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ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO Ano Lectivo 2011/2012 Oficina de teatro 8.ºA/B Professora Orientadora: Maria Celeste Nunes Professoras Estagiárias: Ana Filipa Valente, Bárbara Roque e Elga Sutre Aula observada de Oficina de Teatro Leitura A(ni)mada 03 de outubro de 2011

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ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO Ano Lectivo 2011/2012

Oficina de teatro 8.ºA/B

Professora Orientadora: Maria Celeste Nunes

Professoras Estagiárias: Ana Filipa Valente, Bárbara Roque e Elga Sutre

Aula observada de Oficina de Teatro

Leitura A(ni)mada

03 de outubro de 2011

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Objectivos Gerais Conteúdos Materiais/ Recursos Avaliação

Promover o interesse pelas

atividades promotoras de

criatividade (oral),

imaginação, e de improvisação

Desenvolver a capacidade de

concentração.

Ampliar conhecimentos

lexicais.

Desenvolver a competência

escrita e oral.

Incrementar a capacidade de

memorização.

Ser capaz de ler

expressivamente.

Processuais Declarativos Gabriela e a

espreitadela –

Karen Waal, Jim

Helmore.

Imagens.

Computador.

PowerPoint.

Videoprojector.

Cartões.

Esferográfica.

Quadro.

Marcador.

Observação

direta.

Compreensão e

expressão oral e

escrita.

Motivação inicial:

“Quem conta um

conto…”. Despertar o

interesse para a audição

de uma história que terá

que ser recontada.

Funcionamento da

língua:

- Formação de palavras.

- Plural dos nomes.

- Tempos e modos verbais.

- Adjectivos.

Bibliografia

Waal, K. e Helmore, J. (2005). Gabriela e a espreitadela. Livros Horizonte.

http://plenaharmonia.wordpress.com/category/pequenos-contos-para-refletir/ (adaptado), consultado a 27 de setembro de 2011.

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO Ano Lectivo 2011/2012

Planificação de Aulas de Oficina de Teatro - 8.º Ano, Turmas: A e B

Professora Orientadora: Maria Celeste Nunes

Professoras Estagiárias: Ana Filipa Valente, Bárbara Roque, Elga Sutre

Aulas n.º Datas: 3 de outubro de 2011

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ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO Ano Lectivo 2011/2012

Plano de Aula Oficina de Teatro

Professora Orientadora: Maria Celeste Nunes

Professoras Estagiária: Ana Filipa Valente, Bárbara Roque, Elga Sutre

Aula n.º

Ano/ Turma: 8.º A / B

Data: 3 de outubro de 2011

Objectivos:

Promover o interesse pelas atividades promotoras de criatividade (escrita e oral)

e de improvisação.

Desenvolver a capacidade de concentração.

Ampliar conhecimentos lexicais.

Desenvolver a competência escrita e oral.

Incrementar a capacidade de memorização.

Ser capaz de ler expressivamente.

Competências:

Compreensão e expressão oral.

Compreensão e expressão escrita.

Conteúdos:

Saber ouvir e recontar uma história que contém diversos pormenores.

Audição da história Gabriela e a espreitadela e redação do seu final através de

um guião de palavras.

Observar um conjunto de imagens, as quais, através da transmissão de

mensagens descodificadoras, deverão ser identificadas.

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Material:

Gabriela e a espreitadela – Karen

Waal, Jim Helmore.

Imagens.

Computador.

PowerPoint.

Videoprojector.

Cartões.

Lápis e esferográfica.

Quadro.

Marcador.

Registo de sumário:

Atividade de “passar a palavra”: recontar uma história.

Audição da história Gabriela e a espreitadela e redação do seu final.

Identificação de imagens.

Motivação inicial:

“Quem conta um conto…”. Despertar o interesse para a audição de uma história

que terá que ser recontada.

Desenvolvimento da aula:

As professoras começarão a aula saudando os discentes. De seguida, enquanto os

alunos retiram o material necessário para a aula, proceder-se-á à chamada para que as

professoras averigúem e tomem nota de quem está presente. Posteriormente escrever-se

o sumário com os conteúdos a serem dinamizados na Oficina de Teatro. (5 minutos)

Seguidamente, as professoras explicarão as regras da primeira atividade,

centrando-se esta na audição de uma história pormenorizada (anexo I), que terá que ser

recontada de aluno a aluno, chegando-se a uma versão final, a qual se confrontará com a

versão inicial. Visa-se estimular a capacidade de concentração e memorização dos

alunos. (30 minutos)

Depois, proceder-se-á ao desenvolvimento da próxima atividade, que consiste na

audição da história Gabriela e a espreitadela (anexo II). A história será lida por uma

das professoras, deixando-se o final em aberto. (5 minutos)

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Os alunos, após audição da história, e tendo em conta um guião de palavras que

lhes será distribuído (anexo III), deverão escrever um final, recorrendo à sua

criatividade. Posteriormente será revelado o verdadeiro final da história. (20 minutos)

Segue-se a última atividade, que se centra na identificação das personalidades

presentes nas imagens e desvendar de pistas. Estas não podem conter as “palavras

proibidas” escritas no cartão (anexo IV). Pretende-se que o aluno que transmite as pistas

aos colegas de turma amplie a sua área vocabular e tenha capacidade de descrever a

imagem. (25 minutos)

Para finalizar, as professoras refletirão com os alunos sobre as atividades

desenvolvidas na aula e destacarão a importância da capacidade de memorização,

concentração, imaginação, improvisação e criatividade. (5 minutos)

Síntese da lição:

Os alunos, através de diferentes atividades, desenvolverão a sua capacidade de

memorização, improvisação, imaginação, concentração e criatividade.

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ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO (Anexo I)

OFICINA

TEATRO

O QUEBRADOR DE PEDRAS

Era uma vez um simples quebrador de pedras que estava insatisfeito consigo mesmo e

com sua posição na vida.

Um dia ele passou em frente a uma rica casa de um comerciante. Através do portal

aberto, ele viu muitos objetos valiosos e luxuosos e importantes figuras que frequentavam a

mansão.

- Quão poderoso é este mercador! – pensou o quebrador de pedras.

Ele ficou muito invejoso disso e desejou que ele pudesse ser como o comerciante.

Para sua grande surpresa ele, repentinamente, tornou-se o comerciante, usufruindo

mais luxos e poder do que ele jamais tinha imaginado, embora fosse invejado e detestado por

todos aqueles menos poderosos e ricos do que ele.

Um dia, um alto oficial do governo passou à sua frente na rua, carregado numa liteira

de seda, e escoltado por soldados, que batiam gongos para afastar a plebe. Todos, não importa

quão ricos, tinham que se curvar à sua passagem.

- Quão poderoso é este oficial! – pensou ele. – Gostaria de poder ser um alto oficial!

Então ele tornou-se num alto oficial, carregado na sua liteira de seda para qualquer

lugar que fosse, temido e odiado pelas pessoas à sua volta. Era um dia de verão quente, e o

oficial sentiu-se muito desconfortável na suada liteira de seda. Ele olhou para o Sol. Este

brilhava orgulhoso no céu, indiferente pela sua reles presença abaixo.

- Quão poderoso é o Sol! – ele pensou. -Gostaria de ser o Sol!

Então ele tornou-se o Sol. Brilhando ferozmente, lançando os seus raios para a terra

sobre tudo e todos, secando os campos, amaldiçoado pelos fazendeiros e trabalhadores. Mas

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um dia, uma gigantesca nuvem negra ficou entre ele e a terra, e o seu calor não pôde mais

alcançar o chão e tudo sobre ele.

- Quão poderosa é a nuvem de tempestade! – pensou ele– Gostaria de ser uma nuvem!

Então ele tornou-se a nuvem, inundando com chuva campos e vilas, causando temor a

todos. Mas repentinamente ele percebeu que estava a ser empurrado para longe com uma

força descomunal, e soube que era o vento que fazia isso.

- Quão poderoso é o Vento! – ele pensou. – Gostaria de ser o vento!

Então ele tornou-se o vento de furacão, soprando as telhas dos telhados das casas,

desenraizando árvores, temido e odiado por todas as criaturas na terra.

Mas, em determinado momento, ele encontrou algo que ele não foi capaz de mover

nem um milímetro, não importasse o quanto ele soprasse à sua volta, lançando-lhe rajadas de

ar. Ele viu que o objeto era uma grande e alta rocha.

- Quão poderosa é a rocha! – ele pensou. – Gostaria de ser uma rocha!

Então ele tornou-se a rocha. Mais poderoso do que qualquer outra coisa na terra,

eterno, inamovível. Mas enquanto ele estava lá, orgulhoso pela sua força, ele ouviu o som de

um martelo a bater sobre uma dura superfície, e sentiu que estava a ser despedaçado.

- O que poderia ser mais poderoso do que uma rocha?!? – pensou surpreendido.

Ele olhou para baixo de si e viu a figura de um quebrador de pedras.

http://plenaharmonia.wordpress.com/category/pequenos-contos-para-refletir/ (consulta realizada a 27 de setembro de 2011)

A professora: Maria Celeste Nunes

As professoras estagiárias: Ana Filipa Valente, Bárbara Roque e Elga Sutre

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ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO Ano Lectivo 2011/2012

Oficina de teatro 8.ºA/B

Professora Orientadora: Maria Celeste Nunes

Professoras Estagiárias: Ana Filipa Valente, Bárbara Roque e Elga Sutre

Aula observada de Oficina de Teatro

Leitura A(ni)mada

03 de outubro de 2011

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Projecto Co-Financiado pelo Fundo Social Europeu

Eixo1 – Tipologia de Intervenção - 1.2 Ensino Profissional

Escola Secundária Campos Melo

Professora: Celeste Nunes

Professoras Estagiárias: Ana Valente, Bárbara Roque, Elga Sutre

Ano Lectivo 2011/2012

OFICINA DE TEATRO

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Projecto Co-Financiado pelo Fundo Social Europeu | Eixo1 – Tipologia de Intervenção - 1.2 Ensino Profissional

Oficina de teatro

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Projecto Co-Financiado pelo Fundo Social Europeu | Eixo1 – Tipologia de Intervenção - 1.2 Ensino Profissional

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Projecto Co-Financiado pelo Fundo Social Europeu | Eixo1 – Tipologia de Intervenção - 1.2 Ensino Profissional

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Projecto Co-Financiado pelo Fundo Social Europeu | Eixo1 – Tipologia de Intervenção - 1.2 Ensino Profissional

Page 14: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Projecto Co-Financiado pelo Fundo Social Europeu | Eixo1 – Tipologia de Intervenção - 1.2 Ensino Profissional

Page 15: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Projecto Co-Financiado pelo Fundo Social Europeu | Eixo1 – Tipologia de Intervenção - 1.2 Ensino Profissional

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Projecto Co-Financiado pelo Fundo Social Europeu | Eixo1 – Tipologia de Intervenção - 1.2 Ensino Profissional

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Projecto Co-Financiado pelo Fundo Social Europeu | Eixo1 – Tipologia de Intervenção - 1.2 Ensino Profissional

Page 18: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Projecto Co-Financiado pelo Fundo Social Europeu | Eixo1 – Tipologia de Intervenção - 1.2 Ensino Profissional

Page 19: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Projecto Co-Financiado pelo Fundo Social Europeu | Eixo1 – Tipologia de Intervenção - 1.2 Ensino Profissional

Page 20: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Projecto Co-Financiado pelo Fundo Social Europeu | Eixo1 – Tipologia de Intervenção - 1.2 Ensino Profissional

Page 21: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Projecto Co-Financiado pelo Fundo Social Europeu | Eixo1 – Tipologia de Intervenção - 1.2 Ensino Profissional

Page 22: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Projecto Co-Financiado pelo Fundo Social Europeu | Eixo1 – Tipologia de Intervenção - 1.2 Ensino Profissional

Page 23: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Projecto Co-Financiado pelo Fundo Social Europeu | Eixo1 – Tipologia de Intervenção - 1.2 Ensino Profissional

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Projecto Co-Financiado pelo Fundo Social Europeu | Eixo1 – Tipologia de Intervenção - 1.2 Ensino Profissional

Page 25: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Projecto Co-Financiado pelo Fundo Social Europeu | Eixo1 – Tipologia de Intervenção - 1.2 Ensino Profissional

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Projecto Co-Financiado pelo Fundo Social Europeu | Eixo1 – Tipologia de Intervenção - 1.2 Ensino Profissional

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Projecto Co-Financiado pelo Fundo Social Europeu | Eixo1 – Tipologia de Intervenção - 1.2 Ensino Profissional

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Projecto Co-Financiado pelo Fundo Social Europeu | Eixo1 – Tipologia de Intervenção - 1.2 Ensino Profissional

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ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO (Anexo II)

OFICINA

TEATRO

Gabriela e a Espreitadela

Esta é a história de Gabriela. Na rua onde ela vivia ainda hoje se fala dela.

De dia ou de noite de casa ela escapava. E pelas caixas do correio espreitava.

Se quiserem continuar a ouvir, prometo que vos vou contar, coisas que a Gabriela viu e que vos podem impressionar…

No n.º 7, alerta e desperta, está sentada a adorável Berta. Mas não está só, o seu irmão deixou-a com uma cobra de estimação! Serão os bebés mais saborosos do que tarte de limão?

Um caso raro de verdade é o David Trevas no N.º 8: ele detesta a claridade, mas de noite é o garoto mais feliz da cidade, com dentes e capa de vampiro, o maroto!

Na porta ao lado do David vive o Professor Artolas que está a transformar as riscas de uma zebra em bolas. Já ouviram ideia mais bizarra? Mas que grande algazarra!

A seguir Gabriela espiou o Pedro Perna Longa. Parece um rapaz atilado. Não se gaba das suas façanhas. Mas não se deixem iludir: ele é um astuto comedor de aranhas. Esticada a sua língua mais de um metro chega a medir!

Gabriela não se importava de ver coisas anormais. De espiar é que ela gostava, por isso espreitava mais e mais. Monstros, bruxas e dragões, nos livros eram uma maçada comparados com as visões atrás de uma porta fechada!

Mas certo dia, quando a última caixa de correio abriu, da cabela até aos pés, com medo daquilo que viu, toda ela se arrepiou e das caixas do correio nunca mais se aproximou…

E aquilo que ela viu ainda assusta Gabriela: um par de olhos a olhar para ela!

Então, depois daquele dia de arrepiar, Gabriela perdeu a vontade de espreitar. Espiar é divertido, já diziam os meus avós, mas não quando a pessoa espiada somos nós!

E assim, meus amigos, se acaba esta história. “Vitória, vitória…”

“Não pare agora!” Ouço-vos todos a gritar. “De quem eram aqueles olhos? Tem de nos contar!”

Mas antes do mistério revelar, o final, vocês, terão que imaginar.

Seriam… De um monstro sorridente com o queixo babado? De um mostrengo estridente com o corpo enroscado? Ou de algo muito grande e barulhento, peludo e fedorento?

Pois eu vou-vos dizer bem baixinho… os olhos brilhantes pertenciam a este esperto gatinho!

Helmore, Jim; Wall, Karen (2005),Gabriela e a espreitadela, Livros Horizonte, Lisboa

A professora: Maria Celeste Nunes

As professoras estagiárias: Ana Filipa Valente, Bárbara Roque e Elga Sutre

4º Diapositivo

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ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO (Anexo III)

OFICINA

TEATRO

GABRIELA E A ESPREITADELA

ASSUSTAR VER

ABRIR ESCONDER

DESCOBRIR FALAR

IMAGINAR ESCORREGAR

SAIR ADIVINHAR

A professora: Maria Celeste Nunes

As professoras estagiárias: Ana Filipa Valente, Bárbara Roque e Elga Sutre

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ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO

OFICINA

TEATRO

QUEM SOU EU?

Cristiano Ronaldo Não pode dizer as seguintes palavras:

Futebol/futebolista, Real Madrid, Jogador “Joga à bola”.

Os “Gato Fedorento” Não pode dizer as seguintes palavras:

Meo, Rir, Publicidade, Não referir os nomes dos “Gato”.

Prof. Celeste Nunes Não pode dizer as seguintes palavras:

Professora, Português/Francês, Oficina de teatro, “Está aqui nesta escola/sala”.

Manuel Luís Goucha Não pode dizer as seguintes palavras:

Apresentador, TVI, Cristina Ferreira.

Rita Pereira Não pode dizer as seguintes palavras:

Atriz, Telenovela(s), Apresentadora, Morangos com Açúcar, Angélico Vieira.

A professora: Maria Celeste Nunes

As professoras estagiárias: Ana Filipa Valente, Bárbara Roque e Elga Sutre

A professora:

As professoras estagiárias:

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OFICINA DE TEATRO

Escola Secundária Campos Melo

Professora: Celeste Nunes

Professoras Estagiárias: Ana Valente, Bárbara Roque, Elga Sutre

Ano Letivo 2011/2012

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Cristiano Ronaldo

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Rita Pereira

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Os “Gato Fedorento”

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Manuel Luís Goucha

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Professora Celeste Nunes

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Quem é quem?

Trabalho elaborado no âmbito da disciplina “Oficina de

Teatro”, pelas professoras estagiárias: Ana Filipa Valente,

Bárbara Roque e Elga Sutre.

Outubro de 2011

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Page 45: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Cristiano Ronaldo

Palavras / Expressões proibidas:

Futebol/futebolista

Real Madrid

Jogador

“Joga à bola”

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Rita Pereira

Palavras / Expressões proibidas:

Atriz

Telenovela(s)

Apresentadora

Morangos com Açúcar

Angélico Vieira

Page 47: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Os “G ato Fedorento”

Palavras / Expressões proibidas:

Meo

Rir

Publicidade

Não referir os nomes dos “Gato”

Page 48: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Manuel Luís Goucha

Palavras / Expressões proibidas:

Apresentador

TVI

Cristina Ferreira

Page 49: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Profess ora Celeste Nun es

Palavras / Expressões proibidas:

Professora

Português/Francês

Oficina de teatro

“Está aqui nesta escola/sala”

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DIREÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DO CENTRO

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO

P r o j e c t o Co f i n a n c i ad o pe l o F u n d o S o c i a l E u r op e u

E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 3 - C u r s o s d e E d u ca çã o e F o r m a çã o d e J o v e n s

O teatro vicentino:

Auto da Barca do Inferno Gil Vicente

Fotografias da peça de teatro Auto da Barca do Inferno (Cine Teatro Avenida em Castelo Branco, novembro 2011)

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO Ano Letivo 2011/2012

Aula observada de Língua Portuguesa – 91 D Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Módulo N.º 15: O teatro vicentino - Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente

Professora Orientadora: Maria Celeste Nunes Professora Estagiária: Ana Filipa Valente

Aulas n.º 9, 10, 11, 12, 13, 14, 17, 18 Datas: 13 e 27 de outubro e 3 e 17 de novembro

de 2011

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2011/2012

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DIREÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DO CENTRO

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO

P r o j e c t o Co f i n a n c i ad o pe l o F u n d o S o c i a l E u r op e u

E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 3 - C u r s o s d e E d u ca çã o e F o r m a çã o d e J o v e n s

Objectivos Gerais Conteúdos Materiais/ Recursos Avaliação

Consolidar o vocabulário

relacionado com o teatro.

Compreender as manifestações

teatrais pré-vicentinas.

Conhecer Gil Vicente e o contexto

sociocultural.

Refletir sobre expressões,

nomeadamente “ridendo castigat

mores”.

Reconhecer as características do

espaço dramático.

Conhecer a estrutura do texto

dramático.

Conhecer a estrutura interna e

externa do texto dramático.

Processuais Declarativos Fichas

fotocopiadas.

Imagem.

Computador.

PowerPoint.

Vídeoprojetor.

Caderno diário.

Esferográfica.

Lápis.

Quadro.

Marcador.

Ficha de

verificação de

conhecimentos

Ficha de

verificação de

leitura.

Observação

direta.

Lista de

verificação.

Trabalhos

realizados na

aula.

Compreensão e expressão

oral e escrita.

Leitura

Pré-leitura: Leitura de imagens fixas

alusivas a símbolos cénicos.

Leitura: Leitura e análise da cena

inicial, da cena do fidalgo, da

cena do onzeneiro e da cena

do parvo da obra Auto da

Barca do Inferno de Gil

Vicente.

Motivação inicial:

Brainstorming sobre o teatro

e o seu vocabulário.

Recurso ao lúdico:

preenchimento de uma

grelha; anedota.

Personagens

Processos de caracterização:

Direta.

Indireta.

Relevo:

Central ou protagonista.

Secundária.

Figurante.

T

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO Ano Lectivo 2011/2012

Planificação de Aulas de Português – 91 D Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Módulo N.º 15: O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente Professora Orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora Estagiária: Ana Filipa Valente

Aulas n.º 9, 10, 11, 12, 13, 14,17,18 Datas: 13 e 27 de Outubro, 3 e 17 de novembro de 2011

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P r o j e c t o Co f i n a n c i ad o pe l o F u n d o S o c i a l E u r op e u

E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 3 - C u r s o s d e E d u ca çã o e F o r m a çã o d e J o v e n s

Sentir-se motivado para o estudo

do Auto da Barca do Inferno.

Caracterizar personagens.

Conhecer a composição e função

das personagens.

Identificar as classes sociais

criticadas por Gil Vicente.

Indicar os símbolos cénicos

presentes na cena do fidalgo e na

cena do onzeneiro.

Refletir sobre a singularidade da

cena do parvo.

Enunciar argumentos de acusação e

de defesa utilizados pelas

personagens.

Justificar o destino final do

fidalgo, do onzeneiro e do parvo.

Emitir juízos de valor.

Conhecer a importância do texto

principal e da didascália.

Distinguir modos de apresentação

de discurso, diferenciando distintos

processos de cómico.

Pós-leitura: Esclarecimento de dúvidas.

Elaboração de apontamentos.

Resumo.

Escrita

Elaboração de apontamentos

no caderno diário.

Oficina de escrita.

Resumo.

Tipologia: Planas ou “tipo”.

Modeladas ou

“caracteres”.

Modalidades do discurso

Texto principal:

Falas.

Texto secundário:

Didascálias (indicações

cénicas).

Modos de apresentação do

discurso:

Diálogo.

Monólogo.

Apartes.

Recursos Linguísticos

Eufemismo.

Ironia.

Repetição.

Advérbios de lugar

“cá” / “lá”

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ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 3 - C u r s o s d e E d u ca çã o e F o r m a çã o d e J o v e n s

Reconhecer recursos linguísticos.

Avaliar a importância da linguagem

não verbal.

Captar as intenções e propósitos do

autor.

Destacar as finalidades da cena do

fidalgo, da cena do onzeneiro e da

cena do parvo.

Reconhecer a intemporalidade da

peça.

Tipos de cómico Linguagem.

Carácter ou Personagem.

Situação.

Níveis de língua

Cuidado.

Corrente.

Popular, familiar, calão.

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ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO

P r o j e c t o Co f i n a n c i ad o pe l o F u n d o S o c i a l E u r op e u

E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 3 - C u r s o s d e E d u ca çã o e F o r m a çã o d e J o v e n s

Referências bibliográficas

CARVALHO, Joaquim (2010): Língua Portuguesa, CEF – Cursos de Educação e Formação Módulos 15, 16 Tipos 2 e 3, Porto Editora, Porto.

CASQUEIRO, Filipa (2010): O explicador em casa – Resumos, Actividades e Soluções 3.º Ciclo 9.º Ano, Edição e Conteúdos, S. A., Matosinhos.

GONÇALVES, Maria; EUSÉBIO, António (1987): Apontamentos – Auto da Barca do Inferno, Publicações Europa-América, Mem Martins.

GUERRA, João; VIEIRA, José (2010): Aula Viva 9, Porto Editora, Porto.

MAGALHÃES, Graça; DINE, Madalena (2005): Preparar o exame – Língua Portuguesa 9.º Ano / 3.º Ciclo do Ensino Básico, Lisboa Editora, Lisboa.

PAIS, Amélia (2000): Auto da Barca do Inferno – Ser em português, Areal Editores.

PALMA, Constança; PAIXÃO, Sofia (2004): Ponto e Vírgula 9, Texto Editora, Lisboa.

REIGOTA, Fernanda; SILVA, Margarida (2010): Preparação para o exame nacional 2011 – Língua Portuguesa 9.º Ano, Porto Editora, Porto.

SERRA, Alice; MOURA, Ana (2010): Língua Portuguesa 3 Módulos 15, 16 Tipos 2 e 3 CEF – Cursos de Educação e Formação, Areal Editores, Porto.

TEIXEIRA, Maria; BETTENCOURT, Maria (2004): Língua Portuguesa 9, Volume 2, Texto Editores, Lisboa.

VERÍSSIMO, Artur et al (1994): O gosto das palavras 9, 1.ª Edição, Areal Editores, Lello & Irmão – Porto.

http://blogdoseagal.blogspot.com/2011/06/idade-media-x-renascimento.html, consultado a 5 de outubro de 2011.

http://www.mnarteantiga-ipmuseus.pt/, consultado a 5 de outubro de 2011.

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P r o j e c t o Co f i n a n c i ad o pe l o F u n d o S o c i a l E u r op e u

E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 3 - C u r s o s d e E d u ca çã o e F o r m a çã o d e J o v e n s

O Teatro e as suas origens

Manifestações teatrais pré-vicentinas

Gil Vicente – Vida e Obra

13 de outubro de 2011

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO Ano Lectivo 2011/2012

Aula observada de Língua Portuguesa – 91 D Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Módulo N.º: 15 : O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente Professora Orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora Estagiária: Ana Filipa Valente

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Objectivos:

Conhecer a estrutura do texto dramático.

Conhecer a estrutura interna e externa do texto dramático.

Consolidar o vocabulário relacionado com o teatro.

Compreender as origens do teatro: o teatro na antiguidade e o teatro medieval.

Compreender as manifestações teatrais pré-vicentinas.

Conhecer Gil Vicente e o contexto sociocultural.

Competências:

Compreensão e expressão oral.

Compreensão e expressão escrita.

Conteúdos:

Recapitulação das diferenças entre o texto dramático e o teatro.

Exploração dos conceitos de estrutura interna e externa do texto dramático.

Incremento do vocabulário relacionado com o teatro.

Origens do teatro: o teatro na antiguidade e o teatro medieval.

Manifestações teatrais pré-vicentinas.

Gil Vicente e o contexto sociocultural.

Material:

Fichas fotocopiadas. Caderno diário.

Imagem. Esferográfica.

Computador. Lápis.

PowerPoint. Quadro.

Vídeoprojetor. Marcador

Registo de sumário:

Exercícios relacionados com o vocabulário do âmbito do teatro.

Origens do teatro: o teatro na antiguidade e o teatro medieval.

Manifestações teatrais pré-vicentinas.

Vida e obra de Gil Vicente.

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO Ano Lectivo 2011/2012

Plano de Aula de Língua Portuguesa – 91 D Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Professora Orientadora: Maria Celeste Nunes Professora Estagiária: Ana Filipa Valente

Aula n.º: 9, 10 Data: 13 de outubro de 2011

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5 min. 15 min.

10 min. 20 min. 10 min.

20 min. 10 min.

Motivação inicial:

Brainstorming sobre o teatro e o seu vocabulário.

Recurso ao lúdico: preenchimento de uma grelha; anedota.

Desenvolvimento da aula:

A professora iniciará a aula saudando os discentes. De seguida, será escrito o sumário da

lição e, enquanto os alunos retiram o material necessário para a aula, proceder-se-á à chamada

para que a professora averigúe e tome nota de quem está presente.

