Ano 3 - n° 10 - fevereiro/março de 2015 SUPERAGRO 2015 · Nesta época de colheita e plantio os...

16
Máquinas na pista Página 12 Nesta época de colheita e plantio os produtores devem ter muito cuidado com o deslocamento de máquinas agrícolas. Agricultura de precisão Página 8 A mais nova ferramenta à disposição dos produtores rurais, a agricultura de precisão, vem ganhando espaço na região. Irmãos Biezus Página 10 Desde 2003, os irmãos Biezus e a Agro100 têm caminhado juntos nesta saga de produzir soja no Mato Grosso do Sul. Ano 3 - n° 10 - fevereiro/março de 2015 SUPERAGRO 2015 Página 3 A Agro100 reuniu mais de mil produtores rurais no seu maior evento anual de difusão de tecnologia, o Superagro 2015 - “Uma viagem ao centro da terra”.

Transcript of Ano 3 - n° 10 - fevereiro/março de 2015 SUPERAGRO 2015 · Nesta época de colheita e plantio os...

Máquinas na pista

Página 12

Nesta época de colheita e plantio os produtores devem

ter muito cuidado com o deslocamento de máquinas agrícolas.

Agricultura de precisão

Página 8

A mais nova ferramenta à disposição dos produtores rurais,

a agricultura de precisão, vem ganhando espaço na região.

Irmãos Biezus

Página 10

Desde 2003, os irmãos Biezus e a Agro100 têm caminhado juntos nesta saga de produzir soja no Mato Grosso do Sul.

Ano 3 - n° 10 - fevereiro/março de 2015

SUPERAGRO 2015

Página 3

A Agro100 reuniu mais de mil produtores rurais no seu maior evento anual de difusão de tecnologia, o Superagro 2015 - “Uma viagem ao centro da terra”.

2

Londrina - MatrizAv. 10 de Dezembro, 6930 - (43) 3373-1100Alvorada do Sul - PRAv. Beira Lago, nº 78 - (43) 3661-1439Assaí - PRAv. Paul Harris, 125 - (43) 3262-5289Bela Vista do Paraiso - PRRua Carlos Dias Reis, 261 - (43) 3242-3626Borrazópolis - PRRod. Br 466 Km1 nº 1.334 - (43) 3452-2116Cambé - PRAv. Inglaterra, 2013 - (43) 3154-0123Eldorado - MSRua Ruy Barbosa,87 Jardim Novo Eldorado - MS (67) 3473-2000Iepê - SPRod. SP - 457, s/n - fundos - Bairro Rural (18) 9790-5463Itambé - PRRua Dr. Lafayete Grenier, 22 - (44) 3231-2311Maringá - PRAv. Prefeito Sincler Sambati, nº 2370 (44) 3029-4888Mauá da Serra -PRRua Projetada, 02 Parque Industrial(43) 3464-1623Naviraí - MSAv. Weimar Gonçalves Torres, 1093 - sala 3(67) 3461-5725Nova Santa Bárbara - PRRua João Jurandir de Moraes, 432 - (43) 3266-1134Ponta Porã - MSRua Comandante Lincoln Paiva, 26 (67) 3433-3000Primeiro de Maio -PRRodovia PR 445, Km 448 - (43) 3235-1007Sabáudia - PRRod. PR 218 Km 14 - Pq. Industrial (44) 3251-1300São Jorge do Ivaí - PRRod. PR-554 - Km 17,1 - (44) 3243-1003Sertanópolis - PRRod. PR-323 - Km 426 - (43) 3232-2620Tamarana - PREstrada p/ Marilândia do Sul - Km 2 - (43) 3398-1600

Londrina - sedeRodovia Celso Garcia Cid, 1545 - (43) 3374-1100Cambé - PREstrada da Prata - Km 4 - (43) 3251-5353Bela Vista do Paraíso - PRRod. PR-090 - Km 4 - (43) 9195-5927Eldorado - MSRod. BR-163 - Km 43,3 - (67) 3471-3402Guaravera (Londrina) - PRRod. PR-538 - Km 2 - (43) 3398-3330Primeiro de Maio - PRRod. PR-445 - Km448 - (43) 3235-1000Sertanópolis - PRRod. PR-323 - Km 426 - (43) 3232-5050Tamarana - PREstrada p/ Marilândia do Sul - Km 2 - (43) 3398-0120Iguatemi - MSRodovia MS 295 Km 01 - (044) 9136-6781Rolândia - PREstrada Rolândia Cambé BR 369 - (43) 3156-1600Alvorada do Sul - PRRod PR 090 Km 06 - (43) 3235-1007Maracaí - SPAvenida Central, 447 – (18) 3264 -1181

Orgão de divulgação da AGRO100Produção:

Rolândia- PRTerminal de TransbordoRod BR-369 - Cambé / Rolândia, (43) 3156-1600

40 anos no Mundo Novo

Em 1976, o jovem Valdeci Arruda André deixou a sua terra, Mari-luz, no Noroeste do Paraná, para

mudar-se com a família para o sertão do Mato Grosso. Isso mesmo, o Mato Grosso ainda não tinha sido dividido e chegava até as barrancas do Rio Paraná.

Um ano antes, no dia 18 de julho de 1975, a “geada negra” tinha dizimado os cafezais e a economia dos pequenos cafeicultores de Mariluz e de todo o Paraná. A família Arruda André bus-cou novas alternativas e transferiu-se para um lote de 38 hectares de terras na gleba 4 do projeto de colonização do Incra no então distrito de Jacareí, que pertencia ao município de Iguate-mi. No ano seguinte, em 1977, o Es-tado foi dividido e o pequeno distri-to passou a ser o município de Mundo Novo do recém-criado Estado do Mato Grosso do Sul.

Trouxeram do Paraná a tradição do trabalho. E na nova terra recome-çaram a vida plantando amendoim e algodão. Chegaram a cultivar 250 al-queires de algodão no Mato Grosso do Sul. Em 1986, a família iniciou de for-ma pioneira o plantio de soja. “Com

o aparecimento do bicudo, cultivar al-godão estava ficando muito caro”, con-ta Valdeci.

Com o dinheiro ganho na lavoura ele comprou terras de pastagens e pas-sou a criar gado. Em 2003, foi reduzin-do as áreas de pecuária e voltou para a agricultura, plantando soja e milho. E desde então é cliente fiel da Agro100 no Mato Grosso do Sul. Atualmente, com o filho Alessandro, ele cultiva 330 alqueires de lavouras.

