ANÁLISES DE RESUMOS DE TESES DE DOUTORADO EM … (111).pdfAnais do III Congresso Internacional de...

14
1 Anais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos. Realização Curso de História ISSN 2178-1281 ANÁLISES DE RESUMOS DE TESES DE DOUTORADO EM EDUCAÇÃO DO BANCO DE TESES DA CAPES: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E EDUCAÇÃO POPULAR Andréa Porto Ribeiro 1 Rafael Domingues da Silva 2 Gercina Santana Novais (Orientadora) 3 RESUMO: O texto apresenta resultados parciais de um projeto amplo de investigação sobre Educação de Jovens e Adultos - EJA, desenvolvida por membros do Grupo de Pesquisa em Educação e Culturas Populares do Programa de Pós Graduação da Universidade Federal de Uberlândia. Essa investigação foi ancorada nas elaborações de Freire (1978), Brandão (1984), Haddad (2005) e Novais e Cicillini (2005, 2009), de Di Pierro (2001) e de Ribeiro (1999). Os resultados obtidos guiaram-se pelas seguintes questões: quais são as produções acadêmicas dos programas de pós-graduação cadastradas no banco de teses da Coordenação Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, que abordam a EJA nos últimos cinco anos e tem interfaces com a educação popular? Para melhor compreender as questões eleitas para estudo, realizou-se pesquisa bibliográfica e documental, teses, PCNs, Constituição Federal de 1988, Declaração Universal dos Direitos Humanos, A LDB de 1996, utilizando procedimento de análise de conteúdo (Bardin, 2010). Constatamos que é preciso fomentar mais a produção de pesquisas, estudos sobre as questões ligadas a EJA e à Educação Popular para que tenhamos mais claro em que momento estas duas vertentes se articulam e se distanciam para avançarmos na melhoria da qualidade da educação para os sujeitos populares. PALAVRAS-CHAVE: Educação de Jovens e Adultos, Educação Popular, Formação de Professores, EJA, Teses de Doutorado. INTRODUÇÃO: Este texto apresenta resultados parciais de um projeto amplo de investigação sobre Educação de Jovens e Adultos - EJA, desenvolvida por membros do Grupo de Pesquisa em Educação e Culturas Populares do Programa de Pós Graduação da Universidade Federal de 1 Graduando em Pedagogia - FACED/UFU Membro do Grupo de Pesquisa em Educação e Culturas Populares, e-mail: [email protected]. 2 Graduado em História pela UFU e Mestrando em Educação PPGED/UFU - Membro do Grupo de Pesquisa em Educação e Culturas Populares, e-mail: [email protected]. 3 Doutora em Educação pela USP. Professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Uberlândia e membro do Grupo de Pesquisa em Educação e Culturas Populares.

Transcript of ANÁLISES DE RESUMOS DE TESES DE DOUTORADO EM … (111).pdfAnais do III Congresso Internacional de...

Page 1: ANÁLISES DE RESUMOS DE TESES DE DOUTORADO EM … (111).pdfAnais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos. Realização

1

Anais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos.

Realização Curso de História – ISSN 2178-1281

ANÁLISES DE RESUMOS DE TESES DE DOUTORADO EM EDUCAÇÃO DO

BANCO DE TESES DA CAPES: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E

EDUCAÇÃO POPULAR

Andréa Porto Ribeiro1

Rafael Domingues da Silva2

Gercina Santana Novais (Orientadora) 3

RESUMO:

O texto apresenta resultados parciais de um projeto amplo de investigação sobre Educação de

Jovens e Adultos - EJA, desenvolvida por membros do Grupo de Pesquisa em Educação e

Culturas Populares do Programa de Pós Graduação da Universidade Federal de Uberlândia.

Essa investigação foi ancorada nas elaborações de Freire (1978), Brandão (1984), Haddad

(2005) e Novais e Cicillini (2005, 2009), de Di Pierro (2001) e de Ribeiro (1999). Os

resultados obtidos guiaram-se pelas seguintes questões: quais são as produções acadêmicas

dos programas de pós-graduação cadastradas no banco de teses da Coordenação

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, que abordam a EJA nos últimos cinco anos e

tem interfaces com a educação popular? Para melhor compreender as questões eleitas para

estudo, realizou-se pesquisa bibliográfica e documental, teses, PCNs, Constituição Federal de

1988, Declaração Universal dos Direitos Humanos, A LDB de 1996, utilizando procedimento

de análise de conteúdo (Bardin, 2010). Constatamos que é preciso fomentar mais a produção

de pesquisas, estudos sobre as questões ligadas a EJA e à Educação Popular para que

tenhamos mais claro em que momento estas duas vertentes se articulam e se distanciam para

avançarmos na melhoria da qualidade da educação para os sujeitos populares.

