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2 Análise entre disfunção temporomandibular, transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e qualidade do sono em atletas de ginástica rítmica KEMELLY AMÂNCIO DE ARAÚJO ¹ 1 [email protected] JOELMA MAGALHÃES ² [email protected] Pós Graduação em Fisiologia do Exercício Faculdade FASERRA Resumo Introdução: A DTM por ser de etiologia multifatorial, possui sinais e sintomas complexos. E associados com o TDA/H podem interferir na qualidade do sono ocasionando principalmente a sonolência diurna que resulta em limitações na qualidade de vida e no rendimento dos atletas. Objetivo: Identificar os graus de severidade da DTM, TDA/H e a qualidade do sono em atletas de Ginástica Rítmica. Metodologia: Após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa pela Universidade Federal do Amazonas UFAM sob o CAAE nº 13195013.70000.5020, realizamos um estudo descritivo de natureza transversal onde participaram 11 atletas de ginástica rítmica. Utilizamos os questionários de Hábitos do sono, Diário do sono, Índice Anamnético de Fonseca para severidade das DTM’s, RDC (eixo II) quanto aos aspectos psicossociais e TDA/H (questionário DSM IV). Resultados: 100% das participantes apresentaram DTM leve, baixa intensidade no aspecto psicossocial (RDC eixo II) e 63,6% cochilavam durante o dia (diário do sono). Na avaliação do TDA/H nenhuma atleta apresentou sintomas (critério A). Conclusão: A DTM pode ter relação com alguns hábitos durante o sono fazendo com que ocorra sonolência diurna e cochilem durante o dia, levando a pequenas privações no ciclo sono/vigília podendo afetar na qualidade de vida e no desempenho das atletas. Palavras-chave: Transtornos do Sono-Vigília; Transtornos do Neurodesenvolvimento; Síndrome da Articulação Temporomandibular. 1. Introdução A ginástica rítmica é um desporto que possui diversas influências artísticas, e proporciona infinitas oportunidades de movimentos. Logo, requer muita dedicação e prática das técnicas específicas, força, resistência e graus elevados de flexibilidade. A constante busca pela exatidão e perfeição dentro da modalidade, exige concentração, atenção constante, boa recuperação para que a interação entre a ginasta, aparelho e música seja total.¹ Períodos de treinos intensos e períodos competitivos podem afetar a qualidade do sono, havendo um aumento do estresse psicológico devido a pressão em que o atleta está exposto. Ambientes adequados e tranquilos auxiliam na hora do ciclo do sono. E quando associados a um programa de intervenção psicológica reduz os fatores de risco para uma boa 1 Pós-graduanda em Fisiologia do Exercício – Faculdade FASERRA 2 Orientadora – Mestre em Ciências da Reabilitação – Universidade Nove de Julho/São Paulo

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Análise entre disfunção temporomandibular, transtorno de déficit de

atenção/hiperatividade e qualidade do sono em atletas de ginástica

rítmica

KEMELLY AMÂNCIO DE ARAÚJO ¹1

[email protected]

JOELMA MAGALHÃES ²

[email protected]

Pós Graduação em Fisiologia do Exercício – Faculdade FASERRA

Resumo

Introdução: A DTM por ser de etiologia multifatorial, possui sinais e sintomas complexos. E associados com o

TDA/H podem interferir na qualidade do sono ocasionando principalmente a sonolência diurna que resulta em

limitações na qualidade de vida e no rendimento dos atletas. Objetivo: Identificar os graus de severidade da

DTM, TDA/H e a qualidade do sono em atletas de Ginástica Rítmica. Metodologia: Após a aprovação do

Comitê de Ética em Pesquisa pela Universidade Federal do Amazonas – UFAM sob o CAAE nº

13195013.70000.5020, realizamos um estudo descritivo de natureza transversal onde participaram 11 atletas de

ginástica rítmica. Utilizamos os questionários de Hábitos do sono, Diário do sono, Índice Anamnético de

Fonseca para severidade das DTM’s, RDC (eixo II) quanto aos aspectos psicossociais e TDA/H (questionário

DSM IV). Resultados: 100% das participantes apresentaram DTM leve, baixa intensidade no aspecto

psicossocial (RDC eixo II) e 63,6% cochilavam durante o dia (diário do sono). Na avaliação do TDA/H nenhuma

atleta apresentou sintomas (critério A). Conclusão: A DTM pode ter relação com alguns hábitos durante o sono

fazendo com que ocorra sonolência diurna e cochilem durante o dia, levando a pequenas privações no ciclo

sono/vigília podendo afetar na qualidade de vida e no desempenho das atletas.

