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NOVA LEI EM ANÁLISE NA CÂMARA DOS DEPUTADOS PÕE EM RISCO O TELEMARKETING Festas para casamento criam novo nicho de mercado Empresa Brasil Ano 12 l Número 121 l Agosto de 2015

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NOVA LEI EM ANÁLISE NA CÂMARA DOS DEPUTADOS PÕE EM RISCO O TELEMARKETING

Festas para casamento criam novo nicho de mercado

Empresa Bras

il

Ano 12 l Número 121 l Agosto de 2015

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Acre – Federação das Associações Comerciais e Empresariais doEstado do Acre – FEDERACREPresidente: Adem Araújo da SilvaAvenida Ceará, 2351 Bairro: CentroCidade: Rio Branco CEP: 69909-460

Alagoas – Federação das Associações Comerciais do Estado deAlagoas – FEDERALAGOASPresidente: Kennedy Davidson Pinaud CalheirosRua Sá e Albuquerque, 302 Bairro: Jaraguá Cidade: Maceió CEP: 57.020-050

Amapá – Associação Comercial e Industrial do Amapá – ACIAPresidente: Nonato Altair Marques PereiraRua General Rondon, 1385 Bairro: CentroCidade: Macapá CEP: 68.900-182

Amazonas – Federação das Associações Comerciais e Empresariaisdo Amazonas – FACEAPresidente: Valdemar PinheiroRua Guilherme Moreira, 281Bairro: Centro Cidade: Manaus CEP: 69.005-300

Bahia – Federação das Associações Comerciais do Estado daBahia – FACEBPresidente: Clóves Lopes CedrazRua Conselheiro Dantas, 5. Edifício Pernambuco, 9° andar Bairro: Comércio Cidade: Salvador CEP: 40.015-070

Ceará – Federação das Associações Comerciais do Ceará – FACCPresidente: João Porto GuimarãesRua Doutor João Moreira, 207 Bairro: CentroCidade: Fortaleza CEP: 60.030-000

Distrito Federal – Federação das Associações Comerciais eIndustriais do Distrito Federal e Entorno – FACIDFPresidente: Francisco de Assis SilvaSIA Quadra 5C, Lote 32, sala 101Cidade: Brasília/DF CEP: 71200-051

Espírito Santo – Federação das Associações Comerciais, Industriais eAgropastoris do Espírito Santo – FACIAPESPresidente: Amarildo Selva LovatoRua Henrique Rosetti, 140 - Bairro Bento Ferreira Vitória ES - CEP 29.050-700

Goiás – Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias do Estado de Goiás – FACIEGPresidente: Ubiratan da Silva LopesRua 143 - A - Esquina com rua 148, Quadra 66 Lote 01 Bairro: Setor Marista Cidade: Goiânia CEP: 74.170-110

Maranhão – Federação das Associações Empresariais doMaranhão – FAEMPresidente: Domingos Sousa Silva JúniorRua Inácio Xavier de Carvalho, 161, sala 05, Edifício Sant Louis.Bairro: São Francisco- São Luís- MaranhãoCEP: 65.076-360

Mato Grosso – Federação das Associações Comerciais eEmpresariais do Estado do Mato Grosso – FACMATPresidente: Jonas Alves de SouzaRua Galdino Pimentel, 14 - Edifício Palácio do Comércio2º Sobreloja – Bairro: Centro Norte Cidade: Cuiabá CEP: 78.005-020

Mato Grosso do Sul – Federação das Associações Empresariais doMato Grosso do Sul – FAEMSPresidente: Alfredo Zamlutti JúniorRua Piratininga, 399 – Jardim dos EstadosCidade: Campo Grande CEP: 79021-210

Minas Gerais – Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Minas Gerais – FEDERAMINASPresidente: Emílio César Ribeiro ParoliniAvenida Afonso Pena, 726, 15º andarBairro: Centro Cidade: Belo Horizonte CEP: 30.130-002

Pará – Federação das Associações Comerciais e Empresariais doPará – FACIAPAPresidente: Olavo Rogério Bastos das NevesAvenida Presidente Vargas, 158 - 2º andar, bloco 203Bairro: Campina Cidade: Belém CEP: 66.010-000

Paraíba – Federação das Associações Comerciais e Empresariais daParaíba – FACEPBPresidente: Alexandre José Beltrão MouraAvenida Marechal Floriano Peixoto, 715, 3º andarBairro: Bodocongo Cidade: Campina Grande CEP: 58.100-001

Paraná – Federação das Associações Comerciais e Empresariais doParaná – FACIAPPresidente: Guido BresolinRua: Heitor Stockler de Franca, 356Bairro: Centro Cidade: Curitiba CEP: 80.030-030

Pernambuco – Federação das Associações Comerciais eEmpresariais de Pernambuco – FACEPPresidente: Jussara Pereira BarbosaRua do Bom Jesus, 215 – 1º andarBairro: Recife Cidade: Recife CEP: 50.030-170

Piauí – Associação Comercial Piauiense - ACPPresidente: José Elias TajraRua Senador Teodoro Pacheco, 988, sala 207.Ed. Palácio do Comércio 2º andar - Bairro: CentroCidade: Teresina CEP: 64.001-060

Rio de Janeiro – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Rio de Janeiro – FACERJPresidente: Jésus Mendes CostaRua do Ouvidor, 63, 6º andar - Bairro: CentroCidade: Rio de Janeiro CEP: 20.040-030

Rio Grande do Norte – Federação das Associações Comerciais do RioGrande do Norte – FACERNPresidente: Itamar Manso Maciel JúniorAvenida Duque de Caxias, 191 Bairro: Ribeira Cidade: Natal CEP: 59.012-200

Rio Grande do Sul – Federação das Associações Comerciais e deServiços do Rio Grande do Sul - FEDERASULPresidente: Ricardo RussowskyRua Largo Visconde do Cairu, 17, 6º andarPalácio do Comércio - Bairro: Centro Cidade: Porto Alegre CEP: 90.030-110

Rondônia – Federação das Associações Comerciaise Industriais do Estado de Rondônia – FACERPresidente: Gerçon Szezerbatz ZanattoAv. Presidente Dutra, 2821 – Sala 01 – Centro Cidade: Porto Velho CEP: 76801-059

Roraima – Federação das Associações Comerciais e Industriais deRoraima – FACIRPresidente: João Batista de Melo MêneAvenida Jaime Brasil, 223, 1º andarBairro: Centro Cidade: Boa Vista CEP: 69.301-350

Santa Catarina – Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina – FACISCPresidente: Ernesto João ReckRua Crispim Mira, 319 - Bairro: Centro Cidade: Florianópolis - CEP: 88.020-540

São Paulo – Federação das Associações Comerciais do Estado deSão Paulo – FACESPPresidente: Alencar BurtiRua Boa Vista, 63, 3º andar Bairro: Centro Cidade: São Paulo CEP: 01.014-001

Sergipe – Federação das Associações Comerciais, Industriais eAgropastoris do Estado de Sergipe – FACIASEPresidente: Wladimir Alves TorresRua José do Prado Franco, 557 - Bairro: CentroCidade: Aracaju CEP: 49.010-110

Tocantins – Federação das Associações Comerciais e Industriaisdo Estado de Tocantins – FACIETPresidente: Pedro José Ferreira103 Norte Av. LO 2 - 01 - Conj. Lote 22 Prédio da ACIPA -Bairro: Centro Cidade: Palmas CEP: 77.001-022

• O conteúdo desta publicação representa o melhor esforço da CACB no sentido de informar aos seus associados sobre suas atividades, bem como fornecer informações relativas a assuntos de interesse do empresariado brasileiro em geral. Contudo, em decorrência da grande dinâmica das informações, bem como sua origem diversifi cada, a CACB não assume qualquer tipo de responsabilidade relativa às in-formações aqui divulgadas. Os textos assinados publicados são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores.

DIRETORIA DA CACBTRIÊNIO 2013/2015

PRESIDENTEJosé Paulo Dornelles Cairoli (RS)

1º VICE-PRESIDENTERogério Pinto Coelho Amato (SP)

VICE-PRESIDENTESAntônio Freire (MS)Djalma Farias Cintra Junior (PE)Jésus Mendes Costa (RJ)Jonas Alves de Souza (MT)José Sobrinho Barros (DF)Rainer Zielasko (PR)Reginaldo Ferreira (PA)Sérgio Roberto de Medeiros Freire (RN)Wander Luis Silva (MG)

VICE-PRESIDENTE DE ASSUNTOS INTERNACIONAISSérgio Papini de Mendonça Uchoa (AL)

VICE-PRESIDENTE DE COMUNICAÇÃOAlexandre Santana Porto (SE)

VICE-PRESIDENTE DA MICRO E PEQUENA EMPRESALuiz Carlos Furtado Neves (SC)

VICE-PRESIDENTE DE SERVIÇOSPedro José Ferreira (TO)

DIRETOR–SECRETÁRIOJarbas Luis Meurer (TO)

DIRETOR–FINANCEIROGeorge Teixeira Pinheiro (AC)

CONSELHO FISCAL TITULARESJadir Correa da Costa (RR)Ubiratan da Silva Lopes (GO)Valdemar Pinheiro (AM)

CONSELHO FISCAL SUPLENTEAlaor Francisco Tissot (SC)Itamar Manso Maciel (RN)Kennedy Davison Pinaud Calheiros (AL)

CONSELHO NACIONAL DA MULHER EMPRESÁRIAAvani Slomp Rodrigues (PR)

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO JOVEM EMPRESÁRIOFernando Fagundes Milagre

GERENTE ADMINSTRATIVO/FINANCEIROCésar Augusto Silva

COORDENADOR DO EMPREENDERCarlos Alberto Rezende

COORDENADOR DA CBMAEEduardo Vieira

COORDENADOR DO PROGERECSLuiz Antônio Bortolin

COORDENADORA DE COMUNICAÇÃO SOCIALNeusa Galli Fróes

EQUIPE DE COMUNICAÇÃO SOCIALNeusa Galli FróesCyntia MenezesMaíra Valério

SCS Quadra 3 Bloco ALote 126Edifício CACB61 3321-131161 3224-003470.313-916 Brasília - DF

Site: www.cacb.org.br

Federações CACB

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Agosto de 2015 3

Mesmo com a infl ação elevada, o crédito res-trito, o endividamento recorde e o anuncia-

do encolhimento do PIB, a ativida-de econômica não para. Assim, não adianta lamentar; o cenário é desa-fi ador para os empreendedores e so-mente se sairão bem os que forem criativos. Isso porque sempre haverá gente fazendo negócios.

Essa aparente obviedade esconde os fatores de sucesso daqueles que se reinventam para enfrentar os períodos adversos. Nessa linha, um dos cami-nhos capazes de driblar esses tempos de vacas magras é a inovação. Para os MPEs, o investimento em inovação pode resultar na solução para que os negócios permaneçam vivos.

O fato é que 2015 e 2016 serão anos desafi adores. Em 2016, segun-do os especialistas, teremos uma recuperação muito tímida, não su-fi ciente para uma retomada susten-tável do crescimento. Isso signifi ca que o empresário vai precisar se de-bruçar sobre os custos e as despesas. Mas, sobretudo, em novas formas de prestação de serviços e instituir como regra a busca de novas solu-ções para pequenos e grandes pro-blemas. Isso porque estamos em um momento de transformação. Antes, a inovação nas empresas era algo voltado para fora, para a criação de novos produtos ou serviços. Hoje é parte integrante das organizações e

ganhou um novo signifi cado. Inovar é um modo de operar, de pensar e de estar no mundo.