PALAVRAS-CHAVE: Educação de Jovens e Adultos, Educação Popular, Formação de

Professores, EJA, Teses de Doutorado.

INTRODUÇÃO:

Este texto apresenta resultados parciais de um projeto amplo de investigação sobre

Educação de Jovens e Adultos - EJA, desenvolvida por membros do Grupo de Pesquisa em

Educação e Culturas Populares do Programa de Pós Graduação da Universidade Federal de

1 Graduando em Pedagogia - FACED/UFU – Membro do Grupo de Pesquisa em Educação e Culturas Populares,

e-mail: [email protected].

2 Graduado em História pela UFU e Mestrando em Educação – PPGED/UFU - Membro do Grupo de Pesquisa

em Educação e Culturas Populares, e-mail: [email protected].

3 Doutora em Educação pela USP. Professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Educação da

Universidade Federal de Uberlândia e membro do Grupo de Pesquisa em Educação e Culturas Populares.

Page 2: ANÁLISES DE RESUMOS DE TESES DE DOUTORADO EM … (111).pdfAnais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos. Realização

2

Anais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos.

Realização Curso de História – ISSN 2178-1281

Uberlândia. Essa investigação foi ancorada nas elaborações de Freire (1978), Brandão

(1984), Haddad (2005) e Novais e Cicillini (2005, 2009) sobre a escolarização das classes

populares no Brasil, de Di Pierro (2001) sobre políticas de alfabetização de jovens e adultos

(EJA) e de Ribeiro (1999) sobre as representações acerca da EJA e também sobre os aspectos

pedagógicos a serem considerados na formação de professores (as) que atuam ou vão atuar na

Educação de Jovens e Adultos. O referido projeto trata da EJA e também da formação de

professores que atuam profissionalmente nesta modalidade de ensino.

Neste texto, apresentamos resultados parciais da investigação que foi orientada pelas

seguintes questões: quais são as produções acadêmicas dos programas de pós-graduação

cadastradas no banco de teses da Coordenação Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

- CAPES que abordam a Educação de Jovens e Adultos (EJA) nos últimos cinco anos e tem

interfaces com a educação popular? Quais são os conhecimentos, temas e base teórica que

emergem dessas teses?

Para melhor compreender as questões eleitas para estudo, foram realizadas pesquisa

bibliográfica e documental. Os documentos analisados foram: teses, PCNs, Constituição

Federal de 1988, Declaração Universal dos Direitos Humanos, Lei de Diretrizes e Bases da

Educação de 1996, utilizando procedimentos de análise de conteúdo (Bardin, 2010).

O texto que segue apresenta os resultados da investigação por meio de três seções: I.

Apontamentos sobre a Educação de Jovens e Adultos; II. Caminhos metodológicos da

pesquisa, III. Resultados da pesquisa e Considerações Finais.

III. Apontamentos sobre a Educação de Jovens e Adultos

No Brasil, a Educação de Jovens e Adultos recebeu pela primeira vez um tratamento

particular na Constituição de 1934, a qual designava como dever da União oferecer ensino

primário também aos adultos, mas esta modalidade de ensino firmou-se como um problema

de política nacional somente ao final dos anos 1940 como aponta Haddad (2005). A partir da

década de 1940, o governo lança diversos programas a fim de erradicar o analfabetismo na

camada jovem e adulta da população brasileira - em 1947: Serviço de Educação de Adultos e

Campanha de Educação de Adultos, 1958: Campanha Nacional de Erradicação do

Analfabetismo, 1964: Programa Nacional de Alfabetização, 1969: Movimento Brasileiro de

Alfabetização denominado Mobral, dentre outras ações. Todos os planos, programas e

Page 3: ANÁLISES DE RESUMOS DE TESES DE DOUTORADO EM … (111).pdfAnais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos. Realização

3

Anais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos.

Realização Curso de História – ISSN 2178-1281

medidas fracassaram na tentativa de eliminar o analfabetismo e elevar a escolaridade dos

brasileiros devido às constantes mudanças que não acompanhavam a real necessidade de

escolaridade dos jovens e adultos brasileiros, além disso, as mudanças no governo do país –

como a ditadura – influenciaram negativamente a implementação dos programas e ações

destinadas a EJA .

