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ANÁLISE DE BALANÇOS Prof. Roberto Biasio

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ANÁLISE

DE

BALANÇOS

Prof. Roberto Biasio

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO......................................... .........................5

I-CONTABILIDADE

1-CONCEITO......................................... .........................7 2-FINALIDADE....................................... .........................7 3-PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE......... .........................7 3.1-Generalidades................................ .........................7 3.2-O Princípio da Entidade...................... .........................8 3.3-O Princípio da Continuidade.................. .........................8 3.4-O Princípio da Oportunidade.................. .........................8 3.5-O Princípio do Registro pelo Valor Original.. .........................9 3.6-O Princípio da Atualização Monetária......... .........................9 3.7-O Princípio da Competência................... ........................10 3.8-O Princípio da Prudência..................... ........................10

II-ESCRITURAÇÃO

1-CONCEITO......................................... ........................11 2-FUNÇÕES DE ESCRITURAÇÃO.......................... ........................11 3-FINALIDADE....................................... ........................11 4-REQUISITOS....................................... ........................12 5-PLANO DE CONTAS.................................. ........................12 5.1-Conceito..................................... ........................12 5.2-Manual do Plano de Contas.................... ........................12 5.3-Definição de Conta........................... ........................13 5.3.1-Contas Patrimoniais.................... ........................13 5.3.2-Contas de Resultado.................... ........................13 5.4-Função das Contas............................ ........................14 6-LANÇAMENTOS CONTÁBEIS............................ ........................14 6.1-Conceito..................................... ........................14 6.2-Funções do Lançamento........................ ........................15 6.3-Elementos Essenciais do Lançamento........... ........................15 7-REGRAS BÁSICAS PARA DÉBITOS E CRÉDITOS DAS CONTAS........................15

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8-ATOS ADMINISTRATIVOS E FATOS CONTÁBEIS........... ........................16 8.1-Atos Administrativos......................... ........................16 8.2-Fatos Contábeis.............................. ........................16 8.2.1-Fatos Contábeis Permutativos........... ........................16 8.2.2-Fatos Contábeis Modificativos.......... ........................16 8.2.3-Fatos Contábeis Mistos ou Compostos.... ........................16 9-REGIME DE CAIXA E REGIME DE COMPETÊNCIA.......... ........................16 9.1-Regime de Caixa.............................. ........................17 9.2-Regime de Competência........................ ........................17

III-PATRIMÔNIO

1-CONCEITO......................................... ........................18 2-FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO........................... ........................18 3-RELAÇÃO ENTRE OS COMPONENTES PATRIMONIAIS........ ........................18 3.1-Situação Líquida do Patrimônio............... ........................19 3.1.1-Tipos de Situação Líquida Patrimonial.. ........................19 3.1.2-Variações Patrimoniais (Variações do Pa trimônio Líquido).......21 3.2-Aspectos Patrimoniais........................ ........................22 3.2.1-Aspecto Qualitativo.................... ........................22 3.2.2-Aspectos Quantitativo.................. ........................22 4-PATRIMÔNIO COMO INVESTIMENTO E FONTE DE FINANCIAM ENTO....................22 4.1-Investimentos Patrimoniais................... ........................22 4.2-Fontes de Financiamentos..................... ........................22 4.2.1-Capitais Próprios...................... ........................23 4.2.2-Capitais de Terceiros.................. ........................23 5-CLASSIFICAÇÃO CONTÁBIL DOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS........................24

IV-DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

1-CONCEITO......................................... ........................26 2-ORIGENS.......................................... ........................26 3-ESPÉCIES DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.............. ........................26 3.1-Ficha Razão.................................. ........................26 3.2-Balancete de Verificação..................... ........................27 3.2.1-Conceito............................... ........................27 3.2.2-Objetivo............................... ........................27 3.2.3-Momento de sua Elaboração.............. ........................27 3.2.4-Apuração do Balancete de Verificação... ........................27 3.2.5-Exemplo de Balancete de Verificação.... ........................28 3.3-Balanço Patrimonial.......................... ........................29 3.3.1-Conceito............................... ........................29 3.3.2-Conteúdo e Estrutura................... ........................29 3.3.3-Oportunidade do Balanço................ ........................34 3.3.4-Como se Levanta o Balanço Patrimonial.. ........................35 3.3.3-Exemplo de Balanço Patrimonial......... ........................37

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3.4-Demonstração do Resultado do Exercício....... ........................38 3.4.1-Conceito............................... ........................38 3.4.2-Finalidade............................. ........................38 3.4.3-Conteúdo e Estrutura................... ........................38 3.4.4-Exemplo de Demonstração do Resultado do Exercício..............39 3.4.5-Comentário das Nomeclaturas Pertencente s a Dem.do Res.do Exerc.40 3.5-Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados ........................47 3.5.1-Conceito............................... ........................47 3.5.2-Finalidade............................. ........................47 3.5.3-Conteúdo e Estrutura................... ........................47 3.5.4-Exemplo de Demonstração de Lucros e Pre juíos Acumulados........48 3.6-Demonstração das Mutações do Patrimônio Líqui do......................48 3.6.1-Conceito............................... ........................48 3.6.2-Finalidade............................. ........................49 3.6.3-Conteúdo e Estrutura................... ........................49 3.6.4-Exemplo de Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.....49 3.7-Demonstração das Origens e Aplicações de Recu rsos....................49 3.7.1-Conceito............................... ........................49 3.7.2-Finalidade............................. ........................50 3.7.3-Conteúdo e Estrutura................... ........................50 3.7.4-Apresentação........................... ........................51 3.7.5-Exemplo de Dememonstração das Origens e Aplicações de Recursos.51 3.8-Notas Explicativas às Demonstrações Financeir as......................52 3.8.1-Aspectos Introdutórios................. ........................52 3.8.2-As Notas Explicativas na Lei das S.A... ........................52 3.8.3-Exemplo de Notas Explicativas.......... ........................53

V-ANÁLISE DE BALANÇO

1-CONCEITO......................................... ........................55 2-OBJETIVO......................................... ........................55 3-IMPORTÂNCIA...................................... ........................57 4-PROCESSO DE ANÁLISE.............................. ........................57 4.1-Método de Análise............................ ........................57 4.1.1-Quocientes............................. ........................57 4.1.2-Subtração.............................. ........................58 4.1.3-Percentual............................. ........................58 4.1.4-Padr·es Históricos..................... ........................58 4.2-Fase Preliminar.............................. ........................58 4.2.1-Peças Preliminares..................... ........................58 4.2.2-Subsídios.............................. ........................58 4.2.3-Exame das Verbas....................... ........................58 4.3-Relatório de Análise......................... ........................59 5-ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL.................... ........................59 5.1-Análise Horizontal........................... ........................59 5.1.1-Conceito............................... ........................59 5.1.2-Objetivo............................... ........................60 5.1.3-Relatividade........................... ........................60 5.1.4-Interpretações Básicas de Análise Horiz ontal...................60 5.2-Análise Vertical............................. ........................60 5.2.1-Conceito............................... ........................60 5.2.2-Objetivo............................... ........................60 5.3-Análise Horizontal e Vertical em Inflação.... ........................61

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6-ANÁLISE POR QUOCIENTES........................... ........................63 6.1-Introdução................................... ........................63 6.2-Conceito..................................... ........................63 6.3-Finalidade................................... ........................63 6.4-Comentários da Análise Econômica Financeira.. ........................64 6.5-Comentários do Fator de Solvência............ ........................69 7-DESENVOLVIMENTO DE UMA CASO PRÁTICO DE ANÁLISE DE BALANÇOS...............70 7.1-Análise Horizontal e Vertical................ ........................70 7.1.1-Dados Complementares para a Análise ... ........................70 7.1.2-Análise das Demonstrações Contábeis.... ........................71

VI-ALAVANCAGEM FINANCEIRA E OPERACIONAL

1-ALAVANCAGEM FINANCEIRA........................... ........................76 2-GAF-GRAU DE ALAVANCAGEM FINANCEIRA............... ........................77 3-ALAVANCAGEM OPERACIONAL.......................... ........................78 4-GAO-GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL.............. ........................78

VII-MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

1-CONCEITO......................................... ........................79 1.1-Margem de Contribuição Unitária.............. ........................79 1.2-Margem de Contribuição Global ou Total....... ........................79

VIII-PONTO DE EQUILÍBRIO

1-CONCEITO......................................... ........................81 2-FÓRMULA DO PONTO DE EQUILÍBRIO................... ........................81

EXERCÍCIOS

EXERCÍCIOS (Parte I - Teoria)...................... ........................82 EXERCÍCIOS (Parte II - Prática).................... ........................97 BIBLIOGRAFIA....................................... .......................120

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INTRODUÇÃO

Esta apostila foi elaborada com o objetivo de desen volver os tópicos mínimos necessários para a aprendizagem da disciplina ANÁLI SE DE BALANÇO, administrada para os cursos de Administração de Empresas e Econo mia.

A Análise de Balanço é uma disciplina que análise n ão só o balanço

patrimonial, mas sim todas as demonstrações contábe is e por isso requer preliminarmente um bom conhecimento dos fundamentos básicos da contabilidade. Esta parte é bastante desenvolvida no curso de Cont abilidade, nas disciplinas que a antecede, porém, o mesmo não acontece nos cursos de Administração de Empresas e Economia. Estes cursos possuem apenas como discipli na preparatória a Contabilidade Geral III, sendo que, na maioria das vezes tem-se mostrado insuficiente como suporte para o desenvolvimento da disciplina de Análise de Balanços.

Para sanar esta deficiência, inicialmente, desenvol veremos uma abordagem geral da parte básica da contabilidade. Este estudo tem por objetivo possibilitar uma revisão para os que já estudaram o assunto e a oportunidade de aprendizagem para os que, por qualquer motivo, não chegaram a es tudá-lo.

Na elaboração desta apostila buscou-se, inicialment e, dar um conhecimento

básico dos princípios e dos passos necessários para a obtenção das Demonstrações Contábeis. Após a abordagem deste estudo, foi desen volvido sistematicamente o programa exigido para a referida disciplina, pela U niversidade de Caxias do Sul. No decorrer de sua elaboração foram pesquisadas inú meras obras que tratam sobre os assuntos constantes do programa exigido. Sendo q ue, os tópicos que julgamos mais importantes foram inseridos nesta obra, aos qu ais foram adicionadas matérias por nós desenvolvidas através de nossa vivência pro fissional e de conhecimentos pessoais.

A parte que trata do estudo da Análise de Balanço ( entende-se como análise

das demonstrações contábeis) será dividida em quatr o partes, sendo que, as três primeiras serão objeto desse estudo nesta apostila, ficando a quarta etapa para ser desenvolvida em sala de aula com a participação conjunta do professor e os alunos. As quatro etapas estarão assim definidas:

1ª)Etapa: Estrutura das Demonstrações Contábeis: (c apítulo que antecede ao da

análise) Nesta primeira fase será feito o estudo da s demonstrações contábeis deste o seu conceito e finalidade, passando pela de terminação de sua estrutura e composição e por fim o estudo de sua apresentação. Esta etapa é fase preliminar de uma análise. É nela que deve ocorrer os ajustes necessários para que se obtenha as demonstrações dentro das técnicas e prin cípios contábeis.

2ª Etapa: Embasamentos Teóricos: Nesta etapa serão abordados todos os tópicos

ligados à análise das demonstrações contábeis, que julgamos importantes. Entre eles vamos encontrar deste o conceito e a finalidad e de análise, até as principais fórmulas utilizadas em uma análise com s eus respectivos comentários.

3ª Etapa: Cálculo dos Índices: Esta fase ocorre apó s a estruturação das

demonstrações contábeis e corresponde a parte da an álise que tem por objetivo a determinação dos diversos índices e quocientes, sej am eles através da Análise Vertical ou Horizontal ou através da Análise Econôm ica Financeira, ou ainda, por outro tipo de análise.

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4ª Etapa: Interpretação dos Índices Encontrados: Es ta etapa compreende o estudo e interpretação de cada índice encontrado. N esta fase é que ocorre a análise propriamente dita e é através dela que pode mos avaliar uma empresa e tirarmos as nossas conclusões. A interpretação dos índices ocorre através da comparação do mesmo tipo de índice em demonstrações de períodos diferentes ou do mesmo período porém, de empresas diferentes. Também é possível fazer a análise comparando-se o valor de um determinado índice enco ntrado com o valor considerado "ideal" para o mesmo índice em função de sua repres entatividade.

Em função do grande número de índices calculados e por ser uma etapa que requer um nível grande de observação e interpretaçã o do analista tornado os comentários escritos muito longos e de certo ponto maçantes, julgamos melhor que a mesma seja feita em sala de aula, com o auxílio d ireto do professor e oportunisando ao aluno expor suas dúvidas, observaç ões e comentários.

Esta obra não teve o objetivo de esgotar o assunto sobre análise de balanço,

mas sim trazer de forma simples e sintética os pass os necessários para que se possa realizar uma análise das demonstrações contáb eis. Embora ela esteja alicerçada sobre o programa da disciplina anteriorm ente referida, ela pode ser de forte subsídio para qualquer pessoa que queira real izar uma análise, principalmente se for um iniciante nesta arte.

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I-CONTABILIDADE

1-CONCEITO É a ciência que através do processo de captar, regi strar, acumular, resumir e

interpretar os fenômenos que afetam as situações pa trimoniais, financeiras e econômicas de qualquer ente, tem o objetivo de info rmar as repercussões provocadas pelas medidas tomadas no passado, e as t endências para o futuro.

2-FINALIDADE A finalidade da contabilidade é registrar, controla r e demonstrar os fatos

ocorridos no patrimônio, objetivando fornecer infor mações sobre sua composição e variação, bem como sobre o resultado econômico deco rrente da gestão da riqueza patrimonial.

3-PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE 3.1-GENERALIDADES A escrituração mercantil deve ser mantida em regist ros permanentes, com

observância aos preceitos da legislação comercial, das normas da Lei nº 6.404/76 e dos princípios fundamentais da contabilidade.

Devem ser observados para os registros contábeis os métodos ou critérios uniformes no tempo, assim como o regime de competên cia nas mutações do patrimônio.

O patrimônio de uma empresa modifica-se a cada inst ante, em virtude de sua fundamentação no contexto da economia, objetivando alcançar os objetivos propostos, entre os quais o lucro. As modificações constantes do patrimônio inserem-se no conceito da dinâmica.

O patrimônio é o objeto administrado. Tendo por áre a de aplicação a empresa, a Contabilidade cumpre a finalidade de estabelecer princípios, gerando daí as normas, procedimentos e práticas, visando ao contro le da estática, dinâmica e levantamento do patrimônio.

A Contabilidade é, portanto, um sistema de informaç ões administrativas, e, simultaneamente, de mensurarão de fatos econômicos e financeiros.

Princípios Contábeis são premissas consagradas pelo uso e costume, sedimentados ao longo do tempo, mediante comprovaçã o de fatos observados, analisados e estudados no contexto da realidade das empresas e entidades sem fins lucrativos.

Para os efeitos destas normas, consideram-se como p rincípios os conceitos e postulados gerais emanados da doutrina contábil.

Os princípios visam ao tratamento contábil uniforme dos atos e fatos administrativos e das demonstrações deles decorrent es. Havendo mudanças de tratamento, o efeito deve ser informado.

O Conselho Federal de Contabilidade, através da Res olução CFC nº 750-93 de 29 de dezembro de 1993, promoveu uma atualização dos P rincípios Fundamentais de Contabilidade.

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Segundo a referida resolução, a observância dos Pri ncípios Fundamentais de Contabilidade é obrigatória no exercício da profiss ão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidad e

Os Princípios Fundamentais de Contabilidade represe ntam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabil idade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mai s amplo de ciência social, cujo objeto é o Patrimônio das Entidades.

A Resolução CFC nº 750-93 em seu artigo 3º estabele ce que os Princípios Fundamentais de Contabilidade são os seguintes:

I - o da ENTIDADE; II - o da CONTINUIDADE; III - o da OPORTUNIDADE; IV - o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; V - o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; VI - o da COMPETÊNCIA e VII - o da PRUDÊNCIA. 3.2-O PRINCÍPIO DA ENTIDADE O Patrimônio da entidade não se confunde com o dos seus sócios ou acionistas,

ou proprietário individual. O princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e

afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da di ferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles d os seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca n ão é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não res ulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

3.3-O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE A vida da entidade é continuada; por conseqüência c omo as demonstrações

contábeis são estáticas, não podem ser desvinculada s dos períodos anteriores e subseqüentes. Ocorrendo a descontinuidade, o fato d eve ser divulgado.

A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como sua vid a definida ou provável, vem ser consideradas quando da classificação e aval iação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas.

A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ati vos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente q uando a extinção da ENTIDADE tem prazo determinado, previsto ou previsível.

A observância do princípio da CONTINUIDADE é indisp ensável à correta aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA, por efeito d e se relacionar diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à form ação do resultado, e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado.

3.4-O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE As mudanças nos ativos, passivos e nas expressão co ntábil do patrimônio

líquido devem reconhecer-se formalmente nos registr os contábeis logo que ocorrerem, ainda que os seus valores sejam razoavel mente estimados e as provas documentais posteriormente complementadas.

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O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneame nte, à tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mu tações, determinado que este seja feito de imediato e com a extensão correta, in dependentemente das causas que as originaram.

Como resultado da observância do Princípio da OPORT UNIDADE: I - desde que tecnicamente estimável, o registro da s variações patrimoniais

deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência;

II - o registro compreende os elementos quantitativ os e qualitativos, contemplando os aspectos físicos e monetários;

III - o registro deve ensejar o reconhecimento univ ersal das variações ocorridas no patrimônio da ENTIDADE, em um período de tempo determinado, base necessária para gerar informações úteis ao processo decisório da gestão.

3.5-O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais

das transações com o mundo exterior, expressos a va lor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patri moniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE.

Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL result a: I - a avaliação dos componentes patrimoniais deve s er feita com base nos

valores de entrada, considerando-se como tais os re sultantes do consenso com os agentes externos ou da imposição destes;

II - uma vez integrado no patrimônio, o bem, direit o ou obrigação não poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-s e, tão-somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parci al ou integral, a outros elementos patrimoniais;

III - o valor original será mantido enquanto o comp onente permanecer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída dest e;

IV - os Princípios da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e do RE GISTRO PELO VALOR ORIGINAL são compatíveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e mantém atualizado o valor de entrada;

V - o uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes patrimoniais constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos.

3.6-O PRINCÍPIO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA A perda do poder aquisitivo da moeda deve ser recon hecida, em valores que

integram as demonstrações contábeis. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moed a nacional devem ser

reconhecidos nos registros contábeis através do aju stamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.

São resultantes da adoção do Princípio da ATUALIZAÇ ÃO MONETÁRIA: I - a moeda, embora aceita universalmente como medi da de valor, não

representa unidade constante em termos do poder aqu isitivo; II - para que a avaliação do patrimônio possa mante r os valores das

transações originais, é necessário atualizar sua ex pressão formal em moeda nacional, afim de que permaneçam substantivamente c orretos os valores dos componentes patrimoniais e, por conseqüência, o do patrimônio líquido;

III - a atualização monetária são representa nova a valiação, mas, tão-

somente, o ajustamento dos valores originais para d eterminada data, mediante a aplicação de indexadores, ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado perío do.

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3.7-O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA As receitas e as despesas devem ser incluídas na ap uração do resultado do

período em que ocorrerem, sempre simultaneamente qu ando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.

O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as alte rações no ativo e no passivo resultam em aumento ou diminuição do patrim ônio líquido, estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimon iais, resultantes da observância do Princípio da OPORTUNIDADE.

O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas , quando correlatas, é conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração.

As receitas consideram-se realizadas: I - nas transações com terceiros, quando estes efet uarem o pagamento ou

assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pel a investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição de serviços por esta prestados;

II - quando da extinção, parcial ou total, de um pa ssivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um at ivo de valor igual ou maior;

III - pela geração natural de novos ativos independ entemente da intervenção de terceiros;

IV - no recebimento efetivo de doações e subvenções . Consideram-se incorridas as despesas: I - quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência

de sua propriedade para terceiro; II - pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; III - pelo surgimento de um passivo, sem o correspo ndente ativo. 3.8-O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do meno r valor para os

componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentarem alternativas igualmente válidas para a quantificaçã o das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótes e de que resulte menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções i gualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais da Contabilidade .

Observado o que dispõe o Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL, o Princípio da PRUDÊNCIA somente se aplica à mutações posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável à correta aplicação do Pr incípio da COMPETÊNCIA.

A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase quando, para definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devem ser feiras estimativas que envolvem incertezas de grau variável.

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II-ESCRITURAÇÃO

1-CONCEITO Escrituração é o conjunto de anotações, registros q ue, com formas e fins

diversos, servem para representar os fenômenos da g estão. Escriturar ou registrar é gravar um fato, mantendo a memória do mesmo. Escritura-se baseado em documentos ou comprovantes. O que se registra precisa

ter comprovação. Tudo o que acontece com o Patrimônio, registra-se. Uma escrita contábil deve

ser abrangente. 2-FUNÇÕES DA ESCRITURAÇÃO Executada com atendimento aos princípios técnicos q ue formam o próprio

método, a escrituração tem por funções essenciais: a)a representação escrita e classificada de todos o s elementos que compõem o

patrimônio, considerado este nos seus aspectos espe cífico, jurídico e econômico; b)a apropriação contábil tabulada de todos os fato s administrativos, em

ordem cronológica e registrados com individualizaçã o e clareza; c)a evidenciação dos efeitos específicos, jurídicos e econômicos (variações)

que tocam os elementos patrimoniais, gerados pelos fatos: d)a demonstração, sintética ou analítica, permanent e ou periódica dos estados

patrimoniais, financeiros e econômicos da riqueza a dministrada, no seu conjunto ou nos seus aspectos particulares.

3-FINALIDADE É através da escrituração que é possível historiar os acontecimentos pelo

decorrer dos tempos e com isso possibilitar uma aná lise e avaliação do desempenho e da situação em que uma empresa se encontra.

É pela escrituração que a contabilidade toma forma. A escrituração é composta sobre livros ou fichas e é compilada, ainda sobre

notas, documentos etc., que se revestem de particul ares formas e são predispostos, atendendo às várias finalidades a que servem.

A pessoa jurídica deve registrar a escrituração con tábil no livro-diário, que deve ser devidamente registrado nos órgãos componen tes. A escrituração contábil pode servir de base para:

1 - distribuição dos lucros; 2 - compensar prejuízos; 3 - não pagar imposto de renda nenhum, por comprova r contabilmente o

prejuízo; 4 - elaborar as demonstrações contábeis; 5 - comprovar, em juízo, fatos cujas provas depende m de perícia contábil; 6 - contestar reclamações trabalhistas, quando as p rovas a serem apresentadas

dependem de perícia contábil; 7 - provar, em juízo, sua situação patrimonial, em questões que possam

existir com herdeiros e sucessores do sócio falecid o; 8 - requerer concordata, por insolvência; 9 - evitar que sejam consideradas fraudulentas as p róprias falências,

sujeitando-se seus sócios ou titulares às penalidad es previstas na Lei de Falência;

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10 - provar, a sócios que se retiram da sociedade, a verdadeira situação patrimonial da empresa, para fins de restituição de capital ou venda de participação societária;

11 - comprovar a legitimidade dos créditos, em caso de impugnação de habilitações feitas em concordatas preventivas ou f alências.

As empresas podem ficar dispensadas da escrituração comercial, perante a

LEGISLAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA, nos seguintes casos : 1 - quando se enquadrarem no conceito de microempre sas, conforme a legislação

pertinente; 2 - ao optarem pela tributação com base no lucro pr esumido. A dispensa da escrituração contábil refere-se apena s à legislação do Imposto

de Renda, não estando a empresa desobrigada da escr ituração exigida pelas leis comerciais.

4-REQUISITOS Escrituração contábil é a técnica pela qual é feito o registro diário de

todos os fatos administrativos que decorrem dentro de uma organização. É a história da empresa através dos tempos. A escritura ção deve ser feita em ordem cronológica, corretamente, sem rasuras ou emendas, não dando margem a mínima dúvida em relação a ela.

A escrituração contábil há que ser por princípio, m etodológica, e no método, racional, concebido e estruturado em sistema.

De um modo geral, pode-se estabelecer que o método de escrituração há que satisfazer aos seguintes padrões:

a) forma mercantil; b) uniformidade; c) universalidade, entendida como fixação de todos os elementos e fatos da

gestão econômica, sem qualquer exceção; d) individualização e clareza; e) ordem cronológica dos registros; f) fidelidade e exatidão; g) especificação, agrupamento e classificação de va lores, fatos e efeitos,

como base em "contas" de planejamento, estruturação e mecanismo sistemático. 5-PLANO DE CONTAS 5.1-CONCEITO É o elenco das contas utilizadas para efetuar os la nçamentos contábeis. É o guia ordenado e sistemático das operações que s e realizam numa empresa, e

as quais movimentam o patrimônio. Na sua elaboração é indispensável que o planificado r conheça a estrutura

prevista para a empresa, suas atividades, campo de ação, métodos de trabalho, em suma, todos os pormenores necessários a um plano qu e permita acompanhar as atividades da empresa, e também acompanhar o seu de senvolvimento ulterior.

5.2-MANUAL DO PLANO DE CONTAS É a descrição da função de cada uma das contas cons tantes no Plano de Contas. Nesta descrição consta basicamente, o que vai ser r egistrado, em que momento,

de que forma, qual a natureza do saldo da referida conta e o que ele representa.

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5.3-DEFINIÇÃO DE CONTAS Conta é o registro de débitos e créditos da mesma n atureza, identificados por

um título que qualifica em componente do patrimônio ou uma variação patrimonial. Conta é a representação gráfica das obrigações, dos direitos e dos bens de

uma pessoa, ou de uma entidade jurídica. É um gráfi co que agrupa fatos ou operações da mesma natureza.

As contas são classificadas em dois grupos: --- | DE ATIVO (Bens e Direito s) CONTAS PATRIMONIAIS | DE PASSIVO (Obrigações) | DA SITUAÇÃO LÍQUIDA (Cap ital Próprio) --- --- | DE RECEITAS (Ganhos) CONTAS DE RESULTADO | DE DESPESAS (Gastos) --- 5.3.1-CONTAS PATRIMONIAIS : São as que representam os elementos ativos e

passivos que compõem o complexo patrimonial (bens, direitos, obrigações e situação líquida).

a)BENS: É toda a coisa suscetível de avaliação mone tária, que tem a qualidade

de satisfazer a uma necessidade humana. São coisas úteis, de valor considerável, de boa duração que pertencem ao titular do Patrimôn io.

Os bens podem ter várias classificações segundo em que são considerados. Assim, temos a classificação mais geral, que divide os bens em corporeos e incorpóreos, também chamados materiais e imateriais , ou tangíveis e intangíveis. Como bens materiais, podemos citar imóveis, móveis, máquinas, mercadorias etc.. Como imateriais, marcas, patentes, fundos de comérc io, etc..

b)DIREITOS: São créditos que o titular do Patrimôni o possui de terceiros. São

os valores representados por títulos de crédito que o titular do patrimônio receberá de terceiros. Como exemplo, citamos: empré stimos concedidos a terceiros, vendas a prazo que gerará duplicatas a receber, imp ostos a recuperar, etc..

c)OBRIGAÇÕES: São as dívidas que o titular do patri mônio possui para com

terceiros. São os compromissos assumidos pelo titul ar do patrimônio em pagar alguém em determinada data. Como exemplo temo: Dupl icatas a pagar, empréstimos obtidos, salários a pagar, impostos a pagar, etc..

d)SITUAÇÃO LÍQUIDA: É a diferença entre o ativo (be ns e direitos) e o passivo

(obrigações) do patrimônio de qualquer ente. 5.3.2-CONTAS DE RESULTADO: são as que registram as variações patrimoniais

(despesas e receitas) e demonstram o resultado do e xercício. São estas as contas que registram os fatos modificativos ocorridos em u ma azienda.

a)RECEITA: É a entrada de elementos para o ativo, s ob a forma de dinheiro ou

direitos a receber, correspondentes, normalmente, à venda de mercadorias, de produtos, ou à prestação de serviços. Uma receita t ambém pode derivar de juros sobre depósitos bancários ou títulos e da outros ga nhos eventuais.

A obtenção de uma receita resulta, pois, num aument o de situação líquida. b)DESPESA: Representa uma saída de recursos da empr esa, que pode ocorrer com

uma redução do Ativo ou um aumento do Passivo. Uma é feita com objetivo, diretamente ou indiretamente, de se obter uma recei ta.

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c)RESULTADO: É a diferença encontrada, num determin ado período, entre as receitas e as despesas.

Caso as receitas obtidas superem as despesas, o res ultado do período contábil será um lucro líquido, que aumenta o Patrimônio

Líquido. Se as despesas forem maiores que as receit as, ocorre um prejuízo que diminuirá o Patrimônio Líquido.

5.4-FUNÇÃO DAS CONTAS Todas as contas, tanto as patrimoniais como as de r esultado, dentro da

escrituração e para que esta registre adequadamente os fatos ocorridos, podem ser debitadas e/ou creditadas; possuem saldo, que é o r esultado entre os valores debitados e creditados; possuem funções determinada s dentro da contabilidade; são criadas ou encerradas de acordo com a incorporação ou venda daquilo que representam e fazem parte do contexto patrimonial a lterando seus aspectos quantitativos ou qualitativos.

Assim teremos: a) As Contas Patrimoniais Ativas são sempre debitadas pelo que recebem e

creditadas pelo que entregam. Possuem a função de r epresentar os bens e direitos da organização. Por natureza possuem saldo devedor.

b) As contas patrimoniais passivas são sempre creditadas pelo que recebem e debitadas pelo que entregam. São função é represen tar as obrigações da empresa e possuem por natureza saldo credor.

c) As contas patrimoniais de situação líquida , obedecem os mesmos princípios das contas patrimoniais passivas e representam o va lor líquido do patrimônio da azienda.

d) As contas patrimoniais de Passivo representam a origem do patrimônio e as de Ativo representam as aplicações do patrimônio, s endo que as contas de Situação Líquida representam o próprio patrimônio.

e)A s contas patrimoniais são criadas (abertas), quando se adquire um bem; u m direito ou uma obrigação e subsistem enquanto elas estiverem integradas ao patrimônio.

f) As contas de receitas são sempre creditada pela entrada de recursos e produzem um aumento na situação líquida positiva do patrimônio.

g) As contas de despesas são sempre debitadas quando da efetivação da despe sa e produzem diminuição na situação líquida positiva do patrimônio.

h) As contas de resultado são criadas quando da efetivação da receita ou da despesa e encerradas no fim de cada período adminis trativo, para evidenciarem o rédito.

6-LANÇAMENTOS CONTÁBEIS 6.1-CONCEITO Lançamento é o registro de um fato contábil, e esse registro, pelo método das

partidas dobradas, é feito em ordem cronológica e o bedecendo a determinada disposição técnica. O método das partidas dobradas exige o aparecimento do devedor e do credor, aos quais se seguem o históric o do fato ocorrido e a importância em dinheiro.

Todos os lançamentos são escriturados no livro Diár io, em ordem cronológica, e transcritos para os demais livros, em ordem siste mática, ou seja, de acordo com a natureza do fato registrado. Daí a utilidade das contas, que indicam os elementos patrimoniais que sofreram variações, bem como seu valor em determinado momento.

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6.2-FUNÇÕES DO LANÇAMENTO Ao conjunto dos lançamentos denominamos Escrituraçã o. O lançamento é, pois,

uma parcela da Escrituração, e à semelhança desta, apresenta duas funções: histórica e de registro monetário dos fatos.

A função histórica do lançamento consiste em narrar o fato contábil em ordem cronológica. A função monetária compreende o regist ro da expressão monetária dos fatos e seu agrupamento segundo a natureza de cada um.

6.3-ELEMENTOS ESSENCIAIS DO LANÇAMENTO Os elementos essenciais do lançamento são cinco: a)Data do Registro b)Conta Devedora c)Conta Credora d)Histórico e)Valor A data e o histórico exercem funções histórica, con tribuindo para descrição

na ordem cronológica, de todos os acontecimentos qu e se verificam no patrimônio. As contas e o valor da operação exercem função de r egistro monetário dos

fatos. As contas separam os fatos de acordo com a s ua natureza, reunindo os em grupos homogêneos. a expressão monetária indica o v alor do patrimônio e de suas variações.

7-REGRAS BÁSICAS PARA DÉBITOS E CRÉDITOS DAS CONTAS As contas ativas representam elementos patrimoniais positivos. São debitadas

quando os bens e direitos entram no patrimônio e cr editadas quando dele saem. As contas passivas representam elementos negativos. São creditadas qu ando o

patrimônio assume obrigações, e debitadas quando as líquida. As contas de despesas são sempre debitadas, pois representam redução do

patrimônio líquido, com exceção, quando efetuamos u m estorno de uma despesa ou quando a encerramos no final do exercício, momentos únicos que a conta de despesa será creditada.

As contas de receita são sempre creditadas, pois correspondem a aumento do patrimônio líquido, com exceção, quando efetuamos u m estorno de uma receita ou quando a encerramos no final do exercício, momentos únicos que a conta de receita será debitada.

Dito isto, podemos afirmar que: a)Debita-se uma conta por: -entrada de elemento ativo -liquidação de obrigação -realização de despesas -anulação de receitas Todos estes acontecimentos representam aplicações d e recursos, portanto,

sempre que houver uma aplicação de recurso a conta que registrar esta aplicação será debitada.

b)Credita-se uma conta por: -saída de elemento ativo -criação de obrigação -realização de receitas -anulação de despesas. Todos estes últimos acontecimentos representam orig ens de recursos, portanto,

sempre que houver uma origem de recurso a conta que registrar esta origem será creditada.

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8-ATOS ADMINISTRATIVOS E FATOS CONTÁBEIS 8.1-ATOS ADMINISTRATIVOS São procedimentos da administração que não interfer em de imediato na

modificação ou variação do Patrimônio de uma empres a, mas constituem-se num conjunto de atividades necessárias à consecução dos fins desta Azienda. Não são suscetíveis de contabilização, não alteram sob hipó tese alguma a situação patrimonial.

Como exemplo, citamos: A admissão de um empregado, a troca da diretoria, uma

reunião da administração, etc. 8.2-FATOS CONTÁBEIS São os procedimentos administrativos que envolvem m odificações ou variações

no Patrimônio tão logo ocorram, por isso são fatos suscetíveis de contabilização. Como exemplo, podemos citar: a compra de mercadoria s, depósito bancário, pagamento de duplicatas, etc..

8.2.1-FATOS CONTÁBEIS PERMUTATIVOS: São os que trazem variações do ponto de

vista específico ou qualitativo ao patrimônio sem, no entanto, alterarem sua situação líquida. O patrimônio não se altera positi vamente ou negativamente, havendo apenas alterações dos elementos que o compõ em.

Os fatos contábeis permutativos são escriturados ut ilizando-se apenas contas

patrimoniais (ativo e passivo). 8.2.2-FATOS CONTÁBEIS MODIFICATIVOS : São os que produzem alterações na

situação líquida patrimonial, diminuindo-a ou aumen tando-a. Alteram o aspecto quantitativo do patrimônio envolvendo o registro da s despesas e receitas, se apresentam como:

a)MODIFICATIVOS DIMINUTIVOS: São os fatos contábeis que diminuem a situação

líquida patrimonial. Esta diminuição ocorre pela es crituração de uma despesa podendo ter como contrapartida uma redução do Ativo ou aumento do Passivo.

b)MODIFICATIVOS AUMENTATIVOS: São os fatos contábei s que aumentam a situação

líquida patrimonial. Este aumento ocorre pela escri turação de uma receita, tendo normalmente como contrapartida uma conta de ativo.

8.2.3-FATOS CONTÁBEIS MISTOS OU COMPOSTOS: São os que conjugam a permutação

ou compensação de valores com modificação na situaç ão líquida do patrimônio. Também se subdividem em mistos aumentativos e misto s diminutivos.

a)MISTOS AUMENTATIVOS: Aumentam a situação líquida patrimonial ao mesmo tempo

em que conjugam a permutação entre conta de Ativo e Passivo. b)MISTOS DIMINUTIVOS: Diminuem a situação líquida p atrimonial e alteram

algumas contas patrimoniais simultaneamente. 9-REGIME DE CAIXA E REGIME DE COMPETÊNCIA A contabilidade, para registrar os fatos contábeis, utiliza-se da

escrituração e esta pode ser processada por dois re gimes distintos:

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--- | REGIME DE CAIXA REGIMES CONTÁBEIS | | REGIME DE COMPETÊNCIA --- 9.1-REGIME DE CAIXA Por este método registram-se as transações somente no momento de seu

pagamento ou recebimento em dinheiro. Este regime somente é admissível em entidades sem f ins lucrativos, onde os

conceitos de receitas e despesas se identificam, mu itas vezes, com os de recebimento e pagamento.

9.2-REGIME DE COMPETÊNCIA Neste regime registramos todos os fatos contábeis n o ato efetivação de

negócio, na data da competência do fato ocorrido, s e pago à vista, por caixa, se a prazo em conta que represente a obrigação ou dire ito.

Pelo regime de competência todas as transações refe rentes a um período administrativo são computadas, as que são realizada s e não pagas e as que efetivamente pagas mas que constituir-se-ão em oper ações do período seguinte.

O regime preferível é o de competência, aliás consa grado pelo artigo 177 da Lei nº 6.404/76, que regula as Sociedades por Ações , cujos dispositivos foram estendidos a todas as empresas pelo Decreto-lei nº 1.598/77.

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III- PATRIMÔNIO

1-CONCEITO Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigaç ões, avaliáveis em moeda

corrente, vinculados a uma pessoa física ou jurídic a. Patrimônio é o objeto da Contabilidade, pois sobre ele se exercem as funções

dessa ciência, que o estuda, o controla e o demonst ra de forma expositiva, através das demonstrações contábeis.

O patrimônio é constituído pelo conjunto de valores que se encontram vinculados à uma azienda ou à sua disposição em det erminado momento. Os bens e os direitos constituem o lado positivo ou ativo do pat rimônio e as obrigações o lado negativo ou passivo.

Tanto o ativo como o passivo do patrimônio constitu em um só conjunto de valores - ativo ou lado positivo reflete a sua form a objetiva, ou seja, a forma da sua aplicação ou destinação; e o passivo ou lado negativo, espelha a sua forma subjetiva, ou seja, como se originaram esses valore s ou como foram obtidos.

2-FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO O patrimônio forma-se por acumulação de bens. O patrimônio varia, em grandeza e complexidade, seg undo o grau de riqueza de

seu titular. Podemos afirmar que todos os indivíduo s possuem patrimônio, mesmo que composto de bens de ínfimo valor. Cada patrimôn io individual se apresenta com características específicas, segundo o gosto e a at ividade de cada indivíduo.

Quando o complexo patrimonial se destina a uma ativ idade específica - comercial, industrial, agrícola, financeira ou pres tação de serviços - ou simplesmente para desfrute de seu titular, ele assu me características especiais, relacionadas com a sua atividade.

3-RELAÇÃO ENTRE OS COMPONENTES PATRIMONIAIS Os bens e direitos representam a parte positiva do patrimônio e as obrigações

a parte negativa. Assim, se representássemos graficamente o patrimôni o teríamos:

PATRIMÔNIO -------------------------------------------------- -- | ATIVO = PARTE POSITIVA | PASSIVO = PARTE NEGATIVA | |------------------------|------------------------- --| | - Bens | - Obrigações | | - Direitos | | -------------------------------------------------- -- Atribuindo-se valores aos bens, direitos e obrigaçõ es poderemos analisar qual

a situação de determinado Patrimônio.

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3.1-SITUAÇÃO LÍQUIDA DO PATRIMÔNIO A situação líquida do patrimônio é chamada de Patri mônio Líquido, a qual

representa a diferença entre o ATIVO e o PASSIVO, o u seja a soma dos bens e os direitos menos as obrigações. O Patrimônio Líquido representa o capital pertencente aos proprietários da empresa.

PATRIMÔNIO -------------------------------------------------- ------------- | ATIVO = PARTE POSITIVA | PASSIVO = PART E NEGATIVA | |-------------------------------|------------------ -------------| | | | | | Obrigações = Capi tal de 3ºs | | Bens | | | | (Origens de Recur sos) | | e | | | |------------------ -------------| | Direitos | PATRIMÔNIO LÍQUID O=Cap.Próprio| | | | | | Capital investido pelos sócios| | (Aplicações de Recursos) | Lucros obtido pel a empresa | | | | | | (Origens de Recu rsos) | -------------------------------------------------- ------------- Genericamente, a diferença entre o ativo e o passiv o do patrimônio pode ser

chamada de situação líquida. Um patrimônio poderá a presentar três situações líquidas diferentes.

Atribuindo-se valores aos bens, direitos e obrigaçõ es podemos analisar qual a situação de determinado Patrimônio, da onde se con clui que:

-Se a parte positiva for maior que a parte negativa teremos patrimônio real, o titular deste patrimônio está em boa situação. Seus bens e

direitos superam suas dívidas. -Se a parte positiva for igual a parte negativa, nã o teremos patrimônio real,

pois os bens e direitos gravados em tal patrimônio estão todos comprometidos com as obrigações.

