ANO III DOMINGO, 6 DE AGOSTO DE 1933 J O f Q L a

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A N O III DOMINGO, 6 DE AGOSTO DE 1933 J O f Q L 31 cAV* ^ e' *> £#■ iniciar'S H o fcX ' * m o !*r-&fW 'jffnc stnmm ÍÉ&H um | folhetim da I autoria do nosso a a a a a p D D O □□□□□□□□□□□□□□ director SEMANÁRIO REPUBLICANO, REGIONALISTA E DKFiNSOR DOS INTERESSES LOCAIS 8pp»rnaa i||^ ^ a iB B Baai«BBHBBaggBm«SBgggMBiMi si»r?iiiií!OSOB^00Ost; a o■ • .^v„ REDAÇÃO E ADM INISTRAÇÃO Praça 1.° òe maio J & §| COMPOSTO E IMPRESSO NA | Tlp. Peregrino A . Quaresma- -R . Teofllo Braga—MONTIJO Isasf PROPRIEDADE DO EDITOR j| ã0^B^«!»áesmafôSím8jaiisffi5SsasBsai®!SH®^ia®à« ALFREDO v WH{•)3SSJSSSÍBSJHB m ° i O L ! V I R A 5S3 0 S Ç5 3a^S0BESiS!Eiía^BHKEB8ESgEIS®®W«ffiaS^®B®9f®i®SBaBffi I PUBLICA-SE AOS DOMINGOS g editor e proprietário |j g N ã 0 SG rGStÍtlI6!Tl 0 F Í g I II 3 Í S |j | Administrador.- j u l i o f e r r e i r a s * Os escritos são da responsabilidade dos seus autores | aa»aa»g0®aasBSEGSs®BBaaéi5ras®^B»ffliffl^ffls Bssassaaafflts»®BHfflBESfflfflKffiaOTBHBiBKíBHisffl®HS^BBaS F\ § F\ S . . . encarcerar a asa é encarcerar o pensamento humano. G uerra J uxqçbíro □□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□ □□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□D O pensamento humano encar- cerado, sem ar, sem luz, sem vida e sem liberdade, qual ve- lho Promoteu agrilhoado, sofre as algemas inquisitoriais da for- ça esmagando o direito. A asa que é luz, que é côr, que é espírito, jaz despedaçada como um desastre de aviação. Entrechocam-se apopléticas, sob a égide brutal dum falso patriotismo, as-múmias dum ve - lho mundo anquilosado, sedento de tirania, ávido de poderio, triturando e pulverizando êsse pensamento que quere voar e essa asa que aspira a desferir seus vôos, em direcção a mais belos sonhos distantes. Uma onda pletórica, avassa- ladora, varre as encostas do Ideal, pretende submergir, arras- tar para as profundidades dêsse mare magnum deinterêsses ocul- tos, as conquistas sangrentas dum grande ciclo de lutas, que vem desde o homem das caver- nas até nossos dias. O mundo estremece nos ali- cerces, sente-se a galopada si- nistra esmagando na passagem as titans da dôr moral, que pensam num maior aperfeiçoa- mento da alma humana, num melhor equilíbrio da vida, num superior destino dos povos. Em pleno século dos triunfos ciêntistas, quando as antigas utopias se transformam em es- pantosas realidades, reflectem- -se ao longe, nos horizontes es- carvoados, as lúgubres chamas dos autos de fé onde se quei- mam livros aos montões. O esforço intelectual dos seus autores alimenta uma fogueira de ódios, diverte as multidões ignaras que cabriolam à sua volta, d’olhos incendidos, afo- gueados, como se houvesse um gesto redentor nêsse desvaira- mento ou um novo caminho de beleza e progresso a desbravar para bem da Humanidade. Pelo crime de pensar, en- chem-se as masmorras do des- potismo, sufoca-se o cérebro pela garganta e o pavor estran- gula inexoravelmente os sonha- dores que passam na ante-ma- drugada algente dum futuro longínquo. O pensamento encarcerado, a asa partida, dilacerada, feita em frangalhos e o materialismo absurdo ceiebrando sua vitória sôbre as cinzas dessa fogueira de ideias!... A luz, a côr, a vida, a liber- dade, trocadas pelo pêso metá- lico dum capacête agoirento, como sustentáculo duma nova era de extermínio e sangue!... Parece que a teoria de Epi- curo pretende