Ano I - Nº 2 Gravidez na Juventude Tamujunto... · E assim ajuda as jovens a driblar aquela...

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Ano I - Nº 2 REALIZAÇÃO: APOIO: Secretaria da Saúde Secretaria de Educação Secretaria de Assistência Social Gravidez na Juventude Dicas e respostas sobre gravidez precoce

Transcript of Ano I - Nº 2 Gravidez na Juventude Tamujunto... · E assim ajuda as jovens a driblar aquela...

Ano I - Nº 2

REALIZAÇÃO:APOIO:

Secretaria da SaúdeSecretaria de EducaçãoSecretaria de Assistência Social

REALIZAÇÃO:

Gravidez naJuventude

Dicas e respostas sobre gravidez precoce

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São descobertas, ideias opostas às dos pais ou irmãos, importância da formação da identidade, e a conversa principal envolve namoro, brincadeiras e sexualidade. Fase entre infância e a fase adulta, muitas

alterações são percebidas na fi siologia do organismo, o que impacta os pensamentos e atitudes dos jovens.

A gravidez envolve várias alterações físicas e psicológicas. É o período de desenvolvimento do embrião e crescimento do útero. Ocorrem al-

terações nas mamas e preocupações sobre a criança que ainda irá nascer. São pensamentos e alterações importantes que duram todo

o período da gestação.Assim, Adolescência e Gravidez, quando ocorrem juntas, po-dem acarretar consequências para todos os familiares, e princi-palmente para os adolescentes envolvidos.Esses jovens sem preparo emocional e nem fi nanceiro para assumir tamanha responsabilidade, pode ocorrer: Saírem ou serem expulsos casa, cometem abortos, deixarem os estu-dos ou que abandonem as crianças sem saber o que fazer, fugindo da própria realidade.

O bate papo é sobre GRAVIDEZ PRECOCE!

Entrevista da COMUJUV com a psicóloga Elaine Martins (www.elainemartins.com.br).

Use essas informações paraajudar amigas e amigos!

Você pode ler e indicar a leitura!

A coleção de Cartilhas Tamojunto é uma publicação da Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba, produzida pela COMUJUV.Circula mensalmente, podendo haver edições extras. Distribuição gratuita.

COMUJUVCoordenadoria Municipal da JuventudeAvenida Brasil, 132 - 1º and. Sl 4 - Jd. São LuísCEP 06502-025 - Santana de Parnaíba/SP Fone: (11) 4622-7952E-mail: [email protected]: www.santanadeparnaiba.sp.gov.br

Prefeito: Elvis Leonardo CezarSecretário da Juventude: Amauri MongeTextos Técnicos: Elaine Martins - CRP/SP 30.660 Diagramação: Reivisson Casé de OliveiraCirculação: Órgãos PúblicosPeriodicidade: MensalTiragem Desta Edição: 10.000 exemplares

EXPEDIENTE:

A adolescência é umafase bastante conturbada

na maioria das vezes.

Sda formação da identidade, e a conversa principal envolve namoro, brincadeiras e sexualidade. Fase entre infância e a fase adulta, muitas

alterações são percebidas na fi siologia do organismo, o que impacta os pensamentos e atitudes dos jovens.

A gravidez envolve várias alterações físicas e psicológicas. É o período de desenvolvimento do embrião e crescimento do útero. Ocorrem al-

terações nas mamas e preocupações sobre a criança que ainda irá nascer. São pensamentos e alterações importantes que duram todo

o período da gestação.Assim, Adolescência e Gravidezdem acarretar consequências para todos os familiares, e princi-palmente para os adolescentes envolvidos.Esses jovens sem preparo emocional e nem fi nanceiro para assumir tamanha responsabilidade, pode ocorrer: Saírem ou serem expulsos casa, cometem abortos, deixarem os estu-dos ou que abandonem as crianças sem saber o que fazer, fugindo da própria realidade.

O bate papo é sobre GRAVIDEZ PRECOCE!

Entrevista da COMUJUV com a psicóloga Elaine Martins (www.elainemartins.com.br).

Use essas informações para

Você pode ler e indicar a leitura!

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- Estão repetindo o mesmo histórico dos pais.“A minha Mãe engravidou aos 15 anos”.

- A mídia passa aos jovens a intenção de sensualidade,libido, beleza e liberdade sexual.

- Grande parte das adolescentes interrompem os estudos e amplia a chance de engravidar.

- Vivem a liberdade idealizada, sem tê-la ainda.

- Fazer tudo por impulso, sem pensar nas consequências,vive o AQUI e AGORA.

- Sem utilizar métodos contraceptivos (desconhecimento oupor tentativa de esconder dos pais a vida sexual ativa)“E se minha mãe encontra a cartela de pílulas ou camisinha

nas minhas coisas?”

- Impera o Hábito de “fi car” em encontros eventuais.

- Para muitos destes jovens, sem perspectiva no futuro,

não há planos de vida ou para a carreira.

- Ignora a orientação sexual ou sem as informações pertinentes.

- Tem pouco acompanhamento ou controle familiar. “Meus

pais me dão total liberdade, saio quando e com quem quiser”.

