Ano 6 - nº 27 - Edição: Novembro/Dezembro ... · Liderança Feminina da Frísia. Diário dos...

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1 | Revista Frisia em Foco FRÍSIA FRÍSIA COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL REVISTA EM FOCO Ano 6 - nº 27 - Edição: Novembro/Dezembro www.frisia.coop.br COOPERATIVA Resultados de um trabalho unido

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FRÍSIAFRÍSIA COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL

REVISTA

EM FOCOAno 6 - nº 27 - Edição: Novembro/Dezembro

www.frisia.coop.br

COOPERATIVAResultados de um trabalho unido

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RICRURALReportagem especial com Renato Greidanus sobre a mudança de marca da Frísia Cooperativa Agroindustrial, por Sergio Mendes. Mais na página do RicRural:

RICRURALO RIC Rural também mostrou a história da cooperada pecuarista Marlene Kaiut que tem no empreendedorismo e no planejamento as suas principais razões para continuar um negócio de sucesso no campo. Confira na página do RicRural:

DIÁRIO DOS CAMPOSMulheres recebem estímulo para crescer e empreenderCapa com a cooperada Marlene Kaiut, o jornal trouxe reportagem sobre o tema do cooperativismo e o incentivo que a Cooperativa fornece aos associados, citando também o Programa de Desenvolvimento da Liderança Feminina da Frísia. Diário dos Camposedição 32.653 de 17 de outubro de 2015.

Encerramos mais um ano de realizações, trabalhos concluídos e muitas novas

projeções. Foi um ano especial e esperamos que assim sejam todos

os próximos que virão. Ainda temos muitos desafios pela frente e podemos

perceber isso pela forma como vemos a evolução dos negócios da cooperativa:

reinventamos nossa produção e já inauguramos três indústrias,

consideradas exemplos de modernidade e inovação; vamos ter novas sedes e

chegamos ao Tocantins. E o que esperar de 2016? Que continuemos a colher os bons frutos que foram semeados

com o trabalho cooperado e unido dos associados e colaboradores da Frísia.

Desejamos um ótimo final de ano e que o próximo inicie com paz e prosperidade

a toda Família Frísia.

http://pr.ricmais.com.br/ric-rural/

http://pr.ricmais.com.br/ric-rural/

VOCÊ VIU?Carta doPresidente

EXPEDIENTE

CONFIRA

DIRETORIA EXECUTIVADiretor PresidenteRenato João de Castro GreidanusDiretor Vice-PresidenteGaspar João de GeusDiretor SecretárioJohannes Artur van der MeerDiretores ConselheirosBernardo G. van Santen

Av. dos Pioneiros, 2324 | Carambeí - PR | Cx. Postal 1101 | CEP 84145-000 | (42) 3231-9000 | www.frisia.coop.br

Luiz Henrique de GeusRobin VinkSérgio Augusto SpinardiCONSELHO FISCALRichard Franke DijkstraRaphael C. HoogerheideDiretor SecretárioDaniel Vriesman SobrinhoGeraldo SlobJanus Katsman

Pleun Arthur VoorsluysADMINISTRAÇÃOGerente GeralAntonio Carlos CamposGerente de Negócios CorporativosPaulo R. MarcheziniAgrícolaAnacleto Luis FerriLácteos

Edmilton Aguiar LemosPecuáriaMauro Sérgio SouzaGestão de PessoasWalter P. RibasFábrica de RaçõesAlmiro Renei BauermannServiços e LogísticaRonald EikelenboomMoinho de Trigo

Estefano Stemmer Jr.ComercialMário DykstraJornalista ResponsávelVivian Dátola de MelloMTb 7032/PRREDAÇÃOLuciano TononVivian Datola de Mello

COLABORADORAmauri Castro de OliveiraEdilson LemosDIAGRAMAÇÃOCasa da ComunicaçãoFOTOSAssessoriaBrian BaldratiEdison LemosMarcia Ferraz

Raul Voorsluys Ricardo RossiRodrigo CovolanRodrigo CzekalskiTerra Verde

InformaçõesTel. (42) 3231-9020 / [email protected]

Mercado

Agricultura

Pecuária

Capa

Especial

Indústria

Ambiental

Geral

Gastronomia

Perfil

Como posso ajudar

Repórter por um dia

030506101316171822242627

Renato J. C. Greidanus

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BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES

SUINOCULTURA DISCUTE

RESISTÊNCIA BACTERIANA

MERCADO

Bactérias multirresistentes têm sido motivos de pa-lestras e discussões pelo mundo inteiro. O tema, que não é novidade, vem sendo trabalhado constante-mente dentro da saúde animal, com a observação do número de casos que aumentaram ao longo do tempo.A resistência bacteriana é a capacidade que estes micro-organismos têm de suportar a atuação de an-tibióticos ou outros biocidas usados na medicação de animais, para o controle de nocividades. O que gera a resistência, usualmente, é a dose do medica-mento ou aplicação erradas. A dosagem equivocada não cria o efeito esperado para o combate à bactéria e o animal desenvolve resistência ao medicamento, fortalecendo a infecção que está no organismo.Na suinocultura, o assunto é de preocupação para produtores, técnicos e médicos veterinários, sendo observado pelos profissionais da Cooperativa que, visando a excelência da produção e o atendimento

ao cooperado, buscam por instruções de estudiosos do assunto, trazendo palestras técnicas aos suino-cultores (ver box).O que a maioria dos especialistas defende é que a melhor tratativa para estes casos é a prevenção. O acompanhamento do médico veterinário e a aplica-ção correta do antibiótico receitado para casos de doenças é o que garantirá que a infecção não se ex-panda e ocorra a cura.O acompanhamento da saúde animal faz parte dos procedimentos de bem-estar animal, essencial na produção e industrialização de carnes e, por con-sequência, na comercialização. “Este tema é funda-mental para o momento que estamos vivenciando, em que o mercado externo estabelece critérios rí-gidos de controle e para desenvolvermos alternati-vas para o uso prudente de medicamentos”, explica Kialane Pagno, médica veterinária no departamento de Suinocultura.

A equipe técnica de suinocultura da Cooperativa, cooperados, gerentes e colaboradores de granjas de suínos participaram de evento para discutir Bactérias Multirresistentes.Com o palestrante William Costa, os participantes conversaram sobre as exigências do mercado para a redução do uso de antibióticos, a responsabilidade e o impacto das ações do público que trabalha com suinocultura.O evento reuniu cerca de 70 pessoas.

