário com despacho nulo de geração térmica no Rio de Janeiro, sem UTNs

Angra 2 e 3, sem 01 Compensador Síncrono da SE Grajaú e sem a LT 500 kV Fernão Dias – Terminal Rio. 5 – Ver parágrafo abaixo.

A Tabela acima não contempla a situação de recomposição da Área Rio, definida no item 5.5.15. Todos os equipamentos devem ser dimensionados considerando-se a necessidade de viabilizar tal manobra, conforme lá descrito.

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3 SUBESTAÇÕES – PÁTIOS EM CA

3.1 INFORMAÇÕES BÁSICAS

A TRANSMISSORA deve desenvolver e apresentar os estudos necessários à definição das características e dos níveis de desempenho de todos os equipamentos, considerando que os mesmos serão conectados ao sistema existente.

Todos os equipamentos devem ser especificados de forma a não comprometer ou limitar a operação das subestações, nem impor restrições operativas às demais instalações do sistema interligado.

Na expansão de subestações existentes, as características elétricas dos novos equipamentos e instalações devem ser compatíveis ou superiores às dos existentes. O dimensionamento dos novos equipamentos deve considerar as atuais e futuras condições a serem impostas pela configuração prevista pelo planejamento da expansão do Sistema Interligado Nacional - SIN.

Deverão ser realizadas, dentre outras, as obras necessárias de infraestrutura, descritas no módulo geral – Resolução ANEEL nº. 191, de 12 de dezembro de 2005, necessárias para a implantação, manutenção e operação do empreendimento caracterizado pelas instalações listadas no item 1.3.

A TRANSMISSORA será acessante à SE 500 kV Xingu (concessão da Linhas de Xingu Transmissora de Energia S.A., no terreno e barramento de concessão da ATE XXI Transmissora de Energia S.A.) e à SE 500 kV Nova Iguaçu (concessão da Linhas de Taubaté Transmissora de Energia S.A.) e deverá observar os critérios e requisitos básicos dessas subestações, bem como providenciar as obras de infraestrutura incluídas no Módulo Geral – Resolução ANEEL nº 191, de 12 de dezembro de 2005, necessárias para a instalação, manutenção e operação dos equipamentos deste Edital. Entre as possíveis obras necessárias encontram-se, dentre outros: a compra de terreno, extensão de barramentos, serviços auxiliares, cabos, tubos, estruturas, suportes, pórticos, cercas divisórias de seus ativos, conexões de terra entre seus equipamentos e a malha de terra da subestação, canaletas secundárias e recomposição da infraestrutura construída como, por exemplo, reposição de britas.

Na SE Xingu o barramento de 500 kV será implementado pela ATE XXI observando os padrões técnicos daquela Concessionária. As adequações necessárias serão de responsabilidade da TRANSMISSORA vencedora da licitação, inclusive a complementação de aterro, drenagem e malha de terra e o afastamento dos barramentos, se necessário, não se restringindo somente a estas adequações.

Na nova Subestação Terminal Rio, deverão ser realizadas todas as obras de infraestrutura, descritas no módulo geral – Resolução ANEEL no 191, de 12 de dezembro de 2005, como terraplenagem, drenagem, malha de terra, serviço auxiliar, casa de comando, acesso, dentre outras, para a instalação, manutenção e operação dos módulos de Entrada de Linha, Interligação de Barras, transformadores e outros. A área mínima a ser considerada para a Subestação Terminal Rio é 97,5 ha (noventa e sete e meio hectares), sendo no mínimo 850 m de largura de modo a comportar as conversoras e os bancos de filtros em lados opostos do barramento de 500 kV. A área deve contemplar espaço suficiente para as futuras ampliações descritas nos relatórios referenciados neste anexo.

O Módulo Geral é composto pelos custos diretos de: terreno, cercas, terraplenagem, drenagem, grama, embritamento, arruamento, iluminação do pátio, proteção de incêndio, sistema de abastecimento de água, sistema de esgoto, malha de terra, canaletas principais, acessos, edificações, serviço auxiliar, área industrial, sistema de ventilação e ar condicionado, sistema de comunicação, sistema de ar comprimido e canteiro de obras.

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Os serviços auxiliares, sistemas de água e incêndio, edificações da subestação (casa de comando, casa de relés, guaritas), acesso, área industrial, sistema de ventilação e ar condicionado, sistema de comunicação, e canteiro de obras podem ser compartilhados com outra(s) transmissora(s). Não há impedimento, nestes casos, a que a transmissora atenda às suas necessidades de forma autônoma, observando sempre a adequada prestação do serviço público de transmissão de energia elétrica, Cláusula Terceira do Contrato de Concessão.

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3.2 ARRANJO DE BARRAMENTOS

O arranjo de barramentos nas subestações Xingu, Terminal Rio e Nova Iguaçu é do tipo disjuntor e meio (DJM).

Na SE Xingu as instalações do Bipolo 2, objeto desta licitação, deverão ser implementadas no trecho de barramento, instalado pela ATE XXI, entre a LT 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e o disjuntor separador de barras. O número de vãos para as conexões dos equipamentos objeto deste Edital está limitado àqueles representados no Relatório R4 da SE Xingu. No caso particular de a TRANSMISSORA, de acordo com o seu projeto e para atendimento aos requisitos deste ANEXO, necessitar de mais vãos de barramentos, estes deverão ser implementados após os vãos do Bipolo 1, de concessão da Belo Monte Transmissora de Energia S.A. inclusive com a aquisição de área de terreno adicional, se necessária.

Na SE Terminal Rio a TRANSMISSORA tem liberdade para aquisição da área necessária a implantação deste empreendimento, respeitado os limites mínimos estabelecidos no item 3.1 e o raio máximo estabelecido no Relatório R3.

3.3 CAPACIDADE DE CORRENTE

3.3.1 CORRENTE EM REGIME PERMANENTE

Os barramentos das subestações devem ser dimensionados considerando a situação mais severa de circulação de corrente, levando em conta a possibilidade de indisponibilidade de elementos da subestação e ocorrência de emergência no Sistema Interligado Nacional – SIN, no horizonte de planejamento.

No caso da subestação existente, se a máxima corrente verificada for inferior à capacidade do barramento, o trecho de barramento associado a este empreendimento deverá ser compatível com o existente.

Caso a TRANSMISSORA verifique a superação da capacidade de equipamentos das subestações existentes, deverá informar a ANEEL imediatamente, para providências.

A TRANSMISSORA deve informar a capacidade de corrente dos barramentos, para todos os níveis, rígidos ou flexíveis, para a temperatura de projeto.

Cabe a TRANSMISSORA estabelecer a corrente nominal para os seus disjuntores, chaves seccionadoras e transformadores de corrente, com base em resultados de estudos de Fluxo de Potência de Barramentos (vide item 15.5.22). Entretanto não será aceito valor de corrente nominal inferior a 4 kA nas subestações de Xingu, Terminal Rio e Nova Iguaçu para os equipamentos dos vãos de disjuntor e meio.

3.3.2 CAPACIDADE DE CURTO-CIRCUITO

Os equipamentos, barramentos e demais instalações, localizados nos pátios CA de 500 kV das subestações Xingu, Terminal Rio e Nova Iguaçu devem suportar, no mínimo, as correntes de curto-circuito simétrica e assimétrica relacionadas a seguir:

Corrente de curto-circuito nominal: 63 kA na SE Xingu e 63 kA nas SEs Terminal Rio e Nova Iguaçu;

Valor de crista da corrente suportável nominal: 164 kA nas SEs Xingu, Terminal Rio e Nova Iguaçu, com fator de assimetria de 2,6.

Poderá ser necessário o atendimento a fatores de assimetria superiores àqueles acima definidos em função dos resultados dos estudos, considerando inclusive o ano horizonte de planejamento, a serem realizados pela TRANSMISSORA, conforme descrito no item 15.5.17 deste ANEXO.

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3.3.3 SISTEMA DE ATERRAMENTO

O projeto das subestações deve atender ao critério de um sistema efetivamente aterrado, ou seja, uma relação X0/X1 de no máximo 3 (três).

3.4 SUPORTABILIDADE

3.4.1 TENSÃO EM REGIME PERMANENTE

O dimensionamento dos barramentos e dos equipamentos para a condição de operação em regime permanente deve considerar o valor máximo de tensão de 550 kV para a tensão nominal de 500 kV.

3.4.2 ISOLAMENTO SOB POLUIÇÃO

As instalações CA devem ser isoladas de forma a atender às características de poluição da regiãona sobretensão operativa máxima, conforme classificação contida na Publicação IEC 815 – Guide for the Selection of Insulators in Respect of Polluted Conditions. Não será aceito valor inferior a 14 mm/kV de distância mínima de escoamento.

3.4.3 PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

O sistema de proteção contra descargas atmosféricas das subestações deve ser dimensionado de forma a assegurar um risco de falha menor ou igual a uma falha por descarga por 50 (cinquenta) anos.

Além disso, deve-se assegurar que não haja falha de blindagem nas instalações para correntes superiores a 2 kA.

A proteção das edificações deve atender às prescrições da Norma Técnica NBR 5419.

3.5 EFEITOS DE CAMPOS

3.5.1 EFEITO CORONA

Os componentes das subestações, especialmente condutores e ferragens, não devem apresentar efeito corona visual em 90% do tempo. Devem ser consideradas as condições atmosféricas predominantes na região da subestação. A tensão mínima fase-terra eficaz para início e extinção de corona visual a ser considerada no projeto para os pátios de 500 kV é de 350 kV.

3.5.2 RÁDIO INTERFERÊNCIA

O valor da tensão de rádio interferência, gerado pelos equipamentos, não deve exceder 2.500V/m a1 MHz, para 110% da tensão nominal do sistema.

3.5.3 RUÍDO AUDÍVEL

O nível de ruído audível não deve exceder 58 DBA na SE Xingu e na SE Terminal Rio, em qualquer ponto a partir do limite do terreno das subestações.

Este valor não deverá ser ultrapassado sob tensão fase-fase de 550 kV e condição de chuva fina (0,00148 mm/min), considerando a operação do Bipolo 2 com potência nominal e a contribuição das instalações incluídas na topologia existente quando de sua entrada em operação.

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O cálculo do ruído, para a SE Terminal Rio, deve considerar a hipótese de que os 2 compensadores síncronos de 150/-75 Mvar previstos (Tabela 1-1) estejam fora de operação.

3.5.4 CAMPOS ELÉTRICO E MAGNÉTICO

Devem ser atendidas as exigências da Resolução Normativa ANEEL nº398, de 23 de março de 2010.

3.6 INSTALAÇÕES ABRIGADAS

Todos os instrumentos, painéis e demais equipamentos dos sistemas de proteção, comando, supervisão e telecomunicação devem ser abrigados e projetados segundo as normas aplicáveis, de forma a garantir o perfeito desempenho destes sistemas e sua proteção contra desgastes prematuros.

Em caso de edificações, é de responsabilidade da TRANSMISSORA seguir as posturas municipais aplicáveis e as normas de segurança do trabalho.

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4 EQUIPAMENTOS EM CA

4.1 DISJUNTORES

(a) Os disjuntores do pátio de 500 kV deverão ser especificados com um fator de primeiro polo de 1,50.

(b) Disjuntores localizados no mesmo vão dos disjuntores dos bancos de filtros do elo CC, deverão ter, no mínimo, as mesmas características dos disjuntores responsáveis pela manobra dos filtros.

(c) O ciclo de operação dos disjuntores deve atender aos requisitos das normas aplicáveis.

(d) O tempo máximo de interrupção para disjuntores classe de tensão de 500 e 362 kV deve ser de 2 ciclos e para as classes de tensão de 245 kV, 145 e 72,5 kV deve ser de 3 ciclos.

(e) Os disjuntores devem ter dois circuitos de disparo independentes, lógicas de detecção de discrepância de polos e acionamento monopolar. O ciclo de operação nominal deve ser compatível com a utilização de esquemas de religamento automático tripolar e monopolar.

(f) Caberá à TRANSMISSORA fornecer disjuntores com resistores de pré-inserção ou com mecanismos de fechamento ou abertura controlados, adequadamente dimensionados em função de seus estudos de sobretensões. Os dados relativos aos dispositivos de manobra controlada efetivamente utilizados, incluindo a sua modelagem, devem ser disponibilizados ao ONS na fase de estudos operacionais.

(g) Os disjuntores devem ser especificados para operar quando submetidos às solicitações de manobra determinadas nos estudos previstos nos itens 15.5.20 e 15.6.3. O disjuntor deve manobrar linhas em vazio sem reacendimento do arco.

(h) Os disjuntores que manobrem banco de capacitores em derivação e filtros devem ser do tipo de “baixíssima probabilidade de reacendimento de arco”, classe C2 conforme norma IEC 62271-100.

(i) Os disjuntores devem ser especificados para abertura de corrente de curto-circuito nas condições mais severas de X/R no ponto de conexão do disjuntor, condições estas que deverão ser identificadas pelo Agente. Em caso de disjuntores localizados nas proximidades de usinas geradoras, especial atenção deve ser dada à determinação da constante de tempo a ser especificada para o disjuntor;

(j) Os disjuntores devem ter capacidade de manobrar outros equipamentos ou linhas de transmissão existentes na subestação onde estão instalados, em caso de faltas nesses equipamentos seguidas de falha do disjuntor próprio do equipamento, considerando inclusive disjuntores em manutenção;

(k) Caso sejam utilizados disjuntores para a manobra de reatores em derivação, os mesmos devem ser capazes de abrir pequenas correntes indutivas e ser especificados com dispositivos de manobra controlada.

(l) Nos casos em que forem utilizados mecanismos de fechamento ou abertura controlados devem ser especificadas a dispersão máxima dos tempos médios de fechamento ou de abertura, compatíveis com as necessidades de precisão da manobra controlada. O disjuntor deve ser especificado em consonância com o procedimento descrito no Technical Report – IEC/ TR 62271-302 – HV Switchgear and Controlgear – Alternating current CB with intentionally non-simultaneous pole operation.

(m) Os disjuntores que manobram os transformadores conversores devem ser obrigatoriamente equipados com resistores de pré-inserção, com valor a ser definido pelo estudo R22, definido em 15.5.20.

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4.2 SECCIONADORAS, LÂMINAS DE TERRA E CHAVES DE ATERRAMENTO

Estes equipamentos devem atender aos requisitos das normas IEC aplicáveis. Devem também ser capazes de efetuar as manobras listadas nos itens 15.5.20 e 15.6.3, quando aplicável.

As seccionadoras devem ser especificadas com, pelo menos, a mesma corrente nominal utilizada pelos disjuntores aos quais estejam associadas.

A TRANSMISSORA deve especificar o valor de crista da corrente suportável nominal (corrente de curto-circuito assimétrica) e a corrente suportável nominal de curta duração(corrente de curto simétrica) respeitando os valores mínimos dispostos no item 3.3.2.

Fatores de assimetria superiores ao indicado em 3.3.2 poderão ser necessários, em função dos resultados dos estudos a serem realizados pela TRANSMISSORA, descritos nos itens 15.5.20 e 15.6.3 deste ANEXO.

As lâminas de terra e chaves de aterramento das linhas de transmissão devem ser dotadas de capacidade de interrupção de correntes induzidas de acordo com a norma IEC 62271-102.

Esses equipamentos devem ser dimensionados considerando a relação X/R do ponto do sistema onde serão instalados.

4.3 PARA-RAIOS

Deverão ser instalados para-raios nas entradas de linhas de transmissão, nas conexões de unidades transformadoras de potência, de reatores em derivação, bancos de filtros e de bancos de capacitores. Os para-raios devem ser do tipo estação, de óxido de zinco (ZnO), adequados para instalação externa.

Os para-raios devem ser especificados com uma capacidade de dissipação de energia suficiente para fazer frente a todas as solicitações identificadas nos estudos descritos nos itens 15.5.20 e 15.6.3 deste ANEXO.

A TRANSMISSORA deverá informar, no Projeto Básico Etapa de Concepção, os valores de catálogo da família dos para-raios escolhidos para posterior utilização no empreendimento, em caso de indisponibilidade dos dados finais do fornecimento.

As seguintes características devem ser explicitadas: tensão nominal, rating, capacidade de absorção em kJ/kV, curva de descarga VxI (manobra, surto atmosférico e frente íngreme), bem como as características de TOV. A curva VxI deve ser informada também em forma de pares de pontos.

4.4 TRANSFORMADORES DE CORRENTE E POTENCIAL

As características dos transformadores de corrente e potencial, como: número de secundários, relações de transformação, carga, exatidão, etc., devem satisfazer as necessidades dos sistemas de proteção e de medição das grandezas elétricas e medição de faturamento, quando aplicável.

Os transformadores de corrente devem ter enrolamentos secundários em núcleos individuais e os de potencial devem ter enrolamentos secundários individuais e serem próprios para instalação externa.

Os núcleos de proteção dos transformadores de corrente devem possuir classe de desempenho TPY ou TPZ, conforme estabelecido na Norma IEC 61.869-2 Standards (Additional requirements for current transformers), considerando a constante de tempo primária (relação X/R) do ponto de instalação e o ciclo de religamento previsto, para que esses núcleos não saturem durante curto-circuitos e religamentos rápidos.

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A TRANSMISSORA deve especificar transformadores de corrente com o valor de crista da corrente suportável nominal (corrente de curto-circuito assimétrica) e a corrente suportável nominal de curta duração(corrente de curto simétrica) que respeitem o disposto no item 3.3.2.

Fatores de assimetria superiores ao indicado em 3.3.2 poderão ser necessários, em função dos resultados dos estudos a serem realizados pela TRANSMISSORA, descritos nos itens 15.5.20 e 15.6.3 deste ANEXO.

4.5 EQUIPAMENTOS DE SERVIÇOS AUXILIARES

Os serviços auxiliares; compreendendo, entre outros, os sistemas de água e incêndio, sistema de ventilação e ar condicionado; devem ser projetados para não causar interrupção ou limitação na capacidade de transmissão do elo CC no caso de indisponibilidade de uma das fontes de alimentação.

Os serviços auxiliares CA, na SE Xingu, devem ter três fontes de alimentação, sendo uma fonte local externa à subestação e outras duas dos terciários da transformação da subestação, ou de transformadores adicionais de serviços auxiliares, com capacidade para suprir a partida e operação de um bipolo e as demais cargas relacionadas a este empreendimento.

Os serviços auxiliares CA, na SE Terminal Rio, devem ser providos por dois transformadores auxiliares (vide Tabela 1.1), conectados a barra de 500 kV. Adicionalmente, deverá ser utilizada uma fonte externa com capacidade pelo menos para abastecimento das cargas essenciais da subestação.

Em caso de falta em um dos transformadores em operação, deve ser previsto um sistema para realizar a transferência automática das cargas para o outro transformador, que deve estar operando normalmente.

Os serviços auxiliares CA devem ter – para casos de falta de tensão nas fontes de alimentação CA preferenciais – um grupo motor-gerador com partida automática e capacidade para alimentação de todas as cargas essenciais da SE. Cargas essenciais são aquelas necessárias para iniciar o processo de recomposição da SE em caso de desligamento total ou parcial. Este grupo motor-gerador deve estar sempre disponível e pronto para operar imediatamente por tempo indeterminado.

4.5.1 UNIDADE TRANSFORMADORA DE POTÊNCIA

A TRANSMISSORA deverá apresentar a especificação dos transformadores 500/13,8 kV dos serviços auxiliares no Projeto Básico Etapa de Concepção.

Devem ser informados os níveis de tensão dos diversos enrolamentos, as reatâncias, os níveis de curto-circuito para os quais a transformação for dimensionada, as perdas previstas no ferro e no cobre (em vazio e sob carga) e a curva de saturação prevista (joelho e reatância de núcleo de ar - Xac). As perdas elétricas desta transformação devem ser consideradas no cálculo das perdas totais do Elo CC, definidas no item 5.5.16.

4.6 COMPENSADORES SÍNCRONOS

4.6.1 CONDIÇÕES GERAIS

(a) A alimentação dos serviços auxiliares deve atender o Submódulo 2.3 dos Procedimentos de Rede.

(b) O nível de ruído audível deve ser adequado para que o conjunto dos síncronos não excedam o limite de 58 DBA em qualquer ponto a partir do limite do terreno da subestação Terminal Rio.

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Caso necessário, para atingir tal valor, a Transmissora deverá empregar o recurso de abrigar os equipamentos.

(c) Os síncronos devem suportar qualquer condição de ressonância que possa ocorrer na barra de conexão, caso haja conversores tais como Elo CC, back-to-back ou conversores de geradores eólicos sem desligar e sem falhas internas, o que deverá ser comprovado mediante estudos de avaliação de ressonâncias para as harmônicas produzidas pelas conversoras, sobre o conjunto dos síncronos, dos filtros e da rede. Deve-se considerar no projeto a possibilidade de que essas conversoras possam não dispor de filtros para harmônicos de baixa ordem, inferiores à 11ª harmônica.

(d) A compensação síncrona deve atender as normas ABNT, IEC e IEEE, nesta ordem, onde aplicável.

(e) A compensação síncrona deve atender os requisitos gerais para máquinas síncronas (hidráulicas ou térmicas) estabelecidos nos Procedimentos de Rede, quando aplicável e não exista requisito especifico neste anexo técnico sobre esse tema.

4.6.2 DISPONIBILIDADE

Atender a disponibilidade mínima de 98%, considerando saídas programadas e forçadas.

4.6.3 INÉRCIA

Cada compensador síncrono deverá ser dimensionado para ter inércia mínima correspondente de 2,2 segundos.

4.6.4 REQUISITOS DO CONJUNTO SÍNCRONO E TRANSFORMADOR ELEVADOR

(a) A reatância total do conjunto dos dois síncronos com o seu banco de transformadores deve ser tal que possibilite um acréscimo à potência de curto-circuito adicional a 1500 MVA, resultante da configuração local de recomposição e, assim, possibilite a recepção de 1000 MW pela conversora da SE Terminal Rio (operando como inversor) durante o procedimento de recomposição descrito no item 5.5.15.

(b) As perdas elétricas do conjunto dos dois síncronos mais o seu banco de transformadores elevador devem ser inferiores a 3,5 % da potência nominal com qualquer nível de potência reativa gerada até a potência nominal. Nestas perdas de potência deve ser considerado o consumo de serviços auxiliares relativo a cada síncrono, para refrigeração etc.

(c) O banco de transformadores elevador dos síncronos deve ser especificado com faixa de tapes suficiente para atender toda a excursão de reativos do compensador síncrono, medidos na barra de alta tensão, para qualquer condição de carga, com rede completa ou alterada e considerando a faixa de tensão operativa.

(d) Os compensadores síncronos devem também permanecer operando durante qualquer subtensão ou sobretensão originadas na rede CA externa, seja, por rejeição de carga ou geração, seja por eliminação de faltas com ou sem religamentos, desde que a tensão e a frequência da rede se encontrem dentro das faixas operativas exigida pelos Procedimentos de Rede para máquinas síncronas de usinas hidrelétricas.

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4.6.5 REQUISITOS DE EXCITAÇÃO

(a) A excitação deve ser alimentada mediante PMG (permanent magnet generator) no eixo do síncrono, de forma a tornar a tensão de excitação independente das quedas de tensão na subestação. Outras alternativas podem ser propostas, mediante comprovação de que em situação de faltas próximas aos terminais do síncrono, não haverá comprometimento do desempenho do sistema de excitação.

(b) Atender aos requisitos para sistemas de excitação de geradores definidos no Submódulo 3.6, dos Procedimentos de Rede, exceto no que se refere a potência ativa. Estes requisitos incluem os valores de teto da tensão de excitação. A velocidade de resposta da excitação deve ser a maior permitida pelo estado da arte para máquinas síncronas. A excitatriz deve ser estática com tiristores ou IGBTs, permitindo a variação contínua da corrente de excitação entre os máximos positivo e negativo.

(c) A TRANSMISSORA deverá informar e justificar os máximos limites transitórios de potência reativa sobre-excitado e subexcitado, em função do tempo.

4.6.6 REQUISITOS DE CONTROLE

(a) Deve ser possível o controle de cada síncrono, de forma individual, bem como do conjunto dos síncronos, tanto de forma manual quanto automática, a escolha do operador.

(b) Deve possuir interface que possibilite o controle por parte de outros equipamentos tais como Controle Mestre de subestação, em caso de instalações de elo CC.

(c) Ter sistema de partida suave que permita sincronizar em menos de 5 minutos e de frear no máximo em 30 minutos, com regeneração.

(d) O controle do síncrono deve permitir o controle de tensão da sua barra de alta tensão ou de outra barra próxima mediante line drop compensation.

(e) O controle do síncrono deve permitir a entrada e saídas dos sinais que sejam necessários para operação conjunta com uma eventual conversora HVDC próxima.

(f) O sistema de controle deverá ter redundância adequada, bem como sistema automático de detecção de falhas de unidades de controle e troca automática a unidades sãs.

(g) Após parada do síncrono por problemas externos (blackout) o sistema de controle deverá ser capaz de reiniciar a operação do síncrono em forma automática imediatamente após voltar as condições adequadas na rede CA externa.

4.6.7 DESEMPENHO DURANTE FALTAS

Os compensadores síncronos devem satisfazer os requisitos definidos no Submódulo 3.6 dos Procedimentos de Rede, referentes à capacidade de suportar queda de tensão durante curtos-circuitos na rede CA externa (under-voltage ride through capability), incluindo religamentos monofásicos e trifásicos de linhas de transmissão, com ou sem sucesso.

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5 CASA DE VÁLVULAS E EQUIPAMENTOS DO ELO CC

5.1 DEFINIÇÕES BÁSICAS

5.1.1 FILTROS E COMPENSAÇÃO REATIVA

(a) A compensação reativa poderá ser composta por capacitores, reatores e filtros.

(b) A maior unidade de agrupamento de compensação reativa e/ou filtros é o banco. Um banco pode ser composto de um ou mais sub-bancos. O sub-banco pode ser composto por um ou mais ramos.

(c) Tanto o banco quanto os sub-bancos devem ser manobráveis por disjuntor e possuir seus próprios TCs. Caso o sub-banco seja composto por apenas um ramo, este ramo será manobrável pelo disjuntor do próprio sub-banco.

(d) O ramo pode ser constituído por filtro (sintonia simples ou múltipla) ou por compensação reativa (capacitiva ou indutiva).

5.1.2 VÁLVULAS DE CONVERSÃO CA/CC/CA

Válvula é o conjunto de tiristores e componentes associados que formam 1/12 de uma ponte conversora de 12 pulsos.

5.2 TEMPERATURAS DE PROJETO DAS CONVERSORAS

Deve ser possível transmitir a potência nominal, de forma permanente, ao longo do ano, considerando todos os conversores em funcionamento, para as condições de temperaturas ambientais abaixo indicadas, sem uso da redundância de refrigeração, a saber:

SE Xingu: 40º C

SE Terminal Rio: 42º C Os valores de temperaturas foram baseados em medições obtidas em estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) próximas aos locais de implantação das subestações conversoras deste empreendimento. As temperaturas dadas são valores mínimos a serem utilizados pela Transmissora, o que não a exime do atendimento aos demais requisitos deste Edital, especialmente os requisitos de confiabilidade e disponibilidade.

5.3 DADOS DE FREQUÊNCIA E TENSÃO CA PARA PROJETO

Para dimensionamento e desempenho dos equipamentos do Elo CC a TRANSMISSORA deverá considerar os seguintes dados da rede CA:

5.3.1 FREQUÊNCIA

A frequência nominal no lado CA do SIN é de 60 Hz, podendo excursionar transitoriamente de 56 Hz até 66 Hz e o elo CC deverá ser dimensionado para operar, sem bloqueios, nesta faixa de frequência.

(a) Faixa de frequência de regime permanente: 59,8 a 60,2 Hz;

(b) Faixas de variação transitória de frequência:

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56,0 Hz até 59,8 Hz por até 20 (vinte) segundos;

60,2 Hz até 66,0 Hz por até 20 (vinte) segundos.

A primeira faixa deverá ser utilizada para os cálculos de desempenho dos equipamentose ambas as faixas deverão ser utilizadas para o cálculo do dimensionamento de seus componentes (ratings).

5.3.2 TENSÃO CA

A tensão nominal do lado CA nas subestações Xingu e Terminal Rio é de 500 kV.

O dimensionamento do elo e de sua compensação reativa, em ambas as estações conversoras, deverá ser feito de modo a que seja possível operá-lo continuamente, sem restrições, atendendo ao valor máximo de 550 kV e ao valor mínimo de 475 kV.

5.4 VALORES NOMINAIS

5.4.1 TENSÃO CC

As conversoras, nos terminais Xingu e Terminal Rio, devem ser especificadas com uma tensão CC nominal de 800 kV.

A tensão nominal CC deve corresponder ao valor médio da tensão no terminal retificador, medida no ponto de conexão entre o reator de alisamento e a linha CC, necessária para transmitir continuamente a potência nominal com corrente nominal, conforme definidos a seguir.

Admite-se a operação com valores de tensão CC superiores ao valor nominal, desde que respeitada à máxima suportabilidade de projeto da linha CC. Este valor deve ser informado pela Transmissora, no Projeto Básico Etapa de Concepção.

5.4.2 POTÊNCIA DO ELO CC

A potência nominal do elo CC é a potência em regime contínuo no terminal CC em operação bipolar, medida entre o reator de alisamento e a linha CC, no lado de maior capacidade operando como retificador.

Para a transmissão no sentido da SE Xingu para a SE Terminal Rio, a potência nominal do retificador deverá ser de 4.000 MW, considerando a tensão de 800 kV CC no retificador. Nesta condição de operação, a potência nominal do terminal inversor, na SE Terminal Rio, deverá ser estabelecida respeitando a limitação de perdas definida neste ANEXO e considerando o comprimento real da linha de transmissão conhecido durante a elaboração do Projeto Básico Etapa de Concepção. Devem ser levados em conta os parâmetros elétricos calculados para a temperatura de operação nesta condição. Entretanto, a i nversora deve ser dimensionada

de forma a não restringir a potência transmitida pela LT CC em condições meteorológicas favoráveis, fato que deverá ser demonstrado no relatório que define o circuito principal (R1).

Para a transmissão no sentido da SE Terminal Rio para a SE Xingu, a potência nominal do retificador deverá ser de 3.270 MW, considerando tensão de 800 kV no retificador.

A resistência total máxima estimada da linha CC, considerando 50º C de temperatura no condutor e frequência de 0 Hz, é de 16,92 Ohms (vide item 9.2.4), considerando-se o comprimento de 2518 km. O valor de resistência deverá ser calculado, pela Transmissora, para a temperatura de operação à potência nominal do elo CC e comprimento real da LTCC.

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O elo CC deve ser dimensionado de forma que seja possível operá-lo, na faixa de tensão CA definida no item 5.3.2 com um nível mínimo de potência a ser transmitida, em operação bipolar, de 400 MW em ambos os sentidos.

Entretanto deve ser prevista a operação em condições de recomposição do SIN, descrita em 5.5.15.

5.4.3 CORRENTE

São os seguintes os valores de corrente nominal do elo CC:

2.500 A no sentido de transmissão da SE Xingu para a SE Terminal Rio;

2.044 A no sentido de transmissão da SE Terminal Rio para a SE Xingu.

5.5 REQUISITOS MÍNIMOS

5.5.1 INTERCÂMBIO DE POTÊNCIA REATIVA ENTRE OS SISTEMAS CA E CC

As estações conversoras, das SEs Xingu e Terminal Rio, devem ser equipadas com os equipamentos de compensação reativa necessários à sua operação, desde a condição de bloqueio até a de plena carga, para os modos de operação definidos no item 5.5.3, em qualquer situação operativa (com a rede CA adjacente em condição íntegra ou degradada dentro das faixas de potência de curto-circuito definidas no item 0, com fluxo transmitido em ambos os sentidos considerando os níveis de frequência e tensão das barras CA nas faixas descritas nos itens 5.3.1 e 5.3.2).

Na SE Xingu, para a operação com a tensão CA entre 475 e 500 kV (exclusive), o atendimento aos requisitos de intercâmbio de potência reativa deve ser garantido com todos os sub-bancos em operação.

Na SE Terminal Rio, para a operação com a tensão CA entre 475 e 500 kV (exclusive), o atendimento aos requisitos deve ocorrer mesmo na ausência do maior sub-banco.

Em ambas as subestações, para tensões no restante da faixa de operação CA (500 a 550 kV) o atendimento aos requisitos deve ocorrer mesmo na ausência do maior sub-banco.

O limite de fornecimento de potência reativa do sistema CA para o elo CC, na SE Terminal Rio é de no máximo 30 MVAr, nas condições supramencionadas.

O limite de fornecimento de potência reativa do sistema CA para o elo CC na SE Xingu, quando transmitindo no sentido da SE Xingu para a SE Terminal Rio, é de 740 MVAr, independentemente da tensão de operação. Para transmissão em sentido contrário, este valor fica limitado em 395 MVAr.

O atendimento a estes requisitos deve ser garantido considerando-se todas as tolerâncias de fabricação e de medição que impactem no consumo de potência reativa.

O limite de injeção de potência reativa do sistema CC para o sistema CA é de 390 MVAr, medido na SE Xingu, e de 340 MVAr, medido na SE Terminal Rio, para qualquer valor de potência transmitida, independente da tensão de operação.

Caso seja utilizado o controle da conversora, como recurso quanto à absorção de reativos, para limitar o intercâmbio de potência reativa entre as redes CA e CC, este procedimento não deverá ocasionar interações indesejáveis para a coordenação do controle de ambos os lados (retificador e inversor) do elo CC.

No caso de operação bipolar, para despachos mínimos, ou mesmo no desbloqueio das conversoras, não será admitida a utilização de controle de tensão CA do lado da válvula, no secundário do transformador conversor.

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Para efeito de balanço de reativos entre os sistemas CA e CC na SE Terminal Rio os 2 compensadores síncronos de +150/-75 Mvar deverão ser considerados como operando em ponto neutro (0 Mvar).

5.5.2 CAPACIDADE DE SOBRECARGA DAS CONVERSORAS

Os conversores devem ser capazes de suportar, a qualquer momento, respeitando a periodicidade estabelecida no parágrafo a seguir, nos modos de operação descritos no item 5.5.3, os seguintes tipos de sobrecarga, sem perda de vida útil, nas condições de temperatura ambiente para as quais é possível a transmissão da potência nominal do bipolo:

(a) Sobrecarga de longa duração de 33% da potência nominal em cada polo por 30 minutos;

(b) Sobrecarga de longa duração de 33% da potência nominal no Bipolo 2 por 30 minutos sem sobredimensionamento da compensação reativa em função desta sobrecarga;

(c) Sobrecarga de curta duração de 50% da potência nominal de cada polo e do bipolo por 5 segundos. Após estes 5 segundos este valor de sobrecarga deve ser reduzido em rampa suave até o valor de sobrecarga de longa duração. Rampa suave significa uma taxa decaimento da potência que não implique em perturbação ao SIN. Esta taxa deve ser determinada em estudos realizados pela TRANSMISSORA e apresentados no Projeto Básico Etapa de Concepção;

(d) Sobrecarga de longa duração por 4 horas de 10% da potência nominal do bipolo, referida à potência de 3.270 MW, na operação de transmissão da SE Terminal Rio para a SE Xingu, sem sobredimensionamento da compensação reativa em função desta sobrecarga.

