ANÁLISE GEOLÓGICA E CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS PARA ...

14
ANÁLISE GEOLÓGICA E CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS PARA AVALIAÇÃO DO COEFICIENTE DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL NA BACIA DO ALTO TIETÊ Arnaldo Sérgio Kutner 1 , Antonio Eurides Conte 2 e Tetuo Nitta 2 Resumo - Um dos parâmetros mais importantes intervenientes em um processo de transformação chuva-vazão, refere-se ao coeficiente CN (número de curva), conforme conceituado no conhecido método do USSCS – U. S. Soil Conservation Service, a fim de retratar as condições de escoamento superficial de uma bacia hidrográfica. Normalmente, a bibliografia existente orienta adotar esse coeficiente considerando as classes de solos constituintes e o tipo de cobertura e ocupação da área. Dadas as dificuldades para se classificar uma área de drenagem em função da sua constituição pedológica apresenta-se neste trabalho, como critério tentativo para uma melhor avaliação desse coeficiente na Bacia do Alto Tietê, a constituição geológica e textural dos solos constituintes, as quais são de mais fácil obtenção, utilizando-se para tanto as Cartas Geológicas disponíveis na área. Assim, para a bacia hidrográfica em estudo, devidamente compartimentada nas sub bacias constituintes, desde suas nascentes até o local do reservatório de Pirapora, foram feitos o mapeamento e a quantificação das áreas de ocorrência dos principais litotipos constituintes de cada sub-bacia, permitindo a elaboração da presente proposta de classificação; tomou-se como base a classificação dos grupos hidrológicos de solos do SCS-Soil Conservation Service, associando-a ao trabalho desenvolvido por Setzer & La Laina Porto (1979) para o Estado de São Paulo. Abstract - The curve-number CN is an important coefficient considered by the SCS-Soil Conservation Service methodology in order to reproduce run-off conditions of a watershed. This coefficient is usually adopted taking into account the existing soils and land use conditions.This paper proposes a classification of the watershed soils based on its geological and textural compositions, since the pedologic classifications are less available. For this purpose this paper presents an application for the Upper Tietê River Basin, where its several forming sub-basins were identified and lithologically mapped, according to the Geological Mapping of São Paulo. The 1 1 ICK-Assessoria e Consultora;; Rua Cardoso de Almeida 1383 - 1. andar; CEP 05013-001, São Paulo; SP; Brasil 2 GHT-GeoHydrotech Engenharia;; Rua Cardoso de Almeida 1383 - 2. andar; CEP 05013-001; São Paulo; SP; Brasil

Transcript of ANÁLISE GEOLÓGICA E CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS PARA ...

Page 1: ANÁLISE GEOLÓGICA E CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS PARA ...

ANÁLISE GEOLÓGICA E CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS PARA

AVALIAÇÃO DO COEFICIENTE DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL

NA BACIA DO ALTO TIETÊ

Arnaldo Sérgio Kutner1, Antonio Eurides Conte2 e Tetuo Nitta2

Resumo - Um dos parâmetros mais importantes intervenientes em um processo de transformação

chuva-vazão, refere-se ao coeficiente CN (número de curva), conforme conceituado no conhecido

método do USSCS – U. S. Soil Conservation Service, a fim de retratar as condições de escoamento

superficial de uma bacia hidrográfica. Normalmente, a bibliografia existente orienta adotar esse

coeficiente considerando as classes de solos constituintes e o tipo de cobertura e ocupação da área.

Dadas as dificuldades para se classificar uma área de drenagem em função da sua constituição

pedológica apresenta-se neste trabalho, como critério tentativo para uma melhor avaliação desse

coeficiente na Bacia do Alto Tietê, a constituição geológica e textural dos solos constituintes, as

quais são de mais fácil obtenção, utilizando-se para tanto as Cartas Geológicas disponíveis na área.

Assim, para a bacia hidrográfica em estudo, devidamente compartimentada nas sub bacias

constituintes, desde suas nascentes até o local do reservatório de Pirapora, foram feitos o

mapeamento e a quantificação das áreas de ocorrência dos principais litotipos constituintes de cada

sub-bacia, permitindo a elaboração da presente proposta de classificação; tomou-se como base a

classificação dos grupos hidrológicos de solos do SCS-Soil Conservation Service, associando-a ao

trabalho desenvolvido por Setzer & La Laina Porto (1979) para o Estado de São Paulo.

Abstract - The curve-number CN is an important coefficient considered by the SCS-Soil

Conservation Service methodology in order to reproduce run-off conditions of a watershed. This

coefficient is usually adopted taking into account the existing soils and land use conditions.This

paper proposes a classification of the watershed soils based on its geological and textural

compositions, since the pedologic classifications are less available. For this purpose this paper

presents an application for the Upper Tietê River Basin, where its several forming sub-basins were

identified and lithologically mapped, according to the Geological Mapping of São Paulo. The

1 1 ICK-Assessoria e Consultora;; Rua Cardoso de Almeida 1383 - 1. andar; CEP 05013-001, São Paulo; SP; Brasil 2 GHT-GeoHydrotech Engenharia;; Rua Cardoso de Almeida 1383 - 2. andar; CEP 05013-001; São Paulo; SP; Brasil

Page 2: ANÁLISE GEOLÓGICA E CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS PARA ...

classification of the hydrological soil groups presented was based on the SCS Method and also on

Setzer’s Soil Groups proposed for the State of São Paulo (1979).

Palavras-chave – Bacia do Alto Tietê, escoamento superficial.

INTRODUÇÃO

As condições de escoamento superficial dependem do grau de uso e ocupação dos solos de

uma bacia hidrográfica, com reflexos diretos no grau de impermeabilização dessa bacia. O

coeficiente de escoamento superficial CN, conforme conceituado no processo de cálculo do SCS,

deve ser fixado considerando-se as parcelas de áreas permeável e impermeável estimadas em

determinada bacia.

O presente trabalho originou-se dentro do âmbito do PDMAT-Plano Diretor de

Macrodrenagem da Bacia do Alto Tietê, em virtude da necessidade de fornecer subsídios ao modelo

de simulação hidrológica, para permitir a avaliação do coefiente CN a ser aplicado nas áreas

consideradas ainda permeáveis de uma bacia, uma vez que à parcela de área impermeável pode ser

atribuido o valor constante de CN=98, normalmente adotado para áreas como viadutos, telhados,

estacionamentos, etc.

Para tanto, a bacia do Alto Tietê, desde suas nascentes até o local do reservatório de Pirapora,

foi compartimentada considerando-se as diversas sub-bacias existentes, sendo que, para cada uma

delas, foram feitos a identificação, o mapeamento e a quantificação das áreas de ocorrência dos

principais litotipos constituintes, tendo sido selecionadas 83 áreas, consideradas de maior interesse.