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Cassio Bittencourt Pinheiro é o nome dele. O cooperado da Frísia ganhou uma viagem técnica aos Estados Unidos e disse que ficou surpreso com a vitória. “Eu não esperava uma qualidade tão alta nesse milho. O Ricardo e o José Adão, meus fun-cionários, tinham que estar aqui. Essa conquista é deles também”, comentou.O produtor já faz planos para a viagem que ganhou: “Quero ver os maquinários e admiro muito o jeito que eles trabalham lá e quero ver isso de perto. Estou bem animado”. Entre 192 inscrições – novo recorde do concurso – a silagem da propriedade dele obteve a melhor nota: 94,901. A diferença entre os três primeiros foi de 0,9 pontos.Avaliando os dados deste concurso, em relação aos anos anteriores, a pesquisadora e integrante da co-missão organizadora Maryon Strack Dalle Carbonare apontou que esta foi uma edição histórica. “Para se ter uma ideia, no ano passado o campeão fez 90,18 pontos. Este ano, as dez melhores silagens ficaram acima disso. O Cassio teve a melhor pontuação de todas as edições do concurso! ”, informou.Com a conquista, o produtor castrense também le-vou para o pódio os técnicos Jeroen de Best e Elcio Rangel Golombieski, a prestadora de serviços Gar-cia Silagem, a Pioneer pelo híbrido P 32R22H e a John Deere pela ensiladeira. Entre os dez melhores, seis são associados da Frísia. Eles receberam pre-sentes, medalhas e troféus.Os assistentes técnicos Michael Warkentin e Ricardo Bosch, ambos da Frísia, também foram presentea-dos pelo maior número de inscrições.De acordo com Igor Quirrenbach de Carvalho, coor-denador de Forragicultura na Fundação ABC, assim como nos anos anteriores, o perfil da maioria das

silagens participantes do concurso foi de híbridos de alta tecnologia, com colheita terceirizada e sem utili-zação de inoculante.A maioria dos silos era do tipo trincheira, cobertos com terra e lona preta-branca. “Neste ano a quali-dade das silagens teve um pequeno aumento em relação aos anos anteriores, porém o ponto de corte pode melhorar, pois apenas 45% das amostras es-tavam no ponto. E o tamanho de partículas também, principalmente na quebra de grãos (3ª peneira)”, destacou.Para Diogo Vriesman, gestor do Grupo Melkstad, em Carambeí, que ficou com a segunda colocação “o resultado da qualidade da silagem a gente percebe na ordenha das vacas, já atingimos 40,2 litros de média”, comemorava.

8º CONCURSO JÁ TEM 7 INSCRIÇÕESAs inscrições para a próxima edição do concurso já estão abertas para associados da Frísia, Castrolan-da, Capal e Coopagrícola e produtores contribuintes da Fundação ABC. O prazo vai até 17 de junho de 2016.Para participar, o produtor de solicitar a coleta de amostra a um dos técnicos, no departamento de Pe-cuária da sua cooperativa. Para amostras enviadas ainda este ano, o custo é de R$ 190. A partir do ano que vem, R$ 200. O primeiro colocado ganha troféu e uma viagem técnica aos Estados Unidos.Durante a apresentação que fez ao público presen-te, Igor adiantou que algumas mudanças devem ocorrer no modelo de avaliação. Isso será decidido em reunião com representantes das cooperativas e comissão organizadora. Mais informações? Acesse www.fundacaoabc.org.br/forragicultura ou escreva para [email protected].

VENCEDORES DO CONCURSO DE SILAGEM 2015

Com informações da Assessoria de Imprensa da Fundação ABC

AGRICULTURA

COOPERADO DA FRÍSIA VENCE CONCURSO

CONCURSO DE SILAGEM FUNDAÇÃO ABC

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A maior fazenda leiteira da região dos Campos Ge-rais está surgindo no município de Carambeí. Situada estrategicamente dentro de uma propriedade agríco-la de 1.700 hectares, a Fazenda MelkStad é resulta-do da associação de seis cotistas, empreendedores, todos associados à Frísia, que decidiram se unir para tornar realidade um projeto trabalhado por Diogo Vriesman, zootecnista e gestor do Grupo MelkStad. “A gente trabalha como uma empresa, com todas as suas regras e os investimentos são submetidos à discussão do Conselho, onde todos pensam em conjunto sobre as melhores alternativas, mas com o DNA do cooperativismo impregnado em todo o pro-jeto. A nossa região só tem o perfil que possui hoje graças às cooperativas e nós temos que copiar o que está dando certo”, depõe Vriesman.Concebida para abrigar 1.800 vacas em lactação e produção de quase 70 mil litros/dia, a fazenda iniciou as obras em maio de 2014 e começou a operar em fevereiro de 2015. Dos seis confinamentos projeta-dos, três estão prontos, acomodando 300 animais cada um. Toda parte de ordenha e manejo está con-cluída.“Estamos no meio de uma fazenda onde toda comi-da está em volta, o que torna barata a produção de volumoso”, detalha Diogo.Vriesman conta que todo layout da fazenda é resulta-do do que viu em visitas na Alemanha, Holanda e Es-

A organização do trabalho na Fazenda MelkStad prevê que as bezerras nasçam e permaneçam no máximo até

3 dias no confinamento para beber o colostro. Depois seguem para a recria na Fazenda Pereira, de onde

voltam para o pré-parto. A fazenda também foi dividida em setores, onde cada divisão possui um responsável:

ordenha, medicação; pré e pós-parto; alimentação; casqueamento e de reprodução.

Abastecido por um carrossel capaz de ordenhar 300 vacas por hora, em cinco meses de produção a fazenda tem registrado índices compensadores: média de quase

36 litros/vaca/dia entregues.Esses índices, segundo Diogo, significam que a forma

como o projeto foi montado está dando certo e o manejo está bom, compreendido aí alimentação e

conforto. A reprodução também está boa, o peso médio na desmama alcança 110kg aos 70 dias. A idade média do 1º parto está em 23 meses, com os animais parindo

com peso cerca de 580 kg.“A nossa meta não é sermos os maiores produtores

de leite da região ou do Brasil, e sim os mais eficientes e foi para isso que juntamos forças. Se a cadeia não

estiver fortalecida não adianta nada nós estarmos fortes”, conclui Vriesman.

MELKSTAD: MAIOR EMPREENDIMENTOLEITEIRO DO SUL DO BRASIL

GERENCIAMENTO

PECUÁRIA

Diogo Vriesman – zootecnista e gestor do Grupo MelkStad

Carrossel capaz de ordenhar 300 vacas por hora

...todos pensam em conjunto sobre as melhores alternativas, mas com o DNA do cooperativismo impregnado em todo o projeto.

“”

tados Unidos. “Peguei as ideias boas, especialmente de fazendas de 4 a 8 mil vacas que visitei nos EUA e esse desenho de instalações permite um fluxo rápido de vacas, diminuindo muito a quantidade de mão--de-obra no manejo dos confinamentos.”, detalha o zootecnista.