Os equipamentos deverão ser concebidos de forma a permitir uma periodicidade, entre a aplicação de dois ciclos de sobrecarga completos de longa duração de 30 minutos, de 24 (vinte e quatro) horas, com no mínimo 20 eventos por ano, totalizando 600 minutos por ano.

Caso se verifique, ao longo de um ano, o total mínimo de 20 eventos anuais sem que se atinja o tempo total de 600 minutos a Transmissora deverá informar quais são os procedimentos para que se utilize o período de tempo restante.

A TRANSMISSORA deve informar à ANEEL, no Projeto Básico Etapa de Detalhamento, a capacidade de sobrecarga em baixa temperatura ambiente, também de caráter contínuo, do elo CC, para temperaturas ambientes inferiores àquela considerada no dimensionamento para a operação com tensão e potência nominal, sem perda de vida útil desse elo, com e sem redundância de refrigeração das válvulas.

Os filtros devem ser dimensionados (ratings) para suportar o aumento da geração de harmônicas para a operação nas condições de sobrecarga mencionadas acima.

O nível das distorções harmônicas geradas pela conversora nas condições operativas definidas acima, assim como o reativo adicional a ser absorvido pela conversora nestas condições de operação, deve ser informado pela TRANSMISSORA.

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5.5.3 MODOS DE OPERAÇÃO

Resume-se a seguir os principais modos de operação a serem implementados no Bipolo 2, Xingu - Terminal Rio:

TABELA 5.1– MODOS DE OPERAÇÃO

Modos de Operação Fluxo em qualquer sentido: Xingu – Terminal Rio ou Terminal Rio – Xingu

Requisitos para o Retificador e para o Inversor

Bipolar com Tensão Nominal A

Bipolar com Tensão Reduzida (de70%a 95%) B

Monopolar com Tensão Nominal (retorno metálico) A

Monopolar com Tensão Nominal (retorno pelo solo) A

Monopolar com Tensão Reduzida (retorno metálico) B

Monopolar com Tensão Reduzida (retorno pelo solo) B

Sobrecarga “Contínua” Low Ambient (operação bipolar ou monopolar) B

Sobrecarga de Longa Duração (operação bipolar ou monopolar com retorno metálico ou pelo solo)

B

Sobrecarga de Curta Duração (operação bipolar ou monopolar com retorno metálico ou pelo solo)

B

Definições:

(a) A – Devem atender aos requisitos de intercâmbio de potência reativa descritos em 5.5.1 e ao dimensionamento previsto em 5.5.13.

(b) B–Deve atender os mesmos requisitos do item A, porém sem a necessidade de atender aos requisitos de intercâmbio de potência reativa entre os sistemas CC e CA definidos em 5.5.1.

A Transmissora deve informar no Projeto Básico Etapa de Concepção, o balanço de potência reativa na barra terminal CA, quando da operação com tensão CC reduzida (de 70% a 95%) e potência CC transmitida inferior a nominal.

No caso de tensão reduzida os cálculos do balanço de potência reativa deverão ser apresentados para os valores de 70%, 80%, 90% e 95% da tensão CC nominal.

5.5.4 CHAVEAMENTOS NO PÁTIO CC:

A TRANSMISSORA deve fornecer as seguintes chaves no pátio CC, ilustradas na Figura 5.1:

(a) Dispositivos MRTB (Metallic Return Transfer Breaker) e GRTS (Ground Return Transfer Switch). Estes dispositivos deverão ser instalados de maneira a permitir a continuidade da transmissão durante a transferência programada entre os modos de operação monopolar com retorno pela terra para a operação monopolar com retorno metálico e vice-versa;

(b) Dispositivos NBGS (Neutral Bus Grounding Switch), em ambas as subestações, Xingu eTerminal Rio, com a finalidade de permitir, sem restrição de tempo, a continuidade da transmissão bipolar no caso da perda e/ou indisponibilidade do eletrodo ou da linha do eletrodo. Esta chave deverá ser equipada com dispositivo que permita a comutação da corrente para a linha do eletrodo após o retorno em operação deste elemento ou do próprio eletrodo;

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(c) Uma conexão na SE Xingu, para possibilitar a interligação entre a sua linha do eletrodo e a linha do eletrodo do bipolo Xingu – Estreito, incluindo chaves seccionadoras, estruturas e barramentos, sinais de interface para controle e proteção e todos os demais equipamentos necessários ao seu bom funcionamento, adicionais aos já instalados pela Concessionária do Bipolo 1. Estas ligações têm por finalidade permitir a utilização cruzada de eletrodos em caso de manutenção ou perda de um deles ou de sua respectiva linha de eletrodo.

(d) Chaves NBS (Neutral Bus Switch), isoladoras nas entradas da linha CC e outras chaves, incluindo as de aterramento, de maneira a permitir a segurança necessária aos trabalhos de campo nas estações conversoras.

FIGURA 5.1 – ESQUEMA DE CHAVES CC

5.5.5 OPERAÇÃO COM RETORNO PELA TERRA

A TRANSMISSORA deve viabilizar a operação do elo CC com retorno pela terra, demonstrando que serão evitados, por medidas a serem implementadas pela própria TRANSMISSORA, consequências danosas às conversoras, oleodutos, gasodutos, ferrovias, transformadores ou estruturas metálicas na área de influência do empreendimento;

O projeto deve minimizar os efeitos ambientais, relativos à interferência telefônica, associados à operação monopolar.

A TRANSMISSORA será responsável perante os proprietários das instalações afetadas, pela implementação das medidas corretivas eventualmente necessárias, devendo manter a ANEEL informada do andamento destas medidas.

Deve ser avaliada e explicitada, no projeto do eletrodo, a interferência advinda da operação monopolar com retorno pela terra do Bipolo 2 na operação do Bipolo 1 e vice versa, com foco especial na saturação dos transformadores conversores. Se necessário para esta avaliação, poderão ser replicados os dados do Bipolo 2 para o Bipolo 1.

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5.5.6 VÁLVULAS CONVERSORAS CA/CC/CA

A Transmissora deve estabelecer as solicitações de correntes máximas de curto-circuito (em kA pico) sobre as válvulas, durante curto-circuito na ponte, com bloqueio das mesmas (um ciclo de sobrecorrente) e sem bloqueio (3 ciclos de sobrecorrente). Estes valores devem ser documentados e fundamentados. Esta fundamentação pode ser feita por meio analítico ou por simulação. Cabe a TRANSMISSORA, demonstrar no Projeto Básico Etapa de Concepção a obtenção dos valores calculados.

O dimensionamento para curto-circuito máximo das válvulas CA/CC, tiristores e demais equipamentos do pátio CC deve partir da premissa que será aplicado, no pátio CA, a mesma solicitação de curto utilizada para o dimensionamento dos disjuntores do pátio CA, conforme definido na Tabela 2.3.

Deverá ser definido, pela TRANSMISSORA, um nível mínimo de redundância de tiristores, por válvula, que não deverá ser inferior a 3,0%.

Será admitida, no projeto de dimensionamento das válvulas, a utilização de disparo protetivo apenas como proteção secundária da válvula, cabendo aos para-raios das mesmas, a função de proteção principal contra sobretensões, independentemente se a válvula pertence à estação retificadora ou inversora, conforme definido no item 5.5.10 - Coordenação de Isolamento.

5.5.7 INTERFERÊNCIA EM RÁDIO E EM ONDA PORTADORA

As conversoras devem ser projetadas de maneira que os níveis de interferência em rádio (Radio Interference–RI) das radiações eletrostática e eletromagnética geradas, para qualquer condição operativa, pelas conversoras, pelos seus periféricos e pelas linhas de transmissão CC e CA delas derivadas não afetem equipamentos de telecomunicações e não excedam os limites da norma NBR 5356 da ABNT, sem a necessidade de qualquer blindagem na área externa da conversora.

As conversoras devem ser projetadas para limitar as interferências na faixa de 30 kHz a 500 kHz, provocadas pela estação conversora no sistema de onda portadora das linhas de transmissão da rede básica, a 20 dB abaixo do nível de sinal. Casos especiais, identificados pela TRANSMISSORA, que excedam esta faixa de frequências, serão avaliados individualmente.

5.5.8 TRANSFORMADORES CONVERSORES

A TRANSMISSORA deverá informar, no Projeto Básico Etapa de Concepção, os dados referentes às tensões e número de enrolamentos, à potência do transformador, tipos de refrigeração e estágios, dados de coordenação de isolamento, curva de saturação com indicação clara do joelho e da reatância de núcleo de ar, impedância de todos os enrolamentos, perdas totais, tapes variáveis em vazio e a faixa de tapes comutáveis sob carga. A curva de saturação deve ser disponibilizada em escala legível e também por pares de pontos.

Deve ser minimizada a circulação de corrente contínua nos enrolamentos dos transformadores conversores, de forma a evitar interferências indesejáveis no controle das conversoras e na vida útil dos transformadores. A Transmissora deve quantificar e informar o valor máximo tolerável de corrente contínua circulando nos transformadores conversores, injetada no neutro e/ou proveniente da circulação nos enrolamentos secundários devido a desequilíbrios no sistema de disparo dos tiristores ou, ainda, corrente de frequência fundamental induzida circulando na linha CC.

No caso da SE Xingu, onde a alternativa de referência prevê dois elos CC, o projeto deverá prever a possibilidade de operação do elo adjacente durante operação monopolar com retorno pelo solo e os possíveis efeitos da saturação do núcleo por excesso de circulação de corrente contínua de seus transformadores

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conversores advinda de tal fato. Desta forma, o projeto do Bipolo 2 deverá prover uma margem de segurança para acomodar a operação conjunta com o Bipolo 1.

5.5.9 REATOR DE ALISAMENTO

Os reatores de alisamento devem ser projetados para desempenhar as seguintes funções:

Reduzir o valor do ripple da tensão CC;

Limitar o crescimento da corrente CC devido a variações bruscas nas tensões CA ou CC;

Eliminar ocorrência de corrente descontínua nas válvulas;

Compor adequadamente com os filtros CC e impedância da linha CC um circuito que não cause amplificações da frequência fundamental, de segunda ou de terceira harmônicas;

Limitar adequadamente o valor da corrente de pico entrante nas válvulas devido a descargas atmosféricas ocorridas na linha CC.

Cabe ainda à Transmissora, prever em seu escopo de fornecimento, pelo menos uma unidade reserva de reator de alisamento por tipo utilizado, em cada estação conversora. Caso o projeto preveja a utilização de dois reatores de alisamento, isolados para tensões diferentes ou de indutâncias diferentes, por estação, deverão ser providas unidades reserva de cada um deles.

Estes requisitos devem ser demonstrados pelos estudos da Transmissora, no Projeto Básico Etapa de Concepção, e incluídos no relatório específico sobre estudos de dimensionamento dos reatores de alisamento, conforme indicado no item 15.5.11.

5.5.10 COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO

Para a coordenação de isolamento e proteção de equipamentos situados nos pátios CC e CA das estações conversoras, devem ser utilizados para-raios de ZnO.

O esquema de proteção contra sobretensões, os requisitos dos para-raios, a metodologia de estudos e as sobretensões a serem consideradas devem se basear na última versão das normas IEC-60071-1, 60071-2, 60071-4 e 60071-5.

Os para-raios que tem por finalidade a proteção das válvulas de conversão CA/CC e CC/CA são responsáveis pela proteção primária destes equipamentos. As válvulas devem contar, adicionalmente, com sistemas de disparo protetivo que deverão ser ajustados, já considerando os tiristores redundantes by-passados e as tolerâncias de fabricação e medição, em no mínimo, 3% acima do nível de proteção dos para-raios, considerando-se surtos de manobra.

O dimensionamento do projeto de coordenação de isolamento do elo CC Xingu – Terminal Rio deve levar em conta, na sua concepção, a existência do elo CC Xingu – Terminal Rio, bem como as solicitações CA/CC advindas da sua existência.

A TRANSMISSORA deverá fornecer, no Projeto Básico Etapa de Concepção, uma planilha que relacione toda a cadeia de dimensionamento da coordenação de isolamento das válvulas, desde os níveis de tensão operativa, sobretensões temporárias, overshoot de comutação, desequilíbrios de divisão de tensão entre tiristores com a redundância “by-passada” até chegar nos níveis de proteção dos para-raios e do disparo protetivo.

Para o dimensionamento dos para-raios e disjuntores do pátio CA e filtros a Transmissora deverá considerar a aplicação e eliminação de faltas seguida de bloqueio do bipolo com a permanência dos filtros CA e transformadores conversores em operação, de acordo com o procedimento indicado na referência “Application guide for metal oxide arresters without gaps for HVDC converter stations. CIGRE Working Group 33/14-05, June

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1988, EKSTROM, A”. Esta investigação deverá ser realizada para patamares de potência nominal CC transmitida pré-falta de 25%, 50%, 75% e 100% da potência nominal CC. Cabe a Transmissora indicar, caso julgue necessário, outras situações críticas, específicas da aplicação, que terão de ser avaliadas.

A Transmissora deve utilizar como margens de proteção/isolamento, no mínimo, os seguintes percentuais:

(a) Válvulas

20 % para surtos de frente íngreme.

15 % para surtos de manobra e surtos atmosféricos.

(b) Outros equipamentos da casa de válvulas CC

25 % para surtos de frente íngreme.

15 % para surtos de manobra e surtos atmosféricos.

(c) Equipamentos pátio CC, incluindo filtros CC e reator de alisamento

25 % para surtos de frente íngreme.

20 % para surtos atmosféricos.

15 % para surtos de manobra.

(d) Transformadores Conversores (lado CC)

25 % para surtos de frente íngreme.

20 % para surtos atmosféricos.

15 % para surtos de manobra.

(e) Transformadores Conversores (lado CA)

Considerar a IEC 60071, última revisão.

(f) Equipamentos do Pátio CA (exceto filtros)

Considerar a IEC 60071, última revisão.

(g) Filtros CA

25 % para surtos atmosféricos.

15 % para surtos de manobra.

Para o dimensionamento da coordenação de isolamento do pátio CA, que inclui os filtros e os transformadores conversores, devem ser considerados os seguintes níveis de isolamento dos equipamentos na subestação existente Xingu, no pátio de 500 kV:

(a) SE Xingu:

Surtos de Manobra – 1175 kV

Surtos Atmosféricos – 1550 kV

(b) SE Terminal Rio:

Deverão ser utilizados os níveis definidos na Tabela 3 da IEC-60071-1. Fica dispensada a utilização de valores padronizados pela IEC no dimensionamento da coordenação de isolamento do lado CC.

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5.5.11 DISTANCIAS DE ESCOAMENTO

No cálculo da distância de escoamento a ser considerada para a definição dos isoladores de CA externos, para a tensão máxima operativa, deve-se levar em conta as características de contaminação da região conforme classificação contida na Publicação IEC/TR 608152.

A TRANSMISSORA deverá demonstrar que a distância de escoamento adotada propiciará um desempenho adequado, considerando o nível de poluição atual e futuro, levando em conta nesta avaliação inclusive as referências internacionais disponíveis sobre o tema. Entretanto não poderão ser adotados, pela TRANSMISSORA, valores inferiores aos abaixo relacionados:

Instalação CC externa: 40 mm/kV (*);

Instalação CC externa: 35 mm/kV (**);

Instalação CC abrigada: i) Válvula: 14 mm/kV; ii) Demais Instalações: 20 mm/kV;

(*) Vidro ou porcelana. (**) Borracha Silicone ou RTV.

Na definição das distâncias de escoamento específicas para o isolamento externo de equipamentos desabrigados sujeitos à tensão CC+CA e CA, deve ser seguida a norma IEC 60071-5.

5.5.12 DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Atender ao disposto no item 3.4.3.

5.5.13 COMPENSAÇÃO REATIVA MANOBRÁVEL

A estação conversora deve ser equipada com os equipamentos de compensação reativa necessários à sua operação, desde a condição de bloqueio até a de plena carga, em qualquer modo de operação previsto no item 5.5.3, considerando os níveis de tensão e de frequência das barras CA nas faixas descritas nos itens 5.3.1 e 5.3.2, de modo a atender o disposto no item 5.5.1 deste documento. Esta compensação poderá ser subdividida em bancos, sub-bancos e ramos de capacitores, reatores e filtros e deverá ser dimensionada, para a SE Terminal Rio, considerando a ausência de qualquer elemento manobrável, sub-bancos e ramos de capacitores, reatores e filtros, desta compensação que produza a maior redução de reativos capacitivos. Devem ser considerados no cálculo do montante de potência reativa consumida todos os efeitos das tolerâncias existentes na fabricação dos equipamentos e também nos equipamentos de medição e de controle, que levem a valores mais conservativos.

O dimensionamento da compensação reativa, seu tipo e montante, devem respeitar os limites de autoexcitação das máquinas síncronas, especialmente para as condições de rejeição de carga, para todas as condições de operação do elo CC.

A manobra de bancos, sub-bancos, capacitores, reatores e filtros não deve provocar, na barra CA da conversora, variação na tensão superior a 3,0% em relação à tensão pré-manobra, mantendo a tensão final dentro da faixa de tensão CA definida em 5.3.2, mesmo considerando o menor nível de curto-circuito fornecido na Tabela 2.3. As manobras simultâneas desses equipamentos para atender a variação de tensão não podem provocar perturbações operativas no elo CC nem na rede CA.

2Guide for the Selection of Insulators in Respect of Polluted Conditions

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A abertura intempestiva do maior banco, mesmo para as condições mais críticas da rede CA, não deve causar falhas de comutação no Bipolo 2. Tal requisito deverá ser demonstrado, no Projeto Básico Etapa de Concepção, por meio de avaliações em programas de transitórios eletromagnéticos.

Caso a TRANSMISSORA opte pela variação do ângulo de disparo das válvulas, para limitar a variação de tensão com a manobra de capacitores e/ou reatores, deverá demonstrar que esta manobra não prejudicará o desempenho adequado do elo CC e do sistema CA adjacente às estações conversoras.

Não será admitida a utilização de controle de Udio para a partida e rampeamento de potência, considerando tensão DC plena, operação bipolar e ausência de chaveamento de bancos e/ou subbancos no intervalo de potência considerado.

O atendimento aos requisitos de reativos e de regulação de tensão nas instalações do elo CC deve ser demonstrado por meio de estudos de fluxo de potência/estabilidade, no Projeto Básico Etapa de Concepção, para todas as condições possíveis de carga da conversora e para a condição de menor nível de curto-circuito fornecido na Tabela 2.3. Esses estudos devem utilizar informações de carga ativa e reativa nas barras, de limites de tensão e de potência reativa dos geradores próximos e de disponibilidade de reatores chaveáveis, para viabilizar a integração da conversora à rede básica.

Não será necessário dimensionar compensação reativa adicional para as condições de operação definidas como tipo “B” no item 5.5.3, sobrecargas e tensão reduzida, para efeito de controle de tensão. No entanto, a potência reativa adicional a ser absorvida pela conversora, nestes modos de operação, deve ser informada pela TRANSMISSORA.

5.5.14 COMPENSAÇÃO REATIVA CONTROLÁVEL

Deve-se avaliar e dimensionar compensação controlável, caso necessário, por meio de utilização de compensadores estáticos, síncronos ou statcoms, de forma a atender aos requisitos de desempenho e de recuperação do Elo CC, conforme o item 8.2.2. Deve-se também levar em conta a necessidade de atender ao requisito de recomposição do SIN a partir da SE Terminal Rio, conforme descrito em 5.5.15.

Os critérios estabelecidos no item 5.7.2 devem ser atendidos.

Neste caso as perdas elétricas associadas a estes equipamentos deverão ser consideradas para a quantificação das perdas da instalação como um todo, que deverão respeitar os limites máximos definidos para a estação conversora. Para o cômputo das perdas na estação conversora Terminal Rio, devem ser desconsideradas as perdas nos compensadores síncronos especificados na configuração básica, item 1.3.

5.5.15 RECOMPOSIÇÃO DO SISTEMA

A compensação reativa controlável deve ser dimensionada considerando-se as necessidades advindas da recomposição do SIN, considerando-se a topologia descrita na Figura 5.2.

Os dados da rede necessários as simulações dessa condição operativa estão disponíveis no site do ONS, www.ons.org.br, no formato do programa ATP.

A potência de curto-circuito mínima a ser considerada, na SE Terminal Rio, para este tipo de manobra é de 1500 MVA, desconsiderando a contribuição dos compensadores síncronos de +150/-75 Mvar.

Deverão ser dimensionados para a SE Terminal Rio, todos os equipamentos e instalações CC/CA necessários para viabilizar a transmissão, nesta situação específica, de até 1000 MW, considerando os dois síncronos supramencionados disponíveis. A Transmissora deverá explicitar os valores máximos de potência passíveis de

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recepção pela SE Terminal Rio, operando como inversora, nos casos de indisponibilidade de um ou dos dois compensadores síncronos no momento da recomposição.

Os transformadores conversores assim como os disjuntores responsáveis pela manobra, deverão ser dimensionados para permitir esse tipo de energização, realizada inicialmente sem carga, com tensão operativa pré-manobra de até 550 kV. A viabilidade dessas manobras de energização deve ser demonstrada por meio de simulações no programa ATP, considerando os dados efetivos da transformação prevista para o empreendimento.

Durante o processo de recomposição os requisitos de performance harmônica, de intercambio de reativos, tempos

de resposta e recuperação podem ser flexibilizados.

Figura 5.2 – Diagrama unifilar da recomposição a partir da Área Rio de Janeiro (SE Terminal Rio). Neste tipo de recomposição a SE Terminal Rio operará como inversor, com fluxo de potência proveniente da SE Xingu para a SE Terminal Rio.

1) O diagrama unifilar da Figura 5.2 não corresponde ao escopo do Lote e serve apenas para ilustrar o processo de recomposição da área Rio.

2) A energização dos transformadores conversores da SE Terminal Rio, ainda “em vazio”, deve ser viabilizada.

136Mvar

VGRA

2 UG

USLB

UFSU

VGRA

4 UG

5 UGs

A

2

JGUS500 3 UG

4 STIT345

UG

100 MW

NP500

A

5 UG

MR2500

STAR500

STCH500

STGR500136Mvar

50Mvar

USMR

5 UG

STMR500

73Mvar

STPC500

ITJ3500

AD500

STAD345

136Mvar

73Mvar73Mvar

50Mvar

50Mvar

STPC345

STCA345

60Mvar

STAD138

STGR138

Ponto de fechamento de

Paralelo Ponto de fechamento de

Anel

73Mvar

CSN500

NI500

NI345

25Mvar

12,8 kV

(0,927 pu)

13,5 kV

(0,978 pu)

13,5 kV

(0,978 pu)

13,8 kV

(0,920 pu)

STGA345

256,5 MW

52,0 Mvar

JGUS345

60,6 MW

11,1 Mvar

12,42 kV

0,9 pu

Terminal

Rio 500

132Mvar

MRE345

132Mvar

NOR345 NOD345

ATI2345

STMO345

SJC230

63 Mvar

PIME345

TAQU345

BARR345

USMM345

162,9 MW

58,3 Mvar

139,7 MW

60,7 Mvar70,4 MW

25,9 Mvar

88,5 MW

28,1 Mvar

43,7 MW

11,6 Mvar

147,4

MW

13,2

Mv

ar

186,7

MW

71,5

Mv

ar

148 M

W

54,5

Mv

ar

96 M

W

41,7

Mv

ar

114,6 MW

37,0 Mvar

84,5 MW

29,6 Mvar

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EDITAL DE LEILÃO NO007/2015-ANEEL ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

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Na SE Xingu, deve ser viabilizada a energização dos transformadores conversores, em vazio, com máxima tensão operativa, considerando-se a seguinte topologia: UHE Belo Monte com 1 ou com duas máquinas e apenas uma linha entre a SE Belo Monte e a SE Xingu.

5.5.16 PERDAS NAS ESTAÇÕES CONVERSORAS

Em operação bipolar normal, com potência nominal, com qualquer sentido de fluxo, as perdas máximas admissíveis em cada estação conversora (retificador ou inversor) não deverão ser superiores a 0,75% da potência nominal da conversora, incluindo todos os equipamentos, sistemas e serviços auxiliares necessários à operação da conversora que façam parte deste Edital. Estas perdas devem ser avaliadas considerando as temperaturas de 32,4°C, na SE Xingu, e de 33°C, na SE Terminal Rio.

A TRANSMISSORA deverá apresentar, no Projeto Básico Etapa de Concepção, a memória de cálculo do projeto demonstrando que o mesmo está compatível com os níveis de perdas definido neste ANEXO.

As perdas nos compensadores síncronos previstos para a SE Terminal Rio 2x(150/-75) Mvar não devem ser incluídas para efeito de atendimento ao requisito de perdas máximas do elo CC.

A TRANSMISSORA deverá, posteriormente, comprovar e garantir o atendimento a este requisito por meio de ensaios executados pelo fornecedor, dos diversos componentes do elo CC. Os resultados destes testes devem ser utilizados nos cálculos a serem apresentados como demonstração do atendimento ao nível máximo de perdas estabelecido neste ANEXO, no Projeto Básico Etapa de Detalhamento.

A avaliação das perdas em operação deverá seguir a IEC 61803 (Determination of Power Losses in HVDC Converter Stations).

A vida útil dos transformadores conversores deve ser dimensionada levando em conta a temperatura estabelecida neste item, ou seja, a mesma a ser considerada para a avaliação das perdas.

5.5.17 DISPONIBILIDADE E CONFIABILIDADE DAS ESTAÇÕES CONVERSORAS

A disponibilidade média anual de transmissão de potência do elo CC deve ser no mínimo de 99%, incluindo as saídas programadas e forçadas. A disponibilidade deve ser calculada em conformidade com a versão mais recente da publicação IEC 60919-1.

Para cálculo da disponibilidade garantida considera-se o conjunto dos conversores localizados em ambos os terminais da linha CC, bem como os respectivos transformadores conversores e demais equipamentos necessários para a operação desses terminais, como disjuntores, filtros, equipamentos de medição.

A confiabilidade das conversoras inclui o número de saídas forçadas de polo e bipolo. O número de saídas forçadas de cada polo deverá ser de, no máximo, 2,5 saídas por ano. O número de saídas forçadas de cada bipolo não deverá ultrapassar 1 saída a cada 5 anos.

5.5.18 LOCALIZADOR DE FALTAS NA LINHA DO ELETRODO E NA LINHA DO BIPOLO 2

Devem ser instalados nas estações conversoras, das subestações Xingu e Terminal Rio, equipamentos para monitoração de faltas e de continuidade, em tempo real, nas linhas do eletrodo e na linha CC originárias destas subestações.

Estes equipamentos devem possibilitar a imediata localização do ponto de defeito, com a máxima precisão permitida pela tecnologia mais recente.

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5.6 ASPECTOS DE DIMENSIONAMENTO

O elo CC deve ser dimensionado de forma a:

Não permitir que sobretensões nele originadas ou por ele influenciadas, de caráter transitório ou temporário, para qualquer condição operativa, exijam de equipamentos ou instalações do sistema CA adjacente às estações conversoras desempenho acima da sua suportabilidade.

Limitar a máxima sobretensão temporária a 1,40 pu (fase-fase-eficaz), nas barras das subestações Terminal Rio e Xingu em 500 kV, considerando a situação de bloqueio total das conversoras, devendo ser avaliado por meio de simulação no programa Anatem.

O valor instantâneo máximo de sobretensões pode ser superior a 1,54 pu (pico fase-terra, 628,7 kVPICO) por, no máximo, 3 ciclos de 60 Hz após o evento gerador da sobretensão, no momento da abertura dos filtros, considerando a situação de bloqueio total das conversoras. Tal comportamento deve ser comprovado por meio de simulação trifásica (ATP/PSCAD).

A TRANSMISSORA deve:

(a) Considerar no cálculo das sobretensões instantâneas, o efeito das saturações dos transformadores eletricamente próximos.

(b) Considerar que, para a abertura de correntes capacitivas pelos disjuntores do pátio CA das subestações onde estão localizadas as conversoras, é necessário limitar o valor instantâneo máximo, fase-terra, das sobretensões temporárias, no momento da abertura desses disjuntores a 628,7 kVPICO, para a operação com frequência nominal. Na frequência máxima, de 66 Hz, esse valor se reduz para 571,5 kVPICO.(vide Submódulo 23.3, Tabela 5 e norma ABNT-IEC62271-100)

(c) Considerar que componente na frequência fundamental de sobretensões temporárias não deve exceder a 1,25 pu (fase-fase), durante 1 (um) segundo.

(d) Sob o aspecto de sobretensões de manobra, considerar as situações que envolvam:

Rejeições de carga nas LTs de CA derivadas da conversora, especialmente após curto-circuito;

Aplicação e eliminação de faltas na rede CA e

Bloqueio das conversoras e, consequente, retirada dos filtros.

Recomposição do sistema CA com a participação do elo CC, incluindo a energização dos transformadores conversores sob condição deteriorada (recomposição). Estas avaliações devem ser feitas considerando-se a presença ou não de dispositivos de controle de sobretensão (RPIs ou manobra controlada), nos disjuntores que manobram os transformadores.

5.7 OPERAÇÃO DO ELO CC – INTERAÇÃO CA-CC-CA

Devem ser atendidos os requisitos para elos CC constantes das últimas revisões das normas técnicas nacionais e internacionais, especialmente das recomendações das normas IEC 60919-1, 60919-2 e 60919-3.

A operação do elo CC não deve causar perturbação na rede básica que se traduza em degradação da qualidade da energia fornecida, em dificuldades no controle de oscilações de tensão e frequência ou em riscos de danificação de equipamentos e instalações dessa rede, assim como em perturbações em seus sistemas de telecomunicações.

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Adicionalmente:

A operação das conversoras não deve restringir a utilização de religamento monopolar ou tripolar rápido nas linhas de CA da rede básica, exceto se existir apenas uma linha de corrente alternada conectada a subestação.

A operação das conversoras, durante os processos de partida ou de recuperação após faltas, não deve produzir oscilações perturbadoras na potência transmitida, na tensão ou na frequência.

Para possibilitar a operação adequada da rede básica, o elo CC deve atender às seguintes condições e requisitos:

(a) Operar sem restrições, dentro da faixa operativa de potência especificada para as configurações definidas pelos níveis de curto-circuito definidos no item 2.2, durante todas as etapas de implantação do empreendimento, sem provocar oscilações perturbadoras de potência, tensão ou frequência.

(b) Permitir, em caso de indisponibilidade prolongada de qualquer um dos polos, a utilização das linhas CC como retorno metálico, conforme definido no item 5.5.3.

(c) Auxiliar a rede básica no controle de oscilações eletromecânicas, por meio da modulação da potência ativa e/ou potência reativa.

(d) Não submeter o sistema CA adjacente a instabilidades eletromecânica e de tensão, em qualquer condição operativa do elo CC, dentro dos limites de potência de curto circuito definidas no item 2.2, inclusive na ocorrência de faltas CA no sistema.

(e) Ser projetado para possibilitar a manobra automática de elementos da compensação reativa pertencentes ao elo CC para atingir os objetivos de controle de tensão e níveis de harmônicos no ciclo de carga diário da conversora. Deve ser evitado hunting entre controles internos e/ou externos ao elo que venha a produzir manobras intermitentes dos elementos de compensação reativa.

(f) Não causar perturbações de origem harmônica nas barras de CA das conversoras acima dos limites individuais especificados no Submódulo 2.8 dos Procedimentos de Rede, para qualquer ponto de operação incluído no lugar geométrico de impedâncias harmônicas definido pelas Tabelas 2.1 e 2.2 e/ou falha de componentes individuais do elo CC, com o elo operando até a potência nominal.

(g) Manter, ao longo do contrato de concessão, o desempenho harmônico requerido para as condições de máxima dissintonia dos filtros passivos associadas às condições mais severas de geração de correntes harmônicas pelos conversores. Deve ser considerada a possibilidade de operação da rede CA com um desbalanço máximo de sequência negativa de 1,0%. Nos casos de filtros ativos ou passivos de sintonia automática, devem ser considerados os erros de controle. O desempenho harmônico deve ser mantido para qualquer configuração normal ou em contingência (fato já considerado no lugar geométrico da rede CA definido no item 2.1) e/ou falha individual de componentes individuais do elo CC, com o elo operando até a potência nominal.

(h) O elo CC não deve permitir que operações do sistema de controle, manual ou automático, de elementos manobráveis e/ou de comutadores automáticos de transformadores deem origem a manobras intermitentes ou a oscilações anômalas na potência, na tensão ou na frequência, em qualquer condição de configuração ou de operação da rede CA.

(i) O elo CC deve manter a transferência de potência, bem como a operação dos conversores, estáveis para variações de frequência na faixa de 56 a 66 Hz e para qualquer distorção da forma de onda da tensão de CA causada pela dissintonia dos filtros de CA ou pela perda de um banco de filtros.

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(j) Não devem ocorrer interações perturbadoras na coordenação do controle de ambos os lados do elo CC, advindas da utilização dos recursos de alteração de ângulo para efeito de controle de tensão/fluxo.

(k) Permitir a recomposição do SIN por meio da tomada de carga pelo elo CC, na SE Terminal Rio, numa configuração onde a potência de curto-circuito local é de 1500 MVA, desconsiderando nesse número a contribuição da compensação síncrona localizada na SE Terminal Rio.

5.7.1 INTERAÇÃO CC – CC (MULTI-INFEED)

As conversoras das subestações Xingu e Terminal Rio não devem prejudicar o desempenho normal e transitório de outras conversoras eletricamente próximas já existentes (sistemas Madeira e Itaipu) ou em implantação (Bipolo 1, Xingu – Estreito), o que deverá ser demonstrado por meio de estudos específicos que incluam a operação conjunta das conversoras afetadas (multi-infeed) e que considerem:

A possibilidade de defeitos nas proximidades, levando a instabilidade ou colapso de tensão.

A recuperação simultânea de potência nos elos CC envolvidos, após a eliminação de faltas na rede CA e

A recuperação simultânea após faltas internas ao Bipolo 2 – neste caso falhas no controle CC e/ou faltas na linha CC.

5.7.2 OPERAÇÃO DOS CONVERSORES DURANTE DEFEITOS NO SISTEMA

A tensão decorrente de aplicação de falta no sistema CA, na primeira oscilação após a sua eliminação, deve ser de, no mínimo, 0,80 pu. Caso isto ocorra a TRANSMISSORA deverá implantar equipamento de compensação reativa controlável, conforme item 5.5.14.

O elo CC deve ser capaz de se manter em operação com potência reduzida nas seguintes condições de tensão no lado de CA da conversora:

Tensão zero na fase sob defeito, para defeitos monofásicos, com duração máxima de 0,5 segundos;

Tensão maior que 30% da nominal, para defeitos trifásicos, com uma duração máxima de 0,25 segundos.