Depois, a professora, através de questões colocadas aos alunos, recapitulará os conteúdos

lecionados pela professora orientadora na aula anterior. A professora, revendo os conteúdos,

procede a uma apresentação em Power Point com síntese dos mesmos (Anexo I – diapositivos 2 e

3) e pedirá aos alunos que executem uma ficha de aplicação de conhecimentos, onde têm que

preencher uma grelha e descobrir uma “mensagem” (Anexo II). Este exercício constituirá a

motivação inicial e está relacionado com o vocabulário do teatro, assim como o exercício que os

alunos realizarão posteriormente. Este último exercício está presente numa ficha entregue

anteriormente pela professora orientadora e consta no preenchimento de espaços numa breve

história que provoca o riso, ou seja, uma anedota.

Seguidamente, a professora fará uma breve reflexão sobre as origens do teatro: o teatro na

antiguidade e o teatro medieval, recorrendo a uma ficha informativa entregue anteriormente, a

uma outra ficha informativa a ser entregue sobre as manifestações teatrais pré-vicentinas (Anexo

III) e a uma apresentação em Power Point (Anexo I – diapositivos 9 a 17).

As informações contidas na apresentação em Power Point visam resumir o conteúdo presente

nas fichas informativas e acrescentar alguns dados pertinentes ao estudo da origem do teatro.

Após a leitura e análise dos textos “O teatro na antiguidade” e “O teatro medieval”, assim

como a abordagem de informações transmitidas sobre a origem do teatro e as manifestações

teatrais pré-vicentinas, a professora perguntará se há dúvidas e esclarecerá (caso existam) as

mesmas. Será distribuída aos alunos, uma ficha de aplicação de conhecimentos (Anexo IV), tendo

estes que identificar as informações verdadeiras (V) ou falsas (F) e justificar as falsas.

Posteriormente far-se-á uma apresentação da obra e vida de Gil Vicente. Será entregue aos

alunos uma ficha informativa (Anexo V) onde constam informações sobre o dramaturgo português

relacionadas com a sua vida e obra, destacando-se a ligação entre a sua produção com as

características da época da Idade Média e do Renascimento.

Chegados ao final da aula, a professora pedirá aos alunos que façam um pequeno resumo oral

daquilo que foi dito.

Sensibilizar-se-ão os alunos para a importância do teatro, as suas diferentes manifestações e

refletir-se-á sobre “o teatro da vida”.

Para finalizar, a professora avisa que a próxima aula (dia 27 de outubro) será lecionada por

ela e que se introduzirá o estudo de Gil Vicente, a sua vida e obra.

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Deste modo, a professora dará a aula por concluída, pedindo aos alunos que arrumem o material e saiam

ordeiramente, deixando a sala organizada.

Síntese da lição:

Os alunos consolidarão os seus conhecimentos sobre a estrutura do texto dramático.

Incrementarão o saber relacionado com a estrutura interna e externa do texto dramático.

Consolidarão, através do lúdico, o vocabulário relacionado com o teatro.

Compreenderão as origens do teatro: o teatro na antiguidade e o teatro medieval.

Explorar as manifestações teatrais pré-vicentinas.

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Teatro

Escola Secundária Campos Melo

Projecto Cofinanciado pelo Fundo Social Europeu

Eixo1 – Tipologia de Intervenção - 1.3 - Cursos de Educação e Formação de Jovens

Professora: Celeste Nunes

Professora Estagiária: Ana Filipa ValenteAno Lectivo 2011/2012

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TEATRO

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TEATRO

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Breve ABC do Teatro1. Tendo em conta as informações fornecidas em “Breve ABC do Teatro” preenche, de acordo com as instruções numeradas de 1 a 10, horizontalmente a grelha. Descobre a “mensagem” aí contida.

Page 63: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Breve ABC do TeatroPara dar sentido à anedota, completa os espaços em brancoque aparecem no texto seguinte, tendo também em conta asinformações fornecidas em “Breve ABC do Teatro.

O Antunes era o _____________ e, durante vinte anos,nunca houve problemas com os adereços naquelaCompanhia de Teatro. Até um dia! Quando estava emcena, em Paris, um drama muito sério, da autoria de umautor muito conhecido, aconteceu o impensável. Osatores descobriram que, no _______________, faltavaum adereço importantíssimo e o que sucedeu foiterrível. Até o _______________ (que é a pessoa queajuda os atores, ao longo do espetáculo, a terempresente o texto) ficou mudo de espanto!

aderecista

palco

ponto

Page 64: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Breve ABC do Teatro

A situação passava-se a meio do segundo_______________ e era a seguinte: pouco antes darevolução francesa, três personagens faziam planos,numa folha de papel, para assassinar o rei.Subitamente, ouvia-se o som de cascos de cavalos e umdos _______________ gritava: “É a Guarda Real!Estamos perdidos! É preciso queimar esse papel!”Nesse momento, um dos revolucionários deveriadestruir aquele documentos, com recurso ao fogo. Parahaver fogo, era necessário que houvesse tambémfósforos. Nas duas primeiras representações, os fósforosestavam no interior de uma gaveta de um armário,colocado a um canto do palco; na terceirarepresentação, os fósforos não apareceram! Que fazer?

ato

atores

Page 65: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Breve ABC do TeatroDurante alguns minutos, os atores, surpreendidos

com o esquecimento do Antunes, procuraram por

todo o lado: levantaram tapetes, revolveram bolsos,

abriram caixotes, espreitaram prateleiras. Em vão. Lá

fora, nos _______________, uma personagem (o

Chefe da Guarda Real) esperava a sua ordem de

entrada em cena. Mas, antes, deveria ter a certeza

de que (em obediência ao que o _______________

tinha escrito no texto da peça) o papel com os planos

dos revolucionários havia sido destruído.

bastidores

dramaturgo

Page 66: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Breve ABC do TeatroFinalmente, um dos atores em palco teve umainspiração e gritou: “Já sei! Rasgamos o papel emtirinhas!” Após alguns segundos de hesitação, os outrosdois atores concordaram com a solução e um delesreduziu aquele documentos a bocadinhos minúsculos.Enfim, o “Chefe da Guarda Real” pôde entrar em cena.Também ele se viu obrigado a adaptar a sua fala àqueleimproviso dos colegas e, assim que invadiu o espaço daação, soltou, desconfiado: “Hum!... Cheira-me a papelrasgado!”E foi assim que um momento de tensão dramática, parasurpresa do próprio _______________ (que idealizara eorganizara aquele espetáculo teatral), se tornouinesperadamente num momento de riso.

encenador

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Origens do Teatro

EVOLUÇÃO

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Origens do Teatro

Page 69: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Origens do Teatro

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Origens do Teatro

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Origens do Teatro

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Origens do Teatro

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Origens do Teatro

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Origens do Teatro

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Origens do Teatro

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Origens do Teatro1. Tendo em atenção os textos “O Teatro na antiguidade” e o “Teatro medieval”, assim como informações transmitidas sobre a origem do teatro e as manifestações teatrais pré-vicentinas, indica se as afirmações que se seguem são Verdadeiras (V) ou Falsas (F).

F

F

F

F

F

F

V

V

V

V

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Charles Chaplin

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Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Língua Portuguesa

Nome________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º: 15 ”O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente”

Breve ABC do teatro

Ficha de aplicação de conhecimentos

Professora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo II

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1. Tendo em conta as informações fornecidas em “Breve ABC do Teatro” preenche, de acordo com as instruções numeradas de 1 a 10, horizontalmente a grelha. Descobre a “mensagem” aí contida.

1. Trajes utilizados pelos diversos atores nas representações teatrais e que contribuem para caracterizar as

personagens.

2. Conjunto dos elementos decorativos que enquadram a ação e que, diretamente, se relacionam com os

factos em representação.

3. Lugar em que se representa a peça e se movimentam os atores.

4. Som produzido. Instrumento que permite exprimir os sentimentos e caracterizar as personagens.

5. Conjunto de espaços que ficam por detrás e ao lado do palco. Aqui, os atores preparam-se e aguardam a

sua entrada em cena.

6. São informações / instruções fornecidas pelo dramaturgo de modo a organizar a representação da peça.

7. Aquele que concebe e dirige o espetáculo teatral.

8. Pessoa que, durante a realização do espetáculo, lê o texto em voz baixa, para auxiliar os atores. Não é

visto pelos espectadores.

9. Vulgarmente, diz-se do intérprete de uma peça teatral ou cinematográfica.

10. Adornos; peças de enfeitar.

1. -

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

10.

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Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Língua Portuguesa

Nome:________________________________________________________ Nº:____

Módulo N.º: 15 ”O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente”

Breve ABC do teatro

Ficha de aplicação de conhecimentos

(Correção)

Professora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo II

Correção

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1. Tendo em conta as informações fornecidas em “Breve ABC do Teatro” preenche, de acordo com as instruções numeradas de 1 a 10, horizontalmente a grelha. Descobre a “mensagem” aí contida.

1. Trajes utilizados pelos diversos atores nas representações teatrais e que contribuem para caracterizar as

personagens.

2. Conjunto dos elementos decorativos que enquadram a ação e que, diretamente, se relacionam com os

factos em representação.

3. Lugar em que se representa a peça e se movimentam os atores.

4. Som produzido. Instrumento que permite exprimir os sentimentos e caracterizar as personagens.

5. Conjunto de espaços que ficam por detrás e ao lado do palco. Aqui, os atores preparam-se e aguardam a

sua entrada em cena.

6. São informações / instruções fornecidas pelo dramaturgo de modo a organizar a representação da peça.

7. Aquele que concebe e dirige o espetáculo teatral.

8. Pessoa que, durante a realização do espetáculo, lê o texto em voz baixa, para auxiliar os atores. Não é

visto pelos espetadores.

9. Vulgarmente, diz-se do intérprete de uma peça teatral ou cinematográfica.

10. Adornos; peças de enfeitar.

1. G U A R D A - R O U P A

2. C E N Á R I O

3. P A L C O

4. V O Z

5. B A S T I D O R E S

6. D I D A S C Á L I A S

7. E N C E N A D O R

8. P O N T O

9. A T O R

10. A D E R E Ç O S

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Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Língua Portuguesa

Nome________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º: 15 ”O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente”

Manifestações teatrais pré-vicentinas

Professora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo III

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Manifestações teatrais pré-vicentinas

NATUREZA DESIGNAÇÃO LOCAL OCASIÃO

Representações

de

carácter religioso

Mistérios: dramatizações de

cenas da vida de Cristo Igrejas Natal e Páscoa

Milagres: representações de

milagres operados por um anjo

ou pela Virgem.

Mosteiros Páscoa

Moralidades: representações

em que as personagens eram

alegóricas, isto é, abstrações

personificadas de virtudes e

vícios (humildade, avareza,

esperança, altivez, entre

outros).

Igrejas e ao ar livre (numa

fase posterior) Corpo de Deus

Representações

de

carácter profano

Arremedilhos: imitações

burlescas de pessoas ou

acontecimentos.

Ruas e corte

Festas palacianas

Momos:

pantomimas alegóricas e

espetaculares, mais baseadas

na mímica do que na palavra.

Castelos e corte

Entremezes: representações

de episódios ou ações cómicas

com base na mímica.

Palácios

Representações

de

carácter satírico

Farsas: representações de

episódios e situações cómicas

com intenção crítica e para

fazer rir.

Igrejas

Sotties: farsas breves, em que

se criticavam tipos e

instituições sociais através de

“parvos” simbólicos.

Carnaval

Sermões burlescos:

monólogos sarcásticos em que

um jogral ou um ator se

apresentava com vestes

sacerdotais no púlpito das

Igrejas.

Festas religiosas

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Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Língua Portuguesa

Nome________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º: 15 ”O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente”

Origens do teatro:

O teatro na antiguidade e o teatro medieval

Ficha de aplicação de conhecimentos

Professora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo IV

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 3 - C u r s o s d e E d u ca çã o e F o r m a çã o d e J o v e n s

1. Tendo em atenção os textos “O Teatro na antiguidade” e “O Teatro medieval”, assim como

informações transmitidas sobre a origem do teatro e as manifestações teatrais pré-vicentinas, indica se

as afirmações que se seguem são Verdadeiras (V) ou Falsas (F).

1.1 O Teatro, no seu início, é apenas texto.

1.2 No Antigo Egipto, há já notícia de representações em honra de Osíris e Hórus.

1.3 Na Antiga Grécia, a mais antiga manifestação teatral conhecida é a homenagem à deusa Afrodite (deusa do amor e da beleza).

1.4 Plauto e Terêncio são autores romanos de tragédias.

1.5 Durante a Idade Média, o teatro tinha sobretudo um cariz religioso.

1.6 Os mistérios contavam, de forma realista, a vida de Cristo.

1.7 As moralidades eram peças que incluíam personagens da vida real.

1.8 Os milagres representavam as vidas de santos e da Virgem Maria.

1.9 As representações de carácter satírico eram representadas nos palácios, castelos e corte.

1.10 Há muitos documentos que provam a existência, em Portugal, ao longo da Idade Média, de representações de carácter religioso (mistérios, milagres e moralidades).

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Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Língua Portuguesa

Nome________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º: 15 ”O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente”

Origens do teatro:

O teatro na antiguidade e o teatro medieval

Ficha de aplicação de conhecimentos

(Correção)

Professora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo IV

Correção

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1. Tendo em atenção os textos “O Teatro na antiguidade” e o “Teatro medieval”, assim como informações transmitidas sobre a origem do teatro e as manifestações teatrais pré-vicentinas, indica se as afirmações que se seguem são Verdadeiras (V) ou Falsas (F).

1.1 O Teatro, no seu início, é apenas texto.

F

1.2 No Antigo Egipto, há já notícia de representações em honra de Osíris e Hórus.

V

1.3 Na Antiga Grécia, a mais antiga manifestação teatral conhecida é a homenagem à deusa Afrodite (deusa do amor e da beleza).

F

1.4 Plauto e Terêncio são autores romanos de tragédias.

F

1.5 Durante a Idade Média, o teatro tinha sobretudo um cariz religioso.

V

1.6 Os mistérios contavam, de forma realista, a vida de Cristo.

V

1.7 As moralidades, eram peças que incluíam personagens da vida real.

F

1.8 Os milagres representavam as vidas de santos e da Virgem Maria.

V

1.9 As representações de carácter satírico eram representadas nos palácios, castelos e corte.

F

1.10 Há muitos documentos que provam a existência, em Portugal, ao longo da Idade Média, de representações de carácter religioso (mistérios, milagres e moralidades).

F

1.1 O teatro, no seu início, realizava-se através de rituais diversos, manifestava-se sobretudo pela dança e pelo canto. 1.3 Na Antiga Grécia, a mais antiga manifestação teatral conhecida é a homenagem ao deus Dioniso. 1.4 Plauto e Terêncio são autores romanos de comédias. Séneca é o autor romano de tragédias. 1.7 As personagens eram alegóricas, ou seja, simbólicas, representavam uma ideia ou algo abstrato. 1.9 As representações de carácter satírico eram representadas nas Igrejas. OU As representações de carácter profano eram representadas nos palácios, castelos, corte e ruas. 1.10 Faltam documentos que provam a existência, em Portugal, ao longo da Idade Média, de representações de carácter religioso (mistérios, milagres e moralidades).

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Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Língua Portuguesa

Nome________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º: 15 ”O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente”

Professora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo V

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Gil Vicente – Vida e Obra

Quem era Gil Vicente?

Pouco se sabe de muito seguro sobre Gil Vicente, a não ser aquilo que

alguns (raros) documentos atestam e o que é possível inferir do conjunto da sua

vasta obra. A quase inexistência de informações sobre o grande dramaturgo

português tem levantado polémicas sobre a sua biografia.

Não se sabe onde nasceu Gil Vicente: em Guimarães? Na Beira Alta? Em

Lisboa?

Não se sabe quando nasceu nem quando morreu. Supõe-se que terá nascido

entre o ano de 1465 e o ano de 1470 e que terá falecido, em Lisboa, em 1536 /

1537, com aproximadamente 70 anos.

Não se sabe qual o seu ofício. Já o supuseram alfaiate. Outros o julgam, e com

maior força de argumentos, mas sem certeza absoluta, o mesmo Gil Vicente, ourives da

rainha D. Leonor, mais tarde “mestre da balança”, autor da mais famosa e admirada peça

da ourivesaria portuguesa, a Custódia de Belém.

Um dos poucos dados seguros é de que, foi casado duas vezes e que teve vários

filhos, deles se destacando Paula e Luís Vicente, os quais foram os responsáveis pela

Copilaçam de Todalas Obras de Gil Vicente, publicada em 1562, edição devidamente

autorizada e expurgada (corrigida, aperfeiçoada) pela Inquisição, estabelecida entre nós

em 1536.

Sabe-se, igualmente, que em 1502, data a fixar, escreveu e representou o

Monólogo da Visitação ou do Vaqueiro, sua primeira peça conhecida e, simultaneamente, a primeira peça

de teatro português existente. Tratava-se de um curto monólogo, posto na boca de um vaqueiro que, com

outros, vinha saudar o recém-nascido príncipe, futuro D. João III. O facto de o ter representado na câmara,

isto é, nos aposentos da rainha, deixa adivinhar a sua já familiaridade com o Paço e a família real, o que é

um argumento de peso para a sua identificação como o já referido ourives Gil Vicente.

Entre 1502 e 1536 Gil Vicente fez representar cerca de meia centena de peças da sua autoria,

sempre ao serviço da família real, de cuja proteção sempre gozou – e de quem foi funcionário, encarregado

de organizar as festas da Corte. Tudo leva a crer que, à semelhança de tantos outros autores de teatro

(Molière, Shakespeare), ele tenha sido simultaneamente autor, encenador e ator das suas peças.

Assinala-se, até 1521, uma preferência por obras de devoção, datando desta época, algumas das

suas principais moralidades, como o Auto da Fé (1510), o Auto da Barca do Inferno (1517), o Auto da Alma

(1518), o Auto da Barca do Purgatório (1518) ou o Auto da Barca da Glória (1519). Desse momento datam

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ainda algumas das suas farsas, como Quem tem Farelos (1515) ou o Auto da Índia (1509), em que usa o

humor para castigar vícios e costumes.

Terá tido, no final da sua vida, alguns problemas com a Inquisição, o que explicaria, segundo José

Hermano Saraiva, que não haja peças suas posteriores a 1536. Continuam desconhecidas, por esse motivo,

três peças da sua autoria, interditadas pelo Santo Ofício – o Auto de Jubileu de Amores, o Auto da

Aderência do Paço e o Auto da Vida do Paço.

É de destacar, como já foi referido anteriormente, a proteção real de que Gil Vicente sempre gozou

e a enorme produção dramática que constitui a sua obra – o que o tornou, não só o criador do teatro

português, como o seu maior cultor, pela quantidade e pela qualidade.

Célia Vieira e Isabel Rio Novo, Literatura Portuguesa no Mundo – Dicionário Ilustrado, Porto, Porto Editora, 2005 (adaptado)

Amélia Pinto Pais, Auto da Barca do Inferno – Colecção Ser em Português, Areal Editores, 2000 (adaptado)

A Obra

Gil Vicente considerava três modalidades para o seu teatro: comédias, farsas e moralidades.

António José Saraiva, após ter proposto na sua obra Gil Vicente e o Fim do Teatro Medieval (Lisboa,

1942) nove categorias para as peças vicentinas, acabou por agrupá-las, no Prefácio a Teatro de Gil Vicente

(Lisboa, 4ª edição, 1968) em duas grandes modalidades:

Autos de inspiração ou motivação religiosa, em que se incluem, sobretudo, os autos pastoris e

as moralidades;

Autos de inspiração ou motivação profana, em que se incluem farsas e comédias romanescas e

alegóricas.

Ainda que também esta classificação seja insuficiente para dar conta da enorme variedade e riqueza

do teatro vicentino, esta poderá servir-nos para a classificação das peças como de inspiração religiosa ou

profana consoante a predominância dos dois elementos – religioso ou profano.

Foi Gil Vicente criador do Teatro Português?

Tal como aconteceu noutros países da Europa, também em Portugal o teatro nasceu e se

desenvolveu a partir das necessidades religiosas. Havia representações de mistérios e milagres nas igrejas,

sobretudo pelo Natal e pela Páscoa e havia, igualmente, representações de carácter satírico, anteriores a

Gil Vicente.

Gil Vicente não produziu representações sem texto (momos) ou textos sem representação. Ao

escrever e representar o seu Monólogo do Vaqueiro, ele produziu, de facto, a primeira peça de teatro

português. Isto deu-se me 1502, quatro anos após o descobrimento do caminho marítimo para a Índia e dois

anos após o descobrimento oficial do Brasil, ou seja, no momento áureo da nossa História e da nossa

Literatura.

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1. Tendo em conta as informações que acabas de ler sobre a vida e obra de Gil Vicente, regista

sucintamente, no espaço relativo a cada ano, o que de mais importante há a realçar.

1465

1509

1517

1537

1562

2. Deteta as mentiras e repõe a verdade reescrevendo o texto que se segue.

Gil Vicente nasceu, seguramente, em 1465.

A sua primeira peça data de 1516 e foi elaborada para comemorar o nascimento do futuro rei D.

Manuel I – intitulava-se Monólogo do Vaqueiro ou Floresta da Enganos.

Quem compilou a obra foi a sua filha Paula Vicente.

Na sua obra podemos distinguir comédias, farsas e momos.

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A época e o autor

Gil Vicente é um autor que se insere na época histórica e literária do final da Idade Média, longo

período histórico de dez séculos (século V – século XV). É uma época de lenta perda de muitas

características. O século XVI seria o século do desenvolvimento do Renascimento e do Classicismo, com o

pensamento aberto e tolerante dos Humanistas.

Idade Média versus Renascimento: mudanças

Idade Média (século V a XV): Renascimento (século XVI):

Conhecimento

Não havia conhecimento, apenas contemplação, a única fonte de verdade era a Bíblia, ou seja, a palavra da Igreja.

A igreja perde o monopólio do conhecimento, que passa a ser de artistas e intelectuais de modo geral, filósofos, cientistas, escritores, etc. Surge, no homem esclarecido, a vontade de conhecer.

Trabalho:

O trabalho é de servil, ou seja, o homem serve ao seu senhor, deve trabalhar para honrar a Deus, e doar o fruto do seu trabalho para Deus.

Através do trabalho, o homem sente-se realizado. Com o conceito de vocação, o homem faz do trabalho a sua identidade e, através dele, a sua fonte de renda.

Lucro:

É dever do homem trabalhar e servir, o lucro é visto como pecado, pois todos os homens devem produzir para Deus e não para obter excedentes.

O homem que trabalha por vocação, deve lucrar naquilo que é bom pois, afinal de contas, é talentoso e merece ser reconhecido como tal.

Felicidade:

O Ser humano é condenado a sofrer para se redimir dos pecados. Quanto mais sofrer na terra, maior será sua bonança no céu.

A busca por prazeres e pela felicidade, a preocupação com a vida terrena, ou seja, o antropocentrismo e estão em voga neste período histórico.

Relações Políticas:

A autoridade dos reis, imperadores, senhores feudais era, de certa forma, submetida ao Papa, ou seja, a autoridade política era da Igreja. Predomínio do poder da nobreza e do clero.

A política passa a ser vista como uma atividade humana, ou seja, controlada por relações humanas, sem interferência da vontade de Deus. A igreja perde parte de seu poder. Expansão da burguesia.

Manifestações Artísticas:

Embora fosse um período de grande florescimento nas artes, ela estava submetida ao que ditava da igreja, ou seja, os artistas expressavam apenas o que a igreja permitisse que fosse feito.

Nas artes são retomados valores da cultura grega, ou seja, o humanismo. A vida quotidiana passa a ser retratada em todos seus aspectos. A religião deixa de ser central nas obras.

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Breve quadro da vida, obra e época de Gil Vicente

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Breve quadro da vida, obra e época de Gil Vicente (cont.)

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Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Língua Portuguesa

Nome________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º: 15 ”O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente”

Professora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo V

Correção

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1. Tendo em conta as informações que acabas de ler sobre a vida e obra de Gil Vicente, regista

sucintamente, no espaço relativo a cada ano, o que de mais importante há a realçar. (página 3)

1465

Data provável do nascimento de Gil Vicente.

1509

Conceção e representação do Auto da Índia.

1517

Conceção e representação do Auto da Barca do Inferno.

1537

Data provável do falecimento de Gil Vicente.

1562

Publicação de Copilaçam de Todalas Obras de Gil Vicente.

2. Deteta as mentiras e repõe a verdade reescrevendo o texto que se segue. (página 3)

Gil Vicente nasceu, seguramente (provavelmente), em 1465.

A sua primeira peça data de 1516 (1502) e foi elaborada para comemorar o nascimento do futuro

rei D. Manuel I (D. João III) – intitulava-se Monólogo do Vaqueiro ou Floresta da Enganos (Monólogo da

Visitação).

Quem compilou a obra foi a sua filha Paula Vicente (incompleto: e o seu filho Luís Vicente).

Na sua obra podemos distinguir comédias, farsas e momos (moralidades).

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Gil Vicente e o contexto sociocultural

O Auto da Barca do Inferno – Cena Inicial

Gil Vicente representa na Corte, Aguarela de Roque Gameiro

27 de outubro de 2011

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO Ano Lectivo 2011/2012

Aula observada de Língua Portuguesa – 91 D Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Módulo N.º: 15 : O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente Professora Orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora Estagiária: Ana Filipa Valente

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Objectivos:

Desenvolver a capacidade de reflexão, espírito crítico e raciocínio, recorrendo ao comentário de

uma frase.

Consolidar, através de uma breve revisão, parte dos conteúdos abordados na última aula,

relacionados com as manifestações teatrais na antiguidade e pré-vicentinas.

Conhecer Gil Vicente e o contexto sociocultural: a Idade Média e o Renascimento.

Refletir sobre expressões, nomeadamente “ridendo castigat mores”.

Motivar para o estudo do Auto da Barca do Inferno.

Analisar e comentar a cena inicial “Arrais do Inferno”.

Explorar o mundo artístico, expressões, provérbios relacionados com o Diabo.

Competências:

Compreensão e expressão oral.

Compreensão e expressão escrita.

Conteúdos:

Reflexão sobre uma frase relacionada com o teatro.

Recapitulação das manifestações teatrais na antiguidade e manifestações teatrais pré-vicentinas.

Gil Vicente e o contexto sociocultural: a Idade Média e o Renascimento.

Início do estudo da obra Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente.

Leitura e comentário do excerto “Arrais do Inferno”.

O Diabo e as suas diversas manifestações.

Material:

Fichas fotocopiadas. Caderno diário.

Imagem. Esferográfica.

Computador. Lápis.

PowerPoint. Quadro.

Vídeoprojetor. Marcador

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO Ano Lectivo 2011/2012

Plano de Aula de Língua Portuguesa – 91 D Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Professora Orientadora: Maria Celeste Nunes Professora Estagiária: Ana Filipa Valente

Aula n.º: 11, 12 Data: 27 de outubro de 2011

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5 min. 5 min.

15 min. 10 min. 10 min.

20 min. 10 min.

Registo de sumário:

Continuação do sumário da aula anterior: Vida e obra de Gil Vicente.

Gil Vicente e o contexto sociocultural: a Idade Média e o Renascimento.

O Auto da Barca do Inferno e as suas características.

Leitura e comentário do excerto “Arrais do Inferno”.

O Diabo e as suas diversas manifestações.

Motivação inicial:

Reflexão sobre uma frase (apresentada na aula anterior) de Charlie Chaplin relacionada com o teatro.

Brainstorming sobre os conteúdos abordados na aula do dia 13 de outubro.

Desenvolvimento da aula:

A professora iniciará a aula saudando os discentes. De seguida, será escrito o sumário da

lição e, enquanto os alunos retiram o material necessário para a aula, proceder-se-á à chamada

para que a professora averigúe e tome nota de quem está presente.

