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ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1

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ANEXO I

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

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1. NOME DO MEDICAMENTO Kentera 3,9 mg / 24 horas, sistema transdérmico. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada sistema transdérmico contém 36 mg de oxibutinina. A área do sistema transdérmico é de 39 cm², libertando uma quantidade nominal de 3,9 mg de oxibutinina por cada 24 horas Lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Sistema transdérmico. O sistema transdérmico é uma película plástica transparente com um revestimento adesivo, protegido por uma banda de libertação que tem de ser retirada antes da aplicação. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento sintomático da incontinência de urgência e/ou aumento da frequência e urgência das micções, que pode ocorrer em doentes adultos com bexiga instável. 4.2 Posologia e modo de administração O sistema transdérmico deve ser colocado numa área intacta e seca da pele, no abdómen, anca ou nádegas, imediatamente após remoção da saqueta protetora. Deve ser escolhido um novo local para cada novo sistema transdérmico, de modo a evitar a aplicação dum sistema num mesmo local num período de 7 dias. A dose recomendada é de um sistema transdérmico de 3,9 mg aplicado duas vezes por semana (cada 3 ou 4 dias). População idosa

Com base na evidência clínica atual, não se considera necessário proceder a ajustes de dose nesta população. Contudo, Kentera deve ser utilizado com precaução em doentes idosos, que podem ser mais sensíveis aos efeitos de medicamentos anticolinérgicos de ação central e apresentar diferenças na farmacocinética (ver secção 4.4). População pediátrica

A segurança e eficácia de Kentera na população pediátrica não foram estabelecidas. Kentera não é recomendado para utilização na população pediátrica. Os dados atualmente disponíveis encontram-se descritos na secção 4.8 mas não pode ser feita qualquer recomendação posológica. 4.3 Contraindicações Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes.

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Kentera é contraindicado em doentes com retenção urinária, doença gastrointestinal grave, miastenia grave ou glaucoma de ângulo fechado, e em doentes em risco de terem uma destas patologias. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Kentera deve ser utilizado com precaução em doentes com insuficiência hepática ou renal. A utilização de Kentera em doentes com insuficiência hepática deve ser cuidadosamente monitorizada. Devem ser avaliadas outras causas da micção frequente (insuficiência cardíaca ou doença renal) antes de iniciar o tratamento com Kentera. Em caso de infeção urinária, deve ser iniciada terapêutica antibacteriana adequada. Retenção urinária: Os medicamentos anticolinérgicos devem ser administrados com precaução em doentes com obstrução do fluxo da bexiga clinicamente significativa por causa do risco de retenção urinária. Kentera deve ser utilizado com precaução em doentes idosos, que podem ser mais sensíveis aos efeitos de medicamentos anticolinérgicos de ação central e apresentar diferenças na farmacocinética. No total, 496 doentes foram expostos a Kentera nos estudos aleatorizados, em dupla ocultação, controlados com placebo e de prolongamento de segurança de 12 semanas e 14 semanas. Destes, 188 doentes (38%) tinham 65 anos ou mais de idade e não apresentaram diferenças globais na segurança ou eficácia em comparação com doentes mais novos. Portanto, com base na evidência clínica atual, não se considera necessário proceder a ajuste de dose em doentes idosos. Alguns eventos anticolinérgicos do foro psiquiátrico e do sistema nervoso central, como perturbações do sono (por exemplo: insónias) e alterações cognitivas, foram associados à utilização de oxibutinina, especialmente em doentes idosos. Devem ser tomadas precauções quando a oxibutinina é administrada concomitantemente com outros medicamentos anticolinérgicos (ver também secção 4.5). Se o doente for afetado por algum desses eventos, deverá considerar-se a descontinuação do medicamento. Durante a utilização pós-comercialização, foram notificados outros eventos psiquiátricos que implicam um mecanismo anticolinérgico (ver secção 4.8). A administração oral de oxibutinina pode requerer as seguintes medidas preventivas, embora estes acontecimentos não tenham sido observados durante os ensaios clínicos com Kentera: Doenças gastrointestinais: os medicamentos anticolinérgicos podem originar uma diminuição da motilidade gastrointestinal e devem ser utilizados com precaução em doentes com doenças gastrointestinais obstrutivas devido ao risco de retenção gástrica e também em doenças como colite ulcerosa e atonia intestinal. Os medicamentos anticolinérgicos devem ser utilizados com precaução em doentes com hérnia do hiato/refluxo gastroesofágico e/ou que tomam simultaneamente medicamentos (tais como os bifosfonatos) que podem originar ou acentuar a esofagite. Os medicamentos anticolinérgicos devem ser utilizados com precaução em doentes com neuropatia autonómica, défice cognitivo ou doença de Parkinson. Os doentes devem ser informados que pode ocorrer prostração pelo calor (febre e insolação devido à diminuição da transpiração), quando os anticolinérgicos, como a oxibutinina, são utilizados num ambiente quente. A oxibutinina pode acentuar os sintomas de hipertiroidismo, doença cardíaca coronária, insuficiência cardíaca congestiva, arritmias cardíacas, taquicardia, hipertensão e hipertrofia da próstata.

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A oxibutinina pode levar à supressão das secreções salivares, o que pode resultar em cáries dentárias, parodontose ou candidíase oral. 4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação A administração concomitante de oxibutinina com outros medicamentos anticolinérgicos, ou com outros agentes que competem para o metabolismo da enzima CYP3A4, pode aumentar a frequência ou a gravidade de boca seca, prisão de ventre e torpor. Os agentes anticolinérgicos podem alterar potencialmente a absorção de alguns medicamentos administrados concomitantemente por causa dos efeitos anticolinérgicos sobre a motilidade gastrointestinal. Como a oxibutinina é metabolizada pela isoenzima CYP 3A4 do citocromo P450, não podem ser excluídas interações com medicamentos que inibam esta isoenzima. Isto deve ser tido em consideração em caso de utilização concomitante de antifúngicos azóis (como por exemplo, o cetoconazol) ou de antibióticos macrólidos (como por exemplo, a eritromicina) com a oxibutinina. A atividade anticolinérgica da oxibutinina é aumentada pela utilização concomitante de outros anticolinérgicos ou medicamentos com atividade anticolinérgica, tais como a amantadina e outros medicamentos antiparkinsónicos anticolinérgicos (como por exemplo, o biperideno, a levodopa), anti-histamínicos, antipsicóticos (como por exemplo, as fenotiazinas, as butirofenonas, a clozapina), quinidina, antidepressivos tricíclicos, atropina e compostos relacionados, tais como os antiespasmódicos atropínicos, e dipiridamol. Os doentes devem ser informados que o álcool pode aumentar o torpor causado pelos agentes anticolinérgicos, tais como a oxibutinina (ver secção 4.7). A oxibutinina pode antagonizar terapias procinéticas. 4.6 Gravidez e aleitamento A quantidade de dados suficientes sobre a utilização do sistema transdérmico de oxibutinina em mulheres grávidas é inexistente. Os estudos em animais revelaram uma ligeira toxicidade reprodutiva (ver 5.3). Kentera não deve ser utilizado durante a gravidez, a menos que seja claramente necessário. Quando a oxibutinina é utilizada durante a amamentação, uma pequena quantidade é excretada no leite materno. Desta forma, a utilização de oxibutinina durante a amamentação não é recomendada. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Como Kentera pode produzir torpor, sonolência ou visão turva, os doentes devem ser aconselhados a ter cuidado quando conduzirem ou utilizarem máquinas (ver secção 4.5). 4.8 Efeitos indesejáveis As reações adversas medicamentosas mais frequentemente notificadas foram reações no local de aplicação ocorrendo em 23,1 % dos doentes. Outras reações adversas medicamentosas frequentemente notificadas foram boca seca (8,6 %), obstipação (3,9 %), diarreia (3,2 %), cefaleias (3,0 %), tonturas (2,3 %) e visão turva (2,3 %).

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Lista das reações adversas em tabela As reações adversas dos estudos clínicos de fase 3 e 4 estão listadas abaixo por classes de sistemas de órgãos e frequência. As frequências são definidas como: muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100, <1/10), pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100), raros (≥1/10.000, <1/1.000); muito raros (<1/10.000). Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada frequência. Incluem-se também as reações adversas pós-comercialização não observadas nos ensaios clínicos.

Classes de sistemas de órgãos Frequência Reações adversas

Infeções e infestações Frequentes Infeção no trato urinário Pouco frequentes Infeção no trato respiratório superior, infeção

fúngica Perturbações do foro psiquiátrico

Pouco frequentes Ansiedade, confusão, nervosismo, agitação, insónias

Raros Reação de pânico#, delírio#, alucinações#, desorientação#

Doenças do sistema nervoso Frequentes Cefaleia, sonolência Raros Deterioração da memória#, amnésia#,

letargia#, perturbação da atenção# Afeções oculares Frequentes Visão turva Afeções do ouvido e do labirinto

Frequentes Tonturas

Cardiopatias Pouco frequentes Palpitações Vasculopatias Pouco frequentes Urticária, afrontamentos Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino

Pouco frequentes Rinite

Doenças gastrointestinais Frequentes Boca seca, obstipação, diarreia, náuseas, dor abdominal

Pouco frequentes Desconforto abdominal, dispepsia Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos

Pouco frequentes Dor lombar

Doenças renais e urinárias Pouco frequentes Retenção urinária, disúria Perturbações gerais e alterações no local de administração

Muito frequentes Prurido no local de aplicação Frequentes Eritema no local de aplicação, reação no local

de aplicação, erupção cutânea no local de aplicação

Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações

Pouco frequentes Lesão infligida

# reações adversas pós-comercialização provenientes apenas de notificações pós-comercialização (não observadas nos ensaios clínicos), tendo sido a frequência estimada com base nos dados de segurança dos ensaios clínicos; estas reações adversas foram notificadas em associação com a utilização tópica de oxibutinina (efeitos de classe dos anticolinérgicos). As reações adversas consideradas como estando associadas à terapêutica anticolinérgica em geral, ou observadas com a administração oral de oxibutinina, mas ainda não observadas com Kentera em ensaios

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clínicos ou na pós-comercialização, são anorexia, vómitos, esofagite de refluxo, diminuição da sudorese, golpe de calor, diminuição da produção de lágrima, midríase, taquicardia, arritmia, pesadelos, agitação, convulsões, hipertensão intraocular e indução de glaucoma, paranoia, fotossensibilidade e disfunção erétil. População pediátrica

Durante a utilização pós-comercialização neste grupo etário, foram notificados casos de alucinações (associadas a manifestações de ansiedade) e perturbações do sono relacionados com a oxibutinina. As crianças podem ser mais sensíveis aos efeitos do medicamento, especialmente às reações adversas do foro psiquiátrico e do sistema nervoso central. Notificação de suspeitas de reações adversas A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema nacional de notificação mencionado no Apêndice V. 4.9 Sobredosagem A concentração plasmática de oxibutinina diminui dentro de 1 a 2 horas após remoção do(s) sistema(s) transdérmico(s). Os doentes devem ser monitorizados até os sintomas desaparecerem. A sobredosagem com oxibutinina tem estado associada a efeitos anticolinérgicos incluindo excitação do SNC, rubor, febre, desidratação, arritmia cardíaca, vómitos e retenção urinária. Foi comunicada a ingestão de 100 mg de cloreto de oxibutinina por via oral em associação com álcool por um rapaz de 13 anos que sofreu perda de memória e por uma mulher de 34 anos que desenvolveu estupor, seguido de desorientação e agitação ao despertar, pupilas dilatadas, pele seca, arritmia cardíaca e retenção urinária. Os dois doentes recuperaram completamente com tratamento sintomático. Nenhum caso de sobredosagem foi notificado com Kentera. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: antiespasmódico urinário, código ATC: G04B D04 Mecanismo de ação: a oxibutinina atua como um antagonista competitivo da acetilcolina nos recetores muscarínicos pós-ganglionares, resultando no relaxamento do músculo liso da bexiga. Efeitos farmacodinâmicos: Em doentes com bexiga hiperativa, caracterizada pela instabilidade ou hiperreflexia do músculo detrusor, os estudos de cistometria demonstraram que a oxibutinina aumenta a capacidade urinária máxima da bexiga e aumenta o volume para a primeira contração do detrusor. Desta forma, a oxibutinina diminui a urgência urinária e a frequência dos episódios de incontinência e de micção voluntária. A oxibutinina é uma mistura racémica (50:50) de isómeros R e S. A atividade antimuscarínica reside predominantemente no isómero R. O isómero R da oxibutinina mostra maior seletividade para os subtipos muscarínicos M1 e M3 (predominantes no músculo detrusor da bexiga e na glândula parótida), comparativamente ao subtipo M2 (predominante no tecido cardíaco). O metabolito ativo - N-desetiloxibutinina - tem atividade farmacológica no músculo detrusor humano que é semelhante à da oxibutinina em estudos in vitro, mas tem uma maior afinidade de ligação para o tecido da parótida do que a oxibutinina. A forma de base livre da oxibutinina é farmacologicamente equivalente ao cloridrato de oxibutinina.

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Eficácia clínica: Foi avaliado um total de 957 doentes com incontinência urinária de urgência em três estudos controlados que compararam Kentera com o placebo, com a oxibutinina oral e/ou com as cápsulas de ação prolongada de tolterodina. Foram avaliados a diminuição dos episódios semanais de incontinência, a frequência das micções e o volume urinário total. Kentera melhorou consistentemente os sintomas da bexiga hiperativa em comparação com o placebo. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Absorção Kentera tem uma concentração de oxibutinina suficiente para manter uma difusão contínua durante os 3 a 4 dias de intervalo das doses. A oxibutinina é transportada através da pele intacta e passa para a circulação sistémica por difusão passiva através do estrato córneo. Após a aplicação de Kentera, a concentração plasmática de oxibutinina aumenta durante, aproximadamente, 24 a 48 horas atingindo concentrações máximas médias de 3 a 4 ng/ml. As condições de estado estacionário são atingidas durante a segunda aplicação do sistema transdérmico. Posteriormente, mantêm-se as concentrações de equilíbrio até 96 horas. A diferença entre a AUC e a Cmax da oxibutinina e do metabolito ativo N-desetiloxibutinina, após a administração transdérmica de Kentera no abdómen, nádegas ou ancas não é clinicamente relevante. Distribuição A oxibutinina é largamente distribuída nos tecidos corporais após absorção sistémica. O volume de distribuição foi estimado em 193 l, após administração intravenosa de 5 mg de cloridrato de oxibutinina. Metabolismo A oxibutinina administrada por via oral é metabolizada essencialmente pelos sistemas enzimáticos do citocromo P450, especialmente pela CYP3A4, que se encontra sobretudo no fígado e na parede do intestino. Os metabolitos incluem o ácido fenilciclohexilglicólico, que é farmacologicamente inativo, e a N-desetiloxibutinina, que é farmacologicamente ativa. A administração transdérmica da oxibutinina evita o metabolismo de primeira passagem gastrointestinal e hepático, reduzindo a formação do metabolito N-desetilo. Excreção A oxibutinina é extensamente metabolizada pelo fígado - ver acima – sendo que menos de 0,1% da dose administrada é excretada na urina sob forma inalterada. Além disso, menos de 0,1% da dose administrada é excretada sob a forma do metabolito N-desetiloxibutinina. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Os dados pré-clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos de toxicologia aguda, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade, potencial carcinogénico e toxicidade local. A uma concentração de 0,4 mg/kg/dia de oxibutinina administrada por via subcutânea, a ocorrência de anomalias nos órgãos é significativamente aumentada, mas só é observada na presença de toxicidade materna. Kentera fornece, aproximadamente, 0,08 mg/kg/dia. No entanto, na ausência do conhecimento da associação entre a toxicidade materna e o efeito no desenvolvimento, a sua relevância para a segurança em humanos não pode ser avaliada. No estudo da fertilidade em ratos por via subcutânea, não foram comunicados efeitos nos machos, mas, nas fêmeas, a fertilidade foi comprometida e foi identificado um NOAEL (nível de não observação de efeitos adversos) de 5 mg/kg. Avaliação do Risco Ambiental A substância ativa oxibutinina persiste no ambiente.