5.7.3 FALHAS DE COMUTAÇÃO

Devem ser implementadas no controle do elo CC estratégias para minimizar o risco de ocorrência de falhas de comutação:

A abertura intempestiva do maior banco, mesmo para as condições mais degradadas da rede CA, não deve causar falhas de comutação.

Não deve haver falha de comutação para variações instantâneas de tensão CA do terminal inversor inferiores a 7% da tensão pré-distúrbio, considerando que a tensão pré-distúrbio se encontra dentro da faixa de tensão operativa;

As manobras de energização e abertura de equipamentos no pátio CA e de linhas CA conectadas às subestações Xingu e Terminal Rio não devem provocar falhas de comutação;

Não poderão ocorrer falhas de comutação durante o restabelecimento da tensão CA, após a eliminação de falta ocorrida nesse sistema, devendo a recuperação da potência CC se dar conforme o item 8.2.2

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O elo CC não deve apresentar, sob nenhuma hipótese de tensão CA dentro da faixa operativa definida no item 5.3.2, falhas de comutação repetidas, em um mesmo evento.

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6 FILTROS DE HARMÔNICAS

A Tabela 6.1 abaixo resume os modos de operação que deverão ser considerados para a avaliação e dimensionamento dos filtros do lado CA e do lado CC.

TABELA 6.1 – MODOS DE OPERAÇÃO

Modos de Operação Fluxo em qualquer sentido: Xingu – Terminal Rio ou Terminal Rio– Xingu

Requisitos para o Retificador e para o Inversor

Bipolar com Tensão Nominal A

Bipolar com Tensão Reduzida (de 70% até 95%) B

Monopolar com Tensão Nominal (retorno metálico) A

Monopolar com Tensão Nominal (retorno pelo solo) A

Monopolar com Tensão Reduzida (retorno metálico) B

Monopolar com Tensão Reduzida (retorno pelo solo) B

Sobrecarga “Contínua” Low Ambient (operação bipolar ou monopolar) C

Sobrecarga de Longa Duração (operação bipolar ou monopolar) C

Sobrecarga de Curta Duração (operação bipolar ou monopolar) C

As definições dos requisitos, nomeados através das letras A, B e C, conforme indicado na Tabela 6.1, encontram-se descritas nos itens 6.1 (Filtros do Lado CA) e 6.2 (Filtros do Lado CC).

6.1 FILTROS DO LADO CA

O desempenho harmônico dos filtros deverá ser mantido para todas as etapas de implementação, bem como ao longo do contrato de concessão referente às conversoras, conforme estabelecido no item do Submódulo 2.8 que trata dos limites individuais das distorções harmônicas de tensão, no ponto de acoplamento comum (PAC), considerando as condições de máxima dissintonia dos filtros e às condições mais severas de geração de correntes harmônicas pelos conversores.

O desempenho quanto à distorção harmônica, no ponto de acoplamento comum com a rede básica, deve ser demonstrado por meio de estudos, ainda na Etapa de Concepção.

Nos casos de filtros ativos ou passivos de sintonia automática devem ser considerados os erros de controle.

No que diz respeito à medição e ao monitoramento, se aplicam os seguintes requisitos:

Deverá ser realizada, pela TRANSMISSORA, nos barramentos CA da rede básica conectados à subestação conversora, campanha de medição, conforme estabelecido no Submódulo 2.8, quando do comissionamento, ou seja, antes da entrada em operação do sistema CCAT. Os resultados da campanha de medição deverão ser encaminhados ao ONS.

A TRANSMISSORA deverá instalar sistemas de medição trifásica contínua para monitoração das tensões harmônicas, no ponto de acoplamento comum, e para monitoração das correntes harmônicas injetadas na rede básica por cada ponte conversora, no lado de 500kV de cada transformador conversor. Os instrumentos de medição deverão atender aos requisitos estabelecidos na IEC 61000-4-30 para a categoria classe A. Os resultados destas medições deverão, caso solicitados, ser disponibilizados ao ONS.

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Cada filtro deverá contar com sistemas de determinação da sobrecarga de seus componentes, por meio direto (medição de corrente em reatores e resistores, bem como corrente de desbalanço em bancos de capacitores), e indireto (determinação da temperatura em reatores e resistores a partir da medição de correntes nestes elementos), bem como com sistemas de alerta e proteção adequados, de maneira a permitir que ações operativas possam ser tomadas com a antecedência necessária.

6.1.1 REQUISITOS PARA O CÁLCULO DE DESEMPENHO

(a) Quanto aos modos de operação

Deverão ser considerados, para a avaliação do desempenho harmônico, os modos de operação das conversoras relacionados na Tabela 6.1, com as seguintes definições dos requisitos:

A–Deve atender ao desempenho harmônico, conforme estabelecido no item do Submódulo 2.8 que trata dos limites individuais das distorções harmônicas de tensão, no ponto de acoplamento comum, de acordo com o lugar geométrico fornecido no item 2.1, e respeitar os limites de intercâmbio de potência reativa definidos no item 5.5.1, considerando a indisponibilidade de qualquer sub-banco em toda a faixa de potência do elo CC, até a potência nominal.

B – Deve atender ao desempenho harmônico, conforme estabelecido no item do Submódulo 2.8 que trata dos limites individuais das distorções harmônicas de tensão, no ponto de acoplamento comum, de acordo com o lugar geométrico fornecido no item 2.1.

C – O nível das distorções harmônicas geradas pela conversora nas condições de operação em sobrecarga deve ser informado pela TRANSMISSORA, em qualquer modo ou combinação de modos operativos disponíveis.

(b) Quanto à metodologia de cálculo

A metodologia a ser adotada para o cálculo da distorção harmônica no PAC deve representar a instalação conversora através do seu equivalente Norton e a rede externa, vide Figura 6.1, através de envelopes de impedância, na forma de setor circular. Outras metodologias poderão ser propostas pela Transmissora, desde que apresentem comprovadamente resultados mais conservadores.

ZREDE FIGURA 6.1 – METODOLOGIA PROPOSTA

As Tabelas do item 2.1 estabelecem os parâmetros ZMAX, ZMIN, AngMAX e AngMIN que definem os envelopes representativos da rede CA externa a conversora, vistos dos terminais da SE Terminal Rio e da SE Xingu (excluindo a impedância dos filtros e a conversora do Bipolo 1), para cada ordem harmônica a ser considerada no estudo de desempenho.

(c) Quanto às condições de dissintonia

Devem ser consideradas, na avaliação do desempenho dos filtros, as máximas condições de dissintonia, incluindo: faixa de frequência estabelecida no item 5.3.1(a), variações nos valores dos componentes dos filtros

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com a temperatura, envelhecimento dos capacitores e tolerâncias de fabricação, tapes para ajuste de sintonia e erros de medição. Com exceção da variação de frequência, as demais variações deverão ser representadas através de alterações nos valores nominais dos componentes dos filtros. Ou seja, não será permitida a utilização do método de desvio de frequência equivalente.

(d) Quanto ao cálculo das correntes harmônicas

Para o cálculo do desempenho de filtros CA devem ser utilizadas as máximas correntes harmônicas individuais injetadas pelos conversores para cada condição operativa do lado CC, conforme definido na Tabela 6.1.

Para o cálculo do desempenho de filtros CA, do ponto de vista da distorção total de tensão, poderão ser utilizados conjuntos consistentes de correntes harmônicas injetadas pelos conversores para qualquer condição operativa do lado CC, conforme definido na Tabela 6.1.

Para o cálculo dos harmônicos característicos de 12 pulsos (12 h ± 1) deverá ser utilizado o método determinístico, no qual as correntes dos terminais retificador e inversor serão obtidas de forma independente, e os barramentos de conexão das estações conversoras com a rede básica são considerados como barras infinitas (tensão puramente senoidal na frequência fundamental no lado de alta do transformador conversor), buscando-se maximizar os resultados, considerando-se combinações dos seguintes parâmetros:

i. Modos de operação, conforme indicado na Tabela 6.1;

ii. Toda a faixa de tensão CA definida no item 5.3.2;

iii. Valores extremos das reatâncias dos transformadores conversores na faixa estabelecida na especificação dos transformadores conversores;

iv. Valores extremos dos ângulos de disparo (lado retificador) e extinção (lado inversor) na faixa compatível com a operação do sistema CCAT.

Para o cálculo dos harmônicos característicos não cancelados (6h ± 1, h ímpar) deverá ser utilizado o método determinístico de cálculo, no qual as correntes dos terminais retificador e inversor serão obtidas de forma independente, e os barramentos de conexão das estações conversoras com a rede básica são considerados como barras infinitas (tensão puramente senoidal na frequência fundamental no lado de alta do transformador conversor), buscando-se maximizar os resultados, considerando combinações dos seguintes parâmetros:

i. Considerar as combinações mais desfavoráveis dos parâmetros listados nos itens ii e iii anteriores;

ii. Considerar as máximas diferenças nas reatâncias entre transformadores conversores, por ponte de 12 pulsos, conforme estabelecido na especificação dos transformadores conversores.

Para o cálculo de harmônicos não característicos admite-se tratamento estatístico das seguintes tolerâncias:

i. Distribuição estatística das diferenças entre os valores das reatâncias das fases dos transformadores da ponte de 12 pulsos;

ii. Distribuição estatística das diferenças entre os valores dos instantes de disparo das válvulas;

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iii. Diferenças nos valores das relações de transformação (tapes) entre fases dos transformadores conversores;

iv. Desbalanço de tensão do sistema CA considerando a componente de sequência negativa – magnitude fixa (1,0%) e ângulo de fase variando de forma uniforme e randomicamente distribuído entre 0 e 360 graus;

v. Para este tratamento, deverá ser observado um número mínimo de 500 combinações e o valor extraído deve corresponder à probabilidade de 1,0% de ser excedido.

(e) Quanto à demonstração da utilização do método

i. Os relatórios da Transmissora devem explicitar clara e inequivocamente, para cada uma das Tabelas de correntes harmônicas geradas pelas conversoras de corrente contínua, para cada patamar de transmissão de potência lá indicado (coluna a coluna), todas as variações de parâmetros consideradas para o cálculo das correntes.

ii. Os relatórios da Transmissora devem explicitar clara e inequivocamente, para cada uma das Tabelas que apresentam os valores de distorção harmônica, para cada patamar de transmissão de potência lá indicado (coluna a coluna), as configurações de filtragem e bancos de capacitores consideradas, bem como, para o caso decisivo de dissintonia, em cada caso, os valores adotados para os componentes dos filtros, o desvio da frequência considerada e o valor da impedância da rede CA utilizado no cálculo.

(f) Quanto ao cálculo dos indicadores TIF e IT

A TRANSMISSORA deverá informar o valor máximo dos indicadores TIF e produto IT resultantes do projeto de filtros, considerando os modos de operação das conversoras relacionados na Tabela 6.1.

6.1.2 REQUISITOS PARA O CÁLCULO DO DIMENSIONAMENTO (RATING) DOS COMPONENTES DOS FILTROS

(a) Requisitos Gerais

Os filtros deverão ser dimensionados para que não haja necessidade de desligamento por sobrecarga mesmo em caso de operação com indisponibilidade de qualquer um dos sub-bancos, nas condições operativas definidas na Tabela 6.1.

As capacidades nominais (ratings) dos componentes dos filtros devem ser dimensionadas para suportar o aumento da geração de harmônicas para a operação nas condições não nominais mencionadas no item 5.5.2.

Os filtros em derivação utilizados devem ser capazes de operar sem qualquer dano durante:

i. Operação com a frequência nominal e para variações de frequência na faixa definida no item 5.3.1(a);

ii. Operação com qualquer sub-banco pertencente ao Bipolo 2 fora de operação;

iii. Ressonância de filtros de mesma sintonia;

iv. Máxima tensão de emergência em regime permanente na rede CA (550 kV);

v. Condições de sobretensões dinâmicas incluindo ferrorressonâncias, rejeição de carga e recuperação de faltas; e

vi. Todos os modos de operação descritos no item 5.5.3;

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(b) Quanto ao dimensionamento dos componentes dos filtros em regime permanente

Para o cálculo do dimensionamento dos componentes dos filtros em regime permanente, deverão ser considerados os seguintes requisitos:

Utilizar as máximas correntes harmônicas individuais injetadas pelos conversores considerando, para o seu cálculo, as mesmas condições estabelecidas no item 6.1.1 (d), último bullet, alíneas iii, iv e v. Adicionalmente deverá considerar:

i. Todos os modos de operação estabelecidos na Tabela 6.1;

ii. Desbalanço máximo de sequência negativa igual a2,0%.

iii. A componente fundamental da tensão dos pátios 500 kV das SEs Terminal Rio e Xingu igual a 550 kV.

Superpor às contribuições, provenientes dos conversores (In-interno) e provenientes da rede externa (In-externo), de acordo com a expressão abaixo:

Int = √𝐼𝑛−𝑖𝑛𝑡2 + 𝐼𝑛−𝑒𝑥𝑡

2

Para harmônicos de baixa ordem, poderá ser utilizada outra formulação que leve em conta que as diferenças entre as fases das duas contribuições podem ser inferiores a 90°, resultando em valores superiores aos obtidos pela formula anterior.

i. As contribuições das correntes harmônicas geradas pelos conversores serão determinadas por meio da metodologia definida no item 6.1.2 (b), considerando os envelopes estabelecidos nas Tabelas 2.1 e 2.2, do item 2.1, por meio dos parâmetros ZMAX, ZMIN, AngMAX e AngMIN. A Transmissora deverá, adicionalmente, aplicar margens de projeto com base na sua experiência.

ii. Para cálculo da contribuição das harmônicas (background harmonic voltages) provenientes da rede externa, deverá ser utilizada a seguinte metodologia:

Definir conjuntos de valores individuais de fontes ideais de tensão harmônica que, para cada componente de filtro (resistências, reatores ou capacitores), resulte nos maiores valores de corrente e tensão para seu dimensionamento;

Cada conjunto deverá incluir a contribuição das fontes correspondentes à(s) frequência(s) de sintonia dos filtros, bem como as frequências anterior e posterior àquela(s) frequência(s);

Adicionar ao conjunto supramencionado o efeito de outras frequências no intervalo (n=2 até n=50), que ainda não tenham sido consideradas, até que a soma quadrática total das fontes harmônicas alcance ou ultrapasse o limite total global inferior (h>10) ou global superior (h≤10) do indicador DTHTS95% (3%).

Apenas estes harmônicos serão utilizados na definição do rating de cada componente, sendo as outras contribuições harmônicas restantes descartadas.

Aplicar diretamente as fontes ideais de tensão harmônica nos terminais dos filtros. Os valores das fontes de tensão devem ser iguais aos limites globais inferiores de cada frequência harmônica incluída no conjunto, conforme estabelecido no Submódulo 2.8, item 9.4.3.2.

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(c) Quanto à demonstração da utilização do método:

i. Os relatórios da Transmissora devem explicitar clara e inequivocamente, para cada uma das Tabelas de correntes harmônicas geradas pelas conversoras de corrente contínua, para cada patamar de transmissão de potência lá indicado (coluna a coluna), todas as variações de parâmetros consideradas para o cálculo das correntes.

ii. Os relatórios da Transmissora devem explicitar clara e inequivocamente, para cada uma das Tabelas que apresentam os valores de distorção harmônica, para cada patamar de transmissão de potência lá indicado (coluna a coluna), as configurações de filtragem e bancos de capacitores consideradas, bem como, para o caso decisivo de dissintonia, em cada caso, os valores adotados para os componentes dos filtros.

(d) Quanto ao cálculo do “rating” transitório

Na determinação do “rating” transitório e dos equipamentos para controle das sobretensões impostas aos componentes dos filtros, deverão ser considerados, dentre outras condições, as sobretensões produzidas durante energização de transformadores, a aplicação e a eliminação de faltas, considerando a possibilidade de

falha do sistema de proteção primária responsável, inclusive com bloqueio dos conversores.

Devem também ser considerados os efeitos dos curtos-circuitos aplicados nos terminais dos filtros.

6.1.3 DESLIGAMENTO DE FILTROS CA

Devem ser disponibilizados os sinais de controle necessários à supervisão dos elementos dos filtros/ compensação reativa e a tomada de ações de controle, por meio do controle mestre.

Devem ser concebidas e implementadas todas as sequencias de desligamento de filtros identificadas como necessárias pelos estudos do planejamento da expansão (EPE) ou ainda recomendadas pelos estudos operativos realizados pelo ONS.

A TRANSMISSORA deverá identificar a necessidade de desligamentos dos filtros e/ou capacitores e/ou reatores em situações específicas e implementar tais desligamentos, mesmo que seja necessária a aquisição de equipamentos especiais.

6.2 FILTROS DO LADO CC

6.2.1 REQUISITOS GERAIS

A TRANSMISSORA deverá manter, para todas as etapas de implementação do empreendimento, um desempenho harmônico adequado, considerando as condições de máxima dessintonia dos filtros e as condições mais severas de geração de tensões harmônicas pelos conversores.

O desempenho harmônico deve ser demonstrado por meio de estudos e medições. Deve(m) ser atendido(s) o(s) critério(s) estabelecido(s) neste item.

Deve ser considerado um desbalanço máximo de sequência negativa de 1% para o desempenho

harmônico e 2% para o rating.

Nos casos de filtros ativos ou passivos de sintonia automática devem ser considerados os erros de controle.

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A TRANSMISSORA deverá, no Projeto Básico Fase de Detalhamento, realizar estudo de coordenação indutiva de maneira a verificar os circuitos telefônicos que apresentam interferência superior à permitida. Para tais circuitos, a TRANSMISSORA será responsável, junto às concessionárias que operem tais linhas de comunicação, por implantar os meios necessários para mitigar os efeitos da interferência.

As capacidades nominais (ratings) dos componentes dos filtros devem ser dimensionadas para suportar o aumento da geração de harmônicas para a operação nas condições não nominais mencionadas no item 5.5.2.

A metodologia utilizada para determinação das correntes harmônicas deve ser compatível com aquela estabelecida para os filtros CA, ou seja, deve garantir o desacoplamento das harmônicas do lado CC e do lado CA, por meio da consideração de barra infinita no lado CA e de reator de alisamento infinito do lado CC.

6.2.2 REQUISITOS PARA O CÁLCULO DE DESEMPENHO

(a) Quanto aos modos de operação

Deverão ser considerados, para a avaliação do desempenho harmônico, os modos de operação das conversoras relacionados na Tabela 6.1, com a seguinte definição dos requisitos:

A e B–Deve atender ao desempenho harmônico explicitado no item (b) a seguir.

C– O nível de interferência gerada pelas conversoras nas condições de operação em sobrecarga deve ser informado pela TRANSMISSORA, em qualquer modo ou combinação de modos operativos disponíveis. Para o cálculo de capacidade (rating) ver item 6.2.3.

(b) Quanto aos critérios de desempenho

As correntes harmônicas nas linhas CC e linhas de eletrodo não devem produzir interferências, em linhas de telecomunicação em operação na data de comissionamento do elo CC, acima dos limites estabelecidos nas normas correspondentes. Para tanto, na avaliação do desempenho do elo CC o valor de corrente equivalente de distúrbio em operação bipolar, com todos os filtros presentes, não poderá exceder 500 mA, enquanto que em operação monopolar com todos os filtros (retorno pelo solo ou metálico) tal valor não poderá exceder 1000 mA. Durante a operação bipolar em condição (n-1) de filtros CC, os valores de correntes harmônicas nas linhas CC e nas linhas dos eletrodos não devem exceder a 1000 mA. Cabe a TRANSMISSORA definir o critério a ser adotado em operação monopolar em condição (n-1) de filtros. Estas correntes harmônicas devem ser calculadas segundo os procedimentos estabelecidos na IEC60919-1.

É de responsabilidade da TRANSMISSORA mitigar os efeitos de interferências que venham a ser indicadas pelas concessionárias que operem as linhas de comunicação na região sob influência das linhas CC e linhas de eletrodo.

Os filtros CC devem minimizar os efeitos da corrente induzida, em 60 Hz, por linhas CA na linha CC, evitando potenciais distúrbios nos sistemas de controle do elo CC, bem como a saturação indesejável dos transformadores conversores, o que poderia eventualmente causar desligamento bipolar.

6.2.3 REQUISITOS PARA O CÁLCULO DO DIMENSIONAMENTO (RATING) DOS COMPONENTES DOS FILTROS

Para o cálculo do dimensionamento dos componentes dos filtros a TRANSMISSORA deverá considerar que esses equipamentos devem operar sem qualquer restrição e/ou ocorrência de danos durante:

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(a) Operação com a frequência nominal e para variações de frequência na faixa definida no item 5.3.1 (a);

(b) Ressonância de filtros de mesma sintonia;

(c) Máxima tensão de emergência em regime permanente na rede CA;

(d) Condições de sobretensões, incluindo ferrorressonâncias, rejeição de carga e recuperação de faltas no lado CC ou no lado CA da conversora;

(e) Nos modos de operação definidos na Tabela 6.1.

(f) Operação com qualquer dos filtros CC pertencentes a qualquer das estações conversoras fora de operação;

(g) Pior ressonância entre filtros CC, reator de alisamento e linha de transmissão CC;

(h) Quanto ao cálculo do rating transitório devem ser considerados os efeitos dos curtos-circuitos aplicados nos terminais e nas proximidades dos filtros

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7 ELETRODOS DE ATERRAMENTO

7.1 REQUISITOS GERAIS

O Bipolo 2 deve ser provido de eletrodos de terra para escoamento das correntes de retorno em operação monopolar e das correntes resultantes de condições operativas desbalanceadas. O projeto do eletrodo deve considerar todos os modos de operação previstos para o bipolo e a possibilidade de operação em sobrecarga, nestes modos, conforme definidos no item 5.5.3.

É prerrogativa da Transmissora a escolha do local de implantação do eletrodo de terra, cuja distância mínima à subestação onde estiver conectado deverá ser igual ou superior a 15 km.

Não poderá haver circulação de corrente contínua pelo neutro dos transformadores conversores, ou em transformadores de subestações vizinhas, capaz de provocar a sua saturação, conforme descrito no item 5.5.8.

O projeto deverá prever o compartilhamento do uso do eletrodo, na SE Xingu, pelo Bipolo 1. O eletrodo de terra do Bipolo 2 deve ser dimensionado para que possa escoar tanto as correntes próprias quanto as do Bipolo 1, que compartilhará a mesma subestação, de acordo com os seguintes valores limite:

(a) Operação Bipolar do Bipolo 2: 40 A contínuo por todo o ano;

(b) Operação Bipolar compartilhada pelos bipolos 1 e 2: 80 A por 2 meses ao longo de 1 ano;

(c) Operação Monopolar com retorno pela terra do Bipolo 2: 2.540 A por 250 horas por ano, sendo:

220 horas para uso próprio, consideradas cumulativamente para todo o período de concessão e devidamente garantidas no dimensionamento;

30 horas anuais a serem cedidas para compartilhamento, caso necessário, com o Bipolo 1.

(d) Operação Monopolar com retorno pela terra com sobrecarga de um dos bipolos com o outro Bipolo em operação bipolar: 3.365 A por 300 minutos por ano.

7.2 INTERFERÊNCIAS

A transmissora deverá determinar, através de estudos, os efeitos que as correntes CC injetadas no solo pelos eletrodos poderão provocar ao circular pelos neutros dos transformadores da rede elétrica, nas torres das linhas de transmissão, na proteção catódica de dutos e demais estruturas metálicas, localizadas em sua área de influência.

O eletrodo de terra deve ser dimensionado de forma a garantir a segurança de seres vivos quanto a potenciais de passo e toque e a potenciais transferidos, considerando a circulação da corrente de sobrecarga e um subeletrodo fora de serviço.

A transmissora deve tomar as providencias para mitigar todos os efeitos de interferência (corrosão de dutos e estruturas metálicas de linhas de transmissão e seus aterramentos, saturação de transformadores CA, entre outros) que o retorno da corrente CC no solo poderá provocar, de acordo com os requisitos das empresas proprietárias dos ativos sujeitos a interferência.

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7.3 CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS

O dimensionamento dos eletrodos de terra do Bipolo 2 deve considerar as seguintes situações:

(a) Operação bipolar com um valor máximo de desbalanço de 40 A, em regime contínuo.

(b) Capacidade para operar 10 vezes por ano (intervalo mínimo de 24 horas entre operações subsequentes) em operação monopolar com a máxima corrente de sobrecarga de longa duração e com duração total de 5 horas por ano. Tais condições devem ser atendidas com um dos subeletrodos fora de serviço.

A máxima densidade de corrente superficial deve ser menor que aquela que provoque migração de água por eletro-osmose. Em caso de utilização de eletrodo em anel a máxima densidade para efeito de dimensionamento deve ser inferior a 0,5 A/m².

Nas condições ambientais e do solo mais desfavoráveis e na circulação de corrente máxima pela linha do eletrodo (no modo de operação monopolar), a elevação de temperatura dos eletrodos em relação ao ambiente não pode exceder a 60°C, desde que a temperatura final não seja superior a 100ºC.

Além da conexão das linhas do eletrodo aos eletrodos, devem ser especificados os equipamentos necessários para a equalização da distribuição de corrente nas várias secções do eletrodo, bem como os dispositivos para monitoramento adequado da temperatura na superfície do eletrodo e da umidade do solo.

7.4 CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS

Para efeito da escolha do local dos eletrodos, a modelagem adotada para a resistividade do solo e sua estratificação deve ser devidamente justificada e comprovada a partir de medição. Para pequenas profundidades, pode ser utilizado o método Wenner ou similar e, para camadas mais profundas, devem ser utilizados métodos geológicos, como o método de medição magneto-telúrica ou similar.

A resistência de aterramento do eletrodo de terra deve ser igual ou inferior a 0,35 , com um subeletrodo fora de serviço.

O eletrodo de terra deve ser dimensionado de forma a possibilitar sua operação em regime anódico ou catódico.

7.5 LINHA DO ELETRODO

7.5.1 CAPACIDADE DE CORRENTE

A linha do eletrodo deve ser projetada com dois conjuntos de condutores ou feixes de subcondutores independentes na mesma estrutura, conectados por meio de chaves seccionadoras em ambas as extremidades, de modo a permitir operar com um conjunto ou feixe em manutenção (linha-viva), com corrente nominal.

A linha do eletrodo deverá ser dimensionada de forma a permitir a operação do bipolo ao qual pertence, sem qualquer tipo de restrição, para todos os modos operativos definidos no item 5.5.3. Em caso de compartilhamento da linha do eletrodo com outro bipolo na mesma estação conversora, a linha do eletrodo deverá ser dimensionada para permitir, no mínimo, operação do primeiro bipolo em operação bipolar e do segundo bipolo com operação monopolar, acrescida da sobrecarga disponível para este tipo de operação.

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7.5.2 DEFINIÇÃO DA FLECHA MÁXIMA DOS CONDUTORES

As distâncias de segurança da linha do eletrodo devem ser calculadas considerando a máxima corrente prevista para a operação do bipolo e levando em conta a ocorrência simultânea das seguintes condições climáticas:

(a) Temperaturas conforme item 5.2;

(b) Radiação solar máxima da região;

(c) Brisa mínima prevista para a região, desde que não superior a um metro por segundo.

7.5.3 PERDA JOULE NOS CABOS CONDUTORES

A resistência equivalente por unidade de comprimento do feixe de subcondutores que compõe a linha de eletrodo deve ser igual ou inferior a 0,01250 Ohms/km a corrente contínua a 20º C.

7.5.4 COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO

As cadeias de isoladores deverão contemplar, para uma classe de tensão de isolamento não inferior 34,5 kV, um isolador adicional além de centelhadores, para facilitar a extinção do arco no caso de falta.

O aterramento das torres que suportam estas linhas, dentro e fora da subestação, deve apresentar resistência compatível com a necessidade de extinção do arco.

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8 CONTROLES DOS ELOS CC

8.1 FILOSOFIA DO CONTROLE – CONTROLE MESTRE

O sistema de controle deve ser projetado de forma a atender todos os modos de operação descritos no item 5.5.3 e ser implementado com os seguintes níveis hierárquicos:

Controle de nível hierárquico superior: Controle Mestre

Controle do Bipolo

Controle de Pólos

Controle de Conversores

A Transmissora responsável pelo Bipolo 2 deve prover todos os serviços necessários, de forma a viabilizar o funcionamento coordenado do controle do Bipolo 2 considerando a existência do Bipolo 1, em todos níveis de atuação. Todos os níveis do sistema de controle do Bipolo 2 devem ter redundância mínima de 100%, considerando os requisitos de confiabilidade descritos no item 8 . 2 . 7 . Esta redundância se aplica também aos serviços auxiliares de alimentação CC e CA. Tanto os painéis alimentados pelos serviços auxiliares CC quanto àqueles alimentados pelos serviços auxiliares CA devem ser completamente independentes.

O Controle Mestre, no Bipolo 2, na SE Xingu, deve:

(a) Ser projetado de forma a ser capaz de executar todas as funções sistêmicas de nível hierárquico superior, que levem em conta a existência do Bipolo 1, bem como a operação conjunta ou separada dos dois bipolos.

(b) Considerar todos os sinais necessários a sua correta operação, incluindo os sinais topológicos referentes ao estado dos equipamentos das subestações conversoras, bem como aqueles provenientes de usinas e demais subestações e/ou linhas de transmissão que possam afetar o desempenho dos dois bipolos.

(c) Ser projetado de forma a permitir a plena integração com todos os sinais analógicos, digitais e chaves eletrônicas do sistema de controle do Bipolo 1, em especial o seu Controle de Estação, aquisitando-os e integrando-os no Controle Mestre.

O Controle Mestre do Bipolo 2 deverá ser dimensionado para desempenhar as seguintes funções principais sem, no entanto, limitar-se a elas:

(a) Avaliar, implementar e comandar, com base nas topologias do SIN, da Subestação Xingu, da UHE Belo Monte e nas ordens de potência dos Bipolo 1 e 2, a colocação ou retirada de filtros e compensação reativa;

(b) Avaliar e implementar ações de controle visando a correta operação do sistema, com base em sinais provenientes de outras usinas e do estado de linhas CA adjacentes, que possam influenciar na potência transmitida pelos Bipolo 1 e 2. A Transmissora será responsável pela aquisição remota destes sinais;

(c) Comandar as ações de controle do bipolo para a modulação da potência CC para auxiliar no processo de estabilização de frequência dos sistemas CA;

(d) Efetuar ações de runback (redução de potência automática) ou run forward (aumento de potência automática) para evitar variações de tensão e/ou frequência no sistema coletor (associado ao retificador), ou para fazer frente a perda de linhas nos sistemas CA adjacentes às estações conversoras, retificadora ou inversora, ou perda de elementos que compõem o sistema de geração, que impossibilite a manutenção do nível de potência transmitido pelos elos CC.

(e) Comandar as ações para amortecimento de oscilações dos sistemas CA;

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(f) Em caso de perda de conversores deverá supervisionar a retirada automática de filtros CA e/ou capacitores para reduzir as sobretensões nos sistemas CA para os níveis estipulados pelos Procedimentos de Rede;

(g) Efetuar redistribuição de potência entre os polos ou bipolos nos casos de perda de linhas CC ou de conversores.

O Controle Mestre do Bipolo 2 deverá também estar equipado para comandar automaticamente a abertura de equipamentos pertencentes ao seu empreendimento, como por exemplo filtros CA, e para comandar a abertura de equipamentos de terceiros, tais como linhas de transmissão e/ou geradores, seja por ação direta ou por meio de centros de controle de terceiros, inclusive do ONS. Em caso de equipamentos de terceiros, caberá ao Sistema de Controle e Proteção do agente proprietário desses equipamentos processar a ação solicitada e enviar os comandos para os seus equipamentos, conforme os requisitos de tempo de resposta necessários.

No caso específico do agente UHE Belo Monte, a TRANSMISSORA deverá analisar e se responsabilizar pelo pleno funcionamento do sistema existente de automação, controle e comunicação do Controle dos elos CC, instalado na UHE Belo Monte, com a incorporação do Bipolo 2, incluindo as seguintes atividades:

(a) Verificação do projeto completo e da instalação dos painéis do Controle de Estação do Bipolo 1 e do Controle de Interface Estação/Usina, já instalados pelo Bipolo 1, realizando todas as modificações e ajustes necessários ao seu pleno funcionamento, quer seja na condição de ambos os bipolos em operação ou na eventualidade da operação isolada do Bipolo 1 com a indisponibilidade do Controle Mestre, localizado funcionalmente no Bipolo 2;

(b) A supervisão de montagem, comissionamento, treinamento, as peças sobressalentes e as ferramentas especiais dos painéis que eventualmente tenham de ser modificados, trocados ou ajustados, instalados na SE Xingu (Controle de Estação do Bipolo 1) e na UHE Belo Monte;

(c) Todas as interfaces e equipamentos de telecomunicação necessários à transmissão de dados entre o Controle Mestre e o Controle de Interface Estação/Usina, bem como o meio de comunicação em fibra ótica, o qual deve ser 100% redundante;

(d) Fornecer e montar todos os cabos e vias de cabos para atender as necessidades dos controles envolvidos, inclusive àqueles utilizados para interfacear com equipamentos e painéis de controle e proteção de outros agentes;

(e) A instalação de todo o sistema de GPS necessário para o Controle Mestre e de Interface Estação/Usina.

Quanto ao relacionamento entre o Controle Mestre e o Controle de Interface Estação/Usina, implementado pelo Bipolo 1 na SE Belo Monte:

(a) O Controle de Interface Estação/Usina deverá enviar, por protocolo de comunicação, todas as medidas analógicas e digitais das Unidades Geradoras ao Controle Mestre e receber deste os comandos de ação e demais informações necessárias para a otimização da operação conjunta.

(b) Na definição dos tempos de latência máximos, necessários a correta operação dos Bipolos 1 e 2, determinados por estudos da TRANSMISSORA, devem ser considerados inicialmente os retardos associados ao Sistema de Controle da Usina de Belo Monte bem como ao sistema de Controle de Estação do Bipolo 1. Caso seja verificada a necessidade de adequação do Controle de Interface Estação Usina, com instalação de equipamentos adicionais, os custos de aquisição e instalação desses equipamentos serão de responsabilidade da TRANSMISSORA.

(c) Cabe a TRANSMISSORA entrar em contato com o Agente Gerador responsável pela UHE Belo Monte, de forma a obter as informações necessárias. O tempo máximo total de atuação está limitado em 150 ms.

O sistema de processamento do Controle Mestre e, no caso de adequação do Controle de Interface Estação/Usina implementado pelo Bipolo 1, este deverá ser específico para aplicação de controle e proteção de Unidades Conversoras (HVDC) e Unidades Geradoras associadas.

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8.2 DESEMPENHO DO SISTEMA DE CONTROLE DO ELO CC

8.2.1 REQUISITOS GERAIS

Os modos de controle de corrente e de potência devem estar disponíveis para toda a faixa operativa.

Os controles dos conversores devem ser projetados para assegurar que não ocorram mudanças de modo de controle devidas a variações de até 3% da tensão nominal CA do sistema.