Ele conta que nos primeiros anos de plantio de soja as chuvas eram mais abundantes e havia poucas pra-gas para atacar as lavouras. “Se colhia mais e com custos mais baixos”, lem-bra. Para ele, atualmente só se conse-gue boa produtividade porque empre-sas como a Agro100 disponibilizam para os produtores muita tecnologia e insumos diferenciados.

Para encerrar a conversa, Valde-ci diz que a mudança do Paraná e a luta em Mundo Novo valeram muito a pena. “Aqui construí a minha vida. Criei minha família e me realizei eco-nomicamente”, diz ele com o orgulho dos pioneiros.

Valdecir Arruda André com Marcelo Luiz Kraeski, Consultor Técnico de Vendas na � lial de Eldorado

Pioneiros

(43) 3024-4084 - (43) [email protected] ResponsávelNilson Herrero - MTB 2113ColaboradoresMarcelo CôrtesRoberto GajardoniProgramação VisualWilliam InumaruRevisãoMaria Christina Ribeiro Boni

3

SuperAgro 2015

Este ano o tema foi “uma via-gem ao centro da terra”, com palestras num auditório esca-

vado no solo vermelho onde pode-ria se ver as raízes do milho buscan-do nas profundezas da terra roxa os nutrientes para o seu crescimento. Palestras sobre mercado, tecno-logias, agroquímicos, máquinas e oportunidades de bons negócios foram apresentadas aos mais de mil produtores do Paraná e Sul de São Paulo, parceiros da Agro100, que compareceram ao evento.

O SuperAgro é o maior encon-tro técnico/comercial da Agro100 e será sempre um evento diferen-ciado e inovador no agronegócio. O objetivo é demonstrar aos pro-dutores os novos materiais genéti-cos com seus potenciais produtivos e genes tolerantes à seca, lagartas, ferrugem e outras doenças, além de todo o portfólio de tecnologias, fertilizantes e agroquímicos forne-cidos aos produtores pela empresa e as indústrias parceiras.

João Fernando Garcia, sócio pro-prietário da Agro100, na abertura do encontro, salientou que a evolução tecnológica do setor é muito rápi-da, exigindo uma reciclagem cons-

tante de técnicas de produção. “No início da década de 90 � quei cinco anos fora do campo, trabalhando na área comercial. Voltei, em 96, quan-do criamos a Agro100. Sem falsa modéstia, não senti nenhuma di� -culdade e pude trabalhar tranqui-lamente na assistência técnica aos produtores. As variedades plantadas e os agroquímicos utilizados eram praticamente os mesmos. Nos dias atuais, com a constante evolução na tecnologia de produção, genética das plantas, fertilizantes, agroquí-micos e máquinas, eu voltaria como um “ET” no campo. Não conse-

guiria orientar ninguém, nem mesmo regular uma máquina. A evolução é muito rápida. Por isso reci-clamos o nosso quadro técnico constantemente e repassamos as novas tecnolo-gias aos senho-res em eventos

como este”, disse ele.O evento aconteceu numa área de

15 hectares de campos experimen-tais montados pela nossa equipe técnica e das empresas parceiras na Fazenda Cegonha, propriedade da Agro100, em Londrina. Além dos campos com as culturas de soja e milho, foram movimentadas 600 toneladas de solo para a construção do auditório escavado. Os produto-res puderam conhecer o portfólio de tecnologias e produtos em 16 estandes montados pelas empresas parceiras, assim como máquinas agrícolas, equipamentos e cami-nhões expostos no local.

Segundo Rodrigo Tramontina, gerente de marketing da Agro100 e coordenador do SuperAgro 2015, o evento contou também com a presença de pesquisadores e repre-sentantes de órgãos o� ciais, como Embrapa, Iapar e Emater, além de engenheiros agrônomos e executi-vos de inúmeras multinacionais do agronegócio, também de acadêmi-cos de agronomia de universidades de Londrina e experts do mercado de commodities.

A Agro100 reuniu mais de mil produtores parceiros nos dias 11 e 12 do mês de fevereiro, no seu maior evento anual

de transferência e atualização tecnológica, o SuperAgro 2015.

4

O engenheiro agrônomo Geral-do Chavarria, professor-doutor em fisiologia vegetal na Uni-

versidade Federal de Passo Fundo (RS), abriu a sessão de palestras técnicas no anfiteatro escavado no solo. Foi uma verdadeira viagem ao centro da terra, onde se podiam observar as raízes do milho descendo pelos barrancos à pro-cura dos nutrientes, e o agricultor pode visualizar, abaixo do nível do solo, como se dá a nutrição da planta e os demais processos – químicos, físicos e biológi-cos – envolvidos em seu crescimento.

Chavarria falou aos produtores da importância da fertilidade dos solos, da boa nutrição das plantas e do fortaleci-

mento das raízes. “Infelizmente, a maior parte dos produtores esquece que me-lhorar o solo, aumentar sua fertilidade, é melhorar a capacidade da planta de fi-xar carbono e produzir”, segundo ele.

O pesquisador salientou que solos arejados e de boa fertilidade é uma garantia de boa produção mesmo nos períodos de veranico. Ele enalteceu a ideia da Agro100 em construir um an-fiteatro escavado no solo para as pa-lestras do SuperAgro 2015. “Essa ini-ciativa serve como alerta ao produtor para que ele cuide melhor da sua ter-ra, pois aqui ele vê que sua propriedade não é só aquilo que está acima do solo”, concluiu.

Para o engenheiro agrônomo e ana-lista de mercado da empresa de consultoria Agência Rural Com-

modities Agrícolas, Fernando Muraro Ju-nior, que falou sobre as expectativas de preços futuros das commodities no mer-cado, parte da safra de 2016 o produtor deve fazer em 2015, vendendo parcela-damente a produção no mercado futuro. “Safra se comercializa em pelo menos 10 vezes”, disse ele.

Para Muraro, hoje o que determina os preços de mercados das commodities não é a produção, estoque ou consumo, mas, sim, a disponibilidade de dinheiro no mercado de investimento.

Os grãos passaram a ser moedas de troca e especulação do mercado � nancei-ro. Segundo ele, no último mês de janei-ro foram negociados na Bolsa de Chicago 7,3 milhões de contratos de venda de soja. Como cada contrato engloba no mínimo 5 mil bushels de soja, foram comerciali-zados 993 milhões de toneladas de soja. “Em um mês comercializou-se em soja, na Bolsa, o equivalente a 21 vezes a safra mundial desse grão já que a safra mundial é de pouco mais de 300 milhões de tone-ladas”, informou.

