Ano 0 – Nº 0 Trimestral - Numismatas do Forum N0.pdfComo sabemos, a lenda romana diz-nos que a...

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- 1 - www.forum-numismatica.com Ano 0 – Nº 0 Trimestral Veja nas páginas 6 e 7, as moedas mais votadas, e saiba um pouco mais do grande vencedor Augusto Rodrigues, feliz possuidor deste magnífico exemplar. Programa Numismático para 2007, em Portugal. Quem é Alfonsvs? Em grande entrevista, conheça melhor José Matos. Vem aí o novo Dollar Vem aí o novo Dollar Vem aí o novo Dollar Vem aí o novo Dollar Aristides de Sousa Mendes, em moeda comemorativa Francesa. Moedas.org: um dos melhores sites de numismática em Portugal

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www.forum-numismatica.com

Ano 0 – Nº 0 Trimestral

Veja nas páginas 6 e 7, as moedas mais votadas, e saiba um pouco mais do grande vencedor

Augusto Rodrigues, feliz possuidor deste magnífico exemplar.

Programa Numismático para 2007, em

Portugal.

Quem é Alfonsvs?

Em grande entrevista, conheça

melhor José Matos.

Vem aí o novo DollarVem aí o novo DollarVem aí o novo DollarVem aí o novo Dollar

Aristides de Sousa Mendes, em moeda

comemorativa Francesa.

Moedas.org: um dos melhores sites de numismática em Portugal

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Neste número Editorial Página 3 - Índice e Editorial Páginas 4 e 5 - Moeda Romana: Reconhecer as séries FEL TEMPO REPARATIO, por Mário Carvalho Páginas 6 e 7 - Eleição da Moeda do Ano de 2006 Página 8 - Estados de Conservação, por Fabiano Oliveira - Tabela de Equivalências Internacional Página 9 e 10 - Entrevista com: José Matos (Alfonsvs) Página 11, 12 e 13 - Portugal – Plano Numismático 2007, por PSS Página 14, 15 e 16 - Tópico: Nota = Cédula? Página 17 - Página das Novidades Página 18 - Os meus Favoritos: Moedas.org Página 19 - Anuncie aqui

Caros Amigos, 1 - É com enorme satisfação, que anuncio o lançamento do nº 0, da tão esperada “Revista do Fórum”. Contudo, quero apenas demonstrar com este gesto que, com alguma vontade, é possível a elaboração de uma edição no formato pdf, de modo a que possa ser disponibilizada através da Internet. Por isso, este nº 0, não sendo mais do que uma demonstração, que possa ser acima de tudo, um pontapé de saída, para a verdadeira “Revista do Fórum. Falta agora formar uma equipe que, com vontade e determinação, possa levar este projecto por bom caminho. 2 – Uma saudação muito especial, para o Administrador e Moderadores do Fórum de Numismática, pelo enorme contributo, para a divulgação da Numismática, que nos é tão querida. 3 – Chegamos ao forista nº 1000. Embora com muitos elementos ainda sem qualquer participação activa, é de salutar que este mágico número tenha sido atingido. Estamos todos de Parabéns. Saudações Numismáticas.