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6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Revestimento de protecção Poliéster/acetato de etil vinilo (PET/EVA) transparente Camada central triacetina Solução adesiva de copolímero acrílico contendo faixas de 2-etilhexil acrilato N-vinilpirrolidona e polímero de hexametilenoglicol dimetacrilato Película de libertação Poliéster siliconizado 6.2 Incompatibilidades Não aplicável 6.3 Prazo de validade 3 anos 6.4 Precauções especiais de conservação Não refrigerar ou congelar. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Os sistemas transdérmicos Kentera são embalados individualmente em saquetas de LDPE/papel laminado e são fornecidos em caixas com calendário para o doente de 2, 8 ou 24 sistemas transdérmicos. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento Aplicar o sistema imediatamente após a remoção da saqueta protetora. Após utilização, o sistema transdérmico ainda contem uma quantidade substancial de componentes ativos. Os componentes ativos restantes do sistema transdérmico podem ter efeitos nocivos se entrarem em contacto com o ambiente aquático. Por isso, após a remoção, o sistema transdérmico deve ser dobrado em dois, com as partes adesivas para dentro para que a face que liberta o medicamento não esteja exposta ao ar, colocado na saqueta de origem e então deitado fora cuidadosamente sem ser colocado ao alcance das crianças. Qualquer sistema transdérmico quer tenha sido utilizado ou não deve ser deitado fora de acordo com as exigências locais ou devolvido na farmácia. Os sistemas transdérmicos utilizados não devem ser deitados na sanita nem em qualquer sistema de lixo líquido. Atividades que podem conduzir a transpiração excessiva, ou à exposição à água ou a temperaturas extremas podem contribuir para problemas de adesão. Não expor o sistema transdérmico ao sol.

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7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Teva B.V. Swensweg 5 2031 GA Haarlem Países Baixos 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/03/270/001 8 sistemas transdérmicos EU/1/03/270/002 24 sistemas transdérmicos EU/1/03/270/003 2 sistemas transdérmicos 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE

INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 15/06/2004 Data da última renovação: 30/04/2009 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia do Medicamento (EMA) http://www.ema.europa.eu

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1. NOME DO MEDICAMENTO Kentera 90,7 mg/g gel em saqueta 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada saqueta de 1 grama de gel contém 90,7 mg de oxibutinina (equivalente a 100 mg de cloridrato de oxibutinina) resultando numa quantidade nominal de aproximadamente 4 mg/dia. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Gel em saqueta. Gel hidroalcoólico transparente, suave, incolor e inodoro de secagem rápida. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento sintomático da incontinência de urgência e/ou aumento da frequência e urgência das micções, que pode ocorrer em doentes adultos com bexiga instável. 4.2 Posologia e modo de administração Posologia A dose recomendada é uma saqueta aplicada uma vez por dia, correspondente a uma dose administrada de 4 mg aproximadamente. População idosa Com base na evidência clínica atual, não se considera necessário proceder a ajustes de dose nesta população. Contudo, Kentera deve ser utilizado com precaução em doentes idosos, que podem ser mais sensíveis aos efeitos de medicamentos anticolinérgicos de ação central e apresentar diferenças na farmacocinética (ver secção 4.4). Compromisso renal Não existe experiência com a utilização de Kentera em doentes com compromisso renal. Afeção hepática Não existe experiência com a utilização de Kentera em doentes com afeção hepática. População pediátrica A segurança e eficácia de Kentera na população pediátrica não foram estabelecidas. Kentera não é recomendado para utilização na população pediátrica. Os dados atualmente disponíveis encontram-se descritos na secção 4.8 mas não pode ser feita qualquer recomendação posológica.

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Modo de administração Kentera deve ser aplicado sobre a pele seca e intacta do abdómen, braços/ombros ou coxas. Os locais de aplicação devem ser rotativos. A aplicação não deve ser feita no mesmo local em dias consecutivos. Evite tomar banho, nadar, tomar duche, praticar exercício físico ou molhar o local da aplicação com água na hora seguinte à aplicação (ver secção 4.4). Recomenda-se que proteja o local da aplicação com a roupa, depois do gel ter secado. 4.3 Contraindicações Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes. Kentera é contraindicado em doentes com retenção urinária, doença gastrointestinal grave, miastenia grave ou glaucoma de ângulo fechado, e em doentes em risco de terem uma destas patologias. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Como o estrato córneo é o passo limitante da taxa de administração transdérmica, qualquer ferimento proporcionaria um acesso direto à epiderme, aumentando potencialmente a absorção e facilitando a migração do medicamento para a circulação sanguínea. Por conseguinte, Kentera não deve ser aplicado sob uma zona de pele recentemente rapada ou danificada. Evite tomar banho, nadar, tomar duche, praticar exercício físico ou molhar o local da aplicação com água na hora seguinte à aplicação. Recomenda-se que proteja o local da aplicação com roupa, depois de Kentera ter secado. Não foi investigado o efeito de febre, exposição a fontes de calor externas, banhos de sol e sauna sobre as características de absorção de Kentera. Metabolismo comprometido Kentera deve ser utilizado com precaução em doentes com insuficiência hepática ou renal. A utilização de Kentera em doentes com insuficiência hepática deve ser monitorizada cuidadosamente, uma vez que a oxibutinina é extensivamente metabolizada no fígado. Devem ser avaliadas outras causas da micção frequente (insuficiência cardíaca ou doença renal) antes de iniciar o tratamento com Kentera. Em caso de infeção urinária, deve ser iniciada terapêutica antibacteriana adequada. Retenção urinária Os medicamentos anticolinérgicos devem ser administrados com precaução em doentes com obstrução do fluxo da bexiga clinicamente significativa por causa do risco de retenção urinária. A administração oral de oxibutinina pode requerer as seguintes medidas preventivas, embora estes acontecimentos não tenham sido observados durante os ensaios clínicos com Kentera: Doenças gastrointestinais Os medicamentos anticolinérgicos podem reduzir a motilidade gastrointestinal e devem ser utilizados com precaução em doentes com doenças gastrointestinais obstrutivas, por causa do risco de retenção gástrica, e

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em casos de colite ulcerosa e atonia intestinal. Os medicamentos anticolinérgicos devem ser utilizados com precaução em doentes com hérnia do hiato/refluxo gastroesofágico e/ou que tomam concomitantemente medicamentos (como por exemplo, os bifosfonatos) que podem causar ou acentuar a esofagite. Kentera deve ser utilizado com precaução em doentes idosos, que podem ser mais sensíveis aos efeitos de medicamentos anticolinérgicos de ação central e apresentar diferenças na farmacocinética. No total, 496 doentes foram expostos a Kentera nos estudos aleatorizados, em dupla ocultação, controlados com placebo e de prolongamento de segurança de 12 semanas e 14 semanas. Destes, 188 doentes (38%) tinham 65 anos ou mais de idade e não apresentaram diferenças globais na segurança ou eficácia em comparação com doentes mais novos. Portanto, com base na evidência clínica atual, não se considera necessário proceder a ajuste de dose em doentes idosos. Alguns eventos anticolinérgicos do foro psiquiátrico e do sistema nervoso central, como perturbações do sono (por exemplo: insónias) e alterações cognitivas, foram associados à utilização de oxibutinina, especialmente em doentes idosos. Devem ser tomadas precauções quando a oxibutinina é administrada concomitantemente com outros medicamentos anticolinérgicos (ver também secção 4.5). Se o doente for afetado por algum desses eventos, deverá considerar-se a descontinuação do medicamento. Durante a utilização pós-comercialização, foram notificados outros eventos psiquiátricos que implicam um mecanismo anticolinérgico (ver secção 4.8). Os medicamentos anticolinérgicos devem ser utilizados com precaução em doentes com neuropatia autonómica, défice cognitivo ou doença de Parkinson. Os doentes devem ser informados que pode ocorrer prostração pelo calor (febre e insolação devido à diminuição da transpiração), quando os anticolinérgicos, como a oxibutinina, são utilizados num ambiente quente. A oxibutinina pode acentuar os sintomas de hipertiroidismo, doença cardíaca coronária, insuficiência cardíaca congestiva, arritmias cardíacas, taquicardia, hipertensão e hipertrofia da próstata. A oxibutinina pode levar à supressão das secreções salivares, o que pode resultar em cáries dentárias, parodontose ou candidíase oral. 4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação A administração concomitante de oxibutinina com outros medicamentos anticolinérgicos, ou com outras substâncias ativas que competem para o metabolismo da enzima CYP3A4, pode aumentar a frequência ou a gravidade de boca seca, prisão de ventre e torpor. Como a oxibutinina é metabolizada pela isoenzima CYP 3A4 do citocromo P450, não podem ser excluídas interações com medicamentos que inibam esta isoenzima ou com conhecidos indutores da CYP 3A4. Isto deve ser tido em consideração em caso de utilização concomitante de antifúngicos azóis (como por exemplo, o cetoconazol) ou de antibióticos macrólidos (como por exemplo, a eritromicina) com a oxibutinina. A ingestão de sumo de toranja também pode influenciar o metabolismo da oxibutinina. Os medicamentos anticolinérgicos podem alterar potencialmente a absorção de alguns medicamentos administrados concomitantemente por causa dos efeitos anticolinérgicos sobre a motilidade gastrointestinal. A atividade anticolinérgica da oxibutinina é aumentada pela utilização concomitante de outros anticolinérgicos ou medicamentos com atividade anticolinérgica, tais como a amantadina e outros

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medicamentos antiparkinsónicos anticolinérgicos (como por exemplo, o biperideno, a levodopa), anti-histamínicos, antipsicóticos (como por exemplo, as fenotiazinas, as butirofenonas, a clozapina), quinidina, antidepressivos tricíclicos, atropina e compostos relacionados, tais como os antiespasmódicos atropínicos, e dipiridamol. A oxibutinina pode causar torpor ou visão turva. O torpor pode aumentar com o consumo de álcool. Como Kentera pode causar torpor, sonolência ou visão turva, os doentes devem ser aconselhados a ter cuidado quando conduzirem ou utilizarem máquinas (ver secção 4.7). A oxibutinina pode antagonizar as terapêuticas procinéticas, como a cisaprida e a metocloparamida, e deve ser evitado em caso de reduzidas condições de motilidade gastrointestinal. 4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento Mulheres com potencial para engravidar/Contracepção masculina e feminina As mulheres com potencial para engravidar devem fazer um teste de gravidez antes do início da terapêutica e devem utilizar métodos contraceptivos eficazes durante o tratamento. Gravidez A quantidade de dados suficientes sobre a utilização do gel tópico de oxibutinina em mulheres grávidas é inexistente. Os estudos em animais revelaram uma ligeira toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Kentera não deve ser utilizado durante a gravidez, a menos que seja claramente necessário. Amamentação A informação disponível mostra que a oxibutinina é excretada no leite dos ratos, mas desconhece-se se a oxibutinina é excretada no leite humano. Não é recomendada a utilização de oxibutinina durante a amamentação. Fertilidade Não estão disponíveis dados sobre os possíveis efeitos da utilização da oxibutinina na fertilidade masculina e feminina. Estudos de fertilidade em ratos sugerem uma margem de segurança seis vezes maior em fêmeas e machos adultos a procriar, quando Kentera é administrado de acordo com a prescrição (ver secção 5.3). Os doentes submetidos a uma terapêutica com Kentera devem manter os locais da aplicação protegidos com roupa, quando estiverem em contacto com mulheres lactantes ou grávidas ou com lactentes. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Os efeitos deste medicamento sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são reduzidos. Como Kentera pode causar torpor, sonolência ou visão turva, os doentes devem ser aconselhados a ter cuidado quando conduzirem ou utilizarem máquinas (ver secção 4.5).

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4.8 Efeitos indesejáveis Resumo do perfil de segurança A segurança de Kentera foi avaliada em doentes com incontinência urinária de urgência num estudo de Fase 3 aleatório, de dupla ocultação, controlado por placebo, em grupos paralelos que abrangeu 789 doentes (sendo que 389 doentes receberam Kentera e 400 doentes foram tratados com placebo). A reação adversa comunicada mais frequentemente foi boca seca (Kentera 6,9%, placebo 2,8%). Outras reações adversas comunicadas foram prurido no local da aplicação (Kentera 2,1%, placebo 0,8%), dermatite no local da aplicação (Kentera 1,8%, placebo 0,3%), tonturas (Kentera 1,5%, placebo 0,5%), cefaleia (Kentera 1,5%, placebo 2,8%), obstipação (Kentera 1,3%, placebo 1,0%) e prurido (Kentera 1,3%, placebo 1,3%). Lista das reações adversas em tabela As reações adversas dos estudos clínicos de fase 3 e 4 estão listadas abaixo por classes de sistemas de órgãos e frequência. As frequências são definidas como: muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100, <1/10), pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100), raros (≥1/10.000, <1/1.000); muito raros (<1/10.000). Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada frequência. Incluem-se também as reações adversas pós-comercialização não observadas nos ensaios clínicos.

