1Setembro de 2020

Ano 5 • Nº 57 • Setembro 2020

Página 3 Página 5 Páginas 6,7 e 8

Cai cobrança do salário-educação

Pragas reduzem a produtividade

Rotação de amendoim com cana-de-açúcar

A Socicana acaba de lançar uma iniciativa de grande impacto para os associados: a Faculdade da Cana, criada em um formato prático e adaptado às necessidades do produtor.

O curso, que acontece de setembro a dezembro, é on-line, com aulas ao vivo todas as terças-feiras. A Faculdade da Cana é uma idealização da Socicana e fruto de uma parceria com a Solidaridad Brasil. O ambiente virtual que abriga todo o conteúdo é a plataforma do Instituto Pecege, da Escola Superior

de Agricultura "Luiz de Queiroz" (Esaq/USP).

A aula de abertura aconteceu no dia 9 de setembro, ministrada pelo Prof. Dr. Marcos Fava Neves, pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV). “O objetivo da

Faculdade da Cana é transferir conhecimento aos produtores. Trata-se de uma ferramenta inovadora na Socicana e vai ajudar muito a construir e difundir o conhecimento neste setor. Imagino como as pessoas

sairão melhores do que entraram nesta iniciativa. Fico extremamente orgulhoso por ter sido convidado para fazer a palestra magna. Parabéns a vocês, todos”, destacou Fava Neves.

Socicana inova na área de capacitação e lança a Faculdade da Cana

Curso deve mudar o conceito de aprendizado aplicado à produção

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A Faculdade da Cana tem por objetivo ca-pacitar o produtor, tanto em temas técnicos de produção de cana, quanto em temas de ges-tão da propriedade agrícola, como afirma o presidente da Associação, Bruno Rangel Geral-do Martins. “Será uma excelente oportunidade para reciclarmos nossos conhecimentos na parte técnica, na gestão da propriedade e tam-bém para nos inteirarmos sobre o mercado e o que vem se passando no setor sucroenergético. Esperamos que ao final do curso possamos ter uma dimensão diferente da pro-dução de cana na nossa região”, afirmou Bruno.

Importante destacar que o cur-so está sendo viabilizado com a parceria de quem valoriza o setor. “A Fundação Solidaridad recebeu nosso projeto e disponibilizou os recursos para que pudéssemos concretizar esta importante rea-lização”, comentou Rafael Bor-donal Kalaki, superintendente da Socicana.

Serão 15 encontros de duas horas, com au-las ao vivo e esclarecimento de dúvidas de for-ma interativa. As aulas também ficam disponí-veis na plataforma do Pecege para o produtor consultar, caso perca algum conteúdo. Kalaki comenta também sobre a aproximação com o associado. "Estamos buscando uma forma de nos aproximar ainda mais do nosso as- sociado, bem como capacitá-lo, mesmo em momentos de pandemia como este. O forma-to digital nos permitiu democratizar o conheci-mento e, assim, chegar a um grande número de produtores, direto em suas casas e escritó-

Expediente • Coplana - Cooperativa Agroindustrial - Diretoria: pres. - José Antonio de Souza Rossato Junior, vice-pres. - Bruno Rangel G. Martins e secretário - Francisco A. de Laurentiis Filho, superintendente - Mirela Gradim • Socicana - Associação dos Fornecedores de Cana de Guariba - Diretoria Executiva: Bruno Rangel Geraldo Martins, José Antonio de Souza Rossato Junior e Mauricio Palazzo Barbosa, superintendente - Rafael Bordonal Kalaki • Comitê de Comunicação - Carlos Eduardo Mucci, César Gonzales, Cezar Cimatti, Elaine Maduro, Eduardo Maniezo Rodriguez, Eduardo Pacífico, Francisco Politi, Helton Bueno, José Marcelo Pacífico, Pedro Sgarbosa, Regiane Chianezi, Renata Montanari, Valdeci da Silva • Produção - Neomarc Comunicação - Regiane Alves (Jorn. Resp., MTb 20.084), Renata Massafera (reportagens), Ewerton Alves (coordenação de projetos), Karlinhus Mozzambani (design e diagramação), Ana Paula Miani (coordenação de produção). • Contatos: cemucci@socicana.com.br, pasgarbosa@coplana.com, regiane@neomarc.com.br

