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Luiz Antonio Tiradentes Curso: Ciclo de Aprendizagem Vivencial - CAV

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    Curso: Ciclo de Aprendizagem Vivencial - CAV

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    Curso: Dinmicas de Grupo e Jogos Vivenciais

    Anexos

    1 Quem o facilitador de grupos?

    Cada atividade, projeto ou evento que envolve pessoas, geralmente est permeado

    ou orientado por um planejamento que, naturalmente, foi coordenado por algum. No

    trabalho especfico com um grupo (e falamos aqui do momento em que as pessoas se

    encontram, se conhecem, se integram e, a partir de ento, produziro algo juntas), existe

    um personagem imprescindvel ao processo de desenvolvimento deste grupo. Esse

    personagem pode ser o prprio lder do grupo. A ele ns chamamos de facilitador.

    Alguns autores denominam a pessoa que conduz as atividades de um grupo

    como animador, moderador ou coordenador. Optamos por facilitador. A prpria palavra

    j o descreve, em sntese: tornar fcil a comunicao, o conhecimento, a integrao,

    enfim favorecer o relacionamento entre os membros do grupo, ser mediador em todas as

    situaes geradas no grupo, sejam de cunho pessoal ou pertinentes ao trabalho que

    estiver sendo iniciado ou desenvolvido.

    No nosso contexto de trabalho com grupos, o facilitador deve exercer o papel de

    educador, de incentivador, buscando trabalhar as habilidades e atitudes das pessoas,

    para gerar os comportamentos desejveis s novas situaes. Enquanto educador, o

    facilitador deve conduzir um grupo, buscando possibilitar uma ao construtiva de

    aprendizagem (processo andraggico ou educao de adultos), oferecendo s pessoas

    espaos e orientao para que elas possam, com autonomia, desenvolver todas suas

    potencialidades, integrando ao saber que j tm os novos conhecimentos que

    desenvolvem a cada dia.

    Para entendermos melhor a ao do facilitador como educador (e no como um

    simples animador de programas), vamos ver alguns princpios e caractersticas da

    Educao de Adultos:

    O adulto, atravs do processo de aprendizagem, torna-se cada vez mais apto a

    se autodirigir, e as vivncias acumuladas lhe permitem condies para isso.

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    O adulto aprende para aplicao imediata s atividades que executa, para

    resolver problemas e, no, simplesmente, para acumular conhecimentos de

    utilidade eventual futura.

    O respeito que o adulto deseja e reclama se liga s consideraes sobre suas

    caractersticas e sua participao no planejamento, na execuo e avaliao das

    atividades das quais participa.

    Seu ritmo de aprendizagem requer uma metodologia participativa, uma

    linguagem direta e experincias concretas.

    Sua motivao se liga s expectativas de melhorias na carreira profissional, no

    reconhecimento social e na busca de crescimento pessoal.

    O adulto aprende estabelecendo conexo entre os conhecimentos adquiridos e

    suas experincias profissionais.

    O adulto cobra sempre o retorno de seu desempenho no processo de ensino-

    aprendizagem. E a estratgia ideal a auto-avaliao, para que ele prprio

    julgue o seu processo.

    Na metodologia para adulto, o objetivo do ensino-aprendizagem o de explorar a

    experincia. O foco no est no contedo que ensinado, mas nos esquemas

    referenciais de quem aprende. Citando Paulo Freire:

    Como sujeito do processo educativo, o homem busca ativamente respostas para

    seus problemas, de forma consciente, crtica e construtiva, rejeitando a mera repetio

    do que est escrito ou foi dito por outro.

    Assim, preparar o homem para a vida, significa deix-lo caminhar com seus

    prprios ps, possibilitando-lhe a tomada de conscincia de todas as possibilidades que

    a realidade lhe oferece, avaliando sua prpria capacidade.

    Fonte: Milito, Albigenor & Rose. Jogos, Dinmicas & Vivncias grupais.

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    Principais diferenas entre a andragogia e pedagogia:

    Caractersticas da

    Aprendizagem

    Pedagogia Andragogia

    Relao

    Professor/Aluno

    Professor o centro

    das aes, decide o que

    ensinar, como ensinar e

    avalia a aprendizagem

    A aprendizagem

    adquire uma caracterstica

    mais centrada no aluno, na

    independncia e na auto-

    gesto da aprendizagem.

    Razes da

    Aprendizagem

    Crianas (ou adultos)

    devem aprender o que a

    sociedade espera que saibam

    (seguindo um currculo

    padronizado)

    Pessoas aprendem o

    que realmente precisam saber

    (aprendizagem para a

    aplicao prtica na vida

    diria).

    Experincia do Aluno

    O ensino didtico,

    padronizado e a experincia

    do aluno tem pouco valor

    A experincia rica

    fonte de aprendizagem,

    atravs da discusso e da

    soluo de problemas em

    grupo.