Palavras-chave: Transtornos do Sono-Vigília; Transtornos do Neurodesenvolvimento; Síndrome da

Articulação Temporomandibular.

1. Introdução

A ginástica rítmica é um desporto que possui diversas influências artísticas, e

proporciona infinitas oportunidades de movimentos. Logo, requer muita dedicação e prática

das técnicas específicas, força, resistência e graus elevados de flexibilidade. A constante

busca pela exatidão e perfeição dentro da modalidade, exige concentração, atenção constante,

boa recuperação para que a interação entre a ginasta, aparelho e música seja total.¹

Períodos de treinos intensos e períodos competitivos podem afetar a qualidade do

sono, havendo um aumento do estresse psicológico devido a pressão em que o atleta está

exposto. Ambientes adequados e tranquilos auxiliam na hora do ciclo do sono. E quando

associados a um programa de intervenção psicológica reduz os fatores de risco para uma boa

1 Pós-graduanda em Fisiologia do Exercício – Faculdade FASERRA

2 Orientadora – Mestre em Ciências da Reabilitação – Universidade Nove de Julho/São Paulo

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qualidade do sono, pois, diminui aumento da ineficácia física, diminuição da atenção,

concentração e consequentemente do estado de alerta. 2

A Disfunção temporomandibular (DTM) por ser de etiologia multifatorial, possui

sinais e sintomas complexos e pode desencadear a síndrome do respirador oral podendo afetar

o desempenho físico de um atleta cerca de 21% em relação a outro atleta sem DTM.3 As

alterações causadas por esta disfunção, em principal a dor, podem interferir nas atividades

diárias do individuo, levando a uma perturbação na vida social, emocional e no nível de

energia. 4

O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDA/H) é caracterizado por uma

tríade sintomatológica clássica: desatenção, hiperatividade e impulsividade que associado a

DTM podem interferir na qualidade do sono e no rendimento esportivo, pois, há uma série de

consequências como: déficit cognitivo, afetivo e psicomotor. 5

Assim, nosso objetivo foi identificar os graus de severidade da disfunção

temporomandibular, transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e a qualidade do sono em

atletas de ginástica rítmica na cidade de Manaus/AM.

2. Fundamentação Teórica

A Articulação Temporomandibular (ATM) é a mais usada do corpo humano, sendo

responsável pela mastigação, deglutição e fala, possibilitando a mandíbula executar variados

movimentos durante a mastigação. O sistema estomatognático compreende, além da ATM,

ossos (maxila e mandíbula), músculos, dentes, espaços, vasos sanguíneos, nervos, órgãos,

glândulas que atuam conjuntamente na execução das funções neurovegetativas (sucção,

mastigação, deglutição, respiração e fala) e manutenção da postura.6

O equilíbrio postural entre a cabeça, a mandíbula e a coluna cervical é de grande

importância para a manutenção da funcionalidade normal do organismo. Logo, qualquer

alteração em um de seus componentes pode determinar um desequilíbrio de seu

funcionamento.7

Há uma forte relação entre os músculos da cabeça e a região cervical, podendo levar

a alterações tanto na postura quanto na articulação temporomandibular. Com isso, podem

ocorrer alterações na biomecânica e no funcionamento fisiológico da estrutura corporal 8-9

. A

hiperatividade muscular provoca muitas vezes alterações na mecânica mastigatória, afetando

principalmente os músculos, a ATM, os dentes e as estruturas de suporte. E é o fator mais

comum das DTM´s, o que contribui nas alterações internas da ATM, podendo ter origem na

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má oclusão dentária, alterações posturais, alterações emocionais, traumas, doenças sistêmicas

e desordens de crescimento10

.