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Classes de sistemas de órgãos Frequência Reações adversas

Infeções e infestações Pouco frequentes Infeções do trato urinário Doenças do metabolismo e da nutrição

Pouco frequentes Hipocaliemia

Perturbações do foro psiquiátrico

Pouco frequentes Ansiedade, confusão, nervosismo, agitação, insónias

Raros Reação de pânico#, delírio#, alucinações#, desorientação#

Doenças do sistema nervoso Frequentes Cefaleia, tonturas Pouco frequentes Sonolência, disgeusia, sono de má qualidade,

tremor Raros Deterioração da memória#, amnésia#,

letargia#, perturbação da atenção# Afeções oculares Pouco frequentes Olho seco Afeções do ouvido e do labirinto

Pouco frequentes Vertigens

Cardiopatias Pouco frequentes Fibrilhação auricular, flutter auricular, arritmia sinusal

Vasculopatias Pouco frequentes Afrontamentos Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino

Pouco frequentes Tosse, secreção aumentada das vias respiratórias superiores

Doenças gastrointestinais Frequentes Boca seca, obstipação Pouco frequentes Diarreia, náuseas, dispepsia, vómitos,

hemorróidas Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos

Frequentes Prurido Pouco frequentes Erupção cutânea, xerose cutânea, erupção

pruriginosa Doenças renais e urinárias Pouco frequentes Disúria, hematúria, dor renal, retenção urinária Perturbações gerais e alterações no local de administração

Frequentes Prurido no local de aplicação, dermatite no local de aplicação

Pouco frequentes Fadiga, edema periférico, pápulas do local da aplicação, anestesia no local da aplicação, eritema no local da aplicação, irritação no local da aplicação, dor no local da aplicação, pústulas do local da aplicação

Exames complementares de diagnóstico

Pouco frequentes Eletrocardiograma anormal, eletrocardiograma com alteração, cloretemia anormal aumentada

# reações adversas pós-comercialização provenientes apenas de notificações pós-comercialização (não observadas nos ensaios clínicos), tendo sido a frequência estimada com base nos dados de segurança dos ensaios clínicos; estas reações adversas foram notificadas em associação com a utilização tópica de oxibutinina (efeitos de classe dos anticolinérgicos). As reações adversas consideradas como estando associadas à terapêutica anticolinérgica em geral ou observadas com a administração oral de oxibutinina, mas ainda não observadas com Kentera em ensaios clínicos ou na pós-comercialização, são anorexia, vómitos, esofagite de refluxo, diminuição da sudorese,

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golpe de calor, diminuição da produção de lágrima, midríase, taquicardia, arritmia, pesadelos, agitação, convulsões, hipertensão intraocular e indução de glaucoma, paranoia, fotossensibilidade e disfunção erétil. População pediátrica

Durante a utilização pós-comercialização neste grupo etário, foram notificados casos de alucinações (associadas a manifestações de ansiedade) e perturbações do sono relacionados com a oxibutinina. As crianças podem ser mais sensíveis aos efeitos do medicamento, especialmente às reações adversas do foro psiquiátrico e do sistema nervoso central.

Notificação de suspeitas de reações adversas A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema nacional de notificação mencionado no Apêndice V.

4.9 Sobredosagem A sobredosagem com oxibutinina tem estado associada a efeitos anticolinérgicos, incluindo excitação do sistema nervoso central (SNC), rubores, febre, desidratação, arritmia cardíaca, vómitos e retenção urinária. Os doentes devem ser monitorizados até os sintomas desaparecerem. As concentrações plasmáticas de oxibutinina começam a diminuir 24 horas depois da aplicação de Kentera. Foi comunicada a ingestão de 100 mg de oxibutinina por via oral em associação com álcool por um rapaz de 13 anos que sofreu perda de memória e por uma mulher de 34 anos que desenvolveu estupor, seguido de desorientação e agitação ao despertar, pupilas dilatadas, pele seca, arritmia cardíaca e retenção urinária. Os dois doentes recuperaram completamente com tratamento sintomático. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: Urológicos, antiespasmódicos urinários, código ATC: G04B D04. Mecanismo de ação A oxibutinina atua como um antagonista competitivo da acetilcolina nos recetores muscarínicos pós-ganglionares, resultando no relaxamento do músculo liso da bexiga. Efeitos farmacodinâmicos Em doentes com bexiga hiperativa, caracterizada pela instabilidade ou hiperreflexia do músculo detrusor, os estudos de cistometria demonstraram que a oxibutinina aumenta a capacidade urinária máxima da bexiga e aumenta o volume para a primeira contração do detrusor. Desta forma, a oxibutinina diminui a urgência urinária e a frequência dos episódios de incontinência e de micção voluntária. A oxibutinina é uma mistura racémica (50:50) de isómeros R e S. A atividade antimuscarínica reside predominantemente no isómero R. O isómero R da oxibutinina mostra maior seletividade para os subtipos muscarínicos M1 e M3 (predominantes no músculo detrusor da bexiga e na glândula parótida), comparativamente ao subtipo M2 (predominante no tecido cardíaco). O metabolito ativo - N-desetiloxibutinina - tem atividade farmacológica no músculo detrusor humano que é semelhante à da oxibutinina em estudos in vitro, mas tem uma maior afinidade de ligação para o tecido da parótida do

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que a oxibutinina. A forma de base livre da oxibutinina é farmacologicamente equivalente ao cloridrato de oxibutinina. Eficácia clínica A eficácia e segurança de Kentera foram avaliadas em doentes com incontinência urinária de urgência num único estudo de Fase 3. O estudo de Fase 3 foi um estudo de grupo paralelo, aleatório, de dupla ocultação e controlado por placebo que abrangeu 789 doentes. O tratamento de 12 semanas em dupla ocultação incluiu aplicações diárias de Kentera ou de gel de placebo idêntico. Esteve disponível um tratamento de 14 semanas em aberto para um subgrupo de doentes que finalizaram o período de dupla ocultação. A maioria dos doentes era de raça caucasiana (86,3%) e do sexo feminino (89,2%) com uma idade média de 59,4 anos (intervalo: 18 a 88 anos). Aproximadamente 75% dos doentes não fizeram qualquer tratamento farmacológico para a incontinência. Os doentes tratados com Kentera tiveram uma redução altamente significativa em termos estatísticos no número de episódios de incontinência urinária por dia, desde o ponto basal ao endpoint (o endpoint primário de eficácia), comparativamente ao placebo (p<0,0001), assim como para os endpoints secundários: uma redução na frequência urinária diária média (p=0,0017) e um aumento no volume médio de urina por vazio (p=0,0018). Também foram observadas melhorias significativas nas avaliações da qualidade de vida efectuadas durante o estudo com Kentera. Na seguinte tabela é apresentado um resumo da alteração média e mediana do ponto basal nos episódios de incontinência diária (endpoint primário), da frequência urinária e do volume vazio de urina entre os grupos de tratamento ativo e com placebo.

Alteração média e mediana do ponto basal nos episódios de incontinência, da frequência urinária e do volume vazio de urina na Semana 12 (LOCF)

Parâmetros

Kentera Placebo (N=389) (N=400)

Média ± DP Mediana Média ± DP Mediana Episódios de incontinência diária

Ponto basal 5,4 (3,26) 4,7 5,4 (3,28) 4,7 Alteração desde o ponto basal -3,0 (2,73) -2,7 -2,5 (3,06) -2,0 Valor-P vs. placebo <0,0001 --

Frequência urinária diária

Ponto basal 12,4 (3,34) 11,7 12,2 (3,32) 11,3 Alteração desde o ponto basal -2,7 (3,21) -2,7 -2,0 (2,82) -1,7 Valor-P vs. placebo 0,0017 --

Volume vazio de urina (ml)

Ponto basal 163,4 (65,85) 160,1 167,9 (68,40) 160,6 Alteração desde o ponto basal 21,0 (65,33) 11,5 3,8 (53,79) 0,0 Valor-P vs. placebo 0,0018 --

Episódios diários de noctúria

Ponto basal 2,5 (1,61) 2,3 2,5 (1,71) 2,3 Alteração desde o ponto basal -0,7 (1,40) -0,7 -0,7 (1,32) -0,7 Valor-P vs. placebo 0,1372 --

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Durante o tratamento em dupla ocultação foi observado um efeito positivo significativo na qualidade de vida com Kentera, com base no Questionário de Impacto da Incontinência (QII). Estes resultados foram evidentes depois do primeiro mês de tratamento e foram mantidos durante o tratamento em dupla ocultação, como ilustra a seguinte tabela.

Alteração média (DP) desde o ponto basal para a pontuação total do QII e subescalas na

Semana 12 (LOCF)

Pontuação Kentera (N=389)

Placebo (N=400)

Valor-p (Kentera vs.

Placebo)

Pontuação total -72,1 (80,01) -49,5 (76,59) 0,0005 Subescala de viagem -20,9 (25,55) -15,1 (24,82) 0,0068 Subescala de atividade física -18,0 (23,23) -13,0 (21,68) 0,0078 Subescala de relações sociais -15,2 (20,07) -9,7 (19,27) 0,0019 Subescala de saúde emocional -18,1 (21,96) -11,8 (20,64) 0,0002

Também foram observados efeitos positivos importantes para cada domínio de subescala do QII e para seis dos dez domínios de qualidade de vida, incluindo o domínio do impacto da incontinência, do King’s Health Questionnaire (KHQ), como ilustrado na seguinte tabela.

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Alteração média (DP) desde o ponto basal nas Pontuações do Domínio do KHQ na Semana 12 (LOCF)

Domínio

Kentera (N=389)

Placebo (N=400)

Valor-p (Kentera vs.

Placebo) Percepção geral da saúde 0,4 (12,23) 0,1 (11,94) 0,6528 Impacto da incontinência -27,9 (30,02) -21,3 (27,05) 0,0023 Gravidade de sintomas -20,6 (22,90) -15,8 (21,84) 0,0024 Limitações funcionais -27,1 (29,24) -21,3 (27,16) 0,0133 Limitações físicas -20,2 (30,04) -16,8 (28,12) 0,1064 Limitações sociais -11,5 (24,40) -10,3 (23,46) 0,4468 Relações pessoais -11,2 (24,96) -6,2 (19,77) 0,0489 Emoções -11,7 (24,59) -8,4 (24,89) 0,0649 Sono e energia -15,6 (24,18) -10,3 (22,42) 0,0061 Medidas de gravidade (coping) -15,3 (21,40) -11,1 (19,16) 0,0058

5.2 Propriedades farmacocinéticas Absorção Kentera está formulado para aplicações diárias e é capaz de manter os níveis terapêuticos de oxibutinina no sangue. A oxibutinina é transportada através da pele intacta e passa para a circulação sistémica por difusão passiva através do estrato córneo. Após a aplicação de Kentera, a concentração plasmática de oxibutinina aumenta durante 7 dias, aproximadamente, atingindo as concentrações máximas médias de 4 a 5 ng/ml. As condições de estado estacionário são atingidas depois do sétimo dia de administração. A diferença entre a AUC e a Cmax da oxibutinina e do metabolito ativo N-desetiloxibutinina, após a administração transdérmica de Kentera no abdómen, braços/ombros e coxas, não é clinicamente relevante. Distribuição A oxibutinina é largamente distribuída nos tecidos corporais após absorção sistémica. O volume de distribuição foi estimado em 193 l, após administração intravenosa de 5 mg de cloridrato de oxibutinina. Biotransformação A oxibutinina administrada por via oral é metabolizada essencialmente pelos sistemas enzimáticos do citocromo P450, especialmente pela CYP3A4, que se encontra sobretudo no fígado e na parede do intestino. A expressão da CYP3A e da CYP3A4 pode variar imenso, até 40 vezes, devido ao polimorfismo genético. Os metabolitos incluem o ácido fenilciclohexilglicólico, que é farmacologicamente inativo, e a N-desetiloxibutinina, que é farmacologicamente ativa. A administração transdérmica da oxibutinina evita

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o metabolismo de primeira passagem gastrointestinal e hepático, reduzindo a formação do metabolito N-desetilo. Excreção A oxibutinina é extensamente metabolizada pelo fígado - ver acima - sendo que menos de 0,1% da dose administrada é excretada na urina sob forma inalterada. Além disso, menos de 0,1% da dose administrada é excretada sob a forma do metabolito N-desetiloxibutinina. Transferência de pessoa para pessoa O potencial de transferência dérmica da oxibutinina de uma pessoa tratada para uma pessoa não tratada foi avaliado num estudo de dose única, em que os sujeitos tratados com Kentera estiveram em contacto intenso com um parceiro não tratado durante 15 minutos quer com (N=14 casais) ou sem (N=12 casais) roupa a proteger a zona da aplicação. Os parceiros não tratados desprotegidos (sem roupa) revelaram concentrações plasmáticas detectáveis de oxibutinina (Cmax média = 0,94 ng/ml). Dois dos 14 sujeitos não tratados que participaram no regime de contacto roupa/pele tiveram concentrações plasmáticas mensuráveis de oxibutinina (Cmax < 0,1 ng/ml) nas 48 horas seguintes ao contacto com sujeitos tratados; a oxibutinina não foi detectável nos restantes 12 sujeitos não tratados. Efeitos do duche O efeito do duche sobre a absorção da oxibutinina foi avaliado num estudo cruzado, aleatório em estado estacionário sob condições de sem duche ou duche 1, 2 ou 6 horas depois da aplicação de Kentera (N=20). Os resultados do estudo indicam que tomar duche passada uma hora não afecta a exposição sistémica global à oxibutinina. Utilização com protetor solar O efeito do protetor solar sobre a absorção da oxibutinina, quando aplicado 30 minutos antes ou 30 minutos depois da aplicação de Kentera, foi avaliado num estudo cruzado, aleatório de dose única (N=16). A aplicação concomitante de protetor solar, quer seja antes ou depois da aplicação de Kentera, não teve qualquer efeito sobre a exposição sistémica da oxibutinina. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Os dados não clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos de toxicidade aguda, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade, potencial carcinogénico e toxicidade local. Foram observadas reações adversas em estudos de embriotoxicidade realizados em coelhos. A uma concentração de 0,4 mg/kg/dia de oxibutinina administrada por via subcutânea, a ocorrência de anomalias nos órgãos é significativamente aumentada, mas só é observada na presença de toxicidade materna. No entanto, na ausência do conhecimento da associação entre a toxicidade materna e o efeito no desenvolvimento, a sua relevância para a segurança em humanos não pode ser avaliada. No estudo da fertilidade em ratos por via subcutânea, não foram comunicados efeitos nos machos, mas, nas fêmeas, a fertilidade foi comprometida e foi identificado um NOAEL (nível de não observação de efeitos adversos) de 5 mg/kg. Avaliação do Risco Ambiental A substância ativa oxibutinina persiste no ambiente.

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6 INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Etanol (96%) Glicerol Hidroxipropilcelulose Hidróxido de sódio (para ajuste do pH) Água purificada 6.2 Incompatibilidades Não aplicável. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Não refrigerar ou congelar. Kentera contém álcool, é considerado inflamável e não deve entrar em contacto com lume. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente A saqueta é fabricada com um material laminado, revestido por múltiplas camadas de película (polimetacrilato/copolímero de acrilonitrilo/adesivo/alumínio/polietileno de baixa densidade/papel). Cada saqueta contém 1 g de gel. Caixas de 30 saquetas. 6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento Depois da abertura da saqueta e remoção do conteúdo, o gel deve ser utilizado de imediato. Após a aplicação do gel, as mãos devem ser muito bem lavadas de imediato com sabão e água. Recomenda-se que proteja o local da aplicação com a roupa, depois do gel ter secado. Evite tomar banho, nadar, tomar duche, praticar exercício físico ou molhar o local da aplicação com água na hora seguinte à aplicação. Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Teva B.V. Swensweg 5 2031 GA Haarlem Países Baixos

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8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/03/270/004 30 saquetas 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE

INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 15/06/2004 Data da última renovação: 30/04/2009 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet, no site da Agência Europeia de Medicamentos http://www.ema.europa.eu/

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1. NOME DO MEDICAMENTO Kentera 90,7 mg/g gel 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada dose medida de 1 grama de gel contém 90,7 mg de oxibutinina (equivalente a 100 mg de cloridrato de oxibutinina) resultando numa quantidade nominal de aproximadamente 4 mg/dia. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Gel. Gel hidroalcoólico transparente, suave, incolor e inodoro de secagem rápida. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento sintomático da incontinência de urgência e/ou aumento da frequência e urgência das micções, que pode ocorrer em doentes adultos com bexiga instável. 4.2 Posologia e modo de administração Posologia A dose recomendada é uma dose medida do recipiente multidose com bomba doseadora, aplicada uma vez por dia, correspondente a uma dose fornecida de 4 mg aproximadamente. População idosa Com base na evidência clínica atual, não se considera necessário proceder a ajustes de dose nesta população. Contudo, Kentera deve ser utilizado com precaução em doentes idosos, que podem ser mais sensíveis aos efeitos de medicamentos anticolinérgicos de ação central e apresentar diferenças na farmacocinética (ver secção 4.4). Compromisso renal Não existe experiência com a utilização de Kentera em doentes com compromisso renal. Afeção hepática Não existe experiência com a utilização de Kentera em doentes com afeção hepática. População pediátrica A segurança e eficácia de Kentera na população pediátrica não foram estabelecidas. Kentera não é recomendado para utilização na população pediátrica. Os dados atualmente disponíveis encontram-se descritos na secção 4.8 mas não pode ser feita qualquer recomendação posológica.

