Ano 1, n° 2, abr. / set. 2012 – ISSN 2237-3608

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EDITORA UNIVERSIDADE POTIGUAR – EdUnP

Revisora – Jucilandia Braga Lopes ToméRevisor – Hugo José Medeiros de Oliveira

SISTEMA INTEGRADO DE BIBLIOTECAS DA UNP – SIB/UNPAPOIO

C343 Catussaba : Revista Científica da Escola da Saúde / Universidade Potiguar. Escola da Saúde. – Ano 1, n.2 (abr./set.2012). – Natal: Edunp, 2012. 60p. : il.

Semestral ISSN 2237-3608 Disponível On line

1. Saúde. 2. Saúde coletiva. 3. Biotecnologia.

Copyleft EdUnP

Editora Universidade Potiguar – EdUnPAV. Senador Salgado Filho, nº1610. Prédio I, 3º andar, Sala 306.

Lagoa Nova. Natal/RN. CEP: 59056-000.Tel.: (84) 3215-1222 Fax: (84) 3215-1251

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SumárioESTUDO DE CASO ........................................................................ 9

ULTRACAVITACIÓN DE BAJA FRECUENCIA: ESTUDIO DE CASO 11ULTRACAVITAÇÃO DE BAIXA FREQUÊNCIA: ESTUDO DE CASO

A FISIOTERAPIA COMO FERRAMENTA ADJUVANTE NO TRATAMENTO DO SARCOMA DE EWING. UM ESTUDO DE CASO 21PHYSICAL THERAPY AS ADJUVANT THERAPY IN THE

TREATMENT OF EWING’S SARCOMA. A CASE STUDY.

ARTIGO ..................................................................................... 37

LEVANTAMENTO RETROSPECTIVO DOS ATENDIMENTOS EM ESTRIAS DO AMBULATÓRIO DE FISIOTERAPIA DERMATO-FUNCIONAL DA UNIVERSIDADE POTIGUAR (UNP), NATAL/RN 39RETROSPECTIVE SURVEY OF ATTENDANCES STARKS IN THE OUTPATIENT PHYSICAL THERAPY IN DERMATO-FUNCIONAL AT THE UNIVERSITY POTIGUAR, NATAL/ RN

TRATAMENTO DE REJUVENESCIMENTO FACIAL PELA ESTÉTICA E FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL: UM PRÉ-TESTE 47FACIAL REJUVENATION TREATMENT FOR COSMETIC AND

FUNCTIONAL PHYSICAL THERAPY DERMATOLOGY: A PRE-TEST

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................ 55

OS RISCOS OCUPACIONAIS DOS AUXILIARES EM SAÚDE BUCAL 57OCCUPATIONAL RISKS FOR DENTAL ASSISTANTS

UTILIZAÇÃO DA NANOEMULSÃO LDE NA REDUÇÃO DOS EFEITOS COLATERAIS DO TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO 65USE LDE NANOEMULSION IN THE REDUCTION OF

THE SIDE EFFECTS OF CHEMOTHERAPY

NORMAS PARA PUBLICAÇÃO NA REVISTA CATUSSABA

– REVISTA CIENTÍFICA DA ESCOLA DA SAÚDE ................................ 79

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EDITORIAL

Estimados leitores,

Apresentamos mais uma edição da Revista Catussaba, desta vez contendo artigos da Es-cola da Saúde da Universidade Potiguar (UnP) e, também, de outras instituições de ensino. Seguindo com o objetivo de publicar artigos científicos originais relevantes na área da saúde, a revista apresenta uma diversidade de conteúdos, envolvendo temas relacionados à fisioterapia, à farmácia, à estética e à odontologia.

Este número está organizado em três seções: dois textos publicados na seção Estudo de Caso, dois textos publicados na seção Artigos Originais e dois textos na seção de Artigos de Revisão.

A primeira publicação da seção Estudo de Caso mostra a utilização do ultrassom de alta potencia e baixa frequência no tratamento da adiposidade localizada. Trata-se de um estudo proveniente da Argentina, realizado na Universidad Maimonides. O segundo estudo de caso refere-se ao sarcoma de Ewing e buscou descrever os aspectos epidemiológicos, fisiopato-lógicos, sinais e sintomas dessa doença e a possibilidade da fisioterapia como ferramenta adjuvante durante o tratamento.

Há dois artigos que contemplam os resultados dos atendimentos realizados na Clinica In-tegrada de Saúde (CIS) da UnP: o primeiro trata-se de um levantamento retrospectivo dos tratamentos de estrias realizados pela Fisioterapia Dermato-funcional no período de 2000 a 2008, totalizando 151 pacientes. O segundo artigo original envolve o trabalho multidiscipli-nar entre a Estética e a Fisioterapia Dermato-funcional no rejuvenescimento facial, através do Programa de extensão comunitária Rejuvenescer na UNP.

Finalmente, na seção de artigos de revisão foram abordados os temas “os riscos ocupa-cionais dos auxiliares de saúde bucal” e “utilização da nanoemulsão LDE na redução dos efeitos colaterais do tratamento quimioterápico”. O primeiro estudo de revisão discute acerca dos riscos, medidas de prevenção e boas práticas em relação à exposição ocupacio-nal dos auxiliares de saúde bucal. O segundo estudo visa, através da revisão de literatura

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e a partir da veiculação dos quimioterápicos pela LDE, buscar como aumentar a eficácia dos fármacos, permitindo ultrapassar uma das maiores dificuldades do tratamento contra o câncer, que são os efeitos colaterais indesejáveis, responsáveis pelo comprometimento do estado nutricional do paciente.

Esperamos, sinceramente, que este número seja uma fonte de conhecimento e de agradá-vel leitura. Seguimos com o conceito da interdisciplinariedade e aproveitamos para reforçar o convite para que todas as áreas da saúde participem e possam contribuir para o cresci-mento da nossa revista.

Um grande abraço!

Patricia FroesEditora

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ESTUDO DE

CASO

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ULTRACAVITACIÓN DE BAJA

FRECUENCIA: ESTUDIO DE CASOOscar Ariel Ronzio • Universidad Maimónides, Universidad Favaloro, Universidad Del Salvador – Argentina. E-mail: [email protected] | Carlos Antonelli • Universidad Maimonides – Argentina. E-mail: [email protected] | Karen Fuchs • Maimonides Universidad – Argentina. E-mail: [email protected] | Débora Brienza • Maimonides Universidad – Argentina. E-mail: [email protected] | Ignacio Deveikis • Favaloro Universidad – Argentina. E-mail: [email protected] | Diamela Gomez • Favaloro Universidad – Argentina. E-mail: [email protected] | Rodrigo Marcel Silva • UFRN. E-mail: [email protected] | Patricia Froes Meyer • Doutora em Ciências da Saúde. Universidade Potiguar. E-mail: [email protected]

Data de Submissão: dezembro de 2011.Data de Aceite: março de 2012.

Resumen: El ultrasonido de alta intensidad focalizado (HIFU) es una tecnología que actúa generando una cavitación inestable, dañando así los adipocitos. Este estudio pretende analizar la viabilidad de la aplicación del ultrasonido de alta potencia y baja frecuencia en la adiposidad localizada. Para esta investigación de tipo estudio de caso, se seleccionó un individuo, sexo femenino de 28 años de edad, 57 Kg, IMC 22,6. Las mediciones fueron hechas en las áreas de aplicación bilateral en la región antero lateral interna del muslo. Después de la delimitación de la región, se realizó perimetría, plicometría y ecografía. Para la realización de la ultracavitación se utilizó un equipo LipoActive®, marca Sveltia®, realizándose una aplicación de 10 minu-tos en un área de 2 veces el área de radiación efectiva, ciclo de trabajo 100% (emisión continua), potencia de 50 W, frecuencia 40 KHz. El paciente recibió 4 sesiones semanales de ultracavitación. También se reali-zaron hemogramas antes de la primera sesión, a las 24 hs de la misma y luego de una semana de finalizado el protocolo (semana 5). La plicometría arrojó una reducción de 0,625 cm en el muslo izquierdo y 0,4 cm en el derecho. En la perimetría hubo una reducción bilateral de 1 cm. En la ecografía axial, en contracción, se observó una reducción de 0,51 cm del lado izquierdo y 0,16 cm en el muslo derecho. Los niveles de coleste-rol permanecieron dentro del rango normal al finalizar el tratamiento y el peso corporal no refirió cambios.

Palabras claves: Ultracavitación. HIFU. Adiposidad localizada. Ultrasonido focalizado de alta intensidad.

ULTRACAVITAÇÃO DE BAIXA FREQUÊNCIA: ESTUDO DE CASO

Resumo: O ultrasom de alta intensidade focado (HIFU) é uma tecnologia que atua gerando uma cavitação instável, danificando os adipócitos. Este estudo teve como objetivo analisar a viabilidade da aplicação do ultrassom de alta potencia e baixa frequência na adiposidade localizada. Para esta pesquisa, de tipo “estudo de caso”, foi selecionado um individuo de do sexo feminino de 28 anos de idade, 57 Kg, IMC 22,6. Foram realizadas as medidas nas zonas bilaterais de aplicação na região anterolateral da coxa. Após a delimitação da região, foram realizados os exames de plicometria, perimetria e ecografia. Para a realização da Ultra-cavitação foi utilizado o equipamento LipoActive®, marca Sveltia®, com aplicação de 10 minutos em uma área de 2 vezes a área de radiação efetiva, ciclo de trabalho de 100 % (emissão contínua), potência 50 W, frequência 40 KHz. A paciente foi submetida a 4 sessões semanais de ultracavitação. Foram realizados hemogramas antes da primeira sessão, as 24 horas após a mesma e uma semana depois (semana 5) de ter realizado a última e última aplicação. Na plicometria observou-se uma redução de 0,625 cm na coxa esquerda e de 0,4 na direita. Na perimetria observou-se uma redução bilateral de 1 cm. Na ecografia axial, em contração, observou-se uma redução de 0,51 com no lado esquerdo e de 0,16 cm no lado direito. Os níveis de colesterol permaneceram dentro da normalidade ao finalizar o tratamento e o peso no peso cor-poral não teve modificações. Sugere-se que a ultracavitação poderia resultar efetiva para o tratamento da adiposidade localizada. A metodologia fica recomendada para posteriores pesquisas.

Palavras chaves: Ultracavitação. HIFU. Adiposidade localizada. Ultrassom focado de alta intensidade.

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1. INTRODUCCIÓNUna de las principales manifestaciones clínico-estéticas del aumento de triglicéridos alma-cenados es el depósito de adiposidad localizada, causada por el proceso de lipogénesis. En la actualidad este hecho repercute en la sociedad que está cada vez más preocupada por la apariencia física y es por ello que han intentado combatirla mediante múltiples tratamien-tos, preferentemente no invasivos. Uno de los que se encuentran en auge en éste momento es la ultracavitación1.

El tejido adiposo es uno de los tejidos más abundantes y representa alrededor del 15-20% del peso corporal del hombre y del 20-25% del peso corporal en mujeres. Su función prin-cipal es almacenar los triglicéridos hasta que sean reclamados para suministrar energía en algún lugar del organismo, y otra subsidiaria es la de proporcionar aislamiento térmico al cuerpo. La lipogénesis ocurre cuando ingresa al organismo una cantidad de hidratos de carbono mayor a la que puede consumirse de inmediato para obtener energía o para alma-cenarla como glucógeno.

El exceso se transforma en triglicéridos y se deposita en el tejido adiposo.En dicho tejido conjuntivo especializado predominan los adipocitos, fibroblastos modificados que almace-nan energía en forma de triglicéridos. Los triglicéridos, moléculas formadas por un núcleo de glicerol y tres cadenas laterales de ácidos grasos, se encuentran generalmente en forma líquida dentro de los adipocitos, permaneciendo siempre en ese estado, lo que es de gran importancia ya que sólo la grasa líquida puede hidrolizarse y transportarse2.

Los ultrasonidos son ondas mecánicas con una frecuencia superior a los 16.000Hz que se propagan por los tejidos con un movimiento ondulatorio produciendo compresiones y expansiones periódicas3.

Dentro de las variables de los equipos de ultrasonido se encuentran la potencia (medida en Watts), el ERA (Effective radiation area ó área de radiación efectiva) que es la superficie del cabezal que realmente emite ultrasonido (cuya unidad es el cm2) y la intensidad que se determina mediante la relación de estas dos primeras variables (W/cm2).

La cavitación es un fenómeno físico que sucede ante la aplicación de ultrasonido. La misma puede ser estable e inestable. La primera es la formación de microburbujas en el seno de los líquidos con gases disueltos4. Cuando la intensidad del ultrasonido es lo suficiente-mente grande se produce el colapso (implosión) de éstas burbujas, denominándose a esto cavitación inestable5. Este último fenómeno que habitualmente sucede en las interfaces de los tejidos ocasionará la ruptura de las células y adyacentes.5,6

Para el tratamiento con ultrasonido de la adiposidad localizada se emplean equipos que me-diante elevadas intensidades pico generan cavitación estable e inestable, creando aberturas transitorias de las membranas celulares3, por lo que se los denomina ultracavitadores. Esta

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abertura produce la liberación de triglicéridos al líquido intersticial. Además, el daño de los adipocitos produce señales quimiotácticasque activan los mecanismos inflamatorios del cuerpo, compuesta fundamentalmente de macrófagos con neutrófilos insignificantes, cé-lulas plasmáticas y linfocitos atraídos para fagocitar y transportar las células dañadas1,7,8,9. Los triglicéridos se dividen en ácidos grasos libres (AGL) y glicerol (GL). Los AGL podrán luego del tratamiento podrán seroxidados en los tejidos que necesiten energía, para que sus productos finales del metabolismo sean eliminados por orina con el paso de la sangre por los riñones; o bien ser transportados hasta el hígado. El GL es transportado hasta el hígado y transformado en triacilglicerol. El hígado no hace distinción entre los ácidos gra-sos que se originan de los adipocitos destruidos por la ultracavitación, los obtenidos de los metabolismos fisiológicos o los procedentes de la comida consumida. Esto implica que los desechos son eliminados naturalmente, resultando en una reducción del tejido adiposo9.

Para la cuantificación de la grasa subcutánea y mesentérica se han utilizado numerosos métodos. Aunque el uso de la ecografía no ha sido totalmente estandarizada para este objetivo10,11,12, es una opción económica, segura y accesible. Además, esta metodología, ha mostrado buenas correlaciones con mediciones tomográficas de adiposidad intraabdo-minal, motivo por el cual ha sido utilizada por diversos grupos de investigación10,11,13,14,15.

Existen en el mercado equipos de ultracavitaciónde baja frecuencia con alta potencia y, equipos de alta frecuencia con alta potencia.

El objetivo del presente estudio fue analizar la variabilidad de perimetría, plicometría, eco-grafía (longitudinal y transversal) y hemograma antes y luego de la aplicación de ultracavi-tación de baja frecuencia.

2. MÉTODOSSe seleccionó una paciente sexo femenino, 28 años, 57 kg, IMC 22,26, a quién se le explicó los procedimientos a realizar y firmó el consentimiento informado según la declaración de Helsinki. El proyecto fue presentado al Comité De Ética del Área de Investigación de la Car-rera de Kinesiología y Fisiatría, Universidad Maimónides (Número de registro 2011-104) y aprobado. La investigación fue realizada en la Universidad Maimónides, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina.

Se estandarizó una medición para establecer las zonas bilaterales de tratamiento, que con-sistió de los siguientes pasos:

1 – Localización de la espina ilíaca ántero-superior.

2 – Trazado de una línea vertical de 18 cm, distancia que coincidía con la zona de mayor adiposidad en aductores.

3 – Trazado de una línea de 10 cm perpendicular a la anterior en dirección a los aductores.

4 – Localización en ese punto de una transparencia con la forma de 2 x ERA. La línea coincidió con la mitad de la transparencia en lo que a altura respecta.

5 – Marcado de la zona a tratar en base a la transparencia.

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Posteriormente se realizó plicometría, perimetría y ecografía. La ecografía fue realizada con un equipo Sonosite Turbo con transductor lineal de 7 a 13 MHz, con la que se midió el tejido adiposo considerando la distancia piel-músculo de la zona a tratar en 3 puntos longitudina-les (en reposo) y uno axial (en contracción).

Para la realización de ultracavitación fue empleado un equipo modelo LipoActive®, marca Sveltia®. Se aplicaron 10 minutos en un área de 2 x ERA, ciclo de trabajo al 100 % (conti-nuo), potencia 50 W, Frecuencia 40 kHz.

Los procedimientos se realizaron en el siguiente orden (Cuadro 1):

1 – Semana 1:

a) Extracción de sangre para realización de hemograma pre-tratamiento.

b) Delimitación del área a tratar.

c) Medición de perimetría y plicometría pre-tratamiento.

d) Ecografía.

e) Ultracavitación.

f) Medición de perimetría y plicometría post-tratamiento inmediato.

g) Extracción de sangre para realización de hemograma a las 24 hs del tratamiento.

2 – Semana 2:

a) Delimitación del área a tratar.

b) Medición de perimetría y plicometría pre-tratamiento.

c) Ecografía.

d) Ultracavitación.

3 – Semana 3:

a) Delimitación del área a tratar.

b) Medición de perimetría y plicometría pre-tratamiento.

c) Ultracavitación.

4 – Semana 4:

a) Delimitación del área a tratar.

b) Medición de perimetría y plicometría pre-tratamiento.

c) Ultracavitación.

5 – Semana 5:

a) Extracción de sangre para realización de hemograma.

b) Delimitación del área a tratar.

c) Medición de perimetría y plicometría pre-tratamiento.

d) Ecografía.

e) Extracción de sangre para realización de hemograma

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Actividad / Semana Semana 1

Semana 2

Semana 3

Semana 4

Semana 5

Extracción de sangre para hemograma.

Delimitación del área a tratar.

Perimetría y plicometría.

Ecografía pre-tto

Ultracavitación.

Ecografía

Perimetría y plicometría post-tratamiento inmediato.

Extracción de sangre para realización de hemograma a las 24 hs. del tratamiento.

Quadro 1: Diagrama de Gantt de la metodología empleada.

3. RESULTADOSLa plicometría del muslo izquierdo, antes de realizar la primera sesión fue de 2,825 cm y al finalizar la misma fue de 2,36 cm. En el muslo derecho fue de 2,6 y 2,36 cm respectiva-mente. A la semana el muslo izquierdo poseía 2,4 cm y al finalizar el protocolo 2,2 cm. A la semana el muslo derecho poseía 2,06 cm y al finalizar el protocolo 2,2 cm. Esto significó una reducción de 0,625 cm en el muslo izquierdo y de 0,4 cm en el derecho (Tabla 1).

La perimetría se mantuvo en 58,5 cm en pre y post tratamiento inmediato. Bajó a la semana a 58 cm en el muslo izquierdo y a 57,5 en el derecho. Al finalizar el protocolo los valores fueron de 57,5 cm en ambos muslos, significando una reducción bilateral de 1 cm (Tabla 1).

PERÍODOPLICOMETRIA PERIMETRIA

Izquierda Derecho Izquierda DerechoPre-TTT 2,825 2,6 58,5 58,5

Póst TTT inmediatamente 2,36 2,36 58,5 58,5

1 sesión + 1 semana 2,4 2,06 58 57,54 sesiones + 1 semana 2,2 2,2 57,5 57,5

Diferencia (fin-inicio) -0,625 -0,4 -1 – 1

Tabla 1: Análisis de la plicometría y perimetría izquierda y derecha en las cinco semanas.

Los valores de la ecografía longitudinal en el muslo izquierdo para el punto A fueron de 1,96; 1,24 y 1,26 cm (reducción de 0,7 cm). Para el B de 1,61; 1,4 y 1,72 cm (incremento de 0,11 cm). Para el C 2,33; 1,65 y 1,94 cm (reducción de 0,39 cm). El corte axial en con-tracción bajó de 1,14 a 1,3 y 0,63 cm (reducción de 0,51 cm)(Tabla 2).

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Para el muslo derecho, cortes longitudinales, para el punto A fueron de 1,63; 1,6 y 1,67 cm (incremento de 0,04 cm). Para el B de 1,86; 1,83 y 1,77 cm (reducción de 0,09 cm). Para el C 2,03; 1,98 y 1,96 cm (reducción de 0,07 cm). En el corte axial en contracción los valores fueron de 1,11; 1,42 y 0,95 cm (reducción de 0,16 cm) (Tabla 2).

ULTRASONIDO

Período

Músculo izquierdo Músculo derecho

Longitudinal Contracción axial

Longitudinal AxialContracciónEL (B) (C) EL (B) (C)

Pre-TTT 1,96 1,61 2,33 1,14 1,63 1,86 2,03 1,11

1 sesión + 1 semana 1,24 1,4 1,65 1,3 1,6 1,83 1,98 1,42

4 sesiones + 1 semana 1,26 1,72 1,94 0,63 1,67 1,77 1,96 0,95

Diferencia (fi n-inicio) -0,7 0,11 -0,39 -0,51 0,04 -0,09 -0,07 -0,16

Tabla 2:Análisis de ultrasonido en tratamiento.

Con respecto al hemograma los valores de colesterol total pre-tratamiento fueron de 171 mg% y post-protocolo 196 mg% (incremento de 25 mg%). El HDL se mantuvo en 67 mg%. El LDL de 93 se incrementó a 119 mg% (26 mg% más). Los triglicéridos de 53 mg% bajaron a 50 mg%. Los valores se mantuvieron dentro de los parámetros normales(Tabla 3). El peso inicial y final fue de 57,1 Kg.