CONSIDERAÇÕES SOBRE OS GRUPOS DE SOLOS OCORRENTES

Utilizando-se a Carta Geológica da RMSP em escala 1:100.000 (EMPLASA,1980), foram

definidos os litotipos mais significativos, sob o ponto de vista do comportamento hidráulico–

hidrológico, ocorrentes em cada uma destas sub bacias.

Dentre todos os litotipos descritos foram relacionados, como básicos e mais relevantes para o

estudo em pauta, os seguintes:

1. Sedimentos Aluvionares Quaternários – (Qa);

2. Sedimentos Terciários da Bacia de São Paulo – (TQa);

Page 3: ANÁLISE GEOLÓGICA E CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS PARA ...

3. Intrusões Graníticas do Fácies Cantareira do Pré Cambriano(pC Agg);

4. Micaxistos dos Grupos Açungui e São Roque do Pré Cambriano(pC Amx);

5. Filitos do Grupo São Roque do Pré Cambriano(pC Afm);

6. Migmatitos e Gnaisses do Grupo Açungui do Pré Cambriano(pC Amg).

Além destes litotipos, de amplas ocorrências na área, há que se mencionar também outros, de

incidências mais restritas. São em sua maioria também datados do Pré Cambriano e, justamente em

razão de suas áreas de ocorrência serem territorialmente pouco expressivas, foram agregados aos

litotipos predominantes acima relacionados, buscando-se as similaridades texturais apresentadas

entre seus solos. Mencionam-se dentre estes litotipos secundários: quartzitos, meta-arenitos, meta-

conglomerados, calcoxistos, anfibolitos e dioritos.

Uma vez identificados os litotipos ocorrentes, quantificou-se tais ocorrências através da

determinação das áreas territoriais ocupadas pelos mesmos, bem como das porcentagens dessas

ocorrências.

Neste ponto é fundamental assinalar que cada um destes litotipos, através dos processos de

intemperismo atuantes, geram mantos de solos texturalmente muito variáveis, desde os arenosos

(mais permeáveis e percoláveis), até os argilosos (menos permeáveis e, portanto, com maiores

índices de escoamento superficial), além de toda a gama de solos decorrentes das misturas destas

texturas extremas.

A fim de melhor caracterizar e avaliar o comportamento hidráulico dos solos, conta-se com

sistemas de classificação. Dois destes sistemas destacam-se por sua abrangência: o do “Soil

Conservation Service” – SCS (Wanielista,1990) e o de Setzer e La Laina Porto (1979).

O sistema de classificação elaborado por Setzer e La Laina, tomando por base algumas das

características pedológicas mais marcantes dos solos, classifica-os em 5 Grupos Hidrológicos. Por

se referir ao nosso meio físico é bem correlacionável com a maioria dos litotipos ocorrentes na área

de interesse.

O sistema de classificação do SCS divide os solos em apenas 4 Grupos Hidrológicos; esta

classificação utiliza como principal critério a composição textural dos solos e oferece, como

vantagem, a maior disponibilidade destes dados, sua abrangência e aplicabilidade em relação aos

tipos de cobertura e usos do solo, justamente da forma como comumente são feitos.

Apresentam-se, a seguir, ambos os sistemas de classificação dos solos para fins hidrológicos.

SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO HIDROLÓGICA DOS SOLOS

O Sistema de Classificação dos Solos segundo o SCS é o seguinte:

Page 4: ANÁLISE GEOLÓGICA E CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS PARA ...

Grupo A - Solos de mais baixo potencial de deflúvio; são solos profundos, de constituição

arenosa, com pouco silte e argila. Podem também ser constituidos por cascalhos, de alta

permeabilidade.

Grupo B– Solos com potencial de escoamento (“runoff“) moderadamente baixo. Predominam

solos arenosos, menos profundos e menos agregados que o acima (A); o Grupo, como um todo,

apresenta, após seu intenso umidecimento, capacidade de infiltração acima da média.

Grupo C – Solos com potencial de escoamento moderadamente alto. Compreende solos rasos

e solos contendo consideráveis teores de argilas e colóides, porém inferiores ao Grupo D. Este solo

tem infiltração abaixo da média após saturação.

Grupo D – Solos com o mais alto potencial de escoamento. Inclui a maioria das argilas e

também solos rasos com subhorizontes impermeáveis próximos à superfície.

O Sistema de Classificação de Solos apresentado por Setzer e La Laina (1979) é o seguinte:

Grupo A - Solos arenosos com baixo teor de argila total, inferior a 8%; não há rocha nem

camadas argilosas e nem mesmo densificadas até a profundidade de 1,5 m. O teor de húmus é muito

baixo, não atingindo 1%

Grupo B – Solos arenosos menos profundos que os do grupo A e com maior teor de argila

total, porém ainda inferior a 15%. No caso de terras roxas (*) este limite pode subir a 20% graças à

maior porosidade. Os dois teores de húmus podem subir, respectivamente a 1,2 e 1,5%. Não pode

haver pedras e nem camadas argilosas até 1,5m, mas é quase sempre presente camada mais

densificada que a camada superficial.

(*) solos de rochas efusivas da Fm. Serra Geral, não ocorrentes na bacia do Alto Tietê

Grupo C – Solos barrentos com teor total de argila de 20 a 30%, mas sem camadas argilosas

impermeáveis ou contendo pedras até a profundidade de 1,2m. No caso de terras roxas (ver

observação acima), estes dois limites máximos podem ser 40% e 1,5m. Nota-se a cerca de 0,6m de

profundidade camada mais densificada do que no grupo B, sem contudo poder ser considerado

impermeável.

Grupo D – Solos argilosos (30 – 40% de argila total) e ainda com camada densificada a 0,50

m de profundidade. Ou solos arenosos como B, mas com camada argilosa quase impermeável ou

horizonte de seixos rolados.

Grupo E – Solos barrentos como o C, mas com camada argilosa impermeável ou com pedras.

Ou sem tal camada, mas o teor total de argila supera 40%. No caso de terras roxas (ver observação

acima) este teor pode subir a 60% (no caso D, 45%)

Feitas as devidas considerações, de forma a se ressaltar as vantagens apresentadas por cada

um dos sistemas, decidiu-se adotar a combinação de ambos, o que até contribui para uma maior

abrangência do método de estudo.

Page 5: ANÁLISE GEOLÓGICA E CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS PARA ...

O fato acima já assinalado de que cada litotipo gera um solo típico e característico,

principalmente quanto à textura, tendo em vista as peculiaridades de cada litotipo e do processo de

intemperismo atuante, implica também no fato que os solos de cada litotipo consistem de misturas

dos solos dos diversos Grupos Hidrológicos mencionados nos Sistemas Classificatórios. Em outros

termos: o solo de cada litotipo é, na realidade, constituído pela mistura dos vários Grupos

Hidrológicos de Solos.