-Se a parte positiva do patrimônio for menor que a parte negativa, teremos

patrimônio negativo. O titular deste deve mais que o valor dos bens e direitos que possui. Se desejasse liquidar esse patrimônio, ficaria apenas com dívidas excedentes aos valores dos bens e direitos.

A soma algébrica entre a parte positiva e a parte n egativa do patrimônio,

denominamos de SITUAÇÃO LÍQUIDA PATRIMONIAL. A parte positiva do patrimônio é contabilmente deno minada de ATIVO e a parte

negativa é chamada de PASSIVO. 3.1.1-TIPOS DE SITUAÇÕES LÍQUIDAS PATRIMONIAIS : Situação líquida patrimonial

é a diferença entre o ativo (bens + direitos) e o p assivo (obrigações) do patrimônio, podendo o patrimônio apresentar três si tuações líquidas: positiva, nula ou negativa.

1ª Situação: O ATIVO É MAIOR QUE O PASSIVO, do que resulta uma situação

líquida ativa, também chamada positiva, superavitár ia ou favorável. Nesta situação, também conhecida por Patrimônio Líquido, aparece o capital no passivo, completando a equação. Se a parte positiva for maio r que a negativa teremos

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patrimônio real, o titular deste patrimônio está em boa situação. Seus bens e direitos superam suas dívidas.

Exemplo de Situação Líquida Patrimonial Pos itiva: --------------------------------------------- -------- | A T I V O | P A S S I V O | |-------------------------|------------------- --------| | Bens e Direitos | Obrigações | | Caixa 60 | Contas a pagar 200 | | Bancos 420 | Impostos a pagar 100 | | Contas a receber 3.500 | --- | | Veículos 400 | Total obrigações 300 | | Terrenos 1.100 | | | ----- | Patrimônio Líquido | | Total Bens e dir.5.480 | Capital social 3.000 | | | Lucros acumulados 2.180 | | | ----- | | | Total Patr.Líq. 5.180 | | | | | TOTAL ATIVO 5.480 | TOTAL PASSIVO 5.480 | --------------------------------------------- -------- 2ª Situação: O ATIVO É IGUAL AO PASSIVO, revelando situação nula ou

compensada. Neste caso o capital foi absorvido e to do o patrimônio pertence a terceiros, pois o total dos bens direitos é igual a o total das obrigações.

Exemplo de Situação Líquida Patrimonial Nula: --------------------------------------------- -------- | A T I V O | P A S S I V O | |-------------------------|------------------- --------| | Bens e Direitos | Obrigações | | Caixa 100 | Contas a pagar 2.500 | | Contas a receber 4.500 | Impostos a pagar 600 | | Veículos 500 | Emprést.a pagar 2.600 | | Terrenos 600 | ----- | | ----- | Total obrigações 5.700 | | Total bens e dir.5.700 | | | | Patrimônio Líquido | | | Capital social 2.000 | | | Prejuízos acumuls. (2.000)| | | ----- | | | Total Patr.Líq. -0- | | | | | TOTAL DO ATIVO 5.700 | TOTAL PASSIVO 5.700 | --------------------------------------------- -------- 3ª Situação: O ATIVO É MENOR QUE O PASSIVO, do que resulta uma situação

líquida passiva, também denominada negativa, defici tária ou desfavorável. O titular deste patrimônio deve mais que o valor dos bens e direitos que possui. Se desejasse liquidar este Patrimônio, ficaria apenas com as dívidas excedentes aos valores dos bens e direitos.

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Exemplo de Situação Líquida Patrimonial Nega tiva. --------------------------------------------- -------- | A T I V O | P A S S I V O | |-------------------------|------------------- --------| | Bens e Direitos | Obrigações | | Caixa 10 | Contas a pagar 3.400 | | Bancos 50 | Impostos a pagar 900 | | Contas a receber 4.000 | Emprést.a pagar 3.000 | | Veículos 300 | ----- | | Terrenos 800 | Total obrigações 7.300 | | ----- | | | Total bens e dir.5.160 | Patrimônio Líquido | | | Capital social 1.000 | | | Prejuízos Acumuls. (3.140)| | | ----- | | | Total Patr. Líq. (2.140)| | | | | TOTAL ATIVO 5.160 | TOTAL PASSIVO 5.160 | --------------------------------------------- -------- 3.1.2-VARIAÇÕES PATRIMONIAIS (VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO) O patrimônio é um complexo de valores utilizados co m determinado fim. Quando aplicado ao objetivo a que se destina, o pat rimônio sofre variações,

que podem ser permutativas ou modificativas (aument ativas ou diminutivas) em seus valores. As variações permutativas não alteram a si tuação líquida do patrimônio, pois constituem apenas troca de elementos patrimoni ais, no mesmo valor. As aumentativas ou diminutivas alteram para mais ou pa ra menos a situação líquida do patrimônio, devendo ser apuradas periodicamente, pa ra que se conheça o resultado econômico (lucro ou prejuízo) verificado durante o período.

As contas que representam os elementos constitutivo s do patrimônio (ativo, passivo e situação líquida) são chamadas contas pat rimoniais. As que representam as variações aumentativas e diminutivas da situação líquida do patrimônio chamam-se contas de resultado.

O aumento na situação líquida positiva é produzida por receitas ou ingressos; a diminuição, por despesas ou custo.

A diferença entre ingressos e custo é chamada rédit o (resultado), que pode ser positivo ou negativo.

Quando as variações positivas (receitas) são maiore s que as variações negativas (despesas), o resultado econômico é posit ivo (lucro). Quando as variações positivas são inferiores às negativas, o resultado econômico é negativo (prejuízo).

No fim de cada período administrativo (exercício), essas variações positivas e negativas, assim como o resultado econômico produ zido (lucro ou prejuízo), são exibidos através de demonstração expositiva, que re úne todas as receitas e despesas, chamada Demonstração do Resultado do Exer cício.

O estudo da estrutura, análise e interpretação da D emonstração do Resultado do Exercício é de grande importância, porquanto atr avés dele conhecemos as causas desse resultado, assim como os índices de circulaçã o do capital, de custo da produção e de rentabilidade do capital.

As causas principais que fazem variar o Patrimônio Líquido são: a)O investimento inicial de capital e seus aumentos posteriores ou

desinvestimentos feitos na entidade, pelos sócios; b)O resultado obtido do confronto entre contas de receitas e despesas dentro

do período contábil (lucro ou prejuízo).

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3.2-ASPECTOS PATRIMONIAIS O patrimônio pode ser encerrado sob dois aspectos d iferentes. O qualitativo

ou específico e o quantitativo ou monetário. No asp ecto qualitativo, ele se apresenta como um agregado de elementos diferentes uns dos outros; e no aspecto quantitativo, esses elementos se apresentam sob um denominador comum, representado pela moeda de conta, que entre nós e o CRUZEIRO.

3.2.1-ASPECTO QUALITATIVO : Sob o aspecto qualitativo é apenas considerada a

espécie dos elementos que compõem o patrimônio. Exe mplo: Imóveis, máquinas, veículos, mercadorias, etc.

Na análise profunda de um patrimônio, o aspecto qua litativo torna-se fundamental, pois, se possuímos uma máquina, por ex emplo, mas a referida não possui valor de mercado, está obsoleta, logo, não p ossuirá valor real algum. De pouco adianta termos um patrimônio qualitativamente deteriorado, muito embora, seu valor contábil seja elevado, ou mesmo termos um título a receber, mas incobrável. Devemos portanto, analisar além da espé cie do bem, sua utilidade, sua apropriabilidade.

3.2.2-ASPECTO QUANTITATIVO: Sob o aspecto quantitativo é analisado o valor

que cada elemento representa. Exemplo: Prédios - 30 0.000,00 - Veículos 200.000 - Duplicatas a receber 100.000 - Fornecedores 150.000 .

É importante, que ao avaliarmos um elemento sob o a specto quantitativo, levaremos em conta a inflação e a liqüidez de cada um individualmente e não apenas seu valor contábil, pois nem sempre, este úl timo quantifica corretamente.

4-PATRIMÔNIO COMO INVESTIMENTO E COMO FONTE DE FINANCIAMENTO O ativo patrimonial compreende as aplicações de cap itais em bens e direitos,

variando essa aplicação de acordo com a natureza da empresa; o passivo patrimonial compreende a origem dos capitais, ou se ja, a fonte de onde provêm.

4.1-INVESTIMENTOS PATRIMONIAIS São os dispêndios feitos por uma sociedade para obt er um bem ou direito. De acordo com a natureza das entidades econômico-ad ministrativas e os fins a

que se destinam, os bens e direitos que compõem seu ativo recebem destinação específica, necessária à consecução de seus objetiv os.

Em todas as entidades encontramos, capitais aplicad os em valores disponíveis, de livre circulação; capitais aplicados em bens cir culantes, destinados à movimentação econômica, incluindo bens que podem se r convertidos em bens fixos, não destinados à movimentação econômica, mas apenas como meios ou instrumentos para o alcance dos fins a que se destina a entidade ; capitais aplicados em valores transitórios, cuja destinação depende de ac ontecimentos incertos ou futuros.

Os valores ativos recebem, portanto, classificação de acordo com a natureza dos bens em que são investidos os capitais.

4.2-FONTES DE FINANCIAMENTO Se o ativo indica aplicação dos capitais e o passiv o, a origem desses

capitais, teremos a representação, através das cont as do passivo, das fontes de financiamento para formação do ativo.

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Todo o patrimônio para se constituir, para forma de Bens e Direitos, deve possuir uma origem lógica, que de fato represente s ua existência ou sua capacidade de subsistir como riqueza.

Como nosso estudo é voltado à contabilidade, que se preocupa com o controle do Patrimônio das Empresas e Entidades, devemos por tanto, analisar de onde provém os recursos para formação dos Patrimônios.

Já se faz claro que o Ativo se preocupa em registra r as aplicações dos capitais e que o Passivo registra as origens desses capitais.

Esse ponto vai se preocupar apenas com as várias ma neiras de se obter recursos necessários à constituição, à manutenção e à aplicação dos Bens e Direitos de um Patrimônio. Logo, analisará a formaç ão do Passivo de uma empresa.

Para melhor entendimento da matéria dividimos as Fo ntes de Financiamento Patrimonial em dois grupos, que são:

--- -- | CAPITAIS DE FORMAÇÃO | CAPITAIS PRÓPRIOS | FONTES DE | | CAPITAIS DE DERIVAÇÃO FINANCIAMENTO | --- PATRIMONIAL | --- | CAPITAIS DE | DÉBITOS DE FUNCIONAMENTOS | TERCEIROS | --- | DÉBITOS DE FINANCIAMENTOS --- 4.2.1-CAPITAIS PRÓPRIOS: São os que constituem a própria situação líquida

patrimonial e por sua vez se subdividem em dois gru pos, de acordo com sua origem: Capitais de Formação e Capitais de Derivação.

a)CAPITAIS DE FORMAÇÃO: São constituídos pelas cota s ou ações do capital,

fornecidas pelos sócios da empresa ou titular da fi rma individual. É o próprio capital da empresa.

Esta fonte pode ser aumentada de acordo com a dispo sição dos sócios em elevarem sua contribuição para o capital da empresa .

b)CAPITAIS DE DERIVAÇÃO: São constituídos pelos luc ros ou reservas formadas

pela própria atividade da empresa. Derivam dos capi tais de formação pois, estes pela sua própria finalidade, geram lucros que irão se constituir em Capitais Próprios, que denominamos de Capitais de Derivação.

Estes por sua vez, podem vir a fazer parte dos Capi tais de Formação, desde que se alterem os atos constitutivos da empresa alt erando-se o valor do capital, com lucros e/ou reservas.

4.2.2-CAPITAIS DE TERCEIROS: Os capitais de terceiros, também merecem

classificação quanto a sua origem e a faremos da se guinte ordem: Débitos de Funcionamento e Débitos de Financiamento.

a)DÉBITOS DE FUNCIONAMENTO: Decorrem ou se constitu em por necessidades

geradas pela própria atividade da empresa. São as c ompras a prazo. Assim, quando adquirimos matérias-primas para estocagem, a prazo, aumentará o nosso Ativo, pelo aumento do valor dos estoques e registram no Passiv o o valor que constituirá em obrigação para poder seguir operando normalmente.

b)DÉBITOS DE FINANCIAMENTO: Provém de financiamento s efetuados para a

ampliação, modernização ou desenvolvimento da empre sa. Os mais comuns são decorrentes de empréstimos bancários, financiamento s específicos para a aquisição de máquinas ou emissão de títulos de créditos que s erão por nós resgatados a longo prazo.

Normalmente os débitos de financiamentos trazem à e mpresa dinheiro ou mecanismo para incrementar sua produção.

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5-CLASSIFICAÇÃO CONTÁBIL DOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS É através desta classificação que podemos observar a composição qualitativa

do patrimônio. De conformidade com os artigos 179 a 182 da Lei n. 6.404/76a composição do

patrimônio, em seu aspecto qualitativo, deve aprese ntar-se assim estruturada:

A T I V O a) Ativo Circulante (abrangendo as disponibilidades monetárias, os di reitos

realizáveis no decurso do exercício seguinte e as a plicações em despesas referentes a exercícios futuros);

O ativo circulante é constituído pelos valores que estão em constante transformação, em contínuo movimento de rotação. As disponibilidades monetárias são constituídas pelo dinheiro em caixa e nos banco s, assim como valores que podem ser convertidos em dinheiro (v.g., títulos vi nculados ao Mercado Aberto ou Open Market). Os direitos realizáveis durante o exe rcício em curso: títulos a receber de clientes, adiantamentos, contas a recebe r, mercadorias, matérias-primas, produtos etc.. As aplicações em despesas re ferentes a exercícios futuros são constituídas pelos custos e despesas que soment e terão a sua recuperação em exercícios vindouros.

b) Ativo Realizável a Longo Prazo (abrangendo os direitos realizáveis após o

término do exercício seguinte, isto é, a mais de 36 0 dias, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a empresas coligadas ou controladas, diretores, sócios, acionistas ou outr os participantes no lucro da empresa ou não constituírem negócios usuais na expl oração do objeto da empresa).

O Ativo realizável a longo prazo é formado pelos va lores que serão realizados em exercícios subseqüentes, isto é, a mais de 360 d ias, tais como títulos a receber, dívidas de empresas coligadas ou controlad as e outros direitos e bens que levarem mais de 360 dias para se realizarem.

c) Ativo Permanente Este grupo aparece subdividido em três subgrupos

distintos: 1) Investimento (abrangendo as participações em outras empresas e os direitos

de qualquer natureza, não classificáveis no ativo c irculante e nem no ativo realizável a longo prazo, e que não se destinem à m anutenção da atividade da empresa).

2) Imobilizado (constituído pelos direitos e bens que tenham por objetivo à

manutenção das atividades da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial ou comercial. Ex.: Máq uinas, prédios, veículos, móveis e utensílios, marcas e patentes, etc.).

3) Diferido (aplicações de recursos que) contribuirão para a f ormação do

resultado de mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas ou sócios, durante o período anteced ente ao início das operações sociais: despesas de constituição, despesas pré-ope racionais, fundo de comércio adquirido, juros pré-operacionais etc.).

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P A S S I V O a) Passivo Circulante (compreende as obrigações da empresa, inclusive

financiamentos para aquisição de direitos do ativo permanente, quando se vencerem dentro próximo exercício).

O passivo circulante é constituído pelas obrigações da empresa, exigíveis no exercício social seguinte, isto é, as responsabilid ades da empresa para com terceiros, referente a débitos de funcionamento e f inanciamento (fornecedores, títulos a pagar, empréstimos bancários e outras dí vidas de natureza transitória.

b) Passivo Exigível a Longo Prazo (compreende as obrigações da empresa,

inclusive os financiamentos para aquisição de direi tos do ativo permanente, quando se vencerem após o término do exercício segu inte, ou seja, a mais de 360 dias).

c) Resultados de Exercícios Futuros (Compreende as receitas de exercícios

futuros, diminuídos dos custos e despesas correspon dentes). O resultado de exercícios futuros, que substitui o antigo passivo de

resultado pendente, abrange todas as receitas difer idas e antecipadas, deduzidas dos respectivos custos, encargos ou despesas. També m abrange os recebimentos parcelados referentes às vendas efetuadas a prazo, para recebimento em prestações e os custos e despesas incorridos com tais vendas.

d) Patrimônio Líquido (compreende o montante do capital da empresa, dedu zido

da parcela a ser realizada; as reservas de capital, as de reavaliação e as de lucros e os resultados acumulados).

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IV-DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

1)CONCEITO A demonstração contábil é uma evidência gráfica de fatos patrimoniais

reunindo componentes de um sistema, visando à compo sição de um estado ou global de valores.

Podemos afirmar que são documentos extraídos da esc rituração que resumem o resultado das operações de uma firma e irão nos ind icar a situação patrimonial levando-se em conta as variações por ele sofridas.

2-ORIGENS Há uma tradição em demonstrar, pois, a nossa Histór ia apresente já na época

antiga "quadros" contábeis. No século XVIII encontramos, na Capitania das Minas Gerais, artísticos

demonstrativos de grade valor técnico, em quantidad es apreciáveis, multicolunados e em bases matriciais (uma idéia pod e ser dada pelo trabalho "Eragio Regio" de Francisco Antonio Rebelo, edição da Casa dos Contos, ESAF-Ministério da Fazenda).

A demonstração originou-se de uma necessidade de ev idência. Tais necessidades são da empresa para com: - Acionistas - Entidades Financeiras - Controles governamentais econômicos - Controles governamentais fiscais - Controles governamentais políticos etc. 3- ESPÉCIES DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 3.1-FICHA RAZÃO A ficha razão tem a mesma forma e finalidade do ext rato bancário. A ficha

razão tem basicamente três objetivos,possibilitar: -a verificação de todos os lançamentos efetuados em uma conta; -a análise, individualmente ou coletivamente, dos f atos contábeis registrados

em cada uma das fichas razão (contas). -levantar balancetes de verificação, balanço patrim onial, demonstração do

resultado do exercício, demonstração de lucros ou p rejuízos acumulados, e outros demonstrativos. Pois, para preparar estes demonstra tivos é fundamental que se saiba o saldo de cada conta, e este é obtido atravé s da ficha razão.

A seguir encontramos um exemplo de ficha razão:

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F I C H A R A Z Ã O -------------------------------------------------- ------------- |Código: | Nome: | Fic ha n: | |-------------------------------------------------- -------------| | DATA | HISTÓRICO | DÉBITO | CRÉDITO | SALDO | D/C | |-------|----------------------|--------|---------| -------|-----| | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | -------------------------------------------------- ------------- 3.2-BALANCETE DE VERIFICAÇÃO 3.2.1-CONCEITO : é a demonstração dos saldos de todas as contas da

contabilidade, sendo elas agrupadas segundo o tipo de saldo que apresentam, ou seja as contas devedoras serão agrupadas todas numa coluna, sendo que, as com saldo credor em outra. A soma dos saldos das contas devedoras deverá ser exatamente igual ao da soma dos saldos das credoras .

Quando a contabilidade é efetuada por processamento de dadoso balancete, normalmente, contém apenas uma coluna para os saldo s.

Nestes casos as contas devedoras e credoras aparece m com um indicativo que as identificam, sendo que a soma representa a diferenç a entre as contas devedoras e credoras, pertencentes ao mesmo grupo.

3.2.2-OBJETIVO : é verificar se todos os lançamentos tiveram sua

contrapartidas lançadas adequadamente. Proporciona, também a possibilidade de verificar se o saldo apresentado de cada conta é o de sua natureza (ativo e despesas-devedora, enquanto que, as de passivo e re ceitas-credora).

É conveniente ressaltar que, a simples verificação da perfeita igualdade entre as somas dos débitos e dos créditos, não excl ui a possibilidade de erros na escrituração dos lançamentos. A igualdade pode mant er-se, mesmo havendo inversão de lançamentos ou lançamento em conta diversa daque la que deveria ser movimentada. Outros meios de controles devem ser ut ilizados, juntamente com o balancete de verificação, a fim de ser confirmada a exata extensão de cada conta. Esta verificação complementar é realizada através d a conciliação individual das contas, conciliação esta comentada por nós anterior mente.

3.2.3-MOMENTO DE SUA ELABORAÇÃO: os balancetes de verificação podem ser

extraídos a qualquer tempo. Entretanto, o procedime nto usual é o de preparar balancetes mensais, para conhecimento e informação da administração, a cerca da posição financeira da companhia.

3.2.4-APURAÇÃO DO BALANCETE DE VERIFICAÇÃO : A denominação do método das

partidas dobradas, utilizado pela contabilidade, de riva do fato de escrituração de cada operação ser feita sempre através de um déb ito e um crédito de igual valor. Desde que os lançamentos de débito e crédito , para cada operação, sejam sempre iguais, é óbvio que o valor total dos lançam entos a débito das diversas contas de uma entidade seja igual ao valor total do s lançamentos a crédito. Pelo mesmo motivo, é fácil concluir que o valor total do s saldos credores deve ser igual ao valor total dos saldos devedores.

É costume procurar verificar essas igualdades perio dicamente, relacionando todas as contas em demonstrativos chamados Balancetes de Verificação .

O Balancete de Verificação é a representação gráfic a da situação das contas do Razão, no momento em que é levantado, onde a som a dos saldos devedores deve ser igual à dos saldos credores.

Quando o Balancete não estiver certo, havendo diver gências entre a soma do débito e a do crédito, é necessário:

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a)Verificar as somas do balancete; b)Conferir a passagem das contas do Diário para o R azão; c)Conferir as somas de cada conta do Razão; d)Conferir as somas dos lançamentos do Diário. O Balancete é apurado com o objetivo de verificar a exatidão dos lançamentos

do Razão. Entretanto, há erros que o balancete não acusa: omissão de lançamentos do diário, duplicidade de lançamentos, omissão de c ontas e erros de intitulação.

O levantamento do Balancete de Verificação consiste em relacionar todas as contas que possuem saldo diferente de zero, separan do seus valores em duas colunas, agrupando-as pela natureza de seus saldos - as de saldo devedor agrupadas todas em uma coluna e as de saldo credor em outra. Na realidade o Balancete possui três colunas, a primeira destinada a nomenclatura da conta relacionada (poderá conter além do nome o código); a segunda destinada a relacionar os valores dos saldos devedores e por fi m, a terceira para relacionar os saldos das contas credoras, porém para fins de e studos é considerado de duas colunas.

Atualmente, com o uso da computação, é possível se obter Balancete de Verificação mais completos na evidenciação de dados de interesse para o leitor. Assim, o Balancete chamado de seis colunas apresent a os saldos do Balancete anterior, o movimento de débitos e créditos do perí odo que media o anterior e o atual e, finalmente, os saldos atuais.

O Balancete mais completo é o de oito colunas, no q ual aparecem os saldos anteriores, o movimento e os saldos dos períodos e, finalmente, os saldos atuais.

Com o uso da informática na escrituração da contabi lidade é possível fazermos levantamentos de balancetes a qualquer momento, sem ser necessário buscarmos o valor individual de cada conta, processo executado automaticamente pelo computador. A computação também possibilita fornece r o balancete não só com o saldo das contas lançáveis (analíticas) mas também das contas sintéticas (de grupos), proporcionando com isso a apresentação de balancetes com suas partes de Ativo e Passivo já em forma de Balanço Patrimonial estruturado e as contas de Receitas e Despesas dispostas na forma em que devem ser aparecer na Demonstração do Resultado do Exercício.

3.2.5-EXEMPLO DE BALANCETE DE VERIFICAÇÃO : existem vários tipos de

balancetes, o mais simples é formado de duas coluna s: a das contas, contendo o código e o nome das mesmas; e a outra a dos saldos, esta, por seu turno, divide-se em duas outras, a dos devedores e a dos credores .

BALANCETE DE VERIFICAÇÃO -------------------------------------------------- ------------- | C O N T A S | S A L D O | |---------------------------------------|---------- -------------| | CÓDIGO | N O M E | DEVEDOR | CREDOR | |----------------|----------------------|---------- -|-----------| | 1.10.l0.l0.00l | Tesouraria (caixa) | 250,00 | | | 1.10.l0.20.00l | Bco X Cta.Movimento | 370,00 | | | 1.10.20.10.001 | Cliente X | 130,00 | | | 1.10.40.10.002 | Produtos prontos | 200,00 | | | 1.30.20.20.001 | Máquinas e motores | 250,00 | | | 2.10.10.10.001 | Fornecedor X | | 250,00 | | 2.10.20.10.001 | Banco X cta.Emprést. | | 400,00 | | 2.40.10.10.001 | Capital Social Subsc.| | 500,00 | | 3.10.10.20.001 | Venda de Merc.a Prazo| | 185,00 | | 3.40.20.20.001 | Ordenados e Salários | 70,00 | | | 3.50.30.20.002 | Juros Ativos | | 65.00 | | 3.50.40.40.001 | Material de Expedient| 50,00 | | | 3.50.40.40.007 | Desp.c/Veículos | 80,00 | | |---------------------------------------|---------- -|-----------| | T O T A I S | 1.400,00 | 1.400,00 | -------------------------------------------------- -------------

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3.3-BALANÇO PATRIMONIAL 3.3.1-CONCEITO : o balanço patrimonial é a representação expositiv a, de forma

sintética, dos componentes patrimoniais. É uma das demonstrações contábeis que visa a evidenciar, de forma sintética, a situação p atrimonial da empresa e dos atos e fatos consignados na escrituração contábil. A disposição dos componentes patrimoniais, sua reunião em grupos homogêneos e a classificação das contas que representam podem ser realizadas de várias formas. Essa disposição dos componentes do patrimônio poderá influir em sua aná lise e interpretação em relação ao conjunto patrimonial.

A demonstração expositiva dos componentes do patrim ônio, bem como de suas variações, é feita em forma equacional, atendendo à imposição da técnica contábil. Esse equilíbrio é mantido pela evidenciaç ão do diferencial entre os elementos positivos e negativos que compõem o conju nto patrimonial e suas variações.

Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade - NB C-T-3: "O balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a e videnciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade".

Por esse motivo é tecnicamente chamado de BALANÇO PATRIMONIAL. É a demonstração que encerra a seqüência dos proced imentos contábeis,

apresentando, de forma ordenada, os três elementos componentes do patrimônio: Ativo - Passivo - Patrimônio Líquido.

Balanço é o resumo contábil, através do qual verifi camos o estado econômico e financeiro de uma entidade mercantil.

O balanço para ter sua validade absoluta deve possu ir os seguintes requisitos essenciais: exatidão, sinceridade e clareza.

No balanço, as contas serão classificadas segundo o s elementos do patrimônio da situação financeira da companhia.

3.3.2-CONTEÚDO E ESTRUTURA 3.3.2.1 - O balanço patrimonial é constituído pelo Ativo, pelo Passivo e pelo

Patrimônio Líquido. a)O Ativo compreende as aplicações de recursos repr esentadas por bens e

direitos; b)O Passivo compreende as origens de recursos repre sentadas por obrigações; c)O Patrimônio Líquido compreende os recursos própr ios da Entidade, ou seja,

a diferença a maior do ativo sobre o passivo. Na hi pótese do passivo superar o ativo, a diferença denomina-se

"Passivo a Descoberto". 3.3.2.2 - As contas de Ativo são dispostas em ordem crescente dos prazos

esperados de realização, e as contas do Passivo são dispostas em ordem crescente dos prazos de exigibilidade, estabelecidos ou esper ados, observando-se iguais procedimentos para os grupos e subgrupos.

3.3.2.3 - Os direitos e as obrigações são classific ados em grupos do

Circulante, desde que os prazos esperados de realiz ação dos direitos e os prazos das obrigações, estabelecidos ou esperados, situam- se no curso do exercício subseqüente à data do balanço patrimonial.

3.3.2.4 - Os direitos e as obrigações são classific ados respectivamente, em

grupos de Realizável e Exigível a Longo Prazo, desd e que os prazos esperados de realização dos direitos e os prazos das obrigações estabelecidas ou esperados, situam-se após o término do exercício subseqüente à data do balanço patrimonial.

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3.3.2.5 - Na Entidade em que o ciclo operacional ti ver duração maior que o exercício social, a classificação no Circulante ou Longo Prazo terá por base o prazo desse ciclo.

3.3.2.6 - Os saldos devedores ou credores de todas as contas retificadoras

deverão ser apresentadas como valores redutores das contas ou grupo de contas que lhes deram origem.

3.3.2.7 - Os valores recebidos como receitas anteci padas por conta de

produtos ou serviços a serem concluídos em exercíci os futuros, denominados como resultado de exercícios futuros, na legislação, ser ão demonstrados como a dedução dos valores ativos a eles vinculados, como direitos ou obrigações, dentro do respectivo grupo do ativo ou do passivo.

3.3.2.8 - Os saldos devedores e credores serão demo nstrados separadamente,

salvo nos casos em que a Entidade tiver direito ou obrigação de compensá-los. 3.3.2.9 - Os elementos da mesma natureza e os peque nos saldos serão

agrupados, desde que seja indicada a sua natureza e nunca ultrapassem, no total, um décimo do valor do respectivo grupo de contas, s endo vedada a utilização de títulos genéricos como diversas contas" ou "contas- correntes".

3.3.2.10 - As contas que compõem o ativo devem ser agrupadas, segundo sua

expressão qualitativa em: I - CIRCULANTE O Circulante compõe-se de: a) DISPONÍVEL São os recursos financeiros que se encontram à disp osição imediata da

Entidade, compreendendo os meios de pagamento em mo eda e em outras espécies (dinheiro em caixa), os depósitos bancários à vista (saldos monetários em contas de movimento bancário) e os títulos no mercado aber to de liquidez imediata.

b) CRÉDITOS São os títulos de crédito, quaisquer valores mobili ários e os outros

direitos. Entre eles podemos citar: duplicatas a re ceber (deduzidas das duplicatas descontas e da provisão para créditos de liquidez duvidosa), empréstimos concedidos a terceiros e outros valores a receber a curto prazo.

Estes direitos representam, normalmente, um dos mai s importantes ativos das empresas em geral. São oriundos de vendas a prazo, de mercadorias e serviços a clientes, ou decorrem de outras transações que gera m valores a receber.

A Lei 6.404-76 não separa as transações relacionada s às atividades-fins das não-relacionadas com as atividades-fins da empresa. A NBC-T-3 determina essa segregação, classificando as transações não relacio nadas com as atividades-fins em Outros Valores e Bens.

c) ESTOQUES São os valores referentes às existências de produto s acabados, produtos em

elaboração, matérias-primas, mercadorias, materiais de consumo, serviços em andamento e outros valores relacionados às atividad es-fins da Entidade.

Neste subgrupo, classificam-se os seguintes valores : 1 - estoque de produtos prontos e mercadorias, maté rias-primas e material

secundário empregado em processos em andamento, mat erial de consumo, produtos em trânsito, subprodutos, resíduos e serviços em andam ento;

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2- estoque de imóveis prontos para venda, ou em con strução, com prazo de entrega até 12 meses;

3 - estoque de mercadorias em poder de terceiros pa ra beneficiamento. d) DESPESAS ANTECIPADAS São as aplicações em gastos que tenham realização n o curso do período

subseqüente à data do balanço patrimonial. São regi strados neste subgrupo os valores das despesas antecipadas que devam ser apro priadas como despesa no decurso do exercício seguinte. Ex.: despesas com co bertura de seguros abrangendo dois períodos; despesas financeiras pagas antecipad amente relativo a empréstimos ou duplicatas descontadas que tem o seu vencimento no exercício seguinte.

e) OUTROS VALORES E BENS São os não relacionados às atividades-fins da Entid ade. A NBC-T-3 estabelece

a identificação das transações reais relacionadas c om as atividades-fins da empresa. Devem ser usadas as mesmas contas já previ stas nos grupos anteriores. São exemplos: Bens Não Destinados ao Uso, Imóveis R ecebidos em Garantia para Revenda, etc.

II - REALIZÁVEL A LONGO PRAZO De forma geral, são classificáveis no Realizável a Longo Prazo contas da

mesma natureza das do Ativo Circulante, que, todavi a, tenham sua realização certa ou provável após o término do exercício seguinte, o que, normalmente, significa realização num prazo superior a um ano a partir do próprio balanço.

As despesas apropriáveis após o exercício seguinte também são classificadas no Ativo Realizável a Longo Prazo.

Os direitos não relacionados de vendas, e adiantame ntos ou empréstimos a sociedades coligadas e/ou controladas, diretores, a cionistas ou participantes no lucro da empresa, que não constituírem negócios usu ais na exploração do objetivo da empresa, obrigatoriamente, serão classificados n o Ativo Realizável a Longo Prazo.

Em geral, por se constituírem poucas contas, não há no Ativo Realizável a Longo Prazo uma abertura em subgrupos como ocorre n o Ativo Circulante. Esse procedimento pode, todavia, ser adotado no Plano de Contas como uniformização de estrutura, porém abreviado quando da divulgação das demonstração contábeis.

No caso de o ciclo operacional da empresa ter duraç ão maior que a do

exercício social, a concepção terá por base o prazo desse ciclo. III - PERMANENTE São os bens e direitos não destinados à transformaç ão direta em meios de

pagamento e cuja perspectiva de permanência na Enti dade, ultrapasse um exercício. São incluídos neste grupo todos os bens de permanên cia duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreend imento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade.

O Ativo Permanente é composto de 3 subgrupos: Inves timentos, Imobilizado e Diferido.

a) INVESTIMENTOS São as participações em sociedades além dos bens e direitos que não se

destinem à manutenção das atividades-fins da Entida de.

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São escriturados neste grupo: 1 - participações permanentes em outras empresas; 2 - aplicações em incentivos fiscais, após o certif icado de investimentos,

quando houver intenção de manter esses valores como investimentos; 3 - aquisições de imóveis, desde que não sejam para revenda ou destinados à

manutenção das atividades da empresa. b) IMOBILIZADO São os bens e direitos, tangíveis e intangíveis, ut ilizados na consecução das

atividades-fins da Entidade. São escriturados neste subgrupo os direitos que ten ham por objeto bens

destinados à manutenção das atividades operacionais da empresa, ou que sejam exercidos com essa finalidade, abrangendo, inclusiv e, os de propriedade industrial ou comercial. Os itens classificados na categoria de Ativo Imobilizado incluem:

1 - Bens tangíveis : aqueles que têm corpo físico, tais como terrenos,

máquinas, veículos, benfeitorias em propriedades ar rendadas, direitos sobre recursos naturais, etc.

2 - Bens intangíveis : aqueles cujo valor reside não em qualquer proprie dade

física, mas nos direitos de propriedade legalmente conferidos aos seus possuidores, tais como: patentes, direitos autorais , marcas, etc.

Também integram o Imobilizado os recursos aplicados ou já destinados a bens

da natureza citada, mesmo que ainda não em operação , mas que se destinem a tal finalidade, tais como construção e importações em a ndamento.

c) DIFERIDO Serão classificadas no Ativo Diferido as aplicações de recursos em despesas

que contribuirão para a formação do resultado de ma is um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionist as durante o período que anteceder ao início das operações sociais.

Os Ativos Diferidos caracterizam-se por serem ativo s intangíveis, que serão amortizados por apropriação às despesas operacionai s no período de tempo em que estiverem contribuindo para a formação do resultado da empresa. Compreendem despesas incorridas durante o período de desenvolvi mento, construção e implantação de projetos, anteriores ao seu início d e operação, aos quais tais despesas estão associadas, bem como as incorridas c om pesquisas e desenvolvimento de produtos, com a implantação de projetos mais amp los de sistemas e métodos, com reorganização das empresas e outras.

Não incluem bens corpóreos, já que estes devem ser classificados no Imobilizado. Representam, muitas vezes, gastos que seriam lançados como despesas operacionais caso a atividade a que se referem esti vesse já produzindo receitas. É o caso dos gastos incorridos com pessoal administ rativo, despesas gerais e demais gastos específicos (desde que não sejam part e do Imobilizado) que são necessários ao desenvolvimento de um projeto.

O Ativo Diferido é corrigido monetariamente, deduzi do, em conta à parte, pela parcela correspondente à amortização acumulada (tam bém corrigida).

Exemplos: gastos de implantação e pré-operacionais; pesquisa e

desenvolvimento de produtos.

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3.3.2.11 - As contas que compõem o Passivo devem ser agrupada s, segundo sua expressão qualitativa em:

I - CIRCULANTE São as obrigações conhecidas e os encargos estimado s, inclusive

financiamentos para aquisição de direitos do ativo permanente, cujos prazos estabelecidos ou esperados, situam-se no curso do e xercício subseqüente à data do balanço patrimonial, ou seja, com vencimento para o exercício seguinte. Ex.: fornecedores, impostos e contribuições, ordenados e salários, empréstimos a curto prazo etc.

II - EXIGÍVEL A LONGO PRAZO São as obrigações conhecidas e os encargos estimado s, inclusive

financiamentos para aquisição de bens do ativo perm anente, cujos prazos estabelecidos ou esperados, situem-se após o términ o do exercício subseqüente à data do balanço patrimonial, ou seja, vencíveis apó s o exercício seguinte.

Neste grupo são classificados obrigatoriamente os v alores a pagar a empresas coligadas e/ou controladas, diretores, acionistas o u participantes no lucro da empresa oriundos de operações que não tenham relaçã o com o objetivo social da empresa.

No caso de o ciclo operacional da empresa ter duraç ão maior que a do exercício social, a concepção terá por base o prazo desse ciclo.

3.3.2.12 - As contas que compõem o Resultado de Exercícios Fu turos devem ser

agrupadas segundo sua expressão qualitativa, em: I - RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS Este grupo consta no balanço entre o passivo exigív el a longo prazo e o

patrimônio líquido; o seu objetivo é abrigar receit as já recebidas que efetivamente devem ser reconhecidas em resultados e m anos futuros, sendo que já devem estar deduzidas dos custos e despesas corresp ondentes.. Somente deve englobar tais receitas menos despesas, ou seja, res ultados futuros recebidos ou faturados antecipadamente, mas para os quais não ha ja qualquer tipo de obrigação de devolução por parte da empresa.

A NBC-T-3 não considerou o grupo RESULTADO DE EXERC ÍCIOS FUTUROS, entendendo que tais contas devem ser classificadas no Ativo e Passivo Circulante. A Lei 6.404-76 prevê este grupo e, por conseqüência, pode ser considerado no plano contábil das empresas.

O mais adequado, todavia, é classificar tais contas no Ativo e no Passivo Circulante.

Há uma tendência entre os doutrinadores da ciência contábil em não considerar este subgrupo do passivo.

3.3.2.13 - As contas que compõem o Patrimônio Líquido devem se r agrupadas,

segundo sua expressão qualitativa, em: I - CAPITAL SOCIAL Representa valores recebidos pela empresa, ou por e la gerados, e que estão

formalmente incorporados ao Capital. São os valores aportados pelos proprietários e os decorrentes de incorporação de reservas e lucr os. Compreende o montante do capital da empresa, deduzido da parcela a ser reali zada.

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II - RESERVAS São os valores decorrentes de retenções de lucros, de realização de ativos e

de outras circunstâncias. As reservas são agrupadas em três grupos distintos, que são:

a) RESERVAS DE CAPITAL São reservas constituídas com valores recebidos pel a companhia e que não

transitaram pelo Resultado como receitas. Podem ser classificadas como reservas de capital as seguintes reservas: Correção Monetári a do Capital Realizado; Ágio na Emissão de Ações, Alienação de partes Beneficiár ias; Alienação de bônus de Subscrição; Prêmio de Emissão de Debêntures; Doaçõe s e Subvenções para Investimentos; Reservas para Aumento de Capital.

b) RESERVAS DE REAVALIAÇÃO Serão classificadas como reservas de reavaliação as contrapartidas de

aumentos de valor atribuído a elementos do ativo ac ima dos índices de correção monetária em virtude de novas avaliações com base e m laudo técnico. As reservas de reavaliação devem estar segregadas em: Reavaliaç ão de ativos próprios e reavaliação de ativos de coligadas e controladas av aliadas ao método da equivalência patrimonial.

c) RESERVAS DE LUCROS Reservas de lucros são as contas de reservas consti tuídas pela apropriação de

lucros da companhia. Representam lucros obtidos pel a empresa retidos com finalidade específica. Tendo em vista o previsto § 4º do art. 182 de Lei nº 6.404/76 (Lei das S.A.), podemos ter as seguintes R eservas de Lucros: Reserva Legal; Reservas Estatutárias; Reservas para Contigê ncias; Reserva de Lucros a Realizar; Reserva de Lucros para Expansão; Reserva Especial para Dividendo Obrigatório não Distribuído.

III - LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS São também resultados obtidos, mas retidos sem fina lidade específica ou ainda

não destinados (quando lucros), ou à espera de abso rção futura (quando prejuízos), estes apresentados como parcela redutor a do Patrimônio Líquido.

No caso, se houver Passivo a Descoberto (Passivo ma ior que Ativo) devido à sua excepcionalidade, a empresa deverá alterar a fo rma habitual da equação patrimonial, apresentando, de forma vertical, o Ati vo diminuído do Passivo, tendo como resultado o Passivo a Descoberto.

3.3.2.14 - No caso onde houver Passivo a Descoberto , devido à sua

excepcionalidade, a Entidade deverá modificar a for ma habitual da apresentação patrimonial, apresentando, de forma vertical, o ati vo diminuído do passivo, tendo como resultado o Passivo a Descoberto.

