Análise da implementação de um sistema de Workflow a...

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Análise da implementação de um sistema de Workflow a partir de um sistema de BPMS: Estudo de caso de uma empresa de gestão de estoque Vitor Andreolli Pestana de Araújo Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia de Produção da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro. Orientador: Renato Flórido Cameira Rio de Janeiro Agosto de 2019

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Análise da implementação de um sistema de Workflow a partir de um sistema de

BPMS: Estudo de caso de uma empresa de gestão de estoque

Vitor Andreolli Pestana de Araújo

Projeto de Graduação apresentado ao Curso

de Engenharia de Produção da Escola

Politécnica, Universidade Federal do Rio de

Janeiro, como parte dos requisitos

necessários à obtenção do título de

Engenheiro.

Orientador: Renato Flórido Cameira

Rio de Janeiro

Agosto de 2019

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Araújo, Vitor Andreolli Pestana de

Análise da implementação de um sistema de Workflow a partir de

um sistema de BPMS: estudo de caso de uma empresa de gestão

de estoque /Vitor Andreolli Pestana de Araújo. – Rio de Janeiro:

UFRJ/ Escola Politécnica, 2019.

X, 82 p.: il.; 29,7 cm.

Orientador: Renato Flórido Cameira

Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/ Curso de

Engenharia de Produção, 2019.

Referências Bibliográficas: p 80-82. ..

1.Workflow. 2. Sistema de Gestão

I. Cameira, Renato Flórido II. Universidade Federal do Rio de

Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia de Produção.

III. Análise da implementação de um sistema de Workflow a partir

de um sistema de BPMS: Estudo de caso de uma empresa de

gestão de estoque

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Agradecimentos

Primeiramente a minha mãe, por todo o apoio e confiança depositada em mim. Agradeço

por acreditar em mim em todos os momentos e por toda a força e estrutura que você me

proporcionou em todas as fases da minha vida. Sem você não seria metade de quem sou

hoje. Obrigado por tudo.

À minha família e amigos por todo o apoio e carinho proporcionados.

Agradeço ao meu orientador Renato Flórido Cameira pelos ensinamentos, não somente

com o desenvolvimento deste trabalho, mas com todas as lições aprendidas de suas aulas.

Obrigado por todo o apoio, críticas e orientação ao longo dos anos.

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Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte

dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro de Produção.

Análise da implementação de um sistema de Workflow a partir de um sistema de

BPMS: Estudo de caso de uma empresa de gestão de estoque

Vitor Andreolli Pestana de Araújo

Agosto de 2019

Orientador: Renato Flórido Cameira

Curso: Engenharia de Produção

O avanço da tecnologia tem permitindo as empresas a utilização de softwares cada vez

mais eficientes e robustos. Neste sentido, utilizar-se destes recursos para melhoria dos

processos alinhado a estratégia e planejamento da empresa pode significar a diferença

necessária para o avanço que a organização necessite. Novas tecnologias funcionam de

forma a reduzir o esforço para o andamento de um processo, garantir um controle

adequado das operações e prover maior alcance do entendimento do processo para a

tomada de decisão. Este trabalho tem como objetivo a análise da implementação de um

sistema de Workflow no fluxo de suprimentos de uma empresa de gestão de estoques,

utilizando um sistema de BPMS. Foi avaliado a construção do processo de suprimentos,

sua parametrização, suas regras vigentes, limitações da ferramenta, dificuldades

encontradas e construção de próximos passos.

Palavras-chave: Workflow, Sistema de Gestão, Processos

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Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfilment of

the requirements for the degree of Industrial Engineer.

Analysis of the implementation of a workflow system from a BPMS system

Vitor Andreolli Pestana de Araújo

August 2019

Advisor: Renato Flórido Cameira

Course: Industrial Engineering

Advances in technology have been embraced by increasingly fast and robust software

companies. The use of resources for improvement of processes for a strategy and planning

of company mean the difference needed for the advancement that an organization needs.

New technologies work to reduce the effort to go through a process, ensure proper control

of operations, and provide greater understanding of the process for decision making. This

work aims to implement a workflow system using a process management system from a

BPMS system. Was evaluated the construction of the supply process, their

parameterization, their current rules, tool limitations, difficulties encountered and

construction of next steps.

Keywords: Workflow, System Management, Supply

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4

1.1 Resumo ................................................................................................................. 4

1.2 Objetivos ............................................................................................................... 4

1.3 Metodologia de Pesquisa ......................................................................................... 5

1.4 Limitação .............................................................................................................. 5

1.5 Delimitação ........................................................................................................... 5

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................... 7

2.1 Definição de processo ............................................................................................. 7

2.2 Tipos de processo ................................................................................................... 7

2.3 Business Process Management (BPM) ...................................................................... 8

2.4 Modelagem de Processo .......................................................................................... 8

2.4.1 Business Process Model and Notation (BPMN) .................................................... 9

2.4.2 Fluxograma ................................................................................................... 10

2.4.3 Event driven Process Chain (EPC) ................................................................... 11

2.5 Negócios e Tecnologia da Informação ..................................................................... 11

2.5.1 Business Process Management System (BPMS) ................................................. 12

2.5.2 Arquitetura Integrada de Processos (AIS) .......................................................... 13

2.5.3 Arquitetura Orientada a Serviços (SOA/EAI) ..................................................... 15

2.5.4 Sistema Integrado de Gestão (SIG) ................................................................... 16

2.6 Workflow ............................................................................................................. 18

2.6.1 Classificação de sistemas ................................................................................ 19

2.6.2 Arquitetura de um sistema de Workflow ............................................................ 21

3 ESTUDO DE CASO ................................................................................................... 24

3.1 Apresentação das empresas .................................................................................... 24

3.1.1 Análise das necessidades ................................................................................. 24

3.1.2 Substituição dos softwares ............................................................................... 25

3.1.3 Viabilidade financeira e economia esperada ....................................................... 25

3.1.4 O Software SoftExpert .................................................................................... 27

3.1.5 Relacionar o software a partir da pesquisa bibliográfica ...................................... 28

3.1.6 Notação e funcionalidades da ferramenta........................................................... 29

3.1.7 Parametrização do Processo ............................................................................. 32

3.1.8 Parametrização das Atividades ......................................................................... 34

3.2 Planejamento e Levantamento de Informação .......................................................... 36

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3.2.1 Construção dos Formulários ............................................................................ 39

3.2.2 Construção do Workflow ................................................................................. 41

3.3 Requisição de Compra .......................................................................................... 42

3.3.1 Solicitação de Compra .................................................................................... 46

3.3.2 Alçada de Aprovação da Solicitação de Compra................................................. 46

3.3.3 Categorização ................................................................................................ 48

3.3.4 Seleção de Fornecedor .................................................................................... 51

3.3.5 Subprocesso .................................................................................................. 52

3.3.6 Seleção de Itens Aprovados ............................................................................. 52

3.3.7 Aprovação de Alçada da Requisição de Compra................................................. 53

3.3.8 Criação do Pedido de Compras ........................................................................ 53

3.3.9 Alçada do Pedido de Compra ........................................................................... 54

3.3.10 Cadastro no Alterdata: Fornecedor e/ou Item................................................... 55

3.4.1 Cotação de Materiais e Serviços ....................................................................... 58

3.4.2 Avaliação da Documentação ............................................................................ 59

3.4.3 Avaliação de Documentos ............................................................................... 60

3.4.4 Negociação .................................................................................................... 61

3.4.5 Aprovação da Negociação pelo Fornecedor ....................................................... 62

3.4.6 Escolha do Fornecedor .................................................................................... 62

3.4.7 Avaliação do Fornecedor ................................................................................. 63

3.4.8 Aprovação da Diretoria ................................................................................... 63

3.5 Recebimento de Material ou Serviço (1° Tipo) - Subprocesso .................................... 63

3.5.1 Inclusão do Pedido de Compra ......................................................................... 66

3.5.2 Checklist de Recebimento ............................................................................... 66

3.5.3 Aprovação do Recebimento ............................................................................. 67

3.5.4 Tratativa da Nota Fiscal .................................................................................. 67

3.5.5 Programação de Pagamento ............................................................................. 67

3.6 Recebimento de Material ou Serviço (2° Tipo) ......................................................... 67

3.6.1 Inclusão do Pedido de Compras ....................................................................... 69

3.6.2 Aprovação de Recebimento ............................................................................. 69

3.6.3 Tratativa da Nota Fiscal e Programação de Pagamento ........................................ 70

3.7 Dificuldades e Problemas encontrados .................................................................... 70

3.7.1 Utilização do fornecedor como agente ativo da ferramenta .................................. 70

3.7.2 Cadastro do fornecedor como usuário no sistema ............................................... 73

3.7.3 Implantação, Manutenção e Utilização .............................................................. 74

4 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 76

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5 Referências Bibliográficas ........................................................................................... 80

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Resumo

Este trabalho analisou a implementação de um sistema de BPMS utilizado para

automatizar tarefas e atividades a partir dos recursos de Workflow do sistema. O estudo

foi realizado a partir das funcionalidades disponíveis da ferramenta, as melhorias

pretendidas com sua utilização e as dificuldades encontradas pela equipe envolvida no

projeto. No tópico um foi apresentado os objetivos pretendidos deste trabalho, sua

metodologia, limites e delimitações. No segundo tópico foram abordados os conceitos

teóricos utilizados para referência e associação a implementação realizada. No terceiro

tópico foi apresentado as funcionalidades do software, bem como os detalhes da

construção do Workflow para o fluxo de suprimentos, com suas regras e parametrizações.

Além disso contém os pontos de maior dificuldade levantados pela equipe. No tópico

quatro foi definido sua conclusão, de forma a apresentar a avaliação inicial dos líderes no

período pós implementação e foi apresentado as possíveis ações a serem tomadas como

etapas seguintes.

1.2 Objetivos

As atividades internas de suporte de uma organização, apoiam diretamente ou

indiretamente no planejamento e tomada de decisão de uma organização, servindo como

base para suas atividades principais. A maneira como a estrutura dos processos internos

de uma empresa é definida, reflete diretamente seu potencial de entrega de resultados,

podendo impactar nos tempos do processo, na qualidade das entregas além dos custos

necessários para manter a operação.

O objetivo desse trabalho é o de analisar a implementação de um software de gestão, cuja

finalidade é o de organizar o fluxo das atividades das áreas de Suprimentos, Financeiro,

Tecnologia da Informação, Qualidade e Segurança, de forma a implementar um sistema

de workflow dentro das atividades da empresa para atingir uma melhor coordenação e

sequenciamento das atividades, reduzindo retrabalho e gerando maior controle de cada

etapa do processo.

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1.3 Metodologia de Pesquisa

O trabalho apresentado foi elaborado no formato de um estudo de caso a partir das

informações adquiridas na implementação de um sistema de workflow em uma empresa

de gestão de estoques. De forma a gerar embasamento para tais aplicações da ferramenta,

foi realizado a pesquisa bibliográfica, para definição dos conceitos utilizados.

Segundo Gil (2002), podemos definir pesquisa bibliográfica como sendo desenvolvida a

partir da utilização mediante fontes bibliográficas, ou seja, que possuem material

elaborado, principalmente a partir de publicações periódicas, livros de referência e artigos

científicos. O mesmo, comenta ainda sobre as vantagens dessa abordagem, de forma a

garantir ao pesquisador maior alcance aos fenômenos possíveis do que os que poderiam

ser encontrados do que os realizados em uma pesquisa direta.

Um estudo de caso, segundo Yin (2001), pode ser definido como uma abordagem de

investigação de um fenômeno ou evento contemporâneo em seu contexto aplicado na

prática. Além disso, o estudo de caso pode ser utilizado para aplicações de projetos para

coleta de dados, de forma a registrar casos únicos ou múltiplos, servindo para futuras

avaliações, de modo a garantir uma perspectiva do mercado em geral.

1.4 Limitação

As limitações definidas ocorrem devido aos prazos de entrega deste trabalho coincidirem

com o término da implementação da ferramenta. Dessa forma a parte referente ao estudo

de caso fica limitada a avaliação da implantação do sistema, de forma a não abranger

avaliações de eficácia após a implementação se restringindo em prever os impactos e as

possíveis melhorias a médio e longo prazo.

1.5 Delimitação

A análise do caso ficará restrita às atividades de suporte da empresa, com destaque para

o Fluxo de Suprimentos o qual teve seu planejamento e construção descritos no estudo de

caso.

Dentre os limites estabelecidos para esse trabalho destaca-se que a avaliação do projeto

ficou restrita a fase de implementação do sistema e construção dos processos, não sendo

abordado temas como os critérios para a escolha do software. Isso ocorre pois foi nessa

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etapa que o autor foi incluído para o projeto e não acompanhou as etapas anteriores, se

limitando a apresentação da economia esperada pela empresa, sem se aprofundar nos

métodos utilizados para tais resultados. Além disso não serão apresentadas as linhas de

código desenvolvidas como regras das atividades e formulários, se restringindo a

apresentação de seu objetivo e caminhos. De forma a entender os conceitos e

funcionamento das tecnologias envolvidas em torno do BPMS e Workflow, na parte de

referência bibliográfica foi abordado pelo autor temas que tangenciam seu

funcionamento, como a arquitetura integrada de sistemas, arquitetura orientada a serviços,

notação de fluxograma, Event driven Process Chain e os sistemas integrados de gestão,

de forma que estes não irão possuir relação aplicada diretamente no estudo de caso,

servindo apenas para contextualizar os demais temas.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Definição de processo

A tecnologia atrelada a informação, hoje é tido como base de qualquer planejamento

estratégico e das decisões tomadas pelas empresas. O sucesso dessas escolhas tem um

impacto significativo na maneira como essas tecnologias são aplicadas, controladas e

medidas dentro de uma organização. Para iniciar o aprofundamento sobre o tema, é

preciso identificar e esclarecer o significado de processo.

Segundo ABPMP (2013, p 35), a definição de processo é “uma agregação de atividades

e comportamentos executados por humanos ou máquinas para alcançar um ou mais

resultados.”

Segundo, Davenport (1992, p 5), um processo é “uma ordenação específica das atividades

de trabalho ao longo do tempo e do local, com um começo, um fim e entradas e saídas

claramente identificadas.”

2.2 Tipos de processo

A definição do tipo de processo, auxilia no entendimento da gestão e controle das

atividades exercidas na empresa e no modo como são conduzidas. Diversos autores,

utilizam-se dessas definições, com diferentes nomes, mas com significados similares.

Segundo ABPMP(2013) temos essencialmente três modelos:

• Processo primário: São os processos que proporcionam experiência ao cliente, de

forma a gerar valor. São tidos como primários pois representam as atividades

essenciais que a empresa ou organização executa de forma a cumprir seu objetivo

perante o mercado. São processos que podem ser executados por mais de um setor

ou função, podendo até mesmo fluir entre organizações. Deve-se destacar que se

restringem a essa definição as atividades que imediatamente influenciam e

impactam na geração de valor. Atividade que impactam não de forma imediata

devem ser caracterizadas dentro dos outros tipos.

