Análise Conjuntural da Economia e do Comércio...vendas de veículos dificilmente irá superar as...

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Federação do Comércio do Paraná Análise Conjuntural da Economia e do Comércio Mensal N.º 50 Novembro 2012

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Federação do Comércio do Paraná

Análise Conjuntural da Economia e do

Comércio

Mensal N.º 50

Novembro 2012

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CONJUNTURA: SITUAÇÃO E PERSPECTIVAS Os empresários do varejo do Paraná preveem para dezembro de 2012: aumento nas

vendas de 8% a 10%, em relação a igual período de 2011. Esse percentual se refere ao varejo de venda de mercadorias. Se incluída a prestação de serviços (oficinas, hotéis, restaurantes, turismo, etc.) as vendas podem alcançar de 13% a 15%.

É importante considerar: atualmente há uma grande vinculação da renda do consumidor com compromissos financeiros anteriores: financiamentos imobiliários, de veículos e viagens. Mesmo mantido o IPI reduzido para veículos em novembro-dezembro, o aumento de

vendas de veículos dificilmente irá superar as vendas ocorridas em outubro, pois que a maior parte dos interessados já fez a aquisição, e a menor disponibilidade financeira do consumidor.

Quanto ao 13.º salário é importante lembrar que uma parcela dele se destina a regularizar dívidas anteriores ou para cobrir despesas típicas do ano novo: mensalidade escolar, IPVA, IPTU, ISS, Sindicatos e Conselhos profissionais, etc.

Existem ramos do comercio varejista que não vendem mais por ser Natal ou por conta do 13.º salário. Um exemplo é o ramo de “farmácias e drogarias”.

Muitos consumidores preferem comprar após o Natal, para usufruir de preços reduzidos nas liquidações de estoque das grandes redes, até início de janeiro. 1.Fatores Conjunturais Positivos: o crescimento das vendas no final do ano está associado à ocorrência de variáveis que incentivam o consumo. São elas:

a) acréscimo real do 13.º salário, mais os lotes de restituição do Imposto de Renda; b) disponibilização de financiamentos e créditos; c) renegociação dos lojistas com inadimplentes para trazer para o mercado consumidores que seriam excluídos; d) preços estabilizados e juros menores; e) emprego crescente e maior massa de salários na economia; f) expansão da classe C e ascensão de renda das classes D e E; g) mão-de-obra temporária contratada no final de ano, que gera uma demanda adicional a partir da remuneração recebida.

2. Ramos Do Comércio Com Perspectivas De Maiores Vendas a) Lojas de departamentos; b) Supermercados e hipermercados; c) Materiais de construção; d) Móveis, decorações e utilidades

domésticas;

e) Calçados e Vestuário; f) Lojas de alimentação; g) Combustíveis e lubrificantes

3. Produtos Com tendência de Maior Participação Nas Vendas a) material de informática em geral; b) linha branca de eletrodomésticos; c) eletroeletrônicos: TV’s tela plana, dvd’s, MP3, câmeras digitais, etc.; d) celulares e equipamentos individuais de comunicação; e) livros, cd’s, dvd’s;

f) vestuário e calçados; g) alimentos típicos do período; h) bebidas em geral (inclusive importadas); i) brinquedos; j) móveis em geral.

4. Demanda Sazonalizada: no mês há uma maior demanda específica em relação a: a) restaurantes, bufês e empresas de festas; b) serviços de segurança; c) montagem e manutenção de decorações natalinas; d) serviços de entrega urbana e deslocamento de cargas entre cidades;

e) deslocamento de pessoas e mercadorias; f) serviços de táxis; g) início das férias escolares e férias coletivas em empresas. h) nas lojas de shoppings centers, devido a concentração de opções

Assessoria Econômica Novembro/2012

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Apresentação 03 Sumário 04 Tabelas 05 I Nível de Atividade Econômica 07 1. Produto e Renda

1.1 O PIB Total do Brasil e do Paraná 1.2 O PIB do Brasil por Setores e Sub-Setores 1.3 Demanda Agregada

07 07 08 09

2. Mercado de Trabalho 2.1 Mercado de Trabalho Brasileiro 2.2 Mercado de Trabalho Paranaense 2.3 Quadro Comparativo da Criação de Empregos 2.4 Quadro Comparativo do Saldo de Empregos 2.5 Empregos Gerados no Comercio do Paraná 2.6 Taxa de Desemprego

10 10 11 12 13 14 15

3. Nível de Salário 3.1 Salário Mínimo no Brasil 3.2 Salário Mínimo no Paraná

16 16 17

4. Nível de Preços 4.1 Introdução 4.2 Meta da Inflação 4.3 Taxa de Inflação

18 18 18 19

5. Taxa de Juros e Poupança 20 6. Mercado de Ações 21 7. Risco País 22 8. Variação do Dólar 23

II Atividade Empresarial 25 9. Comércio Varejista

9.1 Desempenho em Setembro de 2012 25 25

10. Abertura de Empresas no Paraná 30 11. Falências Decretadas no Brasil 31 12. Crédito: Demanda e Inadimplência

12.1 Demanda de Crédito 12.2 Inadimplência

32 32 32

13. Utilização da Capacidade Produtiva Instalada na Indústria 33

III Setor Público 35 14. Arrecadação do Governo 35 15. Superávit Primário 36 16. O ICMS no Paraná 37 17. Dívida de Municípios no Paraná 38

IV Relações com o Exterior 39 18. Comércio Exterior Brasileiro 39 18.1 Providências de Estímulo às Exportações ou Defesa da Produção

Interna 41

19. Comércio Exterior Paranaense 42 20. Investimento Estrangeiro Direto na Economia Brasileira 46 21. Dívida Externa Brasileira

21.1 Distribuição da Dívida: Governo e Setor Privado 47 47

22. Reservas Cambiais 48

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TABELAS

01 Produto Interno Bruto 07 02 Brasil: Produto Interno Bruto por Setor de Atividade 08 03 Brasil: Variação Percentual do Produto Interno Bruto Trimestral 08 04 Brasil: Distribuição da Demanda Agregada 09 05 Brasil: Criação de Empregos por Setor de Atividade Econômica 10 06 Paraná: Criação de Empregos por Setor de Atividade Econômica 11 07 Brasil e Paraná: Criação de Empregos – Saldo 12 08 Brasil e Paraná: Saldo do Emprego por Setores 13 09 Paraná: Empregos Gerados 14 10 Brasil e Curitiba: Taxa de Desemprego 15 11 Brasil: Salário Mínimo 16 12 Paraná: Salário Mínimo 17 13 Índice de Preços 18 14 Taxa de Inflação e Meta da Inflação 19 15 Variação da Taxa de Juros SELIC do Banco Central 20 16 Poupança 20 17 Bolsa de Valores de São Paulo 21 18 Risco País 22 19 Variação do Dólar 23 20 Variação das Vendas em Setembro de 2012 26 21 Vendas em Setembro – 2012 Comparadas ao Mês Anterior 28 22 Vendas em Setembro – 2012 Comparadas ao Mesmo Mês do Ano Anterior 28 23 Vendas Acumuladas no ano de 2012 Comparadas ao ano de 2011 28 24 Vendas nos Pólos de Comércio Pesquisados pela Fecomércio-Pr 29 25 Abertura de Empresas no Paraná 30 26 Falências no Brasil 31 27 Indicador Serasa Experian de Demanda do Consumidor por Crédito 32 28 Indicador Serasa Experian de Inadimplência 32 29 Nível de Utilização da Capacidade Produtiva Instalada na Indústria 33 30 Evolução da Arrecadação do Governo Federal 35 31 Participação da Carga Tributária no PIB 35 32 Desempenho do Superávit Primário - Governo Federal e Banco Central 36 33 Paraná: Arrecadação de ICMS por Setor de Atividade 37 34 Paraná: Dívidas de Municípios que Sediam Sindicatos Filiados à Fecomércio-PR 38 35 Brasil: Balança Comercial 39 36 Brasil: Intercâmbio Comercial 40 37 Paraná: Balança Comercial 42 38 Paraná: Principais Destinos dos Produtos 43 39 Paraná: Principais Produtos Exportados em 2012 43 40 Paraná: Corrente de Comércio 43 41 Paraná: Principais Blocos Econômicos de Destino e Origem 44 42 Paraná: Principais Empresas Exportadoras em 2012 44 43 Paraná: Principais Empresas Importadoras em 2012 44 44 Paraná: Exportação – Totais por Fator Agregado 45 45 Paraná: Balança Comercial dos Maiores Exportadores Municipais em 2012 45 46 Investimento Estrangeiro Direto no Brasil 46 47 Dívida Externa Brasileira 47 48 Brasil: Participação da Dívida Externa 47 49 Brasil: Reservas Cambiais 48

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I. N I V E L D E A T I V I D A D E E C O N Ô M I C A

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1. PRODUTO E RENDA 1.1. O PIB Total do Brasil e do Paraná

O PIB brasileiro do 2.º tri/2012 cresceu 0,4% em relação ao trimestre imediatamente

anterior. O 1.º tri/2012 havia crescido 0,2% sobre o 4.º tri /2011. A comparação do 2.º tri/2012

com o mesmo período de 2011 aponta expansão de 0,5%. No 1.º semestre de 2012, comparado ao

1.º semestre de 2011, houve queda no crescimento do PIB. Justificam-se assim as políticas de

aquecimento adotadas em 2012 pelo governo.

Em 2011, o PIB cresceu em relação a cada trimestre correspondente do ano anterior. Na

comparação com o trimestre imediatamente anterior, a exceção em 2011 foi o terceiro trimestre,

que esteve abaixo do desempenho no 2.º trimestre. O PIB de 2011 cresceu 2,7% sobre 2010,

sendo que o desempenho no 1.º semestre foi superior ao do 2.º.

O desempenho em 2010 do PIB foi excelente: cresceu 7,5% sobre 2009. O 4.º trimestre de

2010 teve crescimento de 5% em relação a igual período de 2009 e expandiu 0,7% em relação ao

trimestre anterior (julho-setembro de 2010). As contas externas destoaram do crescimento, com a

elevação de importações em 36,2% e exportações apenas 11,5%, gerando déficit preocupante na

balança comercial. O Real sobrevalorizado incentivou importações mas restringiu exportações

principalmente industriais, que ainda não reprisaram o desempenho pré-crise.

Os três principais setores da economia cresceram em 2011, na ótica da oferta agregada,

mas abaixo de 2010: Agropecuária: 3,9%; Indústria: 1,6%; Serviços: 2,7%. Os investimentos que

cresceram 21,8% em 2010, tiveram em 2011 um desempenho inferior: não chegaram a 10%

indicando que investidores- nacionais e externos- foram bastante influenciados pela crise global. A

aplicação em capital especulativo foi condicionada pelos juros altos internos.

O Comércio no Brasil em 2011, cresceu 3,4%%, indicando uma redução na velocidade em

comparação com o ano anterior (2009 teve índice negativo: -1,8%), que pode ser associado ao

aumento do consumo das famílias, que em 2011 cresceu 11,1%, em especial nas classes C, D, e E.

Em 2011, a Pesquisa Mensal do Comércio Varejista no Brasil, medido pelo IBGE, cresceu no volume

de vendas anual 6,7% e na receita nominal anual cresceu 11,5% (dados do IBGE).

No Paraná, o PIB real cresceu 4,0% em 2011 e 8,3% em 2010, maiores que o desempenho

brasileiro. Em 2011, o PIB paranaense foi 6,1% do brasileiro, superior ao triênio anterior.

Fonte: Brasil: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Banco Sidra – Contas Econômicas) (Consulta em 20/09/2012)

Paraná: www.ipardes.gov.br – (Indicadores Econômicos – Produto Interno Bruto) (Consulta em 20/09/2012)

TABELA 1 – PRODUTO INTERNO BRUTO (Em R$ Milhões)

Período

Brasil Paraná Participação

PR / BR

(%)

Valor a Preços

Correntes de Mercado

Variação Nominal Sobre o Ano Anterior

(%)

Variação Real (%)

Valor a Preços

Correntes de Mercado

Variação Nominal

Sobre o Ano Anterior (%)

Variação Real (%)

1 2 3 4 5 6 7

2003 1.699.948 17,4 1,1 109.459 23,8 4,4 6,4 2004 1.941.498 14,2 5,7 122.434 11,9 5,0 6,3 2005 2.147.239 10,6 3,2 126.677 3,5 0,0 5,9 2006 2.369.484 10,4 4,0 136.615 7,8 2,0 5,8 2007 2.661.344 12,3 6,1 161.582 18,3 6,7 6,1 2008 3.032.203 13,9 5,2 179.263 10,9 4,3 5,9 2009 3.239.404 6,8 -0,3 189.992 6,0 -1,3 5,9 2010 3.770.085 16,4 7,5 226.071 19,0 8,3 6,0 2011 4.143.013 9,9 2,7 251.579 11,3 4,0 6,1

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1. PRODUTO E RENDA

1.2. O PIB do Brasil por Setores e Sub-Setores TABELA 2 – BRASIL: PRODUTO INTERNO BRUTO POR SETOR DE ATIVIDADE (1)

(A Preços Correntes - Em R$ Milhões)

Setores e Sub-Setores

2011 1º Tri

2011 2º Tri

2011 3º Tri

2011 4º Tri

2011 Var (%)

2012 1º Tri

2012 2º Tri

AGROPECUÁRIA 46.242 62.377 46.635 37.400 3,9 44.666 66.220

INDÚSTRIA 223.612 243.193 252.698 252.653 1,6 229.559 241.337 1. Extrativa mineral 29.539 35.493 37.231 41.661 3,2 35.386 42.156 2. Transformação 122.908 131.068 133.951 127.514 0,1 115.195 117.624 3. Construção civil 45.419 50.085 53.753 54.809 3,6 50.592 53.213 4. Produção e distribuição de

eletricidade, gás e água 25.746 26.547 27.762 28.668 3,8 28.386 28.344

SERVIÇOS 547.797 588.292 591.746 638.227 2,7 602.063 630.671 1. Comércio 104.815 111.126 113.786 116.879 3,4 109.653 117.020 2. Transporte,

armazenagem e correio 42.136 44.428 46.229 48.205 2,8 47.469 47.692

3. Serviços de informação 24.759 26.898 26.863 29.069 4,9 25.362 26.942 4. Intermediação financeira,

seguros, previdência complementar e serviços relativos

64.063 65.961 66.289 66.168 3,9 67.633 65.874

5. Outros serviços (2) 116.946 128.468 130.595 137.436 2,3 134.077 142.516 6. Atividades imobiliárias e

aluguel 66.477 68.820 70.264 72.841 1,4 73.242 75.640

7. Administração, saúde e educação públicas 128.601 142.592 137.720 167.629 2,3 144.626 154.987

Impostos líquidos sobre produtos

144.421 149.665 155.628 162.428 4,3 157.062 163.322

PIB : preços de mercado 962.073 1.043.527 1.046.707 1.090.708 2,7 1.033.349 1.101.550 Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Valores a Preços Correntes) (Consulta em 17/08/2012)

Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais) (Consulta em 17/08/2012)

(1) A divulgação de resultados trimestrais não foi divulgada para o Paraná.

(2) O segmento sob denominado outros serviços inclui: Serviços auxiliares à agricultura, agentes de comércio e representação comercial, serviços auxiliares

financeiros, dos seguros de previdência complementar e limpeza urbana e esgoto.

TABELA 3 – BRASIL: VARIAÇÃO PERCENTUAL DO PIB TRIMESTRAL

Período

Sobre o

Trimestre Anterior *

Sobre

Mesmo Trimestre

do ano

Anterior *

2009 2º Tri 1,5 -2,4 3º Tri 2,6 -1,5 4º Tri 2,7 5,3 2010 1º Tri 2,1 9,3 2º Tri 1,2 8,8 3º Tri 0,9 6,9 4° Tri 1,0 5,3 2011 1º Tri 0,9 4,2 2º Tri 0,5 3,3 3° Tri -0,1 2,1 4º Tri 0,2 1,4 2012 1º Tri 0,2 0,8 2º Tri 0,4 0,5

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1. PRODUTO E RENDA

1.3. Demanda Agregada A demanda agregada corresponde ao somatório dos componentes da demanda de uma

economia: 1) consumo de famílias; 2) consumo do governo; 3) investimento bruto interno (soma

de formação de capital fixo e variação de estoques); 4) saldo da balança comercial: exportações

(demanda do exterior de produtos da economia brasileira) menos importações (demanda brasileira

de produtos gerados em outros países). O investimento bruto interno considera investimentos do

setor público e do setor privado (inclui investimento do exterior feito na economia interna), no

entanto, no seu valor não é contabilizado o investimento de nacionais feitos em outros países.

O consumo de famílias manteve o bom desempenho nos dois primeiros trimestres de 2012,

mantendo a maior participação na demanda agregada total; no 2. tri/2012 superou os sete

trimestres anteriores. A demanda agregada do 2.º trimestre aponta aumento no investimento bruto

interno e consumo do governo, em relação ao 1.º trimestre. A balança comercial ( exportações

menos importações) que foi negativa no 1.º tri/2012, continuou negativa no 2.º trimestre, mas

agora com aumentos substanciais em cada um dos componentes.

