Análise facial e cefalométrica comparativa de mulheres com...
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Cirurgião-Dentista
Análise facial e cefalométrica comparativa
de mulheres com harmonia facial.
Tese apresentada à Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de -Campinas, para obtenção do grau de Doutor em Clínica Odontológica, Area de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial.
Piracicaba- SP
1999
Roger Williarn Fernandes Moreira
Cirurgião-Dentista
Análise facial e cefalométrica comparativa
de mulheres com harmonia facial.
Tese apresentada à Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas, para obtenção do grau de Doutor em Clínica Odontológica, Área de Cirurgia Bueo-Maxilo-Facial.
Banca Examinadora: Prof. Dr. Mario Francisco R. Gabrielli {orientador) Prof. Dr. José Ricardo de A. Barbosa Prof. Dr. Marcos Augusto Lenza Prof. Dr. Luciano da Silva Carvalho Prof. Dr. Luis Augusto Passeri
Piracicaba - SP 1999
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Ficha Catalográfica
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Orientador Gabrielli.
Prof. Dr. Mario Francisco Real I Tese (Doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, I
Faculdade de Odontologia de Piracicaba. 1 I
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Ficha Catalográfica elaborada peta .Bibliotecária Marilene Girello CRB I g- 6159, da Biblioteca da Faculdade de Odontologia de Píracicaba UNICA.t'AP.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
A Comissão Julgadora dos trabalhos de Defesa de Tese de DOUTORADO, em
sessão pública realizada em 31 de Março de 1999, considerou o
candidato ROGER WILLIAM FERNANDES MOREIRA aprovado.
o r\'\l 2. Prof. Dr. MARCOS AUGUSTO LENZA, ______ ~7~~~~~<U .. <~~ --~~~~--------------
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~. /~~ 4. Prof. Dr. LUIS AUGUSTO PASSERI ________ ~+-,----------------------------
I
Sumário
Lista de abreviaturas 1
Lista de figuras 3
Lista de tabelas 5
Resumo e Abstract 7
1. Introdução 11
2. Revisão da Literatura 19
3. Proposição 39
4. Material e Métodos 41
5. Resultados 65
6. Discussão 75
7. Conclusões 87
8. Referências Bibliográfica 89
Anexos 103
Dedico este trabalho:
Aos meus pais Alvaro e Julíeta, que sempre doaram grande parte de
suas vidas para educar seus filhos com muita honestidade e dignidade,
mostrando-nos em todos os momentos, o melhor caminho a seguir.
Aos meus irmãos Anderson e Denise, pelo amor dedicado a mim.
Ao meu cunhado Antônio Valbênio, pelo apoio e carinho presentes
no nosso convívio.
À Naida, pelo seu amor, carinho e companherísmo
Agradecimentos especiais:
Agradeço de forma especial, ao Prof. Dr. Mario Francisco Real
Gabriel/i, não só pela minha orientação no mestrado e doutorado, mas
também pela amizade gerada pelo nosso convívio e pela maneira honesta
com que atua como cirurgião e professor, exemplos para todos que atuam
na especialidade e na docência.
Da mesma forma, agradeço ao Prof. Dr. Luis Augusto Passeri, que
se tornou um grande amigo, por ter aberto as portas para a minha vida
profissional e ter acreditado no meu trabalho educando-me e
preparando-me para os desafios que virão.
Agradeço ainda:
Ao Professor José Ricardo de Albergaria Barbosa, pelo
companheirismo e incentivo durante a realização do meu curso de
pós-graduação.
Ao Prof. Or. Renato Mazzonetto, um grande amigo, pelo apoio
constante nas nossas atividades e pela forma brilhante que atua no curso
de Pós-graduação em Clínica Odontológica.
Ao amigo Prof. Or. Márcio de Moraes, pela figura humana
irrepreensivel que ele representa, fazendo com que do nosso convívio eu
possa tirar lições de vida.
À Prof. Ora. Altair Antoninha Del Bel Cury, coordenadora da pós
graduação da Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Unicamp, pela
dedicação e honestidade dedicados ao nosso curso.
À Prof. Ora. G/áucia Ambrosano, da Área de Bioestatística da
Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Unicamp, pela analise
estatística deste trabalho e pela forma amiga que nos ajuda em tantos
outros.
A Área de Radiologia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Unicamp, que possibilitou a realização dos exames radiográficos
necessários para realização deste estudo
Aos professores da Disciplina de Cirugia Buco-Maxilo-Facial
da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Goiás, Benedito
Latorraca, Hugo Alexandre, Paulo Barbosa e Satiro Watanabe que
guiaram meus primeiros passos na especialdade.
À Maria Cândida, pela grande amizade que nos uniu, mostrando
que mais do que o conhecimento, o grande fruto de uma pós-graduação
são as amizades que ficam.
Ao amigo e colega de moradia, Marcelo, que soube fazer dos
nossos anseios, um atalho para a construção de uma grande amizade.
Aos alunos de pós-graduação, Alexandre, Edmur, Eider, Laureano,
Luis Raimundo, Robson e Valfrido que representam um estímulo para que
nos aprimoremos cada vez mais. Pelo amizade de vocês, meu muito
obrigado.
As funcionárias do Centro Cirúrgico Sueli e Didi e a ex-funcionária
A/da, pela ajuda no nosso dia-a-dia, fazendo com que o nosso convívio
seja sempre alegre.
A Newton Oliveira, proprietário da agência de modelos Agency
Newton Oliveira, pela colaboração neste trabalho, cedendo as modelos
estudadas.
Aos amigos, Gersineí, Fábio, Mateus, Se/mo, José Flávio e Carlitos
pelo apoio constante durante a realização deste curso.
Lista de Abreviaturas
ATM Articulação temporomandibular
Tr Ponto Triquio
G Ponto Glabela
Sn Ponto Subnal
AI Ponto Alar
Go Ponto Gônio
Ls Ponto lábio superior
Li Ponto lábio inferior
C h Ponto Cheilion
no Número
em Centímetro
mm Milímetro
m Metro
Sto, Estômio do lábio superior
Sto, Estômio do lábio inferior
Lista de Figuras
Figura 1 Paquímetro uitlizado para mensuração 46
Figura 2 Mensuração do terço superior 47
Figura 3 Mensuração do terço médio 48
Figura 4 Mensuração do terço inferior 49
Figura 5 Mensuração da distância bitemporal 50
Figura 6 Mensuração da distância bizigomática 51
Figura 7 Mensuração da distância intercantal 52
Figura 8 Mensuração da distância interpupilar 53
Figura 9 Mensuração da distância entre as bases alares 54
Figura 10 Mensuração da distância bigoniana 55
Figura 11 Mensuração do vermelhão do lábio superior 56
Figura 12 Mensuração do vermelhão do lábio inferior 57
Figura 13 Mensuração da distância intercomissuras 58
Figura 14 Mensuração da exposição do incisivo superior em sorriso 59
Figura 15 Mensuração do comprimento do lábio superior 60
Figura 16 Mensuração da distâncía mentocervical 61
Figura 17 Análise de LEGAN & BURSTONE (1980) 63
Figura 18 Análise de MCNAMARA JR (1984) 64
3
Lista de Tabelas
Tabela 1 Análise facial (dados isolados)
Tabela 2 Análise facial (proporcional)
Tabela 3 Análise de LEGAN & BURSTONE (1980)
Tabela 4 Análise de MCNAMARA JR (1984)
Tabela 5 Teste "t" de STUDENT para comparação entre os dados da
70
71
72
73
análise facial e a literatura (STELLA, 1996) 74
Tabela 6 Teste "t" de STUDENT para comparação entre os dados da análise proporcional e a literatura (STELLA, 1996) 75
Tabela 7 Teste "t" de STUDENT para comparação da análise de LEGAN & BURSTONE (1980) da amostra e os padrões apresentados pelos autores 75
Tabela 8 Teste "t" de STUDENT para MCNAMARA JR (1984) da apresentados pelo autor
5
comparação da análise e amostra e os padrões
76
Resumo e Abstract
MOREIRA, R.W.F. Análise facial e cefalométrica comparativa de
mulheres com harmonia facial. Tese (Doutorado em Clínica
Odontológica - Área de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial).
Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Unicamp, 1999.
Resumo
Foram avaliadas 20 mulheres leucodermas, brasileiras, com
harmonia facial, modelos profissionais, que receberam análise facial
conforme descrita por STELLA (1996) e PASSERI (1999). Por meio de
telerradiografias tomadas em norma lateral, as análises cefalométricas
de LEGAN & BURSTONE (1980) e MCNAMARA JR (1984) foram
aplicadas. Os resultados obtidos foram tabulados, analisados
estatisticamente e comparados com os valores originais descritos nas
análises empregadas, permitindo concluir que: 1) apesar dos
diferentes aspectos faciais e oclusais da amostra, as proporções
verticais da face guardaram relação de 1/1/1, entre os três terços
faciais, em média; 2) a análise facial revelou, nas mulheres estudadas,
menores dimensões transversais do terço médio da face, com
diferença estatisticamente significativa, em relação à literatura; 3) as
7
medidas cefalométricas relativas aos dois terços inferiores do terço
inferior da face, na análise de LEGAN & BURSTONE (1980), que
refletem a posição do incisivo inferior e do lábio inferior apresentaram
se estatisticamente diferentes dos valores descritos pelos autores; 4)
para as medidas ósseas apresentadas por MCNAMARA JR (1984),
que são as comumente utilizadas no planejamento ortodôntico
cirúrgico, não houve diferenças estatisticamente significativas em
relação aos valores obtidos para a amostra considerada; 5) a
variabilidade para as proporções consideradas na análise facial foi em
geral menor que para as medidas isoladas; 6) o valor médio do ângulo
nasolabial para a amostra estudada foi de 107,8°; 7) a exposição
média radiográfica do incisivo central superior foi de 4,15 mm. O valor
médio obtido clinicamente foi de 0,87 mm, em repouso, e 9,05, mm
sorrindo.
Abstract
Twenty white Brazillian females, professional models presenting
good facial balance, were studied by means of facial analysis, as
described by STELLA (1996) and PASSERI (1999). The cephalometric
analysis of LEGAN & BURSTONE (1980) and MCNAMARA JR (1984)
8
were applied to lateral cephalograms. Results were statístícally
analyzed and compared wíth lhe original values as described for the
considered methods, allowing the following conclusions: 1) facial
proportions were 1/1/1 for the three facial thirds; 2) facial analysis
revealed smaller transverse values for the middle third horizontal
measurements with statistically significant differences in relation to the
literature; 3) measurements relative to the two inferior thirds of the
lower facial third, which reflected the position of the inferior incisor and
lower lip, were statistically different from those described by LEGAN &
BURSTONE (1980); 4) the MCNAMARA JR analysis (1984) values
presented no statistically significant differences from those described
by the author; 5) facial proportions were less variable than absolute
isolated measurements for the facial analysis; 6) the mean value for
the nasolabial angle was 107,8°; 7) Mean radiographic upper incisor
exposure was 4,15 mm. The mean clinicai measurement was 0,87 mm
in repose and 9,05 mm in smiling.
9
Introdução
O planejamento de uma cirurgia ortognática é extremamente
importante para o sucesso do tratamento. É nesta fase que se
diagnostica a deformidade, estabelecendo a melhor forma para tratá
la. O seu diagnóstico nem sempre é uma tarefa fácil, sendo necessário
uma somatória de dados obtidos através de uma série de análises
como: facial, cefalométrica, da A TM, oclusal, periodontal, psicológica.
Dentre estas análises, a facial e a cefalométrica têm recebido atenção
especial da literatura, porque juntas praticamente determinam o
diagnóstico da deformidade.
Desde a padronização da cefalometria por BROADBENT, em
1931, uma série de análises foram propostas para se analisar tanto os
tecidos duros quanto os moles, entre elas as análises de STEINER
(1953), TWEED (1954), RICKETTS (1960), BURSTONE et al.(1978),
LEGAN & BURSTONE (1980), SCHEIDEMAN et ai. (1980),
HOLDAWAY (1983) e MCNAMARA JR (1984). Segundo MCNAMARA
JR, em 1984, a maioria das análises foram elaboradas entre as
décadas de 40 e 70, época na qual alterações cirúrgicas no
relacionamento estrutural craniofacial eram consideradas impossíveis.
Com a crescente aceitação das cirurgias envolvendo a maxila, a partir
11
da década de 70, este conceito se alterou, criando uma nova
perspectiva de alteração tridimensional das relações de posição
maxilomandibular. Em 1980, LEGAN & BURSTONE apresentaram
uma análise cefalométrica para tecidos moles voltada para o plano de
tratamento de pacientes que necessitam de cirurgia ortognática.
Segundo os autores, análise cefalométrica apenas dos tecidos duros
da face não permite identificar as alterações desejáveis na morfologia
facial, sendo necessária uma análise dos tecidos moles, objetivando
diagnosticar não só o mal posicionamento destes tecidos, bem como
estabelecer as alterações decorrentes dos movimentos cirúrgicos.
EPKER et ai., em 1986 sugeriram uma análise de perfil para pacientes
com deformidade dentofacial, realizada sobre a telerradiografia de
perfil, na qual os terços médio e inferior da face são comparados entre
si e, dentro do terço inferior, várias medidas são comparadas.
A análise facial representa, segundo ARNETT (1993), a chave
do diagnóstico de uma deformidade dentofacial. O seu papel neste
diagnóstico tem aumentado com o passar dos anos, chegando ao
ponto de se sobressair em relaçáo à análise cefalométrica, ficando
essa responsável por confirmar o diagnóstico facial. Várias análises
foram propostas com o objetivo de se determinar com exatidão as
l2
alterações faciais existentes, KOURY & EPKER (1992); FARKAS
(1994) EPKER et ai. (1986); STELLA (1996); SUGUINO et ai. (1996) e
PASSERI (1999). Segundo este último autor, a análise facial deve ser
um procedimento padronizado, com o objetivo de coletar dados e
obter informações referentes à situação atual, que permitam o
planejamento das alterações desejadas, promovidas pelo tratamento
ortodôntico, cirúrgico e principalmente pela combinação destes. As
análises faciais consistem em obter dados numéricos após detalhado
exame de todas as estruturas faciais. Para que estes dados não se
percam, é importante que a análise seja sistematizada, de forma a
ordenar o exame. Após a obtenção dos dados, os mesmos podem ser
analisados de duas formas: absoluta, comparando os resultados
obtidos com os publicados na literatura; estabelecendo-se proporções
entre as medidas obtidas, que serão comparadas com aquelas
apresentadas como normais. SUGUINO et ai. (1996), STELLA (1996)
e PASSERI (1999) mostraram de forma bem clara estas proporções. O
aumento do número de trabalhos referentes à análise facial deve-se,
em grande parte, ao fato de que, quase sempre, os pacientes que
buscam tratamento para suas deformidades querem algum tipo de
melhora estética, sem detrimento do ganho funcional (SARVER,
13
I
1997). A busca do paciente pela estética se tornou uma constante nos
anos 90 em todas as áreas da Odontologia. Na Cirurgia e
Traumatologia Buco-Maxilo-Facial este fato se verifica principalmente
na cirurgia ortognática. Vários estudos têm demostrado que as
pessoas atualmente se comportam diferentemente diante de pessoas
com boa aparência, em comparação com o comportamento
demostrado em relação a pessoas de má aparência. (KLECK, 1975;
KLECK, 1996; PRECIOUS & ARMSTRONG, 1997). Muitos estudos
indicam que uma proporção significativa de pacientes que procuram a
cirurgia ortognática são motivados pelo fator estética. Ela foi citada
como o fator mais importante para a decisão de receber tratamento
nos estudos de LAUFER et ai., em 1976 (89%), FLANARY et ai., em
1985 (78%) e JACOBSON em 1981 (76%).