Ainda segundo ele, no ano passado, Chicago comercializou um volume de soja em papéis correspondente a 21 ve-

zes a safra de soja produzida. E a de milho foi vendida 10 vezes. “Portanto - diz ele - temos que � car de olho é na disponibi-lidade de dinheiro e na movimentação do mercado � nanceiro no mundo. Principal-mente na tendência de investimentos do dinheiro dos fundos.”

Segundo ele, é pouco signi� cativa uma queda de 3 milhões de toneladas na sa-fra brasileira de soja, quando o mercado de papéis movimenta 21 vezes a safra to-tal do mundo. Esse volume de negócios no mercado de papéis corresponde a um volume de mais de 6 bilhões de toneladas comercializadas no ano.

Ele aconselhou os produtores a vende-rem a safra no mercado futuro e em pelo menos 10 frações. “O negócio do produ-tor, que não tem como especular neste mercado que é tão complicado, é fazer um preço médio da sua safra, aproveitando as oportunidades que vão surgindo. Não se esqueçam, levantem as mãos e mostrem os dedos. São 10 vezes no mínimo, não se esqueçam, Gauchada”, repetia em tom de brincadeira.

Muraro diz que os produtores do Pa-raná retardam a venda das safras porque estão capitalizados. “Os americanos já venderam 95% da próxima safra, enquan-to nós não vendemos pouco mais de 30%. O produtor não pode esquecer que uma

parte da safra de 2016 se faz em 2015, co-mercializando-a em boas oportunidades de negócios”, alerta ele.

E para � nalizar ele diz que acredita que no futuro o plantio de milho vai ser um bom negócio para os produtores. Os ame-ricanos estão plantando mais soja e me-nos milho. Hoje a relação de preços entre a soja e o milho é de 2,4 para 1. Segundo ele, quando esta relação estiver em 2 por 1, isto é, quando duas sacas de milho cor-responder ao valor de uma saca de soja, o milho trará mais vantagens aos produ-tores. E ele acredita que esta paridade vai acontecer em breve.

“Uma viagem ao centro da terra”

“Parte da safra de 2016 se faz em 2015”Geraldo Chavarria

Fernando Muraro

5

Edson Hirose, engenheiro agrônomo e entomologista do Centro Nacional de Pesquisa de Soja da Embrapa, fa-

lou aos produtores sobre o plantio de refú-gios nas lavouras com tecnologia transgê-nica, durante o SuperAgro 2015.

O produtor deve plantar pelo menos 10% da área total cultivada com milho Bt, com variedades sem este gene da proteína Bt. No caso da soja a área de refúgio é 20% de soja convencional em relação à área to-tal plantada com soja Bt.

Segundo ele, os produtores têm grande responsabilidade na preservação da e� ci-ência das plantas geneticamente modi� -cadas. “E isso só é possível fazendo com que as lagartas mantenham as suas carac-terísticas originais.”

Os refúgios servem para que as mari-posas geradas nestas áreas não desenvol-vam resistência à proteína Bt. E as lavou-

ras refúgio devem estar a uma distância máxima de 800 metros da última planta geneticamente modi� cada para que as mariposas resistentes e não resistentes se cruzem para reproduzirem lagartas não resistentes à proteína.

Segundo o pesquisador, o produtor não deve esperar pela ação do vizinho. “Muitos dizem que, se o vizinho faz re-fúgio automaticamente, ele não precisa fazer. Precisa sim. As mariposas não vão voar pra longe para se acasalarem, pois perto elas encontram parceiros para este ato de reprodução. E, se todos pensarem assim, logo as variedades de milho e soja com tecnologia Bt não terão e� ciência produtiva”, alerta o pesquisador.

Uma nova tecnologia custa muito di-nheiro e trabalho para ser criada. Se as plantas geneticamente modi� cadas com a tecnologia Bt não funcionarem, a pesqui-

sa automaticamente vai criar outra tecno-logia, mas estes custos serão repassados a toda a cadeia produtiva. “É melhor pre-servarmos o que já temos”, avisa Edson Hirose.

Refúgio, uma necessidade!

Os produtores Edson Galera Pulice e José Saturnino Peres, de Primei-ro de Maio, gostaram do SuperA-

gro 2015 “Vou sempre nos eventos. Sempre

aprendo, conheço novas tecnologias e me atualizo sobre os produtos que utilizo nas lavouras. Esse evento da Agro100 está óti-mo”, disse Edson Galega.

Já para José Saturnino eventos como Superagro são muito bons porque os pro-dutores podem ter contato direto com os técnicos e tirar as dúvidas sobre a utiliza-ção dos produtos. Ele faz questão de sa-lientar que é 100% cliente da Agro100.

“Planto e uso o que os técnicos da Agro100 me indicam e nunca nem pergunto o pre-ço dos produtos, e entrego toda a minha

produção na Nutri100. Tenho certeza que os meus interesses são bem cuidados”, ga-rante ele.

Gostaram

João Suzuki, de Borrazópolis, conhece as características do caminhão

com os produtores de Sertanópolis, Domingos Garcia Gomes, Edmilson Henrique Melo e Angelino Pelizaro

Os londrinenses Valdecir Maziero, Tadeu Luciano Batista e José Francisco

Costeski, visitando a exposição de máquinas e equipamentos

Edson Hirose

Edson Galera Pulice e José Saturnino Peres

6

No estande Timac Agro, produtores de Maracaí, Pedrinhas, Cruzália e Iepê

Técnicos e produtores de Alvorada do Sul

Produtores de Assaí conheceram a tecnologia da variedades de soja da TMG

Técnicos da Agro100 com parceiros de Nova Santa Bárbara, Santa Cecília do Pavão,

Santo Antonio do Paraíso e São Jerônimo da Serra

Técnicos e produtores de Maringá

Parceiros de São Jorge do Ivaí, com a equipe da AgroceresOs diretores Roger Bolsoni e Antonio Luis Giuliangeli

(à direita na foto) recebendo os visitantes

Produtores de Tamarana recebidos pelos diretores do Grupo Agro100, Walter Bussadori e João

Fernando Garcia (agachados à direita da foto)

7

Produtores foram divididos em grupos para as palestras nos estandes das empresas parceiras

Técnicos da Dupont apresentando as novidades tecnológicas aos produtores de Assaí

Produtores de Santa Inácio no estande da Terra NossaParceiros paulistas de Iepê, Nantes e

paranaenses de Assaí, com técnicos da Dupont

Diretoria, técnicos e parceiros comemoram o sucesso do SuperAgro

João Fernando Garcia, Carlos Garcia, Roger Bolsoni, Walter Bussadori e Antônio Luis

Giuliangeli, sócios proprietários da Agro100Rodrigo e Walter

Bussadori

8

Agricultura de precisão

A nova ferramenta paraaumentar a produtividade

Conhecida como AP, a agricultura de precisão é um conjunto de práticas de cultivo agrícola que utilizam dados

mensurados pela tecnologia de informação para a tomada de decisões na implantação e condução das culturas.