O controle deve ser capaz de alterar, automaticamente, o modo de controle de potência para controle de corrente após perda da telecomunicação, problemas no suporte de reativos, proximidade de condições de instabilidade de tensão ou falha de comutação, retornando ao modo de controle de potência imediatamente após a estabilização do sistema.

Deve ser possível ao operador exercer as seguintes funções:

(a) Selecionar o modo de operação, entre os definidos no item 5.5.3;

(b) Selecionar o local de controle do despacho, seja no retificador, seja no inversor;

(c) Selecionar potência total, taxa de variação, sentido do fluxo e distribuição de potência nos polos;

(d) Ligar ou desligar filtros e capacitores em derivação e posicionar comutadores de derivação em carga;

(e) Comandar partida e parada do elo CC, parada do sistema em emergência e alteração de tomada de carga.

O sistema deve ter um controle que use os comutadores de derivação em carga dos transformadores conversores para auxiliar no controle das válvulas, otimizando o uso de potência reativa, bem como a margem do ângulo alfa e o nominal de gama.

Além dos controles convencionais, o sistema de controle deve possibilitar, no mínimo:

(a) A minimização do consumo de potência reativa das conversoras;

(b) O controle da frequência por meio da variação da corrente ou da potência ativa, no lado retificador, para fazer frente a perdas de geração ou a rejeição de carga no elo CC;

(c) A modulação da potência ativa para estabilização do sistema CA e para reduzir instabilidades angulares;

(d) O amortecimento de ressonâncias subsíncronas, devendo dispor de uma função SSDC (Subsynchronous Damping Controller);

(e) A redução temporária da potência ou da corrente para controlar contingências no sistema CA, a fim de evitar instabilidade de tensão e falhas de comutação no inversor, incluindo ações de runback a partir de eventos na rede de geração no lado da SE Xingu. A informação de abertura das linhas de transmissão em CA que partem das subestações conversoras deve ser processada pelo controle do bipolo, que definirá o limite máximo de injeção de potência suportável pela rede CA, de forma que a redução da potência ou da corrente usada para controlar contingências no sistema CA (run back limiter)seja efetiva;

(f) A eliminação do fenômeno de autoexcitação em geradores próximos as conversoras, por meio de ações de controle do montante de potência reativa advinda de seus filtros e da potência reativa injetada sobre as unidades geradoras em caso de reduções drásticas da potência transmitida pela linha CC.

(g) Identificar a possibilidade de injeção de potência das pontes conversoras, operando como inversores, sobre os filtros CA, em caso de isolamento do elo CC após abertura dos disjuntores de qualquer terminal da última linha CA, efetuando o bloqueio dos filtros imediatamente.

8.2.2 TEMPOS DE RESPOSTA

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Os tempos de resposta devem ser atendidos considerando as configurações de rede previstas no item 2.1, considerando a possibilidade de operação do elo CC com fluxo de potência nos dois sentidos.

(a) O erro do controle de potência não deve ser superior a 1,5%.

(b) O erro do controle de corrente não deve ser superior a 0,7%.

Em caso de recuperação após qualquer falta transitória, no lado CA, o elo CC deve recuperar a potência transmitida para o valor de 90% daquela transmitida antes da falta em, no máximo, 220 ms, sem posterior redução da potência. Durante o período de recuperação não deve ocorrer nenhuma falha de comutação. Estão incluídos nesse caso os religamentos com ou sem sucesso.

Em caso de faltas na linha CC, o sistema de controle deve restabelecer 90% da potência que era transmitida antes do defeito, em 150 ms , sem incluir o tempo de arco e de deionização.

Em caso de aplicação de degrau na corrente ou na potência, deve-se atender aos requisitos abaixo:

(a) Resposta da corrente CC ao degrau

Para operação em qualquer nível de potência, a corrente CC deve responder a um degrau de aumento ou de diminuição na ordem, atingindo 90% do valor final, sem redução posterior, da seguinte forma:

(a) Para um degrau aplicado à ordem de corrente inferior à margem de corrente do projeto, já considerando as tolerâncias e erros de medição da corrente, em até 30 ms;

(b) Para um degrau de 30% na ordem de corrente, em até 70 ms.

(b) Resposta da potência CC ao degrau

O controlador de potência CC deve ser ajustado de tal maneira que o sistema CC tenha as características de um sistema de corrente constante para defeitos nos sistemas CA, seguidos de oscilações amortecidas de tensão e de potência de baixa frequência na faixa de 0,2 a 2 Hz.

A resposta do controlador de potência para um degrau de aumento ou diminuição na ordem de potência de 50%, deve ser tal que, em até 150 ms, 90% do valor na nova ordem, sem redução posterior, seja atingida.

(a) Resposta da tensão CC

A resposta da tensão CC deve ser tal que para qualquer degrau de corrente, potência ou tensão CA, a tensão CC não seja superior a 830 kV.

8.2.3 INVERSÃO DO FLUXO DE POTÊNCIA NA LINHA CC

Os controles devem ser capazes de reverter o fluxo de potência do elo CC, que deve operar com qualquer potência entre a potência mínima e a capacidade de transmissão do elo CC estabelecida no item 5.4.2, assim como nas condições de sobrecarga estabelecidas no item 5.5.2.

8.2.4 LIMITADOR DE CORRENTE

O sistema de controle do elo CC deve ser provido de um limitador da ordem de corrente, dependente da tensão CC, para limitar transitoriamente a ordem de corrente no retificador durante abaixamento da tensão CC. Esse limitador deve ser dimensionado com base nos estudos de sistema.

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8.2.5 CONTROLE DE DESBALANÇO DOS POLOS

O controle de desbalanceamento dos polos pertencentes ao controle da estação conversora deve ser projetado para minimizar a corrente na linha do eletrodo.

A corrente de desbalanço entre polos da transmissão bipolar deve ser inferior a 1,5% da corrente nominal.

8.2.6 TELECOMUNICAÇÃO

Falhas do sistema de comunicações não devem causar operação incorreta do sistema de controle do elo CC. Caso ocorra falha da comunicação entre as estações, a transmissão de potência deve ser mantida no mesmo nível existente antes da falha.

Durante falha de telecomunicação entre as estações, deve ser possível partir, operar e parar manualmente o elo da sala de controle local de uma das estações. Nesse caso, a comunicação entre os operadores das estações conversoras é mantida por telefone ou por outro meio de comunicação.

8.2.7 CONFIABILIDADE DO SISTEMA DE CONTROLE.

Os sistemas de controle devem ser projetados para que, durante operação do elo CC, se mantenham com redundância integral, mesmo sob situações de testes ou reparos de um dos sistemas. Esta situação não poderá afetar o funcionamento dos sistemas de controle, nem reduzir a redundância de 100%. A perda de um dos dois sistemas de controle não deve causar distúrbio na potência transmitida nem a perda de um polo.

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9 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CORRENTE CONTÍNUA – LT-CC

A LT-CC em ±800 kV tem origem no pórtico da Subestação Xingu e término no pórtico da Subestação Terminal Rio. Foi estudado, de acordo com o Relatório R3, um corredor com 20 km de largura.

Na definição da diretriz preferencial do Bipolo 2 foi considerada uma distância mínima de 10 km em relação à diretriz da LT-CC ±800 kV Xingu – Estreito, do Bipolo 1. Essa distância mínima deverá ser observada na implantação da LT-CC ±800 kV Xingu – Terminal Rio.

Este afastamento mínimo de 10 km, também, deverá ser observado para as linhas troncais em 500 kV, tais como Interligação Norte – Sul e Norte – Nordeste.

Na impossibilidade de atendimento ao disposto nos dois parágrafos anteriores, a Transmissora deverá apresentar justificativas junto ao Projeto Básico Etapa de Concepção, para aprovação da ANEEL.

9.1 CARACTERÍSTICAS OPERATIVAS BÁSICAS

9.1.1 CAPACIDADE DE CORRENTE

A capacidade operativa de longa duração da LT-CC ±800 kV Xingú – Terminal Rio deve ser de pelo menos 2625 A por polo. A capacidade operativa de curta duração dessa LT-CC deve ser de pelo menos 3500 A por polo.

A capacidade de corrente de longa duração corresponde ao valor de corrente da linha de transmissão em condição normal de operação e deve atender às diretrizes fixadas pela norma técnica NBR 5422 da ABNT.

9.1.2 TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA

A tensão máxima operativa da linha de transmissão, para a classe de tensão correspondente está indicada na Tabela 9.1.

TABELA 9.1 – CLASSE DE TENSÃO E TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA DA LT-CC

Classe de tensão [kV CC]

Tensão máxima operativa [kV CC]

800 830

9.2 REQUISITOS ELÉTRICOS

9.2.1 FLECHA MÁXIMA DOS CONDUTORES

A linha de transmissão deve ser projetada de acordo com as prescrições da Norma Técnica NBR 5422, da ABNT, de forma a preservar, em sua operação, as distâncias de segurança nela estabelecidas.

A distância do condutor ao solo para uma corrente no pólo de 3500 A deve ser igual ou superior a 19,9 m, considerando a ocorrência simultânea das seguintes condições climáticas:

Temperatura máxima média da região;

Radiação solar máxima da região; e

Brisa mínima prevista para a região, desde que não superior a um metro por segundo.

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A linha de transmissão deve ser projetada de sorte a não apresentar óbices técnicos à instalação de monitoramento de distâncias de segurança, cuja implantação pode, a qualquer tempo, vir a ser solicitada pela ANEEL.

9.2.2 CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE DOS ACESSÓRIOS, CONEXÕES E DEMAIS COMPONENTES

Os acessórios, conexões e demais componentes que conduzem corrente devem ser dimensionados de forma a não criar restrição à operação da linha. Deverão ser atendidas, também, as prescrições das normas de dimensionamento e ensaios de ferragens eletrotécnicas de linhas de transmissão, em especial à norma NBR 7095 da ABNT, ou sua sucessora.

9.2.3 CABOS PARA-RAIOS

A LT deve dispor de pelo menos dois cabos para-raios. Pelo menos um dos cabos para-raios deve ser do tipo OPGW com características mecânicas e capacidade de corrente similares às de um cabo de aço 3/8” EAR e com quantidade mínima de 6 (seis) pares de fibras ópticas dedicadas exclusivamente à transmissão de sinais necessários à operação do bipolo. O outro cabo deve ter características mecânicas e capacidade de corrente iguais ou superiores ao do cabo tipo aço galvanizado EAR e bitola 3/8”.

9.2.4 PERDA JOULE NOS CABOS CONDUTORES

A resistência equivalente por unidade de comprimento do feixe de subcondutores que compõe um pólo da LT

deve ser igual ou inferior a 0,00672 /km, em corrente contínua, a 50ºC.

9.3 COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO

A TRANSMISSORA deverá comprovar por cálculo ou simulação que o dimensionamento dos espaçamentos elétricos das estruturas da família de estruturas da LT foi feito de forma a assegurar o atendimento dos requisitos abaixo.

9.3.1 ISOLAMENTO À TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA

Para dimensionar o isolamento da linha de transmissão para tensão máxima operativa, deve ser considerado o balanço da cadeia de isoladores sob ação de vento com período de retorno de, no mínimo, 50 (cinquenta) anos.

A distância de escoamento mínima da cadeia de isoladores deve ser determinada conforme norma IEC em vigor, considerando o nível de poluição da região de implantação da LT-CC, entretanto não poderá ser adotado pela TRANSMISSORA valor inferior a 30 mm/kV. A TRANSMISSORA deverá demonstrar que a distância de escoamento adotada propiciará um desempenho adequado da linha CC, considerando-se o nível de poluição atual e futuro, levando-se em conta nesta avaliação, inclusive, as referências internacionais disponíveis sobre o tema.

Deve ser garantida a distância de segurança entre qualquer condutor da linha e objetos situados na faixa de segurança, tanto para a condição sem vento quanto para a condição de balanço dos cabos e cadeias de isoladores devido à ação de vento com período de retorno de, no mínimo, 50 (cinquenta) anos. Na condição de balanço dos cabos e cadeias de isoladores devido à ação de vento, essa distância de segurança deve ser também garantida:

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Ao longo de toda a LT, independentemente do comprimento do vão, mesmo que para tanto a largura da faixa de segurança seja variável ao longo da LT, em função do comprimento do vão; e

Para qualquer topologia de terreno na faixa de segurança, especificamente quando há perfil lateral inclinado (em aclive).

9.3.2 ISOLAMENTO NA OCORRÊNCIA DE CURTO-CIRCUITO AO LONGO DA LT

Nas ocorrências de curto-circuito polo para a terra, ao longo da LT, o risco de falha de isolamento no outro polo para a terra (polo são-terra), devido a sobretensão, deve ser igual ou inferior a 10-3.

9.3.3 DESEMPENHO A DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

O número total de falhas de isolamento de um polo por descargas atmosféricas deve ser igual ou inferior a uma falha por 100 km por ano.

As estruturas deverão ser dimensionadas com pelo menos dois cabos para-raios, dispostos sobre os cabos condutores de forma que, para o terreno predominante da região, a probabilidade de falha de isolamento causado por descargas diretas nos cabos condutores seja igual ou inferior a 10–2 falhas por 100 km por ano.

9.3.4 EMISSÃO ELETROMAGNÉTICA

Os efeitos tratados nas alíneas (a) a (d) devem ser verificados à tensão máxima operativa da linha indicada na Tabela 9.1.

(a) Corona visual

A linha de transmissão, com cabos condutores e para-raios (considerando o fator de superfície correspondente a cabo envelhecido) e seus acessórios, bem como as ferragens das cadeias de isoladores, não deve apresentar corona visual em 90% do tempo para as condições atmosféricas predominantes na região atravessada pela LT.

(b) Rádio interferência

A mediana da distribuição da relação sinal/ruído no limite da faixa de segurança deve ser igual ou superior a 24 dB, para o período de um ano. O sinal adotado para o cálculo deve ser o nível mínimo de sinal na região atravessada pela LT, conforme resolução DENTEL ou sua sucessora, desde que não superior a 66 dB acima de 1 µV/metro a 1 MHz.

(c) Ruído audível

A mediana da distribuição do valor do ruído audível no limite da faixa de segurança deve ser igual ou inferior a 42 dBA, para tempo bom.

(d) Campo elétrico e corrente iônica

Devem ser atendidas as exigências da Resolução Normativa ANEEL nº 398 de 23 de março de 2010, revisada pela Resolução Normativa ANEEL nº 616 de 1 de julho de 2014).

Respeitar, como valor mínimo, os valores de altura mínima do condutor ao solo (19,9 metros) e largura de faixa (108 metros) utilizados no Relatório R2."

(e) Campo magnético

Devem ser atendidas as exigências da Resolução Normativa ANEEL nº 398 de 23 de março de 2010, revisada pela Resolução Normativa ANEEL nº 616 de 1 de julho de 2014).

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A TRANSMISSORA deverá cuidar para mitigar efeitos de interferência magnética sobre bússolas.

9.3.5 TRAVESSIA DE LINHAS DE TRANSMISSÃO EXISTENTES

A TRANSMISSORA deve evitar ao máximo o cruzamento sobre linhas de transmissão existentes. Caso o cruzamento seja inevitável, a TRANSMISSORA deve identificar esses casos, tanto nas entradas/saídas das subestações quanto ao longo do traçado das linhas de transmissão, e informar no Projeto Básico Etapa de Concepção as providências que serão tomadas no sentido de minimizar os riscos inerentes a esses cruzamentos, ficando a critério da ANEEL a aprovação dessas providências. Todos os cruzamentos desta LT-CC deverão ser realizados sobre as linhas existentes.

A TRANSMISSORA deverá relacionar no Projeto Básico Etapa de Concepção os cruzamentos da LT-CC em projeto com outra(s) LT(s) existente(s) da Rede Básica. Seguem, abaixo, as informações mínimas da(s) LT(s) em cruzamento a serem prestadas pelo agente:

Identificação com as SEs terminais do trecho em questão;

Tensão nominal;

Número de circuitos;e

Disposição das fases (horizontal, vertical, triangular etc)

9.4 REQUISITOS MECÂNICOS

9.4.1 CONFIABILIDADE

O projeto mecânico da linha de transmissão deve ser desenvolvido segundo a IEC 60.826 – International Electrotechnical Commission: Loading and Strength of Overhead Transmission Lines.

O nível de confiabilidade do projeto eletromecânico, expresso pelo período de retorno do vento extremo, deve ser compatível com um nível intermediário entre os níveis 2 e 3 preconizados na IEC 60826. Deve ser adotado período de retorno do vento igual ou superior a 250 anos.

9.4.2 PARÂMETROS DE VENTO

Para o projeto mecânico da linha de transmissão, os carregamentos oriundos da ação do vento em seus componentes físicos devem ser estabelecidos a partir da caracterização probabilística das velocidades de vento da região, com tratamento para fenômenos meteorológicos severos, tais como, sistemas frontais, tempestades, tornados, furacões etc.

Os parâmetros explicitados a seguir devem ser obtidos a partir de dados fornecidos por estações anemométricas selecionadas adequadamente para caracterizar a região atravessada pela linha de transmissão:

(a) Média e coeficiente de variação (em porcentagem) das séries de velocidades máximas anuais de vento a 10 m de altura, com tempos de integração da média de 3 (três) segundos (rajada) 10 (dez) minutos (vento médio).

(b) Velocidade máxima anual de vento a 10 m de altura, com período de retorno correspondente ao vento extremo, como definido no item 9.4.1, e tempos de integração para o cálculo da média de 3 (três) segundos e 10 (dez) minutos. Se o número de anos da série de dados de velocidade for pequeno, na estimativa da

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velocidade máxima anual deve ser adotado, no mínimo, um coeficiente de variação compatível com as séries mais longas de dados de velocidades de ventos medidas na região.

(c) Coeficiente de rajada para a velocidade do vento a 10 m de altura, referenciado ao tempo de integração da média de 10 (dez) minutos.

(d) Categoria do terreno adotada para o local das medições.

No tratamento das velocidades de vento, para fins de dimensionamento, deve ser considerada a categoria de terreno definida na IEC 60826 que melhor se ajuste à topologia do corredor da LT.

9.4.3 CARGAS MECÂNICAS SOBRE OS CABOS.

O cabo deve ser dimensionado para suportar três estados de tracionamento – básico, de tração normal e de referência – definidos a partir da combinação de condições climáticas e de envelhecimento do cabo como se segue.

(a) Estado básico

Para condições de temperatura mínima, a tração axial máxima deve ser limitada a 33% da tração de ruptura do cabo.

Para condições de vento com período de retorno de 50 anos, a tração axial máxima deve ser limitada a 50% da tração de ruptura do cabo.

Para condições de vento extremo, como definido no item 9.4.1, a tração axial máxima deve ser limitada a 70% da tração de ruptura do cabo.

(b) Estado de tração normal (EDS everyday stress)

O tracionamento médio dos cabos deve ser compatível com o desempenho mecânico no que diz respeito à fadiga ao longo da vida útil da linha de transmissão conforme abordado no item 9.4.4.

(c) Estado de referência

A distância mínima ao solo do condutor (clearance) deve ser verificada sem considerar a pressão de vento atuante.

9.4.4 FADIGA MECÂNICA DOS CABOS

Os dispositivos propostos para amortecer as vibrações eólicas devem ter sua eficiência e durabilidade avaliadas por ensaios que demonstrem sua capacidade de amortecer os diferentes tipos de vibrações eólicas e sua resistência à fadiga, sem perda de suas características de amortecimento e sem causar danos aos cabos.

É de inteira responsabilidade da TRANSMISSORA a elaboração de estudos, o desenvolvimento e a aplicação de sistema de amortecimento para prevenção de vibrações eólicas e efeitos relacionados com a fadiga dos cabos, de forma a garantir que estes não estejam sujeitos a danos ao longo da vida útil da linha de transmissão.

A solicitação aos cabos deve ser dimensionada de forma compatível com seu tipo e sua formação.

9.4.5 CARGAS MECÂNICAS SOBRE AS ESTRUTURAS

O projeto mecânico da linha de transmissão deve ser desenvolvido segundo a IEC 60826. Além das hipóteses previstas na IEC, é obrigatória a introdução de hipóteses de carregamento que reflitam tormentas elétricas.

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Devem ser previstas necessariamente as cargas a que as estruturas estarão submetidas nas condições mais desfavoráveis de montagem e manutenção, inclusive em linha viva.

Para o caso de uma linha de transmissão construída com estruturas metálicas em treliça, as cantoneiras de aço-carbono ou microligas laminadas a quente devem obedecer aos requisitos de segurança estabelecidos na Portaria nº 243 do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, publicada no Diário Oficial da União, de 17 de dezembro de 2002.

9.4.6 FUNDAÇÕES

No projeto das fundações, para atender o critério de coordenação de falha, as solicitações transmitidas pela estrutura às fundações devem ser majoradas pelo fator mínimo 1,10. Essas solicitações, calculadas a partir das cargas de projeto da estrutura, considerando suas condições particulares de aplicação – vão gravante, vão de vento, ângulo de deflexão, fim de linha e altura da estrutura – passam a ser consideradas cargas de projeto das fundações.

As fundações de cada estrutura devem ser projetadas estrutural e geotecnicamente de forma a adequar todos os esforços resultantes de cada estrutura às condições específicas do solo.

As propriedades físicas e mecânicas do solo devem ser determinadas de forma científica, de modo a retratar, com precisão, os parâmetros geomecânicos do solo. Tal determinação deve ser realizada a partir das seguintes etapas:

Estudo e análise fisiográfica preliminar do traçado da linha com a consequente elaboração do plano de investigação geotécnica;

Estabelecimento dos parâmetros geomecânicos a partir do reconhecimento do subsolo com a caracterização geológica e geotécnica do terreno, qualitativa e quantitativamente e

Parecer geotécnico com a elaboração de diretrizes técnicas e recomendações para o projeto.

No cálculo das fundações, devem ser considerados os aspectos regionais geomorfológicos que influenciem o estado do solo quanto aos aspectos de sensibilidade, expansibilidade e colapsividade, levando-se em conta a sazonalidade.

A definição do tipo de fundação, bem como o seu dimensionamento estrutural e geotécnico, deve considerar os limites de ruptura e deformabilidade para a capacidade de suporte do solo à compressão, ao arrancamento e aos esforços horizontais, valendo-se de métodos racionais de cálculo, incontestáveis e consagrados na engenharia geotécnica.

9.5 REQUISITOS ELETROMECÂNICOS

9.5.1 DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Os cabos para-raios de qualquer tipo e formação devem ter desempenho mecânico frente a descargas atmosféricas igual ou superior ao do cabo de aço galvanizado EAR de diâmetro 3/8″.

Todos os elementos sujeitos a descargas atmosféricas diretas da superestrutura de suporte dos cabos condutores e cabos para-raios, incluindo as armações flexíveis de estruturas tipo Cross-Rope, Trapézio ou Chainette, não devem sofrer redução da suportabilidade mecânica original após a ocorrência de descarga

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atmosférica. As cordoalhas de estruturas estaiadas monomastro ou V protegidas por cabos para-raios estão isentas deste requisito.

9.5.2 CORROSÃO ELETROLÍTICA

É de inteira responsabilidade da TRANSMISSORA a elaboração de estudos para prevenção dos efeitos relacionados à corrosão em elementos da linha de transmissão em contato com o solo, de forma a garantir a estabilidade estrutural dos suportes da linha e o bom funcionamento do sistema de aterramento ao longo da vida útil da mesma.

9.5.3 CORROSÃO AMBIENTAL

Todos os componentes da linha de transmissão devem ter sua classe de galvanização compatível com a agressividade do meio ambiente, particularmente em zonas litorâneas e industriais.

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10 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CORRENTE ALTERNADA

O desempenho sistêmico do conjunto formado pela linha CA e sua compensação reativa série e/ou paralela deve ser similar ao do conjunto considerado na configuração básica. Esse desempenho é caracterizado pelo resultado obtido em termos de fluxo de potência e resposta dinâmica em regime normal e nas situações de contingência apresentadas na documentação técnica relativa ao empreendimento, item 16 deste Anexo Técnico.

10.1 REQUISITOS GERAIS

A nova subestação ±800 kVCC/500 kVCA Terminal Rio estará integrada ao SIN por duas LTs em 500 kV para SE Adrianópolis; uma LT 500 kV para a SE Resende e outra LT 500 kV para a SE Cachoeira Paulista (resultantes dos seccionamentos das LTs Adrianópolis – Resende e Adrianópolis – Cachoeira Paulista) e duas novas LTs em circuitos simples de 500 kV para a SE Nova Iguaçu.

Não será aceita a implantação das LTs 500 kV Terminal Rio – Nova Iguaçu C1 e C2 em circuito duplo. A diretriz preferencial, constante no Relatório R3 16.3, para estas linhas intercepta a área da unidade do Exército DCMun. A TRANSMISSORA dispõe de um corredor com 10 km de largura e poderá, a seu critério, desviar da área militar.

Tendo em vista que, no caso dos seccionamentos, os novos trechos de linha virão a se constituir em extensão da linha existente, os mesmos deverão ter características elétricas e mecânicas e desempenho iguais ou superiores a da linha a ser seccionada.

A TRANSMISSORA deverá adotar nos novos trechos de linha os critérios e padrões de projeto e de construção da concessionária da linha.

10.2 REQUISITOS ELÉTRICOS

10.2.1 CAPACIDADE DE CORRENTE DO CONDUTOR

A(s) linha(s) ou trecho(s) de linha de transmissão deve(m) ter capacidades operativas de longa e de curta duração não inferiores aos valores indicados na Tabela 10-1.

TABELA 10-1 – CAPACIDADES OPERATIVAS DE LONGA E DE CURTA DURAÇÃO

Linha ou trecho(s) de linha de transmissão Longa duração (A) Curta duração (A)

LT 500 kV Terminal Rio – Seccionamento da LT Adrianópolis - Resende

2142 2699

LT 500 kV Terminal Rio – Seccionamento da LT Adrianópolis - Cachoeira Paulista

2142 2699

LT 500 kV Terminal Rio – Nova Iguaçu C1 e C2 4000 4760

A capacidade de corrente de longa duração corresponde ao valor de corrente da linha de transmissão em condição normal de operação e deve atender às diretrizes fixadas pela norma técnica NBR 5422 da ABNT. A capacidade de corrente de curta duração refere-se à condição de emergência estabelecida na norma técnica NBR 5422 da ABNT.

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10.2.2 CAPACIDADE DE CORRENTE DOS CABOS PARA-RAIOS

No dimensionamento dos cabos para-raios, deve ser adotada a corrente de curto-circuito indicada nas tabelas abaixo, conforme o caso:

(a) Corrente de curto-circuito fase-terra, na subestação terminal, para o dimensionamento dos novos cabos para-raios da linha de transmissão em projeto.

O dimensionamento dos cabos para-raios – seja no caso de nova linha de transmissão ou de novo(s) trecho(s) de linha originado(s) a partir de seccionamento de linha existente – deve adotar, como premissa, no mínimo, o(s) valor(es) de corrente de curto-circuito fase-terra indicado(s) na Tabela 10-2, a seguir. Esse(s) valor(es) de corrente está(ão) referido(s) ao nível de tensão do(s) barramento(s) da(s) subestação(ões) terminal(is).

TABELA 10-2 – CORRENTE(S) DE CURTO-CIRCUITO NA(S) SE(S) TERMINAL(IS) PARA O DIMENSIONAMENTO DOS CABOS PARA-RAIOS

DE NOVA LTA OU NOVO(S) TRECHO(S) DE LTA EM PROJETO

Linha ou trecho(s) de linha de transmissão

Subestação(ões) terminal(is)

Nível de tensão do barramento de referência

(kV)

Valor de corrente de curto-circuito fase-

terra (kA)

LT 500 kV Terminal Rio – Seccionamento da LT Adrianópolis - Resende

Terminal Rio e Adrianópolis

500 63

LT 500 kV Terminal Rio – Seccionamento da LT Adrianópolis - Resende

Resende 500 50

LT 500 kV Terminal Rio – Seccionamento da LT Adrianópolis - Cachoeira Paulista

Terminal Rio e Adrianópolis

500 63

LT 500 kV Terminal Rio – Seccionamento da LT Adrianópolis - Cachoeira Paulista

Cachoeira Paulista 500 50

LT 500 kV Terminal Rio – Nova Iguaçu C1 e C2 Nova Iguaçu 500 63

(b) Corrente de curto-circuito fase-terra, na subestação terminal, para a verificação dos cabos para-raios existentes da linha de transmissão a ser seccionada, se aplicável.

A TRANSMISSORA deverá verificar se os cabos para-raios existentes da linha a ser seccionada, nas proximidades do ponto de seccionamento, suportam, sem danos, a circulação de corrente quando da ocorrência de curto-circuito. Nessa verificação deverá ser adotado o valor da corrente de curto-circuito fase-terra, na nova subestação terminal, conforme indicado na Tabela 10-3 – Correntes de curto-circuito na nova SE terminal para a verificação e dimensionamento dos cabos para-raios existentes da LTA a ser seccionada (coluna verificação).

(c) Corrente de curto-circuito fase-terra, na subestação terminal, para o redimensionamento dos cabos para-raios existentes da linha de transmissão a ser seccionada, se aplicável.

Caso a verificação de capacidade de corrente, referida no item (b), constate a superação dos cabos para-raios existentes, o projeto básico deverá estudar e propor um novo arranjo de cabos

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para-raios que suporte, sem danos, a circulação de corrente quando da ocorrência de curto-circuito, de forma a garantir, ao menos, o desempenho original da LTA a ser seccionada. Nesse redimensionamento deverá ser adotado o valor da corrente de curto-circuito fase-terra, na nova subestação terminal, conforme indicado na Tabela 10-3 – Correntes de curto-circuito na nova SE terminal para a verificação e dimensionamento dos cabos para-raios existentes da LTA a ser seccionada(coluna dimensionamento).

TABELA 10-3 – CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO NA NOVA SE TERMINAL PARA A VERIFICAÇÃO E DIMENSIONAMENTO DOS CABOS

PARA-RAIOS EXISTENTES DA LTA A SER SECCIONADA

Linha de transmissão a ser seccionada

Nova subestação terminal

Nível de tensão do barramento de referência

Valor da corrente de curto-circuito fase-

terra (kA)

Verifica-ção

Dimensio-namento

LT 500 kV Terminal Rio – Seccionamento da LT Adrianópolis - Resende

Terminal Rio 500 kV 50 63

LT 500 kV Terminal Rio – Seccionamento da LT Adrianópolis - Resende

Adrianópolis 500 kV 50 63

LT 500 kV Terminal Rio – Seccionamento da LT Adrianópolis - Cachoeira Paulista

Terminal Rio 500 kV 50 63

LT 500 kV Terminal Rio – Seccionamento da LT Adrianópolis - Cachoeira Paulista

Adrianópolis 500 kV 50 63

10.2.3 APLICAÇÃO DE CABOS PARA-RAIOS COM FIBRA ÓTICA – OPGW

A aplicação de cabos para-raios com fibra ótica em linhas de transmissão deve ser feita com base nas seguintes regras:

(a) No caso de nova linha

As novas linhas de transmissão devem ser projetadas com pelo menos um cabo para-raios do tipo Optical Ground Wire – OPGW, com no mínimo 6 pares de fibra dedicadas exclusivamente à transmissão de sinais necessários à operação da LT e subestações terminais.

(b) No caso de linha existente, a ser seccionada, que já possui OPGW

Se a linha a ser seccionada já possuir OPGW, o(s) novo(s) trecho(s) de linha, originado(s) a partir do seccionamento da linha existente, deve(m) ter, também, OPGW com confiabilidade e capacidade de transmissão de dados iguais ou superiores ao do OPGW existente.

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(c) No caso de linha existente, a ser seccionada, que não possui OPGW

Se a linha a ser seccionada não possuir OPGW, a TRANSMISSORA deve dimensionar um arranjo de OPGWs para o menor trecho de linha que surge entre o ponto de seccionamento e as subestações terminais da linha existente. Esse arranjo de OPGWs deve ter confiabilidade e capacidade de transmissão de dados para suprir, ao menos, as necessidades operativas de comunicação, supervisão e proteção desse menor trecho de linha. O(s) novo(s) trecho(s) de linha, entre o ponto de seccionamento da linha existente e a nova subestação terminal, já deve(m) ser projetado(s) com OPGW.

10.2.4 PERDA JOULE NO CABO CONDUTOR

A resistência de sequência positiva por unidade de comprimento da linha ou trechos de linha de transmissão deve ser igual ou inferior à da configuração básica, conforme indicado na Tabela 10-.

TABELA 10-4 – RESISTÊNCIA DE SEQUÊNCIA POSITIVA DA LINHA POR UNIDADE DE COMPRIMENTO (Ω/KM)

Linha ou trecho(s) de linha de transmissão

Temperatura de referência

(°C)

Resistência de sequência positiva da linha por unidade

de comprimento (Ω/km)

LT 500 kV Terminal Rio – Seccionamento da LT Adrianópolis - Resende 50 0,0174

LT 500 kV Terminal Rio – Seccionamento da LT Adrianópolis - Cachoeira Paulista 50 0,0174

LT 500 kV Terminal Rio – Nova Iguaçu C1 e C2 50 0,0174

10.2.5 PERDA JOULE NOS CABOS PARA-RAIOS

A perda Joule nos cabos para-raios deve ser inferior a 5% das perdas no cabo condutor para qualquer condição de operação.

10.2.6 DEFINIÇÃO DA FLECHA MÁXIMA DO CONDUTOR

As linhas de transmissão devem ser projetadas de acordo com as prescrições da Norma Técnica NBR 5422, da ABNT, de forma a preservar, em sua operação, as distâncias de segurança nela estabelecidas. Devem ser previstas a circulação das capacidades de longa e de curta duração na linha de transmissão e a ocorrência simultânea das seguintes condições climáticas:

(a) Temperatura máxima média da região.

(b) Radiação solar máxima da região.

(c) Brisa mínima prevista para a região, desde que não superior a um metro por segundo.

Na operação em regime de longa duração, as distâncias do condutor ao solo ou aos obstáculos devem ser iguais ou superiores às distâncias de segurança (mínimas) em condições normais de operação estabelecidas na Norma Técnica NBR 5422 da ABNT ou sua sucessora.

Na operação em regime de curta duração, as distâncias do condutor ao solo ou aos obstáculos devem ser iguais ou superiores às distâncias de segurança (mínimas) em condições de emergência estabelecidas na Norma Técnica NBR 5422 da ABNT ou sua sucessora. As linhas de transmissão para cuja classe de tensão essa norma não estabeleça valores de distâncias de segurança devem ser projetadas segundo as prescrições contidas no NESC, em sua edição de 2002.

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Em condições climáticas comprovadamente mais favoráveis do que as estabelecidas acima, a linha de transmissão pode ser solicitada a operar com carregamento superior à capacidade de longa ou curta duração, desde que as distâncias de segurança, conforme definidas nos itens acima, sejam respeitadas.