A matéria de capa desta edição de Empresa Brasil é justamente sobre a busca de novos nichos de merca-do e o que isso pode representar em termos de reinvenção de negó-cios. Conforme pesquisa do institu-to Data Popular, encomendada pela Associação Brasileira das Empresas e Profi ssionais Prestadores de Serviços para Casamentos e Eventos Sociais (Abrafesta), estima-se que em 2014 os gastos de festas e cerimônias no Brasil chegaram a R$ 16,8 bilhões, cerca de R$ 2 bilhões a mais que em 2012. A pesquisa aponta ainda que são realizadas, por ano, mais de um milhão de festas de casamento no país. O que também tem chamado a atenção é a variedade de serviços que envolvem uma festa.

Cases como esses, aliás, farão parte do nosso 2º Fórum Nacional da CACBMil, no período de 27 a 29 de setembro de 2015, no Costão do Santinho, em Florianópolis (SC). Além da apresentação de especialis-tas sobre assuntos de interesse do setor empresarial, o evento deverá oferecer mais uma oportunidade para a troca de informações atuali-zadas entre os representantes das diversas associações empresariais, o que faz parte dos objetivos do as-sociativismo, juntamente com o es-tímulo à confi ança e a ajuda mútua.

A economia em transformação

PALAVRA DO PRESIDENTE José Paulo Dornelles Cairoli

José Paulo Dornelles Cairoli, presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil

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4 Empresa Brasil

3 PALAVRA DO PRESIDENTEMesmo com a infl ação elevada, o crédito restrito, o endividamento recorde e o anunciado encolhimento do PIB, a atividade econômica não para.

5 PELO BRASILComissão Especial da Câmara dos Deputados aprovou em julho o projeto “Crescer Sem Medo”, que cria o regime de transição no Supersimples.

8 CAPAA milionária cadeia de prestadores de serviços para casamentos.

12 CASE DE SUCESSOO Núcleo de Moveleiros de Pinhalzinho apresentou coleção de móveis produzida por meio do projeto Empreender Competitivo durante o Salão de Gramado 2015.

14 FEDERAÇÕES Para Alencar Burti, presidente da Facesp/ACSP, manter-se atualizado sobre a conjuntura de seu setor e apoiar-se em associativismo ajuda a driblar a recessão.

17 CONJUNTURATaxa de desemprego deverá continuar em elevação em 2015.

ÍNDICE

EXPE

DIE

NTE

Coordenação Editorial: Neusa Galli Fróesfróes, berlato associadas escritório de comunicação Edição: Milton Wells - [email protected] gráfi co: Vinícius KraskinDiagramação: Kraskin ComunicaçãoFoto da capa: Kirill Ryzhov/fotolia.comRevisão: Flávio Dotti CesaColaboradores: Cyntia Menezes, Maíra Valério, Rosângela Garcia e Tagli Padilha.Execução: Editora Matita Perê Ltda.Comercialização: Fone: (61) 3321.1311 - [email protected] Impressão: Arte Impressa Editora Gráfi ca Ltda. EPP

SUPLEMENTO ESPECIAL

Segmento de brechósgarante bons negócios

8 CAPA

18 CBMAE

20 EMPREENDEDORISMO

18 CBMAEJuiz Ricardo Pereira Júnior, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, aponta conciliação, mediação e arbitragem como meios para solução rápida e efi caz de confl itos.

20 EMPREENDEDORISMO Núcleo Moveleiro da Acip apresenta coleção de móveis feita pelo Empreender Competitivo.

22 PAÍS PEC que reduz jornada de trabalho prejudicará o setor produtivo.

24 NEGÓCIOSLivros de colorir são a nova onda do mercado editorial brasileiro.

26 MPEO empreendedorismo ganhou novo alento no Brasil. MPEs cumprirão o papel fundamental no Pronatec Aprendiz.

28 LEGISLAÇÃONova lei em análise na Câmara põe em risco o telemarketing.

30 LIVROSO livro As Rodas da Fortuna, do escritor Felipe Daiello, faz uma análise dos problemas brasileiros.

31 ARTIGOA economia digital está ao alcance de todos, por Luiz A. Bortolin.

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Agosto de 2015 5

PELO BRASIL

A Comissão Especial do Super-simples da Câmara dos Deputados aprovou em julho o projeto “Crescer Sem Medo”, PL 25/07, que cria o regime de transição no Supersimples e racionaliza a tributação entre as faixas de faturamento das MPEs. O texto vai a Plenário e deverá ser votado até o fi nal de agosto.

O texto também prevê a cria-ção da Empresa Simples de Crédito (ESC), modelo que amplia o acesso a recursos fi nanceiros para as micro e pequenas empresas, e que resgata o princípio do crédito no município, efetuado com recursos próprios.

Para o ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afi f Domingos, o cidadão deve ter direito de aplicar seu dinheiro da forma que quiser. Além disso, Afi f destacou que o Brasil tem o mercado fi nan-

ceiro mais concentrado do mundo. “Espero que não venham dizer que a criação do ESC se caracteriza como agiotagem. Estamos criando concor-rência no mercado fi nanceiro para que as micro e pequenas empresas tenham acesso a crédito facilitado.”

Comissão especial da Câmara aprova o projeto Crescer Sem Medo

Federação mineira promove o associativismo de jovens e empreendedoras

A Federaminas (Federação das Associações Comerciais e Empre-sariais do Estado de minas Gerais) está realizando um levantamento para detectar as Associações Comerciais (ACEs) do Estado que contam com o Conselho Empre-sarial de Jovens e o Conselho da Mulher Empreendedora. A enti-

dade quer incentivar as federadas que não os possuem a implantá- -los, disponibilizando-lhes roteiro próprio para a implantação desses órgãos.

O objetivo da Federaminas, segundo o presidente Emílio Paro-lini, é estimular as ACEs mineiras a contarem com esses conselhos

em sua estrutura. Trata-se, confor-me ressalta o dirigente classista, de órgãos da maior importância para promover a aproximação de jovens empresários e de empreen-dedoras ao movimento associa-tivo, contribuindo, consequente-mente, para a formação de novas lideranças no meio empresarial.

Texto aprovado prevê a criação de modelo que amplia o acesso

a recursos fi nanceiros para as micro e pequenas empresas

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6 Empresa Brasil

PELO BRASIL

Empreender faz ajustes nos projetos

Após divulgar resultado prévio das propostas enviadas para aderir ao Empreender Convencional, a CACB (Confederação das Associações Comer-ciais e Empresariais do Brasil) realizou reunião em julho, com os coordenado-res estaduais do programa, para defi nir os ajustes necessários. A CACB e o Sebrae decidiram que todas as pro-postas aprovadas devem implementar os ajustes defi nidos pelos avaliadores. Além disso, os projetos com menos de 70 pontos ou com duas ou três indica-ções de “ruim” deverão ser refeitos. As propostas que alcançaram menos de 40 pontos foram eliminadas.

A chamada de propostas do Em-preender Nacional 2015/2016 tem o objetivo de ampliar o número de núcleos setoriais vinculados ao sistema CACB. Os projetos foram avaliados por três técnicos do sistema CACB e Sebrae, podendo atingir no máximo 150 pon-tos. Além da pontuação, os avaliadores atribuíram conceitos de “bom”, “me-diano” e “ruim” sobre a qualidade dos projetos, inserindo comentários sobre a eventual necessidade de ajustes segun-do o quesito avaliado.

Chineses de Zhongshan prospectam negócios em São Paulo

Uma delegação de 30 autoridades e empresários chineses da cidade chinesa de Zhongshan esteve na ACSP (Associação Comercial de São Paulo) para discutir as oportu-nidades comuns de negócio entre a cidade e a capital pau-lista. O encontro foi organi-zado em julho pela São Paulo Chamber of Commerce, órgão de comércio exterior da ACSP. Roberto Ticoulat, vice-presidente da ACSP e presidente do Conselho Brasi-leiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (Ceciex), abriu o evento com agradecimentos aos chineses. “Abrimos essa representa-ção para alavancar negócios com a China continental”, disse Ticoulat, que ainda se mostrou impressionado com a pujança das oportunidades em Zhongshan. “Eles impor-tam um total de U$ 9 bilhões e exportam U$ 28 bi. É uma cidade maior do que muitos países”, observou.

Já o vice-prefeito do município chinês, Yang Wenlong, lembrou que lá o crescimento tem sido estável nos últimos anos. Em 2014, o

PIB de Zhongshan foi de US$ 45 bilhões, o que signifi cou uma renda per capita de US$ 14.200. Entre as indústrias mais tradicionais de Zhon-gshan estão as de produtos eletrônicos, utilidades domés-ticas, iluminação, ferramentas, móveis e têxteis. No ano pas-sado, sua relação com o Brasil movimentou US$ 430 milhões – valor ainda incomparável com os US$ 77,9 bilhões totais, quando se contabilizam as negociações brasileiras com toda a China. “Nosso objetivo é oferecer plataformas para nosso empresariado conhecer melhor as oportunidades de São Paulo. Queremos fechar negócios o mais rápido possí-vel”, destacou Wenlong.

De acordo com Liu Yuhang, representante do governo chinês, a expectativa das autoridades chinesas é de que o Brasil utilize Zhongshan como porta de entrada para fazer negócios no restante da China. Ao mesmo tempo, eles querem não apenas explorar o potencial econômi-co brasileiro, mas usar o país como entrada para toda a América Latina. CACB promove reunião para defi nir

ajustes necessários no Empreender

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Facisc defende postergação do ISS para município atingido por enchente

O presidente da Facisc (Federa-ção das Associações Empresariais de Santa Catarina), Ernesto João Reck, reuniu-se com lideranças do municí-pio de Maravilha (SC) para verifi car in loco a situação do local após a enchente. O município decretou calamidade pública.

O presidente da Associação Em-presarial de Maravilha, Jeovany Folle, destacou que as medidas pleiteadas pela Facisc ao Governo do Estado serão muito importantes para as empresas atingidas, e além destas, a associação também busca o atendi-mento de algumas propostas. “Es-tamos verifi cando, junto à adminis-tração municipal, a possibilidade de postergação do pagamento do ISS e,

junto ao Badesc, a disponibilização de uma linha de crédito especial para que as empresas afetadas pos-

sam ao menos repor seus estoques com juros baixos e maior prazo de pagamento”, informou.

A importância da competitividade para o turismo fl uminense

Às vésperas de sediar o maior evento esportivo do mundo, o Rio de Janeiro entrará no holo-fote do turismo global. Segundo estimativas da prefeitura, estão sendo aguardados cerca de 1 milhão de turistas para os Jogos Olímpicos Rio 2016. No entan-to, apesar dos eventos, praias, carnaval e outras atratividades, a capital fl uminense ainda precisa estruturar melhor o setor de turis-mo para que ele consiga alcançar a sua potencialidade. A análise é

do coordenador do Observatório de Estudos sobre o Rio de Janeiro da UFRJ, Mauro Osório.

Ele realizou, em julho, pales-tra intitulada “Ponderações so-bre uma estratégia turística para o estado do Rio de Janeiro”, na qual apresentou dados socioeco-nômicos do estado e os desafi os existentes para que ele seja mais atraente para a atividade turísti-ca. O evento foi realizado duran-te reunião do Conselho Empre-sarial de Turismo Pró-Rio, na

ACRJ (Associação Comercial do Rio de Janeiro). “Nós temos que despoluir a Baía de Guanabara, ter uma linha de metrô ligada ao aeroporto Internacional, vender melhor os nossos produtos tu-rísticos, ter uma melhor agenda de eventos e, acima de tudo, planejar melhor políticas públicas para o setor de turismo. Temos que aproveitar a Olimpíada para transformar o Rio de Janeiro na capital do esporte na América Latina”, avaliou Osório.