A aplicação desta técnica foi iniciada em-barcando nas máquinas agrícolas, como co-lheitadeiras e semeadeiras, receptores GNSS (Global Navigation Satelite System), so� sti-cados computadores de bordo e sistemas que possibilitam a geração de mapas de produtivi-dade e aplicação de insumos.

No Brasil a prática mais disseminada den-tro das operações da agricultura de precisão é a aplicação de corretivos e fertilizantes em taxas variáveis. Para tanto, empresas espe-cializadas reúnem informações captadas por satélite de áreas georrefenciadas. Essas infor-mações coletadas o mais próximo possível dos estágios de de� nição de produção das lavouras orientam na localização dos pontos de coleta de amostras para a análise do solo e � nalização dos mapas de produção e pontos de coleta de amostras de solos para análise de fertilidade.

No entanto, a agricultura de precisão ain-da está sendo pouco utilizada nas lavouras brasileiras. Calcula-se que em menos de 20% da área plantada os produtores utilizam tec-nologias de precisão. Técnicos e órgãos liga-dos à pesquisa agrícola preveem que até 2020, a utilização da agricultura de precisão tenha um crescimento em torno de 25% ao ano. Esta previsão otimista baseia-se no avanço das fer-ramentas para a sua aplicação, surgiram no-vos sensores e equipamentos, tornando a prá-tica da AP cada vez mais acessível, com custos mais compatíveis e integráveis ao dia a dia das propriedades agrícolas.

A Agro100 tem uma parceria com a APMax, empresa especializada em agricul-tura de precisão que atua no Brasil e em vá-rios países da América Latina. No Paraná, se-gundo Nelson de Melo Neto, responsável pela

APMax no Estado, os trabalhos foram inicia-dos há três anos, nas áreas de plantio próprias da Agro100 e posteriormente a tecnologia foi disponibilizada para os demais produtores. “Do primeiro para o segundo ano registra-mos um crescimento de 130%. Já do segundo para o terceiro crescemos mais de 250%.” Mas ele salienta que o maior fomento foi dentre os próprios clientes que experimentaram a tec-nologia. “Todos os produtores que iniciaram a aplicação da agricultura de precisão em parte de suas lavouras estão ampliando a área, pois os bons resultados levam a esta ampliação”, conclui Neto.

Segundo ele, a APMax, através dos dados coletados pelo satélite que registra os dados da região a cada 12 dias, monta um mapa de pro-dução das lavouras instaladas anteriormen-te na área. Com este mapa são marcados os pontos de coleta de solo para análise. Após as análises de solo e de acordo com a expectati-va de produção do produtor, é gerado o mapa de aplicação dos corretivos (calcário/gesso) e dos fertilizantes em taxas variáveis, corrigindo as de� ciências dentro dos talhões, garantindo produtividade homogênea.

“Não prometemos economia de correti-vos e fertilizantes, mas geralmente ela ocorre”, garante Neto. Segundo ele, em muitas áreas trabalhadas é constatado o excesso de salini-zação dos solos causado pela aplicação do clo-reto de potássio. “Só de tirar o cloreto da li-nha de plantio e aplicá-lo na medida certa e a lanço, a produtividade da soja tem aumentado em 3 sacas por alqueire”, garante ele.

Para o produtor aderir a esta tecnologia é só procurar um dos nossos técnicos em uma das � liais da empresa no Paraná, Mato Grosso do Sul e Sul do Estado de São Paulo.

Os irmãos Bertoletti buscam igualar a fertilidade nas áreas de plantio

Em 2013, os irmãos Bertoletti, Valdemir Antônio e José Mario iniciaram a agricultu-ra de precisão com a aplicação de corretivos e fertilizantes em taxas variáveis em 200 hectares plantados com soja. Na atual safra de verão, ex-pandiram esta tecnologia para 1.250 hectares de suas lavouras. Para Valdemir a agricultura de precisão é mais uma ferramenta que pode ser utilizada para melhorar a produtividade das lavouras. Segundo ele, com os mapas de produ-

A mais nova ferramenta à disposição dos produtores rurais, a agricultura de precisão, vem ganhando espaço na região. Só na � lial da Agro100, em Cambé, por exemplo, a área implantada com esta nova tecnologia cresceu

de 600 hectares em 2013 para mais de 3.500 hectares em 2014.

Agricultura de precisão

9

Agricultura de precisão

ção e produtividade gerados anualmente, pelos levantamentos de satélites e dos equipamentos de mensuração das colheitadeiras, o objetivo é homogeneizar a fertilidade das áreas de plan-tio. “De acordo com nossos mapas, no primei-ro ano que adotamos a agricultura de precisão, tínhamos apenas 25% de nossa área com so-los de fertilidade média. Já neste segundo ano, constatamos que 40% da nossa área estava com média fertilidade”, informa Valdemir.

A meta dos irmãos Bortoletti, com a utili-zação de mais esta ferramenta, é chegar à pro-dutividade média de 180 sacas de soja por al-queire e 320 sacas de milho safrinha nas suas áreas de plantio. Valdemir conta que com as correções e adubações com taxas variáveis, implantadas na soja passada, a produtividade da última safra de milho safrinha teve um au-mento entre 6% e 7%, comparando-se com as áreas sem a agricultura de precisão.

Por outro lado, mesmo não sendo o objeti-vo principal da agricultura de precisão a redu-ção do uso de corretivos e adubos nas lavouras, Valdemir Bortoletti garante que na área em que esta tecnologia foi iniciada, do primeiro para o segundo ano houve uma queda na necessidade de aplicação de cloreto de potássio, por exem-plo. “Nas áreas em que não � zemos a aplicação com taxa variável, tivemos que utilizar 180 qui-

los de cloreto de potássio por alqueire. Já nas áreas onde � zemos a agricultura de precisão foi necessária, em média, a aplicação de 107 quilos de cloreto de potássio por alqueire. Em algu-mas áreas nem tivemos que entrar com a má-quina para aplicar cloreto”, diz o produtor.