A demanda agregada total do 2.º trimestre de 2012 superou, em valores nominais, o

desempenho dos sete trimestres anteriores, tendo como principal componente o consumo das

famílias, com 60%. A balança comercial negativa apresenta os efeitos da crise econômica nos

países do euro e a manutenção das importações de matérias primas e bens finais A desvalorização

cambial do Real-R$, ainda não permitiu superar limitações na balança comercial. Até meados de

2011, aproximadamente 25% da demanda final brasileira foi sobre bens importados, que aqui

chegavam com as vantagens da desvalorização do dólar (e consequente sobrevalorização do real).

No 2.º semestre, iniciou-se a inversão no cambio: valorização do dólar e desvalorização do real, na

sequencia da crise de julho/agosto de 2011, que se revelou mais aguda na União Europeia e EUA.

,

Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Valores a Preços Correntes) (Consulta em 17/08/2012)

TABELA 4 – BRASIL: DISTRIBUIÇÃO DA DEMANDA AGREGADA (A Preços Correntes - Em R$ Milhões)

Tipo de

Demanda

2010 3º Tri

2010 4°Tri

2011 1°Tri

2011 2°Tri

2011 3°Tri

2011 4°Tri

2012 1°Tri

2012 2°Tri

Consumo das famílias

572.107 595.654 601.849 617.653 631.159 648.829 658.906 672.066

Consumo da administração pública (ou Governo)

189.204 250.701 179.641 210.482 201.788 264.737 203.095 228.505

Investimento Bruto Interno

214.321 184.518 192.708 220.640 217.323 186.591 189.095 215.408

Formação bruta de capital fixo 197.178 193.747 187.793 196.644 209.556 204.728 193.198 196.949

Variação de estoque 17.143 -9.229 4.915 23.996 7.767 -18.137 -4.103 18.460

Balança Comercial

-12.193 -6.891 -12.125 -5.247 -3.563 -9.449 -17.747 -14.429

Exportações 110.749 112.475 100.647 121.482 133.324 137.117 115.029 141.429 Importações (-) 122.942 119.366 112.772 126.729 136.887 146.566 132.776 155.858

Demanda Agregada Total

963.439 1.023.982 962.073 1.043.528 1.046.707 1.090.708 1.033.349 1.101.550

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2. MERCADO DE TRABALHO 2.1. Mercado de Trabalho Brasileiro

São quatro as categorias de mercado na economia: 1) mercado de bens e serviços, onde

ocorre a demanda e a oferta de mercadorias e serviços; 2) mercado monetário-financeiro, que

abrange: oferta e demanda de moeda e bolsa de valores; 3) mercado externo, caracterizado por

exportações e importações, sendo a taxa de câmbio importante referência; e 4) mercado de

trabalho, onde ocorre oferta e demanda de mão-de-obra na economia e utilização da força de

trabalho disponível e economicamente ativa.

No período janeiro-outubro de 2012, os ramos que mais criaram empregos no Brasil foram,

pela ordem: a) outros serviços*; b) indústria de transformação; c) construção civil; d) comércio; e)

agropecuária. A projeção dos dados verificados em 2012 permite uma expectativa positiva no ano,

comparado a 2011, considerando que em novembro-dezembro ocorre, tradicionalmente, grande

geração de empregos. Mas nada indica a possibilidade de superação do excelente desempenho de

2010. Em 2012, o setor terciário – serviços - está gerando 50% mais empregos que o setor

secundário - indústria. No comércio (atacado e varejo) a criação de emprego em jan-ago/2012 está

lenta comparada a igual período de 2011.

Em 2011 houve queda nos empregos criados em relação a 2010 – fato que pode ser

associado ao desempenho do PIB: em 2010, o PIB cresceu 7,5%; em 2011 o crescimento caiu para

2,7%. Os maiores empregadores em 2011 foram: 1.º) outros serviços(*); 2.º) comércio; 3.º)

construção civil; 4.º) indústria de transformação; 5.º) agropecuária.

Fonte:www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 26/11/2012)

(*) O segmento sob denominação de outros serviços conforme o CAGED, é formado por: a) Instituições financeiras; b) administração de imóveis e serviços técnicos

profissionais; c) transporte e comunicação; d) alojamento, alimentação reparação e manutenção; e) médicos odontológicos; f) ensino.

(1) Valores acumulados até setembro de 2012.

TABELA 5 – BRASIL: CRIAÇÃO DE EMPREGOS POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA (Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Setor

2008

2009

2010

2011

2012 (1)

jan-out

INDÚSTRIA 393.179 195.070 916.427 472.288 578.673

Extrativa Mineral 8.671 2.036 17.715 19.538 12.704

Transformação 178.675 10.865 544.367 218.138 280.919 Serviços Industriais de Utilidade Pública

7.965 4.984 20.034 9.467 12.870

Construção Civil 197.868 177.185 334.311 225.145 272.180

SERVIÇOS 1.040.793 815.409 1.640.369 1.410.934 991.317

Comércio 382.218 297.157 611.900 459.841 239.860

Administração Pública 10.316 18.075 10.417 16.126 32.089

Outros Serviços (*) 648.259 500.177 1.018.052 934.967 719.368

AGROPECUÁRIA 18.232 -15.369 -1.375 83.227 118.855

TOTAL 1.452.204 995.110 2.555.421 1.966.449 1.688.845

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Federação do Comércio do Paraná 2. MERCADO DE TRABALHO

2.2. Mercado de Trabalho Paranaense O desempenho em janeiro-outubro de 2012, já indica superação do número de empregos

criados no ano de 2011. Os ramos que mais criaram empregos no Paraná em jan-out/ 2012 foram:

1.º) outros serviços; 2.º) indústria; 3.º) comércio varejista.

Em 2011, o emprego criado no Paraná foi menor que o verificado em 2010, este um ano de

expressivo crescimento do emprego no Estado, seguindo a mesma performance da economia

brasileira, indicando uma inversão nas limitações no mercado de trabalho verificadas em 2009. Os

números de 2011, menores que 2010 refletem, em parte, as restrições nas economias europeia e

americana e, portanto, justificando as políticas expansivas do governo federal adotadas no final

daquele ano, voltadas à manutenção e geração de emprego e crescimento do PIB.

Em 2011 e 2010 os destaques na criação de empregos foram: outros serviços, indústria, e

comércio varejista. Nesses dois anos, em alguns ramos, a demanda de mão-de-obra não foi

atendida, devido à qualificação insuficiente. O trabalhador escolheu o emprego em função da

remuneração e benefícios como: assistência-saúde, vale-alimentação, vale-transporte e perspectiva

de carreira; antes disso, em 2009, o trabalhador assumia a primeira e imediata oferta de trabalho.

Permanece a grande rotatividade de mão-de-obra e dificuldades em preencher vagas em:

supermercados e hipermercados; hotéis, bares e restaurantes; e nas franqueadas que requerem

adequação aos padrões da franquia.

Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 26/11/2012)

(1) Indústria compreende os ramos: 1) extrativa mineral; 2) transformação; 3) serviços industriais de utilidade pública; 4) construção civil. (2) Compreende: administração pública, saúde e educação pública. (3) O CAGED, estabelece: a) Instituições financeiras; b) administração de imóveis e serviços técnicos profissionais; c) transporte e comunicação; d) alojamento,

alimentação reparação e manutenção; e) médicos odontológicos; f) ensino. (*) Resultados acrescidos dos ajustes conforme informação do CAGED; a variação relativa toma como referência os estoques do mês atual e do mês de dezembro do

ano t-1, ambos com ajustes

TABELA 6 – PARANÁ: CRIAÇÃO DE EMPREGOS POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA (Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Período

Indústria(1)

Serviços

Agropecuária

e Outros Total Comércio

Varejista

Comércio

Atacadista

Administração

Pública(2)

Outros

Serviços(3)

2006 29.652 18.444 2.761 1.179 33.115 1.245 86.396 2007 54.535 25.146 5.356 575 30.996 5.753 122.361 2008 36.478 26.656 6.411 -408 35.686 6.080 110.903

2009 21.264 18.572 4.183 2.069 27.377 -4.381 69.084 2010 41.527 33.831 5.159 340 53.125 -2.375 131.607 2011 36.721 26.672 6.597 1.876 51.557 493 123.916 Jun 2.239 1.160 268 147 2.911 52 6.777 Jul 2.204 1.527 629 167 4.174 129 8.830 Ago 6.483 2.583 741 81 4.822 -459 14.251 Set 2.878 4.093 757 356 5.011 62 13.157 Out 3.357 3.779 914 54 3.415 50 11.569 Nov -3.510 6.771 700 3 3.766 -2.067 5.663 Dez -19.112 -2.680 -835 -198 -8.116 -3.245 -34.186

2012* 44.542 19.525 5.253 1.617 47.870 7.012 125.819 Jan 7.802 -1.399 719 -78 7.811 -202 14.653 Fev 4.652 302 1.047 332 8.407 -665 14.075 Mar 5.709 2.691 720 199 4.691 841 14.851 Abr 8.182 3.074 133 316 5.249 3.969 20.923 Mai 5.650 1.625 282 -14 3.679 516 11.738 Jun 559 951 289 293 2.634 409 5.135 Jul 1.918 1.615 335 254 1.731 153 6.006 Ago 1.677 2.216 159 3 3.857 179 8.091 Set 2.727 2.999 611 56 2.733 433 9.559 Out 1.082 3.230 628 12 1.896 -192 6.656

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Federação do Comércio do Paraná

2. MERCADO DE TRABALHO

2.3. Quadro Comparativo da Criação de Empregos

Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 26/11/2012)

(*) O saldo corresponde ao somatório dos três setores pesquisados pelo CAGED:

1) Agropecuária e Silvicultura;

2) Indústria: extrativa mineral; transformação; serviços industriais de utilidade pública-SIUP; construção civil;

3) Terciário: formado por: a) Comércio. b) Serviços: Instituições financeiras, administração de imóveis e serviços técnicos profissionais, transporte e

comunicação, alojamento alimentação reparação e manutenção, médicos odontológicos, ensino; c) Administração pública.

TABELA 7 – BRASIL E PARANÁ: CRIAÇÃO DE EMPREGOS – SALDO (*)

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Mês

Saldo Mensal

Brasil

Paraná

Set 209.078 13.157

Out 126.143 11.569

Nov 42.735 5.663

Dez -408.172 -34.186

2012 Jan 118.895 14.653

Fev 150.600 14.075

Mar 111.746 14.851

Abr 216.974 20.923

Mai 139.679 11.738

Jun 120.440 5.135

Jul 142.496 6.006

Ago 100.938 8.091

Set 150.334 9.559

Out 66.988 6.656

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Federação do Comércio do Paraná

2. MERCADO DE TRABALHO

2.4. Quadro Comparativo do Saldo de Empregos em 2012

Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 23/11/2012)

TABELA 8 – BRASIL E PARANÁ: SALDO DO EMPREGO POR SETORES EM 2012 (Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Setores Brasil Paraná

Saldo em Setembro

Saldo em Outubro

Saldo em Setembro

Saldo em Setembro

Extrativa Mineral 816 -292 -4 -4 Ind. Transformação 66.191 17.520 2.605 1.419 Serviços de Utilidade Pública 708 -597 60 -34 Construção Civil 10.175 -8.290 66 -299 Comércio 35.919 49.597 3.610 3.858 Serviços 55.221 32.724 2.733 1.896 Administração Pública 318 -3.521 56 12 Agropecuária -19.014 -20.153 433 -192 TOTAL 150.334 66.988 9.559 6.656

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2. MERCADO DE TRABALHO

2.5. Empregos Gerados no Comércio do Paraná

Fonte: www.mte.gov.br –(Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 23/11/2012)

(*) O Saldo contempla o número de admitidos, menos o número de demitidos no comércio varejista e atacadista.

TABELA 9 – PARANÁ: EMPREGOS GERADOS (Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Período

Saldo do

Comércio (*)

Variação em

Relação ao

Mês Anterior

(%)

Saldo

Acumulado

no ano

2011 --- --- ---

Jun 1.428 -50,66 11.542

Jul 2.156 50,98 13.698

Ago 3.324 54,17 17.022

Set 4.850 45,91 21.872

Out 4.693 -3,24 26.565

Nov 7.471 59,19 34.036

Dez -3.515 -147,05 30.521

2012 --- --- ---

Jan -680 80,65 -680

Fev 1.349 298,38 669

Mar 3.411 152,85 4.080

Abr 3.207 -5,98 7.287

Mai 1.907 -40,54 9.194

Jun 1.240 -34,98 11.683

Jul 1.950 57,26 14.022

Ago 2.375 21,79 16.705

Set 3.610 52,00 20.613

Out 3.858 6,87 24.778

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Federação do Comércio do Paraná

2. MERCADO DE TRABALHO

2.6. Taxa de Desemprego

As taxas de desemprego de julho a outubro foram as menores de 2012. No acumulado do

ano, de janeiro à outubro, o desemprego é inferior a igual período de 2011. O desemprego menor

reflete o bom momento da economia brasileira em relação ao mercado de trabalho, apesar das

dificuldades vivenciadas pela indústria de transformação e pelo setor exportador industrial.

Comparado ao desemprego em países da Europa, os indicadores brasileiros são excelentes. O

desemprego em dezembro/2011: 4,7%, foi a menor taxa desde a reformulação do cálculo da

pesquisa pelo IBGE em 2002. Uma explicação para o emprego maior e baixo desempenho do PIB

em 2012 é a baixa produtividade da mão-de-obra, com tecnologia defasada e poucas inovações na

indústria e as dificuldades da indústria exportadora.

As políticas econômicas de aquecimento adotadas pelo governo federal, mesmo que

conjunturais, mais a disposição de evitar queda na demanda, permitem expectativa positiva para o

emprego no restante do ano, o que é bom para manter a demanda e as vendas do comércio.

Em 2011, o desemprego foi 6,0%, menor que os cinco anos anteriores. As taxas do 4.º

trimestre de 2011 indicam situação de pleno emprego, onde aqueles que buscam emprego

encontram trabalho na economia. Verifica-se para alguns ramos uma insuficiência de qualificação

profissional e carência na disponibilidade de trabalhadores. Mesmo com melhores índices, o

emprego continua a merecer atenção especial do governo, considerando-se a parcela expressiva

dos que chegam ao mercado a cada ano em busca do primeiro emprego.

A RM de Curitiba, apresenta taxas inferiores às do Brasil, decorrentes de vantagens

comparativas da economia regional.

Fontes: Brasil: www.ibge.gov.br – (Indicadores – Trabalho e rendimento – PME) – (Consulta em 09/11/2012) RM Curitiba: www.ipardes.gov.br – (Indicadores Econômicos – Mercado de Trabalho) – (Consulta em 23/11/2012)

(1) O IPARDES é o órgão responsável pelos dados do desemprego na Região Metropolitana de Curitiba.

TABELA 10 – BRASIL E CURITIBA: TAXA DE DESEMPREGO

Período

Taxa de Desemprego

Variação %

Brasil RM Curitiba (1)

2006 10,0 6,9 2007 9,3 6,2 2008 7,9 5,4 2009 8,1 5,4 2010 6,8 4,5 2011 6,0 3,7 Jun 6,2 4,1 Jul 6,0 3,7 Ago 6,0 3,8 Set 6,0 3,4 Out 5,8 3,6 Nov 5,2 3,4 Dez 4,7 3,0

2012 --- --- Jan 5,5 3,8 Fev 5,7 3,7 Mar 6,2 4,5 Abr 6,0 4,3 Mai 5,8 4,6 Jun 5,9 4,1 Jul 5,4 3,8 Ago 5,3 3,3 Set 5,4 3,2 Out 5,3 3,7

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Federação do Comércio do Paraná 3. NÍVEL DE SALÁRIO

3.1. Salário Mínimo no Brasil O salário mínimo, com correção anual definida pelo governo federal, tem a variação definida

pela inflação acumulada nos 12 meses anteriores e mais um percentual variável de produtividade. É

um valor de referência para a remuneração no país.

Os trabalhadores do comércio têm sua remuneração estabelecida a partir de uma correção

igual ao valor da inflação sobre o salário anterior mais os percentuais de itens negociados na data

base entre os sindicatos representativos das categorias de trabalhadores e de empresários do

comércio. O início da vigência do novo salário possibilita um adicional na massa de salários para os

trabalhadores e um correspondente aumento no poder de compra desses trabalhadores.

De 2005 a 2010, o percentual de reajuste foi superior à inflação dos doze meses anteriores,

representando um aumento real de salários e no poder aquisitivo da população que tem o salário

mínimo como referência de remuneração. Em 2011, o reajuste foi menor que a inflação.

Fonte: Brasil: www.mte.gov.br – (Emprego e Renda – Salário Mínimo) (Consulta em 10/01/2012)

O salário mínimo –SM, foi criado pelo Decreto-Lei nº 2162 de 01/05/1940, quando passou a

vigorar(*). O país foi dividido em 22 regiões (20 estados da época, mais território do Acre e Distrito

Federal); os estados foram divididos em sub-regiões, num total de 50 sub-regiões. Para cada sub-

região fixou-se um valor de SM, num total de 14 valores distintos para o Brasil. A relação entre maior e

menor valor em 1940 era de 2,67. A primeira tabela do SM teve vigência de três anos; em julho de

1943 houve o primeiro reajuste, seguido de outro em dezembro do mesmo ano.

