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ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESA CCI - CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA ANÁLISE DE CONJUNTURA 2º TRIMESTRE 2015 EDIÇÃO ELETRÓNICA

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  • ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESACCI - CÂM ARA DE COMÉRCI O E I NDÚSTRIA

    ANÁLISE DE CONJUNTURA 2º TRIMESTRE 2015

    EDIÇÃO ELETRÓNICA

  • Análise de conjuntura elaborada com informação até 26-06-15

    (com exceção do editorial, que inclui informação mais recente)

    embora com informação posterior no Editorail

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    ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESACCI - CÂM ARA DE COMÉRCI O E I NDÚSTRIA

    Índice de Assuntos

    EDITORIAL ................................................................................................................... 4

    1. ENQUADRAMENTO ................................................................................................... 6

    1.1 Enquadramento internacional ....................................................................................... 6

    1.2 Enquadramento nacional ............................................................................................. 7

    2. ATIVIDADE ECONÓMICA GLOBAL .......................................................................... 10

    2.1 Evolução recente do PIB e de outros indicadores de atividade ....................................... 10

    2.2 Projeções macroeconómicas nacionais e internacionais ................................................. 14

    2.3 Constituições, dissoluções e insolvências de empresas .................................................. 19

    3. INTERNACIONALIZAÇÃO ....................................................................................... 21

    3.1 Comércio internacional .............................................................................................. 21

    3.1.1 Comércio internacional de bens ............................................................................... 21

    3.1.2 Comércio internacional de serviços .......................................................................... 27

    3.1.3 Balança de bens e serviços ..................................................................................... 28

    3.1.4 Termos de troca de bens e de serviços ..................................................................... 29

    3.2 Investimento direto .................................................................................................. 30

    4. FINANCIAMENTO ................................................................................................... 31

    4.1 Taxas de juro ........................................................................................................... 31

    4.2 Crédito bancário ....................................................................................................... 33

    4.3 Mercado de capitais .................................................................................................. 35

    5. MERCADO DE TRABALHO ....................................................................................... 36

    6. CUSTOS DAS MATÉRIAS-PRIMAS .......................................................................... 38

    7. CUSTOS DA ENERGIA ............................................................................................. 39

    7.1 Eletricidade .............................................................................................................. 39

    7.2 Gás natural .............................................................................................................. 40

    7.3 Combustíveis ........................................................................................................... 40

    8. COMPETITIVIDADE PELOS PREÇOS E PELOS CUSTOS LABORAIS .......................................... 42

    8.1 Competitividade pelos preços: câmbios e inflação......................................................... 42

    8.2 Competitividade pelos custos laborais ......................................................................... 44

    9. AJUSTAMENTO DA ECONOMIA PORTUGUESA ........................................................ 45

    9.1 Equilíbrio externo ..................................................................................................... 45

    9.2 Endividamento ......................................................................................................... 45

    9.3 Contas públicas ........................................................................................................ 46

    FICHA TÉCNICA

    Propriedade

    CIP - Confederação

    Empresarial

    de Portugal

    Praça das Indústrias

    1300-307 LISBOA

    Diretor

    João Costa Pinto

    Edição

    CIP - Departamento de

    Assuntos Económicos

    Coordenação Pedro Capucho

    Redação

    Rui Madaleno

    Lurdes Fonseca

    Nuno Torres

    Sede de Redação

    CIP - Confederação

    Empresarial

    de Portugal

    Praça das Indústrias

    1300-307 LISBOA

    NIF 500 835 934

    Design Gráfico

    Mariana Barros

    Periodicidade

    Trimestral

    ISSN

    2183-198X

    Registo na ERC 117830

    É autorizada a

    reprodução dos

    trabalhos publicados,

    desde que citada a

    fonte e informada

    a direção da revista.

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    EDITORIAL

    1. No momento em que este terceiro número da Envolvente Empresarial é publicado, o

    enquadramento internacional da Economia Portuguesa é sobretudo marcado por dois

    acontecimentos com implicações complexas e de avaliação difícil:

    . O Acordo Nuclear com o Irão, para além do impacto sobre os mercados do

    petróleo e do gás – como sabemos cruciais para a Economia da Área Euro – pode

    contribuir para a abertura da Economia Iraniana às exportações das nossas

    empresas.

    Abertura que poderá atenuar o efeito negativo do fecho do mercado russo que se

    verificou na sequência da imposição das sanções;

    . Por sua vez, a Europa do Euro ofereceu à Grécia um novo Resgate, contra a

    adoção de um novo e muito exigente pacote de austeridade.

    Para além das implicações políticas e económicas deste Acordo – que não resolve os

    problemas estruturais com que a Economia grega se debate – a Europa do Euro

    procura sobretudo ganhar tempo e evitar que um default grego possa desestabilizar

    os mercados financeiros europeus. Teremos de aguardar para avaliar com alguma

    objetividade se este objetivo foi de facto alcançado.

    Para além destes acontecimentos, a situação na Área Euro continua marcada pelas

    intervenções maciças do BCE através do seu Programa de Aquisição de Ativos

    (QE). Este mantém sob pressão, tanto as taxas de juro que continuam em níveis

    historicamente baixos, como o valor externo do Euro – Taxa de Câmbio – em relação ao

    dólar. Evolução que, como se sabe, favorece o relançamento económico na Área Euro.

    2. Entretanto, no primeiro trimestre, a nossa Economia acelerou um pouco o movimento de

    retoma, como reflexo de uma evolução favorável das exportações e do investimento

    (FBCF). Embora a atividade económica se mantenha abaixo do nível pré-crise, trata-se de

    um comportamento favorável que reflete a retoma lenta da Economia da Área Euro.

    A taxa de desemprego parece ter estabilizado, depois da descida verificada em 2014 e

    no primeiro trimestre de 2015. Esta mantém-se elevada, quer entre os jovens – cerca de

    34% - quer no que se refere aos desempregados de longa duração, que se mantém

    entre os 8% e os 9%.

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    Será claramente necessário acelerar a retoma para melhorar de forma visível a situação

    do desemprego. Questão crucial tanto de um ponto de vista económico, como social.

    João Costa Pinto

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    1. ENQUADRAMENTO

    1.1 Enquadramento internacional

    No dia 20 de abril de 2015, o Conselho Europeu adotou um regulamento com vista a aumentar

    a reserva de capital disponível para os Fundos Europeus de Investimento (alternativo) a

    Longo Prazo (ELTIF, na sigla inglesa), com vista a remover os obstáculos ao investimento a

    longo prazo, nomeadamente em projetos de infraestruturas. Os ELTIF concentrar-se-ão apenas

    em investimentos alternativos em classes de ativos cujo êxito implica um compromisso de longo

    prazo por parte dos investidores, incluindo empresas não cotadas que emitam capital próprio;

    instrumentos de dívida para os quais não existam compradores facilmente identificáveis; ativos

    reais que necessitem de uma quantidade significativa de capital inicial; e PME admitidas à

    negociação num mercado regulamentado ou num sistema de negociação multilateral.

    No dia 22 de abril, Banco Europeu de Investimento anunciou os primeiros quatro projetos

    financiados (300 M€ de apoio a quatro diferentes setores e países) através do Plano de

    Investimento para a Europa, funcionando como exemplos de investimentos que o novo

    Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE) pode apoiar no futuro próximo.

    E começando desde já a de modo a alavancar o financiamento do setor privado.

    No final de maio de 2015, a Presidência letã do Conselho e o Parlamento Europeu chegaram a

    um acordo provisório sobre o FEIE, que tem como objetivo estimular a economia europeia.

    Em maio foi publicado pela Comissão Europeia o relatório de envelhecimento demográfico The

    2015 Ageing Report, que inclui projeções demográficas, económicas e orçamentais de longo

    prazo (até 2060) para os países da UE 28 mais a Noruega.1

    No mesmo mês, foi publicado o relatório Innovation Union Scoreboard 2015, onde

    Portugal permanece como inovador moderado, mas com uma melhoria ligeira do desempenho

    relativo face à UE (72.6% em 2014, face a 72.2% em 2013), após três anos de deterioração

    significativa face ao máximo registado em 2010 (78.5%).

    Também em maio, destaca-se a adoção, pela Comissão, do Programa Better Regulation, um

    conjunto de reformas que visa aumentar a visibilidade, transparência, coerência e eficiência do

    processo legislativo europeu.

    1 No caso de Portugal, prevê-se: um recuo da população de 10.5 milhões em 2013 para 8.2 milhões em 2060; uma descida da percentagem da população em idade ativa (15 a 65 anos) de 65.7% para 54.1%; um aumento do crescimento potencial do PIB de -0.7% em 2013 para 1.7% em 2020, mas caindo depois para próximo de 0.8% até

    2060. Em termos orçamentais, o cenário base aponta para um aumento do peso da despesa com pensões de 13.8% do PIB em 2013 até 15.0% em 2030, seguido de uma queda até 13.1% em 2060, enquanto na saúde é apontada uma subida ininterrupta de 6.0% do PIB em 2013 para 8.5% em 2060; na educação, espera-se uma redução do peso no PIB

    de 5.2% em 2013 para 3.9% em 2035, seguida de uma descida gradual para valores em torno de 4.2% até 2060.

    Fundos europeus

    de investimento

    (alternativo) a

    longo prazo

    The 2015 Ageing

    Report publicado

    Portugal recupera

    no desempenho

    relativo de

    inovação em 2014

    Acordo provisório

    sobre o FEEI

    Primeiros projetos

    do Plano de

    Investimento para

    a Europa via BEI

    http://www.consilium.europa.eu/pt/press/press-releases/2015/04/20-long-term-investment-funds/http://www.consilium.europa.eu/pt/press/press-releases/2015/04/20-long-term-investment-funds/http://ec.europa.eu/economy_finance/publications/european_economy/2015/ee3_en.htmhttp://ec.europa.eu/economy_finance/publications/european_economy/2015/ee3_en.htmhttp://ec.europa.eu/growth/industry/innovation/facts-figures/scoreboards/files/ius-2015_en.pdfhttp://ec.europa.eu/smart-regulation/better_regulation/documents/com_2015_215_en.pdf

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    No dia 3 de junho, o BCE deixou as suas taxas de juro diretoras inalteradas em mínimos

    históricos (0.05%, no caso da taxa das operações principais de refinanciamento) e indicou que

    o programa de aquisição de ativos está a decorrer de forma satisfatória.

    No dia 10 de junho, o Conselho confirmou o acordo com o Parlamento Europeu sobre a

    reforma do sistema de marcas europeu.

    No dia 17 de junho, a Reserva Federal dos EUA manteve as taxas de juro diretoras em

    mínimos históricos (0% a 0.25% na taxa Fed funds, intervalo decidido em 16 de dezembro de

    2008), mas sinalizou que o movimento de subida poderá iniciar-se, de forma gradual, ainda em

    2015 (a grande maioria dos membros do Comité de Política Monetária espera pelo menos uma

    subida até final do ano), assim que tenha uma maior segurança quanto à melhoria do mercado

    de trabalho e à obtenção de objetivo de 2% para a inflação a médio prazo.

    No dia 19 de junho, foram divulgadas as conclusões do Conselho sobre a União dos

    Mercados de Capitais, considerada fundamental para desbloquear o investimento e contribuir

    para o crescimento económico e a criação de emprego na UE.

    O Conselho Europeu de 25 e 26 de junho encerrou o Semestre Europeu de 2015 com a

    aprovação, em termos gerais, das recomendações específicas por país (incluindo Portugal) e

    um apelo à sua aplicação. O Primeiro-Ministro do Reino Unido apresentou os seus planos para

    a realização de um referendo no Reino Unido sobre a saída/permanência na União.