Líderes de entidades buscam auxílio para Maravilha (SC), município atingido por enchentes

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8 Empresa Brasil

CAPA

“Sim, eu aceito.” A co-nhecida frase que si-naliza a união de casais engloba um mercado

cada vez mais promissor: o das festas de casamento. Felicidade para os pom-binhos que podem encontrar uma concorrência disposta a barganhar preços e alegria de igual tamanho para quem tem boas ideias e está dispos-to a investir neste nicho criativo e em franco crescimento. Das roupas até os

bem-casados, passando pela maquia-gem e a reserva de local da festa, o dia tão sonhado demanda uma série de serviços e profi ssionais que precisa ser acionada com tempo, organização e uma boa reserva em dinheiro.

Uma cerimônia, segundo Isabella Ciampaglia, idealizadora do Cheers Off, evento em São Paulo que reúne empresas e serviços para realização de festas, pode envolver em torno de 20 a 25 diferentes profi ssionais, e o custo,

Estima-se que, em 2014, os gastos de festas e cerimônias no Brasil chegaram a R$ 16,8 bilhões, cerca de R$ 2 bilhões a mais que em 2012. A mesma pesquisa aponta ainda que são realizadas, por ano, mais de um milhão de festas de casamento no país

A milionária cadeia de prestadores de serviços para casamentos

Serviços de limousines: o sonho de toda noiva é chegar em seu casamento de maneira deslumbrante

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por convidado, oscila entre R$ 1 mil a R$ 1,5 mil. Além disso, o planejamento deve se iniciar por volta de um ano an-tes do evento. “Mas se a ideia é casar em uma igreja mais concorrida, a or-ganização precisa de até 24 meses de antecedência”, alerta a especialista.

LISTA DE SERVIÇOSÉ assim, com planilha na mão e

muita disciplina, que a advogada Francesca Moretto, 32 anos, e o servi-dor público, Diogo Hedges, 31, estão organizando a festa de casamento. A cerimônia está marcada para outubro de 2016, mas o casal preferiu se an-tecipar e iniciar os preparativos com calma. A lista de serviços tem um li-mite: não pode ultrapassar R$ 60 mil. “Quando começamos a pensar na festa o valor estourou. Daí foi preciso rever alguns itens e adaptar”, revela.

Os cortes começaram pelo nú-mero de convidados, que passou de 250 para 170 e deve chegar a 160. Outra mudança foi no local da festa. “Optamos por um salão mais rústico, com pé-direito mais baixo, o que vai demandar uma decoração mais sim-ples”, frisou a noiva ao contar que a escolha por uma cerimonialista menos conhecida também fez parte da estra-tégia para minimizar gastos.

Conforme pesquisa do Data Popu-lar, encomendada pela Associação Bra-sileira das Empresas e Profi ssionais Pres-tadores de Serviços para Casamentos e Eventos Sociais (Abrafesta), estima-se que em 2014 os gastos de festas e ce-rimônias no Brasil chegaram a R$ 16,8 bilhões, cerca de R$ 2 bilhões a mais que em 2012. A pesquisa aponta ainda que são realizadas, por ano, mais de um milhão de festas de casamento no país.

MERCADO CRESCENTENa opinião do presidente da

Abrafesta, Ricardo Dias, o mercado de eventos sociais no Brasil é madu-ro e registra uma demanda crescente em todas as regiões do país. “As em-presas estão cada vez mais atentas às necessidades do consumidor e em busca de novidades e produtos dife-renciados”, reforça.

Tendência esta que incentiva a re-gião Sudeste a apostar cada vez mais nas oportunidades e se manter na liderança com mais da metade dos gastos com festas e cerimônia, cerca de R$ 8,6 bilhões. O Nordeste fi cou com a fatia de R$ 3 bilhões, segui-do da região Sul, com R$ 2,9 bilhões, Centro-Oeste, R$ 1,3 bilhão, e Norte, com R$ 1 bilhão.

O que também tem chamado a atenção é a variedade de serviços que envolvem uma festa. Os detalhes vão da joalheria, o buffet, a confec-ção dos convites, decoração, vestido, lembrancinhas, fi lmagem e fotogra-fi a, traje do noivo, escolha da igreja, maquiagem e dia da noiva, atrações especiais até uma infi nidade de novi-dades que surgem a todo momento.

Atentas às oportunidades estão as feiras de eventos, que reúnem em um único local diferentes pres-tadores de serviços e empresas da área. Exemplo disso é a Exponoivas Litoral, em Santa Catarina, que con-tou este ano, em Itajaí, com mais de 60 profi ssionais, entre decoradores, salões de beleza, doceiras, fotógra-fos, grupos musicais e outros. O evento, que existe desde 2012, já recebeu mais de 10 mil visitantes e conta com outra edição, realizada na cidade de Joinville.

Atentos àsoportunidades,locais deeventos reúnemdiferentesprestadoresde serviços

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10 Empresa Brasil

CAPA

Dentre a infi nidade de serviços ne-cessários para uma festa, um dos prin-cipais é a alimentação. São diversas as empresas que organizam o buffet e um imenso número de novos empreende-dores que ingressam neste mercado, com inovações de todas as formas. Al-guns profi ssionais tornam-se especialis-tas em doces, outros em salgados, jan-tares, bebidas e muitos focam apenas no tradicional bem-casado, fi gura que não falta nas cerimônias.

A especialista em gastronomia Cami-la de Vargas Machado apostou forte na mesa de doces. Na confeitaria Sagu com Creme, que atende festas no Rio Grande

do Sul e outros estados, ela produz bem-casados, bolos, cupcakes e uma variada oferta de brigadeiros gourmets, cama-feus, trufas e outras doçuras. O custo, segundo a especialista, muitas vezes, é considerado salgado. “Boa parte das pessoas costuma organizar toda a festa, contratar cerimonialistas e outros servi-ços e deixam os doces e o bolo por últi-mo, quando o orçamento já está quase estourado”, revela. Ainda assim, o gasto médio com a mesa de gostosuras cos-tuma variar entre R$ 1 mil e R$ 1,2 mil, e em determinados meses, a confeitaria chega a receber cinco pedidos para fes-tas de casamento.

Camila abriu a Sagu com Creme, em São Leopoldo, Região Metropolitana de Porto Alegre, há cinco anos e garante que o mercado de casamentos é cres-cente, tanto que sempre tem gente nova entrando e virando concorrente. “Os ca-samentos não param de acontecer. Há quem opte por cerimônias simples, com poucos convidados, mas ainda tem mui-tas festas grandes”, comemora.

Para se manter no mercado, Camila aposta na qualidade do serviço. “Atende-mos várias cidades do estado e até de fora e usamos sempre bons ingredientes. Não adianta baixar o custo e perder na qualida-de só para cobrar mais barato”, justifi ca.

Os cuidados com o buffet

Planejamento de custos é essencialDe olho nas novidades do mercado e

no orçamento, a advogada Márcia Silva de Almeida, 29 anos, e o administrador de empresas, Pedro Henrique Tetour de Almeida, 31, iniciaram, com dois anos de antecedência, os preparativos da ceri-mônia, que aconteceu em novembro de 2014 e reuniu 250 convidados na cidade de Pelotas, no sul do Rio Grande do Sul. O orçamento tinha um limite de cerca de R$ 40 mil. “Os custos foram meno-res que uma festa organizada na capital ou região metropolitana do Estado, mas deu bastante trabalho pelos detalhes”, comenta a advogada.

Só no buffet o valor gasto chegou a R$ 15 mil e todas as decisões foram to-madas pelo casal, que se dividiu nas tare-fas e preferiu não contratar uma empre-sa especializada em eventos. Enquanto a

praticidade de Márcia defi nia a decora-ção, com uma profi ssional conhecida e em um único encontro, o futuro marido precisou se desdobrar pra escolher os doces que seriam servidos.

Na lista de serviços diferentes, o ca-sal contou com uma equipe para fazer coquetéis durante a festa, distribuição de chinelos personalizados e uma ca-bine de fotos, onde os convidados po-diam fazer suas próprias lembranças do casamento. Outra boa ideia recomen-dada por Márcia é o site especializado icasei. “Com o portal, que teve um cus-to de R$ 230, recebíamos as confi rma-ções dos convidados, recado de amigos, cotas da lua de mel e outros recursos”, diz. O icasei também tem opções mais em conta e até serviços gratuitos, além de espaço para postar fotos. Muito trabalho com os detalhes

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Noivo ganha dia especial para comemorar com os amigos

Sala de jogos com videogame e mesa de sinuca, massagem te-rapêutica, corte de cabelo, limpe-za de pele, manicure e pedicure, maquiagem para fotos, cerveja e o tradicional churrasco para reunir os amigos. Esse paraíso masculino já existe e foi criado pelos sócios da La Máfi a Barbearia Social Club, em Porto Alegre, para agitar o Dia do Noivo. A proposta da ideia empre-endedora, segundo um dos sócios da barbearia, Jader Lewis, é ofere-cer ao futuro marido um momento tão especial quanto o que as mu-lheres costumam ter nas estéticas femininas. Para isso, foi criado um espaço específi co dentro da bar-bearia, onde o cliente pode reunir amigos e familiares, receber aten-dimento especial e sair dali direto para o casamento.

“Antes de abrirmos nosso em-preendimento, fi zemos uma pes-quisa de mercado e identifi camos que, ao contrário das noivas, que já têm todo um dia preparado pe-los salões de beleza, os homens não tinham este tipo de serviço e costumavam se reunir com ami-gos em casa ou em algum bar. Daí pensamos e projetamos o Dia do Noivo”, explica Lewis.

Segundo ele, todo mês uma média de dois a três noivos agen-dam o espaço com antecedência e fi cam cerca de seis horas com os convidados.

O custo da mordomia pode chegar a R$ 600, que os noivos pa-gam sem reclamar. “Muitos deles acabam ganhando o Dia do Noivo de presente dos amigos e padri-nhos”, conta.

Espaço na barbearia para o cliente receber os amigos

Foto: Willian Barreto

Foto: Santo Clic Fotografi a Social

Foto: Gabriel Sobé

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12 Empresa Brasil

O NOZ (Núcleo de Movelei-ros de Pinhalzinho) da Acip (Associação Comercial e Industrial de Pinhalzinho)

teve a oportunidade de expor linha de móveis produzida por meio do projeto Empreender Competitivo durante o Salão de Gramado 2015, que acon-teceu na cidade de mesmo nome, no Rio Grande do Sul. Com a orientação de equipe de design de móveis, as em-presas do NOZ puderam desenvolver

coleções embasadas em pesquisas de tendências e conceitos contemporâ-neos. Juntos, produziram uma linha de móveis em parceria, aproveitando o ponto forte de cada uma das empre-sas envolvidas. Os móveis feitos à mão utilizam madeira nobre e DOF (Docu-mento de Origem Florestal) impresso a laser em todas as peças.

Dentro do período de 2013 até junho de 2015, o núcleo realizou inú-meras melhorias e ações como parti-

CASE DE SUCESSO

Como compartilhar expertises e produzir móveis de alto padrãoO NOZ (Núcleo de Moveleiros de Pinhalzinho) apresentou coleção de móveis produzida por meio do projeto Empreender Competitivo durante o Salão de Gramado 2015

Feira moveleira de Gramado é

destaque no setor

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Núcleo de Pinhalzinho mostrou em Gramado um novo conceito de móveis e os resultados da parceria entre os empresários locais

cipante do Empreender Competitivo. Além da produção de móveis sob medida, as empresas nucleadas ago-ra estão produzindo móveis de alto padrão. Com a utilização de madei-ras nobres, certifi cadas e controladas, os membros do NOZ passaram a criar móveis com conceitos modernos de design, sustentabilidade e exclusivi-dade. O próximo passo dos empresá-rios é fechar parcerias com represen-tantes comerciais e comercializar a atual linha de móveis, desenvolvendo estratégias de comercialização dentro do mercado nacional.