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Moeda Romana: Reconhecer as séries FEL TEMP REPARATIO, por Mário Carvalho A propósito de alguns posts de identificação de moedas romanas, apercebi-me que é necessário esclarecer alguns pontos sobre uma série de moedas em particular, série essa conhecida como FEL TEMP REPARATIO, que é a legenda abreviada do mote latino Felicitas Temporum Reparatio, o que significa em Português O Retorno aos Tempos Felizes. Para entendermos esta série é necessário esclarecer alguns pontos chaves: 1 - Quando foram cunhadas? 2 - Porque foram cunhadas? 3 - Quem as cunhou? 4 - Que tipos de moedas apresentam esta legenda? 1 - Estas moedas foram cunhadas a partir do ano 348 d.C. e as emissões perduraram até mais ao menos o ano 355. Podemos datar as datas com maior exactidão se prestarmos atenção a cada moeda em particular, às suas marcas monetárias, ao seu exergo. Mas em termos gerais, encontram-se todas entre 348 e 355 (o que é já de si um período curto). 2 - Estas moedas foram cunhadas com um objectivo claro hoje para todos os numismatas e investigadores: celebrar os 1100 anos da fundação de Roma. Como sabemos, a lenda romana diz-nos que a cidade fora fundada por Rómulo e Remo, no chamado ano 1 AUC (Ab Urb Condita), este ano 1 Romano corresponde ao nosso ano cristão de 753 antes de Cristo. A legenda destas moedas, o tal FEL TEMP... implica precisamente uma celebração e um voto de confiança no Império Romano, que se encontrava bastante decadente no século IV d.C., foi por isso que, aproveitando os 1100 anos de Roma (no ano 348 da nossa era) esta série foi cunhada. Os temas das moedas (que aparecem nos reversos) estão sempre relacionados com três linhas fundamentais: a ideia de renascimento, preconizada pelo uso da Fénix; o tema da força e domínio imperial, latente em temas militares violentos e, por fim, a ideia de civilização romana, apresentada em reversos em que a figura imperial salva ou oferece protecção aos bárbaros. 3 - Estas moedas foram cunhadas por mais que um imperador. Os primeiros a fazê-lo foram os dois descendentes de Constantino I ainda vivos no ano de 348. Vejamos quem eram: I Constante - Imperador do Ocidente (Itália e Gálias) - O seu nome latino é Flavius Julius Constans e figura nas legendas como CONSTANS. Nasceu provavelmente em 323 e foi assassinado em Janeiro de 350, quando ainda era bastante jovem. Desta feita, sabemos que as moedas de Constante com os célebres reversos FEL TEMP... só poderão ter sido cunhadas entre 348 e 349, pois é pouco provável que em Janeiro de 350 houvesse tempo para ainda cunhar algo mais. II Constâncio II - Imperador do Oriente (Constantinopla e províncias Gregas e da África) - O seu nome latino era Flavius Julius Valerius Constantius, figura nas legendas como CONSTANTIVS. Nasceu em 317 e morreu de causas naturais (possivelmente cheio de remorsos) no dia 3 de Novembro de 361, tinha 44 anos e se existir o inferno, o homem está lá desde então. Outros mais cunharam este tipo de reverso, a saber: O homem que foi adoptado e nomeado herdeiro (César) por Constâncio II em 351: - Constâncio Gallus - Assinava como César, daí que nas suas legendas figura sempre o nome CONSTANTIVS, mas distingue-se pelo uso sempre de NOB C ou NOB CAES. O imperador Constâncio II, que o adoptou, mandou cortar-lhe a cabeça no ano de 354. Conclusão, as FEL TEMP de Constâncio Gallus só poderão ter sido cunhadas entre 351 e 354. Magnêncio, o usurpador da Gália, reinou em rebeldia entre 350 e 353. Respondia pelo nome de Flavius Magnus Magnentius; foi perseguido, naturalmente, pelos exércitos do imperador legítimo, Constâncio. Só não foi degolado por este porque se suicidou antes da captura. As suas FEL TEMP são então fáceis de datar, toca a fazer o exercício. Mais um cavalheiro que cunhou destas moedas: Juliano, o Apóstata, assinava como Flavius Claudius Julianus. Depois de 354 ficou em maus lençóis, porque o seu tio, Constâncio II, viu nele um possível candidato ao trono, mas, por algum motivo que a razão desconhece, Constâncio II, sem filhos e sem herdeiros, acabou por aceitar que Juliano fosse nomeado César. Em 360 foi declarado Augusto (isto é, Imperador de Roma). Usava uma barba longa e tinha a mania que era filósofo. Quando o tio morreu, em 361, Juliano inverteu a ordem da história e quis banir o Cristianismo, voltando ao Paganismo. Há quem diga que terá sido assassinado precisamente por isso, no ano de 363. Resumindo: foram 5 os homens que cunharam as FEL TEMP REPARATIO: 1 - Constante 2 - Constâncio II 3 - Constâncio Gallus

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4 – Magnêncio 5 – Juliano 4 - Que tipos de FEL TEMP existem? Tirando as variantes de oficinas e detalhe de reverso, existem 1 tipo em prata e 8 em cobre. As de cobre são todas Maiorinas e Meias Maiorinas. A saber:

O tipo 1 de prata, o argenteus apresenta no reverso uma vitória a pintar num escudo a inscrição VOT XX Bronze: Tipo 1 - O Imperador em pé a arrastar de dentro de uma cabana um jovem bárbaro; enquadra-se na linha do espírito civilizador de Roma; Tipo 2 - O Imperador em pé a proteger dois cativos bárbaros, mais uma vez a ideia de civilização/protecção romana; Tipo 3 - Uma Fénix renascida em cima de uma pira (por vezes um altar), claro que é uma alusão ao renascimento de Roma. Tipo 4 - A célebre galé, com o Imperador em pé, levando a Fénix da não direita e o lábaro na esquerda, quem vai ao leme é uma vitória. É outra alusão ao renascimento. Tipo 5 - Outra linda e célebre moeda, uma representação militar (soldado ou Virtus) a dar uma carga de porrada num cavaleiro derrubado, vê-se o cavalo no chão e o infeliz com o braço levantado a pedir clemência. Ou seja, Roma não é só protecção e renascimento, é também GUERRA e TERROR; Tipo 6 - Imperador em pé, com as insígnias e o estandarte na mão, está relacionado com a grandeza de Roma, o respeito imperial, mas no fundo é dum narcisismo que me faz lembrar alguns políticos de hoje em dia... enfim; Tipo 7 - Mais carga de lenha, desta vez é o próprio Imperador a cavalo a trespassar com uma lança os inimigos. Tema militarista, como é evidente. Tipo 8 - Mais violência, agora é o Imperador em pé a subjugar com o joelho direito um desgraçado qualquer.