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Modo de administração Kentera deve ser aplicado sobre a pele seca e intacta do abdómen, braços/ombros ou coxas. Os locais de aplicação devem ser rotativos. A aplicação não deve ser feita no mesmo local em dias consecutivos. Evite tomar banho, nadar, tomar duche, praticar exercício físico ou molhar o local da aplicação com água na hora seguinte à aplicação (ver secção 4.4). Recomenda-se que proteja o local da aplicação com a roupa, depois do gel ter secado. 4.3 Contraindicações Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes. Kentera é contraindicado em doentes com retenção urinária, doença gastrointestinal grave, miastenia grave ou glaucoma de ângulo fechado, e em doentes em risco de terem uma destas patologias.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Como o estrato córneo é o passo limitante da taxa de administração transdérmica, qualquer ferimento proporcionaria um acesso direto à epiderme, aumentando potencialmente a absorção e facilitando a migração do medicamento para a circulação sanguínea. Por conseguinte, Kentera não deve ser aplicado sob uma zona de pele recentemente rapada ou danificada. Evite tomar banho, nadar, tomar duche, praticar exercício físico ou molhar o local da aplicação com água na hora seguinte à aplicação. Recomenda-se que proteja o local da aplicação com roupa, depois de Kentera ter secado. Não foi investigado o efeito de febre, exposição a fontes de calor externas, banhos de sol e sauna sobre as características de absorção de Kentera. Metabolismo comprometido Kentera deve ser utilizado com precaução em doentes com insuficiência hepática ou renal. A utilização de Kentera em doentes com insuficiência hepática deve ser monitorizada cuidadosamente, uma vez que a oxibutinina é extensivamente metabolizada no fígado. Devem ser avaliadas outras causas da micção frequente (insuficiência cardíaca ou doença renal) antes de iniciar o tratamento com Kentera. Em caso de infeção urinária, deve ser iniciada terapêutica antibacteriana adequada. Retenção urinária Os medicamentos anticolinérgicos devem ser administrados com precaução em doentes com obstrução do fluxo da bexiga clinicamente significativa por causa do risco de retenção urinária. A administração oral de oxibutinina pode requerer as seguintes medidas preventivas, embora estes acontecimentos não tenham sido observados durante os ensaios clínicos com Kentera. Doenças gastrointestinais Os medicamentos anticolinérgicos podem reduzir a motilidade gastrointestinal e devem ser utilizados com precaução em doentes com doenças gastrointestinais obstrutivas, por causa do risco de retenção gástrica, e

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em casos de colite ulcerosa e atonia intestinal. Os medicamentos anticolinérgicos devem ser utilizados com precaução em doentes com hérnia do hiato/refluxo gastroesofágico e/ou que tomam concomitantemente medicamentos (como por exemplo, os bifosfonatos) que podem causar ou acentuar a esofagite. Kentera deve ser utilizado com precaução em doentes idosos, que podem ser mais sensíveis aos efeitos de medicamentos anticolinérgicos de ação central e apresentar diferenças na farmacocinética. No total, 496 doentes foram expostos a Kentera nos estudos aleatorizados, em dupla ocultação, controlados com placebo e de prolongamento de segurança de 12 semanas e 14 semanas. Destes, 188 doentes (38%) tinham 65 anos ou mais de idade e não apresentaram diferenças globais na segurança ou eficácia em comparação com doentes mais novos. Portanto, com base na evidência clínica atual, não se considera necessário proceder a ajuste de dose em doentes idosos. Alguns eventos anticolinérgicos do foro psiquiátrico e do sistema nervoso central, como perturbações do sono (por exemplo: insónias) e alterações cognitivas, foram associados à utilização de oxibutinina, especialmente em doentes idosos. Devem ser tomadas precauções quando a oxibutinina é administrada concomitantemente com outros medicamentos anticolinérgicos (ver também secção 4.5). Se o doente for afetado por algum desses eventos, deverá considerar-se a descontinuação do medicamento. Durante a utilização pós-comercialização, foram notificados outros eventos psiquiátricos que implicam um mecanismo anticolinérgico (ver secção 4.8). Os medicamentos anticolinérgicos devem ser utilizados com precaução em doentes com neuropatia autonómica, défice cognitivo ou doença de Parkinson. Os doentes devem ser informados que pode ocorrer prostração pelo calor (febre e insolação devido à diminuição da transpiração), quando os anticolinérgicos, como a oxibutinina, são utilizados num ambiente quente. A oxibutinina pode acentuar os sintomas de hipertiroidismo, doença cardíaca coronária, insuficiência cardíaca congestiva, arritmias cardíacas, taquicardia, hipertensão e hipertrofia da próstata. A oxibutinina pode levar à supressão das secreções salivares, o que pode resultar em cáries dentárias, parodontose ou candidíase oral. 4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação A administração concomitante de oxibutinina com outros medicamentos anticolinérgicos, ou com outras substâncias ativas que competem para o metabolismo da enzima CYP3A4, pode aumentar a frequência ou a gravidade de boca seca, prisão de ventre e torpor. Como a oxibutinina é metabolizada pela isoenzima CYP 3A4 do citocromo P450, não podem ser excluídas interações com medicamentos que inibam esta isoenzima ou com conhecidos indutores da CYP 3A4. Isto deve ser tido em consideração em caso de utilização concomitante de antifúngicos azóis (como por exemplo, o cetoconazol) ou de antibióticos macrólidos (como por exemplo, a eritromicina) com a oxibutinina. A ingestão de sumo de toranja também pode influenciar o metabolismo da oxibutinina. Os medicamentos anticolinérgicos podem alterar potencialmente a absorção de alguns medicamentos administrados concomitantemente por causa dos efeitos anticolinérgicos sobre a motilidade gastrointestinal. A atividade anticolinérgica da oxibutinina é aumentada pela utilização concomitante de outros anticolinérgicos ou medicamentos com atividade anticolinérgica, tais como a amantadina e outros

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medicamentos antiparkinsónicos anticolinérgicos (como por exemplo, o biperideno, a levodopa), anti-histamínicos, antipsicóticos (como por exemplo, as fenotiazinas, as butirofenonas, a clozapina), quinidina, antidepressivos tricíclicos, atropina e compostos relacionados, tais como os antiespasmódicos atropínicos, e dipiridamol. A oxibutinina pode causar torpor ou visão turva. O torpor pode aumentar com o consumo de álcool. Como Kentera pode causar torpor, sonolência ou visão turva, os doentes devem ser aconselhados a ter cuidado quando conduzirem ou utilizarem máquinas (ver secção 4.7). A oxibutinina pode antagonizar as terapêuticas procinéticas, como a cisaprida e a metocloparamida, e deve ser evitado em caso de reduzidas condições de motilidade gastrointestinal. 4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento Mulheres com potencial para engravidar/Contracepção masculina e feminina As mulheres com potencial para engravidar devem fazer um teste de gravidez antes do início da terapêutica e devem utilizar métodos contraceptivos eficazes durante o tratamento. Gravidez A quantidade de dados suficientes sobre a utilização do gel tópico de oxibutinina em mulheres grávidas é inexistente. Os estudos em animais revelaram uma ligeira toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Kentera não deve ser utilizado durante a gravidez, a menos que seja claramente necessário. Amamentação A informação disponível mostra que a oxibutinina é excretada no leite dos ratos, mas desconhece-se se a oxibutinina é excretada no leite humano. Não é recomendada a utilização de oxibutinina durante a amamentação. Fertilidade Não estão disponíveis dados sobre os possíveis efeitos da utilização da oxibutinina na fertilidade masculina e feminina. Estudos de fertilidade em ratos sugerem uma margem de segurança seis vezes maior em fêmeas e machos adultos a procriar, quando Kentera é administrado de acordo com a prescrição (ver secção 5.3). Os doentes submetidos a uma terapêutica com Kentera devem manter os locais da aplicação protegidos com roupa, quando estiverem em contacto com mulheres lactantes ou grávidas ou com lactentes. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Os efeitos deste medicamento sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são reduzidos. Como Kentera pode causar torpor, sonolência ou visão turva, os doentes devem ser aconselhados a ter cuidado quando conduzirem ou utilizarem máquinas (ver secção 4.5).

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4.8 Efeitos indesejáveis Resumo do perfil de segurança A segurança de Kentera foi avaliada em doentes com incontinência urinária de urgência num estudo de Fase 3 aleatório, de dupla ocultação, controlado por placebo, em grupos paralelos que abrangeu 789 doentes (sendo que 389 doentes receberam Kentera e 400 doentes foram tratados com placebo). A reação adversa comunicada mais frequentemente foi boca seca (Kentera 6,9%, placebo 2,8%). Outras reações adversas comunicadas foram prurido no local da aplicação (Kentera 2,1%, placebo 0,8%), dermatite no local da aplicação (Kentera 1,8%, placebo 0,3%), tonturas (Kentera 1,5%, placebo 0,5%), cefaleia (Kentera 1,5%, placebo 2,8%), obstipação (Kentera 1,3%, placebo 1,0%) e prurido (Kentera 1,3%, placebo 1,3%). Lista das reações adversas em tabela As reações adversas dos estudos clínicos de fase 3 e 4 estão listadas abaixo por classes de sistemas de órgãos e frequência. As frequências são definidas como: muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100, <1/10), pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100), raros (≥1/10.000, <1/1.000); muito raros (<1/10.000). Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada frequência. Incluem-se também as reações adversas pós-comercialização não observadas nos ensaios clínicos.

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Classes de sistemas de órgãos Frequência Reações adversas

Infeções e infestações Pouco frequentes Infeções do trato urinário Doenças do metabolismo e da nutrição

Pouco frequentes Hipocaliemia

Perturbações do foro psiquiátrico

Pouco frequentes Ansiedade, confusão, nervosismo, agitação, insónias

Raros Reação de pânico#, delírio#, alucinações#, desorientação#

Doenças do sistema nervoso Frequentes Cefaleia, tonturas Pouco frequentes Sonolência, disgeusia, sono de má qualidade,

tremor Raros Deterioração da memória#, amnésia#,

letargia#, perturbação da atenção# Afeções oculares Pouco frequentes Olho seco Afeções do ouvido e do labirinto Pouco frequentes Vertigens Cardiopatias Pouco frequentes Fibrilhação auricular, flutter auricular, arritmia

sinusal Vasculopatias Pouco frequentes Afrontamentos Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino

Pouco frequentes Tosse, secreção aumentada das vias respiratórias superiores

Doenças gastrointestinais Frequentes Boca seca, obstipação Pouco frequentes Diarreia, náuseas, dispepsia, vómitos,

hemorróidas Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos

Frequentes Prurido Pouco frequentes Erupção cutânea, xerose cutânea, erupção

pruriginosa Doenças renais e urinárias Pouco frequentes Disúria, hematúria, dor renal, retenção urinária Perturbações gerais e alterações no local de administração

Frequentes Prurido no local de aplicação, dermatite no local de aplicação

Pouco frequentes Fadiga, edema periférico, pápulas do local da aplicação, anestesia no local da aplicação, eritema no local da aplicação, irritação no local da aplicação, dor no local da aplicação, pústulas do local da aplicação

Exames complementares de diagnóstico

Pouco frequentes Eletrocardiograma anormal, eletrocardiograma com alteração, cloretemia anormal aumentada

# reações adversas pós-comercialização provenientes apenas de notificações pós-comercialização (não observadas nos ensaios clínicos), tendo sido a frequência estimada com base nos dados de segurança dos ensaios clínicos; estas reações adversas foram notificadas em associação com a utilização tópica de oxibutinina (efeitos de classe dos anticolinérgicos). As reações adversas consideradas como estando associadas à terapêutica anticolinérgica em geral ou observadas com a administração oral de oxibutinina, mas ainda não observadas com Kentera em ensaios clínicos ou na pós-comercialização, são anorexia, vómitos, esofagite de refluxo, diminuição da sudorese,

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golpe de calor, diminuição da produção de lágrima, midríase, taquicardia, arritmia, pesadelos, agitação, convulsões, hipertensão intraocular e indução de glaucoma, paranoia, fotossensibilidade e disfunção erétil. População pediátrica

Durante a utilização pós-comercialização neste grupo etário, foram notificados casos de alucinações (associadas a manifestações de ansiedade) e perturbações do sono relacionados com a oxibutinina. As crianças podem ser mais sensíveis aos efeitos do medicamento, especialmente às reações adversas do foro psiquiátrico e do sistema nervoso central.

Notificação de suspeitas de reações adversas A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema nacional de notificação mencionado no Apêndice V.

4.9 Sobredosagem A sobredosagem com oxibutinina tem estado associada a efeitos anticolinérgicos, incluindo excitação do sistema nervoso central (SNC), rubores, febre, desidratação, arritmia cardíaca, vómitos e retenção urinária. Os doentes devem ser monitorizados até os sintomas desaparecerem. As concentrações plasmáticas de oxibutinina começam a diminuir 24 horas depois da aplicação de Kentera. Foi comunicada a ingestão de 100 mg de oxibutinina por via oral em associação com álcool por um rapaz de 13 anos que sofreu perda de memória e por uma mulher de 34 anos que desenvolveu estupor, seguido de desorientação e agitação ao despertar, pupilas dilatadas, pele seca, arritmia cardíaca e retenção urinária. Os dois doentes recuperaram completamente com tratamento sintomático. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: Urológicos, antiespasmódicos urinários, código ATC: G04B D04. Mecanismo de ação A oxibutinina atua como um antagonista competitivo da acetilcolina nos recetores muscarínicos pós-ganglionares, resultando no relaxamento do músculo liso da bexiga. Efeitos farmacodinâmicos Em doentes com bexiga hiperativa, caracterizada pela instabilidade ou hiperreflexia do músculo detrusor, os estudos de cistometria demonstraram que a oxibutinina aumenta a capacidade urinária máxima da bexiga e aumenta o volume para a primeira contração do detrusor. Desta forma, a oxibutinina diminui a urgência urinária e a frequência dos episódios de incontinência e de micção voluntária. A oxibutinina é uma mistura racémica (50:50) de isómeros R e S. A atividade antimuscarínica reside predominantemente no isómero R. O isómero R da oxibutinina mostra maior seletividade para os subtipos muscarínicos M1 e M3 (predominantes no músculo detrusor da bexiga e na glândula parótida), comparativamente ao subtipo M2 (predominante no tecido cardíaco). O metabolito ativo - N-desetiloxibutinina - tem atividade farmacológica no músculo detrusor humano que é semelhante à da oxibutinina em estudos in vitro, mas tem uma maior afinidade de ligação para o tecido da parótida do

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que a oxibutinina. A forma de base livre da oxibutinina é farmacologicamente equivalente ao cloridrato de oxibutinina. Eficácia clínica A eficácia e segurança de Kentera foram avaliadas em doentes com incontinência urinária de urgência num único estudo de Fase 3. O estudo de Fase 3 foi um estudo de grupo paralelo, aleatório, de dupla ocultação e controlado por placebo que abrangeu 789 doentes. O tratamento de 12 semanas em dupla ocultação incluiu aplicações diárias de Kentera ou de gel de placebo idêntico. Esteve disponível um tratamento de 14 semanas em aberto para um subgrupo de doentes que finalizaram o período de dupla ocultação. A maioria dos doentes era de raça caucasiana (86,3%) e do sexo feminino (89,2%) com uma idade média de 59,4 anos (intervalo: 18 a 88 anos). Aproximadamente 75% dos doentes não fizeram qualquer tratamento farmacológico para a incontinência. Os doentes tratados com Kentera tiveram uma redução altamente significativa em termos estatísticos no número de episódios de incontinência urinária por dia, desde o ponto basal ao endpoint (o endpoint primário de eficácia), comparativamente ao placebo (p<0,0001), assim como para os endpoints secundários: uma redução na frequência urinária diária média (p=0,0017) e um aumento no volume médio de urina por vazio (p=0,0018). Também foram observadas melhorias significativas nas avaliações da qualidade de vida efectuadas durante o estudo com Kentera. Na seguinte tabela é apresentado um resumo da alteração média e mediana do ponto basal nos episódios de incontinência diária (endpoint primário), da frequência urinária e do volume vazio de urina entre os grupos de tratamento ativo e com placebo.