Essa foi a terceira edição do Sa-lão de Gramado, feira moveleira que está ganhando destaque no setor. O evento segmentado reúne lojistas, designers, decoradores, arquitetos, imprensa e fabricantes de móveis. Durante quatro dias de evento, os visitantes puderam conferir móveis de alta decoração, estofados, mó-veis importados, almofadas, tapetes e ambientes montados como dor-mitório e salas. Além disso, o Salão também destaca móveis individuais

e peças de decoração. A participa-ção do núcleo no Salão foi impor-tante não só para mostrar a um grande público um novo conceito de móveis que está sendo produzido dentro do município de Pinhalzinho, como também para mostrar a união de empresários do mesmo setor – que fortalece a economia local e gera emprego e renda.

De acordo com Lodacir Galvagni, coordenador do NOZ e proprietário da empresa Tendenza Móveis, even-tos do tipo só contribuem para au-mentar a visibilidade do trabalho fei-to pelo núcleo. “Sem dúvida foi uma ótima feira para mostrarmos esse projeto, pois o mercado está em uma época de retenção total. Este produ-to, essa ideia de respeito com a natu-reza, de união, de fazer um móvel di-ferenciado foi visto com bons olhos”, afi rma. Ele acrescenta que o Salão rendeu frutos para os nucleados: “O resultado principal é que há lojis-tas que querem nos representar. Isso é muito gratifi cante, pela sensação de um objetivo atingido”, comemora.

NOZO NOZ (Núcleo de Moveleiros de Pinhalzinho) começou em 2008, quan-do empresários do município perceberam que, em vez de concorrentes, poderiam ser parceiros. A partir daí, uniram forças no associativismo e criaram o núcleo, com o objetivo de fortalecer o setor moveleiro de Pinhalzinho e região oferecendo treinamentos, promovendo o acesso a novas tecnologias e buscando sempre a melhoria contínua da qualidade dos processos e do mercado das indústrias moveleiras e marcenarias do núcleo. Além da Acip, o NOZ conta com apoio da CACB (Confe-deração das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil), Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e Facisc (Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina).

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14 Empresa Brasil

Em um cenário de difi culdades gerais, as micro e pequenas empresas (MPEs) têm menos recursos fi nanceiros, huma-

nos e tecnológicos para enfrentar os problemas resultantes da recessão, aponta Alencar Burti, presidente da Federação das Associações Comer-ciais do Estado de São Paulo (Facesp). “Mas são mais fl exíveis e ágeis para se ajustarem. O importante é que es-tejam bem informadas, para o que é necessário o apoio das entidades. Conhecer a real situação da econo-mia, de seu setor e de sua empresa é o primeiro passo para que as MPEs se ajustem ao cenário de difi culdades.”

Apesar da crise também no co-mércio varejista, o Índice de Con-fi ança dos Empresários do Comércio (ICEC), medido pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), subiu 1,7 % na passagem de maio para ju-nho. A avaliação de analistas do mer-cado demonstra um arrefecimento no pessimismo. A esperança é de que a infl ação inicie, no segundo semes-tre, um estágio de desaceleração.

No entanto, para Burti, que também preside a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o importante em relação aos índices de confi ança é sua tendência

FEDERAÇÕES

Para Alencar Burti, presidente da Facesp/ACSP, manter-se atualizado sobre a conjuntura de seu setor e apoiar-se em associativismo são os caminhos para driblar a recessão

MPEs são mais fl exíveise ágeis em épocas decrise da economia

O novo presidente da ACSP e da Facesp defende uma maior integração entre as associações comerciais

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Agosto de 2015 15

As principais pautas do

empresário no momento devem

ser a retomada do crescimento, a redução do grau

de intervenção do Estado na economia, a

simplifi cação da burocracia e da

tributação e a redução – mesmo

que gradativa – da carga fi scal

e não um mês isolado. “Por enquanto, não parece haver razões para que a con-fi ança dos empresários melhore no cur-to prazo, não apenas pelos resultados negativos dos principais indicadores da economia, mas também porque a con-fi ança do consumidor continua em que-da”, afi rma, referindo-se ao Índice Na-cional de Confi ança (INC IPSOS/ACSP), que atingiu em julho o patamar mais baixo desde seu início, em abril de 2005.

Segundo o presidente, as principais pautas do empresário no momento devem ser a retomada do crescimen-to, a redução do grau de intervenção do Estado na economia, a simplifi ca-ção da burocracia e da tributação e a redução – mesmo que gradativa – da carga fi scal. Ao defender tais pontos, “estamos procurando incentivar o empreendedorismo. Enquanto essas mudanças não se concretizam, o que as entidades podem fazer é motivar e informar os potenciais empreendedo-res, embora a conjuntura atual não seja favorável”, esclarece Burti.

Confi ra a seguir entrevista com-pleta cedida a Empresa Brasil.

Empresa Brasil: No momento atual, qual o maior obstáculo para o setor produtivo, em se tratando das micro e pequenas empresas especialmente?

Alencar Burti: A recessão atinge to-dos os ramos de atividade. Ela vem se aprofundando e gerando desemprego – sua pior consequência. O maior obstá-culo para os empresários neste momen-to é preservar os empregos, na medida em que suas atividades estão em que-da. E o que é pior: não há perspectivas de recuperação no curto prazo.

Que medida econômica pode-ria contribuir para dar mais ânimo ao empresário?

Infelizmente, o governo não tem condições de promover a retomada da economia no curto prazo. Mas deveria – pelo menos – adotar medidas para sinalizar uma reação da economia para o próximo ano. Para isso é necessário que o governo complete o ajuste fi scal, cortando efetivamente gastos, e ace-lere o programa de obras públicas via parcerias público-privadas. Além disso, é preciso que o Banco Central não pro-mova novas altas dos juros.

Qual a sua opinião sobre as

medidas do Plano de Proteção ao Emprego (PPE), desenhado pelo governo para tentar estancar as demissões no país?

É um programa positivo, pois é melhor colocar recursos para manter o emprego do que para o seguro- -desemprego. É preciso, porém, que o programa não seja apenas para alguns setores, e que sua implementação não seja difi cultada pela burocracia ou in-tervencionismo.

É possível reverter esse quadro de crise na indústria?

Como a perspectiva de retomada da economia em 2016 é de um crescimen-to bastante modesto, também a indús-tria deverá ter um desempenho ainda fraco. Mas alguns setores poderão ter resultados melhores através das exporta-ções ou da substituição das importações, se o real continuar a se desvalorizar.

Em que casos é indicado o corte de

funcionários como melhor opção para o micro e o pequeno empresário?

Perfil da Federação:

■ Data de fundação: 16/09/1963

■ Número de associações fi liadas: 420

■ Número de empresas associadas: mais de 250 mil

■ Setor associado em maior peso: Comércio

■ Palavra de ordem ou lema: Credibilidade é o nosso Lema

■ Data da posse do presidente: 23/3/2015

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16 Empresa Brasil

FEDERAÇÕES

O corte de funcionários deve ser a última opção para garantir a so-brevivência da empresa. Antes disso, outras alternativas devem ser busca-das, inclusive a de procurar envolver os funcionários na luta para manter a empresa funcionando.

Com as medidas de ajuste fi scal,

em quanto tempo o senhor acredi-ta que o Brasil consegue recuperar a confi ança dos mercados no país?

Para recuperar a confi ança não bas-ta o governo atingir a meta do resulta-do fi scal: é preciso também demons-trar que está cortando na carne e não apenas transferindo para as empresas e para os cidadãos os custos do ajuste –como parece estar ocorrendo até agora.

Como melhorar a produtivi-

dade no país?A produtividade é sistêmica. É

preciso envolver todos os segmentos e, principalmente, o setor público. O exemplo claro disso é o do agronegó-cio, que obteve expressivo ganho de produtividade, mas tem difi culdades de competir em muitos mercados, pelo estrangulamento da infraestru-tura e pelos altos custos dos portos. Outros setores têm sua produtividade prejudicada pela complexa burocracia e pela elevada e irracional tributação. É necessário, contudo, que as empre-sas façam sua parte aumentando a efi ciência interna com inovação, mo-dernização de processos de produção e de gestão e, principalmente, apri-moramento do capital humano.

Qual a sua expectativa em re-

lação à infl ação?A infl ação corretiva promovida

pelo governo, com desvalorização cambial e aumento de tarifas e pre-ços públicos (contribuindo para a alta da infl ação neste ano), parece ter se esgotado, o que deve assegurar a de-saceleração dos aumentos dos preços nos próximos meses. A recessão tam-bém deverá contribuir para moderar reajustes de preços e já existem sinais claros de moderação dos reajustes sa-lariais. Falta ainda uma sinalização cla-ra do governo na parte fi scal.

Para a Facesp/ACSP, a aprova-

ção do Projeto de Lei 4.330, que regulamenta a terceirização, é uma pauta urgente? Por quê?

A terceirização dá mais fl exibilida-de para muitas empresas sem prejudi-car os trabalhadores, que continuam com seus direitos garantidos e, em muitos casos, podem ter seus empre-gos preservados. Por isso, somos favo-ráveis que se aprove um projeto que permita a terceirização em todas ati-vidades e empresas, inclusive estatais e mesmo alguns órgãos do governo.

Na sua opinião, quais as pau-tas mais importantes no que diz respeito à reforma política?

A Facesp e a ACSP têm defendido o voto distrital misto e a fi delidade partidária. Mas os partidos precisam ter seus programas e posições clara-mente defi nidos.

Quais os principais desafi os da sua gestão na Facesp/ACSP?

Assim como as empresas, as en-tidades também enfrentam desafi os para sua sobrevivência. Elas precisam se fortalecer fi nanceiramente, para que sejam fortes e representativas.

“A produtividade é sistêmica. É preciso envolver todos os segmentos e, principalmente, o setor público. O exemplo claro disso é o do agronegócio, que obteve expressivo ganho de produtividade, mas tem difi culdades de competir em muitos mercados, pelo estrangulamento da infraestrutura e pelos altos custos dos portos”

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MOVIMENTOA FAVORSaiba como participar desta mobilização, que busca valorizar os pequenos negócios e fortalecer a economia

Vítor Evangelista, dono de uma hamburgueria no Distrito Federal

AGOSTO/2015 – SEBRAE.COM.BR – 0800 570 0800AGOS O 20 S A CO 0800 0 0800AGOSTO/2015 – SEBRAE.COM.BR – 0800 570 0800

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2 EMPREENDER / SEBRAE

Empreendedor conta como aumentou as vendas e conquistou a clientela com ajuda do Sebrae

REGULARIZAÇÃO

EX-AMBULANTE COMEMORA VANTAGENS DA FORMALIZAÇÃO

VINÍCIUS MAMEDE AGÊNCIA SEBRAE DE NOTÍCIAS

Após consultoria do Sebrae em Goiás, Reinaldo Paulo de Oli-veira, de 46 anos, abandonou

a rotina de ambulante e formalizou o negócio de venda de pamonha. Ele conta que a freguesia dobrou e que passou a comprar matérias-primas mais baratas desde a regularização pela Rede Nacional para a Simplifi -cação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim).

“Fui até o Sebrae em uma segun-da de manhã e à tarde já estava com o meu Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e a possibilidade de pegar empréstimos para abrir o meu negócio”, destaca. Com o ponto fi xo, revela que passou a vender cerca de 160 pamonhas por dia, o dobro das unidades comercializadas antes.

Reinaldo afirma que seu produ-to sempre foi muito bem aceito. “As pessoas gostavam da pamonha, mas não sabiam onde me encontrar e nem sempre estavam em casa quando eu

passava”, explica. Ele relata que hoje, no entanto, os fregueses vêm até a lo-ja e que pode ajudar a esposa e sócia, Adinalva Aparecida de Morais, 33, na produção dos quitutes.