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MOEDA DO ANO DE 2006

Decorreu no início deste ano, a eleição da Moeda do Ano de 2006. Numa iniciativa, do forista Avelino Nascimento ( Paraq ), em Junho de 2006 arrancou a eleição da Moeda do Mês, e então daí e até ao final do ano, as sete moedas vencedoras, tantas quantos os meses, apuraram-se para a eleição da Moeda do Ano. Foi no mês de Julho, que o magnifico S. Vicente de D. João III, pertencente ao forista Augusto Rodrigues, vencendo uma eleição disputadíssima, ganhou o direito de disputar a grande final. Recordemos então, esse momento:

As Moedas vencedoras do Mês de Julho (2006)

(1º Lugar, Augusto Rodrigues, com 436 votos), Um S. Vicente de D. João III

(2º Lugar, Paulo Oliveira (Vizelapop), com 401 votos), V Reis 1683

(3º Lugar, José Matos (Alfonsvs), com 381 votos), Pataco de 1811 Ensaio em Bronze

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Vejamos então o quadro de honra das Moedas do Ano de 2006:

1º Lugar, Augusto Rodrigues - S. Vicente de D. João III - 159 Pontos

2º Lugar Fernando

C. P. Bravo

Áureo de Trajano

3º Lugar PBarbot

Cruzado em Ouro de D.

Manuel I (300 Reais)

4º Lugar Augusto Rodrigues

Cruzado de D. João II

5º Lugar Alfonsvs

Pataco 1833 dos Loios

6º Lugar, Vizelapop

Prova de X Reis de 1820

7º Lugar Fernando

C. P. Bravo

Tostão de D.

Manuel I Porto

Augusto Rodrigues – Quem é?

José Augusto Rodrigues, agente das forças de segurança, nasceu a 21 de Maio de 1960, e registou-se no Fórum em 30 de Abril de 2005, e desde então tem sido um membro bastante activo. Sobre o seu hobbie disse: “Não me considero um coleccionador numismático. Julgo que sou mais um ajuntador, que se dedica a juntar moedas da monarquia e tendo na aquisição de alguns espécimes o forte sentimento de investimento.” “O S. Vicente foi-me mostrado, pelo seu proprietário, no primeiro sábado de Janeiro de 1999, um sábado bastante chuvoso e frio. Ele sabia que eu andava à procura de um S. Vicente de D. Sebastião e decidiu trazer o dele – S. Vicente de D. João III – para eu apreciar em como era uma beleza. Afirmou-me várias vezes que aquela moeda era para guardar e que nunca a venderia, porque estava muito bonita. Era uma moeda de família. Fomo-nos encontrando algumas vezes e falávamos da moeda sem que houvesse por parte do proprietário sinal de abertura quanto a uma possível venda.

Acontece que o dono da moeda precisou urgentemente de comprar um carro e como não tinha dinheiro suficiente para o adquirir, no dia 8 de Julho desse ano, o dono da moeda foi ter comigo ao meu local de trabalho, levou a moeda e propôs-me a venda, a qual eu aceitei. Desde então é minha, não pretendo me desfazer dela, embora tenham aparecido interessados na sua aquisição.

Nunca consegui foi o S. Vicente de D. Sebastião.”