Na década de 1990, a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 1996)

expressa na Seção V, artigo 37 que a Educação de Jovens e Adultos “será destinada àqueles

que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade

própria”, ou seja, os sujeitos que hoje freqüentam a EJA foram, em algum momento,

excluídos da escola regular por diversas razões – fracasso escolar, condição econômica,

práticas de avaliação, evasão – gerando assim a escolarização tardia. De acordo com Di Pierro

(2001), nos anos 1990 houve uma entrada considerável de jovens das camadas populares na

escola, transformando a demanda, antes voltada somente à população adulta. Estes jovens das

periferias das cidades, já tinham entrado na triste porcentagem de evasão escolar. Quando

ingressam no mercado de trabalho, se deparam com as exigências de qualificação

profissional, obrigando os juvenis desistentes a retornarem à escola. Essa nova realidade

refletiu em mudanças pedagógicas, adaptando o ensino de suplência ao novo público.

Cabe ainda citar que a atual Carta Magna do Estado Brasileiro (1988) insere o direito à

educação no rol dos direitos sociais em seu Capítulo II: “Art. 6º São direitos sociais a

educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência

social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados...”.

Reforçamos, portanto, que, o acesso à educação escolar é um direito de todo sujeito,

permitindo a ele posicionar-se no ambiente de interesse, exercendo sua cidadania. Após um

período de mais de duas décadas de ditadura militar, os anseios e demandas da sociedade civil

resultaram de certa maneira, no texto que conhecemos hoje com suas emendas. Já no seu

nascimento nos anos 1960, a “Educação Popular” foi caracterizada como Subalterna, de

iniciativa da classe popular, que decidiu caminhar “pelas suas próprias pernas”, na construção

de uma outra sociedade, contrapondo-se à realidade agudamente desigual, excludente.

Para todos os envolvidos neste projeto, a EJA não pode ser uma ação compensatória,

ou uma “dádiva” estatal. O acesso à educação deve ser universal, não importando a idade,

classe social. Nossa posição política é de lutar para que todos tenham acesso ao

conhecimento.

Page 4: ANÁLISES DE RESUMOS DE TESES DE DOUTORADO EM … (111).pdfAnais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos. Realização

4

Anais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos.

Realização Curso de História – ISSN 2178-1281

Se a vocação ontológica do homem é a de ser sujeito e não objeto, só poderá

desenvolvê-la na medida em que, refletindo sobre suas condições espaço -temporais,

introduz-se nelas de maneira crítica. Quanto mais for levado a refletir sobre sua

situacionalidade, sobre seu enraizamento espaço – temporal, mais “emergirá” dela

conscientemente “carregado” de compromisso com sua realidade, da qual porque é

sujeito, não deve ser simples espectador, mas deve intervir cada vez mais (Freire,

1981, p. 61).

Os escritos de Paulo Freire são reveladores no sentido de se combater a tese de pensar

o aluno(a) de EJA como tabula rasa, desprovido de experiência e de saberes. Nessa

perspectiva como citado acima o(a) educador(a) dialógico que prima pela humanização dos

homens deve pensar numa proposta educativa em que ambos – educadores e educando – se

formam orientados pelo “ser mais”, para que o educando possa intervir cada vez mais e assim

sair da situação de expectador e tornar-se sujeito ativo no mundo estabelecendo uma forma

autêntica de pensar e atuar.

A produção acadêmica sobre a Educação de Jovens e Adultos é vasta, dentre os

diversos textos, citamos: Arroyo (2007) que trata dos modos de vida dos sujeitos que

frequentam a EJA, Carrano (2007) sobre o sentido da presença dos jovens e adultos dentro

das instituições escolares, Ribeiro (1999) sobre a formação pedagógica dos profissionais que

atuam ou vão atuar na modalidade EJA, Santos (2003) que discute sobre a exclusão dos

jovens e adultos populares quando retornam a escola, Yannoulas (2009) que procura debater o

tema educação e trabalho na vida dos jovens e adultos. Mas, nesse vasto universo de

produções acadêmicas, a nossa preocupação é identificar as produções que contemplam a

Educação de Jovens e Adultos com interface à Educação Popular, pois se faz necessário a

transformação das relações e processos que acontecem no interior das instituições escolares

públicas com vistas a fortalecer a identidade dos sujeitos que freqüentemente vivenciam

condições desiguais de escolarização. Além disso, buscamos com este texto contribuir com a

formação de professores(as) e com a valorização dos saberes e cultura dos sujeitos que

freqüentam a EJA. Para tanto, elegemos a Educação Popular como opção teórico-prática

entendo assim como Brandão (1985) que a Educação Popular é “um movimento de trabalho

político” (p.61), das classes populares, onde se luta pelo poder popular, em oposição à

sociedade desigual. É uma educação conscientizadora, de luta, de consciência de classe, na

produção de saberes populares voltados para uma educação libertadora.