Alteração média e mediana do ponto basal nos episódios de incontinência, da frequência urinária e do volume vazio de urina na Semana 12 (LOCF)

Parâmetros

Kentera Placebo (N=389) (N=400)

Média ± DP Mediana Média ± DP Mediana Episódios de incontinência diária

Ponto basal 5,4 (3,26) 4,7 5,4 (3,28) 4,7 Alteração desde o ponto basal -3,0 (2,73) -2,7 -2,5 (3,06) -2,0 Valor-P vs. placebo <0,0001 --

Frequência urinária diária

Ponto basal 12,4 (3,34) 11,7 12,2 (3,32) 11,3 Alteração desde o ponto basal -2,7 (3,21) -2,7 -2,0 (2,82) -1,7 Valor-P vs. placebo 0,0017 --

Volume vazio de urina (ml)

Ponto basal 163,4 (65,85) 160,1 167,9 (68,40) 160,6 Alteração desde o ponto basal 21,0 (65,33) 11,5 3,8 (53,79) 0,0 Valor-P vs. placebo 0,0018 --

Episódios diários de noctúria

Ponto basal 2,5 (1,61) 2,3 2,5 (1,71) 2,3 Alteração desde o ponto basal -0,7 (1,40) -0,7 -0,7 (1,32) -0,7 Valor-P vs. placebo 0,1372 --

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Durante o tratamento em dupla ocultação foi observado um efeito positivo significativo na qualidade de vida com Kentera, com base no Questionário de Impacto da Incontinência (QII). Estes resultados foram evidentes depois do primeiro mês de tratamento e foram mantidos durante o tratamento em dupla ocultação, como ilustra a seguinte tabela.

Alteração média (DP) desde o ponto basal para a pontuação total do QII e subescalas na

Semana 12 (LOCF)

Pontuação Kentera (N=389)

Placebo (N=400)

Valor-p (Kentera vs.

Placebo)

Pontuação total -72,1 (80,01) -49,5 (76,59) 0,0005 Subescala de viagem -20,9 (25,55) -15,1 (24,82) 0,0068 Subescala de atividade física -18,0 (23,23) -13,0 (21,68) 0,0078 Subescala de relações sociais -15,2 (20,07) -9,7 (19,27) 0,0019 Subescala de saúde emocional -18,1 (21,96) -11,8 (20,64) 0,0002

Também foram observados efeitos positivos importantes para cada domínio de subescala do QII e para seis dos dez domínios de qualidade de vida, incluindo o domínio do impacto da incontinência, do King’s Health Questionnaire (KHQ), como ilustrado na seguinte tabela.

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Alteração média (DP) desde o ponto basal nas Pontuações do Domínio do KHQ na Semana 12 (LOCF)

Domínio

Kentera (N=389)

Placebo (N=400)

Valor-p (Kentera vs.

Placebo) Percepção geral da saúde 0,4 (12,23) 0,1 (11,94) 0,6528 Impacto da incontinência -27,9 (30,02) -21,3 (27,05) 0,0023 Gravidade de sintomas -20,6 (22,90) -15,8 (21,84) 0,0024 Limitações funcionais -27,1 (29,24) -21,3 (27,16) 0,0133 Limitações físicas -20,2 (30,04) -16,8 (28,12) 0,1064 Limitações sociais -11,5 (24,40) -10,3 (23,46) 0,4468 Relações pessoais -11,2 (24,96) -6,2 (19,77) 0,0489 Emoções -11,7 (24,59) -8,4 (24,89) 0,0649 Sono e energia -15,6 (24,18) -10,3 (22,42) 0,0061 Medidas de gravidade (coping) -15,3 (21,40) -11,1 (19,16) 0,0058

5.2 Propriedades farmacocinéticas Absorção Kentera está formulado para aplicações diárias e é capaz de manter os níveis terapêuticos de oxibutinina no sangue. A oxibutinina é transportada através da pele intacta e passa para a circulação sistémica por difusão passiva através do estrato córneo. Após a aplicação de Kentera, a concentração plasmática de oxibutinina aumenta durante 7 dias, aproximadamente, atingindo as concentrações máximas médias de 4 a 5 ng/ml. As condições de estado estacionário são atingidas depois do sétimo dia de administração. A diferença entre a AUC e a Cmax da oxibutinina e do metabolito ativo N-desetiloxibutinina, após a administração transdérmica de Kentera no abdómen, braços/ombros e coxas, não é clinicamente relevante. Distribuição A oxibutinina é largamente distribuída nos tecidos corporais após absorção sistémica. O volume de distribuição foi estimado em 193 l, após administração intravenosa de 5 mg de cloridrato de oxibutinina. Biotransformação A oxibutinina administrada por via oral é metabolizada essencialmente pelos sistemas enzimáticos do citocromo P450, especialmente pela CYP3A4, que se encontra sobretudo no fígado e na parede do intestino. A expressão da CYP3A e da CYP3A4 pode variar imenso, até 40 vezes, devido ao polimorfismo genético. Os metabolitos incluem o ácido fenilciclohexilglicólico, que é farmacologicamente inativo, e a N-desetiloxibutinina, que é farmacologicamente ativa. A administração transdérmica da oxibutinina evita

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o metabolismo de primeira passagem gastrointestinal e hepático, reduzindo a formação do metabolito N-desetilo. Excreção A oxibutinina é extensamente metabolizada pelo fígado - ver acima - sendo que menos de 0,1% da dose administrada é excretada na urina sob forma inalterada. Além disso, menos de 0,1% da dose administrada é excretada sob a forma do metabolito N-desetiloxibutinina. Transferência de pessoa para pessoa O potencial de transferência dérmica da oxibutinina de uma pessoa tratada para uma pessoa não tratada foi avaliado num estudo de dose única, em que os sujeitos tratados com Kentera estiveram em contacto intenso com um parceiro não tratado durante 15 minutos quer com (N=14 casais) ou sem (N=12 casais) roupa a proteger a zona da aplicação. Os parceiros não tratados desprotegidos (sem roupa) revelaram concentrações plasmáticas detectáveis de oxibutinina (Cmax média = 0,94 ng/ml). Dois dos 14 sujeitos não tratados que participaram no regime de contacto roupa/pele tiveram concentrações plasmáticas mensuráveis de oxibutinina (Cmax< 0,1 ng/ml) nas 48 horas seguintes ao contacto com sujeitos tratados; a oxibutinina não foi detectável nos restantes 12 sujeitos não tratados. Efeitos do duche O efeito do duche sobre a absorção da oxibutinina foi avaliado num estudo cruzado, aleatório em estado estacionário sob condições de sem duche ou duche 1, 2 ou 6 horas depois da aplicação de Kentera (N=20). Os resultados do estudo indicam que tomar duche passada uma hora não afecta a exposição sistémica global à oxibutinina. Utilização com protetor solar O efeito do protetor solar sobre a absorção da oxibutinina, quando aplicado 30 minutos antes ou 30 minutos depois da aplicação de Kentera, foi avaliado num estudo cruzado, aleatório de dose única (N=16). A aplicação concomitante de protetor solar, quer seja antes ou depois da aplicação de Kentera, não teve qualquer efeito sobre a exposição sistémica da oxibutinina. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Os dados não clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos de toxicidade aguda, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade, potencial carcinogénico e toxicidade local. Foram observadas reações adversas em estudos de embriotoxicidade realizados em coelhos. A uma concentração de 0,4 mg/kg/dia de oxibutinina administrada por via subcutânea, a ocorrência de anomalias nos órgãos é significativamente aumentada, mas só é observada na presença de toxicidade materna. No entanto, na ausência do conhecimento da associação entre a toxicidade materna e o efeito no desenvolvimento, a sua relevância para a segurança em humanos não pode ser avaliada. No estudo da fertilidade em ratos por via subcutânea, não foram comunicados efeitos nos machos, mas, nas fêmeas, a fertilidade foi comprometida e foi identificado um NOAEL (nível de não observação de efeitos adversos) de 5 mg/kg. Avaliação do Risco Ambiental A substância ativa oxibutinina persiste no ambiente.

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6 INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Etanol (96%) Glicerol Hidroxipropilcelulose Hidróxido de sódio (para ajuste do pH) Água purificada 6.2 Incompatibilidades Não aplicável. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Não refrigerar ou congelar. Conservar a bomba doseadora em posição vertical. Kentera contém álcool, é considerado inflamável e não deve entrar em contacto com lume. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente O recipiente multidose é composto por um frasco exterior em polipropileno com um revestimento em polietileno de baixa densidade (LDPE), uma bomba doseadora em polipropileno com juntas de etileno-propileno-dieno-monómero (EPDM) e uma cápsula de fecho em polipropileno. Cada recipiente multidose contém, pelo menos, 30 gramas de Kentera e dispensa 30 doses medidas de 1 grama. Kentera está acondicionado numa caixa contendo 1 recipiente multidose com bomba doseadora. 6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento Antes de utilizar a bomba pela primeira vez, o recipiente multidose deve ser carregado. Para carregar a bomba, pressione completamente o mecanismo da bomba várias vezes até visualizar o gel. A seguir, pressione a bomba mais uma vez e elimine essa dose de medicamento para assegurar a administração de doses exactas. A bomba já está carregada e pronta para utilizar. Depois de concluir o passo do carregamento, restarão 30 doses completas na bomba. A dose medida deve ser aplicada de imediato. Volte a posicionar sempre a pequena cápsula de fecho protetora com firmeza na ponta do adaptador da bomba e a tampa da bomba grande sobre o topo da bomba após cada utilização. Se a bomba ficar descarregada durante a utilização (nenhum gel é fornecido depois de pressionar a bomba), repita os passos acima indicados para recarregar a bomba. Após a aplicação do gel, as mãos devem ser muito bem lavadas de imediato com sabão e água. Recomenda-se que proteja o local da aplicação com a roupa, depois do gel ter secado. Evite tomar banho, nadar, tomar duche, praticar exercício físico ou molhar o local da aplicação com água na hora seguinte à aplicação.

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O recipiente multidose vazio deve ser descartado de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Teva B.V. Swensweg 5 2031 GA Haarlem Países Baixos 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/03/270/005 1 recipiente multidose com bomba doseadora 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE

INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 15/06/2004 Data da última renovação: 30/04/2009 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet, no site da Agência Europeia de Medicamentos http://www.ema.europa.eu/

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ANEXO II

A. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE

B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

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A. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE

Nome e endereço do(s) fabricante(s) responsável(veis) pela libertação do lote Kentera sistema transdérmico, gel e gel em saqueta: Nicobrand Limited 189 Castleroe Road Coleraine BT51 3RP Irlanda do Norte Teva Pharmaceuticals Europe B.V. Swensweg 5 2031 GA Haarlem Países Baixos Kentera sistema transdérmico: Merckle GmbH Ludwig-Merckle-Straße 3 89143 Blaubeuren Alemanha O folheto informativo que acompanha o medicamento tem de mencionar o nome e endereço do fabricante responsável pela libertação do lote em causa. B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO • CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E UTILIZAÇÃO

IMPOSTAS AO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Medicamento sujeito a receita médica. • CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS À UTILIZAÇÃO SEGURA E EFICAZ DO

MEDICAMENTO Não aplicável. • OUTRAS CONDIÇÕES Sistema de farmacovigilância: O Titular da Autorização de Introdução no Mercado deve assegurar que o sistema de farmacovigilância, apresentada no Módulo 1.8.1 da Autorização de Introdução no Mercado, está implementado e em funcionamento antes e enquanto o produto estiver no mercado.

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ANEXO III

ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO

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A. ROTULAGEM

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INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO CAIXA (contém 2, 8 e 24 sistemas transdérmicos) 1. NOME DO MEDICAMENTO Kentera 3,9 mg / 24 horas sistema transdérmico oxibutinina 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ATIVA(S) Cada sistema transdérmico liberta 3,9 mg de oxibutinina por cada 24 horas. Cada sistema transdérmico de 39 cm2 contém 36 mg de oxibutinina. 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Excipientes: triacetina, adesivo acrílico (contendo faixas de 2-etilhexil acrilato; N-vinilpirrolidona e polímero de hexametilenoglicol dimetacrilato). Revestimento de proteção: película de poliéster/acetato de etil vinilo; película de poliéster siliconizado (PET). 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 2 sistemas transdérmicos 8 sistemas transdérmicos 24 sistemas transdérmicos 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Unicamente por via transdérmica. Não utilizar se o selo da saqueta estiver quebrado. Aplicar imediatamente após remoção da saqueta. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. Dom/Qua Seg/Qui Ter/Sex Qua/Sab Qui/Dom Sex/Seg Sab/Ter Aplique um novo sistema transdérmico Kentera duas vezes por semana (todos os 3 a 4 dias).

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6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS

Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP: 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Não refrigerar ou congelar. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO

UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL

11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO

MERCADO Teva B.V. Swensweg 5 2031 GA Haarlem Países Baixos 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/03/270/001 <8 sistemas transdérmicos> EU/1/03/270/002 <24 sistemas transdérmicos> EU/1/03/270/003 <2 sistemas transdérmicos> 13. NÚMERO DO LOTE Lote: 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica.

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15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE kentera 17. IDENTIFICADOR ÚNICO – CÓDIGO DE BARRAS 2D Código de barras 2D com identificador único incluído. 18. IDENTIFICADOR ÚNICO - DADOS PARA LEITURA HUMANA PC: SN: NN:

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INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO SAQUETA (Contém 1 sistema transdérmico) 1. NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Kentera 3,9 mg / 24 horas sistema transdérmico oxibutinina Unicamente por via transdérmica. 2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO Aplicar imediatamente após remoção da saqueta. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. 3. PRAZO DE VALIDADE EXP: 4. NÚMERO DO LOTE Lote: 5. CONTEÚDO EM PESO, VOLUME OU UNIDADE Contém 1 sistema transdérmico. 6. OUTRAS Não refrigerar ou congelar.

