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Nova Portaria do Inema dá alternativa do pagamento de multa ao irrigan- te que perdeu prazo de outorga. Fundesis – Parceria com o Sebrae será formalizada no dia 16 de outubro. Milho – Armazenagem, mercado, tendências, logística, palestra, reuniões recentes. Veja nesta edição do Informaiba uma série de matérias sobre o cereal. S.O.S Seca - Associados da Aiba doam mais 216 toneladas de milho, feijão e milheto para produtores vítimas da seca na Bahia. ANO 20 Nº 205 Out12 VEJA AINDA NESTA EDIÇÃO Página 02 Página 05 Página 05 Página 06 Página 08 Malha rodoviária estadual e vicinal: o que é ruim, vai piorar! Entra safra e sai safra, sem qualquer intervenção de melhoria ou construção de novos trechos, a malha rodoviária estadual e vicinal do Oeste da Bahia - um patrimônio público - torna-se pior. E, por “pior”, entenda-se INTRAFEGÁVEL. Não faltam alertas da Aiba ao Governo para o estado das estradas, e, muito menos, iniciativas, já que partiu dos agricultores da região a proposta de Parcerias Público Privadas (PPP) para solucionar o problema. Parcerias estas tratadas e firmadas desde 2009. No início deste ano, a Aiba se dispôs a envidar esforços e recursos para sanar o problema dos buracos, ao menos, em caráter emergencial. De concreto – ou de asfalto - nada aconteceu. Com as chuvas, é que as obras não poderão ser feitas mesmo: prejuízo para os produtores, risco de vida para quem trafega nessas rodovias, e depreciação do patrimônio es- tadual. Em setembro, a Aiba protocolou na Secretaria de Infraestrutura da Bahia um triste relato fotográfico da situação. A gravidade do problema foi explicada pessoalmente ao secretário Otto Alencar. É mais um alerta, em mais uma instância governamental. A safra do Oeste, que este ano ficou em torno de 7 milhões de toneladas, pelo visto, mais uma vez precisará de malabarismos para ser escoada. E o consumidor certamente, sentirá o peso do descaso no custo dos alimentos. Página 03 Bahia Farm Show – Abertas as vagas aos novos expositores para 2013

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Nova Portaria do Inema dá alternativa do pagamento de multa ao irrigan-te que perdeu prazo de outorga.

Fundesis – Parceria com o Sebrae será formalizada no dia 16 de outubro.

Milho – Armazenagem, mercado, tendências, logística, palestra, reuniões recentes. Veja nesta edição do Informaiba uma série de matérias sobre o cereal.

S.O.S Seca - Associados da Aiba doam mais 216 toneladas de milho, feijão e milheto para produtores vítimas da seca na Bahia.

ANO 20 Nº 205 Out12

VEJA AINDA NESTA EDIÇÃO

Página 02

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Página 08

Malha rodoviáriaestadual e vicinal: o

que é ruim, vai piorar!Entra safra e sai safra, sem qualquer intervenção de melhoria ou construção de novos trechos, a malha rodoviária estadual e vicinal do Oeste da Bahia - um patrimônio público - torna-se pior. E, por “pior”, entenda-se INTRAFEGÁVEL. Não faltam alertas da Aiba ao Governo para o estado das estradas, e, muito menos, iniciativas, já que partiu dos agricultores da região a proposta de Parcerias Público Privadas (PPP) para solucionar o problema. Parcerias estas tratadas e firmadas desde 2009. No início deste ano, a Aiba se dispôs a envidar esforços e recursos para sanar o problema dos buracos, ao menos, em caráter emergencial. De concreto – ou de asfalto - nada aconteceu. Com as chuvas, é que as obras não poderão ser feitas mesmo: prejuízo para os produtores, risco de vida para quem trafega nessas rodovias, e depreciação do patrimônio es-tadual. Em setembro, a Aiba protocolou na Secretaria de Infraestrutura da Bahia um triste relato fotográfico da situação. A gravidade do problema foi explicada pessoalmente ao secretário Otto Alencar. É mais um alerta, em mais uma instância governamental. A safra do Oeste, que este ano ficou em torno de 7 milhões de toneladas, pelo visto, mais uma vez precisará de malabarismos para ser escoada. E o consumidor certamente, sentirá o peso do descaso no custo dos alimentos. Página 03

Bahia Farm Show – Abertas as vagas aos novos expositores para 2013

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ANO 20 - Nº 205 - Out/12Publicação mensal editada pela Associação de

Agricultores e Irrigantes da Bahia - Aiba

Jornalista Responsável:Catarina Guedes - DRT 2370-BA

Aprovação Final:Alex Rasia

Editoração Eletrônica:Eduardo Lena (77) 3611-8811

Impressão: Gráfica Irmãos Ribeiro

(77) 3614-1201

Tiragem:2.500 exemplares

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www.aiba.org.br

A partir do dia 15 de outubro, as portas

da Bahia Farm Show 2013 estarão abertas às empresas aspirantes a um endereço na maior feira de tecnologia e negócios do Norte-Nor-deste, e uma das quatro maiores do Brasil no gênero. Nos últimos dois meses, a equipe de vendas do evento traba-lhava com a preferência para expositores vetera-nos, cujo percentual de participação já está em torno de 70% da área comercializada no ano passado, que totalizou 70 mil metros quadra-dos. Os novos pedidos já somam um grande volume, antes mesmo da abertura oficial das vendas e, por isso, se-rão atendidos, de acor-do com a Associação de Agricultores e Irrigan-tes da Bahia (Aiba), por “ordem de solicitação”. A próxima Bahia Farm Show será realizada de 28 de maio a 1º de ju-nho de 2013, no muni-cípio de Luís Eduardo Magalhães, com expec-tativa de crescimento de 15%.