rios, levando informação e conhecimento, com temas práticos e ferramentas para o dia a dia", concluiu. Os professores são pesquisadores reconhecidos, com trabalhos publicados no Brasil e exterior. Marcos Landell, Haroldo Tor-res, André Vitti, Henrique Borges, João Rosa e Carlos Ortiz formam um time de especialistas com profundo conhecimento em pesquisa acadêmica em cana-de-açúcar, além de forte

experiência com a realidade prá-tica do produtor rural.

Entre os assuntos que se-rão abordados na Faculdade da Cana, estão: associativismo; perspectivas para a produção de cana; Consecana (o que é, for-mação de preços, remuneração); ambientes de produção e ma-nejo varietal; técnicas de plantio (mecanizada, meiosi, cantosi, MPB); nutrição; manejo integra-do de pragas (MIP); manejo de doenças; e tecnologia de aplica-ção.

O curso irá apresentar ainda fatores im-portantes na gestão da propriedade agrícola. Entre eles, custo de produção; gestão finan-ceira e de riscos. Serão tratados os modelos de negócio; aspectos da pessoa física e CNPJ; condomínios de produção; holdings; consór-cios; contratos; bem como legislação (NR 31, legislação trabalhista, ambiental). Na área de sustentabilidade, destaque para as boas prá-ticas agrícolas e certificações. Outros temas de impacto envolvem a sucessão familiar e a governança na empresa familiar. Para finalizar, o produtor terá aulas de negociação, uma fer-ramenta essencial para resultados.

"Uma dimensão

diferente da produção de cana

em nossa região."

3Setembro de 2020

Socicana comemora conquista para seus associados

Vitória para os produtores! A Socicana, por meio de seu departamento Jurídico, conse-guiu recuperar, para os associados, uma quan-tia expressiva de créditos do Salário-Educação, um tributo de 2,5% calculado sobre a folha de pagamento. A vitória na Justiça veio depois de uma longa caminhada de dez anos na defe-sa da classe. “De acordo com a Lei 9424/96, as empresas é que são as contribuintes des-te tributo, estando excluído deste conceito o produtor rural pessoa física, ainda que exerça atividade econômica e possua empregados”, explicou Dra. Elaine Aparecida Maduro, do de-partamento Jurídico da Socicana.

Embora as normas constitucionais e infraconstitucionais sejam claras sobre a con-tribuição, o Fisco insistia em exigir dos pro-dutores rurais pessoas físicas, que não são empresas, o recolhimento do tributo, agindo, portanto, ilegalmente. O que significa que não é válida a cobrança dos 2,5% incidentes sobre a folha de salários de seus empregados.

A ação, portanto, buscou, além da suspen-ção da exigência, a devolução das quantias pagas antes da propositura da ação”, informou a advogada da Socicana. A ação, na modali-dade coletiva, foi distribuída em fevereiro de 2010. Em 2011, foi concedida liminar, suspen-dendo a exigência do pagamento do tributo, quando, então, alguns produtores passaram a depositar o valor do tributo em juízo. A senten-

Socicana recupera quase R$ 3 milhões em tributos para os produtores

ça de procedência foi proferida em 18 de de-zembro de 2012, mas a União recorreu. No re-curso foi mantida a inexigibilidade (aquilo que não se pode exigir) do Salário-Educação pelo produtor rural e foi reconhecida a prescrição quinquenal. Isso quer dizer que os associados podem reaver os valores pagos a partir de 22 de fevereiro de 2005.

“Em abril de 2020, iniciou-se o cumprimen-to da sentença, a fim de realizar o levantamen-to dos depósitos judiciais, e foi disponibilizado o despacho autorizando o levantamento das quantias depositadas”, contou Dra. Elaine. Os valores foram transferidos aos Associados em julho deste ano.