3.3.3-OPORTUNIDADE DO BALANÇO: As empresas são obrigadas a levantar o balanço

para atender basicamente a três objetivos: estatutá rio, fiscal e administrativo. Para fins estatutários a empresa deverá levantar ba lanço pelo menos no final

de cada exercício social, podendo este período coin cidir ou não com o ano civil. Já para fins fiscais a empresa deve levantar balanç o, em cada período de doze

meses, sendo que, obrigatoriamente, este período de verá coincidir com o ano civil. Portanto, para fins fiscais a empresa deve l evantar balanço em todo o final de cada ano civil.

Para fins de gestão administrativo-financeiro econô mico dos negócios, quanto maior o número de balanços for levantado, tanto mel hor para a empresa e para as pessoas interessadas em sua atividade, pois estas t erão oportunidades de conhecer, em menor intervalo de tempo, o patrimônio , suas variações as causas dessas variações, e, como conseqüência, poderão ver ificar, o grau de acerto ou desacerto das decisões passadas bem como fixar nova s políticas para o futuro.

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Levanta-se o balanço também, nos seguintes casos es peciais: abertura de escrita, quando a empresa já operava; organização d e escrita; nas liquidações; transformações; incorporações e fusões.

3.3.4-COMO SE LEVANTA O BALANÇO PATRIMONIAL : Em virtude da grande importância

que é atribuída ao Balanço, será levado em conta al gumas particularidades técnicas necessárias para a sua elaboração ao final do exercício.

Para podermos elaborar um Balanço Patrimonial dentr o das especificações técnicas estabelecidas pela legislação vigente e ob edecendo as normas técnicas contábeis é necessário tomarmos algumas medidas pre liminares.

No fim de cada exercício, como se faz todos os mese s, procede-se ao levantamento do Balancete de Verificação , com o objetivo de conhecer os saldos das contas do Razão e conferir sua exatidão.

O balancete, como sabemos, é a relação de todas as contas utilizadas pela empresa, quer patrimoniais quer de resultado, demon strando seus débitos, créditos e saldos.

Um dos principais objetivos do balanço é demonstrar o estado patrimonial (componentes do patrimônio) e o resultado econômico do exercício (receita, despesa e resultado).

O estado patrimonial é demonstrado através das cont as patrimoniais ativas e passivas, que compõem o Balanço Patrimonial.

O resultado econômico do exercício é demonstrado at ravés das contas de resultado (receitas e despesas) que formam a demons tração do resultado do exercício, que põe em evidência as receitas, as des pesas e o resultado, positivo ou negativo.

As contas do balancete, no fim do exercício, sejam patrimoniais ou de resultado, nem sempre representam, entretanto, os v alores reais do patrimônio naquela data, nem as variações patrimoniais do exer cício, porque os registros contábeis não acompanham a dinâmica patrimonial no mesmo ritmo em que ela se desenvolve.

Assim, muitos dos componentes patrimoniais aumentam ou diminuem de valor, sem que a Contabilidade registre tais variações, bem co mo muitas das receitas e despesas, recebidas ou pagas durante o exercício, n ão correspondem realmente às receitas e ao custo do período.

Daí a necessidade de se proceder ao reajustamento d as contas patrimoniais e de resultado, na data do levantament o do balanço, para que

elas representem, em realidade, os componentes do p atrimônio nessa data, bem como suas variações no exercício.

Vejamos, pois, quais as medidas que devem ser posta s em prática para o reajustamento das contas patrimoniais e de resultad o, de forma que representem com fidelidade, os elementos formadores do patrimôn io, assim como suas variações.

São as seguintes as operações a executar para elabo ração do Balanço: 1)Na data escolhida para elaboração do balanço, que geralmente é 31 de

dezembro, prepara-se o balancete de verificação, id êntico ao que se faz mensalmente.

2)Como o balancete comprova apenas a exatidão quant itativa (igualdade entre os saldos devedores e credores) mas não a exatidão específica, é necessário que se confira o saldo de cada conta com os livros auxi liares. Isso porque pode acontecer, por exemplo, que na conta Contas Corrent es tenha sido lançada alguma operação da conta Duplicatas a Pagar. O Razão acusa ria exatidão quantitativa porém especificamente haveria engano.

Confronta-se, portanto, os saldos das diversas cont as do Razão, com os livros Caixa, Contas Correntes, Registro de Duplicatas, Re gistros de Entrada e Saída de Mercadorias, Diários Auxiliares de Clientes e Forne cedores, fichas ou livros de Estoque de Mercadorias, fichas de identificação de máquinas, móveis, etc., para se apurarem enganos dessa natureza.

3)Elabora-se o inventário dos materiais, das mercad orias, dos produtos manufaturados, dos imóveis, dos móveis e utensílios , das máquinas, das duplicatas a receber e a pagar, dos devedores e credores em co ntas correntes, enfim, de

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todos os elementos patrimoniais suscetíveis de sere m inventariados. 4)Elaborado o inventário, confrontam-se seus tota is com os saldos das respectivas contas e dos registros específicos de c ada bem. Se houver divergências, faz-se uma verificação e, uma vez det erminada a causa da variação, procede-se ao ajustamento.

5)Fazem-se os cálculos de depreciação dos vários be ns, de acordo com os planos pré-elaborados, procedendo-se aos respectivo s lançamentos.

6)Procede-se à regularização das contas de despesas e receitas diferidas, tais como: despesas vencidas e não pagas (salários a pagar, aluguéis a pagar, etc.), despesas pagas e não vencidas (apólices de s eguros não vencidas, selos não aplicados, juros pagos e não vencidos etc.), renda s recebidas e não vencidas (juros e dividendos recebidos e não vencidos), ren das vencidas e não recebidas (juros e dividendos vencidos e não recebidos).

7)Fazem-se as provisões previstas em lei, tais como : provisão para créditos de liquidez duvidosa; provisão para férias e 13º sa lário, bem como seus encargos.

8)Procede-se a correção monetária de balanço atravé s da atualização das contas do Ativo Permanente e do Patrimônio Líquido. .

9)Apura-se o CPV-Custo dos Produtos Vendidos (empre sas industriais) ou o CMV-Custos das Mercadorias Vendidas (empresas comerciai s) transferindo-o de Estoque para despesa.

10)Procede-se o cálculo da Contribuição Social. Tri buto calculado sobre o lucro líquido.

11)Encerram-se as contas de despesas e receitas, tr ansferindo seus saldos para o RESULTADO DO EXERCÍCIO.

12)Procede-se o cálculo do Imposto de Renda. Tribut o calculado sobre o lucro líquido ajustado, chamado tecnicamente de

LUCRO REAL. 13)Feitas todas essas operações, estão encerradas a s contas de resultado, só

restando as patrimoniais. Elabora-se novo balancete de verificação, no qual aparecerá, em lugar das contas de despesas e receit as, a conta, que resume todo o resultado do exercício.

14)Dá-se ao lucro líquido o destino que o titular d o patrimônio indicar, quando se trate de firma individual, ou de acordo c om o contrato ou com o estatuto, quando sociedade. O lucro poderá ser dest inado à formação de reservas ou ser acumulado para distribuição em exercícios fu turos, conforme ditarem os interesses da empresa.

15)Faz-se a Demonstração do Exercício, que demonstr a o resultado econômico do exercício, através da receita e da despesa, bem com o o destino dado ao lucro.

16)Como as contas ainda abertas são apenas as patrimoniais , basta que se coloquem, separadas e classificadas, as que pertenc em ao Ativo e ao Passivo, em posição equacional, para que tenhamos o Balanço Pat rimonial. As contas com saldo devedor pertencem ao ativo e as contas com saldo cr edor ao passivo (com exceção das contas retificativas que não seguem esta regra) , donde se conclui que, se o último balancete de verificação estiver certo, o ba lanço deverá apresentar o Ativo igual ao Passivo.

17)Após feitos no Diário todos os lançamentos de en cerramento do exercício, devem ser transcritos nesse livro o Balanço Patrimo nial e a Demonstração do Resultado do Exercício, com a data e assinatura do proprietário e do responsável pela escrituração.

18)A lei 6.404, que regulamenta as Sociedades por A ções, manda também que se elaborem a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos e a Demonstração dos Lucros Acumulados (esta pode ser substituída pela D emonstração da Mutações do Patrimônio Líquido).

As medidas (operações) enumeradas, anteriormente, p odem ter cinco etapas

distintas, na seguinte ordem: 1ª - Levantamento do Balancete de Verificação do Ra zão do último mês; 2ª - Ajustes preliminares das contas; 3ª - Encerramento das contas de despesas e receitas ; 4ª - Destinação do lucro ou prejuízo obtido no perí odo; 5ª - Elaboração das Demonstrações.

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3.3.3 - EXEMPLO DE BALANÇO PATRIMONIAL : Há duas formas de se apresentar o balanço patrimonial: horizontal, o passivo sendo ap resentado ao lado do ativo; vertical, o passivo colocado abaixo do ativo. A mai s comum é horizontal. E é desta forma que vamos apresentar o nosso exemplo de balanço patrimonial.

BALANÇO PATRIMONIAL -------------------------------------------------- ------------- | A T I V O | P A S I V O | |-------------------------------------------------- -------------| | CIRCULANTE 168.710,00 | CIRCULANTE 85.880,00 | | ---------- | ---------- | | DISPONIBILIDADES 36.200,00 | Fornecedores 20.720,00 | | ---------- | Impostos a pagar 17.740,00 | | Caixa e banco 3.500,00 | Salários a pagar 1 0.480,00 | | Aplic.Financ. 32.700,00 | Emprést.bancário s 32.450,00 | | | Comissões a paga r 2.120,00 | | CRÉDITOS 50.410,00 | Prov.p/imp.renda 1.170,00 | | ---------- | Dividendos a pag ar 1.200,00 | | Clientes 50.480,00 | | | Prov.p/créd.L.duv.(1.270,00)| EXIGÍVEL A L.PRAZO 36.885,00 | | Adiant.a empreg. 1.200,00 | ---------- | | | Emprést.bancário s 36.885,00 | | ESTOQUES 73.400,00 | | | ---------- | | | Mercadorias 17.200,00 | PATRIMÔNIO LÍQUIDO 127.730,00 | | Prod.Prontos 20.700,00 | ---------- | | Prod.em Elabor. 18.400,00 | CAPITAL SOCIAL 80.000,00 | | Matéria-prima 17.100,00 | ---------- | | | Capital Subscr. 100.000,00 | | DESP.EXERC.SEG. 8.700,00 | Cap.a realizar (20.000,00)| | ---------- | | | Desp.diferidas 8.700,00 | RES.DE CAPITAL 21.290,00 | | | ---------- | | REALIZ.LONGO PRAZO 15.350,00 | Corr.Monet.Cap. 18.860,00 | | ---------- | Invest.Incent. 2.430,00 | | VALORES E BENS 15.350,00 | | | ---------- | RES.DE REAVALIAÇ ÃO 8.750,00 | | Emprést.compuls. 15.350,00 | ---------- | | | Res.Reav.Bens P rop.8.750,00 | | PERMANENTE 66.435,00 | | | ---------- | RESERVAS DE LUCR OS 12.910,00 | | INVESTIMENTOS 16.810,00 | ---------- | | ---------- | Legal 3.970,00 | | Partic.societária 16.810,00 | Estatutárias 4.920,00 | | | P/investimentos 1.840,00 | | IMOBILIZADO 43.195,00 | Lucros a realiz ar 2.180,00 | | ---------- | | | Prédios 19.290,00 | LUCROS ACUMULADO S 4.780,00 | | Máquinas e mots. 21.335,00 | ---------- | | Veículos 5.400,00 | -----------\ | | Móveis e utens. 6.850,00 | \ | | Deprec.acumulada (9.680,00)| \ | | | \ | | DIFERIDO 6.430,00 | \ | | ---------- | \ | | Desp.pré-operac. 8.750,00 | \ | | Amortiz.acumulada (2.320,00)| \---------- | |-------------------------------------------------- -------------| |TOTAL DO ATIVO 250.495,00 | TOTAL DO PASSIVO 250.495,00 | -------------------------------------------------- -------------

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3.4-DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO É a mais importante demonstração da dinâmica patrim onial, pois mostra a

receita bruta da entidade (vendas ou serviços prest ados), o custo dessas receitas e demais despesas operacionais, evidenciando o lucr o bruto e o lucro operacional. Demonstra, ainda, outras receitas e despesas não-op eracionais, para evidenciar o lucro líquido do exercício.

3.4.1-CONCEITO : 3.4.1.1. - É a demonstração do resultado do exercíc io, que demonstra os

ingressos, o custo e o rédito, ou seja, as receitas , as despesas e o resultado do exercício.

A demonstração do resultado do exercício é um resum o ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período (12 mese s). É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem -se as despesas e, em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo).

Segundo a NBC-T-3: "A demonstração do resultado é a demonstração contábil destinada a evidenciar a composição do resultado fo rmado num determinado período de operações da Entidade.

3.4.1.2 - A demonstração do resultado, observado o princípio de competência,

evidenciará a formação dos vários níveis de resulta dos mediante confronto entre as receitas, e os correspondentes custos e despesas .

3.4.2 - FINALIDADE : É informar o valor dos lucros ou prejuízos obtido s em um

período e a forma como os mesmos ocorreram. A Demonstração do Resultado do Exercício destina-se a evidenciar a formação

do resultado do exercício, mediante confronto das r eceitas, custos e despesas incorridas no exercício.

A Demonstração do Resultado do Exercício visa forne cer, de maneira esquematizada, os resultados (lucro ou prejuízo) au feridos pela empresa em determinado exercício social, os quais são transfer idos para contas do patrimônio líquido. O lucro (ou prejuízo) é resultante de rece itas, custos e despesas incorridos pela empresa no período e apropriados se gundo o regime de competência, ou seja, independentemente de que tenham sido esses valores pagos ou recebidos.

3.4.3 - CONTEÚDO E ESTRUTURA A Demonstração do Resultado do Exercício deve ser a presentada na posição

vertical, e discriminados seus componentes de forma seqüencial. 3.4.3.1 - A demonstração do resultado compreenderá: a) as receitas e os ganhos do período, independente mente de seu recebimento; b) os custos, despesas, encargos e perdas pagos ou incorridos,

correspondentes a esses ganhos e receitas. 3.4.3.2 - A composição do resultado evidenciará, no mínimo, e de forma

ordenada: a) as receitas decorrentes da exploração das ativid ades fins; b) os impostos incidentes sobre as operações, os ab atimentos, as devoluções e

os cancelamentos; c) a receita líquida das vendas e serviços; d) os custos dos produtos ou mercadorias vendidos e dos serviços prestados; e) o resultado bruto do período (lucro bruto); f) as despesas com vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas,

as despesas gerais e administrativas, e outras desp esas e receitas operacionais; g) o resultado operacional; h) as receitas e despesas e os ganhos e perdas não decorrentes das

atividades-fins (receitas e despesas não operaciona is); i) saldo da conta correção monetária do balanço;

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j) o resultado do exercício antes do imposto de ren da; l) a provisão para o imposto de renda; m) as participações de debêntures, empregados, admi nistradores e partes

beneficiárias, e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência a empregados;

n) o lucro ou prejuízo líquido do exercício; o) o lucro ou prejuízo líquido do exercício por açã o do capital social, no

caso de sociedades anônimas. 3.4.4-EXEMPLO DE DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO : a seguir

apresentaremos um modelo de como é apresentada a re ferida demonstração. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO -------------------------------------------------- ------------- | 1 - RECEITA BRUTA (2+3+4) 187.4 30,00 | | ---------- | | 2 - Vendas de mercadorias 82.720,00 | | 3 - Vendas de produtos 63.780,00 | | 4 - Prestações de serviços 40.930,00 | | | | 5 - DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA (6+7+8) (21.980,00)| | --------- | | 6 - Devoluções de vendas 2.460,00 | | 7 - Abatimentos incondicionais s/vendas 1.580,00 | | 8 - Impostos e contribuições s/vendas 17.940,00 | | | | 9 - RECEITA LÍQUIDA (1-5) 165. 450,00 | | ---------- | | 10 - CUSTO DAS MERCS., PRODS.E SERVS.VENDIDOS (84.930,00)| | | | 11 - LUCRO BRUTO (9-10) 80.5 20,00 | | ---------- | | 12 - DESPESAS OPERACIONAIS (13+ou-14+17+18-19) (59.610,00)| | --------- | | 13 - Despesas com vendas 17.940,00 | | 14 - Encargos financeiros líquidos (15-16) 28.420,00 | | 15 - Despesas financeiras 31.910,00 | | 16 - Receitas financeiras (3.490,00)| | 17 - Despesas gerais e administrativas 12.320,00 | | 18 - Outras despesas operacionais 2.350,00 | | 19 - Outras receitas operacionais (1.420,00)| | | | 20 - LUCRO (PREJUÍZO) OPERACIONAL (11-12) 20.9 10,00 | | --------- | | 21 - RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 3.720,00 | | | | 22 - DESPESAS NÃO OPERACIONAIS (14.580,00)| | | | 23 - SALDO DA CORREÇÃO MONETÁRIA DE BALANÇO (5.190,00)| | | | 24 - LUCRO(PREJUÍZO) ANTES IMP.RENDA(20+21-22+ou-23) 4.8 60,00 | | --------- | | 25 - PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA (1.170,00)| | | | 26 - LUCRO (PREJUÍZO) LÍQ.EXERCÍCIO APÓS IR (24-25) 3.6 90,00 | | | | 27 - PARTICIPAÇÕES SOBRE O LUCRO 0,00 | | | | 28 - LUCRO (PREJUÍZO) APÓS PARTICIPAÇÕES (26-27) 3.6 90,00 | | ========= | | 29 - LUCRO (PREJUÍZO) LÍQ.POR AÇÃO (28/nº ações) 3,69 | | (considerando-se 1.000 ações) | -------------------------------------------------- -------------

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OBSERVAÇÃO: Em relação aos números indicadores de c ada rubrica na demonstração do resultado apresentada, os mesmos nã o fazem parte dela, apenas foram colocados com os seguintes objetivos:

a)Evidenciar o que compõe o somatório de cada grup o e como chegar aos resultados intermediários.

b)Facilitar a localização do comentário da composiç ão de cada uma das rubricas da demonstração, comentário este apresenta do após a referida demonstração.

3.4.5 - COMENTÁRIO DAS NOMENCLATURAS PERTENCENTES _ DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

DO EXERCÍCIO : A seguir encontraremos todos os itens da Demonstr ação do Resultado do Exercício, apresentado anteriormente, com a desc rição da composição de cada um deles.

1 - RECEITA BRUTA É o somatório das receitas de exploração das ativid ades sociais, as quais são

provenientes do objeto do negócio, ou seja, são as geradas pelas atividades às quais a empresa se dedica.

O valor da Receita Bruta deve ser o somatório dos t ipos de receitas (atividades), que devem também aparecer destacadame nte na Demonstração do Resultado do Exercício. São apenas três esses tipos de receitas, sendo que, um só título, indica a qual atividade uma empresa se dedi ca. Assim, se o negócio de uma empresa é revender Mercadorias (comércio) o título de receita será vendas de mercadorias, ou apenas vendas. Se nos referimos a u ma companhia que venda produtos próprios (indústria), o título será venda de produtos. Também, como no caso do comércio, as indústrias poderão apenas iden tificar as suas receitas como vendas. Sendo assim, a empresa que ao mesmo tempo c omercializa mercadorias e realiza venda de produtos próprios, poderá identifi car suas receitas de três formas: (1) Vendas de Mercadorias - Vendas de Produ tos; (2) Vendas de Produtos e Mercadorias; ou (3) Vendas.

O terceiro tipo de receitas (atividade) é obtida pe las empresas que prestam serviços, sendo que o título próprio é: Prestação d e Serviços. Resumidamente.

Em resumo, a Receita Bruta constitui a venda de produtos e subprodutos (na indústria) de mercadorias (no comércio) e prestaçõe s de serviços (empresas prestadoras de serviços), incluindo todos os impost os cobrados do comprador, com exceção do IPI, e não excluindo as devoluções de me rcadorias (ou produtos) e os abatimentos concedidos pelas mercadorias (ou serviç os) em desacordo com o pedido.

2-VENDAS DE MERCADORIAS Também chamadas simplesmente de "vendas", essas rec eitas, demonstram o valor

resultante das vendas de mercadorias de uma companh ia. Para efeitos de estudo e análise, algumas empresas utilizam uma conta para r egistrar as vendas à vista e outra para as vendas a prazo, sendo agregado o valo r das duas contas para a apresentação nas demonstrações contábeis.

3-VENDAS DE PRODUTOS Da mesma forma, que as anteriores, podemos dividi-l as em vendas à vista e

vendas a prazo, sendo agregadas na sua apresentação . O que difere em relação as vendas de mercadorias, é que as vendas de produtos

está relacionada à empresa industrial (vende seus p róprios produtos) enquanto as outras se referem a venda de mercadorias adquiridas de terceiros (comércio).

O valor expresso neste título representa o faturame nto bruto na venda de produtos próprios sem a parcela pertencente ao IPI. Segundo o Decreto-Lei 1.598/77 o IPI faturado não faz parte da Receita Br uta da empresa, pois a mesma é uma mera intermediária do tributo.

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4-PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Serão receitas provenientes dos diversos tipos de s erviços que a empresa

presta, não podendo ser confundidas com as receitas das vendas. Enquanto estas são originárias de operações com mercadorias, as pr imeiras são provenientes de mera prestação de serviços.

5-DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA Esta nomenclatura representa o somatório das deduçõ es da Receita Bruta que

são representadas por três subgrupos: 1)Devoluções de Vendas; 2)Abatimentos sobre Vendas e 3) Impostos e Contribuições sobre Vendas.

O objetivo em informar a Receita Bruta, incluindo a spectos tais como devoluções, abatimentos, etc., é que o usuário exte rno das Demonstrações Contábeis terá acesso a estes dados (no item deduçõ es) que, sem dúvida, são valiosos indicadores de eficiência ou ineficiência dos departamentos de produção e venda.

Não apreciaremos apenas se o montante de devolução e abatimento é elevado, mas também a sua evolução percentual em relação às receitas no decorrer de vários exercícios sociais.

6-DEVOLUÇÕES DE VENDAS (VENDAS CANCELADAS) As devoluções de vendas (vendas canceladas) corresp ondem à anulação de

valores registrados como receitas brutas de vendas e serviços. São mercadorias em desacordo com o pedido (preço, qualidade, tipo, ava ria, condições de pagamento, etc.), cujo comprador, sentindo-se prejudicado efet ua a devolução parcial ou total das mercadorias.

Esta conta registra o somatório das devoluções de v enda efetuadas a clientes diminuídas pelo IPI sobre as mesmas.

7-ABATIMENTOS SOBRE VENDAS Registra o somatório dos descontos e abatimentos in condicionais concedidos

aos clientes sobre as vendas realizadas. Muitas vezes, em situação em que haverá devolução, o vendedor propõe um

abatimento no preço, para compensar o prejuízo, ao comprador. Esta situação ocorre, evidentemente, sempre após a entrega do bem ou serviço, evitando, assim, a devolução.

8-IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES SOBRE VENDAS Os impostos e contribuições aqui representados são os que incidem diretamente

sobre o preço das vendas e/ou dos serviços prestado s, guardando proporcionalidade com o valor dos mesmos. São: o ICMS; o ISS, o PIS s obre Faturamento e o COFINS sobre Faturamento. Quanto ao IPI, este não deve ser considerado neste título, pois o mesmo deverá ser deduzido diretamente na rub rica Vendas de Produtos.

9-RECEITA LÍQUIDA Este título representa a diferença entre a receita bruta e o total - das

Deduções da Receita Bruta. Portanto, a receita líquida , que serve de base para cálculo do Lucro Bruto, é

a receita real da empresa, com a exclusão dos impos tos e contribuições(que "engordam" a receita mas são recursos que pertencem ao governo), devoluções, abatimentos e descontos comerciais.

10-CUSTO DOS PRODUTOS, MERCADORIAS E SERVIÇOS VENDIDOS Apesar de termo genérico "Produtos, Mercadorias e S erviços Vendidos", na

realidade os produtos e as mercadorias são vendidos e os serviços prestados, daí a diferenciação quando citados individualmente.

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A apuração do valor desta conta está diretamente re lacionada aos estoques da empresa, pois representa a baixa efetuada nas conta s de estoque por vendas realizadas no período, e, no caso dos serviços pres tados, se refere a baixa dos valores apropriados que se relacionam diretamente e são indispensáveis para a obtenção da receita oriunda dos serviços prestados.

10.1-Custo dos Produtos Vendidos Representa o custo despendido pela empresa na produ ção do produto que fora

objeto de venda no período. 10.2-Custo das Mercadorias Vendidas Representa o custo que a empresa teve em obter as m ercadorias de terceiros,

ora vendidas. Ao comprar uma mercadoria, o seu custo é registrado no estoque. Ao ser

vendida a referida mercadoria, o valor por ela repr esentada no estoque, deverá ser baixada e transferida para a conta Custo da Mer cadoria Vendida e que aqui é representada pela elaboração da Demonstração do Res ultado do Exercício.

10.3-Custo dos Serviços Prestados Expressa todos os custos que a empresa incorrer par a possibilitar a prestação

dos serviços. 11-LUCRO BRUTO Representa a diferença entre a Receita Líquida e Cu sto dos Produtos,

Mercadorias e Serviços Vendidos, ou seja, é a prime ira diminuída do segundo. 12-DESPESAS OPERACIONAIS Despesas e custos operacionais são todos aqueles, d esembolsados ou

provisionados, que se relacionam diretamente com o objetivo do negócio de uma empresa.

As despesas operacionais constituem-se das despesas pagas ou incorridas para vender produtos e serviços e administrar a empresa; dentro do conceito da Lei 6.404-76, abrangem também as despesas líquidas para a empresa financiar suas operações. Os resultados líquidos das atividades ac essórias da empresa são também consideradas operacionais.

O artigo 187 da Lei 6.404-76 estabelece que, para c hegarmos ao lucro operacional, serão deduzidas as despesas com vendas , as despesas financeiras deduzidas das receitas, as despesas gerais e admini strativas e outras despesas operacionais.

Dos débitos levados à conta de resultado, são itens considerados

operacionais, para fins de demonstração do resultad o do exercício: -Deduções de Vendas, abatimentos , impostos e contr ibuições -Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviço s vendidos -Despesas operacionais. As despesas operacionais são classificadas no segui ntes subgrupos: -Despesas com Vendas (ou comerciais) -Despesas e receitas financeiras (destacadamente ou valor líquido) -Despesas gerais e administrativas -Outras despesas e receitas operacionais (destacada mente ou valor líquido) 13-DESPESAS COM VENDAS (COMERCIAIS) São agregadas nesse grupo todas as despesas diretam ente relacionadas com as

vendas de mercadorias e serviços da companhia. Abrangem desde a promoção do produto até sua coloca ção junto ao consumidor

(comercialização e distribuição).

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Exemplos de despesas com venda (gastos efetuados ou relacionados com a área comercial) :

-Salários e encargos sociais -Comissões sobre vendas -Propaganda e publicidade -Marketing -Provisão para créditos de liquidez duvidosa -Fretes na entrega de mercadorias -Aluguéis -Material de expediente -Serviços de terceiros -Viagens, estadias e representações -Água, luz e telefone -Despesas postais (correio) -Conservação e manutenção -Prêmios de seguros -Transporte do pessoal -Despesas com veículos -Assistência médica e social -Alimentação -Depreciações -Outros gastos efetuados pela área comercial 14-ENCARGOS FINANCEIROS LÍQUIDOS É o somatório das receitas e despesas financeiras. Evidencia a diferença

existente entre as despesas e receitas financeiras. É possível, na Demonstração do Resultado do Exercício, colocar apenas esta dife rença, sem demonstrar quanto a empresa obteve de receita e quanto de despesa. Poré m, para uma melhor análise é essencial que sejam colocados os três dados: despes as financeiras, receitas financeiras e encargos financeiros líquidos

15-DESPESAS FINANCEIRAS São representadas neste grupo todas as despesas fin anceiras, sejam elas de

empréstimos, juros pagos a fornecedores, descontos concedidos, correção monetária passiva(*), variação cambial passiva(*), comissões e despesas bancárias ou outras despesas relacionadas com o custo do dinheir o.

16-RECEITAS FINANCEIRAS São agregadas nesse grupo as receitas financeiras q ue a empresa obtém entre

outras, podemos citar: receitas de aplicações finan ceiras; juros cobrados, descontos obtidos, prêmio de resgate de títulos e d ebêntures, correção monetária ativa(*), variação cambial ativa(*) e outras receit as ligadas à movimentação de numerários.

(*) Quanto ao tratamento das correções monetárias e das variações cambiais

(ativas e passivas) temos a dizer o seguinte: 1-A Lei 6.404-76 ao definir a composição da Demonst ração do Resultado do

Exercício as classificou como despesas e receitas f inanceiras. 2-Com o surgimento de uma inflação elevada e a adoç ão da correção integral de

balanços os órgãos técnicos passaram a aconselhar a s empresas a passarem a adotar a seguinte sistemática:

a) A correção monetária prefixada passiva classific ada como despesa financeira e a ativa como receita financeira.

b) As correções monetárias pósfixadas (passiva e at iva) e as variações cambiais (passivas e ativas) classificadas em um gr upo a parte, chamado de Variações Monetárias (classificado após as despesas e receitas financeiras) ou Efeitos Inflacionários. Se adotado o último título o mesmo deve ser composto

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também do resultado da correção monetária do balanç o e conseqüentemente deverá ser classificado após as despesas operacionais.

Durante o nosso estudo não utilizaremos valores rel acionados com correção monetária ou variações cambiais, ficando na Demonst ração do Resultado do Exercício apenas as contas de despesas e receitas f inanceiras (despesas operacionais) e Saldo da Correção Monetária de Bala nço (despesa não operacional).

17-DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS Neste grupo são agregadas todas as despesas relacio nadas com a administração

da companhia. Exemplos de despesas gerais e administrativas (gastos efetuados ou

relacionados com a área administrativa) : Exemplos de despesas administrativas e gerais: -Honorários dos administradores: diretores, conselh eiros etc -Salários e encargos sociais -Aluguéis -Material de expediente -Serviços de terceiros -Viagens, estadias e representações -Água, luz e telefone -Despesas postais (correio) -Conservação e manutenção -Prêmios de seguros -Transporte do pessoal -Despesas com veículos -Assistência médica e social -Alimentação -Alvarás, taxas, licenças, impostos (não ligados às vendas) -Publicações legais ou compulsórias -Depreciações -Outros gastos realizados pela área administrativa. 18-OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS Neste grupo são agregados os valores correspondente s as despesas que, embora

sejam operacionais, não se encaixam nos grupos ante riores. Dependendo do vulto da despesa, ela pode receber um título específico, com o é o caso dos resultados negativos provenientes de participações em outras s ociedades (Equivalência Patrimonial Negativa) e da Contribuição Social sobr e o Lucro.

19-OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS Aqui serão lançadas todas as receitas que não se en quadrarem com receitas

provenientes da atividade principal (constituem a r eceita bruta) e que nem como receitas financeiras. Dependendo do vulto da receit a, ela pode receber um título específico, como é o caso dos resultados positivos provenientes de participações em outras sociedades (Equivalência Patrimonial Posi tiva). Neste grupo também são classificados os dividendos e rendimentos recebidos de investimentos não relevantes (não sujeitos à equivalência patrimonial ). Os dividendos recebidos de investimentos avaliados pela equivalência patrimoni al devem ser lançados como redução do próprio investimento no Ativo Investimen to - Permanente, portanto, não são considerados receitas quando do seu recebimento , visto que, já o foram quando do lançamento da equivalência patrimonial.

20-LUCRO (PREJUÍZO) OPERACIONAL Neste título será representado o Lucro ou Prejuízo Operacional que a empresa

obteve. Para determinar o seu valor basta diminuir o total das despesas operacionais do Lucro Bruto. Se o resultado obtido for negativo, então representará prejuízo e deverá aparecer entre parên teses.

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21-RECEITAS NÃO OPERACIONAIS Neste título estarão representadas as receitas obti das pela empresa e que não

tem ligação com o objeto social. Ex.: Receita na venda de bens ou diretos do Ativo I mobilizado ou do Ativo

Investimentos. 22-DESPESAS NÃO OPERACIONAIS Conforme já explicado, as despesas operacionais são todas aquelas realizadas

com o objetivo final de gerar receitas e diretament e relacionadas com a natureza específica dos negócios de uma companhia. Analogica mente, as despesas não operacionais são aquelas não relacionadas diretamen te com a natureza específica dos negócios de uma companhia.

Ex.: Custo na venda de Ativo Permanente (Investimen to ou Imobilizado), multas pagas a título de punição, perdas com sinistros, pr ovisão para perdas prováveis na realização de investimentos, baixas de ativos di feridos.

Observação: No caso de venda de bens ou direitos do Ativo Permanente

(Investimentos ou Imobilizado) é comum também apura r-se o resultado da operação (venda mais depreciação, se houver, menos o valor o riginal corrigido). Se o resultado representar um ganho, então o seu valor l íquido é considerado como Receita não Operacional e se for o contrário como D espesa não Operacional.

23-SALDO DA CONTA DE CORREÇÃO MONETÁRIA DE BALANÇO Será adequado neste título o valor líquido entre a Correção Monetária

devedora (proveniente da correção do Patrimônio Líq uido e da Depreciação, Amortização e Exaustão Acumuladas) e a Correção Mon etária Credora (proveniente da correção das contas devedoras do Ativo Permanente, das outras contas do Ativo sujeitas à correção monetária e do Prejuízo, caso h ouver).

24-LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO ANTES DO IMPOSTO DE REN DA Este título representa o resultado líquido que a em presa obteve antes de

sofrer a tributação do Imposto de Renda. O valor do Lucro ou Prejuízo Líquido antes do Impos to de renda é obtido

mediante a seguinte equação: Lucro ou Prejuízo Operacional (-) Despesas Não Operacionais (+)Receitas Não Operacionais (+ou-) Saldo da Correção Monetária de Balanço (se c redor será somado, caso contrário, será subtraído) (=)Lucro ou Prejuízo Líquido antes do Imposto de Re nda Se o resultado obtido for negativo, então este esta rá representando prejuízo

e deverá ser expresso entre parênteses. 25-PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA Representa o valor provisionado para fins de pagame nto de Imposto de Renda. O imposto de renda é calculado sobre o Lucro Real ( lucro contábil ajustado),

conseqüentemente, o fato da empresa ter prejuízo co ntábil não quer dizer que não esteja sujeita ao Imposto de Renda , sendo que, a r ecíproca também é verdadeira.

Entre os ajustes usados para se obter o lucro real estão os seguintes: 1)Que aumentam o lucro contábil ou reduzem o prejuí zo. a) Os custos, despesas, encargos, perdas, provisões , participações e

quaisquer outros valores deduzidos na apuração do L ucro Líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam dedutíveis.

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Ex.: - O excesso de retiradas dos sócios e administ radores; - As multas por infrações fiscais pagas pela empres a, cuja dedução não é

permitida pela legislação do Imposto de Renda. - As participações pagas a administradores etc. b) Os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não

incluídos na apuração do Lucro Líquido que, de acor do com a legislação tributária, devam ser computados na determinação do Lucro Real.

Ex.: A contrapartida da avaliação do Ativo Permanen te utilizado para aumento de capital ou compensação de prejuízos contábeis.

2)Que diminuem o lucro contábil ou aumentam o preju ízo. a) Os valores cuja dedução seja autorizada pela leg islação tributária e que

não tenham sido computados na apuração do Lucro Líq uido do Exercício. Ex.: O valor da depreciação acelerada de bens relac ionados com os projetos

amparados pelo CDI b)Os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos

na apuração do Lucro Líquido, que, de acordo com a legislação, não sejam computados no Lucro Real.

Ex.: Os dividendos recebidos de outras pessoas jurí dicas Os resultados de participações societárias ava liados pelo valor do

Patrimônio Líquido. c)Os prejuízos de exercícios anteriores, apurados n o Livro de Apuração do

Lucro Real e corrigidos monetariamente. O imposto de renda representa o tributo que a compa nhia deve pagar sobre o

lucro gerado por suas operações. Por isso, é import ante para o leitor conhecer qual o lucro obtido pela companhia no exercício (an tes do imposto), bem como o valor que será pago a título de renda, informações que permitirão uma melhor análise e interpretação das demonstrações financeir as.

26-LUCRO LÍQUIDO APÓS O IMPOSTO DE RENDA Este título expressa o valor o Lucro Líquido após d eduzida a provisão para o

imposto de renda. 27-PARTICIPAÇÕES SOBRE O LUCRO Os débitos à conta de resultado provenientes de par ticipações que representam

a separação de parcelas do lucro a serem pagas a de terminados favorecidos, nos termos estabelecidos pelo estatuto de cada companhi a. A separação dessas parcelas, entretanto, está sujeita a determinadas n ormas, para evitar que o acionista seja prejudicado em sua remuneração.

Os tipos de participações incluídas no grupo são: - de debêntures - de empregados - de administradores - de partes beneficiárias O artigo 189 da Lei 6.404-76 estabelece que o resul tado do exercício serão

deduzidos, antes de qualquer participação, os preju ízos acumulados e a provisão para o Imposto de Renda.

O artigo 190 da Lei 6.404-76 prevê que as participa ções estatutárias de empregados, administradores e partes beneficiárias serão determinadas, sucessivamente e nesta ordem, com base nos lucros q ue remanescerem depois de deduzida a participação anteriormente calculada.

Este artigo deixou de mencionar as debêntures, mas pela seqüência do artigo 187, elas seriam incluídas antes da participação do s empregados.

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O título de participação na demonstração do resulta do do exercício, deverá identificar qual o tipo de participação está ali re presentada. Se houver mais de uma deverá se abrir tantos títulos quanto forem as modalidades de participações.

28-LUCRO LÍQUIDO APÓS AS PARTICIPAÇÕES Representa o lucro líquido obtido após deduzidas to das as participações. Este valor será transferido para a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados, no

Patrimônio Líquido. 29-LUCRO OU PREJUÍZO LÍQUIDO POR AÇÃO O artigo 187 da Lei 6.404-76, item VII, determina a indicação do montante do

lucro ou prejuízo por ação do capital. Representa o valor que cada ação tem sobre o result ado líquido do exercício.

Este valor é obtido através da divisão do Lucro ou Prejuízo Final do Exercício pelo número de ações representativas do capital soc ial em circulação.

3.5-DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS 3.5.1-CONCEITO : É a demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulad os que

evidencia a evolução dos lucros ou prejuízos reman escentes de exercícios anteriores, seu aumento ou diminuição em decorrên cia do resultado do último exercício e de sua destinação ou distribuição, bem como a correção do saldo acumulado para o exercício seguinte.

3.5.2-FINALIDADE : Esta demonstração tem por finalidade esclarecer a

destinação dada aos lucros ou prejuízos remanescent es do exercício anterior, demonstrando seu saldo no início do período, os aju stes e destinações ocorridos após o balanço do exercício anterior, bem como o l ucro ou prejuízo do presente exercício. Demonstra, ainda, as transferências do l ucro acumulado para reservas, os dividendos distribuídos e o saldo no f im do período.

A finalidade desta demonstração é evitar que sejam englobados, na demonstração do resultado do exercício, lucros ou p rejuízos de exercícios anteriores, o que dificultaria a análise do resulta do do exercício e ao mesmo tempo possibilita a evidenciação clara do lucro do período, sua distribuição e a movimentação ocorrida no saldo da conta Lucro ou Pr ejuízos Acumulados.

3.5.3 - CONTEÚDO E ESTRUTURA: 3.5.3.1 - A demonstração de lucros ou prejuízos acu mulados discriminará: a) o saldo no início do período; b) os ajustes de exercícios anteriores; c) correção monetária do saldo inicial; d) as reversões de reservas; e) a parcela correspondente à realização de reavali ação, líquida do efeito dos impostos correspondentes; f) o resultado líquido do período; g) as compensações de prejuízos; h) as destinações do lucro líquido do período; i) os lucros distribuídos j) as parcelas de lucros incorporadas ao capital; l) o saldo no final do período. 3.5.3.2 - Os ajustes dos exercícios anteriores são apenas os decorrentes de

efeitos da mudança de critério contábil, ou da reti ficação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam se r atribuídos a fatos subseqüentes.

3.5.3.3 - A Entidade que elaborar a demonstração da s mutações do patrimônio líquido, nela incluirá a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados.