A literatura sempre se preocupou em estudar a estética humana,
principalmente a facial. Em 1971, IEDGERTON & KNORR verificaram
que os pacientes que procuravam tratamento com a Cirurgia Plástica
eram motivados por pressões externas da sociedade ou por conflitos
internos ou mesmo por ambos. Estas afirmações confirmam o fato de
que a aparência humana pode influenciar o comportamento,
justificando-se os inúmeros estudo sobre o assunto. A insatisfação
]4
com a estética facial, segundo REICH (1975), pode ser causada por
uma percepção de deformidade, com sentimentos de inferioridade, ou
por falta de confiança nas suas relações interpessoais. Esta
insatisfação pode ser o resultado de um desejo de harmonia e
proporções balanceadas, ou pode ser relacionada com um desarranjo
psicológico, variando de uma instabilidade emocional ou desordens de
personalidade a uma falta óbvia de contato com a realidade, bem
como desilusão centrada no real ou na deformidade imaginada. A
população de pacientes que necessitam de cirurgias ortognáticas é
geralmente psicologica e psiquiatricamente normal, embora alguns
elementos anormais da personalidade possam ser identificados,
podendo ser melhorados como resultado da cirurgia (FLANARY et ai.,
1990). Os pacientes que procuram a Cirurgia e Traumatologia Buco
Maxilo-Facial para resolver problemas de ordem funcional ou doenças.
tem um pós-operatório melhor, do ponto de vista psicológico, do que
aqueles que procuram o tratamento objetivando apenas ganhos
estéticos (FROST & PETERSON, em 1991).
DUNLEVY et ai. em 1987 avaliou a capacidade de cirurgiões
buco-maxilo-faciais, ortodontistas e pessoas do público em geral, em
avaliar as melhoras na aparência facial de pacientes submetidos à
15
osteotomia sagital para avanço da mandíbula, verificando que houve
uma concordância entre os grupos, mostrando que mesmo as pessoas
leigas têm a capacidade de avaliar fatores relacionados com a estética
facial.
Porém, como se relaciona a harmonia facial, inclusive em
pessoas consideradas modelos de beleza, com os valores obtidos
pelos diversos métodos de análise cefalométrica ou facial? Sabe-se
que boa harmonia facial pode existir, por exemplo, com qualquer tipo
de oclusão (PECK & PECK, 1970 El COX & VAN DER LINDEN, 1971).
Por outro lado, grandes desarmonias faciais também podem ocorrer,
mesmo dentro de um grupo de deformidades, com qualquer tipo de I oclusão, como ocorre, por exemplo no excesso maxilar vertical, que
pode apresentar oclusão de classe I, 11 e 111.
Num estudo interessante, CAPELOZZA FILHO et ai., em 1989,
demostraram que, ao analisar casos cirúrgicos operados,
considerados estáveis e com boa harmonia facial, aplicando-se várias
análises cefalométricas, as mensurações encontradas sugeriam
necassidades incompatíveis com a observação clínica.
Por isso, julgamos oportuno, numa mostra brasileira da região de
Piracicaba-SP, reconhecidamente com boa harmonia facial, aplicar
16
diferentes métodos de análise cefalométrica, além de análise facial,
verificando a confiabilidade desses métodos de exame.
17
Revisão da Literatura
· 2.1 Análise Facial (lábio superior)
SUBTELNY, em 1961, avaliando as alterações dos tecidos
moles da face decorrentes do crescimento, afirmou que o lábio
• superior, devido á sua relação com o nariz, deve ser afetado na sua
espessura e posição pelas tendências de crescimento do nariz.
· Segundo o autor, o aumento do comprimento dos lábios se dá até os
. quinze anos de idade, fazendo com que a espessura, principalmente
na região do vermelhão, também aumente. Após nove anos de idade,
ou seja, após o irrompimento completo dos incisivos centrais
superiores, não existe aumento da distância entre a crista do rebordo
. alveolar maxilar e o ponto mais inferior do vermelhão do lábio superior,
• havendo uma proporção de 1:1 entre os crescimentos de ambos,
. significando que a relação final do lábio superior-incisivo central
superior se estabelece nesta fase.
Em 1962, JACKSON verificou que, nos pacientes adultos,
comparados com crianças, o lábio superior recobre mais os incisivos
. superiores e o lábio inferior recobre menos os incisivos inferiores,
observando ainda, que tanto lábios competentes quanto
19
incompetentes podem apresentar um bom relacionamento com os
incisivos superiores. I j
Esta preocupação com o relacionamento lábio superior -incisivo
superior fez com que BURSTONE, em 1967, após avaliar a
importância da posição labial no plano de tratamento ortodõntico,
afirmasse que normalmente um pequeno espaço interlabial é
encontrado, quando ambos os lábios estão em repouso, podendo este
espaço estar aumentado ou ser inexistente nos casos de
maloclusão. Verificou ainda que, em pacientes com oclusão normal, é
necessária uma contração labial mínima para ocorrer o selamento,
concorrendo, para isto, uma maior movimentação da musculatura
labial superior do que da inferior.
O crescimento labial sempre gerou discussão entre os autores.
Em um estudo cefalométrico para E!studar este crescimento no sentido
vertical, VIG & COHEN, em 1979, observaram que o período no qual
ocorrem as principais mudanças no relacionamento dos lábios
superiores e incisivos centrais é entre os nove e treze anos.
A preocupação com o sorriso levou alguns autores a
descreverem técnicas cirúrgicas para correção de estruturas labiais
fora dos padrões normais de estética. KOSTIANOVSKY &
20
RUBINSTEIN, em 1977, descreveram uma técnica oara se evitar a
elevação exagerada do lábio superior durante o sorriso. Esta técnica
foi utilizada por KAMER, em 1979, que consegui ótimos resultados
para diminuição do sorriso gengiva! nos pacientes com excesso
vertical da maxila.
LASSUS, em 1981, descreveu uma técnica para aumentar a
espessura do lábio superior, que consistia em uma incisão linear no
terço médio do vermelhão do lábio superior e duas outras em forma de
V nas extremidades. Após a divulsão e a sutura, o lábio tinha sua
espessura aumentada. A sutura foi denominada de V-Y.
MAMANDRAS, em 1984, fez um estudo sobre o crescimento dos
lábios através de cefalogramas de vinte e oito pacientes. Estes
pacientes foram radiografados de dois em dois anos, dos oito aos
dezoito anos. O autor observou que houve um aumento da área total
do lábio durante todo o período de avaliação e que o pico de
crescimento para os dois lábios esteve ao redor de doze anos, para o
sexo feminino e quatorze para o masculino.
A quantidade de exposição do incisivo superior durante o sorriso
é um dado importante no diagnóstico de uma deformidade. TJAN et
ai., em 1984, avaliaram as características do sorriso em quatrocentos
21
e cinquenta e quatro fotografias de estudantes de odontologia e de
higiene dentária. Os resultados revelaram que, em média, o sorriso
exibia o comprimento total do incisivo central superior, enquanto a
borda incisa! dos dentes anteriores tocava levemente o lábio superior.
ARAÚJO e TAMAKI, em 1987, estudaram, pelo método fotográfico, em
20 pacientes jovens do sexo feminino, a posição do tubérculo labial
superior em relação à linha bicomissural em três diferentes posições:
boca fechada, repouso e sorrindo, procurando relacionar a posição do
lábio superior com os incisivos centrais superiores. Concluíram que em
jovens também existe lábio horizontal, arqueado e caído. Em repouso,
a distância da borda do lábio superior à borda incisa! apresentou um
valor médio de 4,0 mm, ao passo que, sorrindo, o valor médio foi de
9,9 mm. Este último valor foi prati1camente igual à média das alturas
dos incisivos centrais superiores.
Ainda, na mesma linha de estudos, PECK et ai., em 1992,
avaliaram o posicionamento vertical do lábio superior em 42 homens e
46 mulheres, encontrando uma linha de sorriso mais alta nas mulheres
quando comparadas com os homEms. Elas também apresentaram um
menor comprimento dos lábios em relação aos homens que, por sua
22
vez, tiveram uma maior altura vertical da maxila e uma coroa clínica
dos incisivos mais longa.
o tratamento ortodôntíco isolado visa melhorar
fundamentalmente a função, embora traga benefícios à estética.
MACKLEY, em 1993, observou se o tratamento ortodôntico isolado
trazia melhora no sorriso dos pacientes. Avaliando fotografias obtidas
do período pré e pós-operatório de cento e sessenta e oito pacientes,
ele verificou que houve uma mudança significativa do sorriso entre os
dois períodos e que, para se maximizar a melhora neste sorriso, os
ortodontistas devem considerar a movimentação vertical dos incisivos
superiores.
SKINAZI et ai., em 1994, examinaram as dimensões relativas
dos lábios, nariz e mente de sessenta e seis pacientes (vinte e uma
mulheres e quarenta e cinco homens) e observaram que existe um
claro dimorfismo sexual no perfil do tecido mole, com os componentes
estudados sendo um pouco maiores nos homens. Nestes, o lábio
superior, inferior e mente foram um pouco maiores do que nas
mulheres que, por sua vez, apresentaram o nariz com uma altura
maior. Os autores observaram ainda, que os homens têm um perfil
mais reto, enquanto que, nas mulheres, o mesmo mostrou uma suave
convexidade.
2.2 Análise Facial (geral)
A busca por normas que det•:rminem um padrão facial bonito e
agradável é antiga. PECK & PECK, em 1970, realizaram uma revisão
da literatura sobre o tema e observaram que desde a pré-história,
passando pelos egípcios, gregos, pelo período da renascença e até os
dias de hoje, nunca houve uma equação que pudesse expressar e/ou
quantificar a complexidade da estética facial.
Tentando relacionar harmonia facial e maloclusão, COX & VAN
DER LINDEN, em 1971, observaram que uma má harmonia facial está
relacionada ás maloclusões. Os autores concluíram que as pessoas
com a estética facial pobre geralmente tem a face mais convexa e,
particularmente entre os adolescentes do sexo masculino, os incisivos
posicionados mais anteriormente.
Vários trabalhos estabeleceram medidas que deveriam estar
presentes em pacientes com boa harmonia facial. PATTERSON &
POWELL, em 1974, apresentaram algumas medidas faciais que,
segundo os autores, deveriam ser conhecidas, apreciadas e utilizadas
nas cirurgias de reconstrução facial. Entre as medidas apresentadas,
24
estava o ângulo nasolabial, que variava de 90° - 108° nos homens a
95° - 110° nas mulheres. Os autores ainda dividiram o terço inferior da
face em duas porções, um terço superior que ia de subnasal a estõmio
do lábio superior e dois terços inferiores que correspondiam à
distância entre estõmio do lábio superior e ponto mento. Tentando
analisar se havia uma diferença entre o perfil ideal para homens e
mulheres, PECK et ai. (1992), utilizaram estudantes de medicina e
odontologia, cirurgiões buco-maxilo-faciais, ortodontistas, higienistas
dentais, dentistas e pessoas do público geral, para que indicassem o
perfil que mais se adaptaria para homens e mulheres. Os autores
concluíram que existia uma diferença estatisticamente significativa
entre os perfis escolhidos para homens e mulheres. As mulheres
possuíam um mento mais protruído e um ângulo nasolabial mais
agudo.
HERSHON & GIDDON, em 1980, introduziram um dispositivo
para que o paciente pudesse simular o perfil que desejaria ter após o
tratamento ortodõntico. Os autores observaram que os pacientes não
puderam determinar com precisão os perfis que possuíam no período
pré-tratamento. Os pacientes que não necessitavam de tratamento
determinavam com mais exatidão seus perfis atuais.
25
Em 1982, RICKETTS apres,antou à literatura o significado da
série de Fibonacci e das proporções divinas na análise facial e
cefalométrica. O autor observou que as proporções 1:1,618 ou 0,618:1
estão presentes em várias partes do corpo humano, principalmente na ~ face . Estas proporções determinariam um rosto harmõnico, bonito. Os
rostos que não apresentassem estas proporções não seriam
considerados harmõnicos. Da mesma forma, na análise cefalométrica
de pessoas com rostos harmõnicos, várias medidas deveriam se
encaixar-se nestes parâmetros.
A procura por padrões que determinassem um perfil ideal levou
SMIT & DERMAUT, em 1984, a tentarem estabelecer a influência
relativa na preferência do perfil, da relação maxilomandibular ântero-
posterior, altura facial inferior e forma do dorso do nariz. Vinte e sete
fotografias de perfil, em forma de sombra, com vários tipos de dorso
nasal, foram distribuídos a cento e trinta e uma pessoas que não
receberam tratamento ortodõntico e a cento e dezoito pessoas que
receberam esse tratamento. Foram preferidos os dorsos nasais menos
convexos. Os dados mostraram que, na avaliação de perfil, as
características verticais podem ser mais importantes que as
26
horizontais e que um alongamento do perfil dos tecidos moles não é
muito agradáveL
A relação oclusão-harmonia facial foi estudada por BITNER &
PANCHERZ, em 1990, que tentaram determinar as alterações
verticais e ântero-posteriores entre o relacionamento da maxila,
mandíbula e incisivos superiores e inferiores. Cento e setenta e duas
crianças que necessitavam tratamento ortodõntico foram
selecionadas. Telerradiografias e fotografias frontais e de perfil foram
obtidas de cada paciente. Os resultados mostraram que uma
sobressaliência e uma classe 11 divisão 2 eram mais comumente
refletidas na percepção da face, enquanto que uma classe 111 e uma
mordida aberta eram mais difíceis de serem detectadas pelo paciente.
Com o advento da informática, métodos sofisticados de análise
facial foram desenvolvidos. Em 1988, PAPEL & PARK apresentaram
um programa para computador capaz de analisar a face do paciente e
a partir daí determinar os graus de deformidade dente-esquelética.
Segundo os autores, uma das vantagens deste programa é que ele
facilitava a comunicação entre cirurgiões e residentes e de cirurgiões
entre si.