Aiba abrirá vendas para novos expositores da Bahia Farm Show 2013De acordo com o

presidente da Bahia Farm Show, que tam-bém é presidente da Aiba, Walter Horita, a fidelização dos expo-sitores é um indicati-vo da consolidação do evento. “Alguns deles estão presentes desde a primeira edição, em 2004, quando a feira ainda era uma franquia da Agrishow. Continu-aram conosco, em uma demonstração de con-fiança, quando a mostra se tornou autônoma, e hoje fazem questão de confirmar a participa-ção cedo, para garantir não apenas a presença, como a localização físi-ca preferida no mapa da feira”, diz Horita.

Na edição passada, ocorrida em junho des-te ano, a Bahia Farm Show movimentou R$595 milhões em ne-gócios nos cinco dias, contabilizados nos qua-tro bancos oficiais; rece-beu a visita de quase 60 mil pessoas, e teve um crescimento de área de aproximadamente 18%. Este crescimento físico tem sido, em média,

20% ao ano,sendo que a Bahia Farm Show do-brou de tamanho desde 2008, quando passou a ser realizada pela Aiba, o que a coloca entre as quatro maiores feiras de tecnologia agrícola e negócios do Brasil.

QualidadePara realizadores, ex-

positores e visitantes, a Bahia Farm Show não é apenas uma feira grande. “Ela é bonita, segura e confortável. Sem dúvida, uma das mais bem estruturadas do Brasil”, orgulha-se o coordenador-geral do evento, e diretor exe-cutivo da Aiba, Alex Rasia. Segundo Rasia, a demanda por cresci-

mento de área é bem maior, mas, o atendi-mento está calcado em uma série de fatores fí-sicos e operacionais.

Para poder aten-der bem à demanda dos novos entrantes, a Aiba terá de implantar este ano 8 mil metros quadrados de pavi-mentação e mais 2 mil metros de meio-fio, sem falar em rede hi-dráulica, rede elétrica, e outros aspectos estru-turais. “Por isso, todo nosso crescimento em espaço físico é muito estudado”, explica o coordenador-geral.

O presidente da Assomiba (associação que congrega as reven-das de máquinas e im-plementos agrícolas do Oeste da Bahia, e co-realiza o evento com a Aiba), Felipe Faccioni, afirma que é consenso

entre os organizado-res que o crescimento em área física da feira deve ser natural, e nos mesmos parâmetros de qualidade atuais.

“O Complexo já está todo asfaltado. O público e os exposito-res se acostumaram à qualidade e não acei-tam que seja diferen-te”, diz Faccioni.

A Bahia Farm Show é uma realização da Associação de Agri-cultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), em parceria com a As-sociação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Associação dos Revendedores de Máquinas Agrícolas do Oeste da Bahia (Asso-miba), Fundação Bahia e Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Ma-galhães.

Obras de ampliação do Complexo BFS para 2013

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Outubro é mês de chuva no Oeste

da Bahia. O que, ge-ralmente, é uma ale-gria para o homem do campo, agora é motivo de preocupa-ção. As estradas, sem qualquer pavimenta-ção asfáltica, ou, pior ainda, com asfalto arruinado, tornam-se intrafegáveis logo às primeiras chuvas. Por essas rodovias passa parte dos 7 mi-lhões de toneladas de grãos colhidos na sa-fra 2011/12, além dos insumos e máquinas para a safra que ini-cia. A degradação do patrimônio público estadual é alvo de di-versas iniciativas da Associação de Agri-cultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), que não apenas tem aler-tado para o problema, como proposto solu-ções de Parceria Pú-blico Privada (PPP) para construir novas estradas, consertar, e fazer a manutenção das já existentes.

Como nos últimos três anos nenhuma solução se concreti-zou, a Aiba entregou um documentário fo-tográfico das estradas da região para o secre-tário de Infraestrutura do Estado, Otto Alen-car. Em todas as solu-ções para a logística regional que a Aiba apresentou e aportou recursos, a burocracia no âmbito do Governo comprometeu o tempo

Estradas precárias: situação vai piorar com as chuvashábil para qualquer solução para esta sa-fra, pois as chuvas necessariamente para-lisarão as obras.

No início do ano, a Aiba propôs ao Go-verno da Bahia uma solução paliativa, em caráter emergencial, para tapar os buracos

nas estradas regionais, elencando as princi-pais rodovias. “Não conseguimos evoluir. Nada foi construído durante esses meses. As chuvas voltarão e tudo ficará intransi-tável”, afirma o vice presidente da Aiba, Sérgio Pitt, que lembra que o Oeste da Bahia é um dos mais impor-tantes polos agrícolas

do Brasil, e sua infra-estrutura não condiz em nada ao status de segundo maior pro-dutor de algodão do país, e líder mundial em produtividade das principais commodi-ties que planta.