É fato que a Educação de Jovens e Adultos configura-se como um ato essencialmente

Page 5: ANÁLISES DE RESUMOS DE TESES DE DOUTORADO EM … (111).pdfAnais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos. Realização

5

Anais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos.

Realização Curso de História – ISSN 2178-1281

político e que deve ocorrer em um espaço dialógico e crítico (FREIRE, 1895). Porém,

percebemos que os currículos e a organização tradicional das instituições de ensino não se

configuram como um espaço de acolhimento do saber e da cultura das pessoas que

frequentam a EJA:

[...] a educação tradicional elimina a possibilidade do gesto educativo ser um gesto

criador e comunicador das várias histórias de sujeitos ou grupos sociais, dificultando

a construção e a valorização das identidades socioculturais. Além dissso, parcelas

significativas da instituições de ensino público – via de acesso das camadas

populares ao ensino formal – mantêm práticas pedagógicas fundadas numa

concepção de conhecimento a-histórico, pronto e neutro (NOVAIS, 2002, p.17).

Nessa direção entendemos que o investimento para superar as práticas de retirada de

direitos educacionais dos sujeitos populares deve ser realizado tanto na organização da

estrutura escolar quanto na a formação dos(as) professores(as) com base nos princípios da

Educação Popular, educação emancipatória e transformadora.

A formação de professores(as) para atuar na educação de jovens e adultos deve focar

ações pedagógicas que atenda às reais necessidades dos(as) educandos(as), valorizar o diálogo

e a oralidade, que constitui a principal linguagem utilizada pelos sujeitos que compõem a

EJA. Devemos então transpor o ensino tradicional, repensar a organização dos tempos e

espaços escolares. No item que segue procuraremos explicitar o percurso adotado para

confecção deste texto.

IV. Caminhos da Pesquisa

A trajetória da pesquisa contemplou levantamento bibliográfico, reuniões coletivas –

grupos reflexivos que eram formados pelos integrantes do GPECPOP, especificamente do

subgrupo EJA. Os grupos reflexivos configuram-se como espaço para formação teórico

prática daqueles que o compõem com vistas a tratar de questões ligadas a EJA e à Educação

Popular. Com as reuniões coletivas buscamos refletir sobre assuntos pertinentes as pesquisas

que o subgrupo EJA desenvolve a fim de construir conhecimento para discussão das fontes,

refinamento da pesquisa, elegendo o banco de teses da CAPES, documentos oficiais e análise

dos dados sempre orientados pelos objetivos da pesquisa. Durante o 1º Semestre de 2011,

realizamos um levantamento bibliográfico de artigos acadêmicos, livros e outras publicações

que discutem o ensino de EJA. Mapeando este “mundo” de trabalhos em variadas mídias,

iniciamos a leitura dos textos já citados anteriormente, garantindo a formação teórica do

Page 6: ANÁLISES DE RESUMOS DE TESES DE DOUTORADO EM … (111).pdfAnais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos. Realização

6

Anais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos.

Realização Curso de História – ISSN 2178-1281

grupo e cumprindo com a proposta de trabalho definida no cronograma da pesquisa.

O presente texto traz resultados parciais, baseado nos resumos das teses publicadas na

CAPES, uma vez que o referido banco de teses é o órgão oficial do governo brasileiro, que

por sua vez coordena a os programas de pós graduação strictu senso do país, o que o

configura como uma fonte confiável. A escolha pelas teses de doutoramento foi realizada uma

vez que estas publicações possuem a exigência de trazerem pesquisas inovadoras.

Adotamos metologicamente a análise de conteúdo (Bardin, 2010) para proceder na

análise dos dados coletados. A análise de conteúdo consentiu-se como uma ferramenta para a

compreensão da construção de significado que os sujeitos sociais exteriorizam no discurso.

Dessa forma pretendemos verificar nos resumos das teses o que está por trás da superfície

textual, auxiliados por um “conjunto de técnicas de análise das comunicações” (Bardin, 2010,

p. 70), a fim de responder às nossas perguntas iniciais: quais são as publicações cadastradas

no banco da CAPES que possuem interfaces com a educação popular? Quais são os

conhecimentos, temas e base teórica que emergem dessas teses? Ou seja, quais são as

perspectivas da EJA que vem sendo fomentadas nestas publicações?