    Orientao da

    Aprendizagem

    Aprendizagem por

    assunto ou matria

    Aprendizagem baseada

    em problemas, exigindo

    ampla gama de

    conhecimentos para se chegar

    a soluo

    Fonte: Gilberto Teixeira (Prof.Doutor FEA/USP ) - A andragogia e seus

    principios

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    2 O que pode comprometer os resultados de um treinamento?

    Um dos fatores que pode comprometer os resultados de um treinamento o estado

    emocional do grupo. Caminhos emocionais interferem no funcionamento dos grupos no

    processo de realizao de sua tarefa/objetivos. A fora desses aspectos pode ser

    entendida como uma suposio (pois envolve emoes que so comuns a todas as

    pessoas) inconsciente compartilhada pelos membros do grupo, e acontece espontnea,

    instintiva e inconscientemente.

    As suposies bsicas determinaro a forma como o indivduo ou grupo ir se

    relacionar com a autoridade/facilitador, bem como com o grupo.

    Suposies bsicas de Bion

    Segundo Bion (1970), o grupo precede o indivduo, enfatizando que as pessoas

    no tm que estar juntas na mesma sala para formar um grupo. Na sua opinio, um

    ermito, em um deserto inevitavelmente um membro de grupo e no pode ser

    entendido a menos que se saiba de que grupo e do qual se separou geograficamente.

    As pessoas tm que estar juntas para que possam ser demonstrados e elucidados os

    fenmenos de grupo, mas no para que eles devam existir. A cultura grupal consiste na

    permanente interao entre o indivduo e o seu grupo.

    Para ele, o grupo de trabalho uma modalidade grupal que opera no plano do

    consciente e est voltado para a execuo de alguma tarefa. Esta anlise est baseada no

    que ele chama de grupo de suposies bsicas, ou a suposio do que bsico ao

    comportamento. A suposio bsica d significado e elucida o comportamento do

    grupo para o fato de que no est operando como um grupo de trabalho. So as

    suposies tcitas que prevalecem nos grupos, radicadas no inconsciente e no as que

    so expressas abertamente, sendo deduzidas do estado emocional do grupo.

    Bion (1975) define trs estados emocionais distintos de grupos dos quais pode-se

    deduzir trs suposies bsicas:

    Dependncia: A primeira suposio de que o grupo se rene a fim de ser

    sustentado por um lder, de quem depende para a nutrio, tanto material como

    espiritual, e proteo. Refere-se condio que todo grupo apresenta uma necessidade

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    de depender de algo ou algum para realizao de seus objetivos. Esse suposto bsico

    mostra que os indivduos procuram os grupos pela necessidade bsica de obter deles

    segurana.

    Exemplo:

    Eu gostaria que o facilitador nos dissesse o que espera do grupo.

    Acho que deveramos ter algum modo de comear.

    Estou inteiramente confuso. Que para fazer agora?

    Estamos desorganizados. Quem nos mostra como sair desta?

    Isto tambm acontece em outros grupos?

    Luta e fuga: o grupo, quando no suposto bsico de luta-fuga, mostra total

    ausncia de reconhecimento da compreenso. O grupo rene-se para lutar contra

    alguma coisa ou dela fugir. Ele est preparado para assumir qualquer uma das duas

    atitudes, indiferentemente. No suposto bsico de luta-fuga, o grupo expressa um

    sentimento de incapacidade para compreender. O lder aceito de um grupo neste estado

    aquele cujas exigncias sobre o grupo so sentidas como concedendo oportunidades

    para fuga ou para agresso; e, se fizer exigncias que no sejam essas, ser ignorado.

    Exemplos:

    Luta:

    Eu coloco que dvida suas intenes.

    Tenho dvidas quanto a validade deste mtodo.

    Sou contra esta ideia porque prejudicial para todos.

    Fuga:

    Silncio, rabiscar um papel, olhar para a janela, portas, paredes, etc.

    Humor, riso, alvio de tenso.

    Afirmaes inadequadas, superintelectualizadas, generalidades.

    Sugiro uma pausa para o caf.

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    Interdependncia: sentimento de assuno corresponsvel de cada um e de todos

    por tudo que acontecer pelo seu destino, comprometimento genuno, orientao para a

    resoluo de problemas, respostas sempre visando ajudar a consecuo das metas do

    grupo, apoio aos outros, calor humano, aceitao de papeis ou seja, no preciso uma

    liderana para determinar o que preciso ser feito e, portanto no existe necessidade de

    testa-la, competir com ela.

    um indicador da maturidade do grupo e do seu grau de competncia

    interpessoal. Manifesta-se por aumento de produtividade, motivao elevada, inovao,

    simplificao de processos, eficincia com esforos para chegar a eficcia.

    Exemplos:

    Todos ns sentimos sua falta.