Assim, adotando-se ambos os critérios de classificação mencionados pode-se compor a

Tabela 1, a seguir, a qual apresenta as participações porcentuais dos vários grupos de solos para

cada um dos diferentes litotipos ocorrentes na bacia. Ressalta-se que, quanto ao número de Grupos

Hidrológicos de Solos a serem utilizados, optou-se por quatro, de acordo com o critério adotado

pelo Sistema de Classificação do SCS, mais amplamente conhecido.

Tabela 1 – Composição Porcentual Proposta para os Diferentes Grupos de Solos em cada um

dos Litotipos ocorrentes na Bacia do Alto Tietê

SOLOS LITOTIPO A B C D

1- Grupo dos Sedimentos Aluvionares (Qa) 15 25 30 30 2- Grupo dos Sedimentos Terciários (TQa) 10 15 40 35 3- Grupo das Intrusões Graníticas (pC Agg) 15 45 15 25 4- Grupo dos Micaxistos (pC Amx) 5 10 35 50 5- Grupo dos Filitos (pC Afm) - - 50 50 6- Grupo dos Migmatitos e Gnaisses (pC Amg) 15 35 25 25

LITOTIPOS OCORRENTES NA BACIA DO ALTO TIETÊ

Inicialmente foi realizada a avaliação da participação porcentual que cada litotipo tem em

cada sub bacia, relativamente à área total desta sub-bacia (colunas “% dos Litotipos Constituintes”

das Tabelas 2A e 2B); de posse também da constituição porcentual dos diferentes tipos de solos, por

litotipo, calculou-se, para cada sub bacia, a participação porcentual que cada Grupo Hidrológico de

Solo tem em cada sub-bacia, considerando-se agora, portanto, as suas constituições geológicas

(colunas “% dos Grupos de Solos Equivalentes” das Tabelas 2A e 2B). A identificação e

localização das sub bacias consideradas, desde as nascentes do rio Tietê até o reservatório de

Pirapora, encontra-se ilustrada na Figura 1.

Page 6: ANÁLISE GEOLÓGICA E CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS PARA ...

Tabela 2A – Constituição Porcentual dos Grupos Hidrológicos de Solos por Sub-bacia do Alto Tietê

Sub - Bacias

Áreas

Parciais

% DOS LITOTIPOS

CONSTITUINTES (conf. Tab.1)

% DOS GRUPOS DE SOLOS

EQUIVALENTES (km2) 1 2 3 4 5 6 A B C D 1.1.1 Tietê / Pote 77,6 8,2 - 17,5 - - 74,3 15,0 35,9 23,7 25,4 1.1.2 Rib. Claro 143,75 4,4 - - - - 95,6 15,0 34,6 25,2 25,2 1.1.3 Barr. Ponte Nova 92,95 3,4 - 40,4 - - 56,2 15,0 38,6 21,2 25,2 2.1.1 Paraitinga – mont. Barr. 125,29 11,1 2,9 25,1 10,0 - 50,9 13,8 33,4 24,5 28,3 2.1.2 Paraitinga – jus. Barr. 18,52 26,6 11,5 25,3 9,9 - 26,7 13,4 30,1 26,5 30,0 2.2 Peq.sub bacias lat.- Tietê 47,14 29,8 8,6 12,4 1,4 - 47,8 14,4 31,2 26,7 27,7 3.1.1 Biritiba – mont. Barr. 75,72 18,1 3,2 38,5 1,3 - 38,9 14,7 36,0 22,7 26,6 3.1.2 Biritiba – jus. Barr. 15,65 36,7 2,3 - 30,5 2,8 27,7 11,4 22,3 30,9 35,4 3.2 Peq.sub bacias lat.- Tietê 33,27 37,8 1,6 13,6 - 2,3 44,7 14,6 31,4 26,4 27,6 4.1 Botujuru 22,71 23,9 9,9 37,0 26,8 - 2,4 11,8 27,6 26,7 33,9 4.2 Peq.sub bacias lat.- Tietê 86,9 33,2 7,1 6,3 44,1 0,4 8,9 10,2 19,7 31,6 38,5 5.1.1 Jundiaí – mont. Barr 107,58 23,2 6,0 32,3 11,3 3,6 23,6 13,0 30,6 25,9 30,5 5.1.2 Jundiaí – jus. Barr. 65,84 30,2 14,9 - 37,5 - 17,4 10,5 19,6 32,5 37,4 5.2 Peq. sub bacias lat.-Tietê 56,24 35,1 25,5 36,6 2,8 - - 13,4 29,4 27,2 30,0 6.1.1 Taiaçupeba – mont. Barr. 224,75 23,9 14,1 - 31,8 0,5 29,7 11,0 21,7 31,6 35,7 6.1.2 Taiaçupeba – jus. Barr. 18,58 84,8 11,1 4,1 - - - 14,5 24,7 30,4 30,4 7.1 Guaió 83,18 20,6 2,7 19,2 55,9 - 1,6 9,3 20,3 30,1 40,3 7.2 Vargem e pq.s.b lat.-Tietê 49,32 30,5 28,4 4,7 34,8 - 1,6 10,1 18,0 33,8 38,1 8.1 Sub bacias lat. Dir.–Tietê 95,55 26,7 27,9 - 3,6 - 41,8 13,2 25,9 30,9 30,0 8.2 Sub bacias lat.Esq.- Tietê 60,702 31,5 23,9 - 38,1 - 6,5 10,0 17,5 34,0 38,5 9.1 Baquirivu 165,56 25,4 50,4 3,0 11,7 4,0 5,5 10,7 18,4 35,7 35,2 9.2 Itaquera 117,17 24,9 35,5 0,7 25,6 - 13,3 10,7 19,1 34,1 36,1 10.1 Sub bacias lat. Dir.-Tietê 15,072 58,7 25,8 - - - 15,5 13,7 24,0 31,8 30,5 10.2 Sub bacias lat.Esq.- Tietê 32,88 27,0 61,9 - 2,3 4,7 4,1 11,0 17,7 37,0 34,3 11.1.1 Macacos (Cabuçu) 33,82 2,2 - 11,3 43,6 33,9 9,0 5,5 13,0 36,9 44,6 11.1.2 Barrocada (Cabuçu) 32,88 4,4 - 67,9 5,7 - 22,0 14,5 39,9 19,0 26,6 11.1.3 Peq.sub bacias lat.-(Cab.) 12,45 13,6 - - 6,1 67,3 13,0 4,3 8,5 43,1 44,1 11.1.4 Piqueri (Cabuçu) 17,2 17,0 0,9 56,5 4,1 15,4 6,1 12,2 32,3 24,6 30,9 11.1.5 Paciência (Cabuçu) 21,77 53,5 39,0 - - 0,9 6,6 12,9 21,5 33,8 31,8 11.2.1 Gamelinha (Aric.) 16,71 8,5 59,6 3,4 16,1 - 12,4 10,4 18,5 35,7 35,4 11.2.2 Aricanduva 86,94 13,9 29,6 - 52,2 - 4,3 8,3 14,7 35,4 41,6 11.3 Franguinho 22,62 15,1 70,5 - 1,1 - 13,3 11,4 19,1 36,4 33,1 12.1.1 Cabeceiras Tamanduateí 61,63 16,9 9,5 - 48,2 15,4 10,0 7,4 14,0 36,0 42,6 12.1.2 Guarará (Tam.) 14,39 13,5 14,3 - 63,4 - 8,8 7,9 14,9 34,2 43,0 12.1.3 Oratório (Tam.) 22,079 14,5 55,8 - 29,7 - - 9,2 14,9 37,1 38,8 12.1.4 Tamanduateí Médio I 28,01 30,8 59,1 - 10,1 - - 11,0 17,6 36,4 35,0 12.1.5 Tamanduateí Médio II 9,45 41,5 53,2 - 3,6 - 1,7 12,0 19,3 35,4 33,3 12.1.6 Meninos (Tam.) 60,25 19,3 37,3 4,0 38,6 - 0,8 9,3 16,4 35,0 39,3 12.1.7 Couros (Tam.) 50,2 15,1 24,3 8,3 31,9 - 20,4 10,6 21,5 31,7 36,2 12.1.8 Zoológico (Tam.) 28,9 17,0 51,4 - 2,0 - 29,6 12,2 22,5 33,8 31,5 12.1.9 Moóca (Tam.) 19,55 10,9 89,1 - - - - 10,6 16,1 38,8 34,5 12.1.10 Tamanduateí Inferior 28,66 40,9 59,1 - - - - 12,0 19,1 35,9 33,0 12.2 Peq.sub bacias lat.- Tietê 47,19 53,9 45,2 - - - 0,9 12,7 20,6 34,5 32,2 13.1 Cabuçu de Bx. 44,25 6,7 - 78,4 1,5 11,1 2,3 13,2 37,9 20,4 28,5 13.2 Mandaqui 72,77 30,0 28,8 32,8 - 6,1 2,3 12,6 27,4 29,1 30,9