O empreendedor não esperava que o sucesso da empresa viesse tão rápido. “Foi ideia da minha mulher que eu dei-xasse o emprego formal como motorista e me dedicasse a ajudá-la na venda de pamonhas.” A empreitada deu frutos após três meses na rua. “Ficamos tão conheci-dos que a prefeitura nos procurou em casa para saber como fabricávamos as pamo-nhas”, pontua o empreendedor. Então, ele buscou a ajuda do Sebrae em Goiás para regularizar a situação do negócio, que hoje funciona no Jardim Alto Paraíso, na região Metropolitana de Goiânia.

“Minha mulher e eu recebemos to-do o apoio para abrirmos a empresa, que hoje tem movimento acima do que esperávamos”, comentou. Em fi nais de semana, o número das vendas, que já é bom, chega a quase 500 unidades de pamonhas, fora os outros produtos, como o curau e o caldo de frango. E

Foto: Wesley Costa

Comerciante Reinaldo Paulo de Oliveira comemora o sucesso do negócio

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3AGOSTO DE 2015

DA REDAÇÃO

O Movimento Compre do Peque-no Negócio, lançado no come-ço de agosto em todo o Brasil,

é uma iniciativa liderada pelo Sebrae, que tem o objetivo de estimular a so-ciedade a consumir produtos e servi-ços fornecidos por micro e pequenas empresas. A proposta vai mobilizar a sociedade brasileira também por meio da internet. O site www.compre-dopequeno.com.br foi desenvolvido especialmente para esta fi nalidade e traz todas as informações necessárias para que empresários, consumidores e parceiros participem do movimento.

“Há 42 anos o Sebrae prepara o empreendedor para melhorar a gestão das empresas. E agora é a primeira vez que fazemos um movimento para a so-ciedade, para que as pessoas percebam que ao comprar do pequeno, elas estão melhorando a sua cidade gerando em-pregos e ajudando a economia”, destacou o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.

No site, as pessoas podem escolher a que tipo de público pertencem – consu-midor, empresa ou parceiro. E com base na opção selecionada, têm acesso a di-ferentes tipos de conteúdo. No caso dos empresários, é necessário um cadastro que inclui dados básicos, como nome, segmento e endereço. Por meio de um geolocalizador disponível na plataforma, os consumidores podem buscar os pon-tos comerciais participantes que estão mais próximos. Além de divulgar seu ne-gócio para o público, após o cadastro, o empreendedor terá acesso aos cursos online do Sebrae e à agenda de ações da instituição e dos parceiros.

As peças da campanha para que o dono do pequeno negócio possa carac-terizar sua empresa como participante também estão disponíveis para down-load. A página traz ainda uma lista com os cinco principais motivos para se comprar do pequeno negócio. São eles: está perto da sua casa, é respon-sável por 52% dos empregos formais, o

dinheiro fi ca no seu bairro, o pequeno negócio desenvolve a sua comunidade e comprar do pequeno negócio é um ato transformador.

O dia 5 de outubro é a data escolhi-da para marcar o Movimento Compre do Pequeno Negócio, por se tratar do dia em que foi instituído o Estatuto da Micro e Pequena Empresa.

Os sócios e irmãos Felipe e Vítor Evangelista têm uma hamburgueria em Brasília, Distrito Federal. Eles fi -zeram cursos do Sebrae que foram importantes para que o negócio tives-se o sucesso de hoje. “Esta iniciativa chama atenção para a conscientização da sociedade sobre a relevância dos pe-quenos negócios na construção de uma economia mais saudável. Considero que é importante participarmos porque, de uma só vez, o Sebrae está proporcio-nando visibilidade e capacitação, dois aspectos fundamentais para o sucesso de qualquer empreendimento”, explicou o empresário Vítor. E

Site reúne informações sobre as empresas participantes, e os cadastrados na página podem realizar cursos online e gratuitos do Sebrae

MOVIMENTO

INICIATIVA ESTIMULA CONSUMIDOR A COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS

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4 EMPREENDER / SEBRAE

OPORTUNIDADE

Dados do Sebrae apontam que o número de empresas do comércio de artigos usados cresceu quase 5% de março a maio de 2015

SEGMENTO DE BRECHÓS GARANTE BONS NEGÓCIOS

GIZELLA RODRIGUES AGÊNCIA SEBRAE DE NOTÍCIAS

Um segmento que vem garantin-do bons negócios na economia brasileira, inclusive com cres-

cimento nas vendas, é o de brechós. Dados do Sebrae mostram que, em um mês e meio, o número de optantes pelo Simples Nacional neste comércio vare-jista cresceu cerca de 5%, sendo que o aumento mensal médio de janeiro de 2013 a maio de 2015 foi de 0,7%.

O levantamento mostra que, em 31 de março de 2015, havia 12,6 mil pe-quenos negócios que comercializavam

artigos usados (como roupas e calçados,

móveis, material de demolição, utensí-

lios domésticos). Já em 16 de maio de

2015, esse número passou para 13,2 mil.

Com as mudanças da economia,

houve a oportunidade de comprar rou-

pas a preços mais acessíveis. Em algu-

mas lojas, é possível encontrar peças

de grifes internacionais por metade do

preço original e o aumento das vendas

tem variado entre 20% e 30%.

Por representar um mercado de baixo

risco – a concorrência ainda é pequena, o

investimento inicial é baixo e o público é

diversifi cado –, os brechós surgem como

boa oportunidade de negócio para quem

deseja abrir uma empresa.

“Atuar em nichos exige maior com-

preensão sobre o público e suas reais

necessidades, anseios, percepções e

comportamentos. O Sebrae se aproxi-

mou dos empresários desse segmento

e realizou, em 2014, quatro edições do

Fórum de Debates sobre o Mercado de

Brechós, e mais três serão realizadas

este ano. Identifi camos as necessida-

des e elaboramos uma cartilha com

oito melhores práticas para o comércio

de brechós”, afi rma o presidente do

Sebrae, Luiz Barretto. E

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Os brechós têm investido na decoração

e organização dos estabelecimentos

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5AGOSTO DE 2015sebrae.com.br facebook.com/sebrae twitter.com/sebrae youtube.com/tvsebrae plus.google.com/sebrae

O documento online foi elaborado pelo Sebrae a partir de discussões com empresários

MERCADO

CARTILHA APONTA MELHORES PRÁTICAS PARA O COMÉRCIO DE BRECHÓS

GIZELLA RODRIGUES AGÊNCIA SEBRAE DE NOTÍCIAS

Está disponível no Portal Sebrae uma cartilha que indica as me-lhores práticas para quem atua

ou quer trabalhar no segmento de bre-chós, mercado em crescimento no Brasil. Elaborado durante o Fórum de Debates sobre o Mercado de Brechós, em 2014, o documento dá dicas sobre como abrir um estabelecimento, como divulgar a loja, como adquirir, precifi car e assegurar a higiene das peças e como deve ser o atendimento ao cliente.

“Além de permitir aos consumido-res comprar um produto bom e por valor muito mais acessível, o negócio também chama a atenção por causa do crescente interesse por práticas de pós-consumo. A cartilha orienta quem quer começar um negócio e serve tam-bém aos atuais empresários que dese-jam manter sua empresa sustentável e competitiva”, afi rma Wilsa Sette, coordenadora nacional de Varejo da Moda do Sebrae.

Antes de abrir o negócio é preci-so estudar bem o mercado e o que é necessário para uma boa gestão.O Sebrae orienta a visitar os brechós da cidade, navegar em brechós online e conversar com os proprietários, iden-tifi cando oportunidades e riscos. “Uma importante defi nição que deve constar no planejamento é a escolha dos canais de comercialização do brechó – se será loja física, virtual ou comercialização por rede social, por exemplo”, ressalta ela.

A cartilha também explica o regime de consignação, maneira muito usada para a aquisição de peças do brechó, e da com-pra de lotes de pessoas físicas, uma opção mais lucrativa. A higienização das peças também é abordada. Ao adquirir peças é aconselhável reforçar a limpeza, mesmo no caso de produtos comprados já limpos.

O último capítulo do documento é de-dicado à divulgação do brechó. Proprietá-rios de brechós costumam fazer uso de folhetos para panfl etagem na vizinhança da loja, apostam no boca a boca e fazem uso das redes sociais na internet. E

Reprodução

A cartilha orienta quem quer começar e quem já tem um negócio

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6 EMPREENDERINFORME SEBRAE. Presidente do Conselho Deliberativo Nacional: Robson Braga de Andrade. Diretor-Presidente: Luiz Barretto.Diretora-Técnica: Heloisa Guimarães de Menezes. Diretor de Administração e Finanças: José Claudio dos Santos.Gerente de Comunicação: Cândida Bittencourt. Edição: Ana Canêdo, Antônio Viegas. Fone: (61) 3348-7494

DÉBORA CRONEMBERGER AGÊNCIA SEBRAE DE NOTÍCIAS

Uma nova estratégia vai re-forçar o apoio para a adoção de práticas sustentáveis nos

pequenos negócios. O Sebrae Nacio-nal acaba de lançar a iniciativa Sebrae Soluções Sustentáveis, que vai orien-tar os empreendedores em relação à sustentabilidade em três principais frentes de trabalho: atendimento online, presencial e em eventos de empreendedorismo, como a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. O objetivo é potencializar a atuação da instituição em temas como efi ciência energética e hídrica.

Entre as novidades está a inclusão da sustentabilidade como tema priori-tário no programa Agentes Locais de Inovação (ALI). “Os agentes serão ca-pacitados sobre essa temática, o que vai impactar positivamente cerca de 50 mil pequenos negócios no país”, afi rma o gerente de Acesso à Inova-ção e Tecnologia do Sebrae Nacional, Célio Cabral. A estimativa é de que, até o fi nal do ano, o programa já es-

teja trabalhando essa temática com as empresas atendidas.

A iniciativa foi lançada no Congresso Internacional de Sustentabilidade para Pequenos Negócios (Ciclos), realizado em julho, no Centro de Eventos do Pan-tanal, em Cuiabá (MT). “Não se trata de um projeto, com início, meio e fi m. É uma ação continuada para mostrar a sustentabilidade como uma priorida-de estratégica para qualquer negócio”, ressaltou. “Este tema será uma das prio-ridades estratégicas do Sebrae nos pró-ximos quatro anos. Buscamos levar aos empresários a sustentabilidade como negócio e condição de competitividade”, complementou o gerente.

Fazem parte dessa estratégia a atualização da metodologia de re-dução de desperdício no programa 5 Menos que São Mais e os programas Papo com Especialistas e Curta Se-brae, disponibilizados na página do Sebrae no YouTube para discutir solu-ções em sustentabilidade e apresentar casos de sucesso em empresas que investiram em medidas como o reúso de água, por exemplo. E

Sebrae lança conjunto de ações para orientar por meio de atendimento online, presencial e em eventos de negócios

INICIATIVA DÁ MAIOR APOIOÀS PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS

EFICIÊNCIA

O canal do Sebrae no YouTube traz uma série de vídeos com o tema da sustentabilidade

Reprodução

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CONJUNTURA

Taxa de desemprego deverá continuar em elevação

A taxa de desocupação de 8%, no trimestre encerra-do em abril de 2015, ante 7,1% em igual período de

2014, mostra que este será o ano do desemprego, segundo Luciano Naka-bashi, professor da USP e pesquisa-dor da Fundace.

Além das demissões, a volta da procura por emprego por pessoas que deixaram de buscar trabalho até o ano passado deve contribuir para o aumento na taxa de desocupação, acrescentou. “Com as demissões, outros membros das famílias dos recém-desempregados, que não es-tavam procurando emprego, agora passam a procurar em busca da ren-da. Essa volta das pessoas à força de trabalho ajuda a aumentar o índice de desocupação”, explicou.