Em maio de 1984 ocorreu a unificação do SM no país. A partir de 1990, apesar dos altos índices

de inflação, as políticas salariais buscaram garantir o poder de compra do SM, que apresentou

crescimento real de 10,6% entre 1990 e 1994, em relação à inflação medida pelo INPC.

A estabilização pós Plano Real, permitiu ao SM elevar ganhos reais em 28,3% de 1994 a 1999.

Os dados da evolução do SM desde 1940 permitem duas conclusões importantes: 1º) ao contrário

de manifestações frequentes de que o poder de compra do SM seria hoje muito menor que na sua

origem, os dados mostram não existir perda significativa; 2º) a estabilização dos preços a partir de

1994 permitiu a mais significativa recuperação do poder de compra do SM desde a década de 50.

(1) Foi utilizado como referência o valor de venda do US$-dólar no primeiro dia útil do mês da alteração salarial. (2) O valor da Inflação se refere ao valor acumulado do IPCA, em relação ao salário anterior .O valor no período pode diferir da inflação anual. (3) Divulgado em Diário Oficial da União de 26 de dezembro de 2011. (*) Fonte: “Salário mínimo no Brasil: evolução histórica e impactos sobre mercado de trabalho e as contas públicas”. (Site: Ministério da Fazenda, 22/03/2000.

Consulta em 27/10/2011).

TABELA 11 – BRASIL: SALÁRIO MÍNIMO

Período Valores

em R$ Variação

(%)

Equivalência

em US$

(1)

Cotação

do Dólar

Início da

Vigência

Inflação

no Período

(%) (2)

2005 300,00 15,38 119,33 2,514 1/5/2005 8,07

2006 350,00 16,67 162,49 2,154 1/4/2006 4,41

2007 380,00 8,57 187,56 2,026 1/5/2007 3,21

2008 415,00 9,21 246,88 1,681 1/3/2008 3,77

2009 465,00 12,05 198,13 2,347 1/2/2009 5,32

2010 510,00 9,68 295,82 1,724 1/1/2010 3,81

2011 545,00 6,86 327,52 1,664 1/3/2011 7,54

2012 622,00 (3) 14,13 333,05 1,867 1/1/2012 4,86

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Federação do Comércio do Paraná 3. NÍVEL DE SALÁRIO

3.2. Salário Mínimo no Paraná

O Governo do Paraná estabeleceu, a partir de 2006, salário mínimo regional para categorias

de trabalhadores que não possuam: a) piso salarial estabelecido em convenção ou acordo coletivo

de trabalho; b) piso salarial estabelecido em lei federal. Como exemplo, cabe citar: empregadas

domésticas. Os valores apresentados na Tabela 12 correspondem ao teto máximo do reajuste.

As leis estaduais dos valores do salário mínimo no Paraná são: a) Lei n.º 15.118 de 2006;

b) Lei n.º 15.486 de 2007; c) Lei n.º 15.826 de 2008; d) Lei nº 16.099 de 2009; e) Lei n.º 16.470

de 2010; f) Lei 16.807 de 2011; g) Lei 17.135 de 2012. O salário no Paraná e os percentuais de

correção utilizados a cada ano, são superiores ao valores do salário mínimo definido pelo governo

federal.

Fonte: www.casacivil.pr.gov.br – (Serviços – Legislação – Leis – Leis Ordinárias) (Consulta em 24/09/2012)

______________________________________________________________________________________________________________________

(1) Foi utilizado como referência o valor de venda do US$-Dólar no primeiro dia útil do mês da alteração salarial.

(2) O valor da Inflação se refere ao valor acumulado do IPCA, em relação ao salário anterior.

(3) Valor divulgado refere-se ao teto salarial máximo, segundo os grupos da classificação brasileira de ocupações: (IPCA acumulado de Maio a Março) I) R$ 904,20 – Técnicos de nível médio (grupo 3). II) R$ 842,60 – Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais (grupos 7 e 8). III) R$ 811,80 – Trabalhadores de serviços administrativos. Trabalhadores empregados em serviços, trabalho doméstico, vendedores do

comércio em lojas e mercados, Trabalhadores de reparação e manutenção (grupo 4,5 e 9). IV) R$ 783,20 – Trabalhadores empregados nas atividades agropecuárias, florestais e da pesca (grupo 6).

TABELA 12 – PARANÁ: SALÁRIO MÍNIMO

Período

Valores

em R$

Variação (%)

Equivalência

em US$

(1)

Cotação do

Dólar

Data de

Vigência

Inflação no

Período

(%) (2)

2005 300,00 15,38 124,79 2,514 1/5/2005 8,07

2006 437,80 45,93 190,35 2,071 1/5/2006 4,63

2007 475,20 8,54 246,35 2,026 1/5/2007 3,00

2008 548,70 15,47 336,83 1,650 1/5/2008 5,04

2009 629,65 14,75 294,66 2,137 1/5/2009 5,53

2010 765,00 21,49 441,94 1,731 1/5/2010 5,22

2011 817,78 6,89 519,59 1,574 1/5/2011 5,21

2012(3) 904,20 1,57 472,34 1,914 1/5/2012 4,48

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Federação do Comércio do Paraná 4. NÍVEL DE PREÇOS

4.1. Introdução

As oscilações e evolução dos níveis de preços constituem fatores importantes na avaliação

conjuntural de uma economia. Os órgãos encarregados dessa mensuração devem utilizar

metodologias consistentes que permitam captar adequadamente as variações nos preços. Ademais,

os itens que compõem a cesta de bens a ser pesquisada para se realizar o cálculo da inflação deve

representar os padrões de consumo das categorias de renda avaliadas.

Serão apresentados como representativos das variações de preços, dois indicadores:

1.º) IPCA: índice de preços ao consumidor ampliado, índice oficial de inflação do Brasil,

obtido pelo IBGE. Representa variações de preços de produtos e serviços consumidos por famílias

com renda até 40 salários mínimos, em diferentes regiões do País. Os índices obtidos em cada

região são agregados conforme pesos pré-determinados relacionados à importância, dimensão e

habitantes para a composição do índice nacional.

2.º) IPC: inflação da cidade de Curitiba, calculado pelo IPARDES – Instituto Paranaense de

Desenvolvimento Econômico e Social (da Secretaria de Planejamento do Estado).

4.2. Meta da Inflação

O regime de metas de inflação foi implantado em 1999. Nesse procedimento, as

autoridades monetárias: Comitê de Política Monetária-COPOM, Conselho Monetário Nacional-CMN,

Banco Central e Ministério da Fazenda – definem para o ano seguinte um valor limite para a

inflação (meta), com oscilação para cima ou para baixo de 2 (dois) pontos e, no ano de referência,

o posicionamento das autoridades visa o cumprimento da meta.

O valor da inflação definido na meta é obtido das análises do desempenho da economia no

ano anterior, das tendências do mercado externo, das oscilações da demanda agregada e das

variações de preços básicos (commodities agrícolas, petróleo, indústria extrativa mineral e

siderurgia).

(1) IPCA - Preços ao Consumidor Amplo

(2) IPC - Preços ao Consumidor

(*) Considera nove (9) regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Curitiba e Porto Alegre e mais Goiânia e o

Distrito Federal – Brasília.

TABELA 13 – ÍNDICE DE PREÇOS

Índice Entidade

Elaboradora

Período de

Coleta: dias

Base

Geográfica

Renda

Familiar

Uso

Principal

1) IPCA (1) IBGE 1 a 30

(mês civil)

11 Capitais

(*)

1 a 40 SM Inflação oficial do País

Tem ampla aplicação.

2) IPC (2) IPARDES

/Curitiba

1 a 30 Curitiba 1 a 40 SM Preços no varejo em

Curitiba

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Federação do Comércio do Paraná

4. NÍVEL DE PREÇOS

4.3. Taxa de Inflação

A inflação de outubro: 0,59%, cresceu em relação aos cinco meses anteriores e foi a

segunda maior do ano. O acumulado até outubro/2012: 4,38%, é menor que igual período de

2011: 5,43%. Em doze meses, 2012 está melhor que 2011: 5,45% contra 6,97%. Os números

disponíveis apontam a inflação de 2012 menor que 2011. Os altos índices da inflação nos primeiros

quatro meses de 2011 puxaram para cima o valor desse ano, e a queda no primeiro semestre de

2012 fazem com que o índice anualizado diminua no ano corrente, aproximando-se da meta de

inflação para este ano, estabelecida em 4,5%.

A crise mundial restringiu a economia global; as commodities subiram de preço no exterior

devido a queda na safra americana de soja e milho, com reflexos nos preços internos e na receita

de exportações. Ainda, a queda dos juros poderá aquecer a demanda. A valorização do US$ sobre o

R$ permite melhorar exportações de alguns segmentos industriais, mas os preços internos poderão

crescer considerando que os importados estarão mais caros e participam com 20% a 25% na

demanda interna.

P

Fonte: Brasil: www.ibge.gov.br - (Quadro variação dos indicadores – IPCA) (Consulta em 09/11/2012)

Curitiba: www.ipardes.gov.br – (Indicadores econômicos – Índice de preços) (Consulta em 21/11/2012)

TABELA 14 – TAXA DE INFLAÇÃO E META DE INFLAÇÃO

Período

Brasil Meta de Inflação

(%)

Curitiba IPCA

(IBGE) (%)

IPC

(IPARDES) (%)

2003 9,30 4,0 6,46 2004 7,60 5,5 10,40 2005 5,69 4,5 4,05 2006 3,14 4,5 4,82 2007 4,46 4,5 4,78 2008 5,90 4,5 4,85 2009 4,31 4,5 3,88 2010 5,91 4,5 5,09

Variação mensal

Acumulado no Ano

Acumulado 12 meses

Variação mensal

Acumulado no Ano

Acumulado 12 meses

2011 6,50 4,5 5,81

Out 0,43 5,43 6,97 0,23 4,78 6,07 Nov 0,52 5,97 6,64 0,39 5,19 5,91 Dez 0,50 6,50 6,50 0,59 5,81 5,81

2012 4,5 Jan 0,56 0,56 6,22 0,55 0,55 5,44 Fev 0,45 1,01 5,85 0,06 0,62 5,41 Mar 0,21 1,22 5,24 0,58 1,20 4,71 Abr 0,64 1,87 5,10 0,84 2,06 4,48 Mai 0,36 2,24 4,99 0,50 2,57 4,74 Jun 0,08 2,32 4,92 0,07 2,63 4,83 Jul 0,43 2,76 5,20 0,16 2,80 4,84

Ago 0,41 3,18 5,24 0,36 3,17 4,74

Set 0,57 3,77 5,28 0,80 3,99 5,25 Out 0,59 4,38 5,45 0,50 4,50 5,53

Tabela 14.A – Maiores aumentos por grupos de despesas – Brasil (Outubro)

Alimentação e Bebidas 1,36

Vestuário 1,09

Saúde 0,48

Tabela 14.B – Menores aumentos por grupos de despesas – Brasil (Outubro)

Educação 0,05

Despesas Pessoais 0,10

Transportes 0,24

Tabela 14.C – Maiores aumentos por localidades – Brasil (Outubro)

Belém 1,02

Goiânia 0,88 Salvador 0,87

Tabela 14.D – Menores aumentos por localidades – Brasil (Outubro)

Curitiba 0,39 Belo Horizonte 0,47

Rio de Janeiro 0,47

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5. TAXA DE JUROS E POUPANÇA

A taxa SELIC em novembro permaneceu igual a outubro: 7,25%; em janeiro/2012 o valor

era 10,50%. A política de redução da inflação utilizou em momentos anteriores do aumento dos

juros como estratégia. Aumentos sucessivos fizeram com que em julho-2011 a SELIC atingisse

12,50%. Em agosto daquele ano foi iniciada política de expansão da demanda e anti-recessão, com

inversão em relação a jan-jul, ante os receios de recessão global. Teve início a política de

contenção dos juros, mantida em 2012, visando blindar a economia contra recessão e não

comprometer seu desempenho.

Até julho/2011, para explicar a elevação dos juros o governo mencionava: conter demanda

e manter inflação no limite da meta: 5,91% em 2010 e 6,50% em 2011. Emprego e massa salarial

crescentes pressionavam a demanda; optou-se por elevar juros para conter consumo.

Continuando o US$ valorizado, juros em queda e importados participando em 25% do

consumo interno, haverá dificuldades para controlar a inflação. O governo optou por priorizar a

expansão da demanda, mesmo que houvesse resquício inflacionário.

O juro real (nominal menos inflação) próximo de 3,5% (anualizado), melhorou em relação

aos anos anteriores. A entrada de dólares especulativos diminuiu bastante em função do menor

juro real. O ponto de corte para a redução no rendimento da poupança, considerando as mudanças

vigentes, é a SELIC em 8,0%, o que ocorre desde julho.

Fonte: www.bc.gov.br – (Sistema de metas para a inflação – Copom) (Consulta em 23/11/2012)

Fonte: www.bc.com.br (Economia e Finanças – Séries Temporais – Acesso ao Sistema de Séries

Temporais – Mercados Financeiros e de Capitais – Aplicações Financeiras – Caderneta de Poupança

– Rentabilidade no Período) (Consulta em 26/11/2012)

(*) A rentabilidade, TR+0,5% a.m., refere-se a cadernetas com aniversário no primeiro dia do mês posterior ao assinalado (maior concentração)

TABELA 15 – VARIAÇÃO DA TAXA DE JUROS SELIC DO BANCO CENTRAL

2009 2010 2011 2012

Mês Taxa Selic (%)

Mês Taxa Selic (%)

Mês Taxa Selic (%)

Mês Taxa Selic (%)

Jan 12,75 Jan 8,75 Jan 10,75 Jan 10,50

Fev 12,75 Fev 8,75 Fev 11,25 Fev 10,50

Mar 11,25 Mar 8,75 Mar 11,75 Mar 9,75

Abr 10,25 Abr 9,50 Abr 12,00 Abr 9,00

Mai 10,25 Mai 9,50 Mai 12,00 Mai 8,50

Jun 9,25 Jun 10,25 Jun 12,25 Jun 8,50

Jul 8,75 Jul 10,75 Jul 12,50 Jul 8,00

Ago 8,75 Ago 10,75 Ago 12,00 Ago 8,00

Set 8,75 Set 10,75 Set 12,00 Set 7,50

Out 8,75 Out 10,75 Out 11,50 Out 7,25

Nov 8,75 Nov 10,75 Nov 11,00 Nov 7,25

Dez 8,75 Dez 10,75 Dez 11,00 Dez

TABELA 16 – POUPANÇA (*)

Período Rentabilidade

2011 ---

Nov 0,5648

Dez 0,5942

2012 ---

Jan 0,5868

Fev 0,5000

Mar 0,6073

Abr 0,5228

Mai 0,5470

Jun 0,5000

Jul 0,4973

Ago 0,4675

Set 0,4273

Out 0,4273

Nov 0,4134

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Federação do Comércio do Paraná

5. MERCADO DE AÇÕES

O Índice Bovespa em outubro caiu para 58.591 pontos, superando os valores do

quadrimestre maio-agosto/2012 e menor que setembro. A aparente estagnação do mercado de

ações pode ser atribuída: 1) à venda de ações pelos aplicadores do exterior e repasse do valor aos

países de origem, a fim de compensar as dificuldades econômico-financeiras vivenciadas naqueles

mercados; 2) a valorização do dólar redirecionou parte das aplicações acionárias para a moeda

americana; 3) a queda nos juros dos cartões de créditos puxou para baixo a cotação das ações de

bancos. Estes fatos estão na sequência do acirramento da crise na Europa e países do Euro nos

quais as bolsas tem funcionado na forma de espasmos que não permitem vislumbrar tendências a

médio prazo, diante das mudanças conjunturais intensas nesses países e no contexto global. Por

outro lado, a economia dos EUA apresenta algumas incertezas e a China passa por redução na

velocidade de expansão do PIB.

A economia brasileira dispõe de fundamentos econômicos consistentes que, isoladamente,

não resultariam em instabilidade na BOVESPA. Todavia, num ambiente globalizado, as oscilações

no exterior se propagam de forma rápida e encadeada, afetando o mercado acionário interno. A

elevada sensibilidade das bolsas de valores reflete tais mudanças. O não repasse pela Petrobrás

dos aumentos do petróleo importado seguram cotações de suas ações. Os indicadores brasileiros de conjuntura se demonstram estáveis, à exceção de alguns

ramos industriais exportadores, associado às limitações nas economias desenvolvidas. Investidores

externos reduziram aplicações no Brasil, optando pelos títulos do governo americano e cobertura de

déficits nos respectivos países.

Fonte: www.bovespa.com.br – (Mercado – Ações – Índices – Índice Bovespa – Estatísticas

Históricas – Evolução diária) (Consulta em 21/11/2012)

(1) Cálculo anual com base na média de cada mês. (2) Cálculo mensal realizado através da média diária do fechamento do pregão no mês.