Page 7: ANÁLISE GEOLÓGICA E CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS PARA ...

Tabela 2B – Constituição Porcentual dos Grupos Hidrológicos de Solos por Sub-bacia do Alto Tietê

Sub - Bacias

Áreas

Parciais

% DOS LITOTIPOS

CONSTITUINTES (conf. Tab.1)

% DOS GRUPOS DE SOLOS

EQUIVALENTES (km2) 1 2 3 4 5 6 A B C D 14.1.1 Itaim 33,05 23,3 22,2 - - - 54,5 13,9 28,2 29,5 28,4 14.1.2 Pirajussara 64,82 17,0 1,7 - 9,5 - 71,8 14,0 30,6 27,0 28,4 14.1.3 Pq. Sub bac.lat.Pinh.Inf. 39,86 35,5 47,0 - - - 17,5 12,7 22,1 33,7 31,5 14.1.4 Traição 15,37 15,2 80,5 4,3 - - - 11,0 17,8 37,5 33,7 14.1.5 Águas Espraiadas 37,27 18,9 66,4 1,8 - - 12,9 11,7 20,0 35,7 32,7 14.1.6 Zavuvus 31,33 41,1 31,2 - 17,7 8,7 1,3 10,4 17,2 35,7 36,8 14.1.7 Morro do S 34,89 17,2 10,1 1,1 32,4 1,5 37,7 11,0 22,7 30,9 35,4 14.1.8 Pq. Sub bac. Jus. Guarapir. 17,92 25,1 18,4 3,9 28,5 - 24,1 11,2 22,0 31,5 35,3 14.2 Confl.Tietê/Pinh.- Pirituba 50,63 31,0 10,6 49,2 - 1,9 7,3 14,2 34,0 23,7 28,1 14.3.1 Sub bacia Billings 502,89 8,8 7,7 11,0 38,8 1,0 32,7 10,3 22,4 30,2 37,1 14.3.2 Sub bacia Guarapiranga 729,6 14,5 8,9 3,0 28,4 - 45,2 11,7 25,0 29,6 33,7 15.1 Mutinga 18,98 8,5 6,5 38,5 32,1 8,8 5,6 10,2 25,6 27,9 36,3 15.2 Bussocaba 15,2 38,2 44,6 1,1 - - 16,1 12,8 22,4 33,4 31,4 16.1 Vermelho 24,09 25,1 2,1 54,1 3,3 14,0 1,4 12,5 31,8 25,0 30,7 16.2 Guardinha 15,5 34,1 36,0 7,2 - - 22,7 13,2 25,1 31,4 30,3 16.3 Carapicuiba 35,74 14,4 10,7 - - - 74,9 14,5 31,4 27,3 26,8 17.1.1 Sub bacia Pedro Beicht 65,3 7,0 1,8 - - - 91,2 15,0 33,9 25,6 25,5 17.1.2 Sub bacia Cach. da Graça 40,9 7,6 - 16,7 1,5 - 74,2 14,7 35,8 23,6 25,9 17.1.3 Cotia Médio e Superior 91,32 13,3 1,4 25,2 0,8 - 59,3 14,8 35,7 23,4 26,1 17.1.4 Rib. Moinho 23,52 15,6 1,4 - - - 83,0 14,9 33,2 26,0 25,9 17.1.5 Cotia Inferior 36,88 20,7 1,3 12,9 - - 65,1 14,9 34,0 24,9 26,2 17.2 São João do Barueri 132,98 11,3 0,6 46,4 - 7,0 34,7 13,9 35,9 22,8 27,4 17.3 Pq. Sub Bacias Later.-Tietê 5,74 17,8 11,0 71,2 - - - 14,5 38,1 20,4 27,0 18.1 Garcia 18,58 12,4 - 57,6 16,6 13,4 - 11,3 30,7 24,9 33,1 18.2 S/Nome 8,61 12,7 - 87,3 - - - 15,0 42,5 16,9 25,6 19.1 Sub bacias lat. Esq.- Tietê 17,11 7,5 - 92,5 - - - 14,6 44,2 15,8 25,4 19.2 Sub bacias lat. Dir.- Tietê 14,75 8,5 11,1 53,5 26,9 - - 11,7 30,6 24,4 33,3 20.1 Rib. Itaim 24,6 4,1 - 80,5 3,0 12,4 - 12,9 37,8 20,3 29,0 20.2 Rib. Santo André 19,5 6,4 2,6 44,2 28,2 18,6 - 9,2 24,7 29,0 37,1 20.3 Sub bacias lat. Dir.- Tietê 14,28 - - 7,8 43,2 49,0 - 3,3 7,7 40,9 48,1 21.1.1 Juquerí Mirim 44,32 4,5 - 5,0 21,3 46,8 22,4 5,9 13,3 38,6 42,2 21.1.2 Alto Juquerí 99,32 3,1 0,6 13,3 42,1 25,2 15,7 7,0 16,6 34,4 42,0 21.1.3 Santa Inês 137,5 1,5 0,2 74,6 7,5 14,1 2,1 11,9 35,9 21,6 30,6 21.1.4 Rib. Eustáquio 191,23 7,2 2,2 4,1 24,9 58,5 3,1 3,6 7,6 42,4 46,4 21.1.5 Rib. Perús 138,56 8,8 0,8 23,8 47,3 19,3 - 7,3 17,8 32,7 42,2 21.1.6 Rib. Cristais 177,49 8,5 1,2 0,8 11,1 78,4 - 2,1 3,8 46,2 47,9 21.2 Tanquinho 51,5 5,9 0,9 25,3 - 66,6 1,3 4,7 12,8 40,1 42,4 21.3 Sub bacias lat. Esq.- Tietê 21,2 - 6,3 4,8 17,3 71,6 - 2,0 4,2 45,7 48,1