Até o momento, foram recuperados R$ 2.900.000,00, referentes ao levantamento dos depósitos judiciais. “Os associados que não depositaram o tributo em juízo devem encaminhar, à Socicana, as guias do reco-lhimento, de 22 de fevereiro de 2005 até a presente data, para requerer a repetição do indébito junto à Receita Federal”, aconselhou a advogada. Segundo ela, o processo contou com a atuação da banca Felisberto Córdova Advogados, de Florianópolis/SC.

Produtor, procure o Departamento Jurídico da Socicana e saiba se você tem direito a

recuperar os créditos e o que é preciso fazer: (16) 3251-9250.

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Acompanhamento da Safra 2020/21 no Centro-Sul

Como descrever os principais fatores da safra atual? Uma safra com aumento expres- sivo na produção de açúcar em relação ao ciclo anterior, maior qualidade da matéria-prima (Kg ATR/ton cana) e maior rendimento nas opera-ções na lavoura.

Moagem e ATRNo acumulado (início do ciclo 2020/2021 até

16 de agosto), a moagem de cana-de-açúcar pelas usinas do Centro-Sul atingiu 373 milhões de toneladas (crescimento de 6,02% no compa-rativo com o mesmo período da última safra) e, com isso, já ultrapassamos 60% da safra colhi-da. O menor volume de chuvas, muito abaixo da média no Centro-Sul, favoreceu as operações de colheita e promoveu maior concentração de açúcares na planta. Dessa forma, em relação à qualidade da matéria-prima, em kg de ATR por tonelada de cana colhida, houve melhora: no acumulado até 16 de agosto, são 137,41 kg na atual safra, contra 130,87 kg do ciclo anterior. Apesar da estiagem ter favorecido a colheita, existe uma preocupação em relação à produti-vidade das canas de final de safra e ao desen-volvimento da soqueira para a próxima safra.

Açúcar, Etanol e PreçosNo acumulado, a produção de açúcar foi de

22,95 milhões de toneladas, contra 15,49 mi-lhões de toneladas do ciclo 2019/2020 (cres-cimento de 48%). Consequentemente, a fabri-

Depois das oscilações provocadas pela pandemia, preços começam recuperação

Socicana e o produtorNa Socicana, continua a articulação quanto ao Re-novaBio e créditos de descarbonização (CBios). “O RenovaBio é um programa fantástico criado pelo governo brasileiro, e o mundo deveria olhar para o Brasil como um exemplo. Os CBios são, a princípio, um benefício para as usinas, já que a lei prevê que somente elas podem emitir e vender os créditos. Po-rém, a Socicana e a Orplana (Organização de As- sociações de Produtores de Cana do Brasl), no âm-bito do Consecana, estão lutando para que parte destes créditos seja destinada ao produtor", revelou Kalaki. A Socicana ainda trabalha outras questões no Consecana, bem como negociações diretas com usinas. Cada vez mais, aumenta os esforços de re-presentatividade no setor.

cação acumulada de etanol teve retração; um volume 6,44% menor, totalizando 16,81 bilhões de litros, sendo 4,96 bilhões de litros de anidro e 11,85 bilhões de litros de hidratado. Do total fabricado, 807,58 milhões de litros vieram do milho.

O superintendente da Socicana, Rafael Bor-donal Kalaki, lembra que, na safra anterior, do volume total de cana nas usinas, 64% eram des-tinados ao etanol e somente 36% para o açúcar. Naquele momento, os preços do açúcar esta-vam ruins e dos etanóis (hidratado e anidro) es-tavam em bom patamar. Na atual safra, o índi-ce está em 53% para etanol e 47% para açúcar. Os preços dos etanóis estão próximos aos do ano passado, e os do açúcar estão melhores. E quando somados ao dólar, tornam o açúcar ainda mais favorável. “No início do ano de 2020 estávamos animados com os preços do açúcar e do etanol. Consequentemente, a expectativa era de ótimos preços para a cana. Porém, devi-do à pandemia, a partir de fevereiro, os preços despencaram, trazendo grande preocupação para o setor. Nos últimos meses, estes preços estão se recuperando e voltam a nos trazer um cenário otimista, não como em janeiro, mas um bom cenário", concluiu.