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3.5.4-EXEMPLO DE DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS: a apresentação desta demonstração ocorre, basicamente , conforme quadro a seguir:

DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS -------------------------------------------------- ------------- | LUCROS (OU PREJUÍZOS) ACUMULADOS NO | | INÍCIO DO EXERCÍCIO 680,00 | | ---------- | | | | Ajustes de exercícios anteriores 950,00 | | Correção monetária do saldo inicial 580,00 | | | | SALDO INICIAL AJUSTADO E CORRIGIDO 2.210,00 | | ---------- | | | | Reversão de reservas 1.490,00 | | - para investimentos 120,00 | | - de lucros a realizar 520,00 | | - de reavaliações 850,00 | | | | Lucro (ou prejuízo) líquido do exercício 3.690,00 | | | | DESTINAÇÕES DURANTE O EXERCÍCIO 870,00 | | ---------- | | | | Dividendos antecipados 870,00 | | | | SALDO A DISPOSIÇÃO DA ASSEMBLÉIA GERAL 6.520,00 | | ---------- | | DESTINAÇÕES PROPOSTAS A "AGO" 1.740,00 | | ---------- | | | | Transferências para reservas 1.320,00 | | - reserva legal 470,00 | | - reservas para investimentos 320,00 | | - reserva para aumento de capital 400,00 | | - reserva de lucros a realizar 130,00 | | | | Dividendos propostos 420,00 | | | | LUCROS (OU PREJUÍZOS) ACUMULADOS NO FINAL | | DO EXERCÍCIO 4.780,00 | | ========== | ------------------------------------------------- ------------- 3.6-DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 3.6.1-CONCEITO : 3.6.1.1 - A demonstração das mutações do patrimônio líquido é a demonstração

contábil destinada a evidenciar, num determinado pe ríodo, a movimentação das contas que integram o patrimônio da Entidade.

É a demonstração das mutações do patrimônio líquido , que demonstra as variações aumentativas ou diminutivas das contas re presentativas da situação líquida, evidenciando o patrimônio líquido no iníci o e no fim de cada exercício.

Esta demonstração fornece a movimentação ocorrida, durante o exercício, nas diversas contas componentes do Patrimônio Líquido, faz clara indicação do fluxode uma conta para outra e indica a origem e o valor de cada acréscimo ou diminuição do Patrimônio Líquido durante o exercício.

Trata-se, portanto, de informações que complementam os demais dados constantes no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do Exercício.

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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), através da Instrução CVM nº 059-86, tornou esta demonstração e sua publicação de caráte r obrigatório, para as companhias abertas, em substituição à demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados.

3.6.2-FINALIDADE : A demonstração das mutações do patrimônio líquido tem por

fim esclarecer as modificações sofridas por todas a s contas que compõem o patrimônio líquido, de um exercício para outro, evi denciando o saldo inicial de cada uma dessas contas, as mutações aumentativas ou diminutivas sofridas durante o exercício e seus respectivos saldos no fim do mes mo.

3.6.3 - CONTEÚDO E ESTRUTURA: 3.6.3.1 - A demonstração das mutações do patrimônio líquido discriminará: a) os saldos no início do período; b) os ajustes de exercícios anteriores; c) correção monetária dos saldos iniciais; d) as reversões e transferências de reservas e lucr os; e) os aumentos de capital discriminando sua naturez a; f) a redução de capital; g) as destinações do lucro líquido do período; h) as reavaliações de ativos e sua realização, líqu ida do efeito dos impostos correspondentes; i) o resultado líquido do período; j) as compensações de prejuízos; l) os lucros distribuídos m) o saldo no final do período. 3.6.4-EXEMPLO DE DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO : a

apresentação desta demonstração ocorre, basicamente , conforme quadro a seguir:

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO -------------------------------------------------- --------------------------------------------------- -------- | C O N T A S | TOTAL |CAP IT.|CM CAP|INV.IN|REAV. |LEGAL |AUM.CA|INVEST|L.REA L|L.ACUM| |--------------------------------------|-------|--- ---|------|------|------|------|------|------|----- -|------| | SALDO DO EXERCÍCIO ANTERIOR | 46.565|30. 000| 4.430| 1.215| 4.800|1.350 |1.980 | 820 | 1.29 0| 680| | Correção Monetária do Saldos (100%) | 27.815| |14.430| 1.215| 4.800|2.150 |2.540 | 820 | 1.28 0| 580| | Ajustes de exercícios Anteriores | 950| | | | | | | | | 950| | |-------|--- ---|------|------|------|------|------|------|----- -|------| | Saldo inicial ajustado e corrigido | 75.330|30. 000|18.860| 2.430| 9.600|3.500 |4.520 |1.640 | 2.57 0| 2.210| | | | | | | | | | | | | | Reversão de reservas | 0 | | | | - 850| | |- 120 | - 52 0| 1.490| | Subscrição e Integralização | 50.000|50. 000| | | | | | | | | | DESTINAÇÃO DURANTE O EXERCÍCIO | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | Lucro Líquido do Exercício | 3.690| | | | | | | | | 3.690| | Transf.p/Reservas | 0 | | | | | 470| 400| 320 | 13 0|-1.320| | Distribuição de dividendos | -1.290| | | | | | | | |-1.290| | | | | | | | | | | | | | SALDO NO FINAL DO EXERCÍCIO |127.730|80. 000|18.860| 2.430| 8.750| 3.970| 4.920| 1.840| 2.18 0| 4.780| | |=======|=== ===|======|======|======|======|======|======|===== =|======| -------------------------------------------------- --------------------------------------------------- --------

3.7-DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS 3.7.1-CONCEITO : É a demonstração das origens e aplicações de recu rsos, que

demonstra os recursos obtidos e aplicados no exercí cio, evidenciando a variação sofrida pelo capital circulante da entidade.

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A demonstração das origens e aplicações de recursos é simplesmente a comparação de dois balanços consecutivos, os quais identificam as variações ocorridas na estrutura financeira da empresa durant e o período considerado, permitindo, por conseguinte, melhores critérios par a a análise financeira. O demonstrativo, num sentido mais amplo, permite a id entificação clara dos fluxos financeiros que aumentaram ou reduziram o capital c irculante líquido, indicando suas origens (origens dos recursos que elevaram o c apital circulante líquido) e as aplicações (aplicações dos recursos que diminuir am o capital circulante líquido).

Basicamente, o aumento de uma conta do ativo ou a d iminuição de uma conta do passivo identificam um emprego ou uso de dinheiro, isto é, uma aplicação . De outra maneira, a diminuição de uma conta do ativo o u o aumento de uma conta do passivo pressupõem uma fonte ou liberação de recurs os, ou seja, uma origem .

Segundo a NBC-T-3: "A demonstração das origens e ap licações de recursos é a

demonstração contábil destinada a evidenciar, num d eterminado período, as modificações que originaram as variações no capital circulante líquido da Entidade".

3.7.2-FINALIDADE : Esta demonstração objetiva evidenciar a origem do s recursos

que ingressaram no capital circulante, bem como a a plicação de recursos em dividendos ou em elementos patrimoniais que não con stituem capital circulante. A diferença entre as origens e as aplicações desses r ecursos importará, portanto, em aumento ou diminuição do capital circulante.

3.7.3-CONTEÚDO E ESTRUTURA: A demonstração das origens e aplicações de

recursos discriminará: a)o valor resultante da operações da Entidade, corr espondente ao resultado

líquido do período, retificado por valores que não geraram movimentação de numerários ou não afetaram o capital circulante (de preciação, amortização ou exaustão) e ajustado pela variação nos resultados d e exercícios futuros, que tanto poderá constituir-se em origem ou em aplicaçã o de recursos;

b)as origens dos recursos, compreendendo: 1)os aportes de capital (realização do capital soci al e contribuições para

reservas de capital); 2)os recursos provenientes da realização de ativos de longo prazo e

permanente (redução do ativo realizável a longo pra zo e da alienação de investimentos e diretos do ativo imobilizado);

3)os recursos provenientes de capital de terceiros de longo prazo (aumento do passivo exigível a longo prazo).

c)as aplicações dos recursos, compreendendo: 1)os recursos destinados ao pagamento das participa ções nos lucros aos sócios

ou acionistas; 2)os recursos aplicados na aquisição do permanente (aquisição de bens e/ou

direitos do ativo investimento); 3)aumento do ativo realizável a longo prazo, dos in vestimentos e do ativo

diferido; 4)os recursos aplicados na redução de obrigações de longo prazo (redução do

passivo exigível a longo prazo); 5)os reembolsos de capital. d)a variação do capital circulante líquido, resulta nte da diferença entre os

totais das origens e das aplicações dos recursos (o excesso ou insuficiência das

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origens de recursos em relação às aplicações, repre sentando aumento ou redução do capital circulante líquido);

e)a demonstração da variação do capital circulante líquido, compreendendo os

saldos iniciais e finais do ativo e do passivo circ ulante, e respectivas variações líquidas do período.

3.7.4-APRESENTAÇÃO: A demonstração das origens e aplicações de recurs os é

apresentada na forma vertical, ou seja, em primeiro as origens de recursos seguidas, logo abaixo destas, pelas aplicações de recursos e por fim a variação do capital circulante líquido.

3.7.5-EXEMPLO DE DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS: O quadro

a seguir coloca como pode ser apresentada a referid a demonstração. DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS --------------------------------------------------- -------------- | 1.ORIGENS DE RECURSOS 83.390,00 | | ---------- | | 1.1-DE OPERAÇÕES 17.620,00 | | --------- | | Lucro líquido do exercício 3.690,00 | | Ajustes por valores que não representaram | | efetiva movimentação de recursos 13.930,00 | | - correção monetária de balanço 5.190,00 | | - depreciação 5.360,00 | | - baixa de bens do permanente 2.430,00 | | - ajustes de exercícios anteriores 950,00 | | | | 1.2-DOS ACIONISTAS E TERCEIROS 65.770,00 | | --------- | | Integralização de capital social em dinheiro 50.000,00 | | Aumento do exigível a longo prazo 15.770,00 | | | | 2.APLICAÇÕES DE RECURSOS 28.160,00 | | --------- | | 2.1-DE OPERAÇÕES - 0 - | | --------- | | | | 2.2-COM ACIONISTAS E TERCEIROS 28.160,00 | | --------- | | Dividendos propostos e distribuídos 1.290,00 | | Aumento do realizável a longo prazo 9.000,00 | | Aplicações em investimentos 4.230,00 | | Aplicações no imobilizado 13.290,00 | | Aplicações no diferido 350,00 | | | | 3.AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 55.230,00 | | --------- | | ATIVO CIRCULANTE 102.610,00 | | ---------- | | No início do exercício 66.100,00 | | No fim do exercício 168.710,00 | | | | PASSIVO CIRCULANTE 47.380,00 | | ---------- | | No início do exercício 38.500,00 | | No fim do exercício 85.880,00 |

----------------------------------------------- ------------------

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3.8-NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 3.8.1-ASPECTOS INTRODUTÓRIOS: 3.8.1.1)Definição e Conteúdo das Notas Explicativas As notas explicativas são informações complementare s às demonstrações

contábeis, representando parte integrante das mesma s. Podem estar expressas tanto na forma descritiva como na forma de quadros analít icos, ou mesmo englobando outras demonstrações contábeis que forem necessária s ao melhor e mais completo esclarecimento das demonstrações contábeis.

As notas podem ser usadas para descrever práticas c ontábeis utilizadas pela empresa, para explicações adicionais sobre determin adas contas ou operações específicas e ainda para composição de detalhes de certas contas.

A utilização de notas para dar composição de contas auxilia também a estética do balanço, pois se faz constar dele determinadas c ontas pelo seu total, e os detalhes necessários são expostos através de uma no ta explicativa, como no caso de estoques, ativo imobilizado, investimentos, empr éstimos e financiamentos e outras contas. Todavia, as notas explicativas não r epresentam pura e simplesmente composições de contas, apesar de úteis para certos casos.

As Informações contidas nas notas explicativas deve m ser relevantes, complementares e/ou suplementares àquelas não sufic ientemente evidenciadas ou não constantes nas demonstrações contábeis propriamente ditas.

As notas explicativas incluem informações de nature za patrimonial, econômica, financeira, legal, física e social, bem como os cri térios utilizados na elaboração das demonstrações contábeis e eventos su bseqüentes ao balanço.

Outro aspecto a ser considerado é que a menção de u m erro contábil numa nota explicativa não justifica esse erro; é interessante a sua menção para esclarecimento do leitor das demonstrações contábei s; porém, o erro persiste, apesar de mencionado numa Nota Explicativa.

3.1.1.2)Aspectos a Observar na Elaboração das Notas Explicativas Os seguintes aspectos devem ser observados na elabo ração das notas

explicativas: a) as informações devem contemplar os fatores de in tegridade, autenticidade,

precisão, sinceridade e relevância; b) os textos devem ser simples, objetivos, claros e concisos; c) os assuntos devem ser ordenados obedecendo a ord em observada nas

demonstrações contábeis, tanto para os agrupamentos como para as contas que os compõem;

d) os assuntos relacionados devem ser agrupados seg undo seus atributos comuns;

e) os dados devem permitir comparações com os de da tas de períodos anteriores;

f) as referências a leis, decretos, regulamentos, N ormas Brasileiras de Contabilidade e outros atos normativos devem ser fu ndamentadas e restritas aos casos em que tais citações contribuam para o entend imento do assunto tratado na nota explicativa.

3.8.2-AS NOTAS EXPLICATIVAS NA LEI DAS S.A. 3.8.2.1)Geral A publicação de Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis está prevista

no parágrafo 4º do artigo 176 da Lei das S.A., o qu al estabelece que "as demonstrações serão complementadas por Notas Explic ativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários p ara esclarecimentos da situação patrimonial e dos resultados do exercício" .

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3.8.2.2)As Notas Previstas pela Lei O § 5º do mesmo artigo da Lei das S.A. menciona, se m esgotar o assunto, as

bases gerais e quais as notas que deverão estar inc lusas nas demonstrações financeiras, estabelecendo que as notas deverão ind icar:

"a)Os principais critérios de avaliação dos element os patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação , amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização dos elementos do ati vo;

b)os investimentos em outras sociedades, quando rel evantes (art. 247, parágrafo único);

c)o aumento de valor de elementos do ativo resultan te de novas avaliações (art. 182, § 3º), resultante de reavaliação fundame ntada em laudo de avaliação;

d)os ônus reais constituídos sobre elementos do ati vo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes;

e)a taxa de juros, as datas de vencimento e as gara ntias das obrigações a longo prazo;

f)o número, espécies e classes das ações do capital social; g)as opções de compra de ações outorgadas e exercid as no exercício; h)os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1º), considerado o que

decorrer de efeito de mudança de critério contábil ou de retificação de erro imputável a determinado exercício anterior e que nã o possam ser atribuídos a fatos subseqüentes;

i)os eventos subseqüentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeitos relevantes sobre a situaç ão financeira e os resultados futuros da companhia."

Conforme se verifica, a Lei das S.A. estabeleceu no ve casos expressos que deverão ser mencionados em Notas Explicativas.

Todavia, a menção dessas nove possibilidades de not as representa o conceito básico que deve ser seguido pelas empresas, sendo q ue pode haver situações em que sejam necessárias outras notas explicativas adicion ais, além das previstas pela Lei das S.A.. É o caso, por exemplo, das quebras de consistência, como citado pela própria Lei no § 1º, artigo 177. Da mesma form a, a menção a esses casos de Notas pela Lei não significa que sempre se deva ter , no mínimo, essas notas, pois muitas vezes algumas não são aplicáveis, ou não rep resentam informações relevantes, ou seja, de utilidade para esclarecimen to da demonstração financeira.

3.8.3)EXEMPLO DE NOTAS EXPLICATIVAS NOTAS EXPLICATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES ENCERRADAS EM 31.12.X2 1-Resumo das principais práticas contábeis As principais práticas contábeis adotadas pela Comp anhia para a elaboração e

apresentação das demonstrações contábeis são as seg uintes: a) Segregação de prazos realizáveis exigíveis Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis, no d ecorrer do exercício

seguinte, são classificados como circulantes. b)Títulos e valores mobiliários São demonstrados ao custo, acrescido dos rendimento s auferidos, que não

excede ao valor mercado. c)Provisão para devedores duvidosos Foi constituída até o limite que se estima ser sufi ciente para cobrir

eventuais perdas na realização das contas a receber . d)Estoques São demonstrados ao custo médio de compra ou de fab ricação inferiores ao

preço de mercado e o valor líquido de realização.

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e)Empréstimos Compulsórios Se referem aos depósitos e obrigações da ELETROBRÁS , os quais estão

demonstrados pelo valor de custo, acrescidos de cor reção monetária e os juros incorridos são classificados no circulante.

f)Investimentos Se referem a investimentos feitos em participações não relevantes e estão

demonstrados ao custo de aquisição acrescido de cor reção monetária. g)Imobilizado É demonstrado ao custo de aquisição ou construção, corrigido monetariamente.

O imobilizado inclui uma reavaliação espontânea, co ntabilizada em julho de 19x2, no valor corrigido de R$ 9.850,00. A parcela realiz ada da reserva de reavaliação é contabilizada como receita.

A depreciação é calculada pelo método linear median te aplicação das taxas permitidas pela legislação em vigor.

Os gastos com manutenção e reparos são lançados com o despesas, quando incorridos e as melhorias são capitalizadas.

h)Diferido É demonstrado ao custo corrigido monetariamente. A amortização é computada

diretamente no resultado e calculada pelo método li near às taxas máximas permitidas pela legislação em vigor.

i)Correção monetária As contas componentes do ativo permanente e patrimô nio líquido são corrigidas

monetariamente pelos índices estabelecidos pela leg islação em vigor. O efeito dessa correção é computado no resultado do exercíci o.

2-Financiamentos a Longo Prazo A composição dos financiamentos na data do balanço era a seguinte: Para aquisição do imobilizado Financiamentos nacionais, pagáveis até 20.05.x4 á t axa de juros de 7% a.a. mais correção monetária....... .................21.861,00 Para capital de giro Financiamentos estrangeiros no montante de US$ 12.5 20,00 (19x1 US$ 12.750,00), pagáveis até 07.12.x4, à tax a de juros que variam de 16,05% a 20,00% a.a........... .................15.024,00 --------- Total ............................................. .................36.885,00 Os financiamentos estão garantidos pelos seguintes ativos da empresa: Prédios............................................ .................17.750,00 Máquinas e Motores................................. .................19.470,00 Veículos........................................... ..................5.230,00 --------- Total.............................................. .................42.450,00 3-Capital Social O capital em 31.12.x2 subscrito e integralizado est á representado por 47.200

(37.250 em 19x1) ações ordinárias e 32.800 (27.400 em 19x1) ações preferenciais todas escriturais e sem valor nominal.

As ações preferenciais não têm direito a voto, mas gozam de um dividendo mínimo, não cumulativo, de 8% ao ano. Ainda, será a ssegurado às ações preferenciais um dividendo igual ao das ordinárias, nas distribuições que ultrapassarem o dividendo mínimo fixado.

É permitido demonstrar no Balanço Patrimonial o val or dos estoques, do ativo

investimentos, imobilizado e diferido pelo seu valo r total. Caso seja optado por esta alternativa, então, deverá haver uma nota expl icativa, individualmente para cada um destes grupos, demonstrando, de forma analí tica, a sua composição.

No caso o ativo investimento seja composto de inves timentos relevantes, então, deverá ser informado quais as empresas que c ompõem este investimento e como elas se apresentam.

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V-ANÁLISE DE BALANÇO

A simples leitura do balanço nos dá uma idéia geral da composição patrimonial da empresa. Todavia, quando se deseja conhecer o es tado econômico, financeiro e residual, as modificações ocorridas e suas causas e , ainda, a projeções que possam ser feitas, torna-se necessária a análise do balanço.

A análise de balanços deve ser entendida dentro de suas possibilidades e limitações. De um lado, mais aponta problemas a ser em investigados do que soluções; de outro, desde que convenientemente util izada, pode transformar-se num poderoso "painel de controle" da administração.

Para isso, é necessário atentar para os seguintes d etalhes: a) a escrituração contábil deve ser realizada segui ndo rigidamente os

princípios fundamentais de contabilidade e as demai s normas legais pertinentes; b) os registros contábeis da empresa devem ser man tidos com esmero; c) ainda que o Departamento de Contabilidade da emp resa realize um grande

esforço para manter os registros de forma correta, é altamente desejável que os relatórios financeiros sejam auditados por auditor independente ou, pelo menos, tenha havido uma minuciosa revisão por parte da aud itoria interna;

d) é preciso tomar muito cuidado na utilização de v alores extraídos de balanços iniciais e finais, principalmente na área de contas a receber e estoques, pois muitas vezes tais contas, nas datas de balanço, não são representativas das médias reais de período;

e) na medida do possível, os demonstrativos objetos de análise devem ser corrigidos tendo em vista as variações do poder aqu isitivo da moeda;

f) a análise de balanços limitada a apenas um exerc ício é muito pouco reveladora, salvo em casos de quocientes de signifi cação imediata. Adicionalmente, é necessário comparar nossos quocie ntes e tendências com:

1 - quocientes dos concorrentes; 2 - metas previamente estabelecidas pela administra ção (quocientes-padrão). 1)CONCEITO Análise de Balanço é a técnica contábil que proporc iona a composição dos

dados das demonstrações contábeis interpretando-os de forma a que se possa formar conceito sobre a situação geral do patrimônio da so ciedade. A análise é feita para se tirar possíveis dúvidas ou conclusões sobre fatos ocorridos e principalmente para prever os resultados das ativid ades futuras e corrigir-se distorções passadas.

A análise consiste no exame isolado das contas, na comparação de grupos de contas entre si ou em relação ao todo. Essas compar ações podem ser feitas por números absolutos, números-índices, percentagens e quocientes.

2-OBJETIVO O objetivo da análise de relatórios e demonstrações contábeis compreende a

indicação de informações numéricas, preferentemente , de dois ou mais períodos regulares, de modo a auxiliar ou instrumentar os ad ministradores, acionistas, clientes, fornecedores, instituições financeiras, g overno, investidores e outras pessoas interessadas em conhecer a situação da empr esa ou tomar decisão.

A análise e interpretação de relatórios e demonstra ções contábeis visam ao estudo crítico da situação do patrimônio, em dado m omento, e das mutações ocorridas no período, mediante avaliação da ativida de lucrativa da empresa e

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verificação se os objetivos dos administradores, ac ionistas, sócios ou investidores foram plenamente atingidos.

A análise de balanços objetiva extrair informações das demonstrações contábeis para a tomada de decisões.

As demonstrações contábeis fornecem uma série de da dos sobre a empresa, de acordo com regras contábeis. A análise de balanços transforma esses dados em informações e será tanto mais eficiente quanto melh ores informações produzir.

É importante a distinção entre dados e informações. DADOS são números ou descrição de objetos ou evento s que, isoladamente, não

provocam nenhuma reação no leitor. INFORMAÇÕES representam, para quem as recebe, uma c omunicação que pode

produzir reação ou decisão, freqüentemente acompanh ada de um efeito-surpresa. A análise compreende, o estudo das relações entre e lementos patrimoniais,

econômicos e financeiros contidos nos relatórios e nas demonstrações contábeis. A aplicação do princípio das relações entre os compon entes contábeis relatados nos relatórios e demonstrações tem por finalidade básic a a indicação das causas que geram aumento ou diminuição das receitas e despesas e sua influência na modificação do patrimônio administrativo, assim com o do incremento ou redução da capacidade financeira da empresa.

Na análise de componentes patrimoniais (estática) e de resultado (dinâmica), dirigida para sua interpretação, será preciso efetu ar relações dos valores monetários respectivos, de modo a permitir a compar ação com:

a)outros valores do mesmo relatório ou demonstraçõe s; b)valores do relatório ou demonstrações de outro pe ríodo; c)valores do relatório ou demonstrações de outra em presa do mesmo setor da

economia; d)valores médios do relatório ou demonstração conso lidada do setor em que se

situa a empresa, objeto de análise. O resultado da análise pode indicar dois tipos de o rientação para aplicação: a)no planejamento da ação administrativa; b)na avaliação do êxito ou malogro, no passado, qua nto ao objetivo de

maximização da rentabilidade e aumento da capacidad e financeira. Para o primeiro tipo de orientação, o analista deve presumir que as relações

identificadas no passado serão repetidas no futuro, condicionadas, entretanto, a ajustes sobre expectativa de modificações por efeit os da inflação, demanda do mercado, fatores internos de produção, capacidade f inanceira, vendas, financiamentos, assim como geração de lucros.

Quanto ao segundo caso, o analista há de reconhecer e identificar numericamente as causas e efeitos relacionados com a mudança ocorrida no patrimônio administrado e nos níveis de operação (p rodução, vendas, financiamento e resultado), e pressupor, se modificados os parâme tros obtidos de experiências do passado, até que ponto a empresa poderá melhorar a sua situação financeira e gerar maiores lucros.

Alguns tipos de análise de relatórios e demonstraçõ es contábeis que visam avaliar:

a)a capacidade de amortização da empresa, quando es ta habilitar-se a financiamento de instituição financeira;

b)a situação financeira da empresa, a curto e longo prazos, determinando-se causas, efeitos e perspectivas;

c)o investimento em ações negociáveis em Bolsas de Valores e capacidade da empresa em gerar lucros e dividendos;

d)a rentabilidade do capital investido proveniente dos proprietários e de terceiros;

e)o patrimônio para fins de fusão, cisão, incorpora ção ou associação de empresas;

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f)uma parte do patrimônio, a preços de mercado, em casos de extinção da empresa.

g)se a empresa está tirando proveito de sua "força de trabalho (pessoal que ela tem).

h)se a empresa está cumprindo com os seus deveres p erante a lei (esta análise é usada pelos agentes de tributos federais, estadua is e municipais).

i)a realização de pesquisas históricas, de previsõe s para o futuro e possibilidade do conhecimento do ritmo de negócios.

j)a realização de planos para os controles internos . l)a realização de planos de auditoria, ou seja, ver o que interessa mais

examinar porque a análise indicará o que parece ter indícios de falhas etc. 3)IMPORTÂNCIA A necessidade de analisar demonstrações contábeis é pelo menos tão antiga

quanto a própria origem de tais peças. Nos primórdi os da contabilidade, quando esta se resumia, basicamente, à realização de inven tários, já o analista se preocupava em anotar as variações quantitativas e q ualitativas das várias categorias de bens incluídos em seu inventário.

Atualmente, é prática relativamente comum o banquei ro analisar o relacionamento entre os valores a receber e valores a pagar de cada empreendimento a fim de determinar com mais base o risco envolvido em conceder empréstimo à entidade.

Mas, se uma boa análise de balanços é importante pa ra os credores, investidores em geral, agências governamentais e at é acionistas, ela não é menos necessária para a gerência: apenas, o enfoque e, po ssivelmente, o grau de detalhamento serão diferenciados. Para a gerência, a análise de balanços faz mais sentidos quando, além de sua função de informar o p osicionamento relativo e a evolução de vários grupos contábeis, também serve c omo um painel geral de controle da administração.

4-PROCESSO DE ANÁLISE Por análise, em sentido amplo, entende-se o método de preparação de dados

estatísticos, visando a sua interpretação. Para o caso de análise contábil, a preparação das i nformações deve

subordinar-se aos procedimentos básicos seguintes: a)classificação apropriada das informações; b)associação lógica das informações; c)conversão dos valores monetários absolutos em rel ativos. As variações relativas são reconhecidas, comumente, por indicadores obtidos

de: a)percentagem ou coeficiente; b)quociente; c)índice ou número-índice. E como indicador absoluto, reconhece-se, em análise , a diferença absoluta

entre saldos monetários de uma mesma conta ou grupo de contas. Dispondo de uma demonstração contábil para análise, o contador ou analista

deve proceder, em primeiro lugar, a sua leitura, ve rificando, com base nos padrões de Contabilidade (princípios, convenções, p rocedimentos e critérios), se as contas que expressam os valores monetários estão classificadas corretamente, segundo a sua natureza e função no sistema do patri mônio.

4.1-MÉTODOS DE ANÁLISE 4.1.1-QUOCIENTES : O método analítico mais usado é o dos "quocientes ", por

meio do qual se comparam dois valores patrimoniais, dividindo-se um pelo outro.

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Esse método tem a vantagem de indicar a relação de grandeza existente entre os itens comparados (valores relativos).

Quando a comparação é entre uma parte e um total, o resultado obtido pode ser apreciado, também, sob a forma percentual (%), que é a forma mais elementar e mais intuitiva de comparação de valores numéricos.

4.1.2-SUBTRAÇÃO : Utiliza-se, também, o método pelo qual se obtém r esultados

para análise, por simples subtração entre os valore s que se deseja comprar. Esse método apresenta, contudo, o inconveniente de apurar um valor isolado,

que não pode ser devidamente avaliado, a não ser co mparando-se a um outro valor patrimonial.

4.1.3-PERCENTUAL : Utilizado, principalmente, na análise horizontal e

vertical, quando procuramos obter o valor percentua l de uma determinada verba em relação a um determinado total ou em relação a essa mesma verba em anos anteriores.

4.1.4-PADRÕES HISTÓRICOS: A comparação dos índices atuais com os apurados em

exercícios anteriores constitui importante subsídio para o analista. Tomando-se como padrão os resultados do passado, po deremos: a)julgar, com mais propriedade, a normalidade dos r esultados do presente; b)constatar a evolução ou a involução de situação p atrimonial da empresa e do

ritmo de seus negócios. 4.2-FASE PRELIMINAR Antes de se iniciar uma análise é importante obter- se certas informações e

elementos que possibilitarão a elaboração do estudo , o qual será tanto mais perfeito quanto melhores e mais completos os dados de que se disponha.

Primeiro passo para realizar a análise de qualquer demonstração é estrutura-la dentro dos padrões técnicos. Nesta estruturação deverá ser feitos todos os ajustes necessários para deixa-la em condição ideal para análise.

4.2.1-PEÇAS INDISPENSÁVEIS : As peças indispensáveis para a realização de uma

boa análise são as seguintes: -Balanço Patrimonial -Demonstração do Resultado do Exercício -Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados -Notas Explicativas (para as sociedades anônimas) 4.2.2-SUBSÍDIOS : Além dos demonstrativos supra, será de interesse do analista

obter os seguintes esclarecimentos: -critérios de avaliação do Ativo -prazo médio de vendas -prazo médio de compras -prazo de industrialização de matérias-primas -valor da correção monetária do Ativo Permanente, n o exercício em pauta -natureza e condições de resgate dos financiamentos obtidos junto a terceiros -outros informes, consoantes a natureza da análise. Também podem servir como importantes subsídios os s eguintes demonstrativos,

não-obrigatórios: -Demonstração das origens e aplicações de recursos -Demonstração das mutações do patrimônio líquido. 4.2.3-EXAME DAS VERBAS: De posse dos elementos já citados, passaremos ao

exame das contas, procurando apurar se: a)a intitulação adotada reveste-se da necessária cl areza, isto é, se

corresponde à natureza das operações ali registrada s.

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b)existem totais englobando valores heterogêneos, c aso em que será necessário obter seu desdobramento, evitando-se o risco de cla ssificações inadequadas.

c)o balanço apresentado se reveste da necessária ex atidão, e se entre os valores representativos de bens e direitos não estã o incluídos:

-parcelas de difícil realização: mercadorias de dif ícil colocação, créditos de recebimento duvidoso etc.

-valores fictícios, como móveis e máquinas em desus o e sem valor comercial. -valores superavaliados, ou seja, contabilizados po r valor superior ao real. 4.3-RELATÓRIO DE ANÁLISE A forma de apresentação mais conveniente de um rela tório de análise

econômico-financeira ainda é problema questionável pelos analistas. O conteúdo do relatório deve ser ordenado de acordo com os objeti vos da análise e do tipo de opinião ou recomendação a ser dada pelo analista.

De qualquer modo, o relatório deve ter uma estrutur a que permita, inicialmente, identificar a empresa assim como os o bjetivos e o processo adotado para análise.

No corpo do relatório, o texto deve indicar, em lin guagem precisa e de fácil compreensão, os comentários e a interpretação do an alista de modo a facilitar aos interessados o conhecimento pleno da situação da em presa e da sua tendência para o futuro próximo.

A parte final do relatório deve ser reservada para a opinião e recomendação do analista quanto aos fatos observados e analisado s e da expectativa da empresa se for mantida a mesma tendência.

Cada relatório, de acordo com este ou aquele objeti vo, deve ser apresentado de modo singular, tomando-se impraticável fixar um roteiro como guia para composição de texto para análise.

5-ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL Os métodos de análise horizontal e vertical, de cer ta forma, complementam-se

e sobrepõem-se entre si, ao mesmo tempo em que pres tam valiosa contribuição na análise dos índices financeiros.

As duas principais características de análise de um a empresa são a comparação dos valores obtidos em determinado período com aque les levantados em períodos anteriores e o relacionamento desses valores com ou tros afins. Desta maneira, pode-se afirmar que o critério básico que norteia a análise de balanços é a comparação.

O montante de uma conta ou de um grupo patrimonial quando tratado isoladamente não retrata adequadamente a importânci a do valor apresentado e muito menos o seu comportamento ao longo do tempo. Por ex emplo, o total dos custos de produção, por si só, representa pouco para o analis ta, mas, se comparado com o montante das vendas ou com o valor desses mesmos cu stos levantados em outros exercícios sociais, refletirá com maior clareza a s ua posição. Assim, a comparação dos valores entre si e com outros de dif erentes períodos oferecerá um aspecto mais dinâmico e elucidativo à posição estát ica das demonstrações contábeis. Este processo de comparação, indispensáv el ao conhecimento da situação de uma empresa, é representado pela análise horizon tal e análise vertical.

5.1-ANÁLISE HORIZONTAL 5.1.1-CONCEITO : É uma técnica de análise que parte da comparação do valor de

cada item do demonstrativo, em cada ano, com o valo r correspondente em um determinado ano anterior, considerado como base.

A análise horizontal é a comparação que se faz entr e os valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios sociais. É basicamente um processo de análise temporal, desenvolvido através de números-índices.

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5.1.2-OBJETIVO : Tem em mira mostrar a evolução de cada conta (ou grupo de contas) considerada isoladamente.

A análise horizontal mostra a evolução de cada cont a das demonstrações financeiras e, pela comparação entre si, permitir t irar conclusões sobre a evolução da empresa.

Complementa a análise vertical, que nos informa o a umento ou a diminuição da proporção de uma determinada verba, em relação a um determinado total, mas não nos diz se essa variação foi derivada do aumento ou da diminuição do valor absoluto da verba considerada.

A finalidade principal da análise horizontal é deno tar o crescimento de itens dos Balanços e das Demonstrações de Resultados (bem como de outros demonstrativos) através dos períodos, a fim de cara cterizar tendências.

5.1.3-RELATIVIDADE : Os resultados obtidos por meio da análise horizon tal

devem ser interpretados com certa reserva, porque n em sempre os maiores percentuais de aumento são os mais significativos.

5.1.4-INTERPRETAÇÕES BÁSICAS DE ANÁLISE HORIZONTAL: Uma metodologia básica

para o estudo comparativo da evolução horizontal do s balanços pode ser resumida em três segmentos de estudo, conforme sugeridos a s eguir:

a)EVOLUÇÃO DOS ATIVOS (INVESTIMENTOS) E PASSIVOS (F INANCIAMENTOS) DE CURTO

PRAZO: Como resultado dessa comparação, pode-se ava liar a existência de certa folga financeira (liquidez de curto prazo), na even tualidade de os ativos circulantes terem crescido mais rapidamente que os passivos circulantes, ou de um aperto na liquidez de curto prazo, refletido no cas o inverso dos ativos circulantes terem apresentado uma evolução horizont al proporcionalmente menor que a dos passivos circulantes.

b)EVOLUÇÃO DO ATIVO PERMANENTE PRODUTIVO: Conceitua lmente, esse grupo

patrimonial reflete a capacidade instalada de produ ção/vendas de uma empresa, devendo corresponder, um nível maior de investiment os em bens fixos produtivos, a um adequado crescimento de vendas.

c)EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA DE CAPITAL: Mais especifica mente, procura-se nesse

segmento da análise horizontal o conhecimento de co mo a empresa está financiando seus investimentos em ativos, isto é, se houver mai or ou menor preferência por empréstimos/financiamentos em relação ao uso de cap ital próprio, se é visível algum desequilíbrio na estrutura de capital, notada mente pela presença de um volume mais relevante de dívida de curto prazo em r elação a capitais de longo prazo etc.

5.2-ANÁLISE VERTICAL 5.2.1-CONCEITO : A análise vertical é também um processo comparati vo, expresso

em porcentagem, que se aplica ao se relacionar uma conta ou grupo de contas com um valor afim ou relacionável, identificado no mesm o demonstrativo.

Desta forma, dispondo-se dos valores absolutos em f orma vertical, pode-se apurar facilmente a participação relativa de cada i tem contábil no ativo, no passivo ou na demonstração de resultados, e sua evo lução no tempo.

5.2.2-OBJETIVO : O primeiro propósito da análise vertical é mostra r a

participação relativa de cada item de uma demonstra ção financeira em relação a determinado total. No balanço, por exemplo, é comum determinarmos quanto por cento representa cada rubrica (e grupo de rubricas) em relação ao ativo total. Na demonstração do resultado do exercício costuma-se t omar como base as vendas líquidas para representarem 100%.

A análise vertical procura mostrar, de um lado, a p roporção de cada uma das fontes de recursos e, de outro, a expressão percent ual de cada uma das várias aplicações de recursos efetuadas pela empresa.

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A análise vertical tem por objetivo mostrar a impor tância de cada conta em relação à demonstração financeira a que pertence e, através da comparação com padrões do ramo ou com percentuais da própria empre sa em períodos anteriores, permitir inferir se há itens fora das proporções no rmais.

Comparando-se exercícios subseqüentes, podemos cons tatar a mudança da política da empresa, quanto à aplicação de recursos .

5.3-ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL EM INFLAÇÃO Observe-se que, enquanto os índices e a Análise Ver tical não são afetados

pela inflação, a Análise Horizontal o é. Por isso, este capítulo mostra como tratar a inflação na análise horizontal.

Quando se analisam demonstrações contábeis de uma e mpresa, principalmente quando se relacionam dois ou mais exercícios, um pr oblema surge naturalmente à vista do analista: os diferentes níveis de poder aq uisitivo da moeda.

A comparação de valores em épocas distintas não ofe rece base confiável para a verificação do desempenho real ocorrido, dado que a instabilidade monetária depreciou o poder de compra da moeda, ocasionando, conseqüentemente, um incremento artificial (aparente) desses valores.

Desta maneira, torna-se incompatível para o analist a trabalhar exclusivamente com os resultados nominais das empresas, conforme n ormalmente publicados pelas suas demonstrações contábeis legais. É indispensáve l a determinação desses valores sob uma unidade monetária constante, ou sej a, é fundamental que as demonstrações contábeis apresentem uma uniformidade em seus valores, mantendo-os constantes em termos de capacidade de compra.

Ilustrativamente, é normal observarem-se aumentos n o montante de vendas das empresas de um período para outro. No entanto, este acréscimo não reflete exclusivamente uma evolução do volume físico de ven das, mas é conseqüência também do aumento dos preços de venda dos produtos determi nado pela inflação verificada no período. Desta forma, se em determinado exercíci o uma empresa vende 1.000 unidade ao preço unitário de R$ 10,00, e no períod o seguinte consegue colocar 1.100 unidades de seus produtos a R$ 20,00/unidade , o total das receitas de vendas atinge as cifra de R$ 10.000,00 e R$ 22.00 0,00, respectivamente. Não obstante, isto não quer dizer que a empresa apresen tou um incremento de 120% em seu volume de vendas. Em verdade, o volume das vend as apresenta-se nominalmente 2,2 vezes maior, mas em termos de unidades vendidas - crescimento real - a elevação foi de apenas 10%.

Da mesma forma se o ativo permanente em determinado exercício atingir R$ 100.000,00 e no período imediatamente posterior alc ançar a R$ 180.000,00, verificando-se ainda uma inflação de 50% no período , o crescimento calculado é definido como nominal (aparente). De fato, a evoluç ão ocorrida foi, em grande parte, promovida pela variação verificada nos índic es de preços, considerando-se como aumento real somente o que exceder ao valor in icial corrigido. Em valores absolutos, o aumento real verificado foi de R$ 30. 000,00, isto é:

Ativo permanente inicial R$ 180.000,00 Ativo permanente inicial em moeda final: R$ 100.000,00 x 1,50 R$(150.000,00) -------------- Crescimento Real: R$ 30.000,00 Percentualmente, a evolução real atinge 20%, ou sej a: R$ 180.000,00 -------------- x 100 = 120 (ou 20%) R$ 150.000,00 Observe-se que para o cálculo da evolução real os v alores a serem comparados

devem estar expressos em moeda de mesma data, isto é de mesmo poder de compra.

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Diante do exposto, torna-se clara a necessidade de dispensar um tratamento mais adequado aos valores contábeis, com o objetivo de torná-los mais depurados das variações de preços verificadas no período.

Há outras formas de preparar os dados com o objetiv o de eliminar o efeito da inflação, além da apresentada anteriormente (atuali zação dos valores dos períodos anteriores ao que se está estudando), tais como:

1)DEFLAÇÃO: Através da deflação se busca tirar a in flação embutida nos

valores, para só depois compará-los. Esta técnica c onsidera o primeiro período a ser analisado como base 100. Os demais como sendo 1 00 mais o percentual de inflação ocorrida no período. Após a determinação d estes coeficientes os mesmos deverão ser divididos pelo coeficiente 100 (coefici ente base), surgindo desta divisão novos coeficientes. Estes últimos serão uti lizados para dividir o valor de cada período a que pertencem, obtendo-se com iss o os respectivos valores deflacionados.