Page 8: ANÁLISE GEOLÓGICA E CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS PARA ...

AVALIAÇÃO GENÉRICA DO COEFICIENTE “CN”

A Tabela 3 (Tucci, 1995) apresenta valores genéricos de CN, para regiões urbanas e

suburbanas, através da classificação usual, considerando os grupos hidrológicos de solos, sempre

mais difíceis de serem caracterizados e obtidos diretamente.

Associando-se estes valores de “CN” com as composições ponderadas dos Grupos

Hidrológicos de Solo contidas em cada Litotipo (ver Tabela 2A e 2B), desenvolveu-se a Tabela 4 –

“Tentativa de avaliação do coeficiente ‘CN’ em função dos litotipos”, a seguir apresentada. Uma

vez que cartas geológicas costumam estar mais facilmente disponíveis, a Tabela 4 representa uma

maneira alternativa mais rápida para a avaliação dos mencionados coeficientes “CN”.

Tabela 3 – Valores do Coeficiente “CN” para Bacias Urbanas e Suburbanas (Tucci, 1995) GRUPO HIDROLÓGICO DO SOLO TIPO UTILIZAÇÃO OU COBERTURA/USO DO SOLO A B C D

1 ZONAS CULTIVADAS sem conservação do solo 72 81 88 91 com conservação do solo 62 71 78 81 pastagens ou terrenos em más condições 68 79 86 89

2 BALDIOS/ boas condições 39 61 74 80

3 PRADOS/boas condições 30 58 71 78

4 BOSQUES OU ZONAS FLORESTAIS cobertura ruim 45 66 77 83 cobertura boa 25 55 70 77

5 ESPAÇOS ABERTOS/RELVADOS/PARQUES/ boas cond.

com relva em mais de 75% da área 39 61 74 80 com relva de 50 a 75% da área 49 69 79 84

6 ZONAS comerciais e de escritórios 89 92 94 95 Industriais 81 88 91 93 Residenciais: área

(m2) % impermeável

< 500 65 77 85 90 92 1.000 38 61 75 83 87 1.300 30 57 72 81 86 2.000 25 54 70 80 85 4.000 20 51 68 79 84

7 PARQUES estacionamentos, telhados, viadutos, etc. 98 98 98 98 arruamentos e estradas asfaltadas, com drenagem 76 85 89 91 paralelepípedos, terra 72 82 87 89

Page 9: ANÁLISE GEOLÓGICA E CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS PARA ...

Tabela 4 – Tentativa de Avaliação de Coeficientes ‘CN’ em função dos Litotipos TIPO UTILIZAÇÃO OU COBERTURA/USO DO SOLO L I T O T I P O 1 2 3 4 5 6

1 ZONAS CULTIVADAS sem conservação do solo 85 86 83 88 90 84 com conservação do solo 75 76 73 78 80 74 pastagens ou terrenos em más condições 82 84 81 86 88 82 2 BALDIOS/ boas condições 67 71 64 74 77 66 3 PRADOS/boas condições 64 67 61 71 75 62 4 BOSQUES OU ZONAS FLORESTAIS cobertura ruim 71 74 69 77 80 70 cobertura boa 62 66 58 70 74 60 5 ESPAÇOS ABERTOS/RELVADOS/PARQUES/boas

cond.

com relva em mais de 75% da área 67 71 64 74 77 66 com relva de 50 a 75% da área 74 76 71 79 82 72 6 ZONAS comerciais e de escritórios 93 94 93 94 95 93 Industriais 89 90 89 91 92 89 residenciais: lotes de área

(m2) % impermeável

< 500 65 87 89 86 90 91 87 1.000 38 79 81 77 83 85 78 1.300 30 77 79 75 81 84 76 2.000 25 75 78 73 80 83 74 4.000 20 74 76 71 79 82 72 7 PARQUES estacionamentos, telhados, viadutos, etc. 98 98 98 98 98 98 arruamentos e estradas asfaltadas, com drenagem 87 88 86 89 90 86 paralelepípedos, terra 84 85 83 87 88 84

1-Sedimentos aluvionares quaternários 4-Grupo dos micaxistos

2-Sedimentos terciários da Bacia de Sào Paulo 5-Grupo dos filitos

3-Grupo das Intrusões graníticas e granodioríticas 6-Grupo dos gnaisses e migmatitos

AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DO COEFICIENTE “CN” PARA A BACIA DO ALTO TIETÊ

Uma vez estabelecidas as participações porcentuais de cada Grupo Hidrológico de Solo, em

função dos litotipos, conforme apresentado nas Tabelas 2A e 2B, em cada sub bacia, apresentam-se

nas Tabelas 5A, 5B e 5C, os valores do coeficiente ‘CN’ para as várias condições de ocupação

possíveis, conforme classificação genérica bibliográfica da Tabela 3.

Page 10: ANÁLISE GEOLÓGICA E CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS PARA ...

Estes valores representam, então, o resultado da tentativa de fixar coeficientes “CN” para as

diversas sub bacias do Alto Tietê, com base nas características geológicas inferidas.

No decorrer dos estudos do PDMAT, foram programadas algumas campanhas hidrométricas

para medição de vazões, em algumas bacias piloto, como a do ribeirão Gamelinha, sub-afluente do

rio Aricanduva, tendo sido instalados dois postos pluviográficos na área de 9 km2, durante o período

chuvoso 1998/1999. Nessa bacia, dois eventos hidrológicos analisados com o modelo CABC-

Análise de Bacia Complexas (FCTH, 1998), pemitiram concluir que o valor de CN equivalente

calibrado foi igual a 86.

Tratando-se de região densamente urbanizada, com uma porcentagem de área impermeável

estimada em 63%, resulta uma porcentagem de área remanescente igual a 37%, considerada ainda

permeável, próxima das suas condições geológicas naturais. Atribuindo-se o valor CN=98 à parcela

de área impermeável e considerando o valor ponderado CN=86, para toda a bacia, resultou o valor

de CN = 66 para a parcela de área permeável.