5Setembro de 2020

Socicana alerta: as pragas estão reduzindo a produtividade nos canaviais

As pragas são um problema que afeta a produtividade nos canaviais, causando prejuízos ao produtor. A Socicana, por-tanto, alerta o associado sobre medidas para o controle. “As principais pragas presentes na lavoura canavieira são a broca, a cigarrinha e o bicudo, que cau-sam danos aos colmos, perfi-lhos, folhas, sistema radicular e base dos colmo. A broca-da--cana (Diatraea saccharalis), a cigarrinha-da-raiz (Mahanarva fimbriolata) e o bicudo-da-cana (Sphenophorus levis) são pra-gas primárias e causam maior dano econômico, merecendo atenção safra após safra”, lem-brou Ronaldo Caporrusso, da Equipe Técnica da Socicana.

O engenheiro agrônomo destaca também o impacto no ATR. “Temos que ter um his-tórico da propriedade e dos vi-zinhos para definir quais espé-cies merecerão maior atenção durante a safra. Os prejuízos anuais, de milhões de reais, são causados por danos diretos e indiretos dos insetos-pragas. Estes insetos também podem favorecer a infecção por doen-ças como podridão vermelha (Colletotrichum falcatum) e podridão do fusário (Fusarium moliniforme). Para solucionar

estes problemas, a Socicana tem o serviço de amostragem de pragas, uma das principais medidas de manejo adotadas para a prevenção”, informa Ronaldo.

Ele comenta que o controle tem que ser eficaz, desde à implan-tação até à reforma, pois quanto maior for o número de cortes do canavial, mais alta será a infestação por pragas. Entre as carac-terísticas destas pragas, estão a adaptação ao meio ambiente, a proliferação rápida, a elevada taxa de reprodução e a capacidade de dispersão. Entres os aspectos que favorecem seu aumento es-tão a presença de palha, umidade e alimento. “O monitoramento contínuo permite estimar as densidades populacionais, fazer cál-culo de perdas, recomendações de controle, acompanhamento e resultado, bem como correções de métodos e avaliações”, explica Ronaldo.

O técnico orienta priorizar o controle biológico sempre que pos-sível; oferecer treinamento aos colaboradores e garantir a supervi-são da mão-de-obra, adotando uma visão mais geral do problema e da interferência dos métodos de controle sobre outras pragas e, principalmente, sobre o ambiente.

MIPO Manejo Integrado de Pragas é uma ferramenta aplicada em campo de extrema importância, devido à mecanização de quase 100% da lavoura, que leva ao aumento da incidência de pragas. Orientações: realize pe-riodicamente os levantamentos para que possa ter um melhor conheci-mento das pragas existentes e saber o momento e como agir; acompanhe de perto o desenvolvimento dos canaviais, observando os sinais e sinto-mas que venham a aparecer; realize avaliações e inspeções nas mudas, visando não disseminar as pragas durante o plantio; faça as operações mecânicas corretamente com o objetivo de maximizar a eficiência nas operações.

Mais informações: (16) 3251-9275 • (16) 99608-6316.

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Impactos positivos da rotação de culturas amendoim com cana-de-açúcar

Uma das ações da 7ª Fei-ra Coplana de Negócios foi a videoconferência com o tema “Os benefícios do amendoim na rotação com cana-de-açú-car”, que contou com a par-ticipação de pesquisadores, executivos e produtores. A mediação foi feita pelo geren-te de Originação da Coplana, Valdeci Malta da Silva. “Este é um tema estratégico para a Cooperativa e produtores. Conhecemos os benefícios da rotação, mas era neces- sário apresentar as experiên-cias práticas de quem vive esta realidade e seus resul-tados, com ganhos agronô-micos, financeiros, sociais e ambientais. Os convidados fizeram seus relatos com elevada qualidade técnica, e recebemos retorno muito po-sitivo sobre esta mesa redon-da”, afirmou Mineiro, como é conhecido o gerente.