Funcionalmente, a coluna cervical, a ATM e as articulações entre os dentes estão

intimamente relacionadas. A anormalidade funcional ou má posição de uma delas pode afetar

a função ou posição das outras. 11-12

De acordo com Souchard13

, uma postura compensatória vêm de uma desorganização

de um segmento corporal fazendo com que o corpo se reorganize de forma errônea,

influenciando diretamente nas funções motoras. Pois, nossa musculatura se liga em forma de

cadeias, devendo então, ser harmoniosa para haver um equilíbrio de forma contínua.

Dessa forma, as DTM`s, constituem um conjunto de doenças que afetam não

somente a articulação temporomandibular, mas também áreas extrínsecas às articulações. A

DTM consiste de um conjunto de sinais e sintomas que envolvem os músculos mastigatórios,

a ATM e estruturas associadas. Ela pode ser caracterizada por dores musculares e articulares,

limitação e desvio na trajetória mandibular, ruídos articulares durante a abertura e fechamento

bucal, dores de cabeça, na nuca e pescoço e dores de ouvido.14-15

Os hábitos parafuncionais podem ocorrer durante o dia ou à noite. Os diurnos

consistem em apertar e ranger os dentes (bruxismo diurno), morder a bochecha e a língua,

chupar o dedo, posturas incorretas diariamente, morder lápis, alfinetes ou unhas e apoiar

objetos debaixo do queixo, como o telefone. As atividades noturnas são realizadas durante o

sono, dividindo-se em episódios de apertar os dentes e contrações rítmicas (ranger), que são

chamadas de bruxismo noturno 16

.

No bruxismo há o habito de apertar e ranger dos dentes, que ocorre de forma

constante, disfuncional e utiliza de forças excessivas para os tecidos dentais e periodentais,

podendo ocasionar a destruição da cavidade bucal, e tendo os músculos masseter, temporal,

pterigóide lateral e medial os mais envolvidos no bruxismo, pois realizam os movimentos

excessivos de elevação, lateralidade e protusão da mandíbula. 8

Parafunções pronunciadas frequentemente podem induzir alterações estruturais. Por

exemplo, abrasão dentária pode agravar situações preexistentes, tais como mordida profunda

ou um dentulismo parcial, com perda da dimensão vertical e deslocamento mandibular. Tais

situações podem ser complicadas ainda mais pela superposição, no mesmo paciente, de

alterações posturais. Além do mais, podem ocorrer alterações morfofuncionais ao redor dos

músculos da cabeça, do pescoço e dos ombros provocando contratura muscular ou pontos

gatilhos com dor referida em diferentes regiões da cabeça.11

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Durante a fase do desenvolvimento as crianças e os adolescentes reagem para os

hábitos viciosos dos pais, que são fatores de riscos para a aquisição de hábitos parafuncionais,

afetando os músculos mastigatórios, os músculos crânio-faciais, ombro, pescoço, e também

apresentam-se em uma fase de mudanças posturais decorrente do crescimento.17-18

As perturbações do sono estão entre as queixas mais comuns ao longo de toda a

infância. A qualidade do sono é um importante fator para o bem-estar, e também para o

desenvolvimento do processo de aprendizagem, pois, está relacionado diretamente com o

desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor19

.

Os distúrbios do sono caracterizam-se essencialmente pela dificuldade de iniciar e

manter o sono, despertar noturno, sonambulismo e pela sonolência diurna, que por sua vez

estão associadas com a diminuição da capacidade de concentração, baixa energia e a lentidão

psicomotora 20

.

O ronco crônico pode ser uma característica correlacionada apenas em um subgrupo

da população com TDA/H, provavelmente aquele predominantemente hiperativo-impulsivo.