“O Estado está dei-xando o patrimônio se

depreciar, comprome-tendo e onerando o se-tor produtivo. Isso co-labora para deixar os alimentos ainda mais caros e põe em risco a vida de quem trafega pelas estradas”, afir-ma Sérgio Pitt.

Timbaúba: falta objetividade

As tratativas entre

agricultores e Gover-no da Bahia começa-ram em 2009, com a assinatura de um Pro-tocolo de Intenções entre Aiba, Governo do Estado e Banco do Nordeste para desen-volver o Programa de Rodovias Estaduais no Oeste da Bahia, de

extensão estimada de 800 km.

Em março de 2012, a Associação entregou ao Governo da Bahia os projetos Executivos de engenharia para a implantação e Pavi-mentação da Estrada Timbaúba (45,29km), e da Estrada da Soja (33,27km), em um total de 78,56 Km. Essas duas rodovias

estaduais, segundo a Aiba, são as mais es-tratégicas para o es-coamento da safra do cerrado baiano.

A construção e pa-vimentação da Estrada Timbaúba será reali-zada em uma parceria entre o Departamen-to de Infraestrutura e

Transportes da Bahia (Derba) e a Aiba, com a participação de 50% do custeio da obra para cada parceiro, na qual o Derba patroci-na todas as máquinas e equipamentos, ope-radores e apoio técni-co, cabendo à Aiba o custeio dos insumos para o asfalto, óleo diesel e transporte do material e água.

Segundo Pitt, os trabalhos na Timbaúba iniciaram no final de maio e, até hoje, apro-ximadamente 50% das máquinas progra-madas chegaram ao canteiro de obras em precário estado de conservação. Na úl-tima reunião da Aiba com o DERBA para resolver o problema das máquinas, ficou definido que seriam contratadas de tercei-ros e estariam na obra até 13 de setembro.

“Só chegaram duas motoniveladoras. O desenvolvimento dos trabalhos está muito lento, com problemas de diversas ordens, em especial, na área operacional de pesso-al”, diz.

Até hoje já foram investidos pelos em-presários mais de R$1 milhão de reais, sendo construídos somente 2km de terraplena-gem, faltando a base e sub-base, e mais 1km de terraplenagem e construção.

“Realizamos diver-sas reuniões com a di-retoria do Derba e os acordos não são cum-pridos. Nem o Con-vênio de Cooperação Técnica conseguimos firmar. Falta objeti-vidade”, disse Pitt. A Aiba propôs em car-ta ao secretário Otto Alencar uma reunião conjunta entre Aiba, Seinfra e Derba para discussão e ajustes na parceria.

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A Aiba recebeu, no dia 26 de setem-

bro, a visita do secre-tário de Meio Ambien-te, Eugênio Spengler, que se reuniu com a di-retoria da entidade, se-cretários regionais de Meio Ambiente e téc-nicos dos escritórios de assessoria ambiental do Oeste para tratar do ca-dastramento dos imó-veis rurais da região ao Plano de Adequação e Regularização dos Imó-veis Rurais/Plano Oes-te Sustentável. Spen-gler explanou sobre a compatibilidade en-tre o cadastro instituí-do pelo plano estadual, que existe desde 2009, e o Cadastro Ambien-tal Rural (CAR), que passará a vigorar com o Novo Código Florestal Brasileiro.

Na oportunidade, o secretário e o vice-pre-sidente a Aiba, Sérgio Pitt, assinaram a reno-vação do Acordo de Co-operação Técnica para Execução do Plano Es-

Em sua agenda no Oeste da Bahia, o secretá-rio Eugênio Spengler foi conhecer do alto as

bacias hidrográficas do Rio Branco e Pratudinho. Elas servirão de ponto de partida para um estudo que está sendo realizado pelo Instituto Icone Bra-sil, em parceria com a Aiba, no âmbito do POS. O objetivo do estudo é definir indicadores ambien-tais por bacia hidrográfica, alicerçados em quatro temas: uso da terra, solos, biodiversidade e água.

Spengler ficou impressionado com o grande volume de águas e a quantidade de rios e nas-

Secretário sobrevoou bacias hidrográficas no Oeste

Aiba recebe secretário de Meio Ambiente para tratar de cadastramento rural pelo POSEugênio Spengler assinou a renovação do Acordo de Cooperação Técnica que instituiu o plano baiano

tadual de Adequação e Regularização dos Imó-veis Rurais Localizados no Oeste da Bahia (Pla-no Oeste Sustentável-POS), do qual também participam a Secreta-ria de Agricultura da Bahia (Seagri), o Insti-tuto do Meio Ambien-te e Recursos Hídricos (Inema), e o Instituto de Conservação Ambien-tal The Nature Conser-vancy (TNC). Todas as entidades assinarão a renovação do acordo nos próximos dias.

“O cadastro ambien-tal na Bahia é até mais amplo que o do Fede-ral, e já vem sendo ado-tado desde 2009, o que dá mais familiaridade com o processo ao pro-dutor que quer estar em dia com a legislação”, disse Eugênio Spengler, lembrando que, até o fi-nal de 2011, a legisla-ção ambiental na Bahia era arcaica e confusa.