Durante o encontro, foi uma unanimidade o potencial competitivo do amendoim as-sociado à cana-de-açúcar. “Os benefícios nutricionais da cul-tura do amendoim no sistema

Especialistas, executivos e produtores falam deste casamento bem-sucedido, dos benefícios agronômicos aos financeiros

produtivo da cana são inegáveis. Por exemplo, para mais ou menos 1.000 kg de vagem, estamos falando em 14 kg de ni-trogênio, 18 Kg de cálcio, 6,6 kg de magnésio, 1 kg de enxofre, além de potássio e fósforo. Este último é um nutriente-chave em termos de perfilhamento da cana-de-açúcar”, disse o Prof. Dr. Carlos Alexandre Costa Crusciol, da Unesp de Botucatu. Para ele, o amendoim é uma cultura que deixa um saldo muito positivo para a cana.

José Francisco Garcia, diretor da Global Cana, concorda. “O amendoim é excelente para o manejo do Sphenophorus levis em cana. A rotação de culturas, portanto, é fundamental para diminuir esta praga, uma vez que mesmo com o manejo no ca-navial ainda sobram alguns adultos”, explicou José Francisco, falando sobre uma das principais pragas atuais, que preocupa pela alta taxa de reprodução e capacidade de dispersão.

Outro pesquisador, o Prof. Dr. Pedro Luís da Costa Aguiar Al-ves, da FCAV/Unesp Jaboticabal, falou do controle das ervas daninhas pelo amendoim. “A cultura do amendoim tem poten-cial alelopático, ou seja, pode causar a redução do crescimento de plantas daninhas. Trata-se, portanto, de uma cultura supres-sora. Há ainda outro tipo de controle promovido pelo amen-doim, que tem um diferencial em relação a outras culturas que podem ser usadas na reforma do canavial: sua colheita/arran-quio causa o revolvimento do solo, um controle mecânico a mais”, disse Alves. Visão de executivos do setor

Para os executivos, o amendoim tem representado um bom negócio, como ressalta Márcio Della Coletta, diretor da Usina Della Coletta. “Toda a rotação de culturas é feita com amen-doim, há muitos anos. Além das melhorias que temos nas condições físico-químicas do solo, enxergamos também agora um benefício no controle do Sphenohorus levis, devido às vá-

7Setembro de 2020

rias pulverizações que a cultura do amendoim exige. O siste-ma nosso é de parceria, basicamente com os fornecedores de cana, que também são produtores de amendoim. Isso é bom, pois fortalece a relação entre fornecedor e usina. Estamos con-tentes com o amendoim. Nossa região é forte na cultura, e a associação com cana é uma prática que não pensamos em substituir. A tendência é até aumentar”, afirmou Márcio.

Vítor Montenegro Wanderley Júnior, sócio administrador da MGV e membro do Conselho de Administração da Usina Co-ruripe Açúcar e Álcool, endossou as vantagens do amendoim e comentou que há quatro anos, na usina, eram 100 hectares de canavial em reforma com a leguminosa, área que hoje chega a 4 mil hectares.

Igor Vanzela Pizzo, gerente Corporativo da Biosev, apresen-tou um panorama das unidades da empresa e mencionou que dos 30 mil hectares de canavial para reforma, 23 mil usam, na rotação, amendoim e soja. “Os benefícios do controle do Sphe-nophorus levis, conforme já foi citado, passam pelo amendoim. Há ainda os benefícios econômicos, já que a receita do amen-doim contribui muito para o resultado da área, principalmente em regiões de arrendamento. Temos a questão social, visto que o amendoim gera emprego, e os benefícios ambientais”, destacou Igor Pizzo.

Experiência do produtorO produtor contou sua experiência bem-sucedida na cultura,

como é o caso de Walter Ap. de Souza. “O plantio de amendoim em rotação com cana-de-açúcar tem trazido muitos benefícios para a nossa região, tanto no quesito agronômico como finan-ceiro. Consegue fazer com que pequenos produtores de cana se tornem grandes produtores de amendoim. Quando o pro-dutor de amendoim termina a safra, deixa a terra totalmente limpa e com matéria orgânica para que o parceiro venha com o plantio de cana-de-açúcar, o que traz um bom retorno financei-ro, para o produtor e para o parceiro", afirma Walter.