• Processo de Suporte: São caracterizados por servir como base e auxílio aos outros

processos, não se limitando aos processos primários, podendo servir de apoio de

outros processos de suporte ou gerenciamento. Tem a capacidade de geração de

valor, mas não de forma direta ao cliente e sim a outros processos.

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• Processo de Gerenciamento: Segundo ABPMP(2013, p 37),

tem o propósito de medir, monitorar, controlar atividades e

administrar o presente e ao futuro do negócio. Processos de

gerenciamento, assim como os processos de suporte, não agregam

valor diretamente para os clientes, mas são necessários para

assegurar que a organização opere de acordo com seus objetivos

e metas de desempenho. podem estar associados a áreas

funcionais ou serem interfuncionais.

2.3 Business Process Management (BPM)

A necessidade de uma abordagem estratégica perante o mercado, não garante somente a

sobrevivência e sucesso de uma empresa. O modo como como tais ações são adotadas

dentro da organização e o comprometimento dos responsáveis por aderir e adequar seus

processos e métricas a tal escolha, são peças fundamentais para atingir os resultados

esperados. Nesse cenário, surge os papéis de analistas e arquitetos de processos, de forma

avaliar a organização não como diversos cenários funcionais diferentes com métricas

separadas, mas como um único sistema complexo e dinâmico. É nessas condições que

surge o Business Process Management (BPM). Não há um consenso, pelos autores, sobre

a definição exata de BPM, porém foi utilizado o conceito segundo ABPMP (2013) de

considerar BPM como um modelo de disciplina gerencial de modo a adaptar as condições

da empresa ao objetivo definido por meio do gerenciamento de processos.

Além disso ABPMP (2013, p 40) define que,

BPM engloba estratégias, objetivos, cultura, estrutura

organizacional, papéis, políticas, métodos e tecnologias para

analisar, implementar, gerenciar desempenho, transformar e

estabelecer a governança dos processos.

2.4 Modelagem de Processo

Segundo Eriksson e Penker (2000), O desenho e modelagem dos processos de negócio é

uma abstração simplificada da estrutura do processo que facilita a comunicação entre

stakeholders, descreve as atividades dentro da organização e como elas se relacionam e

interagem com os recursos do negócio, visando alcançar o objetivo do processo.

Nesse sentido, a modelagem é parte fundamental para a estruturação da integração entre

os recursos da empresa. Pode ser entendida como a criação de uma simulação

simplificada de ponta a ponta do funcionamento do processo. A partir dele, pode-se

utilizar essas informações para organização, instrução, previsão, controle, comprovação,

explicação ou correção.

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Por conta de sua importância dentro das organizações, a adoção de uma simbologia

padrão e regras para sua modelagem é requerida para facilitar a construção e

entendimento do processo, sendo chamados de notações de modelagem. Tais notações

são representações gráficas de um conjunto pré-determinado de ícones e princípios no

levantamento do fluxo. Cada ícone possui seu significado e auxilia a construção do

modelo de forma a facilitar a comunicação e entendimento comum do processo.

É importante ressaltar que a modelagem de processos tenta reproduzir o cenário proposto

para uma atividade, porém, tratam-se de modelos representativos e por conta disso estão

sujeitas a eventos externos que podem não ser mapeados ou controlados.

2.4.1 Business Process Model and Notation (BPMN)

Segundo Stephen A. White(2004), o objetivo do BPMN é fornecer um conjunto de ícones

que possam ser reconhecidos facilmente por todos os usuários envolvidos na utilização

do mapeamento como os analistas que irão desenhar o processo e os técnicos responsáveis

pela utilização desse modelos para implementação de tecnologias de execução de

atividades. A notação de BPMN visa abordar tanto a facilidade para a criação de modelos

através de recursos simples de visualização quanto conseguir atingir aos casos mais

difíceis, intrínsecos do processo de modelagem. A utilização de tais recursos é

demonstrada na Figura 1, onde é apresentado um modelo genérico de modelagem do

fluxo

Figura 1 - Modelo representativo de modelagem BPMN Fonte: ABPMP (2013, p 81)

Para compreensão de cada ícone e suas representações básicas de BPMN, foi listado os

principais recursos na Figura 2. Vale destacar que essas são as representações básicas da

notação e que cada ícone pode conter um marcador ou imagem associada de forma a

representar uma determinada situação de uso, mantendo a descrição para o ícone

utilizado.

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Figura 2 - Símbolos da Notação de BPMN Fonte: Elaboração Própria

2.4.2 Fluxograma

Segundo ABPMP (2013) fluxogramas são utilizados à décadas e possuem um conjunto

para sua simbologia de forma a representar atividades, decisões e outras etapas comuns

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na modelagem. Apesar de possuírem um padrão estabelecido pela American National

Standards Institute – ANSI, existem diversas variações e aplicabilidades não

padronizadas por parte de seus usuários, o que impacta em representações de processos

tidos como mais complexos, por não estabelecer um modelo de fácil compreensão nesses

casos. Alguns dos ícones utilizados no fluxograma estão representados na Figura 3, logo

abaixo.

Figura 3 - Símbolos da Notação de Fluxograma Fonte: https://www.voitto.com.br/blog/artigo/fluxograma 04/08/2019 as 11:12

2.4.3 Event driven Process Chain (EPC)

Conforme definido por ABPMP (2013, p 85),

O EPC varia de muito simples ao muito complexo e descreve

eventos desencadeantes ou resultantes de uma etapa do processo,

chamada de “função”. Assim, o fluxo é normalmente evento-

função-evento. EPC se baseia em operadores lógicos, E, OU e OU

exclusivo chamado de “regras”. Regras expressam decisões,

testes, paralelismo e convergência no fluxo de processo. Um EPC

simples consiste de apenas esses objetos mais setas que definem

suas relações.

2.5 Negócios e Tecnologia da Informação

A importância do estudo de processos dentro da organização tem se destacado, pela

necessidade de alinhamento entre os objetivos das empresas com a infraestrutura

tecnológica necessária para atingir tal resultado. As empresas capazes de aproveitar as

vantagens provenientes da integração entre negócios e tecnologia conseguem melhores

resultados de desempenho, produtividade e presença de mercado (Kearns, 2003).

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O modo como a tecnologia é aplicada dentro da organização afeta diretamente o modo

como a mesma é organizada, alterando sua forma de trabalho, os processos definidos e

resultados esperados. Ao passo que novas tecnologias surgem, o mercado se adapta para

suprir novas demandas o que aumenta a complexidade do alinhamento entre a tecnologia

e a estratégia da organização. Montilva et alia (2014) comenta uma forte relação entre o

impacto da tecnologia na estratégia na empresa e da própria estratégia na tecnologia ao

passo que ambas se afetam de maneira cíclica com uma relação de causa-efeito-causa,

uma vez que novas tecnologias geram novas abordagens e objetivos para a empresa, e tais

mudanças requerem novas tecnologias na estrutura da organização, iniciando novos

ciclos.

2.5.1 Business Process Management System (BPMS)

À medida que novas práticas e visões eram adotadas pelas empresas, a necessidade de

novos softwares que comportassem tal estrutura também se desenvolveu para facilitar o

controle dos processos e automatização das atividades. Nesse cenário, o BPMS representa

softwares que possuem recursos de execução e delegação automático de atividades, a

partir de regras definidas anteriormente.

Segundo Oliveira et alia (2010), o controle das atividades e das regras de negócio

utilizando-se automatização dos processos a partir de regras e condições, garante maior

eficiência em sua execução e em seu monitoramento. Tais ferramentas facilitam a troca

de mensagens, dados, informações e arquivos de forma regularizada e monitorada,

desenvolvendo ambientes dinâmicos e colaborativos.

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Figura 4 - Modelo representativo da arquitetura de BPMS aplicado a organização Fonte: ABPMP (2013, p 375)

A evolução desses sistemas, sofreram grandes mudanças, sendo capazes de comportar

cada vez maior volume de transação de dados, transformando-se em ambientes com

suporte lógico necessário para construção de regras e condições a partir da gestão de

processos. Nesse sentido, pode-se relacionar o sistema BPMS à modelagem de processos

de modo a gerar aplicações por usuários, áreas e funções definidas no processo, para

serem executadas a partir dos modelos construídos, que podem ou não funcionar de modo

integrado a outros sistemas. A figura 4 acima, representa essa relação do funcionamento

de um BPMS, a partir da definição do processo, das regras e das interfaces com outros

sistemas.

2.5.2 Arquitetura Integrada de Processos (AIS)

No âmbito estratégico, posicionar-se de forma a aprofundar a utilização de tecnologia as

decisões a serem realizadas tem se tornado cada vez mais crítico para o sucesso da

organização. Oriundo de melhores condições e transformações das tecnologias

disponíveis, as empresas têm adotado e desenvolvido novas abordagens de relacionar de

forma sistêmica e integrado, os processos definidos, as tecnologias aplicadas e os

resultados esperados. Dessa forma, melhorando a resposta da organização a nível de

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sensibilidade do ambiente, velocidade de resposta, melhor capacidade de geração e

distribuição de informação de forma confiável, com preços cada vez menores.

Segundo Cameira (2003) o conjunto de tais tecnologias geram um cenário de hiper-

integração de modo que os processos das organizações não são mais limitados a uma

estrutura organizacional, podendo desenvolver formas e modelos definidos de forma a

considerar também os sistemas utilizados externamente como componente a ser

considerado no planejamento das decisões.

Tais tecnologias, ganharam larga escalabilidade com a utilização dos chamados web

services, os quais são capazes de utilizar aplicações web executadas em um conjunto de

servidores a partir de uma página na rede de internet, que são utilizados e estruturados a

uma arquitetura orientada a serviços SOA. Segundo ABPMP (2003, p 438),

Aplicação web é um programa ou conjunto de programas de

software que são acessados por meio de uma portal web para

executar uma determinada função de negócio. Essas aplicações

podem ser construídas de acordo com o propósito da organização

ou adquiridos de um fornecedor e normalmente são ligadas a

sistemas legados que podem acessar vários bancos de dados ou

executar determinadas funções em segundo plano, enquanto a

aplicação da web interage com o usuário do aplicativo.

Web Services são um conjunto de padrões que permitem a

integração e a comunicação de diferentes aplicações baseados na

web, independentemente da linguagem na qual foram escritos.

Em automação de processos com BPMS, Web Services podem

ser chamados pelas atividades de serviço para executar tarefas

que não dependem de interação humana, tais como extrair e

processar dados ou efetuar integração com aplicações legadas.

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Figura 5 - Modelo de uso do Web Service Fonte: Martins (2005, p 47)

A figura 5 representa um modelo do funcionamento de uma aplicação web, o qual é

utilizado juntamente ao BPMS de forma que um executor a partir de uma página da web

possa enviar ou receber informações entre diferentes sistemas, através de servidores de

Web Service.

2.5.3 Arquitetura Orientada a Serviços (SOA/EAI)

De modo que a troca de dados e informações possam ocorrer de maneira estruturada,

bem definida para que não ocorra divergências em suas aplicações e garantir maior

confiabilidade da transação, foi desenvolvido a arquitetura orienta a serviços. Segundo

Oasis (2006) a necessidade de utilização de dados de outros serviços de forma

automática, abriu caminho para a construção das primeiras arquiteturas orientadas a

serviço, sendo o SOA, padrões sugeridos e propostos para serem utilizados no

desenvolvimento de serviços que garantam a troca de dados com aplicações externas.

BIEBERSTEIN, (2006, PG. 5) define como,

um framework para a integração de processos de negócios e para

o suporte da infraestrutura de Tecnologia da Informação que faz

uso de componentes padronizados, que podem ser reusados e

combinados de forma a endereçar as mudanças das prioridades do

negócio.

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16

Figura 6 - Modelo de arquitetura SOA Fonte: Martins (2005, p 78)

De forma como representado na Figura 6, a utilização do SOA não atua diretamente na

troca de informação, somente no modo como tais serviços são disponibilizados e

executados refletindo as necessidades e diretrizes da organização. Segundo ABPMP

(2013), o SOA é abordado de forma a guiar o desenvolvimento de sistemas BPMS

facilitando assim a automatização de seus processos de forma que serviços possam

interagir com outros serviços parametrizados de forma similar.

2.5.4 Sistema Integrado de Gestão (SIG)

Sistemas integrados são o conjunto de recursos de software e redes de comunicação que

possuem o papel de executar, transformar e disseminar fluxos, atividades e informações,

em uma organização de forma a agir, monitorar e controlar o funcionamento dos recursos

dos stakeholders envolvidos.

Sperb e Neto (2014) caracterizam os sistemas integrados de gestão como tendo papel

fundamental nas organizações, sendo através deles que um administrador consegue ter

um acesso com facilidade as informações de todos os aspectos de sua organização. A

correta administração dessas informações passa a ser fundamental para seu sucesso, pois,

com base nelas os executivos podem decidir o rumo da empresa

Segundo (Laudon e Laudon, 2004), os sistemas de informação são aplicações de

diferentes fontes que atuam de forma integrada para processar, armazenar e gerar

informação de maneira coordenada de maneira a fornecer controle e facilidade para as

execuções de atividades e tomadas de decisão

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Segundo Cameira(2003), os sistemas de gestão podem ser classificados como:

• Sistemas de Planejamento dos Recursos Empresariais (Enterprise Resource

Planning - ERP)

Sistemas de Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management -

SCM);

• Sistemas de Gestão do Relacionamento com Fornecedores (Supplier Relationship

Management - SRM),

• Sistemas de Gestão do Relacionamento com Parceiros (Partner Relationship

Managemente - PRM);

• Sistemas de Gestão do Relacionamento do Cliente (Customer Relationship

Management - CRM);

• Sistemas de Gestão do Ciclo de Vida dos Produtos (Product Lifecycle

Management - PLM e Product Development Management - PDM);

• Sistemas de Inteligência do Negócio (Business Inteligence - BI)

➢ Entreprise Information Systems e Balanced Scorecard,

➢ Datamining (AMIUNE e KICKINGER, 2001);

➢ Datawarehouses ;

• Sistemas de Gestão do Conhecimento (Knowledge Management Systems - KMS),

parcialmente são também sistemas de BI;

• Sistemas de Automação de Processos (GED e Workflow);

• Sistemas Transversais à Cadeia (Sistema de Gestão do Relacionamento com os

Empregados (Employee Relationship Management - ERM)

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Figura 7 - Modelo de Integração dos SIG's Fonte: Cameira (2003, p 11)

2.6 Workflow

Conforme a figura 7, no molde de organizações cada vez mais integradas umas às outras,

a capacidade de uma empresa de organizar-se de modo a buscar e gerar informação, bem

como realizar atividades de maneira colaborativa tem cada vez mais impacto nos

resultados de desempenho da organização.

