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Ano 3 • Nº 8 • 2015 | Distribuição Gratuita ENTREVISTA Doreni Caramori Jr. o dono da festa MERCADO Hotéis investem em eventos para garantir rentabilidade RH Mão de obra qualificada fortalece imagem do destino É hora do balanço A temporada se foi. É o momento de avaliar e planejar a próxima

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Ano 3 • Nº 8 • 2015 | Distribuição Gratuita

ENTREVISTADoreni Caramori Jr.

o dono da festa

MERCADOHotéis investem em eventos

para garantir rentabilidade

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fortalece imagem do destino

É hora do balançoA temporada se foi. É o momento de

avaliar e planejar a próxima

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Das deliciosas comidinhas à beira-mar aos restaurantes de alta gastronomia. Das pousadas mais aconchegantes aos hotéis mais luxuosos. Das praias mais tranquilas às areias mais agitadas do país. Com tantas experiências de viagens incríveis, dá orgulho de vender o país.

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Revista

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O negócio do turismo

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O negócio do turismo

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Das deliciosas comidinhas à beira-mar aos restaurantes de alta gastronomia. Das pousadas mais aconchegantes aos hotéis mais luxuosos. Das praias mais tranquilas às areias mais agitadas do país. Com tantas experiências de viagens incríveis, dá orgulho de vender o país.

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EDITORIAL

Mais uma edição da Trade Tur chega trazendo uma das

questões mais importantes para o empresariado do receptivo

catarinense: a avaliação do nosso desempenho durante a

última temporada de verão, com resultado extremamente

positivo segundo a visão dos turistas, mas, por outro lado, com

empresários cientes de que poderia ser melhor em faturamento

e geração de renda.

Enquanto as expectativas do trade não são atendidas por

completo, a publicação continua na tentativa em oferecer aos

leitores, matérias que contribuam para a melhoria dos serviços

do receptivo, dicas de qualificação de profissionais, exemplos

de gestão e o pensamento crítico de empresários de sucesso

do estado. Neste número, trazemos uma entrevista com um

dos maiores empresários de turismo de entretenimento, Doreni

Caramori, e um perfil de Luciano Moura Pereira Oliveira, do

Costa Norte Hotéis. Além disso, temos em primeira mão, uma

conversa com Zena Becker, recém empossada na Secretaria

de Turismo de Florianópolis, que nos conta sobre como será o

trabalho na pasta.

Uma boa leitura,

Homero Gomes

ProduçãoFábrica de Comunicação

Av. Madre Benvenuta, 1332Florianópolis – SC

Fone: (48) 3027-6000www.fabricacom.com.br

Idealizador do projeto e Diretor executivoHomero Gomes

Diretor-geral Róger Bitencourt

Editora-chefeCamila Latrova

RepórteresCamilla GeigerCristina BenettiEllen Sezerino

Giovana KindleinMarcelo Passamai

Penelope de BortoliTatiane Silva

DiagramaçãoThiago Alan Moratelli

ImpressãoTipotil

Para anunciar:(48) 9911 4086

[email protected]

Para se corresponder com a redação: [email protected]

Para receber a revista:cadastre sua empresa ou instituição em:

[email protected]

DistribuiçãoCinco mil cópias gratuitas e dirigidas em todo o Estado de Santa Catarina

Foto de CapaMarcos Schafer

Secretaria de Turismo de Balneário Camboriú

“A revista não se responsabiliza pelo conteúdo de anúncio de terceiros e pelas opiniões contidas em

artigos e entrevistas”

EXPEDIENTE

/revistatradetur /revistatradetur

www.revistatradetur.com.br

OPINIãO DO LEITOR

“Como leitora da Revista Tradetur, Diretora do Convention

Bureau de Joinville e Gerente Comercial do mais novo Centro

de Convenções e Exposições Expoville, gostaria de fazer uma

observação em relação à última edição (nº7, pág. 48), destacando

os centros de convençoes em Santa Catarina. Faltou mencionar

o nosso espaço, que possui o maior pavilhão de eventos do

estado e está funcionando a todo vapor, recebendo eventos

das mais diversas atividades, principalmente em Congressos

e Feiras. Faço esta manifestação, para que possamos ser

lembrados nas próximas matérias.” - Vanessa Venzke Falk

Resposta da redação:

Em sua segunda edição a Revista Trade Tur publicou uma

matéria especial sobre o novo Expoville. Confira em nosso

portal: www.revistatradetur.com.br

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SUMÁRIO

08 COLUNA CONexãOHomero Gomes conta as novidades do setor

10 eNTReVISTAA visão empreendedora de Doreni Caramori Júnior no turismo de entretenimento

14 TeMPORADAApós veraneio, setor público e privado fazem balanço do período

18 MUDANÇAZena Becker quer a modernização do turismo na Capital

22 QUALIFICAÇãOO papel da mão de obra no fortalecimento da imagem de um destino

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24 DeSTINO SCParceria alia esporte e turismo rural na Serra

28 PROMOÇãO1 º Vitrine Religiosa destaca roteiros de fé e espiritualidade

32 GASTRONOMIAVinícolas apostam no enoturismo como catalisador de negócios

36 SUSTeNTAbILIDADeArquitetura é ferramenta estratégica para valorização do empreendimento

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544840 NOVIDADeRede Merriott aposta em Santa Catarina e constrói dois novos hotéis

42 MeRCADOOferecer infraestrutura para eventos sociais e de negócios é a alternativa do setor receptivo

44 INVeSTIMeNTOEquipamentos de qualidade fazem diferença na cozinha do hotel

46 PeRFILLuciano Oliveira conta sua história como empresário à frente do Costa Norte Hotéis

48 HOTeLARIABoa iluminação deve estar presente em todas as áreas do empreendimento

50 FLORIPA CONVeNTIONCapital é mercado forte parao setor de eventos

54 eVeNTOCOCAL destaca o turismo como ferramenta de transformação social

56 FeIRAFimar promove grandes oportunidades para o setor náutico

58 ARTIGOTerceirização: regulamentação pode piorar relações trabalhistas

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Sob nova direção

Se tem uma pessoa com perfil para comandar a Setur de Florianópolis, após a saída de Maria Cláudia, é Zena Becker. Extremamente articulada com o PIB local, Zena tem tudo para deixar sua marca. Resta saber se terá paciência com o ritmo lento do setor público.

Conexão

Por: Homero [email protected]

Turismo de negócios

Dados da Associação Latino Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas mostram que as viagens corporativas já representam 74,5% dos deslocamentos de turistas no país

ABEOC regionalizada

Pegou bem no setor uma das metas anunciadas pela nova direção da ABEOC-SC comandada pelo jovem empresário Lucas Schweitzer. A ideia é criar diretorias regionais no Sul, Oeste e Norte do Estado.

Intercity

A rede Intercity Hotels vai expandir sua atuação em Santa Catarina nos próximos dois anos. Fechou parceria com a empresa Beluga, de Balneário Camboriú para viabilizar hotéis em Blumenau, Itajaí, Brusque, Jaraguá do Sul, Joinville, Criciúma e Chapecó. Em SC, a Intercity tem apenas um hotel, em Florianópolis. O grupo possui 32 hotéis no Brasil e no exterior e a meta é chegar a 50 unidades até 2016.

Feriados estimulam economia do turismo

Mais de 1,96 milhão de viagens são esperadas para destinos da região Sul do Brasil, durante os feriados de 2015, segundo o MTur. Santa Catarina deve registrar 670,5 mil viagens e R$ 1 bilhão em gastos de turistas brasileiros.

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Joinville CVB mantém diretoria

A Assembleia Geral do Joinville Região Convention & Visitors Bureau definiu a recondução por mais um mandado da atual presidente Aurea Raquel Pirmann (foto), bem como a composição da Diretoria Executiva, Conselho Superior e Conselho Fiscal. Além do foco na prospecção e captação de novos eventos, esta gestão pretende promover a integração regional, e potencializar ações, entre elas o projeto Viva Turismo em Joinville e o Aplicativo Visit Joinville.

COLUNA

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Codeshare

Acordo de codeshare entre a TAM e a Japan Airlines (JAL) beneficiará quatro destinos no Sul, Porto Alegre, Curitiba, Foz do Iguaçu e Londrina. E Santa Catarina?

Convention se Encontra

A 3ª edição do “Convention se Encontra” realizada pelo Balneário Camboriú Convention & Visitors Bureau reuniu 40 associados. O evento teve como convidado especial o presidente do Observatório Social da cidade, Antônio Cotrim.

CheCk-In

• Chris Meyer do Las Vegas CVB confirmou durante o Congresso Brasileiro de CVBs: a poderosa entidade que dirige não possui associados. O orçamento de US$ 152 milhões vem exclusivamente do Room Tax.

• A 9ª Feira Internacional de Produtos e Serviços para Parques Temáticos, Buffets e Festas Infantis abre dia 30 de maio no Expo Center Norte em São Paulo.

• Provocou mal-estar o vazamento de um documento cobrando a nomeação na SOL, supostamente elaborado por lideranças do trade. Fica a pergunta: de quem é mesmo a prerrogativa para nomeações em cargos públicos?

• A partir de 1º de maio entra em vigor aa Lei nº 13.097/15, que altera a tributação do setor de bebidas.

• MTur lançou plano estratégico para participação em feiras no Brasil. A primeira será no WTM Latin America, de acordo com a diretora de MKT, Luciana Fernandes.

• A primeira ação, divulgada com exclusividade por Zena Becker da Setur para a coluna: o planejamento da próxima temporada será antecipado para junho. Bingo!

CHA forte

A CHA Hotéis, de Joinville, sob o comando do competente Geraldo Linzmeyer, cresceu 100% de 2014 para 2015. A rede tem dez hotéis sendo avaliados, com previsão de chegar perto de 100 unidades associadas até final de 2020.

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Representatividade

Balneário Camboriú foi único destino do sul do país presente no Evento Business Show – EBS, em São Paulo, realizado em março, garantindo uma visibilidade ímpar para a cidade. A feira é considerada a mais importante do segmento de eventos corporativos, incentivos, shows e gastronomia do Brasil e contou com a participação do Balneário Camboriú Convention & Visitors Bureau e da Secretária de Turismo do município.

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O dono da festaENTREVISTA

Revista TradeTur - O Grupo All é, atualmente, um dos maiores empreendimentos de turismo de entretenimento do Brasil. Fale um pouco sobre a história do Grupo.

Doreni Caramori - Eu morei alguns anos em São Paulo e

lá aprendi a gostar dos carnavais fora de época. Comecei

a viajar e conhecer esses eventos e não entendia como

Penélope de Bortoli

Sócio-fundador de um dos maiores grupos de entretenimento do Brasil, Doreni Caramori Júnior fala sobre mercado e novas perspectivas do turismo

O perfil e a visão empreendedora de Doreni Caramori Júnior podem facilmente justificar o sucesso do Grupo All

Entretenimento, empresa em que é sócio fundador. Graduado em Administração de Empresas e pós-graduado

em Matemática Aplicada e Marketing Estratégico, Doreni é um dos maiores empresários do setor de turismo de

entretenimento do Brasil. Nessa entrevista, ele fala sobre os desafios do turismo em Santa Catarina e conta um pouco

sobre a sua trajetória de sucesso.

Florianópolis, sendo uma cidade turística, não tinha um

carnaval fora de época. Foi então que meus dois sócios

e eu criamos um evento chamado Floripa Folia, que foi

o nosso grande laboratório. Dois anos depois, a gente

encorpou o Floripa Folia e criou o Folianópolis, que foi o

primeiro grande evento do Grupo All. No início era apenas

uma empresa de um evento só, mas identificamos que o

mercado carecia de profissionalização. Então, resolvemos

desenhar uma empresa de eventos.

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A partir disso como foi conquistar o mercado?

A gente entendeu que o nosso projeto poderia ter êxito

em Florianópolis e em Santa Catarina, por ser uma

alavanca do desenvolvimento do setor turístico. E isso

tudo porque acreditamos que o

turismo é decorrência de ofertas

turísticas e não da existência de

hotéis e restaurantes. Hotéis e

restaurantes, guias e empresas de

receptivos existem porque existe

a oferta turística. A grande mola

propulsora do desenvolvimento do

turismo são os produtos turísticos,

que podem ser vários, desde a

indústria das feiras e convenções,

as praias e até mesmo um parque como o Beto Carrero.

Apostamos nisso e criamos diversos eventos. Em 2009

fomos para a nossa segunda área de atuação, que são

as casas noturnas. Com essa fusão, criou-se o Grupo All

Entretenimento. Atualmente atuamos em sete áreas de

negócios.

Quais as novidades que os catarinenses podem esperar ao longo do ano?

No último ano tivemos muitas novidades no Grupo

e esse ano será para consolidar essas novidades. Em

2014 abrimos o Music Park de Balneário Camboriú,

nos tornamos proprietários de 100% do Music Park de

Florianópolis e conquistamos o licenciamento para fazer

as corridas da Disney. A parceria com a Disney foi uma

coisa muito grandiosa para a empresa, porque em nossa

opinião a Disney é a maior marca de entretenimento do

mundo e para nós, que operamos nesse mercado, ter uma

ligação com a maior marca do mundo, com certeza, vai

nos dar muito subsídio para crescer.

O Grupo All organiza três dos maiores eventos do estado, o Folianópolis, Creamfields e Winterplay. Como você vê o turismo de entretenimento em Santa Catarina?

Eu acredito que o turismo do entretenimento é uma

vertente muito promissora. Enquanto as cidades

turísticas, principalmente aqui no Sul, entenderem que

elas vão continuar vivendo só da temporada, elas vão

perder muito espaço. A nossa temporada aqui é curta.