Sérgio de Souza Nakagi destacou a adaptação do amen-doim a várias condições de solo e clima e enumerou outras vantagens. “Por esta rusticidade, pode ser plantado em todo o território nacional. Por ser planta rasteira, preserva nosso solo contra erosões no período de maior precipitação. Nós trabalha-mos em parceria com produtores de amendoim, o que nos dá uma rentabilidade que ajuda a custear os insumos e contribui para o aumento da produtividade dos nossos canaviais. Gera

Prof. Carlos Alexandre Costa CrusciolUNESP de Botucatu

Prof. Dr. Pedro Luís da Costa Aguiar AlvesFCAV/UNESP

Dr. José Francisco GarciaDiretor Global Cana

Igor Vanzela Pizzo Gerente Corporativo da Biosev

Vitor Montenegro Wanderley JuniorSócio Administrador da MGV

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economia para a implementação do canavial desde o prepa-ro, eliminação de ervas daninhas, controle de pragas de solo, fixação de nitrogênio. O amendoim já é uma cultura consolida-da em nosso manejo. Só temos a agradecer. Os produtores de amendoim são guerreiros e estão de parabéns pelo seu em-

Márcio Della Coletta Usina Della Coletta

Bioenergia

Valdeci Malta da SilvaGerente de Originação da

Coplana

Walter Aparecido Luiz de Souza

Produtor Rural

Sérgio de Souza Nakagi Produtor Rural

Encontro dos produtores de amendoim

O 10º Encontro dos Produ-tores de Amendoim, dia 3 de setembro, também aconte-ceu em formato on-line, reu-nindo cooperados, diretores e executivos da Cooperativa. O presidente da Coplana, José Antonio Rossato Junior, co-mentou sobre o início de um novo ciclo. "Estamos vindo de uma das melhores safras de amendoim em preço e produ-tividade. Estamos nos prepa-rando para o próximo plantio e temos ciência de que será diferente. O Sr. Antonio José Rodrigues Filho, um dos nos-sos fundadores e primeiro pre-sidente da Coplana, dizia que é apenas no final da vida de agricultor que conseguimos

Armazém refrigerado é o destaque da edição

mensurar se a nossa jornada na agricultura valeu a pena. A nossa atividade como produ-tor é como ter uma empresa a céu aberto”, reforçou.

Uma importante notícia veio da Central de Sementes. “O ponto alto deste Encontro foi o anúncio do nosso arma-zém refrigerado de sementes que está prestes a ser concluí-do. O negócio sementes de amendoim na Coplana partiu de um grande desafio e já pas-sa a ser reconhecido como referência em padrão de qua-lidade no Brasil”, comemorou Rossato. A nova estrutura opera em condições controla-das, como explica Guilherme Salis Uitdewilligen, gerente de

penho e dedicação à cultura”, ressaltou Sérgio.

Projetos-Sementes. “A tempe-ratura é mantida da 15º C, e a umidade fica entre 50% e 60%, o que é ideal para a manuten-ção da qualidade da semente e sua longevidade”, afirma. En-tre as primeiras instalações do Brasil com estas característi-cas, esta é a maior estrutura do país, com capacidade para armazenar 5 mil toneladas.

9Setembro de 2020

Feira de Negócios Coplana

A sétima edição da Feira Coplana de Negó-cios superou metas e provou a eficácia da es-tratégia adotada. Diante das restrições impos-tas pela pandemia de Covid-19, era esperada uma retração nas negociações, mas ocorreu o contrário: as vendas ultrapassaram a edição de 2019. “O modelo ‘vamos até você’ foi muito bem aceito pelos cooperados e fornecedores, e fomos muito bem recebidos nas propriedades. O formato supriu totalmente as necessidades, inclusive criando um novo tipo de atendimen-to”, comemorou o gerente de Negócios, Cezar Cimatti.