O sistema de Workflow tem como objetivo facilitar a execução e controle dessas

atividades, por meio da automatização de sua execução e delegação de tarefas. Por meio

desse recurso é possível definir previamente os executores das atividades de forma a

solucionar problemas de controle organizacional. Através do workflow é possível

especificar as atividades a serem executadas, as ações a serem seguidas, as rotas

percorridas e sequencia de suas atividades.

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Figura 8 - BPM para integração de um Workflow

Fonte: Martins (2005, p 70)

Para Fischer (2003) o entendimento do workflow é determinado como um processo

automatizado ao qual possui executores, ações e regras definidas, podendo estar ligadas

ao preenchimento de documentos, informação ou execução de atividades.

A figura 8 apresenta o modelo de uso e interação entre o sistema de workflow e a

utilização das aplicações Web e Web Services a partir de da abordagem de BPM. A partir

da utilização do workflow, podemos definir regras a serem executas em determinadas

atividades de forma a executar aplicações via Web Service, que podem ser realizadas tanto

de forma automática ou com a participação de um usuário. Ainda segundo Fischer (2003)

a utilização dos recursos de workflow permite maior ritmo de execução das tarefas

garantindo maior controle e confiabilidade das informações e eficácia do serviço.

2.6.1 Classificação de sistemas

Apesar de possui o mesmo objetivo, os recursos do workflow, possuem funcionalidades

e propósitos distintos, que podem variar bastante de acordo com as necessidades de

organização, os processos levantados e a capacidade de execução de múltiplas tarefas do

sistema. Segundo SILVA (2001) e Martins (2005), o Workflow pode ser categorizado da

seguinte forma:

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• Ad hoc: São os de fluxo mais simples e que requerem maior flexibilidade ao longo

de sua construção por conta de não possuir estrutura bem definida necessitando

adaptar-se à medida que é realizada. De forma geral são workflows que priorizam

o compartilhamento de informações. Dessa maneira, possuem pouca segurança

atrelado ao processo e pouca capacidade de tratamento de informação, não sendo

indicado para serem utilizados como processos primários de uma organização

• Administração: São workflows utilizados tipicamente para processos repetitivos,

geralmente envolvendo normas, documentos ou formulários. Por tratar-se de algo

recorrente possuem maior capacidade de tratamento de dados, além de possuir

regras de segurança mais estruturadas de forma a reduzir sua flexibilidade e rotas

possíveis.

• Produção: São utilizados para processos críticos dentro da organização, onde não

há margem para falhas e a execução do roteiro pré-definido deve ser seguida à

risca. São os modelos mais robustos dentre as categorias disponíveis de workflow

possuindo a capacidade de tratamento de um grande volume de dados e alto nível

de segurança no processo.

Alguns autores levantam uma quarta classificação, denominada de Colaboração. Possui

como sua maior característica, os repetidos ciclos de uma mesma etapa de forma a ser

obtido um resultado que seja aprovado por diferentes partes envolvidas no processo.

Possuem uma natureza de atividades dinâmicas de modo a proporcionar colaboração entre

os participantes envolvidos no processo.

A figura 9 resume os tipos definidos para o workflow quanto a suas categorias e

características conforme descrito

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21

Figura 9 - Caracterização das categorias de Workflow Fonte: Martins (2005, p 69)

2.6.2 Arquitetura de um sistema de Workflow

O workflow como outros sistemas apresenta subdivisões com características e funções

que trabalham juntas para obter o resultado esperado de automação de atividades. Silva

(2010) apresenta em sua tese um modelo de representação das camadas básicas que

compõe o sistema de workflow, apresentadas pela Figura 10 e descritos a seguir.

Figura 10 - Arquitetura de Workflow

Fonte: Silva (2010, p 27)

• Processos – É a camada superior de toda a arquitetura de forma a comportar os

outros recursos do workflow. Trata-se do sequenciamento das atividades ao longo

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do tempo para atingir um resultado, podendo ou não possuir regras em sua

parametrização.

• Casos – são as ocorrências propriamente ditas, ou instâncias dos modelos de

processos automatizados pelo sistema de workflow. Ao longo deste trabalho

utilizaremos o termo “instância” para representar esta categoria. Cada vez que um

processo é iniciado, cria-se uma nova instância do caso e as regras e atividades

passam a ser realizadas ou delegadas.

• Pastas – Uma pasta pode ser entendida como um local para armazenamento e

consulta de documentos eletrônicos de diferentes tipos e formatos, incluindo

documentos de texto, planilhas e formulários que servem como conjuntos de

registros de dados em um sistema de informação.

• Regras / Aplicações – A camada de regras é responsável pela determinação das

atividades de um processo. É nessa etapa onde ficam definidas os caminhos a

seguir, associação dos documentos e formulários, os executores de cada atividade

e ações a serem realizadas. Estas regras se dividem em papéis e rotas.

o Os papéis são as definições de responsabilidade de uma atividade dentro

do processo, ou seja, os usuários os quais deverão realizar uma

determinada tarefa delegada pelo sistema. Os papéis podem ser

referenciados a um único indivíduo ou a um grupo de usuários. Podem ser

definidos por localização, função, área, ou nível de segurança.

o As rotas de workflow é que executam o sequenciamento e ordenação dos

documentos e atividades ligadas ao processo. Existem basicamente três

tipos de rotas: rotas sequenciais, rotas paralelas e rotas condicionais

apresentas na figura 11.

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Figura 11 - Modelos de rota do Workflow Fonte: Traduzido de Silva (2010, p 28)

• Documentos – No último nível a categoria de documentos representam os dados

propriamente ditos. Estes podem ser representados na forma de documentos ou

tabelas, os quais são salvos em grupos de pastas, que estão associadas às

instâncias. Para as situações apresentadas no caso, podem ser representados

também a partir dos formulários eletrônicos, os quais podem possuir regras

associadas ao seu preenchimento.

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3 ESTUDO DE CASO

3.1 Apresentação das empresas

A empresa escolhida para a análise ao longo deste trabalho não terá sua razão social

exposta diretamente, por motivos de sigilo empresarial e solicitação por parte da

organização como critério de acordo para permissão da exposição das informações

apresentadas ao longo deste projeto. Por conta disso, será caracterizada ao longo dos

textos como empresa Y.

Presente em diversas cidades, a empresa Y, está em mais de 15 estados e com operações

em várias indústrias diferentes, oferece solução completa e inovadora de serviços de

planejamento e gestão de estoque, buscando otimização, aumento de controles,

aprimoramento de gestão e geração de caixa associada à redução de custos e estoque,

oferecendo assim, serviços que cobrem toda a cadeia de suprimentos. A empresa possui

seu próprio sistema de planejamento de estoque e está presente atuando em 15 estados do

Brasil e 3 países da América Latina.

3.1.1 Análise das necessidades

A empresa Y nos últimos anos vem apresentando crescimento relativo constante e está

bem segmentada dentro do mercado a qual se propôs a atender, retornando bons

resultados e com novos contratos à vista. Por esse motivo, foram identificadas

oportunidades dentro da organização. Para que esse crescimento permaneça de forma

sustentável, foram definidas mudanças necessárias dentro dos fluxos de processos da

empresa.

Hoje a empresa Y é composta de 13 áreas as quais possuem diversos processos e fluxos

definidos, ocorrendo de maneira interligada e dependente uma da outra. Ao mesmo tempo

que o fluxo de informação ocorre de maneira conjunta entre as áreas, os sistemas de gestão

dessas informações não possuem qualquer tipo de integração, o que resultava em

dificuldade de aquisição de informação, atrasos por falta de rastreabilidade nas tarefas,

baixa capacidade de utilização de indicadores pela gerência por conta de cruzamento de

dados e um alto custo atrelado a manutenção desses sistemas.

Após diversas reuniões ficou decidido a implementação de um sistema de gestão

integrado para os fluxos da empresa, que assumisse a responsabilidade de controlar as

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tarefas do dia a dia dos funcionários, garantindo confiabilidade das informações,

segurança dos dados apresentados e que conseguiria realizar todos os recursos dos antigos

sistemas sem que houvesse perda de funcionalidades já presentes.

3.1.2 Substituição dos softwares

O processo de seleção de um novo software para substituir os anteriores levou em conta

os fatores de custo de implantação, custo de manutenção, dificuldade de implementação,

funcionalidades, interface amigável, integração com outros sistemas e estabilidade e

segurança da rede.

Os sistemas substituídos realizavam a função de:

- Gestão Eletrônica de Documentos

- Registro de Inspeções e Checklists

- Intranet da empresa

- Sistema de Ensino a Distância

- Sistema de Abertura de Chamados

Como parte da limitação do trabalho, não será analisado os fatores comparativos da

escolha do software perante aos outros disponíveis do mercado. Será avaliado somente

sua implantação e utilização, pelo fato do autor só ter sido convocado ao projeto após essa

etapa.

3.1.3 Viabilidade financeira e economia esperada

A contratação do serviço tinha objetivo esperado de melhorar os fluxos internos, garantir

maior confiabilidade na informação, gerar melhor controle a diretoria a partir do uso de

workflows e redução dos custos com a substituição dos sistemas anteriormente

apresentados. A análise realizada para obtenção de tais valores não foi abordada nesse

trabalho, de forma a somente apresentar as estimativas de gasto e a economia com

software. Foram consideradas as despesas mensais com os sistemas, os custos de

aplicação do mesmo (Horas da consultoria) e a economia estimada com a saída dos

anteriores. Para conceituação no gráfico, considerou-se como “Receita” a diferença entre

o custo de uso dos sistemas anteriores menos o custo atual com o sistema. A figura 12,

abaixo retorna à avaliação da receita e gastos mensais após o início da implementação,

devendo-se considerar o mês “1” como o 1° mês a partir da contratação do sistema.

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Figura 12 – Comparação mensal dos gastos pela economia esperada

A figura 13 estima a despesa geral, considerando-se a receita ou economia gerada naquele

determinado mês menos o valor das despesas ocorridas, considerando o custo mensal dos

sistemas e dos custos sobre o investimento. Dessa forma, espera-se que após 11 meses

passados da implementação do sistema, a economia gerada pela implementação

ultrapasse a despesas.

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Figura 13 - Retorno esperado acumulado Fonte: Elaboração Própria

3.1.4 O Software SoftExpert

O sistema da SoftExpert apresenta uma diversidade de módulos, que funcionam de forma

integrada, com o intuito de servir como base para a elaboração e desenvolvimento de uma

rede de processos colaborativos de gestão de forma a prover a melhoria dos processos e

desenvolver um sistema de melhoria contínua dentro da organização. O mesmo conta com

uma gama de funcionalidades internas para auxiliar as empresas a atingir as metas e

objetivos pretendidas, por meio de processos de gestão em conformidade com as normas,

envolvendo pessoas de vários departamentos, unidades de negócios, fornecedores e

clientes. O controle das delegações e atividades dos fluxos da organização são feitos de

forma automatizada, e podem ser configuradas no próprio sistema conforme as pretensões

da empresa.

Figura 14 - Ícones do Software Fonte: https://www.softexpert.com/pt-br/produto/gestao-formularios/

Acesso em 01/08/2019 as 09:30

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Para os objetivos requeridos da empresa Y foi contratado um pacote inicial contendo 10

módulos, sendo 3 considerados chaves para a construção dos fluxos, representados na

figura 14.

• SE Workflow: é o módulo responsável pela automatização das tarefas do sistema,

realizando a execução automática de atividades e delegação para os responsáveis.

É nesse nele onde ficam armazenados os registros de instâncias abertos.

• SE Formulário: Esse módulo é utilizado para construção de formulários

eletrônicos, os quais podem ser configurados em níveis de conteúdo, design e

regras

• O SE Processo é o módulo que permite ao usuário a utilização da ferramenta de

modelagem processos. A partir dele é possível desenhar os modelos pretendidos

e utilizar juntamente aos outros módulos, de forma a tornar executável o fluxo (SE

Workflow) e associar formulários (SE formulário) a serem preenchidos pelos

usuários ou pelo sistema

3.1.5 Relacionar o software a partir da pesquisa bibliográfica

Pode-se definir o software da SoftExpert, como um sistema de BPMS, que possui como

objetivo servir como base para os processos da empresa facilitando o gerenciamento das

atividades a partir da delegação e automatização de tarefas e do controle dos processos.

O mesmo utiliza-se de aplicações Web e configurações Web Services para seu

funcionamento, sendo possível acessar e instanciar processos de qualquer localização

com internet, a partir de uma página na rede via computador ou até mesmo pelo celular.

Os componentes do sistema são separados em módulos, os quais podem ser adquiridos

separadamente ou em conjunto, de forma a funcionar como um sistema integrado de

gestão. Ao longo deste trabalho será limitado a discussão da implementação do sistema

de Workflow para automatização das tarefas, porém para fins de caracterização da

ferramenta, pode-se destacar também a possibilidade de implementação de módulos para

construção de Sistemas de Inteligência do Negócio, Sistemas de Gestão do Ciclo de Vida

dos Produtos e Sistema de Gestão do Relacionamento com os Empregados.

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3.1.6 Notação e funcionalidades da ferramenta

Como descrito anteriormente, para construção do workflow, inicialmente se faz

necessário a utilização do módulo de SE Processos. O sistema emprega a utilização de

recursos a partir de um processo modelado na ferramenta, isso significa que o usuário

deve utilizar-se das representações gráficas disponibilizadas para construir o fluxo e em

seguida parametrizar as regras e funcionalidades em cima de cada ícone ou modelo

gráfico. No sistema, a nomenclatura atribuída a essa ferramenta é chamada de

“Fluxograma” (como será observado mais adiante), porém como visto no tópico de

notações de modelagem, podemos dizer que essa não é a nomenclatura adequada por

conta dos recursos disponíveis. A notação de modelagem adotada pelo sistema

assemelha-se a notação de BPMN, conforme figura 15, porém com uma limitada

quantidade de ícones e recursos disponíveis para construção do modelo gráfico.

Figura 15 - Modelo representativo da modelagem do Workflow Fonte: https://www.softexpert.com/pt-br/solucao/gestao-de-processos-de-negocio-bpm/

Acesso em 01/08/2019 às 14:15

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Os ícones apresentados no sistema, possuem as mesmas funcionalidades e descrições já

comentadas anteriormente da notação BPMN. O sistema faz uso dos seguintes recursos

para construção do processo:

• Atividade

• Gateway

• Conectores

• Raias

• Evento de Início

• Evento de Final

Para melhor compreensão dos fluxos, a lista dos ícones utilizados e sua descrição são

apresentados nas figuras 16 e figura 17.