- Violência ou abuso sexual dentro da própria casa.

- Receber estímulos pedagógicos e culturais representa um fator

de proteção.

São diferentes fatores. Sem estrutura familiar, estado psicológico e baixa autoestima. Os adolescentes que iniciam a vida sexual

precocemente e engravidam, na maioria das vezes:

QUAIS FATORES LEVAM ÀGRAVIDEZ PRECOCE?

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Psicóloga Elaine: Para ter-se uma ideia, em 1990, cerca de 10% das gestações ocorriam antes dos 20 anos. Em 2000, esse índice aumentou para 18%, ou seja, praticamente dobrou o número de jovens que engravidam entre os 12 e os 19 anos.

No Brasil, o número de partos em adolescentes abaixo dos 20 anos gira em torno de 700 mil por ano o que representa uma parcela signi-fi cativa da população nessa faixa de idade.

Mas há itens que podem alterar esse número, como o aborto mesmo a in-terrupção da gravidez sendo proi-bida no Brasil, acredito que muitas recorrem a isso.Quando eu tenho a oportunidade de conversar com as adolescentes, enquanto estão no hospital fazendo o acompanhamento médico, pergunto se pen-saram ou não em fazer um aborto.

Constatei que 32% das grávidas cogitaram inter-romper a gravidez e dessas, somente 11% efetiva-mente fi zeram alguma coisa nesse sentido.

Há o fato de nem sempre a gravidez ser real-mente indesejada. 25% das adolescentes pla-nejaram a gestação e muitas abandonaram o método contraceptivo que usavam com o intuito declarado de engravidar, e em muitas vezes sem informar isso ao jovem parceiro.

Acredita que há epidemia

de gravidez precoce

na adolescência?

Para ter-se uma ideia, em 1990, cerca de 10% das gestações ocorriam antes dos 20 anos. Em 2000, esse índice aumentou para 18%, ou seja, praticamente dobrou o número de jovens que engravidam entre os 12 e os 19 anos.

No Brasil, o número de partos em adolescentes abaixo dos 20 anos gira em torno de 700 mil por ano o que representa uma parcela signi-fi cativa da população nessa faixa de idade.

Mas há itens que podem alterar esse número, como o aborto mesmo a in-terrupção da gravidez sendo proi-

o acompanhamento médico, pergunto se pen-

Constatei que 32% das grávidas cogitaram inter-romper a gravidez e dessas, somente 11% efetiva-mente fi zeram alguma coisa nesse sentido.

Há o fato de nem sempre a gravidez ser real-mente indesejada. 25% das adolescentes pla-nejaram a gestação e muitas abandonaram o método contraceptivo que usavam com o intuito declarado de engravidar, e em muitas vezes sem

na adolescência?na adolescência?

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Psicóloga Elaine: As gestações, principalmente entre adolescentes com menos de 15 anos, não são re-sultado de uma escolha deliberada, mas sim da ausência de escolhas e de circunstâncias além do controle das jovens.Assim, a gravidez precoce, refl ete a falta de poder, a pobreza e as pres-sões por parte dos parceiros e dos colegas. E, em muitos casos, é resul-tado de violência ou coação sexual. Quem assistiu o Filme: Preciosa –

Uma história de esperança – pôde constatar isso. https://www.youtube.com/watch?v=FIB6WeewTNwOs perfi s se repetem, são meninas com menos escolaridade e cuja família tem um baixo rendimento. E ao engravidar na adolescência, a possibilidade delas quebrarem esse ciclo é bem menor.

Psicóloga Elaine: No início é um choque porque a adolescente ainda nem entrou na fase de transi-ção em busca da própria identidade. Perguntas como “Quem sou?”, “O que estou fazendo aqui?”, “Qual vai ser meu papel neste mundo?”, ainda estão sem respostas e ela se depara tendo de enfrentar uma gra-videz que atropela seu desenvolvimento e a obriga também uma rápida passagem da situação de fi lha para mãe, do querer colo para dar colo.Isso provoca maior dependência da família e interrompe o processo de separação com os pais e destes com a adolescente. Sem saber exatamente quem é, se adolescente ou mãe, adota uma postura infantilizada que atrapa-lha seu caminho para a profi ssionalização.

A condição socioeconômicainfl uencia na gravidez precoce?

Algumas meninas engravidam na idade

em que as outras ainda brincam.

Qual é o impacto psicológico nelas?

