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COORDENAÇÃO DE INFORMAÇÃO E EPIDEMIOLOGIA COORDENAÇÃO GERAL DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO ZOOSSANITÁRIA DEPARTAMENTO DE SAÚDE ANIMAL 22 de maio de 2017 Análise dos Informes Epidemiológicos Mensais e SivCont Janeiro 2017

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COORDENAÇÃO DE INFORMAÇÃO E EPIDEMIOLOGIA

COORDENAÇÃO GERAL DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO ZOOSSANITÁRIA

DEPARTAMENTO DE SAÚDE ANIMAL

22 de maio de 2017

Análise dos Informes

Epidemiológicos Mensais e SivCont

Janeiro 2017

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Análise dos Informes Epidemiológicos

Mensais e SivCont

Janeiro 2017

1. Introdução

O Sistema Nacional de Informação Zoossanitária - SIZ é a base das informações epidemiológicas no

país. Os Informes Epidemiológicos Mensais estão entre os principais elementos do SIZ, e representam

o registro consolidado mensal dos dados referentes a focos confirmados de doenças animais listadas

na Instrução Normativa MAPA nº 50/2013 e que devem ser comunicadas mensalmente ao

Departamento de Saúde Animal – DSA, pelos Serviços Veterinários Estaduais – SVEs e

Superintendências Federais da Agricultura -SFAs, conforme fluxo definido no Manual do SIZ.

Os dados registrados pelos SVEs e SFAs, após a validação pelo DSA, são utilizados para caracterização

do perfil zoossanitário e análises de risco e para compor os informes que o Brasil apresenta

semestralmente à Organização Mundial de Saúde Animal - OIE, disponíveis para consulta na página

eletrônica da OIE1, e na página do Sistema de Informação em Saúde Animal no site do MAPA.

Dados ausentes ou inconsistentes nos Informes impedem a correta caracterização da distribuição e

frequência de doenças, prejudicam a avaliação da situação sanitária e a proposição de medidas de

vigilância, prevenção e controle. Os responsáveis pelos Informes Epidemiológicos Mensais devem

orientar as fontes de informação e aprimorar a forma de captação, consolidação, conferência e envio

dos dados, seguindo orientações dos respectivos instrutivos disponíveis na comunidade SIZ da CATIR2.

Os Informes Epidemiológicos Mensais devem ser enviados à Coordenação de Informação e

Epidemiologia – CIEP, a cada mês, até o último dia do mês subsequente, após verificação e validação

dos dados, feita tanto pelos responsáveis pelos programas sanitários oficiais, como pelos pontos focais

de informação e epidemiologia, em ambos os níveis (estadual e federal). Tal procedimento, visa

garantir a padronização, representatividade e confiabilidade dos dados, além de permitir a avaliação

do atendimento às orientações previstas nas respectivas normas de vigilância dessas doenças.

Este documento tem por objetivo promover retorno aos integrantes do SIZ, de forma contínua e

oportuna, a partir de análises descritivas e espaciais não complexas, da cobertura de informações de

ocorrências sanitárias registradas no país, cruzamento de bancos de dados do SIZ e crítica às falhas de

informação, permitindo assim, uma avaliação voltada para o aprimoramento da qualidade do Sistema

Nacional de Informação Zoossanitária e da vigilância em saúde animal.

1 http://www.oie.int/wahis_2/public/wahid.php/Countryinformation/countryhome http://www.agricultura.gov.br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/sistema-informacao-saude-animal 2 http://catir.agricultura.gov.br/

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Trata-se do resultado da análise dos dados dos Informes Epidemiológicos Mensais referentes ao mês

de janeiro de 2017 (Ficha Epidemiológica Mensal - FEPI, Aves, Brucelose, Tuberculose, Anemia

Infecciosa Equina - AIE, Mormo, Raiva), disponíveis na CIEP em 20/04/2017, além dos registros

realizados no SivCont, nas semanas epidemiológicas (01 a 04) de janeiro de 2017.

Lembramos que este documento é de uso interno do SVO, para avaliação e gestão dos responsáveis

pelo SIZ e programas sanitários, pois como os dados são parciais e sujeitos a alterações, não devem

ser disponibilizados para terceiros nem utilizados para caracterização de ocorrências de doenças no

país antes de sua consolidação e validação final, realizada semestralmente pela CIEP/CGPZ/DSA.

2. Definições

Deve-se considerar as seguintes definições dos dados analisados nesse relatório:

Casos (confirmados): animais doentes ou infectados no mês da confirmação final do caso por critério

clínico-epidemiológico ou por resultado laboratorial, dependendo da definição de caso de cada

doença.

Foco: é uma unidade epidemiológica na qual foi confirmado pelo menos um caso da doença ou

infecção, independentemente da espécie ou das ações aplicadas pelo SVO.

Focos novos: focos confirmados no mês de referência do informe.

Focos antigos: focos remanescentes, confirmados em mês(es) anterior(es) e ainda não encerrados,

que permanecem ativos e foram registrados desde o Informe do mês imediatamente anterior.