Exemplo : ANOS 199X 199Y 199Z VENDAS 1.000 1.800 2.700 INFLAÇÃO EM RELAÇÃO A 199X 50% 80% COEFICIENTE INICIAL 100 150 180 COEFICIENTE AJUSTADO 1,0 1,5 1,8 1.000 1.800 2.700 VENDAS DEFLACIONADAS ----- = 1.000 ----- = 1.200 ----- = 1.500 1 1,5 1,8 1.200 1.500 AUMENTO REAL EM RELAÇÃO A 199X -----= 1,2=20% ------=1,5=50% 1.000 1.000

Neste exemplo o aumento real das vendas em relação as ocorridas em 199x (1.000) foi de 20% em 199Y e de 50% em 199Z.

2)USO DE MOEDA OU ÍNDICE COM PODER AQUISITIVO CONST ANTE: este método

transforma os valores de reais em moedas de pode a quisitivo constante (dólar, marco etc.) ou em índices (UFIR, IGPM etc.) que m antêm o poder aquisitivo com o passar do tempo, não sofrendo a perda de seu valor em função da inflação.

Exemplo :

ANOS 199X 199Y 199Z VENDAS 1.000 1.800 2.700 INFLAÇÃO EM RELAÇÃO A 199X 50% 80% VALOR DO DÓLAR 20 24 30 1.000 1.800 2.700 VENDAS EM DÓLARES ----- = 50 ----- = 75 ----- = 90 20 24 3O 24 30 AUMENTO REAL EM RELAÇÃO A 199X ---= 1,2=20% ---=1,5=50% 20 20 CONCLUSÃO:

Na Análise Vertical, a inflação não influi pois ela é feita sempre comparando

dois ou mais valores expressos em moeda de mesma d ata, isto é de mesmo poder de compra.

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A inflação, também, não interfere quando é feita u ma comparação de várias análises de períodos diferentes. Isto ocorre em vir tude de que uma vez feita a análise vertical obtemos índices de participação en tre contas com valores expressos em moeda de mesma data. Na comparação de vários períodos, o que se vai comparar não é a evolução em valores absolutos, mas sim a variação da participação (índice) de uma determinada conta em relação a outra.

Já na Análise Horizontal, por ser uma análise que u tiliza valores de datas

diferentes, é primordial que se elimine o efeito d a inflação, caso contrário a análise estará comprometida em função da variação c ausada pela desvalorização da moeda.

6-ANÁLISE POR QUOCIENTES 6.1-INTRODUÇÃO A análise de balanços encontra seu ponto mais impor tante no cálculo e

avaliação do significado de quocientes, relacionand o principalmente itens e grupos do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício. Passaremos a expor as formas de cálculo, o signific ado e as limitações de cada um dos principais relacionamentos.

A técnica de análise financeira por quocientes é um dos mais importantes desenvolvimentos da Contabilidade, pois é muito mai s indicado comparar, digamos, o ativo circulante com o passivo circulante do que simplesmente analisar cada um dos elementos individualmente.

O analista externo à empresa normalmente estará ape nas de posse dos balanços, demonstrativos operacionais e outras poucas informa ções adicionais, ao passo que o analista interno poderá dispor dos detalhes somen te encontrados nos registros analíticos da empresa.

O uso de quocientes tem como finalidade principal p ermitir ao analista extrair tendências e comparar os quocientes com pad rões preestabelecidos. A finalidade da análise é, mais do que retratar o que aconteceu no passado, fornecer algumas bases para inferir o que poderá ac ontecer no futuro.

6.2-CONCEITO A determinação da porcentagem de cada elemento patr imonial em relação ao

conjunto indica o quociente dos diversos grupos pat rimoniais, dando-nos assim idéia precisa de distribuição dos valores no conjun to patrimonial.

Os quocientes são relações entre contas ou grupos d e contas das demonstrações financeiras, que têm por objetivo fornecer-nos info rmações que não são evidentes à simples olhada nos números de tais demonstrativos . Como as empresas podem adotar critérios diferentes para elaboração de suas demonstrações financeiras, é necessário que os quocientes financeiros sejam calc ulados após a reclassificação, isto é, após a padronização pelo analista.

As porcentagem de cada grupo patrimonial variam, na turalmente, de acordo com o ramo de atividade da empresa; as indústrias imobi lizam maiores somas de capitais que as empresas mercantis; os bancos movim entam mais capitais de terceiros que capitais próprios e têm maiores dispo nibilidades que valores imobilizados e mais realizáveis que disponíveis. Nã o se pode, pois, estabelecer porcentagens-padrão que atendam a todos os tipos de empresas.

6.3-FINALIDADE É importante saber a porcentagem de cada grupo em r elação ao total do

patrimônio, pois, através dessa análise, podemos qu ilatar se há excesso de imobilização, insuficiência de capitais ou de dispo nibilidades etc.

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Como medida relativa de grandeza, o quociente permi te que numa mesma empresa possamos compará-lo ano a ano e observar sua tendên cia, ou seu comportamento. Permite, ainda, em dado período ou momento, compará -lo entre empresas de mesma atividade, ou mesmo padrão.

Ainda como medida relativa de grandeza, o quociente fornecerá idéia quantitativa, sem, entretanto, nos oferecer os elem entos qualitativos contidos nas relações que são determinadas. Como exemplo, p odemos dizer que o quociente (índice) de liquidez corrente compara o ativo e o p assivo circulantes, embora não se possa dizer o mesmo sobre a qualidade e os tipos de ativos e passivos.

Os índices, como medidas relativas de grandeza, de certa forma, eliminam (ou reduzem) os efeitos da inflação na análise comparat iva dos números ao longo do tempo. Essa validade dos índices seria melhorada se os coeficientes de atualização monetária do balanço correspondessem à inflação efetiva de cada período. Se os balanços podem não corresponder à re alidade das empresas, isto é, se estiverem manipulados, os índices perdem parte d e sua eficácia.

É importante destacar que, relativamente aos índice s que indicam o passado, quando o analista quer saber algo sobre o presente e ter uma visão do futuro, ainda assim são ferramentas que podem auxiliar.

6.4-COMENTÁRIOS DA ANÁLISE ECONÔMICA FINANCEIRA A seguir selecionamos alguns quocientes, que julgam os os mais importantes,

onde será apresentado individualmente o conceito d e cada um deles, a fórmula necessária para a sua obtenção e o seu significado.

1- QUOCIENTES DE LIQUIDEZ: Os indicadores de liquidez visam medir a capacidade de pagamento de uma

empresa, ou seja, sua habilidade em cumprir correta mente as obrigações passivas assumidas.

1.1- LIQUIDEZ GERAL : Refere-se à relação existente entre o ativo a receb er total e o passivo

exigível total. Quanto maior for o indicador melhor é a situação em termos de liquidez. Este quociente representa o valor que a e mpresa dispõe para saldar relativo a cada R$ 1,00 de seus compromissos.

ATIVO CIRCULANTE + REALIZÁVEL A LONGO PRAZO FÓRMULA: ------------------------------------- ------ PASSIVO CIRCULANTE + EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 1.2- LIQUIDEZ CORRENTE: Refere-se a relação entre o ativo circulante e o pa ssivo circulante. Quanto

maior o indicador melhor é a situação em termos de liquidez corrente. Este quociente representa o valor que a empresa dispõe a curto prazo (dentro de 360 dias) para saldar relativo a cada R$ 1,00 de seus compromissos também a curto prazo, ou seja, os valores disponíveis que vencem d entro do mesmo período.

ATIVO CIRCULANTE FÓRMULA: ------------------ PASSIVO CIRCULANTE 1.3- LIQUIDEZ SECA : Relação do percentual das dívidas de curto prazo qu e podem ser resgatadas

mediante o uso de ativos circulantes de maior liqui dez. Quanto maior o indicador maior é a possibilidade de pagamento das dívidas. E ste quociente representa o

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valor que a empresa dispõe dentro de 360 dias, desc onsiderando os estoques, para saldar relativo a cada R$ 1,00 de compromissos a c urto prazo.

ATIVO CIRCULANTE - ESTOQUE FÓRMULA: -------------------------- PASSIVO CIRCULANTE 1.4- LIQUIDEZ IMEDIATA : Reflete a percentagem das dívidas de curto prazo qu e podem ser saldadas

imediatamente pela empresa, através de suas disponi bilidades. Quanto maior o indicador maior é a capacidade de pagar. Este quoci ente representa o valor que a empresa dispõe imediatamente para liquidar a cada R$ 1,00 de compromissos a curto prazo.

DISPONIBILIDADES FÓRMULA: ------------------ PASSIVO CIRCULANTE 2- QUOCIENTES DE ATIVIDADE: Os indicadores de atividade visam à mensurarão das diversas durações de ciclo

operacional, o qual envolve todas as fases operacio nais de uma empresa, que vão desde à aquisição de insumos básicos ou mercadorias até o recebimento das vendas realizadas.

2.1- PRAZO MÉDIO DE ESTOCAGEM: Indica o tempo médio necessário para a completa ren ovação dos estoques da

empresa. Quanto maior for esse índice, maior será o prazo que os diversos produtos permanecerão estocados e, conseqüentemente , mais elevadas serão as necessidades de investimento em estoques. Portanto, quanto menor for o indicador melhor será para a empresa. Este quociente represen ta o número de dias necessário para que a empresa consiga renovar todo o seu estoq ue.

ESTOQUE MÉDIO FÓRMULA: ------------------------------------- ------ CUSTO DO PRODUTO VENDIDO (CPV) MÉDIO DIÁRIO 2.2- PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO A FORNECEDORES: Revela o tempo médio que a empresa tarda em pagar suas dívidas de

fornecedores. Quanto maior o indicador melhor para a empresa, pois possui maior prazo para pagamento, a não ser quando a empresa es teja efetuando os pagamentos com atraso. Este quociente representa qual é o praz o médio de pagamentos de fornecedores, ou seja, quantos dias em média a empr esa tem de prazo para efetuar o pagamento aos seus fornecedores.

FORNECEDORES A PAGAR MÉDIOS FÓRMULA: ------------------------------ COMPRAS MÉDIAS DIÁRIA 2.3- PRAZO MÉDIO DE COBRANÇA: Revela o tempo médio que a empresa despende em rece ber suas vendas

realizadas. Quanto menor melhor, pois a empresa rec ebe primeiro os seus créditos com clientes. Este quociente representa o prazo méd io concedido aos clientes nas vendas, ou seja, quantos dias em média a empresa te m que esperar para receber as suas vendas.

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CLIENTES A RECEBER MÉDIOS FÓRMULA: ----------------------------- VENDAS MÉDIAS DIÁRIAS 2.4- CICLO DE CAIXA : Revela o tempo médio que a empresa gasta desde o pa gamento dos insumos

(matérias primas, produtos intermediários, componen tes, materiais de consumo industrial) comprados até o recebimento das vendas dos produtos elaborados com os mesmos. Quanto menor o número de dias melhor, pois a empresa necessita de um volume menor de disponibilidades, uma vez que, cons egue transformar com mais rapidez seus investimentos operacionais em dinheiro .

FÓRMULA: PRAZO MÉDIO EST.- PRAZO MÉDIO PGTO.+ PRAZO MÉDIO RECBTO. 2.5- GIRO DE CAIXA : Indica a eficiência com que a empresa consegue gira r com o seu caixa. Quanto

maior o indicador melhor, pois a empresa consegue c onverter com maior rapidez os valores investidos. Este quociente representa o núm ero de vezes em que o caixa gira durante o ano.

360 FÓRMULA: -------------- CICLO DE CAIXA 2.6- GIRO DO ATIVO TOTAL : Indica a eficiência com que a empresa é capaz de us ar seus ativos para gerar

vendas. Quanto maior o giro do ativo total, tanto m ais eficientemente seus ativos foram usados. Este indicador representa o número de vezes que a empresa conseguiu girar o seu ativo no período de um ano ou num mês s e análise for mensal.

VENDAS BRUTAS FÓRMULA: ------------- ATIVO TOTAL 3- QUOCIENTES DE ENDIVIDAMENTO E ESTRUTURA: Estes indicadores são utilizados, basicamente, para auferir a composição das

fontes passivas de recursos de uma empresa. 3.1- GRAU DE ENDIVIDAMENTO: Indica a proporção de capital de terceiros em relaç ão aos capitais próprios.

Quanto menor o indicador melhor, pois menor será o grau de endividamento, uma vez que, o grau de endividamento representa a proporção de capitais de terceiros existentes em relação aos capitais próprios que a empresa possui. Este indicador representa o quanto a empresa possui de capital de terceiros para cada R$1,00 de capital próprio.

PASSIVO CIRCULANTE + PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO FÓRMULA:-------------------------------------- ------------- PATRIMÔNIO LÍQUIDO 3.2- GRAU DE SOLVÊNCIA: Demonstra a relação entre a soma de todos os bens e direitos (Ativo total)

que a empresa possui e o total de suas dívidas (pas sivo exigível total). Quanto maior o indicador melhor, pois demonstrará que a em presa possui uma maior capacidade de solvência, pois para que o grau de so lvência aumente é necessário

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que o volume de ativos aumente mais do que a soma d as dívidas, ou que estas reduzem em quantidade maior que os ativos. Esta rel ação nos mostra o quanto a empresa possui em bens e direitos em relação a cada R$ 1,00 de dívida com terceiros.

ATIVO TOTAL FÓRMULA: ------------------------------------- -------------- PASSIVO CIRCULANTE + PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 3.3- PARTICIPAÇÃO DO CAPITAL PRÓPRIO S/O CAPITAL DE TERC EIROS Revela a proporção de capital próprio em relação ao de terceiros. Quanto

maior o indicador melhor, pois representa que a emp resa possui mais capital próprio que de terceiros. Este indicador representa o valor que a empresa dispõe de capital próprio em relação a cada R$ 1,00 de ca pital de terceiros que possui.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO FÓRMULA: ------------------------------------- -------------- PASSIVO CIRCULANTE + PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 3.4- RELAÇÃO DO CAPITAL DE TERCEIROS SOBRE O PASSIVO TOTAL: Este índice mede a porcentagem dos recursos totais da empresa que se encontra

financiada por capital de terceiros. Este indicador revela o valor proveniente de fontes de financiamento não próprias de cada R$ 1, 00 de recursos captados pela empresa. Quanto menor melhor, pois representa menor quantidade de capitais de terceiros em relação aos capitais próprios.

PASSIVO CIRCULANTE + PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO FÓRMULA: ------------------------------------- -------------- PASSIVO TOTAL 3.5- RELAÇÃO DO CAPITAL PRÓPRIO SOBRE O ATIVO PERMANENTE: Representa a disposição do capital próprio em relaç ão ao investido no Ativo

Permanente. A qualificação da variação deste quoci ente depende muito do tipo de empresa, ou seja, deverá ser maior numa empresa ind ustrial do que em uma comercial, ou ainda, será menor numa empresa indust rial rica em mão de obra, do que aquela que possui a maior parte da força de tra balho concentrada em equipamentos. Este indicador representa o valor que a empresa dispõe de capital próprio para cada R$ 1,00 que ela investiu no Ativ o Permanente.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO FÓRMULA: ------------------ ATIVO PERMANENTE 4- QUOCIENTES DE RENTABILIDADE: Estes indicadores visam avaliar os resultados aufer idos por uma empresa em

relação a determinados parâmetros que melhor revele m suas dimensões. 4.1- RETORNO SOBRE O ATIVO: Revela o retorno produzido pelo total das aplicaçõe s realizadas por uma

empresa em seus ativos. Quanto maior for o indicado r , melhor será para a empresa. Este indicador revela o valor de lucro líq uido obtido para cada R$ 1,00 investido em ativos, pela empresa.

LUCRO LÍQUIDO FÓRMULA: ------------- ATIVO TOTAL

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4.2- RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO: Este índice mensura o retorno dos recursos aplicado s na empresa pelos

proprietários. Quanto maior o índice, melhor será. Este indicador representa o valor de lucro líquido obtido para cada R$ 1,00 de capital próprio investido.

LUCRO LÍQUIDO FÓRMULA: ------------------ PATRIMÔNIO LÍQUIDO 4.3- RENTABILIDADE DAS VENDAS C/RECEITA LÍQUIDA : Este indicador demonstra o percentual de receita lí quida obtida pela empresa

sobre as suas vendas brutas realizadas. Como a dife rença entre as vendas brutas e a receita líquida é a soma dos impostos incidentes sobre as vendas mais as devoluções e os abatimentos incondicionais, temos a concluir que, quanto maior o indicador, menor será a participação destes em rela ção ao total de vendas efetuadas e, portanto, melhor para a empresa. Este indicador representa o valor de receita líquida obtida para cada R$ l,00 de vend a efetuada.

RECEITA LÍQUIDA FÓRMULA: --------------- VENDAS BRUTAS 4.4- RENTABILIDADE DAS VENDAS COM LUCRO BRUTO (MARGEM BRUTA): Este

indicador mede a eficiência de uma empresa em produ zir lucro bruto através de suas vendas. Sendo que o índice revela o percentual de lucro bruto obtido através das vendas brutas. Quanto maior melhor será. Repres enta o valor de lucro bruto obtido para cada R$ 1,00 de vendas brutas.

LUCRO BRUTO FÓRMULA: ------------- VENDAS BRUTAS 4.5- RENTABILIDADE DAS VENDAS C/LUCRO OPERACIONAL (MARGEM OPERACIONAL) Este indicador mede a eficiência de uma empresa em produzir lucro operacional

através de suas vendas brutas. Sendo que ele revel a o percentual de lucro operacional que a empresa obtém sobre as suas venda s brutas, sem considerar os efeitos dos encargos financeiros e dos resultados oriundos de participações em outras empresas. Quanto maior for o índice, melhor é a situação da empresa. Este indicador revela o valor que a empresa obtém de luc ro operacional (ajustado) para cada R$ 1,00 de vendas brutas realizadas.

LUCRO OPERAC. +/- RESULT. DE PARTIC. + ENC ARGOS FINANC. FORMULA: ------------------------------------------ ------------- VENDAS BRUTAS 4.6- RENTABILIDADE DAS VENDAS C/LUCRO LÍQUIDO(MARGEM LÍQUIDA) Este quociente mede a eficiência de uma empresa em produzir lucro líquido

através de suas vendas brutas. Seu índice revela o percentual de lucro líquido que a empresa obtém através das vendas brutas reali zadas. Quanto maior o indicador, melhor é a situação da empresa, pois est ará obtendo um maior lucro por venda realizada. Este quociente representa o valor que a empresa obtém de lucro líquido para cada R$ 1,00 de vendas brutas efetuad as.

LUCRO LÍQUIDO FÓRMULA: ------------- VENDAS BRUTAS

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6.5- COMENTÁRIOS DO FATOR DE SOLVÊNCIA O Fator de Insolvência aqui apresentado foi elabora do pelo Professor Stephen

C. Kanitz, da Universidade de São Paulo. O Fator de Insolvência é um indicador geral resulta nte da ponderação de cinco

variáveis (indicadores parciais) que determina se a empresa está numa faixa perigosa ou não em termos de solvência. Como base d e julgamento do fator de insolvência, Kanitz construiu uma escala de valores para indicação da maior ou menor probabilidade de falência ou concordata.

Faixa de Faixa de Faixa de Solvência Perigo Pré- Insolvência |---------------------------|-----------|---- -----------| 7 6 5 4 3 2 1 0 -1 -2 -3 -4 -5 -6 -7 Ressalta Kanitz que nem todas as empresas em s ituação de pré-insolvência

(-3 a -7) ou de faixa de perigo (0 a -3) poderão fa lir ou impetrar concordata preventiva.

Uma empresa bem administrada poderá recuperar- se de uma situação financeira difícil em razão de fatores relacionados com o mercado supridor de matérias-primas ou consumidor de produtos finais, r estrições da políticas de crédito das instituições financeiras, pressões infl acionárias reduzindo a capacidade do poder de compra da moeda e, em conseq üência, elevação dos preços de bens e serviços, redução da produtividade etc.

O Fator de Insolvência é um indicador que expr essa a faixa de risco em que se encontra a empresa, podendo levá-la a uma si tuação de extrema dificuldade, caso não adote medidas para correção de seu desequi líbrio financeiro e/ou incremento da capacidade de geração de lucros.

As cinco variáveis envolvidas na determinação do Fator de Insolvência foram determinados levando-se em consideração a seg uinte disposição:

QUOCIENTES PARA AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FINANCEIRA A CURTO PRAZO 3")Variável-LIQUIDEZ SECA peso 3,55 4")Variável-LIQUIDEZ CORRENTE peso (-) 1,06 QUOCIENTES PARA AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FINANCEIRA A LONGO PRAZO 2")Variável-LIQUIDEZ GERAL peso 1,65 5")Variável-ENDIVIDAMENTO peso (-) 0,33 INDICADOR PARA AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE ECO NÔMICA 1")Variável-RENTABILIDADE DO CAPITAL PRÓPRIO MÉDIO peso 0,05 O objetivo do Fator de Insolvência é medir a maior ou menor probabilidade de

falência ou concordata. Já o grau solvência obtido na análise econômica financeira (quociente 3.2) tem por objetivo informa r se a empresa utilizando-se de todos os seus ativos, inclusive os do Ativo Perm anente, tem condições de saldar todas as suas dívidas. Na análise do Fator d e Insolvência é levado em consideração com maior peso os ativos de maior liqu idez, pois nem sempre é possível transformarmos bens permanentes em dinheir o num curto espaço de tempo. Outro motivo de ser considerado o Ativo Permanente com menor peso para fins do fator de insolvência é que a empresa não tem por ob jetivo se desfazer de seus bens que geram a movimentação de sua atividade. Até porque, se o fizer ela tenderia a desaparecer.

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7-DESENVOLVIMENTO DE UM CASO PRÁTICO DE ANÁLISE DE BALANÇO Com o objetivo de demonstrar como é procedida a aná lise de balanço vamos

montar um caso prático onde será realizada a anális e horizontal e vertical, bem como a sua análise econômica-financeira.

Com este caso prático pretendemos dar uma noção ráp ida de como é procedida uma análise. Desta forma vamos nos ater na análise das demonstrações mais significativas e importantes que são elas: Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício.

7.1-ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL Para que possamos proceder uma análise primeiro dev emos providenciar as

demonstrações contábeis de pelo menos dois períodos . A análise de balanço deve ser feita sempre com moed as equivalentes em ambos

os períodos. No Brasil, um país com inflação elevad a, a moeda perde seu valor aquisitivo com o passar do tempo. Para corrigir est e desgaste deve-se proceder um dos passos abaixo:

1-Tomar como base o primeiro período a ser analisad o e verificar qual foi o índice da inflação ocorrida entre este período e os demais a serem analisados. Depois deverá ser descontados o valor correspondent e ao acréscimo em decorrência da inflação nos períodos subseqüentes. Após expurga da a inflação, então as demonstrações estão prontas para serem comparadas e analisadas.

2-Fazer o inverso do primeiro. Ou seja: tomar como base o último período a ser analisado e verificar qual foi o índice de infl ação ocorrida entre este período e os demais a serem analisados. Depois deve rá ser feita a atualização dos períodos anteriores através da correção pelo índice de inflação. Após realizada a correção todos as demonstrações estarão avaliadas c om moedas de mesmo valor aquisitivo.

3-Utilizar uma "moeda" (índice) que não sofra perda do poder aquisitivo pela inflação. Esta "moeda" poderá ser uma moeda de um p aís de inflação baixa (dólar, marco, etc.) ou então um índice qualquer atualizado pela inflação (UFIR, IGP etc.). Este procedimento consiste em dividir os val ores em reais pelo valor da moeda ou índice utilizado na respectiva data a que se referem os valores das demonstrações a serem analisadas.

7.1.1-DADOS COMPLEMENTARES PARA ANÁLISE a)Exercícios a serem analisados correspondem a: ANO 1 e ANO2 b)Inflação ocorrida durante o Ano 2 é igual a 100% c)O método utilizado para eliminar o efeito da infl ação será aquele que

transforma os valores em reais para valores em moed a de poder aquisitivo constante.

d)O valor da Moeda de Poder Aquisitivo Constante (M PAC) utilizada no exercício corresponde respectivamente a R$ 100,00 no Ano 1 e R$ 200,00 no Ano 2 ( R$ 100,00 + 100% = R$ 200,00).

e)Valores complementares às demonstrações contábeis DADO/ANO ANO 1 ANO 2 Saldo inicial de clientes 85,00 208,00 Saldo inicial do estoque 85,00 237,00 Saldo inicial de fornecedores 70,00 75,00 Compras anuais 425,00 497,00 Observação: Os valores complementares acima estão e xpressos em MPAC (Moeda de

Poder Aquisitivo Constante)

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7.1.2-ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS A análise das demonstrações contábeis é dividida em duas partes bem

distintas: 1) cálculo dos índices; 2) interpretação dos mesmos com elaboração de projeções e conclusões.

Como foi colocado na introdução, nesta apostila, só será desenvolvida a parte que trata da forma como são determinados os diverso s índices. Ficando a parte da interpretação para ser realizada em sala de aula me diante participação conjunta entre professor e alunos.

Em análise de balanços são utilizados uma enormidad e de índices, sendo que, o seu volume e espécie varia em função da finalidade pela qual é elaborada a análise. Como o nosso objetivo não é esgotar o assu nto análise de balanço, mas sim dar as condições mínimas para que seja possível fazer uma análise básica, passaremos a analisar apenas as demonstrações que j ulgamos as mais importantes, utilizando-se para isso os índices apropriados.

As demonstrações contábeis que vamos analisar são d uas: 1)Balanço Patrimonial, dividido em duas partes - A TIVO e PASSIVO; 2) Demonstração do Resultado do Exercício.

BALANÇO PATRIMONIAL - ATIVO

--------------------------------------------------- --------------------------------------------------- -------------- | A T I V O | DADOS REFERENTE A NO 1 | DADOS REFERENTE ANO 2 |VAR IAÇÃO-AN.HORIZ.| |------------------------|------------------------- ----------|------------------------------------|--- ---------------| | NOMECLATURAS |Vlr em R$ |Vlr. MPAC|AN. VERTICAL %| Vlr em R$ |Vlr. MPAC|AN.VERTICAL %| EM MPAC | EM % | |------------------------|-----------|---------|--- ----------|------------|---------|-------------|--- ------|--------| | | | | | | | | | | | | | CIRCULANTE 66.100,00 | 661,00 | 62, 25| 62,25| 168.710,00 | 843,55 | 67,35| 67,35| 18 2,55 | + 27, 62| | ---------- | ------- | -- ---| -----| ---------- | ------- | -----| -----| -- ----- |--------| | DISPONIBILIDADES 16.800,00 | 168,00 | 15 ,82| 25,42| 36.200,00 | 181,00 | 14,45| 21,46| 13,00 | + 7,74| | ---------- | ------- | -- ---| -----| ---------- | ------- | -----| -----| -- ----- |--------| | Caixa e banco 1.600,00 | 16,00 | 1 ,51| 9,52| 3.500,00 | 17,50 | 1,40| 9,67| 1,50 | + 9,38| | Aplicações financeiras 15.200,00 | 152,00 | 14 ,31| 90,48| 32.700,00 | 163,50 | 13,05| 90,33| 11,50 | + 7,57| | | | | | | | | | | | | CRÉDITOS 22.000,00 | 220,00 | 20 ,72| 33,28| 50.410,00 | 252,05 | 20,12| 29,88| 32,05 | + 14,57| | ---------- | ------- | -- ---| -----| --------- | ------- | -----| -----| -- ------|--------| | Clientes 20.800,00 | 208,00 | 19 ,59| 94,55| 50.480,00 | 252,40 | 20,15|100,14| 44,40 | + 21,35| | Prov.p/créd.liq.duvidosa (600,00)| (6,00)| -0 ,57| -2,73| (1.270,00)| (6,35)| -0,51| -2,52| 0,35 | + 5,83| | Adiant. a empregados 1.800,00 | 18,00 | 1 ,70| 8,18| 1.200,00 | 6,00 | 0,48| 2,38| - 12,00 | - 66,67| | | | | | | | | | | | | ESTOQUES 23.700,00 | 237,00 | 22 ,32| 35,85| 73.400,00 | 367,00 | 29,30| 43,50| 1 30,00 | + 54,85| | ---------- | ------- | -- ---| -----| ---------- | ------- | -----| -----| -- ----- |--------| | Mercadorias 5.600,00 | 56,00 | 5 ,27| 23,63| 17.200,00 | 86,00 | 6,87| 23,43| 30,00 | + 53,57| | Produtos prontos 8.000,00 | 80,00 | 7 ,54| 33,76| 20.700,00 | 103,50 | 8,26| 28,20| 23,50 | + 29,38| | Produtos em elaboração 4.800,00 | 48,00 | 4 ,52| 20,25| 18.400,00 | 92,00 | 7,35| 25,07| 44,00 | + 91,67| | Matéria-prima 5.300,00 | 53,00 | 4 ,99| 22,36| 17.100,00 | 85,50 | 6,83| 23,30| 32,50 | + 61,32| | | | | | | | | | | | | DESP.EXERC.SEGUINTES 3.600,00 | 36,00 | 3 ,39| 5,45| 8.700,00 | 43,50 | 3,47| 5,16| 7,50 | + 20,83| | ---------- | ------- | -- ---| -----| --------- | ------- | -----| -----| -- ------|--------| | Despesas diferidas 3.600,00 | 36,00 | 3 ,39|100,00| 8.700,00 | 43,50 | 3,47|100,00| 7,50 | + 20,83| | | | | | | | | | | | | REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 6.350,00 | 63,50 | 5 ,98| 5,98| 15.350,00 | 76,75 | 6,13| 6,13| 13,25 | + 20,87 | | ---------- | ------- | -- ---| -----| --------- | ------- | -----| -----| -- ------|--------| | VALORES E BENS 6.350,00 | 63,50 | 5 ,98|100,00| 15.350,00 | 76,75 | 6,13|100,00| 13,25 | + 20,87| | ---------- | ------- | -- ---| -----| --------- | ------- | -----| -----| -- ------|--------| | Emprést. compulsórios 6.350,00 | 63,50 | 5 ,98|100,00| 15.350,00 | 76,75 | 6,13|100,00| 13,25 | + 20,87| | | | | | | | | | | | | PERMANENTE 33.730,00 | 337,30 | 31 ,77| 31,77| 66.435,00 | 332,18 | 26,52| 26,52| - 5,12 | - 1,52 | | ---------- | ------- | -- ---| -----| --------- | ------- | -----| -----| -- ------|--------| | INVESTIMENTOS 6.280,00 | 62,80 | 5 ,91| 18,61| 16.810,00 | 84,05 | 6,71| 25,30| 21,25 | + 33,84| | ---------- | ------- | -- ---| -----| --------- | ------- | -----| -----| -- ------|--------| | Partic.societária 6.280,00 | 62,80 | 5 ,91|100,00| 16.810,00 | 84,05 | 6,71|100,00| 21,25 | + 33,84| | | | | | | | | | | | | IMOBILIZADO 24.200,00 | 242,00 | 22 ,79| 71,75| 43.195,00 | 215,98 | 17,24| 65,02| - 26,02 | - 10,75| | ---------- | ------- | -- ---| -----| --------- | ------- | -----| -----| -- ------|--------| | Prédios 9.500,00 | 95,00 | 8 ,95| 39,26| 19.290,00 | 96,45 | 7,70| 44,66| 1,45 | + 1,53| | Máquinas e motores 11.300,00 | 113,00 | 10 ,64| 46,69| 21.335,00 | 106,68 | 8,52| 49,39| - 6,32 | - 5,59| | Veículos 2.700,00 | 27,00 | 2 ,54| 11,16| 5.400,00 | 27,00 | 2,16| 12,50| 0,00 | 0,00| | Móveis e utensílios 3.800,00 | 38,00 | 3 ,58| 15,70| 6.850,00 | 34,25 | 2,73| 15,86| - 3,75 | - 9,87| | Depreciação acumulada (3.100,00)| (31,00)| -2 ,92|-12,81| (9.680,00)| (48,40)| -3,87|-22,41| 17,40 | + 56,13| | | | | | | | | | | | | DIFERIDO 3.250,00 | 32,50 | 3 ,07| 9,64| 6.430,00 | 32,15 | 2,57| 9,68| - 0,35 | - 1,08| | ---------- | ------- | -- ---| -----| --------- | ------- | -----| -----| -- ------|--------| | Desp.pré-operacional 4.200,00 | 42,00 | 3 ,96|129,23| 8.750,00 | 43,75 | 3,49|136,09| 1,75 | + 4,17| | Amortização acumulada (950,00)| (9,50)| 0 ,89|-29,23| (2.320,00)| (11,60)| -0,92|-36,09| 2,10 | + 22,11| |------------------------------------|---------|--- ---|------|------------|---------|------|------|--- ------|--------| | TOTAL DO ATIVO | 106.180,00 |1.061,80 |100,0 0|100,00| 250.495,00 |1.252,48 |100,00|100,00| 190 ,68 | + 17,96 | -------------------------------------------------- --------------------------------------------------- ---------------

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BALANÇO PATRIMONIAL - PASSIVO

-------------------------------------------------- --------------------------------------------------- --------------- | P A S S I V O | DADOS REFERENTE A NO 1 | DADOS REFERENTE ANO 2 |VAR IAÇÃO-AN.HORIZ.| |------------------------|------------------------- ----------|------------------------------------|--- ---------------| | NOMECLATURAS |Vlr em R$ |Vlr. MPAC|AN. VERTICAL %| Vlr em R$ |Vlr. MPAC|AN.VERTICAL %| EM MPAC | EM % | |------------------------|-----------|---------|--- ----------|------------|---------|-------------|--- ------|--------| | | | | | | | | | | | CIRCULANTE 38.500,00 | 385,00 | 36,2 6| 36,26| 85.880,00 | 429,40 | 34,28| 34,28| 44 ,40 | + 11,53 | | ---------- | ------- | -- ---| -----| --------- | ------- | -----| -----| -- ----- |--------| | Fornecedores 7.500,00 | 75,00 | 7 ,06| 19,48| 20.720,00 | 103,60 | 8,27| 24,13| 28,60 | + 38,13| | Impostos a pagar 6.400,00 | 64,00 | 6 ,03| 16,62| 17.740,00 | 88,70 | 7,08| 20,66| 24,70 | + 38,59| | Salários a pagar 3.500,00 | 35,00 | 3 ,30| 9,09| 10.480,00 | 52,40 | 4,18| 12,20| 17,40 | + 49,71| | Empréstimos bancários 18.600,00 | 186,00 | 17 ,51| 48,31| 32.450,00 | 162,25 | 12,95| 37,78| - 23,75 | - 12,77| | Comissões a pagar 1.100,00 | 11,00 | 1 ,04| 2,86| 2.120,00 | 10,60 | 0,85| 2,47| - 0,40 | - 3,64| | Provisão p/Imp.de Renda 900,00 | 9,00 | 0 ,85| 2,34| 1.170,00 | 5,85 | 0,47| 1,36| - 3,15 | - 35,00| | Dividendos a pagar 500,00 | 5,00 | 0 ,47| 1,30| 1.200,00 | 6,00 | 0,48| 1,40| 1,00 | + 20,00| | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 21.115,00 | 211,15 | 19,8 9| 19,89| 36.885,00 | 184,43 | 14,73| 14,73| - 26 ,72 | - 12,65 | | ---------- | ------- | -- ---| -----| --------- | ------- | -----| -----| -- ----- |--------| | Empréstimos bancários 21.115,00 | 211,15 | 19 ,89|100,00| 36.885,00 | 184,43 | 14,73|100,00| - 26,72 | - 12,65| | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | PATRIMÔNIO LÍQUIDO 46.565,00 | 465,65 | 43, 85| 43,85| 127.730,00 | 638,65 | 50,99| 50,99| 17 3,00 | + 37,15 | | ---------- | ------- | -- ---| -----| ---------- | ------- | -----| -----| -- ----- |--------| | | | | | | | | | | | | CAPITAL SOCIAL 30.000,00 | 300,00 | 28 ,25| 64,43| 80.000,00 | 400,00 | 31,94| 62,63| 1 00,00 | + 33,33| | ---------- | ------- | -- ---| -----| ---------- | ------- | -----| -----| -- ----- |--------| | Capital subscrito 100.000,00 |1.000,00 | 94 ,18|333,33| 100.000,00 | 500,00 | 39,92|125,00| -5 00,00 | - 50,00| | Capital a realizar (70.000,00)| (700,00)|-65 ,93|-233,3| (20.000,00)| (100,00)| -7,98|-25,00| -6 00,00 | - 85,71| | | | | | | | | | | | | RESERVAS DE CAPITAL 5.645,00 | 56,45 | 5 ,32| 12,12| 21.290,00 | 106,45 | 8,50| 16,67| 50,00 | + 88,57| | ---------- | ------- | -- ---| -----| --------- | ------- | -----| -----| -- ----- |--------| | Corr.monetária cap. 4.430,00 | 44,30 | 4 ,18| 78,48| 18.860,00 | 94,30 | 7,53| 88,59| 50,00 | +112,87| | Investimentos incent. 1.215,00 | 12,15 | 1 ,14| 21,52| 2.430,00 | 12,15 | 0,97| 11,41| 0,00 | 0,00| | | | | | | | | | | | | RESERVA DE REAVALIAÇÃO 4.800,00 | 48,00 | 4 ,52| 10,31| 8.750,00 | 43,75 | 3,49| 6,85| - 4,25 | - 8,85| | ---------- | ------- | -- ---| -----| --------- | ------- | -----| -----| -- ----- |--------| | Res.reav.bens próprios 4.800,00 | 48,00 | 4 ,52|100,00| 8.750,00 | 43,75 | 3,49|100,00| - 4,25 | - 8,85| | | | | | | | | | | | | RESERVAS DE LUCROS 5.440,00 | 54,40 | 5 .12| 11,68| 12.910,00 | 64,55 | 5,15| 10,11| 10,15 | + 18,66| | ---------- | ------- | -- ---| -----| --------- | ------- | -----| -----| -- ----- |--------| | Legal 1.350,00 | 13,50 | 1 ,28| 24,82| 3.970,00 | 19,85 | 1,58| 30,75| 6,35 | + 47,04| | Estatutárias 1.980,00 | 19,80 | 1 ,86| 36,40| 4.920,00 | 24,60 | 1,97| 38,11| 4,80 | + 24,24| | P/investimentos 820,00 | 8,20 | 0 ,77| 15,07| 1.840,00 | 9,20 | 0,73| 14,25| 1,00 | + 12,20| | Lucros a realizar 1.290,00 | 12,90 | 1 ,21| 23,71| 2.180,00 | 10,90 | 0,87| 16,89| - 2,00 | - 15,50| | | | | | | | | | | | | LUCROS ACUMULADOS 680,00 | 6,80 | 0 ,64| 1,46| 4.780,00 | 23,90 | 1,91| 3,74| 17,10 | +251,47| | ---------- | ------- | -- ---| -----| --------- | ------- | -----| -----| -- ------|--------| | | | | | | | | | | | |------------------------------------|---------|--- ---|------|------------|---------|------|------|--- ------|--------| | TOTAL DO PASSIVO | 106.180,00 |1.061,80 |100,0 0|100,00| 250.495,00 |1.252,48 |100,00|100,00| 190 ,68 | + 17,96 | -------------------------------------------------- --------------------------------------------------- ---------------