Uma rápida avaliação desse último valor, através da Tabela 5B, considerando a sub-bacia

11.2.1-Gamelinha, levaria à uma estimativa de CN=67, para prados em boas condições, ou de

CN=65, para bosques e florestas também sob boas condições hidrológicas.

REFERÊNCIAS

1. EMPLASA (1980), Carta Geológica da R.M.S.P., escala 1:100.000, São Paulo

2. SETZER, J. & LA LAINA, PORTO, R. (1979), Tentativa de Avaliação do Escoamento

Superficial de acordo com o solo e o seu recobrimento vegetal nas condições do Estado de

São Paulo, Boletim Técnico DAEE, v.2, n.2, pg. 82-102, São Paulo

3. TUCCI, C.E.M. e outros (1995), Drenagem Urbana, ABRH, UFRS, Rio Grande do Sul

4. WANIELISTA, M.(1990), Hidrology and Water Quantity Control, J. Wiley, N.Y.

5. FCTH – Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (1998), “Modelo CABC – Análise de

Bacias Complexas”, São Paulo

Page 11: ANÁLISE GEOLÓGICA E CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS PARA ...

11

Tabela 5A – Cálculo do Valores de “CN” nas Sub-bacias do Alto Tietê para várias condições de Ocupação e Uso do Solo

ZON

AS

CU

LTIV

AD

AS

(s

em c

onse

rv.d

os so

los)

ZON

AS

CU

LTIV

AD

AS

(c

om c

onse

rv.d

os so

los)

ZON

AS

CU

LTIV

AD

AS

pa

stage

ns o

u te

rreno

s em

más

co

ndiç

ões

BA

LDIO

S

(b

oas c

ondi

ções

)

PRA

DO

S

(boa

s con

diçõ

es)

BO

SQU

ES E

FLO

RES

TAS

(cob

ertu

ra ru

im)

BO

SQU

ES E

FL

OR

ESTA

S(co

bertu

ra b

oa)

CA

MPO

S E

PAR

QU

ES

(re

lva

> qu

e 75

% d

a ár

ea)

BO

SQU

ES E

F L

OR

ESTA

S

(re

lva

em 5

0-75

% d

a ár

ea)

ZON

AS

CO

MER

CIA

IS E

ES

CRI

TÓR

IOS

ZON

AS

IND

UST

RIA

IS

ZON

AS

RES

IDEN

CIA

IS

<

500

m2 6

5% im

perm

.

ZON

AS

RES

IDEN

CIA

IS

1000

m2 3

8% im

perm

.

ZON

AS

RES

ID

130

0 m

2 30%

impe

rm.

ZON

AS

RES

ID

200

0 m

2 25%

impe

rm.

ZON

AS

RES

ID.

4000

m2 2

0% im

perm

.

PARQ

UES

(esta

cion

amen

tote

lha

dos,v

iadu

tos)

PAR

QU

ES ru

as, e

strad

as

asfa

ltada

s,c/d

rena

gem

PARQ

UES

par

alel

epíp

edos

, ter

ra

Sub Bacias

CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN 1.1.1 Tietê / Pote 84 74 82 66 62 70 60 66 72 89 89 87 78 75 73 72 98 83 83 1.1.2 rib. Claro 84 74 82 66 62 70 60 66 72 89 89 87 78 76 73 72 98 83 84 1.1.3 Barr. Ponte Nova 84 74 81 65 62 69 59 65 72 93 89 87 78 75 74 72 98 86 83 2.1.1 Paraitinga – mont. Barr. 84 74 82 66 63 71 61 66 73 89 89 87 78 76 73 73 98 84 84 2.1.2 Paraitinga – jus. Barr. 85 75 82 67 64 71 62 67 73 89 89 87 79 77 73 73 98 84 84 2.2 Peq.sub bacias lat.- Tietê 84 74 82 67 63 71 61 67 73 89 89 87 78 76 73 73 98 84 84 3.1.1 Biritiba – mont. Barr. 84 74 82 66 62 70 60 66 72 89 89 87 78 76 73 72 98 83 84 3.1.2 Biritiba – jus. Barr. 86 76 83 69 66 73 64 69 75 90 90 88 80 78 75 75 98 85 85 3.2 Peq.sub bacias lat.- Tietê 84 74 82 66 63 71 61 66 73 89 89 87 78 76 73 73 98 84 84 4.1 Botujuru 85 75 83 68 65 72 63 68 74 90 90 88 80 77 74 74 98 85 85 4.2 Peq.sub bacias lat.- Tietê 86 76 84 70 67 74 65 70 76 90 90 88 81 79 75 76 98 86 85 5.1.1 Jundiaí – mont. Barr 85 75 82 67 64 71 62 67 74 89 89 87 79 77 74 73 98 84 84 5.1.2 Jundiaí – jus. Barr. 86 76 84 70 67 74 65 70 76 90 90 88 81 79 75 76 98 86 85 5.2 Peq. sub bacias lat.- Tietê 85 75 82 67 64 71 62 67 74 89 89 87 79 77 74 74 98 84 84 6.1.1 Taiaçupeba – mont. Barr. 86 76 84 69 66 73 64 69 75 90 90 88 80 78 75 75 98 85 85 6.1.2 Taiaçupeba – jus. Barr. 85 75 83 68 64 72 62 68 74 89 89 88 79 77 74 74 98 84 84 7.1 Guaió 86 76 84 71 67 74 66 71 76 90 90 89 81 79 76 76 98 86 85 7.2 Vargem e pq.s.b lat. - Tietê 86 76 84 70 67 74 65 70 76 90 90 89 81 79 76 76 98 86 85 8.1 Sub bacias lat. Dir. - Tietê 85 75 83 68 64 72 62 68 74 89 89 88 79 77 74 74 98 84 84 8.2 Sub bacias lat. Esq. - Tietê 86 76 84 71 67 74 66 71 76 90 90 89 81 79 76 76 98 86 85 9.1 Baquirivu 86 76 84 70 67 74 65 70 76 90 90 88 81 79 75 76 98 86 85 9.2 Itaquera 86 76 84 70 67 74 65 70 76 90 90 88 81 79 75 76 98 86 85 10.1 Sub bacias lat. Dir. - Tietê 85 75 83 68 64 72 62 68 74 90 90 88 79 77 74 74 98 84 84 10.2 Sub bacias lat. Esq. - Tietê 86 76 84 70 67 74 65 70 76 90 90 88 81 78 75 76 98 85 85 11.1.1 Macacos (Cabuçu) 88 78 85 73 70 76 69 73 78 94 91 90 83 81 80 78 98 89 86 11.1.2 Barrocada (Cabuçu) 84 74 81 65 62 70 59 65 72 89 89 87 78 75 72 72 98 83 83 11.1.3 Peq.sub bacias lat.- (Cab.) 88 78 86 74 71 77 70 74 79 91 91 90 83 81 78 79 98 88 87 11.1.4 Piqueri (Cabuçu) 85 75 82 67 64 71 62 67 74 89 89 87 79 77 74 74 98 84 84

Page 12: ANÁLISE GEOLÓGICA E CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS PARA ...