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Com três anos de atividades, o Centro de Recria Frísia ocupa uma área de 38 hectares na localidade de São João, em Carambeí, e já contabiliza centenas de animais entregues aos pecuaristas associados. Com instalações simples, dimensionadas para receber até 600 animais, a estrutura foi criada pela cooperativa visando facilitar a vida do produtor de leite.O seu objetivo é terceirizar a recria permitindo ao produtor focar na produção, tirando as bezerras da propriedade e aumentando a produção de leite; facilitar o melhor cuidado aos animais em lactação;

entregar animais bem-criados, paridos no tempo certo, garantindo a reposição do rebanho de forma mais rápida. “Muitas vezes o cuidado com as novilhas na propriedade é marginalizado porque o produtor não tem tempo para elas, em função do cuidado com a produção. Já no Centro de Recria, o cuidado com esses animais é incentivado de maneira a criar um animal bem formado, mais produtivo”, informa o zootecnista Jeroen de Best, coordenador técnico responsável pela recria.As bezerras chegam ao Centro de Recria a partir dos 4 meses e saem entre 7 e 8 meses de prenhez, ou

CENTRO DE RECRIAcomo funciona?

cerca de 21 a 22 meses de idade. O produtor precisa estar com a situação sanitária da propriedade em dia há pelo menos 3 anos para poder enviar seus animais, especialmente em relação à tuberculose e brucelose. Mesmo assim, os animais são submetidos a um isolamento de 60 dias ao ingressar no Centro de Recria.Durante o período de recria, a alimentação de bezerras e novilhas é constituída de silagem de milho, pré-secado de aveia, sal mineral e ração B-18, que varia de acordo com a faixa etária. Animais maiores recebem maior quantidade de forrageiras e menos concentrado e os menores recebem mais ração. Essas necessidades são identificadas através de tabela de acompanhamento. Os animais são mantidos em piquetes com pastagem perene e recebem trato no cocho, em pavilhões.Os custos de estadia dos animais são cobrados

mês a mês, através de rateio entre os participantes, sem margem. A cooperativa não oferece subsidio, mas também não visa lucro, apenas a prestação de serviço. É cobrado apenas o que é gasto. “Por isso é interessante que haja bastante animais, porque aí os custos se diluem e fica mais barato para todos os participantes”, informa Jeroen, lembrando que as instalações são simples e não requerem cuidados caros de manutenção.O sêmen é o único item que é cobrado a parte. Cada produtor deve fornecer o sêmen do seu interesse, mais uma lista de opções dos animais cujo sêmen ele queira inseminar. A inseminação é feita pelo Centro de Recria. Em relação a sanidade, se pauta por um calendário de vacinação bem completo, cuidando de imunizar os animais contra Aftosa, IBR, Leptospirose, BVD, tudo que deveria ser feito em qualquer fazenda.

RECRIA

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Controlar a infestação de lagartas desde o início é o grande desafi o do sojicultor

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A cultura de soja ocupa hoje 55% da área total de grãos do Brasil (Agroconsult), e, apesar do crescimento marcante, os agricultores ainda enfrentam, além de desafi os climáticos e fi nanceiros, a crescente infestação de pragas na lavoura.

Atualmente as lagartas desfolhadoras têm causado grandes problemas, principalmente pela ascensão dos ataques da Falsa--medideira (Chrysodeixis includens) nas últimas safras e pela recente entrada da Helicoverpa armigera no Brasil. Estas duas espécies, que alcançaram todas as regiões produtoras de grãos do país, atuam em todas as fases do cultivo, causando até 100% de desfolha e 70% de prejuízo no rendimento das lavouras.

A Falsa-medideira consome em média 180 m2 de folha de soja durante a fase larval. Além disso, o hábito de se alimentar no terço médio e inferior das plantas a partir do pré-fechamento da cultura difi culta seu controle, já que fi ca menos exposta à ação dos inseticidas.

A Helicoverpa armigera ataca a cultura desde a emergência atéo fi nal da fase reprodutiva. No início do cultivo, o problema são

as lagartas grandes provenientes dos restos culturais ou de hospedeiros alternativos que atacam as plântulas, causando grande redução no estande da cultura. Já no início do período vegetativo, as lagartas novas alojam-se no interior dos trifólios que ainda não abriram, o que difi culta a sua visualização e o momento correto de intervenção para o controle. Na fase reprodutiva, o ataque é direto aos grãos no fechamento da cultura, diminuindo a exposição à ação dos inseticidas.

Para enfrentar estes problemas, a recomendação dos pesquisadores é que sejam usados produtos com amplo espectro de ação e alta velocidade de controle logo no início do ciclo da cultura da soja, evitando redução no potencial produtivo causado pela desfolha. Esta ação também evita, consideravelmente, que a população de lagartas aumente no período reprodutivo da soja, quando a planta apresenta a arquitetura fechada e o manejo se torna ainda mais difícil. Além disso, o uso indiscriminado de inseticidas com o mesmo mecanismo de ação deve ser evitado, priorizando-se a rotação com produtos que apresentem modosde ação diferentes.

Exalt® é um inseticida com modo de ação exclusivo recentemente lançado pela Dow AgroSciences. Com a dose de 75 mL/ha, apesar de ser um produto que pode ser aplicado durante todo o ciclo da soja, Exalt® traz como grande diferencial, além do controle efetivo do complexo de lagartas, uma maior velocidade de controle (altíssimo efeito de choque) comparado com outros produtos, como, por exemplo, as diamidas. Por este motivo sugere-se que Exalt® seja o primeiro inseticida a ser aplicado na lavoura de soja. Um efetivo controle inicial da infestação de lagartas resultará em maior produtividade.

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% Controle do complexo de lagartas

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Tratamento de sementes, herbicidas, inseticidas e fungicidas para proteger a sua lavoura em todas as fases do ciclo da planta, aumentando a produtividade e a qualidade do grão.

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CAPA

COOPERATIVA RESULTADOS DO TRABALHO UNIDO

Um salto de 10% no faturamento das 223 cooperativas do Paraná acaba de ser confirmado

pelo setor em 2015. A receita bruta do cooperativismo subiu de R$ 50 bilhões em 2014 para R$ 55 bilhões, segundo a Organização das Cooperativas do Paraná (OCEPAR). O índice de

crescimento é o mesmo do ano passado, apesar do agravamento da crise econômica nacional.

Segundo reportagem da Gazeta do Povo, em 30

novembro de 2015:

O QUE?

Se 2015 foi um ano temeroso para muitos, outros utilizam momentos de crise como alavanca para

novas projeções. Uma cooperativa se faz com um conjunto de trabalhos e ajuda mútua, onde os

sócios são o pilar de sustentação uns dos outros. E com essa união é que conseguimos enxergar além e

usarmos o aprendizado deste ano para buscarmos um futuro ainda melhor para toda cooperativa.Superar momentos de inconstância financeira e de adversidades climáticas que atrapalham

diretamente a produção é trabalho de muita atenção para que a fortaleza de ser uma cooperativa se

sobressaia perante os problemas que acercam os associados.

No ano que se encerra, pudemos enxergar grandes passos tomados pela Frísia, indo na contramão do

momento crítico passado no país: inauguramos a Unidade Produtora de Leitões, a Unidade Industrial

de Carnes, iniciamos as obras em Tocantins e estamos em plena execução das obras do Centro

Administrativo e da Unidade de Tibagi. Mas o que nos faz diferentes e continuarmos a

investir e a projetar? É a força da união dos cooperados.

Estamos inseridos na maior bacia leiteira do Brasil, o nosso leite tem a garantia da melhor qualidade

pelos nossos produtores, atendemos a clientes de todo o país através da venda do pool de leite da

intercooperação e ainda produzimos o melhor leite com a nossa marca Colônia Holandesa.

Há também a suinocultura, abrindo um novo caminho dentro da cooperação. Mesmo com muitos

cooperados já produtores deste ramo, em 2015 a Frísia oficializou a produção de suínos com a UPL,

dando margem para novos ou antigos associados entrarem no negócio pecuário desta criação.