renascer, extin- guindo duma vez para sempre, por uma hegemonia canhestra e bruxuleante, a parte espiri- tual que distingue o Homem das feras. Parece que Torquemada res- suscitou e legisla novamente seus códigos de opressão e terror. Parece que a núvem marvó- tica do passado começa a for- mar-se no céu pardacento das tragédias humanas. Nada, porêm, conseguirá des- truir uma convicção. O pensamento encarcerado, a asa destruida, a fogueira crepi- tante, o espírito esmagado, a ideia recalcada, não chegarão para inutilizar por completo o mundo moral. Das profundezas dêsses cár- ceres, das cinzas dêsses autos de fé, há-de sempre ouvir-se, ainda que débil, e quase inane, uma Voz de protesto contra a hecatombe macabra que desa- bou; e essa voz fica, marca, abre novos rastros luminosos pelo universo, reproduzindo fe- nómenos apagados, cantando novas litanias de beleza e so- nho, levantando novos castelos de aspirações anímicas. O ar regorgitará de bacilos e bactérias; os aviões encetarão sua obra incendiária e destrui- dora; os canhões rugirão de força e poder; os gazes conti- nuarão sua faina mortífera e tudo completará a preparação do presente.' Não obstante, dêsse montão fumegante derui- nas, vêr-se-á surgir um braço, um punho enclavinhado que, apontando o vago, expremirá a revolta do pensamento e da asa na ânsia insatisfeita de Vi- Ver e triunfar. A lvaro V alente □□□□□□□□□□□□□□□□'□□□□□□□□□□□□□□ □ □; □ □□ □ □ ;□□ □ □□ □ □ Fazer jornalismo é coisa di- ficil nos tempos que vão cor- rendo, e por mais que se esfor- cem aqueles que o fazem, não conseguem satisfazer a todos. Todavia há os teimosos, os que não desanimam, os idealis- tas, os que aspiram avidamente a um mundo melhor, a uma so- ciedade mais perfeita, e os jor- nais fazem-se, propagando a idéa que aspiram, batendo-se, pela causa que defendem, pelo fim que têm em vista atingir. Mudou de>f«:c;ríaçãlo e rosso jornal porque a que mantinha, não se impunha, nada a reco- mendava. Regionalista, não fazia re- gionalismo, republicano, de igual modo, não fazia a política republicana que se impunha e era para desejar. Ouvimos um dia dizer algures que era um jornal áe bola, de revista e de publicação de e r- tensas listas de acompanha- mentos de funerais!... Oito números atirámos para a publicidade após a mu- dança de orientação da nossa gazeta, e sem pretenções de fazer bom jornalismo, sem nos querermos alcandorar neste ofí- cio que não é o nosso, alguma coisa de diferente e de melhor temos feito do que até então existia. Passemos em breve revista esta pequena colecção de oito exemplares do nosso jornal que, com vontade de acertar e de bem servir a nossa terra te- mos redigido, e nós verificamos com desvanecimento, que nas suas colunas temos aborbado todos os pontos, todos os pro- blemas de interêsse capital para a colectividade. Combatemos desassombra- damente o estado deplorável em que se encontram os servi- ços de limpeza da vila: varrer- se e recolher-se lixo e dejectos em pleno dia, a falta de esgo- tos e de regas na época estival, a deficiência de fiscalisação sa- nitária aos géneros alimentí- cios etc., etc. Estigmatizámos o desastre da iluminação, dapavimentaçãodas ruas, da vergonha dos urinóis, da falta dum médico veterinário et., etc. Defendemos a corporação dos bombeiros, á organização □□□□□□□□□□DD Nós sempre fomos apologis- tas dos divertimentos que, sem serem em longa cavalgada sô- frega, sejam o sofrivel para nos distrair o espírito. Na