TABELA 17 – BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO

Período

Índice

Bovespa

(Pontos) (1) (2)

Variação

Percentual

(%)

2007 53.213 39,74 2008 55.329 3,98 2009 52.748 -4,66 2010 67.275 27,54 2011 61.348 -8,77

Jul 60.508 -3,04

Ago 53.736 -11,19 Set 55.481 3,25 Out 54.515 -1,74 Nov 57.158 4,85 Dez 57.466 0,54

2012 --- ---

Jan 60.577 5,41 Fev 65.435 8,02 Mar 66.571 1,74 Abr 62.578 -6,00 Mai 57.230 -8,55 Jun 54.692 -4,43 Jul 54.511 -0,33

Ago 58.234 6,83

Set 60.047 3,11

Out 58.591 -2,42

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Federação do Comércio do Paraná 6. RISCO PAÍS

O risco-país é um indicador que mostra o grau de confiança (ou falta de confiança) dos

investidores mundiais em relação à capacidade de pagamento das dívidas de um país. Quanto

menor a possibilidade de um país honrar suas dívidas ou menor o grau de segurança proporcionado

aos investidores, maior será o risco-país (e maior a possibilidade de não honrar débitos com

credores). Quanto maior a possibilidade de não honrar compromissos, o país terá que pagar juros

mais altos para os investidores que se dispuserem a adquirir seus títulos.

Quanto maior o índice de risco-país, maior a instabilidade econômica de países emergentes.

O maior índice de risco-país do Brasil foi 2.436 pontos em setembro de 2002; o menor foi 147

pontos em julho de 2011.

Em novembro/2012 (1.º dia útil), o risco-país do Brasil foi 152 pontos, menor valor do

ano, indicando também um segundo semestre com índices melhores que os do primeiro. Apesar da

intensificação dos indicadores de crise externa nos países desenvolvidos após agosto/2011, o Brasil

dispõe atualmente de condições de credibilidade e fundamentos econômicos melhores que a

maioria dos países da Europa, que permitem um risco país não preocupante.

Fonte: www.ipeadata.gov.br (Consulta em 21/11/2012)

(*) Os valores mensais referem-se ao primeiro dia útil do mês.

TABELA 18 – RISCO PAÍS

Período

Risco País (*)

(pontos)

Variação

(%)

2008 281 54,4 2009 306 8,89 2010 204 -33,33 2011 --- --- Nov 231 -19,23 Dez 216 -6,49

2012 --- --- Jan 223 3,24 Fev 216 -3,14 Mar 190 -12,04 Abr 177 -6,84 Mai 181 2,26 Jun 249 37,57 Jul 213 -14,46 Ago 175 -17,84 Set 180 2,86 Out 162 -10,00 Nov 152 -6,17

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Federação do Comércio do Paraná

8. VARIAÇÃO DO DÓLAR

O dólar em novembro foi cotado em R$ 2,0306 no 1.º dia útil. Em julho-agosto de 2012 o Banco

Central interveio no mercado comprando dólares para evitar que caísse abaixo de R$ 2,00. Os

valores verificados representam alta de 20% em relação à média do período abril-setembro de

2011. Os sólidos indicadores da economia brasileira que atraíam divisas e investimentos do

exterior, em especial quando comparado ao desempenho de países da Europa, foram contaminados

pela crise nos países do Euro, o que resultou em valorização do dólar, dado a maior procura. A

grande saída de dólares para o exterior reduziu a disponibilidade interna, elevando sua cotação. Há

possibilidade de estabilização do dólar nos próximos meses em torno de R$ 2,00, desde que a crise

europeia não se intensifique. As empresas brasileiras com dívidas em US$, tiveram crescimento da

mesma em R$, pois a conversão exige mais moeda nacional. O Banco Central realizou após

outubro/2011 algumas intervenções no mercado de divisas vendendo dólares, a fim de conter sua

valorização e segurar a desvalorização do R$-real.

A cotação do US$ a partir de outubro/2011 não favoreceu as importações brasileiras como

no primeiro semestre de 2011; beneficia os exportadores, considerando a desvalorização do Real.

O benefício aos exportadores deve ser visto num contexto onde os países da Euro, EUA e Argentina

passam por dificuldades que limitam suas importações. O dólar valorizado pressiona preços

internos, dado a presença de 25% (aproximadamente) de importados (insumos e bens finais) na

demanda interna. A valorização do dólar está ocorrendo em diversas economias. No 1.º semestre

de 2011, quando a queda do US$ prevalecia, o governo brasileiro adotou providencias para conter

a entrada de divisas e proteger exportadores. Agora, a situação é totalmente inversa.

Fonte: www.bc.gov.br – (Câmbio e Capitais Internacionais – Taxas de câmbio – Cotações e boletins) (Consulta em 21/11/2012)

(*) Cotações com base no valor de compra do dólar no primeiro dia útil do mês, conforme Banco Central.

TABELA 19 – VARIAÇÃO DO DÓLAR (*)

Período

2009 (R$)

2010 (R$)

2011 (R$)

2012 (R$)

Jan 2,3290 1,7232 1,6502 1,8676

Fev 2,3475 1,8765 1,6604 1,7370

Mar 2,4113 1,7992 1,6640 1,7146

Abr 2,2891 1,7693 1,6186 1,8308

Mai 2,1361 1,7307 1,5739 1,9143

Jun 1,9432 1,8247 1,5870 2,0344

Jul 1,9334 1,7998 1,5591 1,9887

Ago 1,8361 1,7481 1,5543 2,0426

Set 1,8821 1,7433 1,6032 2,0329

Out 1,7786 1,6804 1,8804 2,0254

Nov 1,7580 1,7036 1,7499 2,0306

Dez 1,7285 1,7044 1,7922

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II. A T I V I D A D E E M P R E S A R I A L

Federação do Comércio do Paraná

9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ

9.1. Desempenho em Setembro de 2012

1. Introdução

O varejo do Paraná em setembro caiu 4,27% nas vendas em comparação com agosto. A explicação é a

ausência de uma data comemorativa importante para vendas como o dia dos pais. Os outros dois

indicadores da pesquisa da Fecomércio-PR foram positivos: comparado ao mesmo mês do ano anterior

cresceu 4,01%; no acumulado do ano aumentou 4,65%. O calendário de setembro apresentou

deslocamento de moradores em função do feriado do dia 7, fato que pode ter contribuído para aquecer

vendas em outras cidades. Em agosto ocorreu o dia dos pais como data comemorativa concentradora de

vendas, enquanto setembro não teve nenhuma data semelhante.

O mês de setembro teve 24 dias úteis; em Curitiba foram 23, considerando a data do padroeiro do

município, dia 8. Enquanto isso, agosto teve 27 dias úteis e também o dia dos pais . O número de dias úteis

é uma referência para as vendas do mês, dado a abertura do comércio. Cabe esclarecer que a Pesquisa da

FECOMERCIO-PR não avalia o desempenho de hotéis, restaurantes, turismo e prestação de serviços.

Enquanto o 1.º semestre apresentava queda na velocidade de crescimento do varejo, os dados de julho

e agosto sinalizam inversão da tendência, tendo como motivadores principais a redução do IPI sobre:

veículos automotores, móveis e mobiliário, linha branca e materiais de construção.

Em alguns ramos do varejo e/ou cidades, as vendas caíram, devido a combinação de variáveis que

restringiram a demanda: esgotamento da capacidade de endividamento de muitos consumidores; alta do

dólar sobre o real gerando elevação dos preços de importados; maior rigor na concessão de créditos. O

governo procurou reduzir as limitações sobre a economia adotando políticas fiscais e monetárias voltadas ao

aquecimento: redução nos juros e nas alíquotas tributárias de impostos sobre produtos específicos

industriais. A recuperação da demanda interna é objetivo priorizado no conjunto nas políticas de

aquecimento adotadas, incluindo-se o financiamento para o agricultor e novas linhas de crédito para a

indústria. A crise econômica global afeta de forma ainda tênue o comércio interno estadual, mas gera

restrições sobre as exportações industriais. A combinação de recentes providências voltadas à queda nos

juros, redução do “spread” bancário e alterações na poupança, podem resultar em adicional nas vendas.

Também importante é a liberação antecipada dos lotes de restituição do imposto de renda e de 50% do 13.º

dos aposentados pelo INSS.

2. CAUSAS PRINCIPAIS DO DESEMPENHO

2.1 Os fatores contributivos principais para expansão de vendas em 2012 são:

a) Aumento do salário mínimo nacional e regional;

b) Mercado de trabalho aquecido, em especial para mão-de-obra qualificada;

c) Elevação da média de remuneração em alguns segmentos;

d) Expansão da massa de salários, estimulando a demanda agregada;

e) Manutenção do financiamento habitacional;

f) Ascensão das classes D e E, de elevada propensão a consumir e ampliação da classe C.

2.2 Como fatores restritivos das vendas do comércio podem ser mencionados:

a) inadimplência cresceu;

b) comprometimento da renda e endividamento dos consumidores;

c) maiores exigências para a concessão de crédito;

d) queda na indústria exportadora;

e) restrições burocráticas e tributárias que comprometem a competitividade.

A desvalorização cambial do R$ pode incrementar exportações (e conter importações), melhorando a

balança comercial, desde que as economias do Euro se recuperem e os EUA e China elevem seu

desempenho. Importante para o comércio é a queda dos juros do Banco Central, referência para as demais

taxas de mercado, inclusive no aspecto psicológico. A desvalorização cambial pode elevar preços internos. O

clima de julho elevou preços agrícolas e a queda da soja dos EUA estimula o produtor brasileiro.

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Federação do Comércio do Paraná

3. NÚMEROS

Uma síntese das vendas de setembro consta a seguir.

Fonte: Pesquisa do Comércio Varejista da Fecomércio-PR

4. DESTAQUES NO PARANÁ EM SETEMBRO DE 2012:

4.1 Maiores crescimentos percentuais de vendas (faturamento) no Paraná:

Sobre Mês Anterior (%) Sobre mesmo mês de 2011 (%)

Acumulado Do Ano (Jan-Set) (%)

1. Farmácias e Perfumarias 3,37 1. Supermercados 10,77 1. Móveis, Decorações e Utilidades Domésticas 10,04

2. Autopeças e Acessórios 3,08 2. Móveis, Decorações e Utilidades Domésticas

7,70 2. Materiais de Construção 9,51

3. Materiais de Construção -0,08 3. Autopeças e Acessórios 6,91 3. Livrarias e Papelarias 7,13 4. Vestuário -0,97 4. Óticas 5,75 4. Óticas 7,13 5. Supermercados -1,15 5. Vestuário 5,60 5. Autopeças e Acessórios 6,27

4.2 Menores crescimentos percentuais de vendas (faturamento) no Paraná: Sobre Mês Anterior (%) Sobre mesmo mês

de 2011 (%) Acumulado Do Ano

(Jan-Set) (%) 1. Concessionárias de Veículos -13,09 1. Concessionárias de Veículos -7,52 1. Combustíveis e Lubrificantes -5,75 2. Móveis, Decorações e Utilidades Domésticas

-9,64 2. Tecidos 1,32 2. Tecidos -0,90

3. Óticas -7,09 3. Calçados 1,90 3. Lojas de Departamentos 1,52 4. Lojas de Departamentos -5,02 4. Farmácias e Perfumarias 2,25 4. Vestuário 1,61 5. Combustíveis e Lubrificantes -4,08 5. Cine-Foto-Som 2,66 5. Cine-Foto-Som 3,72

4.3 Polos pesquisados e Ramos de maior e menor crescimento em 2012 (acumulado jan-set/2012):

5. ASPECTOS IMPORTANTES DO DESEMPENHO POR RAMO DO VAREJO:

5.1 Lojas de departamentos: não cresceu o esperado no ano. Oferecem amplo leque de

produtos, muitos dos quais típicos de outros ramos, o que favorece vendas, pela concentração de

opções. Tem grande poder de negociação com fornecedores. Há concorrência acirrada no

segmento. Enfrentam a concorrência de ramos do comércio que vendem produtos semelhantes: a)

supermercados e hipermercados; b) móveis e decorações; c) calçados; e d) vestuário.

5.2 Concessionárias de veículos: tem o incentivo do IPI reduzido no período. O desempenho

no interior do Estado é melhor que na RM de Curitiba. As promoções de lojas e montadoras

ajudaram no desempenho. As exigências bancárias para financiamento aumentaram, devido a

necessidade de conter a inadimplência. A crise externa restringiu exportações da indústria de

veículos.

TABELA 20 – VARIAÇÃO DAS VENDAS EM SETEMBRO DE 2012

Variação das Vendas: Agosto-2012 em relação a

RM de Curitiba

(%)

Londrina

(%)

Maringá

(%)

Oeste

(%)

Foz do Iguaçu

(%)

Ponta Grossa

(%)

PARANÁ

(%) 1. Mês anterior -3,00 -13,45 1,28 -3,33 -10,77 -8,53 -4,27 2. Mesmo mês ano anterior 4,67 1,83 2,62 2,49 1,45 0,69 4,01 3. Acumuladas no ano 2,75 9,92 9,25 12,38 8,86 3,93 4,75

RM de Curitiba (%)

Londrina (%)

Maringá (%)

Oeste (%) Foz do Iguaçu (%)

Ponta Grossa (%)

Maior

crescimento

Calçados

8,28

Móveis, Decorações e

Utilidades Domésticas

23,94

Materiais de Construção

19,19

Materiais de Construção

25,95

Móveis, Decorações e

Utilidades Domésticas

22,14

Óticas

21,04

Menor

crescimento

Combustíveis e Lubrificantes

-10,10

Tecidos

-5,93

Supermercados

-0,28

Ótica

-10,89

Cine-Foto-Som

-0,30

Vestuário

-12,45

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Federação do Comércio do Paraná

9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ

5.3 Móveis, decorações e utilidades domésticas: desempenho positivo mantido, com

crescimento acima de 10% em janeiro-setembro, aquecido pela ocupação de imóveis

novos, queda do IPI e financiamento facilitado.

5.4 Supermercados e hipermercados: tem crescimento relacionado à elevação de renda

das classes D e E, e à melhoria do padrão de consumo da classe C. A região Oeste

(Cascavel, Toledo e Mal. Candido Rondon) teve o maior crescimento.

5.5 Combustíveis e lubrificantes: Este ramo inclui também gás veicular e gás de cozinha. O

produto de maior venda é gasolina. O etanol não tem preço competitivo pois teve que

enfrentar a opção das usinas pela produção de açúcar com preço melhor. A necessidade da

Petrobras reduzir prejuízos, gera expectativa de aumento no preço da gasolina para início

de 2013, a fim de evitar reflexos inflacionários no ano corrente. O desempenho desse ramo

está associado à dinâmica da economia, ao adicional (ou retirada) de carros em circulação e

intensidade de utilização. A qualidade do transporte público nos centros urbanos não

consegue conter o uso de carros, apesar do custo de manutenção elevado dos mesmos,

com impacto maior sobre os segmentos de menor renda. Como eixo rodoviário, Ponta

Grossa tem excelente crescimento nesse ramo.

5.6 Farmácias e perfumarias: os genéricos demonstram crescente participação nas vendas;

a guerra de preços das grandes redes estimula vendas e prejudica pequenas redes e

farmácias isoladas.

5.7 Autopeças e acessórios: vendas crescentes em 2012, com interior melhor que RM de

Curitiba. Peças importadas podem encarecer com o dólar valorizado. Em janeiro-setembro

cresceu 6,27%.

5.8 Óticas e Cine-foto-som: ramos incentivados por inovações tecnológicas e designs que

estimulam o consumidor. O dólar valorizado não prejudicou ainda as vendas. São ramos

que trabalham com grande percentual de importados, mas enfrentam a concorrência de

produtos que entram ilegalmente.

5.9 Livrarias e papelarias: tem desempenho sazonal concentrado no início do semestre

escolar. Vem diversificando e ampliando as prateleiras, com venda crescente de

informática, material de escritório, dvd’s, blue-rays e brinquedos.

5.10 Calçados: vendas com bom crescimento no ano. Sofre a concorrência dos ramos de lojas

de departamentos, vestuário e supermercados, que ofertam os mesmos produtos.

5.11 Vestuário: desempenho tímido no ano, não refletindo a mudança de estação, mesmo

com novos modelos, designs, etc. Pode ser a opção do consumidor por um

redimensionamento dos gastos dos consumidores ou a regularização de dívidas.

5.12 Materiais de construção: mantém o ritmo de crescimento, estimulado por queda nos

juros, redução tributária em itens específicos, financiamento e melhoria na renda.

5.13 Tecidos: vendas no ano com pequeno decréscimo em relação ao mesmo período de

2011.Suas vendas se relacionam ao desempenho de habitações novas e reformas, melhoria

de renda e o grande número de imóveis comerciais. Expandiu opções de oferta: cortinas,

carpetes, cama-mesa-banho, sofás, papéis de parede, novos padrões, etc. Atua com

promoções nos preços.

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Federação do Comércio do Paraná 6. CONCLUSÃO

As vendas em setembro apresentam reduções típicas de um período sem uma data comemorativa

concentradora de venda, tal como o dia dos pais, em agosto. Em setembro houve queda nas concessionárias de

veículos comparado a agosto, apesar da vigência do IPI reduzido programado então até outubro (ao final de

outubro, o IPI reduzido foi estendido até dezembro).

No acumulado do ano as vendas contaram com os estímulos das políticas fiscais e monetárias expansivas do

governo federal. A opção optou por incentivar o consumo, requereu políticas de aquecimento e de aumento do PIB,

consideradas mais prioritárias que as políticas restritivas de controle inflacionário. A manutenção d As políticas de

incentivo à economia serão mantidas para o restante do ano, e deverão incentivar a economia, dentro dos limites

possíveis.