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Estados de Conservação, postado por Fabiano Oliveira (doliveirarod) Aqui um texto sobre estados de conservação, é a tabela brazuca, mas p/ vcs onde se lê Soberba leiam Bela, e onde se lê Flor de Cunho leiam Soberba. Bom texto, bem elucidativo! Não existe, na numismática, nenhum assunto mais controverso do que a determinação do estado de conservação das moedas. Afinal, a circulação como instrumento monetário foi, e ainda é, o motivo principal da existência do meio circulante. O outro objectivo, secundário, mas com certeza o mais nobre, é sem dúvida nenhuma sua preservação em uma colecção. A circulação impõe às moedas algumas marcas que, por menores que sejam, são perceptíveis para o coleccionador atento. Nossa intenção é municiá-lo com informações que vão ajudar a entender os padrões internacionais dos Estados de Conservação. Os níveis de graduação aprovados e utilizados pela Sociedade Numismática Brasileira, são os seguintes: Flor de Cunho (FC): Sem apresentar o menor sinal de desgaste ou manuseio, deve ter no campo, o brilho original da cunhagem. Sua orla deve ser perfeitamente cilíndrica, sem apresentar mossas ou cerceamento. Todos os detalhes da cunhagem, mesmo os mais salientes, têm de apresentar sua aparência original. Não pode haver, sob nenhuma circunstância, sinais de limpeza física ou química da moeda. Soberba (S): Deve apresentar aproximadamente 90% dos detalhes da cunhagem original. Deve ter no seu campo, algum brilho da cunhagem e sua orla admitem uma pequena imperfeição (menos de 10%) da sua aparência original, proveniente de um pequeno desgaste, ou pequeno sinal de manuseio. Admitem-se sinais de uma limpeza, que não ocasione no seu campo, risco ou manchas. Muito Bem Conservada (MBC): Deve apresentar aproximadamente 70% do detalhes da cunhagem original, porém seu nível de desgaste deve ser homogéneo. Sua orla admite uma média imperfeição (menos de 20%) da sua aparência original, proveniente de um desgaste médio, ou um médio sinal de manuseio. Admitem-se sinais de uma limpeza, mesmo que ocasionem no seu campo, pequenos vestígios de riscos ou manchas. Seu aspecto geral deve ser agradável e de fácil identificação. Bem Conservada (BC): Os detalhes da cunhagem original devem aparecer em aproximadamente 50%, admitindo-se que alguns detalhes estejam mais aparentes em determinados sectores da moeda do que em outros, principalmente nos detalhes altos da cunhagem, letras e números. A legenda e da data da moeda devem ser visíveis a olho nu, sem se recorrer à utilização de lente. A orla pode estar imperfeita em até 30% da sua aparência original. Regular (R): Deve apresentar um mínimo de 25% dos detalhes da cunhagem original, com distribuição irregular dos sinais de forte manuseio sobre o campo da moeda e sua orla. A legenda e a data da moeda devem ser observadas com o auxílio de uma lente. Um Tanto Gasta (UTG): Apresenta somente a silhueta da figura principal, e as letras da periferia, quando existirem, quase sendo engolidas pela orla desgastada. Não são coleccionáveis, a não ser em casos de moedas extremamente raras.

Tabela de Equivalências Internacional, postado por Leonel Brás (Leos)

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Entrevista com: José Matos (Alfonsvs)

Nem o mais desatento dos foristas, deixou ainda de reparar, que o Alfonsvs é um dos membros mais carismáticos do Fórum. Sempre presente, activo e com uma vontade enorme de colaborar sempre que solicitado, José Matos acedeu a contar-nos um pouco da sua história. José António Matos, nasceu a 21 de Maio de 1964, vive em Barcelos onde trabalha, e é membro do Fórum desde 4 de Abril de 2005.

Revista Fórum (RF): De onde vem o nome Alfonsvs? José Matos (JM): No Fórum sou o Alfonsvs, em homenagem ao 1º rei de Portugal. RF: Quanto tempo dedica à Numismática? JM: Ao fim do dia dedico à numismática algum tempo, pois este também é o melhor passatempo para descontrair do stress provocado pelo trabalho. Todas as desculpas são válidas para continuar a coleccionar moedas. RF: Quando e como começou a coleccionar? JM: Como coleccionador de moedas desde os 9 anos de idade, mantenho ainda o entusiasmo inicial na procura de mais uma moeda ou de um livro nas feiras ao fim de semana.

A colecção nasceu com a compra por 2000 escudos (10 euros) em Fevereiro de 1974, de um saco com 164 moedas de cobre do século XIX. No Natal de 1973 quando o meu pai mostrou à mesa, aos 7 filhos, alguns patacos desse saco, encontrado na parede da casa de um irmão, não esperava que os meus olhos brilhassem quando elas me chegaram às mãos! O tamanho das moedas e o estado de conservação excelente de algumas delas fez nascer a paixão pela numismática.

Com 10 anos de idade fiquei com a difícil tarefa de recuperar a maior parte do dinheiro que pedira emprestado. Tive que vender grande parte do lote, com algumas viagens de comboio a Braga e ao Porto, com apenas dois contactos retirados das páginas amarelas: Loja do Rafael, em Braga e de Alfredo, junto ao cinema Lumier, no Porto. Não sei qual deles me “limpou” mais facilmente as melhores moedas. Claro que podia recusar a oferta, mas tinha que levar para casa algum dinheiro. As únicas que consegui vender por 150 escudos cada (0,75 Euros), porque estavam belas, foram um V reis de 1829 módulo maior e um pataco de 1825. Com a compra dos primeiros catálogos de Ferraro Vaz, o gosto pelas moedas foi crescendo e apenas foi interrompido, por alguns meses, precisamente quando saiu a moeda do Lobo em 1994, devido a um acidente de um amigo com a minha primeira mota. RF: Qual é a sua preferência dentro da Numismática? JM: As moedas da monarquia portuguesa são a minha preferência.