Embora as crianças com esse distúrbio tenham uma pior qualidade de sono e maior sonolência

diurna devido aos hábitos durante o sono. Os questionários tanto para o sono, quanto para a

hiperatividade/déficit de atenção, foram identificados a sonolência diurna, a síndrome das

pernas inquietas e o ronco, que pareciam predizer níveis de desatenção e hiperatividade nas

crianças.21-22

Em uma pesquisa realizada em cinqüenta crianças e adolescentes com idade de 4 a

17 anos que avaliaram e associaram o TDA/H e distúrbios do sono para caracterizar fatores

clínicos e problemas associados, foram encontradas associações significativas entre alterações

do sono e farmacoterapia, comorbidade e maior aderência ao tratamento prescrito para

sintomas de TDAH, mas que são relevantes em crianças com TDA/H e podem estar

associadas a aumento dos sintomas.23

3. Metodologia

O presente estudo consistiu em uma pesquisa de abordagem transversal e

observacional. A abordagem foi realizada em atletas de ginástica rítmica do clube ADAMCE

(Associação Desportiva Amazonense Cultural e Eventos), onde o local de treino variava de

acordo com os dias da semana nos seguintes endereços: Colégio Preciosíssimo Sangue Av.

Constantino Nery, 1751 - São Geraldo, Manaus - AM, 69050-000 e Fundação Vila Olímpica

Av. Pedro Teixeira, 400 - Dom Pedro, Manaus - AM, 69040-000.

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Os critérios de elegibilidade para a participação do estudo: disponibilidade em

participar da pesquisa, atletas praticantes da modalidade de ginástica rítmica que tivessem um

período de treinamento de no mínimo 3 horas diárias e 6 dias na semana, com idade entre 11 à

15 anos com tempo de no mínimo 1 ano de treinamento, previamente autorizado pela

responsável do clube onde foi realizada a pesquisa. Atletas que não atenderam os critérios de

elegibilidade foram desconsideradas na realização do presente estudo.

A coleta de dados foi realizada após o projeto de pesquisa ser analisado e aprovado

pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Amazonas – UFAM sob o

CAAE nº 13195013.70000.5020, e com aceitação das atletas e responsáveis, por meio da

assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE.

A amostra foi composta por 11 atletas. Os instrumentos utilizados para coleta de

dados das atletas pesquisadas foram os questionários de Hábitos do sono (permite a

identificação de possíveis hábitos e/ou ocorrências que contribuem ou determinam uma má

qualidade de sono), Diário do sono (permite a identificação da duração do sono), Índice

Anamnético de Fonseca 1992 (modificado para que as crianças respondessem quanto à

presença de sinais, sintomas e fatores predisponentes da DTM), “Research Diagnostic Criteria

for temporomandibular Disorder – RDC/TMD” foi aplicado na versão em português (eixo II)

para avaliação das DTM’s em relaçao aos aspectos psicossociais e TDA/H (questionário

SNAP-IV/DSM IV – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação

Americana de Psiquiatria) com critérios A (composto por 18 questões sobre os sinais e

sintomas característicos da síndrome), critério B (os sintomas apresentavam-se antes dos 7

anos de idade), critério C (se os sintomas causam problemas no cotidiano), critério D (há

problemas evidentes na vida escolar, social ou familiar por conta dos sintomas), critério E

(existem problemas psicossomáticos associados aos sintomas da síndrome). Sendo que, o

questionário é utilizado apenas para iniciar a identificação que caracteriza o TDA/H.

Na análise estatística as técnicas empregadas dos resultados ocorreram pela

estatística descritiva - distribuição absoluta e percentual (n - %), bem como, pela média e

desvio padrão, sendo que, o estudo da distribuição de dados das variáveis contínuas ocorreu

pelo teste de Kolmogorov-Smirnov.

4. Resultados e Discussão

4.1 Resultados

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Na tabela 1 todas as investigadas apresentaram grau leve para a DTM, bem como,

baixa intensidade no RDC Eixo II. Sobre a pontuação da escala de depressão, a média

mostrou-se muito próxima de zero (0,45±0,58). Nas informações referentes ao diário do sono

(tabela 1), observou-se que o número de cochilos do dia a maior parte da amostra relatou

63,6% (n=7).