Para Sebastião Inocente é a tecnologia do futuro

Na safra passada de soja, o produtor Sebas-tião Inocente fez agricultura de precisão em 80 alqueires da sua área plantada no municí-pio de Cambé. Segundo ele, mesmo sofrendo com a seca, a lavoura produziu mais que o es-perado. Já na atual safra ele decidiu aumentar a aplicação desta nova tecnologia em mais 200 alqueires da área que cultiva em Bataguassu, no Mato Grosso do Sul.

Tião Inocente, como ele é mais conhecido, adquiriu uma carreta para aplicação de insu-mos em taxa variável e garante que vai fazer agricultura de precisão em toda a sua área, mais de 500 alqueires plantados com lavouras de soja e milho.

Segundo ele, a intenção é melhorar a pro-dutividade, passando da média de 140 sacas de soja, para uma produtividade média entre 170 sacas e 180 sacas por alqueire. “A agricul-tura de precisão é a tecnologia do futuro, com

ela podemos aumentar a produtividade de nossas áreas, evitando o desperdício de insu-mos, atendendo perfeitamente às necessida-des do solo e consequentemente das plantas”, � naliza Tião Inocente.

Dalmas quer fazer em toda a área Os produtores Angelo Dalmas, Angelo

Dalmas Junior e Wagner Dalmas, de Cambé, implantaram nesta safra de soja a agricultu-ra de precisão com a aplicação de corretivos e fertilizantes em taxa variável em 200 alquei-res, dos quase mil alqueires que a família cul-tiva na região.

Esta área escolhida para iniciar o traba-lho com a agricultura de precisão teve pro-dutividade variando entre 120 e 150 sacas por alqueire na última safra de soja. Com a apli-cação de gesso, calcário e fósforo em taxas variáveis, a expectativa de Dalmas é chegar a uma produção média de 170 sacas por alquei-re, com a padronização da fertilidade do solo.

Adepto das novas tecnologias, Angelo Dal-mas acredita que a agricultura de precisão seja o caminho para o aumento da produtividade, racionalização do uso de insumos e proteção do meio ambiente. Ele pretende expandir a utilização da agricultura de precisão para toda a área cultivada.

Valdemir Bortoletti

Carreta para aplicação de corretivos e fertilizantes em taxas variáveis

Nelson de Melo Neto, da APMax; o produtor Sebastião Inocente com Ricardo Cardoso Fernandes

e Denilson Gerioni Filho da Agro100 em Cambé

Angelo Dalmas

10

Em 2002, os irmãos Alberto e Luiz Carlos deixaram Polotina, no Oeste do Paraná, para plan-

tar soja nos pastos do Mato Grosso do Sul. Nessa mesma época a Agro100 criava a sua � lial em Eldorado, com o objetivo de incentivar a agricultura nesta nova fronteira agrícola.

Desde o início, os irmãos Biezus e a Agro100 têm caminhado juntos nesta saga de produzir soja no Mato Grosso do Sul. A empresa tem buscado novas tecnologias, plantas melhoradas ge-neticamente, fertilizantes e agroquí-micos para tornar as lavouras mais produtivas. Assim, produtores como os irmãos Alberto e Luiz Carlos têm transformado as áreas de pastagens, muitas vezes de baixa produtividade, em áreas de alta produtividade de ali-mentos, vencendo barreiras impostas pelo clima, características de solo e pragas.

Os Biezus plantavam 60 alqueires de soja em Palotina, região de fron-teira agrícola esgotada e terras muito valorizadas. Alberto e Luiz Carlos en-xergaram a solução para o crescimen-to na atividade a pouco mais de 100 quilômetros de casa, no Mato Grosso do Sul, onde as terras eram mais em conta, já que a atividade econômica predominante era a pecuária exten-siva.

Assim, convenceram o pai, Ampe-lio Biezus, a investir na nova fronteira, onde a soja iniciava a sua expansão. Começaram plantando 190 alqueires, o triplo do que plantavam em Paloti-na. E não pararam mais de expandir a área de plantio no MS. Na atual safra de soja plantaram 900 alqueires.

“No primeiro ano que plantamos trouxemos adubo e sementes do Pa-raná. Já no segundo ano, em 2003, compramos tudo da Agro100 que, além dos insumos, nos ofereceu todo o suporte e acompanhamento técnico de que precisávamos para as

lavouras através de sua � lial em El-dorado. De lá pra cá temos caminha-do juntos. Somos 100% Agro100”, brinca Alberto Biezus, acrescentan-do que com a construção da unidade de recebimento e armazenamento de grãos da Nutri100, em Eldorado, a entrega e comercialização da safra melhoraram muito para os produto-res da região.

O produtor conta que nos primei-ros anos todo o trabalho nas lavouras era feito por ele, o irmão e um em-pregado. Hoje o trabalho é mais tran-quilo, mas para se produzir � cou mais difícil. “O clima tem mudado muito”, diz ele.

A região é sujeita a veranicos que ocorrem geralmente na segunda quinzena de dezembro e a primeira

quinzena de janeiro. Para fugir destas intempéries do clima Alberto diz que o negócio é plantar a soja mais cedo, a partir do dia 20 de setembro. Nos 900 alqueires plantados com soja no verão, no inverno eles cultivam en-tre 65% e 70% desta área com milho, lavouras que devem ser plantadas o mais cedo possível, a partir de feve-reiro e com variedades mais precoces para não correr o risco de atrasar o plantio da soja.

Para os irmãos Biezus valeu a pena o trabalho e a persistência no Mato Grosso do Sul. Suas famílias conti-nuam morando em Palotina. Mas Alberto garante que assim que os � -lhos forem para a faculdade ele vai se mudar com a esposa para Eldorado. “Aqui tudo tem melhorado muito.”

Luiz Carlos e Alberto Biezus

Parceiro

Irmãos Biezus: “Somos 100% Agro100”

11

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

an mosaic microessentials 19x29cm balanco agro100.pdf 1 19/08/14 10:26

12

Cuidado, máquinas na pista!Com a aproximação das colhei-

tas da safra de verão e o início do plantio de inverno, aumenta o

deslocamento de máquinas agrícolas na região, um risco para operadores e popu-lação, quando o trajeto é feito por estra-das, exigindo muito cuidado dos condu-tores para evitar acidentes.

Legalmente as máquinas agrícolas são proibidas de trafegarem por rodovias. Pela lei, o deslocamento somente pode ser realizado sobre caminhões, plataformas próprias para o transporte ou pelas mar-ginais das rodovias, próprias para o tráfe-go dos equipamentos agrícolas.