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RF: O que lhe diz o Fórum de Numismática? JM: Com a descoberta, por acaso, do Fórum de Numismática, foi de novo o renascer do entusiasmo pela numismática na vertente que considero mais importante, a pesquisa e partilha de conhecimentos. O Fórum faz-nos perceber o alcance social que podem ter as colecções, a partilha desinteressada de conhecimentos, a construção da amizade com outros coleccionadores e o desenvolvimento de novos caminhos para a Numismática. RF: Fale-nos um pouco dos seus projectos. JM: Sempre quis mais da numismática do que ser apenas coleccionador: Em 1999 organizei a primeira feira de Numismática em Barcelos em colaboração com o conhecido Adélio Nogueira.

Em finais de 2002 surgiu a ideia de criar uma associação de numismática, que acabou por ser fundada em Julho de 2003, ANAF – Associação Numismática Alcaides de Faria. Depois da organização de várias feiras em Barcelos, a associação passa agora por uma carência de entusiasmo, sinal dos tempos de crise que afecta a realização de feiras, pela fraca afluência.

Fica assim por aqui esta entrevista, agradecendo desde já a disponibilidade que José Matos concedeu.

Quem pretender ser sócio pode enviar morada para o seguinte endereço:

Associação Numismática Alcaides de Faria Av. Alcaides de Faria, 335 - 7º

4750-106 Barcelos

ou para o e-mail «[email protected]»

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Portugal – Plano Numismático 2007, por PSS Com a amável colaboração da Direcção comercial da INCM, estamos em condições de divulgar, uma vez mais, o Plano Numismático de Portugal para o ano que está a começar. Assim, em 2007, vão ser emitidas cinco moedas comemorativas em prata, nos valores e com as designações seguintes: 10 € - Países Ibero-Americanos nos Jogos Olímpicos – A Maratona

Autor: José Cândido Emissão prevista: Prata Normal – 82.000 ex. / Prata Proof – 17.000 ex. Data prevista: Abril de 2007 8 € - Série Europa – Realizações Europeias – A Passarola de Bartolomeu de Gusmão

Autor: Espiga Pinto Emissão prevista: Prata Normal – 82.000 ex. / Prata Proof – 25.000 ex. Data prevista: Abril de 2007 10 € - Campeonato do Mundo de Vela Olímpica

Autor: João Duarte Emissão prevista: Prata Normal – 82.000 ex. / Prata Proof – 7.500 ex. Data prevista: Junho de 2007

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5 € - 100º Aniversário do Movimento Escutista

Autor: João Calviño Emissão prevista: Prata Normal – 82.000 ex. / Prata Proof – 7.500 ex. Data prevista: Julho de 2007 5 € - Portugal – Património Mundial da Humanidade – Floresta Laurissilva da Madeira

Autor: Ricardo Velosa Emissão prevista: Prata Normal – 82.000 ex. / Prata Proof – 6.000 ex. Data prevista: Novembro de 2007 Para além destas moedas, será emitida a segunda moeda da Colecção Portugal Universal, em Ouro, com acabamento Flor de Cunho: 0,25 € - Colecção Portugal Universal – Santo António

Autor: Hélder Batista Emissão prevista: 30.000 ex. Data prevista: Abril de 2007 Como já é do conhecimento geral, serão emitidas em 2007 as primeiras moedas comemorativas de 2 €, em latão/cuproníquel, com as designações a seguir indicadas:

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2 € - 50º Aniversário do Tratado de Roma

Emissão prevista: Acabamento Normal – 1.000.000 ex. / Proof – 5.000 ex. / BNC – 15.000 ex. Data prevista: Março de 2007 2 € - Presidência Portuguesa da União Europeia

Autora: Irene Vilar Emissão prevista: Acabamento Normal – 1.000.000 ex. / Proof – 5.000 ex. / BNC – 15.000 ex. Data prevista: Junho de 2007 Logo em Janeiro de 2007 deverão ser emitidas as Séries Anuais que, à semelhança do que sucedeu nos anos anteriores, constarão de uma série Flor de Cunho (6.000 ex.), Série Bebé (3.500 ex.), BNC (12.500 ex.) e Proof (2.500 ex.).

Também à semelhança do que sucedeu nos anos anteriores, será editado, em Novembro de 2007, um livro com as moedas em prata com acabamento normal emitidas em 2006, com um limite de emissão de 1.500 exemplares. Nota: Deve ressalvar-se que as imagens apresentadas correspondem às maquetas das moedas, pelo que podem apresentar diferenças em relação ao produto final. À excepção das moedas de 2 €, todas as restantes aguardam ainda aprovação da respectiva emissão por diploma legal, pelo que deverá ter-se em atenção a possibilidade de alguma das moedas não ser aprovada ou ocorrer alguma alteração.