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INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO CAIXA (Contendo 30 saquetas) 1. NOME DO MEDICAMENTO Kentera 90,7 mg/g gel em saqueta oxibutinina 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ATIVA(S) Cada saqueta de 1 grama de gel contém 90,7 mg de oxibutinina (como cloridrato) resultando numa quantidade nominal de aproximadamente 4 mg/dia. 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Excipientes: etanol (96%), glicerol, hidroxipropilcelulose, hidróxido de sódio (para ajuste de pH) e água purificada. Consultar o folheto informativo para mais informações. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO Gel 30 saquetas de 1 grama. 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Aplicar imediatamente após a abertura. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. Apenas uso cutâneo. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO

FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE VAL.

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9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Não refrigerar ou congelar. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO

UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL

11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO

MERCADO Teva B.V. Swensweg 5 2031 GA Haarlem Países Baixos 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/03/270/004 <30 saquetas> 13. NÚMERO DO LOTE Lote 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE kentera gel 17. IDENTIFICADOR ÚNICO – CÓDIGO DE BARRAS 2D Código de barras 2D com identificador único incluído.

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18. IDENTIFICADOR ÚNICO - DADOS PARA LEITURA HUMANA PC: SN: NN:

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INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA SAQUETA 1. NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Kentera 90,7 mg/g gel em saqueta oxibutinina Uso cutâneo 2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO Consultar o folheto informativo antes de utilizar. 3. PRAZO DE VALIDADE VAL. 4. NÚMERO DO LOTE Lote 5. CONTEÚDO EM PESO, VOLUME OU UNIDADE 1 grama 6. OUTRAS

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INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO E NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RECIPIENTE MULTIDOSE COM BOMBA DOSEADORA 1. NOME DO MEDICAMENTO Kentera 90,7 mg/g gel oxibutinina 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ATIVA(S) Cada dose medida de 1 grama de gel contém 90,7 mg de oxibutinina (como cloridrato) resultando numa quantidade nominal de aproximadamente 4 mg/dia. 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Excipientes: etanol (96%), glicerol, hidroxipropilcelulose, hidróxido de sódio (para ajuste de pH) e água purificada. Consultar o folheto informativo para mais informações. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO Gel 1 recipiente multidose com bomba doseadora de 30 gramas 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Aplicar imediatamente depois de o gel ter sido dispensado pela bomba. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. Apenas uso cutâneo. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO

FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO

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8. PRAZO DE VALIDADE VAL. 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Não refrigerar ou congelar. Conservar a bomba doseadora em posição vertical. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO

UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL

11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO

MERCADO Teva B.V. Swensweg 5 2031 GA Haarlem Países Baixos 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/03/270/005 <1 recipiente multidose com bomba doseadora> 13. NÚMERO DO LOTE Lote 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE kentera gel 17. IDENTIFICADOR ÚNICO – CÓDIGO DE BARRAS 2D Código de barras 2D com identificador único incluído.

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18. IDENTIFICADOR ÚNICO - DADOS PARA LEITURA HUMANA PC: SN: NN:

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B. FOLHETO INFORMATIVO

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FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

Kentera 3,9 mg / 24 horas sistema transdérmico

Oxibutinina

Leia atentamente este folheto antes de utilizar Kentera. - Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler. - Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico. - Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode ser-lhes

prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas. - Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detetar quaisquer outros efeitos secundários não

mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4. Neste folheto: 1. O que é Kentera e para que é utilizado 2. Antes de utilizar Kentera 3. Como utilizar Kentera 4. Efeitos secundários possíveis 5. Como conservar Kentera 6. Outras informações 1. O QUE É KENTERA E PARA QUE É UTILIZADO Kentera é utilizado em adultos para controlar os sintomas de incontinência de urgência e/ou aumento da frequência e urgência de urinar. Kentera funciona ao permitir que a bexiga se expanda e acomode mais urina. 2. ANTES DE UTILIZAR KENTERA Não utilize Kentera: - Se tem hipersensibilidade (alergia) à oxibutinina ou a qualquer outro componente de Kentera. - Se tem uma doença rara chamada miastenia grave que faz com que os músculos do corpo fiquem

fracos e cansados facilmente. - Se sofre de esvaziamento incompleto da bexiga durante a micção, a utilização de oxibutinina pode

agravar este problema. Deve informar o seu médico deste problema antes de utilizar Kentera. - Se tem problemas de digestão causados por um esvaziamento incompleto do estômago após uma

refeição, deve consultar o seu médico antes de utilizar Kentera. - Se sofre de glaucoma ou se tem antecedentes familiares de glaucoma, informe o seu médico. Tome especial cuidado com Kentera: Se tiver algum dos seguintes problemas: - Problemas de fígado; - Problemas de rins; - Dificuldade em urinar;

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- Bloqueio intestinal; - Fezes ensanguentadas; - Fraqueza muscular generalizada; - Deglutição dolorosa. Como o tratamento com oxibutinina pode causar uma redução da transpiração, existe um risco aumentado de febre e insolação se estiver exposto a temperaturas ambientes elevadas. Kentera não é recomendado para utilização em crianças ou adolescentes. Ao utilizar Kentera com outros medicamentos Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica. A aplicação concomitante do sistema transdérmico Kentera com a toma de outros medicamentos que tenham efeitos similares, tais como boca seca, prisão de ventre e torpor, pode aumentar a frequência e a gravidade dos efeitos secundários sentidos. A oxibutinina pode tornar o trato digestivo mais lento e, por conseguinte, influenciar a absorção de outros medicamentos orais, ou a utilização deste medicamento juntamente com outros medicamentos pode aumentar o efeito da oxibutinina. Especialmente: - Cetoconazol, itraconazol ou fluconazol (utilizados no tratamento das infeções fúngicas). - Eritromicina, um antibiótico macrólido (utilizado para tratar infeções bacterianas). - Biperideno, levodopa ou amantadina (utilizados para tratar a doença de Parkinson). - Anti-histamínicos (utilizados no tratamento de alergias, tais como a febre dos fenos). - Fenotiazinas ou clozapina (utilizadas para tratar doenças mentais). - Antidepressivos tricíclicos (utilizados para tratar a depressão). - Dipiridamol (utilizado para tratar os problemas de coagulação de sangue). - Atropina e outros medicamentos anticolinérgicos (utilizados no tratamento de doenças de estômago,

tais como a síndrome do intestino irritável). Ao utilizar Kentera com alimentos e bebidas A oxibutinina pode causar torpor ou visão turva. O torpor pode aumentar com o consumo de álcool. Gravidez e aleitamento Consulte o seu médico antes de tomar qualquer medicamento. Kentera não deve ser utilizado durante a gravidez, exceto se completamente necessário. Quando a oxibutinina é utilizada durante a amamentação, uma pequena quantidade é excretada no leite materno. Por conseguinte, não é recomendada a utilização de oxibutinina durante a amamentação. Condução de veículos e utilização de máquinas Como Kentera pode produzir torpor, sonolência ou visão turva, os doentes devem ser aconselhados a ter prudência ao conduzir veículos e utilizar máquinas.

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3. COMO UTILIZAR KENTERA Utilizar Kentera sempre de acordo com as instruções do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas. Aplique um novo sistema transdérmico Kentera duas vezes por semana (todos os 3 a 4 dias) segundo as instruções de utilização. Mude o sistema transdérmico nos mesmos dois dias de cada semana, por exemplo, cada domingo e quarta-feira ou cada segunda-feira e quinta-feira. Impresso no interior da sua embalagem de Kentera encontrará um calendário para o ajudar a lembrar-se dos dias de administração. Anote os dias que decidiu utilizar e lembre-se sempre de mudar o sistema transdérmico Kentera nos mesmos dois dias da semana que escolheu no calendário. Assegure-se que só utiliza um sistema transdérmico de cada vez e use-o sempre até ser o momento de aplicar um novo. Onde aplicar Aplique o sistema transdérmico numa área de pele limpa, seca e intacta do seu abdómen, ancas ou nádegas. Evite colocar o sistema transdérmico na zona da cintura para evitar que roupa apertada se esfregue contra o sistema transdérmico. Não exponha o sistema transdérmico ao sol. Coloque o sistema transdérmico debaixo da sua roupa. Mude de sítio com cada nova aplicação. Não aplique o sistema transdérmico no mesmo local do seu corpo durante, pelo menos, uma semana.

Como aplicar Cada sistema transdérmico vem embalado individualmente numa saqueta fechada. Por favor leia as informações que se seguem antes de começar a utilizar Kentera. Para utilizar Kentera: Passo 1: Escolha um local para o sistema transdérmico que esteja: - Lavado há pouco tempo, mas seco e frio (espere uns minutos depois de ter tomado um banho ou

duche quente). - Sem pó de talco, creme ou óleo. - Sem feridas, erupções ou outras irritações da pele.

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Passo 2: Abra a saqueta que contém o sistema transdérmico. - Rasgue-a ao longo das setas marcadas no lado direito da saqueta como demonstrado no desenho

abaixo. - Não corte a saqueta com tesoura, pois pode estragar o sistema transdérmico que se encontra no

interior. - Tire o sistema transdérmico para fora da saqueta. - Aplique imediatamente na pele; não manter nem guardar o sistema transdérmico fora da saqueta

fechada.

Passo 3: Aplique uma metade do sistema transdérmico na pele. - Cuidadosamente dobre o sistema transdérmico e retire a primeira banda de proteção, que cobre a

superfície adesiva do sistema transdérmico. - Sem tocar na face que cola, pressionar firmemente o sistema transdérmico, com a face adesivo

contra a parte do abdómen, ancas ou nádegas que escolheu previamente para o colocar.

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Passo 4: Aplique a segunda metade do sistema transdérmico na sua pele. - Dobre o sistema transdérmico sobre ele mesmo. Faça pressão na banda exterior com firmeza. - Empurre um pouco a banda exterior para a frente de maneira a descolar um canto. - Agarre no canto descolado e retire a segunda camada de proteção. Tente não tocar na parte adesiva

do sistema transdérmico. - Com a ponta dos dedos, faça pressão sobre o sistema transdérmico contra a pele. Faça pressão

durante, pelo menos, 10 segundos para ter a certeza que está bem colocado. Assegure-se que toda a área do sistema transdérmico, mesmo os cantos, adere perfeitamente.

- Deite fora as bandas protetoras.

Tomar banho, duche, nadar e praticar desporto: Deve usar cada sistema transdérmico sempre até ser altura de colocar um novo. Banhos, duches, natação e desporto não perturbam o Kentera desde que não esfregue o sistema transdérmico ao lavar-se. Evite a imersão prolongada em água quente, que pode descolar o sistema transdérmico. Se o sistema transdérmico se descolar: Se o sistema transdérmico começar a descolar-se, faça pressão com a ponta dos dedos. O sistema transdérmico está concebido de maneira a voltar a colar. O descolamento completo acontece muito raramente. Se tal acontecer tente repô-lo no mesmo local. Se o sistema transdérmico voltar a colar completamente, deixe-o no lugar. Se não, tire-o e coloque um novo sistema transdérmico num novo local. Qualquer que seja o dia em que isto aconteça, continue com o seu programa que marcou na sua embalagem de sistemas transdérmicos, de duas vezes por semana. Caso se tenha esquecido de substituir o seu sistema transdérmico após 3-4 dias: Logo que se lembrar, retire o sistema transdérmico antigo e coloque um novo num outro local no seu abdómen, ancas ou nádegas. Qualquer que seja o dia em que isto aconteça, continue com o seu programa de duas vezes por semana, mesmo se tiver que mudar o sistema transdérmico mais cedo que os 3-4 dias habituais. Como retirar Quando mudar de sistema transdérmico, retire o antigo sistema transdérmico lentamente. Dobre-o ao meio (lados que colam juntos) e deite-o fora, sem o colocar ao alcance das crianças e animais domésticos. É possível que a pele se encontre avermelhada, no local da aplicação. Esta cor desaparecerá algumas horas depois de ter retirado o sistema transdérmico. Se a irritação continuar contacte o seu médico. Se ficar na pele algum resíduo de adesivo depois de ter retirado o sistema transdérmico lave o local com água morna e sabão suave. Uma pequena quantidade de óleo para bebé também serve para remover algum

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resíduo excessivo. Auréolas de adesivo que se tornem sujas podem precisar de toalhetes para remoção de adesivos, disponíveis em farmácias. Não deverá utilizar álcool ou outros solventes que podem irritar a pele. Após utilização, o sistema transdérmico ainda contém quantidades substanciais de componentes ativos. Os componentes ativos restantes do sistema transdérmico podem ter efeitos nocivos se entrarem em contacto com o ambiente aquático. Por isso, depois da remoção, o sistema transdérmico deve ser dobrado em dois, com as partes adesivas para dentro para que a face que liberta o medicamento não esteja exposta ao ar, e deve ser colocado na saqueta de origem e depois deitado fora cuidadosamente sem estar ao alcance das crianças. Qualquer sistema transdérmico quer tenha sido utilizado ou não deve ser deitado fora de acordo com as exigências locais ou devolvido à farmácia. Os sistemas transdérmicos utilizados não devem ser deitados na sanita nem em qualquer sistema de lixo líquido. Se utilizar mais Kentera do que deveria O doente não deve aplicar mais do que um sistema transdérmico em cada ocasião. Caso se tenha esquecido de utilizar Kentera Aplique um sistema transdérmico Kentera assim que der por falta dele, ou se tiver falhado o dia marcado para a aplicação. Se parar de utilizar Kentera A sua incontinência de urgência pode voltar e pode sentir um aumento da frequência de urinar, se decidir parar de usar o sistema transdérmico. Continue a utilizar Kentera, enquanto o seu médico aconselhar. Fale com o seu médico ou farmacêutico, caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento. 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS Como todos os medicamentos, Kentera pode causar efeitos secundários, no entanto, estes não se manifestam em todas as pessoas. A frequência dos possíveis efeitos secundários, abaixo indicados, é definida de acordo com a seguinte convenção: - Muito frequentes (afeta mais de 1 em 10 utilizadores) - Frequentes (afeta 1 a 10 em 100 utilizadores) - Pouco frequentes (afeta 1 a 10 em 1.000 utilizadores) - Raros (afeta 1 a 10 em 10.000 utilizadores) - Muito raros (afeta menos de 1 em 10.000 utilizadores) - Desconhecido (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis) Efeito secundário muito frequente - comichão em redor do local de administração do sistema transdérmico Efeitos secundários frequentes - vermelhidão ou erupção cutânea no local de administração do sistema transdérmico - boca seca - prisão de ventre - diarreia - indisposição

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- mal-estar no estômago - dor de cabeça ou sonolência - infeções do trato urinário - visão turva - tonturas Efeitos secundários pouco frequentes - infecão do trato respiratório superior ou infeções fúngicas - ansiedade - confusão - nervosismo - agitação - dificuldade em dormir - palpitações - afrontamentos - dor de costas - retenção urinária - dificuldade em urinar - constipação comum - lesão acidental Efeitos secundários raros - reação de pânico - confusão mental - alucinações - desorientação - deterioração da memória - perda de memória - cansaço fora do normal - falta de concentração Comunicação de efeitos secundários Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro. Também poderá comunicar efeitos secundários diretamente através do sistema nacional de notificação mencionado no Apêndice V. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento. 5. COMO CONSERVAR KENTERA Manter fora do alcance e da vista das crianças. Não utilize Kentera após o prazo de validade impresso na saqueta e na caixa. Não refrigerar ou congelar. O sistema transdérmico usado deve ser dobrado ao meio, com as partes adesivas para dentro para que a face que liberta o medicamento não esteja exposta ao ar, colocado na saqueta de origem e, então, deitado fora cuidadosamente sem ficar ao alcance das crianças. Qualquer sistema transdérmico, usado ou não, deve ser deitado fora de acordo com as exigências locais ou devolvido à farmácia. Os sistemas transdérmicos usados não devem ser eliminados na sanita nem em qualquer sistema de lixo líquido.