Depois, a professora perguntará aos alunos se se recordam da frase projetada no final da aula

anterior, frase esta relacionada com “o teatro da vida”. Proceder-se-á a uma breve reflexão

sobre a frase sensibilizando-se os alunos para a importância do teatro e as suas diferentes

manifestações. Este exercício constituirá a motivação inicial e pretende despertar o espírito

crítico e reflexivo dos discentes para a matéria em estudo (Anexo I – diapositivo 2).

Posteriormente, a professora, através de questões colocadas aos alunos, recapitulará os

conteúdos lecionados na aula anterior. A professora, revendo os conteúdos, procede a uma

apresentação em Power Point com síntese dos mesmos (Anexo I – diapositivos 4 e 5) e pedirá aos

alunos que executem os exercícios 1 e 2 presentes na ficha “Gil Vicente – Vida e Obra” entregue

na aula anterior. O exercício número 1, que consta em associar ano e acontecimentos / marcos

da vida de Gil Vicente, será corrigido em grupo pelos alunos e a sua correção será projetada

(Anexo 1 – diapositivo 6). O exercício número dois, texto repleto de erros, será corrigido em

conjunto e um dos alunos, representando a turma, realizará a correção por escrito no quadro. Em

seguida, recorrendo-se à informação presente na página 5 da ficha entregue na aula anterior pela

professora estagiária, será feita uma contextualização da época e do autor, aprofundando-se

algumas características da Idade Média (século V a XV) e do Renascimento (século XVI).

Seguidamente, a professora fará uma breve reflexão sobre o Auto da Barca do Inferno e as

suas principais marcas, recorrendo a uma ficha informativa (Anexo II) e a uma apresentação em

Power Point (Anexo I – diapositivos 8 a 12). Nessa ficha e da respetiva apresentação explorar-se-á

a classificação do Auto da Barca do Inferno como uma moralidade, o assunto da peça, o seu

argumento, o cenário, as personagens, os processos do cómico, a linguagem e a estrutura interna

e externa.

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10 min.

20 min. 10 min. 5 min.

Após a contextualização do autor e da sua obra em estudo, o Auto da Barca do Inferno, será

entregue aos alunos uma outra ficha (Anexo III) onde está presente uma gravura do primeiro quartel

do século XVI e que detalha o Inferno, a cena inicial do “Arrais do Inferno” e umas questões que

visam verificar os conhecimentos dos alunos, após leitura e análise da cena preparatória. Em

primeiro lugar proceder-se-á à “leitura da gravura” apresentada na ficha e projetada (Anexo I –

diapositivo 13). De seguida, os alunos lerão a cena inicial, a qual será analisada e comentada.

Posteriormente, os alunos responderão a sete questões que visam aferir os seus conhecimentos

sobre a cena inicial e consolidar os mesmos.

Antes de terminar a aula, e indo ao encontro do exercício número 7 da ficha de verificação de

conhecimentos, serão exploradas manifestações artísticas, expressões, provérbios associados ao

Diabo e que recorrem à sua imagem e características.

Chegados ao final da aula, a professora pedirá aos alunos que façam um pequeno resumo oral

daquilo que foi dito.

Para finalizar, a professora avisa que a próxima aula (dia 3 de novembro) será lecionada por ela

e que se introduzirá o estudo da cena do Fidalgo.

Deste modo, a professora dará a aula por concluída, pedindo aos alunos que arrumem o

material e saiam ordeiramente, deixando a sala organizada.

Síntese da lição:

Os alunos, desenvolvendo o seu espírito crítico, refletirão sobre uma frase relacionada com o teatro.

Recapitularão os seus conhecimentos sobre as manifestações teatrais na antiguidade e

manifestações teatrais pré-vicentinas.

Consolidarão o estudo sobre Gil Vicente e o seu contexto sociocultural: a Idade Média e o

Renascimento.

Iniciarão do estudo da obra Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente.

Procederão à leitura, análise e comentário do excerto “Arrais do Inferno”.

Explorarão o mundo artístico, expressões, provérbios relacionados com o Diabo.

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Gil Vicente

Escola Secundária Campos Melo

Projecto Cofinanciado pelo Fundo Social Europeu

Eixo1 – Tipologia de Intervenção - 1.3 - Cursos de Educação e Formação de Jovens

Professora: Celeste Nunes

Professora Estagiária: Ana Filipa ValenteAno Lectivo 2011/2012

Page 102: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf
Page 103: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

G i l V i c e n t e

V i d a e O b r a

Page 104: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Q u e m e r a G i l V i c e n t e ?

Não se sabe onde nasceu.

Não se sabe quando nasceu nem

quando morreu.

Não se sabe qual o seu ofício.

É o criador do teatro português.

Page 105: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

A O b r a

Gil Vicente considerava trêsmodalidades para o seu teatro:comédias, farsas e moralidades.

António José Saraiva propôs aseguinte classificação:

Autos de inspiração ou motivaçãoreligiosa.Autos de inspiração ou motivaçãoprofana.

Page 106: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

1. Tendo em conta as informações que acabas de ler sobre a

vida e obra de Gil Vicente, regista sucintamente, no espaço

relativo a cada ano, o que de mais importante há a realçar.

Data provável do nascimento de Gil Vicente.

Conceção e representação do Auto da Índia.

Conceção e representação do Auto da Barca do Inferno.

Data provável do falecimento de Gil Vicente.

Publicação de Copilaçam de Todalas Obras de Gil Vicente.

2. Deteta as mentiras e repõe a verdade reescrevendo otexto .

Page 107: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

A u t o d a B a r c ad o I n f e r n o

G i l V i c e n t e

Page 108: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

A u t o d a B a r c a d o I n f e r n o

Lições sobre o bem e o mal.

Natureza moral e religiosa.

Julgamento dos homens após a

morte.

Última viagem.

Cenário rudimentar / simples.

Page 109: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

A u t o d a B a r c a d o I n f e r n oTe a t r o d e t i p o s

Personagens tipo ou planas, estáticas

e lineares.

Figurantes.

Elementos distintivos – Símbolos.

Page 110: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

A u t o d a B a r c a d o I n f e r n oP r o c e s s o s d e c ó m i c o

Cómico da linguagem.

Cómico de situação.

Cómico de carácter ou de

personagem.

Page 111: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

A u t o d a B a r c a d o I n f e r n oA l i n g u a g e m

Nível cuidado.

Nível familiar ou popular.

Calão.

Vocábulos técnicos.

Discurso lírico.

Page 112: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

A u t o d a B a r c a d o I n f e r n oEstrutura Interna

Não é constituído por uma ação, mas

por um conjunto de mini-ações

paralelas.

Estrutura Externa

Sem qualquer divisão externa (atos /

cenas)

Page 113: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

A u t o d a B a r c a d o I n f e r n o

O Inferno (pormenor), Mestre anónimo, Lisboa, primeiro quartel doséc. XVI. Fonte: História de Portugal, vol. 3 (coord. José Mattoso)

Page 114: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

O D i a b o

Page 115: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

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Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Língua Portuguesa

Nome________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º: 15 ”O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente”

Professora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo II

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Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente

O que é a moralidade?

Gil Vicente classificou o Auto da Barca do Inferno como uma moralidade, ou seja, peça de sabor

medieval destinada a transmitir aos espetadores “lições” sobre o bem e o mal. O seu propósito é, portanto,

de natureza moral e religiosa.

Assunto do livro

Gil Vicente toma como assunto a “viagem” das almas após a morte e o seu julgamento, pondo em

relevo as noções de bem e de mal, de prémio e de castigo.

O argumento

Mestre Gil tem em mente o julgamento particular dos homens logo após a morte e imagina-os de

partida para uma última viagem, cujos dois caminhos separarão para sempre os que bem viveram dos que

praticaram o mal.

No Auto da Barca do Inferno (1517), como nos dois que se lhe seguirão, o Auto da Barca do

Purgatório (1518) e o Auto da Barca da Glória (1519) assistimos a uma última viagem que se prepara.

As suas personagens são quase todas caminhantes, às quais o texto vai dando passagem. Num tempo

limite, entre o tempo da vida na terra e o tempo da vida eterna, as personagens transitam de um espaço

comum, em que se sentiam enraizadas, para um espaço futuro que sabem repartido e desigualmente

acolhedor. Em cena, à sua espera, junto a um rio, estão duas barcas, comandada uma pelo arrais do Paraíso

e outra pelo do Inferno, ajudado por um companheiro.

O cenário

A encenação da peça é muito rudimentar. Como cenário temos um rio e duas barcas. A do Diabo é

belíssima e engalanada (talvez por isso os “passageiros” a procuram em primeiro lugar), e a do Anjo é

austera, simples, sem ornamentos.

O movimento nesta peça é rudimentar e repetitivo. Uma a uma as personagens desfilam e têm como

objetivo viajar, atravessar o rio e “embarcar” para outro mundo. Não sabendo o seu destino, as personagens

dirigem-se, em primeiro lugar ao Diabo; ao reconhecê-lo como tal, recusam-se a embarcar na “barca dos

danados”. Posteriormente dirigem-se ao Anjo que, bastante mais parco de palavras, as reenvia para a Barca

do Inferno.

As personagens

O teatro gil-vicentino é, essencialmente, um teatro de tipos. O tipo não é uma personagem

individual e bem caraterizada, mas uma figura coletiva que sintetiza as qualidades e os defeitos de uma

classe, de um estrato social a que pertence ou até de uma profissão. As personagens de Gil Vicente são,

portanto, personagens tipo ou planas, estáticas e lineares (representando só vícios ou virtudes do grupo

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social a que pertencem). Para que o espetador pudesse identificar a personagem facilmente, esta

apresenta-se com elementos distintivos, que tanto podiam ser um objeto, um animal ou uma ou mais

pessoas. Assim, o Fidalgo vem seguido de um criado que lhe segura a cauda do manto e lhe transporta uma

cadeira; o Onzeneiro traz pendente da cinta uma enorme bolsa, que ocupa quase todo o navio; o Sapateiro

aparece-nos carregado de formas; o Frade surge-nos com uma moça pela mão, cantarolando e bailando,

envergando, sob o hábito, a armadura de esgrimista; a Alcoviteira vem seguida de um grupo de moças que

explorou, entregando-as à prostituição; o Judeu sobrevém com um bode Às costas, animal ligado aos

sacrifícios da religião judaica; o Corregedor, apoiado a uma vara, transporta uma resma de processos; o

Procurador não abandona os seus livros jurídicos e o Enforcado surge com um baraço ao pescoço. Os

Cavaleiros da Ordem de Cristo trazem o hábito que distintamente os identifica.

Na Barca do Inferno temos alguns figurantes que funcionam como elementos distintivos e

caraterizadores, por exemplo, o pajem que segura a cauda do manto do Fidalgo.

A linguagem também funciona como elemento distintivo e caraterizador de certos tipos.

Mário Fiúza, Auto da Barca do Inferno, Porto Editora (extrato adaptado)

Os processos de cómico

O cómico é um dos meios utilizados por Gil Vicente na sua obra para criticar os comportamentos e

mentalidades das diferentes classes sociais da época.

Normalmente classificam-se os efeitos cómicos destinados a provocar riso em três grupos: cómico

da linguagem, cómico da situação e cómico de carácter.

Cómico da linguagem: encontra-se relacionado com o vocabulário e com o próprio discurso,

consistindo, por exemplo, na utilização de jogos de palavras, latim macarrónico, calão, pragas,

ironia.

Cómico de situação: resulta das circunstâncias criadas pela própria situação em que a personagem

se encontra.

Cómico de carácter ou de personagem: deriva da maneira de ser e de se apresentar da

personagem.

Ao longo do Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente revela-se um bom produtor de efeitos cómicos. As

suas personagens são notoriamente desajustadas:

em relação à linguagem (cómico de linguagem), sendo o caso mais típico o do Parvo que, com a

sua linguagem solta, desregrada, feita de calão, insultos e obscenidades, provoca o riso.

em relação à situação (cómico de situação), encontrando-se as personagens sujeitas a um

julgamento definitivo e atuando como se ainda estivessem vivas.

em relação a si próprias (cómico de carácter), ao não se aperceberem que já não são, após a

morte, aquilo que eram. Por exemplo o Fidalgo não se apercebe de que nada lhe servem os

adereços que apresenta, a não ser para o incriminar, para o identificar como membro de uma

classe privilegiada.

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Recorrendo a estes três tipos de cómico conseguiu, Gil Vicente, tornar algo, que pela sua seriedade,

se poderia tornar monótono, em algo que agrada e se aplaude.

Já diziam os latinos, “ridendo castigat mores”, ou seja, é pelo riso que se castigam os costumes. E é

esta justamente a função do cómico e da comédia: ridicularizando pessoas, situações, costumes, levar a um

aperfeiçoamento moral da sociedade. Pretende-se, não apenas distrair, mas ensinar, educar. Eça de

Queirós, escritor português do século XIX, afirmou que "o riso é a mais útil forma da crítica, porque é

a mais acessível à multidão. O riso dirige-se não ao letrado e ao filósofo, mas à massa, ao

imenso público anónimo”.

A linguagem

O Auto da Barca do Inferno é escrito em português, mas ainda no português medieval do tempo de

Gil Vicente. Ao ler a peça encontramos, por isso, algumas dificuldades, dada a presença de muitos

arcaísmos, ou seja, de palavras que representam um estádio anterior da nossa língua, que caíram em desuso

ou adquiriram formas diferentes no português dos nossos dias.

A nível da linguagem, Gil Vicente oferece-nos nesta peça inúmeros registos adequados às

personagens em cena. Estes registos de língua ajudam a identificar e caraterizar as personagens e vão desde

o nível cuidado da linguagem do Fidalgo, por exemplo, ao nível familiar ou popular do Sapateiro, da

Alcoviteira e ao calão do Parvo.

O Anjo usa sempre uma linguagem cuidada. Quanto ao Diabo, ele vai utilizando diversos registos, de

acordo com o seu interlocutor no momento. De notar, por último, a introdução de vocábulos técnicos (da

mareação, náutico, ou da lição de esgrima do Frade) e do discurso lírico.

O cómico é um dos meios utilizados por Gil Vicente na sua obra para criticar os comportamentos e

mentalidades das diferentes classes sociais da época.

A Estrutura Externa e a Estrutura Interna

No que diz respeito à estrutura interna, o Auto da Barca do Inferno não respeita as regras do teatro

clássico. Não é constituído por uma ação que se desenvolva da exposição ao desenlace, mas por um

conjunto de mini-ações paralelas. Cada uma destas mini-ações funciona como um tribunal: ao longo da

peça, o Diabo e o Anjo vão desempenhando o papel de advogados de acusação e simultaneamente de juízes

das almas em julgamento. Não existe advogado de defesa e são os réus que, bem ou mal, vão apresentando

argumentos para tentarem defenderem-se.

Como era habitual no teatro medieval, Gil Vicente concebeu o Auto da Barca do Inferno sem

qualquer divisão externa, ou seja, as suas peças não se encontram organizadas em atos nem em cenas. Esta

peça constrói-se na base de um conjunto de personagens-tipo que comparecem no cais, são julgadas pelo

Diabo e pelo Anjo, entram (quase sempre) na barca que lhes cabe em sorte (geralmente a do Diabo) e

permanecem em cena até ao fim.

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Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Língua Portuguesa

Nome________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º: 15 ”O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente”

Professora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo III

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O Inferno (pormenor), Mestre anónimo, Lisboa, primeiro quartel do séc. XVI. Fonte: História de Portugal, vol. 3 (coord. José Mattoso)

Argumento

AUTO DA MORALIDADE composto per Gil Vicente per contemplação da sereníssima e muito católica

rainha dona Lianor, nossa senhora, e representado per seu mandado ao poderoso príncipe e mui alto rei dom

Manuel, primeiro de Portugal deste nome.

Começa a declaração do argumento da obra. Primeiramente, no presente auto, se fegura que, no

ponto que acabamos de espirar, chegamos supitamente a um rio, o qual per força havemos de passar em um

de dous bates que naquele porto estão, scilicet, um deles passa pêra o Paraíso, e o outro pêra o Inferno; os

quais bates tem cada um seu arrais na proa: o do Paraíso um Anjo, e o do Inferno um Arrais infernal e um

Companheiro.

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Ficha de verificação de conhecimentos

1. Logo nas primeiras falas, percebemos que o Diabo está muito entusiasmado. Sugere as razões para tal estado de espírito. _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ 2. Propõe três adjetivos para caracterizar o Diabo nesta primeira cena. _____________________________________________________________________________________________ 3. O Anjo parece mais reservado, visto que não fala sequer. Por que será? _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ 4. Indica o destino da viagem comandada pelo Diabo.

_____________________________________________________________________________________________ 5. São várias as interjeições utilizadas pelo Diabo naquela atmosfera de grande excitação. Identifica-as. _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ 6. O Diabo usa com frequência frases de tipo imperativo, dirigindo-se ao Companheiro. Transcreve alguns exemplos. _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ 6.1 Explica a razão por que o Diabo utiliza este tipo de frase, nesta situação inicial. _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ 7. Certamente já ouviste esta frase e muitas outras onde aparece a palavra “diabo”. Faz corresponder as expressões de A a G com as definições numeradas de 1 a 10.

A) andar o diabo à solta. 1. ser muito feio ou muito mau, muito perverso.

B) comer o pão que o diabo

amassou. 2. não ocorreria a ninguém.

C) onde o diabo perdeu as

botas. 3. acontecer uma sucessão de coisas extraordinárias.

D) enquanto o diabo esfrega

um olho. 4. local muito distante.

E) nem ao diabo lembrava. 5. passar um mau bocado.

F) ser o diabo em figura de

gente. 6. num instante.

G) ser o diabo em pessoa. 7. uma pessoa, normalmente uma criança, muito irrequieta e amiga de

travessuras.

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Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Língua Portuguesa

Nome________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º: 15 ”O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente”

Professora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo III Correção

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Ficha de verificação de conhecimentos

1. Logo nas primeiras falas, percebemos que o Diabo está muito entusiasmado. Sugere as razões para tal estado de espírito.

Possível resposta: Trata-se do dia de receber almas para o Inferno, o que é naturalmente motivo de festa para o Diabo.

2. Propõe três adjetivos para caracterizar o Diabo nesta primeira cena.

Algumas hipóteses: decidido; determinado; entusiasmado; alegre; eufórico; autoritário; impaciente; apressado; optimista…

3. O Anjo parece mais reservado, visto que não fala sequer. Por que será?

Possível resposta: O Anjo é um elemento de serenidade e moderação, que apenas deseja transportar para o céu os poucos que de

facto mereçam a vida eterna. Ao contrário do Diabo, que deseja (e festeja) uma grande quantidade de almas recebidas, o Anjo

espera tranquilamente pelos virtuosos (raros, porque na Terra há sobretudo pecadores).

4. Indica o destino da viagem comandada pelo Diabo.

O destino da viagem comandada pelo Diabo é o Inferno.

5. São várias as interjeições utilizadas pelo Diabo naquela atmosfera de grande excitação. Identifica-as.

“Houlá!” / “Hu-u!” / “Sus!” / “Ô-ô!”

6. O Diabo usa com frequência frases de tipo imperativo, dirigindo-se ao Companheiro. Transcreve alguns exemplos.

“Vai” / “Atesa” / “Despeja” / “Abaxa” / “Faze” / “Alija” / “Põe”

6.1 Explica a razão por que o Diabo utiliza este tipo de frase, nesta situação inicial.

O Diabo usa a frase de tipo imperativo para dar ordens ao seu subordinado (o Companheiro), no sentido de preparar a embarcação

infernal para eficazmente receber e transportar as almas condenadas.

7. Certamente já ouviste esta frase e muitas outras onde aparece a palavra “diabo”. Faz corresponder as expressões de A a G com as

definições numeradas de 1 a 10.

A) andar o diabo à solta. 1. ser muito feio ou muito mau, muito perverso.

B) comer o pão que o diabo amassou. 2. não ocorreria a ninguém.

C) onde o diabo perdeu as botas. 3. acontecer uma sucessão de coisas extraordinárias.

D) enquanto o diabo esfrega um olho. 4. local muito distante.

E) nem ao diabo lembrava. 5. passar um mau bocado.

F) ser o diabo em figura de gente. 6. num instante.

G) ser o diabo em pessoa. 7. uma pessoa, normalmente uma criança, muito irrequieta e amiga de travessuras.

Soluções: A – 3 / B – 5 / C – 4 / D – 6 / E – 2 / F – 7 / G - 1

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O Auto da Barca do Inferno Cena do Fidalgo

3 de novembro de 2011

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO Ano Lectivo 2011/2012

Aula observada de Língua Portuguesa – 91 D Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Módulo N.º: 15 : O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente Professora Orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora Estagiária: Ana Filipa Valente

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Objectivos:

Consolidar, através de uma breve revisão, parte dos conteúdos abordados na última aula,

relacionados com as principais características do Auto da Barca do Inferno.

Explorar o mundo artístico, expressões, provérbios relacionados com o Diabo.

Analisar e comentar a cena inicial “Arrais do Inferno” e a cena do fidalgo.

Abordar os diferentes níveis da língua e recursos estilísticos presentes na cena do fidalgo.

Motivar para o estudo do Auto da Barca do Inferno.

Competências:

Compreensão e expressão oral.

Compreensão e expressão escrita.

Conteúdos:

Recapitulação dos conteúdos lecionados na aula anterior: assunto, argumento, cenário, personagens

e estrutura (interna e externa) do Auto da Barca do Inferno.

Revisão dos processos do cómico utilizados por Gil Vicente e dos níveis da língua (cuidado, familiar

ou popular e calão).

Conclusão da correção da ficha de leitura da cena preparatória.

O Diabo e as suas diversas manifestações.

Leitura, análise e comentário da cena do fidalgo: objetivo da cena, percurso cénico, símbolos,

caracterização da personagem do fidalgo, argumentos de defesa e acusação e sentença.

Análise dos níveis da língua e recursos estilísticos presentes na cena do fidalgo.

Realização de uma ficha de verificação de leitura da cena em estudo.

Material:

Fichas fotocopiadas. Caderno diário.

Imagem. Esferográfica.

Computador. Lápis.

PowerPoint. Quadro.

Vídeoprojetor. Marcador

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO Ano Lectivo 2011/2012

Plano de Aula de Língua Portuguesa – 91 D Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Professora Orientadora: Maria Celeste Nunes Professora Estagiária: Ana Filipa Valente

Aula n.º: 13, 14 Data: 3 de novembro de 2011

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5 min. 5 min.

15 min. 25 min. 10 min.

20 min.

Registo de sumário:

Conclusão da correção dos exercícios da cena “Arrais do Inferno”.

Leitura e análise da cena do fidalgo.

Realização de uma ficha de trabalho.

Motivação inicial:

Brainstorming sobre os conteúdos abordados na aula do dia 27 de outubro.

Reflexão sobre as manifestações artísticas, expressões, provérbios associados ao Diabo e que recorrem à

sua imagem e características.

Desenvolvimento da aula:

A professora iniciará a aula saudando os discentes. De seguida, será escrito o sumário da

lição e, enquanto os alunos retiram o material necessário para a aula, proceder-se-á à chamada

para que a professora averigúe e tome nota de quem está presente.

Efetuar-se-á a uma breve recapitulação dos conteúdos lecionados na aula anterior, ou seja,

rever-se-á o assunto, o argumento, o cenário, as personagens e a estrutura (interna e externa) do

Auto da Barca do Inferno. Proceder-se-á igualmente à revisão dos processos do cómico utilizados

por Gil Vicente e dos níveis de língua (cuidado, familiar ou popular e calão).

Após a breve revisão dos conteúdos já lecionados, terminar-se-á a correção da ficha de

verificação de conhecimentos da cena “Arrais do Inferno” e, recorrendo-se ao último exercício

presente na ficha, relacionado com o Diabo e as suas expressões, motivar-se-ão os alunos para

refletirem sobre as manifestações artísticas, expressões, provérbios associados ao Diabo e que

recorrem à sua imagem e características (Anexo I – diapositivo 4).

De seguida, os alunos lerão a cena do fidalgo, a qual será analisada e comentada (Anexo II).

Nesta cena serão destacados alguns excertos, nos quais estão presentes figuras de estilo (como a

ironia e o eufemismo), argumentos de defesa e acusação, símbolos e características do fidalgo,

enquanto representante de um grupo social, a nobreza.

Posteriormente, será entregue aos alunos uma ficha informativa sobre a cena do fidalgo

(Anexo III), sendo apresentadas também em PowerPoint (Anexo I – diapositivos 9 a 14) as

informações mais relevantes da cena em estudo: objetivo da cena, percurso cénico, símbolos,

caracterização da personagem do fidalgo, argumentos de defesa e acusação e sentença.

Após a leitura, análise e comentário da cena do fidalgo, será entregue aos alunos uma ficha

de verificação de leitura (Anexo IV) contendo três exercícios. O primeiro exercício encontra-se

dividido em oito questões de escolha múltipla. O segundo exercício consta no preenchimento de

palavras cruzadas relacionadas com a cena do fidalgo e o último exercício é constituído por uma

sopa de letras, tendo os alunos que encontrar seis palavras relacionadas com termos náuticos,

aos quais Gil Vicente recorre com frequência e que permitem conferir verosimilhança à cena.

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5 min. 5 min.

Após a resolução da ficha, esta será corrigida e dissipar-se-ão possíveis dúvidas e questões

colocadas pelos alunos.

Chegados ao final da aula, a professora pedirá aos alunos que façam um pequeno resumo

oral daquilo que foi dito.

Para finalizar, a professora avisa que a ida ao teatro para assistir à peça Auto da Barca do

Inferno realizar-se-á na próxima quarta-feira (dia 9 de novembro) e que a próxima aula (dia 17

de novembro) será lecionada por ela, introduzindo-se a análise de mais duas cenas da obra em

estudo.

Deste modo, a professora dará a aula por concluída, pedindo aos alunos que arrumem o

material e saiam ordeiramente, deixando a sala organizada.

Síntese da lição:

Os alunos consolidarão, através de uma breve revisão, parte dos conteúdos abordados na última

aula, relacionados com as principais características do Auto da Barca do Inferno.

Explorarão o mundo artístico, expressões, provérbios relacionados com o Diabo.

Procederão à análise e comentário do excerto “Arrais do Inferno” e da cena do fidalgo.

Abordarão os diferentes níveis da língua e recursos estilísticos presentes na cena do fidalgo.

Realizarão uma ficha de verificação de leitura relacionada com a cena em estudo.

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Gil Vicente

Escola Secundária Campos Melo

Projecto Cofinanciado pelo Fundo Social Europeu

Eixo1 – Tipologia de Intervenção - 1.3 - Cursos de Educação e Formação de Jovens

Professora: Celeste Nunes

Professora Estagiária: Ana Filipa ValenteAno Lectivo 2011/2012

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Auto da Barcado In fe rno

G i l V i c e n t e

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Arra i s do In fe rnoArgumentoAUTO DA MORALIDADE composto per Gil Vicente per contemplação da sereníssima e muito

católica rainha dona Lianor, nossa senhora, e representado per seu mandado ao poderoso príncipe e muialto rei dom Manuel, primeiro de Portugal deste nome. Começa a declaração do argumento da obra.Primeiramente, no presente auto, se fegura que, no ponto que acabamos de espirar, chegamossupitamente a um rio, o qual per força havemos de passar em um de dous bates que naquele porto estão,scilicet, um deles passa pêra o Paraíso, e o outro pêra o Inferno; os quais bates tem cada um seu arrais naproa: o do Paraíso um Anjo, e o do Inferno um Arrais infernal e um Companheiro.

Versos

Imperativo: modo verbal utilizado para exprimir umaordem, umconselho ouum pedido.