CBC

Período Colesterol total (mg %) HDL (mg %) LDL (mg %) Triglicérideos

(mg %)

Pre-TTT 171 67 93 53

1 sesión + 1 semana 154 62 83 47

4 sesiones + 1 semana 196 67 119 50

Diferencia (fi n-inicio) 25 0 26 -3

Tabla 3-Niveles de diferentes tipos de triglicéridos colesterole antes y después del tratamiento con la UC.

4. DISCUSIÓNActualmente existen equipos en el mercado con grandes diferencias técnicas. Algunos son de alta y otros de baja frecuencia. Estudios previos han determinado que la lipólisis es mayor con frecuencias bajas en comparación con las altas16. No obstante que un equipo sea de baja frecuencia no garantiza que ocasionará lipólisis ya que existen otros factores técnicos como la potencia media y pico (W), intensidad (W/cm2), ERA, energía aplicada (J/cm2), forma de emisión (pulsado o continuo), si la emisión es focalizada o no, que intervendrán en la generación de la cavitación inestable5. De hecho existen publicaciones

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que han demostrado lipólisis tanto con baja16 como con alta frecuencia8,9,17,18,19. Una de las grandes diferencias es la terapia con ultrasonidos de baja frecuencia es atérmica20 o bien genera muy poco incremento de temperatura. En cambio, la emisión de ultrasoni-dos de alta frecuencia genera un incremento de temperatura (a mayor frecuencia, mayor incremento de temperatura)3. Otra diferencia es que durante la aplicación de ultrasonido de baja frecuencia el paciente consigue oír un sonido en los oídos, imperceptible para el operador. Desafortunadamente no sea han encontrado publicaciones sobre éste fenóme-no observado empíricamente.

En este estudio de caso la aplicación de ultrasonidos de 40 kHz y 50 W ha demostrado a corto plazo (5 semanas) ser efectiva para la reducción del tejido adiposo, cuantificado me-diante plicometría, perimetría y ecografía. Si bien la ecografía es un método aceptado por la comunidad científica para la medición de tejido adiposo, ya sea intramuscular 21 como subdérmica10, 11, se ha observado que las mediciones pueden ser viciadas con facilidad. Dada esta observación se sugiere realizar la ecografía siempre en contracción y con un bra-zo soporte, en vez de que el cabezal sea sostenido por el operador. Según algunos autores9,

18, 22 los efectos de la destrucción por necrosis coagulativa de la cavitación son visibles a largo plazo, 3 meses, por lo que sería conveniente para ulteriores investigaciones realizar una sexta medición a los 3 meses de finalizado el protocolo.

Los valores del hemograma son indicativos de que dicha terapia es segura en lo que al metabolismo de los lípidos respecta. En lo que a efectos adversos se refiere no se han encontrado publicaciones a largo plazo. Prat et.al. ha descripto los efectos citotóxicos de la cavitación causada las ondas de choque en las células cancerígenas. De todas formas sin duda alguna la ultracavitación es mucho más segura que otros procedimientos médicos invasivos tales como la hidrolipoclasia (que no puede ser realizada por fisioterapeutas) donde se han encontrado efectos adversos como infecciones23.

5. REFERENCIAS1Fodor P, Smoller B, Stecco K, editors. Annual Meet ing of the American Society of Aesthetic Plastic Surgery. Biochemical changes in adipocytes and lipid metabolism secondary to the use of high-intensity focused ultrasound for non-invasive body sculpting 2006; Orlando, FL.

2Hall G. Tratado de Fisiología médica. In: SAUNDERS E, editor. Madrid, España; 2006.

3Watson T. Electroterapia: Práctica basada en la evide ncia. Barcelona España: ElSevier Churchill Livingstone; 2009.

4Low J, Reed A. Electrotherapy explained : principles an d practice. 3rd ed. Oxford ; Boston, MA: Butterworth-Heinemann; 2000.

5O’Brien Jr. WD. Ultrasound–Biophysics Mechanisms. Progr ess in Biophysics and Molecu-lar Biology 2007;93(1-3):212-55.

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7Garcia-Murray E, Rivas O, Stecco K, Desilets C, Kunz L, editors. Annual meeting of the American Society of Plastic Surgeons. The use and mechanism of action of high inten-sity focused ultrasound for adipose tissue removal and non-invasive body sculpting; 2005; Chicago, IL.

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9Fatemi A, Kane MA. High-Intensity Focused Ultrasound Ef fectively Reduces Waist Circu-mference by Ablating Adipose Tissue from the Abdomen and Flanks: A Retrospective Case Series. Aesthetic Plast Surg. 2010 Apr 10;5:577-82.

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13Ferrozzi F, Zuccoli G, Tognini G, Castriota-Scanerberg A, Bacchini E, S. B. An assessment of abdominal fatty tissue distribution in obese children. A comparison between echography and computed tomography. Radiol Med (Torino). 1999;98:490-4.

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21Whittaker AD, Park B, Thane BR, Miller RK, Savellt JW. Pr inciples of Ultrasound and Me-asurement of Intramuscular Fat. J Anim Sci. 1992(70):942-52.

22O’Daly BJ, Morris E, Gavin GP, O’Byrne JM, McGuinness GB. High-power low-frequency ultrasound: A review of tissue dissection and ablation in medicine and surgery. Dublin Ins-titute of Technology: Faculty of Engineering; 2008.

23Herreros FO, Velho PE, De Moraes AM, Cintra ML. Cutaneous atypical mycobacteriosis after ultrasound hydrolipoclasia treatment. Dermatol Surg. 2009 Jan;35(1):158-60.

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A FISIOTERAPIA COMO FERRAMENTA

ADJUVANTE NO TRATAMENTO DO SARCOMA

DE EWING. UM ESTUDO DE CASOCheylla Fabricia de Medeiros Souza • Graduando em Fisioterapia. Universidade Potiguar UnP, campus Mossoró – RN. E-mail: [email protected] | Ana Luiza Moreira Ferreira • Graduando em Fisioterapia. Universidade Potiguar UnP, campus Mossoró – RN. E-mail: [email protected] | Yonara Sonaly Sousa Silvera • Graduando em Fisioterapia. Universidade Potiguar UnP, campus Mossoró – RN. E-mail: [email protected] | Pedro Henrique Costa • Graduando em Fisioterapia. Universidade Potiguar UnP, campus Mossoró – RN. E-mail: [email protected] | Jomario Batista Sousa • Graduando em Fisioterapia. Universidade Potiguar UnP, campus Mossoró – RN. E-mail: [email protected] | Ana Alice Guimarães Nascimento • Graduando em Fisioterapia. Universidade Potiguar UnP, campus Mossoró – RN. E-mail: [email protected] | Aliathar Gibson Tavares de Lima • Especialista em Fisioterapia Desportiva e Cardiovascular. Universidade Potiguar UnP, campus Mossoró – RN. E-mail: [email protected] | Georges Willeneuwe de Sousa Oliveira • Mestre em Fisioterapia. Docente do curso de Fisioterapia da Universidade Potiguar - UnP, campus Mossoró - RN. E-mail: [email protected]

Data de Submissão: novembro de 2011.Data de Aceite: janeiro de 2012.

RESUMO: A incidência do Sarcoma de Ewing (SE) no Município de Mossoró e cidades circunvizinhas que recebem atendimento pelo Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró – RN é referente a 1 caso diag-nosticado entre os anos de 2004 a 2010. Constata-se, assim, a sua raridade. O SE é uma neoplasia maligna, decorrente da diferenciação de células embrionárias que migram da crista neural, mediante alterações citogenéticas, que descrevem uma translocação entre os cromossomos 11:22 e menos comumente entre o 21:22. Acomete, principalmente, ossos e tecidos moles, em indivíduos na infância e adolescência, com manifestação clínica de dor, febre e perda de peso. O presente estudo objetiva descrever os aspectos epi-demiológicos, fisiopatológicos, sinais e sintomas e o tratamento fisioterapêutico relacionados ao Sarcoma de Ewing. Para isso, contou-se com uma pesquisa descritiva, do tipo estudo de caso, envolvendo 1 pa-ciente com diagnostico de SE, já com significativo comprometimento cinético-funcional, em cujos exames laboratoriais confirmou-se metástase em pulmão, pleura e tecido ósseo. Os resultados obtidos mostram significativa alteração em perimetria dos membros superiores e inferiores, considerável perda de massa muscular, conseguinte perda de força e efetiva presença de fadiga oncológica. Visando reverter as altera-ções e incapacidades decorrentes do SE, a fisioterapia sugere uma atuação paralela ao tratamento clínico, por meio de hidroterapia, massoterapia, acupuntura, cinesioterapia e orientações gerais, os quais visam atenuar a dor, preservar o condicionamento físico e promover uma melhor qualidade de vida.

PALAVRAS-CHAVES: Sarcoma de Ewing. Fisioterapia. Qualidade de vida.

PHYSICAL THERAPY AS ADJUVANT THERAPY IN THE

TREATMENT OF EWING’S SARCOMA. A CASE STUDY.

Abstract: The incidence of Ewing’s sarcoma (ES) in the city of Mossoró/RN and surrounding cities that receive assistance by the Center for Oncology and Hematology Mossoró – RN is referring to a case diag-nosed between the years 2004 to 2010. Noting its rarity, because the ES is a malignant neoplasm arising from the differentiation of embryonic cells that migrate from the neural crest by cytogenetic alterations describing a translocation between chromosomes 11:22 and less commonly between the 21:22. Primarily affecting bones and soft tissues in childhood and adolescence in individuals with clinical manifestations of pain, fever and loss of weight. The present study aims to describe the epidemiology, pathophysiology, signs and symptoms and possible treatment physiotherapy. He was assisted with a descriptive case invol-ving a patient with clinical diagnosis of SE. Which showed significant impairment kinetic-functional, and

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laboratory tests confirmed metastasis in the lung, pleura and bone. The results show significant change in perimeter of the upper and lower limbs, considerable loss of muscle mass, therefore loss of strength and effective presence of oncological fatigue. Attempt to reverse the changes and disabilities resulting from physical therapy SE suggests a role parallel to the clinical treatment through hydrotherapy, massage thera-py, acupuncture, exercise and general guidelines, which aim to alleviate pain, maintain physical fitness and promote a better quality of life.

Keywords: Ewing’s Sarcoma. Physical Therapy. Quality of life.

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1. INTRODUÇÃONormalmente, as células dos diversos órgãos do corpo estão constantemente se reprodu-zindo por meio da mitose, a qual promove o crescimento e a renovação das células durante os anos, de forma controlada e dentro das necessidades do organismo. Porém, em deter-minadas ocasiões, e por razões ainda desconhecidas, certas células se reproduzem em velocidades maiores, desencadeando o aparecimento de massas celulares, denominadas neoplasias ou, mais comumente, tumores¹.

Nas neoplasias malignas, o crescimento é mais rápido, desordenado e infiltrativo. As cé-lulas não guardam semelhanças com as que lhes deram origem e têm a capacidade de se desenvolver em outras partes do corpo, fenômeno este denominado de metástase, tido este como característica principal dos tumores malignos¹.

Elucidando os sarcomas, devemos ressaltar que estes são tumores malignos que ocorrem tanto em tecidos mesenquimais quanto em seus derivados, os quais se classificam, de acordo com o tipo de célula, a partir da sua histogenia².

Ao nos determos ao Sarcoma de Ewing (SE), torna-se necessário uma breve descrição acerca dos tumores que compõe a família de Ewing, os quais compreendem um espectro de neoplasias de células neuroectodérmicas primitivas, sendo, estas, células embrionárias que migram da crista neural, descrevendo, assim, uma anormalidade citogenética, a qual ocasiona uma translocação entre os cromossomas 11; 22, ou menos comumente entre o 21;22 promovendo, assim, a formação de tumores com acometimento primariamente nos ossos e tecidos moles. Baseando-se nesse princípio, considera-se que, mediante o grau de diferenciação neural, esses tumores serão denominados Sarcoma de Ewing. Porém, quan-do estes tumores decorrerem de uma formação indiferenciada e apresentarem característi-cas de diferenciação neural, serão denominados como Tumor Neuroectodérmico Primitivo Periférico (PPNET). Quando manifestado o PPNET na parede torácica, será descrito como tumor de Askin; e na calota craniana, é denominado tumor de Triton3, 4.

O SE é uma neoplasia de comportamento biológico extremamente agressivo, que aco-mete, principalmente, indivíduos na infância ou adultos jovens com idade abaixo dos 30 anos, com predominância no sexo masculino. Podendo apresentar recidiva local entre a quarta e sexta década de vida, tendendo a variar mediante a localização do tumor, o tama-nho e grau de malignidade5, 6.

Os dados epidemiológicos relacionados ao SE, aqui apresentados, são referentes ao muni-cípio de Mossoró-RN e cidades circunvizinhas, que receberam atendimento prestado pelo Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró – RN, durante os anos de 2004 a 2010. Nesse período, foi diagnosticado 01 caso de SE no mês de Março de 2010.

De acordo com estudos epidemiológicos realizados nos EUA, Japão e Europa, a incidência do SE é de 1,5 para cada milhão de habitantes. Destes, mais de 80% dos casos apresen-tam-se antes da segunda década de vida e são mais comuns no sexo masculino que no

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feminino, com proporção de 1,5:1; e 96% dos casos ocorrem em brancos, estando bem documentada sua raridade em negros. A forma mais comum apresenta-se na forma óssea, com incidência de 87%; e a menos comum na forma extra-óssea, com 8%; e tumor pri-mitivo neuroectodérmico com 5%7. Clinicamente, caracteriza-se pelo crescimento rápido e alta probabilidade de micro metástases no momento do diagnóstico8, 1.

Apresenta-se, em sua grande maioria, de forma insidiosa com manifestações clínicas de febre, inchaço local, massa palpável, rubor, derrame articular, dificuldade de locomoção, anemia e perda de peso. Esse quadro pode ser, erroneamente, confundido com osteomie-lite, diferenciando-se devido ao SE raramente produzir obliteração destes planos, mesmo com o grande aumento de partes moles que a quase sempre está associado4, 9.

O presente estudo objetiva descrever os aspectos epidemiológicos, etiológicos, fisiopatoló-gicos, sinais e sintomas e o tratamento fisioterapêutico relacionados ao Sarcoma de Ewing.

2. MATERIAISEsta pesquisa é caracterizada como descritiva, do tipo estudo de caso, a qual visa ob-servar, registrar, analisar e correlacionar fatos ou fenômenos sem manipulá-los, pro-curando explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em artigos, livros, dissertações e teses10.

Para produção do artigo, foram incluídos, nesta pesquisa, artigos científicos, dissertações e teses referentes ao sarcoma de Ewing e a aplicabilidade fisioterapêutica no câncer, en-contrados nas bases de dados do Scielo, Bireme, e Pubmed, por meio das seguintes pa-lavras chaves: Sarcoma de Ewing, massoterapia, hidroterapia, acupuntura, cinesioterapia e qualidade de vida, nos idiomas português, espanhol e inglês, que correspondiam aos períodos de publicação dos anos de 2001 a 2010. Dos quarenta e três artigos científicos, dissertações e teses, além de livros didáticos de pediatria e oncologia da biblioteca, do setor de Fisioterapia da Universidade Potiguar – UNP, campus Mossoró, e livros didáticos de oncologia da Biblioteca do Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró – RN, treze foram excluídos, pois apresentavam publicações inferiores ao ano 2000.

Esta pesquisa contou com a participação de 1 voluntário com diagnóstico de Sarcoma de Ewing: homem, 21 anos, residente em Felipe Guerra – RN. Um termo de consentimento, contendo informações sobre o objetivo do estudo, métodos de coleta de dados, métodos de análise dos dados e detalhes sobre a avaliação cinético-funcional foi apresentado a ele, através do qual consentiu em participar da pesquisa. Houve, também, aprovação do comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Potiguar, por meio do protocolo 018/2011.

A avaliação cinético-funcional foi regida por uma avaliação pneumológica e ortopédica. Foram mensurados e verificados possíveis anormalidades referentes aos sistemas citados, mediante aplicação de fichas avaliativas utilizadas na Clínica Escola de Fisioterapia da Uni-versidade Potiguar – UnP, campus Mossoró – RN e de instrumentos de dinamômetro de mão, goniômetro e fita métrica.

Para avaliação dos níveis de fadiga oncológica, utilizou-se o instrumento European Or-ganization for Research and Treatment of Cancer – Quality of Life Questionnaire Core-30 (EORTC QLQ-C30), (apêndice IV), devidamente validado para a população brasileira. O QLQ-C30 é composto por 33 questões, que compõem quatro escalas funcionais: funções física, cognitiva, emocional, saúde/qualidade de vida¹¹.

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Na análise dos resultados do QLQ-C30, os valores foram obtidos mediante escalas que compõe o estado geral de saúde/qualidade de vida, funções física, emocional e cognitiva. São 30 questões objetivas, sendo solicitado ao paciente uma graduação de 1 a 4, em que 1 – não apresenta fadiga; 2 – pouca fadiga; 3 – bastante fadiga e 4 – muita fadiga. A escolha do número em questão era mediante o estado apresentado pelo paciente que mais se corre-lacionasse com a condição manifesta de fadiga ao dia da avaliação, sendo o valor mais baixo o que determina seus melhores padrões de vida e o nível mais alto o que mostra mais suas incapacidades e deficiências emocionais, físicas, cognitivas e saúde/qualidade de vida¹¹.

Esta pesquisa teve inicio em 05 de fevereiro de 2011 e foi concluída em 30 de outubro de 2011. Utilizou, como meio de registro de imagem e fotográfico, uma câmera digital cyber--shot 12.1 MP.

3. RELATO DE CASOM.A.M, masculino, pardo, 21 anos, relatou que, há onze meses, começou a sentir fortes dores por toda a extensão da perna esquerda, que o fez procurar um médico ortopedista, sendo medicado com analgésicos. Porém, como a dor se mantinha presente na perna esquerda, região lombo-sacro da coluna e escapula direita, manteve-se a prescrição dos analgésicos e solicitou-se exames de sangue e raio-x da coluna, pois suspeitava-se de es-coliose. Como a dor não cessava com a medicação, foram solicitados exames de imagem de RNM e TC, as quais confirmaram Sarcoma de Ewing. Com esse diagnóstico, foi feito uma biopsia na região lombo-sacro, a qual confirmou metástase em região lombo-sacro, pleura, pulmão e gradil costal. Com os exames laboratoriais, constatou-se leucopenia e anemia. O paciente iniciou a quimioterapia 15 dias após esse diagnostico, correspondendo a oito meses de tratamento com quimioterapia.

Fig.01 e 02: Avaliação por ressonância magnética evidenciou alteração de sinal difuso da medula óssea

das vértebras lombares e sacrais avaliadas, bem como dos ilíacos. Existem sinais sugestivos de pequena fratura compressiva ao nível do platô superior de T12, com discreto achatamento deste corpo vertebral.

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Ao aferir os sinais vitais, constatou-se, ao dia da avaliação, normotenso, normocardio e eupnéico.

Durante avaliação pneumológica, verificou-se um leve abaulamento de tórax para pectus escavantum, circulação de tórax e pescoço com um leve grau de comprometimento, man-chas escuras pelo tórax, padrão respiratório predominantemente abdominal, com ritmo respiratório 1:2 em relação inspiração/ expiração, costelas horizontalizadas. Com a rea-lização da ausculta pulmonar, verificou-se murmúrio vesicular normal em ápice direita e esquerda, presença de atrito pleural em bases direita e esquerda, expansibilidade torácica diminuída em ápice e base anterior e posterior. Cirtometria de tórax apresentou 94 cm na inspiração e 89 cm na expiração, sendo essas mesmas medidas para a região abdominal. Na percussão, ouviu-se som claro pulmonar em ápices direita e esquerda, som oco em base direita e esquerda. Paciente não relata casos de dispnéia aos pequenos e médios esforços; a moderados e grandes esforços, relata aperto no peito. Não apresenta tosse, rouquidão, hemoptise e/ou secreção. Apresenta edema de face e pescoço.

Mediante avaliação ortopédica, verificou-se que não há edema na região lombo-sacro, nem rubor e aumento de temperatura local, sendo presente apenas uma cicatriz disposta na vertical, com 12 cm de comprimento, a qual tem coloração amarelada e apresenta-se aderida à pele; não há relatos de perda de sensibilidade sobre ela. O corpo apresenta-se com uma coloração pálida, com presença de manchas por toda a extensão do tórax, po-rém, não há presença de ulceras, nódulos articulares e subcutâneos. As musculaturas corporais não se apresentam contraturadas, havendo presença de hipotrofia muscular de membros superiores tão bem quanto inferiores. Quanto à escala visual analógica (EVA), o paciente relatou 1, acrescentando que, atualmente, sua dor é controlada com as seções de quimioterapia e por meio da medicação de Tenoxican 20mg, via oral, com posologia de 1 comprimido ao dia.

Com a avaliação postural, verificou-se, na vista anterior, ombro esquerdo mais elevado em relação ao direito, linha mamilar e alba assimétricas, espinha ilíaco ântero – superior mais elevada em relação à direita, joelhos sem alteração, tornozelo varo e pé plano. Na vista la-teral, notou-se ombros protrusos, leve protrusão abdominal, hiperlordose lombar, joelhos com leve acentuamento para recurvatum, pés em eversão e pé plano. Em vista posterior, cabeça anteriorizada, ombro esquerdo mais elevado em relação ao direito, escapulas ab-duzidas, triângulo de talles aumentado à esquerda, retroversão pélvica e tornozelo varo.