Mas o deslocamento das máquinas aca-ba mesmo sendo feito pelo leito das rodo-vias. É a necessidade de trabalho dos pro-dutores e por não possuírem equipamentos para o transporte dos maquinários agríco-las, pela pequena distância a ser percorrida e pela inexistência das marginais próprias para o tráfego dos equipamentos agrícolas na grande maioria das rodovias.

Quando o deslocamento for feito pe-las rodovias, recomenda-se que seja feita em horários adequados com menos tráfe-go de veículos e fora nos crepúsculos da manhã e da tarde, aquele horário que não está claro e nem escuro e que di� culta a visibilidade. Por outro lado, sempre que for possível, usar batedores com veículos sinalizados de faróis acesos e pisca alerta ligado a uma boa distância, à frente e atrás do equipamento a ser deslocado.

No Estado de Santa Catarina, por exemplo, produtores e Polícia Rodoviária Federal � zeram um acordo para o deslo-camento de máquinas pelas suas rodovias.

Ficou de� nido que o trânsito de colheita-deiras terá de ser comunicado aos postos policiais com antecedência e que a escol-ta deve ser feita por batedores sinalizados. Não é permitido o tráfego à noite, em dias de chuva, com neblina ou cerração e mui-to menos em véspera e logo após feriados. Os tratores e carretas devem possuir fai-xas re� etivas nas traseiras e todo maqui-nário só poderá ser conduzido por pessoa habilitada como motorista.

Pesquisas sobre os acidentes ocorri-dos com tratores em vias públicas mos-tram que os casos envolvendo máquinas agrícolas são até nove vezes mais fatais, se comparados aos acidentes que ocorrem entre carros. Enquanto apenas 0,58% dos acidentes de automóvel e 1,69% dos aci-dentes de motocicleta causam mortes, nos casos de acidentes com tratores as vítimas fatais chegam a 9,38%.

Desta forma, todo cuidado é pou-co para preservar vidas e evitar danos materiais.

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) adiou por dois anos o prazo para o emplacamento obrigatório das máquinas agrícolas. Com a decisão, os tratores e outros

equipamentos deverão estar emplacados para transitar em vias públicas a partir de 1º de janeiro de 2017.

O emplacamento não se estende para tratores de grande por-te com mais de 2,60 metros de largura. Neste caso, continua sendo proibida a circulação desses veículos em vias públicas. A regra é a mesma para pulverizadores e colheitadeiras que só podem ser trans-portados em cima de caminhões prancha. De acordo com a resolu-ção, o emplacamento não será cobrado de proprietários de máquinas mais antigas ou que foram compradas antes de agosto de 2014.

A documentação e cobrança de taxas serão de responsabili-dade dos governos estaduais e será exigida a Carteira Nacional de Habilitação “categoria B” dos condutores destes equipamentos.

Os produtores rurais defendem que as máquinas agrícolas não sejam em-placadas, pois são ferramentas de trabalho e esta nova tributação implicaria no aumento de despesas que elevariam o custo de produção.

Placa nos tratores

Serviço

Trigo, variedades indicadasO departamento comercial da Nu-

tri100 está orientando os produ-tores para que plantem varieda-

des de trigo que tenham maior aceitação no mercado. Ronan Giuliangeli, operador de mercado da empresa, explica que as va-riedades que produzem trigo para pani� -

cação ou que são utilizadas como bran-queador de farinhas são comercializadas com mais facilidades do que as que são utilizadas para fabricação de massas ou as variedades que produzem os chamados grãos standard.

As variedades mais indicadas, pois

produzem grãos para pani� cação são: BRS Gralha Azul, BRS Pardela, CD 104, CD 150, CD 151, CD 154, CD 1252, IPR Catuara, Sintonia, IPR 85, IPR 144, TBIO Bandeirantes e TBIO Mestre. E Mar� m, Supera e TBIO Tibagi, são as variedades que produzem grãos branqueador.

13

Mercado

O sistema de troca viabiliza produtoresPara os produtores Eduvirgens Joaquim

Rodrigues e seu sobrinho Evandro João Rodrigues, de Primeiro de Maio, o siste-

ma de troca os salvou de situação difícil.Eduvirgens conta que em 2006, depois de

três frustrações seguidas nas safras de 2003, 2004 e 2005, a situação � cou insustentável. Não sobrou nada da estrutura que ele e os irmãos mantinham no Pontal do Paranapanema, em São Paulo. Perdeu o arrendamento de 75 al-queires onde cultivava soja e milho. “Os bancos e a empresa que nos fornecia insumos arres-taram a colheita e levaram máquinas e imple-mentos. “Só sobraram as dívidas e um pedaço de terra que era do meu pai em Primeiro de Maio”, conta.

Sem dinheiro e sem crédito para plantar, ele recorreu à Agro100 que lhe forneceu semente, adubos e os agroquímicos à base de troca pela produção a ser colhida. “Foi a única porta que me abriram depois que perdi todo o crédito.

Foi a minha salvação, senão estaria fora do sis-tema e estaria na cidade trabalhando de empre-gado. Não devo nada a ninguém. Compro tudo que preciso e entrego minha produção ao gru-po Agro100. Estou negociando a troca dos in-sumos por grãos já para a safra de soja que vou plantar em outubro”, conta Eduvirgens.

Evandro, o sobrinho dele, também cultiva com soja e milho uma parte da propriedade do avô e, desde 2009, quando começou a plantar, faz o sistema de barter. “O sistema de troca me dá segurança e com ele a Agro100 viabilizou a minha entrada na agricultura. Sem ele não te-ria condições de plantar, pois não tinha cadas-tro para fazer � nanciamento em banco”, diz Evandro.

Barter é o sistema de troca quegera segurança aos produtores

Com os bons resultados nas últimas safras, que capitalizaram grande par-te do setor rural e a facilidade na

contratação de � nanciamentos no mercado, os produtores estão deixando de lado uma das operações que deram sustentação à agri-cultura brasileira, o “barter”, sistema de troca de parte da produção pelos insumos para a implantação e condução das lavouras.

No entanto, os diretores da Agro100, Antonio Luis Giuliangeli e João Fernando Garcia, lembram que este instrumento de � nanciamento de safra dá segurança e tran-quilidade ao produtor rural em épocas de instabilidade política, � nanceira e de políti-ca cambial, e outros fatores que in� uenciam nos preços de grãos e insumos industriali-zados para o agronegócio.