Afora investimentos do PAC e Copa de 2014, também atuam como fatores positivos: emprego estável,

remuneração média crescente, maior massa de salários, financiamento habitacional e maior consumo das famílias

(classes C, D e E). O elevado endividamento do cidadão incentiva a inadimplência e reduz a margem para novas

compras. Empresários do comércio se dispõem a renegociar com inadimplentes. Uma possibilidade nesse momento é

que alguns consumidores se antecipem em gastar por conta dos reajustes futuros de salários ou mesmo o 13.º.

Enquanto o governo federal prioriza políticas econômicas conjunturais de curto prazo, identifica-se carência

de políticas estruturais de médio e longo prazo, importantes na sustentação do desenvolvimento. Os governos locais

e estaduais demonstram pouca influencia na expansão d o consumo e da demanda agregada. O que se apresenta

como um testemunho da importância das políticas econômicas do governo federal no desempenho dos Estados.

Fonte: Pesquisa do Comércio Varejista da Fecomércio-Pr

Fonte: Pesquisa do Comércio Varejista da Fecomércio-PR

Fonte: Pesquisa do Comércio Varejista da Fecomércio

TABELA 21 – VENDAS EM SETEMBRO DE 2012 COMPARADAS AO MÊS ANTERIOR (AGOSTO DE 2012)

Ramos de Atividade

Mais Representativos do Comércio

RM de

Curitiba

(%)

Londrina

(%)

Maringá

(%)

Oeste

(%)

Foz do

Iguaçu

(%)

Ponta

Grossa

(%)

1. Concessionárias de Veículos -13,78 -1,07 -15,43 -9,76 -27,71 -1,00 2. Móveis, Decorações e Utilidades

Domésticas -3,54 -30,01 1,89 -1,52 -31,10 -10,39

3. Autopeças e Acessórios 8,45 -11,56 -4,00 -4,38 -2,18 -6,35 4. Materiais de Construção -0,46 -5,59 10,17 2,24 3,37 -15,97 5. Lojas de Departamentos -6,18 5,97 0,55 6. Supermercados -1,26 -1,09 2,01 -4,15 0,95 2,45

TABELA 22 – VENDAS EM SETEMBRO DE 2012 COMPARADAS AO MESMO MÊS DO ANO ANTERIOR (SETEMBRO DE 2011)

Ramos de Atividade

Mais Representativos do Comércio

RM de

Curitiba

(%)

Londrina

(%)

Maringá

(%)

Oeste

(%)

Foz do

Iguaçu

(%)

Ponta

Grossa

(%)

1. Concessionárias de Veículos -9,12 2,68 7,35 -3,62 -6,93 6,49 2. Móveis, Decorações e Utilidades

Domésticas 6,64 10,87 9,27 10,43 12,66 11,18

3. Autopeças e Acessórios 10,63 -2,05 -0,15 1,82 0,13 -0,95 4. Materiais de Construção 6,30 -5,89 -5,28 4,85 -1,23 -5,15 5. Lojas de Departamentos 3,68 17,17 13,87 6. Supermercados 12,51 1,88 1,81 3,78 -0,81 -4,49

TABELA 23 – VENDAS ACUMULADAS NO ANO DE 2012 (Jan-Set) COMPARADAS A (Jan-Set) DE 2011

Ramos de Atividade

Mais Representativos do Comércio

RM de

Curitiba

(%)

Londrina

(%)

Maringá

(%)

Oeste

(%)

Foz do

Iguaçu

(%)

Ponta

Grossa

(%)

1. Concessionárias de Veículos 4,97 12,03 18,56 7,32 3,52 20,52 2. Móveis, Decorações e Utilidades Domésticas

5,57 23,94 12,69 19,03 22,14 6,15

3. Autopeças e Acessórios 4,19 12,90 5,54 14,37 7,36 -6,85 4. Materiais de Construção 6,79 9,27 19,19 25,95 13,45 -7,38 5. Lojas de Departamentos -0,21 17,11 13,08 6. Supermercados 5,13 -1,71 -0,28 11,97 4,03 -7,04

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Federação do Comércio do Paraná 9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ

Fonte: Pesquisa Conjuntural do Comercio da Fecomércio-PR

(Consulta em 08/11/2012)

TABELA 24 – VENDAS NOS PÓLOS DE COMÉRCIO PESQUISADOS PELA FECOMÉRCIO-PR (Variação em Relação ao Mês Anterior)

Período

RM de

Curitiba

(%)

Londrina

(%)

Maringá

(%)

Oeste

(%)

Foz do

Iguaçu

(%)

Ponta

Grossa

(%)

PARANÁ

(%)

2011 Jun -6,36 -4,27 1,20 -1,05 -2,34 -0,68 -4,15 Jul 3,82 3,96 2,68 2,37 1,83 2,57 3,38 Ago 1,41 3,72 0,83 4,09 3,30 4,24 2,22 Set -1,61 -1,26 0,85 -1,43 -4,38 0,21 -1,34 Out -1,43 -0,39 -0,28 -0,31 2,90 0,37 -0,69 Nov 3,79 7,51 2,28 5,32 3,00 0,30 4,29 Dez 17,16 10,42 17,04 12,19 11,47 16,44 15,00

2012 Jan 23,71 -11,72 -11,01 -9,90 -11,36 -18,87 -17,62 Fev -6,14 -5,83 -2,40 -4,02 -5,42 -5,60 -5,24 Mar 13,60 8,76 4,72 6,06 7,80 11,86 10,07 Abr -7,85 -2,39 -2,49 -3,50 -4,31 -9,02 -5,39 Mai -2,08 8,77 7,94 10,47 9,59 2,41 3,31 Jun -0,59 -4,12 0,15 0,85 -4,81 -6,49 -1,04 Jul 7,74 8,75 1,23 4,60 4,94 6,63 7,23 Ago 3,3 5,16 2,65 1,34 3,42 16,1 3,49 Set -3,00 -13,45 1,28 -3,33 -10,77 -8,53 -4,27

(Variação Acumulada no Ano)

Jan – Dez/11 Sobre

Jan – Dez/10 3,37 11,07 12,70 12,73 11,91 2,58 7,22

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Federação do Comércio do Paraná 10. ABERTURA DE EMPRESAS NO PARANÁ

Após o mês de maior abertura de empresas no Paraná em 2012, que foi agosto, os

números de setembro caíram fazendo com que o mês fosse um dos dois menores do ano. Em

janeiro- setembro/ 2012, a quantidade de empresas abertas no Paraná foi menor que o verificado

em igual período do ano anterior em quase 4.000 empresas. A contenção no corrente ano indica

dificuldades específicas de curto prazo. No entanto, as políticas econômicas recentes do governo

voltadas ao aquecimento da economia, visam alterar esse perfil no restante do ano, não se

podendo tomar a tendência de 2012 como indicativo do comportamento ao longo do ano. Ademais,

normalmente, o 2.º semestre para o comércio é mais aquecido que o 1.º. Em 2011, foram abertas

no Paraná 56.325 empresas, número superior aos cinco anos anteriores, que demonstra a

existência de expectativas positivas dos empresários e do sistema produtivo quanto ao

desempenho da economia brasileira e também quanto a superação dos problemas associados às

crises econômicas. A maior parte dessas empresas são micros e pequenas.

Como fatores recentes de estímulo aos novos empreendimentos, cabe destacar: políticas de

aquecimento como queda nos juros; redução no IPI para diversas linhas de produção, inclusive

automotiva; linhas de financiamento novas; redução do spread; obras públicas do PAC e Copa

2014; expectativa de bom desempenho futuro e o dinamismo próprio de comércio e serviços. Muito

importante nesse contexto é a elevação do emprego e da massa de salários, associado ao

desempenho positivo da renda e do produto. A ascensão da renda das classes D e E vem

estimulando um adicional de demanda que se revela importante para o comercio varejista.

Fonte: www.jucepar.pr.gov.br – (Relatório estatístico – Novas empresas) (Consulta em 10/10/2012)

(1) Empresário corresponde a antiga firma individual (sem sócios)

(2) Sociedade Empresária relaciona-se a um grupo empresarial.

TABELA 25 – ABERTURA DE EMPRESAS NO PARANÁ (Conforme Natureza Jurídica)

Período

Empresário (1)

EIRELI Soc. Empresária (2) S/A Cooperativa Outros TOTAL

2006 16.569 0 26.459 840 148 42 44.058 2007 17.888 0 29.033 610 150 35 47.716 2008 18.904 0 33.002 956 170 55 53.087 2009 21.672 0 33.327 776 202 46 56.023 2010 20.843 0 32.988 752 280 91 54.954 2011 21.927 0 33.074 1.049 195 80 56.325 Mai 2.023 0 3.098 72 12 2 5.207 Jun 1.847 0 2.978 83 21 10 4.939 Jul 1.838 0 2.997 224 16 7 5.082 Ago 2.142 0 3.296 75 21 4 5.538 Set 1.993 0 2.748 141 23 8 4.913 Out 1.786 0 2.565 63 18 3 4.435 Nov 1.609 0 2.482 79 18 8 4.196 Dez 1.320 0 2.094 96 24 22 3.556

2012 15.269 1766 22.347 725 146 120 40.341 Jan 1.465 32 1.978 49 18 4 3.514 Fev 1.687 164 2.476 76 18 6 4.427 Mar 1.908 234 2.761 47 13 24 4.987 Abr 1.491 193 2.329 162 17 11 4.203 Mai 1.982 212 2.660 71 15 17 4.957 Jun 1.651 208 2.429 51 19 24 4.382 Jul 1.847 212 2.724 50 19 22 4.874 Ago 1.764 271 2.856 123 13 7 5.034 Set 1.474 240 2.134 96 14 5 3.963

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Federação do Comércio do Paraná

11. FALÊNCIAS DECRETADAS NO BRASIL

O índice de falências em outubro foi 76, mostrando um aumento em relação a setembro (foi

54) e sendo o 2.º maior do ano. Como é um índice nacional, ele demonstra as heterogeneidades

regionais ou setoriais afetando o desempenho de empresas, ao longo do tempo. Pode ser também

um indicativo da necessidade de políticas específicas voltadas às diversidades encontradas no

extenso espaço da economia brasileira. As políticas econômicas recentes de incentivo como: queda

nos juros; redução no IPI para diversas linhas de produção, novas linhas de financiamento

incentivadas; redução do spread; permitem a expectativa de redução das falências no 2.º semestre

e, muito importante, menor inadimplência. A destacar nesse contexto a elevação do emprego e da

massa de salários, o desempenho positivo da renda, ascensão das classes D e E e expansão da

classe C.

As falências e concordatas crescentes verificadas após março/2012 podem ser atribuídas à

maior inadimplência dos consumidores, queda na demanda externa que afetou exportações e

dificuldades em reduzir custos (existe o “custo Brasil”) e melhorar competitividade. Alguns ramos

produtivos adicionam aos preços finais a valorização do dólar. O aumento da inadimplência do

consumidor (índice SERASA) em mar-jun/2012 pode ter alguma responsabilidade na elevação de

falências em igual período desse ano.

Em 2011, o índice de falências de setembro foi o maior desse ano: 82. No 1.º semestre de

2011, houve redução do índice de empresas em processo de falência ou concordata na comparação

a igual período de 2010, que surgiu na sequência do bom desempenho da economia no 1.º

semestre. No entanto, os números de falências crescentes no 3.º tri/2011, refletem dificuldades

econômicas externas, com impactos restritivos na economia local. O último trimestre de 2011 teve

redução de falências, devido o número maior de reajustes salariais em comparação com o primeiro

semestre, entrada do 13º salário - utilizado em parte para regularizar dívidas e elevar a demanda

no final do ano, com impactos positivos sobre o faturamento empresarial, além das políticas de

aquecimento do segundo semestre.

Fonte: www.serasa.com.br – (Empresas – Índices econômicos – Falências) (Consulta em 21/11/2012)

TABELA 26 – FALÊNCIAS NO BRASIL

Período Índice

2009 76 2010 61 2011 53

Jul 64 Ago 65 Set 82 Out 40 Nov 38 Dez 38

2012 --- Jan 33 Fev 45 Mar 70 Abr 64 Mai 66 Jun 63 Jul 41 Ago 80 Set 54 Out 76

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Federação do Comércio do Paraná 12. CRÉDITO: DEMANDA E INADIMPLÊNCIA

12.1. Demanda de Crédito Houve aumento na demanda de crédito pelo consumidor em outubro: 131,6. Foi menor no Sul e

maior no Sudeste e Nordeste. A grande elevação em relação a setembro pode ser entendida pelo início de compras para o Natal e financiamento de veículos porque outubro seria o ultimo mês do IPI reduzido (posteriormente prorrogado até dezembro). As políticas de aquecimento da demanda, que estimulam o consumidor a assumir novos créditos, mesmo comprometendo a quitação de débitos anteriores, estão mantidas. Nessas situações acabam ultrapassando os limites de segurança de endividamento em relação à renda. O que se verifica é o governo implementando políticas de incentivo às compras. A ascensão de renda das classes D e E mais a ampliação da classe C, permitem a uma faixa maior de consumidores assumir financiamentos, que poderiam ser associados à confiança na manutenção do emprego, poder aquisitivo e capacidade de pagamento. O consumidor deve atentar mais às suas dívidas, para evitar impossibilidade de quitação. Associado à queda dos juros, o crédito é fator importante no estímulo às vendas, e o lojista sempre se dispõe a renegociar com o consumidor.

TABELA 27 – INDICADOR SERASA EXPERIAN DE DEMANDA DO CONSUMIDOR POR CRÉDITO (MÉDIA DE 2008 = 100)

Região Renda Pessoal Mensal

Ano:

2011/2012 CO N NE S SE até R$ 500

R$ 500 a R$

1.000

R$ 1.000 a

R$ 2.000

R$ 2.000 a

R$ 5.000

R$ 5.000 a R$

10.000

mais de R$

10.000 Total

Out/11 121,4 111,1 118,1 115,9 118,1 155,1 116,0 109,9 131,9 131,7 131,7 117,6

Nov/11 117,7 108,4 120,1 112,4 115,6 155,4 113,9 107,5 116,8 129,3 131,9 115,6

Dez/11 125,0 115,5 119,2 109,1 125,5 164,4 120,5 112,1 119,9 130,9 128,8 120,9

Jan/12 116,3 109,2 116,2 102,5 111,7 149,5 109,6 103,4 111,3 122,6 121,4 111,0

Fev/12 107,5 104,3 107,3 93,0 101,2 136,3 99,8 94,6 102,0 112,7 112,2 101,3

Mar/12 125,5 120,3 128,7 118,5 120,3 162,4 119,2 114,2 123,4 136,3 134,6 121,8

Abr/12 113,9 113,2 117,8 100,8 106,4 147,7 106,4 100,7 108,2 119,3 118,8 108,1

Mai/12 124,6 125,5 132,2 117,2 122,3 171,7 122,4 114,1 121,7 133,3 133,4 123,3

Jun/12 121,2 130,1 130,2 114,8 119,0 164,0 120,7 112,0 118,9 129,7 130,3 120,75

Jul/12 131,8 135,1 141,5 125,0 128,2 177,0 130,3 121,2 128,0 138,4 138,7 130,4

Ago/12 137,3 140,3 148,9 129,0 130,8 184,9 134,2 124,6 131,5 142,8 144,1 134,4

Set/12 114,3 118,5 122,7 110,3 108,8 154,7 112,2 103,8 110,1 119,7 120,4 112,2

Out/12 116,3 127,4 142,6 112,7 138,0 180,0 131,7 122,7 127,2 138,0 136,0 131,6 Fonte: www.serasa.com.br – (Índices Econômicos – Demanda do Consumidor por Crédito) (Consulta em 21/11/2012)

12.2. Inadimplência É considerado inadimplente o comprador que atrasa seu pagamento em mais de 90 dias. A

inadimplência em outubro foi a maior do ano: 156,3. De maio a outubro, o índice tem superado a média de 150 pontos, enquanto de janeiro a abril ficou ao redor de 130 pontos. O crescimento que se verifica desde maio/2012 é, em grande parte, influenciado pelo crédito concedido em veículos, produto cujo uso impõe uma extensa gama de custos adicionais paralelos concomitantes. O índice mostra que a expansão das dívidas pelo consumidor, no uso intenso dos financiamentos, não foi bem planejado; fatos novos surgiram no período, impedindo ou adiando a regularização. O alto índice de maio a outubro mostra um consumidor que assumiu muitos financiamentos simultâneos, esgotando sua capacidade de pagamento, com os múltiplos compromissos. O que se verifica agora resulta das imprevisões. Os números atuais levam as empresas a adotarem cuidados extras nas vendas a prazo e concessão de crédito. Importante neste contexto é a queda de juros bancários e possibilidade de renegociação das dívidas.