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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO -------------------------------------------------- --------------------------------------------------- -------------------- | DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO | DADOS REFERENTE ANO 1 | DADOS REFERENTE ANO 2 |VAR.- AN.HORIZ.| |-------------------------------------------------- ---------------------------|----------------------- ----|-------|-------| | N O M E C L A T U R A S | Vlr em R$ | MPAC |VERT.%| Vlr em R$ | MPAC |VE RT.%|EM MPAC| EM % | |-------------------------------------------------- ------------|-------|------|------------|-------|-- ----|-------|-------| | 1 - RECEITA BRUTA (2+3+4) 7 6.140,00 | 761,40|112,00| 187.430,00 | 937,15|113,2 8| 175,75|+ 23,08 | | ---------- | ------|------| ---------- | ------|-- ----|-------|-------| | 2 - Vendas de mercadorias 32.600,00 | 326,00| 47,95| 82.720,00 | 413,60| 5 0,00| 87,60|+ 26,87| | 3 - Vendas de produtos 27.200,00 | 272,00| 40,01| 63.780,00 | 318,90| 3 8,54| 46,90|+ 17,24| | 4 - Prestações de serviços 16.340,00 | 163,40| 24,04| 40.930,00 | 204,65| 2 4,74| 41,25|+ 25,24| | | | | | | | | | | 5 - DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA (6+7+8) ( 8.160,00)| -81,60|-12,00| (21.980,00)|-109,90|-13,2 8| 28,30|+ 34,68 | | ---------- | ------|------| ---------- | ------|-- ----|-------|-------| | 6 - Devoluções de vendas 1.100,00 | 11,00| 1,62| 2.460,00 | 12,30| 1,49| 1,30|+ 11,82| | 7 - Abatimentos incondicionais s/vendas 720,00 | 7,20| 1,06| 1.580,00 | 7,90| 0,95| 0,70|+ 9,72| | 8 - Impostos e contribuições s/vendas 6.340,00 | 63,40| 9,32| 17.940,00 | 89,70| 1 0,84| 26,30|+ 41,48| | | | | | | | | | | 9 - RECEITA LÍQUIDA (1-5) 6 7.980,00 | 679,80|100,00| 165.450,00 | 827,25|100,0 0| 147,45|+ 21,69 | | ---------- | ------|------| ---------- | ------|-- ----|-------|-------| | 10 - CUSTO DAS MERCS., PRODS.E SERVS.VENDIDOS (36.210,00)|-362,10|-53,27| (84.930,00)|-424,65|-5 1,33| 62,55|+ 17,27| | | | | | | | | | | 11 - LUCRO BRUTO (9-10) 31.770,00 | 317,70| 46,73| 80.520,00 | 402,60| 48, 67| 84,90|+ 26,72 | | ---------- | ------|------| ---------- | ------|-- ----|-------|-------| | 12 - DESPESAS OPERACIONAIS (13+ou-14+17+18-19) ( 24.330,00)|-243,30|-35,79| (59.610,00)|-298,05|-36, 03| 54,75|+ 22,50 | | ---------- | ------|------| ---------- | ------|-- ----|-------|-------| | 13 - Despesas com vendas 5.420,00 | 54,20| 7,98| 17.940,00 | 89,70| 1 0,84| 35,50|+ 65,50| | 14 - Encargos financeiros líquidos (15-16) 10.630,00 | 106,30 | 15,63 | 28.420,00 | 142,10 | 17,18 | 35,80 |+ 33,68 | | 15 - Despesas financeiras 12.470,00 | 124,70| 18,34| 31.910,00 | 159,55| 1 9,29| 34,85|+ 27,95| | 16 - Receitas financeiras (1.840,00)| -18,40| -2,71| (3.490,00)| -17,45| - 2,11|- 0,95|- 5,16| | 17 - Despesas gerais e administrativas 7.400,00 | 74,00| 10,89| 12.320,00 | 61,60| 7,45|- 12,40|- 16,76| | 18 - Outras despesas operacionais 1.600,00 | 16,00| 2,35| 2.350,00 | 11,75| 1,42|- 4,25|- 26,56| | 19 - Outras receitas operacionais (720,00)| -7,20| -1,06| (1.420,00)| -7,10| - 0,86|- 0,10|- 1,39| | | | | | | | | | | 20 - LUCRO (PREJUÍZO) OPERACIONAL (11-12) 7.440,00 | 74,40| 10,95| 20.910,00 | 104,55| 12, 64| 30,15|+ 40,52 | | ---------- | ------|------| ---------- | ------|-- ----|-------|-------| | 21 - RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 1.630,00 | 16,30| 2,40| 3.720,00 | 18,60| 2,25| 2,30|+ 14,11| | | | | | | | | | | 22 - DESPESAS NÃO OPERACIONAIS (5.340,00)| -53,40| -7,86| (14.580,00)| -72,90| - 8,81| 19,50|+ 36,52| | | | | | | | | | | 23 - SALDO DA CORREÇÃO MONETÁRIA DE BALANÇO (2.820,00)| -28,20| -4,15| (5.190,00)| -25,95| - 3,14|- 2,25|- 7,98| | | | | | | | | | | 24 - LUCRO (PREJUÍZO)ANTES IMP.RENDA(20+21-22+ou-23 ) 910,00 | 9,10| 1,34| 4.860,00 | 24,30| 2, 94| 15,20|+167,03 | | -------- | ------|------| ---------- | ------|-- ----|-------|-------| | 25 - PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA (230,00)| -2,30| -0,34| (1.170,00)| -5,85| - 0,71| 3,55|+154,35| | | | | | | | | | | 26 - LUCRO (PREJUÍZO) LÍQ.EXERCÍCIO APÓS IR (24-25) 680,00 | 6,80| 1,00| 3.690,00 | 18,45| 2, 23| 11,65|+171,32 | | --------- | ------|------| ---------- | ------|-- ----|-------|-------| | 27 - PARTICIPAÇÕES SOBRE O LUCRO 0,00 | 0,00| 0,00| 0,00 | 0,00| 0,00| 0,00| 0,00| | | | | | | | | | | 28 - LUCRO (PREJUÍZO) APÓS PARTICIPAÇÕES (26-27) 680,00 | 6,80| 1,00| 3.690,00 | 18,45| 2, 23| 11,65|+171,32 | | ======== | ======|======| ========== | ======|== ====|=======|=======| | 29 - LUCRO (PREJUÍZO) LÍQ.POR AÇÃO (28/nº ações) 1,36 | 0,0136| | 3,69 |0,01845| |0,00485|+ 35,66| | (considerando-se 500 e 1.000 ações respectivame nte) | | | | | | | | -------------------------------------------------- --------------------------------------------------- --------------------

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RESUMO DA ANÁLISE ECONÔMICA FINANCEIRA

-------------------------------------------------- -------------------- | QUOCIENTES-INDICADORES / ANOS | AN O 1 | ANO 2 | VAR. | |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 1-QUOCIENTES DE LIQUIDEZ |*** ****|*******|*******| | """"""""""""""""""""""" |--- ----|-------|-------| | 1.1-LIQUIDEZ GERAL | 1 ,22 | 1,50 |+ 22,95| |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 1.2-LIQUIDEZ CORRENTE | 1 ,72 | 1,96 |+ 13,95| |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 1.3-LIQUIDEZ SECA | 1 ,10 | 1,11 |+ 0,91| |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 1.4-LIQUIDEZ IMEDIATA | 0 ,44 | 0,42 |- 4,55| |==============================================|=== ====|=======|=======| | 2-QUOCIENTES DE ATIVIDADE |*** ****|*******|*******| | """""""""""""""""""""""" |--- ----|-------|-------| | 2.1-PRAZO MÉDIO DE ESTOCAGEM | 1 60 | 256 |+ 60,00| |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 2.2-PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO A FORNECEDORES | 61 | 65 |+ 6,56| |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 2.3-PRAZO MÉDIO DE COBRANÇA | 69 | 88 |+ 27,54| |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 2.4-CICLO DE CAIXA | 1 68 | 279 |+ 66,07| |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 2.5-GIRO DE CAIXA | 2 ,14 | 1,29 |- 39,72| |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 2.6-GIRO DO ATIVO TOTAL | 0 ,72 | 0,75 |+ 4,17| |==============================================|=== ====|=======|=======| | 3.QUOCIENTES DE ENDIVIDAMENTO E ESTRUTURA |*** ****|*******|*******| | """""""""""""""""""""""""""""""""""""""" |--- ----|-------|-------| | 3.1-GRAU DE ENDIVIDAMENTO | 1 ,28 | 0,96 |- 25,00| |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 3.2-GRAU DE SOLVÊNCIA | 1 ,78 | 2,04 |+ 14,61| |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 3.3-PARTIC.CAPITAL PRÓPRIO S/CAP.DE TERCEIROS| 0 ,78 | 1,04 |+ 33,33| |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 3.4-RELAÇÃO CAP.DE TERCEIROS S/PASSIVO TOTAL | 0 ,56 | 0,49 |- 12,50| |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 3.5-RELAÇÃO CAP. PRÓPRIO S/ATIVO PERMANENTE | 1 ,38 | 1,92 |+ 39,13| |==============================================|=== ====|=======|=======| | 4-QUOCIENTES DE RENTABILIDADE |*** ****|*******|*******| | """""""""""""""""""""""""""" |--- ----|-------|-------| | 4.1-RETORNO S/ATIVO TOTAL | 0, 006 | 0,014 |+133,33| |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 4.2-RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO | 0, 015 | 0,029 |+ 93,33| |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 4.3-RENTABILIDADE DAS VENDAS C/RECEITA LÍQ. | 0, 893 | 0,883 |- 1,12| |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 4.4-RENTABILIDADE DAS VENDAS C/LUCRO BRUTO | 0, 417 | 0,430 |+ 3,12| |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 4.5-RENTABILIDADE DAS VENDAS C/LUCRO OPERAC. | 0, 237 | 0,263 |+ 10,97| |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 4.6-RENTABILIDADE DAS VENDAS C/LUCRO LÍQUIDO | 0, 009 | 0,020 |+122,22| -------------------------------------------------- ---------------------

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ANÁLISE DO FATOR DE INSOLVÊNCIA

-------------------------------------------------- -------------------- | QUOCIENTES |ITEM | x |PESO| = | ANO 1 | ANO 2 | VAR. | |-------------------------|-----|---|----|---|----- ---|--------|-------| | 1-RETORNO S/PATR.LÍQUIDO|(4.2)| x |0,05| = | 0,00 08 | 0,0015 |+ 87,50| |-------------------------|-----|---|----|---|----- ---|--------|-------| | 2-LIQUIDEZ GERAL |(1.1)| x |1,65| = | 2,01 30 | 2,4750 |+ 22,95| |-------------------------|-----|---|----|---|----- ---|--------|-------| | 3-LIQUIDEZ SECA |(1.3)| x |3,55| = | 3,90 50 | 3,9405 |+ 0,91| |-------------------------|-----|---|----|---|----- ---|--------|-------| | 4-LIQUIDEZ CORRENTE |(1.2)| x |1,06| = | 1,82 32 | 2,0776 |+ 13,95| |-------------------------|-----|---|----|---|----- ---|--------|-------| | 5-GRAU DE ENDIVIDAMENTO |(3.1)| x |0,33| = | 0,42 24 | 0,3168 |- 25,00| |============================================|===== ===|========|=======| | 6-FATOR DE INSOLVÊNCIA---> (1+2+3-4-5) | = | 3,67 32 | 4,0226 |+ 9,51| -------------------------------------------------- -------------------- .-----------. | |-| | + 8 |- | |-| | |- | |-| | + 7 |- | |-| | |- | |-| | + 6 |- | |-| | |- | |-| | + 5 |- | |-| | |- FAIXA DE SOLVÊNCIA | |-| | + 4 |- ------ --------. | |-| | |- -----. | | |-| | + 3 |- | | | |-| | |- | | | |-| | + 2 |- | | | |-| | |- | | | |-| | + 1 |- | | | |-| | |- | | ---------------| |-| | 0 |------ | | | |-| | |- | | | |-| | - 1 |- | | FAIXA DE PERIGO | |-| | |- | | | |-| | - 2 |- | | | |-| | |- | | ---------------| |-| | - 3 |------ | | | |-| | |- | | | |-| | - 4 |- | | FAIXA DE | |-| | |- | | | |-| | - 5 |- | | PRÉ-INSOLVÊNCIA | |-| | |- | | | |-| | - 6 |- | | | |-| | |- | | ---------------| |-| | - 7 `-------| --------|--- \*********/ ANO 1 ANO 2 \ *******/ \*****/ \***/ \*/ ~

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VI-ALAVANCAGEM FINANCEIRA E OPERACIONAL

1-ALAVANCAGEM FINANCEIRA A alavancagem financeira provém da participação de recursos de terceiros na

estrutura de capital da empresa. Em princípio, pode -se admitir que interessa a empresa endividar-se sempre que o custo de seu exig ível situar-se abaixo do retorno gerado pela aplicação desses recursos. Nest a situação em que o retorno da aplicação excede ao custo de captação dos recurs os, a diferença positiva encontrada promoverá uma elevação na rentabilidade do capital próprio. Em outras palavras, pode-se definir a alavancagem financeira como a capacidade que os recursos de terceiros apresentam de incrementar a r entabilidade dos proprietários.

O exemplo seguinte poderá esclarecer melhor o conce ito: Suponhamos uma empresa com um patrimônio líquido de R$ 200.000,00

investidos totalmente no ativo permanente, o qual p roporciona um retorno de 20%, isto é, os lucros da empresa são de R$ 40.000,00.

Para o exercício seguinte a empresa decidiu investi r R$ 100.000,00 em um novo ativo permanente, o qual espera-se que produza um retorno de 15% (lucro de R$ 15.000,00). Esse investimento, no entanto, será financiado por um empréstimo bancário, com um custo de 10% (ou seja, juros de R $ 10.000,00).

Nota-se no exemplo que o lucro inicial da empresa é de R$ 40.000,00 e a

rentabilidade de seu capital próprio alcança 20% (L ucro: R$ 40.000,00/Patrimônio Líquido: R$ 200.000,00). Com o novo investimento, o lucro da empresa atinge R$ 45.000,00, aumentando, por co nseguinte, a rentabilidade de seus proprietários para 22,5%, conforme é demonstra do a seguir:

Lucro inicial R$ 40.000,00 Lucro com o novo investimento R$ 15.000,00 --------- Lucro antes dos juros R$ 55.000,00 Juros do empréstimo: 10% x R$ 100.000,00 R$(10.000 ,00) --------- Lucro total R$ 45.000,00 R$ 45.000,00 Rentabilidade s/ o patrimônio líquido: ------------ - = 22,5% R$200.000,00 Desde que não se elevou o capital da empresa, um lu cro maior, gerado pela

utilização de recursos de terceiros mais baratos qu e o retorno da aplicação no ativo, fez com que se aumentasse a taxa de retorno dos proprietários em 2,5%. Nesse exemplo, a existência de uma alavancagem fina nceira favorável favoreceu os proprietários, elevando a rentabilidade do capital investido.

Entretanto, deve-se sempre ter em conta que uma cre scente alocação de recursos não próprios evidencia, paralelamente, um cada vez maior risco aos proprietários. Eles terão seus dividendos diminuído s, ou até mesmo não distribuídos, na hipótese de se registrar eventuais problemas nos negócios da empresa.

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Desta forma, pode-se concluir que a empresa, ao des ejar elevar a rentabilidade do seu capital próprio através de fon tes externas de financiamento mais baratas, deverá assumir, também, maiores risco s.

Basicamente, o uso da alavancagem financeira deve s er mais incentivado pelas empresas que tipicamente convivem com uma certa est abilidade em seus negócios, isto é, que operam em situação de mais certeza, poi s, isto se verificando, conseguirão diminuir o risco.

2-GAF-GRAU DE ALAVANCAGEM FINANCEIRA O GAF informa se os capitais de terceiros e conseqü entes custos financeiros

contribuem para aumentos ou redução do lucro. Desde que a taxa de custo da dívida seja inferior a o retorno obtido pelo

emprego e giro no ativo dos recursos obtidos por em préstimo, o endividamento acarreta benefícios aos acionistas. Se a situação s e inverter, o retorno para os acionistas seria maior se obtivéssemos os recursos adicionais com capitais de risco. Se as taxas fossem iguais, o resultado do en dividamento é neutro (pelo menos a curto prazo) dependendo a decisão de se end ividar ou não de outros fatores, tais como disponibilidade de capitais de r isco etc.

Existem várias fórmulas para a determinação do GAF, a mais utilizada é a seguinte:

LUCRO LÍQUIDO/PATRIMÔNIO LÍQUIDO GAF: = ------------------------------------------- ------- (LUCRO LÍQUIDO + DESPESAS FINANCEIRAS)/ATIV O TOTAL O índice obtido desta equação terá as seguintes int erpretações 1º) GAF < 1 = os capitais de terceiros e conseqüen tes despesas financeiras

reduzem a taxa de retorno de investimentos próprios . 2º) GAF = 1 = os capitais de terceiros e conseqüen tes despesas financeiras

não afetam a taxa de retorno de investimentos própr ios 3º) GAF > 1 = os capitais de terceiros e seus custo s contribuem para o

aumento do lucro e aumento da taxa de retorno de in vestimento próprio. Para avaliarmos o GAF devemos sempre considerar dua s hipóteses: 1ª) a

empresa investe no aumento de seu ativo com capitai s próprios (neste caso não há encargos financeiros); 2ª) a empresa recorre aos ca pitais de terceiros (aqui haverá um custo pela tomada destes recursos).

Utilizando-se os dados do tópico anterior, teríamos : HIPÓTESE1ª c/cap.próprio 2ª c/cap.de 3ºs Ativo total 300.000,00 300.000,00 Capital próprio (PL) 300.000,00 200.000,00 Capital de terceiros 0,00 100.000,00 Lucro Líq.antes dos encargos fin. 55.000,00 55.000,00 Encargos financeiros ( 0,00) (10.000,00) Rentabilidade (Lucro Líq.) 55.000,00 45.000,00 Retorno s/capital próprio 18,333% 22,50% Os dados para o cálculo do GAF serão sempre os que pertencerem a hipótese

onde estão incluídos os capitais de terceiros a ser em contratados. 45.000,00/200.000,00 0, 22500 GAF = -------------------------------- = -- ----- = 1,2273 (45.000,00+10.000,00)/300.000,00 0, 18333

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O GAF de 1,2273 significa que a empresa ao optar pe la segunda hipótese vai conseguir aumentar seu retorno sobre os capitais pr óprios 1,2273 vezes (ou 22,73%) ao que ela obteria se aplicasse apenas capi tais próprios (18,333% x 1,2273 = 22,50%).

Neste caso, o GAF é superior a 1, portanto, represe nta que os capitais de terceiros e seus custos contribuem para o aumento d o lucro e aumentos da taxa de retorno.

3-ALAVANCAGEM OPERACIONAL Podemos definir a alavancagem operacional como sen do o efeito

desproporcional entre a "força" feita numa ponta, a do nível de atividade, e "força" resultante na outra, a do lucro. A "força" feita no nível de atividade representa o aumento no volume de vendas e a do luc ro, representa o aumento obtido no lucro, gerado por este aumento na ativida de.

Este efeito desproporcional é medido através do Gra u de Alavancagem Operacional (GAO), sendo que, quanto maior for o GA O, maior será a desproporção entre o aumento do volume de vendas com o aumento d e lucro gerado por esta alteração.

O aumento proporcionalmente maior nos lucros do que no volume das vendas é ocasionado pelo fato de que ao aumentar-se o volume das vendas apenas os custos variáveis crescem na mesma proporção, sendo que, os fixos se mantêm inalterados. Esta parcela de custos fixos que não cresceu, se tr ansforma em lucro.

4-GAO-GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL O grau de alavancagem operacional pode ser definido como sendo a variação

percentual nos lucros operacionais, relacionada com determinada variação percentual no volume de vendas.

Assim, Q(P-V) GAO - Grau de Alavancagem Operacional no ponto Q = -------- Q(P-V)-F S - VC ou Q = ----------- S - VC - F onde: Q = unidades de produtos P = preço médio de venda por unidade de produto V = custo variável por unidade de produto F = custo fixo total S = vendas totais em reais VC= custos totais variáveis Exemplo: - Custos Fixos = R$ 1.800,00 - Preço Médio Un.de Venda a um Volume de 300 un. = R$ 25,00 - Custo unitário variável = R$ 12,00 300(25,00-12,00) 3.900,00 GAO = ------------------------- = -------- = 1,857 ou 185,7% 300(25,00-12,00)-1.800,00 2.100,00

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Se o resultado for correto, poderíamos formular a p ergunta: Estamos trabalhando ao nível de 300 unidades com lu cro de R$ 2.100,00; qual

será o acréscimo de lucro ao nível de 450 unidades? Ora, 450 unidades representam 300 unidades mais 50% (150 unidades). M ultiplicando 0,50 por 1,857 obteremos 0,9285. O lucro adicional será, portanto, de 0,9285 x 2.100,00 = 1.949,50, arredondando-se chegaremos a R$ 1.950,00 e o lucro total será de R$ 4.050,00.

Verifiquemos tais cálculos pela equação do custo to tal: Receita total = 450 x 25,00 = R$ 11.2 50,00 Custo total = 1.800,00 + (12,00 x 450) = R$ 7.2 00,00 ----- ----- Lucro................................... = R$ 4.0 50,00 O cálculo pode ser realizado em termos de acréscimo de lucro sobre o nível

anterior de lucro ou em termos de lucro total. Se q uisermos em termos de lucro total basta multiplicar 1,9285 x 2.100,00 = 4.049,8 5, arredondando-se R$ 4.050,00.

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VII-MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 1-CONCEITO Margem de Contribuição é a diferença existente entr e a receita proporcionada

pelo produto e o seu custo variável. A Margem de Co ntribuição pode ser classificada em: margem de contribuição unitária e margem de contribuição global ou total.

1.1- MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA A margem de contribuição unitária é a diferença ent re os custos variáveis

unitários apropriados ao produto e a receita gerada pelo mesmo, tendo a propriedade de dimensionar a capacidade de amortiza ção dos custos fixos e a formação do lucro unitário. É o valor que cada unid ade efetivamente traz à empresa de sobra entre sua receita e o custo que de fato provocou e lhe pode ser imputado sem erro.

FÓRMULA--> MCu = PV - (CV + DV), onde: MCu = Margem de contribuição unitária PV = Preço de venda CV = Custos variáveis DV = Despesas variáveis Se uma empresa que produz 2.000 unidades de um dete rminado produto por mês e

o vende a R$ 1.200,00 por unidade, sendo que gasta R$ 650,00 de custos variáveis de produção por unidade e possui mensalmente R$ 25 0.000,00 de custo fixos de produção e R$ 120.000,00 de despesas fixas administ rativas. Além destes gastos a referida empresa tem uma despesa variável de comerc ialização que representa 25% do preço de venda. Com base nestes dados podemos di zer que a margem de contribuição deste produto é de:

MCu = 1.200,00-[650,00+(1.200,00x25%)] = 1.200,00-9 50,00= 250,00 1.2- MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO GLOBAL OU TOTAL A margem de contribuição total é a diferença entre os custos variáveis

totais e a receita gerada pelas vendas da empresa n um determinado período. É o valor obtido através da multiplicação da margem de contribuição unitária pela a quantidade vendida de cada produto respectivamente.

FÓRMULA--> MCt = MCu x Quantidade, onde Mct = Marge m de contribuição total MCt= 250,00 x 2.000 = 500.000,00 Lucro = 500.000,00 - 250.000,00 - 120.000,00 = 130. 000,00

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VII-PONTO DE EQUILÍBRIO 1-CONCEITO Este parâmetro determina o ponto em que a empresa e quilibra custos e

despesas com receitas. O ponto de equilíbrio ou ponto de ruptura é o nível de operação da Empresa

no qual não existe lucro nem prejuízo, isto é, o po nto no qual a receita iguala exatamente à despesa. Não deve, portanto, ser encar ado como o ponto ideal de atividade, mas sim, como o mínimo, a partir do qual é interessante o funcionamento da Companhia a longo prazo.

No ponto de equilíbrio, a empresa está produzindo o suficiente para gerar receita que se iguala ao somatório do custo e despe sa, ou seja, a empresa não tem lucro nem prejuízo quando está operando em um n ível de produção igual ao ponto de equilíbrio, porque ela está gerando recurs os suficientes apenas para remunerar os seus fatores de produção.

Este ponto indica o mínimo de receita gerada pela p rodução para que a empresa não sofra prejuízo.

2-FÓRMULA DO PONTO DE EQUILÍBRIO O ponto de equilíbrio, em unidades, é obtido pela s eguinte fórmula: Custos Fixos + Despesas Fixas Ponto de Equilíbrio = ------------------------ ------- Margem de Contribuição U nitária Considerando-se os dados do tópico anterior, a refe rida empresa obteria o

ponto de equilíbrio ao produzir e vender 1.480 unid ades, como podemos confirmar a seguir.

250.000,00 + 120.000,00 370.000,00 PE = ----------------------- = ------------ = 1.480 un 250,00 250,00 Portanto, ao atingir uma produção e venda de 1.480 un a empresa consegue,

através das receitas, cobrir todos os custos e desp esas, tendo um resultado nulo (nem lucro e nem prejuízo). A cada unidade produzid a e vendida acima do ponto de equilíbrio (1.480 un) a empresa passa a ter um lucr o de R$ 250,00 por unidade (valor correspondente a margem de contribuição). Da mesma forma, a cada unidade que faltar para atingir o ponto de equilíbrio corre sponderá a um prejuízo de R$ 250,00 por unidade.

Sendo assim, o lucro da empresa ao produzir e vende r 2.000 unidades

corresponderá: Lucro = (2.000 - 1.480) x 250,00 = 520 x 250,00 = 1 30.000,00

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EXERCÍCIOS

PARTE I - TEORIA

I-CONTABILIDADE

1)O que você entende por contabilidade? 2)Qual é a finalidade da contabilidade? 3)O que são os princípios fundamentais da contabili dade? 4)Comente cinco princípios fundamentais da contabil idade. 5)Informe se os fatos abaixo narrados estão certos ou errados, informando o

nome do(s) princípio(s) fundamental(is) de contabil idade no qual se fundamenta a resposta.

a)A empresa Comercial Juventus Ltda constituiu a pr ovisão para créditos de

liquidez duvidosa no valor de R$ 200,00, baseada n a média das perdas dos últimos três anos anteriores.

( ) Certo ( ) Errado Princípio _________________ ________ b)O contador de empresa Brasil & Cia Ltda contabili zou como despesa do

exercício o valor da apólice de seguros do prédio d a administração, com cobertura de um ano, na data em que foi realizado o pagamento.

( ) Certo ( ) Errado Princípio _________________ ________ c)Em função da inflação a empresa Comercial Jumbo Ltda escriturou, em sua

contabilidade, os efeitos da alteração do poder aqu isitivo da moeda nacional. ( ) Certo ( ) Errado Princípio _________________ ________ d)A empresa Bom Tempo Ltda comprou um computador à vista por R$ 2.000,00,

pagando com dois cheques. Um da empresa no valor de R$ 1.500,00, outro de R$ 500,00 do seu sócio João Alves.

( ) Certo ( ) Errado Princípio _________________ ________ e)A empresa Trevo Ltda costuma todos os meses lança r um doze avos do valor

dos salários como despesa de 13º salário mesmo sem realizar o pagamento do mesmo.

( ) Certo ( ) Errado Princípio _________________ ________ f)O auditor interno da empresa MTK Móveis Ltda info rmou ao contador que

sempre que se apresentarem alternativas igualmente válidas para a qualificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio ele deve adotar o menor valor para os componentes do ativo e o maior para os do p assivo.

( ) Certo ( ) Errado Princípio _________________ ________ g)O contador da empresa Casa Decorações Ltda ao rea lizar o inventário anual

considerou como custo das mercadorias em estoque o valor de reposição obtido junto aos fornecedores.

( ) Certo ( ) Errado Princípio _________________ ________

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II-ESCRITURAÇÃO

1)Defina o que é escrituração. 2)Quais são as funções da escrituração? 3)Qual é a finalidade da escrituração? 4)Comente os requisitos da escrituração. 5)O que é plano de contas e manual do plano de cont as? 6)Faça um paralelo entre contas patrimoniais e de r esultado. 7)Qual é a função das contas na escrituração contáb il? 8)O que você entende por lançamento contábil? 9)Qual é a função do lançamento contábil? 10)Quais são os elementos essenciais do lançamento? 11)Distinga ato administrativo de fato contábil. 12)Quando é que um ato contábil é considerado modif icativo aumentativo e

misto diminutivo? 13)Qual a diferença entre regime de caixa de regime de competência? 14)Enumere a segunda coluna de acordo com a primeir a 1)Fato Contábil Permutativo 2)Fato Contábil Modificativo Aumentativo 3)Fato Contábil Modificativo Diminutivo 4)Fato Contábil Misto Aumentativo 5)Fato Contábil Misto Diminutivo 1-( ) Compra a prazo de uma máquina de escrever 2-( ) Débito em conta corrente de IOF 3-( ) Depósito bancário dos cheques que estavam no caixa 4-( ) Receita de venda de mercadoria a prazo 5-( ) Pagamento dos salários que estavam provision ados 6-( ) Recebimento de uma duplicata com juros 7-( ) Liberação para a conta corrente de um emprés timo bancário 8-( ) Provisão dos salários e encargos sociais 9-( ) Rendimento de aplicações financeiras 10-( ) Pagamento de uma duplicata com juros 11-( ) Cota de depreciação mensal de móveis e utens ílios 12-( ) Registro dos impostos incidentes sobre as ve ndas 13-( ) Apropriação mensal da parcela de seguros dif eridos 14-( ) Cobrança de um título com desconto 15-( ) Compra à vista de mercadorias para revenda 16-( ) Registro da despesa mensal de energia elétri ca 17-( ) Pagamento de uma duplicata com desconto 18-( ) Retirada de dinheiro do banco para supriment o de caixa 19-( ) Pagamento de despesas com correio 20-( ) Dividendos recebidos de investimentos não re levantes 15)Assinale a alternativa que contenha contas repre sentativas de bens fixos

e bens de vendas de uma empresa industrial. a ( ) Adiantamento a fornecedores Credores por financiamentos b ( ) Contratos de aluguel de veículos Manutenção e reparos c ( ) Títulos de capitalização Mercadorias recebidas em consignação d ( ) Máquinas e equipamentos Estoques de produtos para venda e ( ) Imóveis para venda Investimentos em coligadas

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16)Na escrituração contábil de uma empresa industri al, os valores dos encargos das depreciações dos equipamentos de produ ção e das máquinas do escritório da administração geral devem ser registr ados

a ( ) a débito das contas Encargos de Depreciação d e Equipamentos e Encargos

de Depreciação de Móveis e Utensílios, devendo o sa ldo da primeira integrar o custo dos produtos de fabricação própria da empresa

b ( ) a débito das contas Encargos de Depreciação d e Equipamentos e Encargos

de Depreciação de Móveis e Utensílios, que terão se us saldos transferidos diretamente para Resultado do Exercício na data do balanço

c ( ) a débito da conta Encargos de Depreciação, qu e terá seu saldo

transferido diretamente para Resultado do Exercício na data do balanço d ( ) a débito das contas Depreciação Acumulada de Equipamentos e

Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios, deven do o saldo das primeiras integrar o custo dos produtos de fabricação própria da empresa

e ( ) a débito das contas Depreciação Acumulada de Equipamentos e

Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios, que t erão seus saldos transferidos diretamente para Resultado do Exercício na data do balanço

17)O registro contábil da provisão para "Créditos d e Liquidação Duvidosa"

tem como contrapartida devedora a conta de resultad o a ( ) Despesas com a constituição de provisão b ( ) Provisão para devedores duvidosos c ( ) Duplicatas a receber d ( ) Lucros acumulados e ( ) Despesas do Exercício seguinte 18)Lançamentos (só contas e valores) 1)Comissões sobre vendas a Bancos conta movimento 5 00,00 2)Bancos conta movimento a Duplicatas a receber 8 00,00 3)Bancos conta movimento a Receita de aluguéis de equipamentos 60,00 4)Obrigações fiscais a Bancos conta movimento 2 00,00 5)Bancos conta movimento a Fundo de comércio adquirido 5.0 00,00 Os lançamentos acima, apresentados de forma simplif icada, não se referem a

estornos, retificações, transferências, complementa ções ou venda de direitos. Assim sendo, está errado, em função da natureza e f inalidade das contas

envolvidas, o registro contábil de número a ( ) 1 b ( ) 2 c ( ) 3 d ( ) 4 e ( ) 5

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III-PATRIMÔNIO

1)Conceitue patrimônio. 2)Faça um comentário a respeito da relação entre os componentes

patrimoniais. 3)Quando é que ocorre a situação líquida patrimonia l positiva? 4)O que representam os aspectos patrimoniais qualit ativo e quantitativo? 5)De que forma ocorrem os investimentos patrimoniai s? 6)Como são divididas e subdivididas as fontes de fi nanciamentos? Faça um

breve comentário de cada divisão. 7)Um apartamento, adquirido e alugado por uma empre sa industrial, é bem a ( ) do ativo diferido b ( ) fixo c ( ) numerário d ( ) de renda e ( ) de venda 8)Máquina destinada a produção de calçados é, para a indústria calçadista,

um bem a ( ) de renda, produzindo bens de venda b ( ) fixo, produzindo bens de renda c ( ) fixo, porque é utilizado mais tempo que o bem de renda d ( ) fixo de renda e ( ) fixo produzindo bens de venda 9)O estoque de produtos em elaboração é composto de bens a ( ) de venda, porque, após acabados, serão vendid os b ( ) de renda, porque, após acabados, sua venda re sultará em renda c ( ) semifixos, porque enquanto sua estocagem é de menor giro, a de

produtos acabados gira menos lentamente d ( ) de renda e ( ) de reposição automática porque não podem ser vendidos, mas devem ser

renovados para se incorporarem aos custos diretos 10)Numa sociedade anônima, o lançamento referente à correção monetária do

capital social realizado a ( ) aumenta o valor contábil da conta corrigida b ( ) aumenta a situação líquida do patrimônio c ( ) diminui a situação líquida do patrimônio d ( ) não altera o valor da situação líquida do pat rimônio e ( ) debita e credita contas patrimoniais 11)Lançamentos (apenas contas e valores) 1º Aluguéis a Caixa 500,00 2º Fornecedores a Descontos obtidos 100,00 3º Caixa a Prêmios recebidos na emissão de debêntures 800,00 4º Contrapartida dos ajustes de correção monetária a Reservas para contigências 700,00 5º Abatimentos sobre vendas a Duplicatas a receber 300,00

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Dos lançamentos acima, o único que não altera o val or da situação líquida do patrimônio é o

a ( ) 1º b ( ) 2º c ( ) 3º d ( ) 4º e ( ) 5º 12)Numa operação em que há o aumento do patrimônio líquido, ocasionado por

uma diminuição do passivo superior à diminuição do ativo, o fato contábil pertinente pode ser representado pela

a ( ) venda de um bem com lucro b ( ) colocação de debêntures abaixo do par c ( ) quitação de uma dívida com desconto d ( ) renovação de dívidas com incidência de juros e ( ) prescrição de dívida, sem qualquer contrapres tação 13)No Balanço Patrimonial, as participações permane ntes em outras sociedades

e os direitos de qualquer natureza, não classificáv eis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da co mpanhia ou da empresa serão classificados

a ( ) no ativo Imobilizado b ( ) no Ativo Diferido c ( ) em Investimentos d ( ) no Ativo Realizável a Longo Prazo e ( ) no Exigível a Longo Prazo 14)A Cia. Industrial Santa Helena recebeu, em 31.12 .x3 uma Subvenção para

investimento feita por pessoa jurídica de direito p úblico com a finalidade específica de adquirir equipamentos para expandir o seu empreendimento econômico. Segundo a Lei das Sociedades por Ações, esse tipo de subvenção deve ser classificado, na beneficiária, como

a ( ) reserva para contingência b ( ) retenção de lucro c ( ) reserva legal d ( ) receita operacional e ( ) reserva de capital 15)O contador da empresa IMPÉRIO DAS CARNES S/A con siderou, no Balanço

Patrimonial de 31.12.x3, como integrantes do grupo Ativo Circulante as seguintes contas:

-Caixa -Bancos conta movimento -Valores mobiliários (CP) -Estoques de mercadorias para revenda (perecíveis) -Duplicatas a receber (CP) -Duplicatas descontadas (CP) -Provisão para devedores duvidosos (CP) -Empréstimos a diretores (CP) -Almoxarifado de material de escritório (CP) -Participações em sociedades controladas -Despesas financeiras pagas antecipadas (CP) -Contas a receber (CP) -Capital social a integralizar (x) -Ações em tesouraria (y)

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Obs.: (CP) = Curto Prazo (x) = integralizado em 23.02.x4 (y) = vendidas a pessoas físicas em 26.01.x4 - As participações societárias são relevantes e in fluentes e foram

avaliadas pelo método da equivalência patrimonial. A classificação no referido grupo, segundo o comand o das normas pertinentes,

foi incorreta em relação a a ( ) quatro contas b ( ) três contas c ( ) duas contas d ( ) uma conta e ( ) cinco contas

IV-DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

1)O que representa uma demonstração contábil? 2)Qual o objetivo do balancete de verificação? 3)O que é balanço patrimonial? 4)Comente como deve ser o conteúdo e estrutura do b alanço patrimonial. 5)O que é e qual a finalidade da demonstração do re sultado do exercício? 6)Comente qual é o conteúdo da demonstração do resu ltado do exercício e como

deve ser apresentada a sua estrutura. 7)Conceitue demonstração de lucros e prejuízos acum ulados. 8)Qual a finalidade da demonstração de lucros e pre juízos acumulados? 9)Qual é o conteúdo e estrutura que a demonstração de lucros e prejuízos

acumulados deverá ter? 10)O que evidencia a demonstração das mutações do p atrimônio líquido? 11)Qual a finalidade da demonstração das mutações d o patrimônio líquido? 12)Qual é o conteúdo e finalidade da demonstração d as mutações do patrimônio

líquido? 13)Conceitue demonstração das origens e aplicações de recursos. 14)Qual a finalidade da demonstração das origens e aplicações de recursos? 15)Qual é o conteúdo e estrutura da demonstração da s origens e aplicações de

recursos? 16)De que forma deve ser apresentada a demonstração das origens e aplicações

de recursos? 17)Enumere a segunda coluna de acordo com a primeir a. 1-Demonstração do Resultado do Exercício 2-Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados ( ) Saldo devedor da correção monetária ( ) Correção monetária do saldo inicial ( ) Demonstra a destinação do lucro do exercício ( ) Reversão de reservas ( ) Reversão de provisões ( ) Demonstra a apuração do lucro do exercício 18)Enumere a segunda coluna de acordo com a primeir a. 1-Ativo Permanente - Imobilizado 2-Ativo Circulante 3-Ativo Permanente - Investimentos 4-Ativo Permanente - Diferido ( ) Bens e direitos destinados à manutenção das ati vidades ( ) Bens e direitos destinados a serem convertidos em moeda ( ) Participações de natureza eventual ( ) Participações de natureza estável ( ) Despesas pagas por antecipação ( ) Despesas amortizáveis em vários exercícios

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19)Enumere a segunda coluna de acordo com a primeir a 1-Ativo circulante - disponível 10- Passivo exigível a longo prazo 2-Ativo circulante - créditos 11- Resultados de exercícios futuros 3-Ativo circulante - estoque 12- Patrimônio líquido - capital social 4-Ativo circulante - despesas antecipadas 13- Patrimônio líquido - reservas de capital 5-Ativo realizável a longo prazo 14- Patrimônio líquido - reservas de reavaliação 6-Ativo permanente - investimentos 15- Patrimônio líquido - reservas de lucros 7-Ativo permanente - imobilizado 16- Patrimônio líquido - resultados acumulados 8-Ativo permanente - diferido 17- Contas de resultado - receitas 9-Passivo circulante 18- Contas de resultado - despesas 1-( ) Fornecedores a pagar com vencimento após o término do exercício social seguinte 2-( ) Prédios administrativos em construção 3-( ) Dinheiro em conta corrente bancária 4-( ) Matéria prima estocada no almoxarifado 5-( ) Amortização acumulada corrigida de despesa s pré-operacionais 6-( ) Combustível consumido p/abastecimento de v eículo utilizado na entrega de mercadorias 7-( ) Juros a pagar no exercício social seguinte referente a empréstimo bancário 8-( ) Reserva legal 9-( ) Aluguel pago antecipadamente que será apro priado no exercício social seguinte 10-( ) Gastos com compra de material para limpeza da loja 11-( ) Custos referentes as receitas de exercício s futuros 12-( ) Ágio na colocação de ações da própria empr esa 13-( ) Receita na venda de produtos fabricados pe la empresa 14-( ) Capital social subscrito 15-( ) Duplicatas descontadas 16-( ) Participações permanente no capital social de outras empresas 17-( ) Custo dos produtos vendidos 18-( ) Provisão para créditos de liquidez duvidos a sobre duplicatas a receber a longo prazo 19-( ) Registra a reversão da reserva de lucros a realizar 20-( ) Móveis e utensílios que a empresa possui 21-( ) Despesas com pesquisa diferidas 22-( ) Reservas estatutárias 23-( ) Encargos sociais a recolher 24-( ) Venda de mercadorias adquiridas de outras empresas 25-( ) Amortização acumulada e corrigida de despe sas com pesquisa 26-( ) Gasto com pagamento de energia elétrica co nsumida na área administrativa 27-( ) Produtos em processo de fabricação 28-( ) Dinheiro em caixa 29-( ) Benfeitorias em prédios 30-( ) Empréstimo bancário com vencimento após o término do exercício social seguinte 31-( ) Despesas com reorganização - diferidas 32-( ) Gastos com telefone e fax na área comercia l 33-( ) Máquinas e equipamentos 34-( ) Contas a receber após o término do exercíc io social seguinte 35-( ) Juros a receber sobre duplicatas de client es 36-( ) Gatos com conservação de móveis e utensíli os da área administrativa 37-( ) Crédito referente a reavaliação de imóveis do ativo imobilizado 38-( ) Dividendos recebidos de participações não relevantes 39-( ) Gasto com pagamento de energia elétrica co nsumida na área comercial 40-( ) Juros pagos a fornecedores 41-( ) Participações no capital de empresas contr oladas 42-( ) Despesas administrativas 43-( ) Provisão para créditos de liquidez duvidos a 44-( ) Receitas com a prestação de serviços execu tados para outras empresas 45-( ) Gastos com Propaganda e publicidade 46-( ) Despesas com salários dos empregados da ár ea administrativa 47-( ) Encargos sociais a pagar 48-( ) Rendimentos com aplicações financeiras 49-( ) Impostos incidentes sobre vendas efetuadas 50-( ) Capital social a realizar 51-( ) Receitas de exercícios futuros 52-( ) Brindes para clientes 53-( ) Impostos a pagar 54-( ) Impostos incidentes sobre aplicações finan ceiras 55-( ) Despesas de viagem de vendedores 56-( ) Despesas de correio para enviar a lista de preços para os clientes 57-( ) INSS a pagar 58-( ) Adiantamentos concedidos aos empregados 59-( ) Aluguéis a pagar 60-( ) Financiamento no exterior p/compra de m áq.c/vcto.após o término do exerc. seguinte 61-( ) Gastos com encargos sociais sobre salários da área administrativa 62-( ) Descontos obtidos 63-( ) Equipamentos de informática 64-( ) Abatimentos incondicionais concedidos sobr e vendas realizadas 65-( ) Despesas de viagem do contador 66-( ) Gastos com material de expediente na área administrativa 67-( ) Seguro pago antecipadamente que será aprop riado no exercício social seguinte