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Tópico: Nota = Cédula? Ou os pressupostos básicos da Notafilia

De um tópico aberto a 5 de Setembro, pelo forista Lseller, originou a seguinte discussão: Lseller: Vem este Tópico a propósito de uma pequena diferença de opinião, havida num leilão de notas e cédulas a decorrer aqui no Fórum. Anuncia o nosso companheiro leiloeiro, duas cédulas, com o título: Notas de Portugal. Defende que a palavra "Nota", tanto se pode aplicar ao papel-moeda corrente, como a cédulas. E aqui reside a motivação para abrir este Tópico. Porque os recém chegados à notafilia (como eu), podem "desatar" a comprar cédulas, pensando estar a iniciar a sua colecção de notas, quando não é assim. A Notafilia trata exclusivamente de notas ou seja papel-moeda emitido por bancos centrais ou bancos locais mandatados para o efeito. A Notafilia, expressamente exclui do seu âmbito cédulas e apólices. E isto por uma razão formal: - Uma cédula não é papel-moeda, é sim um título de dívida que teoricamente até vence (ou vencia) juros. Que, em determinadas alturas, cédulas e apólices tenham sido utilizadas como meio de pagamento, é irrelevante no que diz respeito à notafilia (também os cheques são um meio de pagamento...). Assim, existem coleccionadores de Notas, de Cédulas e de Apólices ou das três coisas, mas são colecções distintas! Todos os que aqui no Fórum percebem desta "poda" (e são muitos), poderiam contribuir com as suas considerações para que, os que começam agora a entrar na notafilia, o façam de uma maneira minimamente informada. narper: Javier Saez Salgado, a página 113 do livro "O Papel Moeda das Antigas Colónias Portuguesas", Edição da Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, Porto 1997, no capítulo "léxico notafílico" apresenta as seguintes definições, que creio serem as mais coerentes, embora não absolutamente inquestionáveis, mas simples e exactas quanto baste, esquivando-se assim a profundas dissertações histórico legais. Apólice - documento comprovativo de determinada operação financeira. Quando represente empréstimos ao estado pode ser emitido ao portador e como tal aceite como meio legal de pagamento ao estado, ou caso tenham curso forçado, entre particulares. Cédula - titulo fiduciário emitido pelo estado ou por sua autorização, representativo de moeda metálica divisionária ou de trocos e, como essa, de poder liberatório limitado. Cédula particular - semelhante à cédula, mas emitida por entidades particulares, sem autorização estatal, para suprir a falta de moeda metálica divisionária. Também designadas por "papel-moeda de emergência". Cheque-nota - cheque emitido ao portador por um banco emissor, de valor bem definido e obrigatoriedade de ser aceite como nota de circulação, normalmente por um período transitório. Nota - moeda principal de papel numa circulação fiduciária. Goza de curso legal e poder liberatório ilimitado, sendo convertível à vista e ao portador. Moeda de papel - documento com poder aquisitivo emitido pelo estado ou por sua autorização, com curso legal e poder liberatório. Pode ser de três espécies: representativa, fiduciária ou papel-moeda. Por este último nome é hoje em dia vulgarmente designada toda a espécie de moeda de papel ou cédulas particulares de papel. Nota de Banco - título fiduciário sem juro, aceite como meio legal de pagamento e de poder liberatório ilimitado. Pode ser convertível ou não em metal (cobre, prata, ouro). Em Portugal, desde 1975, as notas do Banco de Portugal deixaram de ser convertíveis em ouro. No entanto creio o seguinte:

Citação: ... existem coleccionadores de Notas, de Cédulas e de Apólices ou das três coisas, mas são colecções

distintas!