As linhas de transmissão devem ser projetadas de sorte a não apresentar óbices técnicos à instalação de monitoramento de distâncias de segurança, uma vez que, a qualquer tempo, pode vir a ser solicitada pela ANEEL a sua implantação.

Nas travessias aéreas de rios navegáveis a TRANSMISSORA deve considerar, no cálculo do espaçamento condutor - espelho d´água, o maior mastro de embarcação previsto para o rio em questão, informado oficialmente pela capitania dos portos, e a cota da cheia máxima do rio no ponto de travessia.

Os anteprojetos das grandes travessias de rio devem fazer parte do projeto básico com, no mínimo, as seguintes informações:

(a) Desenho da travessia incluindo: perfil do terreno, estruturas de travessia (tipo, altura nominal e locação no perfil), comprimento do vão, catenárias dos cabos condutor e para-raios, espaçamentos entre cabos e condutor - espelho d’água, altura do mastro, cota da cheia máxima, temperatura de referência do cabo condutor, detalhes da cadeia de isoladores.

(b) Relatório técnico contendo: premissas adotadas, dados dos cabos e estruturas e cálculo do espaçamento condutor - espelho d’água.

10.2.7 DEFINIÇÃO DA CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE DOS ACESSÓRIOS, CONEXÕES E DEMAIS

COMPONENTES

Os acessórios, conexões e demais componentes que conduzem corrente devem ser dimensionados de forma a não criar restrição à operação da linha, incluindo as condições climáticas comprovadamente mais favoráveis referidas no item 10.2.6. Deverão ser atendidas, também, as prescrições das normas de dimensionamento e ensaios de ferragens eletrotécnicas de linhas de transmissão, em especial à norma NBR 7095 da ABNT, ou sua sucessora.

10.2.8 DESEQUILÍBRIO

As linhas de transmissão de comprimento superior a 100 km devem ser transpostas com um ciclo completo de transposição, de preferência com trechos de 1/6, 1/3, 1/3 e 1/6 do comprimento total.

Caso a linha não seja transposta, o desequilíbrio de tensão de sequência negativa e zero deve estar limitado a 1,5% em vazio e a plena carga.

Linhas de transmissão em paralelo na mesma faixa ou em faixas contíguas ou linhas de circuito duplo, que necessitem ser transpostas, devem ter os ciclos de transposição com sentidos opostos.

Nos casos de seccionamento de linha existente para conexão de nova subestação, a TRANSMISSORA deverá calcular os desequilíbrios de tensão de sequência negativa e zero, em vazio e a plena carga, na da nova subestação. Caso os desequilíbrios de tensão calculados fiquem acima de 1,5%, a TRANSMISSORA deverá propor, no projeto básico, solução para adequar a instalação, visando o atendimento deste requisito. Se necessário, a ANEEL definirá o responsável pela implantação dessa solução mediante Resolução Autorizativa.

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10.2.9 TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA

A tensão máxima operativa da linha de transmissão para a classe de tensão correspondente está indicada na Tabela a seguir.

TABELA 10-5 - TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA

Classe de tensão [kV] Tensão máxima operativa [kV]

69 72,5

88 92,4

138 145

230 242

345 362

440 460

500 550

525 550

765 800

10.2.10 COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO

A TRANSMISSORA deverá comprovar por cálculo ou simulação que o dimensionamento dos espaçamentos elétricos das estruturas da família de estruturas da linha de transmissão foi feito de forma a assegurar o atendimento dos requisitos abaixo.

(a) Isolamento à tensão máxima operativa

Para dimensionar o isolamento da linha de transmissão para tensão máxima operativa deve ser considerado o balanço da cadeia de isoladores sob ação de vento com período de retorno de, no mínimo, 30 (trinta) anos.

A distância de escoamento mínima da cadeia de isoladores deve ser determinada conforme a norma IEC 60815, considerando o nível de poluição da região de implantação da LTA. Caso o nível de poluição da região seja classificado como inferior ao nível I – leve, a distância específica de escoamento deverá ser igual ou superior a 14 mm/kV eficaz fase-fase.

Deve ser garantida a distância de segurança entre qualquer condutor da linha e objetos situados na faixa de segurança, tanto para a condição sem vento quanto para a condição de balanço dos cabos e cadeias de isoladores devido à ação de vento com período de retorno de, no mínimo, 50 (cinquenta) anos. Na condição de balanço dos cabos e cadeias de isoladores devido à ação de vento, essa distância de segurança deve ser também garantida:

Ao longo de toda a LTA, independentemente do comprimento do vão, mesmo que para tanto a largura da faixa de segurança seja variável ao longo da LTA, em função do comprimento do vão.

Para qualquer topologia de terreno na faixa de segurança, especificamente quando há perfil lateral inclinado (em aclive).

(b) Isolamento para manobras

A sobretensão adotada no dimensionamento dos espaçamentos elétricos das estruturas deverá ser, no mínimo, igual à maior das sobretensões indicadas nos estudos de transitórios eletromagnéticos.

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Os riscos de falha (fase-terra e fase-fase) em manobras de energização e religamento devem ser limitados aos valores constantes da Tabela 10-6.

Tabela 10-6 – Risco máximo de falha por circuito em manobras de energização e religamento

Manobra Risco de falha (adimensional)

Fase-terra Fase-fase

Energização 10 – 3 10 – 4

Religamento 10 – 2 10 – 3

(c) Desempenho a descargas atmosféricas

O número total de desligamentos por descargas atmosféricas da linha de transmissão, para a configuração de cabos para-raios adotada, deve ser inferior ou, no máximo, igual àqueles indicados na Tabela 10-7:

Tabela 10-7 – Número mínimo de cabos para-raios por estrutura e desempenho da LTA frente a descargas atmosféricas

Classe de tensão [kV]

Número mínimo de cabos para-raios por estrutura

Desligamentos de um circuito por 100 km por ano

Devido a falha de blindagem

Total

≥ 345 2 ≤10-2 ≤1

230 2 ≤10-2 ≤2

10.2.11 EMISSÃO ELETROMAGNÉTICA

Os efeitos tratados nas alíneas (a) a (c) devem ser verificados à tensão máxima operativa da linha indicada na Tabela 2.2.3.7.1.

a) Corona visual

A linha de transmissão, com seus cabos e acessórios, bem como as ferragens das cadeias de isoladores, não deve apresentar corona visual em 90% do tempo para as condições atmosféricas predominantes na região atravessada pela linha de transmissão.

b) Rádio interferência

A relação sinal/ruído no limite da faixa de segurança deve ser, no mínimo, igual a 24 dB, para 50% do período de um ano. O sinal adotado para o cálculo deve ser o nível mínimo de sinal na região atravessada pela linha de transmissão, conforme norma DENTEL ou sua sucessora.

c) Ruído audível

O ruído audível no limite da faixa de segurança deve ser, no máximo, igual a 58 dBA em qualquer uma das seguintes condições não simultâneas: durante chuva fina (0,00148 mm/min); durante névoa de 4 (quatro) horas de duração; ou durante os primeiros 15 (quinze) minutos após a ocorrência de chuva.

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d) Campo elétrico

Devem ser atendidas as exigências da Resolução Normativa ANEEL nº 398 de 23 de março de 2010, revisada pela Resolução Normativa ANEEL nº 616 de 1 de julho de 2014).

e) Campo magnético

Devem ser atendidas as exigências da Resolução Normativa ANEEL nº 398 de 23 de março de 2010, revisada pela Resolução Normativa ANEEL nº 616 de 1 de julho de 2014).

10.2.12 TRAVESSIA DE LINHAS DE TRANSMISSÃO EXISTENTES

A TRANSMISORA deve evitar ao máximo o cruzamento sobre linhas de transmissão existentes. Caso o cruzamento seja inevitável, a TRANSMISSORA deve identificar esses casos, tanto nas entradas/saídas das subestações quanto ao longo do traçado das LTA, e informar no projeto básico as providências que serão tomadas no sentido de minimizar os riscos inerentes a esses cruzamentos, ficando a critério da ANEEL a aprovação dessas providências.

A TRANSMISSORA deverá relacionar no projeto básico os cruzamentos da LTA em projeto com outra(s) LTA existente(s) da Rede Básica. Seguem, abaixo, as informações mínimas da(s) LTA em cruzamento a serem prestadas pelo agente:

(a) Identificação com as SEs terminais do trecho em questão.

(b) Tensão nominal.

(c) Número de circuitos.

(d) Disposição das fases (horizontal, vertical, triangular etc).

Nos casos relacionados a seguir, de cruzamento da LTA em projeto com outra(s) LTA da Rede Básica, a LTA em projeto deverá cruzar necessariamente sob a(s) existente(s):

(a) Quando um circuito simples (em projeto) cruzar, num mesmo vão de travessia, mais de um circuito de LTA existente com tensão igual ou superior à de projeto.

(b) Quando a tensão nominal da LTA em projeto for menor que a da LTA existente.

10.3 REQUISITOS MECÂNICOS

10.3.1 CONFIABILIDADE

O projeto mecânico da linha de transmissão deve ser desenvolvido segundo a IEC 60.826 – International Electrotechnical Commission: Loading and Strength of Overhead Transmission Lines.

O nível de confiabilidade do projeto eletromecânico, expresso pelo período de retorno do vento extremo, deve ser compatível com um nível intermediário entre os níveis 2 e 3 preconizados na IEC 60826. Deve ser adotado período de retorno do vento igual ou superior a 250 anos para linha de transmissão de tensão nominal superior a 230 kV. Deve ser adotado período de retorno do vento igual ou superior a 150 anos para linha de transmissão de tensão nominal igual ou inferior a 230 kV.

10.3.2 PARÂMETROS DE VENTO

Para o projeto mecânico de uma linha de transmissão, os carregamentos oriundos da ação do vento nos componentes físicos da linha de transmissão devem ser estabelecidos a partir da caracterização probabilística

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das velocidades de vento da região, com tratamento para fenômenos meteorológicos severos, tais como, sistemas frontais, tempestades, tornados, furacões etc.

Os parâmetros explicitados a seguir devem ser obtidos a partir de dados fornecidos por estações anemométricas selecionadas adequadamente para caracterizar a região atravessada pela linha de transmissão:

(a) Média e coeficiente de variação (em porcentagem) das séries de velocidades máximas anuais de vento a 10 m de altura, com tempos de integração da média de 3 (três) segundos (rajada) 10 (dez) minutos (vento médio).

(b) Velocidade máxima anual de vento a 10 m de altura, com período de retorno correspondente ao vento extremo, como definido no item 10.3.1, e tempos de integração para o cálculo da média de 3 (três) segundos e 10 (dez) minutos. Se o número de anos da série de dados de velocidade for pequeno, na estimativa da velocidade máxima anual deve ser adotado, no mínimo, um coeficiente de variação compatível com as séries mais longas de dados de velocidades de ventos medidas na região.

(c) Coeficiente de rajada para a velocidade do vento a 10 m de altura, referenciado ao tempo de integração da média de 10 (dez) minutos.

(d) Categoria do terreno adotada para o local das medições.

No tratamento das velocidades de vento, para fins de dimensionamento, deve ser considerada a categoria de terreno definida na IEC 60826 que melhor se ajuste à topologia do corredor da LTA.

10.3.3 CARGAS MECÂNICAS SOBRE OS CABOS.

O cabo deve ser dimensionado para suportar três estados de tracionamento – básico, de tração normal e de referência – definidos a partir da combinação de condições climáticas e de envelhecimento do cabo como se segue.

(a) Estado básico

Para condições de temperatura mínima, a tração axial máxima deve ser limitada a 33% da tração de ruptura do cabo.

Para condições de vento com período de retorno de 50 anos, a tração axial máxima deve ser limitada a 50% da tração de ruptura do cabo.

Para condições de vento extremo, como definido no item 10.3.2, a tração axial máxima deve ser limitada a 70% da tração de ruptura do cabo.

(b) Estado de tração normal (EDS everyday stress)

No assentamento final, à temperatura média, sem vento, o nível de tracionamento médio dos cabos deve atender ao indicado na norma NBR 5422. Além disso, o tracionamento médio dos cabos deve ser compatível com o desempenho mecânico no que diz respeito à fadiga ao longo da vida útil da linha de transmissão conforme será abordado no item 10.3.4.

(c) Estado de referência

A distância mínima ao solo do condutor (clearance) deve ser verificada sem considerar a pressão de vento atuante.

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10.3.4 FADIGA MECÂNICA DOS CABOS

Os dispositivos propostos para amortecer as vibrações eólicas devem ter sua eficiência e durabilidade avaliadas por ensaios que demonstrem sua capacidade de amortecer os diferentes tipos de vibrações eólicas e sua resistência à fadiga, sem perda de suas características de amortecimento e sem causar danos aos cabos.

É de inteira responsabilidade da TRANSMISSORA a elaboração de estudos, o desenvolvimento e a aplicação de sistema de amortecimento para prevenção de vibrações eólicas e efeitos relacionados com a fadiga dos cabos, de forma a garantir que estes não estejam sujeitos a danos ao longo da vida útil da linha de transmissão.

A solicitação aos cabos deve ser dimensionada de forma compatível com seu tipo e sua formação.

10.3.5 CARGAS MECÂNICAS SOBRE AS ESTRUTURAS

O projeto mecânico de uma linha de transmissão deve ser desenvolvido segundo a IEC 60826. Além das hipóteses previstas na IEC, é obrigatória a introdução de hipóteses de carregamento que reflitam tormentas elétricas. Devem ser previstas necessariamente as cargas a que as estruturas estarão submetidas nas condições mais desfavoráveis de montagem e manutenção, inclusive em linha viva.

Para o caso de uma linha de transmissão construída com estruturas metálicas em treliça, as cantoneiras de aço-carbono ou microligas laminadas a quente devem obedecer aos requisitos de segurança estabelecidos na Portaria nº 178 do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, de 18 de julho de 2006.

10.3.6 FUNDAÇÕES

No projeto das fundações, para atender o critério de coordenação de falha, as solicitações transmitidas pela estrutura às fundações devem ser majoradas pelo fator mínimo 1,10. Essas solicitações, calculadas a partir das cargas de projeto da estrutura, considerando suas condições particulares de aplicação – vão gravante, vão de vento, ângulo de deflexão, fim de linha e altura da estrutura – passam a ser consideradas cargas de projeto das fundações.

As fundações de cada estrutura devem ser projetadas estrutural e geotecnicamente de forma a adequar todos os esforços resultantes de cada estrutura às condições específicas do solo.

As propriedades físicas e mecânicas do solo devem ser determinadas de forma científica, de modo a retratar, com precisão, os parâmetros geomecânicos do solo. Tal determinação deve ser realizada a partir das seguintes etapas:

Estudo e análise fisiográfica preliminar do traçado da linha com a consequente elaboração do plano de investigação geotécnica.

Estabelecimento dos parâmetros geomecânicos a partir do reconhecimento do subsolo com a caracterização geológica e geotécnica do terreno, qualitativa e quantitativamente.

Parecer geotécnico com a elaboração de diretrizes técnicas e recomendações para o projeto.

No cálculo das fundações, devem ser considerados os aspectos regionais geomorfológicos que influenciem o estado do solo, seja no aspecto de sensibilidade, de expansibilidade e colapsividade, levando-se em conta a sazonalidade.

A definição do tipo de fundação, bem como o seu dimensionamento estrutural e geotécnico, deve considerar os limites de ruptura e deformabilidade para a capacidade de suporte do solo à compressão, ao arrancamento e aos esforços horizontais, valendo-se de métodos racionais de cálculo, incontestáveis e consagrados na engenharia geotécnica.

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10.4 REQUISITOS ELETROMECÂNICOS

10.4.1 DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Os cabos para-raios de qualquer tipo e formação devem ter desempenho mecânico frente a descargas atmosféricas igual ou superior ao do cabo de aço galvanizado EAR de diâmetro 3/8″.

Todos os elementos sujeitos a descargas atmosféricas diretas da superestrutura de suporte dos cabos condutores e cabos para-raios, incluindo as armações flexíveis de estruturas tipo Cross-Rope, Trapézio ou Chainette, não devem sofrer redução da suportabilidade mecânica original após a ocorrência de descarga atmosférica. As cordoalhas de estruturas estaiadas monomastro ou V protegidas por cabos para-raios estão isentas deste requisito.

10.4.2 CORROSÃO ELETROLÍTICA

É de inteira responsabilidade da TRANSMISSORA a elaboração de estudos para prevenção dos efeitos relacionados à corrosão em elementos da linha de transmissão em contato com o solo, de forma a garantir a estabilidade estrutural dos suportes da linha de transmissão e o bom funcionamento do sistema de aterramento ao longo da vida útil da mesma.

10.4.3 CORROSÃO AMBIENTAL

Todos os componentes da linha de transmissão devem ter sua classe de galvanização compatível com a agressividade do meio ambiente, particularmente em zonas litorâneas e industriais.

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11 SISTEMAS DE PROTEÇÃO

11.1 DEFINIÇÕES BÁSICAS

Componente do sistema de potência ou componente: é todo equipamento ou instalação delimitado por um ou mais disjuntores.

Sistema: quando aplicado à proteção, à supervisão e controle ou a telecomunicações, significa o conjunto de equipamentos e funções requeridas e necessárias para seu desempenho adequado na operação da instalação e da rede básica.

Sistema de proteção: conjunto de equipamentos e acessórios destinados a realizar a proteção em caso de falhas elétricas, tais como curtos-circuitos, e de outras condições anormais de operação dos componentes de um sistema elétrico.

Proteção unitária ou restrita: destina-se a detectar e eliminar, seletivamente e sem retardo de tempo intencional, falhas que ocorram apenas no componente protegido. São exemplos os esquemas com comunicação direta relé a relé, os esquemas de teleproteção, as proteções diferenciais, os esquemas de comparação de fase etc.

Proteção gradativa ou irrestrita: destina-se a detectar e eliminar falhas que ocorram no componente protegido e a fornecer proteção adicional para os componentes adjacentes. Em sua aplicação como proteção de retaguarda, sua atuação é coordenada com a atuação das proteções dos equipamentos adjacentes por meio de retardo de tempo intencional. São exemplos as proteções de sobrecorrente e as proteções de distância.

Proteção de retaguarda: destina-se a atuar quando da eventual falha de outro sistema de proteção. Quando esse sistema está instalado no mesmo local do sistema de proteção a ser coberto, trata-se de retaguarda local; quando está instalado em local diferente daquele onde está o sistema de proteção a ser coberto, trata-se de retaguarda remota.

Proteção principal: esquema de proteção composto por um sistema de proteção unitária ou restrita e um sistema de proteção gradativa ou irrestrita.

Proteção alternada: esquema composto por um sistema de proteção unitária ou restrita e por um sistema de proteção gradativa ou irrestrita, funcionalmente idêntico à proteção principal e completamente independente desta.

Proteção intrínseca: conjunto de dispositivos de proteção normalmente integrados aos equipamentos, tais como relés de gás, válvulas de alívio de pressão, sensores de temperatura, sensores de nível etc.

SIR: relação entre a impedância de fonte e a impedância da linha de transmissão (SIR), é definida por meio da divisão da impedância da fonte atrás do ponto de aplicação de um relé pela impedância total da linha de transmissão protegida:

SIR = ZS / ZL

Onde, ZS = Impedância da Fonte e ZL = Impedância da linha de transmissão.

Comprimento relativo de linha de transmissão: determinado em função do SIR e utilizado para a seleção do tipo de proteção mais indicado. No âmbito do presente ANEXO, as linhas de transmissão classificam-se como:

Linhas de transmissão curtas, as que apresentam SIR > 4;

Linhas de transmissão longas, as que apresentam SIR ≤ 0,5.

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11.2 REQUISITOS GERAIS PARA PROTEÇÃO, REGISTRADORES DE PERTURBAÇÕES E

TELECOMUNICAÇÕES

Atender ao Procedimento de Rede, Submódulo 2.6, Revisão 2.0, item 5.1.

11.3 REQUISITOS TÉCNICOS DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO - ASPECTOS GERAIS

Atender ao Procedimento de Rede, Submódulo 2.6, Revisão 2.0,item 6.1.

11.4 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE LINHA DE TRANSMISSÃO – GERAL

Atender ao Procedimento de Rede, Submódulo 2.6, Revisão 2.0, item 6.2.1.

11.5 ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO DOS TERMINAIS DA LINHA DE TRANSMISSÃO

Atender ao Procedimento de Rede, Submódulo 2.6, Revisão 2.0, item 6.2.2.

11.6 LINHAS DE TRANSMISSÃO COM TENSÃO NOMINAL IGUAL OU SUPERIOR A 345KV

Atender ao Procedimento de Rede, Submódulo 2.6, Revisão 2.0, item 6.2.3.

11.7 ESQUEMA DE RELIGAMENTO AUTOMÁTICO

Atender ao Procedimento de Rede, Submódulo 2.6, Revisão 2.0, item 6.2.5.

11.8 REQUISITOS PARA VERIFICAÇÃO DE SINCRONISMO MANUAL.

Atender ao Procedimento de Rede, Submódulo 2.6, Revisão 2.0, item 6.2.6.

11.9 TRANSFORMADORES OU AUTOTRANSFORMADORES

Atender ao Procedimento de Rede, Submódulo 2.6, Revisão 2.0, item 6.3.

11.10 TRANSFORMADORES CUJO MAIS ALTO NÍVEL DE TENSÃO NOMINAL É IGUAL OU SUPERIOR A 345 KV

Atender ao Procedimento de Rede, Submódulo 2.6, Revisão 2.0, item 6.3.1.

11.11 BANCOS DE FILTROS

O trecho entre o barramento principal e o barramento do banco de filtros deve ser protegido por proteção instantânea.

A proteção de cada sub-banco deve ser capaz de eliminar qualquer defeito a jusante do disjuntor do respectivo sub-banco mediante a abertura deste disjuntor.

O sistema de proteção de filtros deverá operar para qualquer tipo de faltas no interior do mesmo, inclusive para queima de unidades capacitivas.

Os filtros devem ser protegidos por dois sistemas de proteção independentes: principal e alternada.

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O tempo total de eliminação de faltas no trecho entre o barramento e o filtro, – incluindo o tempo de operação dos relés de proteção, dos relés auxiliares e o tempo de abertura do disjuntor –, não deve exceder a 100 ms.

Os sistemas de proteção dos filtros devem ter as seguintes funções de proteção:

(a) Perda de sintonia dos filtros;

(b) Proteção contra sobretensão nas unidades capacitivas remanescentes causadas pela falha de um ou mais elementos capacitivos associados (Desbalanço);

(c) Proteção contra sobrecarga térmica e dielétrica nos elementos individuais dos filtros;

(d) Proteção para falhas à terra.

(e) Sobrecorrente dos para-raios.

(f) Proteção intrínseca (de acordo com a recomendação de seu fabricante).

11.12 SISTEMAS DE PROTEÇÃO DE ELOS DE CORRENTE CONTÍNUA

Faltas elétricas, falhas ou operações anormais que possam submeter os equipamentos a danos devem ser detectadas, e os equipamentos com defeito, falha, ou sobrecarregados devem ser retirados de operação ou ter suas sobrecargas controladas.

Se ocorrerem faltas elétricas, falhas ou operações anormais, pelo menos duas proteções devem operar.

Cada proteção deve ter seu caminho de atuação duplicado.

As proteções devem ter zonas de superposição. Para cada caso de falha, deve haver atuação de uma proteção unitária ou restrita, de alcance limitado, e de uma proteção de retaguarda lenta ou menos sensível. Para os casos em que a filosofia de proteção unitária e retaguarda não puder ser aplicada, a proteção deve ser duplicada.

A proteção do lado CC deve ser coordenada com as proteções do lado CA.

Deve ser possível testar as proteções, durante a operação normal, sem afetar a transmissão do elo CC.

Para os casos de polo formado por dois ou mais conversores em série, as proteções de conversor devem desligar apenas o conversor defeituoso e manter os demais em operação normal.

Em caso de falha total de telecomunicação entre estações conversoras, as proteções devem garantir que o conversor ou polo continue protegido contra falhas.

As proteções da estação conversora e as proteções entre estações conversoras devem ser coordenadas para eliminação de possível defeito com o mínimo de desligamento.

A proteção de linha CC deve ser ativa apenas no terminal retificador e permitir de 1 até 4 religamentos, sendo 3 com tensão plena e o último com tensão reduzida (70% da tensão nominal). Deve permitir qualquer combinação do número de religamentos com tensão plena, isto é 1 plena com 1 reduzida, 2 plenas com 1 reduzida ou 3 plenas com 1 reduzida. O último religamento deve ser efetivado sempre com tensão reduzida. Essa proteção não deve operar para falha de comutação na inversora.

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EDITAL DE LEILÃO NO007/2015-ANEEL ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

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11.13 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE BARRAMENTOS COM TENSÃO NOMINAL IGUAL OU SUPERIOR A 138 KV

Atender ao Procedimento de Rede, Submódulo 2.6, Revisão 2.0, item 6.5.

11.14 SISTEMA DE PROTEÇÃO PARA FALHA DE DISJUNTOR COM TENSÃO NOMINAL IGUAL OU SUPERIOR A

138 KV

Atender ao Procedimento de Rede, Submódulo 2.6, Revisão 2.0, item 6.6.

11.15 SISTEMAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO

O Sistema Especial de Proteção - SEP, a ser definido nos estudos pré-operacionais do ONS, deve ser implementado por Relés IED (Intelligent Eletronic Device), Controladores Lógicos Programáveis (CLP), ou dispositivos específicos para processar emergências envolvendo o Sistema Interligado Nacional.

Deve ser previsto um SEP para cada subestação.

Os Relés IED, os CLPs e os dispositivos específicos devem ser funcionalmente independentes dos demais equipamentos do sistema de Proteção, Controle e Supervisão (SPCS) no que diz respeito ao desempenho das suas funções. Estas unidades devem estar conectadas ao sistema supervisório das subestações e dos Centros de Operação, somente para enviar informações pertinentes à atuação do SEP.

As especificações descritas a seguir deverão ser previstas para a implantação do SEP e devem ser rigidamente observadas pela TRANSMISSORA.

(a) Os Relés IEDs devem:

Possuir porta de comunicação com protocolos compatíveis com o sistema supervisório da subestação onde será implantado o SEP;

Possuir portas de comunicação com protocolos compatíveis para conexão com outros Relés IEDs (locais e/ou remotos) inerentes ao SEP, e dedicadas à função;

Possuir no mínimo 16 saídas digitais (desligamentos e alarmes) e 32 entradas digitais;

Possuir 4 entradas analógicas para corrente e 4 entradas analógicas de tensão;

Possuir as funções Direcional de Potência (F.32), Subtenção (F.27), Sobretensão (F.59), Frequência (F.81), Sobrecorrente (F.50/51) e Subcorrente (F.37). Todas estas funções devem possuir parâmetros para atuações temporizadas e instantâneas;

Apresentar tempo total de atuação menor ou igual a 200 ms, compreendidos entre a identificação da contigência e a tomada de ação, incluindo o tempo de abertura dos disjuntores.

(b) Os CLPs devem:

Possuir porta de comunicação com protocolos compatíveis com o sistema supervisório da subestação onde será implantado o SEP;

Possuir portas de comunicação com protocolos compatíveis para conexão com outros CLPs (locais e/ou remotos) inerentes ao SEP, e dedicadas à função;

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EDITAL DE LEILÃO NO007/2015-ANEEL ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

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Possuir portas de comunicação para conexão com Multimedidores inerentes ao SEP;

Possuir no mínimo 16 saídas digitais (desligamentos e alarmes) e 32 entradas digitais;

Possuir no mínimo 4 entradas analógicas para corrente e 4 entradas analógicas de tensão;

Apresentar tempo total de atuação menor ou igual a 200 ms, compreendidos entre a identificação da contingência e a tomada de ação, incluindo o tempo de abertura dos disjuntores.

(c) Os dispositivos específicos devem:

Ser capazes de atender as necessidades definidas nos estudos pré-operacionais com os requisitos mencionados para os IEDs e CLPs relatados anteriormente.

A TRANSMISSORA deverá incluir no escopo do seu fornecimento os equipamentos do SEP, cuja instalação será determinada pelo ONS, quando necessária, ao longo do período de concessão. Se o empreendimento em questão estiver em área com SEP em operação, a TRANSMISSORA deverá comprovar a compatibilização do SEP a ser implantado com o existente.

.

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EDITAL DE LEILÃO NO007/2015-ANEEL ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

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12 SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE

12.1 INTRODUÇÃO

Este item descreve os requisitos de supervisão e controle que devem ser implantados para que seja assegurada a plena integração da supervisão e controle dos novos equipamentos à supervisão dos equipamentos existentes, garantindo-se, com isto, uma operação segura e com qualidade do sistema elétrico interligado. Assim, são de responsabilidade do agente a aquisição e instalação de todos os equipamentos, softwares e serviços necessários para a implementação dos requisitos especificados neste item e para a implementação dos recursos de telecomunicações, cujos requisitos são descritos em item à parte.

Os requisitos de supervisão e controle são divididos em:

Requisitos gerais de supervisão e controle dos agentes, detalhados em requisitos gerais, interligação de dados e, recursos de supervisão e controle dos agentes.

Requisitos para a supervisão e controle de equipamentos pertencentes à rede de operação, divididos em interligação de dados, informações requeridas para a supervisão do sistema elétrico, informações e telecomandos requeridos para o Controle Automático de Geração (CAG), requisitos de qualidade de informação e, parametrizações.

Requisitos para o sequenciamento de eventos (SOE), divididos em informações requeridas para o sequenciamento de eventos e, requisitos de qualidade dos eventos.

Requisitos de supervisão do agente proprietário de instalações (subestações) compartilhadas da rede de operação.

Avaliação da disponibilidade e da qualidade dos recursos de supervisão e controle.

Requisitos de atualização das bases de dados dos SISTEMAS de supervisão e controle do ONS.

12.2 REQUISITOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES

12.2.1 REQUISITOS GERAIS

Atender item 6.1 do submódulo 2.7 Revisão 2.0.

12.2.2 INTERLIGAÇÃO DE DADOS

Atender item 6.2 do submódulo 2.7 Revisão 2.0.

12.2.3 RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES

Atender item 6.3 do submódulo 2.7 Revisão 2.0.

12.3 REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO E CONTROLE DE EQUIPAMENTOS PERTENCENTES À REDE DE

OPERAÇÃO

Este item define os requisitos de supervisão e controle necessários às funções de supervisão e controle do ONS, aplicáveis aos equipamentos pertencentes à rede de operação.

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EDITAL DE LEILÃO NO007/2015-ANEEL ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

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Os requisitos necessários à função de seqüenciamento de eventos são objetos de um item à parte.

12.3.1 INTERLIGAÇÃO DE DADOS

Atender item 7.2 do submódulo 2.7 Revisão 2.0.

12.3.2 INFORMAÇÕES REQUERIDAS PARA A SUPERVISÃO DO SISTEMA ELÉTRICO

Atender item 7.3 do submódulo 2.7 Revisão 2.0.

12.3.3 INFORMAÇÕES E TELECOMANDOS REQUERIDOS PARA O CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)

Atender item 7.4 do submódulo 2.7 Revisão 2.0.

12.3.4 REQUISITOS DE QUALIDADE DA INFORMAÇÃO

Atender item 7.7 do submódulo 2.7 Revisão 2.0.

12.3.5 PARAMETRIZAÇÕES

Atender item 7.8 do submódulo 2.7 Revisão 2.0.

12.4 REQUISITOS PARA O SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS

12.4.1 INFORMAÇÕES REQUERIDAS PARA O SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS

Atender item 8.2 do submódulo 2.7 Revisão 2.0.

12.4.2 REQUISITOS DE QUALIDADE DOS EVENTOS

Atender item 8.3 do submódulo 2.7 Revisão 2.0

12.5 ARQUITETURA DE INTERCONEXÃO COM O ONS

A supervisão e controle é um dos pilares da operação em tempo real do sistema elétrico, estando hoje na região de Xingu e Terminal Rio, estruturada em um sistema hierárquico com SISTEMAS de supervisão e controle instalados em três Centros de Operação do ONS, quais sejam:

Centro Regional de Operação Norte/Centro-Oeste – COSR-NCO;

Centro Regional de Operação Sudeste – COSR-SE

Centro Nacional de Operação do Sistema Elétrico - CNOS.

Esta estrutura é apresentada de forma simplificada, para fins meramente ilustrativos, na figura a seguir. A TRANSMISSORA deverá prover dois canais independentes para as interconexões de dados entre cada Centro de Operação do ONS (exceto o CNOS) e cada um dos SISTEMAS de supervisão das subestações envolvidas, devidamente integrados aos existentes.

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EDITAL DE LEILÃO NO007/2015-ANEEL ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

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CNOS (1)

Recursos providos

pelos Agentes

Recursos do

ONS

Rede de Comunicação Operativa do ONS

SSC-NCO (2)

COSR-NCO (1)

Barramento Lógico de

suporte dos SSCs aos COSs

SA do SSC-NCO (3)

SAL SAR

Legenda:

(1) Centros de Operação utilizados pelo ONS:

CNOS – Centro Nacional de Operação do Sistema

COSR-SE- Centro Regional de Operação Sudeste

COSR-NCO- Centro Regional de Operação Norte/Centro-Oeste

(2) Sistema de Supervisão e Controle do COSR-SE e do COSR-NCO

(3) Sistema de Aquisição de Dados (SA) compreendido por um SA local (SAL) e um SA remoto (SAR)

(4) Recursos de supervisão e controle nas subestações:

XING - Subestação Xingu

TRIO - Subestação Terminal Rio

NIGU - Subestação Nova Iguaçu

XING (4)

SA do SSC-SE (3)

SAL SAR

SSC-SE (2)

COSR-SE (1)

TRIO(4)

CAG

CAG

NIGU(4)

FIGURA 12.1 – ARQUITETURA DE INTERCONEXÃO COM O ONS.

Observa-se na figura acima que a interconexão com o Centro do ONS se dá através das seguintes interligações de dados.

(a) Os dados referentes à telessupervisão e SOE devem ser enviados conforme indicado a seguir:

SE Xingu 500 kV e ±800 kV CC: ao COSR-NCO

SE Terminal Rio ±800 kV CC e filtros CA: ao COSR-NCO

SE Terminal Rio, 500 kV (menos filtros CA, mas incluindo os bays de conexão dos filtros CA):ao COSR-NCO e COSR-SE

SE Nova Iguaçu, 500 kV: ao COSR-SE

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EDITAL DE LEILÃO NO007/2015-ANEEL ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

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(b) Os dados de telemedição de potência ativa para o Controle Automático de Geração – CAG devem ser disponibilizados da seguinte forma:

Terminal de 500 kV dos transformadores dos conversores da SE Terminal Rio: dois canais de comunicação independentes até o COSR-NCO e dois canais de comunicação independentes até o COSR-SE.