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Figura 16 - Notação dos ícones do Workflow Fonte: Elaboração Própria

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Figura 17 - Notação dos ícones do Workflow Fonte: Elaboração Própria

3.1.7 Parametrização do Processo

Ao iniciar a modelagem do processo, o responsável terá acesso a uma diversidade de

funcionalidades atribuídas diretamente aquele fluxo, e que afetam o registro do processo

como um todo. Cada funcionalidade pode ser parametrizada da forma como for de melhor

interesse para o responsável pela construção do fluxo, não sendo obrigatório o uso de

todos os recursos dentro do processo. Porém se o usuário optar pela utilização de

determinado recurso, deverá preencher todo os campos obrigatórios, assinalados com

asterisco vermelho como demonstrado no exemplo da figura 18.

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Figura 18 - Funcionalidades do Processo Fonte: Adaptado de https://www.softexpert.com/pt-br/solucao/gestao-de-processos-de-negocio-bpm/

acesso 25/08/2019 as 19:32

As funcionalidades ficam disponíveis na aba lateral esquerda da tela e no botão de

ferramentas, Figura 18, de modo que são definidas como:

• Dados Gerais: refere-se às características básicas de informação de um

determinado fluxo, como nome, Categoria do Fluxo, Data de criação, Data de

Atualização, Contagem da revisão, Área do processo e Identificador do processo.

• Duração: Refere-se a qual o tempo previsto estipulado do início ao fim do fluxo,

e pode ser customizado de forma a apresentar indicadores de acompanhamento e

atraso (SLA)

• Automação: Habilitar essa funcionalidade garante a integração do módulo de

processo com o módulo de workflow, de forma que as atividades e regras

associadas só estarão operando de forma funcional e autônoma quando esse

recurso estiver habilitado.

• Atributo: São campos que podem ser associados ao processo de modo a registrar

um determinado valor ou lista de valores, como um registro do fluxo.

• Instância: Esse recurso é responsável pela identificação do registro do fluxo.

Cada fluxo instanciado recebe uma numeração única e exclusiva. Essa

identificação pode ser configurável de modo a escolher:

➢ Número sequencial

➢ Identificador do processo + sequencial

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➢ Máscara de identificação (Nesse modo pode-se customizar a

identificação com prefixos e separadores + sequencial)

• Segurança: Refere-se à proteção e controle das escolhas do nível de acesso dos

usuários dentro do processo. É configurável definir os usuários que terão acesso a

Alteração; Exclusão; Revisão; Conhecimento da Revisão; Visualização e Edição

do Processo; ainda é possível definir a quem é liberado iniciar ou não os fluxos.

3.1.8 Parametrização das Atividades

Após a construção do modelo gráfico, é possível acessar as funcionalidades disponíveis

em cada ícone de forma a definir os parâmetros que serão utilizados para especificar as

regras e medidas para aquela atividade. Cada caixa de atividade pode receber um

determinado conjunto de regras, não sendo necessário que se repitam ou se acumulem,

porém, essas opções estão disponíveis caso seja necessário.

• Dados Gerais: De forma similar ao processo, os dados gerais da atividade

referem-se às características básicas da atividade, como Nome, Tipo da Atividade,

Data de criação, Data de Atualização, Identificador da Atividade e outros. .

• Duração: Refere-se a qual o tempo previsto para determinada atividade, e

também possui a possibilidade de ser customizado de forma a apresentar

indicadores de acompanhamento e atraso (SLA).

• Ação: Esta funcionalidade, define as possíveis execuções da atividade/decisão,

podendo existir uma ou mais ações que possam ser executadas. Por meio deste

recurso, devem ser configuradas informações como nome e os ícones das ações

(Que ficarão visíveis na execução do processo), qual a atividade alvo de cada,

estipular regras para cada caminho, definir impedimentos e requerimentos

exigidos para seguir para tal rota.

• Execução: Neste recurso, deverá ser definido quem ou quais responsáveis serão

registrados pela execução da atividade, sendo possível definir tanto executores

fixos ou variáveis (a partir de uma escolha ou condição que tenha ocorrido no

processo). Pode-se escolher:

o Fixos

▪ Usuário específico;

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▪ Área; nesse caso a tarefa irá ficar disponibilizada no quadro de

atividades de todos os usuários cadastrados naquela determinada

área;

▪ Área/Função; funciona de forma similar a anterior, porém ficará

disponível apenas para os usuários cadastrados com determinada

função dentro daquela área;

▪ Papel Funcional: O papel funcional atua como grupos pré-

definidos de usuários, que podem ou não ser possuir mesma área

ou função;

o Variáveis

▪ Iniciador do processo;

▪ Líder do iniciador do processo;

▪ Executor de uma atividade específica;

▪ Líder do executor da atividade específica;

▪ Fórmula; é possível definir o executor a partir de uma condição ou

escolha realizado pelo usuário, tanto no processo quanto no

formulário. para utilizar este recurso o responsável pela

parametrização necessita ter conhecimento dos recursos do

programa MySql;

Além disso o recurso de execução permite definir caso o executor seja um grupo,

a associação automática ao usuário com menos atividades em execução, com

menos horas previstas para execução ou mesmo de modo sequencial.

• Formulário: é possível associar um ou mais formulários para preenchimento

dentro de uma atividade. Dentro do formulário o usuário deverá preencher os

campos definidos e requeridos já definidos anteriormente. Obrigatoriamente, todo

formulário, possui uma tabela associada a ele, o qual utiliza-se dos campos

preenchidos pelo usuário para registro das informações. Todo campo do

formulário corresponde a uma coluna da tabela, e os registros preenchidos em um

formulário ficam salvos em uma única linha. Isso permite que um fluxo já

encerrado possa ser consultado a qualquer momento por pessoas autorizadas.

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• Instância: Em atividades, o recurso de Instância, permite disponibilizar ou não

ao usuário delegar a tarefa para outra pessoa. Como padrão essa ação vem

indisponível para o executor da atividade.

• Requerimento: Neste recurso pode-se exigir ou não anexos e/ou documentos

necessários para finalização da atividade/decisão em questão. Caso o usuário não

insira o anexo, ele não conseguirá seguir com o fluxo.

• Questionário: Esse recurso permite associar um questionário com um conjunto

de perguntas pré-definidas para ser respondidas pelo usuário. São bastante

utilizadas para avaliação da satisfação ao final do fluxo.

• Situação: Toda atividade encaminhada para o usuário ficará pendente do quadro

de tarefas do funcionário, apresentando o identificador do processo e em qual

atividade está. É possível editar o nome que será apresentado para o usuário na

sua lista de tarefas através desta funcionalidade. Este recurso não impacta

diretamente no workflow, se limitando a melhorar a experiência do usuário dentro

do sistema de forma a tornar a informação mais clara. Se não for preenchido, irá

retornar apenas com o identificador da tarefa

3.2 Planejamento e Levantamento de Informação

Para implantação do sistema, a equipe contou com dois profissionais da área de projetos,

um da área de tecnologia da informação e um consultor externo de empresa contratada.

O projeto teve duração de 6 meses e foi dividido em duas etapas. A primeira tendo

duração de 4 meses e com o objetivo de construção de 3 processos já definidos e

mapeados na empresa, que são:

• Processo de suprimentos, tendo o objetivo de tornar todo o processo de compra

do material desde a geração da ordem de compra até a aprovação do lançamento

da nota fiscal via sistema. Vale ressaltar que a declaração dos pedidos e notas

fiscais perante o governo permaneceu sendo feito por outro software.

• Processo de registro de ocorrência, de forma que todo e qualquer acidente, quase

acidente ou ocorrência que aconteça dentro da operação de gestão de estoque deve

ser prontamente registrado e enviado para os líderes da localidade. Com a

utilização de formulários eletrônicos via sistema, é possível utilizar melhores

campos de preenchimento do ocorrido, deixando-os com uma riqueza maior de

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detalhes e facilitando a descrição para os usuários. Assim esperando que melhores

planos de ação serão gerados e que melhores análises poderão ser feitas para evitar

ou minimizar riscos.

• Processo de registro de não conformidade, de forma similar ao registro de

ocorrência citado anteriormente, qualquer cenário de percepção de desvios,

situações e eventos que fujam do protocolo podendo apresentar risco ao

colaborador devem ser registrados e encaminhados para os líderes responsáveis

pela localidade.

Os três processos se encaixam na definição definida por ABPMP(2013) anteriormente e

podem ser categorizadas como processos de suporte, por servirem de base para outros

processos atuando no sentido de gerar valor de forma indireta para o cliente, pois tratam-

se de garantir o funcionamento da operação (Suprimentos) e da qualidade do serviço (

Ocorrências e Não Conformidade).

Para a implementação do software, a equipe seguiu premissas estabelecidas de comum

acordo com a diretoria da empresa, de forma a alinhar as expectativas com o novo

software com o tempo disponível para a implementação (tempo do consultor). Dessa

maneira, ficou definido para a primeira etapa do projeto que:

• Os processos devem ser elaborados de forma a “replicar” os fluxos já existentes.

Dessa maneira, melhorias ou alterações no processo deixaram para ser realizadas

quando a equipe estiver mais familiarizada com o potencial do software, focando

em 1° momento em tornar o fluxo realizável pelo sistema;

• A explicação das etapas dos processos, com suas condições, executores e

responsáveis já haviam sido mapeada previamente e estavam a disposição da

equipe no formato de manuais em arquivo eletrônico;

• Todos os formulários, de forma similar aos processos, deveriam ter seus

conteúdos “replicados” na ferramenta pelo módulo do SE formulário. Dessa

maneira, os campos disponíveis a serem preenchidos anteriormente deveriam

estar incluídos na nova ferramenta, devendo apenas criar novos campos mediante

necessidade para a utilização no processo.

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Para a segunda parte, ficou definido a transição dos cursos e treinamentos online,

mapeados por área e cargo, implantação do Fluxo de Chamados e implantação do Fluxo

de Avaliação de Saúde ocupacional, de forma a substituir os sistemas utilizados

anteriormente. Esses processos não formam abordados nesse trabalho.

No início do projeto, foi apresentado a equipe as funcionalidades e recursos disponíveis

em cada um dos módulos, como eles se relacionavam e como poderiam ser utilizados. O

sistema possui funcionalidades de cadastro e registro de usuários, funções, áreas,

empresas, clientes, fornecedores e fabricantes, sendo possível alterar e configurar suas

informações pessoais de forma a serem utilizados nos formulários no formato de lista, o

qual será explicitado nos próximos tópicos. Tal recurso garante maior agilidade e

facilidade no preenchimento das informações pelo usuário, sendo que são informações

necessárias em quase todos os formulários planejados. Para tal, foi necessário realizar o

levantamento dos dados, junto as áreas responsáveis, de cada um dos tópicos

mencionados, ocorrendo de forma paralela a construção dos fluxos. Dois pontos exigiram

maior esforço da equipe em relação a esse assunto:

• Dados dos funcionários ausentes ou incompletos; em alguns casos, a

obtenção de tal informação foi dificultada por não haver registros

destinados a ela, como foi o caso da localização do local de trabalho do

funcionário. O controle era realizado somente via centro de custo, o qual

continha a informação do nome do cliente, a cidade e o estado. Porém

alguns clientes possuem mais de uma localidade, fábrica, galpão ou centro

de distribuição por cidade, e tal informação era requerida nos campos dos

formulários. Para tal foi realizado o levantamento de tais informações

faltantes juntamente aos líderes de cada localidade de forma a mapear o

local de trabalho de cada colaborador.

• Padronização e Tratamento dos dados; cada área é responsável pelo

controle e manutenção das informações a qual são de sua

responsabilidade. Quando recebido os dados pela equipe, foi destacado

grande variabilidade de representações de texto para um mesmo

significado. Um dos casos destacados como exemplo, foi o campo de

“Estado” de empresas, fornecedores e Clientes, o qual possuía diferentes

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nomes para um mesmo significado como: “Rio de Janeiro”, “RIO DE

JANEIRO”, “Rio”, “RJ”, “Rj”, além dos casos de erro de ortografia. Tal

variabilidade causa grande impacto nos fluxos, como será explicado mais

a frente. Para tal a equipe adotou alguns padrões e regras para inserção dos

dados na ferramenta, como:

o Utilização de caixa alta para todos os nomes próprios;

o Restrição ao uso das siglas para os identificadores, salvo para o

campo de Estado, o qual é obrigatório;

o Proibição do uso de caracteres especiais para documentos pessoais

como CPF, Identidade, Carteira de Motorista;

3.2.1 Construção dos Formulários

Figura 19 - Modelo de Formulário Fonte: https://www.softexpert.com/pt-br/solucao/gestao-de-processos-de-negocio-bpm/

Acesso: 25/08/2019 as 18:32

Os formulários são documentos online programáveis para serem preenchidos pelo usuário

em uma ou mais atividades. Podem ser configurados de forma a possuir campos

obrigatórios ou não, conforme figura 19 além de inserir regras e comandos para

preenchimento automático de campos. Os componentes disponíveis são:

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• Input: É um campo que permite a entrada de dados do tipo texto, número e

decimal.

• Lista de valores: É um campo que permite a seleção de um valor por meio de

uma tabela ou por meio de uma busca.

• Checkbox: É um campo que permite assinalar a marcação ou não de uma opção.

• Radio Button: É um campo que permite marcar uma opção entre diversas (outros

radio buttons).

• SpinInput: É um campo que permite a entrada restrita de dados do tipo número.

• Texto: É um campo que permite a entrada restrita ao tipo texto.

• Data: É um campo que permite a entrada restrita de dados do tipo data.

• Hora: É um campo que permite a entrada restrita de dados do tipo hora.

• Grid: É uma tabela que permite associar diversos registros como, por exemplo,

itens de um pedido.

• Arquivo: É um campo que permite a seleção de um arquivo.

• Assinatura: É um campo que permite a inclusão da assinatura do usuário.

Além disso é possível inserir elementos com finalidade estrutural como linhas de

marcação, Titulo, imagens e Botões.

Apesar da organização possuir mais de 1000 funcionários, não mais que 200 utilizam o

computador mais que 1 hora por dia, dentro de sua rotina. Por conta disso a equipe

considerou algumas regras e padrões que devem ser adotados no desenvolvimento de um

Workflow na etapa da construção de seu formulário.

• O sistema da SoftExpert possui diversos recursos para coleta e preenchimento de

informações, de forma automática, tornando o preenchimento dos campos menos

desgastante para o usuário e garantindo menor chance de erro. Nesse caso, ficou

definido que quando houver a necessidade de tal informação, deverá ser utilizado

as regras e comandos de forma preferencial. Por exemplo: Nome do iniciador do

processo, data de abertura do fluxo ou numeração do processo.

• Os campos os quais já tenham valores pré-definidos para serem apresentados ao

usuário deverão ser utilizados na forma de uma lista. Dessa maneira, o

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preenchimento dos campos se torna mais rápido e restringe ao usuário a escolher

dentre os possíveis recursos liberados pelo sistema evitando possíveis erros

durante o preenchimento.