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Partindo desta frase, que creio ser subscrita por inúmeros coleccionadores por este país fora, julgo que temos uma visão (permitam-me a expressão) demasiado estreita das coisas. Ora vejamos: Ao folhear um Pik podemos encontrar não só as notas emitidas pelo banco de Portugal como as cédulas emitidas pela Casa da Moeda e no caso de países estrangeiros vemos “banknotes”, “military payment certificates”, “notgelds”, etc. Muitos de nós somos profundamente escrupulosos e limitamos a nosso interesse em matéria de papel-moeda português ás notas emitidas pelos bancos emissores, no entanto quando toca ao estrangeiro, não nos coibimos de juntar tudo o que seja “note” independentemente desta ser equivalente à nossa noção de “nota”. Claro que podem existir coleccionadores exclusivamente de notas de banco, ou de apólices, ou de notas azuis ou vermelhas, ou exclusivamente com temas: animais, embarcações, etc. Porem creio que são todos “filhos de um mesmo pai” ou “ramos de uma mesma árvore”, porquanto estas temáticas não se esgotam em si mesmas e a sua interpretação e consequente integração num determinado fenómeno é mais abrangente. Acho pena que em Portugal tenhamos uma visão tão austera em termos numismáticos. Creio que sairíamos todos a ganhar se o interesse se estendesse a outros temas marginais e marginalizados como são as tésseras, cédulas, cheques etc. porque estes também foram e são parte da história do dinheiro que a ou andou pelas nossas mãos e nas mãos dos nossos antepassados. Tm1950: Considero muito interessante o tema levantado por Lseller e as considerações que ele próprio e o forista Pereira teceram sobre o assunto. Julgo que as diferenças de conceitos entre os diferentes tipos de papéis de valor estão bem definidas e não acrescento mais. Refiro-me apenas às preocupações manifestadas pelo Pereira relativamente àquilo que ele chamou de “outros temas marginais e marginalizados”. Parece-me óbvio que existem temas que são geralmente mais apetecíveis do que outros. Por que são mais divulgados, mais abrangentes, mais valiosos, ou simplesmente mais vistosos. Ao contrário outros terão menor atenção, com menos coleccionadores à sua volta, digamos mais marginais. Por vezes torna-se difícil inverter a situação de cada tema. Não há literatura, não existe divulgação, e até nem um simples catálogo. Infelizmente, Mário de Almeida há só um. Aparece de vez em quando um Magro. Mas as necessidades são muitas para os pouco estudiosos que publicam o que sabem. Repare-se que não temos um catálogo de notas decente. Nunca vi um catálogo de acções, de fichas, de cheques, e tantos outros papéis de valor. É claro que o nosso mercado é pequeno. Que qualquer publicação custa dinheiro. Que recolher e sintetizar elementos dá trabalho. Mas, tem que haver sempre alguém com “estaleca” para a tarefa. E isso é que é difícil.

Laulo: Não interpretem o texto como propaganda política, simplesmente pela curiosidade do modo como em 1937 se entendia dinheiro (notas) e cédulas. CONTRIBUTOS PARA A HISTÓRIA DO TARRAFAL (7) Terminamos, pois, a edição do texto "O quotidiano no campo de concentração de Salazar". No excerto restante faz-se referência à situação dos presos face a diversas realidades, especificando-se as particularidades, de acordo com o período de exercício do cargo, dos vários directores. Uma chamada de atenção é igualmente feita para a actividade política e intelectual existente na Colónia Penal.

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Cédulas em vez de dinheiro Já as encomendas das famílias eram controladas logo pelo primeiro director, que roubava os produtos, vendendo-os depois aos presos, desde conservas a papel. O dinheiro enviado pelos familiares, necessário para pagar quase tudo o que consumiam, era também retido. O primeiro director introduziu uma prática que perdurou até ao fim: o dinheiro ficava em conta-corrente na secretaria e os presos usavam umas cédulas no campo que nada valiam fora. Os livros, esses, foram todos apreendidos e só escaparam os poucos que os presos esconderam. A correspondência era também apreendida e censurada. Com o interinato do segundo director, José Júlio Silva, entre 17 de Novembro de 1937 e 20 de Outubro de 1938, a situação melhora ligeiramente. Começaram a poder escrever e receber correio e encomendas. Passaram também a poder cozinhar, mas o regime alimentar à base de arroz, vindo da Guiné, raramente melhorou, o peixe era quase sempre albacora e a carne era muitas vezes de rezes doentes. O pão era considerado o melhor alimento fornecido pela direcção. É comprado o carro com um boi para a água. Alguns livros são devolvidos. É neste período que os presos passam para os pavilhões de pedra e abre o posto médico e casa mortuária conhecido como a Mitra, abrem também as oficinas Tm1950: Num sentido mais abrangente, creio que, em Portugal, podemos considerar as notas, as cédulas e as apólices como papel-moeda. Apesar de terem tido objectivos diferentes e específicos, acabaram por cumprir uma característica importante do papel-moeda: o valor fiduciário e a circulação. As cédulas não devem ser consideradas notas, pois são títulos diferentes. Vejamos algumas diferenças: 1. O motivo As notas aparecem para facilitar os meios de pagamento de transacções mais elevadas. Com a evolução económica, nomeadamente após a revolução industrial, a moeda metálica não satisfazia as necessidades de pagamento. As cédulas serviram para resolver um problema monetário pontual, tendo um tempo de vida limitado. 2. O emissor Nas notas foi o Banco de Portugal (Banco de Lisboa) para o Continente e Ilhas; o Banco Nacional Ultramarino para as Colónias; o Banco de Angola para Angola e num curto período de tempo outros Bancos e Casas Bancárias autorizados a emitir papel próprio mas cuja aceitação não era obrigatória. Nas cédulas foi a Casa da Moeda (emissão legal) e Câmaras Municipais e empresas (emissão não legal). 3. O valor As notas têm um valor elevado e destinam-se a dar resposta a transacções elevadas. As cédulas são de baixo valor e serviram para “fazer os trocos”. 4. O suporte Embora hoje haja notas noutros suportes, ambas foram feitas em papel. No entanto, a qualidade é muito diferente. O papel, a qualidade da impressão e até o corte das notas é muito superior ao das cédulas. Em 1891, decorrente da crise monetária e financeira provocada pelo desaparecimento (açambarcadas pela população) das moedas de prata houve necessidade urgente de impressão de papel-moeda. O Banco de Portugal emitiu as notas de 500 e 1000 reis que formam as primeiras notas impressas no estrangeiro devido à urgência e a Casa da Moeda emitiu as cédulas de 50 e 100 reis. Creio que este exemplo ajuda a ilustrar a diferença entre nota e cédula.