Susceptíveis: animais, de cada espécie, existentes no foco no momento do início da suspeita. Em se

tratando de animais silvestres, não se conhecendo a população total, o número de susceptíveis pode

ser considerado igual ao número de casos confirmados.

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3. Avaliação da regularidade de envio dos Informes Epi demiológicos e de

cobertura da Informação mensal

A conformidade no envio dos Informes Epidemiológicos Mensais, referentes a janeiro de 2017, cujo

prazo se encerrou, excepcionalmente3, em 10 de março, pode ser visualizada na Figura 1, onde se

verifica que, mesmo com o prazo prorrogado, a maioria dos estados enviou os Informes com atraso.

Figura 1. Cobertura da informação mensal e avaliação da regularidade de envio dos Informes

Epidemiológicos de Janeiro/2017 pelas Unidades Federativas -UFs.

Ressalta-se a importância do envio dos Informes mensais pelo respectivo ponto focal de

epidemiologia na SFA dentro dos prazos preconizados no manual SIZ. O não envio do informe acarreta

em transtornos dentro do fluxo do SIZ, além de que os dados desses Estados não entram na análise

mensal global, prejudicando a análise nacional. Nesse mês, por não terem sido enviados os informes à

CIEP, não foram analisados os dados do estado da Paraíba.

3 Devido à atualização anual das planilhas dos Informes Epidemiológicos Mensais, a data de envio dos dados à CIEP foi prorrogada 10 dias além do que está preconizado no Manual SIZ (até o último dia do mês subsequente).

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Até a data da análise (24/04/2017), os dados enviados pelos estados do Amapá, Mato Grosso do Sul,

Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo apresentavam inconsistências, informadas aos pontos focais

por e-mail, e até o momento ainda não corrigidas, conforme demonstrado na Tabela 1.

Tabela 1 - Inconsistências detectadas na CIEP e informadas por e-mail aos pontos focais nas SFAs e SVEs, que ainda aguardam a correção.

UF Aba com

erros Tipo de erro Descrição do Erro

Data da constatação

do erro

Data da solicitação da

CORREÇÃO

AP Controles Sem registro das datas de envio

Falta o preenchimento das datas de envio na aba de controle.

31/03/2017 31/03/2017

MG TUB Inconsistência de

dado Falta o preenchimento dos dados de

Tuberculose 13/03/2017 13/03/2017

MS Geral Inconsistência de

dado Informe enviado diretamente pelo SVE 03/03/2017 03/03/2017

PB AIE Inconsistência de

dado Existem focos antigos que não estavam

no mês de dezembro de 2016 02/05/2017 02/05/2017

RJ AIE Inconsistência de

dado Existem focos antigos que não estavam

no mês de dezembro de 2016 13/03/2017 13/03/2017

SP Controles Sem registro das datas de envio

Falta o preenchimento das datas de envio na aba de controle

17/03/2017 17/03/2017

Na Tabela 2 é apresentada a situação de cada Informe Epidemiológico enviado, segundo a presença

de registros, por estado, no mês de janeiro de 2017. Os três estados do Sul foram os que captaram e

registraram novas informações no maior número de informes, conforme demonstrado na Tabela 2.

Percebe-se ainda, que grande parte dos estados não registrou novas informações na FEPI e nos

informes de Aves, Brucelose, Tuberculose e Raiva em janeiro de 2017.

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Tabela 2 – Situação de cada Informe Epidemiológico Mensal, quanto ao registro de novas informações

no mês de janeiro de 2017, por estado. (Com = com registro de novas informações; Sem = sem registro de novas informações).

UF / Informe FEPI Aves Mormo AIE Brucelose Tuberculose Raiva

AC Sem Sem Sem Com Sem Sem Sem

AL Sem Sem Com Com Sem Sem Com

AM Sem Sem Sem Com Com Com Sem

AP Sem Sem Sem Com Sem Sem Sem

BA Com Sem Sem Com Sem Sem Com

CE Sem Sem Sem Com Sem Sem Sem

DF Sem Sem Sem Com Com Sem Sem

ES Com Com Sem Com Sem Sem Com

GO Sem Sem Com Com Sem Sem Com

MA Sem Sem Com Com Com Sem Sem

MG Sem Com Com Com Com Sem Com

MS Com Com Com Com Sem Sem Sem

MT Com Com Com Com Sem Sem Com

PA Sem Sem Com Com Com Sem Com

PB Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado

PE Sem Sem Com Com Com Sem Sem

PI Sem Sem Com Com Sem Sem Sem

PR Com Com Sem Com Com Com Com

RJ Sem Sem Sem Com Sem Com Com

RN Sem Sem Com Com Sem Sem Sem

RO Sem Sem Com Com Sem Com Sem

RR Sem Sem Sem Com Com Sem Sem

RS Com Com Com Com Com Com Com

SC Com Com Com Com Com Com Sem

SE Sem Sem Sem Sem Sem Com Sem

SP Com Sem Sem Sem Sem Sem Com

TO Com Sem Com Com Com Com Sem

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4. Ficha Epidemiológica Mensal

A Ficha Epidemiológica Mensal, se refere ao consolidado mensal de dados de 40 doenças de

notificação obrigatória ao SVO, pertencentes às categorias 2, 3 e 4 da IN n° 50 de 2013.