Para a MSN (media de sono por noite) foi de 6,9 (DP=1,2) horas. Na avaliação dos

hábitos durante o sono as pontuações oscilaram de 0 ao máximo de 4 pontos, com média

estimada em 2,0 (DP=1,5) pontos.

No que se refere as informações para o TDA/H (tabela 1), verificou-se que os Critérios

A (Existe sintomas de desatencão, hiperatividade e impulsividade) e E (existem outros

sintomas atribuídos) não foram observados nas investigadas.

O Critério C (Os sintomas do critério A causa problemas no dia-a-dia) foi o mais

prevalente na amostra mostrando-se presente em 27,3% (n=3) dos casos. Já, a presença dos

Critérios B (Sintomas do critério A existentes antes dos 7 anos de idade) e D (Há problemas

evidentes na vida escola, social ou familiar) foram confirmados, cada um, por uma

investigada (9,1%).

Variáveis Total amostra (n=11) n %

DTM (Disfunção Temporomandibular) 1 - disfuncão leve 11 100,0

RDC eixo II (Ficha psicológica) Grau 1 -Baixa Intensidade 11 100,0

PE: Pontuando Escala (depressão) Média±DP

0,45±0,58

DIÁRIO DO SONO CD Cochilos do dia

0Nenhum cochilo 4 36,4 1Um cochilo 7 63,6

MSN: Média de Sono por Noite Média±DP 6,9±1,2

HDS: Hábitos Durante o sono Média±DP 2,0±1,5

TDAH: Transtorno Déficit Atenção Hiperatividade – Presença da característica/Sim) Critério A 0 0,0 Critério B 1 9,1 Critério C 3 27,3 Critério D 1 9,1 Critério E 0 0,0

Tabela 1: Distribuição absoluta e percentual para DTM, RDC, CD, MSN, HDS e TDAH; e média, desvio

padrão.

Sobre as informações referentes ao instrumento TDA/H, foi realizada a análise

descritiva do diário do sono em relação aos grupos de respostas para os critérios B, C e D. De

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acordo com os resultados da tabela 2, verificou-se que, para o critério B (Sintomas do critério

A existentes antes dos 7 anos de idade) em relação ao CD (cochilos do dia) no grupo com

reposta negativa 60,0% (n=6) mencionaram um cochilo, sendo que, no grupo com resposta

positiva o único caso também relatou um cochilo. Já para a variável MSN a média no grupo

com reposta positiva ao critério B apresentou média (6,9±1,2) inferior ao único caso com

resposta positiva (7,5). E, no que se refere ao HDS (hábitos durante o sono) a média entre os

casos com resposta negativa ao critério B mostrou-se inferior (1,9±1,5) ao único caso com

reposta positiva (3,0).

DIÁRIO DO SONO TDA/H

Critério B Critério C Critério D 0 (n=10) 1 (n=1) 0 (n=8) 1 (n=3) 0 (n=10) 1 (n=1)

CD Cochilos do dia 0 Nenhum cochilo 4 (40,0%) 3 (37,5) 1 (33,3%) 4 (40,0%) 1Um cochilo 6 (60,0%) 1 (100,0%) 5 (62,5) 2 (66,7%) 6 (60,0%) 1 (100,0%)

MSN: Média de Sono por Noite Média±DP 6,9±1,2 7,5 7,0±1,3 6,7±1,1 7,1±1,1 5,4

HDS: Hábitos Durante o sono Média±DP 1,9±1,5 3,0 2,0±1,7 2,0±1,0 1,9±1,5 3,0

Tabela 2: Distribuição absoluta e percentual; média, desvio padrão para CD, MSN e HDS, segundo os critérios TDA/H.

4.2 Discussão

Neste estudo, 100% da amostra apresentou grau leve para a DTM.

Comparativamente ao estudo de Domingues (2013)24

, realizado em praticantes de ginástica

rítmica (43) e não praticantes (43), todas do gênero feminino, cerca de 81.4% (n = 70) da

amostra apresentou sinais e sintomas de DTM.