Na agricultura, há o produtor do milho, da soja e do trigo alavancando renda de toda a região e

fornecendo matéria prima para o moinho de trigo produzir a farinha Herança Holandesa. A Fábrica de Rações e o Negócio Sementes que fornecem

diretamente ao cooperado o melhor alimento para a criação e a melhor semente para o plantio, a um

custo viável e com a melhor qualidade.Dentro da cooperativa, o produtor ainda consegue

fazer compras de todos os itens que necessita para sua atividade, desde em construção civil a

equipamentos nas Lojas Agropecuárias.E, todas as atividades são administradas

por equipes capacitadas que conduzem os negócios com os quais o associado não precisa

se preocupar: compras e vendas, crédito, financiamento e tantas outras ações que facilitam

a rotina de trabalho, todas centralizadas e trabalhando em prol do cooperado.

São essas razões que fazem com que a cooperativa almeje sempre o crescimento,

alavancando diretamente o negócio de seus associados e a economia da região onde está

inserida. Quando não conseguimos alcançar grandes resultados em uma margem do

negócio, tentamos equilibrar com outra e isso é cooperação.

Que o próximo 2016, já repleto de desafios e esperança de boas novas, seja recebido com

cautela, mas com a força de um trabalho, que unido, traz cada vez mais resultados.

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01 - Unidade Industrial de Carnes 02 - Dia do Cooperado e aprovação da mudança de

denominação social de Batavo para Frísia.03 - Turma 2 PDLF

04 - Inauguração UPL05 - Assembleia Geral Ordinária

06 - EXPOFRÍSIA

07 - Novo Centro Administrativo08 - Inauguração UIC09 - COOPERJOVEM

10 - Encontro de Mulheres Cooperativistas11 - Expositores | EXPOFRISIA

12 - Dia da Mulher13 - Exposições e Feiras: Efapi, Expotexas, Feira do Agronegócio em Irati e Fernandes

Pinheiro. 14 - Intercooperação

15, 16 e 17 - Noite Festiva

FECHANDO 2015 COM

MUITA COOPERAÇÃO

Renato Greidanus, presidente da Frísia.

Não estamos na contramão da crise. Estamos de mãos dadas para enfrentá-la. Juntos, somos melhores.

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Noite Festiva2015

ESPECIAL

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Celebrando as ConquistasDE UMA VIDA DE TRABALHO

Festejamos muitos momentos em nossas vidas, do nascimento às mais diversas vitórias que o caminho proporciona a cada um. O trabalho é um trajeto de realizações percorrido com os mais diferentes obstáculos e suas conquistas devem ser celebradas sempre.Com esse espírito de conquista somado à união de um povo que há 90 anos trabalha com cooperação, os aniversários de associação dos cooperados da Frísia são comemorados durante o evento Noite Festiva.Como não poderia ser menos especial, este ano foi um marco histórico para a Frísia e à todas as famílias que fazem parte desta trajetória de sucessos. E foi com essa alegria que aconteceu a Noite Festiva 2015, evento que marcou mais

uma vez as comemorações dos 90 anos de cooperativa. O trabalho deve ser celebrado como um nascimento, momento em que o homem passa a maior parte de sua vida dedicado às funções que trarão a sobrevivência e o aprendizado que seguirão com ele e serão passados de geração em geração. Trabalhar na terra e com as criações, dividindo conhecimento e cooperando com o próximo é o que realizamos todos os dias com os ensinamentos dos nossos antepassados, conquistando cada vez mais um novo espaço, uma nova oportunidade, através de novas gerações, mas seguindo sempre a mesma essência cooperativista. Trabalho com cooperação. É o que faz a nossa história.

Com a presença de 1800 convidados, entre cooperados, colaboradores e parceiros comerciais, o evento aconteceu no final de outubro e iniciou com as homenagens aos que comemoraram a partir de 25 anos de associação. Entre os 42 homenageados, Willem de Geus recebeu seu troféu

Homenagens e Surpresas a um Público Especial

WILLEM DE GEUS65 anos decooperativismo

por 65 anos como cooperado, o mais antigo em atividade do Paraná.Para deixar a noite ainda mais especial, a dupla Chitãozinho e Xororó se apresentou e emocionou os presentes, cantando suas famosas músicas de sertanejo raiz.

Cooperados durante Noite Festiva 2015

Willem de Geus - homenageado

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THEODORO LOSHENDRIK BARKEMA

55 anos decooperativismo

CONRADO BARTHWILHELM AUGUST SCHULLERARTUR CELSO MARTINS TAQUES

45 anos decooperativismo

DANIEL VRIESMAN SOBRINHONICOLAAS JOHANNES BIERSTEKERGERRIT SLOBVICENTE KMIECYCKWALDEMAR VRIESMAN

40 anos decooperativismo

BAUKE DIJKSTRAPAULO PROCOPIAK DE AGUIARGERALDO VERSCHOORHENRIQUE ANTON HARMSJACOB CORNELIO AARDOOMMADALENA ANA KRAWCZYKJAN UBEL VAN DER VINNEDORNELES JOAO LOSPAULO LOS

35 anos decooperativismo

HORST HARTWIG HINSCHING ROBERTO TSUTOMU HIROOKAMANOEL HENRIQUE PEREIRA JUNIORSERGIO AUGUSTO SPINARDIHERMANN CHRISTIAAN H. WELLINGJORGE ERNESTO RICKLILEENDERT ARI BOERARTHUR GILBERTO VOORSLUYSJACOB LEONARDO VOORSLUYSTEREZA EMA BARTH FITTKAU

30 anos decooperativismo

LUIZA MADALENA EBERLINGERALDO SLOBELFRIEDA PAULA RIEWE LOSRICARDO SLEUTJESNILSON MARCOS BAIERWILLEM BOERMARILENE JOHANNA DE GEUS EIKELENBOOMNELIA ROSINA DE GEUS MENARINALVARO JOSE SCURUPAALEXANDRO VRIESMANCARLOS FREDERICO MARGRAF JUNIORCORNELIO VRIESMANLEONIDES DEGRAF

25 anos decooperativismo

Cooperados e colaboradores que fazem a história da Cooperativa

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Prosperação é a palavra que define o momento que a cooperativa viveu nos últimos tempos. A Frísia trabalha com o que há de melhor: a de-dicação dos seus associados nas suas produ-ções, resultando novas possibilidades em am-pla gama de negócios.Após anos no setor agrícola e pecuária leiteira, o novo investimento da cooperativa estendeu seu mercado a um nicho diferente: a suinocul-tura. A criação de leitões para abate há tempos acontecia em muitas propriedades de coopera-dos e em 2015, a Frísia incorporou o setor em seus negócios com os associados.Em agosto, foi inaugurada a UPL – Unidade Produtora de Leitões que, além de ser a mais moderna granja de grande porte do Brasil, abriu ainda mais oportunidades aos cooperados. A unidade inicia todo o processo de gestação e amamentação do animal e o produtor recebe o leitão para terminar a engorda e repassar para o abate e industrialização.Completando o ciclo produtivo, a Frísia, através da intercooperação com a Castrolanda e Capal, construíram a mais moderna indústria de abate e produção de carnes na região dos Campos

Gerais: a Unidade Industrial de Carnes, que foi inaugurada em outubro. Um investimento, que girou em torno de R$500 milhões, foi pensado e estruturado para gerar renda, emprego e con-tinuar com a produtividade dentro das próprias famílias de cooperados.“O agronegócio abre portas para muitas fren-tes. É papel da cooperativa oferecer aos asso-ciados as oportunidades de negócios em que elas podem atuar. O processo de industrializa-ção ocorre naturalmente a partir do momento que temos pessoas que trabalham e prospe-ram junto com a cooperativa”, analisa Renato Greidanus, presidente da Frísia. A UIC produz com a marca Alegra cortes suí-nos, já exporta para 14 países e recém entrou no mercado regional com embutidos e produ-tos feitos com a carne. “Esta é mais uma con-quista da intercooperação. É a força da união investindo em novos negócios e mostrando que dá certo, sem perder a essência e o espíri-to que uma cooperativa traz do berço: o traba-lho sempre prosperando, mostrando que juntos somos mais fortes”, finaliza Renato.