vida de sempre, pesada e for- te, nos resta umas horas suaves que nos alegrem e que façam arremessar para longe o triste pensar sobre pensamen- tos tristíssimos. Nada melhor para nós, nós todos, o povo, do que um con- certo por uma música afina- dinha. Distrai-nos bem, lava- nos o espírito e esquecemo- nos do resto. Um programa escolhido, ao gosto de todos e para todos, é qualquer coisa que embriaga e que tenta. Arrasta a multi- dão,domina-a, subjuga-a , ven- ce-a e a mesma multidão não se dá por vencida. Bate pal- mas , ovaciona, solta vivas—por- que se sente bem. Em Montijo , terra onde te- mos duas colectividades musi- cais e três coretos, pouco ou nada se tem feito porque um concerto musical seja uma rea- lidade. E -o presentemente graças á Banda Democratica que sob a regência do seu Mestre já algumas semanas nos tem pro- porcionado uns belos momen- tos musicais no seu recinto de festas. E'-nos grato registar que tem constituído um verdadeiro Sucesso no meio montijense □□□□□□□□□□□□ essas noites de arte, compro- vado pela assistência que tem sido compacta e correctíssima. Na ultima segunda feira 31 de Jullio o programa do con- certo foi deveras admiravel e a Banda executou-o cheia de brilhantismo. O Guerreiro foi dum sabor admiravel; Rienzy satisfez ple- namente; Mercado Persa atraiu imenso a atenção dos ouvin- tes talvez por já a terem es- cutado bastas vezes nos ani- matógrafos; Baile de Máscaras bastante ovacionada. Êste simples resumo do con- certo da semana passada, não vai á guisa de crítica, mas serve de motivo simplesmente para pedirmos ao M estre Stoffel que no futuro concerto intercale no programa, nova- mente, o Mercado Persa. Esta partitura é bela, prende-nos a atenção, sugestiona-nos, e vi- vemos assim uns momentos pensando no Oriente, na Pér- sia, nos tempos históricos das guerras, ou nos silvos nostál- gicos dos cantares de mulhe- res formosas. A música foi feita para se apreciar, para nos distrair, para nos lavar aas canceiras de todos os dias. Compreende-o a Banda De- mocrática e faz bem. Que con- tinue a executar periodica- mente as suas noites de arte e nós todos, o povo, lá iremos ouvir e aplaudir. da assistência local, a arte, a instrução e o sport, e conforme as circunstânciaso permitem fa- zemos a defeza da democracia. E" pouco tudo isto? E’ possivel, mas é mais do que se fazia, e é tudo o que tem cabido no tempo e no espaço das colunas do nosso periódico. Entretanto parece que o nosso jornal não agrada, é ba- nal, insignificante, fastidioso. Mas porque não lhe empres- tam aqueles que o censuram e que o aborrecem, o concurso da sua inteligência, do seu saber, colaborando nele e debatendo os magnos e momentosos pro- blemas locais, com o calor, com o brilhantismo e com o talento que o amor da terra mãi recla- ma e impõe? E o comodismo que faz parte integrante da sua existência e emparelha com o egoismo que para aí guardam avaramente no íntimo da suas almas, o que seria feito deles? E o silêncio que é de oiro, que não prejudica situações presentes nem futuras, e que respeitam religiosamente, onde iria parar? Ah I a legião dos insatisfeitos, sempre na sombra e na encru- zilhada a malsinar todas as obras, todas as iniciativas, todo o progresso, causa-nos tédio mas dá-nos ânimo para prosseguir neste caminho donde não nos afastaremos, sem pretendermos afasta-la do seu que não nos interessa, porque nos provo- ca somente o desprezo a que tem juzl... C hico V erdades