Interjeição: palavra ouexpressão que manifestasentimentos, reações súbitas (alegria, dor, admiração…).

Ironia

Page 131: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

O D i a b o

Page 132: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Cena do F ida l goEufemismo:Figura de estilo através da quala realidade é suavizada.

Ironia

Defesa

Acusação

Símbolos

Termos náuticos

Page 133: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Cena do F ida l go

Page 134: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Cena do F ida l go

Page 135: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Cena do F ida l go

Page 136: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o F i d a l g oP e r c u r s o c é n i c o

Page 137: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o F i d a l g oS í m b o l o s

CADEIRA: símbolo da falsa vivência da religião.

PAJEM: símboloda tirania daexploração dopovo (tratadocomo objeto).

MANTO: símbolo do estatuto social.

Page 138: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o F i d a l g oC a r a c t e r i z a ç ã o

VAIDOSO

PRESUNÇOSO

ALTIVO

TIRANO

INFIEL

Page 139: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o F i d a l g oA r g u m e n t o s

DEFESA:

Natureza religiosa:

vv. 43,44 “Que leixo na outra

vida/ quem reze por mi.”

Deixa em terra quem reze por

ele.

Natureza social:

v. 80 “Sou fidalgo de solar”

O seu estatuto social.

ACUSAÇÃO:

Prática de uma falsa religião.

vv. 47-49 / v. 65

A classe a que pertence.

v. 53

A tirania , a vaidade e o

desprezo pelo povo.

v. 88 / v. 86 / vv. 100 - 103

Page 140: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o F i d a l g oS e n t e n ç a

CONDENADO A

EMBARCAR NO BATEL

INFERNAL

Page 141: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o F i d a l g oObjetivo da Cena:

Criticar, através do cómico, a sociedade, a nobreza e a família.

A linguagem:

Níveis de língua: Cuidada:vv. 98,99 “Vós irês maisespaçoso / com fumosasenhoria.”

Popular:vv. 71,72 “Que Cant’a isto é jápior…/ Que jiricocins, salvanor!”

Figuras de Estilo: Eufemismo:v. 27 “Vai pera a ilha perdida”

Ironia:v. 45 “Quem reze sempre por ti?”

Repetição:v. 160 “Ora, entrai! Entrai! Entrai!”

Metáfora:v. 107 “Oh!Que maré tão de prata”

Page 142: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o F i d a l g oE x e r c í c i o s

Page 143: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o F i d a l g oE x e r c í c i o s

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C e n a d o F i d a l g oE x e r c í c i o s

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C e n a d o F i d a l g oE x e r c í c i o s

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DIREÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DO CENTRO

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO

P r o j e c t o Co f i n a n c i ad o pe l o F u n d o S o c i a l E u r op e u

E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 3 - C u r s o s d e E d u ca çã o e F o r m a çã o d e J o v e n s

Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Língua Portuguesa

Nome________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º: 15 ”O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente”

Professora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo II

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Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Língua Portuguesa

Nome________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º: 15 ”O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente”

Ficha informativa

Professora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo III

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Cena do Fidalgo

Objetivo: Criticar, através do cómico, a sociedade, a nobreza e a família.

Percurso cénico

Símbolos:

CADEIRA: símbolo da falsa vivência da religião.

MANTO: símbolo do estatuto social.

PAJEM: símbolo da tirania da exploração do povo (tratado como objeto).

Caracterização do Fidalgo:

Vaidoso, presunçoso, altivo, tirano, infiel.

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Argumentos:

Linguagem:

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Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Língua Portuguesa

Nome________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º: 15 ”O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente”

Ficha de verificação de leitura

Professora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo IV

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 3 - C u r s o s d e E d u ca çã o e F o r m a çã o d e J o v e n s

1. Após a leitura da cena do fidalgo do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, lê atentamente o

seguinte questionário e assinala com uma cruz apenas uma das alternativas enunciadas.

1.1 No texto, aparece a palavra "fumosa" que significa...

a) vaidosa.

b) com fumo.

c) porca.

d) cheirosa.

1.2 No início, o réu julgava que o Diabo era...

a) um touro.

b) um palhaço.

c) um cabrito.

d) uma senhora.

1.3 O Diabo e o Anjo acusam o Fidalgo de...

a) infidelidade e ter tido uma vida de prazeres.

b) ser tirano, altivo, arrogante e vaidoso.

c) não ser um cristão praticante.

d) As três afirmações anteriores estão corretas.

1.4 O Fidalgo defende-se porque...

a) fez donativos aos pobres.

b) se confessou antes de morrer.

c) tem um estatuto social elevado (fidalgo).

d) era um homem fiel.

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1.5 O Anjo acusa o Fidalgo de ser...

a) tirano.

b) bondoso.

c) arrogante, tirano e benevolente.

d) altivo e afável.

1.6 Os símbolos que o Fidalgo leva consigo são...

a) um criado, um manto e uma coroa.

b) um manto e uma cadeira transportada por um criado.

c) um manto, jóias e uma cadeira.

d) uma cadeira, um martelo e uma bolsa com dinheiro.

1.7 O percurso cénico do Fidalgo é...

a) Cais – Diabo – Anjo - Embarca.

b) Cais – Anjo – Diabo - Embarca.

c) Cais – Diabo – Anjo – Diabo - Embarca.

d) Cais – Anjo – Diabo – Anjo - Embarca.

1.8 A palavra "marchetada", na frase "marchetada de dolores" significa…

a) colorida.

b) ornamentada.

c) feita.

d) pintada.

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 3 - C u r s o s d e E d u ca çã o e F o r m a çã o d e J o v e n s

2. Uma vez lida a parte do Auto da Barca do Inferno relativa ao Fidalgo, preenche, de acordo com as

indicações, as palavras cruzadas.

Horizontal Vertical 1. Um dos símbolos cénicos do fidalgo.

1. Percurso cénico de Dom Anrique (iniciais).

2. Figurante que o fidalgo traz com ele.

3. Símbolo cénico (vestuário).

5. O fidalgo é acusado de ser…

4. Grupo social de Dom Anrique.

6. Arrais do Inferno.

7. Acusação de carácter psicológico feita à personagem.

3. Encontra na seguinte sopa de letras, 7 palavras referentes a termos náuticos.

E N H O P C G A T E S I

B C Q U T A O I S J I A

I A D A L N L R M A R E

P U R V E C U C R O G D

O T Ç C T O Z D R I Ç A

J F H A A R D S E Ç U R

A E P O C A R A V E L A

U T G D I N A T U B E L

Note-Se que Gil Vicente conhece bem os termos náuticos, o que confere verosimilhança à

cena.

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Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Língua Portuguesa

Nome________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º: 15 ”O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente”

Ficha de verificação de leitura

Professora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo IV

Correção

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1. Após a leitura da cena do fidalgo do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, lê atentamente o

seguinte questionário e assinala com uma cruz apenas uma das alternativas enunciadas.

1.1 No texto, aparece a palavra "fumosa" que significa...

a) vaidosa.

b) com fumo.

c) porca.

d) cheirosa.

1.2 No início, o réu julgava que o Diabo era...

a) um touro.

b) um palhaço.

c) um cabrito.

d) uma senhora.

1.3 O Diabo e o Anjo acusam o Fidalgo de...

a) infidelidade e ter tido uma vida de prazeres.

b) ser tirano, altivo, arrogante e vaidoso.

c) não ser um cristão praticante.

d) As três afirmações anteriores estão corretas.

1.4 O Fidalgo defende-se porque...

a) fez donativos aos pobres.

b) se confessou antes de morrer.

c) tem um estatuto social elevado (fidalgo).

d) era um homem fiel.

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1.5 O Anjo acusa o Fidalgo de ser...

a) tirano.

b) bondoso.

c) arrogante, tirano e benevolente.

d) altivo e afável.

1.6 Os símbolos que o Fidalgo leva consigo são...

a) um criado, um manto e uma coroa.

b) um manto e uma cadeira transportada por um criado.

c) um manto, jóias e uma cadeira.

d) uma cadeira, um martelo e uma bolsa com dinheiro.

1.7 O percurso cénico do Fidalgo é...

a) Cais – Diabo – Anjo - Embarca.

b) Cais – Anjo – Diabo - Embarca.

c) Cais – Diabo – Anjo – Diabo - Embarca.

d) Cais – Anjo – Diabo – Anjo - Embarca.

1.8 A palavra "marchetada", na frase "marchetada de dolores" significa…

a) colorida.

b) ornamentada.

c) feita.

d) pintada.

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2. Uma vez lida a parte do Auto da Barca do Inferno relativa ao Fidalgo, preenche, de acordo com as

indicações, as palavras cruzadas.

Horizontal Vertical 1. Um dos símbolos cénicos do fidalgo.

(cadeira)

1. Percurso cénico de Dom Anrique (iniciais). (CDADE)

2. Figurante que o fidalgo traz com ele. (pajem)

3. Símbolo cénico (vestuário). (manto)

5. O fidalgo é acusado de ser… (tirano)

4. Grupo social de Dom Anrique. (nobreza)

6. Arrais do Inferno. (Diabo)

7. Acusação de carácter psicológico feita à personagem. (vaidade)

3. Encontra na seguinte sopa de letras, 6 palavras referentes a termos náuticos.

E N H O P C G A T E S I

B C Q U T A O I S J I A

I A D A L N L R M A R E

P U R V E C U C R O G D

O T Ç C T O Z D R I Ç A

J F H A A R D S E Ç U R

A E P O C A R A V E L A

U T G D I N A T U B E L

Note-Se que Gil Vicente conhece bem os termos náuticos, o que confere verosimilhança à

cena.

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O Auto da Barca do Inferno

Cena do Onzeneiro Cena de Joane, o Parvo

17 de novembro de 2011

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO Ano Lectivo 2011/2012

Aula observada de Língua Portuguesa – 91 D Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Módulo N.º: 15 : O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente Professora Orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora Estagiária: Ana Filipa Valente

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Objectivos:

Consolidar, através de uma breve revisão, parte dos conteúdos abordados na última aula,

relacionados com a cena do Fidalgo.

Analisar e comentar a cena do Onzeneiro: percurso cénico, símbolos, argumentos de acusação e de

defesa, desfecho, intenção crítica da cena.

Analisar e comentar a cena de Joane, o Parvo: ausência de símbolos caracterizadores e sua

justificação, ausência de referências à vida passada do Parvo e sua justificação, defesa do Parvo por

parte do Anjo.

Comentar o recurso à linguagem ilógica e escatológica do Parvo.

Abordar os diferentes níveis da língua e recursos estilísticos presentes nas duas cenas em estudo.

Motivar para o estudo do Auto da Barca do Inferno.

Competências:

Compreensão e expressão oral.

Compreensão e expressão escrita.

Conteúdos:

Recapitulação dos conteúdos lecionados na aula anterior: visão geral da cena do Fidalgo.

Conclusão da correção da ficha de leitura da cena do Fidalgo.

Leitura, análise e comentário da cena do Onzeneiro: objetivo da cena, percurso cénico, símbolos,

caracterização da personagem do Onzeneiro, argumentos de defesa e acusação e sentença.

Análise dos níveis da língua e recursos estilísticos presentes na cena do Onzeneiro.

Realização de uma ficha de verificação de leitura da cena do Onzeneiro.

Leitura, análise e comentário da cena do Parvo: percurso cénico, ausência de símbolos

caracterizadores e sua justificação, ausência de referências à vida passada do Parvo e sua

justificação, defesa do Parvo por parte do Anjo.

Análise dos níveis da língua (linguagem ilógica e escatológica) e recursos estilísticos presentes na

cena do Parvo.

Realização de uma ficha de verificação de leitura da cena do Parvo.

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO Ano Lectivo 2011/2012

Plano de Aula de Língua Portuguesa – 91 D Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Professora Orientadora: Maria Celeste Nunes Professora Estagiária: Ana Filipa Valente

Aula n.º: 17, 18 Data: 17 de novembro de 2011

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5 min. 5 min. 5 min.

20 min.

15 min.

Material:

Fichas fotocopiadas. Caderno diário.

Imagem. Esferográfica.

Computador. Lápis.

PowerPoint. Quadro.

Vídeoprojetor. Marcador

Registo de sumário:

Conclusão do sumário da aula anterior: correção dos exercícios.

Leitura e análise da cena do Onzeneiro e da cena do Parvo.

Realização de uma ficha de verificação de conhecimentos sobre as cenas em estudo.

Motivação inicial:

Brainstorming sobre os conteúdos abordados na aula do dia 3 de novembro.

Breve comentário e reflexão com os alunos sobre a peça de teatro Auto da Barca do Inferno que

assistiram no dia 9 de novembro.

Desenvolvimento da aula:

A professora iniciará a aula saudando os discentes. De seguida, será escrito o sumário da

lição e, enquanto os alunos retiram o material necessário para a aula, proceder-se-á à chamada

para que a professora averigúe e tome nota de quem está presente.

Efetuar-se-á a uma breve recapitulação dos conteúdos lecionados na aula anterior, ou seja,

rever-se-á a cena do Fidalgo. Recapitular-se-ão as figuras de estilo presentes na cena do Fidalgo

(como a ironia e o eufemismo), argumentos de defesa e acusação, símbolos, características desta

personagem e desfecho da cena.

Após a breve revisão dos conteúdos já lecionados, terminar-se-á a correção do último

exercício da ficha de verificação de conhecimentos da cena do Fidalgo (Anexo I – diapositivo 3).

De seguida, os alunos lerão a cena do Onzeneiro, a qual será analisada e comentada (Anexo

II). Nesta cena serão destacados elementos como o percurso cénico, símbolos, argumentos de

acusação e de defesa, desfecho e intenção crítica da cena.

Ao mesmo tempo que se procede à análise e comentário da cena do Onzeneiro, serão

projetados alguns diapositivos em Power Point, contendo as ideias principais da cena em estudo.

(Anexo I – diapositivos 4 a 11)

Após a leitura, análise e comentário da cena do Onzeneiro, será entregue aos alunos uma

ficha de verificação de leitura (Anexo III) contendo quatro exercícios. O primeiro exercício

encontra-se dividido em cinco questões de escolha múltipla. O segundo e o terceiro exercícios

visam que os alunos, através de uma resposta curta, demonstrem os seus conhecimentos sobre a

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20 min.

15 min.

5 min.

cena do Onzeneiro, nomeadamente sobre os elementos de defesa e de acusação. No último

exercício é apresentada uma sopa de letras, onde os alunos terão que encontrar sinónimos das

palavras apresentadas.

Após a resolução da ficha, esta será corrigida e dissipar-se-ão possíveis dúvidas e questões

colocadas pelos alunos.

Posteriormente, os alunos lerão a cena do Parvo, a qual será analisada e comentada (Anexo IV).

Nesta cena analisar-se-á ausência de símbolos caracterizadores do Parvo e sua justificação,

ausência de referências à vida passada do Parvo e sua justificação, defesa do Parvo por parte do

Anjo. Destacar-se-ão os diferentes níveis da língua e recursos estilísticos presentes nas duas cenas

em estudo, sobretudo o recurso à linguagem ilógica e escatológica do Parvo.

Ao mesmo tempo que se procede à análise e comentário da cena do Parvo, serão projetados

alguns diapositivos em Power Point, contendo as ideias principais da cena em estudo. (Anexo I –

diapositivos 16 a 22)

Após a leitura, análise e comentário da cena do Parvo, será entregue aos alunos uma ficha de

verificação de leitura (Anexo V) contendo cinco exercícios. O primeiro exercício encontra-se

dividido em cinco questões de escolha múltipla. O segundo exercício consta no preenchimento de

palavras cruzadas com os adjetivos correspondentes aos substantivos apresentados. O terceiro,

quarto e quinto exercícios visam que os alunos, através de uma resposta curta, demonstrem os seus

conhecimentos sobre a cena do Parvo, manifestando, sobretudo na questão número cinco, o seu

espírito crítico, reflexivo e argumentativo.

Chegados ao final da aula, a professora entregará uma ficha informativa (Anexo VI) sobre as

duas cenas em estudo e pedirá aos alunos que façam um pequeno resumo oral daquilo que foi dito.

Deste modo, a professora dará a aula por concluída, pedindo aos alunos que arrumem o

material e saiam ordeiramente, deixando a sala organizada.

Síntese da lição:

Os alunos consolidarão, através de uma breve revisão, parte dos conteúdos abordados na última

aula, relacionados com a cena do Fidalgo

Procederão à análise e comentário da cena do Onzeneiro e da cena de Joane, o Parvo.

Abordarão os diferentes níveis da língua e recursos estilísticos presentes na cena do Onzeneiro e na

cena do Parvo.

Realizarão duas fichas de verificação de leitura relacionadas com as cenas em estudo.

Page 166: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Gil Vicente

Escola Secundária Campos Melo

Projecto Co-Financiado pelo Fundo Social Europeu

Eixo1 – Tipologia de Intervenção - 1.3 - Cursos de Educação e Formação de Jovens

Professora: Celeste Nunes

Professora Estagiária: Ana Filipa ValenteAno Lectivo 2011/2012

Page 167: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Auto da Barcado In fe rno

G i l V i c e n t e

Page 168: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o F i d a l g oE x e r c í c i o s

Page 169: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Cena do Onzene i r oEufemismo:Figura de estilo através da quala realidade é suavizada.

Ironia

Defesa

Acusação

Símbolos

Page 170: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Cena do Onzene i r o

Page 171: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o O n z e n e i r oP e r c u r s o c é n i c o

Page 172: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o O n z e n e i r oS í m b o l o s

BOLSÃO: símbolodo roubo, daambição e dacobiça.

Page 173: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o O n z e n e i r oC a r a c t e r i z a ç ã o

COBIÇOSO

AVARENTO

AMBICIOSO

Page 174: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o O n z e n e i r oA r g u m e n t o s

DEFESA:

Inesperado da sua morte.vv. 185 - 187 “Mais quisera eu látardar…/ Na safra do apanhar/me deu Saturno quebranto.”

Jura ter o bolsão vazio.vv. 190 – 191 / v. 218

Precisa de regressar à terrapara ir buscar mais dinheiro(quer comprar a passagem parao Paraíso).

vv. 226 – 231

ACUSAÇÃO:

Amor pelo dinheiro.Mesmo depois de morto só pensano dinheiro que deixou na terra.

Avarezav. 219

Page 175: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o O n z e n e i r oS e n t e n ç a

CONDENADO A

EMBARCAR NO BATEL

INFERNAL

Page 176: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o O n z e n e i r o

Objetivo da Cena: Criticar, através do cómico, a sociedade, a burguesia , a cobiça.

Figuras de estilo:

Page 177: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o O n z e n e i r oE x e r c í c i o s

Page 178: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o O n z e n e i r oE x e r c í c i o s

Page 179: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o O n z e n e i r oE x e r c í c i o s

Page 180: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o O n z e n e i r oE x e r c í c i o s

Page 181: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Cena do Pa r vo

Page 182: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Cena do Pa r vo

Page 183: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o P a r v oU s o d a L í n g u a

O Parvo usa imensas interjeições. O seu uso é uma marca do texto dramático, quetem a ver com o uso corrente da função emotiva ou expressiva da linguagem.As interjeições são palavras invariáveis que exprimem uma reação emocional.

O Parvo usa um nível de língua popular, que frequentemente desce até ao calão.

Page 184: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o P a r v oS í m b o l o s e A r g u m e n t o s

Ao contrário das outras personagens, o Parvo não se fazacompanhar de qualquer símbolo cénico nem apresenta qualquerargumento de defesa.Relativamente ao percurso cénico, há também uma diferença.

DEFESA:

Apresentados pelo AnjoSendo um pobre de espírito, os erros que cometeu não forampremeditados.vv. 300 – 304

Page 185: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o P a r v oP e r c u r s o c é n i c o

Page 186: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o O n z e n e i r oC a r a c t e r i z a ç ã o

IRRESPONSÁVEL

LOUCO

“SIMPLES” DE ESPÍRITO

Page 187: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o P a r v oS e n t e n ç a

TEM AUTORIZAÇÃO PARA

EMBARCAR NA BARCA DO

ANJO, MAS AGUARDA QUE

CHEGUE ALGUÉM MERECEDOR.

Page 188: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o P a r v oE x e r c í c i o s

Page 189: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o P a r v oE x e r c í c i o s

Page 190: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

C e n a d o P a r v oE x e r c í c i o s

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2011/2012

1 de 2

DIREÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DO CENTRO

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO

P r o j e c t o Co f i n a n c i ad o pe l o F u n d o S o c i a l E u r op e u

E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 3 - C u r s o s d e E d u ca çã o e F o r m a çã o d e J o v e n s

Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Língua Portuguesa

Nome________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º: 15 ”O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente”

Professora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo II

Page 192: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

2011/2012

2 de 2

DIREÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DO CENTRO

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO

P r o j e c t o Co f i n a n c i ad o pe l o F u n d o S o c i a l E u r op e u

E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 3 - C u r s o s d e E d u ca çã o e F o r m a çã o d e J o v e n s

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2011/2012

1 de 3

DIREÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DO CENTRO

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 3 - C u r s o s d e E d u ca çã o e F o r m a çã o d e J o v e n s

Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Língua Portuguesa

Nome________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º: 15 ”O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente”

Ficha de verificação de leitura

Professora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo III

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 3 - C u r s o s d e E d u ca çã o e F o r m a çã o d e J o v e n s

1. Após a leitura da cena do onzeneiro do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, lê atentamente o

seguinte questionário e assinala com uma cruz apenas uma das alternativas enunciadas.

1.1 Esta personagem apresenta em cena um elemento que a caracteriza simbolicamente. Este elemento é:

a) manto.

b) cadeira.

c) bolsão.

1.2 O percurso cénico do Onzeneiro é:

a) Cais – Diabo – Anjo - Embarca.

b) Igual ao do Fidalgo.

c) c) Cais – Anjo – Diabo – Anjo - Embarca.

1.3 O Onzeneiro pede para voltar à terra para:

a) ver a sua mulher.

b) ir buscar dinheiro para pagar a sua passagem na barca do Anjo.

c) ir a uma grande festa.

1.4 O Onzeneiro pensa que o Anjo não o deixa entrar, porque ele:

a) não tem dinheiro para pagar a passagem.

b) tem o bolsão cheio.

c) tem o coração vazio.

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3 de 3

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 3 - C u r s o s d e E d u ca çã o e F o r m a çã o d e J o v e n s

1.5 O figura de estilo presente no verso “Pera a infernal comarca” (v. 205) é:

a) ironia.

b) eufemismo.

c) repetição.

2. Várias acusações são feitas ao Onzeneiro.

2.1 Que acusações?

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

2.2 Como tenta o Onzeneiro defender-se das acusações que lhe são feitas?

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

3. Comenta o descontentamento do Diabo em relação ao Fidalgo, após ter ouvido o diálogo entre este e

o Onzeneiro (vv. 240 – 247).

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

4. Descobre na sopa de letras os vocábulos (5) da cena do Onzeneiro que correspondem às definições

apresentadas.

E S H O P C G A T E S I

S A T U R N O I S J I A

I F D A L N L R M O R E

D R R V E C U C R N G D

I A Ç C T O Z D R Z Ç A

X F H A A R D S E E U R

A E P O C A R A V N L A

U T G B O R R E G A D A

Colheita.

Divindade responsável pela duração das

vidas humanas.

Interjeição que significa “já disse!”.

Juro de 11%.

Insulto.

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Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Língua Portuguesa

Nome________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º: 15 ”O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente”

Ficha de verificação de leitura

Professora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo III Correção

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1. Após a leitura da cena do onzeneiro do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, lê atentamente o

seguinte questionário e assinala com uma cruz apenas uma das alternativas enunciadas.

1.1 Esta personagem apresenta em cena um elemento que a caracteriza simbolicamente. Este elemento é:

a) manto.

b) cadeira.

c) bolsão.

1.2 O percurso cénico do Onzeneiro é:

a) Cais – Diabo – Anjo - Embarca.

b) Igual ao do Fidalgo.

c) c) Cais – Anjo – Diabo – Anjo - Embarca.

1.3 O Onzeneiro pede para voltar à terra para:

a) ver a sua mulher.

b) ir buscar dinheiro para pagar a sua passagem na barca do Anjo.

c) ir a uma grande festa.

1.4 O Onzeneiro pensa que o Anjo não o deixa entrar, porque ele:

a) não tem dinheiro para pagar a passagem.

b) tem o bolsão cheio.

c) tem o coração vazio.

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1.5 O figura de estilo presente no verso “Pera a infernal comarca” (v. 205) é:

a) ironia.

b) eufemismo.

c) repetição.

2. Várias acusações são feitas ao Onzeneiro.

2.1 Que acusações?

Possível resposta: O Onzeneiro é acusado de ser avarento, de levar um bolsão cheio de dinheiro e ter o

coração cheio de pecados e de amor pelos bens materiais.

2.2 Como tenta o Onzeneiro defender-se das acusações que lhe são feitas?

Possível resposta: O Onzeneiro defende-se, alegando que morreu inesperadamente, que não teve

tempo para “apanhar” mais dinheiro. Esta personagem apresenta marcas de falsidade, jura ter o bolsão

vazio e quer regressar à terra para ir buscar mais dinheiro e comprar a sua entrada no Paraíso.

3. Comenta o descontentamento do Diabo em relação ao Fidalgo, após ter ouvido o diálogo entre este e

o Onzeneiro (vv. 240 – 247).

Possível resposta: O Diabo manifesta-se contra o desprezo com que o Fidalgo invoca o nome do “demo”

e, através de uma posição autoritária, faz ver ao Fidalgo que é ele quem manda.

4. Descobre na sopa de letras os vocábulos (5) da cena do Onzeneiro que correspondem às definições apresentadas.

E S H O P C G A T E S I

S A T U R N O I S J I A

I F D A L N L R M O R E

D R R V E C U C R N G D

I A Ç C T O Z D R Z Ç A

X F H A A R D S E E U R

A E P O C A R A V N L A

U T G B O R R E G A D A

Colheita.

Divindade responsável pela duração das

vidas humanas.

Interjeição que significa “já disse!”.

Juro de 11%.

Insulto.

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Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Língua Portuguesa

Nome________________________________________________________ Nº____

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Professora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo IV

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Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Língua Portuguesa

Nome________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º: 15 ”O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente”

Ficha de verificação de leitura

Professora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo V

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 3 - C u r s o s d e E d u ca çã o e F o r m a çã o d e J o v e n s

1. Após a leitura da cena do Parvo do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, lê atentamente o

seguinte questionário e assinala com uma cruz apenas uma das alternativas enunciadas.

1.1 Quando o Diabo e o Anjo perguntam ao Parvo quem é, este:

a) descreve-se detalhadamente.

b) apresenta-se, dizendo o seu nome.

c) não se identifica.

1.2 O percurso cénico do Parvo é:

a) Cais – Diabo – Anjo.

b) Igual ao do Fidalgo e do Onzeneiro.

c) c) Cais – Anjo – Diabo – Anjo - Embarca.

1.3 O Anjo apresenta os seguintes argumentos de defesa do Parvo:

1.4 A linguagem utilizada pelo Parvo é:

a) desordenada e sem lógica.

b) insultuosa e lisonjeira.

c) cuidada.

a) indica que o Parvo errou maliciosamente.

b) afirma que o Parvo é “simples” de espírito.

c) diz que o Parvo foi generoso nos seus atos.

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 3 - C u r s o s d e E d u ca çã o e F o r m a çã o d e J o v e n s

1.5 O cómico que predomina nesta cena é:

a) cómico de carácter.

b) cómico de linguagem.

c) cómico de situação.

2. Tendo em conta as características de Joane, o Parvo, resolve as palavras cruzadas com os adjetivos

correspondentes aos substantivos indicados.