O nosso estado tem vários diferenciais competitivos

que deveríamos promover junto ao turismo de sol, mar

e verão. Entre esses diferenciais

está o entretimento. O que a

gente vive é um problema sério

de sazonalidade e a promoção de

eventos é um bom caminho para

mudar esse cenário. Por exemplo,

um congresso de medicina é

importante sim, mas seria ainda

mais ainda se conseguíssemos

garantir que ele fosse realizado

todo ano aqui, porque teremos

previsibilidade para os operadores, para o trade e para

outras empresas. É isso que o Folianópolis traz. O

Folianópolis garante para os operadores que naquele mês,

naquele período vai existir um fluxo grande de turistas na

cidade. Isso faz com que esse tipo de evento seja muito

mais impactante positivamente para o turismo do que um

evento, ainda que muito grande, mas que só acontece em

determinado ano.

Existe uma receita de sucesso?

Sucesso é muito relativo porque a gente sempre quer mais.

Não sei se eu posso dizer que a gente já teve êxito, a gente

trilhou um caminho para conseguir isso. Mas mesmo

assim eu destacaria alguns pontos. O primeiro deles é

perseverança, nunca desistir nos primeiros desafios. O

segundo é a união, nós temos um espírito de cooperação

mútua. Terceiro é profissionalismo. A gente nunca fez

as coisas de maneira amadora, sempre tentamos criar

uma estrutura empresarial. Por último, acho que somos

ousados em algumas apostas. Quem acreditaria em uma

micareta no sul do Brasil? Poucos acreditavam em uma

boate de super luxo em Florianópolis. Além disso, têm

outros pontos que deveriam ser óbvios, mas que não

custa reforçar. É a questão da ética, da responsabilidade

com o entorno. Respeitar os direitos dos trabalhadores,

fornecedores, contratos, clientes. Isso garante que os

nossos negócios tenham mais longevidade e permite que

a gente consiga encarar os desafios com a cabeça erguida.

Enquanto as cidades turísticas,

principalmente aqui no Sul, entenderem que elas vão continuar vivendo só

da temporada, elas vão perder muito espaço.

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Quais os próximos investimentos do Grupo All?

Nós temos um bom serviço turístico em termos de

entrega, que ainda não é melhor por causa do fenômeno

da sazonalidade, mas nós entregamos bem o produto

final. Contudo, há deficiências gravíssimas que nós

precisamos vencer e uma delas é a infraestrutura turística.

Não existe uma capital como Florianópolis ter o aeroporto

que tem. Não existe uma capital turística ter problema de

água, de luz, entre outras precariedades. Então a gente

tem deficiência com a infraestrutura. Mas, por trás disso

tudo, e que eu acho ainda mais relevante, é que o turismo

ainda não é prioridade para o estado. O grande desafio de

Santa Catarina é transformar o turismo em prioridade de

desenvolvimento. A hora que isso acontecer, por cascata,

os outros problemas serão resolvidos.

“Tem coisas que não dá apenas para esperar o poder

público realizar. A gente precisa se unir e fazer.”

De que maneira o Estado pode trabalhar?

Nós temos uma secretaria que tem como modelo a

mistura de Turismo, Esporte e Cultura. Isso não funciona.

Esporte e Cultura são iniciativas muito focadas para dentro

do Estado e quando você estimula o turismo, você precisa

pensar políticas para fora da fronteira. É outro viés, outro

foco. Do jeito que funciona, ao discutir com o secretário

sobre um projeto turístico, no mesmo dia ele está com a

cabeça nos Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC). Por

mais bem intencionado que o secretario seja, são coisas

que não conversam entre si. Essa estrutura não foi feita

para dar resultado. A partir do momento que você priorizar

o turismo, por exemplo, teremos uma Secretaria só do

Turismo. Uma ferramenta que a gente criou de maneira

pioneira em Santa Catarina, foi o Fundo do Turismo, que

em função do mau uso do recurso público o governador

restringiu. Então a ferramenta foi criada, os atores não

souberam usar e foi recolhida. Quem é o prejudicado

nesta história? O segmento turístico.

O Grupo All organiza três dos maiores eventos do

estado: o Folianópolis, Creamfields (foto) e Winterplay

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“O grande desafio de Santa Catarina é transformar o

turismo em prioridade de desenvolvimento no Estado.

A hora que isso acontecer, por cascata, os outros problemas

vão sendo resolvidos.”

Quais os maiores desafios dos empresários do turismo?

Existem os desafios da porta para dentro da empresa e

há os desafios da porta para fora. Dos desafios internos,

o primeiro deles é o empresário entender que vivemos

do turismo e não do turista. Essa prática que se tinha

antigamente de exploração do turista, de subir o preço

e outras práticas abusivas, são ações individualistas que

podem dar um resultado de curto prazo, mas que ao longo

do tempo não se sustentam. Precisamos fazer com que o

turista queira voltar e se ele for mal atendido ou se sentir

explorado, toda a cadeia vai ser prejudicada. Esses são os

principais desafios, além da capacitação, formação, etc.

Fora isso, existe a necessidade do empreendedor se envolver

mais com o mundo à sua volta. Toda vez que o empresário

se omite, damos ao poder público o direito de não fazer.

É preciso participar mais, estimulando e garantindo que o

poder público cumpra sua missão de fazer os investimentos.

E mais, o empresário também tem que participar de alguns

investimentos. Tem coisa que não da só para a gente

esperar pelo poder público, a gente precisa se unir e fazer.

Acredito que estes dois caminhos, olhar para o que está

dentro do negócio, mas também para as coisas que estão

fora do seu escopo, mas que precisam de contribuição.

Infelizmente nós não podemos apenas prestar um bom

serviço e pagar nossos impostos. A gente precisa fazer

tudo isso e garantir que os investimentos sejam feitos e

ações externas sejam realizadas.

No ano passado, Caramori assumiu totalmente

a gestão do Music Park em Florianópolis e abriu

outra unidade em Balneário Camboriú

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Hora do balançoApós a temporada de verão, setor público e trade turístico catarinense avaliam o ano e pontuam o que precisa mudar

TEMPORADA

Mais um verão se passou em Santa Catarina e o

momento para o trade e setor público avaliarem

os erros e acertos desta temporada. O balanço

feito pelas entidades e pelos órgãos governamentais

mostrou que os principais destinos catarinenses receberam

bem o turista, apesar das deficiências de infraestrutura

e mobilidade. A principal diferença foi a redução dos

problemas de fornecimento de água e luz, reflexo dos

investimentos feitos principalmente no sistema elétrico e de

abastecimento da Casan. Em relação à segurança pública,

informações oficiais da Secretaria de Segurança Pública (SSP)

garantem que houve redução no número de afogamentos e

ocorrências policiais. “Garantimos à sociedade catarinense e

aos nossos visitantes os melhores recursos de que dispomos

para que tivessem uma experiência de valor marcante

e positiva”, defendeu o secretário da SSP, César Grubba.

Os números da Secretaria de Turismo indicam que a

movimentação turística foi de 6,2 milhões de pessoas

(crescimento de 25% em relação à temporada passada).

Segundo o secretário estadual de Turismo, Cultura e Esporte,

Filipe Mello, os números são resultados da conclusão de

algumas obras de melhoria de infraestrutura e segurança

pública nos principais balneários. “Foi uma das melhores

temporadas de todos os tempos”, declarou. “É evidente que

ainda temos muito a fazer. A temporada nos serve como

uma forma de avaliação contínua de das nossas deficiências.

Destaco que uma das coisas que precisamos melhorar é o

receptivo, na forma de receber o nosso turista e esse é um

trabalho que deve ser feito com muita atenção pela SOL,

pela Santur e por todos aqueles que estão interessados no

desenvolvimento turístico em Santa Catarina, inclusive o trade,

que tem participado de forma muito ativa”, ponderou Mello.

No setor privado, alguns números são positivos outros nem

tanto. Dados do Beto Carrero World indicam que nesta

última temporada, o número de visitantes aumentou 23%

entre dezembro e fim de fevereiro em comparação com o

mesmo período 2013/2014. A Flecha Bus, maior empresa de

ônibus responsável pela vinda de turistas argentinos ao litoral

catarinense apresentou crescimento de 10%, reduzindo o

impacto da diminuição do número de pessoas que pousaram

ou embarcaram no Aeroporto Internacional de Florianópolis.

Da Redação

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“Evidente que temos muito a fazer. A temporada nos serve como uma

forma de avaliação contínua das nossas deficiências” (Filipe Mello)

Ao todo, mais de 589 mil passageiros passaram pelo

terminal nos meses de temporada em comparação com

os 618 mil em 2013/2014. De acordo com a análise da

ABIH-SC, os argentinos não vieram nessa temporada

devido aos problemas econômicos e de câmbio. A

conclusão da entidade hoteleira, é que entre os associados,

a redução da taxa média de ocupação ficou em 3,5%.

É importante destacar que menos de 10% dos turistas que

estiveram na temporada de 2015 no estado tem origem

de países de língua nativa hispânica de acordo com o

levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços

e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio-SC). A pesquisa

destacou que 94% dos turistas ouvidos pretendem voltar ao

estado. Para o setor hoteleiro, o documento apresentou dois

importantes pontos sobre o desempenho da temporada de

2015. O primeiro deles foi a percepção dos empreendedores

em relação ao movimento, cuja impressão foi positiva

(37% consideraram muito bom e outros 45% bom).

O outro é relativo a variação do faturamento em relação

à temporada do ano anterior. Os hotéis de Balneário

Camboriú revelaram uma insignificante variação de apenas

0,2%. Por outro lado, em relação aos meses comuns do

ano, o aumento percebido foi de 65,5%. Entre as cidades

avaliadas, apenas o setor hoteleiro de São Francisco do Sul

destacou queda no faturamento.Dados do Beto Carrero World indicam que nesta última

temporada, o número de visitantes aumentou 23%

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adiantamos em 45 dias os repasses, que alcançaram a

ordem de R$ 7 milhões. Por uma série de ações burocráticas,

nos anos anteriores não conseguimos fazer esse repasse

previamente. Nós avançamos na desburocratização e isso

fez com que o Carnaval em 2015 fosse realizado de forma

tranquila”, pondera. “Deu certo e vamos seguir no mesmo

esquema este ano, o objetivo e fortalecer a festa nos

municípios onde as comemorações atraem mais pessoas:

Florianópolis, Joaçaba, São Francisco do Sul, Laguna e Itá Em Florianópolis, a pesquisa analisou as múltiplas

facetas do turismo na capital catarinense. Os itens

melhor avaliados foram à receptividade dos moradores

e o comércio. Aqueles que merecem atenção foram os

serviços de orientação ao turista, serviços de hospedagem

e a infraestrutura viária. A média de gastos por cliente na

temporada ficou em R$ 293,44, o tempo de permanência

dos hospedes manteve-se em 5,1 dias e o percentual de

ocupação dos leitos alcançou 90%, segundo a Federação.

Porém essa percepção otimista não evitou problemas pontuais.

Na praia de Canasvieiras, empresários tiveram que lidar com

Taxa de ocupação hoteleira registrada na Grande

Florianópolis aumentou e chegou a 74% no Carnaval.

Carnaval foi espetáculo à parte

No feriado de Carnaval, segundo dados do Sindicato de

Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis

(SHRBS), a taxa de ocupação hoteleira registrada na Grande

Florianópolis aumentou e chegou a 74%. Outra pesquisa

da Fecomércio-SC indicou que a pretensão de retorno dos

turistas alcançou 90%. Este dado tem relação direta com a

avaliação dos turistas sobre os serviços. Em 2015, os quesitos

hospedagem, sensação de segurança, atendimento no

comércio e serviços foram avaliados como “bom” por mais

de 40% dos turistas. No entanto, o faturamento do comércio

e serviços, por sua vez, teve resultados negativos em

comparação com o ano passado devido às fortes chuvas que

afetaram algumas regiões catarinenses durante o período.

Para o Secretário Estadual de Turismo, esta percepção

positiva dos turistas está diretamente ligada ao

planejamento realizado em 2014 que antecipou o repasse

de recursos para as escolas de samba, ligas e prefeituras

dos municípios onde a festa tem tradição. “Em agosto

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O negócio do turismo

ambulantes de outros estados que comercializavam produtos

ilegais na orla. Segundo o diretor da Associação Comercial e

Industrial (Acif) de Canasvieiras, Luiz César Costa, a prefeitura

só fez um dia de ação de fiscalização, no início da temporada.

“Depois houve uma redução dessa ação”, completou.

Segundo o empresário, o principal

problema foi a ação de vendedores

que utilizaram sem restrição, máquinas

automáticas de leitura de cartão de

crédito na praia. “Essas máquinas eram

utilizadas por ambulantes que não

eram daqui. Certamente eram de outras

regiões do país”, resume. Para ele, essas

máquinas pertencem a alguma empresa,

com registro de CNPJ de outros

estados e não trazem nada de recursos

para Florianópolis e Santa Catarina. A SOL pretende utilizar os dados coletados desta temporada

e casar com outras informações relativas ao impacto

econômico que a atividade gera no estado e promover

ações que equalizem a movimentação turística ao longo

do ano. “Começamos agora a entrar em meses de baixa

movimentação e vamos focar nos eventos, festas e ações,

temos um extenso calendário em execução, fazendo

com que tenhamos efetivamente uma linha equânime de

movimentação turística em todo o estado nos 12 meses do

ano. Além disso, estamos alinhando uma nova recolocação

de Santa Catarina no mercado turístico nacional por meio de

uma nova campanha, que lançaremos em breve”, afirma Mello..

O estado tem feito um esforço de

divulgação de seus destinos turísticos

em feiras nacionais e internacionais

buscando atrair mais visitantes.

Florianópolis é hoje o segundo

destino brasileiro de lazer que mais

recebe estrangeiros. Balneário

Camboriú e Bombinhas também

constam na lista das dez cidades

brasileiras onde desembarcam mais

pessoas de fora do país, segundo

o estudo da Demanda Turística

Internacional, do Ministério do Turismo. “A pesquisa mostra

como a indústria do turismo movimenta a economia da região

e os benefícios que ela gera nos empregos e na renda”, diz o

secretário nacional de Políticas de Turismo, Vinicius Lummertz,

lembrando que em Santa Catarina o turismo representa

cerca de 12% do PIB do estado. Emp

Na praia de Canasvieiras, empresários tiveram

que lidar com ambulantes de outros estados que

comercializavam produtos ilegais na orla.