A prevalência de DTM no estudo feito em crianças de 6 a 10 anos por Biasotto-

Gonzalez et al (2012)25

foi significante no gênero feminino, onde 29,7% (n= 40) apresentou

DTM, mesmo sendo comparados com um número maior de individuos do gênero masculino

(n= 51). Demonstrando que a população infantil do gênero feminino apresentou semelhanças

quando comparada a população adulta descrita na literatura.

Tosato e Caria (2006)26

entrevistaram 90 crianças (grupo I) e 107 universitários (grupo

II) utilizando o questionário de Fonseca e o RDC. Onde o grupo I apresentou 28,57% de dor

no ouvido e região da ATM e 24,48% bruxismo. No grupo II apresentaram 13,33% dor no

ouvido ou região da ATM e 60% bruxismo. A prevalência dos sintomas foi maior no gênero

feminino.

Estudos têm demonstrado que a prática regular de exercício físco regula a

neurotransmissão das catecolaminas. Trazendo benefícios fisiológicos, psicológicos,

cognitivos, socioafetivos melhorando a saúde mental, autoestima, humor, diminuição da

ansiedade, depressão e regula o ciclo vigilia/sono diz Costa (2007)27

. Dados semelhantes ao

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deste estudo no qual as atletas demonstraram 100% de baixa intensidade no RDC Eixo II e

baixa propensão na escala de depressão (0,45±0,58).

Observamos na pesquisa que hábitos durante o sono como: mexer, chutar, falar,

andar, roncar, mostrou-se inferior (1,9±1,5) ao único caso com reposta positiva (3,0). E, de

acordo com o questionário sobre o diário do sono 63,6% da amostra dão 1 cochilo durante o

dia.

Boscolo et al (2007)28

avaliou adolescentes (45), em escolas diferentes (3) nos turnos

matutinos e vespertinos. Na escola C (matutino), 66,7% da amostra relatou que gostaria de

mudar seu hábito de sono e 60% gostaria de aumentar o tempo total do sono. Comparando

com a escola A (vespertino), 73,3% gostaria de mudar seus HDS e 26,7% gostaria de

aumentar o tempo total do sono.

Bleyer et al. (2015)29

evidencia a importância da qualidade do sono relacionada ao

melhor rendimento do atleta, principalmente, em relação aos aspectos motores, de

concentração e manutenção da atenção. E quando a hora do sono é estendida fora do habitual,

principalmente antes das competições, os benefícios são evidentes na qualidade da

performance.

No que diz respeito a privação do sono e exercício físico, no estudo realizado por

Antunes et al. (2008)30

dependendo dos hábitos de vida, ambiente que dormem, carga de

treinamento, pode haver limitações na capacidade aeróbia em relação a atletas que apresentam

sintomas de privação do sono. Com isso, há um aumento na percepção de esforço afetando o

desempenho atlético. No entanto, os efeitos do exercício físico sobre o padrão do sono podem

ser positivos.

Em nossa pesquisa foi observado que o critério A e E mostrou-se em 0,0% das atletas.

Não havendo sinais e sintomas de TDA/H na amostra estudada. O critério C mostrou-se

presente em 27,3% das atletas, o critérios B e o critério D mostrou-se presente em 9,1% das

atletas.

Urzua et al.31

aplicou questionários utilizando a escala do TDA/H em uma cidade do

norte do Chile em 640 crianças (290 meninos e 350 meninas) com idade de 6 a 11 anos, onde,

pais e professores responderam o DSM – IV. A prevalência do subtipo combinado no gênero

masculino com idade de 6 a 8 anos naquela região era mais alta, apresentando os sintomas de

hiperatividade e impulsividade.

Em um estudo epidemiológico realizado por Poeta e Rosa Neto (2006)32

através do

questíonário DSM – IV preenchidos pelos professores e pais. Dentre os 1549 da amostra

estudada, 31 (2%) apresentaram os indicadores do TDA/H. Houve predomínio do subtipo

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combinado (61,3%) sobre o desatendo (22,6%) e o hiperativo (16,1 %). A prevalência foi

maior nos meninos (3,61 %) em relação as meninas (0.56%), com diferença estatisticamente

significativa confirmando dados encontrados na literatura.

