A sociedade francesa no século XVII. (Gravura francesa, séc. XVIII)
Ano Da Moda Francesa No
7
Ano da moda francesa no Brasil No Ano da França no Brasil, o Fashion Rio, que acontece até quarta- feira (10), no Píer Mauá, vai homenagear o país e sua influência na moda, com uma exposição de fotos de Pierre Verger e referências espalhadas por diversos desfiles. Para entender melhor a influência das palavras francesas no universo da moda, o G1 foi à exposição do estilista francês Yves Saint Lurent, em cartaz no Centro Cultural Banco no Brasil do Rio, onde Meg Teixeira ajudou a decifrar essa linguagem tão particular. A maioria das palavras de origem francesa usadas para descrever peças do nosso vestuário não ganhou tradução no vocabulário da moda. ”Jabour é esse babado que envolve o pescoço, que acompanha ou não o fechamento da camisa. Chemisier também não tem como 'abrasileirar', vem de camisa, é um vestido inspirado numa camisa masculina”. A especialista conta que modelos de saia que ainda hoje enfeitam as curvas das brasileiras também têm nomes franceses. “Quando a gente quer se referir a uma saia rodada, mas não tão rodada, chamamos de godê. Eu nem sei traduzir o que é o porque não existe uma tradução”. Mesmo alguns termos que têm um sinônimo em português ficaram com a versão da França na alta costura. “Tressê seria trançado em português. Existe uma tradução ao pé da letra, mas a gente continua chamando as peças trançadas de tressê.” Até na festa mais popular do Brasil, o Carnaval, nem tudo é
description
trabalho sobre a frança
Transcript of Ano Da Moda Francesa No
Ano da moda francesa no Brasil
No Ano da Frana no Brasil, o Fashion Rio, que acontece at quarta-feira (10), no Per Mau, vai homenagearo pas e sua influncia na moda, com uma exposio de fotos de Pierre Verger e referncias espalhadas por diversos desfiles. Para entender melhor a influncia das palavras francesas no universo da moda,oG1foi exposio do estilista francs Yves Saint Lurent, em cartaz no Centro Cultural Banco no Brasil do Rio,ondeMeg Teixeiraajudou a decifraressa linguagem to particular.A maioria das palavras de origem francesa usadas para descrever peas do nosso vesturio no ganhou traduo no vocabulrio da moda. Jabour esse babado que envolve o pescoo, que acompanha ou no o fechamento da camisa. Chemisier tambm no tem como 'abrasileirar', vem de camisa, um vestido inspirado numa camisa masculina.A especialista conta que modelos de saia que ainda hoje enfeitam as curvas das brasileiras tambm tm nomes franceses. Quando a gente quer se referir a uma saia rodada, mas no to rodada, chamamos de god. Eu nem sei traduzir o que o porque no existe uma traduo.Mesmo alguns termos que tm um sinnimo em portugus ficaram com a verso da Franana alta costura. Tress seria tranado em portugus. Existe uma traduo ao p da letra, mas a gente continua chamando as peas tranadas de tress.
At na festa mais popular do Brasil, o Carnaval, nem tudo tupiniquim. Paet mais um exemplo de um termo que no tem traduo. Ele muito usado por ns na confeco de fantasias no Carnaval.
Confira abaixo um pequenoglossrio francs da moda:
Casquete - do francs casquetteChemisier - do francs chemisier - vestido-camisaColete - do francs colletCorselete - do francs corseletCroqui - do francs croquisGod - do francs godetMant - do francs manteauPaet - do francs pailletTule de seda - do francs tuleVisom - do francs visonArquitetura francesa no BrasilEm 1889, o Brasil vira Repblica e quer cortar os laos com Portugal. O perodo ecltico corresponde, segundo Hugo Hamann, arquiteto e urbanista, que trabalhou durante cinco anos no Copacabana Palace, ao auge da influncia francesa na arquitetura brasileira. A vontade do governo de mostrar para o mundo que o Brasil era agora "um pas novo" foi uma das causas das mudanas dos padres artsticos em vigor. Na opinio de Hamann, so dois edifcios que melhor caracterizam o estilo ecltico no Rio de Janeiro: o Teatro Municipal, situado na Praa Floriano, no Centro, e o Copacabana Palace, na Avenida Atlntica.
Depois do apogeu do estilo ecltico, a presena francesa na arquitetura brasileira comeou a diminuir no Brasil. Segundo o arquiteto Carlos Lemos, at um pouco antes da Segunda Guerra Mundial, o estilo Art Dco ainda influenciava os arquitetos no pas.