A alta do desemprego no trimes-tre encerrado em abril na margem é a primeira observada na série da Pes-quisa Nacional por Amostra de Do-micílio (Pnad) Contínua. Apesar de o aumento ter sido de apenas 0,1 pon-to porcentual no trimestre até abril ante os três meses imediatamente anteriores, esta é a primeira vez que a pesquisa não registra um recuo da desocupação nesta base comparati-va desde o início da série em 2012

A taxa de desemprego no Brasil deve continuar crescendo nos pró-ximos dois anos e atingir 7,1% em 2015 e 7,3% em 2016, prevê a Or-ganização Internacional do Trabalho

(OIT). No ano passado, o índice de desemprego no Brasil atingiu 6,8%, nos cálculos da organização.

Segundo o relatório “Perspec-tivas para o emprego e o social no mundo – Tendências para 2015”, o desemprego no Brasil também deve-rá ser de 7,3% em 2017, o mesmo índice do ano anterior.

As taxas de desemprego previstas em relação ao Brasil em 2015 e nos dois próximos anos se situam acima da média mundial e também dos índices médios na América Latina e Caribe e dos países do G20, grupo que reúne as principais economias do planeta.

De acordo com o relatório, o de-semprego está caindo em algumas economias avançadas, como Estados Unidos, Japão e Grã-Bretanha, mas

permanece “preocupante” na maior parte dos países europeus.

Nos Estados Unidos, o desem-prego deve atingir 5,9% neste ano e 5,5% em 2016, depois de ter atingi-do 6,2% no ano passado.

Apesar da melhoria em algumas economias desenvolvidas, a situação de emprego se deteriora nos países emergentes e em desenvolvimento, diz o estudo.

Na China, o desemprego, que deve ser de 4,7% em 2014, segundo estimativas, deverá aumentar para 4,8% neste ano e 4,9% em 2016.

Para a OIT, o subemprego e o em-prego informal “deverão permane-cer irredutivelmente elevados” nos próximos cinco anos na maior parte de países emergentes e em desen-volvimento.

Desemprego no Brasil em 2015 e

nos dois próximos anos deve se

situar acima da média mundial

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18 Empresa Brasil

“Se todo confl ito fosse submetido previamen-te a uma conciliação ou mediação, nós te-

ríamos cerca de 30 a 40% dos pro-cessos que temos em andamento no Fórum atualmente. O Poder Judiciário, no meu ponto de vista, deveria ser um grande laboratório para situações mais complexas”, aponta o Ricardo Pereira Júnior, membro do Núcleo Per-manente de Métodos Consensuais de Resolução de Confl itos do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP).

Pereira explica que a grande mas-

sa de confl itos que chega aos tribunais refere-se a causas de vieses repetitivos e pode ser solucionada de forma amigável, mas “são tratadas de forma contenciosa pelos profi ssionais que militam no campo legal. Então, isso torna a operacionalida-de do Judiciário bastante complicada”.

Ricardo, que também é Juiz Coorde-nador do Centro Judiciário de Solução de Litígios e Cidadania da Capital (Ce-jusc), afi rma que o cidadão, ao ingressar com uma ação na Justiça, tem quatro graus de incertezas. “O jogo do Judici-ário se torna bastante perigoso. A gente não sabe os insumos, não sabe qual vai

ser o resultado desta ação do Judiciário. A gente não sabe em quanto tempo essa ação vai alcançar um resultado fi -nal. E, no fi nal das contas, se ganhar a execução, a gente não sabe como vai ser concretizada essa execução.”

O Juiz Coordenador fez as afi rma-ções durante o painel “Responsabili-dade do mediador privado e judicial no Novo Código de Processo Civil”, apresentado a convite da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em evento realizado pelo Conselho de Estudos de Resoluções de Confl itos Empresariais (Cerce).

CBMAE

Juiz Coordenador do Cejusc-SP aponta conciliação, mediação e arbitragem como meios para solução rápida e eficaz de conflitos

Meios autocompositivos são o caminho para acesso à Justiça

Souza, Giussani, Pereira e Ana Luiza Pretel, na apresentação do painel Responsabilidade do mediador no Novo Código de Processo Civil

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Momento histórico exige boa formação de profi ssionais

Em decorrência da sanção recente de novas legislações, “a partir do ano que vem, nós, conciliadores e mediado-res, teremos como obrigação conhecer cada vez mais os institutos da mediação e conciliação, por estarmos amparados legalmente e por ser a primeira porta para o Judiciário”, defende Guilherme Giussani, coordenador do Posto Avan-çado de Conciliação Extraprocessual (Pace) de São Paulo.

Ainda este ano, entram em vigor a Lei de Mediação e as reformulações re-alizadas na Lei de Arbitragem. E a partir de março de 2016, também entra em vi-gência o Novo Código de Processo Civil, que prioriza os meios autocompositivos de solução de controvérsias. Segundo Flávio Caetano, secretário da Reforma do Judiciário, do Ministério da Justiça, o país precisará de mais de 17 mil mediadores para solucionar milhões de confl itos.

Nesse contexto, a criação do Con-selho de Estudos de Resoluções de Confl itos Empresariais (Cerce) pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) vem para disseminar a cultura da pacifi cação, treinando profi ssio-nais e propagando aos empresários os métodos adequados de resolução de confl itos. “Para isso, precisamos defi nir regras bem claras e capacitações bem defi nidas”, afi rma Giussani.

O Cerce, que representará a Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem Em-presarial (CBMAE) dentro da ACSP, tem como objetivo promover capacitação de empresários e prepostos para a nova rea-

lidade da resolução de confl itos, além de oferecer palestas, cursos e campanhas sociais, entre outras ações.

ACORDO COM CÂMARA CHINESAA primeira ação importante realiza-

da pelo Cerce foi a assinatura do termo de cooperação técnica com a Shenzhen Arbitration Commission (SZAC), um dos maiores órgãos da região de Shenzhen, na China. A atuação da SZAC é seme-lhante à de uma câmara de mediação e arbitragem brasileira. A entidade chinesa já recuperou mais de R$ 60 Bi em confl i-tos em seus 17 anos de atividades.

“A lei de arbitragem chinesa é pra-ticamente igual à brasileira, pois usa-ram a nossa como modelo”, explica Guilherme, que também é coordena-dor do Cerce. Segundo ele, o acordo com a SZAC permitirá a troca de expe-riências sobre mediação e arbitragem entre Brasil e China.

Em 12 de agosto, o Conselho pre-tende realizar um encontro para discu-tir os aspectos negativos e positivos da nova Lei de Mediação. E em setembro, haverá um evento voltado para os em-presários tomarem conhecimento dos Métodos Extrajudiciais de Solução de Confl itos (MESCs). “É uma iniciativa pio-neira dentro das associações comerciais do estado para o estudo dos MESCs. Vamos promover estudos e aplicar na prática esses métodos extrajudiciais, com palestras e encontros voltados ao público empresarial”, diz Giussani sobre os objetivos do Cerce.

Evento reuniu conciliadores, empresários e associados da ACSP

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20 Empresa Brasil

EMPREENDEDORISMO

Núcleo de 18 imobiliárias ganhaprêmio da Associação de JoinvilleCriado em 2004, o núcleo tem como objetivo desenvolver as competências técnicas e gerenciais das empresas e melhorar a capacitação dos corretores de imóveis

Com o intuito de homenage-ar núcleos setoriais de Join-ville (SC) que mais se des-tacaram por excelência em

suas atividades, a Acij (Associação Empresarial de Joinville) realizou a entrega do Prêmio Núcleo Referência na abertura da solenidade de posse da diretoria, conselhos e presidentes de núcleos da associação. A entidade é pioneira no projeto Empreender e trabalha núcleos desde 1991. Atual-mente, conta com 29 núcleos forma-lizados e, desses, 16 se inscreveram no prêmio, que teve como avaliado-res membros da CACB (Confedera-ção das Associações Comerciais do Brasil), Facisc (Federação das Associa-ções Empresariais de Santa Catarina) e da própria Acij.

O Núcleo de Imobiliárias, presi-dido por Germano Buch, da Buch Imóveis, e com Cristiano dos Santos como consultor, foi o vencedor da premiação. Para Buch, a união foi um ponto importante na obtenção do prêmio. “Nosso trabalho em con-junto trouxe um belo resultado. Pos-so dizer que todos, em algum mo-mento, se envolveram nos diversos trabalhos realizados, e isso nos fez mais capacitados e preparados”, diz. Criado em 2004, o núcleo tem como objetivo desenvolver as competências técnicas e gerenciais das empresas,

bem como melhorar a capacitação dos corretores de imóveis. Dessa ma-neira, as imobiliárias podem se tornar referências de qualidade, o que au-menta a credibilidade e confi ança nas empresas do setor.

De acordo com o consultor Cris-tiano Santos, estratégia e visão de futuro são a força do núcleo, que conta com a participação efetiva de 18 imobiliárias e mantém parcerias com o Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) de San-ta Catarina, Cartórios, Tabelionatos e interage outros núcleos da Acij. “Os objetivos do núcleo são bem defi nidos. Trabalhamos com plane-

jamento estratégico, sempre alinha-dos com as expectativas dos partici-pantes, e com visão de futuro. E o núcleo é representado por proprie-tários das imobiliárias e por gestores com poder de decisão. Isso garante reuniões dinâmicas e com alto grau de produtividade”, explica.

Uma das ações desenvolvidas pelo Núcleo de Imobiliárias foi in-vestir em uma pesquisa que possi-bilitou acesso a dados científi cos do mercado de Joinville e região, com perfi l do consumidor, regiões e bair-ros mais procurados, além do valor dos imóveis e outras informações, afi rma o consultor. Ele conta ainda

Cristiano Santos e Germano Buch, do Núcleo de Imobiliárias, recebem o primeiro lugar no Prêmio Núcleo Referência

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que ações de comunicação também fi zeram parte da estratégia desen-volvida por eles. “Nos últimos anos o núcleo investiu em campanhas e pla-nos de mídia, bem como lançou um livro que teve como objetivo contar a história dos seus 10 anos.” Santos ressalta que o livro traz mais do que informações sobre o núcleo e a Acij, mas também informações gerais que englobam o contexto imobiliário.“A obra trouxe informações de leis e ética, reforçando a necessidade de os profi ssionais terem o conhecimento necessário para agir com respeito e responsabilidade frente às demandas do dia a dia. O livro mostrou também a força do associativismo”, enfatiza.

O consultor informa que já faz mais de sete anos que se envolveu com o sistema associativista. “Não conheço outra ferramenta com ca-pacidade de juntar problemas e or-ganizar demandas, e que traga res-postas e soluções tão rápidas como o associativismo. Os núcleos tradu-zem perfeitamente isso. Tanto que, em especial, o Núcleo de Imobiliárias da Acij comemora 10 anos de resul-tados e muitas conquistas. Se não fosse por esse objetivo alcançado, certamente o núcleo não existiria mais”, comemora.

O núcleo investe também em ca-pacitação da mão de obra tanto da sua equipe técnica operacional como de seus gestores. “Quanto mais ca-pacitados estiverem, melhores serão os resultados”, diz Cristiano Santos. Entre os cursos oferecidos, estão o “Curso Básico de Direito Imobiliá-rio”, que abordou os temas Incorpo-ração Imobiliária e Responsabilidade Civil do segmento Imobiliário, bem

como cursos diversos com o intuito de instruir corretores, funcionários e proprietários de imobiliárias sobre assuntos relevantes e atuais, que en-volvem comercialização e locação de imóveis, sanando dúvidas que ocor-rem nos procedimentos rotineiros das empresas.

O segundo lugar da premiação fi cou com o Núcleo de Empresas Contábeis, presidido por Douglas Körbes Steffen e conduzido pelo consultor Ederson Otto Compiani. Já o Núcleo de Gestão Empresarial, presidido por Cícero Gabriel Ferreira Filho e com Daniel de Oliveira como consultor, fi cou em terceiro lugar.