Durante a avaliação ortopédica, realizou-se, ainda, testes de Gillé, para os quais, o lado di-reito apresentou-se mais fixo, quando comparado com o esquerdo. Manobra de Wolkman e Mennel, ambas apresentaram-se negativas. Teste de Apley para escápulas referiu uma maior mobilidade da escápula esquerda em relação à direita. Teste de Adams positivo. E ao utilizar o dinamômetro de dedos para medir força de membros superiores, verificou-se força de 20kg em braço direito e 17kg em esquerdo.

Quanto à realização da perimetria, notou-se diferença tanto de membros superiores (MS) quanto de membros inferiores (MI). Sendo que, nos MS, a medida iniciou-se do acrômio à cabeça do rádio, a qual correspondeu a 11 pontos, verificados com distância de 5 cm entre cada, cinco destes pontos apresentaram diferenças de 1 cm ao lado esquerdo, quando comparados ao MS direito. E em relação ao MI, a medida iniciou-se da região intertrocan-terica ao maléolo medial, sendo analisados 10 pontos, com distância de 7 cm entre eles, sendo que, destes, todos manifestaram diferenças, sendo que o MI esquerdo mostrou-se

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com valores maiores que o direito. As diferenças referiam-se a 4cm, 3cm, 2cm, que cor-respondiam, respectivamente, a 3 e 1 cm em um ponto de análise.

MS – D MS – E MI – D MI – E

5 cm 32 cm 33 cm 7 cm 52 cm 56 cm

10 cm 30 cm 31 cm 14 cm 48 cm 51 cm

15 cm 28 cm 29 cm 21cm 45 cm 47 cm

20 cm 27 cm 27 cm 28 cm 44 cm 45 cm

25 cm 27 cm 27 cm 35cm 42 cm 43 cm

30 cm 27 cm 28 cm 42 cm 38 cm 40 cm

35 cm 26 cm 27 cm 49cm 37 cm 38 cm

40 cm 25 cm 25 cm 56 cm 31 cm 35 cm

45 cm 22 cm 23 cm 63cm 25 cm 29 cm

50 cm 20 cm 20 cm 70 cm 23 cm 25 cm

55 cm 19 cm 19 cm - - -

Tabela 1: Dados obtidos mediante perimetria de membro superior e inferior direito e esquerdo.

4. RESULTADOSO SE é um tumor de alta malignidade, caracterizando-se, histologicamente, por células redondas e pequenas. Tendendo a ocorrer, mais comumente, em ossos longos, não isen-tando o seu aparecimento na pelve, coluna, costelas e nas partes moles6, 12. Seu compor-tamento biológico pode enviar metástases para pulmões, distintos ossos e disseminar-se para linfonodos e, consequentemente, invadir a medula óssea¹³.

Para um diagnóstico preciso, torna-se imprescindível o estudo radiológico da área com-prometida após a suspeita clínica, permitindo, assim, a possível identificação de lesões líticas ou blásticas, ruptura e levantamento do periósteo, invasão de partes moles, rare-fação óssea e neoformação óssea. Bem como, devem-se verificar exames de tomografia computadorizada, mapeamento ósseo, raio-x de tórax, tomografia de tórax, medolograma e exames de laboratório, os quais podem demonstrar velocidade da hemossedimentação, presença de anemia, leucocitose, desidrogenase lática e ferritina sérica, relacionando todos a fatores prognósticos5.

Os métodos atualmente aplicados ao tratamento do SE se referem à cirurgia, quimioterapia e a radioterapia. A indicação de cada um dos métodos depende do tipo do tumor, do local acometido e da extensão da doença. E a quimioterapia, em especial, desencadeia, em seus pacientes, efeitos colaterais de fadiga oncológica e caquexia, os quais tendem a repercutir diretamente no desempenho físico e emocional do paciente que se encontra em tratamento5.

Como já mencionado, a fadiga oncológica mensurada no paciente estudado foi medida através da aplicação do questionário de qualidade de vida EORTC QLQ-C30, por meio de

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uma análise descritiva. Sendo que, das 30 questões objetivas nele contidas, o número 4, que se refere à muita fadiga, foi mencionado 6, 3, 4, 1 respectivamente referente ao ques-tionário que contém 12, 4, 7, 2 das questões referentes à saúde/qualidade de vida, aspecto emocional, funções físicas e cognitivas, conforme gráfico abaixo.

SAÚDE/QUALIDADEDE VIDA EMOCIONAL FUNÇÕES FÍSICAS COGNITIVAS

1 - NÃO INTERFERE

2 - INTERFERE POUCO

3 - INTERFERE BASTANTE

4 - INTERFERE MUITO

7

6

5

4

3

2

1

0

Gráfi co 1: Número de respostas de acordo com cada parâmetro do questionário EORTC QLQ-30

Quando relacionado todos os dados avaliados do questionário de qualidade de vida EORTC QLQ-C30, percebeu-se que o referido paciente apresenta 50% de muita fadiga, quanto às questões propostas. Os dados podem ser observados no gráfico a seguir:

70,00%

50,00%

40,00%

30,00%

20,00%

10,00%

0,00%NÃO APRESENTA

FADIGAAPRESENTA POUCA

FADIGAAPRESENTA

BASTANTE FADIGA

FADIGA

FADIGA

APRESENTA MUITAFADIGA

Gráfi co 2: Porcentagem de fadiga do paciente em base ao referente 1,2,3 e 4, de acordo com o questionário de qualidade de vida EORTC QLQ-30.

Baseando-se na literatura nacional e internacional pesquisada, verificou-se que não há re-latos do tratamento fisioterápico aplicado ao paciente com SE. Mediante o estudo de caso referido neste artigo, percebe-se a importância da fisioterapia para este voluntário, pois esta visa promover uma melhor resposta as suas funções musculoesqueléticas, atenuação dos sinais de caquexia e fadiga oncológica, melhora do padrão respiratório, analgesia e promoção de uma melhor qualidade de vida.

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5. DISCUSSÃOTratamentos incluem medidas desde as de caráter profilático até as destinadas à correção das múltiplas alterações, sendo feitos em longo prazo e envolvendo a participação de uma equipe multidisciplinar. E, especificamente, para o voluntário deste estudo de caso, sugere--se uma fisioterapia a nível profilático e preventivo, evitando e/ou prorrogando uma perda significativa das funções musculoesqueléticas, sensoriais e cognitivas.

Mas, para a realização dessas terapêuticas, deve-se ter cuidado quanto à realização das mesmas, pois devem ser executadas de forma efetiva e segura, seguindo, como critério de avaliação e execução, a capacidade individual, o tipo de terapêutica, a intensidade, a fre-quência e a duração das mesmas. Caso contrário, podem apresentar riscos ao paciente14.

De acordo com um prognóstico não tanto satisfatório descrito no relato de caso deste artigo, foi traçado um tratamento bastante cauteloso, o qual se baseia em promover be-nefícios, como o aumento da amplitude de movimento, analgesia, relaxamento da mus-culatura, melhora da fadiga e caquexia oncológica. Porém, quando prescrito e executa-do de forma irregular, pode vir a provocar malefícios para o paciente, desencadeando, assim, uma maior proliferação da metástase. E, com base nisso, é que adequamos o tratamento às possibilidades desse paciente, ou seja, analisamos qual terapêutica traria mais benefício do que danos.

Acreditando nas melhorias que a fisioterapia pode oferecer ao respectivo relato de caso, sugerimos possíveis tratamentos, sendo estes: hidroterapia, massoterapia, cinesioterapia, acupuntura, e orientações gerais.

A hidroterapia é um recurso fisioterapêutico, que utiliza os efeitos físicos, fisiológicos e cinesiológicos advindos da imersão do corpo em águas aquecidas como recurso auxiliar na reabilitação e/ou prevenção de alterações funcionais, através das propriedades físicas e o aquecimento que a água desempenha sobre o corpo humano15. Tende a promover benefícios quanto ao aspecto físico, possibilitando a estimulação de toda a musculatura corpórea e a manutenção do tônus muscular, assim como controle e manutenção do siste-ma respiratório e cardiovascular. O nível psicológico proporciona elevação da auto-estima do paciente, alívio do seu nível de stress e maior disposição para enfrentar o tratamento ao qual está submetido. E em relação ao aspecto social, é perceptível o favorecimento de relações interpessoais17.

Esse recurso terapêutico tem demonstrado distintos efeitos aos sistemas corporais. Ao analisar o sistema termorregulador, é possível perceber que a manutenção do calor da água durante a terapia diminui a sensibilidade das fibras nervosas com rapidez e a expo-sição prolongada diminui a dor, através da sensibilidade das fibras nervosas de condução lenta. Baseado nisso, prioriza-se por temperaturas que correspondam a faixas de 33°C a 36,5°C, pois o calor úmido penetra até 3,4 cm da pele, atingindo, inclusive, camadas su-perficiais dos músculos. Com isso, tem-se um aumento do número de leucócitos, além da melhora das condições tróficas, levando a um quadro geral do sistema imunológico mais saudável do paciente. Sem esquecer que esse aumento de temperatura promove dilatação dos vasos sangüíneos15,17.

A hidroterapia apresenta, também, alterações significantes em nível de sistema cardiorres-piratório, o qual tende a apresentar mudanças referentes à melhora da capacidade aeróbica,

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das trocas gasosas, irrigação sanguínea, reeducação respiratória, aumento no consumo de energia, auxílio no retorno venoso, resultando na estabilidade da pressão arterial18.

Os exercícios realizados durante a hidroterapia permitem que o sistema muscular possa ser relaxado e o metabolismo estimulado, ocorrendo: redução do espasmo muscular e das dores, diminuição da fadiga muscular, melhora do desempenho geral, recuperação de lesões, melhora do condicionamento físico, auxílio no alongamento muscular, au-mento e/ou manutenção das amplitudes de movimento, melhora da resistência, força muscular e do equilibrio19.

Tendo conhecimento acerca dos benefícios e prioridades físicas que a água aquecida, tão bem como dos exercícios físicos podem promover aos pacientes, em especial os de SE, as técnicas de Bad Raggaz e Watsu são meios auxiliadores na intervenção da referida afecção19.

Atualmente, o método Bad Raggaz é constituído de técnicas de movimentos com padrões em planos anatômicos e diagonais, com resistência e estabilizações fornecidas pelo te-rapeuta, o qual pode executar a técnica de forma passiva ou ativa. A mesma descreve como objetivos terapêuticos a redução do tônus muscular, pré-treinamento de marcha, estabilização do tronco, fortalecimento muscular e melhora da amplitude articular19. A técnica de Watsu, por sua vez, caracteriza-se por aplicar alongamentos e movimentos do shiatsu zen na água, incluindo alongamentos passivos, mobilização de articulações, bem como pressão sobre os pontos de acupuntura, visando equilibrar fluxos de energia através dos meridianos19.

Portanto, os efeitos terapêuticos que a água aquecida vem a ofertar ao paciente com SE diz respeito à prevenção de deformidades e atrofias musculares, melhora da flexibilidade, tra-balho de coordenação motora global, da agilidade e do ritmo, diminuição do tônus, facilita-ção do ortostatismo e da marcha, fortalecimento dos músculos, estimulação do equilíbrio, noção de esquema corporal, propriocepção, facilitação das reações de endireitamento e equilíbrio postural. Não esquecendo que seus benefícios estendem-se aos efeitos psicoló-gicos, objetivando o bem-estar social do indivíduo, pois, quando se passa por dificuldades, o organismo tende a se desorganizar e essa desarmonia pode trazer sérias consequências físicas e/ou psíquicas17,19.

Porém, deve-se ter cuidado com a temperatura da água para que esta não venha a apresen-tar-se de maneira elevada e quanto à escolha dos exercícios que vierem a ser propostos, tendo em vista que o paciente tem índices de fadiga oncológica e metástase presente.

O tratamento clínico do SE tende a se estender por longos e dolorosos períodos de tempo, manifestando efeitos colaterais no paciente, em decorrência da quimioterapia, interferindo, assim, significativamente, na sua qualidade de vida. Implica, na maioria das vezes, em sensações de extrema fadiga, em geral associada à perda de peso e à redução da força muscular, bem como, em quadros de depressão, tendo em vista a afetação ao aspecto psicológico do paciente²².

Portanto, esse comportamento pode levar ao comprometimento gradual do condiciona-mento físico, força muscular, flexibilidade e da capacidade aeróbica, predispondo ao de-senvolvimento da síndrome de imobilização, a qual, uma vez instalada, pode trazer sérios prejuízos para a saúde do paciente, devido ao comprometimento da coordenação motora, ao aparecimento das retrações tendíneas e à redução da amplitude do movimento articular¹².

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Visando a combater os quadros supra citados, pensa-se na cinesioterapia como meio de restaurar e/ou melhorar o desempenho funcional dos segmentos corporais comprome-tidos, através de exercícios que objetivem e desenvolvam a força e o trofismo muscular, tão bem como o senso de propriocepção do movimento, resgatando a amplitude dos mo-vimento articulares e prevenindo a imobilidade no leito²³. Para isso, são importantes os exercícios físicos, como os exercícios passivos, ativos e ativos assistidos. O estímulo à marcha e o condicionamento dos aparelhos cardiovascular e respiratório são também ins-trumentos que podem contribuir para melhorar o processo de reabilitação.

Destaca-se que a utilização dos exercícios terapêuticos deva ser adaptada à capacida-de de cada indivíduo²³. Essa terapêutica pode ser complementada com a associação dos alongamentos, que trazem benefícios quanto ao relaxamento de estresse e tensão, relaxamento muscular, manutenção da mobilidade articular, redução do risco de lesão muscular, melhora da eficiência ao movimento, alivio de cãibra, diminuição da dor e melhora o fluxo sanguíneo24.

Para que estas prescrições sejam realizadas de forma correta e subjetiva, é necessário atentar-se quanto à frequência do exercício, a qual será realizada de acordo com a imo-bilidade, gravidade da contratura encontrada e idade do indivíduo. A velocidade para um exercício ideal distinguiu-se em prevenir lesões musculares, priorizando-se, assim, por atividades lentas. Bem como a intensidade, pois torna a manobra mais confortável para o paciente e favorece a defesa muscular24.

Quando se fala em exercício físico em pacientes oncológicos, deve-se pensar que sua re-alização irá promover uma elevação do gasto energético e o organismo passará a ter uma exigência maior de substratos, que iram competir diretamente com o tumor. Por conse-quência, o tecido doente terá maior dificuldade de crescimento e a realização do exercício físico promoverá aumento do consumo da glicose, diminuindo os níveis desta e de insulina circulantes, o que reduzirá a oferta de substratos às células tumorais20.

São observadas, ainda, alterações positivas nos níveis dos hormônios catabólicos e ana-bólicos, bem como dos mecanismos de defesa antioxidante endógeno, permitindo-nos concluir que sua execução, de forma regular, consciente e sob orientação de um profis-sional especializado, permite, aos portadores de câncer, uma maior chance de sobrevida, auxiliando na cura e bem estar. Desde que se evitem os exercícios de alta intensidade e mais vigorosos²¹.

A massoterapia esta sendo utilizada como terapia adjuvante ao tratamento convencional em pacientes oncologicos, aplicando-se aos casos referentes ao SE que objetiva induzir o relaxamento muscular, o alívio da dor, a redução do stress e dos níveis de ansiedade, tão bem como reduzir os efeitos colaterais provocados pela quimioterapia, como náuseas e vômitos, contribuindo, assim, positivamente, na melhora da qualidade de vida25.

Umas das técnicas da massoterapia com maior aplicabilidade ao SE refere-se à massagem sueca, a qual envolve toques rítmicos, coordenados, além de compressão dos músculos e tecidos conectivos, através das mãos do terapeuta, com o benefício de aumentar a circula-ção, estimulando a drenagem venosa, aumentando o metabolismo do tecido muscular e a elasticidade, assim como promovendo o relaxamento, através do sistema parassimpático realçado a atividade do sistema nervoso simpático25.

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A massagem superficial dilata os vasos sanguíneos e aumenta o fluxo sanguíneo local e o fluxo sanguíneo do membro contra lateral não estimulado, diminuindo a viscosidade do sangue e o valor do hematocrito por hemodiluição, assim como aumenta os componentes fibrinolíticos do sangue, reduz o edema, alivia os espasmos musculares, reduz a inflama-ção do músculo após exercício, previne atrofias, alivia a dor por um curto período e produz um estado de relaxamento²³. Durante a execução da massagem, deve-se ter cuidado quanto a uma precipitação da queda na pressão sanguínea ou à expansão de substancias prejudiciais nos fluxos corporais, pois a técnica de massoterapia pode causar riscos de ex-pansão de células neoplásicas, através do fluxo linfático, gerando a metástase. Entretanto, em pacientes debilitados, que apresentam a doença neoplásica em fase terminal, o risco de expansão metastática é irrelevante e o beneficio fisiológico e os efeitos psicológicos da massagem têm potencial positivo para melhorar a função, alivia sintomas e contribui para a melhoria da qualidade de vida²³.

A acunpuntura esta inserida na medicina tradicional chinesa, a qual toma como base a existência de uma estrutura energética para além do corpo físico, e afirma que, no corpo humano, a energia circula por canais, e que cada canal representa um ponto específi-co a ser puncturado, reorganizando, assim, a circulação energética de todo o corpo. A doença, por sua vez, é sempre uma desorganização da energia funcional que controla e dinamiza os órgãos26.

Atualmente, a acupuntura destaca-se em meio às inúmeras vantagens que podem auxiliar nos distúrbios físicos e metabólicos decorrentes dos tratamentos oncológicos, como um complemento ao tratamento convencional. Pois a mesma ajuda no controle das reações da quimioterapia e radioterapia, trazendo alívio das náuseas e vômitos, analgesia prolongada, aumento dos leucócitos, além de estimular o sistema imunológico28.

A sua realização baseia-se pela punctura de determinados pontos, sendo estes realizados por meio de agulhas e de moxas. As moxas correspondem a uma técnica, que oferece calor ao local em que as agulhas estão inseridas, produzindo efeitos terapêuticos que atin-gem desde a analgesia local a níveis psíquicos. Esta técnica tem promovido benefícios em níveis globais, como equilíbrio da energia interna do paciente, melhora da qualidade de vida, bem como em níveis segmentares, auxiliando quanto aos sinais e aos sintomas de náuseas, vômitos, constipação, diarréia e dor. Porém, deve-se ter cautela quanto à presença de desordens sanguíneas e a sua aplicação no local em que o tumor esta localizado27. A compreensão inadequada do câncer e do seu tratamento podem contribuir para o insuces-so na resposta terapêutica, pela dificuldade de cooperação e aceitação da doença por parte do paciente e/ou familiares. Muitas vezes, isso é causado em decorrência da insegurança na utilização de terapias alternativas, pois a grande maioria dessas terapias citadas não tem seus benefícios reconhecidos cientificamente, quanto que podem ocasionar de forma adjun-ta ao tratamento oncologico, gerando, assim, sentimentos ambíguos sobre elas29.

Referente a esses sentimentos, a família entra em cena como importante componente cul-tural de definição e adoção das práticas complementares, pois é um dos elementos de ela-boração e superação dos sofrimentos e, neste caso específico, é um suporte, pois a família participa de todos os dilemas e convive com os sinais e sintomas manifestos pelo câncer. A família tem um papel importante quanto à aplicação de terapias adjuvantes ao tratamento do câncer, pois as técnicas utilizadas sempre envolverão a questão custo-benefício e a família será o intermédio junto com o paciente sobre a escolha delas ou não, pois existem

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casos que a melhora da qualidade de vida para os pacientes em estágios avançados da doença é mais importante do que a possibilidade do aumento da própria metástase29.

Em decorrência do tratamento quimioterápico, é notório o cansaço e desmotivação do paciente ao longo do tratamento, daí, cabe ao terapeuta encorajar e estimular o paciente durante o tratamento de fisioterapia. Além disso, deve orientar o paciente em relação às suas atividades diárias, ensinando-lhe formas de posicionamento e de exercícios específi-cos, a fim de proporcionar um melhor nível de funcionalidade, independência e bem-estar nas atividades diárias, que resultem em uma melhor qualidade de vida30.

Os resultados deste trabalho demonstraram que pouco existe sobre a aplicabilidade fisio-terapêutica no câncer, e ao que se refere ao sarcoma de Ewing, vem a ser inexistente nas literaturas pesquisadas, visto tratar-se de um sarcoma raro e de alta malignidade.

Apesar de seu alto índice de metástase, não isenta a atuação fisioterapêutica, a qual pode atuar, positivamente, de forma adjuvante ao tratamento clínico do SE, aliviando os sinto-mas advindos do próprio SE, assim como os efeitos colaterais que o tratamento clínico tende a manifestar sobre o paciente.

Por fim, torna-se necessário um estudo prático, que permita a manipulação de indivíduos com diagnóstico de SE, para que se venha a mensurar e avaliar os reais benefícios e male-fícios que o tratamento fisioterapêutico possa vir a manifestar sobre esses pacientes.