3. O Parvo é apresentado como uma personagem especial. Caracteriza-o e diz em que consiste a sua singularidade. ___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

4. O percurso cénico do Parvo é diferente do do Fidalgo e do do Onzeneiro. Indica as diferenças,

identificando a sua razão.

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

5. Exprime a tua opinião sobre a justiça (ou injustiça) da decisão do Anjo.

__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________

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Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Língua Portuguesa

Nome________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º: 15 ”O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente”

Ficha de verificação de leitura

Professora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo V Correção

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1. Após a leitura da cena do Parvo do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, lê atentamente o

seguinte questionário e assinala com uma cruz apenas uma das alternativas enunciadas.

1.1 Quando o Diabo e o Anjo perguntam ao Parvo quem é, este:

a) descreve-se detalhadamente.

b) apresenta-se, dizendo o seu nome.

c) não se identifica.

1.2 O percurso cénico do Parvo é:

a) Cais – Diabo – Anjo.

b) Igual ao do Fidalgo e do Onzeneiro.

c) c) Cais – Anjo – Diabo – Anjo - Embarca.

1.3 O Anjo apresenta os seguintes argumentos de defesa do Parvo:

a) indica que o Parvo errou maliciosamente.

b) afirma que o Parvo é “simples” de espírito.

c) diz que o Parvo foi generoso nos seus atos.

1.4 A linguagem utilizada pelo Parvo é:

a) desordenada e sem lógica.

b) insultuosa e lisonjeira.

c) cuidada.

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3 de 3

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1.5 O cómico que predomina nesta cena é:

a) cómico de carácter.

b) cómico de linguagem.

c) cómico de situação.

2. Tendo em conta as características de Joane, o Parvo, resolve as palavras cruzadas com os adjetivos

correspondentes aos substantivos indicados.

3. O Parvo é apresentado como uma personagem especial. Caracteriza-o e diz em que consiste a sua

singularidade.

Possível resposta: O Parvo é caracterizado sobretudo pela sua pobreza de espírito. É tolo, divertido e

provoca o riso através da linguagem que utiliza. O seu discurso é desordenado e sem lógica e profere

uma série de insultos e obscenidades ao Diabo.

4. O percurso cénico do Parvo é diferente do do Fidalgo e do do Onzeneiro.

4.1 Indica as diferenças, identificando a sua razão.

Possível resposta: Inicialmente o percurso cénico do Parvo é o mesmo, ou seja, chega ao cais, dirige-se

à barca do Diabo e depois à do Anjo. O seu percurso cénico difere do das personagens do Fidalgo e

Onzeneiro, porque o Anjo apresenta argumentos de defesa do Parvo e permite que ele permaneça no

cais e, após a entrada de alguém merecedor, embarque na sua barca.

5. Exprime a tua opinião sobre a justiça (ou injustiça) da decisão do Anjo. (Resposta livre)

Pretende-se verificar a capacidade expositiva e argumentativa dos alunos.

Soluções:

1. Divertido

2. Frontal

3. Humilde

4. Ingénuo

5. Irónico

6. Irresponsável

7. Puro

8. Simples

9. Sincero

10. Tolo

11. Troçador

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Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Língua Portuguesa

Nome________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º: 15 ”O Teatro Vicentino – Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente”

Ficha informativa

Professora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo VI

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Cena do Onzeneiro

Objetivo: Criticar, através do cómico, a sociedade, a burguesia , a cobiça.

Percurso cénico

Símbolos:

BOLSÃO: símbolo do roubo, da ambição e da cobiça.

Caracterização do Onzeneiro:

Cobiçoso, avarento, ambicioso.

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P r o j e c t o Co f i n a n c i ad o pe l o F u n d o S o c i a l E u r op e u

E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 3 - C u r s o s d e E d u ca çã o e F o r m a çã o d e J o v e n s

Argumentos:

Cena do Parvo

Caracterização do Parvo: Irresponsável, louco, “simples” de espírito.

Símbolos e Argumentos:

Ao contrário das outras personagens, o Parvo não se faz acompanhar de qualquer

símbolo cénico, nem apresenta qualquer argumento de defesa.

Relativamente ao percurso cénico, há também uma diferença.

Argumentos de defesa:

Apresentados pelo Anjo

Sendo um pobre de espírito, os erros que cometeu não foram premeditados.

vv. 300 – 304

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 3 - C u r s o s d e E d u ca çã o e F o r m a çã o d e J o v e n s

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P r o j e t o C o f i n a n c i a do p e l o F u n do So c i a l E u r o pe u

E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 2 – E n s i n o P r o f i s s i o n a l

Textos de Teatro:

Frei Luís de Sousa Almeida Garrett

Painel em azulejo da Escola Secundária Almeida Garrett em Vila Nova de Gaia (frag.)

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO Ano Letivo 2011/2012

Aula observada de Português – 11.º H Curso Profissional de Design, variante Design de Equipamento

Módulo N.º 7: Textos de Teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett Professora Orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora Estagiária: Ana Filipa Valente

Aulas n.º Datas: 12, 17 e 19 de janeiro de 2012

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 2 – E n s i n o P r o f i s s i o n a l

Objectivos Gerais Conteúdos Materiais/ Recursos Avaliação

Conhecer Almeida Garrett e o

contexto sociocultural.

Conhecer as características do

romantismo (movimento estético-

literário do início do século XIX).

Compreender as manifestações

teatrais.

Conhecer as modalidades do

teatro.

Consolidar o vocabulário

relacionado com o teatro.

Reconhecer as características do

espaço dramático.

Conhecer a estrutura do texto

dramático.

Processuais Declarativos Fichas

fotocopiadas.

Imagem.

Computador.

PowerPoint.

Videoprojector.

Caderno diário.

Esferográfica.

Lápis.

Quadro.

Marcador.

Ficha de

verificação de

conhecimentos

Ficha de

verificação de

leitura.

Observação

direta.

Lista de

verificação.

Trabalhos

realizados na

aula.

Compreensão e expressão

oral e escrita.

Leitura

Pré-leitura: Leitura de imagens fixas

alusivas à peça.

Apelo à criatividade dos

alunos através da redação de

um texto baseado nas

imagens.

Leitura:

Leitura e análise de excertos

da obra Frei Luís de Sousa de

Almeida Garrett.

Motivação inicial:

Leitura e análise do poema

Cinco Sentidos.

Música: Sonata de Beethoven.

Música: “Demónios de

Alcácer Quibir”, Sérgio

Godinho.

Visualização de um

PowerPoint.

Personagens

Processos de caracterização:

Direta.

Indireta.

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO Ano Letivo 2011/2012

Aula observada de Português – 11.º H Curso Profissional de Design, variante Design de Equipamento

Módulo N.º 7: Textos de Teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett Professora Orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora Estagiária: Ana Filipa Valente

Aulas n.º Datas: 12, 17 e 19 de janeiro de 2012

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 2 – E n s i n o P r o f i s s i o n a l

Conhecer a estrutura interna e

externa do texto dramático.

Sentir-se motivado para o estudo

do Frei Luís de Sousa.

Desenvolver a capacidade de

compreensão e análise textual.

Identificar factos históricos

referidos na peça.

Caracterizar personagens

explorando a sua função.

Reconhecer a dimensão estética da

língua.

Indicar símbolos presentes na obra.

Emitir juízos de valor.

Conhecer a importância do texto.

Reconhecer recursos linguísticos.

Reconhecer o valor expressivo e

estilístico da pontuação.

Reconhecer a forma como a

herança do passado se mantém

viva e influencia a sociedade atual

nos seus valores e objetivos.

Pós-leitura: Esclarecimento de dúvidas.

Elaboração de apontamentos.

Resumo.

Escrita

Elaboração de apontamentos

no caderno diário.

Oficina de escrita.

Resumo.

Relevo: Central ou protagonista.

Secundária.

Figurante.

Tipologia:

Planas ou “tipo”.

Modeladas ou

“caracteres”.

Modalidades do discurso

Texto principal:

Falas.

Texto secundário:

Didascálias (indicações

cénicas).

Modos de apresentação do

discurso: Diálogo.

Monólogo.

Apartes.

Classificação morfológica Conjunções.

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Interjeições.

Advérbios.

Artigos.

Pronomes.

Determinantes.

Verbos.

Substantivos.

Adjetivos.

Atos de fala

Os atos ilocutórios:

Assertivos.

Diretivos.

Compromissivos.

Expressivos.

Declarativos.

Recursos Linguísticos

Gradação.

Metáfora.

Adjetivação.

Sinestesia.

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Níveis de língua Cuidado.

Coloquial e oralizante.

Referências bibliográficas

Alves, Filomena; Moura, Graça (2004): Página seguinte - Português, Lisboa, Texto Editora Lda.

AMARO, Alice (2011): O essencial para o secundário - Português, Edições ASA II, S. A.

AZEVEDO, Olga; Pinto, Isabel; Lopes, Carmo (2010): Da comunicação à expressão – Gramática prática de português / língua portuguesa 3.º ciclo do

ensino básico e ensino secundário, Lisboa, Lisboa Editora.

MAGALHÃES, Olga; COSTA, Fernanda; MAGALHÃES, Vera (2010): Português Ensino Profissional Nível 3, Porto, Porto Editora.

PIMENTA, Hilário; MOREIRA, Vasco (2003): Dimensões da palavra - Português, Carnaxide, Santillana, Constância.

PINTO, Elisa; BAPTISTA, Vera; FONSECA, Paula (2009): Plural 11.º Ensino Secundário, Lisboa, Lisboa Editora.

RAMOS, Auxília; BRAGA, Zaida (2011): Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett - Coleção Resumos, Porto, Porto Editora.

SILVA, Lília; MAGALHÃES, Olga (2009): Guia de Estudo - Português 11.ºAno, Porto, Porto Editora.

http://www.slideshare.net/joanazevedo/os-cinco-sentidos-novo, consultado a 7 de janeiro de 2012.

http://www.youtube.com, consultado a 7 de janeiro de 2012 (sonata de Beethoven).

http://www.youtube.com, consultado a 15 de janeiro de 2012 (“Demónios de Alcácer Quibir” – Sérgio Godinho).

http://www.infopedia.pt/$sebastianismo, consultado a 15 de janeiro de 2012

http://www.google.com, consulta de imagens.

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Almeida Garrett - O homem e o seu tempo

O Romantismo em Portugal

Frei Luís de Sousa

12 de janeiro de 2012

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Aula observada de Português – 11.º H Curso Profissional de Design, variante Design de Equipamento

Módulo N.º 7: Textos de Teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett Professora Orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora Estagiária: Ana Filipa Valente

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Objetivos:

Conhecer Almeida Garrett e o contexto sociocultural.

Conhecer as características do romantismo (movimento estético-literário do início do século XIX).

Compreender as manifestações teatrais.

Consolidar o vocabulário relacionado com o teatro.

Reconhecer as características do espaço dramático.

Conhecer a estrutura do texto dramático.

Conhecer a estrutura interna e externa do texto dramático.

Sentir-se motivado para o estudo do Frei Luís de Sousa.

Competências:

Compreensão e expressão oral.

Compreensão e expressão escrita.

Conteúdos:

Compreender o sentido global do poema “Cinco sentidos”, procedendo-se a uma breve análise.

Almeida Garrett e o contexto sociocultural: aspetos importantes da vida de Garrett.

As características do romantismo.

As manifestações teatrais.

Oficina de escrita baseada em imagens do filme “Quem és tu?” de João Botelho.

Material:

Fichas fotocopiadas. Caderno diário.

Imagem. Esferográfica.

Computador. Lápis.

PowerPoint. Quadro.

Videoprojector. Marcador

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO Ano Letivo 2011/2012

Aula observada de Português – 11.º H Curso Profissional de Design, variante Design de Equipamento

Módulo N.º 7: Textos de Teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett Professora Orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora Estagiária: Ana Filipa Valente

Aulas n.º Datas: 12 de janeiro de 2012

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5 min. 20 min.

Registo de sumário:

Introdução ao estudo de Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett. Vida e obra do autor.

Contextualização histórica, política e social: O Romantismo.

O teatro e o texto dramático.

Motivação inicial:

Leitura e análise do poema “Cinco Sentidos”.

Música: Sonata de Beethoven.

Visualização de um PowerPoint.

Desenvolvimento da aula:

A professora iniciará a aula saudando os discentes. De seguida, será escrito o sumário da

lição, deixando antever a matéria que irá ser lecionada nos três momentos de aula que se

seguem. Enquanto os alunos retiram o material necessário para a aula, proceder-se-á à chamada

para que a professora averigúe e tome nota de quem está presente.

Em primeiro lugar dar-se-á início à projeção de um PowerPoint (Anexo I – diapositivos 1 ao

7) no qual está presente a atividade motivadora. Depois será entregue aos alunos um poema

fotocopiado (Anexo II), que tem como título “ Os cinco sentidos” de Almeida Garrett, poeta que

introduziu o romantismo em Portugal. Será feita uma primeira leitura silenciosa, acompanhada

pela audição de uma música, “A Patética” de Beethoven, seguida da leitura expressiva do

poema.

Posteriormente passar-se-á a uma breve análise do poema. Esta análise irá principiar pela

divisão em partes, realizada pelos alunos. Assim, podemos dividir o poema em dois momentos: o

primeiro contempla as cinco primeiras estrofes, que ilustram a beleza física da mulher amada,

falando dos cinco sentidos do ser humano. Esta visão é a do sujeito poético, que ao longo das

cinco estrofes se vai aproximando fisicamente da amada. No segundo momento, destacamos uma

síntese, que inclui todos os sentidos e que representa o delírio dos sentidos. Esta análise será

acompanhada da projeção do já mencionado PowerPoint (Anexo I – diapositivos 1 ao 7).

Entre outros aspetos, a docente irá chamar atenção para a construção adversativa ao longo

da primeira parte do poema, que transmite a superlativação da mulher amada em detrimento da

natureza. Simultaneamente evidenciar-se-á a aproximação progressiva do sujeito poético à

amada, salientada pelo uso da 2ª pessoa do singular e destinatário do discurso e, também, pelas

alterações de preposição existentes no último verso de cada estrofe. Para justificar a

aproximação física deste amor há ainda a notar a ordem das estrofes do poema, passando da

visão ao tato. Após a análise do poema, e em jeito de conclusão, será pedido aos alunos que

identifiquem um tema possível como, por exemplo, a dimensão física do amor, podendo eles

identificá-lo com outros termos.

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 2 – E n s i n o P r o f i s s i o n a l

10 min. 10 min.

10 min. 10 min. 15 min.

10 min.

35 min. 10 min.

Deste modo, os alunos terão um primeiro contacto com a obra do autor que irão estudar nas

aulas seguintes, permitindo-lhes a identificação de algumas características da sua obra.

Depois passaremos a uma breve exposição oral, acompanhada de uma apresentação em

PowerPoint (Anexo I – diapositivos 8 ao 12) sobre “Almeida Garrett: o homem e o seu tempo”,

destacando-se alguns aspetos da sua vida e obra. Será entregue aos alunos uma ficha informativa

(Anexo III), onde mais detalhadamente poderão explorar os dados biográficos de Almeida

Garrett. Ao mesmo tempo ser-lhes-á entregue uma ficha de verificação de leitura (Anexo IV)

relacionada com os aspetos abordados até ao momento.

A ficha de verificação de leitura consta na resolução de um exercício sobre a vida e obra de

Almeida Garrett, através do preenchimento de um crucigrama. A correção será feita no quadro

onde estará projetado o crucigrama (Anexo I – diapositivo 13). No exercício está presente uma

palavra (“Romantismo”), a qual os alunos devem desvendar. Este servirá de ligação à exposição

da temática que se segue, o romantismo.

Seguindo novamente a apresentação em PowerPoint (Anexo I – diapositivo 14) serão

apresentadas sucintamente as principais características do romantismo. Após esta breve análise

entregar-se-á aos alunos uma ficha informativa (Anexo V) mais detalhada sobre o romantismo e

uma outra ficha de verificação de conhecimentos (Anexo VI). Os exercícios nesta presentes são

dois e constam na identificação das afirmações que são verdadeiras ou falsas e na correção de

um texto com erros sobre o romantismo.

Posteriormente seguir-se-á uma breve exploração do teatro e das suas manifestações, sendo

identificadas algumas das suas características (Anexo I – diapositivos 15 ao 19). Entre outros

dados, será feita uma distinção entre o teatro e o texto dramático. Sobre este tema será,

igualmente, distribuída uma ficha informativa (Anexo VII).

Após a introdução à temática do teatro, apelando sempre a comentários e participação dos

alunos, dar-se-á início ao estudo de algumas das características da obra que irá ser estudada no

módulo n.º 7, Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett. Os alunos lerão algumas informações

presentes na ficha informativa sobre a obra (Anexo VIII) enquanto se mantem projetado o

diapositivo 20 (Anexo I), que se centra na classificação da peça Frei Luís de Sousa como drama

ou tragédia.

O terceiro tempo da aula, visando ter um conteúdo mais prático, será dedicado ao

desenvolvimento de uma oficina de escrita. Será entregue aos alunos, uma ficha (Anexo IX) onde

constam algumas imagens do filme “Quem és tu?”, de João Botelho, baseado no Frei Luís de

Sousa. Através da leitura de imagens (Anexo I – diapositivo 21) e do recurso à imaginação e

criatividade individuais, os alunos terão que escrever um texto, dando um título ao mesmo.

A professora estará sempre atenta ao trabalho que os alunos estarão a desenvolver,

apoiando-os. Dependendo do tempo serão lidos os textos escritos pelos discentes.

Chegados ao final da aula, a professora pedirá aos alunos que façam um pequeno resumo

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oral daquilo que foi dito.

Sensibilizar-se-ão os alunos para a importância do teatro, as suas diferentes manifestações e refletir-se-

á sobre “o teatro da vida”.

Para finalizar, a professora avisa que a próxima aula (dia 17 de janeiro) será lecionada por ela e que se

iniciará a leitura e análise do Frei Luís de Sousa.

Deste modo, a professora dará a aula por concluída, pedindo aos alunos que arrumem o material e saiam

ordeiramente, deixando a sala organizada.

Síntese da lição:

Os alunos compreenderão o sentido global e analisarão o poema “Cinco sentidos”.

Incrementarão o saber relacionado com Almeida Garrett e o contexto sociocultural: aspetos

importantes da sua vida.

Compreenderão as características do romantismo.

Explorarão as manifestações teatrais.

Explorarão as manifestações teatrais.

Realizarão uma atividade de oficina de escrita baseada em imagens do filme “Quem és tu?” de João

Botelho.

Page 221: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Escola Secundária Campos Melo

Projeto Cofinanciado pelo Fundo Social Europeu

Eixo1 – Tipologia de Intervenção – 1.2 – Ensino Profissional

Professora orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Ano Letivo 2011/2012

Page 222: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Almeida Garrett – Os cinco sentidos

São belas – bem sei, essas estrelas,

Mil cores – divinais têm essas flores;

Mas eu não tenho, amor, olhos para elas:

Em toda a natureza

Não vejo outra beleza

Senão a ti – a ti!MULHER AMADA

Page 223: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Almeida Garrett – Os cinco sentidos

Divina – ai! sim, será a voz que afina

Saudosa – na ramagem densa, umbrosa.

Será; mas eu do rouxinol que trina

Não oiço a melodia,

Nem sinto outra harmonia

Senão a ti – a ti!MULHER AMADA

Page 224: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Almeida Garrett – Os cinco sentidos

Respira – n’aura que entre as flores gira,

Celeste – incenso de perfume agreste.

Sei… não sinto: minha alma não aspira,

Não percebe, não toma

Senão o doce aroma

Que vem de ti – de ti!MULHER AMADA

Page 225: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Almeida Garrett – Os cinco sentidos

Formosos – são os pomos saborosos,

É um mimo – de néctar o racimo:

E eu tenho fome e sede…sequiosos,

Famintos meus desejos

Estão…mas é de beijos,

É só de ti – de ti!MULHER AMADA

Page 226: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Almeida Garrett – Os cinco sentidos

Macia – deve a relva luzidia

Do leito – ser por certo em que me deito.

Mas quem, ao pé de ti, quem poderia

Sentir outras carícias,

Tocar noutras delícias

Senão em ti – em ti!MULHER AMADA

Page 227: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Almeida Garrett – Os cinco sentidos

A ti! ai, a ti só os meus sentidos

Todos num confundidos,

Sentem, ouvem, respiram;

Em ti, por ti deliram.

Em ti a minga sorte,

A minha vida em ti;

E quando venha a morte,

Será morrer por ti.

DELÍRIO DOS SENTIDOS

DIMENSÃO FÍSICA DO AMOR

Page 228: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Almeida Garrett – O homem e o seu tempo

João Leitão da Silva

Em honra ao padrinho.

Avó materna.

Avó paterna.

Page 229: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Almeida Garrett – O homem e o seu tempo

A infância e a juventude

. João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett nasceu na cidade do Porto a 4 de fevereiro

de 1799.

. Em 1808 a família de Garrett refugia-se em Angra do Heroísmo (Açores).

. Aos 17 anos Almeida Garrett ingressou na Universidade de Coimbra.

1799 - 1854

Page 230: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Almeida Garrett – O homem e o seu tempo

Os exílios e a guerra

. Situação de instabilidade em Portugal, onde a miséria e a estagnação reinavam.

1823 - 1826

Page 231: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Almeida Garrett – O homem e o seu tempo

Depois da vitória liberal

. Fundador do Teatro Nacional D. Maria II.

. Impulsionador do Conservatório Nacional, a

primeira escola de atores.

. Criador de um reportório português que

promovesse o apreço pela cultura teatral

nacional.

Page 232: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Almeida Garrett – O homem e o seu tempo

Principais obras publicadas

Poesia TeatroNarrativa

. Lírica de João Mínimo, 1829

. Romanceiro (primeiro volume), 1843

. Flores sem Fruto, 1845

. Folhas Caídas, 1853

. Viagens na minha Terra, 1843 (folhetins), 1846 (publicada na íntegra)

. Arco de Sant’Ana(primeiro volume), 1845

. Arco de Sant’Ana(segundo volume), 1850

. Catão, 1821

. Camões, 1825

. D. Branca, 1826

. Um Auto de Gil Vicente, 1838. Dona Filipa de Vilhena, 1840. O Alfageme de Santarém, 1842. Frei Luís de Sousa, 1843 (representado), 1844 (publicado). A sobrinha do Marquês, 1848

Page 233: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Almeida Garrett – O homem e o seu tempo

Exercícios

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

10.

Page 234: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

O romantismo

Principais características

. Valorização do eu face ao coletivo social;

. Exaltação do sentimento face ao convencionalismo;

. Defesa dos ideiais de liberdade individual e política;

. Gosto pelo isolamento e pela solidão;

. Exaltação e exacerbamento emotivos;

. Predomínio do fantástico sobre o real;

. Valorização da pátria e dascaracterísticas nacionais;

. A “mulher-anjo” ou a“mulher-demónio”;

. Obsessão pela morte;

Preferência pelos ambientesnoturnos;

. Crença no progresso;

. Nascimento de um novopúblico – carácter didático dostextos;

. Gosto pela evasão;

. Libertação da rigidez das normas clássicas;

. Valorização da prosa enquanto discurso literário;

. Linguagem mais coloquial e oralizante;

Predomínio dos temas da morte, do amor insatisfeito e contraditório.

Século XIX

Page 235: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

O T E A T R O

Texto dramático

. Emissor (dramaturgo + encenador + atores)

. Linguagem verbal + Linguagem não verbal

. Recetor (espetador)

Teatro

. Emissor (dramaturgo)

. Linguagem verbal

. Recetor (leitor)

Page 236: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

O T E A T R O

Texto dramático

Falas das personagens

. O texto dramático destina-se fundamentalmente a ser representado

Didascálias

. Em discurso direto

. Precedidas do nome da personagem

Modalidades:

. Monólogo

. Diálogo

. Apartes

Indicações cénicas relativas a:

. Movimentação e atitudes das personagens

. Cenário

. Iluminação

. Música / Ruídos

(geralmente dentro de parênteses)

É constituído por:

Page 237: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

O T E A T R O

Texto dramático

Ação

Resulta da interaçãodas personagens

. O texto dramático tem por objetivo reproduzir um ou vários acontecimentos (ação) reais ou fictícios,

situados no tempo e no espaço, representados e / ou referenciados pelas personagens.

TempoPassado

Presente

Futuro

Espaço

Real

Imaginário

Personagens (encarnadas por atores)

Processos de caracterização Relevo Conceção

Direta (autocaracterização, heterocaracterização)

Indireta (ações, atitudes, comportamentos)

Principais

Secundárias

Figurantes

Planas / Personagens-tipo

Modeladas / Caracteres

Page 238: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

O T E A T R O

Estrutura Interna

Atos : longas e importantes

sequências que

correspondem a um

espaço/cenário

específico(muda o ato, muda

o cenário).

Cenas : pequenas sequências

delimitadas pela entrada e

saída de personagens.

Estrutura Externa

Na ação podem distinguir-se, tradicionalmente três momentos:

Exposição – parte inicial que contém a apresentação das personagens e situação.

Conflito – desenvolvimento da ação através de momentos de tensão e de expectativa que se intensificam até ao clímax.

Desenlace – parte final queapresenta o desfecho da ação.

Page 239: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Modalidades teatrais

Tragédia

Texto dramático que,

baseando-se nos diferentes

tipos de cómico (situação,

linguagem, personagem),

denuncia e critica aspetos da

sociedade.

Comédia

. Escrito em verso;

. Número reduzido depersonagens;

. Personagens de estirpe socialelevada;

. Abordada a relação dohomem com o destino (sendoaniquiladas por este) e asforças divinas.

. Sentimentos de terror epiedade que são suscitados asespectadores, a fim depurificar o seucomportamento.

Page 240: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Modalidades teatrais – Frei Luís de Sousa

TragédiaDrama

. Frei Luís de Sousa obedece à estrutura característica do texto dramático. Como tal, divide-

se em atos e cenas e é constituído por exposição, conflito e desenlace.

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2011/2012

__________________________________________________________________________

Curso Profissional de Design, variante Design de Equipamento

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Português

Nome: ________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º 7: “Textos de teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett”

Professora orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo II

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ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO

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Os cinco sentidos

São belas – bem sei, essas

estrelas,

Mil cores – divinais têm essas

flores;

Mas eu não tenho, amor, olhos

para elas:

Em toda a natureza

Não vejo outra beleza

Senão a ti – a ti!

Divina – ai! sim, será a voz

que afina

Saudosa – na ramagem densa,

umbrosa.

Será; mas eu do rouxinol que

trina

Não oiço a melodia,

Nem sinto outra

harmonia

Senão a ti – a ti!

Respira – n’aura que entre as

flores gira,

Celeste – incenso de perfume

agreste.

Sei…não sinto: minha alma

não aspira,

Não percebe, não toma

Senão o doce aroma

Que vem de ti – de ti!

Formosos – são os pomos

saborosos,

É um mimo – de néctar o

racimo:

E eu tenho fome e

sede…sequiosos,

Famintos meus desejos

Estão…mas é de beijos,

É só de ti – de ti!

Macia – deve a relva luzidia

Do leito – ser por certo em que

me deito.

Mas quem, ao pé de ti, quem

poderia

Sentir outras carícias,

Tocar noutras delícias

Senão em ti – em ti!

A ti! ai, a ti só os meus

sentidos

Todos num confundidos,

Sentem, ouvem, respiram;

Em ti, por ti deliram.

Em ti a minga sorte,

A minha vida em ti;

E quando venha a morte,

Será morrer por ti.