12

Tabela 5B – Cálculo do Valores de “CN” nas Sub-bacias do Alto Tietê para várias condições de Ocupação e Uso do Solo

ZON

AS

CU

LTIV

AD

AS

(s

em c

onse

rv.d

os so

los)

ZON

AS

CU

LTIV

AD

AS

(c

om c

onse

rv.d

os so

los)

ZON

AS

CU

LTIV

AD

AS

pa

stage

ns o

u te

rreno

s em

más

co

ndiç

ões

BA

LDIO

S

(b

oas c

ondi

ções

)

PRA

DO

S

(b

oas c

ondi

ções

)

BO

SQU

ES E

FLO

RES

TAS

(cob

ertu

ra ru

im)

BO

SQU

ES E

FL

OR

ESTA

S(co

bertu

ra b

oa)

CA

MPO

S E

PAR

QU

ES

(re

lva

> qu

e 75

% d

a ár

ea)

BO

SQU

ES E

F L

OR

ESTA

S

(re

lva

em 5

0-75

% d

a ár

ea)

ZON

AS

CO

MER

CIA

IS E

ES

CRI

TÓR

IOS

ZON

AS

IND

UST

RIA

IS

ZON

AS

RES

IDEN

CIA

IS

<

500

m2 6

5% im

perm

.

ZON

AS

RES

IDEN

CIA

IS

1000

m2

38%

impe

rm.

ZON

AS

RES

ID

130

0 m

2 30%

impe

rm.

ZON

AS

RES

ID

200

0 m

2 25%

impe

rm.

ZON

AS

RES

ID.

4000

m2 2

0% im

perm

.

PARQ

UES

(esta

cion

amen

tote

lha

dos,v

iadu

tos)

PAR

QU

ES ru

as, e

strad

as

asfa

ltada

s,c/d

rena

gem

PARQ

UES

par

alel

epíp

edos

, ter

ra

Sub Bacias

CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN 11.1.5 Paciência (Cabuçu) 85 75 83 69 65 72 63 69 75 90 90 88 80 78 74 75 98 85 85 11.2.1 Gamelinha (Aric.) 86 76 84 70 67 74 65 70 76 90 90 88 81 79 75 76 98 86 85 11.2.2 Aricanduva 87 77 85 72 69 75 67 72 77 91 91 89 82 80 76 77 98 87 86 11.3 Franguinho 86 76 84 70 66 73 64 70 75 90 90 88 80 78 75 75 98 85 85 12.1.1 Cabeceiras Tamanduateí 87 77 85 72 69 76 68 72 78 91 91 89 82 80 77 78 98 87 86 12.1.2 Guarará (Tam.) 87 77 85 72 69 75 67 72 77 91 91 89 82 80 76 77 98 87 86 12.1.3 Oratório (Tam.) 87 77 84 71 68 75 66 71 77 90 90 89 81 79 76 77 98 86 86 12.1.4 Tamanduateí Médio I 86 76 84 70 67 74 65 70 76 90 90 88 81 79 75 76 98 85 85 12.1.5 Tamanduateí Médio II 86 76 83 69 66 73 64 69 75 90 90 88 80 78 75 75 98 85 85 12.1.6 Meninos (Tam.) 87 77 84 71 68 75 66 71 77 90 90 89 81 79 76 77 98 86 86 12.1.7 Couros (Tam.) 86 76 84 70 66 73 65 70 75 90 90 88 80 78 75 75 98 85 85 12.1.8 Zoológico (Tam.) 85 75 83 69 65 72 63 69 75 90 90 88 80 78 75 75 98 85 85 12.1.9 Moóca (Tam.) 86 76 84 70 67 74 65 70 76 90 90 89 81 79 76 76 98 86 85 12.1.10 Tamanduateí Inferior 86 76 83 69 66 73 64 69 75 90 90 88 80 78 75 75 98 85 85 12.2 Peq. sub bacias lat.- Tietê 85 75 83 69 65 73 63 69 75 90 90 88 80 78 75 75 98 85 85 13.1 Cabuçu de Bx. 84 74 82 66 63 70 60 66 73 89 89 87 78 76 73 73 98 84 84 13.2 Mandaqui 85 75 83 68 64 72 62 68 74 90 90 88 79 77 74 74 98 84 84 14.1.1 Itaim 85 75 82 67 64 71 62 67 73 89 89 87 79 77 74 73 98 84 84 14.1.2 Pirajussara 84 74 82 67 63 71 61 67 73 89 89 87 79 76 73 73 98 84 84 14.1.3 Pq. Sub bac.lat.Pinh.Inf. 85 75 83 69 65 72 63 69 75 90 90 88 80 78 75 75 98 85 85 14.1.4 Traição 86 76 84 70 67 74 65 70 76 90 90 88 81 78 75 76 98 85 85 14.1.5 Águas Espraiadas 86 76 83 69 66 73 64 69 75 90 90 88 80 78 75 75 98 85 85 14.1.6 Zavuvus 86 76 84 70 67 74 65 70 76 90 90 89 81 79 76 76 98 86 85 14.1.7 Morro do S 86 76 84 69 66 73 64 69 75 90 90 88 80 78 75 75 98 85 85 14.1.8 Pq. Sub bac. Jus. Guarapir. 86 76 83 69 66 73 64 69 75 90 90 88 80 78 75 75 98 85 85 14.2 Confl.Tietê/Pinh.- Pirituba 84 74 82 66 63 70 60 66 73 89 89 87 78 76 73 73 98 84 84 14.3.1 Sub bacia Billings 86 76 84 70 66 73 65 70 76 93 90 88 80 78 77 76 98 88 85 14.3.2 Sub bacia Guarapiranga 85 75 83 69 65 73 63 69 75 90 90 88 80 78 74 75 98 85 85 15.1 Mutinga 86 76 83 69 66 73 64 69 75 90 90 88 80 78 75 75 98 85 85

Page 13: ANÁLISE GEOLÓGICA E CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS PARA ...