“O sistema de troca é excelente e teve um papel fundamental para o agronegócio ao longo dos anos. Ajudou muito os produto-

res paranaenses em épocas difíceis e impul-siona o desenvolvimento da agricultura nas novas fronteiras como Mato Grosso e Goi-ás”, lembra Giuliangeli.

Ele acrescenta que com ele o produtor sabe exatamente quanto vai lhe custar a sa-fra. “Não é porque vivemos vários anos de bons preços que podemos abandonar esta ferramenta. Não podemos � car vulnerá-veis em época de câmbio variável com valo-

rização do dólar e, consequentemente, das commodities, não podemos esquecer que esse mesmo câmbio é acompanhado pelas indústrias. Câmbio que pode estar muito atrativo hoje pode piorar muito na semana seguinte. A trava que podemos fazer no sis-tema de troca é que garante tranquilidade ao produtor”, diz Giuliangeli.

João Fernando Garcia diz que, através do “barter”, as relações de troca dos produtores não oscilam muito, mantendo uma estabilida-de de custo em relação à renda da lavoura. “Já vimos várias vezes situações de custos altos e preços baixos dos grãos. Nunca podemos nos esquecer que o mercado é cíclico e in� uen-ciado por muitos fatores que nos fogem do controle. Sempre podemos ter que enfrentar situações inversas às atuais. Por isso que acon-selhamos os produtores a utilizar ferramentas para se proteger destas variações, como o sis-tema de troca”, alerta Fernando.

Como funcionaPara pleitear a negociação de troca, o

produtor deve procurar a empresa de posse de um levantamento feito

por um técnico discriminando a necessida-de de semente, fertilizante e agroquímicos para instalação e condução da lavoura até a colheita.

Com base neste levantamento, a empresa vai calcular a relação de troca do produto a ser colhido pelos insumos para a condução da lavoura, baseando-se no preço de merca-do de grãos e dos preços previamente nego-ciados com as indústrias.

Concluída a negociação entre a empresa

e o produtor, é feita a chamada “trava”. Não se reajusta mais nenhum preço de produto e a dívida do produtor é transformada em equivalentes sacas de grãos para serem en-tregues à empresa após a colheita. E como garantia o produtor emite uma Cédula de Produtor Rural.

Antonio Luis Giuliangeli e João Fernando Garcia

Eduvirgens e o sobrinho Evandro

14

Tecnologia

Termina em maio prazo doCadastro Ambiental Rural

podem ser embargadas, o proprietário pode ser processado por crime am-biental, e deverá pagar uma multa de R$ 5mil por hectare. Por � m os bancos não concederão crédito agrícola para proprietários que não � zerem o CAR.O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um registro eletrônico

obrigatório para todos os imóveis rurais.O cadastro tem por � nalidade integrar informações

ambientais, criando assim um banco de dados de nível nacional para planejamento ambiental e econômico. Com o CAR os órgãos governamentais vão identi� car os remanescentes de vegetação na-tiva (Reserva Legal), as áreas de uso restrito e as áreas consolidadas das propriedades rurais.

Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA), até o � nal de janeiro apenas 10% dos imóveis rurais foram cadastrados, em um universo de 5,2 milhões imóveis.

O prazo para fazer o CAR vai até o dia 06 de maio de 2015. Os produtores que não se cadastrarem até esta data irão perder o be-nefício de conversão de multas (imóveis que não aderirem ao PRA – Programa de Recuperação Ambiental). Além disto, as atividades

Terra Nossa/MicroXisto lançaEnxofre com tecnologia Nano

O Enxofre (S) é um macronutriente aniônico secundário muito impor-tante para o desenvolvimento das

plantas. As exigências de enxofre para as cul-turas agrícolas são similares ou superiores às de fósforo. Apesar disso, o enxofre é, muitas vezes, erroneamente relegado a segundo pla-no no manejo da adubação de culturas.

Os casos de respostas de plantas à aplica-ção de enxofre são crescentes em função do uso de adubos concentrados, que contêm pouco ou nenhum enxofre, e da natural limi-tação de disponibilidade deste elemento na maioria dos solos tropicais do Brasil e Amé-rica do Sul. Após alguns anos de cultivo, o su-primento de enxofre normalmente declina a partir dos baixos teores de matéria orgânica existentes em nossos solos.

95% do enxofre do solo encontra-se na for-ma orgânica, que constitui importante reserva desse nutriente. A mineralização da matéria orgânica do solo (MOS) controla o forneci-mento de enxofre para os vegetais. Porém, o íon SO42- é a espécie química preferencial-mente absorvida pelas plantas.

As principais funções do enxofre estão li-gadas à fotossíntese, respiração, síntese de aminoácidos e proteínas, e metabolismo de vitaminas. Dois dos aminoácidos essenciais – metionina e cisteína – são formados por enxofre, motivo pelo qual a de� ciência deste

nutriente interrompe a síntese de proteínas. É um nutriente essencial na transformação do Nitrogênio mineral em orgânico, que é a for-ma que as plantas utilizam. Também são es-senciais a FBN e nodulação da soja, além de aumentar a resistência das plantas ao ataque de pragas e doenças, ao frio e à seca.

Em plantas de� cientes em enxofre, o cres-cimento é retardado, as plantas se apresentam uniformemente cloróticas, os internódios são curtos e há redução no � orescimento.

Para produzir 4.000 Kg/ha, a soja necessita 60 Kg de enxofre, sendo que destes, 20 Kg são

exportados com os grãos. O nível ideal de en-xofre no solo situa-se entre 12 e 15 mg/dm3. Por ser móvel no solo, sua maior concentra-ção está entre 20 e 40 cm de profundidade. Nas folhas, o enxofre é considerado pouco móvel a parcialmente móvel.

Programas de adubação na agricultura moderna não podem prescindir do adequado fornecimento de enxofre, elemento este que vem sendo cada vez mais estudado e aplicado na agricultura, nas mais diversas formas.

Para isso, a Terra Nossa, parceira comer-cial da Agro100, com o intuito de apresentar produtos que venham ao encontro das neces-sidades dos produtores, está lançando ao mer-cado um fertilizante foliar à base de enxofre com 50% de concentração – Nanoxisto S-50, prontamente disponível, produzido através da Nanotecnologia, ou seja, um equipamento transforma todas as partículas em nanopartí-culas – substâncias menores, que conseguem penetrar com mais facilidade nos estômatos da folha. Desta forma, obtemos um produto com uma maior concentração de nutrientes com um menor volume aplicado por área, o que garante uma melhor absorção e um me-lhor aproveitamento pela planta.