Poema presente na obra Folhas Caídas de Almeida Garrett

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Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Português

Nome: ________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º 7: “Textos de teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett”

Ficha informativa I

Professora orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo III

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Almeida Garrett (1799-1854)

Foi no século XVIII, época de profunda transformação política e social, que nasceu

Almeida Garrett, uma das mais notáveis figuras da literatura portuguesa, representante do

romantismo em Portugal.

A infância e a juventude

João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett nasceu na

cidade do Porto a 4 de fevereiro de 1799. Os seus pais, António

Bernardo da Silva e Dona Ana Augusta de Almeida Leitão viviam no

Porto, na Rua do Calvário, quando o filho nasceu. Na casa vivia uma

criada da família, Brígida, que acarinhava muito Garrett e os seus

quatro irmãos. Ela sabia histórias de encantar e contos de fadas, que

o pequeno João ouvia sempre.

A segunda invasão francesa, que ocorreu em 1808 encheu de pânico o Porto e a gente do

norte. A família foi para os Açores, mais precisamente para Angra do Heroísmo, de onde o seu

pai de Garrett era oriundo. Nesta cidade, Almeida Garrett continuou os estudos já começados no

continente, tomando contacto com o latim e o francês. O seu tio, Frei Alexandre da Sagrada

Família, bispo de Angra, esperava, como os seus pais, fazer dele um sacerdote ilustrado e

manda-lhe ministrar o ensino da filosofia, das literaturas antigas e do grego. Verificada a falta de

vocação para a vida sacerdotal, Garrett seguiu para Coimbra e matriculou-se na universidade

antes dos 18 anos.

Portugal, na altura, era um país onde a miséria e a estagnação reinavam, era um terreno

propício para a propagação das ideias da Revolução Francesa.

Apesar de ter sido educado dentro do absolutismo, Garrett aderiu às ideias liberais. A

Revolução Liberal de 1820 (movimento militar), cujos ideais se baseavam no princípio de que

todos os cidadãos nasciam livres e iguais e na defesa de uma lei geral a que o poder político teria

que se submeter, apaixonou-o, transformando-se este no adversário do absolutismo. Participou

em protestos com discursos e poemas revelando, deste modo, que a poesia e a expressão

literária em geral, também assumem um papel de intervenção política.

Garrett entregou-se aos estudos jurídicos, concluindo a formação em Direito e

aumentando cada vez mais a sua cultura literária.

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Entretanto, em 1822 é criada a primeira Constituição Portuguesa e o Brasil torna-se

independente.

Os exílios e a guerra

Em 1823, devido à Vilafrancada, Garrett viu-se forçado a abandonar Portugal e a

refugiar-se na Inglaterra. No exílio conviveu muito com a obra de grandes românticos ingleses.

Com a necessidade de normalizar a sua situação financeira, transitou da Inglaterra para a

França, onde obteve uma colocação numa casa bancária. Almeida Garrett continuou a escrever e

datam desta altura os poemas considerados como inauguradores da literatura romântica

portuguesa: Camões (1825) e D. Branca (1826).

A situação política de Portugal mantinha-se instável. Em 1826 foi reestabelecido o

liberalismo, o que permite o regresso de Garrett à pátria. Este optou por residir em Lisboa e

dedicou-se ao jornalismo. Entretanto o absolutismo é restaurado em Portugal, dominando

praticamente todo o país. Em consequência desta situação Garrett fugiu novamente de Portugal

e, por algum tempo, foi viver para Londres com a sua esposa Luísa Midosi. Passou por algumas

dificuldades financeiras, mas nunca deixou de estudar e produzir versos.

Em Londres trabalhou na Embaixada de Portugal, escreveu versos e dedicou-se ao estudo

das ciências jurídicas.

Durante os anos de guerra, a produção escrita de Almeida Garrett manteve-se fértil.

Depois da vitória liberal

Na sequência da vitória liberal, Almeida Garrett foi nomeado Encarregado de Negócios

em Bruxelas, o que lhe permitiu contactar com a língua e literatura alemã.

No meio de alguns desgostos e dificuldades, Almeida Garrett conseguiu voltar a Lisboa,

regressar a Portugal definitivamente, em 1836. Passado pouco tempo separa-se de Luísa Midosi e

junta-se a Adelaide Deville, que morreu ao dar à luz a sua única filha, Maria. A ilegitimidade da

sua filha provoca-lhe uma enorme angústia, que marcará acentuadamente a criação do Frei Luís

de Sousa.

A enorme força de viver de Garrett permite-lhe aceitar e assumir importantes tarefas,

estando uma delas ligada ao teatro em Portugal. Garrett edificou um Teatro Nacional (o atual D.

Maria II em Lisboa), impulsionou a criação do Conservatório de Arte Dramática e de um

reportório português que promovesse o apreço pela cultura teatral nacional.

Em 1842 o país, sob o domínio de Costa Cabral, vivia um ambiente autoritário e

repressivo. Os seus discursos e as suas publicações denunciam a situação.

Almeida Garrett faleceu aos 55 anos, em Lisboa, nos finais de 1854.

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Principais obras publicadas

Poesia: Lírica de João Mínimo, 1829; Romanceiro (primeiro volume), 1843; Flores sem

Fruto, 1845; Folhas Caídas, 1853.

Narrativa: Viagens na minha Terra, 1843 (folhetins), 1846 (publicada na íntegra); Arco

de Sant’Ana (primeiro volume), 1845; Arco de Sant’Ana (segundo volume), 1850.

Teatro: Catão, 1821; Camões, 1825; D. Branca, 1826; Um Auto de Gil Vicente, 1838;

Dona Filipa de Vilhena, 1840; O Alfageme de Santarém, 1842; Frei Luís de Sousa, 1843

(representado), 1844 (publicado); A sobrinha do Marquês, 1848.

. Pinto, Elisa; Baptista, Vera; Fonseca, Paula (2009): Plural 11.º Ensino Secundário, Lisboa,

Lisboa Editora (adaptado)

. Ramos, Auxília; Braga, Zaida (2011): Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett - Coleção

Resumos, Porto, Porto Editora (adaptado)

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Módulo N.º 7: “Textos de teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett”

Ficha de verificação de conhecimentos I

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Anexo IV

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____________________________________________________________________

1. Tendo em conta as informações fornecidas na ficha “Almeida Garrett – O homem e o seu tempo” preenche, de acordo com as instruções numeradas de 1 a 10, horizontalmente a grelha. Descobre a “mensagem” aí contida.

1. Arte da qual Almeida Garrett foi um forte impulsionador em Portugal.

2. Cidade onde nasceu Garrett.

3. Poema de 1825 considerado inaugurador da literatura romântica portuguesa.

4. Revolução que ocorreu em 1820 cujos ideais se baseavam no princípio de que todos os

cidadãos nasciam livres e iguais e na defesa de uma lei geral a que o poder político teria que

se submeter.

5. Onde era bispo Frei Alexandre da Sagrada Família.

6. Denominação do curso da formação académica de Garrett.

7. Quando esteve em Londres, Garrett trabalhou na…

8. Regime político ao qual Garrett se opôs.

9. Literatura com a qual contactou Garrett quando esteve em Bruxelas.

10. Local para onde emigrou a família de Almeida Garrett em 1808.

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

10.

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Ficha de verificação de conhecimentos I

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Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo IV Correção

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____________________________________________________________________

1. Tendo em conta as informações fornecidas na ficha “Almeida Garrett – O homem e o seu tempo” preenche, de acordo com as instruções numeradas de 1 a 10, horizontalmente a grelha. Descobre a “mensagem” aí contida.

1. Arte da qual Almeida Garrett foi um forte impulsionador em Portugal.

2. Cidade onde nasceu Garrett.

3. Poema de 1825 considerado inaugurador da literatura romântica portuguesa.

4. Revolução que ocorreu em 1820 cujos ideais se baseavam no princípio de que todos os

cidadãos nasciam livres e iguais e na defesa de uma lei geral a que o poder político teria que

se submeter.

5. Onde era bispo Frei Alexandre da Sagrada Família.

6. Denominação do curso da formação académica de Garrett.

7. Quando esteve em Londres, Garrett trabalhou na…

8. Regime político ao qual Garrett se opôs.

9. Literatura com a qual contactou Garrett quando esteve em Bruxelas.

10. Local para onde emigrou a família de Almeida Garrett em 1808.

1. T E A T R O

2. P O R T O

3. C A M Õ E S

4. L I B E R A L

5. A N G R A

6. D I R E I T O

7. E M B A I X A D A

8. A B S O L U T I S M O

9. A L E M Ã

10. A Ç O R E S

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Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Português

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Módulo N.º 7: “Textos de teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett”

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Anexo V

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Romantismo

O romantismo foi o movimento literário de valorização do eu, dos valores individuais e

da liberdade. Fortemente emocional, marcado pelo conflito entre os sentimentos que são

levados ao exagero – o amor, a morte, a doença – e a sua materialização, propôs-se valorizar a

herança mítica de um passado grandioso, que começa na Idade Média. Foi igualmente

atravessado por um regresso ao folclore, numa tentativa de popularização da arte. Este

movimento estético-literário do início do século XIX e que se opõe ao neoclassicismo,

caracteriza-se por:

Valorização do eu face ao coletivo e social;

Exaltação do sentimento face ao convencionalismo;

Defesa dos ideais de liberdade individual e política;

Gosto pelo isolamento e pela solidão;

Exaltação e exacerbamento emotivos;

Predomínio do fantástico sobre o real;

Valorização da pátria e das características nacionais;

Apresentação da mulher romântica como “mulher-anjo” (bondosa, pura, forte

psicologicamente, mas frágil fisicamente) ou como “mulher-demónio” (bela,

fatal, causadora de paixão física avassaladora, arrastando o homem para a

perdição);

Obsessão pela morte;

Preferência pelos ambientes noturnos;

Crença no progresso;

Nascimento de um novo público de origem burguesa e pouco letrado – fator

condicionante do carácter didático de muitos textos românticos;

Gosto pela evasão: tempo passado (Idade Média); espaço (países exóticos);

Reinvenção da História;

Libertação da rigidez das normas clássicas, entre as quais o abandono das

fronteiras entre os géneros literários;

Valorização da prosa enquanto discurso literário;

Adoção de uma linguagem com um carácter coloquial e oralizante;

Predomínio dos temas da morte, do amor insatisfeito e contraditório.

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Difusão do romantismo em Portugal

A primeira metade do século XIX corresponde à introdução do romantismo em Portugal. É

comum assinalar-se o início do romantismo em Portugal a partir de 1825, ano da publicação do

poema Camões de Garrett.

O romantismo é um movimento estético-literário que se desenvolveu inicial e fortemente

na Inglaterra e na Alemanha e que se caracteriza globalmente pela rutura com os ideais clássicos

(temáticos e formais) que dominaram a cultura europeia durante aproximadamente três séculos

(XVI – XVIII).

Por motivos políticos, grandes intelectuais portugueses, como Garrett e Herculano,

exilaram-se por volta dos anos 20 – 30 em Inglaterra e França, onde tomaram contato com as

novas ideias. Aquando do seu regresso, introduziram em Portugal esse movimento novo que

alastrava por toda a Europa.

À introdução do romantismo corresponde uma mudança a nível social, político e cultural

do Portugal da época.

O romantismo português, baseado no europeu, apresenta características específicas,

nomeadamente:

Relação liberalismo / romantismo;

Romantismo como expressão literária e plástica da nova classe dominante: a

burguesia;

Valorização do povo e do espírito nacional;

O papel de Garrett na criação do drama romântico de origem nacional e na recolha de

literatura de raiz popular foi muito importante, assim como o papel de Herculano na

implementação da investigação histórica e na criação do romance histórico, recriando o conceito

de Pátria, valorizando a Idade Média e sublinhando o papel do povo e da burguesia na edificação

da consciência da nacionalidade.

Só a partir de 1836 existe verdadeiramente uma escola romântica em Portugal, com a

fundação do Panorama.

A fase áurea do romantismo português situa-se entre 1840 e 1850, período de tempo

durante o qual se publicaram importantes obras.

. Amaro, Alice (2011): O essencial para o secundário - Português, Edições ASA II, S. A.

. Pinto, Elisa; Baptista, Vera; Fonseca, Paula (2009): Plural 11.º Ensino Secundário, Lisboa,

Lisboa Editora (adaptado)

. Ramos, Auxília; Braga, Zaida (2011): Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett - Coleção

Resumos, Porto, Porto Editora (adaptado)

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Ficha de verificação de conhecimentos II

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Anexo VI

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1. Lê atentamente o seguinte questionário e assinala Verdadeiro (V) ou Falso (F). Corrige as falsas.

1.1 O romantismo

a) está intimamente associado à ascensão da burguesia e às revoltas liberais.

b) iniciou-se em Portugal em simultâneo com a Europa.

c) teve a sua fase áurea em Portugal entre 1840 e 1850.

1.2 Os escritores românticos

a) obedecem aos cânones formais clássicos.

b) valorizam as tradições nacionais de cariz popular.

c) procuram utilizar uma linguagem rebuscada para traduzir a intensidade dos seus

sentimentos.

1.3 Na estética romântica

a) sobrevaloriza-se o sentimento, a sensibilidade e a imaginação.

b) predomina a razão e a inteligência.

c) predomina o gosto por ambientes noturnos.

1.4 As características específicas do romantismo português são:

a) a relação entre as revoltas liberais e o romantismo

b) a valorização da nobreza.

c) expressão de uma nova classe dominante, a burguesia.

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2. Deteta as mentiras e repõe a verdade no texto que se segue.

O romantismo representa, de certo modo, a expressão literária e plástica do progresso

económico, político e social da nobreza; e está intimamente associado ao absolutismo.

A nível literário, o clima de prosperidade e segurança, que dominou Portugal na primeira

metade do século XIX, permitiu que o romantismo se instalasse no país em simultâneo com a

Europa.

Enquadrado no cenário das lutas liberais e segundo os seus princípios – liberdade,

igualdade e paternidade – surge o romantismo.

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2011/2012

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Ficha de verificação de conhecimentos II

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Anexo VI Correção

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1. Lê atentamente o seguinte questionário e assinala Verdadeiro (V) ou Falso (F). Corrige as falsas.

1.1 O romantismo

a) está intimamente associado à ascensão da burguesia e às revoltas liberais.

b) iniciou-se em Portugal em simultâneo com a Europa.

c) teve a sua fase áurea em Portugal entre 1840 e 1850.

F – iniciou-se mais tarde, com cerca de 30 anos de atraso.

1.2 Os escritores românticos

a) obedecem aos cânones formais clássicos.

b) valorizam as tradições nacionais de cariz popular.

c) procuram utilizar uma linguagem rebuscada para traduzir a intensidade dos seus

sentimentos.

F – afastam-se do classicismo, tendo uma maior liberdade.

F – procuram usar uma linguagem simples e espontânea para traduzir a intensidade

dos seus sentimentos.

1.3 Na estética romântica

a) sobrevaloriza-se o sentimento, a sensibilidade e a imaginação.

b) predomina a razão e a inteligência.

c) predomina o gosto por ambientes noturnos.

F – predomina o sentimento e a imaginação.

1.4 As características específicas do romantismo português são:

a) a relação entre as revoltas liberais e o romantismo.

b) a valorização da nobreza.

c) expressão de uma nova classe dominante, a burguesia.

F – a valorização da burguesia.

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 2 – E n s i n o P r o f i s s i o n a l

2. Deteta as mentiras e repõe a verdade no texto que se segue.

O romantismo representa, de certo modo, a expressão literária e plástica do progresso

económico, político e social da nobreza; e está intimamente associado ao absolutismo.

A nível literário, o clima de prosperidade e segurança, que dominou Portugal na primeira

metade do século XIX, permitiu que o romantismo se instalasse no país em simultâneo com a

Europa.

Enquadrado no cenário das lutas liberais e segundo os seus princípios – liberdade,

igualdade e paternidade – surge o romantismo.

progresso económico, político e social da burguesia

está intimamente associado ao liberalismo

clima de instabilidade e insegurança

não permitiu que o romantismo se instalasse no país em simultâneo com a Europa

liberdade, igualdade e fraternidade

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2011/2012

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Curso Profissional de Design, variante Design de Equipamento

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Português

Nome: ________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º 7: “Textos de teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett”

Ficha informativa III

Professora orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo VII

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O teatro ao longo dos tempos

O teatro surge na Grécia antiga em honra do deus Dionísio (deus do vinho e das festas

agrícolas). O nome “teatro” significa o local donde se viam as representações, embora qualquer

praça pública se prestasse ao mesmo efeito.

O surgimento do teatro no declinar da Idade Média teve duas origens: a do conhecimento

do teatro greco-romano e a resultante da evolução das formas religiosas medievais, cujas

representações religiosas evoluíram em termos dramáticos, dando origem ao chamado teatro

moderno, que em Portugal se inicia com Gil Vicente. O teatro passou os tempos com a sua arte e

energia.

Teatro / representação

Representação é o ato de representar ao espectador uma ação fictícia. E enquanto a

narrativa permite que o narrador transmita uma certa história ou ação, a representação teatral

presentifica a mesma história através do cenário, da luz, do som, das atitudes, dos gestos, das

palavras…

Representar significa “apresentar de novo, desempenhar o papel de alguém, reproduzir

através da pintura, da narrativa, etc…, representar um espetáculo, ocupar o lugar de alguém,

revelar algo ao espírito ou à consciência”i.

Para a representação de um texto dramático convém ter em atenção:

A qualidade da declamação (voz, timbre, expressão, ritmo);

A mímica e a expressão corporal;

A capacidade de assumir a personagem.

Na representação há necessidade de recorrer:

À encenação (mise-en-scène);

Ao cenário ou decoração;

Aos adereços ou acessórios;

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Ao guarda-roupa;

À caracterização;

Aos códigos visual e cinésico (dos movimentos e gestos), assim como à voz,

entoação, timbre, expressão, ritmo, pausa…

À luminotecnia, à sonoplastia, à música.

Note-se que a representação teatral, enquanto espetáculo, pode existir sem texto ou

sem palavras. O teatro pode existir sem texto, mas não sem representação.

A incidência entre o texto dramático e representação existe também na forma como o

encenador e os atores transmitem a mensagem, dando-nos a sua interpretação e atualização,

muitas vezes diferente da conceção do dramaturgo.

O texto dramático tende normalmente à concretização pelo espetáculo. Para isso

recorre a uma multiplicidade de linguagens, como a do cenário, da iluminação, do som, do

vestuário, da caracterização, dos gestos, da representação, do texto…

Do autor ao espectador, incluindo atores, encenadores…, todos os artífices do

espetáculo são necessários para que o teatro aconteça.

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As modalidades do teatro

Sabendo que o teatro grego clássico esteve na origem dos dois grandes tipos de texto

dramático que vigoraram desde o século XVI até ao século XIX – a tragédia e a comédia – convém

relembrar as características gerais de cada uma dessas modalidades.

Tragédia: texto dramático escrito em verso, com um número reduzido de

personagens, de estirpe social elevada, que aborda a relação do homem com o

destino (sendo aniquiladas por este) e as forças divinas. Aos espectadores são

suscitados sentimentos de terror e piedade, a fim de purificar o seu

comportamento.

Comédia: texto dramático que, baseando-se nos diferentes tipos de cómico

(situação, linguagem, personagem), denuncia e critica aspetos da sociedade.

Com o romantismo aparece um novo tipo de texto dramático: o drama romântico ou

melodrama, caracterizado por conter elementos trágicos e cómicos (característica relacionada

com a abolição de regras rígidas separadoras dos diferentes tipos de textos). Ao contrário do que

acontece com a tragédia, em que as ações das personagens são comandadas pelo destino, o

drama apresenta um conflito motivado pelos valores da sociedade que regem os indivíduos que

nela se inserem. Este género dramático é o resultado de uma sociedade em profunda mutação

social, política e cultural. Escrito em prosa, possui uma linguagem fluente e coloquial. Pelas suas

características, acessível a qualquer pessoa, corresponde ao teatro da burguesia, tratando

assuntos atuais ou históricos capazes de despertar o interesse desta classe em franca ascensão

social.

.Alves, Filomena; Moura, Graça (2004): Página seguinte - Português, Lisboa, Texto Editora

Lda.

. Pimenta, Hilário; Moreira, Vasco (2003): Dimensões da palavra - Português, Carnaxide,

Santillana, Constância

. Pinto, Elisa; Baptista, Vera; Fonseca, Paula (2009): Plural 11.º Ensino Secundário, Lisboa,

Lisboa Editora (adaptado)

. Ramos, Auxília; Braga, Zaida (2011): Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett - Coleção

Resumos, Porto, Porto Editora (adaptado)

i Girard, Gilles; Ouellet, Réal (1980): O universo do teatro, Coimbra, Livraria Almedina

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2011/2012

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Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Português

Nome: ________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º 7: “Textos de teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett”

Ficha informativa IV

Postal alusivo a Frei Luís de Sousa – Coleção Homenagem a Garrett

Professora orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo VIII

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Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett

Embora tenha sido publicado em 1844, Almeida Garrett escreveu Frei Luís de Sousa em

1843, ano em que foi pela primeira vez representado a 4 de julho, num teatro particular da

Quinta do Pinheiro, em Lisboa.

Frei Luís de Sousa obedece à estrutura característica do texto dramático. A ação vai-se

adensando ao longo dos três atos, aumentando o conflito progressivamente. O espaço, ao longo a

obra, vai-se fechando. A linguagem aproxima-se, muitas vezes, de um certo tom coloquial, é

dominada frequentemente pelos sentimentos, recorre-se a uma pontuação expressiva onde se

salienta a ocorrência das reticências e dos pontos de exclamação. O ritmo é marcado por frases

entrecortadas, às vezes inacabadas e por repetições anafóricas. Recorre-se a atos ilocutórios

expressivos.

A obra em estudo é marcada pela crença no sebastianismo (regresso mítico de D.

Sebastião, que poderá revigorar o orgulho nacional), em agouros e superstições e pelo

patriotismo e nacionalismo. O tema da morte (física ou simbólica) apresenta-se como a solução

para os problemas.

Estrutura externa

Frei Luís de Sousa é composto por três atos: o primeiro e o terceiro com doze e o

segundo com quinze cenas. Constata-se, portanto, que a peça possui uma organização tripartida

regular e harmoniosa.

Estrutura interna

Exposição – Ato I, Cenas I a IV

Apresentação (através das falas das personagens) dos antecedentes da ação (que

explicam as circunstâncias vividas), das personagens e das relações existentes

entre elas.

Conflito – Ato I, Cenas V a XII; Ato II; Ato III, Cenas I a IX

Desenrolar gradual dos acontecimentos, com momentos de tensão e expectativa

– desde o conhecimento de que os governadores espanhóis escolheram o palácio

de Manuel de Sousa Coutinho para se instalarem até ao reconhecimento do

Romeiro (clímax) – que despoletam uma série de peripécias.

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Desenlace – Ato III, Cenas X a XII

Desfecho motivado pelos acontecimentos anteriores – consumação da tragédia

familiar com a morte de Maria e a separação forçada dos seus pais, que

“morrem” um para o outro, bem como para o mundo.

A especificidade de Frei Luís de Sousa – tragédia ou drama?

Na “Memória ao conservatório Real”, Almeida Garrett afirma que Frei Luís de Sousa […]

é uma verdadeira tragédia – se as pode haver e como só imagino que as possa haver sobre

factos e pessoas comparativamente recentes. [...]

Demais, posto que eu não creia no verso como língua dramática possível para assuntos

tão modernos, também não sou tão desabusado contudo que me atreva a dar a uma composição

em prosa o título solene que as musas gregas deixaram consagrado à mais sublime e difícil de

todas as composições poéticas. [...]

O que escrevi em prosa, pudera escrevê-lo em verso [...]. Mas sempre havia de aparecer

mais artifício do que a índole especial do assunto podia sofrer. E di-lo-ei porque é verdade -

repugnava-me também pôr na boca de Frei Luís de Sousa outro ritmo que não fosse o da

elegante prosa portuguesa que ele, mais do que ninguém, deduziu com tanta harmonia e

suavidade.

Consciente dos desvios formais da sua obra relativamente ao género clássico, Garrett

conclui: Contento-me para a minha obra com o título modesto de drama; só peço que a não

julguem pelas leis que regem, ou devem reger, essa composição de forma e índole nova;

porque a minha, se na forma desmerece da categoria, pela índole há de ficar pertencendo

sempre ao antigo género trágico.

Como se depreende das palavras do próprio autor, Frei Luís de Sousa é um drama na

forma e uma tragédia na índole (essência, conteúdo).

[...]

Escuso dizer-vos, Senhores, que me não julguei obrigado a ser escravo da cronologia

nem a rejeitar por impróprio da cena tudo quanto a severa crítica moderna indigitou como

arriscado de se apurar para a história. Eu sacrifico às musas de Homero, não às de Heródoto: e

quem sabe, por fim, em qual dos dois altares arde o fogo de melhor verdade!

Em Frei Luís de Sousa coexistem características próprias

DA TRAGÉDIA DO DRAMA

. Número reduzido de personagens . Redação em prosa

. Estatuto social elevado das personagens . Divisão em três atos

. Presença fatal do destino . Ausência da unidade de espaço e de

tempo

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. Progressão dramática dos

acontecimentos até atingir um clímax . Carácter autobiográfico

. Subordinação dos homens a leis

superiores (moral social, religião

católica)

. Inspiração da ação em factos históricos,

verídicos

. Despertar de sentimentos de terror e de

piedade nos espectadores

. Exaltação do patriotismo e do

nacionalismo, sobretudo através de

Manuel de Sousa Coutinho

. Reminiscência do coro nas personagens

de Telmo e Jorge

. A crítica social (aos preconceitos que

marginalizam inocentes como Maria; à

opressão do governo espanhol)

. Ambiente trágico: desde o início que as

personagens são conduzidas pelo terror

de que algo as transcende e que as

encaminha irremediavelmente para um

fim catastrófico

. Preocupação com a realidade dos

acontecimentos quotidianos

. O Homem como vítima das suas próprias

ações

. Crença em agouros e superstições

populares

. A religião cristã como o amparo de

inocentes

. O realismo psicológico do conflito

interior de Telmo

. A morte de Maria em palco

Em Frei Luís de Sousa há uma progressão dramática dos eventos, que propaga um

sofrimento cada vez mais intenso, até atingir o clímax; e cujo desfecho é a materialização

concreta dos receios mais íntimos de Madalena: o regresso de D. João de Portugal, cujas

consequências são a anulação do seu segundo casamento e a ilegitimidade de sua filha Maria, o

que inevitavelmente conduz ao extermínio da família.

. Amaro, Alice (2011): O essencial para o secundário - Português, Edições ASA II, S. A.

. Ramos, Auxília; Braga, Zaida (2011): Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett - Coleção

Resumos, Porto, Porto Editora (adaptado)

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Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Português

Nome: ________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º 7: “Textos de teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett”

Professora orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo IX

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1. Tendo em conta as imagens apresentadas e os conteúdos abordados na aula (Poema Cinco

Sentidos, Almeida Garrett, Romantismo, Teatro, Frei Luís de Sousa), escreve uma breve

história envolvendo as personagens presentes nas figuras. Escolhe a forma que preferires e

achares mais adequada (prosa, poesia). Sê criativo.

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2011/2012

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 3 - C u r s o s d e E d u ca çã o e F o r m a çã o d e J o v e n s

Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett

17 de janeiro de 2012

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO Ano Letivo 2011/2012

Aula observada de Português – 11.º H Curso Profissional de Design, variante Design de Equipamento

Módulo N.º 7: Textos de Teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett Professora Orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora Estagiária: Ana Filipa Valente

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2011/2012

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 2 – E n s i n o P r o f i s s i o n a l

Objetivos:

Conhecer o mito sebastianista.