Há 11 doenças da Categoria 4 que requerem somente notificação de (presença /ausência) ao SVO com

registro mensal na FEPI, sem a necessidade de informar dados quantitativos. São doenças presentes e

distribuídas na maior parte do país e que não estão sob controle de programa sanitário oficial. A

maioria dos estados informou a ausência de registros de doenças endêmicas no Brasil, como BVD, IBR,

Babesiose, Anaplasmose, etc. Além das notificações diretas ao SVO, o registro da presença dessas

doenças deve se basear em informação de fontes diversas, como a informação recebida de médicos

veterinários privados, além de publicações e pesquisas científicas. Para essas doenças, a critério do

veterinário oficial, podem ser considerados diagnósticos presuntivos, utilizando outras evidências

como presença de sintomatologia clínica compatível, achados de necropsia, achados de inspeção post-

mortem ao abate, vínculo com outros focos, epidemiologia da doença, etc. A informação pode ser

validada pelo MV Oficial, a partir de evidências de sua ocorrência e da confiabilidade da informação,

com ou sem diagnóstico laboratorial, com base no conhecimento da situação epidemiológica da sua

área de abrangência.

Há outras 12 doenças da Categoria 4 da IN 50/2013, de notificação mensal ao SVO dos casos

confirmados, que requerem registro mensal na FEPI dos dados quantitativos. São doenças presentes

no país, sem controle oficial, com distribuição limitada a certas zonas, frequência esporádica ou

subnotificadas, com alguma importância comercial e sanitária ou impacto em saúde pública. Para

serem registradas na FEPI; devem ter pelo menos um foco confirmado laboratorialmente; sendo

possível a confirmação de novos casos/focos por vínculo com focos confirmados laboratorialmente.

A ocorrência dessas doenças, no mês de janeiro, pode ser visualizada nas Tabelas 3 e 4.

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Tabela 3 – Novos focos das doenças da categoria 4 no mês de janeiro de 2017, por UF.

UF Acarapisose das Abelhas

Melíferas

Artrite Encefalite

Caprina/CAE

Cisticercose Suina

Epididimite Ovina

Hidatidose Influenza dos

Suínos

AC 0 0 0 0 0 0

AL 0 0 0 0 0 0

AM 0 0 0 0 0 0

AP 0 0 0 0 0 0

BA 0 0 0 0 0 0

CE 0 0 0 0 0 0

DF 0 0 0 0 0 0

ES 0 0 0 0 2* 0

GO 0 0 0 0 0 0

MA 0 0 0 0 0 0

MG 0 0 0 0 0 0

MS 0 0 0 0 0 0

MT 0 0 0 0 2* 0

PA 0 0 0 0 0 0

PB Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado

PE 0 0 0 0 0 0

PI 0 0 0 0 0 0

PR 0 0 0 0 0 6

RJ 0 0 0 0 0 0

RN 0 0 0 0 0 0

RO 0 0 0 0 0 0

RR 0 0 0 0 0 0

RS 0 0 0 0 4621* 0

SC 0 0 0 0 0 22

SE 0 0 0 0 0 0

SP 0 0 0 0 0 0

TO 0 0 0 0 0 0

Total 0 0 0 0 4625* 28

*Relativo ao número de casos encontrados em abatedouros sob inspeção estadual e/ou municipal.

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Tabela 4 – Novos focos das doenças da categoria 4, no mês de janeiro de 2017, por UF.

UF Leucose

Enzoótica Bovina

Melioidose Paratubercu-

lose Babesiose

Equina

Salmonelose por S.

abortusovis

Tripanoso-mose

(T.vivax)

AC 0 0 0 0 0 0

AL 0 0 0 0 0 0

AM 0 0 0 0 0 0

AP 0 0 0 0 0 0

BA 0 0 0 0 0 1

CE 0 0 0 0 0 0

DF 0 0 0 0 0 0

ES 0 0 0 0 0 0

GO 0 0 0 0 0 0

MA 0 0 0 0 0 0

MG 0 0 0 0 0 0

MS 1 0 0 0 0 0

MT 0 0 0 0 0 0

PA 0 0 0 0 0 0

PB Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado

PE 0 0 0 0 0 0

PI 0 0 0 0 0 0

PR 17 0 0 2 0 0

RJ 0 0 0 0 0 0

RN 0 0 0 0 0 0

RO 0 0 0 0 0 0

RR 0 0 0 0 0 0

RS 0 0 0 0 0 0

SC 0 0 0 2 0 0

SE 0 0 0 0 0 0

SP 0 0 0 34 0 0

TO 0 0 0 0 0 0

Total 18 0 0 38 0 1

Percebe-se pelos dados apresentados nas Tabelas 3 e 4, que em todas as UFs há poucos registros de

novos focos da maioria das doenças listadas, sinalizando para a necessidade de se criar estratégias

para ampliar a rede de captação de informações zoossanitárias das doenças de notificação obrigatória.