    Concordo integralmente com o que fulano est dizendo.

    Estamos realmente trabalhando bem hoje.

    Progredimos muito em relao aos primeiros dias.

    Estamos produzindo boas ideias.

    As coisas esto fluindo.

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    3 Etapas da Vida de um Grupo

    Fases de um grupo

    Schultz (1967) afirma que so grandes as semelhanas de funcionamento entre o

    indivduo, um pequeno grupo e uma instituio. Baseando-se em trabalhos de vrios

    autores, apresenta uma teoria de comportamento interpessoal, dos hbitos lgicos do

    pensamento e das necessidades do Eu. Postula que o ser humano tem necessidade de

    outros seres humanos para ser aceito, compreendido e excludo, ou seja, necessidade de

    relacionamento interpessoal, a qual s pode ser satisfeita atravs da efetivao do

    relacionamento com outros.

    O comportamento do indivduo, ainda na opinio de Schultz (1967), seria uma

    combinao de trs tipos de comportamento nessas zonas para que a necessidade

    interpessoal seja inteiramente acertada.

    A fase de incluso apresenta-se sempre na fase inicial do grupo, quando os

    participantes confrontando-se uns com os outros, buscam e encontram o lugar que lhes

    convm. a fase em que grupo estabelece seus limites, e cada um decide se vai

    implicar-se ou comprometer-se, at que ponto vai tornar-se membro do mesmo e ser

    aceito e respeitado. nesta fase que cada um avalia o que deseja ter como contrato real

    e em que zona pretende comunicar-se. Os subgrupos so criados a partir de quando cada

    um escolhe seus parceiros. A idia inicial do objetivo e da composio do grupo, assim

    como o tipo de papel que se espera representar, formada individualmente.

    A fase do controle compreende as lutas e disputas pessoais pela liderana, pela

    distribuio de poder e de controle do grupo; a competio fraternal, as discusses sobre

    os objetivos, a organizao, as regras de procedimento, os mtodos e a tomada de

    deciso. uma fase muito conturbada que, segundo Castilho (1992, p. 49), d-se por

    dois motivos: a inabilidade e a insensibilidade dos participantes do respeito mtuo.

    Na fase de afeio o grupo toma-se mais produtivo, criativo, construtivo,

    interdependente, sinergtico e afetivo. Em contrapartida, tambm aparecem hostilidade,

    cime e manifestaes de sentimentos positivos. Cada indivduo, no grupo, estabelece

    sua norma pessoal no que concerne a dar e receber afeto.

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    Com a aproximao do fim do grupo, surge a fase de auto-avaliao e de feedback

    em relao aos sentimentos vividos durante o grupo. Algumas tomadas de conscincia

    tomam-se claras nessa etapa. Quanto maior o nvel de envolvimento afetivo do grupo,

    maior o estado de coeso grupal. Uma dinmica emerge e pode-se observar a inverso

    das fases atuais na seguinte ordem: afeio, controle, incluso.

    Schutz (1967) aborda o Princpio das Dimenses Bsicas. Para que o grupo possa

    existir, deve definir-se como grupo, para que o mesmo possa sobreviver, devem ser

    criados vnculos pessoais entre seus membros. Os limites devem ser estipulados, de

    modo a deixar claro quem est dentro e quem est fora dele. As trs dimenses bsicas

    incluso, controle e abertura ocorrem nesta ordem no desenvolvimento dos grupos.

    As questes da incluso, a deciso de quem est fora ou dentro do grupo, so as

    primeiras a surgir, seguidas pelas questes de controle (estar por cima ou por baixo) e,

    finalmente, pelas questes afetivas (estar prximo ou distante). Esta ordem no rgida,

    mas a natureza da vida em grupo tal que as pessoas tendem a determinar primeiro se

    querem ou no ficar num grupo, depois a determinar que grau de influencia iro exercer

    e, finalmente, a decidir quo pessoalmente prximas iro se tornar.

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    4 Comportamento de indivduos em grupos

    De acordo com Schutz (1967), h trs zonas de necessidades interpessoais em

    todos os grupos: incluso, controle e abertura. Estas zonas caracterizam trs fases de

    desenvolvimento grupal, que nem sempre podem ser percebidas claramente, pois cada

    indivduo tem a sua prpria etapa, seu ritmo pessoal, no entanto o autor comenta que

    podem ser observados os seguintes comportamentos dos indivduos em cada fase:

    Fase de incluso

    Sou subsocial quando sou introvertido e retrado, mantenho distncia dos

    outros e no quero me misturar. Minha ansiedade mais profunda a de no ter

    valor, a de ser insignificante, a de no ter importncia.

    Sou ultra-social quando sou extrovertido, busco incessantemente as pessoas e

    quero que elas me procurem. Procuro ser poderoso ou querido.