Psicóloga Elaine: principalmente entre adolescentes com menos de 15 anos, não são re-sultado de uma escolha deliberada, mas sim da ausência de escolhas e de circunstâncias além do controle das jovens.Assim, a gravidez precoce, refl ete a falta de poder, a pobreza e as pres-sões por parte dos parceiros e dos colegas. E, em muitos casos, é resul-tado de violência ou coação sexual. Quem assistiu o Filme: Preciosa –

“Qual vai ser meu papel neste mundo?”, ainda estão sem respostas e

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Psicóloga Elaine: Os impactos emocionais são fortes. Se você conhece al-guma grávida ou já esteve bem próximo de uma, sabe que durante os nove meses de gestação, elas passam por mudanças fi sio-psicológicas e requerem maior necessidade de afeto, carinho, cuidado e proteção. Sem contar com as que são abandonadas pelo parceiro, muitas vezes também adolescente.As perdas vivenciadas vão repercutir emocionalmente podendo levar a ado-lescente à somatização psicológica de alguns sinais e sintomas que porão em risco a gestação saudável. A gravidez na adolescência não planejada, nem é novidade na história de vida das mulheres. Provavelmente muitas de nossas avós, mães e tias casaram cedo e engravidaram logo. Só que o papel da mulher na sociedade moderna mudou, a gravidez precoce chama muito a nossa atenção. Espera-se que a adolescente estude, trabalhe, case-se após os 25 anos e que não tenha fi lhos tão cedo. Essas jovens podem até voltar a estudar ou começar a trabalhar, mas em geral ocupam posições piores do que aquelas que não tiveram fi lhos nessa idade.

Psicóloga Elaine: Acredito pouco nisso. No entanto, apesar da divulga-ção da existência de métodos contraceptivos bastante seguros, a cada ano mais jovens engravidam. Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mulheres em idade fértil podem esco-lher métodos contraceptivos, como: preservativos, anticoncepcional injetável mensal e trimestral, mi-nipílula, pílula combinada, diafragma e dispositivo intrauterino (DIU). Nos últimos cinco anos o SUS distribuiu, em média, 500 milhões de unida-des de preservativos masculinos.Nas pesquisas feitas com jovens, a maioria sabe que, se tiverem uma rela-ção sexual sem os cuidados necessários, podem engravidar. Dados indicam que 92% delas conhecem pelo menos um método contraceptivo, normal-mente é a camisinha.Acredito que o maior impacto é o pensamento mágico dos adolescentes... Hoje, não há menino ou menina que não saiba que pode engravidar, mas imaginam que isso só acontece com os outros, jamais irá acontecer com eles. O imediatismo e a onipotência que lhe são característicos, justifi cam o número maior de casos. Os jovens podem acessar pela internet tudo sobre a Saúde de Adolescentes e outros materiais voltados para educação sexual.

Os maiores impactos são emocionais?

Psicóloga Elaine: Acredito pouco nisso. No entanto, apesar da divulga-

Você acha que as adolescentesengravidam por falta de informação?

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Psicóloga Elaine: Esses e outros livros expli-cam como essa diferença é imensa! - Os homens são de Marte e as mulheres são de Vênus.- Mulheres fazem amor e os homens fa-zem sexo.São diferenças básicas entre rapazes e moças, na forma de amar, desejar e no impulso sexual. Para os rapazes os impulsos sexuais são inicial-mente bastante separados da noção de amor, enquanto para a maioria das moças o amor ou a paixão tende a ser a prioridade.

Psicóloga Elaine: A imaturidade, inconsequência (vive o agora somente) é a razão maior para deixar de usar o preservativo.Achei ótima a postagem no Instagram da Cantora sueca, que coloca camisinha no pé para provar que todo mundo pode usar. E assim ajuda as jovens a driblar aquela clássica desculpa dos rapazes de que a camisinha “aperta” ou que é “muito pequena”.Ela tem apenas 17 anos, e provou, de uma vez por todas, que a desculpa é esfarrapada.http://www.brasilpost.com.br/2015/01/10/camisinha-no-pe_n_6448230.htmlZara Larsson publicou, em sua conta do Ins- t a -gram, uma foto onde “calça” uma camisinha, como se fosse uma meia. Na legenda, ela ironi-zou: - Para todos os caras que dizem “meu pau é muito grande para camisinhas”Na realidade essa desculpa do rapaz e aceita-ção da moça envolve as vezes o desconheci-mento ou um temor recíproco: - A moça que não sabe como manter o parcei-ro excitado ao colocar a camisinha e teme se atrapalhar- O rapaz que teme “falhar” na hora H - O medo dos dois - de um ou outro desistir da transa se insistir no uso da camisinha- A ilusão romântica que envolve as vezes esse momento.

Psicóloga Elaine: Esses e outros livros expli-Esses e outros livros expli-

Meninas encaram o sexo

diferente dos meninos?

Psicóloga Elaine: A imaturidade, inconsequência (vive o agora somente) é a razão maior para deixar A imaturidade, inconsequência (vive o agora somente) é a razão maior para deixar

O que pode atrapalharo uso da camisinha?

http://www.brasilpost.com.br/2015/01/10/camisinha-no-pe_n_6448230.htmlZara Larsson publicou, em sua conta do Ins- t a -gram, uma foto onde “calça” uma camisinha, como se fosse uma meia. Na legenda, ela ironi-zou: - Para todos os caras que dizem “meu pau

Na realidade essa desculpa do rapaz e aceita-ção da moça envolve as vezes o desconheci-

- A moça que não sabe como manter o parcei-ro excitado ao colocar a camisinha e teme se

- O medo dos dois - de um ou outro desistir da transa se insistir no uso da camisinha- O medo dos dois - de um ou outro desistir da transa se insistir no uso da camisinha

Saiba mais: www.santanadeparnaiba.sp.gov.br/comujuv0

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