    O Conselho Europeu decidiu voltar a debruçar-se sobre este assunto em dezembro.

    No dia 26 de junho, data de corte de informação deste relatório, mantinha-se ainda uma

    situação de impasse nas negociações sobre a continuação da ajuda financeira à Grécia.

    1.2 Enquadramento nacional

    Final de março

    A Lei n.º 23-A/2015, de 26/03, transpõe diretivas europeias no quadro do aprofundamento

    da União Bancária, revisitando o enquadramento legal para a recuperação e a resolução de

    instituições de crédito e de empresas de investimento. O Banco de Portugal vê reforçados os

    critérios de avaliação relativos aos planos de recuperação e à resolubilidade de instituições de

    crédito e de grupos, bem como os poderes para corrigir deficiências. É também fortalecido o

    princípio de que os prejuízos de uma instituição de crédito devem ser assumidos

    prioritariamente pelos seus acionistas e, de seguida e em condições equitativas, pelos seus

    credores, de acordo com a graduação dos seus créditos em caso de insolvência.

    A Portaria n.º 94/2015, de 27/03, regulamenta o regime de benefícios fiscais contratuais

    ao investimento produtivo previstos no novo Código Fiscal do Investimento aprovado pelo

    Decreto-Lei n.º 162/2014, de 31/10.

    Reserva Federal

    sinaliza subida das

    taxas diretoras

    ainda em 2015

    Conclusões do

    Conselho sobre a

    União do Mercado

    de Capitais

    Reino Unido

    apresenta plano de

    referendo à

    permanência na UE

    Impasse na Grécia

    Reforço dos

    poderes do BdP

    no âmbito da

    União Bancária

    Reforma do

    sistema de marcas

    europeu

    http://www.consilium.europa.eu/pt/press/press-releases/2015/06/10-div-trade-marks/http://data.consilium.europa.eu/doc/document/ST-9852-2015-INIT/pt/pdfhttp://data.consilium.europa.eu/doc/document/ST-9852-2015-INIT/pt/pdfhttp://ec.europa.eu/europe2020/pdf/csr2015/csr2015_portugal_pt.pdfhttps://dre.pt/application/file/66869077https://dre.pt/application/file/66857539https://dre.pt/application/file/58660557

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    Abril

    No Conselho de Ministros de 2 de abril, o Governo anunciou uma linha de crédito para

    empresas portuguesas a operar em Angola de dimensão até 500 M€, para apoio à

    Tesouraria e Fundo de Maneio, com prazo máximo de dois anos e carência de um ano. A linha,

    que será alvo de sistema de garantia pública, foi concebida em colaboração com a Instituição

    Financeira de Desenvolvimento e será operacionalizada pela banca comercial.

    O Conselho de Ministros de 9 de abril aprovou um diploma que procede à fusão, por

    incorporação, da EP Estradas de Portugal, S.A., na REFER Rede Ferroviária Nacional, E.P.E.,

    denominando a nova empresa Infraestruturas de Portugal, S.A. (IP, S.A.).

    A Resolução do Conselho de Ministros n.º 23/2015, de 20/04, altera pela 2ª vez a Resolução do

    Conselho de Ministros n.º 29/2011, de 11/07, que aprova o Regimento do Conselho de

    Ministros do XIX Governo Constitucional e republica as regras a observar no processo legislativo

    do Governo, no sentido de assegurar a avaliação do impacto das iniciativas legislativas do

    Governo nas pequenas e médias empresas (Teste PME) e a ponderação das suas

    especificidades na elaboração das correspondentes propostas.

    O Conselho de Ministros de 16 de abril aprovou o Programa de Estabilidade 2015-2019 e o

    Programa Nacional de Reformas 2015, publicados depois no dia 29.

    O Decreto-Lei n.º 59/2015, de 21/04, aprova o novo regime do Fundo de Garantia

    Salarial, transpondo a Diretiva n.º 2008/94/CE, de 22/10/2008, relativa à proteção dos

    trabalhadores assalariados em caso de insolvência do empregador.

    A Resolução do Conselho de Ministros n.º 28/2015, de 30/04, aprova o “Compromisso para o

    Crescimento Verde”, que procura estabelecer as bases de uma transição para um modelo de

    desenvolvimento capaz de conciliar o indispensável crescimento económico com um menor

    consumo de recursos naturais, a qualidade de vida da população e a inclusão social e territorial.

    O Decreto-Lei n.º 68-A/2015, de 30/04, estabelece disposições em matéria de eficiência

    energética (com objetivo de economias, por distribuidor, de 1.5% ao ano até 2020 sobre as

    vendas de energia aos consumidores) e produção em cogeração (regime de remuneração),

    transpondo uma diretiva europeia relativa à eficiência energética.

    Maio

    O Decreto-Lei n.º 73/2015, de 11/05, altera pela 1ª vez o Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de

    agosto, que aprovou o Sistema da Indústria Responsável, republicando-o. O objetivo desta

    alteração é a simplificação, celeridade e a diminuição de custos para as empresas

    O Decreto-Lei n.º 75/2015, de 11/05, aprova o Regime de Licenciamento Único de

    Ambiente, que visa a simplificação dos procedimentos dos regimes de licenciamento

    ambientais, regulando o procedimento de emissão do título único ambiental.

    Linha de crédito

    para empresas a

    operar em Angola

    Criação da

    Infraestruturas de

    Portugal

    Teste PME no

    processo

    legislativo

    PEC 2015-2019 e

    PNR 2015

    aprovados

    SIR simplificado

    LUA aprovado

    Compromisso

    para o

    Crescimento

    Verde

    https://dre.pt/application/file/67030877http://dre.pt/pdf1sdip/2011/07/13100/0397703984.pdfhttp://dre.pt/pdf1sdip/2011/07/13100/0397703984.pdfhttp://www.portugal.gov.pt/media/8750838/20150429-programa-estabilidade-2015-2019.pdfhttp://www.portugal.gov.pt/media/8750841/20150429-programa-reformas-2015.pdfhttps://dre.pt/application/file/67042389https://dre.pt/application/external/eurolex?08L0094https://dre.pt/application/file/67124176http://www.crescimentoverde.gov.pt/http://www.crescimentoverde.gov.pt/https://dre.pt/application/file/67123417https://dre.pt/application/file/67188488http://dre.pt/pdf1sdip/2012/08/14800/0396904007.pdfhttps://dre.pt/application/file/67188490

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    Junho

    O Decreto-Lei n.º 98/2015, de 2/06, estabelece as regras relativas às demonstrações

    financeiras anuais, às demonstrações financeiras consolidadas e aos relatórios conexos de

    certas formas de empresas, transpondo uma diretiva comunitária que tem como principais

    objetivos a redução de encargos administrativos das PME e a simplificação de procedimentos de

    relato financeiro, a redução da informação nas notas anexas às demonstrações financeiras e a

    dispensa de demonstrações financeiras consolidadas para grupos de pequenas empresas.

    O Decreto-Lei n.º 99/2015, de 2/06, altera pela primeira vez o Decreto-Lei n.º 127/2012, de 21

    de junho, que regula à aplicação da Lei dos Compromissos e dos Pagamentos em Atraso

    (aprovada pela Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro), nomeadamente para clarificar o conceito de

    compromisso plurianual.

    A Resolução do Conselho de Ministros n.º 36/2015, de 12/06, aprova a Estratégia Nacional

    de Segurança do Ciberespaço.

    No dia 12 de junho, o FMI divulgou as conclusões da segunda avaliação pós-programa

    de ajustamento, insistindo na redução da dívida pública e privada, e nas reformas estruturais.

    A Resolução do Conselho de Ministros n.º 40/2015, de 16/06, altera os limites de emissão de

    dívida pública fixados na Lei de Orçamento do Estado para 2015 com o objetivo de proceder à

    liquidação antecipada parcial do empréstimo contraído junto do FMI, aproveitando a

    redução dos custos de financiamento em mercado.

    Note-se que, já no quadro do Programa de Estabilidade, foi submetido um pedido à Comissão

    Europeia para amortizar toda a restante dívida ao FMI.

    O Conselho de Ministros de 18 de junho aprovou a versão final revista do Plano Estratégico

    dos Transportes e Infraestruturas PETI3+, para o horizonte 2014-2020, que passa a

    incluir uma Declaração Ambiental com objetivos de redução de CO2, NOX e partículas.

    No dia 24 de junho, o Governo assinou o contrato de reprivatização da TAP com o

    Agrupamento Gateway – constituído pela sociedade HPGB SGPS SA e pela DGN Corporation –

    que venceu o processo de venda direta de referência, decisão tomada no Conselho de Ministros

    de 11 de junho. Segundo a secretária de Estado do Tesouro, a Gateway pagará 354 M€ por

    61% da TAP, mas o valor final poderá chegar a 488 M€ tendo em conta o desempenho da TAP,

    números que incluem a recapitalização da empresa. O Estado encaixa 10 M€ no imediato, mas

    o valor pode aumentar até 140 M€ dependendo do desempenho da TAP e da possibilidade de

    efetuar uma operação de colocação no mercado de capitais até quatro anos após a venda.

    O Conselho de Ministros de 25 de junho aprovou o Quadro Estratégico para a Política

    Climática (QEPiC), que inclui o Programa Nacional para as Alterações Climática e a Estratégia

    Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas, determinando os valores de redução das

    emissões de gases com efeito de estufa para 2020/2030.

    Lei dos

    Compromissos e

    Pagamentos em

    atraso clarificada

    Demonstrações

    simplificadas para

    as PME

    Liquidação

    antecipada do

    empréstimo do

    FMI a Portugal

    Versão final

    revista do PETI3+

    Reprivatização da

    TAP

    https://dre.pt/application/file/67361214https://dre.pt/application/file/67361215https://dre.pt/web/guest/pesquisa/-/search/178845/details/normal?l=1https://dre.pt/web/guest/pesquisa/-/search/542996/details/normal?l=1https://dre.pt/application/file/67443061https://dre.pt/application/file/67443061http://www.imf.org/external/np/ms/2015/061215.htmhttp://www.imf.org/external/np/ms/2015/061215.htmhttps://dre.pt/application/file/67495498http://www.portugal.gov.pt/pt/os-temas/peti3mais/peti3mais.aspx

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    2. ATIVIDADE ECONÓMICA GLOBAL

    2.1 Evolução recente do PIB e de outros indicadores de atividade

    Os dados mais recentes das contas nacionais mostraram uma aceleração homóloga do PIB no

    primeiro trimestre de 2015 (de uma taxa de variação homóloga real de 0.6% para 1.5%, o

    sexto valor positivo consecutivo e o mais elevado desde o terceiro trimestre de 2010) com

    origem nas principais rubricas de despesa.