“Com a nova lei am-biental estadual, apro-vada em dezembro pas-

sado, os processos de li-cenciamento ficaram mais simples. Tornaram-se declaratórios, embo-ra a fiscalização tenha aumentado. Em suma,

aqueles que forem fla-grados em informações falsas, serão rigorosa-mente penalizados”, ex-plicou Spengler.

De acordo com Sérgio

Pitt, o POS foi um gran-de avanço, e uma inicia-tiva pioneira do estado. “Garantir um modelo que conciliasse a produ-ção agrícola e a conser-

vação da natureza, com segurança jurídica para o produtor rural, exigiu uma força-tarefa até che-garmos ao modelo em vi-gor”, disse Pitt.

centes no trecho visitado no sobrevoo. Ele constatou que, nas duas bacias que servirão de piloto para o es-tudo, existe a possibilidade de formar corredores de biodiversidade, integrando reservas e APPs. “Nessas bacias, as margens e APPs estão bastante íntegras. Fora delas, vimos rios com deficiência maior, nos quais a ação de restauração terá de ser mais intensi-va”, relata o secretário.

Intitulado “Desenvolvimento de um Modelo de Licenciamento e Regularização Ambiental de Pro-priedades Rurais por Bacia Hidrográfica para o Oes-

te da Bahia”, o estudo é apontado pelo secretário como um grande avanço do Plano Oeste Susten-tável. “Ele permitirá a instituição de politicas de conservação de nascentes”, argumentou. Estes es-tudos serão desenvolvidos conjuntamente entre o Instituto Ícone Brasil, a ONG The Nature Conser-vancy (TNC), e a Aiba.

“Será possível chegar a uma nova modelagem para regularização ambiental das propriedades ru-rais, e o Cadastro Ambiental Rural (CAR) será um aliado nesse processo”, lembra Sergio Pitt.

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Considerado o índice ideal de armazenagem, defini-do pela própria Conab, que é de 1,2 vezes o volume

de produção, o Oeste da Bahia, que produz 7,4 milhões de toneladas, e tem capacidade de armazenagem para 3,6 milhões de toneladas, está muito distante do que de-veria ser: tem estrutura para guardar apenas metade da safra. Isso, contando armazéns de produtores, traders e armazéns gerais, dos quais nenhum está habilitado para operar para o Governo. No último dia 25 de setembro, o diretor técnico da Aiba, Antonio Grespan, e o assessor de Agronegócios, Ernani Sabai, participaram, em Brasília, de uma reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Milho e Sorgo (CSCMS), na qual foi lido, pelo secre-tário executivo da Câmara, Ayrton Jun Ussami, um de-talhado documento retratando a situação do Oeste. Este documento será direcionado para a Conab. A expectativa da Aiba é que a demanda entre no mapeamento, e futuro diagnostico, do Plano Nacional de Armazenagem, e que, na melhor das hipóteses, o esperado Complexo de Arma-zenagem da Conab em Luís Eduardo Magalhães possa sair a partir de 2014.

A pouca estrutura de armazenagem disponível na re-gião não está credenciada à Conab. “Além de servirem para uso próprio dos produtores, a remuneração do Go-

Até a Portaria 3700, publicada no dia 04 de outubro pelo Instituto do Meio Am-

biente e Recursos Hídricos (Inema), órgão li-gado à Secretaria de Meio Ambiente da Bahia (Sema), no Diário Oficial do Estado (DOE), para ter a outorga de uso da água renovada, agricultores irrigantes deveriam, quando fal-tasse no mínimo 90 dias para o vencimento da concessão, requerer a renovação automática. Se esse período não fosse respeitado, a ou-torga era cancelada. Com a nova Portaria, os produtores rurais que, eventualmente, tenham descumprido este período mínimo de antece-dência no requerimento, passarão a ter a op-ção do pagamento de multa, e, assim, continu-ar aptos a fazer o uso da irrigação.

A portaria estabelece duas situações quanto à perda de prazo requerimento de renovação de outorga. A primeira é para aqueles que fizeram a petição dentro do prazo de vigência da auto-rização que já tinham, mas não respeitaram os 90 dias de antecedência. Neste caso, ele terá de pagar a multa para reaver a concessão, que é automática para quem não fez mudanças no projeto autorizado anterior.

A segunda situação compreende os produ-tores rurais que pediram renovação de outorga depois do prazo de 90 dias, ou seja, depois da vigência da autorização que já possuíam. Estes terão de, além da multa, dar início a um novo processo de requisição de renovação e o órgão ambiental irá considerar para este fim a docu-mentação que já constava em seu poder.

Para aqueles que cumpriram a antecedên-cia exigida, a renovação é automática, salvo se houver alterações no projeto de irrigação.

Para o diretor de Meio Ambiente da Asso-ciação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), José Cisino Lopes, a nova Portaria será benéfica, e é resultado de tratativas da Aiba com a Sema este ano. “Não significa um estímulo para o produtor deixar de cumprir os prazos, até porque as multas ambientais não costumam ser leves. Mas é uma saída para aqueles que, por alguma razão, inclusive a fal-ta de informação por parte dos órgãos, tenham se passado com as datas”, afirma Lopes. Ao longo do ano, a Aiba divulgou vários comu-nicados para seus associados, alertando sobre a necessidade de observância dos prazos para evitar a perda da licença.