27
MOSS et ai. em 1991, descreveram um método de análise que
utilizava um programa de computação gráfica no qual mais de vinte mil
pontos eram determinados na face e a partir destas medidas a
imagem da face do paciente era reconstruída com precisão. Este
programa se mostrou eficaz, principalmente na avaliação de pacientes
assimétricos.
A análise direta, entretanto, seja no rosto ou em fotografias,
ainda continua sendo o principal meio de examinar uma face. KOURY
& EPKER, em 1992, apresentaram uma análise antropométrica da
face baseada nos trabalhos de FARKAS (1981). Os autores
apresentaram uma série de medidas que eram tomadas tanto de
frente quanto de perfil. Esta análise utilizava trinta e seis pontos na
face que penmitiam determinar se a mesma era ou não harmônica.
Em 1993, HOM & MARENTETTE apresentaram uma análise
facial, indicada para se determinar a presença de deformidade facial.
Era dividida em oito passos e, segundo os autores, essa divisão
favorecia o ensino aos alunos. A análise também se destacava por
apresentar proporções faciais, além dos números absolutos,
possibilitando uma análise mais crítica da face.
FERRARIO et ai., em 1995, comparou as características faciais
tri-dimensionais de mulheres consideradas bonitas com mulheres de
padrão de face comum, ambos os grupos pertencendo a mesma faixa
etária e raça. O primeiro grupo de mulheres apresentou o terço
superior e médio da face mais largo, um nariz menor e uma face
menos convexa do que as mulheres consideras normais.
EPKER et ai., em 1995, afirmaram que a avaliação da estética
facial deveria ser realizada diretamente no paciente, com o mesmo
sentado confortavelmente. Segundo os autores, o observador deveria
ajudar o paciente a manter a postura da cabeça com o plano
horizontal de Frankfort e a linha interpupilar paralelos ao chão, porque
comumente pacientes que apresentam deformidades faciais adquirem
posturas da cabeça na tentativa de compensar a deformidade e essas
posturas podem determinar erros nas medidas da análise facial. Os
autores chamaram a atenção para o fato de que a análise deve ser
realizada de forma sistematizada, para que nenhum dado se perca.
Segundo eles, a maior ênfase deveria ser dada á análise frontal, pois
é deste forma (de frente) que a maioria dos indivíduos vêem a si
mesmos e aos outros.
29
A "faciometria", termo utilizado por EL-MANGOURY et ai. foi
apresentada à literatura em 1996 e consistia em um método no qual a
face era analisada por um programa de computação. Este método foi
comparado com o método manual em vinte pacientes. Os resultados
mostraram que não houve diferença entre as duas análises,
determinando que a faciometria era uma forma confiável de se realizar
análises faciais.
As diferentes formas de se examinar uma face devem seguir
alguns princípios básicos. SUGUINO et ai., em 1996, afirmaram que o
ponto mais importante de uma análise formal da estética facial é a
utilização de um padrão clínico. O exame, segundo os autores, não
pode ser baseado em radiografia estática e representação isolada do
paciente. Durante a tomadas das radiografias e fotografias pode-se
posicionar inapropriadamente a cabeça do paciente, a mandíbula
(côndilo) e os labios. Isto pode levar a um diagnóstico e plano de
tratamento imprecisos. Os autores apresentaram, ainda, uma forma
detalhada de se examinar uma face, levando em consideração todas
as suas estruturas.
STELLA (1996) e PASSERI (1999) apresentaram análises
sistematizadas para facilitar o exame. Ambas dividem-se em vista
30
frontal e de perfil. Dentro de cada uma delas são analisados os terços
superior, médio e inferior da face. Entre as estruturas examinadas
estão: olhos, orelhas, nariz, lábios, dentes sobracelhas, etc. Foram
apresentados dados da normalidade para efeito de comparação.
2.3 Análise Cefalométrica
A cefalometria foi padronizadas por BROADBENT, em 1931.
Desde então, várias publicações foram apresentadas no intuito de se
analisar cefalometricamente os tecidos moles e duros da face, bem
como vários estudos tem se baseado nelas para se obter os
resultados.
FISHMAN, em 1969, apresentou uma análise baseada nas
proporções faciais, avaliando as posições das estruturas anatõmicas
em relação ao complexo crânio-facial. O estudo utilizou trinta
indivíduos normais de ambos os sexos. Os pacientes foram analisados
desde três anos de idade até os dezoito, sendo obtidas neste intervalo
radiografias periódicas. A análise foi utilizada para se estabelecer um
guia para ser utilizado durante o processo de obtenção do diagnóstico
clínico. Os autores observaram que, dos três aos dezoito anos, os
pontos esqueléticos na região anterior da maxila não apresentaram
31
uma alteração apreciável em relação ao complexo crânio-faciaL A
espinha nasal posterior moveu-se mais posteriormente, aumentando o
comprimento da maxila. Todos os pontos de tecido mole considerados
moveram-se anteriormente no sentido de acompanhar seus
respectivos pontos em tecido duro. Do ponto de vista vertical, os
pontos mandibulares acompanharam seus correspondentes em
tecidos duros, enquanto que os pontos maxilares excederam as
mudanças verticais dos correspondentes em tecidos duros.
As diferentes maneiras de se analisar os aspectos inerentes à
estética facial levaram os autores a desenvolverem diversas formas
para se equacionar os padrões de normalidade. Em 1966,
MERRIFIELD apresentou um traçado cefalométrico como método
auxiliar na avaliação crítica da estética faciaL Após traçar o plano de
Frankfort, estabelecia-se uma linha de perfil que passava no pogõnio
do tecido mole e no lábio mais protruído. As duas linhas se
encontravam e o ângulo formado por elas era denominado de ângulo
Z. O autor pôde concluir que a medida do ângulo Z e a linha do perfil
davam uma descrição crítica elo relacionamento do terço inferior da
face. A espessura total do menta deveria ser igual ou um pouco maior
que a espessura do lábio superior e este lábio deveria estar
32
tangenciando a linha do perfil. Em um padrão de normalidade este
ângulo deveria ser de oitenta graus.
A preocupação com a avaliação dos tecidos moles da face fez
com que LEGAN & BURSTONE, em 1980, desenvolvessem uma
análise voltada para o exame desses tecidos. Além de medidas
angulares e lineares, esta análise apresentava avaliações através de
proporções faciais o que permite uma diagnóstico mais preciso das
discrepâncias verticais.
A diversidade de análises cefalométricas se explica pelos vários
pontos existentes, tanto nos tecidos duros quanto moles da face.
SCHEIDEMAN et ai., em 1980 e HOLDAWAY em 1983, publicaram
suas análises, sendo que o último abordava apenas os tecidos moles.
Esse autor chamou a atenção para o fato de que a análise apenas dos
tecidos duros da face pode levar a erros de interpretação, sendo
necessária, sempre, a complementação com avaliação clínica e
cefalométrica dos tecidos moles.
HUNT & RUDGE, em 1984, descreveram uma forma de analisar
a face com vistas à cirurgia ortognática. Os autores afirmaram que um
dos fatores mais importantes no plano de tratamento de pacientes com
alteração na morfologia craniofacial é um método de diagnóstico
33
sistemático que possa identificar o grau de deformidade dos tecidos
moles e duros, sendo que esta avaliação deve ser comparada com os
padrões de normalidade. Segundo os autores, o conhecimento das
mudanças faciais produzidas pela cirurgia e o uso de traçados I predictivos auxiliam na obtenção do plano de tratamento mais
adequado.
Os cefalogramas em norma frontal também podem ser utilizados
para a avaliação facial, principalmente nos casos de assimetrias. Uma
forma de análise feita em radiografias póstero-anteriores foi
apresentada por BUTOW & VAN DER WALT, em 1984. Somada aos
dados das análises em telerradiografias de perfil, permite uma
avaliação tridimensional para o 'exame radiológico da face.
Em 1984, MCNAMARA .JR publicou uma das mais utilizadas
análises cefalométricas. Esta tinha a vantagem de expressar os
resultados em mensurações lineares e não em graus, o que permitia
uma interpretação mais detalhada dos resultados. Mesmo as análises
mais conhecidas não podem ser consideradas perfeitas para avaliação
dos tecidos moles da face. PARK & BURSTONE, em 1986, testaram a
eficácia de um padrão cefalométrico dento-esquelético como guia
clínico para se prever o resultado estético após o tratamento
34
ortodôntico. Após o tratamento, os autores não encontraram
correlação entre as alterações dos tecidos ósseos e dos tecidos
moles, concluindo que qualquer padrão de avaliação dos resultados
estéticos pós-operatórios tem validade questionável.
Para se avaliar o crescimento facial através de telerradiografias
de perfil, utiliza-se a técnica da superposição dos traçados. Esta
manobra é realizada em estruturas que não se alteram após
determinada fase do crescimento, como a linha Sela-Nasion e o plano
horizontal de Frankfort. Por não confiarem nestas áreas como
referência para comparações, alguns autores sugeriam outras
estruturas para tal. VIAZIS, em 1991 a, descreveu o triângulo da base
do crânio que era formado pela união dos seguintes pontos: T - ponto
mais superior da parede anterior da sela túrcica, na junção com a
tuberosidade da sela; C - ponto mais anterior da placa cribiforme na
junção com o osso nasal e ponto L - ponto mais inferior da sela
túrcica. Segundo o autor, esta área não se alterava após os cinco
anos de idade. sendo confiável para ser utilizada como referência em
estudos de crescimento craniofacial. O mesmo autor, em 1991 b,
afirmou que é muito importante que as radiografias feitas para
cefalometria sejam obtidas com o paciente com a cabeça na posição
35
natural. Esta é conseguida posicionando o paciente sentado, olhando 1 para frente com as pupilas alinhadas no centro das cavidades
orbitárias. Segundo o autor, quando a posição natural da cabeça é
corretamente obtida, uma correlação direta pode ser feita entre o
traçado cefalométrico e a face.
O ãngulo nasolabial foi estudado por FITZGERALD et ai., em
1992, que, após analisar em telerradiografias de perfil de cento e
quatro pacientes adultos com oclusão normal, apresentando um bom
equilíbrio facial e não tratados ortodonticamente, encontrou uma
medida de 114° +/- 10°. Não houve diferença estatisticamente
significativa entre homens e mulheres e nem correlação entre as
medidas dos tecidos moles e as medidas esqueléticas.
KUYL et ai., em 1994, tentaram quantificar o relacionamento
Encontraram dificuldades em reconhecer a arquitetura óssea apenas ·i·
I i
entre o esqueleto facial e seu tE!Cido de recobrimento correspondente.
com o exame dos tecidos moles e concluíram que o perfil dos tecidos
moles faciais não reflete muito bem o padrão de desenvolvimento
esquelético subjacente.
Uma análise do perfil dos tecidos moles foi apresentada por
EPKER et ai., em 1995. Entre as relações sugeridas estavam: nasio-
36
subnasal e subnasal-menton (1:1); subnasal-stômio do lábio superior e
stômio do lábio superior-menton (1 :2); subnasal-vermelhão do lábio
inferior e vermelhão do lábio inferior-menton (1 :0,9).
37
Proposição
Os objetivos deste trabalho são:
a) Obter as medidas faciais e cefalométricas de mulheres
leucodermas, brasileiras, consideradas com harmonia facial e
compará-las com os dados existentes na literatura (STELLA, 1996
e PASSERI, 1999).
b} Verificar na amostra, os valores do ângulo nasolabial e a exposição
clínica e radiográfica dos incisivos centrais superiores.
c} Através da comparação com as normas descritas para as duas
análises cefalométricas comumente utilizadas no diagnóstico e
planejamento ortodôntico-cirúrgico, LEGAN & BURSTONE (1980) e
MCNAMARA JR (1984}, verificar qual delas apresenta valores de
referência mais próximos dos obtidos para as mulheres estudadas.
39
Material e Métodos
4.1 - Seleção da amostra
Foram selecionadas 20 mulheres com idade variando entre 14 e
25 anos (média- 16,7 anos}, modelos fotográficos de uma agência do
município de Piracicaba, no Estado de São Paulo, (Agency Newton
Oliveira). Após ler e assinar termo de consentimento1 (anexo 2), as
pacientes eram identificadas através do nome, endereço, telefone e
data do nascimento. Essas jovens foram selecionadas pela própria
agência por apresentarem faces consideradas belas e harmônicas do
ponto de vista da sua profissão.
4.2- Exame clínico e análise facial:
Foi realizado exame clínico, anotando-se as seguintes informações:
1. Tipo de oclusão (chave molar) segundo ANGLE citado por
PROFFIT em 1995
2. Presença ou ausência de assimetrias
3. Realização ou não de tratamento ortodôntico e em caso positivo, o
tempo de tratamento.
1 O estudo foi realizado antes da instalação do Comitê de Ética da Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Unicamp. ( anexo 1)
41
Para a análise facial, conforme descrita por STELLA, (1996) e
PASSERI (1999) foi utilizado um paquímetro digital (Mitutoyo
corporation, modelo CD-6" BS- Japão).
Figura 1
Paquímetro utilizado para mensuração
sendo as medidas consideradas até centésimos de milímetro. Com a
paciente sentada de frente para o examinador, com a cabeça em
posição natural e a linha interpupilar paralela ao solo, bem como os
lábios em repouso (com exceção do exame frontal do sorriso), as
mensurações foram realizadas por um único examinador. Foram
mensuradas as seguintes distâncias:
42
1. Terço superior - distância entre Trichion (Tr - ponto da linha de
cabelo na linha média da fonte) e Glabella (G - ponto mais
proeminente na linha média, entre as sobrancelhas).
Figura 2
Mensuração do terço superior
43
2. Terço médio - distância entre G e Subnasale (Sn - ponto médio do
ângulo entre a borda do septo nasal e a superfície do lábio superior,
na base da columela).
Figura 3
Mensuração do terço médio
44
3. Terço inferior- distância entre Sn e Gnathion (Gn- ponto mediano,
mais baixo, no bordo inferior da mandíbula).
Figura 4
Mensuração do terço inferior
45
4. Comprimento da face - distância entre Trichion e Gnathion. Obtido
pela soma das medidas anteriores.
5. Distância bitemporal- distância entre Frontotemporale (Ft- ponto
em cada lado da fronte, lateral à elevação da linha temporal ,
correspondendo aproximadamente ao nível do término lateral da
sobrancelha), direito e esquerdo.
Figura 5
Mensuração da distância bitemporal
46
6. Distância bizigomática - distância entre Zygion (Zy - ponto mais
lateral do arco zigomático) direito e esquerdo.
Figura 6
Mensuração da distância bizigomática
47
7. Distância intercantal - distância entre Endocanthion (En - ponto na
comissura interna da fissura orbitaria) direita e esquerda.
Figura 7
Mensuração da distância intercantal
48
8. Distância interpupilar - distância entre as duas pupilas com a
paciente olhando para o infinito.