    Quadro 2.1.1: PIB e componentes de despesa

    2013 2014 2T 14 3T 14 4T 14 1T 15

    PIB

    Tvcr (%) -1.6 0.9 0.5 0.2 0.4 0.4

    Tvhr (%) -1.6 0.9 0.9 1.2 0.6 1.5

    Componentes de despesa (tvhr, %)

    Consumo Final -1.7 1.6 1.4 2.2 1.3 1.8

    Consumo Privado, do qual: -1.5 2.2 1.8 2.7 2.0 2.5

    Bens alimentares 0.7 0.4 0.3 0.1 0.3 0.6

    Bens duradouros 1.9 14.8 11.5 16.7 13.2 14.4

    Bens correntes não alim., serviços -2.4 1.4 1.3 2.1 1.3 1.8

    Consumo Público -2.4 -0.3 -0.1 0.4 -1.0 -0.5

    FBC, da qual: -6.7 5.3 3.1 2.6 3.5 0.0

    FBCF -6.7 2.5 3.6 3.9 2.5 8.5

    Recursos biológicos cultivados -4.9 -1.6 -1.9 -1.0 -0.5 -0.2

    Outras máq. e eq., sist. armamento 4.0 15.2 17.8 19.8 10.2 9.2

    Eq. de transporte 24.8 21.9 17.2 27.1 23.5 33.1

    Construção -14.7 -4.3 -2.6 -4.2 -2.9 8.5

    Produtos de propriedade intelectual -1.8 -0.6 -0.5 -0.6 -0.7 -0.7

    Exportações 6.4 3.3 2.0 2.9 4.9 6.8

    Bens 6.0 3.5 2.1 3.1 6.2 7.9

    Serviços 7.6 2.7 1.8 2.4 1.3 4.0

    Importações 3.9 6.4 3.9 5.4 7.4 6.6

    Bens 4.2 6.4 4.1 5.0 6.7 5.8

    Serviços 2.1 6.8 2.7 8.3 11.6 11.6

    Contributos para a tvhr do PIB (p.p.)

    Procura Interna -2.5 2.1 1.6 2.3 1.6 1.5

    Procura Externa Líquida 0.9 -1.2 -0.7 -1.0 -1.0 0.0

    Fonte: INE, Contas nacionais (base 2011, SEC 2010). Tvc(h)r = taxa de variação em cadeia (homóloga) real;

    p.p.=pontos percentuais; FBC(F)=Formação Bruta de Capital (Fixo).

    Destaca-se, em particular, o aumento do ritmo de crescimento da FBCF (de uma variação

    homóloga de 2.5% para 8.5%, a subida mais forte desde o final de 1998), das exportações

    (de 4.9% para 6.8%) e do consumo privado (de 2.0% para 2.5%), bem como a

    desaceleração das importações (de 7.4% para 6.6%). Note-se, contudo, que o resultado das

    PIB acelera em

    termos homólogos

    no 1T 15

    Aceleração da FBCF,

    das exportações e do

    consumo privado, e

    abrandamento das

    importações

  • 2T 15 ENVOLVENTE EMPRESARIAL - ANÁLISE DE CONJUNTURA

    11

    ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESACCI - CÂM ARA DE COMÉRCI O E I NDÚSTRIA

    exportações está em parte influenciado pelo efeito de base decorrente da forte queda das

    exportações de combustíveis no primeiro trimestre de 2014.

    Ao nível da FBCF, realça-se o crescimento homólogo de 8.5% do investimento em

    construção (após -2.9% no trimestre anterior), que traduz a primeira variação positiva desde

    o quarto trimestre de 2007 e a mais elevada desde o primeiro trimestre de 2002. As rubricas de

    equipamento mantiveram um dinamismo assinalável (33.1% no equipamento de transporte e

    9.2% nas outras máquinas e equipamento). Note-se ainda que a variação homóloga da FBC

    (0.0%) está influenciada pelo valor elevado da variação de existências no período homólogo

    de 2014.

    A evolução das exportações e as importações resultou numa melhoria de andamento da

    procura externa líquida, que deixou de contribuir negativamente para o PIB (contributo de

    0.0 p.p. para a variação homóloga real do PIB, após -1.0 p.p. no quarto trimestre), tendo o

    contributo positivo da procura interna diminuído de forma ligeira (de 1.6 p.p. para 1.5 p.p.).

    Em comparação com o trimestre anterior, o PIB aumentou 0.4% em termos reais (dados

    corrigidos de sazonalidade), uma variação idêntica à ocorrida no quarto trimestre de 2014.

    Em termos nominais, o PIB registou uma variação de 2.2% em termos homólogos (1.1% no

    trimestre anterior) e de 1.2% em cadeia (0.2%).

    Como o valor exportado registou uma variação em cadeia negativa no primeiro trimestre

    (-1.8%), o peso das exportações no PIB desceu de forma ligeira, mantendo-se ainda num

    dos níveis mais elevados dos últimos anos (39.8%: 28.9% nos bens e 11.0% nos serviços).

    Figura 2.1.1: Intensidade exportadora (total, bens e serviços)

    39.2 39.6 38.8 39.7

    40.1 41.0 39.8

    28.7 28.9 28.3 28.9 29.2 30.0

    28.9

    10.4 10.7 10.5 10.8 10.9 11.0 11.0

    0.0

    5.0

    10.0

    15.0

    20.0

    25.0

    30.0

    35.0

    40.0

    45.0

    2013 2014 1T 14 2T 14 3T 14 4T 14 1T 15

    Exportações totais (% do PIB a preços correntes)

    Exportações de bens (% do PIB a preços correntes)

    Exportações de serviços (% do PIB a preços correntes)Fonte: INE

    Contributo da

    procura externa

    líquida melhora

    Peso das

    exportações no PIB

    recua para 39.8%

    Forte retoma do

    investimento em

    construção e

    manutenção de um

    elevado dinamismo

    nas rubricas de

    equipamento

  • 2T 15 ENVOLVENTE EMPRESARIAL - ANÁLISE DE CONJUNTURA

    12

    ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESACCI - CÂM ARA DE COMÉRCI O E I NDÚSTRIA

    Quadro 2.1.2: VAB por ramos

    2013 2014 2T 14 3T 14 4T 14 1T 15

    VAB total e por ramos (tvhr, %)* -1.2 0.7 0.9 0.9 0.3 0.9

    Agricultura, Silvicultura e Pesca 2.0 1.4 1.4 1.2 1.2 1.4

    Indústria 0.9 1.9 3.1 1.9 -0.5 -0.1

    Energia, Águas e Saneamento -1.7 -0.8 -0.7 0.0 -1.1 -1.2

    Construção -13.1 -3.6 -2.2 -3.3 -1.9 7.6

    Comércio e rep. aut, Aloj. e Restauração 0.5 2.5 2.2 3.1 2.5 3.2

    Transp. e armaz., Inf. e comunicação -1.3 -0.9 -1.2 -1.7 -0.6 -1.9

    Ativ. Financeira, Seguradora e Imobiliária -1.8 -2.0 -2.3 -2.6 -1.9 -0.4

    Outros Serviços -1.2 1.6 2.0 2.3 0.9 0.8

    INE, Contas nacionais (base 2011, SEC 2010). Tvhr=taxa de variação homóloga real; VAB=Valor Acrescentado Bruto.

    *VAB a preços base (sem impostos líquidos de subsídios).

    No que se refere ao VAB (que acelerou de uma variação homóloga de 0.3% para 0.9%

    excluindo impostos líquidos de subsídios), os dados por ramos mostraram uma melhoria quase

    generalizada do andamento homólogo, destacando-se a forte retoma do crescimento na

    construção (para uma tvh de 7.6%) e a aceleração no Comércio e reparação automóvel,

    Alojamento e Restauração (para 3.2%) e na Agricultura, Silvicultura e Pesca (para 1.4%), com

    a Indústria a registar uma variação homóloga ligeiramente negativa (-0.1%).

    Figura 2.1.2: PIB e Indicador Coincidente para a evolução homóloga tendencial de atividade

    do Banco de Portugal (tvhr, %)

    Quanto a dados mais recentes, o indicador coincidente para a evolução homóloga

    tendencial de atividade do BdP melhorou pelo quinto mês consecutivo em maio (0.7%),

    sugerindo uma aceleração da atividade económica, não obstante os sinais de abrandamento

    ligeiro no indicador coincidente análogo para o consumo privado. O indicador de FBCF

    do INE manteve um elevado dinamismo em abril (tvh de 6.4%), mas com alguma

    desaceleração face ao primeiro trimestre (8.5%), que apenas não afetou a construção.

    -1.6

    0.9 0.9 1.2

    0.6

    1.5

    -1.1

    0.4

    0.9

    0.2

    -0.5

    0.0

    0.6 0.7

    -2.0

    -1.0

    0.0

    1.0

    2.0

    2013 2014 2T 14 3T 14 4T 14 1T 15 abr-15 mai-15

    PIB Ind. coincidente tendencial de atividade económica do BdP (%)Fontes: INE; BdP

    Indicador

    coincidente

    tendencial do BdP

    sugere aceleração

    da atividade

    económica no 2º

    Trimestre

    Forte retoma do

    VAB da Construção

    no 1º Trimestre

  • 2T 15 ENVOLVENTE EMPRESARIAL - ANÁLISE DE CONJUNTURA

    13

    ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESACCI - CÂM ARA DE COMÉRCI O E I NDÚSTRIA

    Quanto a indicadores avançados, realça-se uma nova subida do Indicador de Clima do

    INE (calculado a partir do inquérito do INE às empresas e consumidores sem correção de

    sazonalidade) em maio, para um máximo de sete anos, refletindo melhorias em todos os

    indicadores de confiança setoriais. Em sentido contrário, o indicador de confiança dos

    consumidores registou uma descida, mas ainda dentro de uma tendência ascendente.

    Figura 2.1.3: Indicador de Clima Económico (tvh; média móvel de 3 meses, mm3) e

    Indicadores de Confiança, IC (saldo de respostas extremas, sre; mm3)

    No mesmo mês, o Índice de Sentimento Económico da Comissão Europeia para

    Portugal (valores efetivos corrigidos de sazonalidade) recuou para 103.6 pontos em maio (um

    valor próximo do da Área Euro e inferior ao da UE), mas dentro de uma tendência ascendente e

    significativamente acima da média de longo prazo (100 pontos).

    Figura 2.1.4: Indicador de Sentimento Económico em Portugal, Área Euro e UE

    (média 1990-2012=100, valores ajustados de sazonalidade)

    0.1

    0.4

    0.6 0.6 0.6

    0.6

    0.4

    0.2 0.3 0.3

    0.6

    0.8

    1.1

    0.0

    0.2

    0.4

    0.6

    0.8

    1.0

    1.2

    -60

    -50

    -40

    -30

    -20

    -10

    0

    10

    mai-14 jul-14 set-14 nov-14 jan-15 mar-15 mai-15

    IC Consum. IC Ind. Transf.

    IC Constr. e Obras Púb. IC Comércio

    IC Serviços Indicador de clima ec. (esc. dta)Fonte: INE

    103.6

    70

    75

    80

    85

    90

    95

    100

    105

    110

    jun-14 jul-14 ago-14 set-14 out-14 nov-14 dez-14 jan-15 fev-15 mar-15 abr-15 mai-15

    Portugal Área Euro UE Média 1990-2012=100Fonte: Comissão Europeia

    Indicador avançado

    de clima do INE em

    máximo de sete

    anos aponta para

    sustentação da

    retoma

    Índice de

    Sentimento

    Económico da CE

    acima da média de

    longo prazo

  • 2T 15 ENVOLVENTE EMPRESARIAL - ANÁLISE DE CONJUNTURA

    14

    ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESACCI - CÂM ARA DE COMÉRCI O E I NDÚSTRIA

    2.2 Projeções macroeconómicas nacionais e internacionais

    Projeções para Portugal

    O Boletim Económico de junho do Banco de Portugal (BdP) manteve inalteradas as

    projeções de crescimento económico da economia portuguesa para os próximos anos

    (1.7% em 2015, 1.9% em 2016 e 2.0% em 2017), apenas com alterações nalgumas

    componentes de despesa em 2015 e, em menor medida, em 2017. As previsões de crescimento

    são mais otimistas que as divulgadas também em junho pelo FMI (1.6% em 2015, 1.5% em

    2016 e 1.4% em 2017), mas os valores para 2015 e 2016 são semelhantes aos da OCDE,

    Comissão Europeia e Governo.