Primeiramente procuramos estabelecer um filtro geral na busca pelas teses. Esta

escolha foi realizada para selecionar genericamente aquilo que nos interessava dentro do

banco da CAPES a partir de 2005. Este filtro foi definido conforme as perguntas iniciais da

pesquisa sendo produzido com base em quatro palavras-chave: EJA, Formação de

Professores(as), Educação Popular, Saberes de jovens e adultos das classes populares. Cabe

destacar também que escolhemos as teses que se encontravam vinculadas ao campo de

conhecimento da educação independente da área de concentração do programa de pós-

graduação da tese. Além disso, priorizarmos as publicações que se debruçam sobre o ensino

fundamental.

Após fase inicial de mapeamento panorâmico das teses conforme as palavras-chave -

unitermos. O próximo passo de análise dos dados foi o desdobramento dos títulos e resumos

com o propósito de estabelecer um filtro mais específico a fim de construir um diálogo mais

íntimo com a pesquisa. A seleção realizada no conjunto títulos das teses foi guiada conforme

a afinidade dos mesmos com a nossa pesquisa, ou seja, desconsideramos aqueles que não

dialogavam com nossa investigação.

Os critérios estabelecidos para “filtrar” os resumos dos trabalhos publicados foi buscar

pelas teses que tratassem do tema Educação de Jovens com interface a Educação Popular, a

Page 7: ANÁLISES DE RESUMOS DE TESES DE DOUTORADO EM … (111).pdfAnais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos. Realização

7

Anais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos.

Realização Curso de História – ISSN 2178-1281

fim de compreender qual é a visão de EJA e Educação Popular que vem sendo fomentada em

tais publicações.

V. Resultados da pesquisa

O subgrupo de EJA é apenas uma das várias ramificações do projeto guarda chuva

“Tecendo Redes de Educação Popular”, financiado pela FAPEMIG. Os membros deste

subgrupo tratam da Educação de Jovens e Adultos e também da formação de professores que

atuam profissionalmente nesta modalidade de ensino.

A leitura do acervo bibliográfico, discussão dos textos em grupos reflexivos nos

permitiu vislumbrar os diversos pontos de vista dos autores. Para exemplificar, o artigo de Di

Pierro, Joia e Ribeiro (2001), chamado “Visões da Educação de Jovens e Adultos no Brasil”,

nos serviu de base para compreender a institucionalização desta modalidade e suas

metamorfoses ao longo da história da educação no Brasil até nossos dias. Haddad (2007),

também segue nesta linha de análise, refletindo sobre a Educação de adultos, que com o

passar do tempo, englobou o público jovem, que deixavam os bancos da escola de maneira

precoce. Devido ao distanciamento entre idade e série, de acordo com a ótica do ensino

escolar regular, a Educação antes destinada aos adultos, passou a receber o público jovem

com defasagem escolar.

O artigo escrito por Marta Khol de Oliveira(1999), “Jovens e Adultos como sujeitos de

conhecimentos e aprendizagem” é instigante no sentido de demonstrar que os (as) alunos(as)

de EJA são os atores e atrizes na / da educação e não podem ser tratados como espectadores

(as) do processo de aprendizagem do conhecimento. Então, seguindo um cronograma pré

definido, realizamos uma pesquisa exploratória orientados pelo tema EJA e Educação

Popular. Então “garimpamos” sites de revistas eletrônicas de educação, como a REVEJA,

Revista de Educação de Jovens e Adultos, que acolhe trabalhos acadêmicos preocupados com

a EJA: formação específica de professores(as), relatos de experiências da prática docente e

participação do alunado no processo educativo.

Um dado bastante interessante encontrado nessa fase da pesquisa diz respeito ao

fluxograma dos Cursos de Licenciatura em Pedagogia, a título de ilustraçãoo fluxograma do

Curso de Licenciatura em Pedagogia da UFPB possui como disciplinas obrigatórias

“Educação de Jovens e Adultos” e “Educação Popular”. A existência destas disciplinas é um

avanço, quando comparamos, por exemplo, com o Fluxograma do Curso de Pedagogia da

Page 8: ANÁLISES DE RESUMOS DE TESES DE DOUTORADO EM … (111).pdfAnais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos. Realização

8

Anais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos.

Realização Curso de História – ISSN 2178-1281

Universidade Federal de Uberlândia que só oferece a disciplina “Educação de Jovens e

Adultos”. Percebemos a partir da comparação entre os dois fluxogramas como se dá

organização e preocupação com a formação dos graduandos do curso citado e possível

perceber também o grau de importância que determinadas disciplinas possuem dentro da

grade curricular de um mesmo curso em diferentes regiões do país.