Figura 8
Mensuração da distância interpupilar
49
9. Distância entre as bases alares - distância entre Alare (AI - ponto
nasal mais lateral em cada contorno alar) direito e esquerdo.
Figura 9
Mensuração da distância entre as bases alares
50
10. Bigonial - entre Gonion (Go - ponto mais lateral do ângulo da
mandíbula) direito e esquerdo.
Figura 10
Mensuração da distância bigoniana
51
11. Vermelhão do lábio superior - distância entre labiale superius
(Ls - ponto médio da linha do vermelhão do lábio superior) e
Stomion (Stos - ponto no cruzamento entre a linha média facial e
fissura labial).
Figura 11
Mensuração do vermelhão do lábio superior
52
12. Vermelhão do lábio inferior - distância entre Labiale inferius (Li -
ponto médio da linha do vermelhão do lábio inferior) e Stoi (ponto
no cruzamento entre a linha média facial e fissura labial ).
Figura 12
Mensuração do vermelhão do lábio inferior
53
13. Distância interlabial - distância entre Sto5 e Sto;
14. Distância intercomissuras - distância entre Cheilion (Ch - ponto
na comissura labial) direita e esquerda.
Figura 13
Mensuração da distância intercomissuras
54
15. Exposição do incisivo central superior em repouso.
16. Exposição do incisivo central superior em sorriso.
Figura 14
Mensuração da exposição do incisivo superior em sorriso
55
17. Exposição do incisivo central inferior em repouso
18. Comprimento do lábio superior- distância entre Sn (ponto médio
do ângulo entre a borda do septo nasal e a superfície do lábio
superior, na base da columela) e o estômio do lábio superior.
Figura 15
Mensuração do comprimento do lábio superior
56
19. Distância mentocervical -entre Menton (Me' - ponto mais inferior
do contorno do tecido mole do menta) e C (ponto mais póstero
superior entre a área submentoniana e o pescoço).
Figura 16
Mensuração da distância mentocervical
57
Com todas as medidas obtidas individualmente, foram
determinadas algumas proporções entre elas, a saber:
1. terço superior/terço médio
2. terço superior/terço inferior
3. comprimento total da face/terço superior
4. comprimento total da face/terço médio
5. comprimento total da face/terço inferior
6. comprimento total da face/distância bitemporal
7. comprimento total da face/distância bizigomática
8. comprimento total da face/distância bigoniana
9. distância intercantallbase alar
1 O. distância interpupilar/intercomissural
11. vermelhão do lábio superior/vermelhão do lábio inferior
12. distância intercomissural/comprimento do lábio superior
13. distância entre as bases alares/comprimento do lábio superior
4.3- Anál ise cefalométrica
Após a análise facial era obtida uma telerradiografia de perfil para
as análises cefalométricas. Todos os exames radiográficos foram
realizados pelo mesmo técnico e no mesmo aparelho (Siemens SK). A
distância foco-filme foi de 1 ,50 m, ficando o filme posicionado o mais
58
próximo possível do paciente. O filme utilizado foi o Kodak T -Mat cujas
dimensões eram 18x24 em e o processamento foi automático em
aparelho Macrotec. Nas radiografias realizadas, foram aplicadas duas
análises cefalométricas, a de LEGAN & BURSTONE, 1980, (Figura
17) e a de MCNAMARA JR, 1984, (Figura 18).
Figura 17
Análise de LEGAN & BURSTONE (1980)
59
I
Figura 18
Análise de MCNAMARA JR (1984) I . .
l I I
Para a confecção do cefaloj~rama adaptou-se uma folha de papel
de acetato, marca "ultraphan", com dimensões de 17,5 x 17,5 em e I 0,07 mm de espessura, fixada c:om fita adesiva ás margens superior e
60
inferior do papel. O desenho anatômico foi realizado com lapiseira da
marca "pente!" modelo P205, utilizando ponta de grafite de 0,5 mm.
Para se determinar as medidas angulares foi utilizado um template
(Dome)
Da análise de LEGAN & BURSTONE (1980), foram extraídas as
seguintes medidas:
1. Ângulo da convexidade facial
2. Posicionamento ântero-posterior da maxila
3. Posicionamento ântero-posterior da mandíbula
4. Proporção terço médio/inferior
5. Ângulo nasolabial
6. Protrusão do lábio superior
7. Protrusão do lábio inferior
8. Sulco mentolabial
9. Proporção vertical lábio-mento
1 O. Exposição do incisivo superior
11. Distância interlabial
As medidas do ângulo entre o terço inferior da face e o pescoço e a
relação entre a profundidade e a altura do terço inferior foram
61
desconsideradas, pois envolviam o ponto C, localizado no pescoço e
que, em muitas radiografias, não foi detectado.
Da segunda análise, MCNAMARA JR (1984), foram extraídas as
seguintes medidas:
1. Ponto A a násio perpendicular
2. Ponto A à face vestibular do incisivo central
3. Face vestibular do incisivo inferior à linha ponto A- pogônio
4. Pogônio a násio perpendicular
5. Ângulo do eixo facial subtraindo-se 90°
6. Comprimento efetivo do terço médio
7. Comprimento efetivo da mandíbula
8. Diferencial maxílomandibular
9. Terço inferior da face
Nessa análise desconsiderou-se as avaliações das vias aéreas
superiores. Cada análise foi realizada três vezes não-consecutivas
para se diminuir o risco de en·o. Para cada medida foi calculada a
média das três mensurações realizadas. (MARTINS, 1993)
Os dados foram analisados e-statisticamente determinando-se, para
cada medida (análise facial e cefalométrica): média, variãncia, desvio
padrão, intervalo de confiança, amplitude, tamanho para um erro de
62
5% da média e erro amostrai com 20 repetições (em em). Para
comparação entre os dados obtidos neste trabalho com aqueles
apresentados na literatura utilizou-se o teste ''t" de STUDENT para
uma medida com o desvio padrão desconhecido, já que nas
publicações das análises utilizadas este desvio não foi apresentado.
63
Resultados
A idade da amostra variou entre 14 e 25 anos, com média de
16.7 anos. Dezesseis pacientes tinham oclusão normal, três pacientes,
classe 11 (divisão 1) e uma paciente tinha oclusão classe 111. Assimetria
perceptível foi encontrada em uma paciente (n° 8) e seis realizaram
tratamento ortodôntico, com média de duração do tratamento de 24
meses
Os resultados, com sua análise estatística, estão ilustrados nas
tabelas 1 a 4. Para cada variável, foram determinados o tamanho da
amostra para um erro de 5% da média, o erro amostrai com 20
repetições (em em), média, desvio padrão, intervalo de confiança e a
amplitude. As fotografias faciais, com e sem uitilização de maquiagem,
bem como as telerradiografias de perfil e medidas individuais de cada
paciente estudado são apresentados no anexo 3.
A tabela 1 nos mostra que, para algumas medidas, para que
tivéssemos um erro de 5% da média, a amostra deveria ser muito
maior. Por exemplo, a distância ínterlabial, exigiria uma amostragem
de 5678 indivíduos.
65
Tabela 1 I Análise facial (dados isolados)
Parâmetro Tamanho erro amostra! média Variància Desvio inteNa1o Amplitude para um com20 padrão de erro de repeticoes confiança 5%da (em em) média
terço superior 15 2,40 55,68 26,3958 5,137683 2,4022 15,$4 terço médfo 5 1,40 56,27 8,9644 2,994057 1,3999 11,07 g terço inferior 6 1,48 55,94 10,0392 3,168474 1,4815 10,89 Comprimento da 5 4,23 167,9:2 82,1028 9,0S1059 4,2366 32,5:2 face Distância bitemporal 2 1,53 110,52 10,7154 3,273441 1,5305 13,98 Distância 2 1,64 117,27 12,2448 3,499253 1,6361 13,95 bfzigomiltlca Distância íntercanta! 7 0,94 32,31 4,0288 2,007179 0,9385 7,31 Distancia 2 1,03 62,00 4,8785 2,208737 1,0327 8,87 interpupHar base a!ar 4 0,71 33,06 2,3316 1,526968 0,7140 5,86 Distância bígonía! 83 11 '16 109,79 570,1829 23,8785 11,1647 114,73 Vennelhão do !áblo 37 0146 6,75 0,9592 0,97938 0,4579 4,22 superior Vermelhão do !flblo 112 1,12 9,49 5,7705 2,402188 1,1232 11,17 inferior Dístância ínterlabia!, 5678 0,59 0,69 1,5676 1,25201$ 0,5854 3,15 lntercomissuras 5 1,.22 48,69 6,8514 2,617515 1,2233 11,34 Exposição do 5683 0,73 0,87 2,4338 1 ,560066 0,7294 4,18 incisivo em repouso
I Exposição do 51 0,72 9,05 2,3849 1,544322 0,7221 5,63 incisivo no sorriso Exposição do 14&12 0,35 \1,26 0,5731 0,757002 0,3539 3,2 incisf-.;o inferior em I repouso Comprimento do 17 0,88 Hl,16 3,5845 1,893278 0,8852 7,4 lábio superior Díst.ãncta 22 2,51 47,73 28,7693 5,363701 2,5079 24,31 mentocewíca\
Tabela 2
Análise facial (proporção facial)
Parâmetro Tamanho erro amostml média variância Desvio intewalo amplitude para um com 20 Padrão de erro de 5% repetlcoes confiança da médla (em em)
terço 11 0,04 1,01 0,0065 0,080451 0,0376 0,33 supeimriméd\o terço 79 0,10 1 ,lJtl 0,0504 0,2246 0,1050 1,06 superiorhnterior face! i 0,01 0,33 0,0005 0,021473 0,0100 0,06 terço superior face/ 1 0,00 0,33 0,0001 0,00928 0,0043 0,03 terço médio Lace! 6 0,01 0,33 0,0003 0,018516 0,0087 0,05 terço inferior BitemporaUface 6 0,02 0,$4 0,0014 0,03878 0,0172 0,11 Bizigom<itícafface 3 M1 0,68 0,0009 0,030046 0,0140 0,1 bigoníaJ/face 7 0,02 0,86 0,0018 0,042262 0,0198 0,14 intercant.a!Jbase 10 0,04 1,02 0,0080 0,077478 0,0362 0,25 aia r !nterpupi!ar/ 2 0,01 0,77 0,0008 0,028754 0,0134 0,07 Com1ssura Vermelhão do lãbío 5!1 0,06 0,69 0,0158 0,125643 0,0587 0,4 lnfer\or/vermelllão do lábio superior Com1ssura/lábío 19 0,62 OAO 0,0017 0,041533 0,0194 0,13 superior base a\ar!!âbio 20 0,03 0,60 0,0042 0,064614 0,0302 0,2 supertor
Na tabela 2, observamos que apenas duas proporções exigiram um
número amostrai maior que o utilizado, terço superior/inferior (79) e
vermelhão do lábio inferior/vermelhão do lábio superior (58)
Tabela 3
Análise de LEGAN & BURSTONE (1980)
Parâmetro tamanho para erro amos1ral média Variância desvio inte!Vaio amplitude um erro de 5% com 20 padrão de damêdla repeticoes confiança
(em em) Gn-Sn-Pg 279 2,51 13,45 28,8921 5,375138 2,5132 22 G-Sn 475 1,57 6,45 11,3132 3,363504 1,5726 12 G-Pg 510866 3,60 -0,45 59,2079 7,694667 3,5977 27 Ls to (Sn~Pg) 487 0,78 3,15 2,7658 1,663066 0,7776 7 Ângulo s 3,35 107,85 51,3828 7,168179 3,3516 27,09 nasolablal U to (Sn-Pg) 797 0,95 3,00 4,1053 2,026145 0,9473 8 Si to (U-Pg) 155 0,78 5160 2,7789 1,667018 0,7794 6 Strns-1 211 o,sa 4,15 2,1342 1,450894 0,6831 5 Stms-Stmi 2113 0,28 0,55 0,3658 0,604805 0,2828 2 Sn-Stms/Stmi- • 0,03 0,97 0,0035 0,059283 0,0277 0,21 , Me G-Sn /Sn~Me 13 0,02 1 0,0014 0,037031 0,0173 tl, 12
Na tabela 3 verificamos que a ma1ona das medidas sofreu uma
variação muito grande, o que exigiria, desta forma, uma amostra bem
maior, como a variável glabella-pogônio, que necessitaria de 510866
modelos. Isso ocorreu com a maioria das medidas da análise
oefalométrica de LEGAN & BURSTONE (1980).
De forma semelhante à tabela anterior. observamos, na tabela 4, I uma variabilidade grande dos dados exigindo amostras com valores
interessantes. A distância pogônio-(násío-perpendicular) exigiria um I
número enorme de indivíduos (1204916), resultando em um erro
amostra de 2,22 em.
Tabela 4
Análise de MCNAMARA JR (1984)
parâmetro Tamanho erro amostra! Média Varlânda desvio intervalo amplitude para um com20 padrão de erro de repetir.oes confiança so-;o da {em em) médta
ponto A a nas!o 10437 1,17 1,02 6,2208 2,494148 1,1662 8,25 perpendicular pontü A a tace 104 0,71 6,24 2,3223 1,523902 0,7125 6,03 vestibular do incisivo central face vestibular do 2921 1,03 1,70 4,8253 2,19666 1,0271 7,96 incisivo infen·ar a linha ponto a -pcgônio pogónio a nasio i20491f:i 2,22 0,'18- 22,5923 4,753141 2,2224 16,82 perpendicular ângu!o do eixo 19368 2,26 1,45 23,4104 4,638428 2,2623 11,13 fac1a1 comprimento do J 1,68 92,46 12,9330 3,596241> 1,6815 12,79 terço médio comprimento da 3 2,14 12:0,03 20,9260 4,581045 2,1419 15,94 mandíbula díferencla! 39 1,92 27,57 16,8382 4,103438 1,9186 15,81 max!!omandibu\ar terço inferior da H 2,42 !lô,15 26,7501 5,172049 2,4183 17,01 face
As tabelas 5 a 8 mostram uma comparação entre os dados obtidos
neste trabalho com aqueles apresentados na literatura. Para isso,
utilizou-se o teste 'T de STUDENT para uma medida com o desvio
padrão desconhecido, já que nas publicações das análises utilízadas,
este desvio não foi apresentado.
69
Tabela 5
Teste''!" de STUDENT para como:3racâo entre os dados da análise . . . facial e a iíteratura (STELLA, 1996)
Parâmetro Distância interc.antal Di~iância interpu pilar base alar distância lntertabJal lntercomissuras exposição incisivo superior em repouso exposlção incisivo superior no sorriso
exposição incisivo inferior em repouso lábio superior distancia mentoceNic..al
Média 32,31 62.,00 33,06
0,69 48,69
0,87 9,05
0,25 19,16 47,73
Uteratura teste t 34 S. 5"/!! 55 S. 5'% 34 s.5%
1,5 s. 5% 55 S. 5%
2 n.s. 9 S. 5%-
1 !l,S.