Quesitos hospedagem, sensação de segurança,

atendimento no comércio e serviços

foram avaliados como “bom” por mais de 40%

dos turistas

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Novo ritmo na SeturZena Becker quer a modernização do turismo na Capital

MUDANÇA

A nova Secretária do Turismo de Florianópolis é administradora com especialização em Marketing. Zena Becker

coordenava o Fórum de Planejamento Turístico da Grande Florianópolis (FORTUR) e presidia a ONG FloripAmanhã

quando surgiu o convite do prefeito municipal Cesar Souza Jr. para assumir o comando da Setur. Nesta entrevista, ela

deixa claro que, apesar da continuidade ao bom trabalho deixado por sua antecessora, vai imprimir novo ritmo ao seu

estilo caracterizado pela articulação do trade e a buscar resultados concretos em favor do turismo e da cidade.

Homero Gomes

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O negócio do turismo

A Setur vem de uma gestão de perfil técnico, voltado

para a estruturação e políticas públicas. O que muda

a partir de agora?

Zena Becker – Nunca se muda, diretamente, um trabalho

que já vinha fluindo bem. O que muda é a sequência do

trabalho com o objetivo de melhorar cada vez mais. A

missão que recebi do prefeito, e que já vinha trabalhando

na FloripAmanhã, onde fizemos o Plano de Ordenamento

Náutico, é focar na área náutica.

Como pretende marcar sua gestão à frente da Setur e

do turismo de Florianopolis?

Pela defesa da inovação no turismo. Pretendo ser uma

articuladora pela modernização do turismo. Participei da

criação do Centro de Inovação em Turismo, no Sapiens

Park. Não adianta querer inventar, tem que pegar o que

já existe e melhorar, com inovação. Estamos tomando pé

da situação na Setur. Mais na frente, teremos condição

de explorar melhor nossas idéias e projetos.

Qual seria o projeto prioritário para o segmento

náutico? Teria relação com o Píer de Canasvieiras e a

marina na Avenida Beira-Mar Norte?

Nós ainda estamos avaliando. Quanto ao píer de

Canasvieiras, tanto a Acatmar quanto o GT Náutico da

Secretaria de Estado do Turismo dizem que antes de falar

em cosntrução, é preciso fazer alguns estudos da área,

como a batimetria, para avaliar as condições do vento,

maré e outros itens que interferem na escolha do melhor

local para esta estrutura. A marina, uma parceria público-

privada (PPP), já está definida no Plano de Ordenamento

Náutico e a Beira-Mar Norte é um local adequado.

Recentemente tivemos o caso dos Centros de

Atendimento ao Turista (CAT). Florianópolis foi piada na

mídia nacional e nas redes sociais em razão da falta de

capacitação do pessoal para atender turistas estrangeiros.

O que pretende fazer para mudar esse quadro?

Na minha avaliação, nós temos poucos CAT’s. Certamente

temos que investir na capacitação e na seleção criteriosa

de pessoal para esta função. Mas, devemos investir em

tecnologia. A tecnologia pode ser fundamental para

ajudar a suprir esse tipo de deficiência. Os totens que

já existem lá no Sapiens Park me parecem adequados,

podendo fornecer informações em diversos idiomas,

através de diversas mídias como imagens, vídeos e áudio.

Esses totens já estarão instalados nos principais pontos

turísticos de Florianópolis já na próxima temporada?

Acredito que seja possível, se não cobrindo toda a cidade, ao

menos em lugares de grande fluxo, como o Mercado Público.

E o planejamento da próxima temporada?

O relatório da última temporada recém foi entregue.

E podemos afirmar que foi um sucesso essa última

temporada. Poucas entidades deixaram de cumprir

aquilo que prometeram. A Casan trabalhou muito bem,

a Celesc também. A Abrasel coordenou um trabalho de

conscientização junto aos proprietários de restaurantes,

objetivando a ampliação da capacidade das caixas de água

e a limpeza das caixas de gordura. Trabalho simples, mas

que se mostrou fundamental. Só a questão da mobilidade

é que ainda não está boa. A idéia é estudar algumas

ações pequenas como o funcionamento dos semáforos, a

urgência para arrumar um local para estacionamento dos

ônibus de turismo no centro da cidade. Quanto à próxima

temporada, pretendo antecipar o início do planejamento

para maio ou junho. Achei muito bom o seminário realizado

anos atrás, reunindo entidades e os governos municipal e

estadual. E, também o trabalho feito na última temporada.

O prefeito encaminhou para a Câmara Municipal um

Projeto de reforma administrativa onde, ao que se

sabe, extingue cargos. A Setur será afetada?

Não saberia dizer neste momento. Pelo que foi falado,

acredito que nada muda na estrutura da Secretaria.

“Não adianta querer inventar, tem que pegar o que já existe e

melhorar, com inovação. ”

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SEM ORIENTAÇÃO, TODO MUNDO FICA PERDIDO. USE AS PESQUISAS FECOMÉRCIO.A Fecomércio é uma referência em informações sobre a economia catarinense. Desde pesquisas econômicas,

sazonais e de turismo a per� l e tendências de consumo, a Fecomércio fornece dados estatísticos e sondagens

que auxiliam os empresários a tomarem decisões mais seguras e certeiras.

Entre em contato e saiba mais: (48) 3229 1000 | [email protected] | fecomercio-sc.com.br

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SEM ORIENTAÇÃO, TODO MUNDO FICA PERDIDO. USE AS PESQUISAS FECOMÉRCIO.A Fecomércio é uma referência em informações sobre a economia catarinense. Desde pesquisas econômicas,

sazonais e de turismo a per� l e tendências de consumo, a Fecomércio fornece dados estatísticos e sondagens

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Entre em contato e saiba mais: (48) 3229 1000 | [email protected] | fecomercio-sc.com.br

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A qualificação profissional no turismoMão de obra qualificada pode fortalecer destino turístico

Cristina Benetti

QUALIfICAÇãO

Um estado bem preparado para

receber turistas conta com

uma infraestrutura adequada,

sistemas de transporte eficientes, bons

hotéis. Mas sem profissionais treinados

para bem receber os visitantes, todo

esse esforço será prejudicado. “A

qualificação profissional é um dos

itens mais necessários para que o

destino tenha um retorno econômico

para corresponder ao investimento

público e privado realizados para este

fim”, enfatiza o presidente da Santur,

Valdir Rubens Walendowsky.

Entretanto, tal exigência de

qualificação não deve ser direcionada,

apenas, para as bases operacionais.

Gestores e autônomos devem tratar

a educação como aparato essencial

e precisam se capacitar, reforçando a

lógica de que este é um dos caminhos

para manter a empresa e/ou serviço

competitivo frente à concorrência

cada vez mais acirrada.

O turismo gera aproximadamente 500 mil postos de trabalho

em Santa Catarina

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Em Santa Catarina, o setor de turismo vem se consolidando

ano a ano. A consequência deste crescimento na

movimentação de pessoas resulta no aumento da procura

por trabalhadores, muitos deles temporários, para atuar

nos segmentos ligados a atividade turística, que gera

aproximadamente 500 mil postos

de trabalho, diretos e indiretos. Estes

números reforçam a necessidade

de ações efetivas, inovadoras e que

deixem a atividade cada vez melhor,

por meio da da profissionalização do

setor”, destaca Analista Estadual de Eixo

Educacional Turismo, Hospitalidade e

Lazer do Senac, Juliana Côco. “A nossa

hospitalidade já é um diferencial, no

entanto, precisa vir acompanhada

de um atendimento com qualidade, da profissionalização

das técnicas, do domínio de línguas estrangeiras e do

conhecimento de tecnologias que auxiliam na solução de

problemas para os turistas”, conclui.

Oportunidade x Mão de obra qualificada

Os segmentos que demonstram maior necessidade

de contratação de novos profissionais são os de bares

e restaurantes, seguidos pelo ramo da hospedagem.

Entretanto as áreas de Eventos e negócios têm despontado

como grande nicho de oportunidades de trabalho na área

de turismo. “São festivais gastronômicos, festas populares,

congressos, feiras, eventos culturais e esportivos, dentre

vários outros, que geram renda e empregos nos períodos

de baixa e média temporada”, relata Juliana

Outra demanda crescente está relacionada ao turismo

náutico. Trata-se de um tipo de turismo que permite ser

desenvolvido durante o ano todo, tanto por embarcações

destinadas ao fim turístico, como pelo turismo de esportes.

“O nosso litoral é reconhecido internacionalmente por ter

praias atrativas, além de lagos, lagoas,

rios, represas e esse potencial precisa

ser aproveitado”, menciona a analista.

Contudo o desenvolvimento desses

segmentos esbarra na falta de mão

de obra qualificada. As empresas têm

dificuldades para encontrar candidatos

que atendam os requisitos da função

e para driblar essa escassez, muitas

acabam diminuindo as exigências

na hora de contratar, o que se reverte em mão de obra

pouco qualificada e comprometida e declínio na qualidade

dos serviços. “Grande parte das pessoas que iniciam suas

atividades profissionais no mercado de trabalho nesta área

não possui o conhecimento necessário do que é o turismo

e da sua importância para o desenvolvimento econômico

e social do estado. Logo, se deparam com um sistema

complexo, que exige disponibilidade, cortesia, dentre outras

características que envolvem o servir”, avalia Côco.

Essa baixa retenção de bons profissionais não é uma

exclusividade do setor de turismo. Entretanto a dificuldade é

intensificada no setor devido as características da profissão.

“No turismo todos os dias são de trabalho, sejam diurno ou

noturno ou ainda final de semana, e como há oportunidade

em outros segmentos industriais e comerciais com horários

regulares, os profissionais optam por não trabalhar no turismo”,

explica Walendowsky.

Os desafios do turismo são grandes, mas muito de suas

soluções está na qualificação profissional nos diversos níveis

e para todos os segmentos da cadeia produtiva do turismo.

Em setores que envolvem prestação de serviços o esforço

precisa ser coletivo para que empresários, poder público e

trabalhadores construam um legado de demandas contínuas

e não apenas em períodos específicos. Ao apresentar uma

mão de obra de qualidade poderá se construir um turismo

competitivo, sustentável e viável conquistando a satisfação

do turista de lazer, de negócios, de esportes.

Os segmentos que demonstram maior

necessidade de contratação de novos profissionais são os de

bares e restaurantesP

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DESTINO SC

Esporte como aliado

Para incrementar turismo regional, Serra Catarinense aposta em grandes eventos esportivos

Camilla Geiger

A Serra Catarinense vive uma nova realidade no desenvolvimento turístico. O Serra Catarinense Convention

& Visitors Bureau e a Braavos Eventos e Turismo, de Florianópolis, firmaram uma parceria para captação e

organização de diversos eventos esportivos inéditos para a região.

O objetivo é fomentar o turismo regional ao atrair um público que ainda não está acostumado a visitar a serra, fazer com

que ele tenha uma experiência diferenciada, como se fosse um morador local – e não apenas a contemplação – e ainda

participe dos eventos esportivos. Pelo menos quatro provas já estão organizadas ao longo deste ano. Os municípios

envolvidos são Rio Rufino, Urupema, Bom Jardim da Serra, Urubici, São Joaquim e Lages. A iniciativa teve início em 2014.

“O esporte ajuda a potencializar, principalmente por meio de parcerias com empresas especializadas neste tipo de evento,

pois você consegue promover em épocas de alta sazonalidade e beneficiar todo o trade. Serão pelo menos 2.000 atletas

no total. Com ele, vem a equipe de apoio e a família, o que pode representar um incremento de 6 a 8 mil visitantes na

serra nas quatro provas”, explica o presidente do Serra Catarinense Convention & Visitors Bureau, Pedro Paulo Goulart.

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Para incrementar turismo regional, Serra Catarinense aposta em grandes eventos esportivos

No entanto, existe a preocupação de promover eventos

adequados ao tamanho da infraestrutura da cidade. Mas

o objetivo é justamente fomentar o turismo em diferentes

épocas do ano para que o trade se sinta estimulado a

investir. A empresária Amélia Pickler, da Pousada Amélia

de Urubici, vê a parceria com bons olhos. “Achei ótimo.

É muito importante para a região. Quando chega o

verão, a ocupação cai muito. Eventos consolidados

desta natureza estimulam a criação de novos negócios”,

comemora a empresária.

Cenário exuberante

Belezas naturais e receptividade não faltam. “Esta é uma

região reconhecida pelas paisagens, pela hospitalidade,

pela gastronomia e pela temperatura. Além da prática

esportiva, o atleta amador e sua família poderão vivenciar

experiências únicas no meio rural, com trilhas, águas

límpidas, cachoeiras, observação de pássaros e paisagens

de tirar o fôlego”, avalia o empresário Antonio Barbosa,

da Braavos Eventos e Turismo. “O esporte é uma grande

âncora entre a visita e o aumento da permanência na

cidade”, complementa Barbosa.

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Paisagens bucólicas e atrativos naturais podem ser apreciados nos roteiros de cicloturismo

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Goulart explica que em Santa Catarina existem polos

turísticos consolidados, como Balneário Camboriú e

Florianópolis. Na Serra Catarinense essa estrutura é mais

reduzida, mas mesmo assim é possível receber bem com

eventos de pequeno e médio porte, que são o foco no

momento. “Estamos abertos para qualquer empresa que se

dispuser a realizar parcerias e ajudar no desenvolvimento

do turismo local”, destaca. Os agentes de viagens e a rede

hoteleira serão procurados para que possam oferecer a

programação para os clientes, com transfers e guias.