O gerente Técnico-Comercial de Insumos fa-lou sobre a decisão de adotar um sistema prá-tico e funcional. “Criamos um modelo em que algumas ações da Feira poderiam ser execu-tadas on-line. Porém, dentro dos protocolos de

Cooperado aprova o novo formato de atendimento, e equipe supera metas

segurança, não deixamos de oferecer um aten-dimento personalizado ao cooperado, e este foi o destaque. O produtor sentiu-se mais seguro e à vontade para discutir e fechar seus negócios”, reiterou Marcelo Pacífico.

Para os resultados foi fundamental conhecer muito bem o produtor, em um trabalho de anos de acompanhamento de sua rotina. “Sabemos que estamos vivendo uma fase de mudanças em uma velocidade enorme, porém em se tra-tando das características do nosso negócio e do perfil do nosso cooperado, precisamos ter sensibilidade para administrar esta mudança”, concluiu Pacífico.

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11Setembro de 2020

Dia Nacional do Campo Limpo reúne esforços para doações a entidades sociais em todo o Brasil

A 16ª edição do Dia Nacio-nal do Campo Limpo, a exem-plo de outros eventos adapta-dos em função da pandemia, foi realizado no formato on-li-ne. Com o tema “Celebrar con-quistas e multiplicar solidarie-dade”, o evento teve, no dia 18 de agosto, atividades em 97 unidades de todo o país. O objetivo do Sistema Campo Limpo foi arrecadar nove mil cestas básicas, o equivalente a mais de 140 toneladas de alimentos, para a distribuição a entidades assistenciais. A solidariedade foi a maneira de comemorar os resultados da logística reversa de em-balagens de defensivos, uma referência mundial e que já destinou corretamente mais de 575 mil toneladas desde 2002.

A Coplana aderiu à cam-panha e converteu em 90 cestas básicas os recursos financeiros que seriam desti-nados às atividades presen-ciais. As cestas básicas fo-ram entregues ao Asilo São Vicente de Paula, em Guari-ba/SP. “Além disso, este ano, pela primeira vez, estamos

fazendo uma homenagem ao produtor que mais entregou embalagens em nossa Central, no caso, o cooperado Frank Daniel Polegato, que alcançou o maior volume de agosto de 2019 a agosto de 2020”, explicou o responsável pela Unida-de, Fábio Elias (acompanhe os detalhes na próxima edição). O inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embala-gens Vazias), entidade gestora do Sistema, e revendas são responsáveis por promover as doações neste ano. “O Sis-tema mobilizou a comunidade para celebrar a data prati-cando o bem. Ao mesmo tempo em que reconhecemos o empenho de todos que mantiveram o Sistema funcionan-do com segurança e eficiência, reafirmamos nosso com-promisso com a construção de uma sociedade melhor”, destaca João Cesar Rando, diretor-presidente do inpEV. No dia 18, o Canal Terra Viva exibiu o programa "Agro 360 - Es-pecial Dia Nacional do Campo Limpo". Com a participação de representantes da cadeia produtiva e convidados, o programa mostrou ações de solidariedade em todo o Brasil. Na mesma semana, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo promoveu o “Dia de Campo: Caminhos do Agro SP”, e as redes sociais do inpEV divulgaram iniciativas das cen-trais, visitas virtuais às unidades de recebimento e uma apre-sentação teatral, direcionada a alunos do Ensino Fundamental.

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Doações a entidades marcam o Dia Nacional do Campo Limpo