Nova Portaria do Inema dáalternativa do pagamento de multa ao irrigante que perdeu

prazo de outorga

No próximo dia 16 de outubro, o Fundo para o De-senvolvimento Integrado e Sustentável da Bahia

(Fundesis) e o Sebrae formalizarão a parceria que tem por objetivo a capacitação dos gestores que trabalham nas instituições sociais do Oeste da Bahia, contempla-das pelo Fundo. A cerimônia será realizada na sede do Centro de Promoção Humana Eugênia Ravasco, na Vila dos Funcionários, em Barreiras, às 16h. Embora o Termo de Cooperação Técnica ainda não tenha sido assinado, os cursos de capacitação já começaram, e os resultados animam tanto quem promove, quanto quem recebe as aulas.

O que se espera é que o desenvolvimento e o apri-moramento de habilidades especiais de gestão possam melhorar ainda mais uso dos recursos pelas instituições sociais, contribuindo para a sustentabilidade delas. Com a qualificação dos processos, quem também sai ganhando é o público final destas entidades, uma fatia da sociedade que precisa muito de cuidados.

Dois cursos já foram ministrados. O mais recente acon-teceu nos dias 09 e 10 de outubro, com aulas voltadas para o desenvolvimento da “Cultura de Liderança”, nas quais foi abordado o perfil do líder contemporâneo na transfor-mação da sociedade, dentre outros desdobramentos do tema. No mês passado, as aulas trataram sobre “Análise e Planejamento Financeiro”. Os cursos são gratuitos e ministrados no Auditório da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), em Barreiras.

Sebrae se soma à Aiba e BNB para reforçar o time do Fundesis

O Fundesis é uma iniciativa de responsabilidade social criada, em 2006, pela Aiba e pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Desde então, já aplicou aproximadamente R$2,2 milhões, em recursos não reembolsáveis, em enti-dades que trabalham com diferentes públicos carentes na região: crianças, jovens, idosos, pessoas com necessida-des especiais, dentre outros.

Expertise - Com a entrada do Sebrae e a expertise da instituição no desenvolvimento do empreendedorismo, a expectativa da Aiba é ajudar as entidades sociais contem-pladas pelo Fundesis a gerir com eficiência os recursos captados. A elaboração de projetos também terá ênfase nos cursos, uma vez que se trata do primeiro passo para uma entidade se habilitar ao Fundo.

Para o vice-presidente da Aiba, Sérgio Pitt, a capacita-ção dos gestores é um beneficio adicional do Fundesis, po-rém, de suma importância para que as instituições possam se consolidar e desenvolver de formar sustentável.

“Não há bem mais duradouro que a educação. Acre-ditamos que, capacitando os profissionais, estamos, con-sequentemente, melhorando a qualidade do atendimento para o público final das entidades, que é a população mais necessitada”, afirma Pitt.

A opinião é partilhada pelo coordenador da Unidade do Sebrae em Barreiras, Emerson Cardoso. “Com o uso dessas ferramentas, as entidades vão gerir com mais pro-priedade e visão empreendedora os trabalhos por elas de-senvolvidos”, disse.

Déficit de armazenagem no Oeste: Aiba cobra ação da Conab em reunião

da CSCMS no DFverno Federal para o serviço não compensa”, diz Sabai. A falta de armazenagem credenciada compromete, prin-cipalmente, a execução dos programas públicos para co-mercialização e escoamento da produção, como os leilões de Pepro e PEP.

Terreno para armazém já está disponível

Resultado direto de um pleito da Aiba junto à Conab e à Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Magalhães (PM-LEM), durante a Bahia Farm Show 2008, a PMLEM já oficializou a disponibilidade de uma área no Centro Indus-trial do município para a construção da primeira Unida-de de Armazenamento (UA) do órgão na região. Quando pronta, a unidade terá capacidade de estocagem para 48 mil toneladas de grãos, com possibilidade de ampliação para 96 mil. O terreno tem área total de 54 mil metros quadrados.

A estrutura será beneficiada com os serviços disponi-bilizados pela PMLEM às empresas que se instalam no Centro Industrial, como implementação de redes de água, energia e telefonia. Além disso, como contrapartida, a Prefeitura garantirá a terraplenagem do terreno, e pavi-mentação com revestimento primário.

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Soluções para au-mentar a produti-

vidade nas lavouras de milho, sobretudo para os agricultores familiares, a maximização eficien-te dos insumos como a água e a energia elétrica no campo, e o fomento às operações com con-trato futuro, juntamente à urgente construção de armazéns, foram aponta-das pela Aiba, como con-tribuição para o aumento

Travar preços, utili-zando a ferramenta

do mercado de opções, e apostar em uma tendên-cia de alta, que deve con-tinuar ainda a curto e mé-dio prazo, foram algumas das recomendações que o analista de mercado e gerente de Oleaginosas e Produtos Pecuários da Conab, Thomé Guth, deu aos produtores de milho do Oeste da Bahia, em palestra promovida pela Associação de Agriculto-res e Irrigantes da Bahia (Aiba), no dia 27 de se-tembro, em Luís Eduar-do Magalhães. Guth, que acaba de chegar de uma missão do Governo Bra-sileiro ao “cornbelt” nos Estados Unidos, apontou para os produtores do cer-rado baiano as tendências de preço e comportamen-to do mercado de milho, justamente no momento em que os agricultoresda região decidem o plantio da safra 2012/13. A má fase das lavouras ame-ricanas, assoladas pela

Produtores de milho do Oeste representados na reunião da Abramilho em Salvador

Mercado de opções é alternativa para diminuir os riscos aos produtores de milho do Oeste

seca, traz algumas boas oportunidades para o produtor brasileiro.