    Sou social quando me sinto bem com ou sem a presena de outros.

    Fase de controle:

    Sou abdicrata quando abdico do meu poder, aceitando uma posio

    subordinada, na qual eu no tenha que assumir a responsabilidade pela tomada

    de decises.

    Sou autocrata quando sou extremamente dominador, sendo fantico pelo

    poder, um competidor.

    Sou democrata quando me sinto competente, e tenho confiana de que outras

    pessoas confiam em minha capacidade de tomar decises.

    Fase de abertura

    Sou subpessoal quando evito elos ntimos com outras pessoas, mantendo

    relaes num nvel distante e superficial.

    Sou superpessoal quando me torno extremamente prximo dos outros e quero

    que eles se aproximem de mim.

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    Sou pessoal quando me sinto bem em uma relao ntima tanto quanto numa

    situao que exige distanciamento emocional.

    O grupo passa por essas trs fases, em que h oportunidade para os membros

    satisfazerem suas necessidades interpessoais. O ciclo das fases pode repetir-se vrias

    vezes durante a vida de um grupo, independente de sua durao. Quando os grupos se

    desfazem observa-se uma inverso do ciclo nas ltimas sesses, passando de abertura

    para controle e incluso como etapa final de despedida.

    Por outro lado, conforme (1971), logo nos primeiros encontros possvel delinear

    uma tnica caracterstica da vida grupal e se modificar com o tempo, segundo o

    desenvolvimento e necessidades individuais e grupais. Essas tnicas tambm so

    chamadas de preocupaes modais, representadas pelas perguntas-chave:

    Quem sou eu?

    Como so vocs?

    Que vamos fazer? e,

    Como vamos faz-lo?

    Cada etapa traz tenses e insatisfaes que precisam ser enfrentadas, podendo ser

    resolvidas de forma razovel ou no. Se for razovel, as conseqncias so psicolgicas

    e comportamentais, criando condies favorveis para resolver a prxima preocupao

    modal. Caso contrrio, as condies psicolgicas e interpessoais so afetadas,

    dificultando a resoluo da fase seguinte e at podem impedir o progresso normal do

    grupo, gerando regresses frustrantes e at esfacelamentos do grupo por

    incompatibilidade de interao de seus membros.

    Intervenes do facilitador em cada etapa do grupo

    Incluso

    Estimular a comunicao sem confrontao - , a aproximao e o

    reconhecimento. Trabalhar qualquer conflito neste momento ser um desastre

    na certa. Exemplo de intervenes:

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    o Criar situaes para que o grupo fale a seu respeito;

    o Dar importncia para a presena de cada um, para suas sugestes e

    contribuies;

    o Escutar com pacincia e ateno, e pedir para que os demais faam o

    mesmo.

    Controle

    Estimular a considerao s necessidades, ideias, sentimentos dos demais,

    prover o grupo com todos os dados e informaes que favoream a sua

    autonomia e confiana. No julgar nem criticar. Compartilhar

    responsabilidades. Exemplos de intervenes:

    o Havendo desconfiana, abrir todas as informaes e se disponibilizar

    para responder perguntas com tranquilidade.

    o Abrir mo de pr-conceitos e sempre que ocorrer um conflito, estimular

    que as partes se coloquem uma no lugar da outra e que negociem

    solues.

    o Escutar as vantagens contadas com ateno, sem entrar em competio.

    o Aceitar os erros com naturalidade, e quando houver um erro, ajudar para

    que o grupo perceba a maneira com que cada um contribuiu para que o

    problema ocorresse.

    Abertura

    O facilitador estimular a aceitao e a integrao do grupo se ele prprio for

    capaz de acolher manifestaes de amor e de raiva, de alegria e de tristeza, de

    dor e de prazer; se for capaz de desenvolver um bem querer pelo grupo e

    acreditar em suas potencialidades, independente de suas limitaes e

    inconvenincias; de renunciar a seus propsitos individuais para gratificar-se

    com o que comum ao grupo. Exemplo de intervenes:

    o Jamais ficar com raiva ou se afastar daqueles que hostilizam, pois sua

    atitude decorre da necessidade de proteo esto com medo se ser

    frustrado, ataca antes.

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    o Nem to pouco fique de amores com alguns preferidos, que lhe

    acariciam, pois isso poder provocar inveja dos demais e desconfiana ao

    seu senso de justia.

    o Estimular o interesse de todos para que compartilhem o que sentem sem

    crticas, e para que se interessem em que todos estejam o mais satisfeito

    possvel.