26

O contato com a vida rural e com os hábitos dos agricultores, como a mesa sempre farta, são

alguns diferenciais dos passeios ciclísticos pela Serra

Além da iniciativa da Braavos, outros grupos promovem a

vivência rural por meio do esporte. Entre eles, a Acolhida

na Colônia, uma associação de agricultores familiares

que existe no Brasil desde 1999. O objetivo é compartilhar

histórias, a cultura e o estilo de vida rural. Lá, o turista

encontra hospedagens simples e aconchegantes com

direito a conversas à beira do fogão a lenha, mesa farta,

passeios pelo campo e agricultura orgânica.

O cicloturismo foi implantado na Acolhida na Colônia

em 2009 com o objetivo de ampliar e qualificar a oferta

turística da região. Os roteiros são organizados pela empresa

Caminhos do Sertão Cicloturismo e trazem como diferencial,

o vínculo direto com o agroturismo. A estrutura existente

de pousadas e quartos coloniais, serviços de alimentação

ao longo de caminhos bucólicos e recheados de atrativos

naturais são apreciados pelos turistas.

Os roteiros fazem conexão entre os municípios de Santa Rosa

de Lima e Anitápolis. O mais nova rota contempla também

Rancho Queimado e Urubici. “O contato com o agroturismo,

sem dúvida, é o maior diferencial dos passeios, aliado a

paisagens impressionantes, como as escarpas de Urubici e

os encantos da Serra Geral”, destaca Fernando Angioletto,

jornalista e sócio da Caminhos do Sertão Cicloturismo. Existe

um pacote especial com operadoras, em que o cliente conta

com traslados, guias especializados e carro de apoio. Além

disso oferecemos um pacote autônomo, no qual o viajante

organiza a própria viagem, a partir de mapas.

Na serra, os turistas encontram hospedagem simples e aconchegantes, com direito à mesa farta e passeios pelo campo

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Caminhos do Sertão Cicloturismo

(48) 3234-7712

www.caminhosdosertao.com.br

Serra Catarinense Convention & Visitors Bureau

(49) 3233-3504

www.serracatarinense.com/convention/

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Saiba mais

Para mais informações, entre em contato com:

Acolhida na Colônia

(48) 3654-0186

www.acolhida.com.br

Braavos Eventos e Turismo

(48) 8408-4473

www.braavos.com.br

Meia Maratona em Lages

Corrida Rústica dos Tropeiros em Lages

Mountain Bike Rústico entre Rio Rufino e Urubici

Eventos esportivos na serra catarinense

Desafio nas Alturas, entre Urupema e Rio Rufino.

Ultramaratona de Revezamento Braavos da Serra cruza São Joaquim, Urubici e Bom Jardim da Serra.

Mountain Bike Downhill na

Escadaria do Morro da Cruz, em Lages

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Santa Catarina apresenta

importantes polos de turismo

religioso, como Nova Trento,

com o Santuário Santa Paulina e

Santuário Nossa Sra. do Bom Socorro,

Brusque, com o Santuário Nossa Sra.

de Azambuja, Imaruí/São Martinho,

com o Santuário da Bem Aventurada

Albertina, Angelina, com o Santuário

Mariano, Bom Retiro, com o Santuário

Nossa Senhora Aparecida, Nova

Veneza, com a Festa de Nossa Senhora

de Caravaggio, Joaçaba com o Frei

Bruno, entre outros locais, romarias e

manifestações religiosas oriundas da

colonização cristã no estado.

Entre tantas opções, nada é mais natural que estes lugares

sagrados recebam diariamente romeiros de vários lugares

do estado e do Brasil. Com o intuito de fortalecer, em

âmbito nacional, o turismo religioso, promovendo os

destinos turísticos e a produção religiosa do estado diversas

ações da iniciativa empresarial e setor público visam dar

valor a este segmento de mercado, que atualmente é

ainda pequeno, mas muito promissor. O tempo médio que

o turista permanece na cidade é de apenas 8 horas e o

tíquete gasto pelos romeiros alcança cerca de R$ 30 reais

diários, números bem abaixo de outros nichos de turismo

vinculados ao verão e de eventos.

Santa Catarina: polo doTurismo de

Camila Latrova

Estado precisa vencer principal desafio do segmento: incrementar valor aos produtos turísticos e aumentar o gasto médio dos visitantes

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O negócio do turismo

VitrineUma dessas ações foi a Primeira Vitrine Religiosa, promovida

pelo Sebrae-SC, com o apoio do Ministério do Turismo,

realizada no final de fevereiro no Santuário Santa Paulina

em Nova Trento. Durante os três dias de evento, foram

organizados o Congresso Catarinense de Turismo Religioso

e a Feira de Roteiros Turísticos e Produtos Religiosos, onde

foram abordados temas como o desenvolvimento de

roteiros e produtos turísticos, comercialização, perfil do

consumidor, tendências e empreendedorismo no segmento.

Além disso, o evento foi espaço para a promoção do guia

“Santa Catarina - Roteiros de Emoção, Fé e Espiritualidade”.

O evento é resultado do Projeto de Turismo Cultural

Religioso do Vale do Rio Tijucas, coordenado pelo Sebrae-

SC, em parceria com o Santuário de Santa Paulina, o

Ministério do Turismo, a prefeitura de Nova Trento e

municípios de São João Batista, Canelinha, Tijucas, Brusque

e Major Gercino, além do Grupo de Trabalho de Turismo

Religioso da Secretaria de Turismo Cultura e Esporte e da

Santur. “O projeto iniciou em 2014 e atende 40 empresas

da região. Nosso trabalho é promover ações que ampliem

o acesso ao mercado, gerar mais fluxo turístico, fomentar

práticas inovadoras nas empresas, auxiliar na construção e

fortalecimentos de marcas por meio do design e readequação

de fachadas, além de fazer atendimentos focados na gestão

dos negócios, como consultorias, treinamentos e orientações

técnicas”, explica Alan Claumann, coordenador estadual dos

Projetos de Turismo do Sebrae-SC. Um dos palestrantes da

Vitrine foi Paulo César da Silva, diretor da Mark Travel, agência

especializada em viagens desse tipo “Queremos melhorar o

serviço pro turista no Santuário. Temos bastante espaço para

comercializar e a união de empresários e os municípios para

fazer o número de visitantes é muito importante”.

Valor aos produtosNa Feira, expositores de produtos e serviços ligados

ao turismo religioso demonstraram as atrações dos

dez principais destinos religiosos do estado conhecido

como o Vale Sagrado Catarinense para cerca de 10 mil

pessoas, envolvendo empresários do setor, profissionais e

estudantes de turismo, empresas organizadoras de turismo

religioso, fieis e turistas.

“A região de Nova Trento recebe mensalmente 60 mil

visitantes. Apesar disso, detectamos que a região precisa

agregar valor aos seus produtos, ampliar a permanência

dos visitantes e diminuir a sazonalidade. As peregrinações

que atualmente são sazonais necessitam também de uma

divulgação dirigida para uma maior permanência dos

visitantes, aproveitando as estruturas e diferenciais turísticos

dos municípios participantes. Essa Vitrine Religiosa é o

primeiro passo para mudarmos esse cenário e tornar

a região referência nacional de excelência no turismo

religioso”, destaca o Diretor de Administração e Finanças do

Sebrae-SC, Sérgio Fernandes Cardoso.

“A região de Nova Trento recebe mensalmente 60 mil visitantes. Apesar disso, detectamos que a

região precisa agregar valor aos seus produtos” (Sérgio Cardoso)

“Vitrine Religiosa é o primeiro passo para tornar a região referência nacional em turismo religioso”, destaca o Diretor de Administração e Finanças do Sebrae-SC, Sérgio Fernandes Cardoso.

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Profissionalizaçãodo setor Na avaliação do Secretário Nacional

de Políticas de Turismo do Ministério

do Turismo, Vinicius Lummertz, este

é o caminho para o crescimento e

profissionalização do setor. “Estamos em

um momento de consolidação do turismo

religioso. Aqui em Nova Trento temos

como exemplo, não só apenas o Santuário,

mas outras atrações, como o teleférico,

restaurantes, pedalinho e infraestrutura

básica de acesso. Ainda é pouco para

quem recebe este volume de visitantes, a

região carece de uma rede hoteleira mais

estruturada, como existe em Fátima em

Portugal e em Lourdes na França. Temos

um potencial de crescimento que precisa de

atenção. Que planejamento queremos para

a região? Qual modelo de desenvolvimento

precisamos para salvaguardar a

característica religiosa local e ao mesmo

tempo trazer novas possibilidades, como

a melhoria infraestrutura hoteleira e

gastronômica. São estas questões que

empresários locais e setor público juntos

precisam pensar e agir”, conclui .

“Temos um potencial de crescimento que precisa de atenção.

Qual modelo de desenvolvimento

queremos para salvaguardar a

característica religiosa local e ao mesmo tempo

trazer novidades?” (Vinícius Lummertz)

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Santuário Santa Paulina em Nova Trento foi palco da 1ª Vitrine Religiosa do Sebrae-SC

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Reunião do GTOs integrantes do Grupo de Trabalho

(GT) de Turismo Religioso da SOL e

Santur aproveitaram o evento e se

reuniram-se para discutir os desafios

do segmento. Uma das principais

pautas do encontro foi a tramitação

na Assembleia do Projeto de Lei que

incentiva o desenvolvimento do setor

no Estado. Formado por representantes

de 11 cidades catarinenses, o GT

pretende encaminhar alterações e

melhorias ao projeto buscando a

consolidação das rotas turísticas já

existentes. O grupo integra a política

de segmentação turística da Secretaria

de Estado de Turismo, Cultura e

Esporte (SOL) e possui representantes

das cidades de de Angelina, Bom

Retiro, Brusque, Imaruí, Jaraguá do

Sul, Nova Trento, Nova Veneza e

Tijucas. “Definimos muitos critérios,

escolhemos os destinos e com todos

esses encaminhamentos, agora temos

um regimento interno, fazendo com

que o GT tenha mais poder. O turismo

religioso precisa ser visto de uma forma

diferenciada e essas ações vão nos dar

ouvidos”, comenta o membro do Grupo

e Secretário De Cultura e Turismo de

Nova Trento, Eluisio Antônio Voltolini.

O tempo médio que o turista permanece

na cidade é de apenas 8 horas e o tíquete

gasto pelos romeiros alcança cerca de R$ 30 reais diários, números bem abaixo de outros

nichos de turismo vinculados ao verão e

de eventos

Evento contou com a participação do Secretário Nacional de Políticas do Turismo, Vinícius Lummertz

Município conta com outros atrativos turísticos além do Santuário mas precisa ampliar sua infraestrutura para que os visitantes permaneçam mais tempo

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Santuário Santa Paulina em Nova Trento foi palco da 1ª Vitrine Religiosa do Sebrae-SC

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Não é de hoje que a região de São Joaquim, na Serra

Catarinense, virou destaque com a produção de

vinhos de altitude. Já conhecida pela produção

de maçãs e pela neve que aparece durante o inverno,

de uns anos para cá a região vem se reinventando. Aos

poucos, principalmente após o início dos anos 2000, uma

cultura forte na enogastronomia está sendo estruturada. Se

antes o turismo estava voltado somente para o frio e para

produção macieira, principalmente nos anos 70 e 80, hoje é

a vitivinicultura a responsável por atrair a atenção de turistas

para São Joaquim e cidades adjacentes como Urubici, Lages,

Videira, Campo Belo, Treze Tílias e Água Doce.

São Joaquim abriga grande parte das vinícolas que fazem

parte da Associação Catarinense de Vinhos Finos de Altitude

(ACAVITIS). Cada uma com sua peculiaridade e estratégia

própria para valorizar a experiência da degustação e

incentivar o consumo do vinho produzido a partir das

vinícolas locais. A Villa Francioni, uma das mais conhecidas

da região, aposta no profissionalismo para receber os turistas.

Oferece visitas guiadas por profissionais que apresentam

a estrutura arquitetônica com detalhes e o requinte das

etapas de produção do vinho a partir das uvas cultivadas ali

mesmo – os parreirais podem ser vistos das janelas imensas

do prédio que abriga vinícola. Com cerca de 90 minutos de

duração, o ponto alto da visita é a degustação de rótulos

ilustres das linhas VF e Joaquim. O agendamento das visitas

à Villa Francioni pode ser feito online, pelo website da

vinícola, um diferencial entre as outras.

Sabores da TerraVinícolas encontram no enoturismo uma nova estratégia para catalisar vendas

Ellen Sezerino

GASTRONOMIA

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Foco na experiência

A Vinhedos de Monte Agudo é outra opção no enoturismo

de São Joaquim. Com uma alternativa de degustação bem

mais pessoal, ainda não possui uma estrutura completa

de vinícola, mas os vinhedos e o espaço para eventos e

degustação dos rótulos próprios mantém seu foco na

experiência em provar o produto na própria vinícola. Patrícia

Ferraz, uma das gestoras do negócio, explica que a ideia de

abrir o espaço não estava formada até 2011 quando a primeira

safra do vinhedo (de 2008) foi engarrafada. “Percebemos que

tínhamos que levar as pessoas lá, porque o vinhedo é lindo,

então surgiu a ideia de trabalhar com o turismo ligado ao

vinho. O espaço foi pensado para eventos também, como

casamentos, aniversário, festas e confraternizações”.

Para Patrícia, o enoturismo tem sido uma vitrine não só para

a comercialização dos rótulos próprios, mas com o intuito

de atrair cada vez mais turistas para a região. “Não temos

os números estatísticos, mas com certeza a experiência

promove a cidade como um todo, já que o enoturista

geralmente tem alto poder aquisitivo movimentando hotéis,

restaurantes, lojas, enfim tudo que pode ser oferecido.”

Opinião semelhante tem Guilherme Grando, da Villaggio

Grando, propriedade localizada em Água Doce que recebe

mensalmente cerca de 2.500 pessoas de diversos lugares do

Brasil e do exterior. De acordo com empresário, o papel do

turismo na vitivinicultura é fundamental. “Representa uma

parcela importante do negócio, principalmente pelo fato de

que quem está viajando está disposto a gastar mais”, pondera.