20 n.s. 50 n.s,
A tabela 5 nos mostra que das 1 o medidas de análise facial citadas
STELLA, em 1996, 6 apresentaram diferenças estatísticamente
significativas á nívei de 5%.
70
I
I
Tabela 6
Teste"!" de STUDENT para comparação entre os dados da análise proporcional e a literatura (STELLA, 1996)
Parâmetro terço superior/médio terço superíor!inferlor face/terço superior face/terço médio face/terço inferior face/biternporal faceJbizigomàtica face!bigoniana intercantallbase a!ar venne!hão lãb!o superlor/vem1elhão Lábio inferior
Média 1,01 1,06 0,33 0,33 0,33 0,64 0,58 0,66 1,02 0,59
Literatura teste t 1 n.s. 1 n.s.
0,30 s. S% 0,35 S. 5% 0,35 S. 5% 0,65 n.s. 0,75 5.5% 0,55 s. 5%
1 !1.5.
0,80 s.5%
Quando comparamos as proporções faciais apresentadas pelo autor
anteriormente citado e os nossos achados, verificamos, de forma
semelhante á tabela anterior. que apenas 4 medidas não mostraram
diferenças estatisticamente significativas á nível de 5%.
71
Tabela 7
Teste 'T' de STUDENT para comparação da análise de LEGAN & BURSTONE (1980) da amostra e os padrões apresentados pelos autores
Parâmetro média literatura teste t Gn-Sn-Pg 13,45 12 n.s G~Sn 6,45 6 n.s G-Pg -0,45 o n.s Ls to (Sn-Pg) 3,16 3 fLS Ângulo naso!abia! 107,36 90-110 n.s Li to (Sn-Pg) 3,00 2 s. 5% Si to (U-Pg) 5,60 4 S. 5% Stms--1 4,1-5 2 s.5% Stms-Stmi 0,55 2 S. 5% Sn-Stms/Stmi-Me 0,97 0,5 S. 5% G-Sn /Sn-Me 1 1 n.s.
A tabela 7 compara nossos achados com os apresentados por LEGAN
& BURSTONE, em 1980. Algumas medidas, principalmente as que
envolviam os lábios apresentaram diferenças significativas à nível de
5%.
72
I
i
I
1
1
, ,
Tabela 8
Teste 'T de STUDENT para comparação da análise e MCNAMARA JR (1984) da amostra e os padrões apresentados pelo autor
parâmetro Média literatura teste t ponto A a nasio 1t02 0-1 fl.S.
perpend.icu!.ar ponto A a face 6,24 4-6 n.s vestibular do incisivo central face vestibular do 1,70 1-2 ·-· incisWo Inferior a linha ponto a - pogônio pogõnio a nasio 0,1$ 1-4)-0 n".s perpendlcular ângulo do eixo facial 1,45 o n.s comprimento do terço 92,46 90-95 n.s médio comp-rimento da 120,03 113-125 n.s mandíbula d!ferenda! 27,57 25-27 n,s maxitomandlbu!ar terço int·enor da face 55,15 65-67 n.s
A tabela 8 mostra a comparação entre nossos resultados e os
apresentados por MCNAMARA JR em 1984. Observamos que
nenhuma variável apresentada mostrou diferença estatísticamente
significativa, concordando plenamente com os resultados do autor.
Discussão
A amostra que foi utilizada neste trabalho consistiu de vinte
mulheres, modelos fotográficos profissionais selecionadas pelas suas
características de beleza facial. O critério para seleção da amostra não
se baseou, desta forma, em tipo de oclusão, como na maioria dos
trabalhos, mas sim na estética facial, independentemente da oclusão
que a acompanhava.
LEGAN & BURSTONE (1980), extraíram sua análise dos dados
de quarenta pacientes leucodermas adultos (vinte homens e vinte
mulheres) com idade variando de vinte a trinta anos, todos portadores
de oclusão normal, com ausência de tratamento ortodôntico. A análise
de MCNAMARA JR (1984), utilizou três grupos como amostra. O
primeiro grupo era formado por crianças cujos dados obtidos das
radiografias laterais cefalométricas continham os padrões de Bolton. O
segundo grupo apresentava valores selecionados de um grupo de
crianças normais do Burlíngton Orthodontic Research Centre, sendo
que nestes dois grupos houve um acompanhamento longitudinal. O
último grupo era formado por uma amostra de cento e onze adultos
jovens, que na opinião dos autores apresentavam uma configuração
facial variando de boa a excelente. Estes pacientes tinham oclusão
75
normal, com um balanço esquelético bom e com um perfil facial
adequado. A média de idade das mulheres da amostra foi de vinte e
seis anos e oito meses, enquanto que nos homens ela foi de trinta
anos e nove meses, na época em que telerradiografia de perfil foi
obtida. Os dados apresentados pela análise são uma combinação dos
valores médios dos três grupos.
A opção por padronizar a amostra pelo fator estético, em
detrimento ao padrão oclusal, foi adotada para verificarmos se, em
mulheres consideradas bonitas, as análises cefalométricas estudadas
revelariam medidas compatíveis com essa adequada harmonia facial,
ou se essas medidas seriam discrepantes. Do ponto de vista da I '
análise facial, a literatura ortodôntico-cirúrgica geralmente não cita
quantos pacientes foram envolvidos na obtenção das médias. Essas
informações, entretanto podem ser encontradas no livro texto de
FARKAS (1981). Por outro lado não haveria vantagem em agrupar os
pacientes pelo tipo facial. Isso seria importante, se a intenção fosse
estabelecer valores normativos a partir da amostra estudada, o que
não é o caso. Pelo contrário, tentou-se verificar se as análises e
mensuraçóes consideradas poderiam oferecer informações confiáveis
quando aplicadas à amostra, independentemente da oclusão e do tipo
76
facial. A razão principal para isso é que as análises facial e
cefalométrica são em geral empregadas na clínica para todos os
pacientes, independentemente do padrão facial. Além do mais, tais
pacientes em geral apresentam anomalias dentárias e esqueléticas.
A amostra, neste trabalho, limitou-se a 20 indivíduos pela
dificuldade de dispormos de um número maior, já que um dos critérios
de inclusão no estudo era a atividade profissional como modelo. É
reconhecido o fato de que a harmonia facial não é exclusividade de
um único tipo de oclusão (COX & VAN DER LINDEN, 1971 e BITNER
& PANCHERZ, 1990). Dentre as mulheres incluídas no estudo, 16
apresentavam oclusão normal, 3 oclusão de classe 11 (divisão 1) e 1
tinha oclusão de classe 111. Seis, dentre a amostra, tiveram tratamento
ortodôntico prévio. Esses resultados são sugestivos de que, a
harmonia facial não é exclusiva de um determinado tipo eclusa!.
Entretanto, uma boa harmonia facial está mais frequentemente
associada à oclusão de normal. (COX & VAN DER LINDEN, 1971 e
SMITH & DERMAUT, 1984). A paciente n• 1 que apresentou uma
distãncia mentocervical de 46,60 mm, para uma média de 47,73 mm,
estando o valor obtido dentro do intervalo de confiança de 2,5 mm.
Seria de se esperar que em uma pessoa com oclusão classe 11,
77
apresentasse deformidade esquelética compatível, diminuindo essa
distância, o que nâo ocorreu.
Este dado ilustra o fato de que a boa estética facial é resultado
de uma série de componentes que combinados produzem um rosto
harmônico. Tipo de oclusão, forma do esqueleto, variações do tecido
mole, formas do cabelo, expressão facial, percepçâo do examinador,
sâo todos fatores que reunidos, ou adequados na sua maioria, tendem
a produzir um rosto bonito. A complexidade da estética facial é
tamanha que, mesmo na presença destes fatores, o resultado pode
nâo ser favoráveL Em alguns casos, a presença de poucas I '
características favoráveis já é suficiente para se produzir uma pessoa
com rosto harmônico.
As tabelas 1, 2, 3 e 4 mostram dados que serâo discutidos.
Quando calculamos o tamanho da amostra para que o erro amostrai
l ficasse em 5%, verificamos que, para algumas medidas, esse número
era exorbitante, tamanha a variabilidade da amostra. Como exemplo,
observemos que, para a medida de MCNAMARA JR, Pog-N Perp.,
seria necessária uma amostra de 1.204.916 pessoas, praticamente
impossível de se conseguir. Parte dessa variabilidade pode ter 1 ocorrido porque o padrão oclusal foi desconsiderado na escolha da
78
amostra utilizada no presente estudo. Das 52 medidas analisadas, 28
(53,8%) se enquadraram dentro de um erro de 5%, sugerindo que
muitos dados da literatura podem não atingir o tamanho necessário de
amostra para um erro de 5%. Quando verificamos a distribuição
dessas medidas (28) dentro das análises realizadas, observamos que
elas correspondiam a 57,8% das medidas utilizadas na análise facial
com os dados isolados, 84,6% da análise das proporções faciais,
27,7% da análise de LEGAN & BURSTONE (1980) e 33% da análise
MCNAMARA JR (1984).
Dessa forma, 3 medidas da análise facial (tabela 1) exigiriam
número de indivíduos superior a 5000, apresentando-se as
remanescentes 16 medidas com necessidade de amostragem muito
inferior á utilizada para obtenção das médias descritas na literatura.
Quando são consideradas as proporções faciais (tabela 2), todas as
utilizadas apresentam necessidade de amostragem extremamente
inferior ao número de pacientes utilizado para determinação das
médias para essas média medidas. (FARKAS, 1994).
Quanto ás análises cefalométricas, a de LEGAN & BURSTONE
(1980) apresenta necessidade de amostragem, para um erro de 5%,
muito superior aos 40 indivíduos utilizados pelo autor, para oito dentre
79
as 11 medidas consideradas no presente estudo. No caso da análise
de MCNAMARA JR (1984), dentre 9 medidas consideradas, 4
apresentavam necessidade de amostragem muito superior à utilizada
pelo autor em seu artigo original (tabela 4).
Do ponto de vista do clínico, a variabilidade das medidas
isoladas será provavelmente menor na análise facial, principalmente
na análise de proporções faciais, em comparação às análises
cefalométricas em telerradiografias de perfiL Na comparação entre as
análises cefalométricas estudadas, apenas com base neste
parâmetro, não há como afirmar que uma delas seja superior à outra.
Porém, parece lícito considerar que, desse ponto de vista, a análise
cefalométrica deve ser utilizada como complemento da análise facial e
não como regra. Outros autores salientam esse fato (HOM &
MARENTETTE, 1993 e SARVER, 1997) e é provável que, mesmo na
análise cefalométrica, o exame de proporções apresente variabilidade
menor do que a análise de medidas isoladas.
As tabelas 5, 6, 7, e 8 mostram os dados encontrados em nosso
trabalho, comparados com os achados na literatura. De acordo com a
tabela 5, dentre as dez medidas faciais realizadas por STELLA (1996),
6 apresentaram uma diferença estatisticamente significativa a nível de
80
I j
5%. Dentre elas, 5 (83,3%), ou seja, distância intercantal, interpupilar,
entre as bases alares, interlabial e entre as comissuras, apresentaram
valores menores que os descritos na literatura. A proporção entre a
distância bizigomática e o comprimento da face foi menor na amostra
utilizada no presente estudo (0,68), do que na literatura (0,75), porém
a relação da distância bigoniana com a altura facial foi maior (0,66
versus 0,55). Essas comparações estão apresentadas nas tabelas 5 e
6 e são relativas aos valores apresentados por STELLA (1996). A
tabela 6 mostra que o lábio inferior apresentou-se discretamente mais
fino, já que o comprimento do vermelhão do lábio superior foi
semelhante, porém a proporção entre os vermelhões dos dois lábios
diminuiu. Não houve diferença significativa na exposição dos incisivos
superiores em repouso, mas a exposição no sorriso foi maior em
nossa amostra. Essa diferença foi estatisticamente significativa, sendo
esses valores provenientes da análise facial. Porém, a avaliação
radiográfica dessa exposição, que indica quanto o incisivo posiciona
se abaixo do lábio superior foi, em média, 4,15 mm. Esse valor foi
significativamente diferente do obtido por LEGAN & BURSTONE
(1980), cuja média é de 2 mm.
81
Curiosa é a diferença entre as médias clínica e radiográfica. Se
for considerada a posiçao em repouso como sendo de lábios
relaxados e máxima intercuspidaçao habitual ou discreta desoclusão,
pessoas com boa harmonia facial, que não forçam a musculatura
peribucal para obter selamento labial em repouso, podem apresentar
pouca ou nenhuma exposição do incisivo ao exame clínico. Este será
coberto pelo lábio superior e inferior. Para verificar-se a relação entre
o incisivo e o lábio superior, poderá ser necessário que a pessoa abra
ligeiramente a boca. Por outro lado, a telerradiografia de perfil mostra
quanto o incisivo superior ultrapassa o estômio do lábio superior,
mesmo que os lábios estejam em contato. Isso é responsável pela
diferença entre a medida clínica e radiográfica e deveria ser
considerado na avaliaçao de pacientes.
Esses resultados sugerem que as mulheres avaliadas
apresentaram faces mais finas no seu terço médio, porém com
ãngulos goníacos proeminentes, diferentes dos achados de
FERRARIO et ai. (1995), que em uma comparação de características
faciais de mulheres consideradas bonitas com mulheres consideradas
normais, encontrou no primeiro grupo, um rosto mais largo nos terços
superior e médio da face. O nosso resultado pode ser relacionado ao
82
I I
' I
I
j I l
tipo de face preferido profissionalmente para modelos, sem que
necessariamente signifique que uma face com estas características
seja sempre harmônica. Isso é evidente ao observarmos a distância
bigoniana na modelo no 9, embora ela seja uma adolescente sem
preocupações estéticas. Outro exemplo significativo é a paciente no 8,
cuja posição da cabeça em fotografia frontal procura mascarar
assimetria facial discreta, cuja demostraçâo cefalométrica exigiria um
traçado cefalométríco frontal. Embora a face seja assimétrica, do ponto
de vista de harmonia facial, apenas assimetrias discretas são
aceitáveis. Se o crescimento da paciente citada estiver completo e a
discreta assimetria não mais for alterada, não havendo hiperplasia
condilar em atividade, dificilmente haveria vantagem na correção do
problema, que existe apesar da oclusão de classe I que ela possui.
A tabela 7 compara nossos achados com os de LEGAN &
BURSTONE (1980). Das onze medidas apresentadas por estes
autores que foram analisadas no nosso trabalho, 5 (45,4%)
apresentaram diferenças estatisticamente significativas a nível de 5%,
todas relacionadas com o terço inferior da face. Essa variabilidade
refere-se a parâmetros relativos ao posicionamento do lábio inferior e
dos incisivos inferiores, distância interlabial, relacionamento entre as
83
porções superior e inferior do terço inferior da face e proporção do
terço médio e inferior da face, em tecidos moles.