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PÁGINA DAS NOVIDADES

Depois de uma emissão comemorativa, sobre a Rainha Dona Amélia, a França volta a surpreender-nos, com mais emissão comemorativa sobre um Grande Português, Aristides de Sousa Mendes. A emissão é composta por duas moedas, uma em prata com o valor de 1½ €, e outra em ouro com o valor de 10 €.

VEM AÍ O NOVO DOLLAR

Pela 3ª vez nas ultimas 3 décadas, os EUA vão lançar uma moeda de 1 dólar, para tentarem convencer os americanos a desfazer-se da nota equivalente. Como uma moeda pode durar 40 anos e uma nota não passa, em média, dos 18 meses, os cofres do Estado ganhariam 500 milhões de dólares com a substituição. Mas as notas vão por agora, continuar em circulação. É que o público reagiu mal às duas anteriores tentativas de mudança.

Fonte: US. Mint

E VÃO TRÊS

1979-1999 Dólar Susan B. Anthony: A moeda com esta feminista do séc. XIX foi impopular pela confusão que gerava: era quase do tamanho da de 25 cêntimos (Quarter) 2000 Dólar Sacagawea: Apesar de ser a única moeda dourada em circulação, os americanos sempre foram indiferentes a esta homenagem à índia que, no inicio do séc. XIX, guiou Lewis e Clark na exploração do Oeste. 2007 Dólar Presidencial: Vai homenagear todos os presidentes, de Washington a Nixon, Quatro por ano, No reverso Terão a Estátua da Liberdade.

Nas terras de Sua Majestade, vamos também assistir à emissão de várias moedas, que são: 50 Pence – 100º Aniversário do movimento Escoteiro. 1 Pound – Ponte Millenium de Gateshead. 2 Pounds – 300º Aniversário do acto de união parlamentar Inglaterra e Escócia. 2 Pounds – 200º Aniv. da abolição do comércio de escravos. 5 Pounds – 60º Aniversário do casamento de sua Majestade, a Rainha e o Duque de Edimburgo.

CANADÁ Jogos Paralimpicos de Inverno

Vancouver 2010

Começando em Fevereiro e num período que vai até à realização dos Jogos, a Royal Canadian Mint vai emitir uma colecção de uma emissão de moedas

comemorativas.

Já saiu a 5ª Edição do Alberto Gomes Este catálogo das moedas cunhadas para o Continente e Ilhas Adjacentes, para os territórios do Ultramar e Grão-Mestres portugueses da Ordem de Malta, cuja segunda edição saíra em 1996, foi reeditado com as actualizações indispensáveis de novas moedas, entretanto surgidas, bem como das cotações. Trata-se de uma obra que, na actualidade, é a principal referência a nível nacional e internacional da numária portuguesa.

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OS MEUS FAVORITOS

Moedas.org: um dos melhores sites de Numismática em Portugal

Este site, pertença da autoria de um foristas, AClemente, merece muito mais do que uma visita, é um ponto de referência da numismática não só portuguesa, mas também do resto do mundo, não esquecendo a notafilia.

Como diz o autor, na sua página principal, “moedas.org é um sítio dedicado ao coleccionismo amador de moedas e notas” e continua, “Não se destina à comercialização de coisa alguma, aqui pode encontrar informações diversas de interesse geral, tais como um catálogo de moedas portuguesas a partir do período da cunhagem mecânica (desde 1677), incluindo emissões ultramarinas; exemplos de moedas catalogadas por país na secção de moedas do mundo; as emissões de Euros dos países da União Europeia e outros artigos relacionados com o tema”. Pode-se dizer que moedas.org, é um autêntico catálogo digital, se procura um “Alberto Gomes” ou um “World Coins” na Web, pode começar por aqui.

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