A inauguração da UIC aconteceu em outubro com a presença de cerca de 500 pessoas, entre cooperados, autoridades públicas, convidados e imprensa. Localizada em Castro, a indústria recebeu os convidados para uma cerimônia que teve como marco a entrada da marca Alegra no mercado regional.

INAUGURAÇÃO

Momento de descerramento da faixa inaugural da Unidade Industrial de Carnes

NOVOS RUMOS. NOVOS NEGÓCIOS

INDÚSTRIA

Renato Greidanus, Frans Borg e Erik Bosch

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Quando falamos em energia elétrica, o uso consciente já passou a ser uma prioridade para todos. Além de não existir a necessidade de um consumo excessivo de eletricidade (principalmente a doméstica), ainda há o fator econômico. Com o aumento significativo do valor que é pago mensalmente, o consumidor se sentiu obrigado a economizar. Seja por qualquer razão, a consciência acaba chegando a todos em algum momento.Há diversas alternativas para se consumir menos e de forma mais sustentável. A troca de lâmpadas incandescentes por fluorescentes e as novas tecnologias com iluminação por led são atitudes que contribuem com o meio ambiente.Ser sustentável nem sempre é economizar monetariamente na aquisição do produto, mas sim trocar um bem não durável por algo que tenha maior tempo de vida, mesmo que custe um pouco mais caro. Uma lâmpada de led, por exemplo, chega a custar três vezes mais que a fluorescente, mas seu tempo de uso é de aproximadamente 10 anos, além do consumo de energia ser significativamente menor. E ainda há mais uma vantagem: a possibilidade de reciclar ou reaproveitar os materiais que compõem a lâmpada led assim que a vida útil tiver fim.Mas ser sustentável não para por aí: é preciso saber como descartar o que usou. As lâmpadas fluorescentes, por exemplo, contêm componentes químicos em seu interior, dificultando o descarte. Como a maioria dos imóveis domésticos e comerciais, as granjas e barracões funcionam com lâmpadas fluorescentes, a alternativa é guarda-las após o final da vida útil, para uma posterior coleta e destinação adequada.É um círculo vicioso: se descartamos nossos resíduos de forma errada, comprometemos a natureza e a sua capacidade de nos prover de recursos naturais para as nossas necessidades, como a água de qualidade. Com uma geração

cada vez maior de resíduos e escassez de recursos, dificultamos o equilíbrio do planeta e a sustentabilidade ambiental.O Departamento Ambiental da Frísia realizou a coleta de lâmpadas usadas nas unidades próprias e lojas e deu a elas o devido destino. Uma empresa especializada retirou o material na Matriz e realizou o processo de descontaminação, que consiste em extrair os gases tóxicos que ficam no interior da lâmpada. Na sequência os outros componentes são separados e cada um recebe um destino próprio, tudo de forma sustentável e correta, sem danos à saúde ou ao meio ambiente.Na recente coleta, foram retiradas das filiais e setores internos da Frísia cerca de 3.000 lâmpadas. E a proposta é de que a cada ano, com uma conscientização ainda maior, este número aumente, tanto em relação às unidades próprias quanto aos cooperados e clientes das lojas.Para mais dicas de como descartar qualquer material da forma correta, acesse o site www.ecycle.com.br.Na Frísia, entre em contato com o Departamento Ambiental e solicite as devidas orientações. Periodicamente, novas coletas acontecerão, reforçando ainda mais o conceito de sustentabilidade à cooperativa e o compromisso com o meio ambiente.

ACENDA ESTA IDEIAe pratique a sustentabilidade

Cerca de três mil lâmpadas foram coletadas pela cooperativa

AMBIENTAL

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A força da cooperação começando na escola

O que acontece no Cooperjovem

O programa Cooperjovem leva às escolas, através do professor, os conceitos sobre cooperativismo. Nas capacitações, os professores voltam à sala de aula e aprendem com os instrutores uma metodo-logia que será aplicada em projetos com os alunos. Desta forma, o cooperativismo é levado aos mais diferentes locais através da melhor prática: pela educação. Há sete anos, a Frísia mantém o programa e vem capacitando professores das localidades onde está inserida. A parceria é feita com o Sescoop e a Se-cretaria de Educação de cada município, que indica qual a escola e professores participantes. Os esco-lhidos passam por dois encontros com instrutores e desenvolvem um projeto com seus alunos. Ao longo destes anos, muita ação nascida da cooperação da escola já aconteceu: parques com materiais reci-cláveis, mutirões de limpeza ambiental, desenvolvi-mento de jornais e livros, construção de biblioteca e tantos outros.Estes são projetos que envolvem a comunidade es-colar através da cooperação entre alunos, professo-res, pais e colaboradores da escola. São resultados de ações realizadas em conjunto, uma parceria de pessoas diferentes e de trabalhos diversos, mas em busca de um benefício comum: algo que todos usu-fruem e ainda ensina à criança uma forma de viver cooperando com o próximo.

- O Cooperjovem é um programa do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e é levado aos municípios em parceria com as cooperativas.- Cada professor passa por duas capacitações e uma apresentação do projeto realizado.- Nos finais de ano, acontece o Encontro Interestadual do Cooperjovem, onde mais de 800 professores se reúnem em Curitiba, Paraná, para o fechamento do ano.- Durante o Cooperjovem, os alunos também participam de um concurso de redação. Os melhores ganham prêmios e são os mestres de

PROFESSORAS NA APRESENTAÇÃO DOS PROJETOS 2015

PROJETOS QUE ENVOLVEM O COOPERATIVISMO FORAM ELABORADOS

ENCONTRO INTERESTADUAL DO COOPERJOVEM

GERAL

cerimônia do encontro em Curitiba. - Na Frísia, o melhor projeto e a melhor redação entre os participantes pela cooperativa também são premiados.- Carambeí, Ponta Grossa, Imbituva, Teixeira Soares e Tibagi são os municípios em que a Frísia tem atuação em escolas com o Cooperjovem.- A cada ano, cerca de 30 professores e 600 crianças são envolvidas com os conceitos do cooperativismo através do programa Cooperjovem nas escolas (número referente somente à Frísia).