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68-( ) Impostos a recuperar 69-( ) Empréstimos compulsórios da ELETROBRÁS 70-( ) Créditos com clientes por vendas efetuadas a curto prazo 71-( ) Débitos com instituições financeiras a cur to prazo 72-( ) Imposto predial e territorial urbano (IPTU ) 73-( ) Gastos com limpeza e higiene na área admin istrativa 74-( ) Matéria-prima 75-( ) Provisão para férias 76-( ) Marcas e patentes 77-( ) Multas por pagamento de impostos atrasados 78-( ) Resultado devedor da correção monetária do balanço 79-( ) Adiantamentos para viagens 80-( ) Custos referentes às férias dos empregados da área comercial 81-( ) Gastos com fretes para entrega de mercador ias vendidas 82-( ) Gastos com fretes na compra de mercadorias destinadas para venda 83-( ) Gastos com fretes na compra de um computad or destinado ao uso interno da empresa 84-( ) Comissões sobre vendas a pagar aos represe ntantes 85-( ) Juros recebidos sobre duplicatas de venda a prazo 86-( ) Terreno de propriedade da empresa onde est á localizada a fábrica 87-( ) Terreno adquirido com o objetivo de invest imento 88-( ) Terreno pertencente a uma empresa urbaniza dora destinado à venda 89-( ) Veículos de propriedade da empresa utiliza dos em sua atividade 90-( ) Custo com o FGTS dos empregados da área ad ministrativa 91-( ) Custo com o FGTS dos empregados da área co mercial 92-( ) Prejuízos acumulados 93-( ) Despesas com conservação de prédios admini strativos 94-( ) Lucros acumulados 95-( ) IPI a pagar 96-( ) Descontos concedidos 97-( ) Importações de máquinas em andamento 98-( ) Lucro líquido do exercício 99-( ) Provisão para o imposto de renda a pagar 100( ) Devolução de mercadoria feita por um clien te

20)Relatório que informa a composição do lucro que a empresa apurou durante

o exercício social a ( ) Balanço patrimonial b ( ) Demonstração do resultado do exercício c ( ) Demonstração das origens e aplicações de recu rsos d ( ) Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulad os e ( ) Notas explicativas 21)Demonstração contábil que informa os bens da soc iedade a ( ) Demonstração das mutações do patrimônio líqui do b ( ) Demonstração das origens e aplicações de recu rsos c ( ) Balanço patrimonial d ( ) Demonstração do resultado do exercício e ( ) Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulad os 22)Relatório contábil que divulga as práticas contá beis da companhia a ( ) Balanço patrimonial b ( ) Notas explicativas c ( ) Demonstração do resultado do exercício d ( ) Demonstração das origens e aplicações de recu rsos e ( ) Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulad os 23)Relatório contábil que apresenta as dívidas da s ociedade com os

fornecedores a ( ) Demonstração das origens e aplicações de recu rsos b ( ) Balanço patrimonial c ( ) Notas explicativas d ( ) Demonstração das mutações do patrimônio líqui do e ( ) Demonstração do resultado do exercício

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24)Relatório contábil que informa o valor dos bens do ativo imobilizado adquiridos durante o ano.

a ( ) Balanço patrimonial b ( ) Demonstração do resultado do exercício c ( ) Demonstração das mutações do patrimônio líqui do d ( ) Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulad os e ( ) Demonstração das origens e aplicações de recu rsos 25)Relatório contábil que informa a natureza das al terações ocorridas na

conta de lucros acumulados. a ( ) Balanço patrimonial b ( ) Demonstração do resultado do exercício c ( ) Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulad os d ( ) Demonstração das origens e aplicações de recu rsos e ( ) Notas explicativas 26)Demonstração que informa o valor dos novos empré stimos bancários obtidos

durante o exercício social. a ( ) Notas explicativas b ( ) Demonstração das origens e aplicações de recu rsos c ( ) Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulad os d ( ) Demonstração do resultado do exercício e ( ) Balanço patrimonial 27)Relatório contábil que relata o montante de desp esas administrativas

ocorridas no ano. a ( ) Balanço patrimonial b ( ) Demonstração do resultado do exercício c ( ) Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulad os d ( ) Notas explicativas e ( ) Demonstração das origens e aplicações de recu rsos 28Demonstração que informa o valor do capital própr io pertencente a

sociedade. a ( ) Demonstração do resultado do exercício b ( ) Balanço patrimonial c ( ) Demonstração das origens e aplicações de recu rsos d ( ) Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulad os e ( ) Notas explicativas 29)Demonstração que informa o montante de receitas obtidas durante o

exercício social. a ( ) Balanço patrimonial b ( ) Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulad os c ( ) Demonstração das origens e aplicações de recu rsos d ( ) Demonstração das mutações do patrimônio líqui do e ( ) Demonstração do resultado do exercício 30)Demonstração que informa a situação patrimonial líquida. a ( ) Balanço patrimonial b ( ) Demonstração do resultado do exercício c ( ) Demonstração das origens e aplicações de recu rsos d ( ) Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulad os e ( ) Notas explicativas

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31)Relatório contábil que informa o desempenho econ ômico obtido pela empresa no período.

a ( ) Demonstração das origens e aplicações de recu rsos b ( ) Balanço patrimonial c ( ) Notas explicativas d ( ) Demonstração do resultado do exercício e ( ) Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulad os 32)Não há correlação entre todos os termos agrupado s a ( ) Caixa, disponibilidades, ativo circulante b ( ) Clientes, direitos, ativo circulante c ( ) Veículos, bens de uso, imobilizado d ( ) Fornecedores, obrigações, patrimônio líquido e ( ) Ações de outras empresas, participações, inve stimento 33)Integram o Ativo Circulante a ( ) Despesas amortizáveis, caixa e estoques b ( ) Despesas antecipadas, duplicatas e imóveis pa ra venda c ( ) Despesas antecipadas, caixa e imóveis para re nda d ( ) Caixa, estoques e adiantamentos de clientes e ( ) Duplicatas a receber, estoques e fornecedores 34)São origens de recursos: a ( ) Aumento do exigível de longo prazo, aumento d o ativo permanente e

aumento da reserva de capital b ( ) Lucro líquido do exercício, reversão de depre ciações e aumento do

ativo permanente c ( ) Aumento do capital social com integraliz ação em dinheiro, redução

do ativo permanente e aumento do passivo exigível d e longo prazo d ( ) Aumento do passivo exigível de longo prazo, aumento do passivo

circulante e aumento do ativo realizável de longo p razo e ( ) diminuição do ativo realizável de longo prazo, distribuição de

lucros e aumento de capital com integralização em d inheiro. 36)Assinale os 7 (sete) itens que não estão colocad os corretamente: Receita bruta.................................. ( ) (-) Custo das receitas............................. ( ) = "LUCRO BRUTO (-) Provisão para depreciação...................... ( ) (-) Provisão para créditos de liquidez duvidosa.... ( ) (-) Provisão para imposto de renda................. ( ) (-) Prejuízo na alienação de investimentos......... ( ) (-) Participações da Diretoria..................... ( ) (-) Outras despesas operacionais................... ( ) (+) Aluguéis recebidos............................. ( ) = "LUCRO OPERACIONAL (+) Descontos recebidos............................ ( ) (+) Lucro na venda de bens de uso.................. ( ) (+) Receitas financeiras........................... ( ) (-) Transferência para reserva legal............... ( ) (-) Provisão para perdas em investimentos.......... ( ) (+) Reversão de reservas........................... ( ) = "LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

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34)Aparecem na Demonstração do Resultado do Exercíc io a ( ) Lucros acumulados, receita bruta, despesas co m venda b ( ) Vendas, custo de vendas, despesas diferidas c ( ) Vendas, lucro bruto e despesas extra-operacio nais d ( ) Despesas operacionais, lucro líquido, cliente s e ( ) Impostos sobre vendas, depreciação acumulada, vendas 37)São origens do capital circulante líquido a ( ) empréstimo tomado, pagável a curto prazo, e v enda a prazo, de bem do

ativo permanente b ( ) empréstimo tomado, pagável a longo prazo, e v enda à vista, de bem do

ativo permanente c ( ) empréstimo tomado, pagável a curto prazo, e l ucro do exercício d ( ) empréstimo de curto prazo liquidado e venda, à vista, de bem do ativo

permanente e ( ) empréstimo tomado, pagável a curto prazo, e e mpréstimo de curto prazo

liquidado 38)Assinale a opção que contém uma "Reserva" que in depende da apuração do

resultado para a sua constituição a ( ) Reserva Legal b ( ) Reserva da Correção Monetária do Capital c ( ) Reserva Estatutária d ( ) Reserva de Lucros a Realizar e ( ) Reserva de Contingência 39)Na "Demonstração das Origens e Aplicações de Rec ursos", a ( ) a realização do capital é uma aplicação b ( ) o aumento do ativo diferido é uma origem c ( ) o encargo de depreciação é uma origem d ( ) o aumento do exigível a longo prazo é uma apl icação e ( ) a contribuição feita pelo subscritor de aç ões que ultrapassar o

valor nominal é uma aplicação 40)NÃO aparece na "Demonstração das Mutações": a ( ) lucro operacional do exercício b ( ) contrapartida da reavaliação de imóveis c ( ) variação da conta "lucros acumulados" d ( ) variação da conta "capital realizado" e ( ) ágio na subscrição de ações próprias 41)Influi na "Demonstração das origens e aplicações ": a ( ) venda de mercadorias, à vista b ( ) compra de mercadorias, a prazo c ( ) pagamento de duplicatas d ( ) venda de bens de uso, à vista e ( ) desconto de duplicatas 42)Aparecem na "Demonstração dos Lucros ou Prejuízo s Acumulados": a ( ) reserva legal, reserva estatutárias, reserva de reavaliação b ( ) reservas de lucros, reversão de reservas, res ervas de capital c ( ) reversão de reserva para contigências, ajuste s de exercícios

anteriores, dividendos recebidos d ( ) correção do saldo inicial, prejuízo do exercí cio, lucro transferido

para capital e ( ) reserva legal, dividendos pagos, lucro do exe rcício

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V-ANÁLISE DE BALANÇOS

1)O que é análise de balanço? 2)Qual é o objetivo da análise de balanço? 3)O que compreende o processo de análise? 4)Quais são os métodos de análise de balanço utiliz ados, e o que cada um

deles compreende? 5)O que compreende a fase preliminar no processo de análise? 6)O que se entende por exame de verbas no processo de análise? 7)Como e com que objetivo é preparado o relatório a análise? 8)Distinga análise horizontal de análise vertical, evidenciando o objetivo

básico de cada uma delas. 9)Qual é o efeito da inflação na elaboração da anál ise horizontal e vertical

das demonstrações contábeis? 10)O que é análise por quocientes? 11)Qual é o objetivo da análise realizada por quoci entes? 12)O que são quocientes de liquidez? 13)Quando é que o quociente de liquidez corrente se rá inferior a 1 (um)? 14)O que mede o quociente de liquidez geral de uma empresa? 15)Qual a diferença entre o quociente de liquidez c orrente e de liquidez

seca? 16)Como é medido o quociente de liquidez imediata e o que ele representa? 17)Qual é a finalidade dos quocientes de atividade? 18)O que representa o quociente do prazo médio de e stocagem? 19)Qual a finalidade do quociente do prazo médio de pagamento a

fornecedores? 20)O que determina o prazo médio de cobrança? 21)Qual a diferença entre ciclo de caixa e giro de caixa? Para a empresa o

melhor é que esses indicadores sejam altos ou baixo s? Por quê? 22)O que mede o quociente do giro do ativo total? 23)Qual é a finalidade dos quocientes de endividame nto e estrutura? 24)O que representa o grau de endividamento? E o de solvência? 25)Como é obtido o quociente da participação do cap ital próprio sobre o

capital de terceiros e qual a sua finalidade? 26)Qual é o objetivo do quociente da relação do cap ital de terceiros sobre o

passivo total? 27)Com que finalidade é calculado o quociente da re lação do capital próprio

sobre o ativo permanente? 28)Qual é o objetivo dos quocientes de rentabilidad e? 29)Qual a diferença entre os quocientes de retorno sobre o ativo e o sobre o

patrimônio líquido? 30)Como é obtido e o que representa o quociente da rentabilidade das vendas

com a receita líquida? 31)Qual a diferença entre os quocientes que medem a rentabilidade das vendas

com a receita líquida, lucro operacional e lucro lí quido? 32)Qual é o objetivo do fator de solvência? 33)Como é realizada a análise vertical do balanço p atrimonial e da

demonstração do resultado do exercício? 34)A relação "preço/lucro nos dá um quociente de an álise do comportamento de

determinada ação no mercado. Esse quociente indica a ( ) o rendimento nominal da ação, isto é, o valo r esperado dos lucros

futuros, excetuada a correção monetária b ( ) o rendimento real da ação, isto é, o valor e sperado dos lucros

futuros c ( ) a rentabilidade da ação, isto é, o lucro espe rado na aquisição da ação d ( ) o ganho esperado na alienação da ação e ( ) o prazo de retorno do capital investido

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Ativo circulante-Estoques 35)A fórmula: ------------------------- é utilizad a para Passivo circulante calcular o quociente de liquidez a ( ) comum b ( ) seca c ( ) geral d ( ) imediata e ( ) corrente 36)A comparação do capital próprio com o total do A tivo só não possibilita

conhecer: a ( ) a expressão relativa do capital próprio b ( ) a expressão relativa do capital alheio c ( ) a garantia oferecida aos recursos de terceiro s d ( ) a rentabilidade dos investimentos no Ativo e ( ) a parcela do Ativo oriunda do capital próprio 37)Enumere a segunda coluna de acordo com a primeir a 1-Remuneração do capital próprio 2-Rentabilidade do capital próprio 3-Rentabilidade do investimento 4-Índice "Preço/Lucro" 5-Margem de lucro ( ) "x" centavos de lucro em cada 1,00 de mercadori a vendida ( ) lucro/ativo ( ) lucro obtido pelos recursos investidos pelos só cios ( ) relação entre a cotação da ação e o lucro líqui do ( ) lucro produzido pelos recursos investidos pelos sócios 38)Enumere a segunda coluna de acordo com a primeir a 1-Rotação do imobilizado 2-Prazo de pagamento das compras 3-Prazo de recebimento das vendas 4-Rotação dos estoques 5-Retorno do Ativo Circulante ( ) nº de dias decorridos entre a compra e a venda ( ) nº de dias decorridos entre a compra e o pagame nto ao fornecedor ( ) nº de dias decorridos entre a compra e o recebi mento ( ) produtividade dos valores necessários à manute nção das atividades ( ) nº de dias decorridos entre a venda e o recebim ento 39)Enumere a segunda coluna de acordo com a primeir a 1-Liquidez corrente 2-Liquidez seca 3-Liquidez geral ( ) mede a capacidade de pagamento a curto prazo ( ) $"x" de recursos no ativo circulante para cobri r cada $1,00 de dívidas

vencíveis dentro de 360 dias ( ) $"x" de recursos disponíveis e realizáveis para cobrir cada $1,00 do

total das dívidas ( ) $"x" de recursos, excluídos os estoques, para r esgatar cada $1,00 de

dívidas a curto prazo.

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40)Um índice de rotação de "3,6x" revela que os est oques ficam parados nas prateleiras, em média, durante:

a ( ) 3,6 anos b ( ) 3 anos e 6 meses c ( ) 100 dias d ( ) 3,6 meses, ou 108 dias e ( ) 3 meses e 6 dias 41)Os índices, a seguir, foram extraídos do Boletim da Bolsa de Valores e

expressam a relação Preço/Lucro. Qual é o índice qu e representa a maior taxa de remuneração?

a ( ) 95,5 b ( ) 50,0 c ( ) 9,4 d ( ) 29,2 e ( ) 12,7 42)Dois balanços apresentam: EMPRESA A B Ativo total 180.000,00 3 60.000,00 Patrimônio líquido 120.000,00 1 40.000,00 Qual das duas empresas apresenta situação patrimoni al mais sólida? a ( ) a empresa "B" porque movimenta mais recursos no Ativo; b ( ) a empresa "B" porque apresenta patrimônio líq uido mais elevado c ( )a empresa "A" porque utiliza mais recursos pró prios do que de terceiros d ( ) ambas estão praticamente na mesma situação e ( ) os dados apresentados são insuficientes

VI-ALAVANCAGEM FINANCEIRA E OPERACIONAL

1)O que representa alavancagem financeira? 2)Como é determinado o Grau de Alavancagem Financei ra? 3)O que evidencia a alavancagem operacional? 4)Como é calculada a alavancagem operacional? 5)O GAF representa a ( ) grau de participação dos encargos financeiros sobre o lucro da empresa b ( ) o custo financeiro gerado pelos capitais de t erceiros c ( ) a capacidade dos capitais de terceiros em aum entar o retorno dos

capitais próprios d ( ) o grau de participação dos capitais de tercei ros em relação aos

próprios e ( ) o grau de participação dos capitais de tercei ros em relação ao passivo

total 6)Uma determinada empresa apresentou o GAF = 0,90. Isto quer dizer que: a ( ) os encargos financeiros representam 90% do va lor dos capitais de

terceiros contratados b ( ) os encargos financeiros representam 90% dos r ecursos adicionais

gerados pelos capitais de terceiros c ( ) os capitais de terceiros não conseguem gerar retorno suficiente para

cobrir os encargos financeiros por eles gerados d ( ) a empresa possui 90% de seu ativo financiado pelos capitais de

terceiros e ( ) para cada 1,00 de dívidas a empresa possui 0, 90 a receber

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7)Através do GAO é possível sabermos qual será a va riação percentual do lucro gerada por uma variação no percentual

a ( ) dos custos variáveis b ( ) do volume de despesas operacionais c ( ) do preço de venda d ( ) do volume de vendas e ( ) do volume de tributos sobre as vendas

VII-MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

1)O que é margem de contribuição? 2)Qual a diferença entre margem de contribuição uni tária e margem de

contribuição total? 3)Como é determinada a margem de contribuição unitá ria? E a total? 4)Assinale a alternativa correta: Margem de contrib uição é: a ( ) A diferença entre o preço de venda e a so ma dos custos variáveis

com as despesas variáveis. b ( ) A parte que sobra do preço de venda após ser em deduzidos todos os

custos e despesas, representando, portanto, a p arcela de lucro. c ( ) Diferença entre os custos fixos e os custos v ariáveis. d ( ) Parcela do preço de venda destinada às contribuições sociais. e ( ) Parcela do preço de venda que representa o lucro que a empresa

obtém após cobrir os seus custos variáveis.

VIII-PONTO DE EQUILÍBRIO

1)O que representa o ponto de equilíbrio? 2)Como é calculado o ponto de equilíbrio? 3)Assinale a alternativa correta: Ponto de equilíbr io a ( ) É o ponto onde as despesas e custos variáveis se igualam ao volume de

receitas b ( ) É o ponto onde o volume de receitas é s uficiente para cobrir

todos os custos e despesas, não havendo lucro e ne m prejuízo. c ( ) Ocorre quando a empresa consegue equilibrar o s seus custos fixos com

os custos variáveis. d ( ) Ocorre quando o volume de receitas é igual ao custo fixo. e ( ) Ocorre quando o volume de receitas é superior ao somatório de todos os

custos e despesas 4)O ponto de equilíbrio será obtido quando a ( ) a soma dos custos e despesas fixas totalizar valor igual ao das vendas b ( ) a soma dos custos e despesas fixas totalizar valor igual ao das

receitas totais c ( ) a soma das margens de contribuição totalizar o montante suficiente

para cobrir todos os custos e despesas fixos d ( ) a soma das margens de contribuição totalizar valor igual ao total das

receitas e ( ) a soma dos custos fixos totalizar valor igual ao das vendas

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PARTE II - PRÁTICA

II-ESCRITURAÇÃO

1)A empresa Alfa Ltda. realizou as seguintes operaç ões: 1-recebimento de aluguel do mês. Valor 4.000,00; 2-compra de mercadorias a prazo, com entrada. Preço da compra 5.000,00;

valor da entrada: 20% do preço; 3-venda à vista de mercadorias. Preço de venda: 4.0 00,00; valor do lucro:

30% do preço; 4-compra a prazo de mercadorias. Preço da compra 5. 000,00; 5-venda de mercadorias a prazo com entrada. Preço d a venda: 3.000,00; valor

da entrada: 20% do preço; valor do prejuízo: 10% do preço; e 6-pagamento de duplicatas com juros. Valor da dívid a: 4.000,00; valor dos

juros: 10% da dívida. Considerando exclusivamente estas seis operações e que as compras e vendas

são isentas de impostos, podemos afirmar que, no fi m do período, o saldo da conta Caixa e estoque de mercadorias têm, respectiv amente, os seguintes valores:

a ( ) 3.600,00 e 3.900,00 b ( ) 3.200,00 e 3.000,00 c ( ) 4.060,00 e 4.500,00 d ( ) 3.600,00 e 3.000,00 e ( ) 3.200,00 e 3.900,00 2)Observe a seguinte operação, isenta de impostos: Venda de mercadorias a prazo com entrada e prejuízo : preço de venda 6.000,00 entrada 20% do preço prejuízo 30% do preço A empresa que realizou a venda, para registrá-la, d eixando certo o saldo da

conta Mercadorias, deverá lançar débitos e créditos como segue: a ( ) Débito de Caixa 1.200,00 Débito de Clientes 4.800,00 Débito de RCM 1.800,00 Crédito de Mercadorias 7.800,00 b ( ) Débito de Caixa 1.200,00 Débito de Clientes 4.800,00 Crédito de Mercadorias 4.200,00 Crédito de RCM1.800,00 c ( ) Débito de Caixa 1.200,00 Débito de Clientes 4.800,00 Crédito de Mercadorias 6.000,00 d ( ) Débito de Caixa 1.200,00 Débito de Mercadorias 4.800,00 Crédito de RCM 1.800,00 Crédito de Clientes 4.200,00 e ( ) Débito de Caixa 1.200,00 Débito de Clientes 3.000,00 Débito de RCM 1.800,00 Crédito de Mercadorias 6.000,00

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3)A Cia. Comercial Sagitário adquiriu para revenda, em 08.11.x8, em primeira negociação, 20 máquinas de calcular Atlas, sendo:

Preço unitário: 100,00 Condições de pagamento: 50% em 08.12.x8 e o restant e em 09.01.x9. Alíquota do ICMS: 10% No período entre a data do recebimento da referida mercadoria e 31.12.x8 fez

as seguintes operações: I-vendeu 10 unidades ao preço unitário de 120,00; II-devolveu 2 unidades em 31.12.x8, por defeito de fabricação, sendo a nota

de débito correspondente acatada pelo Fornecedor em 20.12.x8; III-pagou no vencimento, sem qualquer abatimento, a primeira duplicata (50%

do valor da compra); IV-transferiu para uso próprio em 31.12.x8, Departa mento de Contabilidade,

uma unidade. Em decorrência, o valor do Estoque Final dessa merc adoria, no Balanço

Patrimonial de 31.12.x8, importou em a ( ) 600,00 b ( ) 720,00 c ( ) 810,00 d ( ) 700,00 e ( ) 630,00 4)Lançamentos (31.12.x8): 1) DESPESAS NÃO-OPERACIONAIS a MÓVEIS E UTENSÍLIOS 3.000,00 2) DEPRECIAÇÃO ACUMULADA DE MÓVEIS E UTENSÍLIOS a RECEITAS NÃO-OPERACIONAIS 2.400,00 3) CAIXA a RECEITAS NÃO-OPERACIONAIS 3.000,00 4) MÓVEIS E UTENSÍLIOS a FORNECEDORES 2.400,00 a ( ) o Patrimônio Líquido diminuiu 2.400,00 e o Ativo Circulante diminuiu 3.000,00 b ( ) o Patrimônio Líquido diminuiu 2.400,00 e o Ativo Permanente aumentou em igual valor c ( ) o Ativo Permanente diminuiu 600,00 e o Patrimônio Líquido aumentou 5.400,00 d ( ) o Ativo Permanente diminuiu 600,00 e o Patrimônio Líquido aumentou 2.400,00 e ( ) o Ativo Permanente aumentou 1.800,00 e o Patrimônio Líquido aumentou 2.400,00 5)A empresa S/A Modelo de Indústria emitiu a NF nº 1.234 para vender à Cia.

Comercial de Varejo 400 bandejas inox, modelo 2, ao preço unitário de 50,00, com IPI de 10% e ICMS de 17%.

A empresa Cia. Comercial de Varejo emitiu a NF nº 0 172 para vender ao Sr. José Maria 40 das bandejas compradas da S/A Modelo de Indústria. Obteve um preço de 100,00 por unidade, com ICMS de 17%.

Baseados apenas nas informações constantes das nota s fiscais acima, podemos afirmar com certeza que a Cia Comercial de Varejo o bteve um Lucro Operacional Bruto de

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a ( ) 2.000,00 b ( ) 1.660,00 c ( ) 1.460,00 d ( ) 1.120,00 e ( ) 2.140,00 6)A Companhia EE - Indústria e Comércio, no balance te de verificação

relativo ao encerramento do exercício social, em 31 .12.x8, apresentava saldo da conta "Seguros a Vencer" de 240,00, referente a apó lice de seguros contratada em 01.04.x8 com validade de um ano, para cobertura dos seguintes ativos:

ATIVOS COBERTOS VALOR -Máquinas Industriais 2.400,00 -Equipamentos da Administração Central 1.200,00 Assinale a alternativa que contenha o lançamento co rreto, para a apropriação

de custos e despesas do período. a ( ) Seguros a vencer 240,00 a Prêmio de seguro-fábrica 160,00 a Prêmio de seguro-administração 80,00 b ( ) Despesas administrativas 120,00 Gastos Gerais de fabricação 60,00 a Seguros a vencer 180,00 c ( ) Despesas de seguros 240,00 a Seguros a vencer 240,00 d ( ) Gastos gerais de fabricação 120,00 Despesas administrativas 60,00 a Seguros a vencer 180,00 e ( ) Prêmio de seguro-fábrica 180,00 Prêmio de seguro-administração 60,00 a Seguros a vencer 240,00 7)Uma empresa industrial, no mês de novembro, contr ai, em Banco, um

empréstimo cujo vencimento dar-se-á no mês de fever eiro do ano próximo seguinte. As despesas financeiras foram de 120.000,00, na raz ão de 30.000,00 por mês. Qual dessas opções é correta, para os registros contábei s no Diário da empresa industrial:

a ( ) debitar-se 120.000,00 a Despesas Financei ras e credita-se o Banco

pelo mesmo valor b ( ) debitar-se 60.000,00 a Despesas Financeiras, 60.000,00 a Despesas

Pagas Antecipadamente e creditar-se 120.000,00 ao B anco c ( ) debitar-se 120.000,00 a Despesas Pagas Anteci padamente e igual valor

creditar-se ao Banco d ( ) debitar-se 60.000,00 a Despesas Financeiras, 60.000,00 a Resultados do

Exercício e creditar-se 120.000,00 ao Banco e ( ) debitar-se 120.000,00 a Resultado do Exe rcício e creditar-se

120.000,00 ao Banco

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8)Lançamentos simplificados (contas e valores) 1)Provisão para devedores duvidosos a Duplicatas a receber 36.000,00 2)Devedores duvidosos a provisão para devedores duvidosos 2 10.000,00 3)Encargos de depreciação a Depreciação acumulada de veículos 70.000,00 4)Contas a pagar a caixa 26.000,00 5)Prêmio de seguros a vencer a Contas a pagar 44.000,00 6)Caixa a Receitas financeiras 2.000,00 Nos lançamentos acima, os valores debitados em Cont as de Resultados

totalizam a ( ) 306.000,00 b ( ) 280.000,00 c ( ) 254.000,00 d ( ) 150.000,00 e ( ) 114.000,00 9)A Cia. Comercial Linda, cujo período-base coincid e com o ano calendário,

contratou, em 01.09.x3, um empréstimo bancário com vencimento para 31.08.x4, pagando, antecipadamente, naquela ata 720,00 de jur os e correção monetária prefixada (60,00 por mês).

O Balanço Patrimonial de 31.12.x3, em decorrência d essa operação financeira, apresentou

a ( ) um acréscimo no disponível de 240,00 b ( ) um valor realizável a curto prazo de 240,00 c ( ) uma realização a longo prazo de 720,00 d ( ) uma despesa do exercício seguinte de 480,00 e ( ) um passivo circulante de 480,00

III-PATRIMÔNIO

1)A empresa LTX Ltda levantou os seguintes dados: Caixa R$ 100,00 Fornecedores R$ 200,00 Clientes R$ 300,00 Capital Social R$ 200,00 Veículos R$ 100,00 Impostos a pagar R$ 150,00 Lucro ou prejuízo acumulado R$ ? A empresa LTX Ltda quer saber o valor de sua Situaç ão Líquida Patrimonial e

se a mesma é Positiva, Nula ou Negativa.

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2)Dados extraídos de um Balanço Patrimonial de 31.1 2.x3 Passivo circulante 1 .936,00 Ativo permanente 678,00 Exigível a longo prazo 96,00 Realizável a longo prazo 65,00 Resultados de exercícios futuros (receitas-custos) 200,00 No referido balanço o capital circulante líquido (a tivo circulante maior que

o passivo circulante) foi de 2.168,00. Assinale, co m base nos elementos fornecidos, a opção que tem em si o somatório do Pa trimônio Líquido em 31.12.x3.

a ( ) 679,00 b ( ) 2.215,00 c ( ) 2.423,00 d ( ) 2.615,00 e ( ) 3.808,00

IV-DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

1)Do Balanço Patrimonial da Cia Comercial de Móveis de Aço, levantado em 31.12.x8 e publicado no Jornal dos Balanços de 28.0 4.x9, foram extraídos, de forma desordenada e sem preocupação com a natureza dos saldos, os seguintes itens:

TÍTULOS VALORES Empréstimos a sociedades controladas 12.000,00 Aplicações financeiras de curto prazo 70.000,00 Estoques 90.000,00 Terrenos 20.000,00 Despesas do exercício seguinte 5.000,00 Edifícios 30.000,00 Imóveis destinados à venda 10.000,00 Veículos 8.000,00 Caixa 2.000,00 Bancos conta movimento 4.000,00 Móveis e utensílios 16.000,00 Instalações 26.000,00 Clientes (curto prazo) 100.000,00 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 3.000,00 Participações permanentes em controladas 40.000,00 Depreciações acumuladas 52.000,00 Duplicatas descontadas 25.000,00 Empréstimos a acionistas 1.000,00 Com base nesses itens, assinale a alternativa que c ontém, pela ordem, os

valores correspondentes ao Ativo Circulante e ao At ivo Permanente. a ( ) 278.000,00 e 98.000,00 b ( ) 265.000,00 e 140.000,00 c ( ) 253.000,00 e 88.000,00 d ( ) 256.000,00 e 93.000,00 e ( ) 266.000,00 e 150.000,00

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2)A empresa Beta S/A apresenta, em 31.12, a seguint e posição de saldos: Caixa 1.000,00 Duplicatas a receber 20.000,00 Ações em coligadas 5.000,00 Capital a realizar 4.000,00 Salários 1.300,00 Provisão para imposto de renda 400,00 Duplicatas a pagar 14.800,00 Salários a pagar 600,00 Reserva legal 1.100,00 Lucros acumulados 800,00 Mercadorias 6.700,00 Despesas antecipadas 300,00 Móveis e utensílios 10.000,00 Aluguéis passivos 200,00 Duplicatas descontadas 1.500,00 Provisão p/créditos de liq.duvidosa 500,00 Depreciação acumulada 2.000,00 Capital social 24.000,00 Juros ativos 1.600,00 Impostos a recolher 1.200,00 Com base nas contas e saldos acima, pode-se afirmar que o total de saldos

credores do balancete e o valor do Ativo Circulante no Balanço Patrimonial da empresa Beta S/A, são, respectivamente, de

a ( ) 46.500,00 e 26.000,00 b ( ) 48.500,00 e 28.000,00 c ( ) 48.500,00 e 26.000,00 d ( ) 46.500,00 e 27.500,00 e ( ) 44.500,00 e 27.500,00 3) TÍTULOS Saldo em 31.12.x8 Receita da revenda de mercadorias 1.000.000,00 Receita na prestação de serviços 600.000,00 Vendas canceladas 100.000,00 ICMS sobre a revenda de mercadorias 150.000,00 Outros impostos incidentes sobre a receita de revenda de mercadorias e da prestação de serviços 47.000,00 Custos das mercadorias revendidas 430.000,00 Custos dos serviços vendidos 310.000,00 Despesas operacionais (outras) 293.000,00 Receitas financeiras líquidas 70.000,00 Correção monetária do balanço (saldo devedor) 80.000,00 Contribuição social 40.000,00 Identifique, entre os itens acima relacionados, aqu eles que são computados

na determinação do LUCRO BRUTO e a natureza dos res pectivos saldos. Efetue a soma algébrica dos valores identificados e assinale , em seguida, a alternativa que contém esse LUCRO.

a ( ) 563.000,00 b ( ) 270.000,00 c ( ) 80.000,00 d ( ) 200.000,00 e ( ) 120.000,00

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4)A base de cálculo das participações estatutárias da MANZAN S/A, no balanço de 31.12.x8, foi um lucro de 20.000.000,00.

De acordo com o estatuto vigente à época, os percen tuais eram: De empregados 10% De administradores 5% De partes beneficiárias 5% A parcela do lucro atribuída aos titulares das PART ES BENEFICIÁRIAS,

calculada com observância da legislação comercial ( Lei 6.404/76), importou em a ( ) 1.000.000,00 b ( ) 855.000,00 c ( ) 902.500,00 d ( ) 850.000,00 e ( ) 900.000,00 ENUNCIADO PARA AS QUESTÕES 5 A 7 Empresa: Comercial Pedro Nunes S/A Saldos, sem indicação da natureza, do balancete fin al de 31.12.x0 CONTAS SALDOS Caixa 15.000,00 Bancos conta movimento 32.000,00 Duplicatas a receber 300.000,00 Contas a pagar 8.000,00 Estoques de mercadorias 500.000,00 Reserva legal 40.000,00 Seguros a vencer 26.000,00 Reserva da correção monetária do capital 160.000,00 Créditos com pessoa ligadas (não usuais) 22.000,00 Capital social 400.000,00 Participação societária permanente 120.000,00 Provisão p/créditos de liquidação duvidosa 3.000,00 Aplicações financeiras 149.000,00 Duplicatas descontadas 27.000,00 Móveis e utensílios 120.000,00 Depreciação acumulada de mov.e utensílios 36.000,00 Instalações 100.000,00 Depreciação acumulada de instalações 30.000,00 Despesas pré-operacionais 20.000,00 Amortização acumulada de desp.pré-operacionais 5.000,00 Fornecedores 330.000,00 ICMS a Recolher (curto e longo prazo) 46.000,00 Encargos sociais a recolher 17.000,00 Contribuição social a recolher 20.000,00 Salários a pagar 16.000,00 Provisão para o imposto de renda 60.000,00 Outros tributos e contribuições a recolher 6.000,00 Lucros acumulados 200.000,00 Esclarecimentos importantes: -Todos os direitos e obrigações são realizáveis ou exigíveis,

respectivamente, a Curto Prazo, exceto duas quotas de um parcelamento de ICMS vencíveis em 19x2, no montante de 9.000,00.

-Alguns direitos independem do prazo de realização para efeito de classificação no Ativo, pois devem observar comando legal específico. Verifique se entre as contas relacionadas há algum direito de sse tipo.

Assinale a natureza dos saldos fornecidos e assinal e nas questões 5 a 7, todas relacionadas com o Balanço Patrimonial, a opç ão que completa corretamente a resposta.