    Quadro 2.2.1: Projeções económicas para Portugal

    BdP

    jun-15

    FMI OCDE CE Gov.

    Jun-15

    jun-15

    Jun-15 Mai-15 Mai-15 Abr-15

    2015 2016 2017 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016

    PIB (tvar, %) 1.7 1.9 2.0 1.6 1.5 1.6 1.8 1.6 1.8 1.6 2.0

    Consumo privado 2.2 1.7 1.7 1.7 1.6 1.8 1.5 2.0 1.6 1.9 1.9

    Consumo público -0.5 0.2 0.0 -0.5 0.9 -0.5 0.2 -0.3 0.2 -0.7 0.1

    FBCF 6.2 4.4 6.0 4.2 2.5 2.9 3.1 3.5 4.0 3.8 4.4

    Exportações 4.8 6.0 6.4 5.5 4.8 6.2 5.4 5.3 6.1 4.8 5.5

    Importações 5.7 5.5 6.5 4.5 4.8 4.7 4.8 4.7 4.8 4.6 5.3

    Contributos brutos

    para a tvar do PIB (p.p.)

    Exportações líquidas (do total de importações)

    0.3 0.0 0.6 0.3 0.2 0.2 0.1 0.1

    Procura Interna 1.2 1.6 1.0 1.5 1.4 1.6 1.6 1.9

    Contributos líquidos das

    respetivas importações (p.p.)*

    Exportações 0.6* 1.2* 1.2*

    Procura Interna 1.1* 0.7* 0.8*

    Proc. externa relevante (tvar,

    %)

    4.5 5.5 5.8 4.5 5.2

    Emprego (tva, %) -0.2 0.6 0.6 0.7 0.6 0.8

    Taxa de desemprego (%) 13.4 12.9 13.2 12.6 13.4 12.6 13.2 12.7

    Inflação (tva do IHPC, %) 0.5 1.2 1.3 0.6 1.3 0.1 0.7 0.2 1.3 -0.2 1.3

    Bal. Corr. e de capital (% PIB) 3.0 3.2 3.4 2.6 2.8 2.1 2.0

    Balança corrente (% PIB) 1.0 0.8 0.7 0.6 1.2 1.4 0.5 0.4

    Bal. de bens e serviços (% PIB) 2.1 2.1 2.1

    Bal. de bens (% PIB) -3.4 -3.4

    Saldo orçamental (% PIB) -3.2 -2.7 -2.9 -2.8 -3.1 -2.8 -2.7 -1.8

    Dívida pública bruta (% PIB) 126.5 124.3 127.7 124.2 124.4 123.0 124.2 121.5

    Fontes: Banco de Portugal, BdP, Boletim Económico Junho 2015; Organização para a Cooperação e Desenvolvimento

    Económico, OCDE, OECD Economic Outlook June 2015; Comissão Europeia, CE, European Economy - Spring 2015;

    Governo, Programa de Estabilidade e Crescimento 2015-2019; Fundo Monetário internacional, FMI, Portugal—

    BdP mantém

    previsões de

    crescimento

    https://www.bportugal.pt/pt-PT/EstudosEconomicos/Publicacoes/BoletimEconomico/Publicacoes/bol_econ_junho2015_p.pdfhttp://www.keepeek.com/Digital-Asset-Management/oecd/economics/oecd-economic-outlook-volume-2015-issue-1_eco_outlook-v2015-1-en#page1http://ec.europa.eu/economy_finance/publications/european_economy/2015/pdf/ee2_en.pdfhttp://www.portugal.gov.pt/media/8750838/20150429-programa-estabilidade-2015-2019.pdfhttp://www.imf.org/external/np/ms/2015/061215.htm

  • 2T 15 ENVOLVENTE EMPRESARIAL - ANÁLISE DE CONJUNTURA

    15

    ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESACCI - CÂM ARA DE COMÉRCI O E I NDÚSTRIA

    Concluding Statement of the Second Post-Program Monitoring Discussions. Tva = taxa de variação anual; tvar= taxa de

    variação anual real; p.p.= pontos percentuais. *Contributo de cada componente expurgada do respetivo conteúdo

    importado (lógica de valor acrescentado nacional), uma abordagem diferente da tradicional (contributos brutos), em

    que a procura interna inclui importações e a procura externa líquida considera as exportações deduzidas das

    importações totais. Segundo o BdP, o cálculo dos conteúdos importados foi feito com base em informação relativa ao

    ano de 2005 (seguindo uma metodologia descrita no Boletim Económico de Junho de 2014). Nota: as previsões do BdP

    incorporam as medidas incluídas no OE 2015 e no Programa de Estabilidade 2015-2019, com exceção das relativas à

    sustentabilidade da Segurança Social e à reforma e racionalização dos serviços públicos, por não se encontrarem

    especificadas com detalhe suficiente.

    Nas previsões para 2015 do BdP, salienta-se a revisão em alta do crescimento da FBCF (de

    4.0% para 6.2%) e das exportações (de 4.3% para 4.8%), que foi contrariada pela subida da

    projeção para as importações (de 3.9% para 5.7%) e a descida no caso do consumo privado

    (de 2.4% para 2.2%). Em termos de revisões, salienta-se ainda, nos valores de 2017, ligeiras

    subidas nos valores da FBCF, das exportações e das importações.

    Principais destaques do Boletim Económico de Junho:

    - As projeções para a economia portuguesa apontam para a continuação do processo de

    recuperação moderada da atividade iniciado em 2013, que se deverá traduzir num ritmo

    de crescimento próximo do projetado para a área do euro. No final do horizonte de projeção, o

    nível do PIB deverá situar-se próximo do observado antes do início da crise financeira

    internacional.

    - O crescimento da economia portuguesa assentará no crescimento robusto das exportações e

    na recuperação da procura interna.

    As estimativas do BdP mostram que, com exceção de 2015, as exportações líquidas do

    respetivo conteúdo importado deverão continuar a dar um contributo predominante para o

    crescimento do produto (1.2 p.p. em 2016 e em 2017). Em 2015, o contributo líquido da

    procura interna (isto é, deduzido do respetivo conteúdo importado) será de 1.1 p.p., explicando

    a maior parte do crescimento.

    O crescimento das exportações continuará a refletir a transferência de recursos produtivos para

    os setores da economia mais expostos à concorrência internacional. Em resultado, deverá

    manter-se a capacidade de financiamento da economia portuguesa e, desta forma, a

    redução sustentada dos níveis de endividamento externo, de acordo com o BdP.

    O BdP projeta que o peso das exportações no PIB deverá aumentar de cerca de 41% em

    2014 para cerca de 46% em 2017.

    Nas hipóteses do exercício de previsão é assumido que o crescimento da procura da Área

    Euro será superior ao dos mercados fora dessa área.

    FBCF, exportações

    e importações de

    2015 revistos em

    alta, e consumo

    privado em baixa

    Exportações

    líquidas das suas

    importações dão o

    maior contributo

    para o crescimento,

    exceto em 2015

    Peso das

    exportações no PIB

    deverá subir para

    46% em 2017

    http://www.imf.org/external/np/ms/2015/061215.htm

  • 2T 15 ENVOLVENTE EMPRESARIAL - ANÁLISE DE CONJUNTURA

    16

    ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESACCI - CÂM ARA DE COMÉRCI O E I NDÚSTRIA

    A aceleração das exportações reflete a evolução da procura externa e melhorias de

    competitividade-preço, num contexto de forte depreciação do euro, favorecendo a

    continuação de ganhos de quota de mercado. Em 2015, contudo, a melhoria de

    competitividade é compensada pela forte redução das exportações para Angola, limitando os

    ganhos de quota de mercado.

    As importações de bens e serviços deverão apresentar um crescimento de 5.7% em 2015,

    após um crescimento de 6.4% em 2014, valor que foi influenciado pela forte acumulação de

    existências de bens energéticos, que têm um elevado conteúdo importado. Ao longo do

    restante horizonte de projeção, as importações deverão evoluir em linha com a elasticidade

    média histórica desta componente face à evolução da procura global ponderada pelos

    conteúdos importados, segundo o BdP.

    - Antecipa-se uma recuperação moderada do consumo privado e da FBCF, condicionada

    pelo elevado endividamento das famílias e das empresas não financeiras.

    No final do horizonte de projeção, o peso do consumo privado no PIB deverá manter-se em

    cerca de 66%, valor próximo do observado no passado recente.

    Por sua vez, o peso da FBCF no PIB deverá recuperar até 17% em 2017, valor ainda inferior

    ao observado em 2008. Este valor reflete ajustamentos marcados no investimento público e em

    habitação, que deverão assumir uma natureza persistente, e uma recuperação dos níveis do

    investimento empresarial. O fraco dinamismo da FBCF no atual ciclo económico é uma

    caraterística comum à Área Euro e constitui um dos fatores explicativos da recuperação

    mais moderada da atividade económica face a ciclos anteriores, segundo o BdP.

    No caso do investimento empresarial, projeta-se um crescimento robusto (5.8% em 2015,

    5.9% em 2016 e 7.1% em 2017) que não se afasta do comportamento médio deste agregado

    em anteriores fases de recuperação da economia, beneficiando da melhoria das perspetivas de

    procura (interna e externa), da necessidade de renovação do stock de capital, após um longo

    período de redução do investimento, e da melhoria das condições de financiamento, favorecidas

    pelas medidas de política monetária não convencional do BCE. De facto, o BdP projeta uma

    redução gradual dos diferenciais de taxa de juro do crédito a sociedades não financeiras

    face à taxa de juro de referência do mercado interbancário e um retorno a variações positivas

    do stock de crédito bancário. Esta evolução é consistente com a continuação da redução

    do nível de endividamento das sociedades não financeiras em percentagem do PIB que,

    não obstante a redução recente, continua elevado por comparação com a Área Euro.

    O crescimento relativamente moderado projetado para o investimento em habitação reflete

    o facto de a redução observada nesta componente desde 2001 se revestir, em larga medida, de

    uma natureza estrutural, dado o elevado nível atingido pelo investimento neste setor ao longo

    Crescimento

    robusto da FBCF

    empresarial, em

    linha com

    anteriores fases de

    recuperação

  • 2T 15 ENVOLVENTE EMPRESARIAL - ANÁLISE DE CONJUNTURA

    17

    ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESACCI - CÂM ARA DE COMÉRCI O E I NDÚSTRIA

    dos anos 90 (beneficiando de condições financeiras muito favoráveis), a recente tendência de

    redução da população residente e o ainda elevado nível de endividamento dos particulares.

    O investimento público continuará a ser condicionado pela necessidade de consolidação

    orçamental, projetando-se crescimentos moderados ao longo do horizonte de projeção, após

    uma queda de cerca de 60% no período 2011-2014. O BdP espera uma significativa

    recuperação deste agregado em 2015, após uma execução de 2014 aquém do orçamentado

    devido a uma diminuição forte das transferências provenientes de fundos comunitários que não

    se assume como permanente. Em 2016, prevê-se uma quebra do volume de investimento

    público devido ao registo de uma parte da receita proveniente da venda de material militar,

    enquanto em 2017 é assumida a estabilização deste agregado em rácio do PIB.

    De acordo com as hipóteses assumidas relativamente às taxas de depreciação dos vários tipos

    de capital, não obstante o crescimento projetado para a FBCF ao longo do horizonte de

    projeção, em particular para a componente empresarial, a recuperação não será ainda

    suficiente para repor o stock de capital depreciado. Daqui resulta um contributo

    marginalmente negativo do fator capital para o crescimento do PIB em 2015-2017,

    o que é contrariado pela recuperação de um contributo positivo no fator trabalho, pela melhoria

    do capital humano e pela evolução mais favorável da produtividade total de fatores.