Os planos da vinícola incluem além de fortalecer o turismo

e atração de visitantes, ampliar a presença da marca no

mercado internacional. “A meta é produzir vinhos em outros

países a exemplo do que já fazemos na Argentina”, explica.

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Falta integração

Apesar das vinícolas terem ganhado espaço no roteiro de

muitos turistas, a infraestrutura das cidades que abrigam

as propriedades ainda tem muito a crescer. “A impressão

do visitante é que as coisas ainda acontecem de forma

um pouco desconectada do turismo local nas cidades,

sem um planejamento específico”, opina o engenheiro

e apreciador de rótulos Anderson Coral, que já visitou

São Joaquim algumas vezes em busca das experiências

enogastronômicas. “A disponibilidade de informações

a respeito dos locais e horários de visitas às vinícolas

nos hotéis e pousadas facilitaria incrementaria a atração

turística. Também percebo a falta de serviços de transporte

e receptivo entre as cidades até as propriedades, evitando

que os visitantes precisem dirigir depois de uma tarde em

uma degustação”, argumenta.

Enoturismo serve como vitrine não apenas para a

comercialização de rótulos próprios, mas como atrativo

turístico da região

Empresários avaliam que o papel do turismo na vitivinicultura rep resenta uma parcela importante do negócio, principalmente pelo fato dos visitantes terem mais propensão para gastar.

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A segunda edição da Vindima contou com apresentações de música, dança, poesia e degustações

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Vindima

Em 2014, foi realizado a 1º Vindima de Altitude, um evento

criando com o intuito de celebrar a colheita da uva, atrair

visitantes e promover os produtos da região. A segunda

edição foi realizada no final de março, com apresentações

de música, dança, poesia e claro, muita enogastronomia.

As vinícolas investiram em infraestrutura física para

recepcionar os turistas e montaram roteiros de

degustação, que incluem passeios pelos vinhedos,

sunsets, almoços ao ar livre e visitas aos locais de

produção. “A intenção foi criar um ambiente para que

todos possam ter a ‘experiência do vinho’, percebendo

como a bebida é um ótimo complemento em todas as

ocasiões”, afirma Acari Amorim, presidente da Associação

Catarinense dos Produtores de Vinhos Finos de Altitude

(Acavitis), entidade promotora da Vindima, e proprietário

da Vinícola Quinta da Neve. “Com a festa, promovemos a

região, como um importante centro produtor de uvas e

vinhos finos de altitude no país”. Amorim concedeu uma

entrevista à Revista Trade Tur sobre o evento:

O evento contou com mais de 20 apresentações de música instrumental e erudita, dança, poesia e outras atrações

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Qual o impacto do enoturismo no mercado?

Hoje, em toda a região, são 35 projetos de plantio e

vinificação. Desses projetos, 20 já contam com vinificação,

marca própria e vinhos distribuídos no mercado. A

produção de vinho de altitude tem uma importância muito

grande, pois engloba uma região carente de recursos

e investimentos, com um índice de desenvolvimento

humano muito baixo. E o vinho justamente tem um

poder muito grande de alavancar diferentes negócios

ligados ao turismo como hotéis, pousadas, restaurantes,

cafés, artesanato, comida típica regional, como ocorre em

diferentes países do mundo. Isso tudo ativa a economia

local, com o surgimento de novas empresas, mais

arrecadação de impostos, mais empregos e renda.

Existem pequenas vinícolas que vivem da visitação de turistas. É este o caminho?

Com certeza. Hoje, pelo menos, seis vinícolas já recebem

diariamente turistas do país inteiro. É uma atividade

muito importante para cada uma delas. O turista gosta

Acari Amorim presidente da Associação Catarinense dos Produtores de Vinhos Finos de Altitude (Acavitis)

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muito de ir até uma vinícola, conhecer o vinhedo, a parte

de vinificação e provar o vinho no local. E sempre quer

levar para casa algumas garrafas. Na região, existem

vinícolas que contabilizam em vendas mais de 20% da

sua produção no local para os visitantes e turistas.

Além da formação de público e mercado consumidor, quais as outras vantagens em se abrir uma vinícola para visitação?

A geração de receita é uma delas, com a venda direta

aos visitantes, o que acaba gerando mais recursos para

ser investido na infraestrutura da própria vinícola. Outra

é a questão de marketing, pois vai se criando uma

cadeia de consumo que envolve não apenas a questão

individual de cada vinícola, mas toda a rede ligada ao

enoturismo. O visitante se hospeda em um hotel ou

pousada, consome em um restaurante ou bar, leva

artesanatos e, principalmente, divulga isso para a sua

rede de relacionamento, criando um círculo virtuoso

para o segmento.

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A construção civil responde hoje por 40% do consumo

mundial de energia e por 16% da água utilizada no

mundo. Sendo assim é natural que a sustentabilidade

assuma uma posição cada vez mais importante neste

cenário. Além desse consumo, outra preocupação é

emissão de gases e produção de resíduos nas obras.

Neste sentido, um projeto arquitetônico sustentável é uma

grande oportunidade de atuar de forma preventiva frente aos

possíveis impactos ambientais decorrentes das atividades

desenvolvidas em determinados empreendimentos. A

prioridade da obra é difundir maneiras de construir com

menor impacto ambiental e maiores ganhos sociais,

sem, contudo, esquecer o viés econômico e mesmo

arquitetônico do empreendimento.

Uma estrutura ambientalmente sustentável é aquela

que se preocupa com todos os processos contidos na

obra e também no seu entorno. Ela busca conciliar

o desenvolvimento econômico com a preservação

ambiental, levando também em consideração os aspectos

sociais. “O empreendimento precisa ter ações diversas

voltadas para o meio ambiente, sociedade e na gestão

da empresa. É o tripé da sustentabilidade. Não adianta

ter apenas ações sociais ou ambientais e esquecer do

controle na quantidade de resíduos gerados ou na energia

e água consumida”, explica o consultor de sustentabilidade

do Portal EcoHospedagem, Thiago Cagna.

Custa caro?

Ainda que o preço de implementação de alguns sistemas

ambientalmente sustentáveis em um hotel “verde” custe

cerca de 5% mais do que um edifício convencional, a escolha

pode representar uma economia de 30% de recursos,

durante o uso e ocupação do imóvel. Um sistema de

aquecimento solar, por exemplo, se instalado corretamente,

em apenas um ano de uso cobre o investimento. Edifícios

que reusam a água (vinda de chuveiros e lavatórios, que

após tratamento, voltam para abastecer os sanitários e as

torneiras das áreas comuns) tem em média uma economia

de 35% na conta.

Adaptações

Quando se consegue pensar na sustentabilidade desde o

projeto, a execução da obra acaba saindo mais viável do

que a reforma, mas muitas adaptações podem ser feitas

PráticaViável

SUSTENTABILIDADE

Investir em sustentabilidade é ferramenta estratégica para valorização do negócio

Cristina Benetti

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depois do imóvel pronto, tanto em iluminação quanto em

ventilação. “Apesar de ser mais fácil quando a solução está

no projeto arquitetônico, painéis de vidro e clara-bóias nas

coberturas podem ser instaladas em uma edificação antiga.

A luz natural é sempre a melhor solução para ambientes

internos”, ressalta a arquiteta especialista em Gestão e

Tecnologias Ambientais, Karla Cunha.

Outra solução apontada pela arquiteta é a implantação de

muros e telhados verdes. Além de contribuir para minimizar

as emissões de CO2 a atmosfera, eles proporcionam

conforto térmico e acústico, atuam diretamente na

proteção estrutural e pluvial da área implantada, e trazem

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Quando se inclui a sustentabilidade desde o início do projeto, a execução da obra acaba saindo mais viável

vantagens estéticas e arquitetônicas, valorizando o

imóvel. “Em um hotel, por exemplo, o telhado verde

pode reduzir muito o consumo de energia, graças

à minimização do uso do ar condicionado em suas

dependências”, conclui Karla.

Para empresários que já possuem estruturas instaladas

e querem torná-las sustentáveis a orientação é começar

com medidas simples como o reuso de toalhas, a

secagem de roupas em varal e a substituição de ar

condicionado por ventilação. “O ideal é implementar

primeiro as ações que exija menos investimento e

gerem mais economia”, informa Cagna.

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Responsabilidade

A sustentabilidade traz aos empreendimentos hoteleiros

um leque de vantagens em matéria de economia, qualidade

de vida, melhoria do meio ambiente, educação ambiental e

difusão da cultura local. Para a indústria hoteleira, significa

que os empreendimentos reconhecem a responsabilidade

e o compromisso que possuem com a preservação dos

recursos naturais, culturais e sociais de suas comunidades e

que estão trabalhando fortemente pela sua sustentabilidade

unindo-se aos chamados mundiais ou tendências globais.

“Os hóspedes já estão procurando hotéis com boas práticas

sustentáveis, só o conforto não basta. Temos que pensar

em minimizar cada vez mais os impactos que nossos

negócios provocam no meio social, cultural e ambiental”,

comenta o presidente da Associação Brasileira da Indústria

de Hotéis Santa Catarina (ABIH-SC), Samuel Koch.

Ele destaca, ainda, que existem atualmente poucas

políticas públicas que valorizem esses empreendimentos

hoteleiros. “Os incentivos fiscais existem em alguns

municípios, mas ainda muito incipientes. Porém, há

bancos que apóiam esta causa, como o Santander e a

Caixa Econômica Federal”, conclui.

Uma estrutura ambientalmente

sustentável é aquela que se preocupa

com todos os processos contidos no erguimento da obra e também no

seu entorno

Apoio

Para colaborar com a conscientização dos empresários e

incentivar os hoteleiros a buscarem a melhoria da gestão

sustentável, a ABIH-SC firmou importantes parcerias. Uma

é a consultora em gestão sustentável, Roseli Capudi, que

realiza palestras de sensibilização, nas quais são aplicados

diagnósticos de perfomance sustentável com todos os

hoteleiros interessados. A outra, com a Mendes Gobbi Eco

Design, que oferece os serviços de arquitetura sustentável

com desconto aos associados.

Projetos arquitetônicos para a indústria hoteleira trazem umleque de vantagens econômicas

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Fibras vegetais

Feitas a base de plantas e vegetais como a juta, o sisal,

o coco, a cana-de-açúcar, algodão, as fibras vegetais

substituem as fibras de vidro e sintéticas.

Óleos vegetais

Derivados de vegetais e sementes podem ser matéria prima

para tintas, vernizes e solventes.

Solo Cimento

É um material homogêneo resultante da mistura de solo,

cimento e água, ideal para construções de pequeno porte.

Concreto reciclado

Ele reaproveita materiais descartados como restos de

tijolos e telhas, abrindo espaço para empresas que separam

e comercializam materiais que sobram nos canteiros de

obras e nas demolições.

Madeiras alternativas

Madeiras de reflorestamentos e certificadas.

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Tijolo feito de uma mistura de argila, areia, água e até

mesmo fibras. É eficaz na construção de alvenarias

estruturais externas, pois depois de secos adquirem uma

alta resistência e ótimas propriedades acústicas

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Tintas naturais

Tintas a base de água, ceras e óleos vegetais, resinas naturais,

com pigmentações minerais, muito mais recomendáveis

para um equilíbrio sustentável nos ambientes, pois não têm

odor e não utilizam metais pesados.

Telhas “ecológicas”

Feitas de placas prensadas de fibras naturais ou de

materiais reciclados.

Piso intertravado

Comporto por peças de concreto modulares, com diversas

formas e cores. São usados em calçadas, parques e grandes

extensões de pisos externos. Eles possibilitam que a água

da chuva permeie entre as juntas e encontre o solo,

facilitando a drenagem.

Equipamentos sanitários de baixo consumo e automáticos

Torneiras com sensor de presença e vasos sanitários com

duplo acionamento.

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Materiais sustentáveis

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Após muitas especulações do mercado e do trade

sobre a construção de um grande hotel no antigo

terreno da Pizza Hut, na esquina da Avenida

Jornalista Rubens de Arruda Ramos com a Avenida Professor

Othon Gama d’Eça, a informação finalmente foi confirmada:

O Grupo Marriott está construindo um hotel no local. A

confirmação foi feita pelo vice-presidente da empresa na

América Latina, Guilherme Cesari e o projeto é resultado

de uma parceria entre a rede de hotéis e a construtora

catarinense Koerich Imóveis, que mantém sigilo absoluto

sobre os detalhes do empreendimento.

Até o momento, a informação oficial confirmada pela rede

americana, é que serão dois hotéis em Santa Catarina, os

primeiros empreendimentos da marca no estado. Além

do prédio da Avenida Beira-Mar que terá 175 quartos, está

prevista a construção de um outro hotel em São José

com 124 cômodos.

Estilos distintos

Os dois empreendimentos terão perfis diferentes. Em

Florianópolis, o hotel terá a bandeira AC Hotels by Marriott, que

segundo a página da rede, traz um conceito de hospedagem

de categoria superior, localizado em cidades cosmopolitas e

sofisticadas. De acordo com informações da Marriott, os hotéis são

ideais para quem viaja a trabalho e lazer e deseja realmente desfrutar

todas as opções da cidade. A label está presente nos Estados Unidos,

Dinamarca, França, Itália, Portugal Espanha e Turquia.

Em São José, a marca será da Fairfield by Marriott, cujo

conceito é oferecer uma estadia confortável e preços

atraentes e está presente em diversas cidades americanas,

no Canadá e México. Segundo a rede, o estilo do hotel

promete oferecer suítes e quartos modernos, espaços de

trabalho amplos, funcionários simpáticos e atentos às

necessidades dos hóspedes.