6. REFERÊNCIAS1Silva, IR. O impacto das orientações ergonômicas e o tratamento fisioterapeutico na saúde das mulheres pós-cirurgicas de câncer de mama que retornaram ao trabalho. Porto Alegre. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2003.2Ouchen, FS. Neoplasias. Definiciones.Nomenclatura. Características. 2008. [Acesso em 01 set. 2010]. Disponível em: http://eusalud.uninet.edu/apuntes/tema_14.pdf.3Instituto Nacional do Câncer (INCA). Família de Tumores de Ewing: Sarcoma de Ewing e Tumores Neuroectodérmicos Primitivos Periféricos (Askin). [Acesso em 22 ago 2010]. Disponível em: http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=345.4Pereira RJS, Araújo R, Araújo SCP, et al. Sarcoma de Ewing extraósseo. Arq. Bras. Ciênc. Saúde; jan. 2010; 1(35): 65-68, 28. [Acesso em 26 set. 2010]. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/1983-2451/2010/v35n1/a016.pdf.5Sassi LM. Sarcoma de Ewing. Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço 2008; 1(37): 56-57. [Acesso em 14 out. 2010]. Disponível em: http://sbccp.netpoint.com.br/ojs/index.php/revistabrasc-cp/article/view/201/206.6Catalan J, fonte AC, Lusa JRB, et al. Sarcoma de Ewing: Aspectos clinicos e radiograficos de 226 casos. Radiol Bras 2005; 5 (38): 333-336. [Acesso em 15 out. 2010]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-39842005000500005.7Ostronoff F, Lopes AC, Domingues SH, et al. Sarcoma de Ewing – Família de Tumores. Gru-po Editorial Morreira Jr. 2002; 189-192. [ Acesso em 17 set. 2010]. Disponível em: http://www.cibersaude.com.br/revistas.asp?id_materia=2002&fase=imprime.

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9Morgan CR. Onologia Pediatrica. In: Tecklin, Jan Stephen. Fisioterapia Pediatrica. 3. ed. Porto Alegre – Rs: Artmed, 2002. Cap. 10, p. 295-296.

10Cervo AL, Bervian PA. Pesquisa-conceitos e definições. In: Cervo, Amado L; Bervian, Pe-dro A.. Metodologia Cientifica. 5. Ed. São Paulo: Pretice Hall, 2002. Cap.4,p.63-74.

11Machado SM, Sawada NO. Avaliação da qualidade de vida de pacientes oncológicos. Tex-to Contexto Enferm, Florianopolis, 2008;750-757. [Acesso em 17 out. 2010]. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v17n4/17.pdf.

12Teixeira LEM, Araujo ID, Andrade MAP, et al. Recidiva local nos sarcomas de tecidos moles: fatores prognósticos. Rev. Col. Bras. Cir., Belo Horiqzonte 2009; 5 (36): 377-381. [Acesso em 26 out. 2010]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69912009000500004.

13Barreto JH, Mendonça N. Diagnóstico precoce do câncer na criança e no adolescente. [ Acesso em 22 out. 2001]. Disponível em: http://www.clinicaonco.com.br/conteudo/noti-cias/pdf/000062.pdf.

14Battaglini CL, Bottaro M, Campbell JS, et al. Atividade física e níveis de fadiga. Rev Bras Med Esporte2004; 2 (10): 98-104. [Acesso em: 16 out. 2010]. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbme/v10n2/a04v10n2.pdf.

15Caromano FA, Candeloro JM. Fundamentos Da Hidroterapia Para Idosos. Arq. Ciênc. Saú-de Unipar 2001; 2 (5):187-195. [Acesso em 14 out. 2010] Disponível em: http://www.sld.cu/galerias/pdf/sitios/rehabilitacion-bal/carromanofa_candeloriomj.pdf.

16BIASOLI MC, MACHADO CMC. Hidroterapia: aplicabilidades clínicas. Grupo Editorial Mor-reira Jr São Paulo, 2006; 225-237.

17 Sacchelli T, Accacio LMP, Radl ALM. Fisioterapia Aquática. São Paulo: Manole, 2007. Cap. 1-2, p. 1-22.

18Elsner VR, Trentin RP, Horn CC. Efeito da hidroterapia na qualidade de vida de mu-lheres mastectomizadas. Arq Ciênc Saúde, Campus de Erechim, 2009; 2(16): 67-71. [Acesso em: 01 out. 2010] Disponível em: http://www.cienciasdasaude.famerp.br/racs_ol/vol-16-2/ID330.pdf.

19Jakaitis F. Métodos de tratamento aquático. In: Jakaitis, Fabio. Reabilitação e terapia aquá-tica: aspectos clínicos e práticos. São Paulo: Roca, 2007. Cap. 3, p. 20-47.

20Spinola AV, Manzzo IS, Rocha CM. As relações entre exercício físico e atividade física e o câncer. Efeitos Do Exercício Sobre A Incidência E Desenvolvimento Do Câncer, São Paulo, v. 1, n. 6, p.39-48, 2007. Disponível em: <http://portal.uninove.br/marketing/cope/pdfs_re-vistas/conscientiae_saude/csaude_v6n1/cnsv6n1_3c34.pdf>. Acesso em: 01 out. 2010.

21Pedroso W, Araújo MB, Stevanato E. Atividade física na prevenção e na reabilitação do câncer. Departamento de Educação Física – Universidade de Taubaté Unitau, Motriz, Rio Claro, 2005; 3(11): 155-160.

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22Diettrich, SHC. Eficácia de um programa de atividade física nos níveis de fadiga em pa-cientes em tratamento de câncer de mama. Campo Grande. Tese [Doutorado em Ciências da Saúde] – Programa Multiinstitucional de Pós-graduação em Ciências da Saúde, 2007. [Aces-so em: 16 out. 2010]. Disponível em: http://repositorio.bce.unb.br/bitstream/10482/2813/1/tese%20doutorado%20de%20Sandra%20Helena%20Correia%20diettrich.pdf.

23Sampaio LR, Moura CV, Resende MA. Recursos fisioterapêuticos no controle da dor onco-lógica:. Revista Brasileira de Cancerologia, Belo Horizonte, 2005; 4(51): 339-346. [Acesso em: 26 out. 2010]. Disponível em: http://www.inca.gov.br/rbc/n_51/v04/pdf/revisao5.pdf.

24Kisner C, Colby LA. Alongamento. In: Kisner, Carolyn; Colby, Lynn Allen. Exercícios Te-rapêuticos: Fundamentos e Técnicas. 4. ed. São Paulo: Manole, 2005. Cap. 5, p. 171-215.

25Ferreira ASM, Lauretti GR. Massoterapia como técnica adjuvante no controle da dor em pacientes oncologicos sob cuidados paliativos. Pratica Hospitalar, São Paulo, 2007; 53:161-163. [Acesso em: 26 out. 2010]. Disponível em: http://www.praticahospitalar.com.br/pratica%2053/pdf/mat%2026.pdf.

26Marcucci FCI. O papel da fisioterapia nos cuidados paliativos a pacientes com câncer. Re-vista Brasileira de Cancerologia, 2005; 1(51): 67-77.[Acesso em: 25 set. 2010]. Disponível em: http://www.inca.gov.br/rbc/n_51/v01/pdf/revisao4.pdf.

27Yoshida Y, Osaka S, Tokuhashi Y. Raesneaarclhysis of limb function after various. World Journal Of, Japan, 2010; 39(8):2-7.

28Carneiro MN. Acupuntura na Prevenção e Tratamento. 2007. [Acesso em: 17 set. 2010]. Disponível em: http://www.scribd.com/doc/6584161/Acupuntura-e-Prevencao-e-Trata-mento-de-Nauseas-e-Vomitos.

29Salles OS, Castro RCBR. Validação de material informativo a pacientes em tratamento quimioterápico e aos seus familiares. Rev. Esc. Enferm. Usp, São Paulo; 1(44): 182-189. [Acesso em: 26 out. 2010]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342010000100026.

30Bacci G. Treatment of nonmetastatic Ewing’s sarcoma family tumors. Eur Spine J: Política e Gestão para a Periferia, Bologna, Italy, 2009; (18): 1091-1095, [Acesso em: 28 ago. 2010] Disponível em: http://www.springerlink.com/content/1236638366068474/fulltext.pdf.

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LEVANTAMENTO RETROSPECTIVO

DOS ATENDIMENTOS EM ESTRIAS

DO AMBULATÓRIO DE FISIOTERAPIA

DERMATO-FUNCIONAL DA UNIVERSIDADE

POTIGUAR (UNP), NATAL/RNRodrigo Marcel Valentim da Silva • Mestrando em Fisioterapia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN. E-mail: [email protected] | Diego Robson de Lima Cruz • Graduado em Fisioterapia. Universidade Potiguar UnP. E-mail: [email protected] |Juliana Lima Cavalcanti • Graduado em Fisioterapia. Universidade Potiguar UnP. E-mail: [email protected] | Patrícia Froes Meyer • Doutora em Ciências da Saúde. Universidade Potiguar UnP E-mail: [email protected]

Data de Submissão: dezembro de 2011Data de Aceite: fevereiro de 2012.

Resumo: As estrias são uma atrofia de pele adquirida devido ao rompimento de fibras elásticas e colágenas. Um dos métodos de tratamento para as estrias é a galvanopuntura. Este estudo realizou um levantamento retrospectivo de 8 anos de atendimentos realizados no ambulatório de Fisioterapia Dermato-funcional da Universidade Potiguar (UnP), utilizando a corrente galvânica como forma de tratamento.Foram analisados 155 prontuários (2000 a 2008), sendo 151 pacientes do sexo feminino e apenas 4 do masculino, com faixa etária variando de 15 a 51 anos. Avaliando os resultados, evidenciou-se que a média de sessões mais fre-quente foi de 4 a 7, sempre uma vez por semana, sendo que 50,96% dos pacientes não concluíram o trata-mento, 22% fizeram apenas o teste avaliativo de inflamação e 28,96%, no máximo, 3 sessões. As causas principais de abandono foram o descrédito na terapia (21,93%), complicações (2%), uso de medicamentos antiinflamatórios (2%) e dor (2%).

Palavras-chave: Estética. Modalidades em Fisioterapia. Estrias de Distensão. Dermatologia.

RETROSPECTIVE SURVEY OF ATTENDANCES STARKS

IN THE OUTPATIENT PHYSICAL THERAPY IN DERMATO-

FUNCIONAL AT THE UNIVERSITY POTIGUAR, NATAL/ RN

Abstract: Stretch marks are acquired skin atrophy due to disruption of elastic fibers and collagen. One me-thod of treatment for stretch marks is galvanic micro current. This study performed a retrospective review of 8 years of treatment in Physical therapy in the dermato-funcional ambulatory at Universidade Potiguar, using galvanic micro current. There was found 155 medical records (2000 to 2008), 151 female patients and only four males, with ages ranging from 15 to 51 years old. The results showed that the average was more frequent, just about 4 to 7 sessions, once a week, and 50.96% of patients did not complete treatment, 22% did only the evaluation test and 28.96% of patients did only three sessions. The main causes of dropout were discredited in therapy (21.93%), complications (2%), use of anti-inflammatory drugs (2%) and pain (2%).

Keywords: Aesthetics. Physical Therapy. Striae distension.

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1. INTRODUÇÃOAs estrias caracterizam-se por afecções dermatológicas comuns, sendo desagradáveis es-teticamente, incomodando homens e, principalmente, mulheres de diferentes faixas etá-rias. Analisando o aspecto histológico, apresentam-se como lesões atróficas que disper-sam o tecido colágeno e elástico, além de redução da presença das células da pele como queratinócitos, melanócitos e fibroblastos1.

Observa-se que as estrias podem se distribuir de maneira local ou numerosa, com disposi-ção paralela umas às outras e perpendicularmente às linhas de clivagem da pele. No início, as estrias têm aspecto eritemato-violáceas, finas e podem gerar prurido, caracterizando sua fase inflamatória2.

Ao passar a fase inflamatória, as estrias evoluem para um quadro atrófico, adquirem o aspecto esbranquiçado, quase nacarado, tornando-se mais largas, devido ao rompimento de fibras elásticas e colágenas3.

A etiologia das estrias, atualmente, é considerada multifatorial, estando relacionada a di-ferentes situações clínicas, sustentando-se através das teorias mecânicas, metabólicas e genéticas para o seu desenvolvimento 2,3.

Segundo a teoria mecânica, as estrias podem surgir a partir de um repentino estira-mento da pele, em fases específicas da vida, como no crescimento adquirido na fase da puberdade; bem como no aumento ponderal do peso corporal em transtornos alimenta-res, como a obesidade; ou, ainda, durante a gravidez. Já a teoria metabólica afirma que as estriações da pele surgem em decorrência de alterações hormonais no organismo, tais como elevação dos níveis de cortisol e estrogênios, alteração da atividade metabó-lica. Por último, a teoria genética afirma a existência de sítios gênicos específicos no cromossomo X, que atuam diretamente na atividade das fibras colágenas e elásticas, formando as estrias 3,4.

Nos últimos anos, o desenvolvimento de estudos sobre as patologias da pele e estéticas tem promovido o conhecimento sobre os aspectos clínicos funcionais decorrentes das estrias. A fisioterapia dermato-funcional, como área em expansão da fisioterapia, possui diversas modalidades terapêuticas carentes de estudo, contudo, muitos de seus recursos fazem sucesso perante a comunidade, além de oferecer resultados para os padrões dese-jados durante o tratamento.

Na terapêutica fisioterápica para as estrias, diversas abordagens são utilizadas atualmente, não buscando a cura da estria, mas sim a melhora do aspecto visual e da composição do tecido, dentre esses, o recurso mais utilizado é a galvanoterapia5.

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A galvanopuntura trata-se de uma técnica que associa os benefícios da corrente galvânica, como a estimulação sensorial, hiperemia capilar, aumento da circulação, nutrição da área e aceleração do processo de cicatrização, aos efeitos do processo inflamatório induzido pela puntura, escarificação ou deslizamento da agulha, que será também o meio pelo qual a corrente penetrará pela pele, no local da estria 6,7.

A galvanoterapia ou galvanização é o uso terapêutico da corrente galvânica, utilizando-se, exclusivamente, os efeitos polares por ela promovidos. Os tecidos biológicos apresentam uma grande quantidade de íons positivos e negativos dissolvidos nos líquidos corporais, os quais podem ser colocados em movimento ordenado por um campo elétrico polarizado, aplicado na superfície da pele 4,5. Esse movimento dos íons dentro dos tecidos tem im-portantes consequências, primeiramente físicas, e, consequentemente, químicas. Alguns autores5 chegam a considerar que, após a galvanização, os vasos e nervos permanecem, ainda, hipersensíveis por vários dias.

Fundamentado sobre os efeitos descritos, a galvanoterapia tornou-se, ao longo dos anos, um recurso fisioterápico, principalmente na eleição para o tratamento das estrias, assim como a fisioterapia dermato-funcional tem adquirido respeito na comunidade científica e na sociedade, devido aos resultados obtidos pela sua aplicação. Sendo assim, ao longo dos anos, o serviço de fisioterapia dermato-funcional da Clínica Integrada de Saúde da Univer-sidade Potiguar (UnP) tem recebido diversos pacientes desde a implantação do serviço em 2000. Tendo em vista o grande fluxo de pacientes, esse estudo visa a investigar o perfil dos pacientes e o motivo de desistência desses atendimentos.

2. MÉTODOSTrata-se de um estudo observacional descritivo e retrospectivo. Este estudo realizou um levantamento retrospectivo de 8 anos de atendimentos realizados no ambulatório de Fisioterapia Dermato-funcional da UnP, utilizando a corrente galvânica (galvanopun-tura), com intensidade constante de 180 μA em estrias brancas. Foram analisados 155 prontuários (2000 a 2008).

3. RESULTADOSDe acordo com os dados obtidos com a pesquisa, pode-se enxergar um panorama geral do grupo de pacientes atendidos no serviço de fisioterapia dermato-funcional da Clínica In-tegrada de Saúde. Observou-se cerca de 155 prontuários de pacientes atendidos nos anos 2000 a 2008, constatando que 97,50% dos pacientes eram do sexo feminino, equivalendo a 151 mulheres, enquanto 2,50% dos pacientes foram do sexo masculino, correspondendo a apenas 4 pessoas (Figura 1).

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Divisão Gênero

120,00%

100,00%

80,00%

60,00%

40,00%

20,00%

0,00%

2,50%

97,50%

Matutino Feminino

Figura 1 – Divisão por gênero dos pacientes atendidos no serviço de fisioterapia da clínica escola da UnP.

Observou-se, também, que a faixa etária mais acometida ficou entre os 20 e 24 anos de idade, representando 49,03% dos casos (Figura 2).

Porc

enta

gem

Faixa Etária

0.00% 10.00%

12.90%

6,45%

19.35%

49,03%

12.25%

20.00% 30.00% 40.00% 50.00%

Acima de 35

Acima de 30-34

Figura 2 – Faixa etária dos pacientes atendidos no serviço de fisioterapia da clínica escola da UnP.

A média de sessões mais frequente foi de 4 a 7, sempre uma vez por semana, sendo que 50,96% dos pacientes não concluíram o tratamento, 22% fizeram apenas o teste avaliativo de inflamação e 28,96%, no máximo, 3 sessões (Figura 3).

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Porc

enta

gem

Números de Sessões

0.00% 10.00%

7,00%

16.77%

25,16%

50,96%

20.00% 30.00% 40.00% 50.00% 60.00%

Acima de 12

8 a 11

4 a 7

0 a 3

Figura 3 – Número de sessões realizadas pelos pacientes atendidos na clínica escola da UnP.

A figura 4 demonstra que as causas principais de abandono foram o descrédito na te-rapia (21,93%), complicações (2%), uso de medicamentos antiinflamatórios (2%) e dor (2%). Verificou-se que 10,32% dos pacientes concluíram, satisfatoriamente, o tratamento e 41,29% interromperam devido aos períodos de férias acadêmicas e não retornaram.

Porcentagem

Motivos de Término do Tratamento

0.00%

10.00%10,32%

21,93% 22%

2%

20.00%

30.00%

40.00%

50.00%

1,29%1,29%

41,29%

Alta por Abondono

Alta por Complicações

Tratamento concluídoSatisfatoriamente

Alta por Achar oTratamento Doloroso

Paciente Apenas foi Avaliada

Encerramento da AtividadesAcadêmicas

Alta por Uso deMedicamento

Figura 4 – Motivos de término de tratamento de estrias na clínica escola da UnP.

4. DISCUSSÃONeste estudo, pode-se constatar a íntima relação do sexo feminino com a incidência de estrias e a procura por tratamentos estéticos, através da fisioterapia dermato-funcional. O resultado corrobora com alguns estudos3, os quais afirmam que as estrias são encon-tradas em ambos os sexos, mas com predominância no sexo feminino. Associa-se esse fator, principalmente, à atividade hormonal da mulher, a qual passa por diversas alterações ao longo da vida, principalmente a partir da adolescência, já que ocorre o aumento do hormônio glicocorticóide e estrogênios. Associa-se, também, essa modificação hormonal

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com o uso de anticoncepcionais na fase reprodutiva da mulher, bem como as modificações sistêmicas no corpo feminino durante a gravidez7.

Observou-se a manifestação predominante na faixa etária entre os 20 e 24 anos de idade, representando 49,03% dos casos, (figura 2). A incidência é maior no sexo feminino6 entre 9-35 anos, no entanto, observou que a maior prevalência ocorre na faixa etária dos 14 aos 20 anos8. Fato este justificado pela grande descarga hormonal de estrógeno nessa faixa de idade, bem como pelo surgimento das diversas alterações permanentes no corpo e nos órgãos reprodutivos femininos. A manifestação, nessa faixa de 20 e 24 anos, atinge princi-palmente mulheres adultas jovens, em idade reprodutiva. Além disso, a maior preocupação da população mais jovem com o perfil estético torna esse público mais assíduo na busca pelos tratamentos dermato-funcionais8.

A frequência de sessões foi, em média, de 4 a 7, sendo semanal, explicando-se por fatores, como resposta inflamatória dos tecidos de cada paciente e disponibilidade dos pacientes e do serviço de fisioterapia. Pode-se observar que 50,96% dos pacientes não concluíram o tratamento, 22% fizeram apenas o teste avaliativo de inflamação e 28,96%, no máximo, 3 sessões, (Gráfico 3). Quanto à aplicação da galvanopuntura no tratamento das estrias, fo-ram verificados resultados após oito sessões de tratamento, tempo semelhante as nossas médias de atendimentos e, em dois estudos de caso, foi observado o desenvolvimento de fibras colágenas mais densas, fibras elásticas agora também dispostas no centro da lesão, riqueza de fibroblastos na região, neovascularização, além de melhor aspecto cutâneo9.

Na figura 4, foi observado o gráfico sobre as causas do término de tratamento, sendo as principais causas do abandono o descrédito na terapia (21,93%), as complicações (2%), o uso de medicamentos antiinflamatórios (2%) e a dor (2%). O uso de antiinflamatórios da classe dos corticosteróides, aumento dos níveis de cortisol desencadeando o apareci-mento das estrias. Verificou-se que 10,32% dos pacientes concluíram, satisfatoriamente, o tratamento, conforme os resultados de alguns autores10, isso demonstrou a eficácia da aplicação da microcorrente galvânica no tratamento das estrias albas.

A microgalvanopuntura apresenta resultados promissores no tratamento de estrias albas, visto que o método estimula um processo inflamatório ocasionado pela inserção da agulha e pela corrente galvânica, fazendo com que as estrias se suavizem pela regeneração celular10.

Em um estudo de caso com uma paciente com estrias albas, observou-se que, após três sessões, obtinham-se resultados terapêuticos positivos, com a ocorrência de mudança na coloração da estria e aumento da sensibilidade dolorosa e tátil2.