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5,44

145,9

4

1ª Q A

GO13

9,40

151,2

5

2ª Q A

GO14

8,08

154,3

2

1ª Q S

ET14

9,52

2ª Q S

ET15

0,30

1ª Q O

UT14

5,95

2ª Q O

UT13

9,78

1ª Q N

OV13

9,87

2ª Q N

OV

ATR

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ução

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1ª Q A

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2,32

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FRA 1

9/20

SAFR

A 20/2

1

2ª Q A

BR11

7,56

121,4

8

1ª Q M

AI11

9,40

126,1

1

2ª Q M

AI12

5,73

131,9

5

1ª Q J

UN13

2,81

137,0

3

2ª Q J

UN13

6,62

138,9

1

1ª Q J

UL14

0,28

142,4

7

2ª Q J

UL13

8,47

148,5

1

1ª Q A

GO14

5,36

151,0

0

2ª Q A

GO14

9,18

153,4

6

1ª Q S

ET15

0,33

2ª Q S

ET15

3,67

1ª Q O

UT14

9,02

2ª Q O

UT14

7,44

1ª Q N

OV14

1,67

2ª Q N

OV13

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170

160

150

140

130

120

110

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160

150

140

130

120

110

100 90

1ª Q A

BR11

1,52

124,0

2

2ª Q A

BR11

6,93

132,2

9

1ª Q M

AI11

7,94

128,0

8

2ª Q M

AI12

9,90

134,1

9

1ª Q J

UN12

8,18

131,6

1

2ª Q J

UN12

9,61

137,7

3

1ª Q J

UL12

8,53

142,3

8

2ª Q J

UL13

4,60

150,2

4

1ª Q A

GO14

2,23

152,6

9

2ª Q A

GO15

0,45

153,8

0

1ª Q S

ET15

3,41

2ª Q S

ET15

6,33

1ª Q O

UT15

2,64

2ª Q O

UT14

6,45

1ª Q N

OV14

5,61

2ª Q N

OV

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ABR

60,18

71,98

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R$/KG

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67,69

JUN

59,21

74,03

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59,46

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AGO

57,02

71,70

SET

57,11

OUT

56,91

NOV

62,82

DEZ

63,35

JAN

67,40

FEV

71,56

MAR

78,15

60,18

71,98

71,70

73,82

74,03

67,69

59,61

59,46

57,02

56,91

57,11

62,22

62,82

63,35

67,40

71,56

78,15

MESE

S DA S

AFRA

SAFR

A 19/

20SA

FRA 2

0/21

ABR

49,90

72,44

80,00

70,00

60,00

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

-

R$/SC

MAI

50,83

71,99

JUN

48,15

61,36

JUL

46,18

57,82

AGO

48,55

62,44

SET

48,42

OUT

46,82

NOV

48,53

DEZ

50,04

JAN

53,72

FEV

60,60

MAR

71,34

72,44

71,99

49,90

48,15

46,18

46,82

48,55

48,42

48,53

50,83

50,04

53,72

60,60

61,36

62,44

57,82

71,34

Font

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112,32

117,56

119,40

125,73

132,81

136,62

103,10

118,63

120,55

124,42

130,50

132,53

137,65

141,03

145,94

151,25

154,32

106,68

115,27

117,67

123,08

131,38

111,52

116,93

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21 =

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170

160

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BR

112,6

2

2ª Q A

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0,20

118,9

0

1ª Q M

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6,15

125,1

5

2ª Q M

AI12

3,81

129,7

0

1ª Q J

UN12

5,83

135,4

6

2ª Q J

UN13

1,34

140,1

1

1ª Q J

UL13

4,75

144,1

2

2ª Q J

UL14

2,66

150,4

7

1ª Q A

GO14

5,31

155,9

1

2ª Q A

GO15

1,02

160,1

8

1ª Q S

ET15

1,27

2ª Q S

ET15

1,67

1ª Q O

UT14

8,65

2ª Q O

UT14

4,49

1ª Q N

OV2ª

Q NOV

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USIN

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A 19/

20

SAFR

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SAFR

A 19/

20SA

FRA 2

0/21

SAFR

A 19/

20SA

FRA 2

0/21

117,94

129,90

128,18

129,61

128,53

134,60

142,23

150,45

153,41

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152,64

146,45

145,61

110,20

116,15

123,81

125,83

131,34

134,75

142,66

145,31

151,02

151,37

151,67

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140,28

138,47

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150,33

153,67

149,02

147,44

141,67

137,78

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135,44

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148,08

149,52

150,03

145,95

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153,46

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155,91

160,18

SAFR

A 19/2

0SA

FRA 2

0/21

SAFR

A 19/2

0SA

FRA 2

0/21

SAFR

A 20/

21