No Brasil, a Marrott possui apenas seis unidades, nos

estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul

e Pernambuco. Para Samuel Koch, diretor-presidente

da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Santa

Catarina – ABIH-SC, Santa Catarina ser escolhida para sediar

dois novos empreendimentos da gigante hoteleira agrega

valor ao estado. “A vinda dos hotéis nos coloca no mapa

dos melhores destinos turísticos do mundo, podendo atrair

ainda mais estrangeiros. Além de trazer mais visibilidade a

Florianópolis e São José, os empreendimentos irão gerar

emprego e renda para as cidades”, comemora Koch.

aposta em Santa CatarinaUma das maiores redes hoteleiras do mundo investe em dois grandes hotéis no estado

NOVIDADE

Em São José, a Fairfield Marriott vai implantar um hotel cujo conceito é oferecer uma estadia confortável, modelo semelhante à unidade no Estado americano da Virginia

Da Redação

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A Marriott International é uma empresa líder no setor de hotelaria com mais de 3.800 propriedades em 74 países e territórios. O Grupo opera e franqueia hotéis sob 18 marcas e conta com mais de 300 mil colabroadores. Na foto, uma dos empreendimentos em Dubai

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Os hotéis deixaram de ser apenas um local de

hospedagem, para se tornar um espaço polivalente

e adaptado, que recebe eventos de negócios e

sociais. O segmento hoteleiro se adaptou à demanda do

mercado e, principalmente, a necessidade de ter uma boa

ocupação ao longo do ano e combater a sazonalidade.

Em 2013, a ABEOC (Associação Brasileira de Empresas de

Eventos) realizou um estudo para coletar informações sobre

o impacto econômico da indústria de eventos na economia

brasileira. Somente naquele ano foram contabilizados 590

mil eventos no país, o que resultou na movimentação R$

562,9 bilhões, representando 13,5% do PIB.

Casa cheia o ano inteiroOferecer infraestrutura para eventos sociais e de negócios é a alternativa do setor hoteleiro para fugir da sazonalidade.

O evento de negócios passou a ser uma alavanca valiosa

para fazer com que o cliente retorne ao local a fim de

usufruir da infraestrutura também em momentos de lazer.

Esse comércio promissor já responde por metade da receita

dos hotéis, que estão investindo pesado no segmento, como

é o caso do Il Campanário Villagio Resort, em Florianópolis,

e o hotel Renar, em Fraiburgo.

A gerente de marketing do Il Campanário, Camilla Galo,

afirma que 50% do faturamento vêm dos eventos que o resort

realiza durante o ano inteiro. O setor de eventos existe desde

a sua implantação e há estudos para ampliação dos espaços.

MERCADO

Tatiane Silva

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“Há uma grande demanda por

eventos maiores, por isso estamos

avaliando esta possibilidade”, declara.

Localizado no Meio-Oeste do estado, o

Hotel Renar precisou se adaptar à procura

por eventos corporativos. Sua estrutura

antiga comportava eventos sociais, mas

a busca por locais para sediar encontros de

negócios pediu uma grande ampliação e novos

investimentos em equipamentos. “Hoje temos

diversas salas, de acordo com a necessidade de

cada evento, além de uma estrutura com acesso para

portadores de necessidades especiais”, afirma Natália

Mendes, gerente comercial do Renar.

Serviços personalizados

Os hotéis têm se especializado e

investido para oferecer uma estrutura

completa para qualquer tipo de

evento, sejam feiras nacionais e

internacionais, palestras, casamentos

ou formaturas. Os espaços são

adaptados para cada necessidade,

é o que eles chamam de “serviços

personalizados”, uma estratégia para

não ficar atrás da concorrência.

O Il Campanário, por exemplo, conta

com cinco salas que atendem desde

coffee-breaks, jantares exclusivos,

personalização de ambientes e até

mesmo a exclusividade total do hotel.

Já o Renar aposta na programação

especial para as horas de lazer, que

inclui o contato com a natureza nas

áreas verdes do hotel.

Os espaços devem ser adaptados para cada tipo

de necessidade, desde feiras internacionais

até formaturas

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As cozinhas industriais, ou seja, cozinhas com

funcionalidade de atendimento profissional são

projetadas de acordo com a definição de como

serão servidas as refeições e observando o seu porte. Em

pequenos espaços, os projetos contam com uma estrutura

mais simples que buscam maior racionalização com o

intuito de funcionarem com eficiência.

Por outro lado, grandes empreendimentos exigem

sofisticação, encarecendo custos de manutenção dos

equipamentos e instalações. Entretanto, mesmo com

algumas especificações, todas as cozinhas industriais

precisam de equipamentos básicos essenciais, como fogões

com quatro bocas médias e duas altas, além de fornos,

câmaras de refrigeração, chapa para grelhar e fritadeiras. Além

disso, sua estrutura deve ser organizada com equipamentos

e materiais que facilitam o cotidiano dos funcionários.

Espaço planejado

Uma cozinha bem projetada é aquela em que o profissional

se locomove o menos possível para concluir a produção

proposta. “O espaço é um fator limitante para o pré-

preparo, produção e montagem dos pratos. A melhor

maneira de assegurar a qualidade é combater o espaço

limitado com planejamento e logística”, explica o chef e

professor nos curso de gastronomia da Faculdade Senac

em Florianopolis, Felipe Figueiredo Martins.

Os hotéis também precisam adequar o projeto de suas

cozinhas às normas sanitárias e de segurança e que ao

mesmo tempo deixá-lo economicamente funcional e

viável gastronomicamente. Para isso contar com o apoio

de um chef é fundamental, pois ele conhece a realidade

de uma cozinha e cada tipo de operação. Ao consultá-lo

haverá menos necessidade de ajustes ou reformas depois

do projeto finalizado.

Além disso, para que uma empreendimento receptivo

aumente sua produtividade e competitividade é

imprescindível que os colaboradores sejam qualificados

para terem multifacetadas. “A qualificação é o que diferencia

profissionais de amadores”, enfatiza a Analista Estadual de

Eixo Educacional Turismo, Hospitalidade e Lazer/ Idiomas/

Produção Alimentícia/ Infraestrutura do Senac, Maria

Angélica Vieira.

Diferença

Outro detalhe que precisa ser pensado é que muitas vezes

hotéis recebem eventos e devem atender a demanda.

“Para que se atendam eventos de médio/grande porte

com eficiência e qualidade, é necessário que as brigadas

da cozinha e do salão sejam preparadas e bem treinadas,

assim como que se possuam equipamentos que dêem

suporte para os eventos”, comenta o Supervisor de A&B -

Slaviero Executive Florianópoli, Lucas Firmino.

Além do fogão e da coifaEquipamentos de qualidade na cozinha fazem diferença no serviço prestado pelo hotel

Cristina Benetti

INVESTIMENTO

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Segundo ele, no caso dos eventos, as refeições precisam

ser preparadas de forma rápida e atendendo a vários

clientes ao mesmo tempo por isso questões relativas a

estrutura das cozinhas não podem ser ignoradas pensando

na economia. “Equipamentos de qualidade são verdadeiros

trunfos para que se obtenha agilidade e qualidade nos

pratos servidos aos comensais” conclui.

Com a evolução tecnológica, os equipamentos de

cozinha ficaram mais compactos, robustos e produtivos,

garantindo aos projetistas mais opções na hora de planejar

uma cozinha moderna, que atenda às necessidades do

empreendimento, seja ele dedicado ao turismo, eventos,

ou aos dois ao mesmo tempo. “Antigamente as cozinhas

eram artesanais, cada preparo precisava de uma atenção

maior para não perder o ponto certo, existiam diversos

equipamentos, uma verdadeira multidão de pessoas cada

um com a sua função. Hoje conseguimos diminuir o número

de pessoas nas cozinhas, aumentar a produtividade e

também a qualidade dos alimentos oferecidos”, argumenta

o Gerente de Food Service da Prática Produtos, Éder Urbino.

Foco no cliente

Para ter uma experiência positiva no empreendimento

hoteleiro, além de equipamentos de qualidade, é preciso

ficar atento ao perfil do cliente. O hóspede de lazer está

muito mais preocupado com o momento, ou seja, está

fugindo do cotidiano e se conectando com as experiências

gastronômicas e de lazer. “Para ele o tempo no preparo e

na entrega do prato/bebida não importa tanto quanto a

qualidade, a criatividade e o prazer que o prato apresentado

será degustado”, salienta Lucas. Diferentemente, o hóspede

de convenção também preza pela qualidade, ao mesmo

tempo em que está preocupado com o tempo. “No caso da

convenção o cardápio tende a ser mais enxuto e corriqueiro,

possibilitando agilidade da cozinha”, conclui o supervisor.

Porém, independente do objetivo da hospedagem, todos

os clientes querem uma boa refeição, seja a família que

está aproveitando suas férias e pode usufruir mais tempo

nos restaurantes, tanto quanto os executivos que estão

participando de uma convenção e precisam de uma

refeição rápida e de qualidade. “Os equipamentos existem

para ajudar os chefs e suas equipes a cumprirem todas as

expectativas e vontades dos hóspedes”, conclui Éder.

Com a evolução tecnológica, os equipamentos de cozinha ficaram mais compactos e produtivos

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Tudo começou devido ao

grande fluxo de turistas

argentinos em Florianópolis

que chamou a atenção da família

Oliveira há 30 anos. Ao invés de

construir uma casa de praia no

terreno, localizado no bairro dos

Ingleses, no Norte da Ilha, que era

o projeto inicial, Luciano Moura

Pereira Oliveira decidiu fazer um

hotel. Assim começa a história do

Costa Norte Hotéis, que começou

com 18 apartamentos e a carreira

empreendedora do então calouro do

curso de Administração de Empresas.

A experiência em gestão foi adquirida

na prática, ao longo dos anos. Os

pais, que tocaram diretamente o

empreendimento no início, também

não tinham conhecimento na área.

Mas isso não impediu o crescimento

da rede. Atualmente, são mais de 50

apartamentos, uma segunda unidade

em Ponta das Canas, inaugurada em

2002, além de dois restaurantes e

140 funcionários, número que dobra

na alta temporada.

Experiênciana prática De um terreno na praia até a consolidação do Costa Norte Hotéis, Luciano Pereira Oliveira conta sua história como empresário.

Camilla Geiger

Luciano tem 46 anos e mestrado em Administração Hoteleira. O empreendimento da família começou a crescer quando ele era calouro do curso do Administração, na década de 80.

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Os hotéis são frequentados, principalmente, por paulistas,

paranaenses, gaúchos e catarinenses. Na sequência, os

vizinhos do Mercosul. Os turistas argentinos, que chamaram

a atenção antes da construção do primeiro hotel, ainda são os

principais visitantes estrangeiros, mas a política econômica

do país tem reduzido o fluxo e o tempo de permanência

na região. “A maior dificuldade ainda é a sazonalidade, mas

ela vem diminuindo ao longo dos anos. Está melhorando

aos poucos”, comenta Luciano, que hoje é o diretor geral

da rede. Segundo ele, o aumento no número de turistas na

baixa temporada é atribuído ao turismo de eventos. “Essa é

a melhor forma de combater a sazonalidade. A construção

de espaços próprios para eventos é muito importante para

atrair visitantes fora da temporada”, pondera.

Para Oliveira, quem quer se arriscar no ramo, deve seguir

algumas dicas, entre elas, a importância de ter um capital

próprio, não depender exclusivamente de financiamentos

bancários e ter um planejamento financeiro. “Não é fácil.

O segredo é investir sempre”. Outro fator preponderante é

relativo à infraestrutura. “Um hotel não deve ter a aparência

“antiga”. Mesmo que um aparelho de televisão esteja

funcionando, ele precisa ser trocado por um modelo mais

moderno, assim como os aparelhos de ar condicionado.

Mas só uma boa estrutura não basta. Ele acredita que a

qualidade do atendimento equivale a 50% do negócio.

Por isso, procura manter a equipe sempre treinada e

comprometida, além de repassar valores como ética e

honestidade. “A família continua na gestão. O pai está na

presidência do conselho e a mãe é diretora operacional.

A maior preocupação hoje é com o futuro do país. “As

perspectivas para o setor não são ruins. A hotelaria em

Florianópolis tem se fortalecido. Mas, como brasileiro,

tenho receio do futuro”, avalia. Por enquanto, não há

planos de expansão em curto prazo, mas a possibilidade

existe para o futuro. O foco é o aprimoramento dos

processos e da gestão.

“Qualidade do atendimento equivale

a 50% do negócio”

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Explorar os efeitos estéticos da luz, criando apelos

emocionais e sensações diferenciadas em cada

ambiente de um hotel podem gerar um marco sensorial

de bem estar e conforto na memória de cada novo hóspede

que chega. “O conceito dinâmico das luminárias na hotelaria

envolve muito mais aspectos do que somente utilizar

lâmpadas e pontos de luz de forma técnica e funcional”,

afirma a arquiteta Maria Pilar Martins Diez Arantes, fundadora

do Centro de Artes e Design, sediado em Florianópolis.

Quando a iluminação dos hotéis é feita de forma

correta e harmônica, segundo ela, os ambientes

ficam completos, os detalhes são valorizados,

os ânimos dos hóspedes e colaboradores ficam

favorecidos. “O hotel, como um todo, se enche de

personalidade e identidade própria”, observa. Isto

acontece quando a gestão hoteleira se preocupa

com os efeitos lumínicos e os tipos de lâmpadas e

luminárias utilizadas no empreendimento.

Sob a luz dos holofotesTecnologia, criatividade e inovação definem um bom projeto luminotécnico para o seu hotel

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Mas o que é preciso observar com muito critério em

um projeto de iluminação de hotéis? Maria Pilar diz

que inovação, qualidade, criatividade e tecnologia na

iluminação devem estar presentes em todas as áreas do

hotel, desde fachadas, lobbys, dormitórios, até os bares,

restaurantes e recepção.

Para o engenheiro eletricista Gilberto Vieira Filho, diretor-

presidente da Quantum Engenharia, um bom projeto leva

em conta as características de cada ambiente. “Áreas de

descanso e relaxamento, onde as pessoas procuram ficar

tranquilas, a iluminação deve ter temperaturas de cor mais

quentes e baixa intensidade. Já as áreas de atividades

físicas e ao ar livre, como salas de ginástica, devem ter

temperaturas de cor mais frias e de intensidade maior.