Outro ponto importante no trabalho que ainda estamos desenvolvendo é analisar o que

a legislação Federal sobre a Educação de Jovens e Adultos. Baseamo-nos na LDB de 1996,

colocada em vigor no Governo Fernando Henrique Cardoso. Deste modo, fizemos um

balanço histórico, contrastando o conjunto de artigos e incisos da Seção V da LDB que trata

da EJA com a realidade atual, pelo menos desde os anos 90. Está claro que a faixa etária do

alunado modificou-se. Na LDB, Seção V, Artigo 37 e Inciso 2º diz que “o poder público

viabilizará e estimulará o acesso e a permanência 'do trabalhador' na escola....” (BRASIL,

2010, p. 32). Analisamos também os Parâmetros Curriculares Nacionais de 1997, onde é

interessante ressaltar que:

A escola, na perspectiva de construção de cidadania, precisa assumir a valorização

da cultura de sua própria comunidade e, ao mesmo tempo, buscar ultrapassar seus

limites, propiciando às crianças pertencentes aos diferentes grupos sociais o acesso

ao saber, tanto no que diz respeito aos conhecimentos socialmente relevantes da

cultura brasileira no âmbito nacional e regional como no que faz parte do patrimônio

universal da humanidade. (BRASIL, 1997, p. 34)

As Propostas Curriculares para o 1º segmento da EJA valorizam a experiência de vida

e dos conhecimentos dos educandos, chamando a atenção para a situacionalidade social,

cultural e econômica dos mesmos (Ribeiro: 2001: p. 37-48). É transferida à escola a missão de

ter um ensino de qualidade, que busca formar cidadãos capazes de interferir criticamente na

realidade para transformá-la, além disso, a formação escolar deve possibilitar aos alunos

condições para desenvolver competência e consciência profissional, mas não restringir-se ao

ensino de habilidades imediatamente demandadas pelo mercado de trabalho. (BRASIL: 1997:

p. 34).

Como a escola desempenhará tal missão, quando assistimos cotidianamente a ausência de

estruturas básicas em escolas brasileiras? E ao contrário do que diz os PCNs e também a LDB

citada anteriormente, o Governo Federal tem investido massivamente nos cursos técnicos que

formam mão de obra rápida para suprir as demandas por trabalhadores qualificados para a

entidade chamada “mercado de trabalho”. Então, dentro de nosso cronograma de trabalho,

realizamos um levantamento exaustivo de resumos das Teses de Doutoramento armazenados

Page 9: ANÁLISES DE RESUMOS DE TESES DE DOUTORADO EM … (111).pdfAnais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos. Realização

9

Anais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos.

Realização Curso de História – ISSN 2178-1281

no sítio eletrônico da CAPES que discutem a EJA e formação de professores, localizando

temas relevantes para o grupo e a linha teórica que os(as) autores(as) estão inseridos, tomando

como instrumento a análise de conteúdo qualitativa.

Conforme os critérios da pesquisa, encontramos o total de 62 teses de doutorado que fazem

parte de programas de Pós-Graduação em Educação e que se debruçam sobre o ensino

fundamental. Em seguida, analisamos a distribuição das referidas teses conforme as palavras-

chave da pesquisa, a fim de verificar em qual unitermo se concentra a maior parte das

publicações e vislumbrar quais são os trabalhos que se assemelham com a nossa proposta de

pesquisa. A tabela apresentada abaixo ilustra esse quadro.

TABELA 01

BANCO DE DADOS CAPES - TESES DE DOUTORADO POR PALAVRAS-CHAVE.

UNITERMOS TESES DE DOUTORADO

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 62

FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS) 29

EDUCAÇÃO POPULAR 8

SABERES DE JOVENS E ADULTOS DAS

CLASSES POPULARES

17

FONTE: Dados obtidos junto a base de dados CAPES – dados organizadas pelos autores(as).

Observando os dados separadamente, verificamos que, existe prevalência nas teses de

doutoramento acerca da “Educação de Jovens e Adultos” que representa um total de 62

trabalhos, em seguida o tema “Formação de Professores” com 29 trabalhos, depois temos os

“Saberes dos jovens e Adultos Populares” com 17 trabalhos e por último “Educação Popular”

com 8 trabalhos. Podemos vislumbrar melhor a distribuição das teses conforme os unitermos

no gráfico que segue abaixo:

GRÁFICO 1

TESES DE DOUTORADO POR PALAVRAS-CHAVE/BANCO DE DADOS CAPES.

Page 10: ANÁLISES DE RESUMOS DE TESES DE DOUTORADO EM … (111).pdfAnais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos. Realização

10

Anais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos.

Realização Curso de História – ISSN 2178-1281

FONTE: Dados obtidos junto a base de dados CAPES – gráfico organizadas pelos autores(as).