• Todo e qualquer funcionário da empresa têm acesso garantido e liberado aos

workflows do sistema, correspondentes de sua função, assim que é contratado. Foi

definido ao longo da implantação que os atuais funcionários e os que entrem

posteriormente devem receber treinamento básico online de funcionamento do

sistema antes de iniciarem suas funções, garantindo maior entendimento e melhor

adaptação a nova ferramenta. A apresentação inicial da localização dos

treinamentos ficará de responsabilidade do líder do colaborador, após isso o

funcionário terá acesso a diversos cursos explicando o funcionamento do sistema

e os procedimentos que deverá realizar.

3.2.2 Construção do Workflow

Para construção do fluxo de suprimentos foi analisado todo o procedimento realizado

desde a solicitação do material pelo requisitante até seu pagamento pelo setor financeiro.

Foi identificado as atribuições de cada uma das áreas, apresentado na figura 20, suas

tarefas e deveres dentro do fluxo, considerando os cargos responsáveis, o tempo estimado

em cada atividade, as regras de negócio estabelecidas e os possíveis desvios dentro do

fluxo.

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Figura 20 - Quadro de Responsabilidade Fonte: Elaboração própria

De forma a facilitar a visualização do modelo do processo pelos usuários, optou-se por

dividir o processo inteiro de suprimentos em processos menores. Essa divisão foi

necessária por conta da diversidade de material/serviço, forma de pagamento, urgência

na solicitação e outros casos mapeados, que requerem abordagens diferentes de

tratamento.

O processo do fluxo de Suprimentos tem como objetivo a realização das

compras/contratações de materiais ou serviços de forma regulamentada e formalizada

para a solicitação de fornecimento de uma empresa terceira que pode ou não estar ligado

a um contrato.

3.3 Requisição de Compra

O processo de requisição de compra foi o maior dentre os fluxos construídos pela equipe,

o qual é representado nas figuras 21, 22 e 23 o qual terá cada atividade detalhada nos

tópicos seguintes. Como ocorria antes, e permaneceu definido dessa forma, todo

colaborador pode iniciar um processo de compra, instanciando um processo no painel de

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suprimentos que fica à vista no portal do funcionário assim que é realizado o acesso ao

sistema.

Figura 21 - Fluxo de Suprimentos Fonte Elaboração Própria

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Figura 22 Fluxo de Suprimentos Fonte: Elaboração Própria

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Figura 23 - Fluxo de Suprimentos Fonte Elaboração Própria

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3.3.1 Solicitação de Compra

Assim, que instanciado o workflow para solicitação de compras, é disponibilizado na tela

do funcionário o formulário de compras. Toda e qualquer requisição deve ser iniciada

através deste formulário denominado Requisição de Compra (RC). Que possui por

objetivo a descrição de forma detalhada das especificações do material e/ou serviço a ser

contratado. Nela o funcionário deverá preencher informações como centro de custo, o

local de entrega, o motivo da compra, se existe urgência e fornecedores de preferência.

Além disso deverá constar a descrição completa do material, a categoria a qual está

inserido, qual quantidade pretendida e seu valor unitário de referência. O funcionário

deverá preencher também o campo “Tipo de requisição, de modo a definir a qual classe

de requisição sua solicitação estará sujeita. As requisições de compra poderão ser do tipo

“Normal de aquisição de materiais ou serviços”, do tipo “Requisição de ativos

imobilizados”, do tipo “Requisições de catálogos”, do tipo “requisição de regularização”

e por último de “Compra delegada”. Essas categorias serão explicadas mais adiante.

O menor valor exigido por requisição de compra é de no mínimo R$ 100,00, regra

definida pela diretoria para evitar sobrecarregar o setor de suprimentos com compras

menores. O requisitante deve planejar suas demandas de materiais e serviços

considerando o valor definido, além do prazo de entrega dos materiais ou de mobilização

para execução dos serviços. Este valor aparece dentro de um campo denominado “Valor

total da requisição”. Ao tentar dar prosseguimento a próxima etapa o sistema realiza a

avaliação do campo. Caso o valor seja menor que 100 reais o mesmo apresenta uma

mensagem de alerta, impedindo o usuário de seguir o envio para próxima etapa. Para

esses casos a compra é feita fora do sistema e não requer processo de pedido de compra.

3.3.2 Alçada de Aprovação da Solicitação de Compra

Após a conclusão do preenchimento do formulário, o workflow segue para seu primeiro

operador de decisão (gateway) dentro do sistema. Nesse recurso tanto as entradas quanto

as saídas são pré-configuradas através de condições para verificação (nas entradas) e

fórmulas (nas saídas). Para este caso foi configurada uma verificação da escolha do centro

de custo, preenchida no formulário pelo requisitante. Para os casos de centros de custo

relacionados diretamente a operação e gestão dos armazéns, estes irão requerer do usuário

selecionar o nome do gerente geral da localidade do requisitante. Para os casos de centro

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de custo de natureza corporativa, será requerido selecionar o gerente corporativo

responsável pela área. O requisitante só poderá seguir com o fluxo após a escolha do

centro de custo e da seleção dos campos seguintes. Ambos os caminhos possuem mais

alçadas de aprovação que funcionam de maneira a verificar o valor total da requisição.

As requisições de compras deverão ser verificadas pelos responsáveis e em caso de terem

sido preenchidas incorretamente ou possuir irregularidades, serão retornadas para o

solicitante. O processo será reiniciado, sendo obrigatório sua aprovação conforme fluxo

de aprovação definido. O gerente geral, corporativo ou diretores devem indicar o

problema identificado no formulário da RC na devolução ao requisitante. O sistema conta

com um programa de histórico do workflow, onde é possível descrever o motivo do

retorno e os campos a serem corrigidos, podendo enviar alertas para sinalizar o

requisitante do erro cometido. Caso seja realizado o retorno para correção, a RC deverá

seguir novamente para os gestores, sendo necessário a aprovação de todos da alçada mais

uma vez. Além disso as requisições também podem ser rejeitadas na etapa de aprovação

das alçadas.

Após a aprovação do gerente geral/ corporativo, o fluxo seguirá para os próximos

gateways. As regras aplicadas nesses casos são baseadas no valor total da requisição,

considerando o valor de referência definido pelo requisitante e se enquadram nas figuras

24 e 25.

Figura 24 - Regras de Aprovação (Corporativo) Fonte: Elaboração Própria

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Figura 25 - Regras de Aprovação (Operação) Fonte: Elaboração Própria

Quando há ausência de algum aprovador, o mesmo poderá delegar suas tarefas e

aprovações para outro colaborador, podendo o substituto pertencer a um nível hierárquico

inferior ou superior. Para que a delegação passe a valer, o aprovador que irá se ausentar

deve sinalizar dentro do sistema sua ausência, preenchendo a justificativa e selecionando

o nome do substituto, sendo restrito a uma única pessoa que receberá todas suas atividades

durante o período de ausência, que também deverá ser preenchido.

3.3.3 Categorização

Após a aprovação da requisição de compra ser realizada, o sistema passa para a etapa de

categorização, que é definida por um gateway de decisão que foi construído para verificar

os campos definidos no formulário de forma a definir a qual fluxo o workflow deverá

seguir. Essa etapa é realizada automaticamente pelo sistema e não está atrelada a nenhum

usuário, sendo feito de forma autônoma a partir das regras já pré-definidas pela equipe de

sistema. As categorias apresentadas na figura 21 são definidas como:

3.3.3.1 Compras c/ Ativo

Ativos são os materiais ou equipamentos aplicados nas atividades da empresa ou para fins

administrativos da mesma que possuam vida útil superior a um ano. São critérios

comumente utilizados para classificação de ativos:

• Existir retornos econômicos para a empresa da utilização do mesmo;

• custo do item puder ser mensurado confiavelmente;

• Custos referentes à aquisição ou melhoria de bens ou direitos,

• Cuja vida útil ultrapasse o período de 12 (doze) meses e de valor unitário mínimo

de R$ 1.200,00.

A Requisição de Compra de Ativo Imobilizado deve ser enviada para aprovação do setor

de Controladoria para avaliação das informações, bem como preenchimento dos campos

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de sua responsabilidade e posteriormente ser encaminhado para o setor Financeiro, que

finalizará o preenchimento dos campos de sua responsabilidade. Após a aprovação do

financeiro, o workflow realiza novamente a aplicação das regras estabelecidas

anteriormente para categorização da RC, dessa vez já com a aprovação de Ativo, indo

diretamente para as outras categorias disponíveis.

3.3.3.2 Regularização

As requisições de compra de regularização são categorizadas dessa maneira para os casos

onde houve solicitação diretamente do requisitante para o fornecedor em nome da

empresa, sem envolvimento ou participação do setor de suprimentos. Além disso, é

destinada a compra de itens de forma fora do padrão, como medidas de emergência que

envolvam a operação de forma a combater ou contingenciar algum acidente ou evento

não previsto. São casos excepcionais, os quais necessitam de entregas rápidas para

responder a esses eventos. Somente nesses casos o requisitante possui autorização para

realizar esse tipo de compra, não devendo ser utilizado para outras situações, conforme

orientação da empresa.

Após o recebimento/prestação do item, o requisitante deverá iniciar no sistema, o fluxo

de Solicitação de compra com esta categoria marcada, informando o valor e o fornecedor

envolvido. Este caso não passará por cotação indo, após a aprovação dos gerentes,

diretamente para a etapa de criação do pedido de forma a “corrigir” o fluxo e gerar

rastreabilidade e controle para esses casos.

3.3.3.3 Delegada

As requisições de compra delegada, são utilizadas dentro da empresa para formalização

da solicitação de um tipo específico de requisição, vale ressaltar que essa modalidade

deverá ser utilizada exclusivamente para prestação de serviços. Essa modalidade destina-

se onde cabe ao requisitante apenas a solicitação de um serviço, mas que não lhe fique

incumbido detalhar as informações técnicas requeridas para tal, sendo de

responsabilidade de um outro colaborador ou área da empresa, como por exemplo

contratação de cursos e treinamentos externos, que são de responsabilidade da área de

Recursos Humanos, o qual possui melhor entendimento da formalização e descrição de

tais solicitações. Nesse caso, o requisitante deve entrar em contato com a área responsável

indicando sua necessidade e a área responsável deverá instanciar o processo de solicitação

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de compras no sistema. O quadro com a relação de cada um dos serviços delegados é

apresentado na figura 26.

Figura 26 - Serviços delegados por área Fonte: Elaboração Própria

Nessa atividade o usuário deverá selecionar apenas um dos três fornecedores listados na

primeira etapa, já aprovado pelos gerentes, para dar prosseguimento ao fluxo.

3.3.3.4 Catálogo

Requisições de catálogo são definidas como aquelas que possuem acordo de fornecimento

formalizado junto aos fornecedores de materiais para manutenção das condições de preço

e prazo por um determinado período de tempo, que podem ser reajustadas e revalidados

ou não ao término do acordo. Ao selecionar essa opção do formulário um botão passa a

ficar disponibilizado para o funcionário, onde o mesmo poderá ter acesso a todos os

catálogos cadastrados no sistema para download em formato de Excel. Após baixar o

arquivo, o usuário deve deixar na planilha apenas o(s) item(ns) que deseja inserir na

requisição de compra e fazer o upload dela no próprio formulário. Para esse caso, não há

necessidade da etapa de seleção de fornecedores e por isso a atividade é encaminhada

diretamente para a criação de pedido. Tipos de materias de catálogo:

• EPI e EPC

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• Materiais de escritório

• Material de limpeza

• Uniformes

As regras das atividades de Compra Delegada, Regularização e Catálogo são as mesmas.

Nesse caso a única diferença entre elas são os campos obrigatórios a serem preenchidos

no formulário em cada etapa.

3.3.3.5 Normal

As compras de categoria Normal são aquelas que não apresentam nenhuma dos requisitos

listados previamente na requisição de compra. São materiais que não possuem acordo ou

contrato prévio de aquisição e necessitam passar pelas etapas de seleção de fornecedor e

cotação de preços, que devem ser realizadas pela área de suprimentos.

3.3.4 Seleção de Fornecedor

Esta atividade será delegada ao grupo de compradores, através do recurso de papel

funcional. Dessa forma a atividade ficará disponível na lista de tarefas de todos do grupo.

Assim que selecionado para realizar tal tarefa o sistema irá perguntar se o usuário deseja

associar a tarefa a sua lista pessoal de tarefas, caso o mesmo confirme a associação, a

tarefa deixa de se estar delegada ao grupo para estar somente ao usuário. Esse recurso

garante maior confiabilidade ao sistema de modo a evitar que uma mesma solicitação de

fornecedor possa estar sendo feita por dois compradores diferentes. A visualização dessa

atividade no fluxo fica aparente na figura 22.

Na execução da atividade, o comprador terá disponível acesso a visualização de todos os

dados já preenchidos nas etapas anteriores, e a partir deles deverá realizar a busca por

fornecedores daquele material ou serviço. Para os processos de contratação acima de R$

1.000,00, o comprador deverá realizar pelo menos três consultas com fornecedores que

fornecem na categoria do item solicitado, informar se é requerido proposta técnica e se é

necessário compliance.

A lista dos fornecedores já contratados estará disponível para utilização e consulta dos

compradores com suas informações já registradas no sistema. Para o caso do comprador

querer realizar a cotação com um fornecedor que não esteja incluso na base de cadastro,

o mesmo terá disponível no formulário a opção “Cadastrar novo fornecedor”, que irá

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solicitar os campos, nome, CNPJ, Nome do Contato, Telefone e e-mail. Ao finalizar a

escolha dos fornecedores, o comprador deverá seguir a atividade para a etapa de Cotação

de Materiais ou Serviços.

Nesse momento, o workflow do processo de compras, instância 3 ou mais subprocessos

(um para cada fornecedor) de Cotação de Materiais ou Serviços, desse modo é possível

seguir o fluxo de maneira independente para cada fornecedor, sem gerar entraves ou

gargalos, caso um dos fornecedores demore ou atrase em disponibilizar as informações

necessárias.

3.3.5 Subprocesso

A descrição do processo de cada etapa da cotação do material será abordada mais adiante

a fim de dar prosseguimento a explicação e raciocínio lógico do fluxo de compras. A

escolha pelo uso de um subprocesso para representar esse conjunto de atividades, foi pela

possibilidade de disparar múltiplas instâncias de forma paralela e dinâmica. Isso significa

que é possível designar o processo de cotação para mais de um fornecedor por vez, de

forma que não seja necessário esperar o término de um para início de outro. Além disso,

a quantidade de fornecedores pode variar, dependendo do material e serviço, de forma

não prevista. Por conta disso, era necessário maior flexibilidade e dinamismo quanto as

atividades de cotação. Por fim, foi definido como melhor opção a utilização desse recurso,

tendo o resultado esperado do subprocesso de cotação a comprovação dos requisitos

legais do fornecedor perante as políticas exigidas pela empresa Y e o valor cotado para o

item pelo fornecedor.