O estilo moderno apareceu no Brasil depois do Art Dco e pouco antes da Segunda Guerra Mundial. No ser exagerado afirmar que a maior figura da arquitetura francesa moderna no Rio de Janeiro Le Corbusier. Alis, segundo Hugo Hamann, as duas personalidades mais influentes da arquitetura francesa no Brasil foram, incontestavelmente, Grandjean de Montigny e Le Corbusier. Este orientou vrios arquitetos brasileiros, como Lcio Costa, Carlos Leo e Oscar Niemeyer. Deste ltimo, Lcio Costa dizia: "De todos ns, Niemeyer o que tinha mais capacidade para entender o gnio" (Le Corbusier). Todos eles trabalharam juntos na obra mais importante do modernismo no Rio de Janeiro: o Palcio Gustavo Capanema, ou Ministrio da Educao e da Cultura (MEC). Hugo Hamann se mostra empolgado e no consegue disfarar a admirao quando o assunto Le Corbusier: "Ele foi impressionado pela luminosidade do Rio e por isso gostava de incorporar s suas construes o brise-soleil, que regula a luminosidade dos prdios controlando o vento e o sol", explica. O estilo agora popular nos Estados Unidos.
Misso Artstica Francesa no BrasilNo incio do sculo XIX, os exrcitos de Napoleo Bonaparte invadiram Portugal , obrigando D. Joo VI (rei de Portugal), sua famlia e sua corte (nobres, artistas, empregados, etc.) a virem para o Brasil.D. Joo VI, preocupado com o desenvolvimento cultural, trouxe para c material para montar a primeira grfica brasileira, onde foram impressos diversos livros e um jornal chamado A Gazeta do Rio de Janeiro. Nesse momento, o Brasil recebe forte influncia cultural europia, intensificada ainda mais com a chegada de um grupo de artistas franceses (1816) encarregado da fundao da Academia de Belas Artes (1826), na qual os alunos poderiam aprender as artes e os ofcios artsticos. Esse grupo ficou conhecido como Misso Artstica Francesa. Os artistas da Misso Artstica Francesa pintavam, desenhavam, esculpiam e construam moda europia. Obedeciam ao estilo neoclssico (novo clssico), u seja, um estilo artstico que propunha a volta aos padres da arte clssica (greco-romana) da Antigidade.
Algumas caractersticas de construes neoclssicas: Colunas (de origem grega): Estrutura de sustentao das construes. Compe-se de trs partes : base, fuste (parte maior) e capitel (parte superior com ornamentos). Arcos (de origem romana): Elemento de construo de formato curvo existente na parte superior das portas e passagens que serve de sustentao. Frontes: Estrutura geralmente triangular existente acima de portas e colunas e abaixo do telhado. Os frontes podem receber os mais variados tipos de decorao.
Os pintores deveriam seguir algumas regras na pintura tais como: inspirada nas esculturas clssicas gregas e na pintura renascentista italiana, sobretudo em Rafael, mestre inegvel do equilbrio da composio e da harmonia do colorido.
Conhea alguns dos principais artistas do movimento Neoclssico Europeu:Jacques-Louis David:(1748-1825) nasceu em Paris e foi considerado o pintor da Revoluo Francesa; mais tarde, tornou-se o pintor oficial do Imprio de Napoleo. Durante o governo de Napoleo, registrou fatos histricos ligados vida do imperador. Algumas obras: Bonaparte Atravessando os Alpes e a Morte de
Jean Auguste Dominique Ingres:(1780-1867) estudou no ateli do artista David (1797), sua obra abrange, alm de composies mitolgicas e literrias, nus, retratos e paisagens. Soube registrar a fisionomia da classe burguesa do seu tempo, principalmente no seu gosto e poder. Por outro lado, revela um inegvel apuro tcnico na pintura do nu. Algumas obras: Banhista de Valpinon e Louis Bertin.
Principais artistas:
Nicolas-Antonine Taunay:(1775-1830) pintor francs de grande destaque na corte de Napoleo Bonaparte e considerado um dos mais importantes da Misso Francesa. Durante os cinco anos que residiu no Brasil, retratou vrias paisagens do Rio de Janeiro.
Jean-Baptiste Debret:(1768-1848) foi chamado de "a alma da Misso Francesa". Ele foi desenhista, aquarelista, pintor cenogrfico, decorador, professor de pintura e organizador da primeira exposio de arte no Brasil (1829). Em 1818 trabalhou no projeto de ornamentao da cidade do Rio de Janeiro para os festejos da aclamao de D.Joo VI como rei de Portugal, Brasil e Algarve. Mas em Viagem pitoresca ao Brasil, coleo composta de trs volumes com um total de 150 ilustraes, que ele retrata e descreve a sociedade brasileira. Seus temas preferidos so a nobreza e as cenas do cotidiano brasileiro e suas obras nos do uma excelente idia da sociedade brasileira do sculo XIX.