Destacamos que os trabalhos que correspondem ao unitermo Educação de Jovens e

Adultos correspondem ao total de teses encontradas, uma vez que esta palavra-chave se

configura como um filtro geral. Os outros unitermos – Formação Professores, Educação

Popular e Saberes de Jovens e Adultos das classes populares – quantitativamente se

apresentam em menor número. O que nos chamou a atenção foi o pequeno número de

publicações com a palavra-chave Educação Popular. Dessa forma nos perguntamos qual é

razão do pequeno número de teses com a palavra-chave Educação Popular?

Após analisar os unitermos – palavras-chave – desdobramos pesquisa na análise dos

títulos. A tabela a seguir exemplifica os títulos que encontramos conforme a afinidade dos

mesmos com a nossa investigação:

TABELA 02

BANCO DE DADOS CAPES - TESES DE DOUTORADO POR TÍTULOS CONFORME

SUBÁREA DE CONHECIMENTO

SUBÁREA DE CONHECIMENTO QUANTIDADE

FORMAÇÃO E EXPERIÊNCIA DE

PROFESSORES DE JOVENS E ADULTOS

24

EDUCAÇÃO POPULAR E EJA 2 FONTE: Dados obtidos junto a base de dados CAPES – dados organizadas pelos autores(as).

Conforme tabela acima, os títulos das teses de doutoramento que correspondem a

Formação e Experiência de Professores de Jovens e Adultos somam ao total de 24 teses e os

títulos que trazem as palavras Educação Popular e EJA constituem o total de 8 trabalhos. Se

Page 11: ANÁLISES DE RESUMOS DE TESES DE DOUTORADO EM … (111).pdfAnais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos. Realização

11

Anais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos.

Realização Curso de História – ISSN 2178-1281

compararmos o total de teses que se debruçam sobre a EJA (62 teses) em relação ao número

de teses que carregam em seus títulos os termos EJA em interface com a Educação Popular (2

trabalhos), verificamos que o número de teses publicadas nas quais os títulos carregam os

conceitos citados acima é pequeno comparado ao total de trabalhos publicados.

A terceira fase de análise foi à seleção dos resumos conforme os mesmos eixos

orientadores que determinaram a escolha dos títulos das teses. A tabela abaixo apresenta os

resumos conforme as subáreas de conhecimento.

TABELA 03

BANCO DE DADOS CAPES - TESES DE DOUTORADO POR RESUMO CONFORME

SUBÁREA DE CONHECIMENTO

SUBÁREA DE CONHECIMENTO QUANTIDADE

FORMAÇÃO E EXPERIÊNCIA DE

PROFESSORES DE JOVENS E ADULTOS

25

EDUCAÇÃO POPULAR E EJA 6 FONTE: Dados obtidos junto a base de dados CAPES – dados organizadas pelos autores(as).

Os resumos das teses de doutoramento que apresentam os termos Formação e

Experiência de Professores de jovens e adultos somam 25 trabalhos e os trabalhos com os

conceitos Educação Popular e EJA constituem o total de 6 trabalhos. Em relação a Tabela 02

e Tabela 03 percebemos que existe aproximação entre a quantidade de títulos (24 teses) e

quantidade de resumos (25) quando tratamos dos conceitos Formação e Experiência de

Professores de jovens e adultos. Já em relação aos resumos (6 teses) e títulos (2 teses) que

possuem os conceitos Educação Popular e EJA constatamos uma discrepância quantitativa

maior que os títulos e resumos que se vinculam aos termos Formação e Experiência de

Professores de jovens e adultos. As teses vinculam-se principalmente aos autores Freire

(1985, 1987), Brandão, Carrano, Arroyo (), Di Pierro (2001), Haddad (2005), Yreland,

Moura, Tardif, Fávero, Gramsci, Benjamin, Gadotti, Herrera.

Apenas 6 resumos de teses que analisamos deixam claro o posicionamento teórico

literal da Educação Popular. Porém verificamos que cerca de 17 teses tratam do princípios da

Educação Popular ancorados nas elaborações de Paulo Freire, mas não trazem escrito os

termos “Educação Popular”. A nosso ver, outro ponto a ser considerado, visto o pequeno

número de publicações que tratam da Educação Popular em interface à EJA se deve à posição

política do Estado que não possui interesse em impulsionar trabalhos com este tema, uma vez

Page 12: ANÁLISES DE RESUMOS DE TESES DE DOUTORADO EM … (111).pdfAnais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos. Realização

12

Anais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos.

Realização Curso de História – ISSN 2178-1281

que a Educação Popular propõem a superação das condições desiguais que sustentam o

sistema econômico de nossa sociedade.