TABELA 28 – INDICADOR SERASA EXPERIAN DE INADIMPLÊNCIA – PESSOA FÍSICA – SEM AJUSTE SAZONAL (MÉDIA DE 2009 = 100)

Ano: 2011/2012 PEFIN (1) REFIN (2) Protestos CCF (3) Geral

Out/11 188,3 130,1 79,0 68,6 135,6

Nov/11 190,0 130,8 88,8 75,8 138,2

Dez/11 187,7 128,1 78,6 69,5 134,7

Jan/12 194,3 125,1 91,9 63,9 134,2

Fev/12 197,4 123,2 75,4 60,8 133,0

Mar/12 211,1 123,4 93,8 71,8 139,6

Abr/12 229,7 128,8 81,0 66,5 146,2

Mai/12 250,3 132,8 92,9 72,6 155,3

Jun/12 263,5 130,0 82,0 61,1 154,6

Jul/12 261,3 124,9 85,9 65,9 152,3

Ago/12 265,2 123,2 85,2 64,0 151,9

Set/12 259,8 124,9 60,8 54,4 149,0

Out/12 265,51 129,28 92,33 65,08 156,36 Fonte: www.serasa.com.br – (Índices Econômicos – Inadimplência do Consumidor) (Consulta em 21/11/2012)

(1) Fluxo mensal de anotações de dívidas em atraso junto às financeiras, cartões de crédito e empresas não financeiras. (2) Fluxo mensal de anotações de dívidas em atraso junto aos bancos. (3) Fluxo mensal de cheques devolvidos por insuficiência de fundos (2ª. devolução)

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Federação do Comércio do Paraná

13. NÍVEL DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE PRODUTIVA INSTALADA (NUCI) NA INDÚSTRIA

O NUCI de outubro cresceu, foi para 85,4 o maior do ano, indicando aumento na utilização

da capacidade produtiva da indústria de transformação, num ano em que esse ramo apresenta um

desempenho menor, devido as restrições internas das economia dos países do Euro, o bloqueio da

Argentina aos produtos da indústria brasileira e também o processo de recuperação vigente na

economia americana. O índice de outubro demonstra uma consequente redução da ociosidade. Há

grande possibilidade de continuidade dessa tendência, considerando a melhoria de desempenho da

indústria considerando o aquecimento do final de ano. As providencias do governo com políticas

voltadas ao aquecimento industrial, começaram a produzir os primeiros efeitos, mas a expectativa

é que sejam ampliados. Os ramos: automobilístico, linha branca e móveis, apresentam os melhores

resultados. A demanda externa de países desenvolvidos está retraída e a China diminuiu a

velocidade de crescimento da sua economia. As políticas complementares de aquecimento adotadas

devem melhorar os resultados da indústria no 1.º semestre de 2012 elevar o NUCI e,

principalmente, garantir emprego e renda. A par disso, merece ser destacado as primeiras

manifestações positivas de segmentos da indústria brasileira apontando melhoras na demanda

agregada no final do ano. A indústria exportadora tem condições de elevar as vendas, em função

da valorização do dólar, e considerando o encaminhamento de soluções para a crise externa,

Fonte: www.ipeadata.gov.br – (Macroeconômico – Temas – Produção) (Consulta em 21/11/2012)

(*) Cálculo anual com base na média mensal do período.

TABELA 29 – NUCI NO SETOR INDUSTRIAL BRASILEIRO (*) Período NUCI (%) Ociosidade (%)

2005 83,5 16,5 2006 83,3 16,7 2007 85,1 14,9 2008 85,2 14,8 2009 80,2 19,8 2010 84,7 15,3 2011 84,0 16,0 Out 84,7 15,3 Nov 84,5 15,5 Dez 84,1 15,9

2012 --- --- Jan 82,1 17,9 Fev 82,9 17,1 Mar 83,0 17,0 Abr 83,5 16,5 Mai 83,7 16,3 Jun 83,6 16,4 Jul 83,6 16,4 Ago 84,4 15,6 Set 84,9 15,1 Out 85,4 14,6

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III. S E T O R P Ú B L I C O

Federação do Comércio do Paraná

14. ARRECADAÇÃO DO GOVERNO A receita do governo federal de janeiro a outubro de 2012 é inferior à do mesmo período de

2011. Em parte, isto é reflexo das reduções tributárias concedidas pelo governo no ano visando

aquecer a economia. Outra parte é a crise econômica no exterior que restringiu a velocidade de

crescimento da indústria de transformação do país e afetou as exportações.

A arrecadação do setor público, sobre pessoas físicas e jurídicas, se dá nos três níveis de

governo: Federal, Estadual e Municipal. É utilizada para financiamento e viabilização de programas

e políticas governamentais e para o custeio da máquina pública. A arrecadação é feita na forma de:

a) impostos; b) taxas; c) contribuições; d) transferências; e) aluguéis; f) previdência social (1); g)

outras receitas: multas, vendas de imóveis públicos, etc.

Permanece na uma economia pesada carga tributária: em 2011 equivalente a 35% do PIB.

As novas políticas adotadas a partir de abril p.p. voltadas ao aquecimento não se

demonstram capazes de compensar as quedas na arrecadação, em função da escala de demanda e

também pela tributação adicional (após maio) de industrializados nacionais ou importados: motos,

micro-ondas e aparelhos de ar condicionado(de 20% para 35%), que restringiam o desempenho da

Zona Franca de Manaus, e as novas alíquotas sobre bebidas frias: cerveja, refrigerante e águas. O

4.º trimestre, período sazonal de altas receitas poderá compensar em parte as receitas menores.

Fonte: www.receita.fazenda.gov.br (Consulta em 26/11/2012)

Fonte: www.receita.fazenda.gov.br (Consulta em 26/11/2012)

Fonte: www.receita.fazenda.gov.br – (Carga Tributária no Brasil 2010) (Consulta em 03/12/2012) (*) Dados preliminares

(1) Contribuições à Previdência Social – CPS: É grande fonte de receita do Governo, raramente usada para financiar programas. Motivo: é considerada como contribuição para posterior devolução. É uma arrecadação do governo, com finalidade de custear aposentadorias dos que pagaram pela Previdência. Constitui, portanto, uma receita previamente comprometida. Em condições normais, a possibilidade de utilização da receita previdenciária para custear despesas diferentes da Previdência é, praticamente, zero. Em condições excepcionais, no entanto, o governo pode recorrer à receita da Previdência para custear despesas urgentes ou casos de calamidade pública, com a necessidade de posterior reposição, para não prejudicar o cidadão beneficiário da previdência social do País.

(2) A arrecadação refere-se à Receita Administrada pela RFB (impostos e contribuições) mais as Demais Receitas (taxas e contribuições controladas por outros órgãos).

TABELA 30 – EVOLUÇÃO DA ARRECADAÇÃO DO GOVERNO FEDERAL (2) (Em R$ Milhões)

Período Valor a Preços

Correntes

Valor a Preços de Out/2012

(IPCA)

Varia ção %

2008 685.675 851.535 20,29 2009 716.802 848.259 15,32 2010 826.519 931.197 8,89 2011 969.892 1.037.200 2,24 Out 88.737 93.573 3,28 Nov 78.966 82.839 2,75 Dez 96.625 100.860 2,24

2012 842.307 859.472 2,04 Jan 102.579 106.479 3,80 Fev 71.902 74.301 3,34 Mar 82.367 84.937 3,12 Abr 92.628 94.910 2,46 Mai 77.971 79.606 2,10 Jun 81.107 82.742 2,01 Jul 87.947 89.335 1,58 Ago 77.074 77.971 1,16 Set 78.215 78.676 0,59 Out 90.516 90.516 0,00

TABELA 30.1 – ARRECADAÇÃO FEDERAL SEGMENTADA POR TIPO DE TRIBUTO

(a preços de Out/12 – IPCA) Jan-Out (R$ milhões)

Imposto sobre importação 26.205 IPI Total 38.839 IR Total 223.240 IR Pessoa Física 21.189 IR Pessoa Jurídica 96.386 IR Retido na Fonte 105.665 IOF 26.128 COFINS 145.448 PIS / PASEP 38.737 CSLL 50.944 Cide – Combustíveis 2.807 Contribuição para FUNDAF 471 Outras Receitas 10.517 Receita Previdenciária 243.398 Receita Administrada por Outros Órgãos

34.179

TOTAL DAS RECEITAS 859.472

TABELA 31 – PARTICIPAÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA NO PIB – 2010 e 2011 (Em R$ Bilhões)

Componentes 2010 2011(*) Produto Interno Bruto 3.674,96 4.140,00

Arrecadação Tributária Bruta 1.233,49 1.463,00

Carga Tributária Bruta 33,56% 35,31%

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Federação do Comércio do Paraná

15. O SUPERÁVIT PRIMÁRIO

A ocorrência do superávit primário nas contas públicas corresponde a existência, no mesmo

exercício fiscal, de receitas superiores às despesas, sem considerar os dispêndios com juros.

Significa, portanto, uma poupança do governo para, principalmente, pagar juros de sua dívida. O

desempenho do superávit primário é uma referência utilizada por investidores estrangeiros para

medir a capacidade de um país pagar sua dívida regularmente. O crescimento do superávit pode

depender, de forma diretamente proporcional, ou do tamanho do corte nos gastos públicos ou de

um aumento na arrecadação superior à despesa. O aumento na arrecadação (sem a ocorrência de

elevação nas alíquotas tributárias ou criação de novos tributos) está diretamente relacionado ao

melhor desempenho da economia. Uma queda no superávit primário revela uma redução na arrecadação (e queda no

desempenho da economia) e/ou um aumento de gastos públicos.

Analisado sob outra perspectiva, o superávit fiscal poderá ser visto como possível carência

ou defasagem em áreas importantes sob responsabilidade do governo: investimentos, salários,

atendimento social ou outras. Ou seja, o superávit pode ser uma decorrência da contenção (ou

adiamento) de gastos nas áreas mencionadas.

Os dados disponíveis até outubro de 2012 indicam queda no superávit primário do governo

federal, em parte influenciado pelas reduções tributárias destinadas ao reaquecimento, pelo menor

desempenho da indústria e aceleração de gastos em obras de programas públicos federais.

Fonte: www.tesouro.fazenda.gov.br (Consulta em 30/11/2012)

(1) Resultado do Governo Central origina-se do Resultado do Governo Federal mais Resultado do Banco Central.

TABELA 32 – DESEMPENHO DO SUPERÁVIT PRIMÁRIO - GOVERNO FEDERAL E BANCO CENTRAL

(Em R$ Milhões)

Período

Resultado do

Governo (1)

Variação

Percentual

(%)

2004 49.341,4 --- 2005 52.673,2 6,75 2006 48.748,2 -7,45 2007 57.650,4 18,26 2008 71.438,4 23,92 2009 39.436,4 -44,80 2010 78.772,9 99,75 2011 93.524,6 18,73 Set 5.415,4 113,14 Out 11.505,3 112,46 Nov 4.710,4 -59,06 Dez 2.017,6 -57,17

2012 64.712,60 -25,27 Jan 20.816,0 931,70 Fev 5.372,6 -74,19 Mar 7.627,5 41,97 Abr 11.208,9 46,95 Mai 1.788,1 -84,05 Jun 1.272,7 -28,82 Jul 3.989,3 213,45 Ago 1.583,3 -60,31 Set 5.415,4 113,14 Out 9.914,60 669,59

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Federação do Comércio do Paraná

16. O ICMS NO PARANÁ

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços é a principal fonte de arrecadação

dos governos estaduais. Existe uma “guerra” fiscal entre os estados da Federação, onde cada um

estabelece alíquotas de ICMS diferenciadas em relação aos demais com o objetivo de atrair

empresas ou obter outras formas de benefícios. O Conselho Nacional de Política Fazendária-

CONFAZ é encarregado de decisões relativas ao ICMS sendo, no entanto, necessário à unanimidade

para a aprovação. Isto não ocorrendo, continua a prevalecer as diferenças de alíquotas entre os

Estados.

Foi aprovado um projeto pelo Legislativo federal, atribuindo ao governo federal, a partir de

2013, a definição de alíquotas tributárias do ICMS e a regulamentação da cobrança do ICMS.

Fonte: www.fazenda.pr.gov.br – (Gestão do Dinheiro Público – Balanço Geral) (Consulta em 24/07/2012)

TABELA 33 – PARANÁ: ARRECADAÇÃO DO ICMS POR SETOR DE ATIVIDADE (Em R$ milhares)

Ordem Setor de Atividade 2010 2011 Variação

Percentual (%)

1 Indústria 3.064.387,58 3.452.528,97 12,67 2 Comércio 2.786.197,69 3.243.952,84 16,43 3 Energia Elétrica 1.566.087,35 1.727.155,94 10,28 4 Comunicação 1.345.779,39 1.369.013,39 1,73 5 Produtos Primários 571.650,32 888.629,76 55,45 6 Transportes 180.179,22 225.368,92 25,08 7 Outros 573.335,03 644.195,27 12,36 8 Estorno a Crédito do ICMS 1.144,93 86,44 -92,45 9 Estorno a Débito do ICMS 3.996,33 12.778,76 219,76

--- Total 10.084.765,22 11.538.152,77 14,41

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Federação do Comércio do Paraná 17. DÍVIDA DE MUNICÍPIOS DO PARANÁ

A dívida a seguir mencionada se refere a “Dívida Contratual Interna Junto ao Tesouro

Nacional e ao Sistema Financeiro Nacional – Paraná” dos municípios onde estão localizados

Sindicatos do comércio filiados à Fecomércio-PR, conforme publicado pelo Banco Central.

Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Dívida Pública – Endividamento de Estados e Municípios) (Consulta em 21/11/2012)

(1) Cálculo composto pelo Tesouro Nacional, Instituições Financeiras Públicas, Instituições Financeiras Privadas. Não inclui informações para a dívida externa,

mobiliária e junto ao INSS, FGTS ou outras instituições não financeiras que não o Tesouro Nacional.

(2) Refere-se ao somatório de todos os municípios listados na tabela acima.

TABELA 34 – PARANÁ: DÍVIDA DE MUNICÍPIOS QUE SEDIAM SINDICATOS FILIADOS À FECOMÉRCIO-PR

Nº Cidades

Dívida Total (1) (R$ 1.000,00)

Variação

(%) Agosto

2012 Setembro

2012 1 Apucarana 174.095,79 177.193,85 1,78 2 Campo Largo 10.869,44 11.047,11 1,63 3 Campo Mourão 4.432,54 5.010,98 13,05 4 Cascavel 32.464,14 32.178,58 -0,88 5 Castro 3.520,07 3.427,72 -2,62 6 Cornélio Procópio 2.448,80 2.327,55 -4,95 7 Curitiba 410.758,63 412.602,15 0,45 8 Foz do Iguaçu 50.799,53 50.665,65 -0,26 9 Francisco Beltrão 2.666,66 3.518,06 31,93 10 Guarapuava 78.958,24 80.158,74 1,52 11 Irati 3.909,73 3.761,77 -3,78 12 Ivaiporã 10,49 9,98 -4,87 13 Jacarezinho 1.366,09 1.324,94 -3,01 14 Londrina 290.698,24 289.544,66 -0,40 15 Marechal Candido Rondon 4.478,54 4.367,02 -2,49 16 Maringá 476.722,71 485.870,49 1,92 17 Medianeira 5.898,76 6.510,02 10,36 18 Paranaguá 216,02 208,17 -3,64 19 Paranavaí 14.115,30 14.934,18 5,80 20 Pato Branco 10.725,60 10.827,27 0,95 21 Ponta Grossa 40.867,67 42.893,82 4,96 22 Prudentópolis 2.019,61 2.382,00 17,94 23 Santo Antônio da Platina 2.633,98 2.566,87 -2,55 24 Toledo 16.914,53 16.965,22 0,30 25 Umuarama 35.568,72 35.779,02 0,59 26 União da Vitória 1.133,25 1.358,71 19,90

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IV. R E L A Ç Õ E S C O M O E X T E R I O R

Federação do Comércio do Paraná 18. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO

Em outubro, a balança comercial foi a menor do 2.º semestre: US$ 1,661 bilhões.

Contribuiu para elevar, mas Para o ano de 2012 o saldo anual começa a preocupar pois dificilmente

conseguirá superar o desempenho de 2011, cujo superávit foi quase US$30 bilhões. Como

explicação para o menor desempenho pode-se mencionar a recuperação dos EUA, os restrições nos

países do Euro, e queda das exportações para Argentina.

Em 2011, a balança comercial positiva de US$ 29,8 bilhões, contou com a grande

participação das exportações do período out-dez, com o dólar mais valorizado. As importações de

out-dez, maiores que em igual período de 2010, foram limitadas em parte pela valorização do US$

no período. O saldo da balança comercial em 2011 foi quase 50% maior que em 2010. Dólar

valorizado (maior poder de compra ao importador) poderá aquecer exportações em setembro-

dezembro de 2012. O IOF maior dos carros importados conteve as importações desse segmento.

As commodities agrícolas exportadas tiveram melhora na cotação, devido a queda na safra

americana. Atualmente, é necessária a recuperação das exportações da indústria de transformação,

por conta da maior agregação de valor e empregos criados. As providencias do governo para

aquecer a indústria exportadora poderão gerar efeitos melhores no 4.º tri. E no 1.º semestre de

2013. Importante para ativar exportações é a valorização do US$ e as políticas expansivas.

O saldo comercial de 2008-2011, menor que 2005-2007, caiu entre 40% e 50% e está

associado à valorização do R$ (até junho/2011), elevação das importações- em especial bens finais

para o varejo- e restrições das exportações de bens com maior valor agregado e maior tecnologia.

Países desenvolvidos com mais limitações após crise de julho-agosto/2011, reduziram importações

Parte da desvalorização do US$ no 1.º semestre/ 2011 estava vinculada à crise Europeia e

do euro, além da não recuperação da economia dos EUA. Em 2012, mesmo com a valorização do

dólar, as exportação não subiram o esperado, devido à crise nos países do euro e a menor

expansão da China

Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatísticas de comércio exterior – Balança comercial mensal) (Consulta em 21/11/2012)

(*) Dados Atualizados. Valores sujeitos a alteração. Dados de 2012 referem-se aos valores acumulados até o mês de Setembro.