Parte dessas diferenças pode ser devida à não padronização do
tipo de oclusão, já citada. Porém, a variabilidade das posições da
cobertura dos tecidos moles é bem conhecida e depende de fatores
diversos, como a tonicidade, a espessura, forma, solicitação funcional
e espaço funcional livre (KUYL et ai., 1994). Entretanto, os resultados
obtidos sugerem que essas relações e medidas citadas acima devem
ser consideradas no conjunto da análise e com cautela.
Para a medida clínica da relação terço superior/médio/inferior, os
valores obtidos foram respectivamente 1 ,00/1,01/1 ,o o (tabela 1 ), nos
pacientes estudados, plenamente de acordo com a literatura
(FARKAS, 1994). Efetivamente, essa proporcionalidade de terços
faciais é um dos parãmetros mais importantes para a harmonia da
face, frontal e de perfil. Porém, pacientes tratados ortodõntico-
cirurgicamente nem sempre obtém exatamente essa proporção
cefalométrica no pós-operatório, mesmo em casos onde o resultado
estético obtido é considerado muito bom. Essas considerações
sugerem que a análise facial, com medidas obtidas clinicamente no
pré e no pós-operatório, é importante na avaliação dos terços faciais,
84
f
I I
!
I
além das medidas obtidas nas telerradiografias, de modo a verificar se
são coincidentes.
Em relação à análise de MCNAMARA JR (1984), que trata
somente de medidas ósseas faciais, não houve diferenças
significativas em relação aos resultados obtidos no presente estudo.
Esses dados estão em acordo com os de CAPELOZZA FILHO et
a1.(1989), para quem a análise de MCNAMARA JR demostrou maior
correlação com as correções cirúrgicas ortognáticas realizadas,
quando o ângulo nasolabial é considerado como o principal guia para
a correção da posição maxilar. Apesar disso, ocorreram valores de
discrepância esquelética maiores do que os considerados para a
correção pelo cirurgião, com exceção dos casos de correção de
retrusões mandibulares. No presente estudo, os valores obtidos para o
ângulo nasolabial não se apresentaram diferentes estatisticamente
dos descritos por LEGAN & BURSTONE (1980).
De maneira geral, os resultados deste estudo salientam a
importância da análise facial, especialmente das proporções, no
exame dos pacientes ortodôntico-cirúrgicos e que esses parâmetros
são aplicáveis a mulheres brasileiras. Sugerem, porém, que a
variabilidade de algumas medidas exige que sejam utilizadas
85
I
I cautelosamente. Em relação à análise de LEGAN & BURSTONE,
(1980), as medidas para os 2/:3 terços inferiores do terço inferior da
I I I I ,
face apresentaram diferença significativa estatisticamente, sugerindo
que essa possibilidade deveria ser considerada quando da sua
aplicação no planejamento ortodôntico-cirúrgico. A análise de
MCNAMARA JR (1984) provou ser muito confiável para utilização
nessa amostra de mulheres t1rasileiras. É preciso salientar que a
ausência de diferenças estatisticamente significativas entre as
medidas obtidas no grupo em estudo e as padronizadas pelo autor,
ocorreu apesar dos diferentes lipos faciais e de oclusão contidos na
amostra. Isso não quer dize:r que, para fins de planejamento í I
ortodôntico--cirúrgico, os valores devam ser tomados de forma
absoluta, mas sim em relação aos resultados da análise facial.
! I
86
Conclusões
Com base na metodologia utilizada e nos resultados obtidos,
concluímos que:
1. Apesar dos diferentes aspectos faciais e oclusais presentes na
amostra, as proporções verticais da face guardaram relação de
1,00/1,01/1,00, entre os três terços faciais, em média.
2. A análise facial revelou, nas mulheres estudadas, menores
dimensões transversais do terço médio da face, com diferença
estatisticamente significativa, em relação à literatura.
3. As medidas cefalométricas relativas aos dois terços inferiores do
terço inferior da face, na análise de LEGAN & BURSTONE (1980),
que refletem a posição do incisivo inferior e do lábio inferior
apresentaram-se estatisticamente diferentes dos valores descritos
pelos autores.
4. As medidas ósseas apresentadas por MCNAMARA JR (1984), que
são comumente utilizadas no planejamento ortodôntico-cirúrgico,
não mostraram diferenças estatisticamente significativas em
relação aos valores obtidos para a amostra considerada.
87
5. A variabilidade para as proporções consideradas na análise facial
foi em geral menor do que para as medidas isoladas.
6. O valor médio do ângulo nasolabial para a amostra estudada foi de
107,8°
7. A exposição média radiográfica do incisivo central superior foi de
4,15 mm. O valor médio obtido clinicamente foi de 0,87 mm, em
repouso e 9,05 mm, sorrindo.
88
i
I I
I I I ,
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102
I
I
I I
I I I
Anexo 1
Declaração do Comitê de Ética
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
DECLARAÇÃO
Declaro para os devidos fins, que a pesqmsa entitulada
"Análise facial e cefalométrica de mulheres com boa
harmonia facial" foi realizada e concluída antes que o comitê
de ética da Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Unicamp
fosse instituído.
11J.IÍÍ21t 0 ~) F=h.L{(, \ ! (7(,_.~ !l . (e ; I i o) )
_...-/Prof\Dr. J;.ntõiJ.io-Bé'nto de Mm:àes Pres)do -éomitC de ética !
103
Piracicaba, 08 de julho de 1998.
' •
Prof. Dr. MariÓ F. Real Gabrielli Orientador da Pesquisa . I
Anexo 2
Termo de consentimento assinado pelas pacientes e responsáveis
INFORMAÇÃO E CONSENTIMENTO PÓS-INFORMAÇÃO PARA
PESQUISA ClÍNICA
Voluntário'--------·-------------
As informações contidas neste prontuário foram fornecidas pelo Prof.
Mario Francisco Real Gabrielli e o aluno Roger William Fernandes
Moreira, objetivando formar acordo, por escrito, mediante o qual o
indivíduo, parte integrante da pesquisa, autoriza sua participação, com
pleno conhecimento da natureza dos procedimentos e riscos a que se
submeterá com a capacidade de livre arbítrio e sem qualquer coação.
I- TÍTULO DO TRABALHO EXPERIMENTAL
"ESTUDO DAS MEDIDAS FACIAIS E CEFALOMÉTRICAS DE
MULHERES COM BOA HARMONIA FACIAL"
104
I
11- PROPOSIÇÃO
O propósito deste trabalho é relacionar os achados faciais (exame
físico) e cefalométricos (McNamara e Legan & Burstone) de mulheres
de boa harmonia facial (modelos profissionais)
111- JUSTIFICATIVA
A cirurgia ortognática visa proporcionar ao paciente uma melhora do
ponto de vista estético e funcional. Muitos artistas e profissionais como
ortodontistas e cirurgiões tem proposto métodos para se avaliar a
estética facial. Estas avaliações podem ser feitas através de exame
físico da face, análise de fotografias e análises cefalométricas<
Procuraremos verificar se as medidas (faciais e cefalométricas)
obtidas de mulheres com boa harmonia facial estão de acordo com o
proposto pela literatura e se estas medidas se relacionam entre si
(análise facial, análise cefalométrica de Legan & Burstone e análise
cefalométrica de Mcnamara)
IV- PROCEDIMENTO DO EXPERIMENTO
Serão utilizadas modelos profissionais, que serão submetidas
aos seguintes exames:
1 -análise facial, com mensurações feita com paquímetro digital
105
j_
'
2 - análises cefalométricas de Legan & Bustone e McNamara
realizadas em telerradiografia de perfil obtida do centro radiológico
desta faculdade
3 - fotografias para slides da face das pacientes de frente, de frente
sorrindo, perfil direito e esquerdo, oclusão das regiões anteriores e
posteriores.
V- INFORMAÇÕES
O voluntário tem a garantia de que receberá respostas a qualquer
pergunta e esclarecimento a qualquer dúvida á cerca dos
procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos relacionados à
pesquisa.
Também o pesquisadores supracitado assumem o compromisso de
proporcionar informação atualizada obtida durante o estudo, ainda que
esta possa afetar a participação do indivíduo no experimento.
Vil -CONSENTIMENTO PÓS-INFORMAÇÃO
Eu __________________________________________ __
Certifico que tendo lido as informações acima e suficientemente
esclarecido (a) de todos os itens pelo Prof. Mario Francisco Real
106
Gabrielli e o aluno Roger William Fernandes Moreira, estou
plenamente de acordo com a realização do experimento. Assim, eu
autorizo a execução do trabalho de pesquisa, exposto acima, em mim.
Piracicaba, de de __
Nome: ______________ RG ____ _
Assinatura: __________________ _
Pai ou responsável: _______________ _
107
Anexo 3
Nesta seção, mostraremos toda a amostra estudada, ilustrando
cada indivíduo, de cinco maneiras:
1. Fotografia de frente (data do exame)
2. Fotografia de frente 1 (foto de trabalho)
3. Fotografia de perfil (data do exame)
4. Telerradiografia em norma lateral (data do exame)
5. Dados obtidos (análise facial isolada, proporcional, análise de
LEGAN & BURSTONE, em 1980, e análise de MCNAMARA JR,
em 1984l
~Fotografias realizadas JXlr Wesley Alisson -As medidas (Gn-Sn-Pg), (ângulo nasolabial) e (Ba-Ptm-Gn) são angulares. Todas as demais são líneares.
108
I
Paciente 1
109
Comp. da face 176,33
t. sup. 61,59
t. med. 57,41
t inf. 57,33
bttemporal 111,45
bizigomáttca 121,38
1ntercantal 30,66
interpupilar 61 ,12
base alar 30,80
b1gonial 114,59
verm. láb sup 7,04
verm. lab. mf. 11,49
dist. interlab 0,00
inter comissuras 51,06
exp. is rep 0,00
exp. 1s sorriso 7,78
exp. if rep 0,00
comp iab sup 18,94
d1st mentocervtcal 46,60
t. sup/med 0,93
t sup.linf 0,93
t. sup/comp .da face 0,34
t. med/comp da face 0,32
t. 1nf/comp da face 0,32
bitemp./comp da face 0.63
biztgo./comp. da face 0,68
bigonial/comp. da face 0,64
intercantal/base alar 1,00
interpupilar/comtssu 0,83
ver.lab1/ver labs 0,61
comissura/lab.sup 0,37
basealar/lab.sup. 0,61
Gn-Sn-Pg 23,00
G-Sn (HP) 10,00
G-Pg (HP) 3,00
Ls to (Sn-Pg) 3,00
Li to (Sn-Pg) 3,00
S1 to (Li-Pg) 8,00
Stms-1 2,00
Stms-Stmi (HP) 1,00
Sn-Stms/Stmi-Me (HP) 0,91
G-Sn /Sn-Me (HP) 1,00
ang. nasolabial 112,92
A-N perp 4,55
Co-Gn 119,03
Co-A 96,60
Dif. Max-Mand 22,43
E NA-Me 69,17
Ba-Ptm-Gn .3,95
Pog-N Perp. -1,46
Sf1/ APerp. 4,20
li/ A Pog -0,97
Tipo de oclusão 2
Assimetria não
110
Paciente 2
111
Comp. da face 159,57
t. sup. 49,46
t. med. 55,05
t. inf. 55,06
bitemporal 113,17
bizigomática 118,25
intercantal 33,49