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A N O III D O M IN G O , 6 D E A G O S T O D E 1933

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| Tlp. Peregrino A. Quaresma - -R. Teofllo Braga—MONTIJO I s a s fP R O P R I E D A D E D O E D I T O R j |

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F \ § F \ S. . . encarcerar a asa

é encarcerar o pensam ento hum ano.

Guerra J uxqçbíro

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cerado, sem ar, sem luz, sem vida e sem liberdade, qual v e ­lho Promoteu agrilhoado, sofre as algemas inquisitoriais da for­ça esmagando o direito.

A asa que é luz, que é côr, que é espírito, jaz despedaçada como um desastre de aviação.

Entrechocam-se apopléticas, sob a égide brutal dum falso patriotismo, as-múmias dum v e ­lho mundo anquilosado, sedento de tirania, ávido de poderio, triturando e pulverizando êsse pensamento que quere voar e essa asa que aspira a desferir seus vôos, em direcção a mais belos sonhos distantes.

Uma onda pletórica, avassa­ladora, varre as encostas do Ideal, pretende submergir, arras­tar para as profundidades dêsse mare magnum deinterêsses ocul­tos, as conquistas sangrentas dum grande ciclo de lutas, que vem desde o homem das caver­nas até nossos dias.

O mundo estrem ece nos ali­cerces, sente-se a galopada si­nistra esmagando na passagem as titans da dôr moral, que só pensam num maior aperfeiçoa­mento da alma humana, num melhor equilíbrio da vida, num superior destino dos povos.

Em pleno século dos triunfos ciêntistas, quando as antigas utopias se transformam em es­pantosas realidades, reflectem- -se ao longe, nos horizontes es- carvoados, as lúgubres chamas dos autos de fé onde se quei­mam livros aos montões.

O esforço intelectual dos seus autores alimenta uma fogueira de ódios, diverte as multidões ignaras que cabriolam à sua volta, d ’ olhos incendidos, afo­gueados, como se houvesse um gesto redentor nêsse desvaira- mento ou um novo caminho de beleza e progresso a desbravar para bem da Humanidade.

Pelo crime de pensar, en­chem-se as masmorras do d es­potismo, sufoca-se o cérebro pela garganta e o pavor estran­gula inexoravelmente os sonha­dores que passam na ante-ma- drugada algente dum futuro longínquo.

O pensamento encarcerado, a asa partida, dilacerada, feita em frangalhos e o materialismo absurdo ceiebrando sua vitória sôbre as cinzas dessa fogueira de i d e i a s ! . . .

A luz, a côr, a vida, a liber­dade, trocadas pelo pêso metá­lico dum capacête agoirento, como sustentáculo duma nova era de extermínio e s a n g u e ! . . .

P a re c e que a teoria de Epi- curo pretende renascer, extin­guindo duma v e z para sempre, por uma hegemonia canhestra e bruxuleante, a parte espiri­tual que distingue o Homem das feras.

P arece que Torquem ada res­suscitou e legisla novamente seus códigos de opressão e terror.

P arece que a núvem marvó- tica do passado com eça a for­mar-se no céu pardacento das tragédias humanas.

Nada, porêm, conseguirá d e s­truir uma convicção.

O pensamento encarcerado, a asa destruida, a fogueira crepi­tante, o espírito esmagado, a ideia recalcada, não chegarão para inutilizar por completo o mundo moral.

Das profundezas dêsses cár­ceres, das cinzas dêsses autos de fé, há-de sempre ouvir-se, ainda que débil, e quase inane, uma Voz de protesto contra a hecatombe macabra que desa­bou; e essa voz fica, marca, abre novos rastros luminosos pelo universo, reproduzindo fe­nómenos apagados, cantando novas litanias de beleza e so ­nho, levantando novos castelos de aspirações anímicas.

O ar regorgitará de bacilos e bactérias; os aviões encetarão sua obra incendiária e destrui­dora; os canhões rugirão de força e poder; os g a z e s conti­nuarão sua faina mortífera e tudo completará a preparação do presente.' Não obstante, dêsse montão fumegante derui- nas, vêr-se-á surgir um braço, um punho enclavinhado que, apontando o vago, expremirá a revolta do pensamento e da asa na ânsia insatisfeita de Vi- Ver e triunfar.

A lvaro Valente

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Fazer jornalismo é coisa di- ficil nos tempos que vão cor­rendo, e por mais que se esfor­cem aqueles que o fazem , não conseguem satisfazer a todos.

Todavia há os teimosos, os que não desanimam, os idealis­tas, os que aspiram avidamente a um mundo melhor, a uma so ­ciedade mais perfeita, e os jor­nais fazem -se, propagando a idéa que aspiram, batendo-se, pela causa que defendem, pelo fim que têm em vista atingir.