3.3.6 Seleção de Itens Aprovados

Após finalizar a avaliação e seleção dos itens em cada instância, o fluxo irá seguir para a

atividade de Seleção de Itens Aprovados. Vale destacar que o fluxo só estará habilitado

para prosseguir para essa atividade quando todas as instâncias abertas para cada

fornecedor já estiverem finalizadas (no caso de aprovação de cotação do material) ou

reprovadas (no caso de nenhum material ter atingido o melhor preço ou terem sido

rejeitadas pelo fornecedor). Nela estará disponível ao comprador o formulário de

Solicitação de Compra, que deverá constar todos os itens acordados em cada instância do

subprocesso, com seu preço negociado e de qual fornecedor veio tal informação. De

forma a facilitar a visualização dos dados do comprador, o formulário de Solicitação de

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Compras, foi projetado de forma a coletar todos os itens indicados nas instâncias, de

forma automática e projetá-los no formulário. Dessa maneira, o comprador pode ter uma

visão geral dos materiais selecionados.

Além disso, o comprador deverá selecionar se existe necessidade de uma nova alçada de

aprovação para a requisição de compra. Caso nenhum dos requisitantes tenham atingido

o preço esperado ou que apresente valores acima do praticado pelo mercado, o comprador

terá a possibilidade de retornar a tarefa para a atividade de Seleção de Fornecedor, de

modo a realizar nova busca por fornecedores. Nesse caso, todas as informações

registradas no formulário de solicitação de compras serão perdidas, de forma a não

ficarem mais disponíveis para o comprador.

3.3.7 Aprovação de Alçada da Requisição de Compra

Ao finalizar a atividade, o fluxo segue para um gateway de regras definidas. Em caso do

preço acordado com o fornecedor ser superior a 10% do preço informado pelo

requisitante, o fluxo seguirá para alçada de aprovação, independente de outros fatores. No

caso da variação do preço não atingir os 10%, o comprador poderá sinalizar a necessidade

de uma nova alçada de aprovação, caso o mesmo considere a necessidade. Essa opção foi

incluída para os casos de aquisição/contratação de itens com alto valor agregado, os quais

variações de até 10% possam ser analisados caso a caso visando garantir a organização,

mais segurança e controle orçamentário. Caso o comprador sinalize que não há

necessidade de uma nova alçada e a variação seja menor que 10% o fluxo seguirá para a

criação de pedido.

As regras definidas de responsabilidade de aprovação seguem os mesmos requisitos

definidos na alçada de solicitação de compras, tanto para os executores da aprovação

quanto para a definição dos mesmos.

3.3.8 Criação do Pedido de Compras

O pedido de compra é a formalização do processo de fornecimento dos materiais e

serviços cotados, devendo conter as informações levantadas nos formulários e no

processo de compra como quantidade, prazos, preços, data de entrega, forma de

pagamento e outros. Esse tipo de formalização é exigido em muitas organizações e

garante segurança tanto para a empresa Y quanto para o fornecedor de forma evitar

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divergências de informações e garantir requisitos legais exigidos pela legislação

brasileira. A visualização dessa atividade no fluxo fica aparente na figura 23

O sistema atual utilizado para elaboração dos pedidos de compras é o Alterdata, não tendo

relação ou integração com o sistema da SoftExpert. Por esse motivo, fica de

responsabilidade do comprador preencher as informações requeridas no sistema do

Alterdata, utilizando os dois formulários de Solicitação de Compras e o de Requisição de

Compras que ficam disponíveis para consulta nessa atividade para o comprador. Após a

geração do documento do Pedido de Compras, no Alterdata, o comprador deverá anexá-

lo (Anexo Obrigatório), na atividade e seguir para etapa de aprovação da alçada do pedido

de compra.

3.3.9 Alçada do Pedido de Compra

A aprovação do pedido deverá ser realizada tanto no sistema da SoftExpert quanto no

sistema do Alterdata, lembrando que nessa etapa de aprovação da alçada na SoftExpert é

apenas para fins de registro, controle e continuidade do fluxo. Para o envio do pedido ao

fornecedor, os responsáveis deverão acessar o Alterdata e realizar a aprovação, por esse

sistema.

De forma similar as outras alçadas, a exigência de aprovação também deverá ser realizada

de forma cumulativa e sequencial. Caso algum erro seja encontrado, o responsável poderá

sinalizar o erro e retornar a atividade para correção na etapa de criação do pedido. Caso

o retorno aconteça, o pedido deverá passar pela aprovação de todos os responsáveis

novamente.

A alçada de aprovação deverá obedecer aos seguintes critérios:

- Pedidos de Compra até R$ 1.000 = Aprovação do Analista de Suprimentos;

- Pedidos de Compra até R$ 5.000 = Aprovação do Coordenador Responsável por

Suprimentos;

- Pedidos de Compra até R$ 10.000 = Aprovação do Gerente Geral de

Planejamento;

- Pedidos de Compra até R$ 50.000 = Aprovação do Diretor de Planejamento;

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- Pedidos de Compra até R$ 250.000 = Aprovação do Diretor de Planejamento e

Diretor Financeiro, podendo este último ser substituído pelo Diretor Presidente;

- Pedidos de Compra acima de R$ 250.000 = Aprovação via reunião de Diretoria

ou reunião de Conselho de Administração.

Após aprovação do pedido de compra pelos responsáveis, a atividade segue para a última

etapa, onde será encaminhado para um gateway de forma a ser avaliado o tipo de

Requisição preenchida no formulário. Para os casos de compra Normal ou de Catálogo,

o fluxo segue para a atividade de subprocesso “Recebimento de Material ou Serviço –

Subprocesso” onde o responsável pelo recebimento da localidade deverá realizar a

verificação das especificações do produto solicitado, de forma a conferir se a entrega está

de acordo com o que foi pedido. Se estiver tudo certo, a atividade seguirá para pagamento

e por fim, a finalização do subprocesso e do processo de fluxo de compras.

Para os casos de compra delegada e regularização, a etapa segue para a atividade de

“Recebimento de Material ou Serviço”, que apesar do nome e objetivo similares ao outro

caminho possível, requer as regras e fluxos parametrizados de maneira diferente por conta

da forma como é definida o recebimento. Ambas serão analisadas mais à frente. Após a

finalização do subprocesso, o fluxo retorna para a fluxo de suprimentos, onde por fim se

encerra e notifica aos usuários participantes que a instância chegou ao fim.

3.3.10 Cadastro no Alterdata: Fornecedor e/ou Item

O comprador deverá selecionar dentro do sistema do Alterdata uma das opções já

cadastradas como descrição do item, fornecedor, categoria, tipo, etc. Caso um desses

elementos não esteja registrados na lista, o comprador deverá seguir o fluxo para a

atividade de Cadastro no Alterdata Fornecedor e/ou Item, a qual fica de responsabilidade

da área de Controladoria. Eles deverão cadastrar as informações dentro do sistema do

alterdata, seguindo regras e normas já definidas e enfim retornar a atividade para Criação

do Pedido de Compras.

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56

3.4 Cotação de Materiais ou Serviços - Subprocesso

Figura 27- Fluxo de Cotação de Materiais e Serviços Fonte: Elaboração Própria

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57

O processo de cotação de materiais ou serviços é restrito a utilização a partir do fluxo de

suprimentos, dessa forma, os usuários não tem acesso ou permissão para instanciar esse

fluxo de forma isolada. Todas as informações geradas nesse processo, ficam armazenadas

em tabelas diferentes do processo de fluxo de compra. Isso ocorre por exigência de

funcionamento do sistema e não pode ser alterado pelo construtor do fluxo. Para garantir

o retorno de dados ao fluxo de suprimentos, o sistema faz uso das informações

preenchidas como atributo ao longo do processo e encaminha tais informações para os

mesmos atributos no fluxo de compras. De forma mais simples, o preenchimento dos

campos do formulário é copiado para os atributos do processo de cotação, que por sua

vez, ao chegar ao término da instancia, são replicados nos atributos do processo do fluxo

de suprimentos. O processo de cotação de materiais e serviços é representado nas figuras

27 e 28.

Figura 28 - Fluxo de Cotação de Materiais e Serviços Fonte: Elaboração Própria

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3.4.1 Cotação de Materiais e Serviços

Na primeira atividade, a tarefa é delegada para o mesmo comprador que executou a

atividade Seleção de Fornecedor. Nessa tarefa, o usuário tem acesso ao novo formulário

denominado “Formulário de Cotação de Material ou Serviço” a qual fica responsável pela

cotação dos materiais requisitados. Para isso fica de responsabilidade do comprador a

busca por fornecedores dos materiais e itens listados, disponíveis no mercado. As

tentativas podem ser realizadas via e-mail ou telefone corporativo de forma a solicitar ou

gerar a cotação dos itens.

Para assegurar o cumprimento dos requisitos, antes de qualquer fornecimento é de

responsabilidade do comprador comunicar ao fornecedor as seguintes informações

(quando aplicável):

a) produtos e serviços a serem fornecidos;

b) as competências requeridas, incluindo qualquer qualificação de pessoa;

c) aprovação dos produtos/serviços, métodos, processos, equipamentos e liberação de

produtos;

d) as formas de interação com a empresa Y

e) controle e monitoramento do desempenho a ser aplicado no fornecedor;

f) e as atividades de verificação ou validação que a empresa Y ou seus clientes, pretendam

desempenhar nas instalações do provedor externo.

Da mesma forma, o fornecedor deve retornar para preenchimento pelo comprador a

seguintes informações:

• Forma de Pagamento (caso seja depósito, deverá informar banco, agência e conta)

• Prazo de Pagamento (10, 20, ou 30 dias)

• Subcontratação

• Prazo de Entrega

• Contato

• E-mail

• Telefone

• Valor do material proposto pela empresa

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59

Após o recebimento dessas informações, o comprador deverá preencher o formulário

conforme material enviado pelo fornecedor, para seguir para a próxima etapa de avaliação

da documentação.

3.4.2 Avaliação da Documentação

Cada material ou serviço listado no formulário exige o preenchimento de uma categoria

de compras, que indicada pelo requisitante no momento de preenchimento do formulário

de solicitação de compras. Toda categoria possui uma listagem de documentos

requisitado, onde eles são categorizados como documentos básicos e específicos que

devem ser solicitadas ao fornecedor pelo comprador.

A documentação básica é aplicável a todos os fornecedores e categorias. A

documentação específica é definida conforme as necessidades específicas das categorias

de fornecimento. A responsabilidade por indicar os requisitos específicos de avaliação é

da área de Qualidade, Saúde, Segurança e Meio Ambiente em conjunto com a área de

Suprimentos, tomando como base a aplicação dos aspectos legais para a categoria em

avaliação. O requisito básico de avaliação é possuir comprovante de inscrição e situação

cadastral (CNPJ), exigido para todos os fornecedores. Os documentos deverão ser

enviados ao e-mail do comprador responsável, para que o mesmo revise-os de forma a

validar se os documentos de fato são os exigidos pelo sistema (devido a falta de um padrão

específico para a listagem de documentos recebida, a etapa de verificação deve ser

realizada pelo comprador e não pelo sistema) e por fim, o mesmo deverá inserir toda a

documentação requerida dos fornecedores no formulário na forma de anexo

Os fornecedores são responsáveis pelo fornecimento dos documentos de qualificação. Em

caso de falsidade nas declarações, o fornecedor será notificado oportunamente e terá

direito a expressar os argumentos a seu favor, que considere necessário. Caso seja

comprovado a falsidade nas declarações, o mesmo terá seu cadastro mapeado e impedido

se ser utilizado novamente no sistema.

Seguindo o fluxo, o processo poderá seguir dois caminhos. Para um determinado conjunto

de categorias, a avaliação da documentação pode ser feita de forma simples pelo próprio

comprador. Para outros casos em específico, a análise da documentação deverá ser

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realizada pera área de Qualidade e Segurança. Essa etapa é requerida, pois foi definido

que não cabe ao setor de suprimentos a avaliação de certos documentos, como contratação

de serviços específicos que exijam conhecimentos legais de normas e regulamentações,

ou nível de prestação de serviço mínimo acordado com os clientes em contrato. Nesse

caso o comprador deverá sinalizar no formulário que há necessidade de avaliação e

aprovação pela equipe de Qualidade, seguindo o processo pra a etapa de Avaliação da

documentação. Para os que não possuem tal requerimento, o fluxo segue para etapa de

Negociação com fornecedor.

3.4.3 Avaliação de Documentos

A avaliação de documentos pode seguir por dois caminhos, tanto de forma paralela ou

exclusiva, a partir do campo sinalizado pelo comprador. Na atividade de “Avaliação de

Documentação pelo SMS”, como o próprio nome indica seguirá para a área de Segurança,

Meio Ambiente e Saúde, de forma a ser avaliado os requisitos técnicos exigidos perante

as normas regulamentadoras do ministério do Trabalho, a fim de garantir o cumprimento

da legislação de segurança e saúde ocupacional. Na atividade de “Avaliação

Documentação Técnica” o fluxo seguirá para um responsável definido pela área de

suprimentos. Este caso é exigido para compra e contratação de bens/serviços, os quais

possuem especificações e necessidades que devem ser avaliadas por especialistas ou o

responsável pelo setor da empresa. São os casos de compra de computadores,

maquinários, Softwares ou até mesmo consultorias

Para esse caso, o responsável deverá indicar notas nos valores de 0 ,1 ,2 ,3 ,4 ou 5 no

formulário para os critérios abaixo, que possuem respectivos pesos dentro da avaliação.

Vale destacar que a valoração dos pesos não foi definida pela equipe, somente replicada,

sendo uma prática já adotado previamente pela empresa.

• Conceito no mercado (5%)

• Metodologia aplicada atende aos requisitos regulatórios/técnicos (20%)

• Tempo de Implantação (25%)

• Qualificação de Equipe Técnica envolvida (20%)

• Qualidade das entregas ofertadas (20%)

• Impacto no Custo Opex (5%)

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• Entrega da proposta no prazo/ Atendimento (5%)

Cada uma das notas representa respectivamente:

0 - Não atendido

1- Péssimo

2- Ruim

3- Médio

4- Bom

5- Ótimo

Ao final, é realizado a média ponderada dos valores sinalizados pelo especialista, devendo

o mesmo possuir resultado mínimo de 70% para obter o resultado de “Aprovado”. Caso

não atinja esse resultado o mesmo será sinalizado como “Reprovado”. Caso o especialista

sinalize o campo com valor “0” o mesmo será desconsiderado da média.

Caso ambas as atividades sejam requeridas, o fluxo ficará no aguardo da conclusão de

ambas no gateway inserido após as atividades. Caso apenas um tenha sido requerido, o

gateway não irá executar nenhum tipo de espera. Após a aprovação, o fluxo retorna para

a atividade de avaliação da documentação pelo comprador, o qual deverá sinalizar que

não há mais necessidade de avaliação de nova documentação no formulário e seguirá o

fluxo para a etapa de negociação.