Souza et al. (2007) 33

descreveu sobre situações clínicas envolvendo o diagnóstico do

TDA/H e comorbidades associadas que causam comprometimento funcional. Portanto, sugere

diagnósticos personalizados e de caráter dimensional para uma melhor compreensão da

prática terapêutica e dimiuição dos sintomas de desatenção, hiperatividade-impulsividade.

Verificou-se nesse estudo que para o critério B em relação ao cochilos durante o dia

no grupo com reposta negativa 60,0% mencionaram um cochilo, sendo que, no grupo com

resposta positiva o único caso também relatou um cochilo.

Em relação a MSN a média no grupo com reposta positiva ao critério B apresentou

média (6,9±1,2) inferior ao único caso com resposta positiva (7,5).

E, no que se refere aos hábitos durante o sono a média entre os casos com resposta

negativa ao critério B mostrou-se inferior (1,9±1,5) ao único caso com reposta positiva (3,0).

No entanto, na pesquisa realizada não houve relação positiva do TDA/H e influencias na

qualidade do sono. No entanto, estudos mais aprofundados necessitam ser realizados, pois na

literature mostra evidência da existência de correlação entre TDA/H e distúrbios do sono.

Anacleto et al (2011)34

, analisaram as relações entre o ciclo sono/vigília e o TDA/H,

onde, perceberam que a atividade motora durante o sono pode está presente em um subgrupo

do TDA/H de hiperativos, onde a hiperatividade permanece durante à noite e evidencia os

efeitos das comorbidades psiquiátricas associadas durante o dia.

Prado et al. (2013)35

relata que a região do cortex pré-frontal é a mais afetada pelos

indivíduos com TDA/H. Os efeitos do exercícios físico auxiliam na melhora do padrão de

memorização e atenção dos portadores do transtorno, pois, liberam neurotransmissores

resposaveis pela regulação desses padrões.

Melo et al. (2017)36

observou em seu estudo qualitativo que não há pesquisas no

Brasil sobre insônia e TDA/H, mas, há relatos de má qualidade do sono em portadores do

transtorno. No entanto, sugere que mais pesquisas direcionadas aos ditúrbios do sono e sua

relação com o TDA/H sejam realizadas para o aumento da qualidade de vida dos indivíduos

diagnosticados.

5. Conclusão

A ginástica rítmica é uma modalidade esportiva que combina beleza, graça, leveza,

dança, música, expressão corporal e técnicas específicas. Para isso, desde os primeiros passos

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na modalidade, a atleta precisa buscar a perfeição para a aplicação prática da prontidão

motora através da estabilização da coordenação motora fina e o desenvolvimento da

disponibilidade variável.

Durante a execução da série, a atleta precisa manter a atenção constante,

concentração, equilíbrio psicoemocional, onde ela possa passar por circunstâncias

imprevisíveis com êxito durante a competição. Uma boa noite de sono influencia em uma boa

performance e qualidade de vida das atletas, pois, o sono é regulador e reparador para o

organismo.

Esse estudo demostrou que mesmo em grau leve a DTM pode ter relação com

alguns hábitos durante o sono fazendo com que ocorra sonolência diurna e cochilem durante o

dia, levando a pequenas privações no ciclo sono/vigília. Todas as atletas apresentaram baixa

intensidade no eixo II do RDC e baixa predisposição a depressão, nenhuma atleta apresentou

sintomas de desatenção, impulsividade e hiperatividade (critério A). Com isso, sugerimos que

um diagnóstico precoce de DTM, pode evitar futuros comprometimentos não só para o

rendimento esportivo, como para uma boa qualidade de vida das atletas.

6. Referências

1. CAÇOLA, Priscila. A iniciação esportiva na ginástica rítmica. Revista Brasileira de

Educação Física, Esporte, Lazer e Dança, v. 2, n. 1, p. 9-15, março 2007.

2. ZANETTI, Marcelo Callegari; LAVOURA, T. N. L.; MACHADO, Afonso Antonio. O

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