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6. OUTRAS INFORMAÇÕES Qual a composição de Kentera A substância ativa é oxibutinina. Cada sistema transdérmico liberta 3,9 mg de oxibutinina por cada 24 horas. Cada sistema transdérmico de 39 cm2 contém 36 mg de oxibutinina. Os outros componentes são: Cada sistema transdérmico contém triacetina e uma solução adesiva acrílica. A oxibutinina, a triacetina e o adesivo acrílico estão revestidos por uma película de proteção transparente em PET/EVA e cobertos por uma banda de libertação de poliéster siliconizado. Qual o aspecto de Kentera e conteúdo da embalagem Kentera é um sistema transdérmico e está acondicionado em caixas contendo 2, 8 e 24 sistemas transdérmicos. Cada sistema transdérmico está coberto por uma película de proteção transparente, no lado do sistema que está revestido com os componentes farmacêuticos. A película de proteção deve ser retirada antes da aplicação do sistema transdérmico. Titular da Autorização de Introdução no Mercado Teva B.V. Swensweg 5 2031 GA Haarlem Países Baixos Fabricante Nicobrand Limited 189 Castleroe Road Coleraine Irlanda do Norte BT51 3RP Teva Pharmaceuticals Europe B.V. Swensweg 5 2031 GA Haarlem Países Baixos Merckle GmbH Ludwig-Merckle-Straße 3 89143 Blaubeuren Alemanha Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do titular da autorização de introdução no mercado. België/Belgique/Belgien Eurocept BV Tél/Tel: +31 (0) 35 528 8377

Luxembourg/Luxemburg Eurocept BV Tél/Tel: +31 (0) 35 528 8377

България Actavis EAD Tel: +359 2 489 95 85

Magyarország Teva Gyógyszergyár Zrt. Tel: (+36) 1 288 6400

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Česká republika Teva Pharmaceuticals CR, s.r.o. Tel: +420 251 007 111

Malta V.J. Salomone Pharma Ltd Tel: +35 621 220 174

Danmark Orion Pharma A/S Tlf: +45 49 12 66 00

Nederland Eurocept BV Tel: +31 (0) 35 528 8377

Deutschland Recordati Pharma GmbH Tel: +49 (0) 731 7047 0

Norge Orion Pharma AS Tlf: +47 40 00 42 10

Eesti Teva Eesti esindus UAB Sicor Biotech Eesti filiaal Tel: +372 661 0801

Österreich Haemo- Pharma Consult GmbH Tel: +43 (0) 2689 3116 0

Ελλάδα Recordati Hellas Pharmaceuticals A.E. Τηλ: +30 210-6773822

Polska Teva Pharmaceuticals Polska Sp. z o.o. Tel: +48 22 345 93 00

España Laboratorios Gebro Pharma, S.A. Tel: +34 93 205 86 86

Portugal Jaba Recordati S.A. Tel: +351 21 4329 500

France Teva Santé Tél: +33 1 55 91 78 00

România Teva Pharmaceuticals S.R.L. Tel: +4021 230 65 24

Ireland Recordati Ireland Ltd. Tel: +353 (0) 21 4379400

Slovenija Pliva Ljubljana d.o.o. Tel: +386 1 58 90 390

Ísland Actavis Pharmaceuticals Iceland ehf. Sími: + 354 550 3300

Slovenská republika Herbacos Recordati s.r.o. Česká republika Tel: +420 466 741 915

Italia Innova Pharma S.p.A. Tel: +39 02 48787.1

Suomi/Finland Orion Corporation Puh/Tel: +358 10 4261

Κύπρος Recordati Hellas Pharmaceuticals A.E. Ελλάδα Τηλ: +30 210-6773822

Sverige Orion Pharma AB Tel: +46 8 623 64 40

Latvija UAB Sicor Biotech filiāle Latvijā Tel: +371 67 323 666

United Kingdom Orion Pharma (UK) Ltd Tel: +44 (0) 1635 520300

Lietuva UAB "Sicor Biotech" Tel: +370 5 266 02 03

Hrvatska Pliva Hrvatska d.o.o Tel: + 385 1 37 20 000

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Este folheto foi aprovado pela última vez em Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) http://www.ema.europa.eu

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FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

Kentera 90,7 mg/g gel em saqueta

Oxibutinina

Leia atentamente este folheto antes de utilizar Kentera. - Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler. - Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico. - Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode ser-lhes

prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas. - Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detetar quaisquer outros efeitos secundários não

mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4. Neste folheto: 1. O que é Kentera e para que é utilizado 2. Antes de utilizar Kentera 3. Como utilizar Kentera 4. Efeitos secundários possíveis 5. Como conservar Kentera 6. Outras informações 1. O QUE É KENTERA E PARA QUE É UTILIZADO Kentera contém a substância ativa oxibutinina e é utilizado em adultos para controlar os sintomas de incontinência de urgência e/ou aumento da frequência e urgência de urinar. Kentera funciona ao permitir que a bexiga se expanda e acomode mais urina. 2. ANTES DE UTILIZAR KENTERA Não utilize Kentera - Se tem hipersensibilidade (alergia) à oxibutinina ou a qualquer outro componente de Kentera. - Se tem uma doença rara chamada miastenia grave que faz com que os músculos do corpo fiquem

fracos e cansados facilmente. - Se sofre de glaucoma ou se tem antecedentes familiares de glaucoma, informe o seu médico. - Se tem dificuldade em esvaziar a bexiga. - Se é incapaz de ter movimentos intestinais completos. Tome especial cuidado com Kentera Se tiver algum dos seguintes problemas: - Problemas de fígado; - Problemas de rins; - Dificuldade em urinar; - Bloqueio intestinal; - Fezes ensanguentadas;

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- Fraqueza muscular generalizada; - Deglutição dolorosa; - Impossibilidade de esvaziar a bexiga ao urinar; - Retenção de alimentos no estômago após as refeições; - Idade superior a 65 anos; - Secura de boca crónica que tenha resultado em doença periodontal ou infeções fúngicas orais; - Doença nervosa que afeta as funções involuntárias do corpo, incluindo o ritmo cardíaco, tensão

arterial, transpiração e digestão; - Problemas com a memória, linguagem ou capacidades cognitivas; - Uma doença neurológica progressiva caracterizada pelo tremor dos músculos em descanso, rigidez,

lentidão de movimentos, perda de equilíbrio e um andar arrastado; - Tiroide hiperativa que pode causar aumento de apetite, perda de peso ou suores; - Estreitamento dos vasos sanguíneos que fornecem sangue e oxigénio ao coração; - Problemas de coração que possam causar falta de ar ou inchaço nos tornozelos; - Batimento cardíaco irregular; - Batimento cardíaco mais acelerado; - Tensão arterial alta; - Próstata aumentada.

Como o tratamento com oxibutinina pode causar uma redução da transpiração, existe um risco aumentado de febre e insolação se estiver exposto a temperaturas ambientes elevadas. Crianças e adolescentes Kentera não é recomendado para utilização em crianças ou adolescentes com menos de 18 anos de idade. Ao utilizar Kentera com outros medicamentos Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica. A aplicação concomitante de Kentera com a toma de outros medicamentos que tenham efeitos similares, tais como boca seca, prisão de ventre e torpor, pode aumentar a frequência e a gravidade dos efeitos secundários sentidos. A oxibutinina pode tornar o trato digestivo mais lento e, por conseguinte, influenciar a absorção de outros medicamentos orais, interferir nas terapêuticas dos movimentos intestinais, e a utilização deste medicamento juntamente com outros medicamentos pode aumentar o efeito da oxibutinina. Especialmente: - Cetoconazol, itraconazol ou fluconazol (utilizados no tratamento das infeções fúngicas). - Eritromicina, um antibiótico macrólido (utilizado para tratar infeções bacterianas). - Biperideno, levodopa ou amantadina (utilizados para tratar a doença de Parkinson). - Anti-histamínicos (utilizados no tratamento de alergias, tais como a febre dos fenos). - Fenotiazinas, butirofenona ou clozapina (utilizadas para tratar doenças mentais). - Antidepressivos tricíclicos (utilizados para tratar a depressão). - Quinidina (utilizada para tratar ritmos cardíacos anormais). - Dipiridamol (utilizado para tratar os problemas de coagulação de sangue). - Atropina e outros medicamentos anticolinérgicos (utilizados no tratamento de doenças de estômago,

tais como a síndrome do intestino irritável). Ao utilizar Kentera com alimentos e bebidas A oxibutinina pode causar torpor ou visão turva. O torpor pode aumentar com o consumo de álcool.

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Gravidez e aleitamento Consulte o seu médico antes de tomar qualquer medicamento. Fale com o seu médico antes de utilizar Kentera, se estiver ou puder estar grávida, ou estiver a planear engravidar. Não deve utilizar Kentera se estiver grávida, a não ser por indicação do seu médico. Se for uma mulher em idade fértil, deve fazer um teste de gravidez antes de utilizar Kentera. Deve utilizar algum método contracetivo, quando estiver a utilizar Kentera. Uma pequena quantidade de oxibutinina administrada oralmente é excretada no leite materno. Por conseguinte, não é recomendada a utilização de oxibutinina durante a amamentação. Mantenha os locais de aplicação protegidos com roupa quando estiver em contacto com mulheres lactantes ou bebés lactentes. Condução de veículos e utilização de máquinas Kentera pode produzir torpor, sonolência ou visão turva. Tenha um cuidado especial quando conduzir ou utilizar máquinas. 3. COMO UTILIZAR KENTERA Utilizar Kentera sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas. A dose habitual é uma saqueta, aplicada uma vez por dia sobre pele seca e intacta na zona do abdómen, braços/ombros ou coxas, que fornece 4 mg de oxibutinina em 24 horas. Importante: Kentera só pode ser aplicado na pele. Kentera não pode ser ingerido. Evite o contacto com os olhos, nariz, feridas abertas, pele recentemente rapada e pele com erupções ou outras zonas não aprovadas para a aplicação de Kentera. Passo 1. Os locais de aplicação aprovados para Kentera são as zonas sombreadas apresentadas na

Figura A. Estas são o abdómen (zona do estômago), braço/ombro e coxa. Escolha um local aprovado para a aplicação de Kentera. Apenas aplique Kentera sobre pele intacta. Os locais de aplicação devem ser rotativos. Não deve aplicar Kentera no mesmo local em dias consecutivos. Rodar os locais de aplicação aprovados em cada dose pode ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento de irritações cutâneas. Não aplique Kentera numa zona que não seja aprovada.

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Figura A:

Passo 2. Lave as mãos com sabão e água antes de aplicar Kentera.

Passo 3. Lave a zona onde irá aplicar Kentera com sabão e água.

Deixe secar completamente a zona. Passo 4. Suavemente friccione Kentera na pele até secar.

Não continue a friccionar depois de Kentera ter secado. Se aplicar Kentera no estômago, tenha cuidado para evitar a zona em redor do umbigo. Ver Figura B. Figura B:

Passo 5. Após a aplicação de Kentera, lave imediatamente muito bem as mãos com sabão e água. Evite tomar banho, nadar, tomar duche, praticar exercício físico ou molhar o local da aplicação com água na hora seguinte à aplicação. Recomenda-se que proteja o local da aplicação com roupa, depois de Kentera ter secado.

Como usar as saquetas: Passo 1. Abra a saqueta precisamente antes de utilizar. Ver Figura C.

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Figura C:

Verta todo o conteúdo da saqueta na sua mão (palma da mão ou pontas dos dedos) ou diretamente sobre o local da aplicação. (Ver Figura D). Aperte a saqueta desde o fundo até à abertura. Repita até a saqueta estar vazia. A quantidade de gel em cada saqueta deverá ter o tamanho de uma moeda pequena (20 mm de diâmetro) sobre a pele. Figura D:

Passo 2. Cuidadosamente, elimine a saqueta aberta, para evitar que crianças ou animais sejam expostos ao fármaco.

Se utilizar mais Kentera do que deveria Não deve aplicar mais do que uma saqueta durante um período de 24 horas. Caso se tenha esquecido de utilizar Kentera Aplique uma única dose assim que se aperceber que falhou uma aplicação. Se parar de utilizar Kentera A sua incontinência de urgência pode voltar e pode sentir um aumento da frequência de urinar, se decidir parar de usar o gel. Continue a utilizar Kentera, enquanto o seu médico aconselhar. Fale com o seu médico ou farmacêutico, caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento. 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS Como todos os medicamentos, Kentera pode causar efeitos secundários, no entanto, estes não se manifestam em todas as pessoas.

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A frequência dos possíveis efeitos secundários, abaixo indicados, é definida de acordo com a seguinte convenção: - Muito frequentes (afeta mais de 1 em 10 utilizadores) - Frequentes (afeta 1 a 10 em 100 utilizadores) - Pouco frequentes (afeta 1 a 10 em 1.000 utilizadores) - Raros (afeta 1 a 10 em 10.000 utilizadores) - Muito raros (afeta menos de 1 em 10.000 utilizadores) - Desconhecido (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis)

Efeitos secundários frequentes - dor de cabeça - tonturas - boca seca - prisão de ventre - comichão - comichão, inflamação ou dor no local da aplicação

Efeitos secundários pouco frequentes - infeção na bexiga - ansiedade - confusão - nervosismo - agitação - dificuldade em dormir - níveis baixos de potássio no sangue, que podem causar fraqueza muscular, contrações ou ritmo

cardíaco anormal - preocupação - sonolência, entorpecimento - sabor persistente na boca, alteração e sensação anormal do paladar (isto é, sabor metálico na boca) - sono perturbado - tremores - sensação de areia nos olhos, picadas - tonturas ou sentir-se a “andar à roda” - batimento cardíaco irregular - batimento cardíaco irregular rápido - pele acentuadamente vermelha - tosse - aumento de muco, mucosidade - fezes moles ou aguadas - indisposição, enjoos - indigestão, azia - vómitos - inchaço dos vasos sanguíneos em redor do ânus - erupção na pele - pele seca - erupção na pele com comichão - dor ou dificuldade ao urinar - sangue na urina - dor de rins - início retardado ou lento do fluxo urinário - cansaço, exaustão - inchaço dos tornozelos, pés ou dedos dos pés - pequenos nódulos no local da aplicação

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- dormência no local da aplicação - vermelhidão no local da aplicação - irritação no local da aplicação - dor no local da aplicação - nódulos com pus no local da aplicação - electrocardiograma anormal (ECG ou EKG, teste do coração) - alteração no ECG ou EKG - níveis elevados de cloretos no sangue Efeitos secundários raros - reação de pânico - confusão mental - alucinações - desorientação - deterioração da memória - perda de memória - cansaço fora do normal - falta de concentração Comunicação de efeitos secundários Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro. Também poderá comunicar efeitos secundários diretamente através do sistema nacional de notificação mencionado no Apêndice V. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento. 5. COMO CONSERVAR KENTERA Manter fora do alcance e da vista das crianças. Não utilize Kentera após o prazo de validade impresso na saqueta e na caixa após VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado. Não refrigerar ou congelar. Kentera contém álcool e é considerado inflamável. O medicamento não deve entrar em contacto com lume. Aplique imediatamente após a abertura da saqueta. Elimine as saquetas vazias e o produto não utilizado de acordo com as exigências locais. 6. OUTRAS INFORMAÇÕES Qual a composição de Kentera - A substância ativa é oxibutinina. Cada saqueta de 1 grama de gel contém 90,7 mg de oxibutinina,

resultando numa quantidade nominal de aproximadamente 4 mg/dia. - Os outros componentes são: etanol (96%), glicerol, hidroxipropilcelulose, hidróxido de sódio (para

ajuste de pH) e água purificada.