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As demais doenças da FEPI pertencem às Categorias 2 e 3 da IN 50/2013 (Tabela 5) e são de notificação

imediata ao SVO dos casos suspeitos/confirmados, que requerem confirmação laboratorial em pelo

menos um foco. Devem ter seus dados quantitativos registrados na FEPI do mês correspondente à

confirmação laboratorial, além da informação detalhada nos Formulários de Investigação, que devem

ser enviados ao [email protected], e registrados no SivCont, quando se tratar de

doenças-alvo das síndromes hemorrágica, nervosa, vesicular e respiratória-nervosa das aves.

Tabela 5 – Total de focos de doenças das categorias 2 e 3 e respectivos registros em janeiro de 2017.

Doença FEPI NOTIFICA SIVCONT

Aborto Enzoótico das Ovelhas (Chlamydophila abortus) 0 0

Agalaxia Contagiosa (Mycoplasma agalactiae) 0 0

Antraz /Carbúnculo Bacteriano (Bacillus Antracis) 0 0

Brucelose Suína (Brucella suis) 0 0

Doença De Aujeszky 0 0

Encefalomielite Equina Do Leste 0 0 0

Encefalomielite Equina Do Oeste 0 0 0

Estomatite Vesicular 2 2 2

* Bahia 1 1 1

* Tocantins 1 1 1

Febre Q 0 0

Maedi visna 0 0

Língua Azul 0 0

Loque Americana/ Cria Pútrida Americana 0 0

Loque Européia /Cria Pútrida Européia 0 0

Mixomatose 0 0

Scrapie 0 0 0

Surra (Trypanosoma evansi) 0 0

Triquinelose (Trichinella spiralis) 0 0

Obs:

No mês de janeiro, apenas os estados da Bahia e do Tocantins tiveram registro de doença dessa

categoria, com focos de Estomatite Vesicular (Tabela 5). Os formulários de investigação foram

enviados para o [email protected], além do registro no Informe Mensal e SivCont.

O estado de São Paulo registrou apenas novos dados referentes a dois focos abertos de Doença de

Aujeszky (3.655 abatidos e 20.000 susceptíveis), entretanto, alertamos que o número de susceptíveis

apenas deve ser registrada no caso de novos focos.

Não é doença alvo do SivCont

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5. Informe Epidemiológico Mensal d e Sanidade Avícola

O Informe Epidemiológico Mensal de Sanidade Avícola consolida os dados de focos confirmados de

doenças de aves, conforme definições de caso do PNSA. São incluídas doenças presentes no país, que

não configuram um evento excepcional e cuja comunicação à OIE é realizada semestralmente. A Figura

2 demonstra que além dos estados do Sul, apenas MS e MG tiveram registro de novos focos em aves

no período analisado.

Figura 2. Unidades federativas que tiveram registro de novos focos no Informe Epidemiológico Mensal

de Sanidade Avícola, em janeiro de 2017.

A Tabela 6 apresenta o consolidado de ocorrências sanitárias em aves e vacinações, por estado. O

estado de Mato Grosso do Sul registrou vacinação preventiva para S. enteritidis em propriedades com

focos novos e, portanto, ativos. Nesse caso, é necessário avaliar se a vacinação aplicada não se

enquadra melhor como Vacinação em resposta a foco.

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Tabela 6 – Dados registrados no Informe Epidemiológico Mensal de Sanidade Avícola, janeiro de 2017, por UF.

Doença / UF Novos Focos

Focos Antigos

Casos Susceptíve

is Mortos Destruídos Abatidos

Prop. com vacinação em

foco

Prop. com vacinação preventiva

Laringotraqueíte infecciosa aviária

MT 0 4 0 0 0 0 0 0 0

SC 0 0 0 0 0 0 0 0 1

SP 0 0 0 0 0 0 0 0 3

Micoplasmose (M. gallisepticum)

AM 0 0 0 0 0 0 0 0 6

ES 0 0 0 0 0 0 0 0 5

MG 0 0 0 0 0 0 0 0 4

MS 0 0 0 0 0 0 0 0 10

PR 0 0 0 0 0 0 0 0 6

RR 0 0 0 0 0 0 0 0 1

Micoplasmose (M. synoviae)

CE 0 0 0 0 0 0 0 0 1

DF 0 0 0 0 0 0 0 0 0

ES 0 3 0 0 0 0 0 0 0

MS 1 0 584 44.244 584 0 0 0 0

PR 1 6 42.840 42.840 151 0 73.779 0 0

SP 0 0 0 0 0 0 0 0 4

Salmonelose (S. enteritidis)