interpupilar 61,75
base alar 33,83
blgonial 118,89
verm. láb sup. 6,34
verm. lab. inf. 10,50
dist. interlab. 0,00
inter comissuras 46,59
exp. is rep 0,00
exp. is sorriso 7,40
exp. if rep 0,00
comp. lab. sup 19,26
dist. mentocervical 44.37
t. sup/med 1,10
t. sup.linf 1,11
t. sup/comp.da face 0,30
t. med/comp.da face 0,34
t. inf/comp.da face 0,34
bitemp./comp. da face 0,70
bizigo./comp. da face 0,74
bigonial/comp. da face 0,70
intercantal/base alar 1,01
interpupilar/comissu 0,75
ver.labi/ver.labs 0,60
comissuranab.sup 0,41
basealarnab.sup. 0,56
Gn-Sn-Pg 12,00
G-Sn (HP) 10,00
G-Pg (HP) 7,00
Ls to (Sn-Pg) -1,00
Li to (Sn-Pg) -2 ,00
Si to (Li-Pg) 3,00
Stms-1 3,00
Stms-Stmi (HP) 1,00
Sn-Stms/Stmi-Me (HP) 0,97
G-Sn /Sn-Me (HP) 1,00
ang. nasolabial 123,37
A-N perp -0,44
Co-Gn 119,98
Co-A 93,08
Dif. Max-Mand 26,91
ENA-Me 65,82
Ba-Ptm-Gn 8,13
Pog-N Perp. 1,40
Sf11 APerp. 6,87
li/ A Pog. 1,13
Tipo de oclusão 1
Assimetria não
112
Paciente 3
113
Comp. da face 155.57
t. sup. 52,08
t med. 51 ,13
t inf. 52,36
bitemporal 107.15
bizigomática 108,48
íntercantal 34,69
interpupilar 64,57
base alar 36,25
bigonial 104,72
verm láb sup. 7,18
verm. lab. mf. 8,85
dist. interlab. 3,00
inter comissuras .6,69
exp. is rep 4,00
exp. is sorriso 10,17
exp if rep 1,00
comp. lab. sup 17,49
dist. mentocervical 53,90
I. sup/med 0.98
I. sup.linf 1,00
I sup/comp.da face 0,33
I medlcomp.da face 0,32
I inf/comp.da face 0,33
bltemp./comp. da face 0,68
bizigo./comp. da face 0,69
bigoniallcomp. da face 0,67
intercantal/base alar 1,04
interpupilarfcomissu 0,75
ver.labi/ver.labs 0,81
com1ssura/lab.sup 0,41
basealarllab.sup. 0,48
Gn-Sn-Pg 1,00
G-Sn (HP) 5,00
G-Pg (HP) 8,00
Ls to (Sn-Pg) 2,00
Li to (Sn-Pg) 3,00
Si to (li-Pg} 5,00
Stms-1 5,00
Stms-Stmi (HP) 1,00
Sn-Stms/Stmi-Me (HP) 1,01
G-Sn /Sn-Me (HP) 1,00
ang. nasolab1al 100,11
A-N perp 2,9 3
Co-Gn 123,58
Co-A 93,83
Dif. Max-Mand 29,75
E NA-Me 58,08
Ba-Ptm-Gn 12,56
Pog-N Perp. 10,15
Sf1/ APerp. 7,85
li/ A Pog. 1,61
Tipo de oclusão 3
Assimetria não
11 -t
Paciente 4
115
Comp. da face 162,23
t. sup. 49,46
t. med. 57,98
t.inf. 54,19
bitemporal 113,60
bizigomática 117,92
intercantal 34,35
interpupilar 61,68
base alar 32,39
bigonial 114,&9
verm. láb sup. 6,82
verm. lab. inf. 9,64
dist. interlab. 2,74
inter comissuras 48,51
exp. is rep 3,12
exp. is sorriso 9,66
exp. if rep 1,00
comp. lab. sup 21,56
dist. mentocervical 46,95
t. sup/med 1,17
t. sup.!inf 1,09
t. sup/comp.da face 0,30
I. med/comp.da face 0,35
t. inf/comp.da face 0,33
bitemp /comp da face 0,70
bizigo./comp. da face 0,72
bigonial/comp. da face 0,70
intercantal/base alar 0,94
interpupilar/comissu 0,78
ver.labilver.labs 0,70
comissura/lab.sup 0,44
basealar/lab.sup. 0,66
Gn-Sn-Pg 15,00
G-Sn (HP) 7,00
G-Pg (HP) -1,00
Ls to (Sn-Pg) 5,00
Li to (Sn-Pg) 6,00
Si to (Li-Pg) 4,00
Stms-1 5,00
Stms-Stmi (HP) 1,00
Sn-Stms/Stmi-Me (HP) 0,94
G-Sn /Sn-Me (HP) 1,00
ang. nasolabial 106,31
A-N perp -0,10
Co-Gn 12Q,52
Co-A 96,76
Dif. Max-Mand 23,77
E NA-Me 68,12
Ba-Ptm-Gn 0,21
Pog-N Perp. -7,01
Sf1/ APerp. 5,48
li/ A Pog 5,15
Tipo de oclusão 2
Assimetria não
116
Paciente 5
117
Comp. da face 172,96
t. sup. 56,79
t. med. 58,65
t. inf. 57,52
bitemporal 110,34
bizigomática 120,57
intercantal 31,04
interpup1lar 61,04
base alar 31,69
bigonial 116,54
verm. láb sup. 8,23
verm. lab. inf. 11,48
dist interlab. 0,00
inter comissuras 50,29
exp. is rep 0,00
exp. is sorriso 9,76
exp. if rep 0,00
comp. lab. sup 17,67
dist. mentocervrcal 52,16
t. sup/med 1,03
t. sup.Jinf 1,01
t. sup/comp.da face 0,32
t. med/comp da face 0,33
t iní/comp.da face 0,33
bitemp./comp da face 0,63
bizigo /comp da face 0,69
bígoníal/comp. da face 0,67
intercantal/base alar 1.01
interpupilar/comissu 0,82
ver.labí/ver.labs 0,71
comissurallab.sup 0,35
basealar!lab.sup. 0,66
Gn-Sn-Pg 21.00
G-Sn (HP) 4,00
G-Pg (HP) -13.00
Ls to (Sn-Pg) 4,00
Li to (Sn-Pg) 4,00
Si to (Li-Pg) 8,00
Stms-1 5,00
Stms-Stmr (HP) 1,00
Sn-Stms/Stmi-Me (HP) 0,94
G-Sn /Sn-Me (HP) 1,00
ang nasolab1al 96,28
A-N perp 2,50
Co-Gn 121,29
Co-A 94.24
Dif. Max-Mand 27,05
E NA-Me 71 ,32
Ba-Pim-Gn -3,99
Pog-N Perp. -2.89
Sf1/ APerp. 6,46
li! A Pog. 2,48
Tipo de oclusão 1
A ssim etria não
118
Paciente 6
.. :
119
Comp. da face 168,90
t. sup. 57,31
t. med 57,92
t. inf. 53,67
bitemporal 110, 31
bizigomática 121 ,01
intercantal 31,02
interpupilar 63,19
base alar 33,84
bigonial 115,69
verm. láb sup. 7,14
verm. lab. inf. 10,24
dist. interlab. 0,00
inter comissuras 54,69
exp. is rep 0,00
exp. is sorriso 5,80
exp. if rep 0.00
comp. lab. sup 17,14
dist. mentocervical 40,38
t. sup/med 1,00
i. sup./inf 0,93
t. sup/comp.da face 0,33
t. med/comp.da face 0,34
t . inf/comp.da face 0,31
bitemp./comp. da face 0,65
bizigo./comp da face 0,71
bigoniaVcomp. da face 0,68
intercantal/base alar 1,og
interpupilar/comissu 0,86
ver.labi/ver.labs 0,69
comissurallab.sup 0,31
basealarllab.sup. 0,50
Gn-Sn-Pg 13,00
G-Sn (HP) 11,00
G-Pg (HP) 8,00
Ls to (Sn-Pg) 4,00
Li to (Sn-Pg) 5,00
Si to (Li-Pg) 6,00
Stms-1 4,00
Stms-Stmi (HP) 0,00
Sn-Stms/Stmi-Me (HP) 1,00
G-Sn /Sn-Me (HP) 1.00
ang. nasolabial 106,95
A-N perp 2,53
Co-Gn 115,74
Co-A 91,18
Dif. Max-Mand 24,55
ENA-Me 59,31
Ba-Ptm-Gn 8,43
Pog-N Perp. 1,01
Sf1/ APerp. 7,95
li/ A Pog. 3,73
Tipo de oc lusão 1
Assimetria não
120
Paciente 7
121
Comp. da face 168,13
t. sup. 57,10
t. med 53,67
I. inf. 57,36
bitemporal 103,89
biz1gomática 114,52
intercantal 33,00
interpu pilar 60,12
base alar 32,97
bigonial 113,00
verm. láb sup. 6,85
verm. lab. inf. 10,70
dist interlab. 3,00
inter comissuras 47,52
exp. is rep 3,00
exp. is sorriso 9,63
exp. if rep 0,00
comp. lab sup 18,32
dist mentocervical 43,05
I sup/med 0,93
t. sup./inf 1,00
I. sup/comp.da face 0,33
I. med/comp da face 0,31
t. mflcomp.da face 0,34
bitemp/comp da face 0,61
biz1go /comp. da face 0,68
bigonial/comp. da face 0,67
intercantal/base alar 0,99
interpupilar/comissu 0,79
ver labi/ver.Jabs 0,64
comissurallab.sup 0,38
basealar/lab.sup. 0,55
Gn-Sn-Pg 21,00
G-Sn (HP) 3,00
G-Pg (HP) -17,00
Ls to (Sn-Pg) 4,00
Li to (Sn-Pg) 6,00
Si to (LI-Pg) 8,00
Stms-1 5,00
Stms-Stmi (HP) 1,00
Sn-Stms/Stm1-Me (HP) 0,92
G-Sn /Sn-Me (HP) 1.00
ang. nasolabial 111,53
A-N perp -2,00
Co-Gn 114,71
Co-A 90,41
Dif. Max-Mand 24,30
E NA-Me 64,69
Ba-Ptm-Gn -1,68
Pog-N Perp. -8,67
Sf1/ APerp 3,40
li/ A Pog. ~.6o
Tipo de oclusão 2
Assimetria não
122
Paciente 8
123
Comp. da face 157,43
t sup. 51,75
t. med. 54,70
t. inf 50,98
bitemporal 109,99
biz1gomàt1ca 116,03
intercantal 30,09
interpupilar 69,02
base alar 30,37
bigonial 11,30
verm. làb sup 4,66
verm. lab. inf 9,16
dist. interlab. 0,00
inter comissuras 43,35
exp. is rep 0,00
exp. is sorriso 9,00
exp if rep 0,00
comp. lab. sup 18,21
dist mentocerv1cal 49,48
t. sup/med 1,05
t. sup.!inf 0,98
t. sup/comp.da face 0,32
t med/comp.da face 0,34
t inf/comp.da face 0,32
bitemp./comp. da face 0,69
bizigo./comp. da face 0,73
bigonial/comp da face 0,70
intercantaVbase alar 1,00
interpupilar/com1ssu 1;0,74
ver.labi/ver.labs 0,60
comissura/la b.su p 0,42
basealar/lab.sup. 0.69
Gn-Sn-Pg 11,00
G-Sn (HP) 8,00
G-Pg (HP) 6,00
Ls to (Sn-Pg) 2,00
Li to (Sn-Pg} 1,00
Si to (Li-Pg) 5,00
Stms-1 5,00
Stms-Stmi (HP) 1,00
Sn-Stms/Stmi-Me (HP) 0,92
G-Sn /Sn-Me (HP) 1,00
ang. nasolabial 117,30
A-N perp -2,43
Co-Gn 117,96
Co-A 85,93
Dif. Max-Mand 32,03
E NA-Me 60,70
Ba-Ptm-Gn 5,00
Pog-N Perp. 3,38
Sf1/ APerp 7,36
li/ A Pog 0,00
Tipo de oclusão 1
Assimetria sim
12-+
Paciente 9
125
Comp da face 157,64
t. sup. 52,37
L med. 51,70
t. inf 53,57
bitemporal 112,37
biZigomátlca 119,34
intercantal 33,10
interpupilar 63,77
base alar 34,88
bigonial 126,03
verm. láb sup 5,82
verm. lab inf 0,32
dist. interlab. 0,00
inter comissuras 49,70
exp. is rep 0,00
exp. is sorriso 6,97
exp. 1f rep 0,00
comp lab sup 20,66
dist. mentocervtcal 51,47
t. sup/med 0,98
t. sup /in f 1,02
t sup/comp da face 0,33
t. med/comp.da face 0,32
t. inf/comp.da Face 0,33
b1temp/comp da face 0,71
b1zigo.tcomp da face 0,75
bJgoniallcomp da face 0,79
intercantal/base alar 1,05
tnterpu pila r/com1ssu 0,77
ver.labi/ver.labs 0,56
comíssura/lab.sup 0,41
basealar/lab.sup 0,59
Gn-Sn-Pg 11,00
G-Sn (HP) 1,00
G-Pg (HP) -9,00
Ls to (Sn-Pg) 4,00
Li to ( Sn-Pg) 4,00
Si to (LI-Pg) 6,00
Stms-1 3,00
Stms-Stmi (HP) 0,00
Sn-Stms/Stmi-Me (HP) 0,95
G-Sn /Sn-Me (HP) 1,00
ang. nasolabíal 106,00
A-N perp 3,99
Co-Gn 114,96
Co-A 95,85
Díf Max-Mand 19,10
E NA-Me 60,85
Ba-Ptm-Gn 4,49
Pog-N Perp. 2,92
Sf1/ APerp 5,41
li/ A Pog. 1,55
Tipo de oclusão 1
Assimetria não
l2ó
Paciente 10
127
Comp da face 161,76
t. sup. 53,17
t med 54,86
t inf. 53,73
bitemporal 106,58
bizigomática 110,89
1ntercantal 33,69
interpupilar 64,62
base alar 33,20
bigonial 110,93
verm. láb sup. 6,88
verm. lab. inf. 8,95
dist. interlab. 0.00
inter com1ssuras 46,09
exp. is rep 0,00
exp. Js sorriso 10,14
exp 1f rep 0,00
comp lab sup 15,10
d1st. mentocervical 44,63
t sup/med 1,03
I. sup.linf 1,01
t. sup/comp.da face 0,32
I. med/comp.da face 0,33
t. inf/comp.da face 0,33
bitemp./comp. da face 0.65
bizigo./comp da face 0,68
bigoniallcomp. da face 0,68
intercantal/base alar 0,98
interpupilar/com1ssu 0,72
ver.labi/ver Jabs 0,76
comissura/lab.sup 0,32
basealar/lab.sup 0,45
Gn-Sn-Pg 5,00
G-Sn (HP) 5,00
G-Pg (HP) 5,00
Ls to (Sn-Pg) 3,00
Li to (Sn-Pg) 1,00
Si to (Li-Pg) 5,00
Stms-1 4,00
Stms-Stmi (HP) 0,00
Sn-Stms/Stmt-Me (HP) 0,97
G-Sn /Sn-Me (HP) 1,00
ang nasolab1al 109,65
A-N perp 0,64
Co-Gn 116,64
Co-A 90,99
Dif. Max-Mand 25,64
E NA-Me 61,93
Ba-Ptm-Gn 6,83
Pog-N Perp. 4,14
Sf1/ APerp. 4,55
li/ A Pog. -1,76
Tipo de oclusão 1
Assimetria não
128
Paciente 11
129
Comp da face 156,21
t. sup. 49,57
t. med. 53,44
t. inf 53,20
bitemporal 111,19
bizigomatica 116,99
intercantal 28,45
interpuptlar 57,96
base alar 31,64
bigonial 111,76
verm. Jáb sup. 6,96
verm. lab inf 9,90
dist. interlab 3,15
1nter comissuras 46,96
exp ts rep 4,18
exp. is sorriso 10,34
exp. if rep 3,20
comp lab sup 19,31
dtst mentocervtcal 38,03
t. sup/med 1,07
t. sup /inf 1,07
t. sup/comp.da face 0.31
t. med/comp da face 0,34
t inf/comp.da face 0,34
bitemp./comp da face 0,71
biztgo./comp da face 0,74
bigonial/comp da face 0,71
intercantallbase alar 1,11