    - O crescimento projetado para a economia portuguesa é compatível com uma progressiva

    redução da taxa de desemprego, não obstante a sua persistência em níveis elevados.

    - A inflação foi revista em alta ligeira (para valores de 0.5% em 2015, 1.2% em 2016 e 1.3%

    em 2016), com valores reduzidos mas aumentando gradualmente até ao final do horizonte de

    projeção, em linha com a retoma da atividade económica. O diferencial de inflação face à Área

    Euro deverá retomar valores negativos em 2016 e 2017, após um valor positivo esperado de

    +0.2 p.p. em 2015. A evolução descrita reflete um aumento contido das remunerações por

    trabalhador no setor privado, devido a um efeito de composição decorrente da alteração da

    estrutura do emprego associada às fases ascendentes do ciclo e que resulta no aumento do

    peso dos trabalhadores com remunerações mais baixas. Neste contexto, os custos unitários por

    trabalhador deverão diminuir em 2015 e aumentar de forma contida em 2016 e 2017, com

    variações abaixo das projetadas pelo BCE para a média da Área Euro.

    - O maior crescimento nominal da economia, a prevalência de taxas de juro historicamente

    baixas e a existência de saldos primários positivos deverão contribuir para uma redução da

    dívida pública em percentagem do PIB a partir de 2015.

    - Os riscos para a projeção da atividade económica são globalmente equilibrados. A nível

    internacional, consideram-se como riscos descendentes uma recuperação económica mais

    Riscos para o

    crescimento

    globalmente

    equilibrados

    Ajustamentos

    persistentes no

    investimento em

    habitação e público

    justificam o fraco

    dinamismo da FBCF

    global face a

    anteriores fases de

    retoma económica

    A recuperação da

    FBCF não será

    ainda suficiente

    para repor o capital

    depreciado,

    segundo o BdP

  • 2T 15 ENVOLVENTE EMPRESARIAL - ANÁLISE DE CONJUNTURA

    18

    ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESACCI - CÂM ARA DE COMÉRCI O E I NDÚSTRIA

    lenta no exterior, sobretudo nas economias emergentes, uma evolução mais moderada do

    comércio internacional e um recrudescimento de tensões geopolíticas e nos mercados de dívida

    soberana, penalizadoras do consumo e do investimento. No que se refere aos riscos internos,

    considera-se como risco descendente a eventual necessidade de medidas adicionais de

    consolidação orçamental (com impacto negativo sobre o consumo público e privado). É referido

    um risco ascendente no investimento em 2016 e 2017 que decorre das medidas de incentivo

    ao investimento decididas a nível europeu, bem como da necessidade de aumentar a

    capacidade produtiva em algumas empresas, em particular as exportadoras, dado o incremento

    recente da utilização da capacidade produtiva na indústria transformadora. É ainda mencionado

    o eventual impacto positivo das reformas estruturais, quer no consumo quer no investimento, e

    o efeito descendente sobre as margens de lucro. Relativamente à inflação, a análise aponta

    para riscos ligeiramente descendentes ao longo do horizonte de projeção.

    Projeções para a economia mundial e principais mercados

    Em junho, o Banco Mundial reviu em baixa as suas previsões de crescimento da

    economia global (para valores de 2.8% em 2015, 3.3% em 2016 e 3.2% em 2017), que são

    as mais baixas até ao momento. A revisão em baixa afeta, em particular, as economias em

    desenvolvimento, sobretudo as mais vulneráveis a fluxos de saída de capitais quando se

    iniciar a subida esperada das taxas de juro diretoras nos EUA, sendo ainda de realçar o efeito

    desfavorável da queda dos preços do petróleo nos países exportadores (em Angola, por

    exemplo, as previsões de crescimento foram reduzidas para 4.5%, 3.9% e 5.1%). No caso

    específico do Brasil, a forte redução das projeções (para -1.3%, 1.1% e 2.0%) está ainda

    relacionada com efeitos dos escândalos de corrupção, segundo o Banco Mundial.

    Ainda ao nível das economias em desenvolvimento, destaca-se a revisão em alta das previsões

    de crescimento económico da Índia (para 7.5% em 2015, 7.9% em 2016 e 8.0% em 2017),

    ultrapassando os valores estimados para a China (próximos de 7% nos três anos), que

    permaneceram inalterados.

    Nas economias desenvolvidas, merece destaque a revisão em alta das previsões de

    crescimento da Área Euro (para 1.5% em 2015, 1.8% em 2016 e 1.6% em 2017), refletindo a

    retoma económica e a redução dos riscos de deflação na sequência do programa alargado de

    compra de ativos lançado pelo BCE. Em sentido contrário, os valores de crescimento dos EUA

    foram ligeiramente ajustados em baixa (sobretudo em 2015), devido ao efeito de apreciação do

    dólar (em antecipação do processo de normalização da política monetária), mas permanecendo

    acima dos valores da Área Euro, numa fase mais atrasada do ciclo económico.

    As previsões mais recentes para o crescimento económico de Espanha, divulgadas pelo Banco

    de Espanha no final de junho, apontam para valores de 3.1% em 2015 e 2.7% em 2016, que

    estão acima das últimas projeções da Comissão Europeia (2.8% e 2.6%, respetivamente).

    Banco Mundial

    reduz previsões de

    crescimento da

    economia global,

    afetando sobretudo

    as economias em

    desenvolvimento

    Perspetivas de

    crescimento da

    Índia superam as

    da China

    Crescimento revisto

    em alta na Área

    Euro e em baixa

    nos EUA

    Melhores

    perspetivas de

    crescimento em

    Espanha

  • 2T 15 ENVOLVENTE EMPRESARIAL - ANÁLISE DE CONJUNTURA

    19

    ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESACCI - CÂM ARA DE COMÉRCI O E I NDÚSTRIA

    Quadro 2.2.2: Previsões de crescimento económico – mundo e mercados (tvar, %) BM, jun-15 OCDE, jun-15 CE, mai-15 FMI, abr-15

    2015 2016 2017 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2017

    Mundo 2.8 3.3 3.2 3.1 3.8 3.5 3.9 3.5 3.8 3.8

    Ec. Avançadas 2.0 2.4 2.2 2.4 2.4 2.2

    EUA 2.7 2.8 2.4 2.0 2.8 3.1 3.0 3.1 3.1 2.7

    Japão 1.1 1.7 1.2 0.7 1.4 1.1 1.4 1.0 1.2 0.4

    UE 1.8 2.1 1.8 1.9 1.9

    Área Euro 1.5 1.8 1.6 1.4 2.1 1.5 1.9 1.5 1.7 1.6

    Alemanha 1.9 2.0 1.6 1.7 1.5

    França 1.1 1.7 1.2 1.5 1.7

    Itália 0.6 1.4 0.5 1.1 1.1

    Espanha 2.8 2.6 2.5 2.0 1.8

    Holanda 1.6 1.7 1.6 1.6 1.7

    RU 2.6 2.4 2.7 2.3 2.2

    OCDE 1.9 2.5

    Ec. em Desenvolvimento 4.4 5.2 5.4 4.3 4.7 5.0

    Angola 4.5 3.9 5.1 4.5 3.9 5.1

    Moçambique 7.2 7.3 7.3 6.5 8.1 7.8

    Brasil -1.3 1.1 2.0 -1.0 1.0 2.3

    Rússia -2.7 0.7 2.5 -3.8 -1.1 1.0

    Índia 7.5 7.9 8.0 7.5 7.5 7.6

    China 7.1 7.0 6.9 6.8 6.7 7.0 6.8 6.8 6.3 6.0

    Fontes: Banco Mundial, BM, Global Economic Prospects - June 2015; Organização para a Cooperação e

    Desenvolvimento Económico, OCDE, OECD Economic Outlook June 2015; Comissão Europeia, CE, European Economy -

    Spring 2015; Fundo Monetário internacional, FMI, World Economic Outlook April 2015. Tvar= taxa de variação anual

    real.

    2.3 Constituições, dissoluções e insolvências de empresas

    De acordo com dados da Informa D&B, nos primeiros quatro meses de 2015 registou-se um

    aumento homólogo de 18.3% na criação líquida de empresas, refletindo o aumento dos

    nascimentos (11.2%) e a queda dos encerramentos (-2.1%). Esta evolução traduziu-se num

    aumento do rácio de nascimentos por encerramento para 3.3.

    Quadro 2.3.1: Criação líquida de empresas e insolvências

    2014 Jan-Abr 14 Jan-Abr 15 Tvh

    Nascimentos de empresas (A) 35808 13559 15077 11.2%

    Encerramentos de empresas (B) 14991 4727 4626 -2.1%

    Criação líquida de empresas=A-B 20817 8832 10451 18.3%

    Rácio nascimentos/encerramentos=A/B 2.4 2.9 3.3

    Empresas com processos de insolvência 4 502 1 740 1 609 -7.5%

    Fonte: Informa D&B. Tvh= Taxa de variação homóloga.

    Por setores, apenas as atividades financeiras e o comércio por grosso registaram uma redução

    homóloga da criação líquida de empresas, tendo os maiores aumentos ocorrido nas rubricas

    Criação líquida de

    empresas sobe com

    mais nascimentos e

    menos

    encerramentos

    Criação líquida de

    empresas sobe na

    maioria dos setores

    http://www.worldbank.org/content/dam/Worldbank/GEP/GEP2015b/Global-Economic-Prospects-June-2015-Global-economy-in-transition.pdfhttp://www.keepeek.com/Digital-Asset-Management/oecd/economics/oecd-economic-outlook-volume-2015-issue-1_eco_outlook-v2015-1-en#page1http://ec.europa.eu/economy_finance/publications/european_economy/2015/pdf/ee2_en.pdfhttp://ec.europa.eu/economy_finance/publications/european_economy/2015/pdf/ee2_en.pdfhttp://www.imf.org/external/pubs/ft/weo/2015/01/pdf/text.pdf

  • 2T 15 ENVOLVENTE EMPRESARIAL - ANÁLISE DE CONJUNTURA

    20

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    “outros serviços”, alojamento e restauração, comércio a retalho, indústrias transformadoras,

    atividades imobiliárias e agricultura, pecuária, pesca e caça.

    Figura 2.3.1: Criação líquida de empresas por setor (nº de empresas)

    Também segundo informação disponibilizada pela Informa D&B, o número de empresas com

    processos de insolvência registou uma redução homóloga de 7.5% no período de janeiro a

    abril de 2015, (para 1609 empresas).

    7

    23

    173

    207

    293

    567

    579

    750

    794

    803

    1267

    1579

    3409

    -500 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

    Indústrias extrativas

    Gás, eletricidade e água

    Atividades financeiras

    Transportes

    Telecomunicações

    Construção

    Atividades imobiliárias

    Comércio por grosso

    Agricultura, pecuária, pesca e caça

    Indústrias transformadoras

    Alojamento e restauração

    Comércio a retalho

    Outros serviços

    Jan-Abr 14 Jan-Abr 15Fonte: Informa D&B e cálculos próprios.

    Insolvências em

    queda no início de

    2015

  • 2T 15 ENVOLVENTE EMPRESARIAL - ANÁLISE DE CONJUNTURA

    21

    ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESACCI - CÂM ARA DE COMÉRCI O E I NDÚSTRIA

    3. INTERNACIONALIZAÇÃO

    3.1 Comércio internacional

    Nesta seção são apresentadas as principais tendências das exportações e importações de bens

    e de serviços, incluindo o cálculo e análise de quotas de mercado das exportações.