    Os ciclos da fase de incluso, controle e abertura podem-se repetir vrias

    vezes durante a vida de um grupo, independente de sua durao

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    4 O Ciclo de Aprendizagem Vivencial - CAV

    A aprendizagem vivencial: estrutura e processo

    Ana Paula Pacheco Chaves

    O ciclo de aprendizagem vivencial se inicia com o que Kolb chama de

    EXPERINCIA CONCRETA. o momento em que se prope aos participantes de

    um processo de aprendizagem algum tipo de vivncia prtica. Pode ser uma vivncia

    inserida na realidade dos participantes ou uma vivncia criada pelo facilitador como,

    por exemplo, uma dinmica de grupo. Vamos supor que uma equipe de profissionais

    esteja disposta a lidar com os conflitos percebidos no meio profissional, que vm

    deteriorando as relaes e os resultados do trabalho. Uma dinmica de grupo em que

    esses conflitos venham tona (por exemplo, a construo de algum objeto em comum,

    na qual se criam regras similares s presses tpicas geradoras de conflitos), constitui a

    experincia concreta.

    Finda atividade proposta na etapa de experincia concreta, passamos para a

    segunda fase do ciclo, chamada de OBSERVAO REFLEXIVA. Nessa fase do ciclo,

    o objetivo se discutir apenas o que aconteceu, o que as pessoas sentiram, o que

    observaram durante o momento da experincia concreta. O foco nessa etapa do ciclo

    tem que estar fixado na experincia vivida, o que exige do facilitador a competncia de

    no deixar que esses momentos se misture a outros: este no o momento de se associar

    essa experincia realidade, nem de fazer julgamentos sobre o que aconteceu, nem

    tentar tirar as lies sobre o que foi vivido. o momento de exercitar apenas a

    observao dos fatos, e a descrio da circunstncias da experincia vivenciada

    (incluindo as afetivas e emocionais). Se esse exerccio bem feito, tem-se como

    resultado uma srie de elementos que ajudam o grupo a enxergar a situao vivenciada,

    a v-la sem os filtros, conceitos e julgamentos usados no dia-a-dia, o que abre as frestas

    para uma percepo de si antes invisvel ou inacessvel. No exemplo que demos antes,

    os conflitos vivenciados pelo grupo durante a dinmica podem ser relatados, com o

    extremo cuidado responsabilidade do facilitador de ajudar o grupo a descrever fatos,

    sensaes, sentimentos ali vivenciados, sem partir para julgamentos e concluses.Com

    um detalhe: um momento em que todas as contradies, as divergncias e diferenas

    tm que ser ouvidas e apreciadas por igual.

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    O paralelo entre a experincia concreta (j refletida) e a realidade do grupo s

    comea a ser feita no terceiro momento do ciclo, na etapa da CONCEITUALIZAO

    ABSTRATA. Este sim o momento onde entra a racionalizao, em que se analisam os

    elementos reunidos na observao reflexiva, e se ajuda os participantes a construir a

    ponte entre o que aconteceu na experincia vivenciada e o que acontece no seu dia-a-

    dia, na sua realidade. Dessa relao entre a experincia concreta e a observao

    reflexiva devem ser extrados os padres comuns observveis na realidade do grupo,

    possibilitando-se a estruturao de hipteses, concluses, afirmaes sobre qualidades e

    caractersticas do grupo e de seu comportamento. o momento em que se abstrai a

    experincia para se construir os conceitos baseados na reflexo sobre ela, conceitos

    estes que devem ser validados coletivamente. tambm o momento propcio para se

    identificar quais os modos de adaptao dialeticamente opostos que esto se

    evidenciando (lembrando que ao facilitador cabe apenas criar o espao para essa

    indagao, e no apontar o que ele/ela enxerga). Se houver um conflito de modos, isso

    indica que h um espao de transformao, de mudana a ser ocupado e essa descoberta

    a meta a ser perseguida nesta etapa do ciclo. Retornando ao exemplo dado, nesse

    momento de conceitualizao abstrata, o facilitador (sempre com perguntas ou pequenas

    tarefas que contribuam para a reflexo), ajuda o grupo a identificar qual a relao entre

    os conflitos descritos, os diversos comportamentos individuais e a realidade profissional

    onde eles se inserem. Podem ser validadas as concluses, as afirmaes a respeito do

    que acontece no grupo, de como ele entra em conflito, como esses conflitos afetam o

    trabalho e seus resultados, como eles so encaminhados e a reao a esse

    encaminhamento. Mas, a diferena do estgio anterior em que o esforo estava

    concentrado em se ouvir as divergncias, o esforo requerido nesse momento o de se

    encontrar o cho comum, aquilo que une o grupo, o que pode ser percebido e aceito por

    todos, pois desse espao comum que pode sair o empenho do grupo em implementar

    mudanas integradas. Portanto, o facilitador nessa etapa tem que ser capaz de exercer a

    mediao, de unificar os pontos comuns e de ajudar o grupo a salientar os aspectos que

    estancam o desenvolvimento do grupo.