O Nanoxisto S-50 é comercializado pela Agro100 aos produtores e clientes, para apli-cações nas culturas de soja, milho e trigo, nos estágios vegetativo e reprodutivo da planta.

15

Índio: “Minha vida melhorou!”

Nossa Gente

Elso Alves de Oliveira, o “Índio”, CTV da Agro100 na � lial de Eldorado-MS, traba-lhou na roça, jogou futebol pro� ssional-

mente, se aventurou pela política e trabalhou em várias empresas do agronegócio, mas diz que se encontrou trabalhando na empresa.

Índio é natural do interior de São Paulo e chegou com a família em Mundo Novo-MS em 1975, quando seu pai comprou uma proprieda-de formada com café. O café acabou logo e pas-saram a plantar amendoim, feijão e algodão, até a chegada da mandioca e da soja na região, o que cultivam atualmente. Em 1983, foi fazer o curso de técnico em agropecuária no Colégio Agríco-la de Garça-SP. Voltou em 1986 e trabalhou em empresas de planejamento agrícola, fecularias e cooperativa. Jogou futebol nos times pro� ssio-nais de Umuarama e Naviraí e se enveredou pela política, foi secretário de agricultura da Prefeitu-

ra por dois anos, no � nal da década de 90.Em 2005, largou de� nitivamente a política

para trabalhar na Agro100, onde está até hoje. “Minha vida melhorou muito depois que deixei a política e entrei na empresa”, diz ele, orgulhoso.

Bem relacionado e conhecendo todos os agri-cultores da região, conta que nos primeiros anos suas vendas dobravam a cada ano. “O agricultor

tem apenas um objetivo: ganhar dinheiro na sua atividade, e a con� ança no técnico e na empresa é fundamental para ele. A Agro100 cresceu junto com a agricultura, que hoje é muito diversi� ca-da, e caminha junto com a pecuária que sempre foi a atividade principal da região. A agricultura passou a ser uma fonte de diversi� cação, produ-zindo soja, milho, feijão, cana-de-açúcar, man-dioca, melancia, melão e abóbora. Essas culturas contribuem para a estabilidade econômica dos produtores e promovem a reforma das pastagens, melhorando o solo e controlando o nematoide e outras pragas”, explica.

Ele atende cerca de 30 clientes de Eldorado, Mundo Novo, Japorã, Sete Quedas, Iguatemi e alguns no Paraguai. “Não troco a Agro100 por empresa nenhuma. Aqui eu faço o meu salário e ainda continuo plantando as minhas lavouras”, � naliza.

Kiyoshi, colaborando sempre!Marcos Kiyoshi Nemoto é a imagem da

simpatia. Autêntico, humilde e limpo de coração e alma. Amigo de todos e

sempre disposto a ajudar os companheiros. Ele foi contratado para trabalhar na primeira

loja da Agro100 em 1997. Conta que na época fa-zia entrega, controlava estoque e fazia faturamen-to. “Éramos somente cinco funcionários. Era o começo. E como todo começo tudo era difícil, to-dos, de funcionários aos donos, fazíamos de tudo, entregas com os carros particulares dos diretores, faxina e descarga dos caminhões. E esse espírito de colaboração dos funcionários e diretores con-tinua até hoje na empresa”, conta Kiyoshi.

Em 1999, ele foi tentar a vida no Japão, onde � cou por 10 anos. Em 2010, de volta ao Brasil, foi contratado novamente pela Agro100. Foi loca-do no setor de estoque, onde � cou por um ano.

Hoje está no setor de lançamentos e logística de fertilizantes e semente e nos lançamentos de se-gundo grau, e no suporte às � liais na operação do sistema.

“Aqui me sinto em casa. Fiz muitos amigos e temos um ambiente familiar na empresa. A dire-toria tem uma relação de respeito e amizade com todos os seus funcionários. E proporciona opor-tunidades de crescimento na vida pro� ssional e pessoal de todos nós”, � naliza Kiyoshi, sempre com o seu sorriso amigo.

Casado com dona Cristina, é pai de Carolina, de 16 anos, e Lucas, de sete anos, que nasceu no Japão.

Temos melancia tambémNem só de soja e milho vivem os clien-

tes da Agro100. Tem plantador de melancia também. Um dos princi-

pais produtores de melancia do Mato Grosso do Sul, Sérgio Correia da Silva, é nosso clien-te desde que foi instalada a � lial em Eldorado.

Jovem e bem-sucedido, Sérgio pode ser con-siderado um bom empreendedor rural. Nasceu lá mesmo em Eldorado e, segundo ele, ainda menino teve a sorte de ter conhecido o catari-nense Sebastião Luiz de Campos, que chegou de Chapecó em 1991 para plantar melancia em pastagens arrendadas no município.

Sebastião voltou para a sua terra catarinen-se, mas a melancia � cou em Eldorado e na vida do Sérgio. Há 13 anos ele se dedica ao cultivo da fruta e à atividade de atacadista de frutas e hortaliças na região. Suas melancias são co-mercializadas no Mato Grosso do Sul, Paraná,

Santa Catarina e Rio Grande do Sul. E desses estados vêm outros produtos que ele fornece aos comerciantes varejistas da região.

No ano passado, plantou 22 alqueires de melancia, 4 alqueires de abóbora cabotiá e 2 alqueires de melão caipira. O plantio, segundo

Sérgio, sempre é feito em terras arrendadas, de preferência em pastagens degradadas. A pro-dutividade de 100 toneladas destas frutas (mé-dia das suas lavoras) é conseguida, segundo ele, com a aplicação de muita adubação, mais de 1.500 quilos por alqueire e bons tratos cul-turais. A Agro100 fornece tudo que ele precisa para o cultivo das suas lavouras.

O plantio tem que ser itinerante, sempre em áreas diferentes para evitar o aparecimento de doenças. E a produtividade, que em anos atrás era de 50 a 60 toneladas por alqueire, saltou para 100 toneladas, graças ao desenvolvimento da tecnologia de cultivo, dos insumos e ao me-lhoramento genético das plantas, garante Sér-gio, que agora investe no cultivo de abacaxi na região. A sua primeira lavoura desta fruta, com 400 mil pés, está implantada em uma de suas propriedades desde o ano passado.

Sumisoya é um herbicida pré-emergente cujo princípio ativo é a flumioxazina. É recomendado pelo Sistema Roundup Ready Plus como importante parceiro de Roundup no controle de plantas daninhas resistentes e de difícil controle na cultura da soja, como a buva.

O Herbicida cOm efeitO residualque cOntribui para

a prOdutividade da sua lavOura.

RIN

O C

OM