    3.1.1 Comércio internacional de bens

    Saldo da balança de bens

    Quadro 3.1.1.1: Saldo da balança de bens

    2014 Var. homóloga Jan-Abr 15 Var. homóloga

    Valor (M€) Valor (M€) Tvhn (%) Valor (M€) Valor (M€) Tvhn (%)

    Total

    Exportações (FOB) 48 177 874 1.8 16 413 819 5.2

    Importações (CIF) 58 854 1 841 3.2 19 390 528 2.8

    Saldo -10 677 -967 10.0 -2 977 290 -8.9

    Taxa de Cobertura (%) 81.9 84.6

    Intra-UE

    Exportações (FOB) 34 161 893 2.7 12 002 706 6.3

    Importações (CIF) 43 979 2 918 7.1 14 973 619 4.3

    Saldo -9 818 -2 025 26.0 -2 972 87 -2.8

    Taxa de Cobertura 77.7 80.2

    Extra-UE

    Exportações (FOB) 14 017 -19 -0.1 4 412 113 2.6

    Importações (CIF) 14 875 -1 077 -6.8 4 416 -91 -2.0

    Saldo -859 1 058 -55.2 -5 203 -97.7

    Taxa de Cobertura 94.2 99.9

    Total sem combustíveis

    Exportações (FOB) 44 081 1 703 4.0 15 161 612 4.2

    Importações (CIF) 48 640 2 779 6.1 16 871 1 170 7.5

    Saldo -4 559 -1 076 30.9 -1 710 -558 48.4

    Taxa de Cobertura 90.6 89.9

    Fonte: INE. Tvhn = taxa de variação homóloga nominal. M€= Milhões de euros. CIF (Cost, Insurance and Freight)

    significa a inclusão dos custos inerentes ao transporte das mercadorias e FOB (Free on Board) o contrário.

    O défice da balança de bens reduziu-se 8.9% nos quatro primeiros meses de 2015 em

    comparação homóloga (290 M€, para 2977 M€), refletindo o crescimento mais forte das

    exportações (5.2%, em termos nominais) do que das importações (2.8%), o que se refletiu

    numa melhoria da taxa de cobertura das importações (para 84.6%). Note-se que a

    evolução das exportações e das importações foi influenciada por efeitos de base significativos

    Défice da balança de

    bens recua com

    subida das

    exportações acima

    das importações

  • 2T 15 ENVOLVENTE EMPRESARIAL - ANÁLISE DE CONJUNTURA

    22

    ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESACCI - CÂM ARA DE COMÉRCI O E I NDÚSTRIA

    na rubrica de combustíveis relacionados com a paragem programada, para manutenção, da

    refinaria de Sines no início de 2014.

    Excluindo combustíveis, as exportações de bens cresceram 4.2% e as importações 7.5%, o

    que se traduziu num agravamento do saldo deficitário (558 M€., para 1710 M€).

    Exportações de bens

    O detalhe dos dados por produtos mostra que a rubrica de combustíveis foi a que mais

    contribuiu para o aumento homólogo das exportações no período em apreço (1.3 p.p.),

    traduzindo, em parte, um efeito de base, como já referido (note-se que a rubrica é ainda

    bastante influenciada pela evolução das cotações internacionais do crude). Seguiram-se os

    contributos positivos do material de transporte (0.7 p.p.), dos produtos agrícolas e pecuários

    (0.5 p.p.), da alimentação, bebidas e tabaco (0.4 p.p.) e dos metais (0.4 p.p.). Os únicos

    contributos negativos tiveram origem nos químicos (-0.6 p.p.) e no calçado (-0.03 p.p.), mas

    neste segundo caso praticamente sem expressão.

    Quadro 3.1.1.2: Exportações de bens por tipo de produto

    2014 Jan-Abr 15

    Produtos NC8 e respetivos códigos Valor (M€)

    Tvhn (%)

    Contributo (p.p.)

    Valor (M€)

    Tvhn (%)

    Contributo (p.p.)

    Máquinas e aparelhos: S16 (84-85) 6 978 0.4 0.1 2 399 4.2 0.6

    Material de Transporte: S17 (86-89) 5 243 5.0 0.5 1 967 5.6 0.7

    Combustíveis e óleos minerais: S5 (27) 4 096 -16.8 -1.8 1 252 19.7 1.3

    Metais: S15 (72-83) 3 878 5.0 0.4 1 326 5.3 0.4

    Madeira e cortiça: S9 (44-46) e S10 (47-49) 3 858 0.8 0.1 1 314 2.6 0.2

    Plásticos e borracha: S7 (39-40) 3 454 5.0 0.3 1 216 3.8 0.3

    Alimentação, bebidas e tabaco, S4 (16-24) 3 129 4.4 0.3 1 013 6.4 0.4

    Animais vivos, produtos animais e vegetais, e

    gorduras: S1 (1-5), S2 (6-14), S3 (15) 2 884 11.3 0.6 945 9.6 0.5

    Vestuário: S11 (61-62) 2 774 8.8 0.5 970 3.1 0.2

    Químicos: S6 (28-38) 2 615 -2.0 -0.1 811 -9.7 -0.6

    Calçado: S12 (64-67) 1 964 7.5 0.3 616 -0.7 0.0

    Têxteis: S11 (50-60, 63) 1 843 6.0 0.2 651 5.9 0.2

    Pedra, cerâmica e vidro: S13 (68-70) 1 572 4.0 0.1 543 5.7 0.2

    Mobiliário: S20 (94) 1 539 11.8 0.3 539 5.1 0.2

    Outros 1 314 -4.6 -0.1 469 12.4 0.3

    Produtos minerais exceto combustíveis: S5 (25-26)

    783 1.5 0.0 292 12.4 0.2

    Peles e couros S8 (41-43) 253 12.7 0.1 90 9.1 0.0

    Total 48 177 1.8 16 413 5.2

    Total sem combustíveis 44 081 4.0 3.6 15 161 4.2 3.9

    Fonte: INE. Tabela ordenada pelo valor das exportações em 2014. NC8 = Nomenclatura combinada de mercadorias da

    UE a oito dígitos; M€= milhões de euros; tvhn = taxa de variação homóloga nominal; p.p. = pontos percentuais.

    Contributos

    positivos de quase

    todos os grupos de

    produtos

    exportados

    Subida forte das

    importações sem

    combustíveis

  • 2T 15 ENVOLVENTE EMPRESARIAL - ANÁLISE DE CONJUNTURA

    23

    ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESACCI - CÂM ARA DE COMÉRCI O E I NDÚSTRIA

    Por mercados, o principal contributo para o aumento das exportações de bens de janeiro a

    abril foi dado pela UE (4.5 p.p.), mas é de destacar o retorno a um contributo positivo no

    mercado extracomunitário (0.7 p.p.) após um valor marginalmente negativo em 2014.

    O crescimento nos 20 principais mercados nesse período (4.4%) foi inferior ao total das

    exportações (5.2%), indicando uma maior diversificação dos mercados externos.

    Quadro 3.1.1.3: Exportações de bens nos 20 principais mercados de 2014

    2014 Jan-Abr 2015

    Valor

    (M€)

    Tvhn

    (%)

    Contributo

    (p.p.)

    Valor

    (M€)

    Tvhn

    (%)

    Contributo

    (p.p.)

    Espanha 11 345 1.5 0.4 4 117 10.3 2.5

    França 5 636 2.5 0.3 2 023 4.9 0.6

    Alemanha 5 632 2.2 0.3 1 995 4.0 0.5

    Angola 3 175 2.0 0.1 725 -24.4 -1.5

    Reino Unido 2 928 12.1 0.7 1 086 14.8 0.9

    Estados Unidos 2 111 5.7 0.2 796 25.0 1.0

    Países Baixos 1 916 1.3 0.1 642 1.8 0.1

    Itália 1 566 0.0 0.0 517 5.1 0.2

    Bélgica 1 303 -3.0 -0.1 380 -9.9 -0.3

    China 839 27.6 0.4 292 6.4 0.1

    Brasil 639 -13.5 -0.2 202 3.5 0.0

    Marrocos 592 -19.2 -0.3 184 9.4 0.1

    Argélia 589 11.6 0.1 180 -24.2 -0.4

    Suécia 467 5.9 0.1 136 -18.7 -0.2

    Polónia 465 5.7 0.1 180 14.8 0.1

    Suíça 429 2.4 0.0 150 6.8 0.1

    Turquia 404 5.9 0.0 102 -18.9 -0.2

    República Checa 320 12.2 0.1 105 -5.4 0.0

    Moçambique 318 -2.8 0.0 120 29.7 0.2

    Dinamarca 307 -2.5 0.0 98 0.2 0.0

    Subtotal 40 981 2.5 2.1 14 028 4.4 3.8

    Total 48 177 1.8 16 413 5.2

    Intra-UE 34 161 2.7 1.9 12 002 6.3 4.5

    Extra-UE 14 017 -0.1 0.0 4 412 2.6 0.7

    Fonte: INE. Tabela ordenada pelo valor das exportações em 2014. M€= milhões de euros; tvhn = taxa de variação

    homóloga nominal; p.p. = pontos percentuais.

    Entre esses mercados, o maior contributo positivo para o aumento das exportações foi dado

    por Espanha (2.5 p.p.), seguindo-se os EUA (1.0 p.p.), o Reino Unido (0.9 p.p.), a França (0.6

    p.p.) e a Alemanha (0.5 p.p.). Apenas cinco mercados registaram contributos negativos:

    Angola (-1.5 p.p.), Argélia (-0.4 p.p.), Bélgica (-0.3 p.p.), Suécia e Turquia (-0.2 p.p.).

    UE impulsiona

    exportações;

    mercado extra-UE

    retoma contributo

    positivo

    20 Maiores

    mercados de

    exportação

    reforçam peso

  • 2T 15 ENVOLVENTE EMPRESARIAL - ANÁLISE DE CONJUNTURA

    24

    ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESACCI - CÂM ARA DE COMÉRCI O E I NDÚSTRIA

    A forte quebra no mercado de Angola (tvh de -24.4%) reduziu significativamente o seu peso

    no total das exportações (para 4.4%, após 6.6% em 2014), tendo sido ultrapassado pelo Reino

    Unido e pelos EUA no ranking dos maiores mercados, passando da 4ª para a 6ª posição.

    De acordo com um destaque do INE sobre Angola, neste caso com dados referentes ao

    primeiro trimestre, a forte queda homóloga das exportações nesse período (23.6%) deveu-se à

    redução verificada em todos os grupos de produtos exportados. Destacam-se as quedas nas

    Máquinas e aparelhos (-24.0%) e Bens alimentares (-16.2%), com maior peso na estrutura das

    exportações para esse país, bem como nos metais comuns (21.8%) e nos Outros produtos

    (35.1%), neste caso com origem na evolução negativa dos Móveis e suas partes.

    Quotas de mercado das exportações de bens

    De acordo com dados revistos, a quota de mercado das exportações nacionais no

    mercado mundial de bens situou-se em 0.336% no primeiro trimestre de 2015 (0.758% no

    mercado da UE e 0.0974% no mercado extracomunitário), traduzindo uma descida ligeira face

    à quota de mercado média em 2014, mas note-se que os dados de apenas um trimestre são

    insuficientes para estabelecer uma tendência, até porque são sujeitos a revisão.