Além disso, segundo ele, as luminárias devem ser de LED,

para economia de energia, com alto fator de potência e

pouca distorção harmônica”.

A iluminação pode garantir elementos marcantes aos

ambientes de um hotel. De acordo com a especialista,

os efeitos com a luz podem ser obtidos com detalhes na

arquitetura ou no design de interiores, com luminárias

impactantes ou ainda com efeitos obtidos com o

posicionamento das luminárias. “A importância desta

estratégia é de mexer com a percepção do cliente, fazer

com que ele se surpreenda com elementos ainda não

vistos, que se emocione com efeitos de luz claro-escuro

que fazem suas pupilas trabalharem mais, e principalmente

criar um marco sensorial na memória do cliente”, explica.

Economia de energia

O baixo consumo de energia tem sido um objetivo buscado

por muitos empreendedores na hotelaria. “O uso de

lâmpadas de alta eficiência e grande vida útil, a exemplo

dos LEDs, estão hoje substituindo as demais tecnologias

de iluminação”, aponta Gilberto Vieira Filho. “Com isso”,

continua o engenheiro “o custo de energia elétrica diminui

em aproximadamente 50% e também dos custos de mão

de obra na troca das lâmpadas”. Segundo ele, outro grande

aliado para reduzir o consumo é o uso de placas fotovoltaicas,

que podem inclusive zerar a conta de energia dos hotéis.

Indústria especializada em produtos para iluminação, a

catarinense Taschibra produz em LED luminárias, spots,

plafons e abajures, entre outros. Hoje, de acordo com o

analista de desenvolvimento de produtos B2B da empresa,

Alberto Mertens Júnior, o LED consome em torno de 90%

menos energia e possui uma vida 20 vezes maior, além de

uma qualidade extremamente alta do Índice de Reprodução

de Cores. “O LED não é o futuro, é o presente”, reforça.

Para Mertens Júnior, o bom projeto é aquele feito pensando

no futuro e nas tecnologias disponíveis atualmente. “Hoje

vivemos uma revolução no crescimento das soluções dos

produtos em LED (lâmpadas e luminárias), já disponíveis no

mercado e a preços muito atrativos”, conclui. Há três anos,

o empreendedor que quisesse utilizar produtos em LED

seria considerado extremamente arrojado pelo alto custo,

pelas limitadas opções em soluções e pela desconfiança

desta tecnologia. Isto já é passado.

Luminárias atuam tanto como elemento

estético do hotel, quanto como componente

imprescindível à definição do Sistema

de Iluminação

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O setor de eventos representa 4,3% do PIB brasileiro e cresce

aproximadamente 14% ao ano. Estes são os números revelados por

recente pesquisa da ABEOC (Associação Brasileira de Empresas de

Eventos) e o Sebrae Nacional. Em Santa Catarina, o segmento também é bastante

representativo, graças aos atrativos naturais do Estado e à forte cultura de promoção

regional. Já a modernização da rede hoteleira, de serviços e a construção de

novos centros de convenções são pilares para o crescimento sustentável do setor.

Além disso, as entidades de classe são fundamentais. Na Grande Florianópolis, um

grande propulsor para a captação de eventos e promoção do destino local é o

Floripa e Região Convention & Visitors Bureau. Criada há mais de uma década, a

organização hoje reúne empresas e instituições ligadas ao Trade turístico da Grande

Florianópolis voltadas a planejar, promover o destino e apoiar a captação de eventos,

incentivando a quebra da sazonalidade e fortalecendo a rede local de serviços.

Com este intenso trabalho, o Floripa Convention conseguiu incrementar o

número de congressos, seminários e workshops para o destino – que subiu de

nove, em 2005, para 32, em 2013, um crescimento de mais de 300%, e fechou o

ano de 2014 com 22 eventos. A entidade também já participou diretamente na

captação de 26 eventos científicos e técnicos a serem realizados neste ano, além

de estar programando a participação em dez feiras, sendo uma internacional.

O Convention ainda apoiou a realização de grandes eventos de entretenimento

e esportivos, como o Iron Man, o Revezamento Volta à Ilha e o Folianópolis.

Uma rede de serviços e equipamentos de infraestrutura, associada ao trabalho de captação realizado por entidades como o Floripa e Região Convention & Visitors Bureau, favorecem a vinda de eventos de pequeno, médio e grande porte para o município e repercutem positivamente na economia regional.

Grande Florianópolis: forte mercado para eventos

Marco Aurélio Floriani

50 PUBLIEDITORIAL

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Promoção estratégica

Para apresentar e mostrar o destino durante as reuniões

técnicas para captação dos eventos, o Floripa Convention

é engajado e parceiro das Secretarias de Estado e Municipal

de Turismo, além de estar presente no Fortur (Fórum de

Turismo), grupo criado recentemente que reúne entidades

que pensam no futuro da cidade. Ainda tem assento e

representação junto à Federação Catarinense de Convention

& Visitors Bureaux e também no Conselho Municipal de

Turismo de Florianópolis.

“O setor está organizado, cada entidade cumprindo o seu

papel. O Convention tem fortalecido as ações de captação

de eventos e as ações de visitors com a participação em

diversas feiras e a realização de workshops em diversas

cidades do País, além da aproximação com as operadoras de

turismo on-line”, comenta Marco Aurélio Floriani, presidente

do Floripa Convention.

Além desses pontos positivos, Floriani destaca que a região

possui diferenciais na estrutura, como os Centros de

Convenções de pequeno médio e grande porte, boa rede

hoteleira, um segmento de gastronomia profissionalizado e

uma enorme gama de operadoras, agências e fornecedores

de todos os ramos. “Um dos grandes desafios do setor é a

qualificação da mão de obra, embora haja um grande esforço

de entidades e de institutos técnicos.”

Expectativa positiva

Para este ano, as perspectivas são excelentes para o turismo

de negócios, eventos científicos e técnicos. Entre os

captados para 2015, destacam-se no primeiro semestre o

XIX Congresso Sul Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia

e a V Bienal de Design. Para a segunda metade do ano,

vale ressaltar iniciativas de porte como o XXXIV Congresso

Brasileiro de Psiquiatria, XXXVIII Congresso Brasileiro de

Oftalmologia e 62º Congresso Brasileiro de Anestesiologia.

A entidade também vai marcar presença em dez feiras,

entre elas a WTM Latin America, em São Paulo, e a FIT (Feira

Internacional de Turismo), em Buenos Aires, Argentina.

Pensando nos próximos anos, o Convention já auxiliou na

captação do 54º Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica, que

será realizado em Florianópolis no ano de 2017 – resultado

de uma disputa de cinco anos consecutivos com outros

destinos nacionais. Ele adianta que o Convention também

dará continuidade ao projeto MICE (sigla em português:

Encontro, Incentivo, Conferência e Feira), com destaque

para o turismo de incentivo, gerando novas oportunidades

para o setor. “Esperamos poder contar com o apoio do poder

público municipal, estadual e federal, fazendo cada um a sua

parte”, conclui Floriani.

Santa Catarina é um Estado estratégico no Sul do País. Apesar

de ter pouco mais de seis milhões de habitantes, reúne uma

diversidade de cenários que surpreende pela variedade das

paisagens naturais. Na Grande Florianópolis, a infraestrutura

e uma boa rede de serviços são aliadas no momento da

captação de um evento.

Qualidade de vida também conta. Estudo realizado pela

Delta Economics & Finance encomendado pelo revista de

circulação nacional Exame, por exemplo, elegeu a capital

como a melhor cidade brasileira – com mais de 160 mil

habitantes – com boas oportunidades para criar os filhos.

O estudo levou em conta critérios como educação, saúde,

segurança e o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).

Além disso, a capital já é o quarto maior destino dos eventos

internacionais, segundo o ranking ICCA 2013 (a principal

entidade mundial de eventos) e responde pelos 65 destinos

indutores do turismo, segundo a Embratur. De acordo com

a pesquisa da Urban Systems, é também uma das cinco

melhores cidades para negócios.

Diferenciais

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Na Grande Florianópolis, o Convention reúne, além da

capital, mais 12 cidades, que têm em comum a natureza

exuberante e podem completar os roteiros de turistas de

negócios e lazer. Os municípios ficam muito próximos entre

si, o que permite explorar deliciosos roteiros de um ou dois

dias e descobrir vários lugares. Em toda a região, a herança

dos açorianos convive com as tradições germânicas.

São José, Palhoça, Biguaçu e Governador Celso Ramos:

São José destaca-se pelo comércio, além de possuir

importante distrito industrial. Biguaçu também tem

indústrias, mas preserva a natureza e o passado, tendo

como cartão postal o conjunto arquitetônico luso-açoriano.

Palhoça possui características rurais e lindas praias, entre

elas a famosa Guarda do Embaú. Governador Celso Ramos,

ocupa grande península, com 23 praias paradisíacas.

Águas Mornas e Santo Amaro da Imperatriz: Localizadas

nas encostas da Serra do Tabuleiro, são estâncias de águas

termais com ótima infraestrutura hoteleira. As fontes

hidrotermais, que brotam nas duas cidades com temperatura

média de 39ºC, possuem propriedades terapêuticas, estéticas

e relaxantes.

São Pedro de Alcântara, Angelina e Rancho Queimado:

em direção à Serra do Mar, estes munícipios possuem

características rurais e natureza bastante preservada. São

Pedro de Alcântara foi o centro irradiador da colonização

alemã em Santa Catarina e ainda é umas das mais

autênticas comunidades germânicas existentes no Estado.

Em Angelina, conhecida como Vale das Graças por seu forte

apelo religioso, o Santuário Nossa Senhora de Angelina

é considerado um dos mais belos de Santa Catarina. Já

com clima de serra, Rancho Queimado concentra grande

número de atrativos turísticos, com destaque para o bem

conservado Museu Casa de Campo Hercílio Luz.

Anitápolis, Antônio Carlos e São Bonifácio: As três cidades,

de colonização germânica, oferecem oportunidade de

convívio com a natureza com paisagens belíssimas. Antônio

Carlos é a área mais próxima do litoral que apresenta

incidência natural de araucárias. Ao Sul, estão Anitápolis

e São Bonifácio, famosa por suas belas cachoeiras. Ambas

oferecem oportunidade de conhecer as tradições dos

imigrantes europeus, percorrer trilhas em meio à mata

preservada com cachoeiras e rios de águas límpidas.

Costão do Santinho Resort & Spa

Hotel SESC Cacupé

Oceania Convention Center

Centro de Eventos ACM Florianópolis

Majestic Palace Hotel

A região

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Centro de Eventos ACM Florianópolis

Em posição estratégica, junto à Rodovia SC-401, que dá

acesso às praias do Norte da Ilha de Santa Catarina, oferece

oito salas modulares dispostas em dois pisos. No inferior,

há uma área de 1.400 m² com capacidade para até 2 mil

pessoas, divididas em seis auditórios com paredes divisórias

e termoacústicas e mais 450m² para exposições e feiras, além

de seis salas multifuncionais para apoio, foyer de entrada e

sala VIP. No andar superior, mais duas salas modulares têm a

capacidade para até 250 pessoas cada. Além disso, três salões

multifuncionais anexos servem de área de alimentação e festas

corporativas. O estacionamento comporta até 600 vagas.

www.centrodeeventosacm.com.br

Costão do Santinho Resort & Spa

Situado na Praia do Santinho, no Norte da Ilha, o Costão

do Santinho Resort ocupa uma área de quase 1 milhão

de m², sendo 80% da área de Mata Atlântica preservada.

O empreendimento proporciona aos hóspedes um

atendimento de padrão internacional, alta gastronomia

e lazer diversificado, com campo de golpe e piscinas

internas e externas aquecidas. O Centro Internacional de

Eventos do resort é ideal para grandes eventos e dispõe

de infraestrutura e logística modernas para até 3.600

pessoas, além de salas de imprensa, locadora de veículos

e heliponto. O Pavilhão Tuguá, maior espaço, ocupa uma

área de 1.800 m², acomodando até 2.650 pessoas em

auditório. Ainda há o Salão Cascaes, o Salão Açores e Salão

Tupi-Guarani para diferentes públicos, dependendo da

necessidade do organizador. O resort conta também com

14 salas de 25 a 100 lugares e um restaurante exclusivos

para os clientes dos eventos.

www.costao.com.br/eventos.html

Majestic Palace Hotel

Junto à Avenida Beira Mar Norte, na região central de

Florianópolis, o Majestic Palace Hotel oferece estrutura

completa para hóspedes de turismo e lazer. Além de

business center, dispõe de piscina, spa, fitness center e

restaurante com vista panorâmica. O Centro de Eventos

possui uma área de 1750 m² com estrutura para receber

eventos de pequeno e médio porte em sete salas e mais

um Centro de Exposição. O maior espaço do hotel é o

Salão Ritz, com capacidade para até 400 pessoas.

http://www.majesticpalace.com.br/

Centro de Eventos SESC Cacupé

Localizado na praia de Cacupé, o Hotel integra o Sistema

FIESC e oferece uma programação completa de atividades

esportivas, ecológicas, culturais e recreativas. O Centro

Multiuso de Eventos tem dois auditórios principais que,

somados, abrigam mais de 500 pessoas. Também podem

ser utilizadas pelos organizadores quatro salas menores e

dois salões para confraternizações.

www.portal.sesc-sc.com.br/hotelsescemcacupe

Oceania Convention Center

Situado na Praia dos Ingleses, no Norte da Ilha, atende até

3.200 pessoas simultaneamente. Possui auditório principal

para até 2 mil pessoas, três salas com capacidade para 300

pessoas cada, moduláveis para seis salas. O Centro ainda

conta com cozinha equipada, praça de alimentação e

estacionamento para 400 veículos.

www.oceaniaparkhotel.com.br

OsCentrosdeConvençõeseEventosFlorianópolis reúne espaços para a realização de eventos de todos os portes. Conheça os empreendimentos associados ao Floripa Convention & Visitors Bureau.