ES 0 0 0 0 0 0 0 0 8

GO 0 0 0 0 0 0 0 0 2

MS 5 0 358.247 358.247 0 0 0 0 5

RS 0 0 0 0 0 0 0 0 19

SP 0 0 0 0 0 0 0 0 23

Salmonelose (S. gallinarum) (Tifo aviário)

AM 0 0 0 0 0 0 0 0 6

CE 0 0 0 0 0 0 0 0 1

ES 0 0 0 0 0 0 0 0 37

MA 0 0 0 0 0 0 0 0 53

MG 0 0 0 0 0 0 0 0 3

MS 0 0 0 0 0 0 0 0 11

MT 0 1 0 0 0 0 2.120 0 0

PA 0 0 0 0 0 0 0 0 1

PR 0 0 0 0 0 0 0 0 12

RR 0 0 0 0 0 0 0 0 5

RS 5 2 48.715 48.715 4.600 0 44.115 0 0

SC 1 0 8.868 8.868 3.195 0 4.590 0 0

SE 0 0 0 0 0 0 0 0 1

TO 0 0 0 0 0 0 0 0 677

Salmonelose (S. pullorum) (Pulorose)

MG 0 0 0 0 0 0 0 0 2

Salmonelose (S. typhimurium)

PR 4 0 95.700 95.700 9.672 20.701 0 0 0

SC 2 0 36.828 36.828 1.227 35.601 0 0 0

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6. Informe Epidemiológico Mensal de Mormo

Este Informe Epidemiológico se refere aos dados consolidados de focos confirmados de Mormo a partir

de diagnóstico positivo conclusivo definitivo (conforme legislação vigente do PNSE), no respectivo mês

e na respectiva UF, em equídeos (equino, asinino ou muar) de origem na respectiva UF. Houve apenas

1 novo foco no período, registrado no estado de Alagoas (Figura 3), sendo que 4 estados registraram

novos casos em focos confirmados em meses anteriores. (Tabela 7).

Figura 3. Registros de novos focos no Informe Epidemiológico de Mormo, em jan/2017, por UF.

No mês de janeiro, havia 65 focos de mormo abertos no Brasil, sendo que os estados de Mato Grosso

e Rio Grande do Sul detinham o maior número de focos antigos (16 cada um), conforme pode ser

visualizado na Tabela 7.

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Tabela 7 – Dados das UFs com registro de focos ou casos de mormo, no mês de janeiro de 2017, por UF.

UF Novos Focos

Focos Antigos

Casos Susceptíveis Mortos Destruídos

AL* 1 0 3 13 2 0

GO* 0 2 2 0 0 0

MA 0 2 0 0 0 0

MG* 0 1 0 0 0 0

MS* 0 3 0 0 0 0

MT 0 16 0 0 0 0

PA 0 3 0 0 0 0

PE* 0 3 2 0 0 1

PI 0 1 1 0 0 1

RN* 0 1 0 0 0 0

RO* 0 1 0 0 0 0

RS 0 16 0 0 0 0

SC 0 1 0 0 0 0

TO 0 12 0 0 0 0

Total 1 65 8 13 2 2

* UFs que implantaram o controle individual das ocorrências (por ID de ocorrência) no Informe Mensal.

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7. Informe Epidemiológico Mensal de AIE

Este Informe Epidemiológico se refere aos dados consolidados de focos confirmados de AIE a partir de

diagnóstico positivo conclusivo definitivo (conforme legislação vigente do PNSE), no respectivo mês e

na respectiva UF, em equídeos (equino, asinino ou muar) de origem na respectiva UF. No mês de

janeiro houve 201 novos focos da doença, conforme pode ser visualizado na Figura 4.

Figura 4. Registros de novos focos no Informe Epidemiológico de AIE, em jan/2017, por UF.

Os estados de São Paulo e Sergipe não tiveram nenhum registro de foco de AIE, novo ou antigo,

durante o mês de janeiro, segundo dados do Informe Mensal, como pode ser visualizado destacados

em branco na Figura 4 e em Amarelo na Tabela 8.

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Tabela 8– Dados dos focos registrados de AIE, por UF, no mês de janeiro de 2017.

UF Novos Focos

Focos Antigos

Casos Susceptíveis Mortos Destruídos Abatidos

AC 4 90 4 25 0 5 0

AL 9 56 9 18 0 3 0

AM* 2 8 6 20 0 0 1

AP 1 25 6 8 0 0 0

BA 7 1.787 7 7 0 0 0

CE 35 3.101 35 689 1 13 1

DF* 0 1 0 0 0 1 0

ES* 3 8 12 63 1 0 5

GO 3 10 18 90 0 0 0

MA 22 623 25 145 5 0 0

MG 6 222 7 18 0 6 1

MS* 12 42 22 120 1 9 0

MT 15 880 21 104 0 54 0

PA 33 495 63 268 3 0 0

PB Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado

PE* 8 17 23 28 3 17 0

PI 18 176 19 65 0 7 0

PR 8 5 11 142 0 8 0

RJ 0 302 1 2 0 0 0

RN 0 4 0 0 0 0 0

RO* 1 94 2 40 0 9 0

RR 2 143 2 6 0 0 0

RS* 3 25 3 39 0 0 1

SC 0 9 0 0 0 0 0

SE 0 0 0 0 0 0 0

SP 0 0 0 0 0 0 0

TO 9 172 14 64 2 0 0

Total 201 8.295 310 1.961 16 132 9

* UFs que implantaram o controle individual das ocorrências (por ID de ocorrência) no Informe mensal.