    Quadro 3.1.1.4: Quotas de mercado das exportações de bens (%)

    2012 2013 2014 1T 15

    Mundo 0.314 0.334 0.339 0.336

    Intra-UE 0.692 0.734 0.740 0.758

    Extra-UE 0.0954 0.1026 0.1035 0.0974

    Fontes: OMC e INE. Nota metodológica: as quotas foram calculadas dividindo as exportações de Portugal (dados

    trimestrais da OMC em milhões de dólares, repartidos entre os mercados intra-UE e extra-UE usando a estrutura de

    exportações de Portugal calculada a partir de informação do INE para os períodos em causa) pelas importações totais

    nos vários mercados (obtidas na mesma base de dados trimestrais da OMC).

    Figura 3.1.1.1: Evolução homóloga das exportações de mercadorias, da procura externa

    relevante e dos ganhos de quota de mercado

    5.6

    4.6

    1.8 2.2

    -0.7

    1.5

    4.5 3.8

    1.3

    -2.1

    1.8

    0.9 1.6

    2.5 2.3 2.2

    4.3

    6.7

    0.0

    1.3

    -2.3

    -1.0

    2.2 1.6

    -3.0

    -2.0

    -1.0

    0.0

    1.0

    2.0

    3.0

    4.0

    5.0

    6.0

    7.0

    8.0

    2012 2013 2014 1T 14 2T 14 3T 14 4T 14 1T 15

    Exportações de mercadorias (tvhn, %)Procura externa relevante (tvhn, %)Ganho (+) / Perda (-) de quota de mercadoFonte: INE e cálculos próprios

    Quota de mercado

    mundial das

    exportações

    nacionais de

    0.336% no 1ºT 15

    Angola passa de 4º

    para 6º no ranking

    de mercados de

    exportações

  • 2T 15 ENVOLVENTE EMPRESARIAL - ANÁLISE DE CONJUNTURA

    25

    ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESACCI - CÂM ARA DE COMÉRCI O E I NDÚSTRIA

    Por outro lado, a evolução face ao trimestre homólogo parece ser positiva. Segundo dados do

    INE, as exportações de mercadorias cresceram mais do que a procura externa relevante

    no primeiro trimestre de 2015 (variações homólogas de 3.8% e 2.2% respetivamente),

    refletindo-se num ganho homólogo de quota de mercado (cerca de 1.6%).

    Os nossos cálculos das quotas de mercado nos 20 principais mercados de exportação

    de bens mostram uma melhoria em 10 dos 19 países com informação disponível para os

    quatro primeiros meses de 2015 (1º trimestre, no caso de Angola), por comparação com 2014.

    Salientamos os ganhos de quota significativos em Espanha, na Argélia e na China, e a perda

    significativa no mercado angolano (ver quadro abaixo).

    Quadro 3.1.1.5: Quotas de mercado nos 20 maiores mercados de exportação de bens

    Quotas (%) Variação (p.p.)

    2013 2014 Jan-Abr 15 2014 Jan-Abr 15

    Espanha 4.36 4.20 4.53 -0.15 0.33

    França 1.07 1.10 1.18 0.03 0.08

    Alemanha 0.61 0.62 0.64 0.00 0.02

    Angola* 16.49 15.90 10.92 (1T 15) -0.59 -4.98 (1T 15)

    Reino Unido 0.53 0.57 0.59 0.04 0.02

    Estados Unidos 0.11 0.12 0.12 0.00 0.00

    Países Baixos 0.43 0.43 0.45 0.01 0.01

    Itália 0.43 0.44 0.42 0.01 -0.02

    Bélgica 0.39 0.38 0.34 -0.01 -0.04

    China 1.93 2.42 2.55 0.488 0.133

    Brasil 0.05 0.04 0.04 -0.01 0.00

    Marrocos 0.39 0.33 0.31 -0.06 -0.02

    Argélia 1.28 1.34 1.51 0.06 0.17

    Suécia 0.36 0.38 0.34 0.02 -0.04

    Polónia 0.28 0.28 0.33 0.00 0.05

    Suíça 0.28 0.28 0.27 0.00 -0.01

    Turquia 0.20 0.22 0.16 0.02 -0.06

    República Checa 0.26 0.28 0.26 0.02 -0.02

    Moçambique* 4.79 5.22 (3T 14) 0.43 (3T 14)

    Dinamarca 0.43 0.41 0.38 -0.02 -0.03

    Fontes: OMC, INE Angola, INE Moçambique, INE, BdP, cálculos próprios. Tabela ordenada pelo ranking das exportações

    em 2014 (como no quadro 3.1.1.3). P.p. = pontos percentuais. *Pesos de Portugal nas importações de mercadorias

    desses países, obtidas a partir de dados dos respetivos institutos nacionais de estatística. As restantes quotas seguem a

    metodologia descrita na nota do quadro anterior (mas aqui com dados mensais).

    Ganhos de quota de

    mercado em

    Espanha, na Argélia

    e na China, e perda

    expressiva em

    Angola

    Quota no mercado

    mundial de bens

    melhora face ao

    trimestre homólogo

  • 2T 15 ENVOLVENTE EMPRESARIAL - ANÁLISE DE CONJUNTURA

    26

    ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESACCI - CÂM ARA DE COMÉRCI O E I NDÚSTRIA

    Importações de bens

    De janeiro a abril de 2015, as importações de bens registaram uma variação homóloga nominal

    de 2.8%. O detalhe por produtos mostra, no entanto, que a subida das importações foi de

    7.5% excluindo combustíveis, cuja forte contração (20.3%) está associada a efeitos de base.

    Os principais contributos para o aumento das importações tiveram origem no material de

    transporte (2.3 p.p.), nos químicos (0.9 p.p.) e nas máquinas e aparelhos (0.7 p.p.).

    Quadro 3.1.1.6: Importações de bens por tipo de produto

    2014 Jan-Abr 15

    Produtos NC8 e respetivos códigos Valor

    (M€)

    Tvhn

    (%)

    Contributo

    (p.p.)

    Valor

    (M€)

    Tvhn

    (%)

    Contributo

    (p.p.)

    Combustíveis: S5 (27) 10 214 -8.4 -1.6 2 519 -20.3 -3.4

    Máquinas e aparelhos: S16 (84-85) 8 966 6.4 1.0 2 942 5.0 0.7

    Material de Transporte: S17 (86-89) 6 196 22.3 2.0 2 406 21.7 2.3

    Animais vivos, produtos animais e vegetais,

    e gorduras: S1 (1-5), S2 (6-14), S3 (15) 6 153 -1.3 -0.1 2 089 4.6 0.5

    Químicos: S6 (28-38) 6 102 3.8 0.4 2 203 8.1 0.9

    Metais: S15 (72-83) 4 484 3.7 0.3 1 593 6.7 0.5

    Plásticos e borracha: S7 (39-40) 3 453 5.3 0.3 1 187 3.2 0.2

    Alimentação, bebidas e tabaco, S4 (16-24) 2 711 -4.1 -0.2 848 1.7 0.1

    Outros 2 030 1.9 0.1 680 7.0 0.2

    Madeira e cortiça: S9 (44-46) e S10 (47-49) 1 934 4.9 0.2 657 6.4 0.2

    Vestuário: S11 (61-62) 1 814 12.1 0.3 600 3.4 0.1

    Têxteis: S11 (50-60, 63) 1 800 4.4 0.1 629 3.0 0.1

    Peles e couros S8 (41-43) 825 12.0 0.2 273 -1.3 0.0

    Mobiliário: S20 (94) 720 13.9 0.2 262 21.8 0.2

    Calçado: S12 (64-67) 703 17.6 0.2 250 5.8 0.1

    Pedra, cerâmica e vidro: S13 (68-70) 588 9.8 0.1 195 4.2 0.0

    Produtos minerais exceto combustíveis: S5 (25-26)

    162 12.8 0.0 56 10.5 0.0

    Total 58 854 3.2 19 390 2.8

    Total sem combustíveis 48 640 6.1 4.9 16 871 7.5 6.2

    Fonte: INE. Tabela ordenada pelo valor das importações em 2014. NC8 = Nomenclatura combinada de mercadorias da

    UE a oito dígitos; M€= milhões de euros; tvhn = taxa de variação homóloga nominal; p.p. = pontos percentuais.

    Os dados por mercados de origem mostram variações homólogas de 4.3% nas importações

    intra-UE e -2.0% nas extracomunitárias. Os principais contributos para o aumento das

    importações vieram de Espanha (1.4 p.p.) e do Brasil (0.7 p.p.), enquanto os contributos mais

    negativos ocorreram nos mercados de Angola (-1.6 p.p.) e Nigéria (-0.6 p.p.).

    Crescimento das

    importações de

    material de

    transporte

    amortecido por

    correção nos

    combustíveis

    Apenas importações

    intra-UE sobem,

    com forte

    contributo de

    Espanha

  • 2T 15 ENVOLVENTE EMPRESARIAL - ANÁLISE DE CONJUNTURA

    27

    ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESACCI - CÂM ARA DE COMÉRCI O E I NDÚSTRIA

    Quadro 3.1.1.7: Importações de bens nos 20 principais mercados de 2014

    2014 Jan-Abr 2015

    Valor

    (M€)

    Tvhn

    (%)

    Contributo

    (p.p.)

    Valor

    (M€)

    Tvhn

    (%)

    Contributo

    (p.p.)

    Espanha 19 128 4.0 1.3 6 360 4.2 1.4

    Alemanha 7 272 12.1 1.4 2 420 -0.9 -0.1

    França 4 160 8.5 0.6 1 475 3.5 0.3

    Itália 3 081 5.6 0.3 1 036 2.1 0.1

    Países Baixos 3 007 5.5 0.3 988 3.3 0.2

    Reino Unido 1 794 7.1 0.2 670 17.4 0.5

    Angola 1 606 -39.0 -1.8 293 -51.3 -1.6

    China 1 597 16.6 0.4 580 17.2 0.5

    Bélgica 1 565 9.6 0.2 567 5.1 0.1

    Estados Unidos 920 9.2 0.1 313 -17.7 -0.4

    Brasil 865 4.0 0.1 244 117.8 0.7

    Cazaquistão 814 48.0 0.5 206 4.3 0.0

    Arábia Saudita 785 12.9 0.2 253 13.0 0.2

    Argélia 712 77.7 0.5 95 -22.7 -0.1

    Rússia 711 -28.9 -0.5 194 16.5 0.1

    Suécia 665 20.6 0.2 213 -7.0 -0.1

    Irlanda 610 12.0 0.1 274 51.9 0.5

    Nigéria 542 -27.5 -0.4 2 -97.9 -0.6

    Polónia 530 21.7 0.2 193 12.9 0.1

    Índia 492 25.3 0.2 161 -11.5 -0.1

    Subtotal 50 857 4.7 4.0 16 538 1.9 1.7

    Total 58 854 3.2 19 390 2.8

    Intra-UE 43 979 7.1 5.1 14 973 4.3 3.3

    Extra-UE 14 875 -6.8 -1.9 4 416 -2.0 -0.5

    Fonte: INE. Tabela ordenada pelo valor das importações em 2014. M€= milhões de euros; tvhn = taxa de variação

    homóloga nominal; p.p. = pontos percentuais.

    3.1.2 Comércio internacional de serviços

    O excedente da balança de serviços aumentou 8.1% em termos homólogos (209 M€) no

    período de janeiro a abril de 2015, para 2803 M€, correspondendo a um aumento absoluto

    das exportações superior ao das importações (553 e 344 M€, respetivamente), ainda que a

    taxa de variação tenha sido inferior (8.8% e 9.4%). A rubrica de Viagens e turismo continuou

    a dar o maior contributo para o aumento das exportações (5.4 p.p., traduzindo uma tvh de

    12.8%), seguida pelos Outros serviços fornecidos por empresas (3.2 p.p. e 17.8%),

    precisamente as duas únicas rubricas que registaram saldos positivos. No lado das importações,

    o maior contributo para o crescimento veio dos Outros serviços fornecidos por empresas (3.4

    p.p. e 18.9%), registando-se vários outros contributos positivos significativos.