Interpretar o comportamento de Telmo Pais e Maria de Noronha à luz da crença sebastianista.

Caracterizar personagens explorando a sua função.

Desenvolver a capacidade de compreensão e análise textual.

Emitir juízos de valor.

Competências:

Compreensão e expressão oral.

Compreensão e expressão escrita.

Conteúdos:

Compreensão o sentido global do mito sebastianista, procedendo-se a uma breve análise da letra da

música “Demónios de Alcácer Quibir” de Sérgio Godinho.

Exploração dos títulos atribuídos à composição realizada na Oficina de Escrita da aula anterior (12 de

janeiro).

Correspondência entre as personagens do filme “Quem és tu?” de João Botelho e as personagens da

obra Frei Luís de Sousa.

Realização de uma ficha de verificação de conhecimentos sobre as personagens.

Compreensão e análise textual (Ato I, Cenas I e II – excertos).

Realização de duas fichas de verificação de conhecimentos sobre as Cenas I e II do Ato I.

Material:

Fichas fotocopiadas. Caderno diário.

Imagem. Esferográfica.

Computador. Lápis.

PowerPoint. Quadro.

Videoprojector. Marcador

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO Ano Letivo 2011/2012

Aula observada de Português – 11.º H Curso Profissional de Design, variante Design de Equipamento

Módulo N.º 7: Textos de Teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett Professora Orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora Estagiária: Ana Filipa Valente

Aulas n.º Datas: 17 de janeiro de 2012

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 2 – E n s i n o P r o f i s s i o n a l

15 min.

15 min. 15 min.

10 min.

15 min.

15 min.

Registo de sumário:

O mito sebastianista.

Caracterização das personagens do Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett.

Leitura e análise das cenas I e II do ato I.

Motivação inicial:

Música: “Os Demónios de Alcácer Quibir”, de Sérgio Godinho.

Visualização de um PowerPoint.

Desenvolvimento da aula:

A professora iniciará a aula saudando os discentes. De seguida, será escrito o sumário da

lição, deixando antever a matéria que irá ser lecionada nos dois momentos de aula que se

seguem. Enquanto os alunos retiram o material necessário para a aula, proceder-se-á à chamada

para que a professora averigúe e tome nota de quem está presente.

Em primeiro lugar dar-se-á início à audição da música “Os Demónios de Alcácer Quibir”, de

Sérgio Godinho, que servirá para explorar brevemente a questão do mito sebastianista na

sociedade portuguesa. Ao mesmo tempo que a música é ouvida, os alunos acompanharão a sua

letra na projeção de um PowerPoint (Anexo I – diapositivos 2 ao 5) e numa ficha fotocopiada

(Anexo II). Será distribuída uma ficha informativa com um resumo sobre o mito sebastianista,

cujos tópicos serão lidos e explorados na aula (Anexo III).

Posteriormente proceder-se-á a uma recolha dos títulos atribuídos pelos alunos à composição

que realizaram na oficina de escrita da aula anterior (12 de janeiro), os quais serão destacados

no quadro e servirão de identificação ou distanciamento à obra Frei Luís de Sousa. Após a leitura

de algumas composições, será distribuída uma ficha informativa (Anexo IV) que identifica e

traça as características principais das personagens da obra em estudo. As imagens ilustrativas

das personagens que estão junto à respetiva caracterização, são as das personagens do filme

“Quem é tu?”, de João Botelho e que serviram de inspiração para a atividade de oficina de

escrita previamente realizada. As imagens ilustrativas das personagens poderão ser

acompanhadas no PowerPoint (Anexo I – diapositivos 7 ao 9). Tendo em conta as informações

contidas na ficha informativa (Anexo V), será distribuída aos alunos uma ficha de verificação dos

conhecimentos sobre as personagens que será corrigida oralmente.

Em seguida proceder-se-á à leitura e análise do Ato I, Cena I (Anexo VI), cujos

conhecimentos sobre a sua compreensão e alguns aspetos do funcionamento da língua, serão

verificados através de uma ficha (Anexo VI).

Por último apresentar-se-á um resumo da Cena II, Ato I, que será lido pelos alunos, e será

feito um exercício (Anexo VII), que será corrigido no quadro, relacionado com a Cena II do

primeiro Ato, tendo em conta apenas alguns excertos destacados.

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2011/2012

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 2 – E n s i n o P r o f i s s i o n a l

5 min.

Chegados ao final da aula, a professora pedirá aos alunos que façam um pequeno resumo

oral daquilo que foi dito, tentando aperceber-se do impacto que a obra Frei Luís de Sousa está

a ter na turma em geral.

Para finalizar, a professora avisa que a próxima aula (dia 19 de janeiro) será lecionada por

ela e que se dará continuidade à leitura e análise do Frei Luís de Sousa.

Deste modo, a professora terminará a aula, pedindo aos alunos que arrumem o material e

saiam ordeiramente, deixando a sala organizada.

Síntese da lição:

Os alunos compreenderão o sentido global do mito sebastianista, procedendo-se a uma breve análise

da letra da música “Demónios de Alcácer Quibir” de Sérgio Godinho

Explorarão dos títulos atribuídos à composição realizada na Oficina de Escrita da aula anterior (12 de

janeiro).

Associarão e identificarão as personagens do filme “Quem és tu?” de João Botelho e as personagens

da obra Frei Luís de Sousa.

Realizarão de uma ficha de verificação de conhecimentos sobre as personagens.

Compreenderão e analisarão o Ato I, Cenas I e II – excertos).

Realizarão duas fichas de verificação de conhecimentos sobre as Cenas I e II do Ato I.

Page 276: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Escola Secundária Campos Melo

Projeto Cofinanciado pelo Fundo Social Europeu

Eixo1 – Tipologia de Intervenção – 1.2 – Ensino Profissional

Professora orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Ano Letivo 2011/2012

1

Page 277: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

2

“Demónios de Alcácer Quibir” – Sérgio Godinho

O D. Sebastião foi para Alcácer Quibir

de lança na mão, a investir, a investir,

com o cavalo atulhado de livros de história

e guitarras de fado para cantar vitória.

O D. Sebastião já tinha hipotecado

toda a nação por dez reis de mel coado

para comprar soldados, lanças, armaduras,

para comprar o V das vitórias futuras.

Page 278: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

3

“Demónios de Alcácer Quibir” – Sérgio Godinho

O D. Sebastião era um belo pedante

foi mandar vir para uma terra distante

pôs-se a discursar: isto aqui é só meu

vamos lá trabalhar que quem manda sou eu.

Mas o mouro é que conhecia o deserto

de trás para diante e de longe e de perto

o mouro é que sabia que o deserto queima e abrasa

o mouro é que jogava em casa.

Page 279: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

4

“Demónios de Alcácer Quibir” – Sérgio Godinho

E o D. Sebastião levou tantas na pinha

que ao voltar cá encontrou a vizinha

espanhola sentada na cama, deitada no trono

e o país mudado de dono.

E o D. Sebastião acabou na moirama

um bebé chorão sem regaço nem mama

a beber, a contar tim por tim tim

a explicar, a morrer, sim, mas devagar .

Page 280: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

5

“Demónios de Alcácer Quibir” – Sérgio Godinho

E apanhou tal dose do tal nevoeiro

que a tuberculose o mandou para o galheiro

fez-se um funeral com princesas e reis

e etcetera e tal, Viva Portugal.

Page 281: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

6

Page 282: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

7

Frei Luís de Sousa – As personagens

Madalena de Vilhena

Manuel de Sousa Coutinho

Page 283: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

8

Frei Luís de Sousa – As personagens

Maria de Noronha

Frei Jorge

Page 284: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

9

Frei Luís de Sousa – As personagens

Telmo Pais

D. João de Portugal (Romeiro)

Page 285: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

10

Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett

Page 286: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

11

Frei Luís de Sousa – Ato I, Cena II

Exercícios

Page 287: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

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2011/2012

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Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Português

Nome: ________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º 7: “Textos de teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett”

“Os demónios de Alcácer Quibir”

Professora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo II

DIREÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DO CENTRO

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO

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Os demónios de Alcácer Quibir

O D. Sebastião foi para Alcácer Quibir

de lança na mão, a investir, a investir,

com o cavalo atulhado de livros de história

e guitarras de fado para cantar vitória.

O D. Sebastião já tinha hipotecado

toda a nação por dez reis de mel coado

para comprar soldados, lanças, armaduras,

para comprar o V das vitórias futuras.

O D. Sebastião era um belo pedante

foi mandar vir para uma terra distante

pôs-se a discursar: isto aqui é só meu

vamos lá trabalhar que quem manda sou eu.

Mas o mouro é que conhecia o deserto

de trás para diante e de longe e de perto

o mouro é que sabia que o deserto queima e

abrasa

o mouro é que jogava em casa.

E o D. Sebastião levou tantas na pinha

que ao voltar cá encontrou a vizinha

espanhola sentada na cama, deitada no trono

e o país mudado de dono.

E o D. Sebastião acabou na moirama

um bebé chorão sem regaço nem mama

a beber, a contar tim por tim tim

a explicar, a morrer, sim, mas devagar

E apanhou tal dose do tal nevoeiro

que a tuberculose o mandou para o galheiro

fez-se um funeral com princesas e reis

e etcetera e tal, Viva Portuga

Letra e música: Sérgio Godinho

In: "De pequenino se torce o destino", 1976l.

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2011/2012

__________________________________________________________________________

Curso Profissional de Design, variante Design de Equipamento

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Português

Nome: ________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º 7: “Textos de teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett”

Ficha informativa I

Professora orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo III

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Sebastianismo

Morto D. Sebastião em Alcácer Quibir, e tendo sido Portugal anexado pela

Espanha em 1580, Portugal estava perante o período mais negro da sua História:

perdera toda a opulência e grandiosidade do início do século, com a batalha de Alcácer

Quibir perdeu o melhor da sua juventude e dos seus militares, ficou endividado com o

pagamento dos resgates e sofreu o domínio castelhano, que o vai oprimir. Nasce

então uma versão particular de messianismo: o Sebastianismo. Crê-se que toda esta

opressão, todo este sofrimento, toda esta miséria, toda esta crise será vencida com o

aparecimento de D. Sebastião (numa manhã de nevoeiro...), que libertará Portugal

dos castelhanos e da sua opressão e lhe restituirá a antiga grandeza. Defende-se que

D. Sebastião não morreu nem podia ter morrido. E aparecem então os falsos "D.

Sebastião", tendo sido presos uns e mortos outros. Este sonho é sustentado e

difundido por várias pessoas, nomeadamente por Fernando Pessoa, já no século XX na

sua obra Mensagem.

A permanência do mito

O Sebastianismo transforma-se num mito: quando há épocas de crise aparece

como uma esperança de melhores dias, de mais justiça e de maior grandeza.

O mito do “rei que há de voltar numa manhã de nevoeiro” é uma frase comum,

que é muitas vezes usada para fazer referência a um estado de espírito que consiste

em acreditar que aquilo que profundamente se deseja não deixará de acontecer, em

esperar que aconteça independentemente do nosso esforço para tal.

Frei Luís de Sousa – Uma mensagem anti-sebastianista

Na obra Frei Luís de Sousa está presente o sebastianismo, que é evidenciado por Garrett

pelos seus efeitos catastróficos. Destaca-se uma mistura de espera e de remorsos, de esperança

envenenada, de felicidade aparente e impossível, que atinge uma profunda melancolia. A

esperança apenas serve para ferir os corações. Nenhum clarão de esperança brilha no fim solene

do Frei Luís de Sousa.

. Pinto, Elisa; Baptista, Vera; Fonseca, Paula (2009): Plural 11.º Ensino Secundário, Lisboa,

Lisboa Editora (adaptado)

. http://www.infopedia.pt/$sebastianismo

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Curso Profissional de Design, variante Design de Equipamento

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Português

Nome: ________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º 7: “Textos de teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett”

Ficha informativa II

As personagens

Professora orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo IV

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Madalena de Vilhena

É uma personagem torturada pelo remorso por ter amado Manuel

de Sousa quando D. João de Portugal (por quem sentia apenas estima e

respeito) ainda era vivo. Vive obcecada por este terrível pensamento

que não a deixa ser feliz nem gozar um único instante do seu casamento:

“ (…) Este amor, que hoje está santificado e bendito no céu, porque Manuel de Sousa é meu

marido, começou com um crime, porque eu amei-o assim que o vi […] D. João de Portugal ainda

era vivo! O pecado estava-me no coração (…) ”. (Madalena, Ato II, Cena X)

Supersticiosa, vive absorvida pelo seu amor a Manuel de Sousa, mas também

atormentada pela ideia de pecado e é constantemente assaltada pelo receio do regresso do seu

primeiro marido, pois, embora tenha feito tudo o que estava ao seu alcance para confirmar a sua

morte antes de contrair segundas núpcias, nunca o conseguiu: “Sabeis como chorei a sua perda

(…) incrédula a tantas provas e testemunhos da sua morte, o fiz procurar por essas costas (…).

Tudo foi inútil; e a ninguém mais ficou resto de dúvida…”. (Madalena, Ato II, Cena I)

Madalena de Vilhena, mesmo ao saber que D. João afinal está vivo, luta até ao fim para

manter o seu segundo casamento, tentando enganar-se a si própria e convencer os outros de que

o Romeiro é um impostor: “(…) mas não daríamos nós, com demasiada precipitação, uma fé tão

cega, uma crença tão implícita a essas misteriosas palavras de um romeiro, um vagabundo… um

homem enfim que ninguém conhece? (…) ”.(Madalena, Ato III, Cena VII)

Manuel de Sousa Coutinho

Homem sereno e racional, respeitou sempre a memória de D.

João de Portugal, a quem admirava profundamente, e sempre acreditou

que tinha morrido em Alcácer Quibir; por isso não consegue entender as

superstições, os sobressaltos e as dúvidas da mulher: “(…) Eu estimei e

respeitei sempre a D. João de Portugal; (…) Eu não tenho ciúmes de um passado que me não

pertencia. (…) ”. (Manuel Coutinho, Ato I, Cena VIII)

Patriota intransigente e resistente ativo contra o domínio castelhano, prefere incendiar o

seu próprio palácio a receber nele os representantes do poder de Castela: “Ilumino a minha casa

para receber os muito poderosos e excelentes governadores destes reinos. Suas Excelências

podem vir, quando quiserem.” (Manuel Coutinho, Ato I, Cena XII)

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Decidido, toma, como o seu irmão Frei Jorge, a única atitude digna de si – a entrada para

o convento, despindo “o homem velho” e tomando o nome de Frei Luís de Sousa. (Ato III, Cena

X)

Maria de Noronha

Filha de Madalena e de Manuel de Sousa, é uma adolescente

de 13 anos que tem um entendimento da vida anormal para a sua

idade: “Oh, que eu leio nos olhos, leio, leio!... e nas estrelas do céu

também, e sei cousas…”. (Maria, Ato I, Cena IV) Consegue perceber

tudo para além dos limites do visível, tal como um profeta: “Minha querida Maria, que tu hás de

estar sempre a imaginar nessas coisas que são tão pouco para a tua idade! (…)”.(Madalena, Ato

I, Cena III) Todavia, os seus delírios são provocados, em grande parte, pela febre alta, sintoma

da tuberculose que a ataca e que lhe aguça o sentido da audição e lhe enche o sono desses

sonhos premonitórios: “Que febre que ela tem hoje, meu Deus! Queimam-lhe as mãos (…)”

(Telmo, Ato I, Cena III)

Entusiasmada, impulsiva e idealista, Maria quer corrigir o mundo, insurgindo-se contra as

injustiças sociais. Por influência de Telmo, seu aio, interessa-se pelos livros (Bernardim Ribeiro,

Camões, romances populares) e demonstra uma grande curiosidade por aventuras,

nomeadamente por tudo o que diga respeito a D. Sebastião, que ela tanto admira e em cujo

regresso acredita piamente.

Desde o início que se percebe que Maria “não é deste mundo” e que estará condenada a

desaparecer. De facto é a única personagem que morre fisicamente no final da peça,

transformando-se na vítima direta da desgraça que se abate sobre a família.

Frei Jorge

Frade, irmão de Manuel de Sousa Coutinho, é uma figura

mediadora que, com o bom senso e a sua frieza de pensamento,

consegue enfrentar calmamente os factos sem se deixar dominar por

eles. É capaz de, nos momentos de maior sofrimento, acalmar e

confortar as outras personagens, sendo, porém implacável nas decisões que toma e que ajuda os

outros a tomar: “Manuel, meu bom Manuel, Deus sabe melhor o que nos convém a todos. Põe

nas Suas mãos esse pobre coração, põe-no resignado e contrito, meu irmão, e Ele fará o que em

Sua misericórdia sabe que é melhor.” (Frei Jorge, Ato III, Cena I) É ainda o confidente de D.

Madalena, que lhe conta o seu virtual pecado: “Este amor, que hoje está santificado e bendito

no céu, porque Manuel de Sousa é meu marido (…) e quando o vi, hoje, hoje… foi em tal dia

como hoje, D. João de Portugal ainda era vivo.” (Madalena, Ato II, Cena X)

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Telmo Pais

É o escudeiro fiel da família de D. João de Portugal, primeiro

marido de D. Madalena de Vilhena: “Mas olha, meu Telmo, torno a

dizer-to (…) Conheci-te de tão criança, de quando casei a… a… a…

primeira vez, costumei-me a olhar para ti com tal respeito – já então

eras o que hoje és, o escudeiro valido, o familiar quase parente, o amigo velho e provado dos

teus amos…”. (Madalena, Ato I, Cena II) A sua crença no sebastianismo justifica e fortalece a

confiança no regresso de D. João de Portugal, alimentando, assim, a presença do passado que

Madalena queria “enterrar”. As suas dúvidas acerca da morte de D. João são sustentadas pelas

palavras da carta escrita por seu amo na madrugada da batalha de Alcácer Quibir que Telmo leu,

decorou e não se cansa de repetir: “Vivo ou morto, Madalena, hei de ver-vos pelo menos ainda

uma vez neste mundo.” (Telmo, Ato I, Cena III)

Telmo, com os seus anúncios de desgraças próximas, contínuos agouros, que funcionam

como indícios em relação à ação futura, representa o coro da tragédia clássica.

Esta personagem sofre pela sua divisão interior entre, por um lado, a fidelidade e amor a

D. João de Portugal e, por outro lado, o amor a Maria.

D. João de Portugal (Romeiro)

Até quase ao final do ato II, D. João de Portugal é uma espécie de

entidade abstrata e simbólica, uma vez que não tem senão uma

existência física provável. Apesar de ter sido dado como morto, a sua

lembrança está bem viva nos corações de Madalena e de Telmo,

absorvendo-lhes por completo o pensamento, ainda que por razões opostas. O seu regresso vem

destruir por completo a família que tinha sido construída sobre a sua suposta morte. O próprio D.

João reconhece que, após vinte e um anos de ausência, nada mais é do que um intruso

importuno e incomodativo, por isso, diz de si mesmo que é “Ninguém!” (Romeiro, Ato II, Cena

XV)

. Silva, Lília; Magalhães, Olga (2009): Guia de Estudo - Português 11.ºAno, Porto, Porto

Editora (adaptado)

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Módulo N.º 7: “Textos de teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett”

Ficha de verificação de conhecimentos I

As personagens

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Anexo V

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____________________________________________________________________

1. Lê os seguintes excertos da caracterização das personagens de Frei Luís de Sousa, por

Lilaz Carriço, em Literatura Clássica (Porto Editora), e diz a que personagem se refere cada

um deles.

a. “[…] Viveu sempre a pressentir o pior e no momento em que o perigo está à vista, à

semelhança do doente de doença grave que facilmente se ilude, também ela não se apercebe

que era chegada a hora terrível. […]” ____________________

b. “[…] É como que o representante do coro da tragédia clássica, a comentar o que se passa e

a pronunciar o trágico desenlace. Outras vezes é a ama confidente. Com o regresso do velho

amo, revela-se a sua verdadeira personalidade. […]” ____________________

c. “[…] Com treze anos apenas, é […] adulta pela cultura, pelas suas preocupações perante as

injustiças sociais. […] Artisticamente, Garrett dá-lhe a debilidade física necessária ao

desfecho trágico. […]” ____________________

d. “[…] É uma personagem que, no momento crítico, perde o equilíbrio, a calma e as atitudes

calculadas dos dois primeiros atos e cede à violência dos sentimentos que o desorientam. O

clássico (razão) cede, pois, lugar ao romântico (sentimentos) […]” ____________________

e. “É figura mediadora. […] Enfrenta calmamente os factos sem se deixar dominar por eles.

[…]” ____________________

f. “[…] É mais um fantasma do que um ser humano. […] No Ato I e em quase todo o Ato II,

não é mais do que uma lembrança. Mas tão poderosa é ela que absorve os pensamentos [de

todas as outras personagens]. […]” ____________________

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Ficha de verificação de conhecimentos I

As personagens

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Anexo V Correção

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____________________________________________________________________

1. Lê os seguintes excertos da caracterização das personagens de Frei Luís de Sousa, por

Lilaz Carriço, em Literatura Clássica (Porto Editora), e diz a que personagem se refere cada

um deles.

a. “[…] Viveu sempre a pressentir o pior e no momento em que o perigo está à vista, à

semelhança do doente de doença grave que facilmente se ilude, também ela não se apercebe

que era chegada a hora terrível. […]” Madalena

b. “[…] É como que o representante do coro da tragédia clássica, a comentar o que se passa e

a pronunciar o trágico desenlace. Outras vezes é a ama confidente. Com o regresso do velho

amo, revela-se a sua verdadeira personalidade. […]” Telmo

c. “[…] Com treze anos apenas, é […] adulta pela cultura, pelas suas preocupações perante as

injustiças sociais. […] Artisticamente, Garrett dá-lhe a debilidade física necessária ao

desfecho trágico. […]” Maria

d. “[…] É uma personagem que, no momento crítico, perde o equilíbrio, a calma e as atitudes

calculadas dos dois primeiros atos e cede à violência dos sentimentos que o desorientam. O

clássico (razão) cede, pois, lugar ao romântico (sentimentos) […]” Manuel de Sousa

e. “É figura mediadora. […] Enfrenta calmamente os factos sem se deixar dominar por eles.

[…]” Frei Jorge

f. “[…] É mais um fantasma do que um ser humano. […] No Ato I e em quase todo o Ato II,

não é mais do que uma lembrança. Mas tão poderosa é ela que absorve os pensamentos [de

todas as outras personagens]. […]” D. João de Portugal / o Romeiro

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Módulo N.º 7: “Textos de teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett”

Frei Luís de Sousa

Almeida Garrett

Ato I – Cena I

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Anexo VI

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Drama

Representado, a primeira vez, em Lisboa, por uma sociedade particular, no Teatro da Quinta

do Pinheiro em 4 de julho de 1843

Pessoas

Manuel (Frei Luís) de Sousa

Dona Madalena de Vilhena

Dona Maria de Noronha

Frei Jorge Coutinho

Telmo Pais

O Prior de Benfica

O Irmão Converso

Miranda

O Arcebispo de Lisboa

Doroteia

Coro de Frades de S. Domingos

Clérigos do Arcebispo, Frades, Criados, etc.

Lugar da Cena - Almada

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I - Compreensão leitora

1. Este monólogo de Dona Madalena de Vilhena pode ser dividido em duas partes.

1.1 Delimita-as e explicita o valor do conector que marca esta divisão.

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

1.2 O que haverá de comum e de diferente entre as personagens em confronto (Inês de

Castro / Madalena)?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

II – Conhecimento Explícito da Língua

1. “[…] que o saiba ele ao menos […]” (linha 17)

1.1 Identifica a classe a que pertencem os vocábulos destacados.

________________________________________________________________________

1.2 Procura, no texto, o grupo nominal a que se refere “o”; indica o referente de “ele”.

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

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Frei Luís de Sousa

Almeida Garrett

Ato I – Cena I

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Anexo VI Correção

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____________________________________________________________________

I - Compreensão leitora

1. Este monólogo de Dona Madalena de Vilhena pode ser dividido em duas partes.

1.1 Delimita-as e explicita o valor do conector que marca esta divisão.

Este monólogo de Dona Madalena é dividido pela conjunção adversativa “mas” (linha 17),

que marca o contraste entre o conteúdo da primeira parte e da segunda.

1.2 O que haverá de comum e de diferente entre as personagens em confronto (Inês de

Castro / Madalena)?

Enquanto Inês de Castro teve “paz e alegria”, ainda que por “breves instantes”, Madalena

vive em constante desassossego, sem ter conseguido “gozar um só momento de toda a

felicidade” que lhe podia dar “o seu amor” (linha 19). Para esta personagem, “amor” e

“felicidade” identificam-se com “desgraça”.

II – Conhecimento Explícito da Língua

1. “[…] que o saiba ele ao menos […]” (linha 17)

1.1 Identifica a classe a que pertencem os vocábulos destacados.

Os vocábulos destacados são pronomes pessoais.

1.2 Procura, no texto, o grupo nominal a que se refere “o”; indica o referente de “ele”.

O pronome pessoal “o” refere-se a “estado em que vivo” (linha 18) e o pronome pessoal

“ele” refere-se a Manuel de Sousa Coutinho.

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Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Português

Nome: ________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º 7: “Textos de teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett”

Frei Luís de Sousa

Almeida Garrett

Ato I – Cena II (excertos)

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Anexo VII

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Resumo

A Cena II – a mais longa da obra – é um momento de exposição em que, através das falas

de Telmo e Madalena, nos são dadas informações sobre o passado das personagens que vão

ajudar a compreender a situação em que se encontram no presente:

Telmo foi o “aio fiel” de D. João de Portugal;

D. João de Portugal, então casado com Madalena, desapareceu na Batalha de

Alcácer Quibir;

Madalena, viúva e órfã, com apenas 17 anos, encontrou em Telmo o “carinho e

proteção” de que necessitava, daí a cumplicidade existente entre ambos;

Durante sete anos, Madalena empreendeu todos os esforços e diligências ao seu

alcance, para encontrar D. João de Portugal;

Depois desta vã busca incessante, e apesar da desaprovação de Telmo, fundada

na crença de que o amo estaria vivo, Madalena casou-se com Manuel de Sousa

Coutinho por quem fatalmente se apaixonara, na primeira vez que o vira e ainda

casada com D. João de Portugal;

Há 14 anos que Madalena vive com o segundo marido, de quem teve uma filha,

Maria de Noronha, nessa altura, com 13 anos.

Ainda nesta cena, Madalena pede ao “seu bom Telmo” que não alimente as fantasias de

sua filha no que concerne à crença no mito de D. Sebastião, não só porque o estado de saúde de

Maria é preocupante e frágil, mas também, e sobretudo, pelas implicações desastrosas que tal

visão – a ser verdade – teria na sua vida.

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1. Lê os seguintes excertos da Cena II do Ato I e faz a correspondência correta.

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 2 – E n s i n o P r o f i s s i o n a l

2011/2012

__________________________________________________________________________

Frei Luís de Sousa

Almeida Garrett

Ato I – Cena II (excertos)

Professora orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo VII Correção

DIREÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DO CENTRO

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 2 – E n s i n o P r o f i s s i o n a l

____________________________________________________________________

1. Lê os seguintes excertos da Cena II do Ato I e faz a correspondência correta.

DIREÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DO CENTRO

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO

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2011/2012

1 de 1

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 3 - C u r s o s d e E d u ca çã o e F o r m a çã o d e J o v e n s

Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett

19 de janeiro de 2012

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO Ano Letivo 2011/2012

Aula observada de Português – 11.º H Curso Profissional de Design, variante Design de Equipamento

Módulo N.º 7: Textos de Teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett Professora Orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora Estagiária: Ana Filipa Valente

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 2 – E n s i n o P r o f i s s i o n a l

Objetivos:

Desenvolver a capacidade de compreensão e análise textual.