Os estoques mundiais do cereal não são confor-táveis. De acordo com os dados do analista da Conab, os 124 milhões de toneladas, pela rela-ção estoqueXconsumo (14%), são suficientes para dois meses. Os Esta-dos Unidos produzem um terço da safra mundial e participam com mais de 50% das exportações. A configuração atual do mapa da produção global oferece excelentes opor-tunidades para países como o Brasil, Ucrânia e Argentina. “O Brasil ten-de a ser este ano o prin-cipal exportador depois EUA”, afirmou.

De acordo com Guth, os preços de U$7 o bu-shel para o milho de pri-meira safra, considerados excelentes, estão fora da curva, mas ainda não há sinal de queda. “Esses preços devem continu-ar nessa faixa até março

do ano que vem”, avalia. No Oeste da Bahia, a to-talidade do milho produ-zido, historicamente, é consumida no mercado interno, sobretudo, nos estados do Nordeste. Este ano, pela primeira vez, a região exportou cinco navios de milho.

Apesar dos bons indi-cativos, o recomendável, na opinião do analista da Conab, é travar preços em operações de hedgepara, pelo menos, assegurar os custos de produção. Para os que nunca trabalha-ram com operações dessa natureza, ele recomen-da começar negociando 10% da safra em vendas a termo.

“Ficar apenas corren-do o risco do mercado pode render ótimos ne-gócios ou grandes frus-trações. É saudável as-segurar a venda de pelo menos parte da produção no mercado de opções”, preconiza o analista. No caso do Oeste, onde o produtor de milho, em

geral, planta soja e algo-dão, o mercado de op-ções e a Bolsa são fami-liares. Ainda assim, ele recomenda a contratação de consultorias especiali-zadas. Segundo Guth, há muita informação dispo-nível, principalmente, na internet, mas, a análise superficial pode conduzir o produtor ao erro.

Para o analista, o au-mento da demanda mun-dial pelo milho e pela soja, estimulado pela en-trada da China e da Índia na faixa de consumo, so-mada à configuração da matriz energética ameri-cana que produz etanol à base de milho, e à recen-te seca em estados pro-

dutores, como Missouri, Illinois, Iowa, Nebrasca e Winscosin, contribuiu para uma mudança real nos patamares de preços.

“Antes, falávamos em US$3,5 o bushel. Hoje, em US$5,5/US$6. Os Estados Unidos terão de recompor os estoques no próximo ano. Ou seja, produzir cerca de 40 a 50milhões de toneladas a mais do que o que pro-duz normalmente, para chegar à safra que proje-taram para 2012, de 375 milhões de toneladas. Até o início de julho do ano que vem, a tendência é que os preços se man-tenham em alto nível. No segundo semestre,

quando a realidade estará mais definida, o mercado deve precificar para bai-xo”, disse.

Para o produtor Bru-no Zuttion, que assistiu à palestra, encontros como esse são muito importan-tes. “Eu já havia vendido boa parte da minha pro-dução de milho e achei que não precisava ir, mas estava errado. Informa-ções são sempre bem-vindas e algumas ideias que eu tinha em mente pela observação do mer-cado e das notícias, como a de que os preços con-tinuariam subindo, foram postas em dúvida. Acho que o evento foi muito útil”, conclui Zuttion.

da oferta de milho no Brasil. A argumentação foi feita durante reunião da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), no dia 27 de setembro, na sede da Federação da Agricul-tura do Estado da Bahia (Faeb), em Salvador.

A reunião faz parte de um calendário de outras cinco, em diferentes es-tados da Federação, que a Abramilho está promo-

vendo, em articulação com o Ministério da Agri-cultura e apoio da Funda-ção Dom Cabral, com o objetivo de promover o aumento da produção e da produtividade nacio-nais de milho, ouvindo todos os segmentos das cadeias produtivas rela-cionadas ao cereal. O en-contro foi presidido pelo ex-ministro da Agricul-tura, Alysson Paolinelli, e teve presença, dentre

outros, do secretário da Agricultura da Bahia, Eduardo Salles. Ao final das discussões, um docu-mento será elaborado e entregue ao ministro da Agricultura, Mendes Ri-beiro Filho.

“A Abramilho está muito otimista com as perspectivas para o milho este ano. O Brasil tem tudo para crescer na ativi-dade, pois tem clima e solo favoráveis para produzir

mais e se tornar um gran-de celeiro”, afirmou Alys-son Paolinelli. A confiança da Abramilho se deve à previsão da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), que destaca que o Brasil deterá 10% da pro-dução mundial de milho e coloca o País como um dos grandes exportado-res do grão. Segundo o presidente da Faeb, João Martins, este evento é im-

portantíssimo para definir os rumos da produção de milho no estado.