Alternativamente, a critério da TRANSMISSORA, a interconexão com os Centros do ONS poderá se dar por meio de um centro de operação próprio da TRANSMISSORA ou contratado de terceiros, desde que sejam atendidos os requisitos descritos para supervisão e controle e telecomunicações. Neste edital, este centro é genericamente chamado de “Concentrador de Dados”. Neste caso, a estrutura dos centros apresentada na figura anterior seria alterada com a inserção do concentrador de dados num nível hierárquico situado entre as instalações e os COSR-NCO e COSR-SE do ONS e, portanto, incluído no objeto desta licitação. A figura a seguir ilustra uma possível configuração. Destaca-se que apesar do uso de um centro local, requer-se o canal dedicado para a transferência dos dados de CAG.

XING (4)

CNOS (1)

Recursos providos

pelos Agentes

Recursos do

ONS

Rede de Comunicação Operativa do ONS

SSC-NCO (2)

COSR-NCO (1)

Barramento Lógico de

suporte dos SSCs aos COSs

SA do SSC-NCO (3)

SAL SAR

Legenda:

Em adição às siglas da figura anterior, utilizou-se:

(5) CD – Concentrador de dados, nome genérico dado para um sistema de supervisão e controle que se interponha entre as

instalações e os centros do ONS.

SA do SSC-SE (3)

SAL SAR

SSC-SE (2)

COSR-SE (1)

TRIO(4)

CAGCAG

CD(5)

NIGU (4)

FIGURA 12.2 – ARQUITETURA ALTERNATIVA DE INTERCONEXÃO COM O ONS.

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EDITAL DE LEILÃO NO007/2015-ANEEL ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

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12.6 REQUISITOS DE SUPERVISÃO PELO AGENTE PROPRIETÁRIO DAS INSTALAÇÕES (SUBESTAÇÕES)

COMPARTILHADAS DA REDE DE OPERAÇÃO.

Atender item 11 do submódulo 2.7 Revisão 2.0.

12.7 REQUISITOS DE SUPERVISÃO ENTRE OS AGENTES CONCESSIONÁRIO DAS ESTAÇÕES

CONVERSORAS E OS AGENTES CONCESSIONÁRIOS DAS LINHAS CC

O agente de transmissão concessionário das estações conversoras de Xingu e Terminal Rio deve disponibilizar ao agente de transmissão concessionário das linhas CC, todas as informações de telessupervisão e SOE necessárias à operação das linhas CC em tempo real, conforme requisitos apresentados no subitem “Requisitos para a Supervisão e Controle de Equipamentos Pertencentes à Rede de Operação”.

O agente de transmissão concessionário das linhas CC deve prover os canais de dados para obtenção de todas as informações disponibilizadas pelo agente de transmissão concessionário das estações conversoras. O protocolo adotado para comunicação deve ser configurado conforme determinado pelo agente concessionário das estações conversoras.

12.8 AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE E DA QUALIDADE DOS RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE

Atender item 12 do submódulo 2.7 Revisão 2.0.

12.9 REQUISITOS PARA A ATUALIZAÇÃO DE BASES DE DADOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E

CONTROLE

Atender item 13 do submódulo 2.7 Revisão 2.0.

12.10 AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE E DA QUALIDADE DOS RECURSOS DE TELECOMUNICAÇÕES

Atender o submódulo 13.5.

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13 SISTEMAS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES

Os sistemas de registro de perturbações devem atender ao disposto nos Procedimentos de Rede, submódulo 2.6, Revisão 2.0, item 7.

Lista-se abaixo os registros mínimos necessários ao sistema de corrente contínua, que não estão descritos nesta versão do submódulo 2.6.

13.1 GRANDEZAS ANALÓGICAS E DIGITAIS A SEREM MONITORADAS PELO REGISTROS DE

PERTURBAÇÕES

13.1.1 GRANDEZAS ANALÓGICAS

As seguintes grandezas analógicas devem ser registradas:

Corrente CC do polo medida entre a linha e o reator de alisamento

Tensão CC do polo medida entre a linha e o reator de alisamento

Ângulo de disparo α (alfa)

Ângulo de extinção gama

Ia, Ib e Ic nos lados Y e delta do transformador conversor

Va, Vb e Vc nos lados Y e delta do transformador conversor

Vneutro (tensão na linha do eletrodo apenas para o Elo CC) em todos os pontos necessários

Ineutro (corrente no eletrodo apenas para o Elo CC) em todos os pontos necessários

Id_order

Vd_order

A TRANSMISSORA deverá prever a necessidade de medição de correntes adicionais quando da operação conjugada com o Bipolo 2.

13.1.2 GRANDEZAS DIGITAIS

As seguintes grandezas digitais devem ser registradas:

Falha de comutação;

Falta na linha CC;

Proteção do polo;

Bloqueio do polo;

Partida do polo;

di/dt

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Disparo do RDP do terminal remoto;

Disparo do RDP da própria SE;

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EDITAL DE LEILÃO NO007/2015-ANEEL ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

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14 SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES

14.1 REQUISITOS GERAIS

Os sistemas de telecomunicações das subestações, integrantes deste empreendimento, devem atender aos sistemas de comunicação de voz operativa e administrativa, teleproteção, supervisão e controle elétrico, supervisão de telecomunicações, controle de emergência, medição e faturamento, entre as subestações de energia elétrica envolvidas e destas aos centros de operação do sistema elétrico envolvidos.

O sistema de telecomunicações para a comunicação de voz deve ser implantado para atender a troca de informações em tempo real entre o interlocutor designado pela TRANSMISSORA e os Centros do ONS indicados, COSR-NCO e COSR-SE, com dois canais independentes para as interconexões, atendendo o estabelecido nos Submódulos 10.2 , 10.3 e 13,2 dos Procedimentos de Rede. O interlocutor do Agente poderá ser uma de suas instalações ou um Centro de operação designado para tal.

Adicionalmente à comunicação de voz entre a TRANSMISSORA e o ONS, deverão haver canais de voz dedicados para a troca de informações operacionais em tempo real entre a TRANSMISSORA das estações conversoras e a TRANSMISSORA responsável pela linha CC. Estes canais deverão ser implantados pela TRANSMISSORA da linha CC.

14.1.1 DISPONIBILIDADE

Atender item 4.1 do SM 13.2 Revisão 2.0.

14.1.2 QUALIDADE

Atender item 4.2 do SM 13.2 Revisão 2.0.

Adicionalmente, para que o ONS possa supervisionar o atendimento dos requisitos do item 4.2 do SM 13.2 Revisão 2.0, os equipamentos de telecomunicações do agente de operação, utilizados para comunicação de dados e voz, devem suportar o monitoramento via protocolos ICMP (Internet Control Message Protocol) e SNMPv3 (Simple Network Management Protocol version 3).

14.1.3 SISTEMA DE TELEPROTEÇÃO

Para o SISTEMA de teleproteção também devem ser seguidos os requisitos das normas IEC 834-1, IEC 870-5 e IEC 870-6 onde aplicável.

14.1.4 REQUISITOS DE CONFIGURAÇÃO DE VOZ E DE DADOS

Atender item 4.3 do SM 13.2 Revisão 2.0

14.1.5 SISTEMA DE ENERGIA

O Sistema de energia para todos os equipamentos de telecomunicações fornecidos deverá ter as seguintes características:

Unidade de supervisão e, no mínimo, duas unidades de retificação;

Dois bancos de baterias com autonomia total de no mínimo 12 horas, dimensionados para a carga total de todos os equipamentos de telecomunicações instalados;

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EDITAL DE LEILÃO NO007/2015-ANEEL ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

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No caso de utilização de baterias do tipo chumbo-ácido, os bancos de baterias deverão estar acondicionados em ambiente especial, isolado das demais instalações e com sistema de exaustão de gases;

As unidades de retificação deverão ter a capacidade de alimentar, simultaneamente, o banco de baterias em carga e todos os equipamentos de telecomunicações;

O Sistema de energia deverá estar dimensionado para uma carga adicional de pelo menos 30%.

14.1.6 SUPERVISÃO

Os equipamentos de telecomunicações devem ser supervisionados local e remotamente. Os alarmes e eventuais medidas analógicas deverão ser apresentados nas instalações onde se encontram os equipamentos e também permitir a transmissão para um Centro de Supervisão remoto.

Os equipamentos digitais devem permitir remotamente o gerenciamento, diagnóstico e parametrização.

14.1.7 INFRAESTRUTURA

A TRANSMISSORA será responsável pela total operacionalização dos SISTEMAS de comunicações devendo ser prevista toda a infraestrutura necessária para implantação do SISTEMA de telecomunicações, tais como: edificações, alimentação de corrente contínua, aterramento, bem como qualquer outra infraestrutura que se identificar necessária para o pleno funcionamento do SISTEMA de telecomunicações.

14.1.8 ÍNDICES DE QUALIDADE

A TRANSMISSORA será responsável pela manutenção dos índices de qualidade e de disponibilidade dos serviços de comunicação de dados e voz que se interligam com o ONS e as demais TRANSMISSORAS envolvidas, tais como, àquela(s) proprietária(s) de ativos de função transmissão localizados na(s) subestação(ões) deste lote e as demais que se interliguem, por meio de linha(s) de transmissão ou outro equipamento de função transmissão, com a(s) subestação(ões) deste lote.

Em caso de indisponibilidade programada de quaisquer serviços de comunicação de dados ou de voz de interesse do ONS e/ou dos demais agentes interligados, a TRANSMISSORA deve manter entendimentos com o ONS e/ou os Centros de Operação das demais TRANSMISSORAS envolvidas.

14.1.9 CONTATO TÉCNICO

A TRANSMISSORA deverá indicar um contato técnico para tratar dos assuntos relacionados a telecomunicações com o ONS e os demais agentes interligados.

14.2 REQUISITOS TÉCNICOS DOS CANAIS PARA TELEPROTEÇÃO

A função teleproteção, que converte os sinais e mensagens das proteções em sinais e mensagens compatíveis com os canais dos sistemas de telecomunicações e vice versa, pode ser executada pelos próprios relés de proteção, pelos equipamentos dos sistemas de telecomunicações ou, ainda, por equipamentos dedicados, denominados equipamentos de teleproteção.

Os equipamentos de teleproteção devem atender às normas de compatibilidade eletromagnética aplicáveis, nos graus de severidade adequados para utilização em instalações de transmissão de sistemas elétricos de potência.

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Funções de teleproteção integradas em equipamentos de telecomunicação devem ter interfaces dedicadas e independentes, e os equipamentos que têm tais funções integradas devem ser adequados para uso em instalações de transmissão de sistemas elétricos de potência, conforme o parágrafo anterior.

Os canais para teleproteção devem:

(a) Ser adequados ao esquema de teleproteção selecionado ou à quantidade de grandezas ou informações a serem transferidas, no que concerne a número de comandos, largura de banda, taxa de transmissão, tempo de propagação, simetria e variação de tempo de propagação e integridade das informações.

(b) Manter a confiabilidade e segurança de operação em situações de baixa relação sinal/ruído (canal analógico) ou erro na taxa de transmissão (BER) acima do especificado.

(c) Os equipamentos de teleproteção devem:

(d) Ter facilidades para a simulação do funcionamento dos esquemas de teleproteção, ponta a ponta, com o bloqueio simultâneo da saída de comando para a proteção, independente do meio de comunicação utilizado, para que seja possível realizar verificações dos enlaces sem ser necessário desligar a LT.

(e) Ter chaves de testes para permitir realizar intervenção nos equipamentos de proteção e de telecomunicações sem ser necessário desligar a LT.

Se o equipamento de teleproteção for instalado em edificação distinta dos equipamentos de telecomunicações, independente da distância envolvida, a interligação entre ambos deve ser efetuada de forma a não comprometer a confiabilidade e segurança da teleproteção.

Os canais de telecomunicações providos por sistema de onda portadora sobre linha de transmissão (OPLAT) devem manter a confiabilidade e a segurança de operação em condições adversas de relação sinal/ruído, sobretudo na ruptura ou curto-circuito para terra de uma das fases da LT utilizadas pelo sistema OPLAT.

Esquemas de transferência de disparo devem utilizar dois canais de telecomunicações, de equipamentos de telecomunicação independentes. Sempre que possível, os equipamentos de telecomunicação devem utilizar meios físicos de comunicação independentes. Os equipamentos de teleproteção, caso utilizados, também deverão ser independentes.

Em condições normais, o disparo nos esquemas de transferência de disparo se dará pelo recebimento dos comandos de disparo em ambos os canais. No caso de falha de um dos canais de telecomunicação, o esquema deve permitir o disparo apenas com o recebimento do comando no canal íntegro (lógica monocanal).

14.2.1 TELEPROTEÇÃO PARA LINHAS DE TRANSMISSÃO COM TENSÃO NOMINAL IGUAL OU SUPERIOR A 345 KV

Os canais para teleproteção devem ser dedicados, específicos para proteção e não compartilhados com outras aplicações.

Os esquemas de teleproteção devem ser independentes e redundantes para a proteção principal e alternada, sempre que possível utilizando meios físicos de transmissão independentes, de tal forma que a indisponibilidade de uma via de telecomunicação não comprometa a disponibilidade da outra via.

Os esquemas de transferência de disparo devem ser independentes e redundantes para a proteção principal e alternada.

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EDITAL DE LEILÃO NO007/2015-ANEEL ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

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14.2.2 TELEPROTEÇÃO PARA LINHAS DE TRANSMISSÃO COM TENSÃO NOMINAL DE 230 KV OU 138 KV

Os canais para teleproteção devem ser, preferencialmente, dedicados, específicos para proteção e não compartilhados com outras aplicações. Quando for justificável a utilização de compartilhamento, o atendimento à aplicação de proteção deve ser prioritário.

Os esquemas de teleproteção e de transferência de disparo são obrigatórios apenas para a proteção principal.

14.3 REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE VOZ

A TRANSMISSORA deve prover serviços de telefonia para comunicação de voz, full duplex, com sinalização sonora e visual para comunicação operativa do sistema elétrico em tempo real.

14.3.1 ENTRE SUBESTAÇÕES ADJACENTES

(a) Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação telefônica) e apresentando, no mínimo, classe B.

(b) Serviço de telefonia para comunicação de voz, podendo ser discado via SISTEMA de telefonia comutada e apresentando, no mínimo, classe C.

14.3.2 COM CENTRO DE OPERAÇÃO LOCAL

Se a TRANSMISSORA optar pelo uso de um Centro de Operação Local próprio ou contratado para atendimento às subestações envolvidas, deverão ser previstos:

(a) Entre o Centro de Operação Local e as subestações envolvidas

Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação telefônica) e apresentando, no mínimo, classe B.

Serviço de telefonia para comunicação de voz, podendo ser discado via SISTEMA de telefonia comutada e apresentando, no mínimo, classe C.

(b) Entre o Centro de Operação Local e os Centros de Operação concessionárias que detenham concessão de equipamentos/instalações de fronteira com o empreendimento deste lote.

Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação telefônica) e apresentando, no mínimo, classe A. Em decorrência da alta disponibilidade exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas e independentes.

(c) Entre o Centro de Operação Local e o o(s) Centro(s) Regional(is) de Operação do ONS, responsável(is) pela operação da região de instalação do empreendimento:

Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação telefônica) e apresentando, no mínimo, classe A. O serviço Classe A, com o(s) Centro(s) Regional(is) de Operação do ONS, deve ser prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados através de, pelo menos, duas rotas distintas e independentes, sendo uma direcionada para a localidade onde se encontra o Sistema Local de Aquisição de Dados (SAL) e outra direcionada para a localidade onde se encontra o Sistema Remoto de Aquisição de Dados (SAR), ambos situados em uma mesma região metropolitana. A Figura a seguir, apresenta a hierarquia operacional do SIN e as possíveis

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configurações dos serviços de comunicação de voz e de dados para suporte às atividades da operação, considerando os centros de operação do ONS e os centros de operação dos agentes de operação.

FIGURA 14.1 - CONFIGURAÇÕES POSSÍVEIS PARA OS SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES DE VOZ E DE DADOS

14.3.3 SEM CENTRO DE OPERAÇÃO LOCAL

Se a TRANSMISSORA não optar pelo uso de um Centro de Operação Local próprio ou contratado para atendimento às subestações envolvidas, deverão ser previstos:

Entre cada uma das subestações e os respectivos Centros de Operação das demais concessionárias que detenham concessão de equipamentos/instalações de fronteira com o empreendimento deste lote:

- Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação telefônica) e apresentando, no mínimo, classe A. Em decorrência da alta disponibilidade exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas e independentes.

Entre cada uma das subestações envolvidas e o(s) Centro(s) Regional(is) de Operação do ONS, responsável(is) pela operação da região de instalação do empreendimento:

- Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação telefônica) e apresentando, no mínimo, classe A. O serviço Classe A, com o(s) Centro(s) Regional(is) de Operação do ONS, deve ser prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados através de, pelo menos, duas rotas distintas e independentes, sendo uma direcionada para a localidade onde se encontra o Sistema Local de Aquisição de Dados (SAL)

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e outra direcionada para a localidade onde se encontra o Sistema Remoto de Aquisição de Dados (SAR), ambos situados em uma mesma região metropolitana.A Figura 13.1 apresenta a hierarquia operacional do SIN e as possíveis configurações dos serviços de comunicação de voz e de dados para suporte às atividades da operação, considerando os centros de operação do ONS e os centros de operação dos agentes de operação.

14.3.4 OUTROS

Adicionalmente, deverá ser fornecido um SISTEMA de comunicação móvel (comunicação de voz) que possa cobrir toda a extensão das LINHAS DE TRANSMISSÃO e as subestações envolvidas, para apoio às equipes de manutenção em campo.

Para comunicação com o(s) centro(s) de operação do ONS, responsável(is) pela operação da região de instalação do empreendimento, e Centros de Operação das demais concessionárias que detenham concessão de equipamentos/instalações de fronteira com o empreendimento deste lote, a TRANSMISSORA deve dispor de serviço de telefonia comutada Classe C, no mínimo, em seu centro de operação local próprio ou contratado para suporte às atividades das áreas de normatização, pré-operação, pós-operação e apoio e coordenação dos serviços de telecomunicações.

Para comunicação com o escritório central do ONS, a TRANSMISSORA deve dispor de serviço de telefonia comutada classe C, no mínimo, em seu centro de operação local próprio ou contratado para suporte às atividades das áreas de planejamento e programação da operação.

14.4 REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS

Os serviços de comunicação de dados abaixo especificados devem ser dimensionados (quantidade de canais, velocidade, uso de rotas alternativas, etc.) de forma a suportar o carregamento imposto pela transferência das informações especificadas e apresentar a disponibilidade e qualidade conforme descrito neste edital. Cada circuito de comunicação de dados é formado pelo respectivo canal de dados e associado às interfaces necessárias para permitir a comunicação de dados entre dois pontos.

Serviços de comunicação de dados para supervisão e controle

Para a supervisão e controle pelo ONS e agentes interligados, deverão ser fornecidos os seguintes serviços de comunicação de dados e atendendo a classe A. Em decorrência da alta disponibilidade exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados através de, pelo menos duas rotas distintas e independentes, sendo uma direcionada para a localidade onde se encontra o Sistema Local de Aquisição de Dados (SAL) e outra direcionada para a localidade onde se encontra o Sistema Remoto de Aquisição de Dados (SAR), ambos situados em uma mesma região metropolitana. A Figura 14.1, apresenta a hierarquia operacional do SIN e as possíveis configurações dos serviços de comunicação de voz e de dados para suporte às atividades da operação, considerando os centros de operação do ONS e os centros de operação dos agentes de operação.

14.4.1 COM CENTRO DE OPERAÇÃO LOCAL

Se a TRANSMISSORA optar pelo uso de um Centro de Operação Local próprio ou contratado, devem ser previstos os seguintes serviços de comunicação de dados:

Entre o computador de comunicação do Centro de Operação Local e as subestações envolvidas;

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Entre o computador de comunicação do Centro de Operação Local e os computadores de comunicação dos Centros de Operação dos agentes Interligados;

Entre o computador de comunicação do Centro de Operação Local e o computador de comunicação do(s) Centro(s) Regional(is) de Operação do ONS responsável(is) pela operação da região de instalação do empreendimento. O serviço Classe A com o(s) Centro(s) Regional(is) de Operação do ONS deve ser prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados através de, pelo menos, duas rotas distintas e independentes, sendo uma direcionada para a localidade onde se encontra o Sistema Local de Aquisição de Dados (SAL) e outra direcionada para a localidade onde se encontra o Sistema Remoto de Aquisição de Dados (SAR), ambos situados em uma mesma região metropolitana. A Figura 13.1, apresenta a hierarquia operacional do SIN e as possíveis configurações dos serviços de comunicação de voz e de dados para suporte às atividades da operação, considerando os centros de operação do ONS e os centros de operação dos agentes de operação.

14.4.2 SEM CENTRO DE OPERAÇÃO LOCAL

Se a TRANSMISSORA não optar pelo uso de um Centro de Operação Local, devem ser previstos os seguintes serviços de comunicação de dados:

Entre cada subestação envolvida e o computador de comunicação do Centro de Operação do agente Interligado correspondente;

Entre cada subestação envolvida e o computador de comunicação do Centro Regional de Operação do ONS. O serviço Classe A com o Centro Regional de Operação do ONS deve ser prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas e independentes.

Os serviços acima deverão ser independentes de qualquer outro serviço de comunicação de dados.

14.4.3 RECURSOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS PARA A REDE DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES

Para a aquisição de dados de registro de perturbação devem ser previstos dois ramais telefônicos DDR (discagem direta ao ramal) e ligados a modem para conexão ao Concentrador Central de Dados de Registro de Perturbações da TRANSMISSORA ou diretamente aos RDP localizados nas subestações envolvidas, para acesso pelo ONS ou outros Agentes autorizados.

Soluções alternativas que permitam o acesso via rede de dados poderão ser admitidas, uma vez assegurado, no mínimo, os mesmos índices de desempenho atribuídos aos circuitos acima especificados.

14.4.4 OUTROS SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS

Para suporte às atividades de normatização, pré-operação, pós-operação, planejamento da operação, programação da operação, administração de serviços e encargos da transmissão e demais sistemas de apoio disponibilizados pelo ONS para os agentes, a TRANSMISSORA deve dispor de meio de acesso à Internet, dimensionado de forma a suportar o carregamento imposto pelo conjunto dessas atividades, através de serviço de comunicação de dados classe B.

Soluções alternativas que permitam a comunicação via outros tipos de redes de dados poderão ser admitidas, uma vez assegurado, no mínimo, os mesmos índices de desempenho atribuídos aos serviços acima especificados.

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15 DEMONSTRAÇÃO DA CONFORMIDADE DO EMPREENDIMENTO

Cabe a Transmissora demonstrar a conformidade técnica de seu empreendimento aos requisitos estabelecidos no ANEXO e nos Procedimentos de Rede, para os horizontes de planejamento e de operação. Esta demonstração deve considerar também as configurações de rede mais críticas no escopo da operação, dentro da abrangência do Plano de Ampliações e Reforços na Rede Básica – PAR, bem como as etapas de implantação do projeto, incluindo as condições extremas de potência de curto-circuito, número mínimo de máquinas e de inércia mínima no sistema CA associado a qualquer terminal do elo CC.

A demonstração da conformidade deste empreendimento se dará em duas etapas: Projeto Básico Etapa de Concepção e Projeto Básico Etapa de Detalhamento. Este procedimento envolve necessariamente as atividades de treinamento e de acompanhamento do projeto descritas no item 15.1.

A TRANSMISSORA deverá apresentar à ANEEL o Projeto Básico Etapa de Concepção, doravante denominada apenas Etapa de Concepção, completo, em até 180 dias após a assinatura do Contrato de Concessão.

Destacadamente, os seguintes diagramas e especificações deverão ser apresentados à ANEEL em até 120 dias após a assinatura do Contrato de Concessão: Diagramas:

D1 - Diagrama unifilar geral (pátios CA e CC)

D2 - Diagramas de proteção, controle e medição (pátios CA e CC)

D3 - Planta e Corte das subestações

Especificações:

E1: Transformadores Conversores;

E3: Válvulas;

As demais especificações, a serem entregues ao final da Etapa de Concepção (180 dias) estão listadas no item 15.3.

Deverão ser entregues para análise, nos prazos abaixo definidos, os relatórios abaixo relacionados e agrupados por assunto:

Relatórios de Estudos de Dimensionamento do Elo CC

R1 - Definição dos parâmetros do circuito principal (120 dias);

R2 - Estudo de compensação reativa - balanço de potência reativa (120 dias);

R3 - Estudo de sobrecorrentes transitórias em válvulas e outros equipamentos (120 dias)

R4 – Estudos de desempenho dos filtros CA (120 dias)

R5 – Estudos de definição do rating dos filtros CA e da Compensação Reativa (120 dias)

R6 - Estudos de desempenho dos filtros CC (120 dias)

R7 - Estudos de definição de rating dos filtros CC (120 dias)

R8 -Estudo de coordenação de isolamento - pátios CA e CC, devendo ser finalizado a partir dos resultados de R9 e R13 (versão preliminar em 120 dias e final em 180 dias)

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R9 – Sobretensões Transitórias no lado CC, incluindo Descargas Atmosféricas e Estudos conjuntos Conversoras-Linhas CC, de curto-circuito na linha CC para determinação da máxima sobretensão no polo são (180 dias).

R10 – Estudos de ressonâncias CA-CC em baixas harmônicas (180 dias)

R11 – Dimensionamento dos reatores de alisamento (180 dias)

R12 - Dimensionamento das chaves CC: MRTB, GRTS, NGBS e NBS (180 dias)

R13 – Sobretensões Transitórias no lado CA (180 dias)

R14 - Estudos de TRT - abertura de bancos e filtros no lado CA (180 dias)

R15 – Dimensionamento Teórico das Perdas – Preliminar (120 dias)

R16 - Ruído audível e interferência em telecomunicação – PLC (120 dias)

Relatórios de Estudos de Sistema

R17 - Fluxo de potência e curto-circuito na rede CA (120 dias)

R18 - Estudos a frequência fundamental - sobretensões e estabilidade (180 dias)

R19 - Estudos de desempenho dinâmico-DPS considerando interações multi-infeed (180 dias)

Relatório de Controle de Conversores, Polo e Bipolo

R20 – Relatório de Concepção – Filosofia, atributos, sequenciamentos (com os respectivos tempos envolvidos em cada operação) e linhas gerais de atuação (120 dias)

Relatório de Eletrodo e Linha do Eletrodo

R21 – Relatório de Concepção – Filosofia e linhas gerais (120 dias)

Relatórios de Estudos de Manobra do Pátio CA

R22 - Energização de Transformadores Conversores (180 dias)

R23 - TRT de disjuntores (120 dias)

Relatórios de Outros Estudos (em até 120 dias):

R25-A - Supervisão e Interfaces (Filosofia)

R25-B - Sistema de Telecomunicações (de acordo com os requisitos do Capitulo 14)

R26 – Controle e Proteção (Filosofia e Diagramas Unifilares)

R27 - Serviços Auxiliares (Filosofia)

R28 – Fluxo de Potência de Barramento

Relatórios de Linhas de Transmissão em Corrente Contínua ±800 kV (em até 120 dias):

R29 – Normas Técnicas Utilizadas

R30 – Dados Climatológicos

R31 – Velocidade do Vento e Carregamentos Devidos ao Vento

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R32 – Condutor e Cabos Para-raios

R33 – Estudos Mecânicos do Condutor e dos Cabos Para-raios

R34 – Distâncias de Segurança

R35 – Largura da Faixa de Servidão

R36 – Coordenação do Isolamento

R37 – Cadeias de Isoladores e Conjuntos de Fixação dos Cabos Para-raios

R38 – Definição da Série de Estruturas, Silhuetas e Hipóteses de Carregamento

R39 – Memórias de Cálculo das Estruturas

R40 – Programa dos Ensaios de Carregamento

R41 – Fundações Típicas

R42 – Sistema de Aterramento

R43 – Sistema de Proteção contra Vibrações Eólicas

R44 – Planta do Traçado

As especificações, diagramas e relatórios de estudos apresentados para análise devem manter a coerência de premissas, dados e informações entre eles.

A definição e o escopo dos relatórios supra mencionados é discriminada no item 15.5.

Para os relatórios que implicam apenas na apresentação das premissas e filosofia de implementação não foram detalhados os seus respectivos escopos. Se enquadram nesta categoria os relatórios R20, R21, R25 a R27.

As pendências apontadas pela ANEEL e/ou ONS, na Etapa de Concepção, deverão ser solucionadas no prazo de 6 meses, após o recebimento do primeiro relatório de pendências enviado pelo ONS. A partir deste prazo, caso permaneçam pendências na Etapa de Concepção, o Projeto Básico será considerado não conforme com os requisitos do Edital e estará sujeito às penalidades previstas no Contrato de Concessão.

Os requisitos associados às características definidas na Etapa de Concepção devem ser demonstrados antes que se passe para a Etapa de Detalhamento, uma vez que as ordens de produção dos equipamentos devem ser baseadas nas definições da Etapa de Concepção. Os requisitos técnicos sujeitos a demonstração, ainda na Etapa de Concepção, estão detalhados ao longo deste ANEXO.

A Etapa de Detalhamento do Projeto Básico, doravante denominada apenas por Etapa de Detalhamento, deverá ser apresentada no prazo de 30 meses, a partir da assinatura do Contrato de Concessão. Os estudos, relatórios e especificações que compõem esta fase estão descritos no item 15.6.

As pendências apontadas pela ANEEL e/ou ONS, na Etapa de Detalhamento, deverão ser solucionadas no prazo de 6 meses, após o recebimento do primeiro relatório de pendências enviado pelo ONS. A partir deste prazo, caso permaneçam pendências na Etapa de Detalhamento, o Projeto Básico será considerado não conforme com os requisitos do Edital e estará sujeito às penalidades previstas no Contrato de Concessão.

O ONS emitirá um Parecer de Conformidade sobre cada um dos relatórios solicitados neste Capítulo. É facultada a Transmissora a interação com o ONS, durante o desenvolvimento dos trabalhos referentes a esta

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etapa, com o intuito de dirimir dúvidas e obter esclarecimentos. A Transmissora deverá revisar a documentação naquilo que lhe for solicitado diretamente pelo ONS, enquanto perdurarem pendências em cada relatório.

Somente serão considerados para efeito de aprovação de conformidade dos documentos analisados pela ANEEL/ONS, àqueles revisados pela Transmissora, que contemplem todas as solicitações efetuadas nos Pareceres de Conformidade encaminhados pelo ONS à TRANSMISSORA.

Ao final da Etapa de Concepção, com base no Parecer de Conformidade sem pendências, emitido pelo ONS, a ANEEL emitirá o Despacho de Aprovação.

O Termo de Liberação, em qualquer de suas modalidades, será emitido após a emissão pelo ONS do Parecer de Conformidade, sem pendências, da Etapa de Detalhamento.

15.1 ACOMPANHAMENTO DO PROJETO E TREINAMENTOS

Na Etapa de Concepção do projeto, a TRANSMISSORA deverá permitir, junto ao seu fornecedor de equipamentos HVDC, a participação de Especialistas da ANEEL e do ONS em reuniões técnicas e gerenciais, com duração de até uma semana por evento, para o acompanhamento in loco do desenvolvimento do projeto (10 pessoas por evento), sem ônus para TRANSMISSORA.

A TRANSMISSORA deverá permitir a integração de 1 (um) colaborador do ONS, no desenvolvimento do Projeto Básico Etapa de Concepção e Etapa de Detalhamento.

Deverá ser permitido, aos Técnicos do ONS, o acompanhamento do comissionamento dos sistemas de supervisão e controle, conforme definidos no Capítulo 12 (5 pessoas).

O ONS acompanhará a rotina dos testes de aceitação e de sistema (FAT e FST), associados às réplicas dos controles que integrarem o simulador de CC a ser fornecido.

A TRANSMISSORA deverá demonstrar a coordenação dos controles do Bipolo 2 com o Bipolo 1, incluindo as aquisições de sinais, sequenciamentos e ordens de comando, nas instalações do simulador do ONS, onde já estará incorporada a réplica dos controles do Bipolo 1. Esta tarefa é condição essencial para entrada em operação do Bipolo 2 e poderá ser realizada como JFST (Joint Factory System Tests), incluindo todo o escopo dos testes FAT e FST executados nas instalações dos fornecedores. Estes testes devem ser realizados pelo menos 3 meses antes da entrada em operação do Bipolo 2.

15.1.1 TREINAMENTOS

A TRANSMISSORA deverá prover treinamento do pessoal indicado pelo ONS, composto de, no mínimo:

(a) Tutorial em sala de aula sobre o sistema HVDC proposto pela TRANSMISSORA, nos escritórios do ONS no Rio de Janeiro, com duração mínima de 40 horas, para 50 pessoas;

(b) Treinamento de pessoal de operação do ONS, no Rio de Janeiro e em Brasília, num total de 5 turmas, com 10 pessoas cada, incluindo utilização da interface homem máquina responsável pela operação e controle dos conversores CC;

(c) Treinamento específico do pessoal de estudos elétricos e simulador, no Rio de Janeiro, num total de duas turmas com 10 pessoas cada, com duração de 15 dias cada curso, abrangendo pelo menos: descrição funcional, filosofia do controle e proteção, hierarquia de funções, configuração/programação e utilização de modelos computacionais (PSCAD/ATP) bem como do software/hardware empregado nos cubículos de controle e proteção.

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A TRANSMISSORA deverá detalhar, em até um ano após a assinatura do contrato de concessão, a programação dos treinamentos a serem ministrados.

15.2 MODELOS COMPUTACIONAIS E FERRAMENTA DE SIMULAÇÃO

Deverão ser encaminhados à ANEEL os modelos computacionais do elo CC, em arquivos digitais, no formato dos programas mencionados na Tabela 15.1, com a respectiva documentação, incluindo a representação por meio de diagramas de blocos, funções de transferência, lista de parâmetros e respectivas faixas de ajuste, quando for o caso, a serem utilizados em estudos de sistemas, conforme tabela abaixo:

TABELA 15.1–PROGRAMAS COMPUTACIONAIS PARA OS MODELOS DO ELO

Aplicação Programa computacional

Estudo de fluxo de carga Anarede – desenvolvido pelo Cepel

Estudos de transitórios eletromecânicos Anatem – desenvolvido pelo Cepel

Estudos de transitórios eletromagnéticos

Manobra de equipamentos da Rede CA e interação Rede CA – Elo CC

ATP - Alternative Transients Program

Manobra de equipamentos da Rede CC e desempenho dinâmico de controladores

PSCAD-EMTDC

Deverá ser encaminhada documentação relativa à configuração e utilização dos modelos de simulação do item anterior contemplando inclusive a identificação detalhada das funções existentes no equipamento real ou réplica que não foram incorporadas aos modelos computacionais por razões de ordem prática. Simplificações de tal natureza deverão ser justificadas através de estudos comparativos de resultados entre as ferramentas computacionais e no simulador em escala real de tempo. Também deverão ser encaminhados os casos de estudo, nos formatos dos programas mencionados na Tabela 14.1, utilizados nos estudos de sistema R17, R18 e R19.