Em outro estudo, no qual incluíram 11 pacientes, comparando os tratamentos de intra-dermoterapia, com vitamina C, ácido hialurônico e lidocaína, a microgalvanopuntura, após 10 sessões, apresentou melhora do padrão estético e histológico, bem como me-nos complicações11.

Cerca de 41,29% dos pacientes interromperam o tratamento devido aos períodos de férias acadêmicas e não retornaram. Pode-se analisar, no gráfico 4, que o interrupção do trata-mento, no período das férias, desestimula os pacientes, que, por sua vez, não procuram dar continuidade ao tratamento. Não foi obtido nenhum material que se relacione a essa variável.

Este estudo demonstra que a dificuldades de adesão e permanência no tratamento é de-vido, principalmente, ao descrédito em relação à técnica, bem como devido à interrupção

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dos atendimentos no período do recesso acadêmico. Mas, de acordo com os resultados obtidos na literatura, podemos considerar que a galvanopuntura é um método eficaz e que possui aplicabilidade clínica.

5. REFERÊNCIAS1Borges FS. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006; 1: 236-237.

2 Silva NF, Medeiros DBLG, Alves TS, Meyer PR. Estudos de caso utilizando corrente galvâ-nica em estrias realizadas no ambulatório de FARN – RN. Kinesia, 2009, 1(68).

3 Maia M, Marçon CR, Rodrigues SB, Aoki T. Estrias de distensão na gravidez: fatores de risco em primíparas. An. Bras. Dermatol. Dec 2009 ; 84(6): 599-605.

4 Cho S, Park ES, Lee DH, Li K, Chung JH. Clinical features and risk factors for striae disten-sae in Korean adolescents. J Eur Acad Dermatol Venereol, 2006; 20:1108-13.

5White PAS, Gomes RC, Mendonça AC, Braganholo LP, Ferreira AS. Efeitos da galvanopun-tura no tratamento das estrias atróficas. Fisioterapia Brasil 2008; 9:53-58.

6Rusenhack C. Terapia por Microgalvânica em Dermato-Funcional. Fisio & Terapia 2004; 8:24-26.

7 Atwal GSS, Manku LK, Griffiths CEM, Polson DW. Striae gravidarum in primiparae. Br J Dermatol 2006;155:965-9.

8Taborda JS. Tratamento de estrias com corrente galvânica associado ao uso diário dos ácidos retinóico e glicólico. Porto Alegre. Monografia [Graduação]. Faculdade Assis Gurgacz, 2005.

9Azevedo KD, Pita B, Schütz MJC. Análise dos efeitos da corrente contínua filtrada cons-tante no tratamento de estrias: relato de casos. Recife. Monografia [Graduação]. Faculdade Integrada do Recife, 2003.

10Santos CM, Simões NP. Tratamento estético da estria através da microgalvanopuntura. FisioBrasil. Nov/Dez 2003, 62; 15-17.

11Saavedra LP, Saavedra IP, Angelich A. Avaliação histológica dos efeitos da intradermote-rapia e galvanopuntura em estrias. Kinesia, 2009, 68.

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TRATAMENTO DE REJUVENESCIMENTO

FACIAL PELA ESTÉTICA E FISIOTERAPIA

DERMATO FUNCIONAL: UM PRÉ-TESTEEneida Morais Carreiro • Especialista em Fisioterapia Dermato-funcional. Docente. Universidade Potiguar UnP. E-mail: [email protected] | Ingrid Luara de Oliveira Soares • Graduando em Fisioterapia. Universidade Potiguar UnP. E-mail: [email protected] | Rodrigo Marcel Valentim Silva • Mestrando em Fisioterapia. Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN. E-mail: [email protected] | Glenda Maria Correia de Oliveira • Especialista em Docência do Ensino Superior. Docente. Universidade Potiguar UnP. E-mail: [email protected] | Giovanna Germek Coelho Santos • Graduanda em CST Estética e Cosmética. Universidade Potiguar UnP. E-mail: [email protected] | Maria de Fátima Sales de Moraes • Graduanda em CST Estética e Cosmética. Universidade Potiguar UnP E-mail: [email protected] | Patrícia Froes Meyer • Doutora em Ciências da Saúde. Docente. Universidade Potiguar UnP. E-mail: [email protected]

Data de Submissão: dezembro de 2011.Data de Aceite: fevereiro de 2012.

Resumo: O envelhecimento é um processo natural dos seres vivos, o qual acarreta diversas alterações mor-fofuncionais. Dentre essas alterações, podemos observar as alterações na pele, tais como o aparecimento de rugas, flacidez da pele, principalmente da face. A área de estética lança mão de recursos manuais, como a massagem e cosméticos, atuando desde a preparação da pele para receber o tratamento, até a prevenção do seu envelhecimento. A fisioterapia dermato-funcional utiliza diversos recursos, tais como a microcorrente, correntes excitomotoras, correntes galvânicas, cinesioterapia, entre outros.Esta pesquisa tem por objetivo es-tudar os efeitos do tratamento estético do programa “Rejuvenescer na UnP”. Trata-se de um estudo pré-teste, de três pacientes participantes do programa. As voluntárias foram submetidas a uma avaliação facial com utilização de um questionário validado (Protocolo de Avaliação Facial – PAF), que avalia vários aspectos da face e classifica o envelhecimento pela escala de Goglau,Tsuji, Lapiere e Pierard. Foi observada uma melhora clínica na avaliação destes aspectos. Na avaliação inicial, foi observado que 90 % de pacientes apresentavam grau 3 na classificação de Goglau, reduzindo, na avaliação final, para 16 %.Verificou-se, de acordo com Tsuji, uma redução das rugas profundas de 100% para 68%.Além disso, observou-se uma redução do grau de rugas de Lapiere e Pierard de 3 (100 %) para 84 %. Concluiu-se que os resultados foram positivos, provavelmente pela efetividade das técnicas, salientando-se, também, a importância do trabalho em equipe nesta especialidade.

Palavra-Chave: Envelhecimento da pele. Estética. Modalidades em Fisioterapia.

FACIAL REJUVENATION TREATMENT FOR COSMETIC AND

FUNCTIONAL PHYSICAL THERAPY DERMATOLOGY: A PRE-TESTAbstract: Aging is a natural process of living organisms which cause many morph functional changes. Among these changes we can observe changes in the skin such as wrinkles, sagging skin, especially of the face. The area of aesthetics makes use of massage and cosmetics, operating since the preparation of the skin to receive treatment, to prevention of aging. Physical therapy uses different dermato-functional technics such as micro current, exctomotors currents, galvanic currents, kinesiotherapy, among others. This research aims to discuss the effects of cosmetic treatment of the “rejuvenating in UNP.” This is a pre-test study of three patients in the program. The volunteers passed by a facial assessment using a validated questionnaire (Assessment Protocol Facial – APF), which assesses many aspects of the aging face and classified by the scale of Goglau, Tsuji, LaPie-re and Pierard. We observed a clinical improvement in the evaluation of these aspects. In the initial assessment it was observed that 90% of patients with grade 3 in the classification of Goglau, reducing the final evaluation to 16%. It was according to Tsuji a reduction of deep wrinkles from 100% to 68%. Moreover, there is a reduction of the degree of wrinkles and Pierard LaPiere of 3 (100%) to 84%. It was concluded that the results were positive for likely effectiveness of the techniques, stressing the importance of teamwork in this specialty.

Keyword: Aging skin. Aesthetics. Methods in Physical Therapy.

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1. INTRODUÇÃOO envelhecimento é um processo natural do organismo, ocorre desde o nascimento, mas só aparecem sinais após a terceira idade. Está intimamente relacionado com a qualidade de vida do indivíduo1. A medicina, a fisioterapia e a estética promovem o desenvolvimento de técnicas destinadas a corrigir alterações do relevo cutâneo da face e de outras regiões do corpo, por meio de procedimentos clínicos, desde minimamente invasivos, com produ-tos químicos tópicos e injetáveis, até procedimentos cirúrgicos2. A estética lança mão de recursos manuais, como a massagem e cosméticos, atuando desde a preparação da pele para receber o tratamento, até a prevenção do seu envelhecimento. A fisioterapia dermato--funcional utiliza técnicas, como galvanopuntura, iontoforese, microcorrentes, correntes excitomotoras, laser e ginástica facial, associadas aos cosméticos funcionais3.

O atendimento de rejuvenescimento facial para população carente tem sido realizado na Universidade Potiguar (UnP), através do projeto de extensão “Rejuvenescer na UnP”, com assistência multidisciplinar dos cursos de Fisioterapia e Estética e Cosmética, com o obje-tivo de prevenir o envelhecimento facial e tratar as rugas já existentes.

2. METODOLOGIATrata-se de um estudo pré-teste. As voluntárias do estudo são participantes do projeto de extensão “Rejuvenescer na UNP”, no qual, foram atendidos 3 pacientes no período de fe-vereiro a maio, que estavam em tratamento na Clínica Integrada de Saúde da UnP, na faixa etária de 53 a 59 anos. Os critérios de inclusão foram: estar em tratamento no projeto de extensão “Rejuvenescer na UNP” e apresentar rugas e flacidez facial. O critério de exclusão foi: ausentar-se do tratamento mais que 2 sessões.

Inicialmente, as três voluntárias foram convidadas a participar do estudo, sendo aplicado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Após isso, foram submetidas a uma avaliação facial, conforme o protocolo validado (Protocolo de Avaliação Facial – PAF), que apresenta a classificação de Goglau,Tsuji e Lapiere e Pierard. O PAF é recomendado para profissionais de fisioterapia e estética, pois fornece informações importantes sobre a simetria e aspecto da face, sendo qualificado, seguro e aplicável na prática clínica diária, possibilitando o tra-tamento mais específico de cada paciente4.

Posteriormente, as pacientes foram submetidas a um protocolo padrão de tratamento, com 20 sessões de terapia combinada de estética e fisioterapia dermato-funcional. Foram aplicados três protocolos distintos:

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As características de cada paciente e as condutas utilizadas especificamente em cada caso clínico são especificadas a seguir:

CASO 01: R.C.O., 53 anos, de cor parda, não tabagista, sem flacidez na face e adepta do protetor solar. Foram detectadas rugas profundas na região frontal da face. Realizou 20 atendimentos.

Condutas: higienização da pele com gel de limpeza e sabonete mousse esfoliante; tonifica-ção com loção tônica e suavizante; alongamento dos músculos faciais (frontal, corrugador do supercílio e orbicular dos olhos) sustentados por 15 segundos; ionização (corrente galvânica) com concentrado ionizável com hexapeptideo 3, aplicado na região frontal, du-rante 5 minutos em cada polaridade, com intervalo de 3 minutos; finalização com máscara refrescante de maçã vermelha e a utilização de protetor solar.

CASO 02: A.B.O, 59 anos, de cor branca, não tabagista, com flacidez na face e região sub-mentoniana. Adepta do protetor solar. Realizou 19 atendimentos. Foram detectadas rugas profundas nas seguintes regiões: frontal, glabelar, mentoniana e orbicular dos olhos.

Condutas: higienização acrescida de esfoliação na região da face, utilizando gel de limpeza e sabonete mousse esfoliante, durante 3 minutos; FNP – Kabat facial, utilizando o método Rood, com resistência manual para fortalecer a musculatura de

zigomático; alongamentos na região frontal e orbicular dos olhos, com duração de 30 se-gundos cada; microcorrente galvânica com a técnica de escarificação e utilizando 300 mi-croamperes; exercícios de mímica facial para musculatura de zigomáticos maior e menor e risório e aplicação de protetor solar.

CASO 03: E.A.B, 58 anos, de cor parda, não tabagista, com flacidez na face e região sub-mentoniana. Adepta do protetor solar. Realizou 20 atendimentos. Foram detectadas rugas superficiais e profundas nas seguintes regiões: frontal, perioral e periorbicular dos olhos.

Condutas: Higienização da pele com gel de limpeza purificante e sabonete mousse esfolian-te; microcorrente galvânica contínua, em intensidade de 300 microamperes, com a técnica de deslizamento; alongamento da musculatura frontal, orbicular dos olhos e da boca; cor-rente excitomotora de baixa frequência para o fortalecimento da musculatura zigomática, com frequência sendo 10 Hz, Kabat facial na musculatura zigomática; massagem do tecido conjuntivo, utilizando o deslizamento, pinçamento, rolamento e percussão em toda a face e a utilização de protetor solar.

Todos os pacientes foram orientados quanto à importância da ingestão de água e aos cuidados relativos à alimentação e ao excesso de sol. O PAF foi aplicado no primeiro, décimo e último dia de atendimento. Assim, após o término do protocolo de inter-venção, as pacientes foram reavaliadas de acordo com o questionário e protocolos utilizados na avaliação inicial.

Após a realização dos protocolos propostos, os resultados foram tabulados no Micro sof-tware Excel 2007, e foram feitas analises estatísticas descritivas e, em seguida, apresenta-dos os resultados em gráficos.

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3. RESULTADOSEm relação aos resultados, a avaliação quantitativa considerou os 03 tipos de classificação que constam no PAF (Goglau, Tsuji e Lapiere e Pierard), conforme os dados abaixo:

Classificação de Rugas conforme GOGLAU

100%90%80%70%60%50%40%30%20%10%

0%0% 0% 0%

72%

90%

16%10%10%

Pré

Pos

Grau 1 Grau 2 Grau 3 Grau 4

Figura 01 : Variação da classificação de rugas, de acordo com o protocolo de GOGLAU, pré e pós intervenção.

120%

100%

80%

60%

40%

20%

0%

Classificação de Rugas Pré e Pós - Intervenção de acordo

com TSUJI

100%

0%

68%

32%

Pré Pós

Rugas Profundas

Rugas Superficial

Figura 2: Variação da classificação das rugas, de acordo com o protocolo de TSUJI, pré e pós intervenção.

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Classificação de Rugas de acordo com Lapiere e Pierard

120%

100%

80%

60%

40%

20%

0%

Pré

Pós

16%

100%

84%

0%0%0%

Grau 1 Grau 2 Grau 3

Figura 3: Variação da classificação de Rugas, de acordo com Lapiere e Pierard

4. DISCUSSÃOSegundo alguns autores5, Goglau propõe um sistema de gradação para rugas com quatro níveis. Pacientes jovens, normalmente na segunda ou terceira década de vida, apresentam apenas os primeiros sinais de fotoenvelhecimento, normalmente como uma mudança na uniformidade de cor, mas, geralmente, não apresentam sinais de rugas, mesmo ao falar ou com determinadas expressões faciais. Esses pacientes são caracterizados com o tipo I na escala de Goglau, sem rugas.

Conforme o paciente envelhece, as rugas começam a aparecer, primeiramente, apenas quando o rosto está em movimento, usualmente como linhas de expressão, paralelas aos lábios, cantos da boca e outras pequenas áreas. Esses pacientes, frequentemente, utilizam maquiagem para diminuir a irregularidade na cor e eles estão normalmente nos seus trinta ou quarenta anos de idade. Quando está imóvel, o rosto não apresenta linhas. Esses pacien-tes são caracterizados com o tipo II na escala de Goglau, “rugas apenas em movimento”.

Aproximadamente na quinta década de vida, as rugas aparecem quando o rosto está em repouso. Linhas horizontais se tornam visíveis, paralelamente ao canto da boca, abaixo dos olhos e em outros lugares. A maquiagem é aplicada, mas tende a acentuar as linhas. Esses pacientes são considerados tipo III na escala de Glogau, rugas em repouso. Com a conti-nuidade do fotoenvelhecimento, as rugas gradualmente se expandem, cobrindo a maioria da pele facial, normalmente próximo da sexta ou sétima década de vida, ou mais cedo nos casos mais severos. Alguns desses pacientes já tiveram um ou mais tumores de pele. Maquiagem é completamente impraticável, pois o produto apresenta aspecto quebradiço sobre uma superfície muito instável. Esses pacientes não apresentam nenhuma região sem rugas no rosto e são caracterizados como tipo IV, somente rugas.

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Em relação à classificação de Goglau, 90% dos pacientes apresentavam grau 3 e 10% grau 4. Após os atendimentos do projeto “Rejuvenescer na UNP”, o quadro melhorou, modificando-se para 74% grau 2, 16% grau 3, 10% grau 4.

As rugas se classificam em grau I, II e III, seguindo a descrição de Lapiere e Pierrard. O grau I corresponde às rugas de expressão, sem alteração dermoepidérmica; o grau II refe-re-se a rugas finas ou com ondulações, devido o adelgamento dermoepidérmica; e o grau III confere as rugas gravitacionais, com a presença de alteração gravitacional modificando a estrutura dermoepidérmica e musculares6.

Nesta pesquisa, as pacientes apresentavam 100% grau 3 e alterações gravitacionais, após o tratamento, 84 % passaram a grau 2 e 16% permaneceram em grau 3 , segundo a clas-sificação de Lapiere e Pierrrard.

Alguns autores6 enquadram as rugas como superficial ou profunda, seguindo a classifica-ção proposta por Tsuji e cols .

A classificação de Tsuji indicou que, neste estudo, 100% das pacientes apresentavam ru-gas profundas antes do tratamento e, após, foi analisado que 32% já apresentavam modi-ficações para superficial, 68% permaneceram com rugas profundas.

As rugas profundas não sofrem modificações, quando a pele é esticada, como ocorre nas rugas superficiais; elas são decorrentes, essencialmente, da ação solar e se apresentam, na maioria dos casos, na pele exposta, ao contrário das finas que são encontradas, preferen-cialmente, na pele não exposta e são decorrentes do envelhecimento cutâneo cronológico. Os autores mostraram que, nas rugas profundas permanentes, existem fibras elásticas grossas e tortuosas, além de elastose na derme, sendo que as alterações são restritas, qua-se que exclusivamente, à área das rugas. Na ruga superficial, há diminuição ou perda das fibras elásticas na derme papilar, sendo as fibras finas e enroladas, não havendo diferença entre a área da ruga e a sua vizinhança.

Observou-se que os resultados foram positivos, provavelmente pela efetividade das técni-cas, sugerindo-se, também, a importância do trabalho em equipe nesta especialidade.

5. REFERÊNCIAS1Guirro ECO, Guirro RRJ. Fisioterapia Dermato-Funcional.3 ed. São Paulo: Manole 2002. p. 400-401.

2Maio M. Mímica Facial. In: _____. Tratado de Medicina Estética. São Paulo: Roca, 2004. V. II, cap. 75, p. 1321-1331.

3Borges FS. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 1 ed. São Paulo: Phorte, 2006; 1:236-237.

4Micussi MTABC, Oliveira TCM. Protocolo de Avaliação Facial: Uma Proposta Fisioterápica. II Encontro Internacional de Fisioterapia Dermato-Funcional, 2008.

5Brand VC. Avaliação de rugas cutâneas da região periorbital baseada em processamento di-gital de imagem. Curitiba. Dissertação [Mestrado] – Universidade Federal do Paraná; 2007.

6Kede MV, Sabatovich O. Dermatologia Estética. São Paulo: Atheneu, 2004.

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REVISÃO

BIBLIOGRÁFICA

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OS RISCOS OCUPACIONAIS DOS

AUXILIARES EM SAÚDE BUCALGlissia Gisselle Alves • Faculdade ASCES. E-mail: [email protected] | Eduardo Sérgio Donato Duarte Filho • Mestrando em Odontologia – Clínicas Odontológicas – Universidade Potiguar UnP, ABO/Regional Caruaru. E-mail: [email protected] | Fábio Henrique de Sá Leitão Pinheiro • Doutor em Ortodontia. Universidade Potiguar UnP. E-mail: [email protected] | Petrônio José de Lima Martelli • Doutor em Saúde Pública. Universidade Federal de Pernambuco UFPE. E-mail: [email protected]

Data de Submissão: janeiro de 2012.Data de Aceite: março de 2012.

Resumo: O Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) é uma categoria em expansão, a qual traz melhorias na qualidade da assistência odontológica e aumenta a produtividade dos serviços de saúde bucal. Além disto, participa da equipe de saúde bucal e realiza atividades necessárias à prestação de cuidados no âmbito da promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal, estando em expansão sua inserção em equipes de saúde da fa-mília. Os cirurgiões-dentistas e seus auxiliares estão expostos a acidentes ocupacionais e necessitam de maior informação e condutas para evitar tais exposições. Este trabalho tem por objetivo (através de uma revisão de literatura em livros e artigos científicos das bases de dados Lilacs, BBO e Scielo) discutir os ris-cos, as medidas de prevenção e as boas práticas em relação à exposição ocupacional dos ASBs. Conclui-se que são necessárias medidas que garantam uma boa capacitação profissional, a fim de erradicar práticas inadequadas e reforçar a implementação de regras de proteção, as quais resultem na redução da ocorrência de acidentes com exposição a materiais biológicos.

Palavras-chave: Auxiliares de Odontologi. Exposição Ocupacional. Controle de Infecção em Instalações de Saúde Dentária.

OCCUPATIONAL RISKS FOR DENTAL ASSISTANTS

Abstract: The profession of dental assistants (or dental nurses) is going through a process of expansion. This has contributed with the quality and efficiency of dental services. Moreover, these professionals take part in the oral health team, and carry out procedures that are necessary to promote, prevent and recover dental health. This has motivated their participation in family health outreach projects. Dental surgeons and their assistants are exposed to occupational accidents and need access to information on procedures to avoid them. This literature review aims to collect data from books and articles available in the following databases: Lilacs, BBO and Scielo. The priority is to discuss about the risks, preventive measures and good practices in relation to occupational exposure. It was possible to conclude that measures are needed to ensure a good professional development in order to eradicate inadequate procedures and strengthens the implementation of protection guidelines to reduce the number of accidents involving biological materials.