Considerações Finais

A partir da presente investigação foi possível constatar que a temática “Educação

Popular com interface à EJA” ainda não possui o espaço merecido nas pesquisas de

doutoramento em nosso país. Percebemos também quão distante estamos de cumprir o que

determina as leis da educação brasileira, já que as condições desiguais de oportunidade

permanecem dentro e fora das instituições escolares. É fato que tais condições influenciam

diretamente as políticas públicas destinadas à educação em nosso país.

As teses que analisamos priorizaram a análise histórica das políticas públicas nacionais

para a Educação de Jovens e Adultos, a partir da análise das documentações oficiais

disponíveis. Originou-se, então, uma série de trabalhos teóricos das macro políticas

educacionais. Estudos in loco dos saberes cotidianamente construídos e experiências

compartilhadas de jovens e adultos das classes populares nas salas da EJA não são

recorrentes, assim como a Educação Popular. Esta última temática faz parte de poucas linhas

de pesquisa dos programas de Pós-graduação em Educação do Brasil. Tomando como base o

estudo realizado constatamos que precisamos fomentar mais a produção de pesquisas, estudos

sobre as questões ligadas a EJA e à Educação Popular para que tenhamos mais claro em que

momento estas duas vertentes se articulam e se distanciam para avançarmos na melhoria da

qualidade da educação para os sujeitos jovens, adultos populares que estão em nossas escolas.

Como afirma Arroyo, “A EJA tem que ser uma modalidade de educação para sujeitos

concretos, em contextos concretos, com histórias concretas, com configurações concretas”. A

partir do momento que os (as) educadores (as) de a EJA conhecerem quem são e de onde vêm

seu alunado, poderão desenvolver com eles novos saberes realmente “sintonizados” com o

mundo em que vivem: o bairro, a rua, a comunidade, o “gueto”. Não é a produção de

conhecimento geograficamente restrito, mas sim um ponto de partida para “des-velar” o

mundo, a caminho da emancipação dos homens.

Referências Bibliográficas:

BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2010.

Page 13: ANÁLISES DE RESUMOS DE TESES DE DOUTORADO EM … (111).pdfAnais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos. Realização

13

Anais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos.

Realização Curso de História – ISSN 2178-1281

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Educação Popular. 2ª edição. São Paulo: Brasiliense, 1985.

___________. Ensinar e aprender: três estudos de Educação Popular. 3ª edição. Campinas-

SP: Papirus, 19876.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,

DF: Senado, 1988.

BRASIL. Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da

educação nacional. Brasília, DF, 1996.

DI PIERRO, M. C.; RIBEIRO, Vera Masagão; JOIA, Orlando. Visões da educação de

jovens e adultos no Brasil. Cadernos do CEDES (UNICAMP), Campinas, n. 55, p. 58-77,

2001.

FREIRE, Paulo. Por uma pedagogia da pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Te r r a, 1985

________. Pedagogia do Oprimido. 37. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1987.

HADDAD, Sergio. DI PIERRO, Maria Clara. “Escolarização de Jovens e Adultos”. In:

Educação como exercício de diversidade. Brasília DF. UNESCO/MEC/ ANPEd, 2005, p.

83 126.

MORAES, Roque. Análise de Conteúdo. In: Revista Educação. Porto Alegre-RS, v. 22, nº

37, p. 07-32, 1999. Disponível em:

http://cliente.argo.com.br/~mgos/analise_de_conteudo_moraes.html. Acesso em 14/03/2012.

RIBEIRO, Vera Masagão. A formação de educadores e a constituição da educação de jovens

e adultos como campo pedagógico. In: Educação & Sociedade. Ano XX nº 68, Dezembro /

1999.

NOVAIS, Gercina Santana. A Educação Popular nas Instituições de Ensino Oficial: uma

alternativa possível. Revista de Educação Popular, Uberlândia, n.1., p. 17-22, nov. 2002.

OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimentos e

aprendizagem. In: Revista Brasileira de Educação. Nº 12, Set/Out/Nov/Dez de 1999.

ZALUAR, Alba. In: CARDOSO, Ruth. A Aventura Antropológica: teoria e pesquisa. São

Paulo: Paz e Terra, 1986.

FILMES.

AS QUARENTA Horas de Angicos. Roteiro: Luiz Lobo. Produção: Serviço Cooperativo de

Educação do Rio Grande do Norte – SECERN. 1ª Parte: 05 min, p&b, 1963. Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=2QG1UhHClqc Acesso em 15/03/2012.

Page 14: ANÁLISES DE RESUMOS DE TESES DE DOUTORADO EM … (111).pdfAnais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos. Realização

14

Anais do III Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí: História e Diversidade Cultural. Textos Completos.

Realização Curso de História – ISSN 2178-1281