FôlegoretomadoGraças à valorização

nos preços da commodity e a ajustes nos mecanis-mos governamentais de comercialização e escoa-mento do grão, o Oeste da Bahia colheu em 2011/12

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2.25 milhões de toneladas de milho, 50% a mais que na safra anterior. A área plantada na região cres-ceu em torno de 60%. Foi a maior safra da história do cerrado baiano, que também registrou o fato inédito de promover o embarque de cinco navios de milho para o exterior. Apesar do avanço na área plantada, a participação do cereal na matriz pro-dutiva regional está abai-xo do tecnicamente pre-conizado para a rotação de culturas.

“A falta de armazéns da CONAB para, inclusi-ve, regular o preço, gera uma instabilidade gran-de para o produtor. Há um projeto parado para construção de um Com-plexo de Armazenagem em Luís Eduardo Maga-lhães. Os armazéns da CONAB são necessários para exercer as políticas públicas de garantia de preços mínimos e tam-bém, para atendimento às regiões mais necessita-das nos projetos sociais”, disse o vice-presidente da Aiba, Sérgio Pitt.

Pitt defendeu aindaa necessidade de incre-mentaras operações de compra e venda de con-tratos futurosde milho, a exemplo do que já acon-tece com a soja e o algo-dão. “É preciso fomentar as operações de mercado futuro com contratos de milho. Quando o produtor consegue travar o preço do milho na safra, ele tem mais segurança para defi-nir o plantio”, disse.

Malhaprecária

De acordo com Pitt, grande parte da margem que o produtor de mi-lho poderia ter, fica “na estrada”. Rodovias pre-

cárias ou inexistentes, o consequente alto preço do frete e o risco que elas causam tanto ao pa-trimônio quanto à vida humana, tiram a compe-titividade do produtor de milho no Brasil. “É pre-ciso melhorar da malha rodoviária, em especial, as BAs e estradas vici-nais”, afirmou. Na vés-pera do período de chu-vas no cerrado baiano, a trafegabilidade – ou a falta desta - das estradas estaduais e vicinais se tornou a grande preocu-pação dos agricultores.

Fronteiras escassasDados apresentados

na reunião da Abramilho na Faeb, com base nos levantamentos da Fun-dação Dom Cabral, in-dicam que o cerrado bra-sileiro, hoje a principal fronteira agrícola para a expansão do milho, é limitado para atender à demanda crescente, quando se consideram as áreas disponíveis, as áreas que não podem ser plantadas, como APPs, e as áreas sem as con-dições pluviométricas e de relevo necessárias ao plantio do grão.

As alternativas seriam incrementar produtividade nas lavouras e promover a safra de inverno, ou sa-frinha. Além disso, apro-veitar áreas de pastagens, fomentando a melhoria da relação animal por hectare no país, e ocupando as de-gradadas com o grão.

Recursos otimizados

Com janela de chuva concentrada em cinco meses do ano, na região Oeste da Bahia o plantio

do milho começa em tor-no de 15 de novembro, e a colheita, em 15 de mar-co. “Sem irrigação, é im-possível aos produtores fazer a safrinha. Por isso defendemos a otimização do uso do insumo água, com expansão dos pro-gramas de irrigação. A proposta é criar uma ou-torga sazonal, para uso da água em irrigação duran-te os períodos de maior vazão dos rios”, explica Sérgio Pitt, da Aiba. Ele argumenta, ainda, que a ampliação do horário re-servado para irrigação de 8,5 para 12 horas diárias, maximizando a utilização da energia elétrica, me-lhora a curva da deman-da consumida e pode tor-nar a produção de milho mais eficiente no cerrado da Bahia, aumentando a oferta do cereal.

Atenção ao semiáridoNo momento em que

todos os olhos se voltam para o cerrado brasileiro, como o grande celeiro agrícola do mundo, o pre-sidente da Federação da Agricultura do Ceará, o agrônomo Flavio Sabóia destacou a necessidade da Emprapa fazer chegar ao produtor do semiárido tecnologias adaptadas a essas regiões. “O Ceará tem 65% da água armaze-nada do Nordeste e hoje registra trabalhos exi-tosos com variedade de milho em Petrolina. Por que não expandi-las? Po-deríamos nos tornar auto suficientes e não precisar de armazém para trazer o milho do Matogrosso, numa situação como a que estamos vivendo ago-ra”, disse Sabóia, referin-do-se à seca que castiga o nordeste este ano.

A Aiba sugeriu a im-

plantação de um progra-ma governamental que introduza tecnologias em semente de milho, herbicidas e assistência técnica para os pequenos produtores e agricultores familiares no semiárido da Bahia e do Brasil. “O pequeno não planta a se-mente, ele planta o grão. Daí vem a lagarta, a erva daninha e a estiagem. Não adianta dar segu-ro rural para ele, e sim, tecnologia e assistência técnica, para acabar com a vulnerabilidade”, con-cluiu Pitt.

PlanoEstadualDestacando que a

criação de reserva ali-mentar é estratégia fun-damental para a con-vivência com a seca, o secretário estadual da Agricultura, engenhei-ro agrônomo Eduardo Salles, anunciou na reu-nião da Abramilho, em Salvador, que a Bahia vai elaborar um plano estadual de armazena-gem de grãos. Segun-do o secretário, o plano será encaminhado ao Governo Federal como contribuição da Bahia ao Plano Nacional de Armazenagem (PNA) - que está em fase de de-senvolvimento - e será elaborado pelos técnicos da Seagri em parceria com a Faeb; a Associa-ção dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba); Câmara Setorial Estadual de Grãos, da qual participam também a Federação dos Traba-lhadores na Agricultura no Estado da Bahia (Fe-tag), Federação Nacio-nal dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), associações e cooperativas.