13

Tabela 5C – Cálculo do Valores de “CN” nas Sub-bacias do Alto Tietê para várias condições de Ocupação e Uso do Solo

ZON

AS

CU

LTIV

AD

AS

(s

em c

onse

rv.d

os so

los)

ZON

AS

CU

LTIV

AD

AS

(c

om c

onse

rv.d

os so

los)

ZON

AS

CU

LTIV

AD

AS

pa

stage

ns o

u te

rreno

s em

más

co

ndiç

ões

BA

LDIO

S

(b

oas c

ondi

ções

)

PRA

DO

S

(b

oas c

ondi

ções

)

BO

SQU

ES E

FLO

RES

TAS

(cob

ertu

ra ru

im)

BO

SQU

ES E

FL

OR

ESTA

S(co

bertu

ra b

oa)

CA

MPO

S E

PAR

QU

ES

(re

lva

> qu

e 75

% d

a ár

ea)

BO

SQU

ES E

F L

OR

ESTA

S

(re

lva

em 5

0-75

% d

a ár

ea)

ZON

AS

CO

MER

CIA

IS E

ES

CRI

TÓR

IOS

ZON

AS

IND

UST

RIA

IS

ZON

AS

RES

IDEN

CIA

IS

<

500

m2 6

5% im

perm

.

ZON

AS

RES

IDEN

CIA

IS

1000

m2 3

8% im

perm

.

ZON

AS

RES

ID

130

0 m

2 30%

impe

rm.

ZON

AS

RES

ID

200

0 m

2 25%

impe

rm.

ZON

AS

RES

ID.

4000

m2 2

0% im

perm

.

PARQ

UES

(esta

cion

amen

tote

lha

dos,v

iadu

tos)

PAR

QU

ES ru

as, e

strad

as

asfa

ltada

s,c/d

rena

gem

PARQ

UES

par

alel

epíp

edos

, ter

ra

Sub Bacias

CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN CN 15.2 Bussocaba 85 75 83 69 65 72 63 69 75 90 90 88 80 78 74 75 98 85 85 16.1 Vermelho 85 75 82 67 64 71 62 67 74 89 89 87 79 77 74 74 98 84 84 16.2 Guardinha 85 75 83 68 64 72 62 68 74 90 90 88 79 77 74 74 98 84 84 16.3 Carapicuíba 84 74 82 66 63 71 61 66 73 89 89 87 78 76 73 73 98 84 84 17.1.1 Sub bacia Pedro Beicht 84 74 82 66 62 70 60 66 72 93 89 72 78 76 74 72 98 86 84 17.1.2 Sub bacia Cach. da Graça 84 74 82 66 62 70 60 66 72 93 89 87 78 76 74 72 98 86 84 17.1.3 Cotia Médio e Superior 84 74 82 66 62 70 60 66 72 89 89 87 78 76 73 72 98 83 84 17.1.4 rib. Moinho 84 74 82 66 62 70 60 66 73 89 89 87 78 76 73 72 98 83 84 17.1.5 Cotia Inferior 84 74 82 66 62 70 60 66 72 89 89 87 78 76 73 72 98 83 84 17.2 São João do Barueri 84 74 82 66 63 70 60 66 73 89 89 87 78 76 73 73 98 84 84 17.3 Pq. Sub Bacias Later.-Tietê 84 74 82 66 62 70 60 66 72 89 89 87 78 75 72 72 98 83 83 18.1 Garcia 85 75 83 68 65 72 63 68 74 90 90 88 79 77 74 74 98 85 84 18.2 S/Nome 83 73 81 65 61 69 59 65 72 89 89 86 77 75 72 71 98 83 83 19.1 Sub bacias lat. Esq. - Tietê 83 73 81 65 61 69 59 65 71 93 89 86 77 75 73 71 98 86 83 19.2 Sub bacias lat. Dir. - Tietê 85 75 83 68 65 72 62 68 74 93 90 88 79 77 76 74 98 87 84 20.1 rib. Itaim 84 74 82 66 63 70 61 66 73 93 89 87 78 76 74 73 98 86 84 20.2 rib. Santo André 86 76 84 70 67 74 65 70 76 93 90 88 80 78 77 76 98 88 85 20.3 Sub bacias lat. Dir. - Tietê 88 78 86 75 72 78 71 75 80 94 91 90 84 82 81 80 98 89 87 21.1.1 Juquerí Mirim 87 77 85 73 70 76 68 73 78 91 91 89 82 81 77 78 98 87 86 21.1.2 Alto Juquerí 87 77 85 72 69 75 67 72 77 91 91 89 82 80 77 77 98 87 86 21.1.3 Santa Inês 85 75 82 67 64 71 61 67 73 93 89 87 79 76 75 73 98 87 84 21.1.4 rib. Eustáquio 88 78 86 75 72 78 70 75 79 91 91 90 83 82 78 79 98 88 87 21.1.5 rib. Perus 87 77 85 72 69 75 67 72 77 91 91 89 82 80 76 77 98 87 86 21.1.6 rib. Cristais 89 79 87 76 73 79 72 76 80 94 92 90 84 83 81 80 98 90 87 21.2 Tanquinho 88 78 86 73 70 77 69 73 78 94 91 90 83 81 80 78 98 89 87 21.3 Sub bacias lat. Esq.-Tietê 89 79 87 76 73 79 72 76 80 94 92 90 84 83 81 80 98 90 87

Page 14: ANÁLISE GEOLÓGICA E CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS PARA ...

14

Figura 1 – Bacia do Alto Tietê/Identificação das Sub-bacias

1.1.33.1.2

3.1.1

4.2

4.1

6.1.2

11.2.2

12.1.1

14.1.2

13.2

21.2

12.1.6

17.1.1

17.2

18.1 15.1

17.1.2

21.3

10.2

21.1.4

17.318.2

16.3

17.1

.5

17.1.4

17.1.3

21.1.5

19.1

19.2

20.3

20.120.2

21.1.6

15.216.2

16.1

13.1

14.1.1 14.1.3

14.1.7

14.1.4

14.1.5

14.1.614.1.8

14.3.2

14.3.1

12.1.2

12.1.3

12.1.4

12.1.5

12.1.7

12.1.9

12.1

.8

12.1.10

12.2

21.1.3

21.1.1

21.1.2

11.1

.1

11.1.4

11.1

.2

11.1.3

11.1.5

11.3

11.2.1

10.1

9.1

9.28.2

8.1

7.1

7.2

5.1.16.1.1

5.1.2

5.2

1.1.2

3.21.1.32.2

2.1.2

2.1.1

1.1.1

14.2

Rio

ReservatórioTaiaçupeba

Reservatório

RioJuqueri

Rio Tietê

Reservatório do CabuçuReservatórioEngordador

PINHEIROS

ReservatórioRibeirão do Campo

Reservatório Billings

ReservatórioPedro Beicht

Represa

Jundiaí

ReservatórioGuarapiranga

Reservatório

ReservatórioBiritiba Mirim

Reservatório Paraitinga

BarragemMóvel

RIO TAMAN

Ponte Nova

Pirapora

RepresaEdgar de Souza

BACIA DO ALTO TIETÊCOMPARTIMENTAÇÃO DAS SUB-BACIAS

Barragem da Penha

RIO

DUATEÍ

ReservatórioPaiva Castro