KEY WORDS: Dental Assistants. Occupational Exposure. Infection Control in Dental Health Facilities.

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1. INTRODUÇÃOEm qualquer atividade, o risco de acidentes é inerente ao ser humano, principalmente para os indivíduos que estão expostos diariamente a rotinas que aumentem o risco às exposições ocupacionais1, como é o caso dos auxiliares de saúde bucal2. Deve-se garantir uma execução apropriada das tarefas, tomando-se medidas para prevenir tais exposições. O termo biossegurança é definido como um conjunto de ações voltadas à prevenção, minimização ou eliminação de riscos encontrados em atividades diversas, tendo por objetivo a saúde do homem e animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados1,2.

O Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) é um profissional de nível técnico, que realiza ações de promoção e prevenção em saúde bucal: procede a desinfecção e a esterilização de mate-riais e instrumentos utilizados, prepara e organiza materiais e instrumentais necessários, instrumenta e auxilia o cirurgião-dentista nos procedimentos clínicos, cuida da manuten-ção e conservação dos equipamentos odontológicos, organiza a agenda clínica, acompa-nha, apoia e desenvolve atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da equipe de saúde da família, além de participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da Estratégia em Saúde da Família (ESF)3,4.

Assim como os cirurgiões-dentistas, os auxiliares em saúde bucal estão expostos a uma grande variedade de exposições ocupacionais que podem trazer, como consequência, inú-meras doenças5.

Nesse contexto, esta revisão da literatura objetiva discutir (1) os riscos, (2) as medidas de prevenção e (3) as boas práticas em relação à exposição ocupacional dos ASBs.

2. METODOLOGIAO estudo foi realizado por intermédio de uma revisão de literatura em livros e periódicos científicos disponíveis nas seguintes bases de dados: Lilacs, BBO e Scielo.

A busca pelos artigos foi realizada através das palavras-chave “auxiliares de odontologia”, “exposição ocupacional” e “controle de infecção em instalações de saúde dental”. Foram utilizadas apenas palavras da língua portuguesa. As buscas foram realizadas no dia 24 de maio de 2011, das 18h36min às 19h43min.

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3. REVISÃO DE LITERATURANo Brasil, vários sistemas municipais de saúde vêm modificando o modelo de atenção à saúde bucal, visando diminuir as doenças bucais alcançando patamares epidemiológicos aceitáveis. O movimento de saúde bucal coletiva tem como objetivo a conquista da cidada-nia em todos os campos da vida social, visando à democracia política, à justiça social e ao desenvolvimento econômico. Sabe-se que vários fatores ajudam nesse processo, desta-cando-se a redemocratização do país e o desenvolvimento científico-tecnológico no campo da epidemiologia e da cariologia6. A 2ª Conferência Estadual de Saúde Bucal, promovida pelo SUS-SP, afirmou que:

(...) as políticas de saúde bucal devem favorecer a transformação da prática odontológica, através da incorporação de pessoal auxiliar e de novas tecnolo-gias, e o desenvolvimento de ações coletivas de saúde, sem as quais não será possível obter impacto na cobertura à população nem alterar suas característi-cas epidemiológicas7.

Em 24 de dezembro de 2008, o então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei n.º 11.889, aprovada pelo Congresso Nacional, que regulamenta o exercício das profissões de Técnico em Saúde Bucal (TSB) e Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) no país4.

O cirurgião-dentista (CD) e toda a equipe, formada por Auxiliares em Saúde Bucal, Técni-cos em Saúde Bucal, Técnicos de Prótese Dentária (TPD), pessoal do setor administrativo e pessoal do setor de limpeza, estão expostos a vários tipos de riscos e sobrecargas de trabalho, que, na maioria das vezes, passam despercebidos na sua prática diária8.

O trabalho do CD e dos ASBs apresenta condições que favorecem a ocorrência de ex-posições ocupacionais. Esses profissionais estão expostos a uma grande variedade de microorganismos presentes no sangue, saliva e nas vias aéreas respiratórias dos pacien-tes1,9. Antigamente, não se dava a devida importância às medidas de controle de infecção, todavia, com o surgimento da AIDS (Adquired Immune Deciency Syndrome), na década de 1980, o temor do contato com o vírus HIV motivou a implementação de medidas de segu-rança. Evitar exposições ocupacionais é uma forma de prevenção primária da transmissão de patógenos, tais como os vírus da hepatite B (HBV), hepatite C (HCV) e HIV no ambiente odontológico1. Essas exposições podem ocorrer através de lesões percutâneas e do con-tato de sangue, tecidos ou fluidos corporais potencialmente infectantes com as mucosas ocular, nasal, bucal ou pele íntegra. As medidas de precaução padrão passaram a incorpo-rar princípios de isolamento das substâncias corporais, fluidos, excreções e secreções1,10.

A biossegurança é de fundamental importância nos dias atuais, principalmente pelo apa-recimento de algumas doenças infecto-contagiosas. Consiste em um conjunto de normas e procedimentos seguros voltados para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de segurança das pessoas e do ambiente, englobando todas as medidas que visam a evitar riscos físicos (radiação, temperatura, ruídos), ergonômicos (posturais), químicos (substâncias tóxicas), biológicos (agentes infecciosos) e estresse8,9. O risco também inclui a medida de combinação entre o acaso, a probabilidade de ocorrên-cia do evento adverso e a gravidade ou o impacto global desse evento, ou seja, risco é a probabilidade de ocorrer um evento bem definido no espaço e no tempo, que cause dano à saúde, às unidades operacionais ou dano econômico-financeiro2,12.

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Alguns autores reforçam a importância do cuidado em relação aos riscos físicos, especial-mente o ruído, desencadeador de doenças ocupacionais, acarretando danos físicos e psi-cológicos ao CD e à equipe. Existem, ainda, os danos causados pelo uso dos instrumentos rotatórios e ultrassônicos, que favorecem a ocorrência de aerossóis, bem como a rotina de trabalho com materiais pérfuro-cortantes, os quais aumentam o risco de lesões percutâne-as em vista do campo restrito de visualização12,13.

No Brasil, Rossetini14 publicou um dos primeiros trabalhos relacionados ao controle da infecção na Odontologia, que evidenciou problemas relativos ao risco de contágio e as medidas para a diminuição deste risco. Como já citado anteriormente, a AIDS provocou um avanço na adoção das medidas de biossegurança14.

Um trabalho avaliou a prevalência de exposições ocupacionais no município de Florianó-polis/SC, para identificar se existe relação entre a ocorrência de exposições e o uso de equipamentos de proteção individual. Os resultados evidenciaram que a prevalência de exposições ocupacionais foi maior entre os cirurgiões-dentistas (94,5%) do que entre os auxiliares (80,8%). Porém, considerando as exposições ocorridas no ano anterior ao estu-do, as lesões percutâneas foram mais frequentes nos auxiliares em saúde bucal (95,2%) do que nos dentistas (60,7%)3.

Com a lei 11.105, da Presidência da República, de 24 de março de 2005, a biossegurança ganhou a força necessária e, a partir daí, criou-se a Comissão Técnica Nacional de Biosse-gurança – CTNBio – objetivando estabelecer a política nacional de biossegurança15.

Para um efetivo controle de infecção na prática odontológica, os profissionais devem obe-decer a quatro princípios básicos11:

• Tomar medidas para proteger a sua saúde e a da sua equipe;

• Evitar o contato com a matéria orgânica;

• Limitar a propagação de microorganismos;

-Tornar seguro o uso dos artigos, peças anatômicas e superfícies, os quais são apre-sentados como medidas de precaução padrão. Tais medidas preconizam um efetivo pro-grama de imunização, lavagem rotineira das mãos, uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs), cuidados com o descarte de agulhas e outros pérfuro-cortantes, cui-dados com a limpeza, desinfecção e esterilização de materiais, equipamentos e ambiente de trabalho, além do descarte do lixo contaminado e não contaminado11. Ao trabalhar-se de maneira organizada e planejada, a exposição a riscos ocupacionais é minimizada, evitando, assim, acidentes3.

Um maior conhecimento dos mecanismos etiopatogênicos, diagnósticos e terapêuticos de transmissão contribui para minimizar o risco de exposição durante a realização de pro-cedimentos em Odontologia, permitindo adotar medidas racionais de proteção pré e pós--exposição, caso esta última ocorra3.

A estatística dos acidentes de trabalho envolvendo substâncias químicas, assim como a grande maioria dos acidentes em geral, mostra uma maior frequência de casos de traba-lhadores que apresentam falta de experiência ou excesso de confiança. Isso revela a im-portância de disponibilizar ao funcionário que está iniciando um treinamento consistente, periódico e atualizado16.

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O Ministério da Saúde (MS) baixou, em 1983, a portaria n° 196, com orientação e parâme-tros para o controle de infecção hospitalar e passou a orientar a estruturação dos serviços de assistência odontológica, caracterizada pelo controle de infecção na sua prática, em conformidade com o disposto na Constituição Brasileira, seção II, e nas Leis Federais n° 8.080, de 19/09/1990, e n° 8.142, de 28/12/1990. Recentemente, a Agência Nacional de Vi-gilância Sanitária (ANVISA), em conjunto com o Ministério da Saúde, vem desenvolvendo, aprimorando e fiscalizando a execução de normas de atendimento a pacientes nos vários estabelecimentos de saúde, inclusive em Odontologia17,18.

Recentemente, o Ministério do Trabalho e Emprego, aprovou a Norma Regulamentadora 32 (NR-32), através da Portaria n° 485, de 11/11/2005, que define os parâmetros de saúde e segurança ocupacional para as atividades dos trabalhadores da área de saúde. Essa Norma Regulamentadora estabelece a obrigatoriedade de educação continuada, de protocolos para acidentes envolvendo material biológico e de um programa de vacinação, entre outros18.

No estudo de Oda, Rocha e Teixeira (1996), os ASBs foram inquiridos sobre quais os motivos para justificar a não adesão às medidas de precaução padrão. Dentre os motivos informados, destacaram-se: a falta de tempo, a percepção de que o paciente não oferece risco e, até mesmo, a indisponibilidade de equipamentos de proteção individual no ambien-te de trabalho19.

Alguns estudos mostram que os profissionais da Odontologia têm negligenciado diversos aspectos importantes para diminuir o risco à saúde, tais como o esquema de vacinação completo contra hepatite B (HBV), dupla adulto (dT – difteria e tétano) ou gripe, anamnese incompleta de pacientes, o uso adequado dos EPIs, o uso das barreiras de proteção, pro-cessamento correto dos artigos (limpeza, desinfecção e esterilização) e o monitoramento do processo de esterilização19.

Um estudo evidenciou que o número de CDs que relatou ter se acidentado com materiais pérfuro-cortantes foi muito significativo: mais de 50%, nos serviços visitados pela pesqui-sa, já se acidentaram pelo menos uma vez. No grupo de ASBs que atuam em consultórios particulares, essa taxa foi muito maior, chegando a 100%. Cabe ressaltar que alguns profis-sionais, quando eram inquiridos se já haviam se acidentado com pérfuro-cortantes, forne-ciam respostas diversas, inclusive de cunho religioso: “graças a Deus, não”; “essas coisas não pegam como a gente imagina”; entre tantas outras3. A observação e a contextualização desses dados são importantes para as estratégias de controle de infecção e biossegurança.

Outro estudo, envolvendo funcionários de um laboratório de análises clínicas de um hospi-tal escola no estado do Paraná, chegou à conclusão de que, embora a maioria dos funcio-nários tenha relatado ter conhecimento das medidas de biossegurança, nem todos seguem as normas de maneira efetiva, contribuindo para o aumento da sua exposição a riscos potenciais. Os profissionais que relataram ter sofrido acidentes não procuraram ajuda ou não tiveram acesso a ela. Essa atitude negligente, seja por parte dos funcionários, seja dos seus superiores, reforça a falsa sensação de segurança experimentada por eles e, como consequência, um maior perigo de ocorrência de acidentes ocupacionais1.

Apesar da importância dos ASBs na prestação de serviços odontológicos e de sua partici-pação crescente nas equipes de saúde, chama atenção a forma precária como esses pro-fissionais se inserem no mercado de trabalho19. Muitos começam a trabalhar sem qualquer capacitação e são treinados no próprio serviço, não tendo as noções básicas de biossegu-

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rança. Ademais, são mal remunerados e não têm estabilidade no emprego, sem mencionar que, geralmente, não têm poder de decisão e nem autonomia para modificar práticas clíni-cas já implementadas no ambiente de trabalho.

Observou-se que a maioria dos ASBs são refratários às normas de biossegurança, não fazem uso de aventais de manga longa, nem de máscaras e óculos no processamento dos instrumentais. De forma geral, usam as luvas de procedimento na lavagem dos instrumen-tais, mesmo para lavagem de artigos críticos, pela dificuldade do uso das luvas grossas, o que se deve, em grande parte, à deficiência de uma boa formação19,20.

4. CONCLUSÃOTendo em vista o crescente número de auxiliares em saúde bucal e suas condições de tra-balho, são necessárias medidas que garantam uma boa capacitação profissional, visando a erradicar práticas inadequadas e a reforçar a implementação de medidas de proteção que resultem na redução da ocorrência de acidentes com exposição a materiais biológicos. Levando-se em conta que esses acidentes podem resultar na aquisição de doenças, é fun-damental que todos os membros da equipe odontológica, inclusive os auxiliares em Saúde Bucal (ASB), conheçam as doenças que podem ser transmitidas, bem como seus modos de transmissão, para que possam proteger-se adequadamente.

5. REFERÊNCIAS1Marques MA, Costa MA, Suldofisk MT, Costa GFM. Biossegurança em laboratório clínico. Uma avaliação do conhecimento dos profissionais a respeitos das normas de precauções universais. RBAC, 2010; 42(4):283-286.

2Luiz OC, Cohn A. Sociedade de risco e risco epidemiológico. Cad Saúde Pública, 2006; 22(11):2339-2348.

3Garcia LP, Blank VLG. Prevalência de exposições ocupacionais de cirurgiões dentistas e auxiliares de consultório dentário a material biológico. Caderno de Saúde Pública, 2006; 22(1):97-108.

4Brasil. Técnico em higiene dental e auxiliar de consultório dentário – perfil de competên-cias profissionais. Ministério da Saúde: Brasília, 2004.

5Brasil. Secretaria de Atenção à Saúde. Caderno de Atenção Básica – n. 17. Ministério da Saúde: Brasília, 2008.

6Frazão PA. Participação do pessoal auxiliar odontológico na promoção da saúde bucal. Revista de odontologia da Universidade de São Paulo, 1998; 12(4):329-336.

7Vasconcelos MCC. O assistente odontológico na equipe de prestação de serviços odonto-lógicos. Revista de saúde pública, 1980; 14(1).

8Souza MM. Biossegurança e o Laboratório clínico. Rio de Janeiro: SBA, 2007.

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9Hirata MH, Mancini J. Manual de biossegurança. Barueri: Manole, 2002.

10Fernandes AT, Ribeiro Filho N. Infecção hospitalar e suas interfaces na área da saúde. São Paulo: Atheneu, 2000.

11Kohn WG, Hart JA, Malvitz DM, Collins AM, Cleveland JL, Eklund KL. Guidelines for in-fection control in dental health care settings-2003. J Am Dent Assoc, 2004; 19(52):1-61.

12Medeiros UV, Souza MIC, Bastos LF. Odontologia do trabalho: riscos ocupacionais do cirurgião-dentista. Rev. Bras Odontol, 2003; 60(4):277-280.

13Binsfeld PC. Biossegurança em Biotecnologia. Rio de Janeiro: Interciência, 2004.

14Rossetine SMO. Vias potenciais de contaminação cruzada no consultório odontológico e meios propostos para seu controle. [dissertação]. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo; 1984.

15Presidência da República. Lei 11.105, de 24 de março de 2005. Casa Civil. Subchefia para assuntos jurídicos [suporte eletrônico] 2005 [Acesso em 12 Dez 2011]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11105.htm.

16Costa MAF, Riscologia química. In: Biossegurança: segurança química básica em biotec-nologia e ambientes hospitalares. São Paulo, Editora Santos, Apud Binsfeld PC. Biossegu-rança em biotecnologia. Rio de Janeiro: Interciência, 2004.

17Brasil. Secretaria de Políticas da Saúde. Coordenação Nacional de DST e AIDS. Controle de infecções e a prática odontológica em tempos de AIDS: manual e condutas. Setor de Edição, Assessoria de Comunicação, CN-DST/AIDS, Brasília; 2000.

18Diário Oficial da União. Portaria n.485, de 11 de novembro de 2005. Ministério do Trabalho e Emprego. [suporte eletrônico] 2005 [Acesso em 10 Jan 2012]. Disponível em: http://por-tal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BF8B4FDFC0C65/p_20051111_485.pdf.

19Oda, LM, Rocha AA, Teixeira P. AIDS como doença ocupacional. In: Teixeira P, Valle S. Biossegurança: uma abordagem multidisciplinar. Rio de Janeiro: FIOCRUZ; 1996.

20Cecílio AMA. Dificuldades na adesão das normas de biossegurança em odontologia nos diferentes tipos de serviços: públicos, particulares e instituições de ensino, no município de São Paulo. São Paulo. Dissertação [Mestrado]. Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde, 2008.

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UTILIZAÇÃO DA NANOEMULSÃO LDE NA

REDUÇÃO DOS EFEITOS COLATERAIS

DO TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICOKathleen VB Saldanha • Graduanda em Nutrição. Universidade Potiguar UnP, campus Mossoró/RN. Email: [email protected] | Marcela L Bezerra • Graduanda em Nutrição. Universidade Potiguar UnP, campus Mossoró/RN. Email: [email protected] | Fausto P Guzen • Doutor. Universidade Potiguar UNP, campus Mossoró/RN. Email: [email protected]

Data de Submissão: dezembro de 2011.Data de Aceite: março de 2012.

Resumo: A observação do comportamento das células neoplásicas permite identificar as alterações perti-nentes para o desenvolvimento de tratamentos cada vez mais eficazes. O aumento de receptores celulares para a lipoproteína de baixa densidade (LDL) pode ser utilizado de forma benéfica para o tratamento, a par-tir da produção de uma lipoproteína artificial, a LDE, similar a composição lipídica da LDL e isenta da parte protéica, o que permite uma alta afinidade com a apoproteína E que vai atuar como veículo direto da LDE para os receptores aumentados nas células neoplásicas. Desse modo, este estudo de revisão bibliográfica visa, a partir da veiculação dos quimioterápicos pela LDE, aumentar a eficácia dos fármacos permitindo ultrapassar uma das maiores dificuldades do tratamento contra o câncer, que são os efeitos colaterais indesejáveis responsáveis pelo comprometimento do estado nutricional do paciente. Ao minimizar esses efeitos, o tratamento com LDE possibilita um melhor reestabelecimento da saúde dos pacientes e conse-quentemente fornece uma melhor qualidade de vida futura para os mesmos.

Palavras-chaves: LDL. LDE. Quimioterápicos.

USE LDE NANOEMULSION IN THE REDUCTION OF

THE SIDE EFFECTS OF CHEMOTHERAPY

Observing the behavior of neoplastic cells can identify changes relevant to the development of more effec-tive  treatments. The rise of cellular receptors for the  low density lipoprotein (LDL) may be used benefi-cially in the treatment from the production of a lipoprotein artificial LDE, similar to the lipid composition of the LDL and free from the protein, which allows a high affinity for apoprotein E that will act as a vehi-cle directly from LDE for the receptors increased in neoplastic cells. Thus, this study aims to review the literature from the use  of chemotherapy by LDE,  increasing the effectiveness of allowing drugs to over-come the difficulties of cancer treatment, which are responsible for undesirable side effects compromi-sing the patient’s nutritional status. By minimizing these effects, treatment with LDE allows for better re--establishment of health of patients and therefore provides a better quality of life for the future.

Keywords: LDL. LDE. Chemotherapeutic.

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1. INTRODUÇÃOO câncer se constitui um dos mais graves e preocupantes problemas para a medicina mundial, uma vez que protagoniza índices crescentes e alarmantes em meio a uma socie-dade que decai, cada vez mais, diante dos péssimos hábitos de vida, como sedentarismo, má alimentação e tabagismo1. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), essa doença apresenta, anualmente, 10 milhões de casos diagnosticados, seguidos de 6 milhões de óbitos.

As células presentes no corpo humano apresentam receptores específicos para a lipopro-teína de baixa densidade (LDL), que acompanham o ritmo habitual de multiplicação das células e a consequente demanda por colesterol. Essa propriedade fisiológica coincide com a situação que ocorre nas células neoplásicas, em que as mesmas apresentam modifica-ções estruturais, como o aumento na quantidade de receptores de LDL, com sua expressão aumentada, a fim de acompanhar o ritmo acelerado da proliferação celular2.

Desse modo, diversos estudos buscam maneiras de direcionar os fármacos especifica-mente aos receptores de LDL das células neoplásicas, aumentando, assim, a eficiência dos mesmos, reduzindo sua toxicidade e os efeitos indesejáveis. Dentre os veículos propostos para os quimioterápicos, está o LDL em sua forma artificial. Esse LDL artificial é chamado de LDE, uma nanoemulsão lipídica com composição semelhante à da LDL humana, com exceção da parte proteica3.