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5)O Ativo Circulante somou a ( ) 1.055.000,00 b ( ) 1.082.000,00 c ( ) 1.019.000,00 d ( ) 1.022.000,00 e ( ) 992.000,00 6)O Passivo Circulante totalizou a ( ) 503.000,00 b ( ) 533.000,00 c ( ) 494.000,00 d ( ) 530.000,00 e ( ) 443.000,00 7)O Somatório do Ativo Imobilizado importou em a ( ) 220.000,00 b ( ) 289.000,00 c ( ) 169.000,00 d ( ) 154.000,00 e ( ) 274.000,00 8)Dados extraídos de um Balancete Final em 31.12.x3 ITENS VALORES Receita líquida das vendas e serviços 700,00 Custo dos bens e serviços vendidos 300,00 Receitas financeiras 60,00 Resultados positivos em participações societárias 12,00 Reversões dos saldos de provisões constituídas no e xercício anterior 10,00 Despesas operacionais (com vendas, gerais e adminst .) 200,00 Despesas financeiras 40,00 Participações de debêntures 6,00 Receitas não operacionais 20,00 Despesas não operacionais 2,00 Saldo credor da conta de correção monetária do bala nço 102,00 Provisão para a contribuição social sobre o lucro 32,00 Provisão para o imposto de renda 81,00 O Lucro Líquido do Exercício findo em 31.12.x3, dep ois da provisão para o

imposto de renda, apurado com base nos dados acima, foi de a ( ) 356,00 b ( ) 255,00 c ( ) 243,00 d ( ) 223,00 e ( ) 219,00 9)Elabore a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acu mulados da empresa

Comercial Vendez S/A referente ao período-base find o em 31.12.x3, com base nos seguintes elementos:

ITENS VALORES Saldo anterior de lucros acumulados (em 31.12.x2) 1.800,00 Correção monetária do saldo inicial 2.000,00 Reversão de reservas de exercício anterior 400,00 Prejuízo líquido do exercício 700,00 Transferências para reservas 200,00 Dividendos distribuídos 300,00 Parcela dos lucros incorporados ao capital social 1.000,00

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Assinale, agora, a opção que expõe o Saldo ao Fim d o Período da conta "Lucros ou Prejuízos Acumulados".

a ( ) 2.600,00 b ( ) 2.400,00 c ( ) 2.000,00 d ( ) 1.600,00 e ( ) 1.200,00 10)Dados extraídos da Demonstração do Resultado do Exercício de uma empresa ITENS VA LORES Lucro bruto 8 00,00 Provisão para o imposto de renda 25,00 Provisão para devedores duvidosos 10,00 Provisão para perdas em investimentos 35,00 Saldo credor da correção monetária 50,00 Outras despesas operacionais 6 00,00 Bonificações recebidas 40,00 Com base nos dados acima apresentados, o "Lucro Ope racional" será de: a ( ) 155,00 b ( ) 230,00 c ( ) 190,00 d ( ) 195,00 e ( ) 170,00 11)Ainda com base nos dados da questão anterior, o "Lucro Líquido" será de: a ( ) 220,00 b ( ) 180,00 c ( ) 120,00 d ( ) 195,00 e ( ) 170,00 12)Elabore a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Ac umulados da empresa

Comercial Campos Ltda S/A referente ao período-base findo em 31.12.x2, com base nos seguintes elementos:

ITENS VALORES Lucros acumulados (saldo inicial) 200,00 Correção monetária do saldo inicial 50,00 Reversão de reservas de exercício anterior 40,00 Reserva para contigências 35,00 Ajustes de deps.contabilizadas a menor em anos ante riores 20,00 Prejuízo líquido do exercício 80,00 Assinale, agora, a opção que expõe o Saldo ao Fim d o Período da conta

"Lucros ou Prejuízos Acumulados". a ( ) 75,00 b ( ) 155,00 c ( ) 195,00 d ( ) 225,00 e ( ) 235,00

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V-ANÁLISE DE BALANÇOS 1)Levando-se em conta os dados abaixo, podemos afir mar que, no balanço de

19x3, o coeficiente analítico de participação do at ivo realizável de longo prazo é:

Balanço 19x1 19x2 19x3 Ativo circulante 150.000,00 250.000,00 400.000,00 Ativo real. a longo prazo 400.000,00 500.000,00 600.000,00 Ativo permanente 450.000,00 750.000,00 1.000.000,00 Passivo circulante 100.000,00 600.000,00 1.000.000,00 Patrimônio líquido 900.000,00 900.000,00 1.000.000,00 a ( ) 0,15 b ( ) 0,30 c ( ) 0,40 d ( ) 0,60 e ( ) 1,20 2)A empresa KLM apresentou os seguintes dados: Balanço 19x1 19x2 19x3 Liquidez corrente 0,80 0,70 0,60 Imobilização de capital próprio 0,30 0,40 0,40 Rotação de estoques 7,50 6,80 7,30 Rotação de duplicatas a receber 7,20 7,00 7,40 Garantia de capital de terceiros 1,00 1,10 1,10 Estoques de mercadorias 1.400,00 2.00 0,00 2.000,00 Patrimônio líquido 1.000,00 2.00 0,00 2.000,00 Os dados acima nos permitem afirmar que: a ( ) o quociente de rotação de estoques leva em conta a razão existente

entre o custo das mercadorias vendidas e o estoque no balanço de encerramento do exercício anterior.

b ( ) as compras de 19x3 foram de 29.200,00. c ( ) o ativo permanente, em 19x1, era de 300,00. d ( ) o declínio apresentado, entre 19x1 e 19x2, na rotação de duplicatas

a receber indica que a empresa reduziu o prazo médi o para recebimento de vendas a prazo.

e ( ) a liquidez corrente da empresa melhorou no pe ríodo. 3)Balanço apresentado pela empresa TBC em 31.12.x5 Ativo Circulante Caixa 10.000,00 Duplicatas a receber 70.000,00 Estoques 210.000,00 Ativo Permanente Imóveis 700.000,00 Veículos 250.000,00 Depreciações ( 50.000,00) ------------- 1.190.000,00

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Passivo Circulante Fornecedores 210.000,00 Impostos a pagar 40.000,00 Salários a pagar 150.000,00 Passivo exigível a longo prazo Financiamentos 290.000,00 Patrimônio líquido Capital 450.000,00 Reservas 50.000,00 ------------ 1.190.000,00 Demonstração do Resultado do Exercício Receita bruta de vendas 8.500.000,00 Deduções 1.275.000,00 Receita líquida de vendas 7.225.000,00 Custo de mercadorias vendidas 4.335.000,00 Lucro bruto 2.890.000,00 Despesas comerciais 2.100.000,00 Despesas administrativas 650.000,00 Despesas tributárias 50.000,00 Resultado do exercício 90.000,00 Provisão para imposto de renda 40.000,00 Lucro líquido 50.000,00 Os dados acima indicam que o quociente de a ( ) garantia de capital de terceiros é 1,380 b ( ) liquidez geral é 0,725 c ( ) retorno do capital próprio é 0,200 d ( ) imobilização de capital próprio é 1,900 e ( ) imobilização de capital próprio é 2,000 4)A empresa CCLL apresentou os seguintes dados: Balanço 19x7 19x8 19x9 Ativo Circulante Disponível 70,00 80,00 341,00 Duplicatas a receber 420,00 600,00 1.095,00 Estoques de mercadorias 560,00 800,00 2.000,00 Ativo Permanente Imóveis 1.190,00 1.785,00 2.856,00 Equipamentos 700,00 1.050,00 1.680,00 Depreciações (140,00) (315,00) (672,00) Ativo Total 2.800,00 4.000,00 7.300,00 Correção monetária 100,00 150,00 240,00 Os dados indicam que a ( ) O coeficiente da conta "Duplicatas a Receb er" em relação ao "Ativo

Circulante" é de 0,40 em todo o período. b ( ) A conta "Estoques" apresenta crescimento su perior ao de correção

monetária c ( ) A participação do grupo do "Ativo Circulante" no "Ativo Total"

apresentou crescimento nos balanços de 19x8 e 19x9

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d ( ) O "Ativo Circulante" apresentou, no período, crescimento inferior ao índice de correção monetária

e ( ) O coeficiente da conta "Duplicatas a Receber" em relação ao "Ativo Total" permaneceu estável no período

5)Balancete em 31.12.x2 Saldos Devedor es Credores Adiantamentos de clientes 1.500,00 Capital social 20.000,00 Custo de mercadorias vendidas 15.400, 00 Depreciações acumuladas 2.900,00 Despesas 5.600, 00 Disponibilidades 300, 00 Duplicatas a pagar 4.200,00 Duplicatas a receber 5.400, 00 Equipamentos 5.000, 00 Estoques de mercadorias 9.800, 00 Financiamentos 9.400,00 Imóveis de uso 15.000, 00 Importações em andamento 3.600, 00 Impostos a pagar 1.700,00 Juros a vencer 1.300, 00 Prejuízos acumulados 1.000, 00 Receitas de vendas 21.600,00 Reservas de capital 4.700,00 Reserva legal 1.000,00 Salários a pagar 2.200,00 Seguros a vencer 800, 00 Veículos 6.000, 00 -------- -- ---------- Totais 69.200, 00 69.200,00 Sabendo-se que: - o Capital Social estava dividido em 20.000 ações; - o valor dos estoques de mercadorias, em 31.12.x1, era de 5.400,00; - o saldo da conta Duplicatas a Receber, em 31.12.x 1, era de 9.000,00; - todas as vendas foram feitas para pagamento a pra zo; - não é devido o imposto de renda; - o Ativo Permanente não tem valores classificáveis como Investimentos ou

Diferido; - o balancete não está sujeito a ajustes, e após a apuração do resultado do

exercício, podemos afirmar que o quociente de rotaç ão de duplicatas a receber, o quociente de imobilizações de capitais próprios e o valor patrimonial das ações, no balanço encerramento levantado em 31.12.x2, são nessa ordem de

a ( ) 0,25; 1,028 e 1,285 b ( ) 0,33; 0,935 e 1,235 c ( ) 3,50; 1,053 e 1,235 d ( ) 3,50; 0,913 e 1,265 e ( ) 4,00; 1,012 e 1,285 6) Considerando-se que os quocientes de rotação de estoques e de

rentabilidade líquida do capital investido em estoq ues (lucro líquido sobre vendas/custos de vendas), eram, respectivamente, de 10,5 e 12%, podemos afirmar que o rendimento do capital aplicado em estoque foi de

a ( ) 1,14% b ( ) 0,875% c ( ) 126% d ( ) 22,5% e ( ) 1,5%

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7)Os seguintes dados foram obtidos nos balanços de 31.12.x7 e 31.12.x8: ANOS 19x7 19x8 ATIVO CIRCULANTE 14.000,00 18.000,00 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 700,00 3.000,00 PERMANENTE 28.300,00 37.000,00 --------- --------- TOTAIS 43.000,00 58.000,00 PASSIVO CIRCULANTE 20.000,00 24.000,00 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 1.000,00 0,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO CAPITAL SOCIAL 22.000,00 34.000,00 --------- --------- TOTAIS 43.000,00 58.000,00 Considerando-se que no período de 01.01.x8 a 31.12. x8 registrou-se um índice

de inflação de 20%, podemos afirmar que o quociente de liquidez geral a ( ) em 19x7 era maior que em 19x8 b ( ) em 19x8 era menor que o quociente de liquidez corrente c ( ) em 19x7 era igual ao quociente de liquidez co rrente d ( ) indica que não houve alteração na situação da empresa e ( ) indica que a situação da empresa em 31.1 2.x7 era mais favorável

que em 21.12.x8 8)Das demonstrações financeiras das empresas Alfa e Beta foram extraídas as

seguintes informações: Empresa Alfa Beta Margem operacional 0,40 0,57 Rotação de estoques 120 di as 171 dias Taxa de retorno s/investimento tota l20% 19% Ativo total 4.000,00 6.000,00 Analisando os dados acima, podemos afirmar que as v endas líquidas da empresa

Alfa a ( ) são menores que as vendas líquidas da empresa Beta, porque o seu

quociente de margem operacional é menor b ( ) são iguais às vendas líquidas da empresa Beta c ( ) são maiores que as vendas líquidas da empresa Beta d ( ) são menores que as vendas líquidas da empresa Beta, porque seus

estoques têm quociente de rotação menor e ( ) não podem ser comparados com as vendas líquid as da empresa Beta, por

falta de informações 9)Considerando os dados abaixo, ANOS 19x8 19x9 ATIVO CIRCULANTE 26.000,00 186.000,00 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 14.000,00 64.000,00 PERMANENTE 60.000,00 150.000,00 ---------- ---------- TOTAIS 200.000,00 400.000,00

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PASSIVO CIRCULANTE 50.000,00 90.000,00 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 20.000,00 10.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 130.000,00 300.000,00 ---------- ---------- TOTAIS 200.000,00 400.000,00 podemos afirmar que os quocientes de endividamento, em 19x8 e 19x9, foram,

respectivamente, de a ( ) 0,40 e 0,50 b ( ) 2,00 e 2,50 c ( ) 2,86 e 4,00 d ( ) 0,35 e 0,25 e ( ) 0,50 e 0,40 10)Examinando a série, Ano Vendas líquidas Custos Luc ro Bruto 1 2.625,00 1.050,00 1. 575,00 2 2.782,00 1.144,00 1. 638,00 3 2.949,00 1.247,00 1. 702,00 4 3.126,00 1.359,00 1. 767,00 5 3.314,00 1.481,00 1. 833,00 6 3.513,00 1.614,00 1. 899,00 podemos afirmar, considerando que não houve inflaçã o no período, que o

índice de crescimento a ( ) dos custos tem tendência a ser inferior ao do crescimento das vendas

líquidas até o ano 3, mas a ser superior a partir d o ano 4 b ( ) das vendas líquidas tem tendência a ser super ior ao do crescimento dos

custos c ( ) dos custos tem tendência a ser igual ao do cr escimento das vendas

líquidas d ( ) das vendas líquidas tem tendência a ser infer ior ao do crescimento dos

custos até o ano 3, mas superior a partir do ano 4 e ( ) das vendas líquidas tem tendência a ser infer ior ao crescimento dos

custos 11)Uma firma vendeu durante os doze meses de um det erminado exercício

75.240,00. Sabendo-se que o saldo inicial de duplicatas a rece ber, no balanço, foi de

4.600,00 e que o saldo apresentado no final do bala nço foi de 7.940,00, podemos afirmar que o prazo de recebimento das vendas é de, aproximadamente:

a ( ) 25 dias b ( ) 60 dias c ( ) 45 dias d ( ) 30 dias 12)Com base no balancete apresentado a seguir desen volva os itens abaixo: 1)Determinar o resultado do exercício mediante a el aboração da demonstração

do resultado do exercício. Para o cálculo da provi são para o imposto de renda considerar a alíquota de 25%.

2)Elaborar o balanço patrimonial. 3)Proceder o cálculo dos percentuais da análise ver tical e horizontal das

demonstrações contábeis apresentadas. 4)Proceder o cálculo dos quocientes da análise econ ômica financeira. 5)Calcular o fator de insolvência.

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6)Fazer a análise dos indicadores encontrados respo ndendo do questionário apresentado.

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BALANCETE DE VERIFICAÇÃO --------------------------------------------------- ----------------------------------------------- | BALANCETE DE VERIFICAÇÃO | SALD OS DO ANO 1 | SALDOS DO ANO 2 | |---------------------------------------|---------- ------------------|-----------------------------| | NOME DAS CONTAS | DÉBITO | CRÉDITO | DÉBITO | CRÉDITO | |---------------------------------------|---------- ---|--------------|--------------|--------------| |Caixa | 5.800, 00 | | 25.400,00 | | |Bancos conta Movimento | 16.500, 00 | | 79.400,00 | | |Aplic.financeiras de liquidez imediata | 36.700, 00 | | 135.800,00 | | |Clientes | 85.700, 00 | | 255.800,00 | | |Prov.p/créditos de liquidez duvidosa | | 1.290,00 | | 7.400,00 | |Duplicatas descontadas | | 23.000,00 | | 75.600,00 | |Aplicações em RDB | 55.600, 00 | | 265.800,00 | | |Adiantamentos a empregados | 15.200, 00 | | 56.400,00 | | |Estoque de mercadorias | 15.400, 00 | | 53.400,00 | | |Estoque de produtos prontos | 22.700, 00 | | 84.800,00 | | |Estoque de produtos em elaboração | 43.200, 00 | | 152.700,00 | | |Estoque de matérias-primas | 12.800, 00 | | 34.700,00 | | |Prêmio de seguro antecipado | 2.900, 00 | | 6.600,00 | | |Empréstimo concedido a controlada | 38.600, 00 | | 154.800,00 | | |Empréstimos compulsórios | 19.600, 00 | | 65.800,00 | | |Participações em outras empresas | 44.200, 00 | | 154.200,00 | | |Terrenos | 93.800, 00 | | 328.300,00 | | |Prédios | 77.600, 00 | | 386.700,00 | | |Máquinas e equipamentos | 78.200, 00 | | 412.900,00 | | |Veículos | 32.400, 00 | | 168.600,00 | | |Móveis e utensílios | 45.300, 00 | | 175.300,00 | | |Depreciações acumuladas | | 15.200,00 | | 69.800,00 | |Despesas pré-operacionais | 5.800, 00 | | 20.300,00 | | |Amortização de desp. pré-operacionais | | 3.200,00 | | 13.400,00 | |Fornecedores | | 45.300,00 | | 115.600,00 | |ICMS s/vendas a pagar | | 12.700,00 | | 43.600,00 | |PIS a pagar | | 1.800,00 | | 7.300,00 | |COFINS a pagar | | 3.100,00 | | 10.500,00 | |FGTS a pagar | | 4.000,00 | | 8.600,00 | |INSS a pagar | | 1.200,00 | | 5.600,00 | |ISS a pagar | | 800,00 | | 3.200,00 | |IRRF a pagar | | 900,00 | | 2.800,00 | |Salários a pagar | | 10.500,00 | | 38.800,00 | |Empréstimo banc.c/vcto.no próximo exerc| | 48.700,00 | | 123.400,00 | |Comissões a pagar | | 1.700,00 | | 5.600,00 | |Fretes a pagar | | 1.300,00 | | 3.500,00 | |Aluguel a pagar | | 1.500,00 | | 7.800,00 | |Dividendos a pagar | | 73.400,00 | | 254.600,00 | |Empréstimo obtido de coligada | | 9.220,00 | | 35.600,00 | |Capital social subscrito | | 400.000,00 | | 1.500.000,00 | |Capital social a realizar | 80.000, 00 | | 30.000,00 | | |Reserva da Corr. monetária do capital | | 8.600,00 | | 26.600,00 | |Reserva de incentivos fiscais | | 2.400,00 | | 8.400,00 | |Reserva para aumento de capital | | 3.500,00 | | 12.600,00 | |Reserva de reavaliação | | 4.800,00 | | 16.800,00 | |Reserva legal | | 7.200,00 | | 32.600,00 | |Reservas estatutárias | | 3.200,00 | | 15.600,00 | |Reserva para investimentos | | 4.100,00 | | 15.400,00 | |Reservas de lucros a realizar | | 12.800,00 | | 44.800,00 | |Lucros ou prejuízos acumulados | | 5.800,00 | | 25.600,00 | |Vendas de mercadorias | | 357.300,00 | | 1.456.500,00 | |Vendas de produtos | | 450.500,00 | | 1.650.400,00 | |Prestações de serviços | | 75.700,00 | | 235.600,00 | |Devoluções de venda | 17.500, 00 | | 63.200,00 | | |Abatimentos incondicionais s/vendas | 8.600, 00 | | 32.100,00 | | |ICMS s/vendas | 113.400, 00 | | 413.200,00 | | |PIS s/vendas | 5.400, 00 | | 10.600,00 | | |COFINS s/vendas | 17.270, 00 | | 33.500,00 | | |ISS s/prestações de serviços | 1.500, 00 | | 22.300,00 | | |Custo das mercadorias vendidas (CMV) | 215.600, 00 | | 865.300,00 | | |Custo dos produtos vendidos (CPV) | 233.500, 00 | | 935.100,00 | | |Custo dos serviços prestados (CSP) | 23.700, 00 | | 85.400,00 | | |Propaganda e publicidade | 12.000, 00 | | 35.000,00 | | |Despesas de viagens (coml.) | 2.500, 00 | | 7.800,00 | | |Brindes a clientes (coml.) | 1.100, 00 | | 4.500,00 | | |Comissões s/vendas (coml.) | 8.300, 00 | | 36.500,00 | | |Fretes c/entrega de mercadorias | 2.100, 00 | | 7.600,00 | | |Desp.c/prov.p/créd.liquidez duvidosa | 700, 00 | | 6.200,00 | | |Salários (coml.) | 9.700, 00 | | 33.900,00 | | |FGTS s/salários (coml.) | 780, 00 | | 2.800,00 | | |INSS s/salários (coml.) | 1.800, 00 | | 7.600,00 | |

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|Gastos com telefone (coml.) | 2.800, 00 | | 2.500,00 | | |Despesas c/veículos (coml.) | 8.700, 00 | | 33.800,00 | | |Despesas bancárias | 14.500, 00 | | 50.600,00 | | |Descontos concedidos | 4.400, 00 | | 15.400,00 | | |Juros passivos | 19.600, 00 | | 73.200,00 | | |Encargos s/empréstimos | 33.600, 00 | | 118.500,00 | | |Receitas de aplicações financeiras | | 25.300,00 | | 140.000,00 | |Juros ativos | | 8.700,00 | | 41.300,00 | |Desconto obtidos | | 3.700,00 | | 17.300,00 | |Material de expediente (adm.) | 920, 00 | | 2.900,00 | | |Despesas com veículos (adm.) | 2.700, 00 | | 9.500,00 | | |Despesas de viagens (adm.) | 1.200, 00 | | 5.400,00 | | |Manutenção de mov.e utens. (adm.) | 1.700, 00 | | 6.300,00 | | |Salários (adm.) | 22.700, 00 | | 78.400,00 | | |INSS s/salários (adm.) | 6.300, 00 | | 22.400,00 | | |FGTS s/salários (adm.) | 1.800, 00 | | 6.300,00 | | |Despesas com correio (adm.) | 1.200, 00 | | 4.300,00 | | |Energia elétrica (adm.) | 3.370, 00 | | 12.500,00 | | |Outras despesas operacionais | 3.260, 00 | | 11.400,00 | | |Dividendos recebidos | | 12.540,00 | | 65.200,00 | |Venda de bens do imobilizado | | 26.450,00 | | 134.600,00 | |Custo da bx.bens do imobilizado | 4.700, 00 | | 17.900,00 | | |Saldo da correção monet.do balanço | 35.600, 00 | | 154.700,00 | | |---------------------------------------|---------- ---|--------------|--------------|--------------| | T O T A I S |1.672.500, 00 | 1.672.500,00 | 6.276.300,00 | 6.276.300,00 | -------------------------------------------------- ------------------------------------------------

OBS.: MPAC = Moeda de Poder Aquisitivo Constante. DADOS COMPLEMENTARES PARA ANÁLISE / ANO ANO 1 ANO 2 SALDO INICIAL DE CLIENTES (Valor em MPAC) 540,00 SALDO INICIAL DE ESTOQUES (Valor em MPAC) 760,00 SALDO INICIAL DE FORNECEDORES (Valor em MPAC) 170,00 COMPRAS ANUAIS (Valor em MPAC) 3 .560,00 4.320,00 Valor da MPAC no final do ano 120,00 Inflação ocorrida durante o ano 130,00% 250,00%

QUESTIONÁRIO PARA A ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

1)Qual foi a variação de um ano para outro, em perc entual, no ativo e passivo total? Qual foi a conta que mais contribuiu para esta vari ação em cada grupo, respectivamente?

2)Qual foi a conta do Ativo Circulante que mais cre sceu em valor? E em percentual? 3)Qual é o percentual do Ativo Total, de cada ano, que a empresa investiu em Ativo

Permanente? 4)Em qual grupo do Passivo a empresa tem concentrad o a busca de novas origens? Que

influência teve esta escolha em termos de liquidez geral e liquidez corrente (os recursos foram aplicados no Ativo Permanente)?

5)Qual foi a variação ocorrida, em percentual, da R eceita Bruta, Receita Líquida, Lucro Bruto e Lucro Líquido?

6)Qual é a participação das despesas com vendas em relação a Receita Líquida em cada ano respectivamente? O que significa esta participa ção e sua variação ocorrida de um ano para outro?

7)Quais foram os indicadores de liquidez corrente e seca apresentados pela empresa nos dois anos? O que significam estes indicadores obtid os e as suas variações de um ano para outro?

8)Qual foi o principal motivo da variação ocorrida no índice de liquidez corrente? 9)Quais foram os indicadores de grau de solvência e de endividamento apresentados nos

dois anos? Qual foi o motivo principal da variação apresentada de um ano para outro, nestes dois indicadores?

10)Quais foram os indicadores de rentabilidade sobr e a receita líquida que a empresa obteve nos dois anos? O que significam estes indic adores apresentados e sua variação de um ano para outro?

11)Qual foi prazo médio de estocagem apresentado pe la empresa nos dois anos respectivamente? O que estes indicadores representa m? Houve uma melhora de um ano para outro? Por quê?

12)Quantos dias a empresa precisa para completar o seu ciclo de caixa? O que influenciou na alteração deste ciclo de um ano para outro? Quais as providências que a empresa deveria tomar para melhorá-lo?

13)Quantas vezes por ano a empresa consegue gira o seu ativo total? 14)Qual foi o giro de caixa apresentado em cada ano ? O que significa a variação

ocorrida em um ano para outro? 15)Qual é a participação dos capitais próprios em r elação ao capital de terceiros? O

que isso representa? O que demonstra a variação des te índice de um ano para outro?

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16)Qual é a participação dos capitais de terceiros em relação ao passivo total? O que isso representa?

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17)Qual é a relação encontrada, nos dois anos, do capital próprio em relação ao ativo permanente? Qual o significado destes indicadores e de sua variação de um ano para outro?

18)Faça um comparativo entre os indicadores e varia ções obtidos na análise vertical e horizontal das despesas com vendas e despesas gera is administrativas.

19)Qual foi a conta que mais cresceu em percentual dentro do passivo circulante? 20)O que representa o fator de insolvência? E o que demonstra sua variação de um ano

para outro? 21)Qual o seu conceito a respeito da empresa analis ada em relação: a)Liquidez; b)Atividade; c)Endividamento e estrut ura; d)Rentabilidade

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO --------------------------------------------------- --------------------------------------------------- ------------- | DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO | DADOS REFERENTE ANO 1 | DADOS REFERENTE ANO 2 |V AR.- AN.HORIZ| |-------------------------------------------------| ------------------------|------------------------|- -------------| | N O M E C L A T U R A S | Vlr em R$ | MPAC |VERT.%| Vlr em R$| MPAC |VERT.%|E m MPAC| EM % | |-------------------------------------------------| ----------|------|------|----------|------|------|- ------|------| | 1 - RECEITA BRUTA (2+3+4) | | | | | | | | | | | ==========|======|======|==========|======|======|= ======|======| | | | | | | | | | | | 2 - Vendas de mercadorias | __________|______|______|__________|______|______|_ ______|______| | | | | | | | | | | | 3 - Vendas de produtos | __________|______|______|__________|______|______|_ ______|______| | | | | | | | | | | | 4 - Prestações de serviços | __________|______|______|__________|______|______|_ ______|______| | | | | | | | | | | | 5 - DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA (6+7+8) | | | | | | | | | | | ==========|======|======|==========|======|======|= ======|======| | | | | | | | | | | | 6 - Devoluções de vendas | __________|______|______|__________|______|______|_ ______|______| | | | | | | | | | | | 7 - Abatimentos incondicionais s/vendas | __________|______|______|__________|______|______|_ ______|______| | | | | | | | | | | | 8 - Impostos e contribuições s/vendas | __________|______|______|__________|______|______|_ ______|______| | | | | | | | | | | | 9 - RECEITA LÍQUIDA (1-5) | | | | | | | | | | | ==========|======|======|==========|======|======|= ======|======| | | | | | | | | | | | 10 - CUSTO DAS MERCS., PRODS.E SERVS.VENDIDOS | __________|______|______|__________|______|______|_ ______|______| | | | | | | | | | | | 11 - LUCRO BRUTO (9-10) | | | | | | | | | | | ==========|======|======|==========|======|======|= ======|======| | 12 - DESPESAS OPERACIONAIS (13+ou-14+17+18-19 ) | | | | | | | | | | | ==========|======|======|==========|======|======|= ======|======| | | | | | | | | | | | 13 - Despesas com vendas | __________|______|______|__________|______|______|_ ______|______| | | | | | | | | | | | 14 - Encargos financeiros líquidos (15-16 ) |__________|______|______|__________|______| ______|_______|______| | | | | | | | | | | | 15 - Despesas financeiras | __________|______|______|__________|______|______|_ ______|______| | | | | | | | | | | | 16 - Receitas financeiras | __________|______|______|__________|______|______|_ ______|______| | | | | | | | | | | | 17 - Despesas gerais e administrativas | __________|______|______|__________|______|______|_ ______|______| | | | | | | | | | | | 18 - Outras despesas operacionais | __________|______|______|__________|______|______|_ ______|______| | | | | | | | | | | | 19 - Outras receitas operacionais | __________|______|______|__________|______|______|_ ______|______| | | | | | | | | | | | 20 - LUCRO (PREJUÍZO) OPERACIONAL (11-12) | | | | | | | | | | | ==========|======|======|==========|======|======|= ======|======| | | | | | | | | | | | 21 - RECEITAS NÃO OPERACIONAIS | __________|______|______|__________|______|______|_ ______|______| | | | | | | | | | | | 22 - DESPESAS NÃO OPERACIONAIS | __________|______|______|__________|______|______|_ ______|______| | | | | | | | | | | | 23 - SALDO DA CORREÇÃO MONETÁRIA DE BALANÇO | __________|______|______|__________|______|______|_ ______|______| | | | | | | | | | | | 24 - LUCRO (PREJUÍZO) ANTES I.R.(20+21-22+ou-23 )| | | | | | | | | | | ==========|======|======|==========|======|======|= ======|======| | | | | | | | | | | | 25 - PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA | __________|______|______|__________|______|______|_ ______|______| | | | | | | | | | | | 26 - LUCRO (PREJUÍZO) LÍQ.EXERC.APÓS IR (24-25) | | | | | | | | | | | ==========|======|======|==========|======|======|= ======|======| | | | | | | | | | | | 27 - PARTICIPAÇÕES SOBRE O LUCRO | __________|______|______|__________|______|______|_ ______|______| | | | | | | | | | | | 28 - LUCRO (PREJUÍZO) APÓS PARTICIPAÇÕES (26-27 )| | | | | | | | | | | ==========|======|======|==========|======|======|= ======|======| | 29 - LUCRO (PREJUÍZO) LÍQ.POR AÇÃO (28/nº ações )| | | | | | | | | | (considerando-se 10.000 ações nos dois anos) | __________|______|______|__________|______|______|_ ______|______| --------------------------------------------------- --------------------------------------------------- -------------

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BALANÇO PATRIMONIAL - ATIVO --------------------------------------------------- --------------------------------------------------- -------------- | A T I V O | DADOS REFER ENTE ANO 1 | DADOS REFERENTE ANO 2 |VAR.-AN.HORIZ| |---------------------------------|---------------- -----------------|--------------------------------- |-------------| | NOMECLATURAS |Vlr em R$| Em M PAC|AN.VERTICAL %|Vlr em R$| Em MPAC|AN.VERTICAL % |EM MPAC|EM % | |---------------------------------|----------|----- ---|-------------|----------|--------|------------- |-------|-----| | | | | | | | | | | | | | CIRCULANTE | | | | | | | | | | | | |==========|===== ===|======|======|==========|========|======|====== |=======|=====| | | | | | | | | | | | | | DISPONIBILIDADES | | | | | | | | | | | | |==========|===== ===|======|======|==========|========|======|====== |=======|=====| | | | | | | | | | | | | |_________________________________|__________|_____ ___|______|______|__________|________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |_________________________________|__________|_____ ___|______|______|__________|________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |_________________________________|__________|_____ ___|______|______|__________|________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | | CRÉDITOS | | | | | | | | | | | | |==========|===== ===|======|======|==========|========|======|====== |=======|=====| | | | | | | | | | | | | |_________________________________|__________|_____ ___|______|______|__________|________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |_________________________________|__________|_____ ___|______|______|__________|________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |_________________________________|__________|_____ ___|______|______|__________|________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |_________________________________|__________|_____ ___|______|______|__________|________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |_________________________________|__________|_____ ___|______|______|__________|________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | | ESTOQUES | | | | | | | | | | | | |==========|===== ===|======|======|==========|========|======|====== |=======|=====| | | | | | | | | | | | | |_________________________________|__________|_____ ___|______|______|__________|________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |_________________________________|__________|_____ ___|______|______|__________|________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |_________________________________|__________|_____ ___|______|______|__________|________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |_________________________________|__________|_____ ___|______|______|__________|________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | | DESP.EXERC.SEGUINTES | | | | | | | | | | | | |==========|===== ===|======|======|==========|========|======|====== |=======|=====| | | | | | | | | | | | | |_________________________________|__________|_____ ___|______|______|__________|________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | | REALIZÁVEL A LONGO PRAZO | | | | | | | | | | | | |==========|===== ===|======|======|==========|========|======|====== |=======|=====| | VALORES E BENS | | | | | | | | | | | | |==========|===== ===|======|======|==========|========|======|====== |=======|=====| | | | | | | | | | | | | |_________________________________|__________|_____ ___|______|______|__________|________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |_________________________________|__________|_____ ___|______|______|__________|________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | | PERMANENTE | | | | | | | | | | | | |==========|===== ===|======|======|==========|========|======|====== |=======|=====| | INVESTIMENTOS | | | | | | | | | | | | |==========|===== ===|======|======|==========|========|======|====== |=======|=====| | | | | | | | | | | | | |_________________________________|__________|_____ ___|______|______|__________|________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | | IMOBILIZADO | | | | | | | | | | | | |==========|===== ===|======|======|==========|========|======|====== |=======|=====| | | | | | | | | | | | | |_________________________________|__________|_____ ___|______|______|__________|________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |_________________________________|__________|_____ ___|______|______|__________|________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |_________________________________|__________|_____ ___|______|______|__________|________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |_________________________________|__________|_____ ___|______|______|__________|________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |_________________________________|__________|_____ ___|______|______|__________|________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |_________________________________|__________|_____ ___|______|______|__________|________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | | DIFERIDO | | | | | | | | | | | | |==========|===== ===|======|======|==========|========|======|====== |=======|=====| | | | | | | | | | | | | |_________________________________|__________|_____ ___|______|______|__________|________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |_________________________________|__________|_____ ___|______|______|__________|________|______|______ |_______|_____| |---------------------------------|----------|----- ---|------|------|----------|--------|------|------ |-------|-----| | TOTAL DO ATIVO | | | | | | | | | | | -------------------------------------------------- --------------------------------------------------- --------------

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BALANÇO PATRIMONIAL - PASSIVO --------------------------------------------------- --------------------------------------------------- -------------- | P A S S I V O | DADOS REFERENTE ANO 1 | DADOS REFERENTE ANO 2 |VAR.-AN.HORIZ| |----------------------------|--------------------- --------------|------------------------------------ |-------------| | NOMECLATURAS |Vlr em R$ | Em MPAC |AN.VERTICAL %| Vlr em R$ | Em MPAC |AN.VERTICAL % |EM MPAC|EM % | |----------------------------|-----------|--------- |-------------|------------|---------|------------- |-------|-----| |CIRCULANTE | | | | | | | | | | | | |===========|========= |======|======|============|=========|======|====== | ======|=====| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | EXIGÍVEL A LONGO PRAZO | | | | | | | | | | | | |===========|========= |======|======|============|=========|======|====== | ======|=====| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | | PATRIMÔNIO LÍQUIDO | | | | | | | | | | | | |===========|========= |======|======|============|=========|======|====== | ======|=====| | | | | | | | | | | | | | CAPITAL SOCIAL | | | | | | | | | | | | |========== | ======= | =====| =====| ========= | ======= | =====| ===== | ======|=====| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | | RESERVAS DE CAPITAL | | | | | | | | | | | | |===========|========= |======|======|============|=========|======|====== | ======|=====| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | | RESERVA DE REAVALIAÇÃO | | | | | | | | | | | | |===========|========= |======|======|============|=========|======|====== | ======|=====| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | | RESERVAS DE LUCROS | | | | | | | | | | | | |===========|========= |======|======|============|=========|======|====== | ======|=====| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |____________________________|__ ________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | | LUCROS ACUMULADOS | | | | | | | | | | | | |===========|========= |======|======|============|=========|======|====== | ======|=====| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |____________________________|___________|_________ |______|______|____________|_________|______|______ |_______|_____| | | | | | | | | | | | | |----------------------------|-----------|--------- |------|------|------------|---------|------|------ |-------|-----| | | | | | | | | | | | | | TOTAL DO PASSIVO | | | | | | | | | | | -------------------------------------------------- --------------------------------------------------- ---------------

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RESUMO DA ANÁLISE ECONÔMICA FINANCEIRA

-------------------------------------------------- -------------------- | QUOCIENTES-INDICADORES / ANOS | AN O 1 | ANO 2 | VAR. | |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 1-QUOCIENTES DE LIQUIDEZ |*** ****|*******|*******| | """"""""""""""""""""""" |--- ----|-------|-------| | 1.1-LIQUIDEZ GERAL | | | | |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 1.2-LIQUIDEZ CORRENTE | | | | |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 1.3-LIQUIDEZ SECA | | | | |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 1.4-LIQUIDEZ IMEDIATA | | | | |==============================================|=== ====|=======|=======| | 2-QUOCIENTES DE ATIVIDADE |*** ****|*******|*******| | """""""""""""""""""""""" |--- ----|-------|-------| | 2.1-PRAZO MÉDIO DE ESTOCAGEM | | | | |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 2.2-PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO A FORNECEDORES | | | | |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 2.3-PRAZO MÉDIO DE COBRANÇA | | | | |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 2.4-CICLO DE CAIXA | | | | |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 2.5-GIRO DE CAIXA | | | | |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 2.6-GIRO DO ATIVO TOTAL | | | | |==============================================|=== ====|=======|=======| | 3.QUOCIENTES DE ENDIVIDAMENTO E ESTRUTURA |*** ****|*******|*******| | """""""""""""""""""""""""""""""""""""""" |--- ----|-------|-------| | 3.1-GRAU DE ENDIVIDAMENTO | | | | |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 3.2-GRAU DE SOLVÊNCIA | | | | |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 3.3-PARTIC.CAPITAL PRÓPRIO S/CAP.DE TERCEIROS| | | | |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 3.4-RELAÇÃO CAP.DE TERCEIROS S/PASSIVO TOTAL | | | | |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 3.5-RELAÇÃO CAP. PRÓPRIO S/ATIVO PERMANENTE | | | | |==============================================|=== ====|=======|=======| | 4-QUOCIENTES DE RENTABILIDADE |*** ****|*******|*******| | """""""""""""""""""""""""""" |--- ----|-------|-------| | 4.1-RETORNO S/ATIVO TOTAL | | | | |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 4.2-RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO | | | | |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 4.3-RENTABILIDADE DAS VENDAS C/RECEITA LÍQ. | | | | |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 4.4-RENTABILIDADE DAS VENDAS C/LUCRO BRUTO | | | | |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 4.5-RENTABILIDADE DAS VENDAS C/LUCRO OPERAC. | | | | |----------------------------------------------|--- ----|-------|-------| | 4.6-RENTABILIDADE DAS VENDAS C/LUCRO LÍQUIDO | | | | -------------------------------------------------- --------------------

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ANÁLISE DO FATOR DE INSOLVÊNCIA

-------------------------------------------------- -------------------- | QUOCIENTES |ITEM | x |PESO| = | ANO 1 | ANO 2 | VAR. | |-------------------------|-----|---|----|---|----- ---|--------|-------| | 1-RETORNO S/PATR.LÍQUIDO|(4.2)| x |0,05| = | | | | |-------------------------|-----|---|----|---|----- ---|--------|-------| | 2-LIQUIDEZ GERAL |(1.1)| x |1,65| = | | | | |-------------------------|-----|---|----|---|----- ---|--------|-------| | 3-LIQUIDEZ SECA |(1.3)| x |3,55| = | | | | |-------------------------|-----|---|----|---|----- ---|--------|-------| | 4-LIQUIDEZ CORRENTE |(1.2)| x |1,06| = | | | | |-------------------------|-----|---|----|---|----- ---|--------|-------| | 5-GRAU DE ENDIVIDAMENTO |(3.1)| x |0,33| = | | | | |============================================|===== ===|========|=======| | 6-FATOR DE INSOLVÊNCIA---> (1+2+3-4-5) | = | | | | -------------------------------------------------- -------------------- .-----------. | |-| | + 8 |- | |-| | |- | |-| | + 7 |- | |-| | |- | |-| | + 6 |- | |-| | |- | |-| | + 5 |- | |-| | |- FAIXA DE SOLVÊNCIA | |-| | + 4 |- | |-| | |- | |-| | + 3 |- | |-| | |- | |-| | + 2 |- | |-| | |- | |-| | + 1 |- | |-| | |- ---------------| |-| | 0 |------ | |-| | |- | |-| | - 1 |- FAIXA DE PERIGO | |-| | |- | |-| | - 2 |- | |-| | |- ---------------| |-| | - 3 |------ | |-| | |- | |-| | - 4 |- FAIXA DE | |-| | |- | |-| | - 5 |- PRÉ-INSOLVÊNCIA | |-| | |- | |-| | - 6 |- | |-| | |- ---------------| |-| | - 7 `-------| --------|--- \*********/ ANO 1 ANO 2 \ *******/ \*****/ \***/ \*/

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VI-ALAVANCAGEM FINANCEIRA E OPERACIONAL

1)A empresa TMT possui um capital próprio no valor de 100.000,00, (não possui capital de terceiros) que lhe proporciona um lucro de 12.000,00. A empresa quer expandir seu parque industrial, necess itando para isso de 50.000,00. Um banco lhe ofereceu esta importância a custo de 6%. Sabendo-se que o retorno do novo investimento, antes de descontar os encargos financeiros, é de 12% sobre o valor investido, o GAF desta empresa e o novo percentual de retorno sobre capitais próprios é respectivamente.

a ( ) 1,50 e 18,00% b ( ) 1,30 e 15,60% c ( ) 1,25 e 15,00% d ( ) 1,45 e 17,00% e ( ) 1,20 e 12,00% 2)A empresa Beta Ltda fabrica e vende um único prod uto, tendo a mesma

informado os seguintes dados: Quantidade produzida e vendida mensalmente = 1.000 un Preço de venda por unidade = 60 ,00 Custo variável por unidade = 40 ,00 Custo fixo mensal total = 12.000 ,00 A empresa informa ainda que existe a possibilidade de fabricar e vender

1.200 unidade por mês. O GAF-Grau de Alavancagem Operacional da empresa Be ta ao produzir e vender

1.000 e o aumento em percentual do lucro ao produzi r e vender 1.200 unidades são respectivamente

a ( ) 1,20 e 35% b ( ) 2,50 e 20% c ( ) 1,20 e 20% d ( ) 2,50 e 50% e ( ) 1,25 e 25% 3)Utilizando-se das informações da questão anterior , podemos dizer que, se a

empresa Beta produzir e vender 1.400 unidades o seu lucro total será de a ( ) 28.000,00 b ( ) 12.000,00 c ( ) 16.000,00 d ( ) 24.000,00 e ( ) 8.000,00

VII-MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

1)Numa determinada empresa o preço de venda é de 12 .000,00 por unidade. Os custos variáveis de fabricação são de 6.000,00 por unidade. As despesas variáveis de comercialização representam 30% do pre ço de venda. A margem de contribuição unitária deste produto corresponde a

a ( ) 6.000,00 b ( ) 2.400,00 c ( ) 3.600,00 d ( ) 4.200,00 e ( ) 1.800,00

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2)A empresa Alfa SA produz um produto onde o custo variável de produção é de 4.000,00, correspondendo o mesmo a 2/5 do seu preço de venda. As despesas variáveis de comercialização correspondem a 25% do preço de venda. A margem de contribuição do referido produto é de

a ( ) 2.500,00 b ( ) 5.000,00 c ( ) 1.000,00 d ( ) 4.500,00 e ( ) 3.500,00

VIII-PONTO DE EQUILÍBRIO

1)A empresa TTL produz um determinado produto e lev antou os seguintes dados: Produção e venda 2.000 un Custos variáveis de produção 12.000,00 po r un Custos fixos de produção 650.000,00 to tal Despesas fixas de administração 200.000,00 to tal Despesas variáveis de comercialização 27% s/preço de venda Preço de venda 25.000,00 po r un Com base nestes dados, a empresa TTL obterá seu pon to de equilíbrio ao

produzir e vender a ( ) 200 unidades b ( ) 250 unidades c ( ) 136 unidades d ( ) 150 unidades e ( ) 120 unidades 2)Utilizando-se as informações da questão anterior, podemos afirmar que o

lucro obtido pela empresa ao produzir e vender 300 e 400 unidades será respectivamente

a ( ) 3.700.000,00 e 5.200.000,00 b ( ) 3.900.000,00 e 5.200.000,00 c ( ) 1.875.000,00 e 2.500.000,00 d ( ) 1.025.000,00 e 1.650.000,00 e ( ) 2.800.000,00 e 3.700.000,00 3)Ainda, com os dados da questão nº1, podemos afirm ar que a empresa obterá

um lucro de 712.500,00 ao produzir e vender a ( ) 100 unidades b ( ) 250 unidades c ( ) 180 unidades d ( ) 230 unidades e ( ) 150 unidades

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B I B L I O G R A F I A

01-WALTER, A. Milton - Introdução à Análise de Balanços , 1º Volume - Saraiva 02-REIS, Analdo C.R. - Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras - Saraiva 03-MATARAZZO, Dante C. - Análise Financeira de Balanços , Atlas 04-FRANCO, Hilário, - Estrutura, Análise e Interpretação de Balanços , Atlas 05-IUDÍCIOBUS, Sérgio de - Análise de Balanço , Atlas 06-ASSAF NETO, Alexandre - Estrutura e Análise de Balanços , Atlas 07-OLINQUEVITCH, José Leônidas & SANTI FILHO, Arman do de, - Análise de Balanços para Controle Gerencial , Altas. 08-PEREIRA DA SILVA, José - Análise Financeira das Empresas - Atlas 09-SAVYTZKY, Taras - Manual de Análise de Balanço - Sigma 10-LOPES DE SÁ, Antonio - Introdução à Análise de Balanço - Atlas 11-LOPES DE SÁ, Antonio - Fórmulas Importantes para Analisar Balanços - Tecnoprint 12-VIEIRA, Roberto - Iniciação à Administração Financeira - Tecnoprint