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8. Informe Epidemiológico Mensal de Brucelose

Este Informe Epidemiológico se refere ao consolidado de focos confirmados de Brucelose, a partir de

diagnóstico positivo conclusivo/definitivo (conforme legislação vigente do PNCEBT). No mês de

janeiro, 89 novos focos de brucelose foram registrados, distribuídos conforme pode ser visualizado na

Figura 5.

Figura 5. Registros de novos focos no Informe Epidemiológico de Brucelose, em jan/2017, por UF.

Há um grande número de estados sem nenhum registro de caso de brucelose nesse mês, como SP,

MT, MS, GO, BA, onde há um rebanho bovino importante o que nos alerta para possível subnotificação.

Os dados relacionados às UFs que registraram focos (novos ou antigos) no mês de janeiro de 2017

podem ser visualizados na Tabela 9.

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Tabela 9 – Dados de focos de Brucelose registrados no mês de janeiro de 2017, por UF.

UF Novos Focos

Focos Antigos

Casos Susceptíveis Mortos Destruídos Abatidos

AM 1 1 6 2.148 0 0 0

DF 1 0 2 246 0 0 2

MA 43 0 43 43 0 43 0

MG 3 0 3 467 0 1 1

PA 2 0 2 243 0 2 0

PE 1 0 1 15 0 1 0

PR 20 0 59 1.424 0 9 45

RR 1 0 1 158 0 0 0

RS 5 0 13 101 0 2 9

SC 12 23 186 695 0 1 224

Total 89 24 316 5.540 0 59 281

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9. Informe Epidemiológico Mensal de Tuberculose

Este Informe Epidemiológico se refere ao consolidado de focos confirmados de Tuberculose, a partir

de diagnóstico positivo conclusivo/definitivo (conforme legislação vigente do PNCEBT). No mês de

janeiro, 54 novos focos da doença foram registrados, concentrados na região Sul do país. A maioria

dos estados não registrou nenhum foco da doença nesse mês, conforme pode ser visualizado na Figura

6.

Figura 6. Registros de novos focos no Informe Epidemiológico de Tuberculose, em jan/2017, por UF.

Os dados das UFs que registraram focos (novos ou antigos) de tuberculose no mês de janeiro de 2017

podem ser visualizados na Tabela 10.

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Tabela 10 – Dados das UFs com registro de Tuberculose no mês de janeiro de 2017, por UF.

UF Novos Focos

Focos Antigos

Casos Susceptíveis Mortos Destruídos Abatidos

AM 1 0 7 2.085 0 0 0

PR 33 0 71 2.223 0 24 45

RJ 0 1 1 0 0 1 0

RO 2 0 2 304 0 0 2

RS 9 10 66 2.535 0 4 11

SC 4 15 28 225 0 1 50

SE 1 0 1 1 0 0 1

TO 4 28 4 5.255 0 0 4

Total 54 54 180 12.628 0 30 113

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10. Informe Epidemiológico Mensal de Raiva

Este Informe Epidemiológico se refere ao consolidado de focos confirmados de Raiva, a partir de

diagnóstico positivo conclusivo/definitivo (conforme legislação vigente do PNCRH). No mês de janeiro

foram registrados 37 novos focos de raiva, conforme pode ser visualizado na Figura 7.

Figura 7. Registros de novos focos no Informe Epidemiológico de Raiva, em jan/2017, por UF.

Os dados dos focos de raiva registrados nos Informes Mensais das UFs em janeiro de 2017, assim como

a comparação dos focos confirmados de Raiva no mês de janeiro registrados no SivCont (27), podem

ser observados na Tabela 11. Para o sistema de informação é muito importante que os dados sejam

registrados nos dois sistemas e que sejam compatíveis, trazendo a mesma informação.

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Tabela 11 – Dados das UFs com registro de Raiva dos herbívoros no mês de janeiro de 2017, por UF.