TABELA 35 – BRASIL: BALANÇA COMERCIAL (Em US$ Milhões)

Período

Exportações

Variação (%)

Importações*

Variação (%)

Balança Comercial*

Variação (%)

2006 137.807 16,26 91.351 24,12 46.457 3,40 2007 160.649 16,58 120.617 32,04 40.032 -13,83 2008 197.942 23,21 172.985 43,42 24.958 -37,66 2009 152.995 -22,71 127.722 -26,17 25.272 1,26 2010 201.915 31,98 181.768 42,32 20.147 -20,28 2011 256.040 26,81 226.240 24,47 29.799 47,91 Out 22.140 -4,92 19.781 -2,14 2.359 -23,21 Nov 21.773 -1,66 21.202 7,19 571 -75,78 Dez 22.127 1,62 18.316 -13,61 3.811 566,84 2012 202.362 -4,61 184.976 -0,93 15.727 -38,12 Jan 16.141 -27,05 17.440 -4,78 -1.299 -134,08 Fev 18.028 11,69 16.318 -6,43 1.710 -231,65 Mar 20.911 15,99 18.890 15,76 2.021 18,18 Abr 19.566 -6,43 18.685 -1,08 881 -56,40 Mai 23.215 18,65 20.262 8,44 2.953 235,15 Jun 19.353 -16,64 18.547 -8,46 806 -72,71 Jul 21.003 8,53 18.126 -2,27 2.877 256,95 Ago 22.382 6,57 19.155 5,68 3.227 12,17 Set 19.998 -10,65 17.442 -8,94 2.556 -20,79

Out 21.766 8,84 20.104 15,26 1.662 -34,98

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Federação do Comércio do Paraná

18. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO

Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Indicadores de Conjuntura – Indicadores Econômicos – Capítulo V – Intercâmbio Comercial Brasileiro)

(Consulta em 21/11/2012)

As restrições impostas pela Argentina às exportações brasileiras prejudicam a balança comercial

nacional, a indústria exportadora brasileira e paranaense. Também o MERCOSUL perde e se enfraquece

com as medidas adotadas pela Argentina.

(*) Dados de 2012 referentes aos meses de Janeiro a Outubro.

CORRENTE DE COMÉRCIO : obtida a partir da soma: exportações mais importações. Quanto maior a corrente de comércio maior o grau de abertura comercial do país. No gráfico, os valores indicam o saldo total anual da corrente de comércio, que não deve ser confundida com balança comercial, que é obtida a partir de exportações menos importações.

(1) Associação Europeia de Livre Comércio, inclui Islândia, Noruega e Suíça (inclui Liechtenstein). (2) Exclui países do Oriente Médio e membros da Opep. (3) Associação Latino-Americana de Integração. (4) Bolívia, Colômbia, Cuba, Equador, Peru e Venezuela. (5) Inclui Porto Rico. (6) Albânia, Armênia, Azerbaijão, Belarus, Cazaquistão, Geórgia, Moldávia, Quirguistão, Rússia, Tadjiquistão, Ucrânia e Uzbequistão. (7) Áustria, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslovênia, Estônia, Finlândia, Grécia, Hungria, Irlanda, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia, Portugal, República

Eslovaca, República Tcheca, Romênia e Suécia. (8) Angola, Arábia Saudita, Argélia, Catar, Emirados Árabes Unidos, Irã, Iraque, Indonésia, Kuwait, Líbia, Nigéria e Venezuela.

TABELA 36 – BRASIL: INTERCÃMBIO COMERCIAL (Em US$ Milhões)

Países

2011 (JAN-DEZ) 2012 (JAN-OUT)

Exportações

Importações

Balança

Comercial

Exportações

Importações

Balança

Comercial

Aelc (1) 2.861 3.656 -794 2.536 3.054 -518 África (2) 12.225 15.436 -3.211 9.916 11.390 -1.474 Aladi (3) 57.156 37.810 19.346 41.999 31.445 10.555 MERCOSUL 27.853 19.375 8.477 20.557 15.656 4.902 Argentina 22.709 16.906 5.803 15.099 13.271 1.828 Paraguai 2.969 716 2.253 2.145 757 1.388 Uruguai 2.175 1.753 421 1.802 1.448 354 Chile 5.418 4.569 849 3.640 3.407 234 México 3.960 5.130 -1.170 3.375 5.160 -1.785 Outros (4) 19.925 8.735 11.190 15.938 12.498 15.108 Ásia 76.697 70.076 6.621 62.366 58.638 3.728 China 44.315 32.788 11.526 35.200 28.736 6.464 Coréia do Sul 4.694 10.097 -5.403 3.682 7.784 -4.102 Japão 9.473 7.872 1.601 6.288 6.720 -432 Outros 18.216 19.319 -1.103 17.195 15.397 1.798 Canadá 3.130 3.553 -424 2.375 2.548 -173 EUA (5) 25.942 34.225 -8.283 22.840 26.777 -3.937 Europa Oriental (6) 5.174 5.175 -2 3.745 3.155 591 Oriente Médio 12.276 6.141 6.135 9.542 6.157 3.386 União Europeia 52.946 46.416 6.530 40.991 39.564 1.427 Alemanha 9.039 15.213 -6.174 6.101 11.860 -5.759 França 4.319 5.462 -1.143 3.354 4.990 -1.635 Itália 5.441 6.222 -782 3.926 5.152 -1.226 Países Baixos 13.640 2.265 11.374 12.544 2.402 10.142 Reino Unido 5.202 3.376 1.827 3.739 2.977 762 Outros (7) 15.304 13.878 1.426 11.327 12.183 -856 Outros 7.633 3.755 3.878 6.048 2.250 3.798 Opep (8) 18.459 18.457 2 15.144 15.050 95 Total 256.040 226.243 29.796 202.360 184.976 17.384

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Federação do Comércio do Paraná

18. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO

18.1. Providências de Estímulo às Exportações ou Defesa da Produção Interna

Anunciadas ou vigentes desde maio/2010, para estimular o setor exportador e valorizar a

produção da indústria nacional. Algumas das decisões não foram implementadas eficientemente e

não produziram os efeitos necessários e esperados. As providências são as seguintes:

1. Créditos Tributários: Devolução de 50% dos créditos de PIS/PASEP, COFINS, IPI

acumulados na exportação até 30 dias após a solicitação. Atualmente o retorno demora

até cinco anos. Terão direito as empresas:

- a) que exportaram pelo menos 30% do faturamento nos últimos dois anos.

- b) que sejam exportadoras há no mínimo quatro anos.

- c) com tributação pelo lucro real e que utilizem nota fiscal eletrônica.

-d) cujo histórico de pedidos de ressarcimento negados não supere em 15% o total

solicitado nos últimos dois anos.

2. Banco de Fomento: Criação do EXIM Brasil (no estilo do Eximbank internacional),

subsidiário do BNDES especializado em comércio exterior para diminuir burocracia e dar

mais rapidez a operações de exportação. Voltado para operações de longo prazo, como

bens de capital e serviços de engenharia.

3. Micro e Pequenas Empresas: Poderão exportar até R$ 2,4 milhões sem que esse valor

seja contabilizado no limite de faturamento para enquadramento no Simples, que é

também de R$ 2,4 milhões.

4. Financiamento: BNDES poderá destinar R$ 7 bilhões para linha de exportação de bens

de consumo subsidiada pelo Tesouro Nacional.

5. Garantias de criação: a) FGCE-Fundo Garantidor de Comércio Exterior, que terá R$ 2

bilhões transferidos de fundo do BNDES.

b) FGIE- Fundo Garantidor de Infraestrutura, que reunirá fundos naval e de

energia e as PPP’s (Parceria Público-Privada), somando R$ 5 bilhões.

c) EBS-Empresa Brasileira de Seguros para administrar risco dos fundos

garantidores da União e para concessão de seguros com o setor privado.

6. Isenção: Ampliação do “drawback isenção” para o mercado interno, em que os tributos

pagos na compra de insumos para produtos exportados poderão ser descontados na

reposição de matéria-prima nacional.

7. Compras Governamentais: Produtos nacionais terão preferência nas compras do

governo federal. O valor será de até 25% do similar produzido em outro país.

8. Autopeças: Acaba com o desconto de 40% sobre o Imposto de Importação de

autopeças para estimular a produção nacional.

9. Valorização recente do dólar (e consequente desvalorização do R$) poderá favorecer

exportações, conter a demanda de importados (que participam com 23% a 25% na

demanda final), e elevar a produção interna em segmentos específicos.

10. Aumento do IPI para carros importados (set 2011): passou a vigorar em 2012;

11. Eleva de 3 para 5 anos a cobrança de 6% do IOF: nas operações de cambio

contratadas a partir de 12/03/2012.

12. Proteção a produtos da Zona Franca de Manaus: aumento de 20% p/ 35 do IPI de

importados: motos, micro-ondas e aparelhos de ar condicionado.

13. Governo anuncia em 01/10/2012 lista de 100 produtos importados que terão

aumento no imposto de importação.

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Federação do Comércio do Paraná 19. COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE

Após três meses com saldo negativo, o Paraná conseguiu em outubro um valor positivo na

balança comercial: US$ 136,61 milhões. No ano, todavia, o saldo é negativo: US$ -916,18 milhões.

A corrente de comercio do Paraná (exportações mais importações) –janeiro/ outubro é US$ 30,82

bilhões, indicador que poderá crescer em 2012 em relação a 2011, o que é representativo de uma

maior abertura econômica do Estado. A balança comercial de 2011 foi negativa, o que não ocorria

desde 2005, mas poderá se repetir em 2012. A crise nos países desenvolvidos influenciou na

redução da cotação de commodities agrícolas no 1.º semestre. A partir de julho, os preços do milho

e soja subiram, devido à queda da safra nos EUA, o que permitiu melhora na cotação desses

importantes produtos da pauta de exportações do Paraná. O bloqueio da Rússia à carne de

frigoríficos paranaenses impactou em 2011 um setor importante do Estado. Por outro lado, as

exportações em queda para os países do euro refletem a crise intensa naquelas economias.

Exigências atuais da Argentina dificultam exportações paranaenses para aquele país.

O Paraná foi o 5.º maior estado exportador do país em 2011; tem como principais

importadores em 2012: China, Argentina, Alemanha, Países Baixos e EUA. Dos 20 principais

produtos exportados pelo Paraná, 80% estão vinculados ao agronegócio (incluindo papel e

celulose). Em 2012, dos dez principais destinos das exportações paranaenses, 4 estavam nas

Américas: Argentina, Paraguai , EUA e Uruguai.

Fonte: www.mdic.gov.br –(Comércio exterior – Estatística do comércio exterior –Balança comercial – Estados) (Consulta em 21/11/2012)

(*) Dados Atualizados. Valores sujeitos a alteração.

TABELA 37 – PARANÁ: BALANÇA COMERCIAL (Em US$ Milhões)

Período

Exportações

Variação

(%)

Importações*

Variação

(%)

Saldo Balança

Comercial *

Variação

(%)

2006 10.016,34 -0,17 5.977,97 32,04 4.038,37 -26,66 2007 12.352,86 23,33 9.017,99 50,85 3.334,87 -17,42 2008 15.247,18 23,43 14.570,22 61,57 676,96 -79,70 2009 11.222,83 -26,39 9.620,84 -33,97 1.601,98 136,64 2010 14.176,01 26,31 13.956,96 45,07 219,05 -86,33 2011 17.394,23 22,70 18.767,23 34,47 -1.373,00 -726,78 Out 1.395,67 -14,84 1.662,98 -4,95 -267,31 141,38 Nov 1.373,39 -1,60 1.825,17 9,75 -451,78 -69,01 Dez 1.438,26 4,72 1.603,37 -12,15 -165,10 63,46

2012 15.155,41 3,93 16.071,60 4,78 -916,18 -87,41 Jan 1.128,84 -21,51 1.776,02 10,77 -647,17 -291,99 Fev 1.253,17 11,01 1.257,53 -29,19 -4,37 -99,33 Mar 1.452,67 15,92 1.606,70 27,77 -154,03 -3.426,33 Abr 1.451,70 -0,07 1.579,86 -1,67 -128,16 16,79 Mai 2.019,74 39,13 1.771,66 12,14 248,08 293,57 Jun 1.537,76 -23,86 1.527,86 -13,76 9,89 298,70 Jul 1.492,72 -2,93 1.532,83 0,32 -40,11 -505,56 Ago 1.614,81 8,18 1.859,39 21,31 -244,58 -509,78 Set 1.398,95 -13,37 1.491,22 -19,80 -92,27 -62,28 Out 1.804,99 29,02 1.668,39 11,88 136,61 -248,06

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Federação do Comércio do Paraná

19. COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE

(*) Dados Atualizados. Sujeitos a alteração.

Dados de 2012 referem-se aos valores acumulados até Outubro.

Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança Comercial Brasileira: Unidades da Federação)

Consulta em 21/11/2012

Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial Unidades da Federação) (Consulta em 21/11/2012)

(1) Dados preliminares. (2) Bens de Capital: bens que geram riqueza: máquinas que fabricam outros bens; ou bens de longa duração: equipamento hospitalar

Bens Intermediários: bens manufaturados ou matérias-primas processadas utilizadas na produção de outros bens (exemplo: peças para veículos) Bens de Consumo: utilizados para o atendimento das necessidades humanas imediatas: alimentos, remédios, etc

TABELA 38 – PARANÁ: PRINCIPAIS PAÍSES DE DESTINO DE PRODUTOS (1)

2011 (Jan – Dez) 2012 (Jan-Out)

Dez Principais Destinos

US$ Milhões

Participação Percentual

(%) Dez Principais Destinos

US$ Milhões

Participação Percentual

(%) 1 China 3.190,72 32,61 China 3.285,44 38,55 2 Argentina 1.781,89 18,21 Argentina 1.557,91 18,28 3 Alemanha 884,29 9,04 Alemanha 600,57 7,05 4 Países Baixos (Holanda) 857,26 8,76 Paises Baixos (Holanda) 528,07 6,20 5 Paraguai 572,32 5,85 Estados Unidos 507,08 5,95 6 Estados Unidos 569,96 5,82 Arabia Saudita 455,13 5,34 7 Arábia Saudita 535,27 5,47 Ira 436,71 5,12 8 Rússia 534,14 5,46 Paraguai 433,84 5,09 9 Japão 454,28 4,64 Coreia Do Sul 359,78 4,22

10 França 405,34 4,14 Uruguai 357,02 4,19 --- Total 9.785,47 100,00 Total 8.521,54 100,00

TABELA 40 – PARANÁ: CORRENTE DE COMÉRCIO

Período US$

Milhões* Var (%)

2007 21.370,84 33,62 2008 29.817,40 39,52 2009 20.843,67 -30,10 2010 28.132,97 34,97 2011 36.161,45 28,54 Out 3.058,65 -9,74 Nov 3.198,56 4,57 Dez 3.041,63 -4,91

2012 30.819,04 14,72 Jan 2.904,86 -4,50 Fev 2.510,70 -13,57 Mar 3.059,36 21,85 Abr 3.031,55 -0,91 Mai 3.791,40 25,06 Jun 3.065,62 -19,14 Jul 3.025,55 -1,30 Ago 3.474,19 14,82 Set 2.890,17 -16,81 Out 3065,62 3,07

TABELA 39 – PARANÁ: PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS EM 2012 (Jan-Out) (1)

Produto US$ Milhões

Percen tual (%)

1 Soja, mesmo triturada, exceto para semeadura 3.214,17 29,63 2 Bagaços e outros resíduos sólidos, da extração do óleo 1.164,00 10,73 3 Outros açucares de cana 946,24 8,72 4 Pedaços e miudezas, comestíveis de galos/galinhas 854,10 7,87 5 Milho em grão, exceto para semeadura 790,27 7,28 6 Automóveis com motor explosao,1500<CM3<=3000, AT 703,13 6,48 7 Carnes de galos/galinhas, não cortadas em pedaços 640,38 5,90 8 Óleo de soja, em bruto, mesmo degomado 509,32 4,69 9 Café solúvel, mesmo descafeinado 274,40 2,53

10 Consumo de bordo - Combustíveis e lubrificantes P/EM 263,73 2,43

11 Outras madeiras compensadas folheadas, espessura não superior a 6mm 222,75 2,05

12 "Fuel-Oil" 220,86 2,04 13 Outros papéis/cartões para escrita, etc, fibra mecânica 205,89 1,90 14 Chassis c/motor diesel e cabina, carga>20t 156,05 1,44 15 Madeira de coníferas, perfilada 136,15 1,26 16 Tratores rodoviários para semi-reboques 117,64 1,08 17 Adubos ou fertilizantes com Nitrogênio, Fósforo 116,94 1,08 18 Bombas injetoras de combustível p/ motor diesel 110,95 1,02 19 Carnes de outros animais, salgadas, secas, etc. 105,55 0,97 20 Outros motores de explosao, p/veic. cap.87, sup. 96,07 0,89 -- Total 10.848,58 100,00

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Federação do Comércio do Paraná 19. COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE

Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial brasileira: Municípios) (Consulta em 21/11/2012)

*Os dados do Mercosul referem-se ao período de Janeiro à Outubro.