    Essa sntese racionalizada, produto da conceitualizao abstrata, ajuda o grupo a

    enxergar quais os elementos, as caractersticas, os padres envolvidos na situao real

    em que ele se encontra e a se direcionar para uma deciso sobre o seu processo de

    desenvolvimento, baseado na identificao do modo de adaptao sua realidade que se

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    considera inadequado e que se quer alterar. nessa transio entre a percepo clara da

    situao e o desejo de transform-la que se d incio etapa do ciclo denominada

    EXPERIMENTAO ATIVA. Essa etapa deve ser dedicada elaborao de aes

    que, quando implementadas, gerem as mudanas no modo de adaptao do grupo sua

    realidade concreta. O grande cuidado aqui definir com preciso quais os elementos de

    transformao que sero trabalhados, e planej-los realmente. Se o facilitador dedica

    pouco tempo a essa etapa do ciclo, certamente o impacto desse trabalho feito sobre a

    realidade ser, ou diminudo em seu potencial transformador, ou por demais

    generalizado para que se possam estabelecer os parmetros de avaliao das

    transformaes alcanadas.

    No exemplo dado, esse o momento que, individualmente ou em grupo, os

    participantes se dedicam a planejar e a se comprometer com a implementao de

    comportamentos diversos daqueles que geram ou mantm os conflitos insolveis.

    Novamente cabe apenas ao grupo decidir sobre aquilo que ele quer e pode se

    comprometer. Esse compromisso e essa responsabilidade assumida so os nicos

    indicadores de sucesso reais que o facilitador pode ter. O resto, cabe apenas ao grupo:

    ele o responsvel pelo seu desenvolvimento.

    O ciclo de aprendizagem se fecha somente quando o grupo, de volta sua

    realidade, faz de sua experincia concreta um campo de experimentao em que o

    planejamento da experimentao ativa seja posto prova. A evidncia de que houve um

    real aprendizado est numa ao diferenciada sobre a realidade, administrada pela

    conscincia, pelos conceitos, pelas decises e pelo planejamento elaborados durante o

    ciclo: aprender significa ganhar um modo de agir, dizia Ansio Teixeira.

    Alguns detalhes importantes para que o facilitador consiga fazer seu papel ao

    longo do ciclo:

    A passagem entre uma etapa e outra do ciclo pode ser planejada com perguntas

    especficas. O uso de perguntas abertas (cujas respostas nunca so sim ou no)

    essencial para que o grupo consiga enxergar mais longe, consiga afinar sua

    percepo, e v tomando para si a responsabilidade pelo seu prprio

    desenvolvimento.

    Esse ciclo tem a vantagem de estar calcado sobre um processo absolutamente

    natural de desenvolvimento, portanto o grupo, sem dvida alguma, ter a

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    tendncia de ir passando de uma etapa para outra. Mas, justamente por isso o

    facilitador tem que estar atento e ter cada etapa bem planejada para que o grupo

    realmente dedique a cada uma delas o tempo e o esforo necessrios para se ter

    um processo de qualidade aferido por dados bem trabalhados com o grupo,

    por reflexes reais, por anlises profundas e por compromissos verdadeiros.

    Por demandar uma capacidade de anlise e abstrao considerveis, a

    aprendizagem experiencial mais adequada a grupos e indivduos que j

    tenham atingido essa etapa de maturidade o que em geral ocorre em torno dos

    14 ou 15 anos.

    O grupo no tem que compreender ou ser capaz de enxergar o ciclo de

    aprendizagem experiencial para vivenci-lo. O facilitador, ao contrrio, tem

    que ter muito claro em seu planejamento o que est fazendo para ajudar o

    grupo a finaliz-lo tendo conscincia de que as etapas podem ser

    subdivididas entre tempos e tarefas ou atividades diferentes, mesmo entre

    pessoas diferentes, mas que necessariamente o ciclo deve ser fechado.

    Sempre me perguntam se a ordem das etapas do ciclo pode ser invertida.

    Minha resposta : desde que o facilitador tenha conscincia do porqu est

    fazendo essa opo e como far para fechar o ciclo, e confie o suficiente em

    sua prpria experincia para conduzi-lo de forma planejada, no h

    impedimento.

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    5 Quadro-resumo

    Ciclo de aprendizagem vivencial - CAV

    Experincia concreta Observao reflexiva Conceitualizao Experimentao ativa

    Vivncia de uma situao atravs de

    atividades que o participante se

    empenha

    Podem ser do tipo resoluo de

    problemas, simulao

    comportamental, dramatizaes,

    jogos

    Deve ser escolhida de acordo com a

    aprendizagem que o grupo precisa

    desenvolver num dado momento

    Observar e refletir o j vivido

    Anlise crtica dos resultados e do

    processo de alcana-los

    O como passa a ser mais

    importante do que o resultado em si

    Cada participante deve expor seus

    sentimentos, ideias e opinies

    livremente

    A ideia possibilitar ao grupo a

    elaborao de um processo

    diagnstico da situao vivenciada

    Compartilhar reaes e observaes

    Exemplo de perguntas: O que

    aconteceu, o que sentiram? O que

    puderam observar?