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Qual o aspecto de Kentera e conteúdo da embalagem Kentera é um gel hidroalcoólico transparente, suave, incolor e inodoro de secagem rápida que se encontra acondicionado em saquetas de dose única. Cada saqueta contém 1 g de gel. Cada caixa contém 30 saquetas. A saqueta é fabricada com um material laminado, revestido por múltiplas camadas de película. Titular da Autorização de Introdução no Mercado Teva B.V. Swensweg 5 2031 GA Haarlem Países Baixos Fabricante Nicobrand Limited 189 Castleroe Road Coleraine Irlanda do Norte BT51 3RP Teva Pharmaceuticals Europe B.V. Swensweg 5 2031 GA Haarlem Países Baixos Este folheto foi aprovado pela última vez em Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos http://www.ema.europa.eu

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FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

Kentera 90,7 mg/g gel Oxibutinina

Leia atentamente este folheto antes de utilizar Kentera. - Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler. - Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico. - Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode ser-lhes

prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas. - Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detetar quaisquer outros efeitos secundários não

mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4. Neste folheto: 1. O que é Kentera e para que é utilizado 2. Antes de utilizar Kentera 3. Como utilizar Kentera 4. Efeitos secundários possíveis 5. Como conservar Kentera 6. Outras informações 1. O QUE É KENTERA E PARA QUE É UTILIZADO Kentera contém a substância ativa oxibutinina e é utilizado em adultos para controlar os sintomas de incontinência de urgência e/ou aumento da frequência e urgência de urinar. Kentera funciona ao permitir que a bexiga se expanda e acomode mais urina. 2. ANTES DE UTILIZAR KENTERA Não utilize Kentera - Se tem hipersensibilidade (alergia) à oxibutinina ou a qualquer outro componente de Kentera. - Se tem uma doença rara chamada miastenia grave que faz com que os músculos do corpo fiquem

fracos e cansados facilmente. - Se sofre de glaucoma ou se tem antecedentes familiares de glaucoma, informe o seu médico. - Se tem dificuldade em esvaziar a bexiga. - Se é incapaz de ter movimentos intestinais completos. Tome especial cuidado com Kentera Se tiver algum dos seguintes problemas: - Problemas de fígado - Problemas de rins - Dificuldade em urinar - Bloqueio intestinal - Fezes ensanguentadas - Fraqueza muscular generalizada

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- Deglutição dolorosa - Impossibilidade de esvaziar a bexiga ao urinar - Retenção de alimentos no estômago após as refeições - Idade superior a 65 anos - Secura de boca crónica que tenha resultado em doença periodontal ou infeções fúngicas orais - Doença nervosa que afeta as funções involuntárias do corpo, incluindo o ritmo cardíaco, tensão

arterial, transpiração e digestão - Problemas com a memória, linguagem ou capacidades cognitivas - Uma doença neurológica progressiva caracterizada pelo tremor dos músculos em descanso, rigidez,

lentidão de movimentos, perda de equilíbrio e um andar arrastado - Tiroide hiperativa que pode causar aumento de apetite, perda de peso ou suores - Estreitamento dos vasos sanguíneos que fornecem sangue e oxigénio ao coração - Problemas de coração que possam causar falta de ar ou inchaço nos tornozelos - Batimento cardíaco irregular - Batimento cardíaco mais acelerado - Tensão arterial alta - Próstata aumentada

Como o tratamento com oxibutinina pode causar uma redução da transpiração, existe um risco aumentado de febre e insolação se estiver exposto a temperaturas ambientes elevadas. Crianças e adolescentes Kentera não é recomendado para utilização em crianças ou adolescentes com menos de 18 anos de idade. Ao utilizar Kentera com outros medicamentos Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica. A aplicação concomitante de Kentera com a toma de outros medicamentos que tenham efeitos similares, tais como boca seca, prisão de ventre e torpor, pode aumentar a frequência e a gravidade dos efeitos secundários sentidos. A oxibutinina pode tornar o trato digestivo mais lento e, por conseguinte, influenciar a absorção de outros medicamentos orais, interferir nas terapêuticas dos movimentos intestinais, e a utilização deste medicamento juntamente com outros medicamentos pode aumentar o efeito da oxibutinina. Especialmente: - Cetoconazol, itraconazol ou fluconazol (utilizados no tratamento das infeções fúngicas). - Eritromicina, um antibiótico macrólido (utilizado para tratar infeções bacterianas). - Biperideno, levodopa ou amantadina (utilizados para tratar a doença de Parkinson). - Anti-histamínicos (utilizados no tratamento de alergias, tais como a febre dos fenos). - Fenotiazinas, butirofenona ou clozapina (utilizadas para tratar doenças mentais). - Antidepressivos tricíclicos (utilizados para tratar a depressão). - Quinidina (utilizada para tratar ritmos cardíacos anormais). - Dipiridamol (utilizado para tratar os problemas de coagulação de sangue). - Atropina e outros medicamentos anticolinérgicos (utilizados no tratamento de doenças de estômago,

tais como a síndrome do intestino irritável). Ao utilizar Kentera com alimentos e bebidas A oxibutinina pode causar torpor ou visão turva. O torpor pode aumentar com o consumo de álcool.

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Gravidez e aleitamento Consulte o seu médico antes de tomar qualquer medicamento. Fale com o seu médico antes de utilizar Kentera, se estiver ou puder estar grávida, ou estiver a planear engravidar. Não deve utilizar Kentera se estiver grávida, a não ser por indicação do seu médico. Se for uma mulher em idade fértil, deve fazer um teste de gravidez antes de utilizar Kentera. Deve utilizar algum método contracetivo, quando estiver a utilizar Kentera. Uma pequena quantidade de oxibutinina administrada oralmente é excretada no leite materno. Por conseguinte, não é recomendada a utilização de oxibutinina durante a amamentação. Mantenha os locais de aplicação protegidos com roupa quando estiver em contacto com mulheres lactantes ou bebés lactentes. Condução de veículos e utilização de máquinas Kentera pode produzir torpor, sonolência ou visão turva. Tenha um cuidado especial quando conduzir ou utilizar máquinas. 3. COMO UTILIZAR KENTERA Utilizar Kentera sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas. A dose habitual é o conteúdo de uma dose dispensada pelo recipiente multidose com bomba doseadora, aplicada uma vez por dia, sobre a pele do abdómen, braços/ombros ou coxas, que fornece 4 mg de oxibutinina em 24 horas. Importante: Kentera só pode ser aplicado na pele. Kentera não pode ser ingerido. Evite o contacto com os olhos, nariz, feridas abertas, pele recentemente rapada e pele com erupções ou outras zonas não aprovadas para a aplicação de Kentera. Passo 1. Os locais de aplicação aprovados para Kentera são as zonas sombreadas apresentadas na Figura

A. Estas são o abdómen (zona do estômago), braço/ombro e coxa. Escolha um local aprovado para a aplicação de Kentera. Apenas aplique Kentera sobre pele intacta. Os locais de aplicação devem ser rotativos. Não deve aplicar Kentera no mesmo local em dias consecutivos. Rodar os locais de aplicação aprovados em cada dose pode ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento de irritações cutâneas. Não aplique Kentera numa zona que não seja aprovada.

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Figura A:

Passo 2. Lave as mãos com sabão e água antes de aplicar Kentera.

Passo 3. Lave a zona onde irá aplicar Kentera com sabão e água.

Deixe secar completamente a zona. Passo 4. Suavemente friccione Kentera na pele até secar.

Não continue a friccionar depois de Kentera ter secado. Se aplicar Kentera no estômago, tenha cuidado para evitar a zona em redor do umbigo. Ver Figura B.

Figura B:

Passo 5. Após a aplicação de Kentera, lave imediatamente muito bem as mãos com sabão e água. Evite tomar banho, nadar, tomar duche, praticar exercício físico ou molhar o local da aplicação com água na hora seguinte à aplicação. Recomenda-se que proteja o local da aplicação com roupa, depois de Kentera ter secado.

Como utilizar o recipiente multidose com bomba doseadora: É importante ler e seguir estas instruções sobre a correta utilização da bomba Kentera. Passo 1. Antes de utilizar a bomba pela primeira vez, deve carregar a bomba Kentera. Para carregar a

bomba, pressione completamente o mecanismo da bomba várias vezes até visualizar o gel. A seguir, pressione a bomba mais uma vez e elimine essa dose de medicamento para assegurar a administração de doses exatas. A bomba já está carregada e pronta para utilizar. Depois de concluir o passo do carregamento, restarão 30 doses completas na bomba.

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Passo 2. Pressione completamente a bomba para a mão (palma da mão ou dedos) ou diretamente para o local da aplicação. A quantidade de gel de uma bombada deverá ter o tamanho de uma moeda pequena (20 mm de diâmetro) sobre a pele. Aplique como indicado acima. Volte a posicionar sempre a pequena cápsula de fecho protetora com firmeza na ponta do adaptador da bomba e a tampa da bomba grande sobre o topo da bomba após cada utilização. Se a bomba ficar descarregada durante a utilização (nenhum gel é fornecido depois de pressionar a bomba), repita os passos acima indicados para recarregar a bomba. Após a administração de 30 doses, elimine a bomba Kentera. A bomba de Kentera deve ser eliminada no lixo doméstico de modo a evitar uma aplicação acidental ou ingestão por membros da casa ou animais de estimação.

Se utilizar mais Kentera do que deveria Não deve aplicar mais do que uma única dose medida durante um período de 24 horas. Caso se tenha esquecido de utilizar Kentera Aplique uma única dose assim que se aperceber que falhou uma aplicação. Se parar de utilizar Kentera A sua incontinência de urgência pode voltar e pode sentir um aumento da frequência de urinar, se decidir parar de usar o gel. Continue a utilizar Kentera, enquanto o seu médico aconselhar. Fale com o seu médico ou farmacêutico, caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento. 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS Como todos os medicamentos, Kentera pode causar efeitos secundários, no entanto, estes não se manifestam em todas as pessoas. A frequência dos possíveis efeitos secundários, abaixo indicados, é definida de acordo com a seguinte convenção: - Muito frequentes (afeta mais de 1 em 10 utilizadores) - Frequentes (afeta 1 a 10 em 100 utilizadores) - Pouco frequentes (afeta 1 a 10 em 1.000 utilizadores) - Raros (afeta 1 a 10 em 10.000 utilizadores)

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- Muito raros (afeta menos de 1 em 10.000 utilizadores) - Desconhecido (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis).

Efeitos secundários frequentes - dor de cabeça - tonturas - boca seca - prisão de ventre - comichão - comichão, inflamação ou dor no local da aplicação

Efeitos secundários pouco frequentes - infeção na bexiga - ansiedade - confusão - nervosismo - agitação - dificuldade em dormir - níveis baixos de potássio no sangue, que podem causar fraqueza muscular, contrações ou ritmo

cardíaco anormal - preocupação - sonolência, entorpecimento - sabor persistente na boca, alteração e sensação anormal do paladar (isto é, sabor metálico na boca) - sono perturbado - tremores - sensação de areia nos olhos, picadas - tonturas ou sentir-se a “andar à roda” - batimento cardíaco irregular - batimento cardíaco irregular rápido - pele acentuadamente vermelha - tosse - aumento de muco, mucosidade - fezes moles ou aguadas - indisposição, enjoos - indigestão, azia - vómitos - inchaço dos vasos sanguíneos em redor do ânus - erupção na pele - pele seca - erupção na pele com comichão - dor ou dificuldade ao urinar - sangue na urina - dor de rins - início retardado ou lento do fluxo urinário - cansaço, exaustão - inchaço dos tornozelos, pés ou dedos dos pés - pequenos nódulos no local da aplicação - dormência no local da aplicação - vermelhidão no local da aplicação - irritação no local da aplicação - dor no local da aplicação - nódulos com pus no local da aplicação - electrocardiograma anormal (ECG ou EKG, teste do coração)

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- alteração no ECG ou EKG - níveis elevados de cloretos no sangue Efeitos secundários raros - reação de pânico - confusão mental - alucinações - desorientação - deterioração da memória - perda de memória - cansaço fora do normal - falta de concentração Comunicação de efeitos secundários Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro. Também poderá comunicar efeitos secundários diretamente através do sistema nacional de notificação mencionado no Apêndice V. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento. 5. COMO CONSERVAR KENTERA Manter fora do alcance e da vista das crianças. Não utilize Kentera após o prazo de validade impresso no recipiente multidose com bomba doseadora e na caixa após VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado. Não refrigerar ou congelar. Conservar a bomba doseadora em posição vertical. Kentera contém álcool e é considerado inflamável. O medicamento não deve entrar em contacto com lume. Aplicar imediatamente após o fornecimento da dose do recipiente multidose com bomba doseadora. Elimine os recipientes multidose vazios de acordo com as exigências locais. 6. OUTRAS INFORMAÇÕES Qual a composição de Kentera - A substância ativa é oxibutinina. Cada dose medida de 1 grama de gel contém 90,7 mg de

oxibutinina, resultando numa quantidade nominal de aproximadamente 4 mg/dia. - Os outros componentes são: etanol (96%), glicerol, hidroxipropilcelulose, hidróxido de sódio (para

ajuste de pH) e água purificada. Qual o aspecto de Kentera e conteúdo da bomba Kentera é um gel hidroalcoólico transparente, suave, incolor e inodoro de secagem rápida que se encontra acondicionado num recipiente multidose com bomba doseadora. Cada recipiente multidose contém, pelo menos, 30 gramas de Kentera e dispensa 30 doses medidas de 1 grama. Cada embalagem contém 1 recipiente multidose com bomba doseadora.

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O recipiente multidose é composto por uma garrafa exterior com revestimento, um fecho com bomba doseadora e uma cápsula de fecho. Titular da Autorização de Introdução no Mercado Teva B.V. Swensweg 5 2031 GA Haarlem Países Baixos Fabricante Nicobrand Limited 189 Castleroe Road Coleraine Irlanda do Norte BT51 3RP Teva Pharmaceuticals Europe B.V. Swensweg 5 2031 GA Haarlem Países Baixos Este folheto foi aprovado pela última vez em Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos http://www.ema.europa.eu

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