    Excedente da

    balança de serviços

    sobe com forte

    crescimento das

    exportações de

    Viagens e turismo e

    Outros serviços

    fornecidos por

    empresas

  • 2T 15 ENVOLVENTE EMPRESARIAL - ANÁLISE DE CONJUNTURA

    28

    ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESACCI - CÂM ARA DE COMÉRCI O E I NDÚSTRIA

    Quadro 3.1.2.1: Balança de serviços

    2014 Var. homóloga Jan-Abr 15 Var. homóloga

    Valor

    (M€)

    Valor

    (M€)

    Tvhn

    (%)

    Contributo

    (p.p.)

    Valor

    (M€)

    Valor

    (M€)

    Tvhn

    (%)

    Contributo

    (p.p.)

    Exportações 22 817 882 4.0 6 809 553 8.8

    Transformação, manut., reparação

    671 -149 -18.1 -0.7 188 -36 -16.0 -0.6

    Transportes 5 647 47 0.8 0.2 1 832 21 1.2 0.3

    Viagens e turismo* 11 359 1 118 10.9 5.1 2 975 338 12.8 5.4

    Direitos e serviços de telecom., informáticos e de informação

    1 128 105 10.3 0.5 365 20 5.9 0.3

    Outros serviços forn. por empresas

    3 627 -88 -2.4 -0.4 1 326 200 17.8 3.2

    Pessoais, culturais,

    recreativos, Ad. Púb. 386 -151 -28.1 -0.7 123 8 7.2 0.1

    Importações 11 871 872 7.9 4 006 344 9.4

    Transformação,

    manut., reparação 330 52 18.8 0.5 102 7 7.6 0.2

    Transportes 3 382 286 9.2 2.6 1 054 61 6.2 1.7

    Viagens e turismo* 4 328 231 5.6 2.1 1 437 45 3.2 1.2

    Direitos e serviços de telecom., informáticos e de informação

    1 380 159 13.0 1.4 506 66 15.0 1.8

    Outros serviços forn. por empresas

    2 150 322 17.6 2.9 778 124 18.9 3.4

    Pessoais, culturais, recreativos, Ad. Púb.

    301 -178 -37.2 -1.6 129 41 46.4 1.1

    Saldo 10 946 10 0.1 2 803 209 8.1

    Transformação,

    manut., reparação 340 -201 -37.1 85 -43 -33.5

    Transportes 2 265 -239 -9.6 778 -40 -4.9

    Viagens e turismo* 7031 887 14.4 1539 294 23.6

    Direitos e serviços de telecom., informáticos

    e de informação

    -253 -53 26.8 -141 -46 48.2

    Outros serviços forn. por empresas

    1477 -410 -21.7 549 77 16.3

    Pessoais, culturais,

    recreativos, Ad. Púb. 86 27 45.5 -6 -33 s.s.

    Fonte: BdP. M€= milhões de euros; tvhn = taxa de variação homóloga nominal; p.p. = pontos percentuais; s.s. = sem

    significado. * Inclui as componentes da construção, seguros, pensões e serviços financeiros, com peso reduzido.

    De acordo com dados anuais provisórios da OMC, a quota das exportações nacionais nas

    importações mundiais de serviços comerciais terá estabilizado em 0.63% no ano de

    2014, após uma subida significativa em 2013 (de 0.59% para 0.64%).

    3.1.3 Balança de bens e serviços

    O saldo da balança de bens e serviços (BBS) melhorou para 260 M€ nos cinco primeiros

    meses de 2015 (face a -105 M€ no período homólogo), traduzindo um menor défice da balança

    de bens e um excedente mais elevado nos serviços, segundo dados do Banco de Portugal

    Excedente da BBS

    nos quatro primeiros

    meses de 2015

    Quota de mercado

    dos serviços

    estabiliza em 2014

  • 2T 15 ENVOLVENTE EMPRESARIAL - ANÁLISE DE CONJUNTURA

    29

    ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESACCI - CÂM ARA DE COMÉRCI O E I NDÚSTRIA

    (note-se que a componente de bens difere dos dados acima apresentados do INE – ver nota do

    quadro abaixo). Salienta-se ainda o aumento do peso dos serviços na estrutura da BBS,

    passando a representar 29.6% das exportações e 17.6% das importações. As Viagens e

    turismo aumentaram o seu peso no total das exportações para 12.9%.

    Quadro 3.1.3.1: Balança de bens e serviços

    Exportações

    Importações Saldo

    Jan-Abr

    Jan-Abr

    Jan-Abr

    2014 2015 2014 2015 2014 2015

    Valor (M€)

    Peso (%)

    Valor (M€)

    Peso (%)

    Valor (M€)

    Peso (%)

    Valor (M€)

    Peso (%)

    Valor (M€)

    Valor (M€)

    Bens (FOB) 15 339 71.0 16 182 70.4 18 038 83.1 18 726 82.4 -2 699 -2 543

    Serviços 6 257 29.0 6 809 29.6 3 662 16.9 4 006 17.6 2 595 2 803

    Transformação,

    manut., reparação 223 1.0 188 0.8 95 0.4 102 0.5 128 85

    Transportes 1 811 8.4 1 832 8.0 993 4.6 1 054 4.6 818 778

    Viagens e turismo* 2 637 12.2 2 975 12.9 1 392 6.4 1 437 6.3 1 245 1 539

    Direitos e serv. de

    telecom., informát.

    e de informação

    345 1.6 365 1.6 440 2.0 506 2.2 -95 -141

    Outros serviços

    forn. por empresas 1 126 5.2 1 326 5.8 654 3.0 778 3.4 472 549

    Pessoais, culturais,

    recreat., Ad. Púb. 115 0.5 123 0.5 88 0.4 129.2 0.6 27 -6

    Total 21 596 100.0 22 992 100.0 21 700 100.0 22 732 100.0 -105 260

    Fonte: Banco de Portugal. M€= milhões de euros. Nota: devido a diferenças de natureza metodológica, ocorre uma

    diferença significativa de valores na balança de bens entre este quadro e o quadro 3.1.1.1, que tem como fonte o INE.

    As diferenças têm origem sobretudo nas importações, em boa medida porque esta componente se encontra expressa

    em valores CIF nos dados do INE e em valores FOB nos do Banco de Portugal (ver nota ao quadro 3.1.1.1). * Inclui as

    componentes da construção, seguros, pensões e serviços financeiros, com peso reduzido.

    3.1.4 Termos de troca de bens e de serviços

    No primeiro trimestre de 2015 registou-se uma melhoria mais forte dos termos de troca

    (cerca de 2.8%, em termos homólogos), tanto nos bens como nos serviços, uma evolução que

    favorece a o saldo da balança de bens e serviços.

    Quadro 3.1.4.1: Evolução dos termos de troca (tvh, %)

    Deflator exportações, tvh (1) Deflator importações, tvh (2) Termos de troca (p.p.)= (1)-(2)

    Bens (FOB)

    Serviços Total Bens

    (FOB)

    Serviços Total Bens

    (FOB)

    Serviços Total

    2012 1.7 1.6 1.7 1.0 1.6 1.1 0.7 -0.1 0.6

    2013 -0.9 -0.4 -0.8 -2.3 0.5 -1.9 1.4 -0.9 1.2

    2014 -1.0 1.7 -0.3 -2.7 0.9 -2.2 1.7 0.8 1.9

    1T 15 -3.2 2.5 -1.7 -5.4 0.6 -4.5 2.2 1.9 2.8

    Fonte: INE (Contas nacionais base 2011, SEC 2010) e cálculos próprios. Tvh = taxa de variação homóloga. FOB: ver

    nota ao quadro 3.1.1.1.

    Melhoria dos

    termos de troca

    acentua-se no 1º T,

    tanto nos bens

    como nos serviços

    Subida do peso dos

    serviços na BBS

  • 2T 15 ENVOLVENTE EMPRESARIAL - ANÁLISE DE CONJUNTURA

    30

    ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESACCI - CÂM ARA DE COMÉRCI O E I NDÚSTRIA

    Nos bens, a melhoria dos termos de troca (cerca de 2.2%) resultou de uma queda mais forte

    dos preços das importações do que das exportações, enquanto nos serviços traduziu um

    aumento mais expressivo dos preços das exportações do que das importações.

    3.2 Investimento direto

    Segundo informação provisória do BdP (seguindo o princípio direcional), a posição de

    investimento direto estrangeiro (IDE) situou-se em 93947 M€ no final do primeiro trimestre

    de 2015, traduzindo um crescimento homólogo de 3.2%, inferior ao registado na posição de

    investimento português no exterior (7.0%, para 49901 M€), mas com uma redução

    apenas ligeira da posição de investimento direto líquido (-0.9%, para 43596 M€).

    Quadro 3.2.1: Investimento direto (posição em final de período em M€, salvo outra indicação)

    2013 2014 1T 15

    Posição de Investimento Direto líquido = (1)-(2) 44788 41314 43596

    Tvh (%) 6.3 -7.8 -0.9

    Posição de Investimento Direto Estrangeiro (1) 89716 89379 93497

    Tvh (%) 2.4 -0.4 3.2

    Posição de Investimento Direto no Exterior (2) 44928 48065 49901

    Tvh (%) -1.2 7.0 7.0

    Fonte: BdP. Tvha =taxa de variação homóloga; M€= milhões de euros.

    Crescimento da

    posição de

    investimento direto

    quer estrangeiro

    quer no exterior;

    posição líquida

    pouco alterada

  • 2T 15 ENVOLVENTE EMPRESARIAL - ANÁLISE DE CONJUNTURA

    31

    ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESACCI - CÂM ARA DE COMÉRCI O E I NDÚSTRIA

    4. FINANCIAMENTO

    4.1 Taxas de juro

    Quadro 4.1.1: Taxas de juro

    2013 2014 2T 14 3T 14 4T 14 1T 15 Abr-15 Mai-15

    Taxas de juro (%)

    Mercado monetário

    Taxa “Refi” do BCE (fim de período) 0.25 0.05 0.15 0.05 0.05 0.05 0.05 0.05

    Taxas Euribor (valores médios)

    3 meses 0.220 0.209 0.299 0.165 0.082 0.046 0.005 -0.010

    6 meses 0.336 0.308 0.393 0.266 0.181 0.125 0.073 0.057

    12 meses 0.536 0.475 0.570 0.440 0.334 0.255 0.180 0.165

    Dívida soberana: OT (valores médios)

    Yield PT, 10 anos (a) 6.29 3.75 3.66 3.45 3.05 2.18 1.87 2.41

    Yield Área Euro, 10 anos 3.00 2.05 2.23 1.80 1.50 1.03 0.91 1.32

    Yield Alemanha, 10 anos (b) 1.57 1.16 1.35 0.99 0.70 0.31 0.12 0.56

    Prémio de risco de PT = (a) –(b) 4.72 2.59 2.31 2.45 2.35 1.88 1.75 1.85

    Crédito a empresas

    Novas operações até 1 M€ (exclui descobertos bancários)

    Taxa de juro média pond. em PT 6.39 5.53 5.78 5.37 4.94 4.72 4.44

    Tx. de juro média pond. na A. Euro 3.78 3.52 3.68 3.42 3.19 2.99 2.88

    Fo