3.4.4 Negociação

Nessa etapa, o comprador deverá entrar em contato direto com fornecedor de forma a

explorar oportunidades e tentar adquirir mais benefícios dentro da solicitação, como

reajuste no preço, extensão da forma de pagamento ou redução do custo do frete, de forma

que a proposta seja interessante à ambas as partes. Ao ser finalizado, o comprador deverá

inserir no formulário, a informação do valor negociado de cada material, mesmo que não

tenha ocorrido redução do valor. Isso acontece, pois esse campo é utilizado para análise

do indicador de Saving, correspondente ao quanto o comprador conseguiu de redução de

custos e é apresentado com um modelo gráfico no módulo de Business Inteligence do

sistema. Após finalizado a etapa de negociação o fluxo seguirá para a atividade seguinte.

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3.4.5 Aprovação da Negociação pelo Fornecedor

Na atividade de aprovação, o comprador poderá baixar o formulário com template de

proposta padrão já com as informações negociadas com o comprador e enviar para o e-

mail do fornecedor para aprovação. O fornecedor deverá verificar os campos preenchidos

e informar se a proposta foi aceita ou não. Caso informe algum erro ou divergência das

informações o fornecedor deverá sinalizar o ocorrido ao comprador o qual deverá retornar

o fluxo para a atividade anterior, para ser analisada e feita as correções dentro do

formulário. Em caso de aprovação deverá seguir para a etapa seguinte.

3.4.6 Escolha do Fornecedor

Nesse ponto, ficarão listados ao comprador todas as informações referentes aos materiais

cotados daquele fornecedor, com seu preço, descrição e outros. Caberá ao comprador

avaliar as outras instâncias de compra abertas para cada fornecedor e realizar a análise

comparativa de melhor provedor dos itens listados. Deve-se lembrar que todos os

fornecedores terão os mesmos itens, porém com preços e documentação informados

exclusivamente por eles. Ficará a cargo do comprador selecionar dentro dessa atividade

(referente a um único fornecedor) qual o(s) item(ns) permanecerá na cotação. Caso um

dos fornecedores não apresente nenhum item que deve permanecer na cotação, o mesmo

deverá ser reprovado e informado de que não participa mais dessa cotação. Após a seleção

dos itens de cada fornecedor, o comprador deverá indicar a necessidade de avaliação de

Compliance.

Todos os fornecimentos que sejam enquadrados nas regras abaixo deverão ser avaliados

pelo programa reputacional da área de Compliance, através da abertura de chamado

específico para área de Qualidade:

• Contratação contínua (prazo igual ou superior a 12 meses ou mais de 4

fornecimentos previstos);

• Compras que não fazem parte do quadro de equipamentos comuns, com valor do

pedido superior a R$ 30.000,00;

• Qualquer contratação que disponibilize mão de obra nas instalações de

responsabilidade da empresa Y independente de valor e prazo;

• qualquer contração em que ocorra subcontratação de fornecedores.

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O fluxo então poderá seguir por dois caminhos, ou vai direto para aprovação, ou caso seja

necessário irá para avaliação de compliance. Em caso de aprovação a instância é

finalizada e suas informações são salvas e enviadas para o fluxo de suprimentos.

3.4.7 Avaliação do Fornecedor

A atividade de avaliação do fornecedor tem o objetivo de análise de informações de

possíveis fraudes e corrupção por parte do fornecedor. É avaliado se o mesmo tem algum

envolvimento com questões jurídicas que podem prejudicar as negociações ou até mesmo

impactar na imagem da empresa Y perante o mercado. A responsabilidade dessa tarefa é

delegada ao papel funcional de Compliance o qual é formado pelos gestores e

supervisores da área de qualidade. Após a análise, caso não sejam encontradas

informações ou registros envolvendo o fornecedor o usuário pode sinalizar aprovação do

Compliance, finalizando o fluxo. Caso sejam encontradas informações que posam

comprometer a integridade jurídica e social da empresa Y, o usuário deverá anexar tais

informações na atividade e seguir para a análise da diretoria da diretoria.

3.4.8 Aprovação da Diretoria

A execução da atividade será delegada ao papel funcional de diretoria de operações, o

qual é composta pelo diretor de operações de planejamento da empresa Y. O mesmo

deverá analisar o caso, considerando os ganhos e os riscos atrelados. Caso sinalize como

“Reprovado” a instância será encerrada. Caso seja “aprovado” o fluxo será finalizado,

retornado para

3.5 Recebimento de Material ou Serviço (1° Tipo) - Subprocesso

Após a aprovação do pedido pelos responsáveis, a atividade segue para o subprocesso de

recebimento de material ou serviço, e permanece na caixa de atividades do responsável

pelo recebimento definido pelo requisitante, no momento do preenchimento do

formulário na atividade de solicitação de compra. O objetivo deste subprocesso é verificar

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se o recebimento está de acordo com o solicitado e por fim seguir para pagamento. O

processo de Recebimento de Material ou Serviço (1° Tipo) é representado nas figuras 29

e 30.

Figura 29 - Recebimento de Material ou Serviço (1° Tipo) Fonte: Elaboração Própria

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O modelo de recebimento físico do material dos fornecedores, envolve a equipe de

logística responsável do setor, e adota a metodologia de “contagem às cegas”. Ela se

apresenta de modo a ter um supervisor com as informações do pedido a qual fica à sua

disposição e um ou mais funcionários realizam a contagem ou pesagem dos itens sem

saber o valor exato do pedido. Esse método reduz a chance de contagens tendenciosas ou

acordos ilegais entre fornecedores e funcionários de modo a entregar menos do que foi

solicitado. Em caso de o resultado da contagem diferir do valor do pedido, a equipe

responsável é orientada a não receber o material e solicitar a retirada dos itens da área.

Além disso a equipe deve entrar imediatamente em contato com área de compras,

informando o ocorrido, que por sua vez irá notificar o fornecedor do erro e solicitar a

correção da quantidade de entrega. Fica de responsabilidade do responsável pelo

recebimento também assinar a nota fiscal atestando recebimento com data e nome legível;

Figura 30 - Recebimento de Material ou Serviço (1° Tipo) Fonte: Elaboração Própria

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3.5.1 Inclusão do Pedido de Compra

A atividade de inclusão do pedido de compra será executada pelo mesmo executor da

atividade “Criação do Pedido de Compras” que foi o responsável da área de suprimentos

que gerou o pedido. Este terá a responsabilidade de preencher o “Formulário de Pedido

de Compras e Inspeção de Recebimento” de modo a incluir as informações do pedido,

como nome do Fornecedor, forma de pagamento, número do pedido, anexo do pedido e

designar o responsável pelo recebimento ( pode acontecer do responsável designado pelo

requisitante ser diferente do responsável pelo recebimento de fato). De forma a facilitar a

escolha do recebedor pela área de suprimentos, existe uma relação de responsáveis pelo

recebimento em cada localidade a qual pode ser utilizada como padrão de orientação.

Após isso deve seguir o fluxo para atividade de checklist de recebimento

3.5.2 Checklist de Recebimento

Essa atividade será executada pelo responsável pelo recebimento indicado no formulário

da atividade anterior. O responsável deverá realizar o procedimento de recebimento físico

do pedido conforme descrito anteriormente. Após isso o mesmo deverá assinalar “Sim”

ou “Não” no formulário as perguntas abaixo:

- O CNPJ da Empresa Y (Contratante) na nota fiscal, confere com CNPJ no pedido

de compras?

- O CNPJ do Fornecedor (Contratada) na nota fiscal, confere com CNPJ no pedido

de compras?

- O produto/serviço entregue/realizado está de acordo com o que foi solicitado?

- A quantidade dos itens no pedido de compra está conforme a entrega física?

- A quantidade dos itens no pedido de compra está conforme a informação na nota

fiscal?

- O prazo de entrega especificado no pedido foi atendido?

Além disso deverá preencher os campos de número da Nota Fiscal, além digitaliza-la via

scanner ou foto legível do documento e anexar ao formulário.

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3.5.3 Aprovação do Recebimento

A etapa de aprovação cai para os líderes dos funcionários que realizaram o recebimento,

os quais devem avaliar os campos preenchidos de forma a verificar e validar as

informações, além de servir como controle dos acontecimentos. Caso algo esteja

preenchido de maneira errada ou faltando, o mesmo deverá retornar a atividade para as

etapas anteriores para correção. Se o preenchimento estiver correto deverá clicar em

“Recebimento Aprovado” e o fluxo seguirá para a próxima atividade.

3.5.4 Tratativa da Nota Fiscal

A equipe de controladoria, fica responsável pela conferência da nota fiscal anexada pela

operação no formulário, devendo conferir o preenchimento dos campos, de forma a

averiguar se o pedido realizado no Alterdata coincide com o que foi informado nas

atividades anteriores. Caso algum item tenha sido preenchido errado ou tenham anexado

uma nota diferente do que foi atrelado ao pedido, a equipe deverá retornar à atividade

para o responsável das tarefas anteriores. Caso o preenchimento dos campos e os anexos

estiverem dentro das condições ideais, deve seguir para a próxima atividade.

3.5.5 Programação de Pagamento

A programação de pagamento será encaminhada para a área de financeiro a qual deve

informar no formulário a data programada para o pagamento e finalizar seu fluxo.

Após o encerramento da atividade de programação de pagamento, o subprocesso se

encerra e o fluxo retorna para o processo de suprimentos, onde por fim também é

finalizado. Dessa forma o sistema envia uma notificação para o iniciador do processo,

informando o término de sua solicitação.

Para fins de consulta, auditoria e construção de indicadores, toda instância de fluxo

finalizado ou não, fica armazenado na forma de registro em tabelas.

3.6 Recebimento de Material ou Serviço (2° Tipo)

O 2° tipo de registro de recebimento de material ou serviço foi elaborado para suprir casos

específicos da solicitação de compra e apesar de possuir o mesmo objetivo do 1° tipo

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possui algumas mudanças em relação aos fluxos e regras definidas. O recebimento de

Material ou Serviço (2° Tipo) é apresentado na figura 31.

Figura 31 - Recebimento de material ou Serviço (2° Tipo) Fonte: Elaboração Própria

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Este fluxo pode ser iniciado como um subprocesso do Fluxo de Compras ou como uma

instância isolada sem conexão a outro processo em específico, diferente do anterior. Na

primeira análise levantada pela equipe esses casos não haviam sido mapeados e sua

necessidade só foi requerida durante as fases de teste, sendo desenvolvido após o anterior.

Ele visa suportar o recebimento dos casos de Compra Delegada, Regularização de

Compra, e Compras com Fornecimento Contínuo além de servir como registro e

formalização para suprir o recebimento de materiais que já haviam sido solicitados e

requeridos antes/durante a implementação do sistema os quais não necessitavam de passar

por todo o fluxo de compras feito antes da implementação do software.

O workflow foi parametrizado de forma que assim que iniciado, é realizado a busca pelo

atributo de “Responsável pela Atividade”, o qual em caso de estar preenchido enviará a

execução da atividade para esse usuário (Esse atributo é preenchido automaticamente pelo

Fluxo de Suprimentos no caso de um subprocesso). Caso o atributo esteja vazio, o

executor responsável será o próprio iniciador da atividade. Dessa forma é possível

designar a atividade para os executores em caso de Compra Delegada ou Regularização

e dar possibilidade de executarem o recebimento para os outros casos.

3.6.1 Inclusão do Pedido de Compras

Nessa atividade o executor deverá sinalizar se o recebimento possui ou não pedido de

compra. Em caso de confirmação, deverá indicar o nome do fornecedor, o número, valor

e anexo do pedido, quem foi o responsável pelo recebimento e responder o checklist de

recebimento de forma similar ao do quadro 3.5.2, podendo anexar também possíveis

boletos bancários ou notas fiscais. Em caso de não haver pedido, deverá indicar o motivo,

dentro da lista disponível (São despesas fontes de aluguel, multas, taxas, viagens e outros

mais 10 casos), indicando o nome do fornecedor, o nome do responsável pela aprovação,

pelo recebimento e o anexo de sua nota fiscal torna-se obrigatório.

3.6.2 Aprovação de Recebimento

Após preenchimento dos campos obrigatórios, o executor deverá seguir a atividade para

a etapa de aprovação do recebimento. O fluxo seguirá por um gateway que irá avaliar se

o executor sinalizou que há ou não pedido de compra. Para os casos onde há pedido de

compra, o aprovador deverá analisar os campos preenchidos no formulário e sinalizar sua

aprovação quanto ao recebimento do material/serviço. Para o caso onde não há pedido,

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deverá preencher o campo de “descrição do motivo” e sinalizar seu recebimento. O

responsável pela aprovação é informado na etapa de inclusão de pedido, e em ambos os

casos o responsável poderá retornar a atividade para correção de algum campo.

3.6.3 Tratativa da Nota Fiscal e Programação de Pagamento

Para ambas as atividades, as regras e executores foram parametrizadas de forma similar

aos tópicos 3.4.4 e 3.4.5 respectivamente. As atividades de tratativa da nota fiscal

poderiam ser uma única atividade, porém foi definido de forma a ser dividido para cada

caso para facilitar a área de controladoria a identificar se algum campo deixou de ser

preenchido, ou foi preenchido de forma incorreta, de forma a evitar erros e facilitar sua

correção. Por fim o fluxo é encerrado.

3.7 Dificuldades e Problemas encontrados

Ao longo de todo o projeto foram desenvolvidos possíveis modelos e propostas de ideias

que pudessem ser implementadas no fluxo de suprimentos, de forma a tornar o processo

mais ágil, confiável, controlado e mais simples de ser utilizado por todos os participantes

do fluxo. Muitas foram bem-sucedidas e atingiram o ideal proposto, como a transição da

lista de itens de cada fornecedor de um subprocesso para o processo original, de forma

automática e sem perda de dados. Vale destacar, que a aplicabilidade de tal função exige

um amplo conhecimento de diferentes módulos da ferramenta, além de necessário

conhecimento em análise e tratamento de dados. Por outro lado, algumas outras ideias se

apresentaram como grandes desafios e barreiras identificadas pelo grupo. Para fins de

registro e documentação neste trabalho, é apresentado os principais pontos de aplicação

identificados.

3.7.1 Utilização do fornecedor como agente ativo da ferramenta

Desde o projeto inicial foi proposto a utilização dos recursos de forma a prover acesso

(Limitado) aos responsáveis pelo setor de vendas dos fornecedores. O desenvolvimento

do fluxo com o fornecedor atuando, não apresentou dificuldades relevantes para o

processo de construção, tanto que o primeiro projeto entregável para teste foi

disponibilizado com esse recurso. O problema dessa parametrização se apresentou não de

forma sistêmica, mas sim de maneira cultural perante os fornecedores. Para as empresas

com maior presença de mercado, apesar de uma resistência inicial, foram adeptos a

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ferramenta e com um pouco de treinamento e melhorias nos manuais, se adaptaram

rapidamente ao novo modelo.