As principais lideranças empresa-riais e políticas do estado de Santa Catarina participaram da soleni-dade, contabilizando mais de 600 participantes no evento, que acon-teceu na Sociedade Harmonia Lyra. O advogado João Joaquim Martinelli foi conduzido para o segundo ano à frente da Acij, que conta hoje com mais de 2 mil associados.

Acij defende aprovação do novo teto do Supersimples

Durante a solenidade, o presiden-te da Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina), Glauco José Corte, apresentou detalhes do Encontro Econômico Brasil-Alemanha 2015, evento que Joinville recebe em setembro. Joinville é a maior cidade do estado, com mais de meio milhão de habitantes, além de ser o mais importante polo econômico, tecno-lógico e industrial de Santa Catarina. Portanto, a expectativa é de que ne-gócios importantes sejam realizados na cidade durante o encontro.

A Acij tem trabalhado também na aprovação da elevação do teto do Su-persimples e busca alternativas locais e regionais para a melhoria do am-biente de negócios para as empresas de todos os portes. Como exemplo, durante a solenidade, foi assinado convênio que ofi cializa a instalação da Junta Comercial do Estado (Jucesc) na sede da Acij, com vistas a reduzir a burocracia e simplifi car processos de aberturas de empresas.

Solenidade de posse da diretoria, conselhos e presidentes de núcleos da Acij

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22 Empresa Brasil

Se aprovada, a PEC 231/1995 pode trazer resultados desas-trosos, como o aumento da informalidade, o incentivo à

indústria da reclamação trabalhista e um aumento do Custo Brasil. O alerta é feito por Humberto Braga, especia-lista em direito trabalhista. A propos-ta trata da redução da jornada de trabalho de 44h/semanais para 40h/semanais, além de aumentar para 75% a remuneração da hora extra.

“As centrais sindicais argumentam que países mais desenvolvidos, como a França, já reduziram a jornada. De fato, algumas nações da Europa têm

esse posicionamento, mas eles não têm 30 dias de férias, nem a quantida-de de feriados que temos no Brasil”, argumenta Humberto. Para o advo-

gado, esses fatores já colocam o Brasil em posição de igualdade com os pa-íses que adotam a jornada reduzida.

A União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (UNECS) se posi-cionou contra esta e outras propostas de leis trabalhistas que estão em trâ-mite no Congresso. Composta por seis grandes entidades do setor produtivo brasileiro, a UNECS alerta que, só para os setores que representa, estima-se que a aprovação da PEC implicaria um custo anual de R$ 15 bilhões.

Sobre os objetivos buscados pela PEC 231, o advogado Arnaldo Pipek acredita que a proposta seja inefi caz.

Advogados argumentam que qualquer empresa hoje pode praticar menos horas do que o limite a partir das negociações entre os sindicatos patronais e dos trabalhadores

PAÍS

PEC que reduz jornadade trabalho prejudicará osetor produtivo

Humberto Braga

Especialistas em direito trabalhista

participaram da segunda reunião da Frente Parlamentar

Mista em Defesa do Comércio

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“Qualquer empresa hoje pode pra-ticar menos horas do que o limite a partir das negociações entre os sindi-catos patronais e dos trabalhadores. Essa PEC não atingirá o objetivo e ainda prejudicará o setor produtivo.”

Pipek observa que países mais de-senvolvidos e que adotam a jornada reduzida, por serem altamente indus-trializados, apresentam altos índices de produtividade. Tal realidade é bem diversa da do Brasil. “Não é razoável se pleitear diminuição da jornada de trabalho – com ou redução de salá-rio – e aumento do adicional de ho-ras extraordinárias quando se verifi ca que o trabalhador brasileiro médio produz 24% que seu equivalente norte-americano”, compara.

Braga e Pipek participaram da se-gunda reunião da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Comércio, Serviço e Empreendedorismo (CSE). Os espe-cialistas em direito trabalhista também falaram do fi m da cobrança da parti-cipação dos 6% no vale-transporte e a Convenção nº 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que disciplina o término da relação de tra-balho por iniciativa do empregador. O encontro ocorreu em Brasília, no Hotel Nacional, em 2 de julho.

VALE-TRANSPORTECom a intenção de desonerar in-

tegralmente o trabalhador na partici-pação dos custos do vale-transporte, o PLS 242-2013 e o PL 4.400/2012 acarretarão num substancial aumen-to de custos para as empresas. Só para os segmentos representados pela UNECS, estima-se um aumento de quase R$ 3 bilhões anuais.

“Essa módica participação do em-pregado, de no máximo 6% do salá-rio, funciona como fator moderador, para que não haja abusos no uso do vale-transporte”, explica Humberto Braga. O advogado aponta que, atu-almente, já existe a comercialização ilegal do benefício. “Então, além do ônus para o empresário, vamos ter uma série de abusos. Não tenho ne-nhuma dúvida disso.”

DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSAA Convenção nº 158 da OIT, que

dispõe sobre o término da relação de emprego por iniciativa do empre-gador, foi assinada em Genebra em 1982, porém esteve em vigor no Bra-sil por curto período e causou certa polêmica. Atualmente, aguarda pa-recer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) a MSC 59/2008, que submete a Convenção à apreciação do Congresso Nacional. O texto proíbe a demissão sem justa cau-sa, que somente poderá ser realizada após ser concedida ao trabalhador a ampla possibilidade de defesa.

“O Brasil é campeão mundial de reclamações trabalhistas”, afi rma Humberto Braga. Segundo o advo-gado, se essa legislação entrar em vigor, “toda e qualquer demissão vai acabar na justiça do trabalho”.

“Haverá umcusto muitogrande para a sociedade”

Como integrante da Unecs e defensora das causas empresariais, a Con-federação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) é contrária às legislações que ameaçam o desenvolvimento eco-nômico do país. Segundo Luiz Carlos Furtado Neves, vice-presidente da Micro e Pequena Empresa da CACB, se essas leis forem aprova-das, haverá um custo muito grande para a sociedade. “Na melhor das hipóteses, esses custos se voltam para a sociedade. O empresário vai arcar só com uma parte. Se a economia está retraída, a aprovação destas leis im-plicará produtos e serviços mais caros”, explica.

A Unecs é composta pela CACB, Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), Asso-ciação Brasileira de Super-mercados (Abras), Associa-ção Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Associa-ção Nacional de Materiais de Construção (Anamaco), Associação Brasileira de Ba-res e Restaurantes (Abrasel) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Arnaldo Pipek

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24 Empresa Brasil

O Brasil está se rendendo à moda dos livros de colo-rir. Cresce cada vez mais o número de consumidores

que buscam diversão se debruçando sobre desenhos de paisagens, fl ores-tas, bichos. Esta febre está salvando o mercado editorial brasileiro com ci-fras impressionantes: os livros de co-lorir arrecadaram mais de 35 milhões de reais de janeiro a junho deste ano.

A oferta de títulos já atinge a 136 – sempre crescendo para aproveitar a onda –, embora uma única autora responda por dois terços de todas as vendas. Trata-se da escocesa Johann Basford, autora de Jardim Secreto e Floresta Encatada, que venderam jun-tos mais de 1,5 milhão de exemplares.

Sucesso também em outros mer-cados, tanto na Europa como nas Américas, a febre da chamada tera-pia de arte chegou ao Brasil ainda no Natal de 2014 com tiragem inicial de 15 mil exemplares. Sete meses de-pois o Jardim Secreto vendeu 960 mil exemplares. Agora, a aposta do mer-cado editorial é o Reino Animal, da inglesa Millie Marotta.

Fenômenos editoriais como esses são sazonais e é razoável supor que o frenesi baixe com o tempo. Por en-quanto, os livros de colorir movimen-tam também a procura por lápis de cor e canetinhas, tudo pelo anti-stress.

NEGÓCIOS

Livros de colorir são a nova onda do mercado editorial brasileiroFebre da chamada terapia de arte chegou ao Brasil no final de 2014; somente em 2015 gerou negócios de mais de R$ 25 milhões, e estimulou vendas de lápis de colorir

Jardim Secreto e Floresta Encantada estão entre os livros mais vendidos no Brasil em 2015

Eles são antiestresse, interativos, sintoma da infantilização do mundo atual

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Inspirando-se nos jardins do castelo escocês de Brodick, do qual seu avô era jardineiro, a artista transmitiu para o papel muitas imagens que povoaram seu imaginário infantil

A ilustradora escocesa Johanna Basford, de 32 anos, autora de Jar-dim Secreto e Floresta Encantada, mora em Edimburgo. Seus livros já chegaram em mais de 20 países. Apenas Jardim Secreto vendeu 960 mil exemplares e Floresta Encantada, 620 mil. Surpresa com o sucesso de seus livros, explica que colorir oferece oportunidade de não estar conec-tado. “Ficamos imersos em apenas uma tarefa sem a vibração constante do Twitter nem do Facebook, o que é muito reconfortante.”

Mãe de Evie, Johanna desenha no sótão de sua casa depois de dar o café da manhã para sua fi lha pe-quena e passear como cachorro pelos campos que cercam sua casa. A auto-ra começou a carreira com um estú-dio que fazia papel de parede e teci-do para lojas e hotéis de luxo quase faliu quando a crise fi nanceira bateu na Europa. Vendeu o estúdio e come-çou a desenhar na mesa da salinha de um apartamento de um quarto.

Inspirando-se nos jardins do cas-telo escocês de Brodick, do qual seu avô era jardineiro, a artista transmi-tiu para o papel muitas imagens que povoaram seu imaginário infantil. Logo em suas primeiras ilustrações, a britânica teve seu projeto para o Jardim Secreto aprovado pelos editores. Alguns meses e várias tra-duções depois, o livro já era um su-cesso no mundo todo, dando razão para o lançamento de um segundo volume, o Floresta Encantada, cujos desenhos foram inspirados na fl o-resta que havia ao redor da casa dos avós da autora, nos arredores do castelo de Brodick.

As obras de Johanna já haviam sido traduzidas para 14 idiomas, bati-do o record de vendas da França, que tinha um livro de receitas no topo de seu ranking; vendido mais de um mi-lhão de cópias no mundo todo e a ar-tista já trabalhava nos desenhos para seu terceiro livro, que ainda não tem data prevista para lançamento.

Johanna desenha no sótão de sua casa

Autora começou a carreira como desenhista de papel de parede

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26 Empresa Brasil

MPE

Jovens de baixa renda terão acesso aos segredos do empreendedorismo

O empreendedorismo ga-nhou novo alento no Bra-sil. Responsáveis por 27% do PIB nacional, as micro

e pequenas empresas cumprirão o papel fundamental de escola do tra-balho no Pronatec Aprendiz.

Lançado em julho pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE) e os ministérios da Educação e do Trabalho e Emprego, o programa de-verá preparar jovens de baixa renda para o mercado de trabalho, entre 14 e 18 anos, matriculados na rede pú-blica de ensino.

Para contratar um jovem apren-diz, a micro e pequena empresa terá que ter, pelo menos, um trabalhador com carteira assinada.

Segundo a legislação, o estágio tem que ser acompanhado por uma entidade certifi cadora e as contratan-tes bancam o treinamento e a certifi -cação. No caso das micro e pequenas empresas, a qualifi cação será feita por meio do Programa nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), lançado em 2011. A car-ga horária teórica mínima dos cursos de aprendizagem é de 400 horas, distribuídas no decorrer de todo o período do contrato – algo em torno de um dia por semana em dois anos.

As empresas que aderirem ao programa terão que pagar um salário

mínimo para uma carga de trabalho de quatro a seis horas diárias. Esse rendimento varia entre as regiões e de acordo com a convenção da cate-goria profi ssional.