Direcionar os quimioterápicos especificamente para as células neoplásicas e evitar a sua toxicidade é um dos grandes desafios no tratamento nutricional do câncer. Diante disso, essa estratégia utiliza as alterações ocorridas nas células neoplásicas como benefício para o aumento da eficácia do fármaco e a diminuição nos efeitos colaterais da quimioterapia, através da junção da nanoemulsão LDE aos fármacos utilizados no tratamento do câncer.

Diante desses conhecimentos gerais, é possível ir mais além e chegar a conclusões mais detalhadas sobre os receptores, a LDL, a produção e utilização de LDL artificial, as relações com os fármacos e os efeitos adversos, como uma forma de contribuir com novas infor-mações para o tratamento dos pacientes oncológicos, principalmente em relação ao seu estado nutricional.

Por isso, faz-se necessário somar as inúmeras pesquisas que abrangem as especificidades do assunto em questão, todas com o único objetivo de desvendar, pouco a pouco, as en-trelinhas que compõe essa doença e, a partir da LDL artificial, promover uma redução dos efeitos colaterais da quimioterapia, que tanto dificultam a terapia nutricional dos pacientes em tratamento. Para isso, o assunto foi abordado por meio de uma revisão bibliográfica, através da qual foram utilizados referenciais teóricos de livros e bases de dados Scielo de

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1971 a 2008, em que foram coletadas as informações pertinentes ao tema que serviram de referência para comparação de dados.

2. REFERENCIAL TEÓRICOAs células que compõem o corpo humano são formadas por três partes: a parte exter-na, denominada de membrana celular; o citoplasma, que constitui o corpo da célula; e o núcleo, em que estão presentes os cromossomos que, por sua vez, são formados por genes, que agem como arquivos, guardando e fornecendo instruções para a organização das estruturas, formas e atividades das células. São nos genes que estão guardadas todas as informações genéticas, em uma “memória química” o ácido desoxirribonucleico (DNA), as informações necessárias para o funcionamento da célula são passadas pelos cromos-somos através do DNA4.

Uma célula normal pode sofrer mutação genética, que é quando ocorrem alterações no DNA do gene. Essa célula passa a receber informações erradas para suas atividades. Tais alterações podem ocorrer em genes especiais, denominados protooncogenes, que, a prin-cípio, não têm atividade em células normais, porém, quando ativados, os protooncogenes transformam-se em oncogenes, e se tornam responsáveis pela malignização (canceriza-ção) das células normais4.

Assim sendo, o câncer se origina de uma única célula que sofreu mutação, multiplicou-se por mitoses e suas decorrentes foram acumulando outras mutações até gerarem uma célu-la cancerosa. Essa proliferação celular anormal é denominada de neoplasia5. As neoplasias atingem os vários sistemas celulares do corpo, e apresentam a capacidade de invadirem tecidos e órgãos, vizinhos ou distantes6.

A formação do câncer se dá através do processo de carcinogênese. Em geral, esse processo ocorre lentamente e pode levar vários anos para que uma célula cancerosa origine um tumor aparente. Esse processo passa por vários estágios para desenvolver o tumor, sendo estes7,8,9:

• Estágio de iniciação: primeiro estágio da carcinogênese, em que as células so-frem o efeito de um agente carcinogênico, que provoca modificações em alguns de seus genes. Nessa fase, as células já estão geneticamente alteradas, no en-tanto, ainda não é possível detectar um tumor clinicamente.

• Estágio de promoção: segundo estágio. As células que estão geneticamente al-teradas sofrem o efeito dos agentes cancerígenos classificados como oncopro-motores. A célula modificada é transformada em célula maligna, de forma lenta e gradual. Para haver essa transformação, é necessário um longo e continuado contato com o agente cancerígeno promotor, a suspensão desse contato pode interromper o processo nesse estágio.

• Estágio de progressão: último estágio. Ocorre a multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas. O câncer já está instalado, evoluindo até o sur-gimento das primeiras manifestações clínicas da doença.

Os fatores que promovem a iniciação ou progressão da carcinogênese são chamados de carcinógenos, como, por exemplo, o fumo, pois possui componentes que atuam nos três estágios da carcinogênese7,8,9

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O câncer é classificado de acordo com o tipo de célula normal que o originou, e não de acordo com os tecidos para os quais se espalhou. Essas classificações podem ser deno-minadas de10:

Carcinomas: originam-se de células que revestem o corpo, incluindo a pele (ectodermais) e uma série de revestimentos internos (endodermais) (MURAD, 2000). Há, também, os car-cinosarcomas, tumores geralmente de alta malignidade, derivados de dois tipos de tecidos embrionários; e os teratomas, derivados de três tipos de tecidos embrionários.

Sarcomas: originam-se de tecidos de suporte, tais como ossos, tecido gorduroso, músculo e tecido fibroso de reforço, encontrados na maior parte do corpo.

Linfomas: originam-se de células conhecidas como linfócitos, encontradas em todo o or-ganismo, particularmente em glândulas linfáticas e sangue. São divididos de acordo com o tipo de célula afetada, podendo ser Hodgkin e não-Hodgkin.

Leucemia: origina-se das células da medula óssea, que produzem as células sanguíneas brancas. Na leucemia, ocorre um aumento na concentração de glóbulos brancos, causando problemas, nos quais, as células anormais não funcionam apropriadamente, além de res-tringirem o espaço da medula óssea para que novas células sejam produzidas.

Mielomas: malignidades nas células plasmáticas da medula óssea, que produzem os anticorpos.

Tumores das células germinativas: desenvolvem-se a partir de células dos testículos e/ou dos ovários, responsáveis pela produção de esperma e óvulos.

Melanomas: originam-se das células da pele que produzem pigmento, os melanócitos.

Gliomas: originam-se a partir de células do tecido de suporte cerebral ou da medula espi-nhal. A metástase é rara.

Neuroblastomas: tumor geralmente pediátrico, derivado de células malignas embrioná-rias geradas de células neuronais primordiais, desde gânglios simpáticos até medula adrenal e outros pontos10.

Os métodos de tratamento para o câncer mais comuns são: cirurgia, radioterapia e qui-mioterapia11. Quando o tumor ainda não sofreu metástase os pacientes conseguem ser curados através de medidas locais, como cirurgia ou radioterapia. No entanto, esses casos representam apenas um terço da população afetada, nos demais casos, a neoplasia carac-teriza-se pelo desenvolvimento precoce de micrometástases, indicando a necessidade de uma abordagem sistêmica, que pode ser efetuada, em cerca de 60-70% dos casos, com a quimioterapia10.

A administração dos compostos químicos, os quimioterápicos, associados às condutas tera-pêuticas, como cirurgias e radioterapias, podem bloquear a proliferação das células neoplá-sicas e curar o câncer e, por isso, são as opções mais utilizadas no tratamento da doença12.

Os quimioterápicos, de forma simplificada, podem ser classificados de acordo com sua atuação no ciclo celular. Os de ciclo-inespecífico atuam em todas as células, estejam elas em proliferação ou não; já os de ciclo-específico possuem afinidade com as células em multiplicação; e os de fase-específico atuam em fases determinadas do ciclo celular (fase S, fase G2, etc)13.

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A quimioterapia pode ser realizada com um (monoquimioterapia) ou mais quimioterápi-cos (poliquimioterapia). A principal desvantagem no uso da monoquimioterapia está no desenvolvimento da resistência celular aos fármacos14, 15. Já a poliquimioterapia alcança resultados bem satisfatórios, pois, induz o máximo de morte celular e reduz os índices de resistência celular12.

Apesar dessas especificidades, os quimioterápicos apresentam baixo índice terapêutico, no sentido farmacológico, uma vez que as doses efetivas no tratamento do câncer se apro-ximam às doses tóxicas ao organismo13, já que são necessárias doses elevadas de medi-camentos, o que gera altos níveis de efeitos colaterais indesejáveis e promove o grande confronto entre os benefícios e a toxicidade 16, 17, 18.

Os efeitos colaterais estão relacionados com o tipo do quimioterápico, a via de administra-ção, o intervalo entre as doses e o estado clínico do paciente13, em que os mais comuns são as náuseas, vômitos e diarreia, seguidos de alterações no paladar e olfato, estomatite, inflamações das mucosas e, até mesmo, anorexia. Todos esses fatores implicam em preju-ízos para o estado nutricional do paciente e sua futura reestruturação19.

Para auxiliar no tratamento quimioterápico, vem sendo objeto de estudo a terapia seletiva, em que se utiliza veículos capazes de direcionar drogas anti-neoplásicas ao alvo20. Os di-versos efeitos colaterais causados pelas drogas estimulam as pesquisas, a fim de buscar um veículo eficaz para entrega seletiva de fármacos aos tumores 21.

Em meio aos veículos que podem ser utilizados com o propósito de direcionar as drogas anti-neoplásicas, a lipoproteína de baixa densidade (LDL) vem sendo bastante explorada. Diversos estudos apontam que vários tipos de células neoplásicas possuem maior captu-ração de LDL, medida através da diminuição da LDL plasmática em pacientes com câncer e o aumento do número de receptores de LDL em células tumorais. Devido a esses aspectos, vem-se estudando a possibilidade de veicular drogas, através da LDL ou de substâncias que atuem similarmente a ela 22.

A LDL é uma lipoproteína de baixa densidade, formada a partir da redução de componen-tes de caráter lipídico e proteico presentes na superfície das lipoproteínas de muito baixa densidade, as VLDL, que são produzidas no fígado22.

A LDL consiste em uma partícula esférica, com um núcleo apolar de ésteres de colesterol e resíduos de triglicerídeos, sustentados por uma única camada de fosfolipídios com pro-teínas incrustadas, como a apoliproteína B-100 (apoB-100) 23.

A apoB-100 constitui a parte proteica da LDL e é responsável por direcionar as partículas de LDL aos receptores específicos ou receptores de LDL, que estão na superfície das mem-branas24. A LDL é a principal carreadora de colesterol no plasma e, ao ser absorvida pelos receptores das células, é degradada em vesículas que se fundem em lisossomos25.

Quase todos os tecidos do organismo apresentam receptores para LDL em regiões forma-das por vilosidades e revestidas por proteínas de sustentação chamadas clatrinas. A LDL, ao encontrar os receptores, é absorvida e forma vesículas com o envoltório das clatrinas. Assim, os lisossomos se fundem e formam endossomos, que tem seu pH reduzido, desliga o LDL do receptor e este retorna à superfície. O pH desidrata a parede das vesículas e os componentes lipídicos da mesma são liberados no citoplasma da célula26.

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3. RESULTADOS E DISCUSSÕESNas células neoplásicas, devido à rápida proliferação, há uma maior demanda por coles-terol e fosfolipídios para a síntese das novas membranas celulares. Por isso, o número de receptores aumenta, consideravelmente, e os níveis de LDL plasmáticos reduzem, já que o LDL se desloca diretamente para os novos receptores das células em desenvolvimento27. Esse aumento no número de receptores não é específico, no entanto, já foi identificado em vários tipos de neoplasias28.

Observações em relação às alterações bioquímicas associam a redução do LDL plasmático com a evolução da doença neoplásica29, 30 e a normalização dos índices após o tratamento e remissão da doença31, 32.

Com isso, surgiram diversos estudos, a fim de avaliar a possibilidade de se utilizar a LDL como agente direcionador de fármacos às células neoplásicas, baseando-se nas propriedades essenciais da partícula de LDL e de seu receptor e visando a utilizar a LDL como transportador de fármacos lipofílicos, que podem apresentar efeito citotóxico. A internalização do fármaco na LDL iria protegê-lo contra o ataque de biomoléculas plas-máticas e da água. Além disso, o fármaco incorporado na LDL teria maior concentração nas células neoplásicas, as quais apresentam aumento de expressão de receptores de LDL em relação às normais33, 34, 35.

Para realizar a aplicação de LDL, é necessário que sua obtenção venha de soro humano, porém, a alta complexidade que existe para se obter a LDL humana do soro em altas concentrações é um grande obstáculo para a utilização da mesma, assim como o risco de transmissão de doenças infecciosas e o alto custo36, 37.

Outro fator adverso é a perda da apoB-100, que ocorre em consequência da incorporação de um fármaco na partícula de LDL, diminuindo, assim, a capacidade de ligação aos recep-tores, além de poder alterar ou, até mesmo, quebrar a sua estrutura38.

Partindo desse princípio3, desenvolveram a nanoemulsão LDE com uma composição seme-lhante à fase lipídica da LDL, porém, isenta da parte protéica presente na LDL humana. Essa composição contém fosfolipídios (66%), éster de colesterol (33%) e triglicérides (1%).

Apesar da LDE não conter proteína em sua composição, ao ser injetada na circulação plas-mática, entra em contato com as lipoproteínas naturais e adquire a apo E, que pode ser reconhecida pelo receptor da LDL. A apoE funciona como um mediador para que a LDE ligue-se ao receptor e seja captada pela célula39.

Um estudo realizado40 mostrou que a apoE apresentou maior afinidade em ligar-se ao re-ceptor do que a apoB-100 presente na lipoproteína natural. Evidências mostraram que a taxa de remoção plasmática de LDE se mostrou superior à da LDL em ratos, indicando que a LDE tem mais afinidade com os receptores de LDL do que a própria LDL natural.

A LDE, ao ser injetada em indivíduos normolipidêmicos e em portadores de hipercolestero-lemia, demonstrou que compete com a LDL natural, pela captação celular, o que significa que ambas são removidas pelo mesmo receptor específico, demonstrando um potencial da nanoemulsão, para ser instrumento na investigação de dislipidemias41.

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Com base nos estudos referentes à LDE42, 43, levantou-se a hipótese de que a LDE pode-ria substituir a LDL natural, como veículo para direcionar fármacos antineoplásicos para tecidos malignos, evitando que esses fármacos atingissem órgãos e tecidos normais. Os agentes antineoplásicos seriam incorporados à LDE e, em seguida, a nanoemulsão seria injetada na circulação, seria associada a apo E e se encaminharia, preferencialmente, aos receptores de LDL das células neoplásicas, ocorrendo, assim, o aumento da eficácia do tratamento quimioterapêutico e, ao mesmo tempo, a redução dos efeitos colaterais que tanto dificultam a reestruturação do paciente em tratamento.

As queixas mais comuns durante o tratamento quimioterápico são: vômitos e diarreia, que dificultam a absorção total e satisfatória dos nutrientes oferecidos pelos alimentos; náu-seas; alterações no paladar, olfato; inflamações das mucosas, que modificam o sabor dos alimentos e os tornam inaceitáveis; além de estomatite e anorexia, que, também, compro-metem o estado nutricional do paciente19.

A terapia nutricional é de extrema importância para manter o organismo do paciente pre-parado para a agressividade do tratamento e para a reestruturação do organismo pós--quimioterapia, por isso, a redução desses efeitos colaterais pode contribuir, de forma satisfatória, para a evolução desses pacientes, promovendo uma maior aceitação dos ali-mentos propostos19.

A fim de investigar essa possibilidade, foi realizado um estudo em pacientes com leucemia mielocítica aguda (LMA). Foi visto que a LDE foi removida com velocidade muito maior nos pacientes com LMA do que nos pacientes controles. No entanto, após os pacientes serem tratados com esquemas quimioterápicos convencionais e atingirem a completa remissão da doença, a remoção plasmática da LDE tornava-se mais lenta, normalizando-se aos pou-cos, mostrando que as células de LMA, com receptores em número muito maior, provo-caram remoção acelerada da nanoemulsão e, após serem destruídas pela quimioterapia, a remoção era normalizada43.

Em seguida, foram realizados estudos, comprovando a captação e a concentração da LDE também em tumores sólidos44, 36, mostrando que, em pacientes com câncer de ovário e mama, a LDE se concentra mais nos tecidos neoplásicos. Em pacientes com câncer de ovário, por exemplo, a captação da LDE foi, em média, 10 vezes maior do que no tecido normal45. Já em pacientes com carcinoma de mama, a capturação tumoral foi 4,5 vezes, em média, maior do que a do tecido mamário normal44.

Ao ser confirmado que era possível direcionar um veículo feito artificialmente, para o tecido neoplásico, deu-se início a estudos, visando a realizar a incorporação da LDE a um quimio-terápico de natureza lipofílica e de fácil obtenção no mercado farmacêutico, a carmustina. Foram realizados ensaios da associação de carmustina à LDE em cultura de células, em que ficou confirmado que a atividade citostática do fármaco era preservada e que a associação LDE-carmustina era captada pelas células por meio dos receptores de LDL. Logo após, foi verificada a biodistribuição e toxicidade de LDE-carmustina em ratos46.

A associação da LDE-carmustina não alterou a sua cinética plasmática, permanecendo, as-sim, o direcionamento da LDE para seus sítios de ligação específicos. Confirmado através da maior captação tecidual do complexo em células neoplásicas dos tumores de ovário e mama do que nas células do tecido normal. Esse estudo clínico-piloto demonstrou que altas doses do complexo não provocavam efeitos adversos, mas, sim, reduziam os efeitos

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tóxicos da carmustina através da associação à LDE. Além da carmustina, a LDE foi utilizada como veículo para os quimioterápicos etoposídeo e paclitaxel46.

Foram realizados ensaios em camundongos, utilizando a associação do fármaco etoposi-de com a LDE (LDE-oleato de estoposídeo)47, observando sua estabilidade físico-química, toxicidade e atividade citotóxica. Os resultados mostraram uma associação estável, que preservou a atividade citostática do fármaco e apresentou baixa toxicidade em animais. Ensaios clínicos em pacientes com câncer de ovário48 constataram que a captação do fár-maco pelo tecido tumoral foi quatro vezes superior ao tecido ovariano contralateral normal.

A associação do LDE-paclitaxel também demonstrou estabilidade, bem como a preservação da atividade citotóxica e a redução da toxicidade do fármaco49. Em seguida, foi feita uma transformação de paclitaxel em derivado oleato, permitindo que a associação LDE-oleato de paclitaxel, aplicada em modelo animal de melanoma murinho, mostrasse estabilidade ainda maior, sem reduzir a ação citotóxica do fármaco. Após essa modificação, o fármaco apresentou uma toxicidade 12 vezes inferior à do fármaco comercialmente disponível50.

Por fim, verificou-se que a combinação das preparações LDE-oleato de paclitaxel e LDE--oleato de estoposídeo apresentou, em modelos experimentais de melanoma murino, o melhor regime terapêutico, com redução de efeitos tóxicos51.

4. CONSIDERAÇÕES FINAISA utilização de LDE se mostrou eficaz na leucemia mielocítica aguda, tumores sólidos de ovário e carcinoma de mama, uma vez que houve uma maior captação celular de LDE, devi-do ao aumento significativo que ocorre com os receptores. Ao incorporar a LDE a fármacos lipossolúveis, foi observada uma redução dos efeitos tóxicos do medicamento, mesmo em altas concentrações, o que facilita a dietoterapia dos pacientes em tratamento quimioterá-pico, geralmente prejudicada pela recusa dos alimentos, devido aos efeitos colaterais que podem gerar desde sensações desagradáveis, como náuseas e vômitos, a inflamações e modificações dos sentidos que auxiliam na aceitação dos alimentos, como o olfato e o pa-ladar. A aceitação dos alimentos é essencial para a reestruturação do organismo fragilizado desses pacientes. Os estudos com animais também se mostraram satisfatórios, já que os animais não sofreram com a toxicidade. Desse modo, os resultados científicos obtidos reafirmam a eficácia da utilização da LDE como veículo essencial no direcionamento dos quimioterápicos, mantendo a estabilidade dos fármacos, aumentando a captação celular e reduzindo os efeitos colaterais, sendo, assim, uma esperança próxima para a saúde pública mundial no fortalecimento do combate ao câncer.

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3Maranhão RC, Teryac AM, Redgrave TG. Effects of cholesterol content on metabolism of protein-free emulsion models of lipoprotein. Biochem Biophys Acta. 1986; 875: 247–55.

4Instituto Nacional De Câncer (INCA). Normas e Recomendações do INCA. Prevenção e Controle de Câncer. Ver. Bras. Cancerologia. 2002; 48(3):317-332.

5Lopes AA, Oliveira AM, Prado CBC. Principais Genes que Participam da Formação de Tu-mores; Revista de Biologia e Ciências da Terra, Campina Grande, 2002; 2(002).

6Wyke JA. Vírus e câncer. In: Freanks LM, Teich N. Introdução à biologia molecular do cân-cer. São Paulo: Roca, 1990. p. 169-162.

7Spence RAJ, Honhston PG. In: Oncology. Jonhston, P. G. Oxford University Press: Oxfor, 2001. p. 1-14; 121-132.

8Brasil. Ministério da saúde. Instituto Nacional de Câncer. Coordenação Nacional de Controle de Tabagismo – CONTAPP. Falando sobre câncer e seus fatores de risco. Rio de Janeiro, 1996.

9Murad AM, Katz A. Oncologia: Bases Clínicas do Tratamento. Rio de Janeiro: Guanaba-ra; 2000. p. 41.

10Spence RJ, Honhston PG. In Oncology; Jonhston PG. ed; Oxford University Press: Oxford, 2001, p. 1-14, 121-132; Chabner BA, Longo DL. In: Cancer chemotherapy and biotherapy; 2a. ed., Lippincott-Raven: Filadélfia, 1996.

11Foye WO, Sengupta SK. In: Principles of Medicinal Chemistry; Foye WO, Lemke TL, Willia-ms DA. Baltimore: Williams & Wilkins; 1996, p. 822-845.