O maior problema foi encontrado com relação aos pequenos varejistas que não aderiram

ao novo sistema. Por conta do modelo de negócio adotado pela empresa, a presença de

mercado da organização se encontra em sua maioria, longe dos grandes centros urbanos,

de forma a negociar com varejos que não possuem necessariamente áreas de venda

minimamente estruturadas. Para esses casos foi relatado resistência muito forte dos

fornecedores, gerando desistências de venda ou longos atrasos pelo não entendimento da

ferramenta. Foram poucos os casos onde pequenos varejistas conseguiram finalizar as

etapas, o que começou a impactar diretamente no tempo de entrega das solicitações e

consequentemente na operação. Por conta disso, foi definido a suspensão temporária da

utilização dos fornecedores como usuários diretos do sistema.

De forma a não gerar grandes impactos no fluxo, as tarefas de responsabilidade antes do

fornecedor passaram a ser agora obrigação dos compradores, que devem entrar em

contato com os fornecedores e inserir tais informações na ferramenta. Essa decisão

estabilizou o fluxo de compra, requerendo poucas mudanças nos fluxos. As atividades

que foram inicialmente delegadas a execução dos fornecedores estão marcadas na figura

32, durante o fluxo de cotação dos materiais.

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Figura 32 - Atividades executadas pelo Fornecedor Fonte: Elaboração Própria

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3.7.2 Cadastro do fornecedor como usuário no sistema

Apesar de aparentar ser um único software, o sistema é dividido em módulos construídos

e vendidos separadamente. Tal recurso garante maior flexibilidade e potencial de

aquisição de módulos específicos para as empresas contratantes. Alguns módulos

funcionam “melhor” juntos do que outros, no sentido de disponibilizar, buscar ou enviar

alguma informação de forma nativa, sem que seja necessário customização do cliente,

como o módulo de workflow e processos que atuam de forma conjunta para entrega valor

aos clientes. Outros, apresentam limitada interação entre os recursos sendo necessário a

criação de parametrização entre eles.

O sistema possui algumas ferramentas de forma a facilitar a construção dessas integrações

entre os diferentes módulos, fazendo uso de Web Services dentro do próprio Software.

Como o objetivo inicial era a utilização do fornecedor como agente ativo do sistema, a

criação de seu usuário, portanto, deveria fazer parte do fluxo de Suprimentos. Entretanto

não há disponível no módulo de processo e workflow, recurso que faça o cadastro de

novos usuários. Para isso, é utilizado o módulo de Administração, responsável pela

criação, edição, categorização ou exclusão de usuários, áreas, funções, unidades

organizacionais e clientes. Para ter acesso a esse módulo e a esses recursos é necessário

obter a licença de Gestor do sistema, a qual foram disponibilizadas 4 acessos para tal (

Conforme contrato), enquanto as outras licenças não tem permissão de criação de

usuários, apenas execução de tarefas (São chamadas de licenças de Apoio, e não possuem

quantidade máxima estabelecida). Durante a implantação do fluxo, foi identificado pela

equipe um Web Service com a funcionalidade de inserção de novos usuários através do

módulo de processos.

Após muitas tentativas de configuração e parametrização, a equipe conseguiu configurar

esse recurso com sucesso. Para isso além das informações básicas era necessário

configurar a deixar pré-definido o login e senha de um usuário com licença de gestor.

Dessa forma a equipe de suprimentos que possui acesso de apoio, ou seja, de execução

de tarefas, estava conseguindo inserir novos usuários via fluxo de compras. Após

algumas semanas com esse recurso disponível e funcionando, houve um problema com a

configuração do portal dos usuários. Quando levantado esse “bug” no sistema à

SoftExpert, os mesmos disseram que era necessário atualizar o sistema para uma versão

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mais recente, o qual já havia sido resolvido o problema com a configuração do portal.

Após a aprovação e atualização do sistema para a nova versão, o problema do portal foi

resolvido, porém o recurso de inserir o usuário via Web Service deixou de funcionar.

Quando reportado a SoftExpert o erro, após análises, disseram que só seria possível a

utilização do cadastro via Web Service a partir de um usuário com licença de Gestor. Esse

fato gerou alguns atritos entre as empresas, pois o fluxo de compras permaneceu parado

por um tempo, por não conseguirem cadastrar o fornecedor, uma vez que não haviam

licenças de gestor disponíveis e a contratação de uma nova adicional é paga.

Para não parar o fluxo de compras, foi disponibilizada uma das licenças de gestor para a

equipe de suprimentos com horários definidos para o cadastro, pois não é possível acessar

mais que as 4 licenças por vez. Após quase 2 meses a SoftExpert retornou o chamado

aberto pela empresa Y, com uma atualização do Software que permitia o cadastro dos

usuários com a licença de apoio via Web Service.

3.7.3 Implantação, Manutenção e Utilização

Um dos maiores desafios encontrados para o desenvolvimento do workflow foi a

construção de parametrizações de forma a considerar tanto a implantação do workflow, a

Manutenção das tabelas e a facilidade de Utilização pelos usuários. A forma mais simples

e rápida de utilização de um campo do formulário é via “campo aberto” o qual o usuário

é livre para escrever o que quiser. O problema encontrado para isso é que campos que

serão utilizados para verificação das regras e definição de caminhos, precisam ter valores

exatos. Na figura 33, se fosse preciso escrever o tipo de RC, o usuário deveria preencher

com por exemplo a palavra “Catálogo” de forma a ser entendida pelo sistema o qual terá

impacto no fluxo a ser seguido. Porém, o usuário poderia esquecer o acento ou errar

durante a escrita, o qual o sistema iria tentar validar com as regras definidas e resultaria

em erro, pois seria necessário escrever a palavra exata.

Figura 33 - Diferenciação do valor dos campos Fonte: Elaboração Própria

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Por conta disso, para esses casos é recomendado a utilização de listas com valores

predefinidas, a qual o usuário apenas seleciona o valor requerido, de forma preencher os

campos mais rapidamente e evitar erros na validação do processo, facilitando tanto a

implantação quanto a utilização.

Figura 34 - Exemplo do uso de listas Fonte: Elaboração Própria

Para a utilização dessas listas suspensas, como apresentado na figura 34, é necessário

configurar uma tabela no módulo de formulário, com os registros a serem apresentados.

Dessa forma uma única tabela pode ser utilizada em mais de um formulário como lista. É

nessa etapa que se encontra um ponto de decisão importante a ser considerado para a

manutenção do sistema. Sempre que houver a necessidade de alteração de um dos

registros, será necessário acessar a tabela fonte, de forma a adicionar, alterar ou excluir o

item. No caso de tabelas que apresentem pouca ou nenhuma modificação a ser realizada

com o tempo, o esforço despendido com tais modificações é mínimo e são rápidas de

serem corrigidos. Porém, para os casos onde as alterações dos registros apresentem

caráter dinâmico, ou seja, que os valores apresentados sejam alterados com frequência, a

utilização das listas nesse formato torna-se bastante dispendiosa principalmente por conta

da quantidade de tabelas a serem alteradas e do número de alterações em cada uma.

Um exemplo que podemos utilizar é a lista de nome dos responsáveis pelo recebimento

dos materiais, que nada mais é que uma tabela com o nome dos possíveis responsáveis.

Por conta da grande quantidade de localidades em que a empresa Y está presente, tais

responsáveis sofrem mudanças frequentes, o que requerem alterações constantes na lista

de registro.

Conforme informado pelo consultor, muitas empresas utilizam-se deste método mantendo

um ou mais funcionários destinados apenas a esse tipo de controle ou até mesmo

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contratam mais horas de consultoria apenas para atualizar essas tabelas. Porém é possível

utilizar outro recurso do sistema para a geração de listas a partir da utilização de filtros

via tratamento de banco de dados com a utilização do MySQL. No caso dos responsáveis

por exemplo, o sistema possui uma tabela nativa para registro de todos os usuários com

suas respectivas funções. Sem a utilização do filtro via SQL, é necessário construir outra

tabela apenas com os nomes que devem aparecer. Já com o filtro é possível utilizar as

tabelas nativas da ferramenta para retornar somente os nomes do usuário com uma

determina função. Dessa maneira, quando um novo usuário for cadastrado no sistema

com essa função, o mesmo será retornado automaticamente na lista que faz o uso dos

filtros. Segundo o consultor, apesar de apresentado essa opção de configuração, muitas

empresas optam pela utilização das listas por não possuírem pessoas com essa capacitação

em específica na empresa ou que estejam ligadas a manutenção da ferramenta.

De forma a gerar integração entre Implantação, Manutenção e Utilização ficou definido

que as listas via filtro de SQL deveriam ser utilizadas. Por conta das inúmeras listas e da

quantidade de formulários, a utilização do mesmo foi requerida boa parte das horas

contratadas pelo consultor, o qual ao passo que construía os filtros demonstrava seu

funcionamento e premissas básicas de utilização.

Para auxiliar nas alterações e construção de novos fluxos, a empresa Y adquiriu um

treinamento de SQL online para a instrução dos responsáveis pela manutenção e

construção de novos fluxos, de forma a evitar a dependência da consultoria para

alterações nas listas.

4 CONCLUSÃO

Devido a curta diferença de tempo entre a implementação do sistema e a entrega deste

projeto torna-se difícil avaliações de eficácia em relação ao sistema de BPMS. Porém

pode-se afirmar que a avaliação inicial pelos diretores com os resultados da implantação

foi muito bem recebida, à medida que já foi sugerido a utilização do sistema para suprir

outros processos. Por uma avaliação mais tangível, os prazos estabelecidos para a

implantação foram atingidos, de forma a respeitar as premissas definidas de “replicação”

dos processos na ferramenta.

Entre os objetivos pretendidos pela empresa Y com a implementação do sistema, as duas

que mais se destacaram, dentro das reuniões ou mesmo como feedbacks pessoais, em

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relação aos benefícios já percebidos foram a redução dos gastos com os sistemas

anteriores e a capacidade de visualização da situação de cada instância do workflow. Os

líderes são capazes de consultar o identificador de uma instância de forma a saber em qual

etapa ela se encontra, qual o executor, o tempo total do processo, os campos preenchidos

nos formulários e as informações que estão pendentes. Antes da implantação do sistema,

não havia esse modelo de apresentação dos status do processo, uma vez que o fluxo era

realizado através de e-mails e anexos, de forma que era necessária questionar os liderados

para saber o andamento de um determina compra.

De forma a avaliar as possíveis tecnologias e recursos que podem ser implementadas

futuramente o autor sugere 3 possíveis aplicações, inerentes do sistema descritras a seguir:

• Web Service e API com outros sistemas; Em alguns momentos do fluxo, há a

utilização do recurso do software do Alterdata para lançamento das notas e criação

dos Pedidos de Compra. Nessas etapas se encontram tarefas semelhantes que

devem ser executadas tanto no sistema da Softexpert quanto no Alterdata, sem

possibilidade de exportação de informação de um para outro, gerando retrabalho.

De forma a reduzir a duplicidade de atividades a serem realizadas, é possível

utilizar de chamadas de API, que se utilizam de recursos de troca informação para

que sistemas construídos e codificados de formas diferentes possam trocar e obter

informações de maneira rápida e segura. Muitas empresas já possuem API

previamente elaborada e podem ser utilizadas livremente pelo usuário.

A partir da aplicação de uma API, poderia ser aplicado na atividade de cadastro

do material, uma chamada direta para adição dos materiais/serviços com suas

informações já previamente inseridas em um único sistema.

• Determinação de Níveis de Serviço (SLA); os níveis de serviço funcionam como

acordos entre o solicitante e o prestador de serviço de forma a garantir métricas e

prazos para uma atividade. A utilização desses abordagem visa também

proporcionar maior visibilidade e controle das atividades envolvidas na prestação

de um serviço. A partir da avaliação de seus executores dentro do sistema é

possível analisar a qualidade dos resultados obtidos. Esse recurso é

disponibilizado como uma funcionalidade dentro do software que pode ser

programa e editada, a partir de algumas condições exigidas pelo sistema; Os

executores de cada atividade, os formulários a serem preenchidos e as possíveis

ações disponibilizadas ao usuário, precisam estar previamente configuradas e

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definidas ao longo do processo, caso contrário o sistema retorna uma mensagem

de erro, informando que as condições não foram atendidas.

A parametrização de níveis de serviço durante a construção do fluxo, não foi

realizada pelo período de adaptação e mudanças dos sistemas atuais. Entende-se

que a implementação do sistema alterou significantemente o fluxo de suprimentos

e que seria necessário tempo para realização das revisões e correções do fluxo,

além é claro de inserir as melhorias sugeridas pelos próprios participantes das

áreas. De forma que o sistema ainda está em fase de amadurecimento, e que

mudanças ainda podem ocorrer durante a elaboração deste trabalho, a

parametrização dos SLA’s dos processos garantiria maior controle pelos líderes

dos prazos e metas definidos para sua equipe, de forma a conseguir enxergar

oportunidades de melhorias e possíveis problemas dentro do fluxo. Para tal, sendo

necessário o levantamento da definição do tempo médio de execução de cada

atividade na ferramenta.

• Indicadores de Desempenho e Gráfico de Resultados; como descrito no tópico de

objetivos pretendidos para implementação do sistema, uma das metas era dar

maior visibilidade, confiabilidade e controle das informações ao longo do fluxo.

Antes da implementação do workflow, as atividades seguiam o mesmo roteiro,

porém através de e-mail e planilhas. Com a implementação do sistema é possível

gerar maior rastreabilidade dos dados, uma vez que todas as informações geradas

no fluxo são armazenadas no formato de tabelas e podem ser utilizar para geração

de indicadores de desempenho e gráfico de resultados. Por conta disso, um dos

próximos objetivos é a criação de um portal disponível para os gestores

acompanharem seus KPIs, de forma a auxiliar no controle e acompanhamento dos

objetivos, além de facilitar o acompanhamento do planejado com o executado. Foi

elaborado um protótipo, na própria ferramenta, do modelo pretendido a partir da

utilização do MySQL. Os valores demonstrados na imagem são meramente

ilustrativos e não necessariamente representam a realidade.

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Os gráficos foram construídos a partir de filtros dos campos dos formulários de modo a

apresentar as escolhas realizadas pelos funcionários durante o preenchimento do

formulário. De modo a gerar maior confiabilidade das respostas, os campos retornados

nos gráficos foram gerados a partir de listas, de modo a evitar que possa evitar divergência

por conta de palavras escritas diferentes, porém com mesmo significado o que para o

sistema é entendido como dois de categorias diferentes, como demonstrado anteriormente

no tópico de Implantação, Manutenção e Utilização (casos de erros de ortografia, por

exemplo).

Figura 35 - Utilização de gráficos para controle das instâncias Fonte: Elaboração Própria

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