Mudou de>f«:c;ríaçãlo e ro sso jornal porque a que mantinha, não se impunha, nada a reco­mendava.

Regionalista, não fazia re- gionalismo, republicano, de igual modo, não fazia a política republicana que se impunha e era para desejar.

Ouvimos um dia dizer algures que era um jo r n a l áe bola , de revista e de p u b lica çã o de e r- tensas lis ta s de acom panha­m entos de f u n e r a is ! . . .

Oito números atirámos já para a publicidade após a mu­dança de orientação da nossa gazeta, e sem pretenções de fazer bom jornalismo, sem nos querermos alcandorar neste ofí­cio que não é o nosso, alguma coisa de diferente e de melhor temos feito do que até então existia.

Passem os em breve revista esta pequena co lecção de oito exemplares do nosso jornal que, com vontade de acertar e de bem servir a nossa terra te­mos redigido, e nós verificamos com desvanecimento, que nas suas colunas temos aborbado todos os pontos, todos os pro­blemas de interêsse capital para a colectividade.

Combatemos desassombra- damente o estado deplorável em que se encontram os servi­ços de limpeza da vila: varrer- se e reco lher-se lixo e dejectos em pleno dia, a falta de e sg o ­tos e de regas na época estival, a deficiência de f iscalisação sa ­nitária aos géneros alimentí­cios etc., etc.

Estigmatizámos o desastre da iluminação, dapavim en taçãodas ruas, da vergonha dos urinóis, da falta dum médico veterinário et., etc.

Defendem os a corporação dos bombeiros, á organização

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N ó s sem pre fo m o s a p o lo g is ­ta s d os d ivertim entos que, sem serem em lon g a cavalgada s ô ­fre g a , seja m o so fr iv e l p ara nos d istra ir o e sp ír ito . N a vida de sem pre, p esa da e fo r ­te, s ó nos resta um as h o ra s suaves que nos alegrem e que façam arrem essar p a ra lo n g e o tr iste p en sa r sob re p en sa m en ­tos tr is tíss im o s.

N ada m elhor p a ra n ós, nós tod os, o povo, do q ue um con­certo p o r uma m ú sica afina- dinha. D istra i-n os bem, lava- n os o esp írito e esquecem o- n os do resto .

Um program a e sco lh id o , ao g o sto de tod os e p ara to d os, é q u a lq u er coisa q ue em briaga e que tenta. A rra sta a m u lti­d ão,dom in a-a , su b ju g a -a , ven­ce-a e a m esm a m u ltid ã o não se dá p o r vencida. B a te p a l­m as , ovaciona, so lta vivas—p o r ­que se sente bem.

Em M o n tijo , terra onde te­m os duas colectiv id a d es m u si­ca is e três coretos, p o u c o ou nada se tem fe ito p o r q u e um concerto m u sica l s e ja uma rea ­lidade.

E - o presentem ente g ra ça s á B a n da D em ocratica que sob a regência do seu M estre já há a lg um as sem anas nos tem p r o ­p o rcio n a d o uns b elo s m om en­tos m u sica is no seu recinto de fe s ta s .

E '-n o s grato registar que tem constituído um verdadeiro Sucesso no meio montijense

□ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □

essa s n oites de arte, com pro­vado p e la a ssistên cia q ue tem sid o com pacta e correctíssim a .

N a u ltim a seg u n d a fe ir a 31 de J u llio o program a do con­certo f o i deveras adm iravel e a B a n d a executou -o ch eia de b rilha n tism o.

O Guerreiro f o i dum sa bor adm iravel; Rienzy s a tis fe z p le ­nam ente; M ercado Persa atraiu im enso a atenção d o s ouvin­tes ta lvez p o r j á a terem es­cutado b a sta s vezes nos ani- m atógrafos; Baile de M áscaras bastante ovacionada.

Ê ste sim p les resum o do con­certo da sem ana p a ssa d a , não vai á g u is a de crítica , m as serve de m otivo sim plesm ente p a ra pedirm os ao M e s t r e S to ffe l que no fu tu r o concerto in tercale no p rogram a, nova­m ente, o M ercado Persa. E sta p a rtitu ra é bela, prende-nos a atenção, su g estion a -n o s, e vi­vem os assim uns m om entos p en san d o no Oriente, na P é r­sia , nos tem pos h istó r ic o s das g u erra s, ou n os s ilv o s n o stá l­g ic o s dos cantares de m ulhe­res fo rm o sa s.