UF Novos Focos

Casos Susceptíveis Mortos Destruídos SivCont

AL 1 1 1 1 0 Registrado

BA 1 1 44 1 0 Registrado

ES 6 6 67 2 0 Apenas 2 focos

registrados

GO 1 1 1 1 0 Não registrado

MG 6 8 193 8 0 Registrado 8 focos

MS 1 8 206 6 6 Registrado

MT 3 36 2.535 36 0 Registrado

PA 3 4 1.441 1 3 Apenas 2 focos

registrados

PR 7 7 93 7 0 Apenas 2 focos

registrados

RJ 1 1 18 0 0 Registrado

RS 1 2 212 2 0 Registrado

SP 6 7 1.966 7 0 Apenas 5 focos

registrados

Total 37 82 6.777 72 9 27

Percebe-se, pelos dados da Tabela 11, que o registro de animais susceptíveis não está padronizado

entre os estados. Conforme definição, o número de animais susceptíveis refere-se ao número de

animais, por espécie susceptível, apenas em novos focos. Em focos em espécies silvestres (FAU), o

número de susceptíveis registrado deve ser igual ou maior que o número de casos (quando não houver

conhecimento do número total de susceptíveis, registrar o número igual ao de casos). Ressalta-se que

deverá ser considerada apenas a população da propriedade afetada e não de todo o município ou área

de entorno do foco.

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11. Registro das ocorrências de doenças sindrômicas no SivCont

As investigações de doenças animais das síndromes hemorrágica de suíno, nervosa, vesicular e

respiratória-nervosa de aves devem ser rotineiramente registradas e atualizadas no SivCont pelos

SVEs. No mês de janeiro de 2017 foram registradas e concluídas 364 investigações no Brasil, conforme

exposto na Figura 8.

Figura 8. Investigações sindrômicas registradas e concluídas no SivCont, em janeiro/2017, no Brasil.

A distribuição espacial das ocorrências registradas no SivCont, de acordo com a data da primeira

investigação do SVO na propriedade, mostra a concentração de investigações registradas na Região

Centro-Sul do país, principalmente para suspeitas de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves

(SRNA). Investigações de SRNA foram ausentes nos outros estados da Região Norte e Nordeste, que

também apresentaram muito pouco registro de investigação das outras síndromes.

Os dados alertam para possível subnotificação e falha na detecção de suspeitas de doenças sob

vigilância, pelo SVO. Recomenda-se que os Estados realizem uma avaliação em um período de tempo

maior, a fim de observar se essa baixa notificação é reflexo de um mês atípico ou ocorre de forma

constante durante o ano.

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A cobertura do sistema de informação da vigilância sindrômica é avaliada semanalmente, conforme

pode ser observado na Tabela 12. Alguns estados estão com uma cobertura média semanal abaixo de

70%, e devem buscar ampliar a capilaridade do sistema de informação, aumentando a vigilância em

áreas descobertas (estados do Amapá, Paraíba e Rio Grande do Norte). Outros estados, apesar de alto

índice de cobertura, não registraram nenhuma investigação nesse mês e devem atentar para uma

melhoria na sensibilização para a notificação de doenças animais (Alagoas, Sergipe, Ceará, Roraima e

Amazonas).

Tabela 12 – Cobertura semanal da Informação Sindrômica, por UF, em janeiro de 2017.

Estados Semana

01 Semana

02 Semana

03 Semana

04 Média

AC 100 100 0 100 75%

AL 100 100 100 100 100%

AM 100 100 100 100 100%

AP 22 22 22 44 28%

BA 100 100 100 100 100%

CE 85 98 98 98 95%

DF 0 100 100 100 75%

ES 83 93 97 97 93%

GO 84 82 84 80 83%

MA 100 100 100 100 100%

MG 100 100 100 100 100%

MS 100 100 100 100 100%

MT 0 96 92 94 71%

PA 100 100 87 79 92%

PB 48 56 48 67 55%

PE 93 100 83 85 90%

PI 100 100 100 100 100%

PR 78 74 81 85 80%

RJ 100 100 100 100 100%

RN 33 0 67 50 38%

RO 100 100 100 100 100%

RR 100 100 100 100 100%

RS 75 85 87 0 62%

SC 100 100 100 100 100%

SE 100 100 100 100 100%

SP 68 63 60 68 65%

TO 83 89 92 96 90%

Média 80% 87% 85% 87% 85%

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Os dados das investigações sindrômicas registrados no SivCont em janeiro de 2017, estão

demonstrados na Tabela 13.

Tabela 13. Síntese dos eventos epidemiológicos registrados no SivCont, por síndrome, UF e realização

de colheita de amostras para diagnóstico laboratorial, referentes ao mês de janeiro de 2017.

Hemorrágica do Suíno

Nervosa Respiratório ou

Nervoso em Aves Vesicular Total

UF Sem

Colheita Com

Colheita Sem

Colheita Com

Colheita Sem

Colheita Com

Colheita Sem

Colheita Com

Colheita 0

Acre 0 0 0 0 0 0 1 0 1

Alagoas 0 0 0 1 0 0 0 0 1

Amapá 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Amazonas 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Bahia 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Ceará 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Bahia 0 0 0 7 0 0 0 1 8

Distrito Federal 0 0 2 0 6 0 0 0 8

Espírito Santo 0 0 3 5 1 0 0 0 9

Goiás 0 0 0 1 2 0 0 1 4

Maranhão 0 0 0 3 0 0 0 0 3

Mato Grosso 0 0 0 7 2 0 1 0 10

Mato G. do Sul 0 0 0 5 20 0 0 0 25

Minas Gerais 4 0 0 11 23 0 0 0 38

Pará 0 0 1 13 0 0 0 0 14

Paraíba 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Paraná 0 0 0 15 81 0 1 0 97