A documentação associada à configuração dos modelos de representação dos controladores HVDC deve detalhar a descrição de: filosofia de controle e proteção ao nível das funções e lógicas representadas em diagramas de blocos, e respectivas rotinas e bibliotecas computacionais em cada programa. A documentação associada à utilização dos modelos de representação dos controladores HVDC deve detalhar instruções para: parametrização e inicialização do controle, monitoramento das variáveis e scripts dos eventos e manobras nas redes CA e CC

O prazo para encaminhamento dos modelos computacionais preliminares, provenientes da Etapa de Concepção, e respectiva documentação será de 180 dias contados a partir da assinatura do Contrato de Concessão, permitindo a crítica dos resultados apresentados nos estudos de projeto básico do empreendimento.

O prazo para encaminhamento dos modelos computacionais e respectiva documentação, à época de conclusão da Etapa de Detalhamento, será de 30 meses contados a partir da assinatura do Contrato de Concessão, possibilitando a realização posterior dos estudos pré-operacionais e preparação das Instruções de Operação correspondentes.

A Transmissora permanece responsável pela atualização deste modelo, devendo realizá-la toda vez que for necessária alguma modificação de hardware ou software, de forma que o modelo espelhe sempre o equipamento real.

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Os modelos computacionais finais em Anatem, PSCAD e ATP deverão ter sido validados inicialmente em estudos no simulador digital em escala real de tempo para sistemas de corrente contínua e posteriormente, quando da data de entrada em operação, por testes de campo, utilizando o sistema de registro de eventos a ser fornecido pela TRANSMISSORA. Alternativamente, o modelo computacional para uma das ferramentas (Anatem, PSCAD ou ATP) poderá ser validado contra os resultados obtidos com a outra ferramenta desde que na última tenha-se atendido ao requisito de validação do modelo contra o equipamento real ou réplica. Qualquer que seja a alternativa adotada, a responsabilidade pela validação dos modelos Anatem, PSCAD e ATP é da TRANSMISSORA.

Deverá ser facultado ao ONS o pleno acesso ao detalhamento dos modelos de representação dos equipamentos de CC, na(s) ferramenta(s) computacionais para simulação de transitórios eletromagnéticos e no simulador digital em escala real de tempo. Também, os modelos de simulação dos controladores CC em Anatem, PSCAD, ATP e simulador em escala real de tempo, encaminhados ao ONS, deverão incluir o suporte a modificações, dentre as quais: monitoramento de sinais e variáveis internas da lógica, alteração de parâmetros de controle (ganhos e constantes de tempo), inclusão e inibição de lógica/função de controle ou proteção específica, que permitam a investigação de possíveis aprimoramentos. Essa caracterização decorre da repercussão sistêmica das funções de controle e proteção envolvidas nos elos de CC.

Para os modelos fornecidos em ferramentas PSCAD-EMTDC e ATP serão considerados como essenciais os requisitos a seguir em atendimento a necessidades práticas de utilização:

(a) Possibilidade de utilização com diferentes passos de integração na faixa de valores menores ou iguais a 50 µs (cinquenta microssegundos);

(b) Manual de usuário do modelo de representação do sistema de controle e proteção HVDC com o detalhamento definido no segundo e terceiro parágrafos deste item;

(c) Manual de usuário para simulação de manobras e defeitos nas redes CA e CC.

Adicionalmente, os modelos acima referidos deverão ser fornecidos, também, em modo que permita sua incorporação à base de dados do SIN, a qual todos os agentes setoriais terão acesso. Os modelos que forem fornecidos para esta finalidade, caso sejam protegidos com relação ao acesso às suas características, deverão ter o mesmo nível de detalhamento funcional dos modelos fornecidos de acordo com os requisitos acima descritos.

Todos os modelos computacionais em Anatem, PSCAD e ATP utilizados na representação dos vários equipamentos deverão ser compatíveis com as versões correntes dessas ferramentas à respectiva época do seu encaminhamento. Do mesmo modo, as ferramentas computacionais empregadas na configuração e utilização dos modelos (compiladores e suítes de desenvolvimento/programação dos controladores CC) deverão ser fornecidas em suas versões atualizadas.

Os modelos computacionais deverão ser codificados atendendo a padrão de portabilidade de modo a que sua migração possa ser realizada, sem necessidade de recodificação, na medida da evolução das versões das ferramentas de simulação e acessórias (compiladores e suítes de desenvolvimento/programação dos controladores CC).

15.2.1 SIMULADOR DE SISTEMAS DE CORRENTE CONTÍNUA

A TRANSMISSORA deverá fornecer ao ONS uma ferramenta digital para a simulação de sistemas de corrente contínua em escala real de tempo com capacidade suficiente para representação de todos os equipamentos

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EDITAL DE LEILÃO NO007/2015-ANEEL ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

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que fazem parte da alternativa CC de transmissão, e também dos equipamentos da rede CA conectados às SEs conversoras.

A ferramenta digital para a simulação do sistema de corrente contínua em escala real de tempo é constituída de três elementos:

(a) Simulador em escala real de tempo (como por exemplo, um RTDS) constituído por módulos de processamento, comunicação e interfaces de entrada/saída digitais e/ou analógicas;

(b) Uma réplica correspondente aos cubículos de controle e proteção da instalação do campo;

(c) Consoles de comando e PCs utilizados para monitoramento, controle e programação dos dispositivos dos itens a) e b).

A cessão da ferramenta digital para a simulação de sistemas de corrente contínua em escala real de temposerá formalizada por contrato de comodato entre a TRANSMISSORA e o ONS com vigência indeterminada associada ao suporte à operação do sistema de CC objeto desse edital.

O simulador a ser fornecido deverá ser capaz de representar, com suficiente detalhe, os sistemas CA conectados aos terminais inversor e retificador do(s) elo(s) de CC. Para tal, deverão ser fornecidos os módulos necessários à representação de linhas de transmissão, transformadores, capacitores, reatores e equivalentes contidos na rede CA retida, no mínimo, iguais as representações utilizadas no Relatório R2 e conforme rede CA mínima dimensionada com base nos seguintes casos PSCAD, disponíveis no site da EPE:

(a) BMonte_2BP_TR_2L.psc e BMonte_2BP_TR_7P.psc (Transitórios eletromagnéticos - cenários de fluxo Xingu - Terminal Rio e Terminal Rio - Xingu)

(b) BMonte_2BP_DIN_2L.psc e BMonte_2BP_DIN_7P.psc (Desempenho dinâmico - cenários de fluxo Xingu - Terminal Rio e Terminal Rio - Xingu)

(c) MULTI-INFEED_CEN2L.psc e MULTI-INFEED_CEN7P.psc (MULTI-INFEED - cenários de fluxo Xingu - Terminal Rio e Terminal Rio - Xingu)

A rede a ser representada no simulador deve contemplar, simultaneamente, o sistema Norte-Nordeste, do caso (a) acima, e o sistema Sul-Sudeste-Centro Oeste, dos casos (a), (b), e (c) acima, inclusive o elo de Itaipu conforme modelado no caso (c) do PSCAD.

O simulador deverá atender aos seguintes requisitos técnicos:

(a) Plena Integração ao simulador de sistemas de CC, de fabricação RTDS Tech Inc., atualmente em uso pelo ONS (plena integração significa utilização cooperativa e simultânea em mesma referência ou base de tempo de relógio);

(b) Capacidade de processamento adequada à solução da rede simulada em escala real de tempo com passo de integração igual ou inferior a 50 µs (cinquenta microssegundos);

(c) Capacidade para incorporação de modelos de equipamentos e/ou dispositivos complementares à biblioteca padrão, elaborados em linguagem de programação de alto nível.

(d) Interface de suporte à programação de modelos de equivalentes elétricos e eletromecânicos do tipo multiporta e equipamentos/dispositivos com eletrônica de potência em hardware comercial com arquitetura do tipo FPGA.

(e) Interface programável para conexão a padrão comercial de simulação em escala real de tempo de outro(s) fabricante(s);

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(f) Referência de tempo de relógio controlada por equipamento do tipo GPS.

(g) As réplicas de controladores dos conversores poderão incorporar as interfaces analógicas e digitais de entrada/saída do simulador aos seus respectivos cubículos, a fim de minimizar a quantidade de cabos de conexão. Entretanto, essa configuração não poderá restringir a separação dos terminais retificador e inversor em subsistemas elétricos de solução independente.

As ferramentas computacionais empregadas na configuração e utilização das réplicas (compiladores e suítes de desenvolvimento/programação dos controladores CC) deverão ser fornecidas em suas versões atualizadas, com previsão de suporte e atualização por um período de 10 anos.

Caberá a TRANSMISSORA o ônus da instalação da ferramenta de simulação digital para a simulação do elo CC em escala real de tempo nos escritórios do ONS, realizando todos os testes necessários ao seu funcionamento.

A TRANSMISSORA deverá efetuar todas as simulações necessárias para demonstrar, a satisfação do ONS, o desempenho adequado da ferramenta digital para a simulação do elo CC em escala real de tempo, em conjunto com a(s) rede(s) CA correspondente.

A TRANSMISSORA deverá disponibilizar os modelos de representação dos equipamentos CA e CC utilizados nas simulações citadas no parágrafo anterior, acompanhados de sua respectiva documentação. Esses modelos deverão possuir nível de detalhamento similar aos empregados nas simulações em ferramenta PSCAD-EMTDC.

Por ocasião do comissionamento, em períodos de ensaios realizados em campo ou outra atividade que demande alteração de parâmetros ou de estrutura nos sistemas de corrente contínua, a TRANSMISSORA deverá providenciar a correspondente atualização nas réplicas dos controles que integrarem o simulador de CC a ser fornecido ao ONS.

15.3 ETAPA DE CONCEPÇÃO

Na Etapa de Concepção devem ser definidos os componentes do circuito principal, tais como: válvulas, transformadores conversores e sua faixa de tapes, reatores de alisamento, compensação reativa, filtros CA e filtros CC, para-raios, filtros PLC, linha CC e linha do eletrodo, sistemas de aterramento (critérios), além dos diagramas unifilares, pátios CA e CC e da filosofia dos sistemas de proteção, supervisão e controle. Devem também ser estimadas as perdas máximas por meio de cálculo.

Nesta etapa devem ainda ser definidos todos os níveis de controle CC necessários (conversor, polo, bipolo, estação e mestre) prevendo a operação isolada do Bipolo 1 e a sua futura integração com os controles do Bipolo 2. Deve ser previsto, também, o intercâmbio de sinais com a UHE Belo Monte.

Para a demonstração da conformidade aos requisitos, devem ser apresentados a ANEEL, estudos a frequência fundamental tais como: fluxo de potência, curto-circuito e estabilidade eletromecânica. Também são necessários estudos de sobretensões incluindo energização de transformadores conversores e filtros CA, performance harmônica e de ressonância CA/CC de baixa frequência.

Serão necessárias avaliações de desempenho dinâmico, por meio de um programa computacional do tipo PSCAD, considerando os dados do equivalente de rede citado no item 2.1 e o sistema de controle do fornecedor com ajustes preliminares, com a finalidade de verificar a adequação da compensação reativa (controlável ou não), da necessidade de alteração de modularização de bancos e/ou sub-bancos de filtros e/ou de compensação reativa com relação à ocorrência de falhas de comutação, bem como de outros requisitos de

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projeto que possam impactar o desempenho dinâmico do sistema. Os dados e modelagens oriundas desta etapa deverão ser disponibilizados ao ONS. Estes estudos e o grau de detalhamento necessário estão descritos neste capítulo.

A TRANSMISSORA poderá propor a adição de outros estudos e documentos que julgar necessários, de forma a obter sua devida avaliação de conformidade, com a finalidade de agilizar as etapas subsequentes de fabricação de equipamentos e de componentes.

Ainda nesta etapa, há necessidade de estudos de coordenação de isolamento dos pátios CA e CC. A TRANSMISSORA deverá demonstrar a adequação das correntes de coordenação assumidas nas estimativas iniciais, com base em sua experiência, por estudos de transitórios eletromagnéticos. Deverá ainda apresentar estudos de TRT para dimensionamento dos disjuntores dos filtros e estudos específicos para o dimensionamento das chaves de abertura em carga no lado CC (MRTB, GRTS e NBGS).

Também é necessária a apresentação dos estudos de dimensionamento da linha de transmissão em corrente contínua, dos eletrodos e das linhas dos eletrodos.

Ao final dos estudos da Etapa de Concepção, em 180 dias, a TRANSMISSORA deverá apresentar as especificações dos equipamentos, nomeados conforme a seguir. As especificações devem conter, além dos dados básicos (coordenação de isolamento, tensões e correntes nominais, capacidade de curto-circuito), todas as demais necessárias e/ou específicas para o tipo de equipamento, que possibilitem a sua aquisição e fabricação, respeitadas as características identificadas como necessárias pelos estudos desta etapa.

E1: Transformadores Conversores;

E2: Reatores de Alisamento;

E3: Válvulas;

E4: Para-Raios;

E5: Buchas;

E6: Isoladores;

E7: Filtros CA e CC;

E8: Capacitores;

E9: Reatores;

E10: Disjuntorese chaves do pátio CA;

E11: Chaves CC;

E12: TCs e TPs (CA e CC) e

E13 – Outros equipamentos não incluídos nessa lista, que possam impactar no cronograma de aquisição.

Adicionalmente, deverão ser apresentados os diagramas (plantas) descritos a seguir:

Diagrama 1 - Diagrama unifilar geral dos pátios CA e CC;

Diagrama 2 - Diagramas de proteção, controle e medição dos pátios CA e CC e

Diagrama 3 - Planta e Cortes das subestações.

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As especificações E1 e E3 e os diagramas D1 a D3, deverão ser entregues em até 120 dias.

15.3.1 PLANILHAS DE DADOS DO PROJETO:

A TRANSMISSORA deverá encaminhar, no Projeto Básico Etapa de Concepção, as planilhas disponíveis no site da ANEEL nos Adendos da documentação do Leilão, sob o título “Planilha de Dados do Projeto”, preenchidas com dados requeridos, no que couber, do empreendimento em licitação.

Cabe a Transmissora se certificar de que as informações constantes nestas planilhas correspondam àquelas informadas nas especificações E1 a E13, devidamente complementadas naquilo que adicionalmente for solicitado pela planilha.

15.4 ETAPA DE DETALHAMENTO

A Etapa de Detalhamento se inicia ao final da Etapa de Concepção. Esta fase tem como foco, além da produção dos equipamentos e início de obras civis e eletromecânicas, a otimização dos controles, da proteção, dos esquemas de emergência e dos procedimentos operativos de forma geral, que envolvem em detalhe as interações CA/CC. Envolve também os estudos definitivos de coordenação indutiva e de ressonância CA/CC de baixa frequência, o detalhamento dos eletrodos de terra e a definição da sobrecarga low ambient. A comprovação da conformidade aos requisitos desta etapa depende da representação detalhada em programas digitais e/ou simuladores do elo CC. Os dados e modelagens oriundas desta etapa deverão ser disponibilizados ao ONS para a execução dos estudos pré-operacionais.

Após a Etapa de Detalhamento e antes da entrada em operação é necessária a comprovação, por meio de testes, ensaios e/ou medições, do atendimento aos requisitos de perdas estabelecidos neste ANEXO, que foram estimadas na Etapa de Concepção. Há necessidade também da comprovação que as premissas e tolerâncias assumidas na concepção do projeto para a fabricação dos equipamentos foram atendidas.

O Elo CC deve operar satisfatoriamente na rede real onde ele será inserido. A TRANSMISSORA deverá investigar eventuais restrições operativas, provenientes de configurações de redes não previstas na Etapa de Concepção, devendo mitigá-las, valendo-se para isto das informações topológicas da rede existente para os estudos pré-operacionais. A situação específica de recomposição do sistema por meio da UHE Belo Monte deverá ser investigada. Este caso deverá ser realizado com a UHE Belo Monte operando isolada do sistema CA adjacente com o escoamento através do Bipolo 2. Neste caso, a TRANSMISSORA deverá analisar, inclusive situações que possam causar autoexcitações e sobretensões, e informar quais as condições necessárias para a operação segura, admitindo-se a possibilidade de relaxamento de alguns requisitos, como por exemplo performance dinâmica, se necessário.

A TRANSMISSORA deverá informar a lista de recursos necessários a serem disponibilizados pela rede do SIN, para possibilitar a sua entrada em operação.

15.5 ESTUDOS PARA DEMONSTRAÇÃO DA CONFORMIDADE NA ETAPA DE CONCEPÇÃO

A TRANSMISSORA deverá realizar os estudos definidos nos itens a seguir e apresentar os relatórios correspondentes a cada estudo, nomeados conforme estabelecido no respectivo item.

15.5.1 ESTUDOS DE DEFINIÇÃO DOS PARÂMETROS DO CIRCUITO PRINCIPAL – RELATÓRIO R1

Tem por finalidade demonstrar que é possível, em regime permanente, transmitir os valores de potência definidos neste Anexo Técnico, desde a potência mínima até a potência máxima, incluindo as sobrecargas de

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curta e longa duração, para as condições de frequência e de tensão CA nas extremidades retificadora e inversora, dentro das faixas operativas da rede básica, com a potência de curto circuito nas estações terminais dentro da faixa especificada, mantendo a tensão nominal CC dentro da tolerância prevista. Esta demonstração compreende a operação em todos os modos operativos previstos descritos neste ANEXO (item 5.5.3).

Este estudo, ao utilizar no cálculo as variações possíveis de seus parâmetros e dados de entrada, determinará a faixa de tapes necessária aos transformadores conversores, bem como definirá as tensões e correntes máximas as quais ficarão submetidos às válvulas e demais equipamentos.

Considera-se como dado de entrada a resistência total da LT-CC especificada (vide item 5.2), corrigida pela TRANSMISSORA para a temperatura de operação do elo CC (nominal, mínima e máxima). do elo CC, além das resistências da linha do eletrodo e do eletrodo propriamente dito, em cada uma das estações terminais, retificadora ou inversora.

Os seguintes parâmetros de controle, entre outros, são considerados: os valores de ângulo de disparo (nominal, máximo e mínimo), o valor do ângulo de extinção nominal e o valor percentual que se permitirá variar a tensão DC polo-terra, no inversor, para a variação de cada tape do transformador conversor.

Devem ser consideradas, entre outras, as tolerâncias de projeto/fabricação dos transformadores conversores e seus respectivos – OLTCs – On Load Tap Changers, que se refletem no valor da reatância de comutação (∆dx em %), a tolerância de medição de tensão (∆Ud em % de Ud medido), o erro de medição do ângulo de disparo (graus elétricos), o erro de medição do ângulo de extinção (graus elétricos) e o erro de medição no transformador de potencial na barra CA (% de UdioN). Deve ser levada em conta também a eventual necessidade de utilização de filtros Power Line Carrier – PLC, que pode afetar o valor a ser especificado para a reatância de comutação (dxn).

Devem ser apresentadas tabelas, que deverão conter as seguintes informações, para variações de potência, no retificador (Pd), em degraus de 10%: Corrente CC(Id -A), tensão CC no retificador (UdR-kV), tensão CC no inversor (UdI-kV), tensão em vazio ideal no retificador por ponte de seis pulsos (Udi0R-kV), tensão em vazio ideal no inversor por ponte de seis pulsos (Udi0I-kV), potência CC no retificador (PdR-MW), ângulo de disparo (α-grau), ângulo de extinção(γ-grau), ângulo de comutação no retificador(µR-grau), ângulo de comutação no inversor(µI-grau), potência CC no inversor (PdI-MW), consumo de reativos no retificador (QR-Mvar) e o consumo de reativos no inversor (QI-Mvar), além dos tapes dos transformadores conversores no retificador e inversor.

15.5.2 ESTUDO DE COMPENSAÇÃO REATIVA -BALANÇO DE POTÊNCIA REATIVA – RELATÓRIO R2

Têm por finalidade demonstrar o atendimento aos requisitos, estabelecidos nos itens 5.5.1 e 5.5.13.

Os resultados devem indicar a estratégia, a quantidade instalada e a modularização de bancos/sub-bancos de filtros, capacitores e reatores, a ser usada para controlar o intercâmbio de reativos com o sistema CA, considerando o consumo de reativos da estação conversora, bem como a sequência de chaveamento destes equipamentos de compensação reativa, considerando toda a faixa de potência operativa (incluindo sobrecarga de qualquer natureza, se houver) e todos os modos de operação estabelecidos no 5.5.3 deste ANEXO.

Deve ser demonstrado que, dentro da faixa de níveis de curto-circuito descritas no item 0, atuais ou futuras, para todos os níveis de carga, para todos os cenários de fluxo, não ocorrerão, como consequências destes chaveamentos de sub-bancos, variações de tensão no sistema CA acima de 3,0% e que a perda intempestiva do maior banco de capacitores ou filtros não causará falha de comutação.

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Deverão ser respeitados os critérios de intercâmbio de potência reativa e as envoltórias de sobretensões temporárias máximas definidas respectivamente nos itens 5.5.1 e 5.6 deste ANEXO.

O relatório deve apresentar os resultados sob a forma de curvas e tabelas P (potência transmitida) e Q (consumo da conversora, potência reativa fornecida pelos filtros e intercâmbio com o sistema CA), em função das tensões CA máxima, mínima e nominal, consumo de reativos máximo, mínimo e nominal pela conversora (função de alfa, dx, etc.), de modo a permitir a análise da conformidade dos resultados em relação aos requisitos deste Anexo. Deverá ser fornecida uma tabela contendo a sequência de chaveamento dos elementos de compensação reativa em função da potência transmitida e também da necessidade de chaveamento em função do desempenho harmônico.

15.5.3 ESTUDOS DE SOBRECORRENTES TRANSITÓRIAS EM VÁLVULAS E OUTROS EQUIPAMENTOS – RELATÓRIO R3

Tem por finalidade demonstrar que os componentes do elo CC, estão adequadamente dimensionados para suportar as solicitações transitórias advindas de curtos-circuitos, aplicados em qualquer localização, pelo tempo máximo necessário a eliminação do mesmo, como por exemplo, pela abertura do disjuntor dos transformadores conversores.

Este relatório deve abranger as solicitações impostas aos equipamentos da barra CA, solicitações impostas aos transformadores conversores, solicitações impostas às válvulas de tiristores, aos equipamentos da barra CC e equipamentos da barra de neutro e demais equipamentos, com exceção dos filtros CA e CC que são avaliados em outros itens..

Devem ser avaliadas também as solicitações aos conversores propriamente ditos, advindas de faltas aplicadas a equipamentos situados fisicamente dentro da casa de válvulas, incluindo as buchas de parede.

Devem ser considerados como insumo: o valor da potência de curto-circuito definida para a aquisição dos disjuntores do pátio CA das subestações terminais e os parâmetros definidos pelo cálculo do Main Circuit, com particular atenção para a reatância dos transformadores conversores.

Devem ser apresentadas a avaliação dos seguintes tipos de falta:

Curto-circuito na válvula propriamente dita;

Curto-circuito através da ponte de 6 pulsos;

Curto-circuito através da ponte de 12 pulsos;

Curto-circuito polo neutro após reator de alisamento;

Curto-circuito polo terra antes do reator de alisamento;

Curto-circuito bifásico, entre o transformador conversor e a válvula;

Curto-circuito trifásico, entre o transformador conversor e a válvula;

Curto-circuito para a terra:

i. No lado CA da válvula na ponte ∆;

ii. No lado CA da válvula na ponte Y;

iii. Na barra entre as pontes de 6 pulsos;

iv. No ponto de neutro do transformador Y;

v. Na conexão ao polo.

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15.5.4 ESTUDOS DE DESEMPENHO DOS FILTROS CA – RELATÓRIO R4

O estudo deve seguir a metodologia apresentada no item 6.1 deste ANEXO e tem por objetivo garantir o desempenho harmônico adequado do projeto de filtros, respeitando os limites de distorção harmônica individual e total, estabelecidos no Submódulo 2.8.

São consideradas como dados de entrada a modularização de filtros e bancos de capacitores definidos pelo estudo de balanço de reativos, bem como os resultados dos estudos de dimensionamento do circuito principal.

O relatório deverá apresentar os valores máximos das correntes harmônicas geradas pelos conversores, para toda a faixa possível de sua operação, bem como as respectivas distorções harmônicas correspondentes.

Todas as premissas utilizadas para o cálculo, tais como envelopes de impedância, ângulos de disparo das válvulas, faixa operativa de tensões CA, níveis de corrente CC, tolerâncias de fabricação de transformadores conversores, tensão de sequência negativa, faixa de tapes dos transformadores conversores, tolerâncias de qualquer tipo, erros de medição etc., forma de tratamento (determinístico ou estatístico) destas informações deverão estar claramente apresentadas.

15.5.5 ESTUDOS DE DEFINIÇÃO DE RATING DOS FILTROS CA E DA COMPENSAÇÃO REATIVA – RELATÓRIO R5

Tem por finalidade demonstrar que o dimensionamento do rating dos filtros CA e demais equipamentos de compensação reativa, tanto em regime permanente quanto em regime transitório é adequado. No que diz respeito ao rating de regime permanente deve ser atendido o disposto no item 6.1.2 deste ANEXO.

Nestes estudos devem ser atendidos todos os requisitos, condições operativas e configurações de rede externa relacionados neste Anexo.

O relatório deve apresentar, tanto para o rating de regime permanente quanto para o rating de regime transitório, as margens adotadas e os valores nominais do projeto para cada elemento que compõe o equipamento (ratings de corrente e tensão).

(a) Regime permanente

O estudo deve demonstrar que os elementos dos filtros (reatores, resistores e capacitores) e da compensação reativa manobrável, foram dimensionados para suportar as máximas correntes e tensões harmônicas possíveis.

Também deve ser demonstrado que os filtros não serão desligados pelas proteções de overrating (sobrecarga) durante condições operativas normais e de contingências simples (N-1) da rede externa, por meio da representação da rede externa pelos lugares geométricos indicados no item 2.1, com um sub-banco fora de operação.

Na representação dos filtros devem ser considerados todos os fatores de dessintonias possíveis, incluindo tolerâncias de fabricação, variação de capacitância por temperatura, variações de frequência da rede, erros de ajuste de sintonia por discretização de elementos de ajuste e tolerâncias dos instrumentos de medição, etc.

Para avaliar ressonâncias entre filtros devem ser consideradas dessintonias opostas entre eles, quando fisicamente possível.

(b) Regime transitório

O estudo deve demonstrar que os filtros e a compensação reativa devem suportar as sobretensões e sobrecorrentes advindas de condições transitórias, incluindo entre outras: 1) início e eliminação de curtos-circuitos na conversora, com bloqueio das válvulas durante o curto-circuito; 2) energização dos transformadores conversores com fluxo residual, e de outros próximos; 3) curtos-circuitos aplicados.

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15.5.6 ESTUDOS DE DESEMPENHO DOS FILTROS CC – RELATÓRIO R6

Tem por finalidade demonstrar que o desempenho dos filtros CC atende ao disposto no item 6.2.2 deste ANEXO.

O estudo de desempenho dos filtros CC deve ser compatível com as definições oriundas do estudo de ressonâncias CA-CC em baixas harmônicas (Relatório R10).

15.5.7 ESTUDOS DE DEFINIÇÃO DE RATING DOS FILTROS CC – RELATÓRIO R7

Tem por finalidade demonstrar que o dimensionamento do rating dos filtros CC atende ao disposto no item 6.2.3 deste ANEXO.

Deve ser apresentado o estudo de dimensionamento dos componentes dos filtros CC, para regime permanente e transitório, as margens adotadas e os valores nominais do projeto (ratings de corrente e tensão), para cada um de seus elementos (reatores, resistores e capacitores).

O relatório deve também demonstrar que os filtros CC estão dimensionados para suportar as piores sobretensões e sobrecorrentes transitórias as quais possam vir a ser submetidos.

15.5.8 ESTUDO DE COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO – RELATÓRIO R8

Tem por finalidade mostrar as bases para definição dos níveis de isolamento das conversoras e equipamentos exteriores e a aplicação de para-raios, para os pátios CA e CC. Devem ser atendidos os requisitos estabelecidos no item 5.5.10 deste ANEXO.

Sobretensões nas estações conversoras são causadas por fontes externas e internas. Fontes externas são operações de manobra, faltas a terra, eliminação de defeitos, descargas atmosféricas, oscilações dinâmicas da rede CA e rejeição de carga. Fontes internas são faltas a terra, curtos-circuitos e falhas de controle dentro do escopo de suprimento próprio Elo CC.

Este estudo de coordenação de isolamento deve considerar as máximas sobretensões de manobra, bem como as máximas sobretensões produzidas por descargas atmosféricas que possam se propagar até os equipamentos.

Deve também levar em conta as configurações/topologias advindas de todos os modos de operação definidos no item 5.5.3 deste ANEXO, bem como definir os níveis de isolamento para os pátios CA e CC, a localização de todos os para-raios, seu número, suas correntes de coordenação, sua capacidade de dissipação de energia.

Devem ser considerados como dados de entrada os valores de tensão máxima de operação CC e CA, tensão ideal CC em vazio por conversor de 6 pulsos (Udio nominal e Udio máxima possível considerando os limitadores e os erros de medida), relação de transformação dos transformadores conversores, faixa de tapes dos transformadores conversores, step de cada tape, reatância de comutação (dx), correntes CC (nominal e máxima incluindo sobrecarga se houver) definidos no cálculo do circuito principal.

O relatório deve apresentara localização, a quantidade e os dados de todos os para-raios dentro do escopo de suprimento, incluindo as curvas de descarga máxima e mínima (8x20 µs, 30x60 µs, frente íngreme, etc...), número de colunas e capacidade de dissipação de energia. Deve apresentar também os níveis de proteção e respectiva corrente para frente íngreme (STIPL-kV, ISTIPL-kA), impulso de manobra (SIPL-kV, ISIPL-kA) e impulso atmosférico (LIPL-kV, ILIPL-kA), bem como o nível adotado para o disparo protetivo (PF). O relatório

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deve ainda explicitar, em uma tabela, a margem de proteção utilizada, para cada um dos para-raios, apresentando além dos valores de SIPL e LIPL os valores de suportabilidade a impulso atmosférico (LIWL) e suportabilidade a impulso de manobra (SIWL).

Os para-raios de filtros CA e CC também deverão ser objeto de dimensionamento, conforme relatórios R5 e R7 respectivamente.

Deve-se apresentar o cálculo (estimativa) inicial da coordenação de isolamento, tanto do pátio CA, quanto do pátio CC, considerando as premissas iniciais de correntes de coordenação, assumidas com base na experiência. Entretanto, estas premissas de coordenação deverão ser comprovadas, ainda na Etapa de Concepção, por meio de simulação em ferramentas digitais, considerando os casos mais críticos para o dimensionamento de equipamentos.

15.5.9 ESTUDOS DE SOBRETENSÕES TRANSITÓRIAS NO LADO CC – RELATÓRIO R9

O objetivo deste estudo é identificar as máximas solicitações, advindas de surtos de manobra e atmosféricos, impostas aos para-raios localizados na casa de válvulas e no pátio CC, servindo de subsídio para o relatório de coordenação de isolamento (R8).

Deve também incluir estudos conjuntos Conversoras-Linhas CC, de curto-circuito na linha CC para determinação da máxima sobretensão no polo são.

As simulações devem ser realizadas por meio de programas digitais de transitórios eletromagnéticos.

15.5.10 ESTUDOS DE RESSONÂNCIAS CA/CC EM BAIXAS HARMÔNICAS – RELATÓRIO R10

Estudo preliminar que tem por finalidade demonstrar que o dimensionamento dos filtros CC e reatores de alisamento não causam nenhum problema relacionado à resposta do circuito CC à excitação de ressonâncias harmônicas, na faixa compreendida entre a frequência fundamental e a segunda harmônica – 60 Hz a 120 Hz. Para este estudo os parâmetros da linha CC deverão ser estimados com base no ANEXO correspondente e nos dados do Relatório R2 ou do projeto da LT CC, caso disponíveis.

O dimensionamento preliminar dos valores de reatâncias dos reatores de alisamento e seus arranjos na conversora devem ser detalhados pela TRANSMISSORA e submetidos para análise de conformidade e aprovação de conformidade, mesmo sem ter sido, nesta etapa, desenvolvido o estudo de surtos rápidos incidentes nas conversoras, os quais poderão impactar no dimensionamento.

Devem ser investigados neste estudo os aspectos relacionados a possíveis necessidades de instalação de filtros CC de segunda harmônica, de filtros CC bloqueadores de frequência fundamental a serem instalados nas conexões de neutro das conversoras, em função da presença de linhas CA em paralelo à linha CC em alguns trechos da rota sugerida no Relatório R3, com o intuito de evitar a indução de correntes CC nos enrolamentos dos transformadores conversores.

15.5.11 DIMENSIONAMENTO DOS REATORES DE ALISAMENTO – RELATÓRIO R11

Tem por objetivo comprovar a adequação do dimensionamento dos reatores de alisamento com relação a não provocar ressonâncias de baixas harmônicas, limitar adequadamente a taxa de variação da corrente CC, limitar os surtos de corrente originários de descargas na linha CC, limitar o ripple de tensão CC bem como contribuir para a redução da ocorrência de falhas de comutação no inversor.

Devem ser analisados os impactos da localização e tamanho definido para os reatores de alisamento no que concerne a coordenação/níveis de isolamento dos pátios CC e CA.

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Deve ser utilizada modelagem de alta frequência, ainda que típica, dos transformadores conversores e equipamentos do pátio CC que incluam a representação adequada das capacitâncias parasitas.

Deve ser mantida a compatibilização com as determinações advindas dos estudos de Sobretensões Transitórias no Lado CC (Relatório R9) e Ressonâncias CA-CC de baixas harmônicas (Relatório R10).

15.5.12 DIMENSIONAMENTO DAS CHAVES CC (MRTB, GRTS,NGBS E NBS) – RELATÓRIO R12

Deve-se demonstrar que o conjunto das chaves especificadas para o pátio CC é capaz de permitir a operação do Elo CC, em todas as suas modalidades operativas, sem restrições de quaisquer espécies.

Devem ser caracterizados todos os sequenciamentos de eventos de transferências entre modos operativos, incluindo os tempos associados.

Devem ser indicadas, neste relatório, as características técnicas e tecnologia adotadas para cada uma das chaves CC.

15.5.13 SOBRETENSÕES TRANSITÓRIAS NO LADO CA – RELATÓRIO R13

Este relatório é considerado como insumo para a elaboração do estudo de Coordenação de Isolamento (Relatório R8). Tem por objetivo identificar as máximas solicitações advindas de surtos de manobra aos para-raios do pátio CA e nos para-raios das válvulas.

Devem ser considerados, na elaboração deste estudo os dados dos equipamentos principais considerados pelo relatório Main Circuit (R1), configuração de filtros compatível com aquela considerada no relatório de desempenho de filtros CA (Relatório R4), bem como os dados da rede CA adjacente descritos no Capítulo 2 deste Anexo.

Os transformadores conversores devem ser modelados considerando-se a curva de saturação mínima especificada/prevista pela Transmissora, bem como ter uma reatância compatível com a definida no circuito principal.