12Devita VT, Hellman S, Rosenberg SA. Cancer: Principles & practice of oncology. 7 Ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2005.

13Azevedo DR, Barros MCM, Muller MC. Psicooncologia e interdisciplinaridade: Uma expe-riência na educação a distância. Porto Alegre: Edipurcs; 2004.

14Goodman. Gilman A. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 10. Ed. Rio de Janeiro: Mcgraw-Hill; 2001.

15 Almeida VL, Leitão A, Reina LCB, Montanari CA, Donnici CL, Lopes MTP. Câncer e agen-tes antineoplásicos ciclo-celular específicos e ciclo-celular não específicos que interagem com o DNA: uma introdução. Química Nova, 2005;28(1).

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17 Chabner BA, Calabresi, P. In: Goodman. Gilman A. As Bases Farmacológicas da Terapêu-tica. Rio de Janeiro: M Graw Will; 1995.

18 Salmonm SE. In: Katzung BG. Farmacologia Básica & Clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1998.

19 Cuppari L. Guia de Nutrição: Nutrição clínica no adulto. 2. ed. São Paulo: Manole; 2005.

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35 Samadi-Baboli M, Favre G, Bernadou J, Berg D, Soula G. Comparative study of the in-corporation of ellipticine-esters into low density lipoprotein (LDL) and selective cell uptake of drug—LDL complex via the LDL receptor pathway in vitro. Biochem Pharmacol, 1990.

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36 Genta MLND. Farmacocinética e captação tecidual do peclitaxel associado à nano-emulsão (LDE) em pacientes com neolplasias malignas do trato genital feminino São Paulo. Dissertação [Mestrado em Medicina] – Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, 2006.

37 Mendes S. Captação pelo carcinoma de mama e pelo linfonodo axilar de uma nanoe-mulsão lipídica administrada por injeção no tecido mamário locorregional. São Paulo; s.n; 2008. p 70.

38 Resen PC, Schiffelers RM, Versluis AJ, Bijstebosh MK, Van Kunjik-Meuwissen ME, Van Berkel TJ. Human recombinat apolipoprotein E-enriched liposomes can mimic low-density lipoprotein as carries for the site-specifc delivery of antitumor agents. Mol Pharmacol, 1987.

39 Maranhão RC, Roland IA. Trasfer of phospholipids and cholesterol from triglyceride-rich emulsions to HDL in rats treated with alloxan, propylthiouracil or ethanol. Brazilian J Med Biol Res.,1993.

40 Hirata RD, Hirata MH, Mesquita CH, Cesar TB, Maranhão RC. Effects of apolipoprotein B-100 on the metabolism of lipid microemulsion model in rats. Biochim Biophys Acta, 1999.

41 Maranhão RC, Roland IA, Tofeletto O, Ramires JA, Gonçalves RP, Mesquita CH, Pileggi F. Plasma kinetic behavior in hyperlipidemic subjects of a lipidic microemulsion that binds to low density lipoprotein receptors. Lipids, 1997.

42 Maranhão RC, Garicochea B, Silva E, Llacer PD, Pileggi FJC, Chamone DAF. Increased plasma removal of microemulsion resembling the lipid phase of low-density lipoproteins (LDL) in patients with acute myeloid leukemia: a possible new strantegy for treatment of the disease. Brazilian K Med Biol Res., 1992.

43 Maranhão RC, Garicochea B, Silva E, Llacer PD, Cadena SMS, Coelho IJC, Meneghetti JC, Pileggi FJ, Chamone DA. Plasma kinetics and biodistribution of a lipid emulsion resembling low-density lipoprotein in patients with acute leukemia. Câncer Res, 1994.

44 Graziani SR. et al. Uptake of a cholesterol-rich emulsion by breast câncer. Ginecol Oncol, 2002.

45 Ades A, Carvalho JP, Graziani SR, Amancio RF, Souen JS, Pinotti JA, Maranhão RC. Uptake of a cholesterol-richi emulsion by neoplasic ovarian tissues. Gynecol Oncol, 2001.

46 Maranhão RC, Graziani SR, Yamaguchi N, Melo RF, Latrilha MC, Rodrigues DG, Couto RD, Schereier S, Buzaid AC. Association of carmustine with a lipid emulsion: In vitro, in vivo and preliminary studies in câncer patients. Cancer Chem Pharmacol, 2002.

47 Valduga CJ, Fernandes DC, Lo Prete AC, Azevedo CH, Rodrigues DG, Maranhão RC. Use of a cholesterol-rich microemulsion that binds to low-density lipoprotein receptors as vehi-cle for etoposide. J. Pharm. And Pharmacol. 2003;55(12):1615-1622.

48 Azevedo CH, Carvalho JP, Valduga CJ, Maranhão RC. Plasma kinetics and uptake by the tumor of a cholesterol-rich microemulsion (LDE) associated to atoposide oleate in patients with ovarian carcinoma. Gynecol Oncol, 2005.

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49 Rodrigues DG, Covalan CC, Coradi ST, Barboza R, Maranhão RC. Use os a cholesterol--rich emulsion that binds to low-density lipoprotein receptor as a vehicle for paclitaxel. J Pharm Pharmacol, 2002.

50 Rodrigues DG, Maria DA, Fernandes DC, Valduga CJ, Couto RD, Ibañez COM, Maranhão RC. Improvement of paclitaxel therapeutic índex by derivatization and assiciation to a cho-lesterol-rich microemulsion: In vitro na in vivo studies. Cancer Chemother Pharmacol, 2005.

51 Kretzer IF. Efeito da terapia antitumoral combinada LDE-oleato de paclitaxel e de LDE-ole-ato de estoposídeo em melanoma murino. São Paulo. Dissertação [Mestrado] – Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2007.

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NORMAS PARA PUBLICAÇÃO

NA REVISTA CATUSSABA

– REVISTA CIENTÍFICA DA

ESCOLA DA SAÚDE

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1. Apresentação

A Catussaba - Revista Eletrônica da Escola da Saúde da Universidade Potiguar – é um periódico científico semestral de circulação aberta e gratuita, vinculada a Escola da Saúde da Universidade Potiguar (formada pelos cursos de fisioterapia, educação física, medicina, odontologia, terapia ocupacional, ciências biológicas, psicologia, nutrição, fonoaudiologia, farmácia, serviço social, estética e cosmetologia, enfermagem), cujo objetivo é publicar contribuições científicas originais sobre temas relevantes para a saúde em geral, ampliando a difusão de artigos originais e estudos de caso, consolidando este conhecimento dentro da comunidade científica nas linhas de pesquisa propostas. A Revista Eletrônica contempla os requisitos Qualis/CAPES, e respeita, sobretudo, o critério de publicação de artigos da comunidade científica externa a Escola da Saúde da UnP.

2. Missão

A Revista Catussaba da Escola da Saúde tem como missão “Fomentar e divulgação de trabalhos científicos e relatos de casos nas diversas áreas da saúde, visando disseminar o conhecimento científico na comunidade acadêmica, nas agências de pesquisa e fomento, assim como para os gestores organizacionais vinculados à área de saúde e afins”.

3. Linhas de pesquisa

Educação em saúde; Saúde coletiva; Biotecnologia em saúde, dentre outras.

4. Público alvo

Professores, pesquisadores, alunos de graduação e pós-graduação, como também empresá-rios e profissionais de mercado vinculados à empresas que atuam nas áreas de saúde e afins.

NORMAS PARA PUBLICAÇÃO NA REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA

1 Da fi nalidade: A Revista Catussaba, publica trabalhos inéditos sob a forma de artigo para seu primeiro número eletrônico – online.

2 Dos textos: Os artigos devem ser inéditos, de responsabilidade de seus autores, e envia-dos conforme normas estabelecidas pela Revista.

As contribuições para a revista serão de fluxo contínuo, não havendo data limite para a submissão de artigos.

Para os colaboradores estrangeiros, somente serão aceitos, originais em espanhol e inglês.

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Os alunos de graduação poderão apresentar textos para apreciação, desde que seja em coautoria com o seu professor orientador.

3 Da Quantidade de páginas

A Revista contempla artigos científicos com um mínimo de 15 (quinze) e o máximo de 20 (vinte) páginas.

OBS: Em cada edição semestral, no mínimo 6 artigos serão publicados, totalizando a pu-blicação de 12 artigos por ano.

4 Do formato dos artigos: Os artigos devem ser entregues via e-mail (e configurados para papel A4, observando as seguintes indicações:

• margens esquerda e superior, 3 cm; direita e inferior, 2 cm;

• os parágrafos devem ser justificados;

• recuo da primeira linha em 2 cm da margem esquerda;

• espaçamento um e meio (1,5 linha) entre linhas, exceto nas notas de fim;

• a fonte a ser utilizada é a Arial, tamanho 12, exceto nas notas de fim (Arial, 10).

5 Da estrutura textual: A estrutura do artigo deve obedecer às orientações do estilo Van-couver e deve conter os seguintes elementos:

O texto de estudos observacionais e experimentais é em geral (mas não necessariamente) dividido em seções com os títulos Introdução, Métodos, Resultados, e Discussão. Os arti-gos extensos podem necessitar de subtítulos em algumas seções (em especial nas seções Resultados e Discussão) para tornar mais claro o seu conteúdo.

5.1 Página de título

A página de título deverá incluir:

• O título do artigo, que deve ser conciso, mas esclarecedor;

• O nome pelo qual cada um dos autores é conhecido, com o seu grau acadêmico mais elevado e a sua filiação institucional;

• O nome do departamento e a instituição ao qual o trabalho deve ser atribuído;

• Renúncia a direitos legais, se tal for necessário;

• Nome e endereço do autor responsável pela correspondência acerca do manuscrito;

• O nome e endereço do autor a quem devem ser dirigidos pedidos de separatas, ou declaração de que não é possível obter separatas através dos autores.

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5.2 Aut oria

Todas as pessoas designadas como autores deverão preencher os requisitos de autoria. Cada um dos autores deve ter participado nos trabalhos de tal modo que possa assumir publicamente a responsabilidade pelo seu conteúdo.

A qualificação como autor deverá ser baseada apenas em contribuições substantivas para:

• A concepção e o delineamento, ou a análise e interpretação dos dados;

• A redação do artigo ou a sua revisão crítica no respeitante a conteúdos concei-tuais importantes; e

• A aprovação final da versão a publicar.

Todos os membros do grupo que são referidos como autores, quer os seus nomes sejam designados sob o título quer em nota de rodapé, devem preencher todos os requisitos de autoria acima indicados. Os nomes dos membros do grupo que não cumprem esses cri-térios devem ser listados, com a sua autorização, nos agradecimentos ou num apêndice.

5.3 Resumo e Palavras-Chave

A segunda página deve incluir um resumo (não ultrapassando 150 palavras para resumos não estruturados ou 250 palavras para resumos estruturados). O resumo deve explicitar os objeti-vos do estudo ou investigação, a metodologia básica (seleção da população a estudar ou dos animais de laboratório, métodos de observação e de análise), os resultados principais (forne-cendo dados específicos e, se possível, a respectiva significância estatística), e as principais conclusões. Deve realçar os aspectos novos e importantes do estudo ou das observações.

Abaixo do resumo os autores devem indicar, de 3 a 5 palavras-chave ou frases curtas que possam auxiliar a indexação múltipla do artigo e possam ser publicadas com o resumo. Devem ser usados termos da lista de descritores médicos (MeSH) do Index Medicus; se ainda não existirem descritores MeSH apropriados para termos de introdução recente po-dem usar-se essas palavras.

5.4 Introdução

Indicar o objetivo do a rtigo e resumir a fundamentação do estudo ou da observação. For-necer apenas referências rigorosamente pertinentes e não incluir dados ou conclusões do trabalho a que se refere o artigo.

5.5 Métodos

Descrever com clareza o modo de  se leção das unidades de observação ou experimentação (pacientes ou animais de laboratório). Identificar a sua idade, sexo e outras características importantes. A definição e a relevância da raça e etnicidade são ambíguas. Os autores de-vem ser particularmente cuidadosos ao usar estas categorias. Identificar os métodos, os aparelhos (indicar entre parêntesis o nome e morada dos fabricantes), e os procedimentos

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usados com o pormenor suficiente para permitir a outros investigadores reproduzir os resultados. Fornecer referências para os métodos consagrados, incluindo os métodos es-tatísticos; fornecer referências e fazer uma breve descrição dos métodos que foram publi-cados, mas não são muito conhecidos; descrever os métodos novos ou substancialmente modificados, indicar as razões pelas quais se utilizam e avaliar as suas limitações. Identifi-car com precisão todos os fármacos e produtos químicos usados, incluindo a designação genérica, dose, e via de administração.

Os relatos de ensaios clínicos aleatorizados devem apresentar informação sobre todos os elementos importantes do estudo, incluindo o protocolo (população estudada, interven-ções ou exposições, resultados, e a fundamentação da análise estatística), escolha das intervenções (métodos de aleatorização, ocultação da distribuição por grupos de tratamen-to), e o método de ocultação.

Os autores que apresentam para publicação manuscritos de revisão deverão incluir uma seção descrevendo os métodos usados para localizar, selecionar, deduzir e selecionar os dados. Estes métodos deverão também ser indicados sumariamente no resumo.

5.5.1 Ética

Quando se relata experimentação com pessoas, indicar se os procedimentos seguidos estiveram de acordo com os padrões éticos da entidade (institucional ou regional) respon-sável pela experimentação humana e com a Declaração. Não mencionar nomes, iniciais ou números de processos de pacientes, particularmente em qualquer tipo de ilustração. Quando se relata experimentação com animais, indicar se, no respeitante aos cuidados e utilização de animais de laboratório, foram seguidas as indicações da instituição ou de uma autoridade nacional de investigação, ou de alguma legislação nacional.

Incluir na seção Métodos uma descrição geral da metodologia. Quando os dados são resumi-dos na seção Resultados, especificar os métodos estatísticos usa dos para os analisar. Res-tringir quadros e figuras aos necessários para explicitar a fundamentação do artigo e avaliar da sua solidez. Usar gráficos em vez de quadros com muitas entradas; não duplicar os dados em gráficos e quadros. Evitar o uso não técnico de termos técnicos de estatística, tais como “aleatório” (que implica um mecanismo de aleatorização), “normal”, “significativo”, “correla-ções”, e “amostra”. Definir os termos estatísticos, as abreviaturas e a maioria dos símbolos.

5.6 Resultados

Apresentar os resultados em sequência lógica através de texto, quadros, e figuras. Não re-petir no texto todos os dados incluídos nos quadros ou figuras; realçar ou resumir apenas as observações importantes.

5.7 Discussão

Realçar os aspectos novos ou importantes do estudo e as conclusões deles decorrentes. Não repetir em pormenor dados ou outro material incluído nas seções Introdução ou R e-

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sultados. Incluir na seção Discussão as implicações e limitações dos resultados, incluindo as suas implicações para a investigação futura. Relacionar as observações com outros estudos importantes.

Relacionar as conclusões com os objetivos do estudo, mas evitar afirmações não funda-mentadas e conclusões que não se baseiem totalmente nos dados. Em especial, os autores devem evitar fazer afirmações sobre benefícios econômicos e custos, a menos que o ma-nuscrito inclua dados e análise econômicos. Evitar reclamar prioridade para, ou fazer alusão a trabalhos não completados. Enunciar novas hipóteses quando tal é possível, mas assinalá--las claramente como tal. Quando for apropriado, podem incluir-se recomendações.

5.8 Agradecimentos

Num local apropriado do artigo (rodapé da página de título ou apêndice ao texto; ver as normas da revista) deverão incluir-se uma ou mais frases especificando as contribuições que justifiquem um agradecimen to, seja por apoio ou auxílio técnico, ou mesmo por apoio financeiro e material, cuja natureza deve ser especificada;

6 Das citações e referências: O pesquisador deve citar em seu trabalho a autoridade em que se baseia cada afirmação, opinião ou fato. Qualquer omissão pode tirar o mérito ou seriedade da investigação. A citação é a menção, no texto, de uma informação obtida de outra fonte. É utilizada para enfatizar e/ou comprovar as idéias desenvolvidas pelo autor.

As citações podem ser extraídas de publicações formais (livros, artigos de periódicos, anais, teses, material disponibilizado na internet) e informais (cartas, e-mails, listas de discussão, comunicação pessoal, artigos apenas submetidos para publicação), podendo ser diretas e indiretas.

Os exemplos de citações, no estilo Vancouver, podem ser encontrados nos documentos de referência: “como elaborar referências bibliográficas, segundo o estilo de vancouver”, que foi traduzido e adaptado por Maria Gorete M. Savi (Coordenadora) e Maria Salete Espín-dola Machado (Estagiária do Curso de Biblioteconomia da UFSC) – BSCCSM / UFSC, em 27-07-2006) - <http://www.bu.ufsc.br/ccsm/vancouver.html>, Manual de normas de Van-couver: referências e citações / Sistema Integrado de Bibliotecas da PUCPR. Organização, Nadia Ficht Richardt, Teresinha Teterycz – Curitiba, 2010 <http://www.pucpr.br/biblioteca/sibi/manual_vancouver.pdf>, bem como no documento original sobre as normas no estilo Vancouver, disponível em: <http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html>, e no site: <http://www.scielosp.org>, seção de Saúde Pública.

7 Da Normalização: Os artigos que não se ativerem a estas normas serão devolvidos a seus autores que poderão reenviá-los, desde que efetuadas as modificações necessárias. Caso deseje, o autor poderá consultar os Requisitos Uniformes para Originais submetidos a Periódicos Biomédicos, conhecido como Estilo Vancouver, ou entrar em contato com os professores responsáveis pela publicação da revista, cujos endereços eletrônicos encon-tram-se indicados no item “Endereço da Revista”.

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8 Dos Direitos Autorais: Não haverá pagamento a título de direitos autorais ou qualquer outra remuneração em espécie pela publicação de trabalhos na Revista.

9 Do termo de autorização: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, de acordo com a Lei 9610/98, o autor de artigos submetidos na revista devem encaminhar o termo de autorização para publicação devidamente assinado (modelo disponível no final deste documento), juntamente com o artigo a ser publicado, para o Editor da revista. Tal documento autoriza a Revista a disponibilizar gratuitamente, sem ressarcimento dos direi-tos autorais, o artigo submetido para fins de leitura, impressão e/ou download pela Inter-net, a título de divulgação da produção científica gerada pela Revista e pela Universidade.

10 Da apreciação dos textos: Os artigos enviados aos Editores da Revista serão subme-tidos à apreciação do Conselho de Consultores, a quem cabe o parecer recomendando ou não a publicação. Os artigos não aceitos para publicação serão devolvidos aos respectivos autores.

11 Do Processo de Avaliação: Os textos são avaliados em duas etapas, segundo os crité-rios de originalidade, relevância do tema, consistência teórica/metodológica e contribuição para o conhecimento na área.

1 – Realização de uma análise prévia pelo editor da revista para verificar se o texto se enquadra dentro das linhas editoriais da mesma.

2 – Envio do texto para, no mínimo, dois avaliadores que, utilizando o sistema blind review, procederão à análise. Depois de aprovado, o texto passará por aconselhamento editorial, normalização, revisão ortográfica e gramatical.

12 Do Endereço da Revista: Os trabalhos poderão ser enviados por meio do Repositório Científico, no endereço eletrônico: http://catussaba.unp.br

13 Da disponibilização dos artigos científi cos no repositório institucional da universi-dade potiguar: Os artigos selecionados e publicados na Revista serão disponibilizados no Repositório Científico da Universidade Potiguar e no Web Site da Instituição, dando acesso à produção da informação publicada pelos pesquisadores aos membros da comunidade acadêmica interna e externa para a gestão e disseminação da sua produção técnico-cientí-fica em meio digital.

Os autores dos artigos aprovados para publicação concedem a todos os usuários do Re-positório Institucional o acesso livre a seu artigo para permitir a cópia, uso, distribuição, transmissão e exibição pública, e ainda de reproduzir, pequena quantidade de cópias im-pressas para uso pessoal e/ou com fins acadêmicos, e distribuir em qualquer meio, desde que citada a fonte.

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Termo de Autorização para Publicação de Artigos e Fotografi as na Revista Catussada da Escola da Saúde

Ao Conselho Editorial da Revista Científica Catussada da Escola da Saúde

Título do Artigo:

Nome do(s) autor(es):

O(s) autor(es) do presente trabalho se compromete(m) a cumprir as seguintes normas:

1 – Todos os autores relacionados acima participaram do trabalho e responsabili-zam-se publicamente por ele.

2 – Todos os autores revisaram a forma final do trabalho e o aprovam para publi-cação na Revista Catussada da Escola da Saúde.

3 – O(s) autor(es) garante(m) que este trabalho é de sua(s) autoria(s) e que assume(m) integral responsabilidade diante de terceiros, quer de natureza mo-ral ou patrimonial, em razão de seu conteúdo, declarando, desde já, que a obra a ser entregue é original, e que não infringe quaisquer direitos de propriedade intelectual de terceiros.

4 – O(s) autor(es) concorda(m) em ceder os direitos autorais do artigo à Revista Catussada da Escola da Saúde, autorizando a reformulação de linguagem, se necessária.

5 – A reprodução total ou parcial do mesmo em outras publicações requer a auto-rização por escrito da Revista Catussada da Escola da Saúde

_______________________________________/____/____

Local/Data

________________________________________________ Assinatura do Autor Responsável

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