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Elas nunca deixaram de ser as donas da casa. De ir para cozinha quando necessário ou por simplesmen-te gostar, de ser mães em tempo integral mesmo não estando dentro do lar e assumindo inúmeras funções no trabalho. Nem mesmo deixam de lado seus com-panheiros. As mulheres assumiram a frente em muitos segmen-tos que por vezes eram de domínio masculino, como a administração dos negócios ou mesmo os cuida-dos no campo. Pecuária e agricultura também são atividades delas.O grupo de mulheres cooperativistas vem aumen-tando cada vez mais. São as mulheres que tomaram a frente e passaram a liderar os negócios da família junto com maridos, pais, filhos ou mesmo de forma independente. Dentro da Cooperativa Frísia, o traba-

lho feminino recebe destaque a cada dia, com histó-rias e projetos que são colocados em prática.Na recém inaugurada Unidade Industrial de Carnes, 40% do trabalho operacional e administrativo foi conquistado por mulheres. “Trabalhar com o leitão é uma atividade que até então era considerada pesada e demandava de muito esforço físico. Ainda na cons-trução da indústria, desenvolvemos equipamentos que possibilita a carne ficar pendurada, facilitando a desossa e abrindo espaço para a mulher fazer esta atividade”, conta Ivonei Durigon, superintendente da UIC.Na área administrativa, nas unidades de negócios e nas produções, as mulheres estão assumindo fun-ções diversas. “Temos um grande número de colabo-radoras que são o diferencial em muitas atividades.

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Elas realizam os trabalhos de forma cautelosa, com detalhes e capricho que muitas vezes o homem não se atenta para tal”, analisa o gerente geral Antonio Carlos Campos.No novo Centro Administrativo da Frísia, alguns dos profissionais que estão à frente das obras são mulhe-res. A engenheira civil Luana Aparecida Cabral Wiest e a arquiteta Willemina de Geus são exemplos da for-ça feminina em um ambiente muitas vezes masculi-no. “São mais de oito mil metros quadrados de obra, várias frentes de trabalho para gerenciar e acompa-nhar. Enfim, trabalhar em construções é gratificante, recebemos o mesmo respeito e atenção que um ho-mem teria em nossa função. Agradeço a oportunida-de de participar da obra do novo escritório adminis-trativo, está sendo um grande aprendizado”, conta a engenheira Luana.Berenice Los é a coordenadora da área de Tecno-logia de Informação da Frísia. Sob sua supervisão, trabalham 13 homens e quatro mulheres. Com mui-to respeito por todos, ela divide seu tempo com a responsabilidade que tem sobre a área, é presidente da Associação de Funcionários da Cooperativa, par-ticipou da diretoria do Parque Histórico de Carambeí e Escola Evangélica e é mãe de uma menina de 16 anos. “A responsabilidade é grande por manter toda a empresa trabalhando 24 horas por dia e sete dias na semana, mas com uma equipe comprometida e alinhada com os objetivos da empresa o fardo é compartilhado e mais fácil de carregar ”, conta.

CooperadasEm um ambiente de agronegócio, onde o trabalho masculino sempre é prevalecido, as mulheres vêm ganhando destaques. Casos como da cooperada Marlene Kaiut, que assumiu a pecuária leiteira na propriedade em que seu marido cuidava da parte agrícola é mais um exemplo de sucesso.Atualmente, o quadro de mulheres cooperadas na Frísia está em 96, sendo 12% do total de associados (dados de novembro de 2015) e vem aumentando o interesse em participar ativamente dos negócios.Para atender a essas líderes que a cada dia vêm de-

safiando os negócios, a Frísia mantem o Programa de Desenvolvimento de Liderança Feminina, que ca-pacita mulheres cooperativistas com aulas dividida em módulos como agronegócio, mercado de traba-lho, gestão e outros.A cada turma, projetos desenvolvidos pelas líderes são apresentados e colocados em prática, mostran-do que a mulher está presente nos ambientes mais diversos de qualquer frente de negócio.

Encontro de MulheresPara homenagear as cooperadas e esposas de cooperados, a Frísia organizou o Encontro de Mulhe-res em setembro. Com a presença de aproximadas 200 convidadas no Clube Social Carambeí, o evento trouxe palestras conceituais com os temas Finanças, Nutrição e Inovação. Na ocasião, as mulheres ainda assistiram a uma aula Gourmet Show, onde aprenderam com o Chef Humberto de Miranda, do Espaço Gourmet de Ponta Grossa, a receita de risoto de Linguiça (confira a re-ceita na página 22).“Temos muito o que aprender com as mulheres. Elas administram o tempo com maestria e se dividem en-tre ser mãe, mulher de negócios, esposa e donas do lar”, elogia Campos.Hoje, no quadro total de funcionários da Cooperati-va, de 895 colaboradores, 171 são mulheres, equiva-lente a 19% do total. No moinho elas são em 5 (10% do quadro de colaboradores) e na UBL, 49 (21%).

...40% do trabalho operacional e administrativo foi conquistado por mulheres.

“”

Luana Wiest – Engenheira civil

Berenice Los – Coordenadora de TI

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O que as participantes da primeira turma do PDLF falam:

FORMANDAS DO PDLF EM 2015

Mary Andressa

Eliza Miyuki Sakaziri Hirooka, administradora da fazenda Hirooka, tem como hobby jogar tênis de mesa, natação e atualmente, montar quebra-cabeça: “O curso deu condições de conhecer e superar as minhas limitações, através de vários treinamentos. Consegui minimizar o medo, aprendi a desafiar situações, conheci os valores de cada participante. Com certeza, hoje me sinto outra Eliza: alegre, confiante, produtiva e porque não, mais bonita?”

Meire Lúcia Trujillo Geronimo Hoogerheide, empresária, tem como hobby o artesanato: “A felicidade não está em fazer o que a gente quer e sim em querer o que a gente faz” (Jean Paul Sartre).

Christiana Maandonks Los, dona de casa, tem como hobby artesanato: “Aprender a transformar ideias em ações liberando a energia de todos para a realização de um sonho coletivo”.

Neida Hermann de Campos, administradora rural, tem como hobby cuidar de plantas e cozinhar: “O PDL nos identifica, mostra que somos capazes propondo desafios, destaca a importância de nos relacionarmos e cooperarmos uns com os outros”.

Joyce Timmermans Los, do lar, administradora e pecuarista, tem como hobby a jardinagem: “a importância da mulher na propriedade e na cooperativa

Hilda Margriet Rabbers de Geus, agropecuarista, tem como hobby a leitura: “A flexibilidade faz parte do sucesso”.

Jussara Salgado Bittencourt, produtora de leite, tem como hobby a fotografia e literatura: “O conteúdo do PDL propicia um viver com mais propriedade, dentro e fora da propriedade.”

Leticia N.S. Voorsluys, empresária, tem como hobby viajar: “O curso foi e será importante para cada vez mais compreender que a cooperativa é uma organização de pessoas com valores de ajuda mútua com responsabilidade, democracia, igualdade e solidariedade”.

Andréia

Ercilia Carmem

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Ingredientes200 g de arroz arbóreo

80 g de manteiga sem sal50 ml de vinho branco seco

150 g de queijo parmesão100 g de cebola picada

1500 ml de caldo de legumes150 g de abobrinha

20 g de alho250 g de linguiça toscana

150 ml de vinho tinto250 ml de molho de tomate

50 ml de azeite de olivaSal q.b.

Pimenta do reino q.b.

O chef culinário Humberto de Miranda, do Espaço Gourmet

Escola de Gastronomia, usou suas técnicas trazidas

da Itália para ensinar um risoto simples e, ao mesmo tempo sofisticado, usando

a linguiça toscana da Alegra. Confira a receita que

encantou as mulheres no 23º Encontro de Mulheres

Cooperativistas Frísia.