    No o momento da fazer

    julgamentos e nem tirar lies. o

    exercitar da Observao, descrio de

    fatos, sensaes e sentimentos.

    Elaborar conceitos e generalizaes

    Busca do significado do que ocorreu

    na vivncia com a ajuda de conceitos

    esclarecedores

    A compreenso dos aspectos

    inadequados ou problemticos

    facilita a deciso de mudanas e a

    reformulao de comportamentos

    disfuncionais

    Relao da vivncia com seu dia-dia

    Estruturar hipteses, concluses e

    afirmaes. Construo de conceitos

    baseados na reflexo sobre a

    atividade. Buscar cho comum.

    facultativo apresentar conceitos

    tericos ou informaes

    complementares para auxiliar na

    conceitualizao

    Planeja novas tticas de inovao e

    procedimento

    Experimentar e testar outras formas

    de conduta

    Esta etapa o leva novamente

    primeira etapa do ciclo, completando

    um e iniciando um outro ciclo

    vivencial de aprendizagem

    Planejamento de comportamentos

    Elaborao de aes, que quando

    implementadas, gerem mudanas no

    modo de adaptao do grupo sua

    realidade

    Ajudar o grupo a se direcionar para

    uma deciso sobre o seu processo de

    desenvolvimento

    Anotaes de aprendizados

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    Fases de desenvolvimento de grupos

    Ca

    ract

    ers

    tica

    s

    Sentimento de estranhamento, pois ningum se conhece, ou se conhecem, mas no nesta situao

    Cada um est voltado para si

    Poucos relacionamentos se estabelecem

    Vou ir em direo aos demais ou vou me retrair?

    Expresses de confuso, perplexidade e tenso

    Cada participante procura estabelecer seus limites de participao no grupo, o quando vai dar de si, o quanto

    espera receber, como se mostrar.

    uma fase de estruturao do grupo

    As conversas so cautelosas com assuntos banais

    Existe silncio de tenso

    Surgem as expectativas de ser aceito ou ser alvo de indiferena e

    no ser aceito

    O grupo inicia o movimento de se localizar e saber a respeito do

    outro

    uma fase de jogo de foras e formulao de normas e condutas

    dentro do grupo.

    Cada um busca atingir um lugar satisfatrio s suas necessidades

    de controle, influncia e

    responsabilidade

    Distribuio do poder e controle das atividades

    Surgimento de subgrupos e alianas

    Fase da produo mtua

    Mobiliza o grupo a caminhar em direo a objetivos e metas

    Expresses e busca de integrao emocional. Surgem manifestaes de

    hostilidades, cimes, apoio, afeto. O

    clima no grupo pode oscilar entre

    momentos de grande harmonia e

    hostilidade e tenso.

    Avano na relao de confiana mtua

    Grupo apresenta alto nvel de respeito, de aceitao dos seus membros,

    aceitando as diferenas individuais

    Neste ponto o grupo sente-se interdependente, sinrgico e afetivo.

    Momento de alta criatividade e produtividade

    Incluso Controle Abertura

    Necessidade De se sentir considerado pelos outros, de existncia no grupo ser de interesse para os outros

    Respeito pela competncia e responsabilidade dos outros e

    considerao dos outros pela

    competncia e responsabilidade

    do indivduo

    De amar os outros e ser amado, ou seja, sentir-se amado

    Problema Dentro ou fora

    Mantm distncia entre si e o outro

    Chama ateno para si

    Est bem tanto s como em grupo

    Topo ou base

    Afasta-se de situaes de poder e responsabilidade

    Tento dominar os outros

    No tem necessidade de provar sua competncia

    Relao superficial

    Busca ser amada pela possessividade

    Sente-se bem com situaes calorosas ou distantes

    Prximo ou distante

    Interao Encontro Confronto Abrao

    Medo Ser ignorado Ser humilhado Ser rejeitado

    Autoconceito Importante, ter um espao prprio Competente Amvel

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    Incluso Controle Abertura

    Inte

    rven

    es

    Reforar a estima dos participantes

    Reforar sua estima

    Fase de consolidar a confiana

    Evitar situaes que gerem resistncia

    Criar aproximao entre instrutor/participante e participante/participante

    Parece haver uma perda de tempo nesta fase (deixar de produzir), porm ela importante para o desenvolvimento

    do grupo

    Promover apresentaes e atividades de integrao

    Estabelecer clima descontrado

    Quebrar barreiras de desconfiana

    Informar objetivos / contedo

    Levantar expectativas

    Reconhecer o que cada um tem de bom e o que fazem de bom

    Realizar contrato de aprendizagem (Administrativo, profissional e psicolgico)

    Estimular o exerccio da liderana

    Manter comportamento discreto oportunizar aparecimento de

    papis

    Incentivar ideias

    Promover discusses

    Decidir em conjunto

    Rever acordos e contrato

    Estimular expresso de sentimentos, dificuldades e

    facilidades...