Emitir juízos de valor.

Distinguir os diferentes atos ilocutórios.

Motivar para o estudo de Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett

Competências:

Compreensão e expressão oral.

Compreensão e expressão escrita.

Conteúdos:

Identificação de traços característicos de algumas personagens da obra, procedendo-se a uma breve

análise da letra da música “Encosta-te a mim” de Jorge Palma.

Compreensão e análise textual (Ato I, Cenas III, IV, V, VI e VII).

Revisão dos atos ilocutórios e exploração da sua presença em Frei Luís de Sousa.

Realização de uma ficha de verificação de conhecimentos sobre os atos ilocutórios.

Material:

Fichas fotocopiadas. Caderno diário.

Imagem. Esferográfica.

Computador. Lápis.

PowerPoint. Quadro.

Videoprojector. Marcador

Registo de sumário:

Continuação do sumário da aula anterior.

Leitura e análise das cenas III, IV, V, VI e VII do ato I.

Revisão dos atos ilocutórios: exercícios de consolidação.

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO Ano Letivo 2011/2012

Aula observada de Português – 11.º H Curso Profissional de Design, variante Design de Equipamento

Módulo N.º 7: Textos de Teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett Professora Orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora Estagiária: Ana Filipa Valente

Aulas n.º Datas: 19 de janeiro de 2012

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2011/2012

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 2 – E n s i n o P r o f i s s i o n a l

15 min. 5 min.

20 min. 20 min. 20 min.

20 min. 10 min.

20 min.

Motivação inicial:

Música: “Encosta-te a mim”, de Jorge Palma.

Visualização de um PowerPoint.

Desenvolvimento da aula:

A professora iniciará a aula saudando os discentes. De seguida, será escrito o sumário da

lição, deixando antever a matéria que irá ser lecionada nos três momentos de aula que se

seguem. Enquanto os alunos retiram o material necessário para a aula, proceder-se-á à chamada

para que a professora averigúe e tome nota de quem está presente.

Em primeiro lugar dar-se-á início à exploração da letra da música “Encosta-te a mim”, de

Jorge Palma. Através do seu conteúdo, os alunos identificarão algumas características de duas

personagens (Manuel de Sousa Coutinho e Madalena de Vilhena) da obra Frei Luís de Sousa. A

letra da música será acompanhada na projeção do PowerPoint (Anexo I – diapositivos 2 ao 9).

Após esta atividade inicial e que serve de estímulo para o acompanhamento atento da aula,

terminar-se-á a correção da ficha relativa ao ato I, cena II, distribuída e analisada na aula

anterior.

Posteriormente proceder-se-á a uma leitura e análise das cenas III, IV, V e VI do ato I. Serão

distribuídas aos alunos as fotocópias que contêm as mencionadas cenas e algumas questões de

compreensão leitora e conhecimento explícito da língua que serão exploradas, debatidas e

corrigidas, oralmente e por escrito, na aula. Em primeiro lugar analisar-se-á a cena III do ato I

(Anexo II), sendo colocadas aos alunos três questões de compreensão leitura e uma de

conhecimento explícito da língua relacionada com as funções sintáticas dos elementos de uma

frase. A próxima ficha a ser analisada é a da cena IV, ato I (Anexo III), que contém três

perguntas de compreensão leitora. Segue-se a análise das cenas V e VI do ato I (Anexo IV) que

permitirá também a resolução de três questões de compreensão leitora. Todas as cenas serão

lidas expressivamente pelos alunos, apelando a docente pela boa articulação e entoação das

palavras.

Depois far-se-á uma breve revisão dos atos ilocutórios, recorrendo-se a uma ficha

informativa que será distribuída aos alunos (Anexo V) e à projeção de um PowerPoint (Anexo I –

diapositivos 13 ao 17). De seguida os alunos realizarão uma ficha de verificação de

conhecimentos (Anexo VI), na qual estão presentes sete frases da obra Frei Luís de Sousa, tendo

os alunos que identificar os atos ilocutórios das respetivas frases. Os exercícios serão corrigidos

no quadro.

Após esta breve revisão e realização de exercícios retomar-se-á a leitura e análise de Frei

Luís de Sousa, nomeadamente da cena VII, ato I (Anexo VII). Nesta ficha os alunos resolverão

três questões de compreensão leitora relacionadas com a cena e uma questão de conhecimento

explícito da língua sobre os atos ilocutórios.

Page 312: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

2011/2012

3 de 3

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5 min.

Chegados ao final da aula, a professora pedirá aos alunos que façam um pequeno resumo

oral daquilo que foi dito, tentando aperceber-se do impacto que a obra Frei Luís de Sousa está

a ter na turma em geral.

Deste modo, a professora terminará a aula, pedindo aos alunos que arrumem o material e

saiam ordeiramente, deixando a sala organizada.

Síntese da lição:

Os alunos identificarão os traços característicos de algumas personagens da obra, procedendo-se a

uma breve análise da letra da música “Encosta-te a mim” de Jorge Palma.

Compreenderão e analisarão o Ato I, Cenas III, IV, V, VI e VII).

Farão uma revisão dos atos ilocutórios e explorarão a sua presença em Frei Luís de Sousa.

Realizarão de uma ficha de verificação de conhecimentos sobre os atos ilocutórios.

Page 313: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

Escola Secundária Campos Melo

Projeto Cofinanciado pelo Fundo Social Europeu

Eixo1 – Tipologia de Intervenção – 1.2 – Ensino Profissional

Professora orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Ano Letivo 2011/2012

1

Page 314: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

2

“Encosta-te a mim” – Jorge Palma

Encosta-te a mim,

Nós já vivemos cem mil anos.

Encosta-te a mim,

Talvez eu esteja a exagerar.

Encosta-te a mim,

Dá cabo dos teus desenganos

Não queiras ver quem eu não sou,

Deixa-me chegar.

Page 315: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

3

“Encosta-te a mim” – Jorge Palma

Chegado da guerra,

Fiz tudo p´ra sobreviver, em nome da terra,

No fundo p´ra te merecerRecebe-me bem,

Não desencantes os meus passos

Faz de mim o teu herói,

Não quero adormecer.

Page 316: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

4

“Encosta-te a mim” – Jorge Palma

Tudo o que eu vi,

Estou a partilhar contigo

O que não vivi, hei de inventar contigo

Sei que não sei

Às vezes entender o teu olhar

Mas quero-te bem,

Encosta-te a mim.

Page 317: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

5

“Encosta-te a mim” – Jorge Palma

Encosta-te a mim,

Desatinamos tantas vezes.

Vizinha de mim,

Deixa ser meu o teu quintal,

Recebe esta pomba que não está armadilhada

Foi comprada, foi roubada, seja como for.

Page 318: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

6

“Encosta-te a mim” – Jorge Palma

Eu venho do nada porque arrasei o que não quis

Em nome da estrada, onde só quero ser feliz.

Enrosca-te a mim,

Vai desarmar a flor queimada,

Vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.

Page 319: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

7

“Encosta-te a mim” – Jorge Palma

Tudo o que eu vi,

Estou a partilhar contigo, e o que não vivi,

Um dia hei de inventar contigo

Sei que não sei, às vezes entender o teu olhar,

Mas quero-te bem.

Encosta-te a mim

Encosta-te a mim

Quero-te bem.

Encosta-te a mim.

Page 320: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

8

ANÁLISE: “Encosta-te a mim” – Jorge Palma

Eu

Apelo a alguém por quemsente carinho e comquem partilhou tempo(pensamentos).

Mas quero-te bem. Encosta-te a mim.

Nós já vivemos cem mil anos.

Page 321: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

9

ANÁLISE: “Encosta-te a mim” – Jorge Palma

Madalena de Vilhena vêdesfeitas as suas ilusõescom o regresso de D. Joãode Portugal.

Dá cabo dos teus desenganos

Não queiras ver quem eu não sou,

Deixa-me chegar

Page 322: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

10

Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett

Page 323: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

11

Frei Luís de Sousa – Ato I, Cena II

Exercícios

Page 324: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

12

ATOS ILOCUTÓRIOS

Page 325: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

13

ATOS ILOCUTÓRIOS

O locutor assume a responsabilidade relativamente ao que enuncia, à verdade do que diz.

Exemplos: Faltei às aulas ontem. (Considero que) Almeida Garrett é um grande escritor da literatura portuguesa. Está bom tempo.Não há dúvida que isso é prejudicial.

Marcas linguísticas:

Afirmar, sugerir,

colocar uma hipótese…

Page 326: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

14

ATOS ILOCUTÓRIOS

O locutor pretende levar o interlocutor (ouvinte / destinatário) a fazer ou a dizer alguma coisade acordo com a sua vontade (do locutor).

Exemplos: Quando saíres, fecha a porta, por favor!Não queres pensar melhor no assunto?Proíbo-te de saíres à noite.Peço-te que sejas simpático.

Marcas linguísticas:

Ordenar, convidar,

sugerir, pedir, suplicar

Page 327: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

15

ATOS ILOCUTÓRIOS

O locutor demonstra a intenção de realizar uma ação futura.

Exemplos: Prometo que, amanhã, vou jantar contigo.Garanto-te que chegarei a horas. Estarei em tua casa cedo.Garanto que não torno a dirigir-te a palavra.

Marcas linguísticas:Prometer, ameaçar,

comprometer-se…

Page 328: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

16

ATOS ILOCUTÓRIOS

O locutor exprime um estado de espírito / psicológico face ao que enuncia.

Exemplos: Adoro ler!Parabéns pela nota do teste!Lamento que não possas ir connosco. Entristece-me que tenhas partido.

Marcas linguísticas:Agradecer, lamentar,

desculpar-se, felicitar

Page 329: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

17

ATOS ILOCUTÓRIOS

O locutor, que ocupa determinada posição social, a qual é reconhecida pelo(s) interlocutor(es), enuncia uma nova realidade, um novo estado de coisas.

Exemplos: Declaro-vos marido e mulher.Absolvo-te dos pecados cometidos. Declaro encerrada / aberta a audiência. Estás despedido.

Marcas linguísticas:

Despedir, declarar,

condenar, absolver…

Page 330: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

18

Frei Luís de Sousa – Atos ilocutórios

Exercícios

1. Identifica os atos de fala presentes nas frases que se seguem da obra Frei

Luís de Sousa.

1.1 “Há de saber que ainda há um português em Portugal.” (Manuel, Ato

I, Cena VIII)

____________________

1.2 “Mas oh! esposo da minha alma.” (Madalena, Ato I, Cena VIII)

____________________

1.3 “… e não me tires… a tranquilidade do espírito e a força do coração.”

(Manuel, Ato I, Cena VIII)

____________________

Page 331: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

19

Frei Luís de Sousa – Atos ilocutórios

Exercícios

1.4 “Oh! que o não saiba ele ao menos, que não suspeite o estado em

que vivo…” (Madalena, Ato I, Cena I)

____________________

1.5 “Oh! que amor, que felicidade… que desgraça a minha! (Madalena,

Ato I, Cena I)

____________________

1.6 “Já não há daquela gente.” (Telmo, Ato I, Cena II)

____________________

Page 332: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

20

Frei Luís de Sousa – Atos ilocutórios

Exercícios

1.7 “E Deus me perdoe…” (Telmo, Ato I, Cena II)

____________________

Page 333: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

21

Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett

Page 334: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

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2011/2012

__________________________________________________________________________

Curso Profissional de Design, variante Design de Equipamento

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Português

Nome: ________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º 7: “Textos de teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett”

Frei Luís de Sousa

Almeida Garrett

Ato I – Cena III

Professora orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo II

DIREÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DO CENTRO

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO

Page 335: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

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I - Compreensão leitora

1. Qual a posição de Maria em relação ao desaparecimento de D. Sebastião em Alcácer Quibir?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

2. Como reagem a mãe e o pai a essas “crenças” de Maria? Porquê?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

3. Que informação nos dá o aparte final de Telmo (linhas 39-40)?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

II – Conhecimento explícito da língua

1. Atenta na frase: “O povo, coitado, imagina essas quimeras”.

1.1 Identifica as funções sintáticas de todos os seus elementos:

Sujeito (simples) - _________________________________________________________

Modificador do nome apositivo – ______________________________________________

Predicado – ______________________________________________________________

Complemento direto – ______________________________________________________

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2011/2012

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Frei Luís de Sousa

Almeida Garrett

Ato I – Cena III

Professora orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo II Correção

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____________________________________________________________________

I - Compreensão leitora

1. Qual a posição de Maria em relação ao desaparecimento de D. Sebastião em Alcácer Quibir?

Maria acredita que D. Sebastião não morreu.

2. Como reagem a mãe e o pai a essas “crenças” de Maria? Porquê?

O pai de Maria, ao ouvir falar do possível regresso de D. Sebastião, “põe-se logo

outro, muda de semblante, fica pensativo e carrancudo” (linhas 26 – 28). Tanto Madalena

quanto Manuel de Sousa se afligem com a referência a essa possibilidade. Embora Madalena

afirme que não gostam de ouvir Maria falar sobre esse assunto porque não é próprio para a

idade dela e que gostariam era de a ver “mais alegre”, o espectador / leitor já percebeu,

através da conversa entre Madalena e Telmo, na cena anterior, que encarar a hipótese do

regresso do rei seria admitir que D. João de Portugal também pudesse regressar, o que

significaria a desgraça desta família.

3. Que informação nos dá o aparte final de Telmo (linhas 39-40)?

Este aparte de Telmo refere o estado de saúde de Maria que se encontra febril e

pressagia, uma vez mais, um desenlace fatal para esta personagem.

II – Conhecimento explícito da língua

1. Atenta na frase: “O povo, coitado, imagina essas quimeras”.

1.1 Identifica as funções sintáticas de todos os seus elementos:

Sujeito (simples) – “O povo, coitado,”

Modificador do nome apositivo – “coitado”

Predicado – “imagina essas quimeras”

Complemento direto – “essas quimeras”

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2011/2012

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Curso Profissional de Design, variante Design de Equipamento

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Português

Nome: ________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º 7: “Textos de teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett”

Frei Luís de Sousa

Almeida Garrett

Ato I – Cena IV

Professora orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo III

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Resumo

Cena IV – diálogo entre Maria e Madalena do qual se apreende:

O amor existente entre mãe e filha;

A forte intuição de Maria que a leva a aperceber-se que a inquietação dos pais

em relação a si própria não advém apenas do seu estado de saúde;

O carácter profético do sonho de Maria que a “faz ver cousas”;

A curiosidade de Maria relativamente ao retrato do pai vestido de Cavaleiro de

Malta.

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I - Compreensão leitora

1. A tuberculose de Maria favorece a sua extraordinária imaginação.

1.1 Que respostas procura Maria quando passa “noites inteiras em claro” (linha 10)?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

2. Prova, através de excertos do texto, que, para além da preocupação com a doença física da

filha, Madalena vive aterrorizada com os seus “desvarios”.

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

3. Por que razão (razões) se apresenta Madalena “mortificada” no final desta cena?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

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Page 342: ANEXOS PORTUGUÊS.pdf

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2011/2012

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Frei Luís de Sousa

Almeida Garrett

Ato I – Cena IV

Professora orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo III Correção

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I - Compreensão leitora

1. A tuberculose de Maria favorece a sua extraordinária imaginação.

1.1 Que respostas procura Maria quando passa “noites inteiras em claro” (linha 10)?

Nas noites que passa em claro, Maria procura perceber por que razão os pais estão

sempre tão preocupados com ela, sempre “num sobressalto” (linhas 15 e 16).

2. Prova, através de excertos do texto, que, para além da preocupação com a doença física da

filha, Madalena vive aterrorizada com os seus “desvarios”.

Podem citar-se as seguintes passagens: linhas 20 e 21; linhas 28 e 29; linhas 34 e 35.

Também será de destacar a didascália da linha 45.

3. Por que razão (razões) se apresenta Madalena “mortificada” no final desta cena?

Madalena apresenta-se mortificada por causa dos “desvarios” da filha, sobretudo

quando, na sua última fala desta cena, Maria quer saber porque é que o pai “deixou o

hábito” e “não ficou naquela santa religião” o que, para Madalena, muito dada a agoiros e

presságios, pode constituir um indício do fatal desenlace. Por outro lado, Madalena mostra-se

inquieta com a demora de Manuel de Sousa que ainda não regressou de Lisboa.

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2011/2012

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Curso Profissional de Design, variante Design de Equipamento

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Português

Nome: ________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º 7: “Textos de teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett”

Frei Luís de Sousa

Almeida Garrett

Ato I – Cenas V e VI

Professora orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo IV

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Resumo

Cena V – Jorge chega com notícias de Lisboa, anunciando que os governadores espanhóis,

devido à peste na capital, decidiram alojar-se em Almada, mais propriamente no palácio de

Madalena e de Manuel de Sousa Coutinho. Entretanto, Maria ouve o pai chegar, apesar de este

ainda se encontrar a alguma distância do palácio; a audição apurada é já um sintoma da sua

doença, a tuberculose.

Cena VI – Miranda, criado da casa, comunica a chegada de Manuel de Sousa Coutinho.

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 2 – E n s i n o P r o f i s s i o n a l

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 2 – E n s i n o P r o f i s s i o n a l

I - Compreensão leitora

1. Frei Jorge, irmão de Manuel de Sousa, aparece pela primeira vez em cena.

1.1 Sintetiza as informações que ele transmite a Madalena?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

2. Em três das suas intervenções, Maria comenta aquilo que é dito por Jorge ou Madalena.

2.1 Como reage ela em relação à notícia trazida por Jorge?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

2.2 Que traços da sua personalidade estão presentes nas suas intervenções?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

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2011/2012

__________________________________________________________________________

Frei Luís de Sousa

Almeida Garrett

Ato I – Cenas V e VI

Professora orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo IV Correção

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____________________________________________________________________

I - Compreensão leitora

1. Frei Jorge, irmão de Manuel de Sousa, aparece pela primeira vez em cena.

1.1 Sintetiza as informações que ele transmite a Madalena?

Frei Jorge informa Madalena que os governantes de Portugal resolveram deixar

Lisboa, por causa da peste, e decidiram instalar-se em Almada, no palácio de Manuel de

Sousa.

2. Em três das suas intervenções, Maria comenta aquilo que é dito por Jorge ou Madalena.

2.1 Como reage ela em relação à notícia trazida por Jorge?

Na intervenção das linhas 15 a 18, Maria critica os governadores por deixarem

Lisboa, pois considera que o lugar deles é ao lado do povo que sofre; na segunda, na linha

21, reage à afirmação do tio de que o mundo é assim e que pouco há a fazer, dizendo-lhe

que se pode “emendá-lo”; finalmente, nas linhas 37 a 39, ao saber que os governadores

pretendem instalar-se em casa de seu pai, Maria reage “com vivacidade”, sugerindo que

não se deve deixar entrar, nem que seja pela força das armas, desejando, até, que isso

aconteça pois gostaria de “ver seja o que for que se pareça com uma batalha!” (linha

39).

2.2 Que traços da sua personalidade estão presentes nas suas intervenções?

Destas intervenções de Maria, podemos deduzir o seu patriotismo, o seu espírito de

aventura que resulta da educação que lhe foi dada pelo exemplo do pai, mas também

pelas histórias de Telmo e pelos livros que este lhe dá a ler.

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2011/2012

__________________________________________________________________________

Curso Profissional de Design, variante Design de Equipamento

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Português

Nome: ________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º 7: “Textos de teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett”

Ficha informativa I

Atos ilocutórios

Professora orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo V

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 2 – E n s i n o P r o f i s s i o n a l

O locutor assume a responsabilidade relativamente

ao que enuncia, à verdade do que diz.

Afirmar, sugerir,

colocar uma hipótese…

O locutor pretende levar o interlocutor (ouvinte /

destinatário) a fazer ou a dizer alguma coisa de

acordo com a sua vontade (do locutor).

Ordenar, convidar,

sugerir, pedir, suplicar

____________________________________________________________________

Atos de fala ilocutórios

Produção de um enunciado por um locutor com o objetivo / intenção de se exprimir uma

ordem, um conselho, a constatação de um facto, uma promessa…, o que se manifesta através de

diferentes marcas linguísticas:

Verbos como prometer, avisar, ordenar, pedir, convencer, afirmar, entre

outros…;

Entoação (assinalada na escrita pela pontuação);

Ordem de palavras;

Modo verbal;

Advérbios, interjeições…

Classificação dos atos ilocutórios

Exemplos: Faltei às aulas ontem.

(Considero que) Almeida Garrett é um grande escritor da literatura

portuguesa.

Está bom tempo.

Não há dúvida que isso é prejudicial.

Exemplos: Quando saíres, fecha a porta, por favor!

Não queres pensar melhor no assunto?

Proíbo-te de saíres à noite.

Peço-te que sejas simpático.

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Assertivos Marcas

linguísticas

Diretivos Marcas

linguísticas

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 2 – E n s i n o P r o f i s s i o n a l

O locutor demonstra a intenção de realizar uma

ação futura.

Prometer, ameaçar,

comprometer-se…

O locutor exprime um estado de espírito /

psicológico face ao que enuncia.

Agradecer, lamentar,

desculpar-se, felicitar

O locutor, que ocupa determinada posição social, a

qual é reconhecida pelo(s) interlocutor(es), enuncia

uma nova realidade, um novo estado de coisas.

Despedir, declarar,

condenar, absolver…

Exemplos: Prometo que, amanhã, vou jantar contigo.

Garanto-te que chegarei a horas.

Estarei em tua casa cedo.

Garanto que não torno a dirigir-te a palavra.

Exemplos: Adoro ler!

Parabéns pela nota do teste!

Lamento que não possas ir connosco.

Entristece-me que tenhas partido.

Exemplos: Declaro-vos marido e mulher.

Absolvo-te dos pecados cometidos.

Declaro encerrada / aberta a audiência.

Estás despedido.

Nota: Há enunciados que podem integrar mais do que um ato ilocutório.

. Azevedo, Olga; Pinto, Isabel; Lopes, Carmo (2010): Da comunicação à expressão –

Gramática prática de português / língua portuguesa 3.º ciclo do ensino básico e ensino

secundário, Lisboa, Lisboa Editora

. Amaro, Alice (2011): O essencial para o secundário - Português, Edições ASA II, S. A.

Compromissivos Marcas

linguísticas

Expressivos Marcas

linguísticas

Declarativos Marcas

linguísticas

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2011/2012

__________________________________________________________________________

Curso Profissional de Design, variante Design de Equipamento

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Português

Nome: ________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º 7: “Textos de teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett”

Ficha de verificação de conhecimentos I

Atos ilocutórios

Professora orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo VI

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____________________________________________________________________

1. Identifica os atos de fala presentes nas frases que se seguem da obra Frei Luís de Sousa.

1.1 “Há de saber que ainda há um português em Portugal.” (Manuel, Ato I, Cena VIII)

_________________________________________________________________________________

1.2 “Mas oh! esposo da minha alma.” (Madalena, Ato I, Cena VIII)

_________________________________________________________________________________

1.3 “… e não me tires… a tranquilidade do espírito e a força do coração.” (Manuel, Ato I,

Cena VIII)

_________________________________________________________________________________

1.4 “Oh! que o não saiba ele ao menos, que não suspeite o estado em que vivo…” (Madalena,

Ato I, Cena I)

_________________________________________________________________________________

1.5 “Oh! que amor, que felicidade… que desgraça a minha! (Madalena, Ato I, Cena I)

_________________________________________________________________________________

1.6 “Já não há daquela gente.” (Telmo, Ato I, Cena II)

_________________________________________________________________________________

1.7 “E Deus me perdoe…” (Telmo, Ato I, Cena II)

_________________________________________________________________________________

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2011/2012

__________________________________________________________________________

Curso Profissional de Design, variante Design de Equipamento

Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Português

Nome: ________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º 7: “Textos de teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett”

Ficha de verificação de conhecimentos I

Atos ilocutórios

Professora orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo VI Correção

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____________________________________________________________________

1. Identifica os atos de fala presentes nas frases que se seguem da obra Frei Luís de Sousa.

1.1 “Há de saber que ainda há um português em Portugal.” (Manuel, Ato I, Cena VIII)

Ato compromissivo e ato assertivo

1.2 “Mas oh! esposo da minha alma.” (Madalena, Ato I, Cena VIII)

Ato expressivo

1.3 “… e não me tires… a tranquilidade do espírito e a força do coração.” (Manuel, Ato I,

Cena VIII)

Ato diretivo

1.4 “Oh! que o não saiba ele ao menos, que não suspeite o estado em que vivo…” (Madalena,

Ato I, Cena I)

Ato expressivo

1.5 “Oh! que amor, que felicidade… que desgraça a minha! (Madalena, Ato I, Cena I)

Ato expressivo

1.6 “Já não há daquela gente.” (Telmo, Ato I, Cena II)

Ato assertivo

1.7 “E Deus me perdoe…” (Telmo, Ato I, Cena II)

Ato expressivo

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2011/2012

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Ano: ___ Turma: ___ Data:___/___/_____ Disciplina: Português

Nome: ________________________________________________________ Nº____

Módulo N.º 7: “Textos de teatro – Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett”

Frei Luís de Sousa

Almeida Garrett

Ato I – Cena VII

Professora orientadora: Maria Celeste Nunes

Professora estagiária: Ana Filipa Valente

Anexo VII

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Resumo

Cena VII – É noite fechada. Manuel de Sousa Coutinho entra em cena alvoraçado, dando

ordens aos criados que o acompanham e transmitindo à família a sua intenção de se mudarem

para o palácio que fora de D. João de Portugal, decisão esta que deixa Madalena transtornada.

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E i x o 1 – T i p o l o g i a d e I n t e r v e n ç ã o - 1 . 2 – E n s i n o P r o f i s s i o n a l

I - Compreensão leitora

1. Manuel de Sousa entra em cena muito agitado.

1.1 Que decisão tomou ele?

________________________________________________________________________

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________________________________________________________________________

1.2 Compara as reações de Maria e de Madalena perante a decisão de Manuel de Sousa.

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1.3 Explica a reação de Madalena quando percebe qual é a casa para onde se vão mudar

(linha 47).

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II – Conhecimento explícito da língua

1. Identifica os atos ilocutórios utilizados por Manuel de Sousa Coutinho nas primeiras frases

(linhas 4 – 6).

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2011/2012

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Frei Luís de Sousa

Almeida Garrett

Ato I – Cena VII

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Anexo VII Correção

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I - Compreensão leitora

1. Manuel de Sousa entra em cena muito agitado.

1.1 Que decisão tomou ele?

Manuel de Sousa tomou a decisão de abandonar a sua casa antes que os governadores

chegassem.

1.2 Compara as reações de Maria e de Madalena perante a decisão de Manuel de Sousa.

Enquanto Maria irradia contentamento pela decisão patriótica do pai, Madalena teme

a vingança dos governadores.

1.3 Explica a reação de Madalena quando percebe qual é a casa para onde se vão mudar

(linha 47).

Quando Madalena percebe que a casa para onde se vão mudar é a casa onde vivera

com D. João de Portugal, fica aterrorizada. Pode ser mais um indício de que venha a

acontecer aquilo que ela tanto teme: o regresso de D. João.

II – Conhecimento explícito da língua

1. Identifica os atos ilocutórios utilizados por Manuel de Sousa Coutinho nas primeiras frases

(linhas 4 – 6).

As primeiras frases concretizadas por Manuel Coutinho concretizam atos ilocutórios

diretivos, uma vez que a personagem fornece um conjunto de ordens aos criados.

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