Adilson F. PedreiraAlex Ander L. Alckin

Alberto Diniz JunqueiraJair Nicolau Konrad

Mark Hillmann

NOVOS SÓCIOS

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A segunda remessa de doações dos

produtores da Asso-ciação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) para os agricul-tores prejudicados pela maior seca da história recente do estado co-meça a deixar o mu-nicípio de Barreiras a partir de 05 de outubro.

Associados da Aiba doam mais 216 toneladas de milho, feijão e milheto para produtores vítimas da seca na Bahia

Ao todo, 216 tonela-das de gêneros para alimentação humana e/ou animal, como milho, feijão e milheto, serão entregues a associa-ções de pequenos pro-dutores rurais de cinco municípios baianos. As doações fazem parte da Campanha S.O.S Seca, do Governo do Estado,

para a qual os produto-res do cerrado baiano já destinaram mais de 300 toneladas de milho. Ao todo, a Aiba já arreca-dou 732 toneladas de grãos e a meta é chegar a mil.

De acordo com o se-cretário da Agricultura, Eduardo Salles, os agri-cultores do semiárido

A greve do Incra, que se arrastou por mais de três meses, não interrompeu o funcio-

namento da estrutura montada na Aiba para desembaraçar os processos de pedido de Cer-tificação de Georreferen-ciamento. Esta estrutura é uma das atribuições da Aiba, dentro do Termo de Cooperação Técnica firmado em 19 de julho de 2012, entre a Aiba, a Secretaria da Agricultu-ra (Seagri) e Coordena-ção de Desenvolvimento Agrário (CDA). Através

ainda vão amargar os prejuízos da seca por muito tempo, mesmo a partir da volta das chu-vas. “Um dos maiores efeitos da estiagem é a dizimação dos plantéis, decorrente do abate das matrizes. Este é o último recurso do pe-queno produtor, que, na iminência de perder os rebanhos pela falta de água, prefere aca-bar com eles. As con-sequências são muito graves, tanto para as famílias, quanto para a economia do estado”, diz Salles.

A campanha mobili-zou muitos produtores. Na primeira remessa, despachada em agosto, foram 50 doadores, e, na segunda, outros 30. “Quando a proposta é séria e relevante, ela tem de ser abraçada. Eu acredito que uma boa ação como esta traz re-tornos que não podem ser medidos em cifras,

mas, são muito mais remuneradores para o espírito e a consciência de cada um”, explicou o presidente da Aiba, Walter Horita.

As associações in-dicadas pelo Comitê da Seca, do Governo do Estado, para receber os donativos são a Asso-ciação de São Miguel (Casa Nova), Associa-ção Comunitária de Sal-gado e Cortiço (Capela do Alto Alegre), Asso-ciação de Produtores de Água Branca (Miguel Calmon), Cooperativa Mista dos Produtores de Leite de Quicé (Senhor do Bonfim), Associação dos Criadores de Capri-nos e Ovinos do Sertão do São Francisco (Jua-zeiro), Associação dos Produtores de Leite de Maracás (Maracás), So-ciedade Comunitária de Cruzlândia (Iramaia), Associação de Peque-nos Produtores Rurais de Olhos D`Água do

Cruzeiro (Iramaia).Doaram, nesta se-

gunda etapa, os se-guintes produtores e empresas agrícolas: Adilson Heidi Sujuki, Agrifirma, Agrovale, AldemiroAndrighetti, Antônio Grespan, Ar-naldo Pradella, Carlos Hideo Takahashi, Di-vonsir Antônio Feltrin, Edson Fernando Zago, EijiSugahara, Eliceu Felipe Kuhn, EloiPi-latti, Franklin, Akira Higaki, Grupo Casti-lhos, Haroldo Hidyuki Uemura, Heinz Ku-diess, Hélio, Kiyoshi Kobayashi, Horácio Shuji Hasegawa, Jorge TadashiKoyama, Kio-shiHoshino, Mário Hi-deyaki Kuroda, Oscar Massanobu Takahashi, Paulino Koitiro Ozaki, Sementes Paso Ita, Shi-gueruHoshino, SLC Agrícola, TatsuoKo-nishi, Valdenir Antônio Formagio, Wilson Bre-no Elger.

Faça seu pedido de Certificação de Georreferenciamento na estrutura da Aibade intercâmbio técnico, fomento e apoio logísti-co entre os signatários do termo, a expectativa é o tempo de expedição dos certificados no Incra torne-se menor. A funcionária Dayana Silva foi

contratada pela Associação exclusivamente para esta finalidade. Veja na ilustração os pas-so a passo para fazer o seu requerimento. Para mais informações, entre em contato nos seguin-

tes canais: [email protected] ou 77 3613-8000. É impor-tante lembrar que os recursos para a manutenção do núcleo no CDA são oriundos da co-brança de uma taxa de servi-ço, que varia de acordo com o tamanho da área em questão. Associados da Aiba em dia com a Associação têm 50% de desconto.