RISOTO DE LINGUIÇA TOSCANA E ABOBRINHA

Preparo da LinguiçaEm uma frigideira colocar 25 ml do azeite de oliva 10 g de alho e 50 g de cebola e refogar em fogo médio até a cebola ficar macia, acrescentar a lin-guiça toscana debulhada e refogar por 5 minutos, acrescentar o vinho tinto seco e deixar evaporar todo o álcool, colocar o molho de tomate e cozinhar por 20 minutos em fogo baixo, acertar sal e pimenta e reservar. Preparo da AbobrinhaColoque 25 ml de azeite de oliva e o alho em uma frigideira leve ao fogo médio e quando sentir o perfume do alho colocar a abobrinha em cubos e refogar por 2 minutos, tirar do fogo acertar sal e pimenta e reservar.

CHEF HUMBERTO SERVIU O RISOTO NO ENCONTRO DE MULHERES

COOPERATIVISTAS FRÍSIA

Preparo do RisotoLeve uma caçarola ao fogo com a manteiga, adici-one a cebola e refogue.Adicione o arroz, mexendo bem, em seguida o vin-ho branco seco e deixe evaporar.Acrescente aos poucos o caldo de legumes, mexendo sempre por cerca de 12 minutos. Adicione a linguiça toscana já preparada e mais um pouco de caldo de legumes mexendo sempre, acrescen-te a abobrinha picada e mais um pouco de cal-do de legumes. Cozinhe até 18 minutos ou até o ponto desejado, adicione o parmesão e mexa fora do fogo. Por último, a manteiga, bem gelada. Se necessário, acetar o sal.

Servir em seguida.

GASTRONOMIA

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NOVAS IDEIAS, NOVAS PROPOSTASMulheres e seus projetosO primeiro grupo do Programa de Desenvolvimento da Liderança Feminino (PDLF) da Frísia formou-se e os projetos por elas desenvolvidos estão em fases de conclusão e continuidade. E o programa não pára! O segundo grupo formado por cooperadas, espo-sas e filhas de cooperados já está em pleno desen-volvimento de suas ideias em prol da sociedade. O PDLF está em atividade com a turma 2015 desde o início do ano. A turma, com cerca de 25 mulheres, desenhou os projetos que, novamente, prometem

trazer melhorias à comunidade e ao meio ambiente. As propostas variam em limpeza urbana, revitaliza-ção de creches, cozinhas e bibliotecas e até mesmo uma construção para atender a uma instituição na cidade. O grupo tem encontros mensais e já apresentaram as ideias dos projetos. Os próximos passos são a execução dos planos de ações e a conclusão. Os resultados serão apresentados à diretoria da Frísia e a turma terá sua formatura em 2016.

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A VIDA DEDICADA ÀS VACAS COM AMORA pecuarista Marisa Dekkers nasceu e se criou no meio das vacas. Neta de produtor de leite, as crian-ças de sua geração começavam a lidar com as va-cas por obrigação em obediência aos pais, depois a atividade era incorporada à vida de cada um. Ela própria trabalha com vacas desde os 7 anos de ida-de e aprendeu a amar os animais. “É lindo ver um bezerro nascer, criar, se desenvolver. É uma atividade apaixonante. O meu marido também vê assim. E foi por causa das vacas que a gente se conheceu”, con-ta ela, lembrando de quando conheceu Alessandro Dekkers.Marisa sabe que hoje não pode mais fazer o mesmo pelas filhas Bruna (8 anos) e Bianca (5 anos). Os tem-pos mudaram e os conceitos de criação dos filhos são outros, mas nada disso impede que as meninas dediquem afeição e tenham muita intimidade com as enormes vacas holandesas hospedadas no confina-mento da propriedade.Marisa e Alessandro Dekkers fazem da Chácara Cantagalo, na localidade de Terra Nova em Cas-tro, uma propriedade especializada na produção e venda de animais com genética diferenciada, bons para produção de leite. Prova dessa qualidade é o prestígio que desfrutam na região e as dezenas de prêmios que enfeitam as paredes da residência, en-tre eles os troféus de Criador Supremo, obtidos em 2001, 2008 e 2013, conferidos pela Associação Bra-sileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (ABCBRH). “Esses troféus representam o conjunto da obra para quem trabalha com genética, produção de leite, e eficiência da propriedade”, diz Marisa, que conta com orgulho que a Chácara já teve 3 vacas que produziram mais de 100mil kg de leite em sua vida útil.Para ela, que acompanha tudo que acontece na propriedade, tem dias que a jornada muitas vezes começa às 6 da manhã e só termina às 11 horas da noite. Dentro disso lhe cabe acompanhar o que

acontece na sala de ordenha, criação de bezerros, limpeza dos estábulos, funcionamento dos equipa-mentos, olhar pelas filhas, prover sua alimentação, prepará-las para a escola, cuidar dos horários de embarque e desembarque para a escola, verificar os trabalhos escolares, manter a casa em ordem.Muitas atividades são compartilhadas com Alessan-dro, que também divide seu tempo com a tarefa de representante de uma empresa de genética na re-gião. Outras tarefas Marisa divide com os dois fun-cionários que há 20 anos trabalham na propriedade. Com esse “time” a Chácara Cantagalo mantém um rebanho de 100 cabeças e produz 1.200 litros de lei-te por dia, em média, com cerca de 90 vacas em ordenha. A pretensão é chegar à produção de 1.500 litros/dia. Crescer mais na atividade esbarra na ca-pacidade de produzir comida, na disponibilidade de instalações, já quase no limite, e na necessidade de mais mão-de-obra na propriedade.Ao ingressar no Programa de Desenvolvimento de Lideranças Feminina (PDLF) da Cooperativa Frísia, Marisa disse acreditar que “ele pode me ajudar muito na parte de me expressar como pessoa, de conse-guir coordenar os funcionários, de mobilizá-los, de organizar melhor a chácara e o tempo. Acredito que vai ajudar em todos os setores porque ultimamente a gente corre e está sempre faltando tempo”.Marisa declara seu amor incondicional às vacas de leite manifestando que o sucesso, no seu entendi-mento, tem muito a ver com a satisfação pessoal: “A minha paixão é trabalhar com as vacas. É a minha alegria. E se a gente tem sucesso, deve-se a essa identificação, esse carinho e trabalho. Quando a gente está satisfeito com o que faz, consegue tra-balhar com mais harmonia. Tudo isso está ligado a trabalhar com paixão. O sucesso vem quando a gen-te gosta daquilo faz, não tem como ser diferente”, declara a pecuarista.Alessandro e Marisa são cooperados há 19 anos.

PERFIL

Marisa com Bruna e Bianca: paixão pelas vacas repassada em gerações

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Coletando lembranças e tecendo memórias

do feminino. A contribuição de

Wilhelmina VerschoorO Parque Histórico sempre buscou trazer à tona

questões pertinentes para a contemporaneidade: sustentabilidade, cooperativismo, economia criativa e integração cultural são temas comuns na abordagem

temática dos espaços museais do APHC. A mais nova proposta é o espaço dedicado à memória das mulheres

imigrantes, o projeto é alinhado com as perspectivas da emergência da nova museologia, presentes nas

discussões atuais do social e no direcionamento para a museologia de gênero.