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Na primeira semana de março, a Capital sediou o maior

congresso do setor de eventos da América Latina. Entre

os dias 5 e 7, a capital catarinense recebeu durante a 32ª

edição do COCAL - Congresso da Federação de Entidades

Organizadoras de Congressos e Afins da América Latina, 553

pessoas envolvidas, sendo 385 congressistas, 84 expositores,

70 jornalistas e 14 integrantes da equipe organizadora no

Costão do Santinho Resort, Golf & Spa, para participar do

evento que trouxe como tema “Inovação e Criatividade em

Eventos”.

A abertura do evento foi feita pela a presidente do Congresso

e vice-presidente de Relações Institucionais da Associação

Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC Brasil), entidade

realizadora do evento, Anita Pires, que agradeceu a

oportunidade de Florianópolis em receber um evento deste

porte internacional. “Um evento que reúne mais de 20 países

para debater especificamente o segmento MICE é muito

positivo para a cidade. O fato de sermos escolhidos mostra o

diferencial que temos, garante visibilidade, qualifica o destino,

gerando mídia espontânea e criando um estimulo do setor de

busca na busca de outras captações”, argumenta.

Transformação Social

Antes da abertura foi realizada a Assembleia Geral da COCAL,

da qual participaram representantes de 17 países que

integram Federação. Durante cerca de cinco horas, foram

compartilhadas experiências positivas e traçadas estratégias

de promoção do turismo de eventos na América Latina, que

cresce a cada ano. “Somos representantes de uma indústria

que gera riquezas e empregos”, reforçou a presidente da

COCAL Alisson Batres. Utilizando os recursos de tecnologia e

atividade de integração, Batres fez questão de reforçar “que a

indústria de turismo deve lutar para melhorar a qualidade de

vida das pessoas e da sociedade”.

O presidente do Conselho Empresarial de Turismo

e Hospitalidade (Cetur) e da Federação Brasileira de

Hospedagem e Alimentação (FBHA) Alexandre Sampaio

afirmou que a entidade está comprometida com a busca de

soluções para o desenvolvimento da indústria do turismo no

país. “Por isso, apoiamos eventos importantes como esse”.

Para ele, comércio e turismo são processos absolutamente

intrínsecos e vinculados. “Quando nós fazemos a compra de

criatividade em eventos

Inovação eflorianópolis sediou o maior Congresso do setor de eventos da América Latina, a 32ª edição do COCAL

Redação

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Revista

R E V I S T A

O negócio do turismo

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O negócio do turismo

uma passagem aérea, quando vamos organizar um evento

ou um congresso, quando usufruímos de uma agência de

viagens para organizar o nosso lazer, nós fazemos atividades

comerciais. Por isso, o nosso mote para 2015 será ‘Comércio

e Turismo viajam juntos’. E não poderia ser de outra maneira.

A CNC, como uma das maiores entidades patronais do país

e, com certeza, a maior na área de turismo, entende como

uma missão apoiar congressos, seminários ou atividades que

se propõem a discutir, agregar valor e mostrar caminhos e

diretrizes a serem seguidas, para que possamos aprimorar o

nosso expertise e o nosso trabalho.”

O tom do discurso de Sampaio foi repetido nas declarações

que seguiram, principalmente do Secretário Nacional de

Políticas de Turismo do Ministério do Turismo Vinicius

Lummertz. “A indústria do Turismo não para de crescer no

país, aumentou em 400% nos últimos dez anos e pode ser a

forma que vai ajudar o Brasil a sair da crise econômica que

está atravessando”, resumiu.

Retorno

Durante os três dias do COCAL, a perspectiva da ABEOC

Brasil é de que cerca de R$1 milhão foram movimentados na

economia da cidade. De acordo com o II Dimensionamento

Econômico da Indústria de Eventos no Brasil, pesquisa

lançada no final do ano pela ABEOC Brasil em parceria com

o SEBRAE Nacional, o gasto médio diário dos participantes

de eventos foi estimado em R$ 437,16 para não residentes

e R$ 69,22 para participantes que residem no local de

um evento. “Podemos somar ainda a movimentação

econômica do evento, como aluguel do espaço, contratação

de fornecedores e aporte dos patrocinadores. O total deve

ficar em torno de um milhão de reais”, explica Ana Cláudia

Bitencourt, a presidente da ABEOC Brasil.

Sobre a escolha de Florianópolis como sede, Ana Cláudia

ressalta que além das belezas naturais, a cidade possui a

infraestrutura necessária e registra qualidade nos serviços

prestados. “Florianópolis é a quarta cidade brasileira que

mais recebe eventos internacionais”, comenta. E quando

questionada se Capital se enquadra no perfil de cidade criativa,

Ana Paula é enfática: “Acredito que a cidade se enquadra sim

no perfil de uma cidade criativa, com um pólo tecnológico

desenvolvido, diferentes universidades, forte indústria do

turismo e uma a posição de destaque no setor de eventos do

país. Porém, ainda há um grande potencial a ser explorado”.

Uma das empresas fornecedoras e organizadoras do evento

foi a Attitude Promo e na avaliação de Marco Aurélio Floriani,

diretor da empresa, este desafio foi especial. “Estávamos

organizando um evento para organizadores de eventos,

tivemos que dar o nosso melhor, pois estávamos sendo

observados por pessoas que sabem o que estão fazendo. Foi

muito importante participar.”

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Autoridades do setor público e privado se reuniram durante o evento

Presidente da COCAL na América Latina, Alisson Batres discursa na abertura

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Durante o lançamento da feira, no início de março,

diversos representantes de entidades governamentais

e empresariais do Brasil e da Itália, entre eles o analista

Antonio Monge, do ITA – Italian Trade Agency, articuladora

da internacionalização das empresas italianas. “Estamos

lançando uma ação que começou em 2012, no maior Salão

Náutico do Mundo em Gênova. Saímos do campo das

ideias e fomos para a prática. Esta é uma feira desenvolvida

e articulada para trazer tudo o que envolve inovação,

tecnologia e design náutico italiano.”

Florianópolis sedia Feira Internacional do MarEvento realizado nos dias 4 a 7 de junho atrai negócios e oportunidades no setor náutico

EVENTO

A capital catarinense receberá pela primeira vez,

entre 4 a 7 de junho, a Feira Internacional do

Mar de Tecnologia, Inovação e Design Itália-

Brasil (FIMAR), evento que reunirá os principais players

nacionais e internacionais do setor náutico, promovendo a

prospecção de negócios entre Itália e Brasil e fomentando

o intercâmbio de empresas da indústria náutica dos

dois países. Estão confirmadas a presença de mais de 15

empresas italianas do setor náutico das regiões de Toscana,

Piemonte, Marche e Liguria.

A feira é organizada pela BrazilPlanet, em colaboração

com Assonautica (Associação Italiana para a Náutica) e a

Associação Náutica Catarinense para o Brasil (ACATMAR).

“Esta feira é o resultado concreto das relações bilaterais

entre o Estado de Santa Catarina e o governo italiano, o que

nos permitiu nestes chegar juntos nesse objetivo comum,

que combina o melhor de nossas habilidades: design,

tecnologia e fabricação italiana”, declara Domenico Calabria,

representante da organizadora do evento.

O lançamento da feira, no início de março, contou com a presença de representantes da Itália e do Brasil

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Oportunidades

Para Mané Ferrari, Presidente da ACATMAR e membro do GT

Náutico de Santa Catarina, a FIMAR é um evento inédito no

Brasil “Estamos trabalhando um outro lado da economia do

mar, que vai muito além da exposição e da venda de barcos.

O estado saiu na frente, mostrando que podemos crescer em

toda a cadeia produtiva náutica”. Na mesma semana, após a

FIMAR, será realizada a Marina Boat Show, consolidando a

Semana do Mar. “A Itália é referência mundial na tecnologia,

inovação e design do mar e a disposição deles para vir para cá

com o seu know-how e se aliar com empresas catarinenses e

brasileiras para fazer negócios, gerar emprego e renda é muito

significativo”. O presidente também pontuou as ações do GT

Náutico. “Além da participação na FIMAR, as ações do Grupo

não param. Estamos 24 horas trabalhando pelo setor junto

com a Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte. É importante

destacar que somos uma associação de iniciativa privada

liderando um GT dentro do governo. Tem tudo para dar certo.”

De acordo com o Secretário de Turismo, Filipe Mello, o

evento é um marco em Santa Catarina não apenas por

reunir todo o setor produtivo, mas por fortalecer a parceira

com a indústria italiana, líderes na produção de tecnologia e

design do mar. “Santa Catarina conta com um polo náutico

em desenvolvimento, é destaque nacional na construção

de embarcações e possui um recorte geográfico apto para

o desenvolvimento.” Ele pontua que a feira criará condições

para fomentar a indústria da tecnologia embarcada, trazendo

inteligência e expertise das principais empresas do mundo

que estarão aqui. “O evento abre espaço para a troca de ideias

e aprendizado. “É uma oportunidade de colher frutos, de fazer

negócios e movimentar a economia. A FIMAR é o início de

um novo ciclo para o polo náutico e virá para concretizar

negócios tanto no turismo quando na indústria”, explicou.

Competitividade

O Sebrae-SC participa do evento com ações em dois projetos

de desenvolvimento sustentável do polo náutico catarinense:

“São realizadas uma série de atividades de apoio técnico

e financeiro, ações de governança, promoção de políticas

públicas, capacitação consultoria e orientação de acesso

ao mercado, que estimulam este segmento econômico. A

FIMAR é uma excelente chance de aproximar empresários

e adequar a demanda italiana com a nossa oferta, promover

rodadas de negócios e destacar o debate sobre o Turismo

Náutico e os marcos legais, que são importantes para esta

cadeia de desenvolvimento. Apoiando a feira, estamos

ajudando os pequenos e micro empresários do setor a serem

competitivos”, avalia Soraya Tonelli, coordenadora do Sebrae-

SC da Região Grande Florianópolis.

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A FIMAR promove um outro lado da economia do mar, muito além

da exposição e da venda de barcos(Mané Ferrari)

“Temos um polo náutico em desenvolvimento e somos destaque na costrução de barcos”, pontua Secretário Filipe Mello.

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A terceirização das relações trabalhistas deverá ganhar

novos rumos nos próximos dias. O Projeto de Lei

4330/2004, aprovado pela Câmara dos Deputados

no último dia 8 de abril, mas que ainda possivelmente sofrerá

algumas alterações, simplesmente piora o que já estava ruim.

E piora para ambos os lados: empresas e trabalhadores.

Na verdade os empregadores foram atraídos pelo canto da

sereia, contudo, estão absolutamente equivocados. Explique-

se. Dois pontos do projeto atraem a crença dos empregadores

de que o projeto lhes favorece: o poder terceirizar qualquer

atividade e a impossibilidade de vínculo de emprego entre os

empregados do prestador e o tomador.

O primeiro ponto, se observado com calma, é atrativo apenas

na questão financeira. Ou seja, para uma inicial economia da

empresa na contratação. Contudo, se ela contratar empresas

que cobram muito barato e, portanto, não remuneram

corretamente seus empregados, esses tomadores, na forma

do projeto aprovado, continuam a ter responsabilidade

subsidiaria. E pior, caso esse terceirizado subcontrate outra

empresa, o que é possível na forma do projeto, certamente

se a prestação de serviços continuar sendo em favor do

tomador desse subcontratado, a responsabilidade irá ser

declarada pela Justiça do Trabalho.

Vale observar ainda que com essas sub das sub das

subcontratações, cada vez mais se afasta o tomador de

serviços e o contratante, inviabilizando, assim, que o próprio

tomador controle se verbas e direitos trabalhistas estão sendo

pagos corretamente. Em outras palavras, adia-se a dívida do

tomador, mas não resolve o problema.

Por Ricardo Pereira de freitas Guimarães. Ricardo é doutor e mestre em Direito do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), professor de Direito e Processo do Trabalho da pós-graduação da PUC-SP e sócio fundador do escritório freitas Guimarães Advogados Associados –[email protected]

Já com relação a impossibilidade da declaração da relação

de emprego, vale recordar que outro milagre como esse

foi vendido aos empregadores quando se inseriu na CLT a

mesma impossibilidade de reconhecimento da relação de

emprego entre cooperados e a empresa que os contratava.

Quase a totalidade desses empregados que ingressaram

com a ação buscando a relação de emprego, mesmo sendo

cooperados, viram seu vínculo declarado. Isso ocorre, porque

a lei trabalhista (CLT), em seu artigo 9º, dita: “Serão nulos de

pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar,

impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na

presente Consolidação”. É a regra legal de imperatividade da

norma, se aplicando o princípio da realidade da relação. Ou

seja, caso se demonstre os elementos da relação de emprego

ente um terceiro e o tomador de serviços, não obstante seja

permitida a terceirização, a declaração de emprego será

reconhecida pela Justiça do Trabalho, e disso não há dúvida.

Importante deixar claro que o trabalhador poderá continuar

buscando seus direitos junto a Justiça do Trabalho, mas não há

dúvida que a regra inserida no texto da lei irá realmente precarizar

o salário e outros direitos do trabalhador no seu cotidiano.

Vale destacar também que no caso de subcontratação de uma

empresa de prestação por outra de prestação, responsabilizando

ambas solidariamente não resolve, tendo em vista que

geralmente ambas são pequenas e não conseguirão responder

pelos débitos do empregado. Nessa hipótese, o empregado

tentará receber de duas empresas que não terão patrimônio

suficiente, o que apenas reafirma a precarização.

Por fim, entendo que a regulamentação dessa forma não é o

melhor caminho. Seria conveniente que se mantivesse com

clareza a questão de “atividade-fim” com impedimento para

terceirizar, e permissão para terceirizar a “atividade-meio”. Esse

formato aprovado talvez favoreça apenas uma instituição,

que pouco tem feito pelos empregados, chamada sindicato.

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Terceirização: regulamentação pode piorar relações trabalhistas

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