interpupilar/comtssu 0,81
ver.labi/ver.labs 0,70
comissura/lab.sup 0,38
basealar/lab.sup 0,61
Gn-Sn-Pg 15,00
G-Sn (HP) 13,00
G-Pg (HP) 10,00
Ls to lSn-Pg) 4,00
Lt to (Sn-Pg) 2,00
St to (U-Pg) 7,00
Stms-1 6,00
Stms-Stmt (HP) 1,00
Sn-Stms/Stmi-Me (HP) 0,89
G-Sn /Sn-Me (HP) 1,00
ang. nasolabtal 96,77
A-N perp 5.40
Co-Gn 114,51
Co-A 86,86
Dif. Max-Mand 27,65
ENA-Me 64,73
Ba-Ptm-Gn 0,82
Pog-N Perp. 4,40
Sf1/ APerp. 4,18
lí/ A Pog. -2,81
Ttpo de oclusão 1
Assimetria não
13()
Paciente 12
131
Comp da face 169,14
t. sup. 62,23
t. med 52,55
t. inf. 54,36
bitempcral 113,27
bizigcmática 117,5{)
intercantal 32,22
interpupilar 61,49
base alar 35,78
bigonial 115,09
verm. láb sup. 6,98
verm. lab inf. 9,45
d1st interlab 0,00
inter comissuras 48,74
exp. is rep 0,00
exp. is sorriso 10,98
exp. ií rep 0,00
comp lab sup 17.50
dist mentocerv1cal 48,01
t. sup/med 0,84
t. sup.linf 0,87
t. sup/comp.da face 0,36
I. med/comp.da face 0,31
t. mf/comp.da face 32,00
bitemp./comp. da face 0,66
bizigo./comp. da face 0,69
bigoniallcomp. da face 0,68
intercantal/base alar 1,11
interpupilar/comissu 0,73
ver.labi/Ver.labs 0,73
comissurallab.sup 0,35
basealar/lab.sup 0,48
Gn-Sn-Pg 18,00
G-Sn (HP) 4,00
G-Pg (HP) -5,00
Ls to (Sn-Pg) 3,00
li to (Sn-Pg) 2,00
Si to (li-Pg) 8.00
Stms-1 6,00
Stms-Stm1 (HP) 0,00
Sn-Stms/Stm1-Me (HP) 0,97
G-Sn /Sn-Me (HP) 1,00
ang. nasolabial 112,28
A-N perp 0,15
Co-Gn 114,19
Co-A 89,83
Dif. Max-Mand 24,36
ENA-Me 63,32
Ba-Ptm-Gn -1,86
Pog-N Perp. -2.0S
Sf1/ APerp. 4 ,92
li/A Pog. 1,12
Tipo de oclusão 1
Assimetria não
132
Paciente 13
133
Comp. da face 171,80
t. sup 59,85
t. med 55,97
t. inf. 55,98
bitemporal 105,50
bizigomática 113,88
intercantal 27,32
1nterpupilar 58,76
base alar 32,32
bigonial 114,67
verm. láb sup. 6,61
verm. lab. inf. 8,67
dist. interlab. 0,00
inter comissuras 47,58
exp is rep 0,00
exp. is sorriso 11,34
exp. if rep 0,00
comp. lab sup 19,84
dist. mentocervical 53,19
t sup/med 0,93
t suplinf 0,93
t sup/comp.da face 0,34
t. med/comp.da face 0,32
t. 1nf/comp da face 0,32
bitemp./comp. da face 0.61
b1zigo./comp da face 0,66
bigonial/comp. da face 0,66
intercantallbase alar 1,18
interpupilar/comissu 0,80
ver.labi/ver.labs 0,76
comissura/lab.sup 0,41
basealar/lab.sup. 0,61
Gn-Sn-Pg 15,00
G-Sn (HP) 3,00
G-Pg (HP) -8,00
Ls to (Sn-Pg) 3,00
Li to (Sn-Pg} 5,00
Si to (Li-Pg) 2,00
Stms-1 6,00
Stms-Stmi (HP) 2,00
Sn-Stms/Stmi-Me (HP) 0,95
G-Sn /Sn-Me (HP) 1,00
ang. nasolabial 116,38
A-N perp 3,70
Co-Gn 119,02
Co-A 92,90
Dif. Max-Mand 26,12
E NA-Me 69,07
Ba-Ptm-Gn -1 ,60
Pog-N Perp. ~.58
Sf1/ APerp. 6,47
li/ A Pog. 3.74
Tipo de oclusão 1
Assimetria não
Paciente 14
135
Comp. da face 170.13
t. sup. 52,41
I. med. 56,16
t inf. 61 ,56
bitemporal 110,54
bizigomática 114,87
mtercantal 34,35
interpupilar 62,75
base alar 32,64
btgonial 100,29
verm láb sup. 5,28
verm lab inf. 11,05
dist. interlab 0,00
inter comissuras 50,06
exp ts rep 0,00
exp. is sorriso 7,11
exp if rep 0,00
comp. lab. sup 22,49
dist. mentocervical 46,97
t. sup/med 1,07
t. sup.!ínf 1,17
t. sup/comp .da face 0,30
t. med/comp.da face 0,33
t inf/comp.da face 0,36
bitemp./comp. da face 0,64
biztgo/comp. da face 0,67
bigonial/comp. da face 0,58
intercantal/base alar 0,95
mterpupilar/comissu 0,79
ver.labt/ver.labs 0,47
comissura/lab.sup 0,44
basealar/lab.sup. 0,68
Gn-Sn-Pg 9,00
G-Sn (HP) 6,00
G-Pg (HP) 0,00
Ls to (Sn-Pg) 6,00
Li to (Sn-Pg) 5,00
Si to (Lt-Pg) 5,00
Stms-1 3,00
Stms-Stmi (HP) 0,00
Sn-Stms/Stmi-Me (HP) 0,89
G-Sn /Sn-Me (HP) 1,00
ang. nasotabial 112,12
A-N perp -1,66
Co-Gn 118,37
Co-A 84,50
Dif. Max-Mand 33,87
E NA-Me 72,22
Ba-P!m-Gn 4 ,57
Pog-N Perp -3.45
Sf1/ APerp. 5,69
li/ A Pog. 2,78
Tipo de oclusão
Assimetria não
])6
Paciente 15
\ <
l37
Comp. da face 163,72
t sup. 51,14
t. med 55,71
t. inf 56,87
bitemporal 111,95
biz1gomática 120,33
intercantal 33,19
1nterpupilar 60,51
base alar 33,01
bigonial 112,37
verm láb sup 7,15
verm. lab. inf. 9.98
dist. interlab. 0,00
inter comissuras 47.20
exp. is rep 0,00
exp is sor;iso 7,60
exp. if rep o.oo comp lab sup 19,31
dist mentocervical 50,13
t. sup/med 1,08
t sup.llnf 1,11
t. sup/comp da face 0,31
t med/comp da face 0,34
t. mi/comp da face 0,34
bitemp./comp da face 0,68
biz1go./comp da face 0,73
bigomal/comp. da face 0,68
1ntercantal/base alar 0.99
interpup1lar/comissu 0,78
ver labi/Ver labs 0,71
comissura/lab.sup 0,40
basealarflab.sup. 0,68
Gn-Sn-Pg 11,00
G-Sn (HP) 5,00
G-Pg (HP) -1,00
Ls to (Sn-Pg) 0,00
Li to (Sn-Pg) 1,00
Si to (Li-Pg) 5,00
Stms-1 2.00
Stms-Stm1 (HP) 1,00
Sn-Stms/Stmi-Me (HP) 1,01
G-Sn /Sn-Me (HP) 1,00
ang. nasolabial 108,80
A-N perp 1,86
Co-Gn 123,43
Co-A 92,75
Dif. Max-Mand 30,68
E NA-Me 64,92
Ba-Ptm-Gn 2,10
Pog-N Perp 2,79
Sf11 APerp. 7,03
li/ A Pog 2,71
Tipo de oclusão 1
Assimetria não
1:'8
Paciente 16
139
Comp da face 188.19
t. sup. 65,17
t med 62,20
t. inf. 60,82
brtemporal 108,43
bizigomalica 122,43
intercan!al 33,10
interpupilar 64,33
base alar 33,22
b1gonial 116,83
verm. láb sup 7,56
verm. lab. inf. 10,60
dist. interlab 0,00
inter comissuras 47,21
exp. 1s rep 0,00
exp. IS sorriso 8,77
exp if rep 0,00
comp. lab sup 19,43
dist mentocervical 47,35
t. sup/med 0,95
t sup /in f 0,93
t. sup/comp.da face 0,34
t. med/comp.da face 0,33
t. 1nf/comp.da face 0.32
bitemp./comp da face 0,57
biz1go./comp. da face 0,65
bigonial/comp. da face 0,62
intercantallbase alar 1,00
lnterpupilar/comissu 0,73
ver .lab1/Ver labs 0,71
comissurallab.sup 0,41
basealar/lab.sup. 0,68
Gn-Sn-Pg 12.00
G-Sn (HP) 10,00
G-Pg (HP) 8,00
Ls to (Sn-Pg) 2,00
li to (Sn-Pg) 1,00
Si to (Li-Pg) 6,00
Stms-1 5,00
Stms-Stmi (HP) 0,00
Sn-Stms/Stmi-Me (HP) 0,98
G-Sn /Sn-Me (HP) 1,00
ang. nasolabial 107,65
A-N perp 0.17
Co-Gn 125,67
Co-A 92,67
Dif. Max-Mand 32,83
E NA-Me 72,00
Ba-Ptm-Gn 0,10
Pog-N Perp. 1,05
Sf1/ APerp. 6,33
li/ A Pog. 2.05
Tipo de oclusão 1
Assimetria não
1-1-0
Paciente 17
141
Comp. da face 172.06
t. sup 51,73
t. med. 58,46
t. 1nf 61,87
bitemporal 117,87
bizigomática 119,44
intercantal 34,18
interpupilar 66,83
base alar 31,81
bigonial 124,20
verm. láb sup. 6,20
verm. lab. inf. 11,30
dist. interlab. 0,00
1nter comissuras 53,22
exp. is rep 0,00
exp is sorriso 8,95
exp. ií rep 0,00
comp lab sup 19,89
dist. mentocervical 47.46
t sup/med 1,13
t. sup !in f 1,19
t sup/comp da face 0,30
t med/comp da face 0,33
t. 1nf/comp.da face 0,35
bitemp./comp da face 0.68
bizigo /comp. da face 0,69
bigon1al/comp. da face 0,72
intercantal/base alar 0,93
interpupilar/comissu 0,79
ver.labi/ver labs 0,54
comissurallab sup 0,37
basealar/lab sup 0,62
Gn-Sn-Pg 12.00
G-Sn (HP) 4,00
G-Pg (HP) -3,00
Ls to (Sn-Pg) 4,00
Li to (Sn-Pg) 2,00
Si to (Li-Pg) 6.00
Stms-1 5,00
Stms-Stmi (HP) 0,00
Sn-Stms/Stmi-Me (HP) 1,02
G-Sn /Sn-Me (HP) 1,00
ang. nasolabial 109,54
A-N perp -2,41
Co-Gn 130,13
Co-A 96,23
D1f. Max-Mand 34.91
E NA-Me 72,29
Ba-Ptm-Gn 1,34
Pog-N Perp. 1,02
Sf1/ APerp 6,45
li/ A Pog ~.13
Tipo de oclusão 1
Assimetria não
1~2
Paciente 18
l·B
Comp. da face 166,33
t. sup 56,54
t. med 57,82
t. inf 51,97
bitemporal 107,66
biztgomá!Jca 117,36
intercantal 33,17
tnterpupilar 62,89
base alar 33,61
bigonial 118,78
verm. láb sup 7,09
verm lab inf 8.07
dist. interlab. o.oo 1nter comissuras 50,58
exp. is rep 0,00
exp. IS sorriso 9,34
exp. if rep 0,00
comp. lab sup 17,48
dist mentocervrcal 62,34
t sup/med 1,02
t sup./inf 0,91
t sup/comp da face 0,33
t med/comp da face 0,34
t tnf/comp da face 0.3 1
bitemp/comp da íace 0,64
bizigo./comp. da face 0,70
bigontal/comp. da face 0,69
intercantal/base alar 1,01
rnterpupilar/comissu 0,80
ver labi/ver.labs 0,87
comissura/lab.sup 0,34
basealar/lab.sup. 0,52
Gn-Sn-Pg 10,00
G-Sn (HP) 6,00
G-Pg (HP) 3,00
Ls to (Sn-Pg) 5,00
Li to ( Sn-Pg) 4,00
Sr to (Li-Pg) 4,00
Stms-1 3,00
Stms-Stmt (HP) 0.00
Sn-Stms/Stmi-Me (HP) 0,97
G-Sn /Sn-Me (HP) 1,00
ang. nasolabial 103,26
A-N perp 2,13
Co-Gn 122,63
Co-A 95,54
Dif. Max-Mand 27,09
E NA-Me 58,96
Ba-Ptm-Gn 3,25
Pog-N Perp. 5,96
Sf1/ APerp 9,43
li/ A Pog. 3,90
Ttpo de oclusão 1
Assimetria não
Paciente 19
1~5
Comp. da face 175 ,27
t. sup. 58,48
t. med 58,48
t. inf. 58,31
bitemporal 113,39
bizigomát1ca 117,09
1ntercantal 31,66
1nterpupilar 62,63
base alar 32,47
bigonial 118,81
verm. láb sup. 8,88
verm. lab. inf. 11,03
dist. interlab 2,00
inter comissuras 50,61
exp. is rep 3,00
exp. 1s sorriso 11.43
exp. if rep 0,00
comp. lab sup 21 ,14
dist. mentocerv1cal 45,14
t sup/med 1,00
t sup./inf 0,99
t. sup/comp da face 0.33
t med/comp da face 0,33
t. inf/comp.da face 0,33
bitemp./comp da face 0,64
biz1go /comp da face 0,66
bigonial!comp da face 0,67
intercantallbase alar 1,02
interpupliar/com1ssu 0,80
ver labí/ver.labs 0,80
comissura/lab.sup 0,41
basealarllab.sup 0,65
Gn-Sn-Pg 19,00
G-Sn (HP) 11 .00
G-Pg (HP) 0,00
Ls to (Sn-Pg) 2,00
LI to (Sn-Pg) 3,00
Si to (Li-Pg) 6,00
Stms-1 5,00
Stms-Stmi (HP) 0,00
Sn-Stms/Stmi-Me (HP) 0,98
G-Sn /Sn-Me (HP) 1,00
ang nasolabial 96,91
A-N perp 1,75
Co-Gn 128,66
Co-A 97,29
Dif. Max-Mand 31,37
E NA-Me 75,09
Ba-Ptm-Gn -3 ,22
Pog-N Perp. ~.07
Sf1/ APerp 7,95
li/ A Pog 3,96
Tipo de oclusão 1
Assimetria não
1-ftl
Paciente 20
l -1-7
Comp da face 185,06
t. sup. 65,40
t. med 61,58
t inf 58,08
bitemporal 111,76
bizigomática 117,12
intercantal 33,48
interpupilar 61.16
base alar 34,56
bigonial 117,23
verm. láb sup. 5,29
verm. lab. ínf. 8,35
ctist interlab. 0,00
inter comissuras 47.44
exp. is rep 0,00
exp. is sorriso 8 ,74
exp. if rep 0,00
comp. lab sup 22.50
dist mentocerv1cal 42,99
t. sup/med 0,94
t. sup/iní 0,88
t. sup/comp da face 0,35
I. med/comp.da face 0,33
t inf/comp.da face 0,31
bitemp/comp da face 0,60
b1zigo./comp. da face 0,63
bigonial/comp. da face 0,63
intercantaVbase alar 1,03
interpupilar/comissu 0,77
ver.labi/ver.labs 0,63
comissura/lab.sup 0,47
basealar/lab.sup. 0.66
Gn-Sn-Pg 15,00
G-Sn (HP) 3,00
G-Pg (HP) -9,00
Ls to (Sn-Pg) 4,00
Li to (Sn-Pg) 4 ,00
Si to (LI-Pg) 5,00
Stms-1 1,00
Stms-Stm1 (HP) 0,00
Sn-Stms/Stm1-Me (HP) 1,16
G-Sn /Sn-Me (HP) 1,00
ang. nasolabial 102,82
A-N perp -2,85
Co-Gn 119,65
Co-A 92,75
Dif Max-Mand 26,90
E NA-Me 70,43
Ba-Ptm-Gn -3,34
Pog-N Perp. ..S,41
Sf1/ APerp. 6,92
li/ A Pog. 4,34
Tipo de oclusão
Assimetria não
l-+8