Em forma de exposição de longa duração, com pertences pessoais e fotos de mulheres imigrantes, o espaço busca reescrever a narrativa da formação

histórica do município dando o devido protagonismo à figura da mulher.

Uma das motivações para a criação do projeto foi a trajetória e história da pioneira Wilhelmina Verschoor,

que muito contribuiu para o crescimento e bem estar da antiga colônia.

Wilhelmina Reugenbrink Verschoor deixou a comunidade de Gonçalves Junior, na região de Irati, juntamente com seu marido e transferiu-se para a Colônia de Carambehy. Mina, como era chamada carinhosamente, não se identificava como pioneira, mas provavelmente como mulher holandesa, como mãe, esposa e tia. Uma mulher batalhadora, que além dos quatro filhos, criou os sobrinhos que ficaram órfãos. Nas duas primeiras décadas do século XX, além das tarefas do lar, de mãe e esposa, Wilhelmina assumiu as funções de cuidar dos doentes e de parteira. Durante anos ela e a filha Wilhelmina Verschoor Los foram responsáveis pelo nascimento de várias crianças na comunidade, e como tal, muitas vezes tiveram que sair de suas camas quentes, em noites de inverno rigoroso, para caminharem na escuridão e no frio, a fim de atender as gestantes em processo de parto. Dessa forma, naqueles anos difíceis e com poucos recursos financeiros e de transporte, a comunidade contou com sua dedicação que, além de todas as atividades domésticas, dava atenção e cuidava de homens e mulheres. Wilhelmina também organizou a primeira Biblioteca de Carambeí ainda nos primeiros decênios do século XX. Preocupados com a comunidade, ela e seu esposo, Leendert Verschoor, solicitaram livros a uma instituição cultural holandesa. Inicialmente organizou a biblioteca em sua casa. Já na década de 40, os livros foram levados para a casa da senhora Geralda Harms e mais tarde transferidos para o Clube Social, onde permanecem até hoje.Legítima representante feminina, Wilhelmina foi sumamente importante nos primeiros anos da colonização holandesa em Carambeí, ajudava o marido com os doentes, consolava e aconselhava os necessitados.

Contribuição: Núcleo de História e Patrimônio Associação Parque Histórico de Carambeí

Senhora na máquina de costura reproduzida no Museu do Parque

Família Verschoor na Colônia Gonçalves Júnior

Registro da Família Verschoor

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COMO POSSO AJUDAR?

Há 20 anos começamos a conhecer e a nos familiarizar com a tecnologia e o alcance de um mundo que não pensávamos ser capazes de conhecer. Hoje é fácil pesquisar, buscar informações e saber o que se passa nos mais remotos lugares que nossa imaginação possa chegar.A Tecnologia da Informação – Ti é o setor responsável em processar, desenvolver, administrar e implantar os mais diferentes programas que tem o objetivo principal de disponibilizar as informações com qualidade aos cooperados e colaboradores utilizando ferramentas tecnológicas disponíveis e buscando este aperfeiçoamento a cada dia para agilidade nas tomadas de decisões. O setor é responsável por atender as demandas internas e externas. Concentrados na Matriz, o atendimento é feito remotamente para todas as unidades da Frísia através de 17 colaboradores que se dividem em trabalhos diversos.Seja desenvolvendo um novo programa ou realizando manutenção em softwares e equipamentos, a equipe

de TI participa ativamente e diretamente de todas as atividades em que a Frísia atua.

Novo aplicativoEvoluindo a cada dia, a Frísia adaptou o aplicativo para cooperados que traz informações em tempo real de tudo o que o associado precisa ter para sua produção agrícola: acompanhamento carga a carga, demonstrativo de vendas, estoque agrícola. Serão incluídas as cotações do mercado financeiro e comunicados gerados pela cooperativa, o cooperado pode ter o acesso na palma de sua mão. Para isso, basta acessar a loja de aplicativos de seu aparelho, procurar pelo texto “Frísia Cooperado” e baixar gratuitamente o aplicativo e todas as informações estarão no celular para que possa consultar a qualquer momento.

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃOA tecnologia ao alcance de todos

Novo aplicativo Frísia

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Especialmente para a Frísia em Foco, Artur Geraldo Pereira, coordenador administrativo da Fábrica de Rações, visitou a Unidade Industrial de Carnes, em Castro, onde foi recebido pela engenheira de alimentos Caroline Inglês, do setor de Pesquisa e Desenvolvimento e, como repórter por um dia, conta o que viu:Artur começa falando da receptividade da UIC: “A cordialidade e sorriso no rosto dos funcionários que nos receberam já foi a primeira impressão positiva que tive. Com todo sistema de recepção, com cadastro de visitantes e crachás, comecei a perceber a organização do local”, conta.Segundo o visitante, a monitora da visita não deixou dúvidas quanto ao processo da indústria. Iniciando pela área externa, puderam visualizar pocilga, local onde os leitões ficam antes de seguir para o abate. Sempre respeitando o bem estar animal, no local até música tem para acalmar o leitão.Na sequência, as explicações continuaram pelo corredor de onde é possível a visualização de todo o processo, desde a entrada para o abate e à linha de produção: “A possibilidade de conhecer as instalações, acompanhar as operações que estavam sendo realizadas, tendo vista externa e interna da fábrica me deixou muito impressionado. O projeto muito bem definido permitindo uma linha de produção sequencial é impressionante. Percebi que os funcionários trabalham aparentemente tranquilos e em um ritmo bom de trabalho”, avaliou Artur.A visita aconteceu acompanhando todo o processo industrial que acontece na Unidade. O abate, limpeza, evisceração, desossa e cortes puderam ser observados.“Outro fator importante observado é a automação da indústria, o que possibilita uma operação mais leve, preservando fisicamente os colaboradores e permitindo a mão de obra feminina nas frentes de trabalho”, contou o visitante. “O processo no todo, com equipamentos modernos e inovadores, pessoal bem treinado e as condições de trabalho onde os colaboradores podem fazer intervalos, descansar em esteiras ergonômicas e ainda fazem rodízios entre as funções são o que deixam a Unidade Industrial de Carnes como modelo e referência na indústria alimentícia”.Artur ainda completa: “Certamente o que chama a atenção e me deixa feliz é ver o crescimento da Frísia, seja através da intercooperação com as cooperativas Castrolanda e Capal, seja por ela mesma. O futuro que podemos perceber é prospero, demonstrando o respeito da Frísia por seus cooperados, por seus colaboradores e pela comunidade onde está inserida, abusando um pouco do trocadilho, este direcionamento e este crescimento muito nos ‘Alegra’”, finaliza.Artur Geraldo Pereira é colaborador da Frísia e se orgulha em contar que este ano (2015) recebe novo reconhecimento por tempo de trabalho: há 30 anos faz parte do time da cooperativa e é coordenador da parte administrativa da Fábrica de Rações. Ele é Carambeiense, casado há 27 anos e tem dois filhos.

REPÓRTER POR UM DIA

Das Rações para a

Industrialização de Carnes

Em frente à UIC, onde Artur visitou a linha de produção da carne suína

Artur foi recebido pela engenheira de alimentos Caroline Inglês

O visitante observa atentamente às explicações

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