TABELA 41 – PARANÁ: PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS DE DESTINO E ORIGEM DE PRODUTOS 2012 (Jan-Out) 2012 (Jan- Out )

Principais Blocos Econômicos de Destino

US$ Milhões

Percen tual (%)

Principais Blocos Econômicos de Origem

US$ Milhões

Percen tual (%)

Asia (Exclusive Oriente Medio) 5.327 33,14 Asia (Exclusive Oriente Medio) 4.017 24,05 EU 2.401 14,94 EU 3.982 23,84 Oriente Medio 1.272 7,91 Africa (Exclusive Oriente Medio) 2.304 13,80 Aladi (Exclusive Mercosul) 1.057 6,57 Aladi (Exclusive Mercosul) 1.239 7,42 Demais Blocos 2.608 16,22 Demais Blocos 2.209 13,23 Mercosul 1.706 10,61 Mercosul 1.475 8,83 Total 16.076 100,00 Total 16.701 100,00

TABELA 42 – PARANÁ: PRINCIPAIS EMPRESAS EXPORTADORAS EM 2012 (Jan-Out)

20 Principais Empresas Exportadoras US$

Milhões Percentual

(%)

1 Cargill Agricola S A 970,23 10,74 2 Renault Do Brasil S.A 927,44 10,26 3 Bunge Alimentos S/A 801,51 8,87 4 Cooperativa Agropecuaria Mouraoense Ltda 697,61 7,72 5 Sadia S.A. 654,38 7,24 6 Usina De Acucar Santa Terezinha Ltda 640,48 7,09 7 Petroleo Brasileiro S A Petrobras 618,31 6,84 8 Chs Do Brasil - Graos E Fertilizantes Ltda. 488,25 5,40 9 Louis Dreyfus Commodities Brasil S.A. 451,04 4,99

10 Volvo Do Brasil Veiculos Ltda 407,23 4,51 11 Nidera Sementes Ltda. 334,81 3,71 12 Seara-Ind. E Comercio De Produtos Agro-Pecuario 324,30 3,59 13 Adm Do Brasil Ltda 302,56 3,35 14 Klabin S.A. 267,42 2,96 15 Brf - Brasil Foods S.A. 218,38 2,42 16 Volkswagen Do Brasil Ltda 206,83 2,29 17 Robert Bosch Limitada 190,35 2,11 18 Companhia Cacique De Cafe Soluvel 179,16 1,98 19 Seara Alimentos Ltda 179,11 1,98 20 C.Vale - Cooperativa Agroindustrial 176,74 1,96 --- TOTAL 9.036,15 100,00

TABELA 43 – PARANÁ: PRINCIPAIS EMPRESAS IMPORTADORAS EM 2012 (Jan-Out)

20 Principais Empresas Importadoras US$ Milhões

Percentual (%)

1 Petroleo Brasileiro S A Petrobras 2.303,93 25,86 2 Volkswagen Do Brasil Ltda 1.553,78 17,44 3 Renault Do Brasil S.A 1.341,77 15,06 4 Nissan Do Brasil Automoveis Ltda 631,88 7,09 5 Volvo Do Brasil Veiculos Ltda 472,34 5,30 6 Positivo Informatica S/A 360,04 4,04 7 Electrolux Do Brasil S/A 356,91 4,01 8 Cnh Latin America Ltda 306,66 3,44 9 Bunge Fertilizantes S/A 211,07 2,37

10 Mosaic Fertilizantes Do Brasil Ltda. 188,48 2,12 11 Sadia S.A. 182,89 2,05 12 Fertipar Fertilizantes Do Parana Limitada 155,52 1,75 13 Macrofertil - Industria E Comercio De Fertiliza 136,72 1,53 14 Adidas Trading Parana Ltda 116,29 1,31 15 Milenia Agrociencias S.A. 104,89 1,18 16 Yara Brasil Fertilizantes S/A 102,89 1,15 17 Nortox Sa 102,83 1,15 18 Fertilizantes Heringer S.A. 95,89 1,08 19 Basf Sa 94,51 1,06 20 Sig Combibloc Do Brasil Ltda 90,81 1,02 --- Total 8.910,10 100,00

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Federação do Comércio do Paraná 19. COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE

Fonte: www.mdic.gov.br (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial Unidades da Federação) (Consulta em 21/11/2012)

Dados de 2012 referem-se aos valores acumulados até o mês de Outubro.

Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial brasileira: Municípios) (Consulta em 21/11/2012)

TABELA 44 – PARANÁ: EXPORTAÇÃO – TOTAIS POR FATOR AGREGADO (Em US$ Milhões)

Período Básicos Indústria-

lizados

Operações

Especiais TOTAL

2007 4.233,78 7.949,75 169,32 12.352,86 2008 5.787,48 9.152,08 307,62 15.247,18 2009 4.985,13 6.024,36 213,33 11.222,83 2010 5.983,15 7.921,86 270,99 14.176,01 2011 7.952,48 9.056,69 385,06 17.394,23 Mar 618,05 687,12 22,25 1.327,41 Abr 928,12 607,41 32,02 1.567,54 Mai 823,25 839,90 37,99 1.701,13 Jun 897,36 811,72 32,05 1.741,13

Jul 646,73 819,76 29,19 1.495,68 Ago 817,67 961,11 44,57 1.823,35 Set 807,45 800,91 30,57 1.638,93 Out 595,76 759,50 40,41 1.395,67 Nov 543,78 793,73 35,88 1.373,39 Dez 542,20 868,63 27,43 1.438,26 2012 7.348,75 7.522,38 284,20 15.155,32 Jan 505,98 603,36 19,50 1.128,84 Fev 483,92 736,42 32,83 1.253,17 Mar 725,43 701,32 25,91 1.452,66 Abr 813,75 608,56 29,38 1.451,69 Mai 1.078,95 895,57 45,22 2.019,74 Jun 742,09 772,97 22,70 1.537,75 Jul 795,87 672,51 24,34 1.492,72 Ago 796,65 785,91 32,25 1.614,81 Set 633,46 744,22 21,28 1.398,95 Out 772,65 1.001,55 30,79 1.804,99

TABELA 45 – PARANÁ: BALANÇA COMERCIAL DOS MAIORES EXPORTADORES MUNICIPAIS EM 2012 (Jan-Out) (Em US$ Milhões)

Nº 15 Principais

Municípios Exportações

Percen

tual

(%)

Importações

Percen

tual

(%)

Balança

Comercial

Corrente de

Comércio

1 Paranaguá 4.360,76 30,29 1.523,22 11,03 2.837,54 5.883,97 2 Maringá 2.189,40 15,21 311,31 2,25 1.878,09 2.500,71 3 São José dos Pinhais 1.621,34 11,26 4.280,47 30,99 -2.659,12 5.901,81 4 Curitiba 1.460,00 10,14 3.729,32 27,00 -2.269,33 5.189,32 5 Araucária 1.273,73 8,85 2.853,44 20,66 -1.579,71 4.127,16 6 Ponta Grossa 1.019,79 7,08 225,58 1,63 794,20 1.245,37 7 Londrina 745,45 5,18 339,70 2,46 405,76 1.085,15 8 Telêmaco Borba 350,82 2,44 27,20 0,20 323,62 378,02 9 Cascavel 344,68 2,39 139,15 1,01 205,53 483,82

10 Rolândia 235,76 1,64 17,74 0,13 218,01 253,50 11 Palotina 207,76 1,44 11,54 0,08 196,22 219,30 12 Cornélio Procópio 154,07 1,07 7,89 0,06 146,18 161,96 13 Cambé 149,63 1,04 147,45 1,07 2,17 297,08 14 Guarapuava 146,39 1,02 29,43 0,21 116,97 175,82 15 Foz do Iguaçu 135,99 0,94 167,88 1,22 -31,89 303,86

Total 14.395,56 100,00 13.811,31 100,00 584,25 28.206,87

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20. INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO-IED NA ECONOMIA BRASILEIRA O IED acumulado de jan-out de 2012 permanece abaixo do igual período de 2011, em

quase 15%. Após excelente desempenho em julho, o melhor do ano, os números de agosto e

setembro estiveram abaixo dos mesmos meses de 2011, e em outubro melhorou bastante. Mesmo

com a credibilidade da economia brasileira em alta no exterior, as limitações nas economias

desenvolvidas se refletem em redução do IED no ano. A destacar a queda de investimentos da

Espanha no Brasil em 2012, comparado a 2011, de quase 50%. O desempenho do ultimo bimestre

de 2012 poderá contribuir para um resultado em 2012 que poderá superar o ano anterior.

No biênio 2010-2011, houve grandes investimentos internos de empresas automotivas.

Estes investimentos não foram suficientes para bancar todo o capital necessário à instalação ou

ampliação: BNDES financiou parte dos gastos e houve extensa teia de incentivos fiscais concedidos

pelos diversos estados que abrigaram tais empresas. Na crise recente que resultou em valorização

do dólar as automotivas remeteram ao exterior parcelas significativas dos lucros obtidos.

A mensuração do IED, considera somente o capital externo produtivo, capaz de gerar novos

bens e serviços. É um capital diferente do especulativo, pois é aplicado em títulos da divida pública

ou em bolsa de valores, e tem um perfil de curto prazo, ou seja, não vem com o compromisso de

permanecer a longo prazo. Surgindo a crise, sai do país, sem gerar empregos, produtos e serviços.

O investimento externo na economia brasileira entre 2005 e 2008 foi crescente, um

desempenho associado a confiança apresentada ao exterior e ao crescimento verificado até

set/2008. Em 2009, houve queda expressiva do IED, associado à crise econômica do período .

Este é um fluxo de capital importante ao Brasil, dado as necessidades de ampliar produção

interna, modernizar bens produzidos, inovação tecnológica e melhorar a produtividade do trabalho.

Fonte: www.ipeadata.gov.br - (Conta financeira – Investimentos diretos – Estrangeiros no país) (Consulta em 23/11/2012)

TABELA 46 – IED NO BRASIL

Período Valor em

US$ Milhões*

Variação Percentual

(%) 2005 15.066 -16,97 2006 18.822 24,93 2007 34.584 83,74 2008 45.058 30,29 2009 25.948 -42,41 2010 48.506 86,93 2011 66.660 37,43 Out 5.574 -11,59 Nov 4.057 -27,23 Dez 6.644 63,78

2012 --- --- Jan 5.405 -18,64 Fev 3.646 -32,55 Mar 5.887 61,47 Abr 4.669 -20,69 Mai 3.716 -20,41 Jun 5.822 56,67 Jul 8.421 44,65 Ago 5.034 -40,22 Set 4.393 -12,73 Out 7.730 75,96

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21. DÍVIDA EXTERNA BRASILEIRA

A divida externa brasileira total resulta do somatório das dívidas do setor público e do setor

privado. A dívida de médio e longo prazo é bastante superior à dívida de curto prazo, fato que

contribui para reduzir a pressão para os pagamentos.

Os dados de janeiro-dezembro de 2011 (comparados a 2010) apontam redução expressiva

da dívida de curto prazo e grande expansão na dívida de médio e longo prazo. Para isso contribuiu

juros menores no exterior, pois os tomadores de empréstimos buscam o menor custo do mesmo. O

total da dívida cresceu quase 20% em relação ao ano anterior.

Em janeiro-outubro de 2012, a dívida atingiu US$ 308,5 bilhões, indicando queda em

relação a janeiro-setembro. A administração do estoque de divisas praticada pelo Banco Central,

indica condições consistentes para desembolsos futuros para pagamentos da dívida externa.

Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Notas econômico-financeiras para a imprensa – Setor externo – Tabela 51)

(Consulta em 23/11/2012) (*)Dados de Janeiro a Outubro– 2012 - estimados.

21.1. Distribuição da Dívida: Governo e Setor Privado

A dívida externa brasileira está distribuída em dívida do governo e dívida do setor privado.

De acordo com o Banco Central, a dívida registrada para o período 2007 a 2011 está distribuída

conforme a Tabela abaixo.

Constata-se assim, uma realidade pouco conhecida do grande público: do total da dívida

externa brasileira, verifica-se que o setor privado, numa média do período de 2007 a 2011, é

responsável por mais da metade dessa dívida. O dado mais recente da dívida em 2011, mostra o

setor privado devendo 25% a mais em comparação com setor público. A dívida privada cresceu em

função dos baixos juros no exterior e da valorização do R$ perante o US$ até meados de 2011.

A dívida do setor público está distribuída entre os três níveis de governo: federal,

estaduais, municipais e também as empresas estatais.

TABELA 48 – BRASIL: PARTICIPAÇÃO DA DÍVIDA EXTERNA Ano Setor Público Setor Privado Total

2008 (1) 46,9% 53,1% 100% 2009 (2) 51,8% 48,2% 100% 2010 (3) 45,0% 55,0% 100% 2011 (4) 37,2% 62,8% 100%

Fonte: (1) Boletim Anual – 2008 do Banco Central do Brasil (p.153).

(2) Boletim Anual – 2009 do Banco Central do Brasil (p.142). (3) Boletim Anual – 2010 do Banco Central do Brasil (p. 135).

(4) Boletim Anual – 2011 do Banco Central do Brasil (p. 129).

TABELA 47 – DÍVIDA EXTERNA BRASILEIRA (Em US$ Milhões)

Período Curto Prazo Médio e Longo Prazo

Total Valor (%) Valor (%)

2005 18.776 11,08 150.674 88,92 169.450 2006 20.323 11,78 152.266 88,22 172.589 2007 38.901 20,13 154.318 79,87 193.219 2008 36.444 18,37 161.896 81,63 198.340 2009 30.972 15,62 167.220 84,37 198.192 2010 56.450 22,12 198.734 77,87 256.804 2011 39.040 13,13 258.310 86,87 297.349

2012* 36.609 11,87 271.901 88,13 308.511

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22. RESERVAS CAMBIAIS As reservas cambiais do Banco Central-BC são muito importantes e estratégicas no atual

contexto econômico. Associado a disponibilidade de um elevado estoque de divisas no Banco

Central, que funciona como um colchão amortecedor desde o inicio da crise de setembro de 2008,

o “lastro” cambial permite maior credibilidade no mercado internacional, manter o “grau de

investimento” obtidos em 2008 e 2009 e ampliar a entrada de capital externo.

No período janeiro-novembro de 2012, o estoque de divisas variou pouco em comparação

com o acumulado de janeiro a outubro. Parte desses dólares são especulativos, por conta dos juros

que ainda se revelam elevados comparados à remuneração em outros países, e que são pagos

pelos títulos do governo. É um volume de divisas importante para a economia brasileira, mas que

gera um custo associado às aplicações do exterior em títulos do governo, que pagam altas

remunerações. É o “capital especulativo” volátil, sem compromisso com produção, investimento

interno ou o emprego e que, rapidamente, pode deixar a economia brasileira em função de

qualquer distúrbio no mercado externo. Os dólares do BC do Brasil, em parte aplicados em títulos

americanos, obtém remuneração inferior àquela paga pelo governo brasileiro. Uma parcela das

reservas advém da compra de dólares pelo BC em períodos de elevada entrada que induziam a

sobrevalorizar o Real e outra parte vem das exportações.

No período maio-junho de 2012, o BC utilizou reservas cambiais para conter valorização

cambial interna excessiva do dólar sobre o real. Em julho, o BC retirou divisas no mercado, a fim

de evitar que os dólares em excesso levassem a relação cambial abaixo de R$ 2,00 por US$ 1,00.

Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Indicadores de conjuntura – Reservas Internacionais – Dados diários) (Consulta em 21/11/2012)

(1) Valores anuais correspondem ao saldo do último mês. (2) Valores mensais referentes ao dia 19. (*) Valor de 2012 referente ao dia 19 de Novembro.

TABELA 49 – BRASIL: RESERVAS CAMBIAIS (1) (Em US$ Milhões)

Período

Reservas Cambiais no

Banco Central(2)

Variação Sobre o Período Anterior

(%) 2005 53.799 1,6 2006 85.839 59,6 2007 180.334 110,1 2008 193.783 7,46 2009 238.520 23,09 2010 288.575 0,82 2011 352.012 21,98 Jun 335.287 1,77 Jul 338.477 0,95 Ago 350.881 3,66 Set 352.282 0,40 Out 349.849 -0,69 Nov 352.053 0,63 Dez 351.980 -0,02

2012 --- --- Jan 352.262 0,08 Fev 354.639 0,67 Mar 356.377 0,49 Abr 366.013 2,70 Mai 374.205 2,24 Jun 372.825 -0,37 Jul 374.048 0,33 Ago 375.790 0,47 Set 378.591 0,75 Out 378.321 -0,07 Nov 377.891 -0,11

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Presidente: Darci Piana

Diretor Superintendente: Eduardo Luiz Gabardo Martins

Rua Visconde do Rio Branco, 931 – 6º andar

CEP 80410-001 – Curitiba – PR – Telefone (41) 3883-4500P

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Elaboração: Departamento Econômico da Fecomércio - PR

Apoio de Área: Nayara de Oliveira Marques.

O conteúdo desta “Análise Conjuntural da Economia e do Comércio” é

publicado mensalmente no site da Federação do Comércio do Paraná.

Os acessos poderão ser feitos através do site: www.fecomerciopr.com.br