Devem ser fornecidas as características de descarga (kVPICO) e dissipação de energia em kJoule/kV, dos para-raios CA e dos para-raios de válvula estudados.

As simulações devem ser realizadas por meio de programas digitais de transitórios eletromagnéticos.

15.5.14 ESTUDOS DE TRT E MANOBRA DE BANCOS E SUB-BANCOS/COMPENSAÇÃO REATIVA NO LADO CA - RELATÓRIO R14

O objetivo deste estudo é quantificar as solicitações impostas aos disjuntores dos bancos e sub-bancos de filtros/compensação reativa.

Além da abertura de curto-circuito, energização, estes disjuntores também deverão ser avaliados de acordo com os requisitos do item 5.5.10.

As simulações devem ser realizadas por meio de programas digitais de transitórios eletromagnéticos.

Esses estudos, também, compreendem avaliações de energização e de aplicação e eliminação de defeito, com a finalidade de minimizar os efeitos dos transitórios de tensão e de corrente aos níveis de suportabilidade da instalação, evitar atuações indevidas da proteção e evitar possíveis ressonâncias com a rede para harmônicas produzidas por elementos saturáveis.

Os estudos devem verificar as sobretensões e as consequentes solicitações de energia sobre os para-raios próximos, e a necessidade de utilização de disjuntores com dispositivos de manobra controlada.

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EDITAL DE LEILÃO NO007/2015-ANEEL ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

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15.5.15 DIMENSIONAMENTO TEÓRICO DAS PERDAS (PRELIMINAR) – RELATÓRIO R15

O estudo de dimensionamento de perdas do Elo CC, a ser entregue na Etapa de Concepção, deverá comprovar o atendimento aos requisitos descritos no item 5.5.16.

Nesta fase, poderão ser estabelecidas estimativas calculadas com base na metodologia descrita na norma IEC 61803.

O relatório deve incluir a planilha de cálculo com o detalhamento das perdas estimadas para cada componente incluído na avaliação.

15.5.16 RUÍDO AUDÍVEL E INTERFERÊNCIA EM TELECOMUNICAÇÃO – PLC - RELATÓRIO R16

A rápida interrupção de tensão através das válvulas, durante o disparo, produz interferência. Esta interferência, irradiada pelas válvulas pode ser reduzida pela blindagem da casa de válvulas. Entretanto as correntes resultantes podem ser transmitidas pelos transformadores conversores e através dos reatores de alisamento, por acoplamento capacitivo atingem os pátios e as linhas próximas. Essas correntes, também, podem interferir com a operação do Power Line Carrier (PLC) nas linhas conectadas às estações CC.

Como a utilização de filtros Power Line Carrier – PLC pode afetar o valor a ser especificado para a reatância de comutação do transformador conversor (dxn), o seu dimensionamento afeta a definição do Main Circuit do Elo CC.

Adicionalmente, estas correntes, por meio de indução eletrostática e eletromagnética, podem interferir em instrumentos de telecomunicação próximos.

O estudo deve apresentar as premissas, a metodologia de cálculo, os resultados obtidos bem como definir claramente as medidas necessárias no sentido de mitigar os efeitos dessas interferências. Quanto à interferência em rádio frequência (RF), incluindo as faixas de: PLC, RI, TVIe navegação aérea o estudo deve:

Identificar e descrever as fontes de ruído: válvulas, efeito corona nos condutores CA e CC das LTs e dos condutores e ferragens de alta tensão, etc...

Descrever os modelos da rede adotados para propagação seja, conduzida pelos condutores das redes CA e CC, ou irradiada pelos mesmos, considerando o efeito das capacitâncias dos equipamentos.

Descrever os programas de cálculo utilizados, inclusive a sua metodologia.

Apresentar os resultados para os níveis de ruído de RF conduzidos e irradiados, incluindo os níveis de ruído nas proximidades dos sistemas de aproximação de aeronaves aos aeroportos próximos, que devem atender a regulamentação brasileira (ANATEL, Aeronáutica etc...).

Sugerir as medidas corretivas para reduzir o ruído calculado (linetraps, blindagens etc.) e manter os valores dentro dos limites.

Descrever as medidas que a Transmissora aplicaria se alguns valores limites de interferência forem excedidos.

15.5.17 FLUXO DE POTÊNCIA E CURTO-CIRCUITO NA REDE CA – RELATÓRIO R17

Os estudos de fluxo de potência, a serem realizados na ferramenta ANAREDE, devem avaliar os níveis de tensão nos barramentos e os carregamentos nas linhas, transformadores e demais componentes da rede de

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transmissão, para múltiplas condições de carga (mínima, leve, média e máxima), de topologia e de despacho de geração.

Além da condição operativa normal, inclui a análise de contingências de linhas, transformadores e outros equipamentos do sistema elétrico, como também contingências nos equipamentos que compõe o Elo CC, com o objetivo de se definirem ações para que o SIN opere sem violações dos limites de tensão e de carregamento.

Estes estudos de fluxo de potência devem ser efetuados com a principal finalidade de comprovar que não haverá restrições a entrada em operação das novas instalações de transmissão, considerando-se os dados advindos dos casos base EPE, disponibilizados à época do leilão. Deve também contemplar o ano horizonte de planejamento.

Deve também ser avaliada a configuração efetivamente disponível em sua entrada em operação , identificando eventuais restrições à operação da rede, considerando os dados da operação efetivamente disponíveis na época da análise. Esses estudos serão detalhados, somente com os dados operativos, na etapa de detalhamento.

Os estudos de curto-circuito, a serem realizados na ferramenta ANAFAS, visam identificar os níveis de curto-circuito monofásico e trifásico nas barras CA das estações conversoras, considerando-se rede completa e contingências na rede do SIN.

15.5.18 ESTUDO A FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL – SOBRETENSÕES E ESTABILIDADE – RELATÓRIO 18

Tem por finalidade identificar as sobretensões de manobra de bancos de capacitores e filtros, rejeição de carga, bloqueio dos conversores, oscilações dinâmicas da rede CA etc, e os meios para limitar estas sobretensões aos valores requeridos.

Estes estudos a serem executados no programa ANATEM, também devem demonstrar que o desligamento dos filtros e capacitores, após bloqueio da conversora, será possível e suficiente para a redução das sobretensões no sistema CA para níveis aceitáveis.

Devem ser avaliadas configurações do sistema CA, com diferentes níveis de curto-circuito, diferentes níveis de carga, nos horizontes da operação e do planejamento. Deve ser levada em conta variação do número de máquinas na área do sistema coletor (se houver), bem como diferentes situações de staging do empreendimento como um todo.

Aspectos relativos à possível auto-excitação de unidades geradoras também deverão ser investigados.

Desta forma, estes estudos também contribuirão para demonstrar que a modularização adotada para os filtros e outros blocos de reativos, atende aos requisitos estabelecidos neste ANEXO, no que diz respeito ao impacto no sistema CA (variação de tensão, intercâmbio de reativo, entre outros).

Este estudo deverá também apresentar as simulações que permitam identificar o tempo de resposta e o comportamento dinâmico do elo CC frente a faltas na rede CA ou na linha CC.

Como o SIN estará completamente representado nestas simulações, os outros elos CC próximos estarão, por conseguinte, incluídos. A Transmissora deverá fazer uso desta representação global para já nesta etapa identificar preliminarmente possíveis interações multi-infeed.

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15.5.19 ESTUDO DESEMPENHO DINÂMICO CA/CC (DYNAMIC PERFORMANCE) – RELATÓRIO 19

Deverá considerar como dados de entrada, a representação da rede fornecida neste ANEXO (rede equivalente), bem como uma representação preliminar do Elo CC e seus controles, incluindo uma representação do disparo e uma versão inicial dos filtros CA e CC.

Tem por finalidade principal demonstrar que o controle projetado, mesmo com ajustes preliminares, é estável para as condições operativas previstas, incluindo as mudanças entre os modos de operação disponíveis. Deve também demonstrar que os requisitos relacionados ao tempo de recuperação do elo CC após aplicação de defeito e aqueles relacionados à minimização da ocorrência de falhas de comutação foram atendidos.

Tem por finalidade secundária identificar ressonâncias em frequências de baixa ordem, que possam demandar a utilização de filtragens adicionais àquelas oriundas das necessidades de manutenção dos padrões de desempenho harmônico, definidos neste ANEXO. O tema específico que trata deste tipo de fenômeno é abordado pelo relatório definido no item 15.5.10.

As avaliações compreenderão bloqueios de bipolo, perdas de geração, faltas na linha CC e início/eliminação de faltas em linhas CA além de falhas de disparo no controle CC (misfiring). Os resultados permitirão também avaliar a envoltória de sobretensão temporária ao qual ficarão sujeitas as estações conversoras.

Este estudo deverá também, mesmo que de forma ainda preliminar, abordar as interações multi-infeed, adotando para estas avaliações os equivalentes que representam a resposta dinâmica das unidades geradoras, conforme referenciado no item 2.1. A representação dos demais elos CC deverá ser feita com base na experiência da TRANSMISSORA em estudos similares. Deverão ser avaliados defeitos internos que possam provocar falhas de comutação nas demais conversoras.

São considerados como dados de entrada, os resultados do estudo que definiu o Circuito Principal, a modularização de filtros e compensação reativa definida nos estudos de balanço de potência reativa, os equivalentes fornecidos neste ANEXO (item 2.1) e o nível de curto-circuito mínimo operativo (item 2.2). compatível com a faixa de potência transmitida.

As simulações devem ser realizadas por uma ferramenta digital, do tipo PSCAD ou similar, considerando um sistema de controle com ajustes preliminares, baseados na experiência dos provedores de equipamentos selecionados pela Transmissora, bem como apoiados por simulações que presumivelmente foram desenvolvidas na fase de propostas.

Este estudo deve demonstrar que abertura intempestiva do maior banco (vide item 5.7.3) não deve causar falhas de comutação no elo CC.

Posteriormente, na Etapa de Detalhamento, deverá ser realizado o aprofundamento deste estudo de Desempenho Dinâmico, que terá então por finalidade identificar os parâmetros necessários a otimização de todo o sistema de controle, de forma a atender os requisitos estabelecidos tanto para desempenho em regime permanente quanto para desempenho após aplicação e eliminação de defeitos, CA e CC, minimizando possíveis instabilidades, falhas de comutação e interações indesejáveis com o sistema CA.

15.5.20 RELATÓRIO DE CONTROLE DE CONVERSORES, POLO E BIPOLO

O Relatório R20 deverá conter, como mínimo, a seguinte organização e conjunto de informações, além dos especificado no seu caput: Filosofia, atributos, sequenciamentos (com os respectivos tempos envolvidos em cada operação) e linhas gerais de atuação:

a) Controle de Bipolos

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-Funções de controle de Potência Ativa: (Sequências de partida e parada, cálculo da ordem de corrente, transferência entre modos e emergência);

-Funções de Controle de Potência Reativa: (Chaveamento de Filtros e compensação reativa e sequenciamento de modos)

b) Controle de Polos

Controle de potência e de corrente, sobrecargas, margens, modulação, controle de frequência, operação com e sem telecomunicação e backup)

c) Controle de Conversor

(VDCOL, CCA, Controle dos ângulos de disparo e trem de pulsos)

Operação com tensão reduzida

Controle de atuação dos OLTC

Controle dos tiristores (eletrônica de base da válvula)

15.5.21 ESTUDOS DE MANOBRA DE EQUIPAMENTOS NO PÁTIO CA

Estes estudos de transitórios eletromagnéticos deverão ser desenvolvidos na ferramenta ATP (Alternative Transients Program). A TRANSMISSORA deverá disponibilizar à ANEEL os casos base de cada um desses estudos, no formato do programa ATP, em meio digital, para fins de registro na base de dados de estudos.

a) Energização de Transformadores Conversores – Relatório R22

Esses estudos têm por objetivo identificar as solicitações de corrente e tensão impostas à rede e aos equipamentos próximos pela manobra de energização dos transformadores. Devem ainda demonstrar que os transformadores podem ser energizados em situações de rede completa e degradada, para toda a faixa de tensão operativa. Estão incluídas neste escopo as situações de recomposição de rede, conforme estabelecidas no item 5.5.15.

Os estudos compreendem avaliações de energização do primeiro transformador em vazio ou do segundo transformador com o primeiro previamente energizado, levando em conta a representação ou não dos resistores de pré-inserção, cujo valor deve ser otimizado neste estudo. Deve ser considerado o fluxo residual em conformidade com o valor informado pelo fabricante do transformador conversor.

Devem ser avaliados também o montante de energia a ser absorvido pelos para-raios do transformador e a necessidade de utilização dos mecanismos de controle de sobretensões supramencionados, bem como as correntes inrush.

Para a realização desses estudos, os transformadores devem ser modelados considerando a sua curva de saturação e a impedância especificada no documento da TRANSMISSORA que define as características elétricas básicas dos equipamentos principais do empreendimento. No caso de indisponibilidade da curva de saturação real do equipamento, poderá ser utilizada curva típica, desde que sejam feitas parametrizações quanto ao joelho e à reatância de núcleo de ar, alterando-se esses valores no sentido de verificar os seus efeitos sobre os resultados dos estudos.

b) Tensão de Restabelecimento Transitória (TRT) de disjuntores – Relatório R23

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Esses estudos transitórios têm por objetivo quantificar as solicitações as quais estarão sujeitos os diversos disjuntores integrantes deste empreendimento. Compreendem as avaliações de TRT as seguintes condições de manobra:

Abertura de defeito terminal trifásico à terra e trifásico não aterrado, sendo o ponto de aplicação da falta no barramento ou saída de linha.

Abertura de defeito terminal monofásico sendo o ponto de aplicação da falta no barramento ou saída de linha.

Abertura de defeito quilométrico.

15.5.22 FLUXO DE POTÊNCIA DE BARRAMENTO – RELATÓRIO R28

Esses estudos têm por objetivo identificar as correntes máximas em regime permanente as quais estão sujeitos os barramentos (incluindo os vãos interligadores de barras) e os equipamentos das subestações, de forma a prover os subsídios necessários à determinação da corrente nominal dos equipamentos e barramentos das subestações.

Os seguintes aspectos devem ser levados em conta nas avaliações:

Condições normal e emergência (n-1) de operação do sistema, com os valores máximos dos fluxos em linhas que se conectam às subestações em análise, tanto para o ano de entrada em operação como para o ano horizonte de planejamento.

Condição degradada das subestações em análise, com indisponibilidade de um equipamento ou mesmo de um trecho do barramento, para as condições de operação normal e emergência (n-1) do sistema.

Evolução prevista da topologia da subestação.

15.5.23 NORMAS TÉCNICAS UTILIZADAS – RELATÓRIO R29

Esse relatório tem por objetivo apresentar a relação das normas técnicas a serem adotadas nos projetos básico e executivo da LT-CC e, também, durante o projeto, detalhamento, fabricação, ensaios, inspeção, embalagem e embarque das estruturas, cabos condutor e para-raios, isoladores, ferragens e cabo contrapeso e demais materiais componentes da linha.

15.5.24 DADOS CLIMATOLÓGICOS – RELATÓRIO R30

Esse relatório tem por objetivo apresentar a relação de todas as variáveis climatológicas de interesse para os projetos básico e executivo da linha, a identificação das fontes e históricos de dados, das estações meteorológicas de referência, a descrição dos métodos de tratamento e de parametrização das variáveis climatológicas, a análise da variabilidade dos dados climatológicos ao longo do traçado e a definição dos trechos da linha com as mesmas condições climáticas (zonas climáticas) e dos valores dos dados climatológicos válidos em cada zona climática.

15.5.25 VELOCIDADES DE VENTO E CARREGAMENTOS DEVIDOS AO VENTO – RELATÓRIO R31

Esse relatório tem por objetivo definir as velocidades de vento e respectivas pressões que atuam nos cabos, isoladores e estruturas, para cada zona climática adotada, e que serão utilizados nos projetos básico e executivo da linha.

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15.5.26 CONDUTOR E CABOS PARA-RAIOS – RELATÓRIO R32

Esse relatório tem por objetivo definir o condutor e os cabos para-raios da linha e relacionar os seus principais dados construtivos e características. Na definição do condutor é necessário verificar o atendimento às capacidades operativas de longa e curta duração da linha, quantificar as perdas e determinar as temperaturas máximas do condutor para fins de locação das estruturas no perfil. Na definição dos cabos para-raios é necessário verificar a suportabilidade térmica dos mesmos às correntes transitórias circulantes e indicar o tipo de conexão dos cabos para-raios à estrutura. Para o OPGW é necessário informar, além das suas características dimensionais, as características mínimas relativas à transmissão de dados.

15.5.27 ESTUDOS MECÂNICOS DO CONDUTOR E DOS CABOS PARA-RAIOS – RELATÓRIO R33

Esse relatório tem por objetivo definir as condições de governo e efetuar o cálculo das trações e flechas dos cabos condutores e para-raios para, no mínimo, os estados de tracionamento indicados neste Anexo Técnico e para os vãos típicos da linha.

15.5.28 DISTÂNCIAS DE SEGURANÇA – RELATÓRIO R34

Esse relatório tem por objetivo definir as distâncias mínimas a serem mantidas pelos cabos em relação ao solo e aos obstáculos sobre os quais a linha cruza ou dos quais se aproxima. Estas distâncias são referidas às capacidades operativas de longa duração e de curta duração da linha. Deve-se preservar a distância mínima informada no item 9.2.1 deste Anexo Técnico.

15.5.29 LARGURA DA FAIXA DE SERVIDÃO – RELATÓRIO R35

Esse relatório tem por objetivo definir a largura da faixa de servidão da LT-CC com base nas avaliações mecânicas (balanço do condutor e da cadeia de isoladores) e elétricas (RI e RA no limite da faixa e de campo elétrico, corrente iônica e campo magnético ao longo da faixa e sobre o solo).

15.5.30 COORDENAÇÃO DO ISOLAMENTO – RELATÓRIO R36

Esse relatório tem por objetivo definir o tipo e o número de isoladores de cada tipo de cadeia de isoladores em função do nível de poluição da região de implantação da linha, os espaçamentos elétricos polo-terra a serem mantidos em função dos ângulos de balanço da cadeia de isoladores. Deve ser avaliado o desempenho esperado da LT-CC às descargas atmosféricas. Nas ocorrências de curto-circuito polo para a terra, ao longo da LT, deve ser avaliado o risco de falha de isolamento no outro polo para a terra (polo são-terra)para a condição mais desfavorável de sobretensão sobre as cadeias de isoladores.

15.5.31 CADEIAS DE ISOLADORES E CONJUNTOS DE FIXAÇÃO DOS CABOS PARA-RAIOS – RELATÓRIO R37

Esse relatório tem por objetivo apresentar as principais características das cadeias de isoladores e dos conjuntos de fixação dos cabos para-raios, os arranjos de cada tipo de cadeia de isoladores e conjunto de fixação e os requisitos mínimos a serem incluídos nas especificações técnicas para compra dos materiais componentes.

15.5.32 DEFINIÇÃO DA SÉRIE DE ESTRUTURAS, SILHUETAS E HIPÓTESES DE CARREGAMENTO – RELATÓRIO R38

Esse relatório tem por objetivo definir a série de estrutura a ser utilizada na LT-CC, as hipóteses de carregamento de cada suporte da série e os fatores de segurança a serem aplicados às cargas. Apresentar as silhuetas das estruturas da série adotada.

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15.5.33 MEMÓRIAS DE CÁLCULO DAS ESTRUTURAS – RELATÓRIO R39

Esse relatório tem por objetivo apresentar o cálculo estrutural de todas as estruturas que compõe a série adotada para a LT-CC.

15.5.34 PROGRAMA DOS ENSAIOS DE CARREGAMENTO – RELATÓRIO R40

Esse relatório tem por objetivo apresentar os critérios e procedimentos a serem seguidos nos ensaios de carregamento de todas as estruturas que compõe a série adotada para a LT-CC.

15.5.35 FUNDAÇÕES TÍPICAS – RELATÓRIO R41

Esse relatório tem por objetivo apresentar os procedimentos para coleta de informações de solos, definir os tipos de fundações a serem utilizados em cada solo e as metodologias de cálculo a serem empregadas. Incluir os desenhos das fundações com as dimensões típicas aproximadas para fundações em solos normais.

15.5.36 SISTEMA DE ATERRAMENTO – RELATÓRIO R42

Esse relatório tem por objetivo apresentar os procedimentos para coleta de informações de solos, definir os tipos de fundações a serem utilizados em cada solo e as metodologias de cálculo a serem empregadas. Incluir os desenhos das fundações com as dimensões típicas aproximadas para fundações em solos normais.

15.5.37 SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA VIBRAÇÕES EÓLICAS – RELATÓRIO R43

Esse relatório tem por objetivo apresentar as principais características dos fenômenos vibratórios induzidos por ventos de baixa intensidade e definir a proteção a ser utilizada em função das características dos cabos e do relevo da região atravessada pela LT-CC.

15.5.38 PLANTA DO TRAÇADO – RELATÓRIO R44

Esse relatório tem por objetivo apresentar a diretriz selecionada para a LT-CC e relacionar e identificar os cruzamentos com linhas de transmissão da Rede Básica existentes ao longo do traçado.

15.6 DEMONSTRAÇÃO DE CONFORMIDADE NA ETAPA DE DETALHAMENTO

15.6.1 ESTUDOS DE DESEMPENHO EM REGIME PERMANENTE, TRANSITÓRIO E DINÂMICO DO ELO CC

São considerados como dados de entrada, aqueles resultantes do dimensionamento de todos os equipamentos do circuito principal do elo CC, definidos durante a etapa de concepção.

Trata-se do detalhamento do estudo de Desempenho Dinâmico executado durante a Etapa de Concepção, tendo por finalidade identificar todos os parâmetros necessários a otimização de todo o sistema de controle, de forma a atender os requisitos estabelecidos tanto para desempenho em regime permanente quanto para desempenho após aplicação e eliminação de defeitos, CA e CC, minimizando possíveis instabilidades, falhas de comutação e interações indesejáveis com o sistema CA.

Estes estudos devem:

(a) Demonstrar que o controle projetado é adequado para todas as condições operativas previstas no item 5.5.3 para o elo CC, incluindo as mudanças entre os modos de operação disponíveis. Deve também

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demonstrar que os requisitos estabelecidos nos capítulos 4 e 5 deste Anexo foram atendidos, em especial aqueles relacionados ao tempo de recuperação do elo CC e os relacionados à minimização da ocorrência de falhas de comutação.

(b) Demonstrar que, em regime permanente, não ocorre redução da potência transmitida, quando da troca de modo de operação de potência constante para corrente constante, desde que o sistema CA esteja operando acima do limite, de potência de curto circuito mínima, previamente estabelecido.

(c) Contemplar as diversas situações que poderão ocorrer no sistema real, incluindo instabilidade transitória, instabilidade dinâmica, instabilidade de tensão e instabilidade harmônica.

(d) Avaliar a modulação de potência ativa e reativa do elo para estabilizar os sistemas CA, controle de frequência, variações rápidas de potência etc.

(e) Identificar as medidas necessárias a evitar interações indevidas entre os controles do elo CC em estudo e o controle de equipamentos eletricamente próximos, tais como: outros elos CC (multi-infeed), back-to-back(s) convencional(is) ou CCC, CER ou Statcom e entre elos e conversoras VSC.

(f) Devem ser utilizados os programas ANAREDE (fluxo de potência), ANATEM (estabilidade eletromecânica), PSCAD e/ou ATP (transitórios eletromagnéticos).

(g) Mesmo que tenham sido realizados por meio do PSCAD, a transmissora deverá entregar ao ONS, até o final da etapa de detalhamento, 30 meses após a assinatura do contrato de concessão, um modelo detalhado do elo CC incluindo todos os controles, também para o programa ATP. Este modelo deverá ser acompanhado pelo manual correspondente e pelos os testes de validação executados contra resultados obtidos pelo Simulador CC.

15.6.2 ESTUDO DE OSCILAÇÕES SUBSÍNCRONAS

Tem por finalidade determinar eventuais requisitos de controle, que devam ser incorporados ao controle dos sistemas HVDC, para evitar que a interação entre as conversoras e os equipamentos dos sistemas CA, sujeitem unidades geradoras ligadas às barras CA próximas a esforços torcionais elevados.

Esses fenômenos devem ser investigados por meio de ferramentas de simulação de transitórios eletromagnéticos (PSCAD e/ou ATP), considerando a representação completa da máquina, com o eixo do conjunto turbina-gerador representado por um sistema multi-massa-mola. Deve também ser considerada, quando necessária, a análise no domínio da frequência (modelo linearizado do eixo turbina gerador).

Os modelos utilizados, devidamente aferidos e documentados, devem ser disponibilizados ao ONS.

15.6.3 ESTUDOS DE MANOBRA DE EQUIPAMENTOS DO PÁTIO CA

Os seguintes estudos devem ser realizados, quando aplicáveis:

(a) Estudos de manobra de equipamentos do pátio CA, incluindo energização de transformadores conversores e TRT de disjuntores de linhas e de equipamentos do pátio CA.

(b) Envolvem estudos de religamento monopolar de linhas de transmissão, em caso de disjuntores que possam ser chamados a atuar com esta finalidade, em função do arranjo da subestação.

O item (a) trata de um refinamento, com dados mais precisos, dos estudos mencionados no item 15.5.20.

Os estudos descritos no item (b) se destinam a avaliar os ajustes de religamento monopolar, incluindo o seu tempo morto, verificando a eventual influência do Elo CC na sua definição.

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Caso algum disjuntor pertencente ao empreendimento, no pátio de 500 kV, possa eventualmente vir a religar tripolarmente linhas de 500 kV de comprimento superior a 200 km será, também, necessário avaliar esta manobrapara determinar uma eventual necessidade de utilização de dispositivos de mitigação de sobretensão (RPIs ou sincronizadores).

As simulações devem ser realizadas na ferramenta ATP.

15.6.4 ESTUDOS DAS PROTEÇÕES DAS CONVERSORAS E DA LT CC

Tem por finalidade definir a coordenação das proteções CC e CA, bem como identificar as interações com os controles das conversoras.

15.6.5 ESTUDOS DE DEFINIÇÃO DAS MALHAS DE TERRA DAS SUBESTAÇÕES CONVERSORAS E ELETRODOS DE TERRA

Estes estudos devem considerar, como dados de entrada, os resultados das medições efetuadas e tem por finalidade demonstrar que não existirão problemas de gradientes de potencial, de tensões de passo e de toque, corrosão de estruturas metálicas, oleodutos ferrovias, etc.

Deverão também identificar a possibilidade de existência de corrente contínua circulando pelo neutro dos transformadores conversores ou transformadores de concessionárias. O estudo deverá indicar, se for o caso, as soluções necessárias para mitigar este problema, tais como por exemplo, a necessidade de utilização de isolamento galvânico no neutro do transformador ou a alteração da execução do eletrodo.

Estes estudos deverão levar em consideração a injeção, também para a malha de terra existente nas subestações (SE Xingu e SE Terminal Rio), da corrente de desbalanço entre os polos para a condição de operação bipolar, no caso da perda da linha do eletrodo ou do eletrodo, já que nesta situação haverá a atuação dos dispositivos NBGS e MRTB.

Adicionalmente, a Transmissora deverá avaliar e modificar, se necessário, as malhas de terra das subestações existentes, Xingu e Terminal Rio, sob o ponto de vista de injeção para a terra de correntes de curto-circuito CA, em função dos níveis de curto-circuito definidos no item 2.2, levando em conta o atendimento dos requisitos previstos nas normas aplicáveis definidas no item 1.5.

15.6.6 OUTROS ESTUDOS

Deverão ser também realizados pela TRANSMISSORA os seguintes estudos adicionais:

(a) Estudos de interferência em sistemas de comunicação por onda portadora (PLC);

(b) Estudo de rádio-interferência (RI) e de ruído audível;

(c) Estudos de interferências TVI, microondas, VHF e UHF, incluindo sistemas de navegação aérea na proximidade de aeroportos;

(d) Estudos de confiabilidade e disponibilidade;

(e) Estudos de perdas e eficiência;

(f) Estudos de coordenação das proteções.

15.6.7 ESPECIFICAÇÕES

A Transmissora deve apresentar a especificação detalhada:

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EDITAL DE LEILÃO NO007/2015-ANEEL ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

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Do sistema de telecomunicação a ser adotado pelo empreendimento, com vistas a comprovar o atendimento ao item 14 deste Anexo Técnico;

Das proteções e de seus ajustes, com vistas a comprovar o atendimento ao item 11 deste

Anexo Técnico;

Dos registradores e oscilógrafos adotados para o registro de perturbações, com vistas a comprovar o atendimento ao item 13 deste Anexo Técnico;

Do sistema de supervisão e controle com vistas a comprovar o atendimento ao item 12 deste

Anexo Técnico;

Do Master Control e de todas as suas interfaces.

Os temas acima já foram tratados na Etapa de Concepção de uma forma mais simplificada e conceitual. Na Etapa de Detalhamento devem ser abordados com precisão, com vistas à a operação do empreendimento.

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EDITAL DE LEILÃO NO007/2015-ANEEL ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

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16 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA RELATIVA AO EMPREENDIMENTO

Os relatórios e documentos, elaborados pelo Planejamento Setorial e listados a seguir, são partes integrantes do Edital devendo suas recomendações ser consideradas pela TRANSMISSORA no desenvolvimento dos seus projetos para implantação das instalações, exceto quando disposto de forma diferente no Edital, incluindo este Anexo Técnico.

16.1 ESTUDOS DE ENGENHARIA E PLANEJAMENTO

16.1.1 ESTUDOS (RELATÓRIOS R1 E R2)

Nº EMPRESA DOCUMENTO

EPE-DEE-RE-063/2012-rev2

ESTUDOS PARA A LICITAÇÃO DA EXPANSÃO DA TRANSMISSÃO - DETALHAMENTO DA ALTERNATIVA RECOMENDADA - RELATÓRIO R1 - Expansão das Interligações Norte-Sudeste e Norte-Nordeste - Parte II, 21 de novembro de 2013.

EPE-DEE-RE-136/2014-REV0

ESTUDOS PARA A LICITAÇÃO DA EXPANSÃO DA TRANSMISSÃO - DETALHAMENTO DA ALTERNATIVA DE REFERÊNCIA: RELATÓRIO R2 - Expansão da Interligação entre as Regiões Norte/Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste - Elo de Corrente Contínua ± 800 kV Xingu –Terminal Rio, 30 de outubro de 2014.

16.2 RELATÓRIOS DAS CARACTERÍSTICAS E REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES EXISTENTES

Nº EMPRESA DOCUMENTO

FUR-RIO-RE.4-R4-001 R0

SISTEMA DE TRANSMISSÃO CCAT DE BELO MONTE – BIPOLO 2 - SE TERMINAL RIO - 800 kV CC / 500 kV CA - REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES A SEREM TRANSFERIDAS PARA FURNAS – RELATÓRIO R4, 25 de maio de 2014

LXTE-XIN-R4-218

SE XINGU 500-230 kVca - ± 800 kVcc - RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA REDE EXISTENTE E DESCRITIVO DO EMPREENDIMENTO, 28 de outubro de 2014.

LTTE-RE-SE-NVI-R4-M-218

SE NOVA IGUAÇU 500/345/138kV - RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA REDE EXISTENTE E DESCRITIVO DO EMPREENDIMENTO, 27 de fevereiro de 2015.

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EDITAL DE LEILÃO NO007/2015-ANEEL ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

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16.3 MEIO AMBIENTE, LICENCIAMENTO E FUNDIÁRIO

16.3.1 GERAL

A TRANSMISSORA deve implantar as INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO deste LOTE, observando a legislação e os requisitos ambientais aplicáveis.

16.3.2 DOCUMENTAÇÃO DISPONÍVEL

Nº EMPRESA DOCUMENTO

Relatório R3 – Volume 1 S/Nº LT CC 800 kV Xingu – Terminal Rio e Instalações Associadas - Trecho 1 - Relatório R3 - Definição do Traçado e Análise Socioambiental, 2014.

Relatório R3 – Volume 2 S/Nº LT CC 800 kV Xingu – Terminal Rio e Instalações Associadas -Trecho 2 - Relatório R3 - Definição da Diretriz e Análise Socioambiental, 2014.

Relatório S/Nº ESTIMATIVA DE CUSTOS FUNDIÁRIOS – LT 500 kV TERMINAL RIO – NOVA IGUAÇU – C1 E C2, Fevereiro de 2015

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EDITAL DE LEILÃO NO007/2015-ANEEL ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

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17 CRONOGRAMA

A TRANSMISSORA deve apresentar cronograma de implantação das instalações de transmissão pertencentes a sua concessão, conforme modelo apresentado na tabela A deste anexo, de maneira que permita aferir o progresso das obras e assegurar a entrada em OPERAÇÃO COMERCIAL na data estabelecida no Edital.

O prazo previsto para obtenção da (LI) Licença de Instalação, não poderá ser inferior a metade do prazo total para entrada em operação comercial das instalações.

A ANEEL poderá solicitar a qualquer tempo a inclusão de outras atividades no cronograma.

A TRANSMISSORA deve apresentar mensalmente, à fiscalização da ANEEL, Relatório do andamento da implantação das instalações de transmissão, em meio ótico e papel.

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EDITAL DE LEILÃO NO007/2015-ANEEL ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

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17.1 CRONOGRAMA FÍSICO DO EMPREENDIMENTO (TABELA A)

Nome da Empresa:

Empreendimento:

Data: Meses

No Descrição das Etapas da Implantação 1 2 3 25 48 49 50

1 Projeto Básico

2 Assinatura de Contratos

2.1 Estudos, Projetos, Construção

2.2 Contrato de Conexão ao Sistema de Transmissão CCT

2.3 Contrato de Compartilhamento de Instalação CCI

2.4 Contrato de Prestação de Serviço de Transmissão

3 Declaração de Utilidade Pública

3.1 Solicitação

3.2 Obtenção

4 Licenciamento Ambiental

4.1 Termo de Referência TR

4.2 EIA/RIMA ou RAS

4.3 Licença Prévia LP

4.4 Licença de Instalação LI

4.5 Autorização de Supressão de Vegetação ASV

4.6 Licença de Operação LO

5 Projeto Executivo

6 Aquisições de Equipamentos e Materiais

6.1 Pedido de Compra

6.2 Estruturas

6.3 Cabos e Condutores

6.4 Equipamentos Principais (TR e CR)

6.5 Demais Equipamentos (Dj, Secc, TC, TP, PR)

6.6 Painel de Proteção, Controle e Automação

7 Obras Civis

7.1 Canteiro de Obras

7.2 Fundações

8 Montagem

8.1 Estruturas

8.2 Cabos e Condutores

8.3 Equipamentos Principais (TR e CR)

8.4 Demais Equipamentos (Dj, Secc, TC, TP, PR)

8.5 Painel de Proteção, Controle e Automação

9 Comissionamento

10 Desenvolvimento Físico

11 Desenvolvimento Geral

12 Operação Comercial

Observações: Data de Início Duração

Data de Conclusão

Assinatura CREA No

Engenheiro Região

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