    Eliminar panelinhas

    Incentivar feedbacks

    Promover aproximao das pessoas

    Realizar anlise do curso

    Criar espao para cada um avaliar seu crescimento

    Troca de feedaback

    Solicitar sugestes.

    Esc

    olh

    a d

    e

    ati

    vid

    ad

    es

    EU EU

    O objetivo reforar os aspectos intrapessoais, escolhendo atividades que reforcem a estima do

    participante e lhe d segurana para seguir o contrato

    estabelecido com o grupo.

    Tipos de atividades: apresentao, entrosamento, autopercepo, descontrao, automotivao, autoestima.

    EU OUTRO

    Escolha de atividades que reforcem os aspectos interpessoais

    Tipos de atividades: relacionamento interpessoal,

    trabalho em grupo, comunicao,

    saber ouvir, conhecimento do

    outro.

    EU GRUPO

    Escolha de atividades que abordem a relao do participante com grupos.

    Tipos de atividades: liderana, planejamento, cooperao,

    afetividade, celebrao, criatividade,

    quebra de paradigmas, reflexo e

    aprofundamento, avaliao.

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    Estados emocionais dos grupos

    Dependncia Luta/fuga interdependncia

    O q

    ue

    Procurar algum ou um conjunto de

    procedimentos para proteo e orientao

    expressa nas relaes de autoridade

    Luta: ataque a quem se percebe como responsvel pelo estresse ao invs de adaptar-se a, lidar com, ou aprender

    da situao-problema

    Fuga: Sair ou deixar o grupo fsica e psicologicamente e no lidar com o estresse e no fazer

    esforos para remov-lo.

    Pode-se atravs de relaes interpessoais mais ntimas, expressar

    livremente ansiedade, descobrir como

    os outros se sentem, reduo da

    sensao de inadequao e culpa criada

    pelo stress.

    Car

    acte

    rst

    icas

    Muitas perguntas ao facilitador

    Rebeldia, submisso, evaso

    Ficar passivamente esperando o que fazer

    Luta

    Postura de contestao

    Pe em xeque a autoridade

    Em ponho em dvida a eficcia do grupo.

    Tenho dvidas sobre a validade do mtodo

    Qual a resposta?

    Fuga:

    Mudana de assunto

    Silncio, rabiscar papel, olhar para fora da sal

    Riso, humor, alvio de tenso

    Afirmaes superintelectualizadas

    Sugiro uma pausa para o caf

    Identificao com o grupo

    Coresponsabilidade

    Comprometimento genuno

    Aceitao de papeis.

    Expresses: Estamos produzindo boas ideias. As coisas esto fluindo.

    Todos ns sentimos sua falta.

    Conscincia de suas responsabilidades no contrato de

    aprendizagem

    Co

    mo

    lid

    ar

    No reforar a atitude de dependncia no grupo realizando aes que so de

    responsabilidade do participante. A tarefa do

    facilitador levar o grupo para um maior nvel

    de maturidade e autonomia. Isso pode ser

    evitado com a realizao de um bom contrato

    de aprendizagem

    uma confrontao necessria para a busca da maturidade

    Deve ser aceito como uma reao normal dos grupos

    Quando vivido pelo grupo e facilitador de forma madura possibilita grande nvel de avano nas relaes do

    grupo com a figura de autoridade

    Esta a fase mais produtiva do grupo, em que se vive uma atmosfera

    de muita aceitao interpessoal, com

    vivo impacto positivo na tarefa

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    6 Referncias

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    Oliveira. 2. ed. Rio de Janeiro: Imago, 1975.

    CHAVES, Ana Paula Pacheco. Aprender com a experincia e ensinar a aprender com a experiencia: uma crena simples de aplicao

    complexa. Artigo.

    CASTILHO, urea. Liderando Grupos um Enfoque Gerencial. Rio de Janeiro : Qualitymark Editora, 1992.

    KOLB, D. A. Experiential learning. Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall. 1984.

    MOSCOVICI, Fela. Equipes do certo: a multiplicao do talento humano. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 2003.

    MOSCOVICI, Fela. Desenvolvimento interpessoal: treinamento em grupo. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 2004

    SHULTZ, Will. Profunda simplicidade. 4. ed. So Paulo: Agora, 1979.

    _________. O prazer, expanso da conscincia humana. Rio de Janeiro: Imago, 1967.

    TIRADENTES, Luiz A. Como o conhecimento do comportamento do grupo de ensino, por parte do educador, pode

    influenciar a aplicao da teoria da complexidade. Artigo