Pernambuco 0 1 5 8 0 0 0 0 14

Piauí 1 0 0 1 0 0 0 0 2

Rio de Janeiro 0 0 0 1 0 0 0 0 1

Rio G. do Norte 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Rio G. do Sul 2 0 0 3 16 0 0 0 21

Rondônia 0 0 0 4 0 0 0 0 4

Roraima 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Santa Catarina 3 0 0 0 89 0 4 0 96

São Paulo 0 0 0 6 0 0 0 0 6

Sergipe 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Tocantins 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Total 10 1 11 91 240 0 7 4 364

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Na Tabela 13, verifica-se que as Síndromes Hemorrágica dos Suínos (SH) e Vesicular (SV), têm menor

número de suspeitas registradas, sendo que na SH apenas uma suspeita foi considerada caso provável

e utilizou diagnóstico laboratorial. A Síndrome Nervosa (SN) é a que teve maior número de

investigações concluídas com apoio laboratorial. Já a Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves, como

ocorreu em todo ano de 2016, demandou grande esforço do SVO nas investigações, porém todos os

eventos foram descartados sem apoio laboratorial para sua conclusão.

As doenças sindrômicas são baseadas na detecção de sinais clínicos compatíveis com as doenças alvo,

o que requer a manutenção de treinamento e conhecimento dos médicos veterinários oficiais para

interpretação das informações obtidas nas investigações das notificações e para aplicação correta das

definições de caso. Assim, é esperado que os casos prováveis sejam todos submetidos a diagnóstico

laboratorial para confirmação ou exclusão.

Por este motivo, considera-se importante que os programas de vigilância das síndromes específicas,

revisem as definições de caso suspeito, provável e confirmado que devem ser seguidas para

desenvolvimento e conclusão das investigações. É fundamental avaliar se os critérios de suspeita e

caso provável de cada síndrome são adequados para garantir a eficiência do sistema de vigilância, se

os mesmos estão sendo atendidos pelo SVE ao realizar a investigação e se o motivo de

exclusão/descarte de casos por critérios clínicos atende às definições em vigor.

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12. Considerações finais

Em 2017 foram implantados novos modelos para a consolidação dos dados dos Informes

Epidemiológicos Mensais, que visaram padronizar o registro para as doenças da base de dados do

Sistema de Informação Zoossanitária-SIZ, e permitem maior controle e verificação de inconsistência

dos dados.

As deficiências observadas têm várias causas, como erros de preenchimento, falta de verificação, falta

de comunicação interna entre os responsáveis pelo preenchimento dos Informes e os responsáveis

pelos respectivos programas de vigilância da doença, falta de orientação, treinamento e conhecimento

dos instrutivos de preenchimento e respectivas definições sobre os dados, além de falta de crítica da

representatividade dos dados registrados.

Verifica-se que é necessário aumentar a captação de outras fontes de informação, principalmente para

doenças que estão fora da cobertura de vigilância dos programas sanitários oficiais, padronizar o fluxo

interno de informação nos SVEs e estabelecer procedimentos de verificação e análise dos dados, além

de garantir a regularidade do envio do Informes Mensais e notificações imediatas, conforme os prazos

e procedimentos definidos no Manual do SIZ.

Recomendamos aos pontos focais em epidemiologia e gestores nacionais e estaduais (SVE e SFA) dos

programas de vigilância em saúde animal que avaliem os dados apresentados nos relatórios mensais

e busquem o esclarecimento para as falhas e deficiências apontadas, visando obter soluções para

aprimorar a qualidade e eficiência do sistema de vigilância e o registro de informações zoossanitárias.

A partir de maio de 2017 iniciamos em quatro estados a implantação de um piloto do Sisbravet, sistema

que irá registrar e gerenciar todas as investigações das doenças dos animais de forma individualizada,

dando uma maior capacidade de consolidação e análise dos dados zoossanitários.

Ainda no primeiro semestre a CIEP estará disponibilizando ao público interno e externo, instrumentos

de consulta rápida aos dados zoossanitários (QlikView, uma ferramenta de análise de dados utilizada

pelo MAPA) diretamente no seu sítio na internet (www.agricultura.gov.br/epidemiologia ) a fim de dar

uma maior transparência e retorno da informação aos participantes e usuários do SIZ.

A busca continua da melhoria do registro, consolidação e análise dos dados é um dos eixos do SIZ, no

qual a participação de forma efetiva de todas as SFAs e SVEs é crucial para o alcance desse objetivo.

Em especial, dos médicos veterinários das unidades veterinárias locais, os quais devem ter

conhecimento das definições e conceitos descritos nos instrutivos de preenchimento dos informes, a

fim de captar, registrar e enviar os dados zoossanitários de forma oportuna e padronizada.