A escolha de jovens de família de baixa renda, que estão na esco-la pública, como foco do programa, segundo o ministro Guilherme Afi f Domingos, da SMPE, deve-se à vul-nerabilidade desse segmento da po-pulação ao crime organizado dentro dessas cidades. “Escolhemos primei-ro essa área, para que a gente possa começar a ganhar essa guerra e en-caminhar o jovem para o mercado do trabalho. A atuação do aprendiz

na micro e pequena empresa pode ajudá-lo a desenvolver o empreende-dorismo”, disse o ministro.

O Programa será custeado pelo governo federal por meio da Secre-taria de Educação Profi ssional e Tec-nológica do MEC (Setec). De acordo com o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, o investimento na pri-meira etapa do programa será de R$ 60 milhões (o custo por aluno será de aproximadamente R$ 4 mil).

Os municípios dos estados da Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro, com altos índices de violência, serão os primeiros a serem contemplados com o programa.

Lançado em julho pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa(SMPE), o Pronatec Aprendiz deverá preparar jovens de baixa renda para o mercado de trabalho

Programa visa à inclusão social do jovem de baixa renda por meio do mercado de trabalho

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28 Empresa Brasil

Basta ter um número de telefone para ser alvo de mensagens de texto (SMS) ou ligações de empresas e

operadoras de call center. Assim opera o mercado de abordagem ativa, com roteiros e scripts planejados para tentar conquistar novos clientes, com ima-gens que chegam à tela do aparelho ou por aquela voz carregada de gerún-dios e treinada para atrair a atenção, persuadir e despertar os desejos do consumidor. O problema se inicia com a difi culdade de compreender e respei-tar o signifi cado da palavra “não”, ao recusar um serviço ou produto.

Para conter os abusos do chama-do telemarketing, o deputado federal

Eli Corrêa Filho (DEM-SP) protocolou na Câmara dos Deputados, sob o nú-mero 585/11, há quase quatro anos, um projeto de lei com a intenção de possibilitar ao consumidor a opção por receber ou não mensagens de texto.

Entretanto, devido à indefi nição do projeto de lei do deputado Corrêa Fi-lho, outro projeto (4508/12), de auto-ria do deputado Fábio Faria (PSD-RN), foi anexado ao primeiro por se tratar do mesmo assunto. A nova versão cria um cadastro de pessoas que não de-sejam receber ligações de serviços de call center. Ao aderir, o consumidor bloqueia automaticamente o envio de ofertas de produtos e serviços.

Nas regras, as telefônicas e empre-

LEGISLAÇÃO

Proposta institui a criação de um cadastro de pessoas que não desejam receber ligações de serviços de call center. Ao aderir, o consumidor bloqueia automaticamente o envio de ofertas de produtos e serviços

Nova lei em análise na Câmara põe em risco o telemarketing

Bloqueio dasligações indesejadas

já está regulamentado nos estados de São Paulo

e no Rio Grande do Sul

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sas de telemarketing devem disponibili-zar canais de atendimento gratuito, por telefone ou via internet, que permitam aos consumidores inserir seus números como inabilitados. O descumprimento sujeitará o infrator às penas de adver-tência ou multa no valor de R$ 10 mil para cada contato efetuado.

A demora na apreciação de ambos os PLs foi sufi ciente para uma nova proposta surgir, em 2014. Desta vez, do deputado Carlos Souza (PSD-AM), com o PL 7822/14, que também foi anexado à versão inicial. Este último cria o Sistema Nacional de Bloqueio de Telemarketing, que proíbe telefo-nemas e envio de mensagens com conteúdo publicitário para todos os consumidores cadastrados no sistema. Até o momento, todos os projetos es-tão sendo apreciados pelas comissões técnicas da Câmara dos Deputados.

DE ALIADO A INIMIGO A verdadeira intenção dos call cen-

ter não é causar aborrecimentos aos clientes, enfatiza o administrador Yuri Vasconcelos. Ele explica que o tele-atendimento deve possuir processos, e aliados à tecnologia e às pessoas, é possível avaliar e elaborar metas e objetivos quantifi cáveis e qualifi cáveis em cada operação. “É preciso que os atendimentos sejam mensurados para compreender a complexidade de cada caso e ter um plano de ação para cada uma deles”, recomendou.

A partir dessas informações é pos-sível, segundo Vasconcelos, estabelecer campanhas motivacionais com metas e objetivos alcançáveis. “Também é ne-cessário que as equipes sejam informa-das periodicamente sobre quais foram os resultados alcançados”, destacou.

EXPERIÊNCIA VEM DOS ESTADOSO bloqueio das ligações indeseja-

das já está regulamentado nos estados de São Paulo e no Rio Grande do Sul. No Procon paulista, até o momento, estão cadastrados 1.141.830 núme-ros de telefones bloqueados. Nos úl-timos anos foram lavrados 323 autos de infração e os valores das multas são revertidos diretamente em benefício de todos envolvidos nas relações de consumo, assim permitindo a cons-trução de um mercado de consumo consciente, equilibrado e saudável.

Conforme os registros do Procon gaúcho, existem 101.007 bloqueios ativos. Após a lei, foram abertos 573 processos; destes, 500 tiveram deci-são e cerca de 80% geraram multa de R$ 10 mil por ligação. A estimativa é de que já foram recolhidos para o Fun-do Estadual de Defesa do Consumidor mais de R$ 4 milhões.

O telemarketing no Brasil emprega perto de 1 milhão de pessoas, e 700 mil seriam apenas operadores, que ganham pouco mais do salário mínimo. É a segunda profi ssão que mais emprega, só perdendo para professores

Profissão ainda sem regulamentaçãoApesar de toda a polêmica com as ligações telefônicas oferecendo pro-

dutos ou serviços, os responsáveis por esse trabalho permanecem sem pro-fi ssão regulamentada. Até o momento, a proposta de projeto de lei com esse objetivo ainda não decolou. Ele começou a tramitar pelas mãos do deputado Ademir Camilo (Pros-MG) em 2013, e ainda está em análise pelas Comissões Técnicas. A proposta determina uma jornada de trabalho de seis horas diárias e 36 semanais, incluídas duas pausas, sem prejuízo da remuneração.

Além das pausas, o operador de call center terá direito a intervalo obri-gatório para repouso e alimentação por 20 minutos. O piso salarial deve ser fi xado em convenção ou acordo coletivo, não inferior ao salário mínimo, podendo ser composta por outras verbas.

A Federação Interestadual dos Trabalhadores e Pesquisadores em Ser-viços de Telecomunicação (Fitratelp) adianta que pretende ingressar com uma nova proposta, que conforme o secretário de Comunicação da Fitra-telp, Juan Sanchez, pretende estabelecer punições para as empresas que mantêm os trabalhadores em ambientes inóspitos e insalubres.

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30 Empresa Brasil

O livro As Rodas da Fortuna, do escritor Felipe Daiello,

traz uma análise muito atual e contextualizada das

razões dos problemas brasileiros, abrangendo todas

as nuances de uma nação, desde a parte social, pas-

sando pela política e, especialmente, econômica. Por meio de

uma minuciosa e apurada pesquisa, o escritor construiu o DNA

das crises apontando o processo que leva um povo a sucumbir,

contando como decisões erradas ao longo da História conta-

minam o futuro.

Daiello, autor de Os Segredos da Fechadura, incrementa

As Rodas da Fortuna com textos que exploram a pesquisa até

1622 com relatos ao longo dos séculos mostrando indivíduos,

sociedades e nações que se desenvolveram mesmo enfrentan-

do difi culdades, superando obstáculos, guerras e catástrofes.

Para o escritor, a chama da liberdade, do conhecimento neces-

sário, o desenvolvimento de novas técnicas, de ideias é o que

possibilita alcançar o sucesso, os prazeres e as riquezas almeja-

das. O livro traz várias refl exões, entre elas a pergunta: “O que

é preciso fazer para acompanhar a trajetória da fortuna e não

ser esmagado por suas rodas?”. A leitura sugere ainda uma

meditação sobre como vencer a inércia e os contratempos.

Sempre amparado em fatos históricos, Daiello mostra as

lições deixadas por pessoas que construíram o sucesso da sua

família, da sua tribo e da sua pátria. “Que lições elas deixa-

ram, pois a humanidade desenvolve uma cadeia de eventos

capaz de criar sucesso e fortuna”, diz o escritor.

Daiello conclui a primeira parte do livro As Rodas da Fortuna

lembrando que no interesse dos fi lhos e netos é preciso mudar

conceitos, vencer clichês ideológicos e sair do marasmo. A se-

gunda parte, que constituirá o segundo volume, já engatilhada,

segue a pesquisa histórica, que vai de 1622 até o ano 3000.

As Rodas da Fortuna, editado pela AGE, tem 16 capítulos bem

coordenados nas 288 páginas e prefácio de Armindo Trevisan.

LIVRO

O DNA dascrises brasileiras

Por meio de uma minuciosa e apurada pesquisa, o escritor construiu o DNA das crises apontando o processo que leva um povo a sucumbir, contando como decisões erradas ao longo da História contaminamo futuro

AS RODAS DA FORTUNA Autor: Felipe DaielloGênero: Contos e CrônicasPáginas: 299Formato: 16 x 23 cmEditora: AgePreço: R$ 35,00

Escritor Felipe Daiello mostra atitudes adotadas pelas nações vencedoras

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Luiz A. Bortolin*

Não é novidade que atu-almente vivemos na Era Digital, na qual também está inserida a questão

econômica. Os grandes desafi os das empresas são: acompanhar a modernização dos sistemas, o surgi-mento de novos meios de comuni-cação e, também, migrar processos físicos para o eletrônico. Esse últi-mo, talvez, seja o mais complicado, pois envolve também a necessidade de uma mudança de hábito. Mas não é impossível superá-lo. A partir do momento em que os benefícios tornam-se conhecidos, a mudança no comportamento é automática.

Na Era Digital as empresas e pessoas físicas têm ao seu favor a tecnologia da Certifi cação Digital, que pode ser integrada a sistemas novos ou legados e que promove benefícios incontáveis, entre eles a eliminação do uso do papel.

Certifi cação Digital? Se você se lembrou das obrigações fi scais, saiba que o Certifi cado Digital tam-bém pode ser utilizado em outras aplicações. E, inclusive, é peça fun-damental para prover economia na Era Digital. Por quê?

Porque o Certifi cado Digital é um documento de identifi cação na esfera eletrônica. Isso signifi ca que os processos antes iniciados no meio digital e fi nalizados no meio

físico, por conta da necessidade de uma assinatura de um documento, não precisam mais ser assim.

O Certifi cado Digital pode ser utilizado para assinar documen-tos com validade jurídica garan-tida pela legislação brasileira, garantindo, assim, mobilidade ao signatário/tomador de decisão, redução de custos, agilidade nos processos e maior efi ciência ope-racional às empresas.

Para assinar um documento, basta que o titular do Certifi ca-do Digital acesse uma plataforma de serviço de assinaturas, como o Portal de Assinaturas CACB Certi-sign, faça o upload do arquivo e assine o documento. Ou, ainda, as empresas podem integrar a tecnologia em seus fl uxos de tra-balho ou qualquer outro proces-so que exija autenticação segura, aprovação ou assinatura.

Viu como é possível? A mu-dança de comportamento é fun-damental para que os benefícios do mundo digital possam, de fato, contribuir com o dia a dia de todos. Mude seu jeito de assinar e autori-zar processos. Dê descanso à cane-ta e ao papel. Usufrua dos benefí-cios da economia digital.

*Executivo Nacional da Confederação das Associações

Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB)

ARTIGO

A economia digitalestá ao alcance de todos

“A mudança de comportamento é fundamental para que os benefícios do mundo digital possam, de fato, contribuir com o dia a dia de todos. Mude seu jeito de assinar e autorizar processos. Dê descanso à caneta e ao papel. Usufrua dos benefícios da economia digital”

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