A m úsica f o i fe ita p a ra se a preciar, p a ra nos d istra ir , para nos lavar aas canceiras de tod os os d ias.

Com preende-o a B a n d a D e­m ocrática e f a z bem . Que con­tinue a execu ta r p e r io d ica ­m ente as su a s n oites de arte e n ós todos, o povo, lá irem os ouvir e a p la ud ir.

da assistência local, a arte, a instrução e o sport, e conforme as circunstânciaso permitem fa­zem os a defeza da dem ocracia.

E" pouco tudo isto?E ’ possivel, mas é mais do

que se fazia, e é tudo o que tem cabido no tempo e no espaço das colunas do nosso periódico.

Entretanto p arece que o nosso jornal não agrada, é b a­nal, insignificante, fastidioso.

Mas porque não lhe em pres­tam aqueles que o censuram e que o aborrecem, o concurso da sua inteligência, do seu saber, colaborando nele e debatendo os magnos e momentosos pro­blemas locais, com o calor, com o brilhantismo e com o talento que o amor da terra mãi recla­ma e impõe?E o comodismo que faz parte

integrante da sua existência e emparelha com o egoismo que para aí guardam avaramente no íntimo da suas almas, o que seria feito deles?

E o silêncio que é de oiro, que não prejudica situações presentes nem futuras, e que respeitam religiosamente, onde iria parar?

Ah I a legião dos insatisfeitos, sempre na sombra e na encru­zilhada a malsinar todas as obras, todas as iniciativas, todo o progresso, causa-nos tédio mas dá-nos ânimo para prosseguir neste caminho donde não nos afastaremos, sem pretendermos afasta-la do seu que não nos interessa, porque nos provo­ca somente o desprezo a que tem ju z l . . .

C hico V e r d a d e s

2 J O R N A L L E ' M O N TIJO 6-8-933

Já há muito cfhe andava para j Quiz-me parecer que estava fazer a minha reportagem sobre assistindo ao fim do mundo: Os o trânsito nesta vila mas, fran- I cães ladravam, a creança berrava,camente . faltava-me a coragem precisa para escrever sobre tão complicado assunto, tão fácil de re so lv e r . . .

Como hoje me tivesse levanta­do bem disposto, sem hesitação, lancei mãos à obra animado por um certo optimismo humorís­tico . . .

Mal saí a porta da minha casa, fui delido por uma corda, que estava atravessada na minha frente.

Deu-me a impressão que tinha cortado a m e t a . . . mas como ain­da não tinha começado o meu trabalho, dispus-me a observar mais atentamente o que se pas­sava: Afinal era um burro que estava amarrado ao fecho da por­ta dum estabelecimento. Então, gritei lá para dentro: E h mu- lherzinha, faça favor de desamar­rar o burro que eu quero passar:

Ela, então, respondeu me muito «amavelmente»: Vã lá pelo largo; não tem ali uma rua tão ampla para p assar?!Resígnei-me, dei-lhe razão, entrei no estabelecimento e, meti-lhe uma «gorgeta» no bolso, para a paga da lição que meu d e u . . .‘ Meti rua abaixo e ainda tinha andado poucos metros, fui obri­gado a trepar por um poste do telegrafo para dar passagem a uma vara de porcos que vinha cantando uma melodia em dó m a io r . . .

Passaram e eu desci. Aspirei com força a odorància e o perfu­me que exalavam e disse com igo: 0 assunto, pelo que vejo, não deve escassear. . . e meti nova­mente peruas a caminho.

Então, agora, parece que estou dançando a quadrilha. Tanta vol­ta tenho de dar oraá gaúche, ora à droit, ora en avante, ora á der- rière. para poder passar da rua do Conde para a rua Direita, on­de aos domingos se junta uma massa de gente, parecendo que esperam observar o eclipse da l u a . . .

Desta vez é um burro que desce pelo lado contrário àquele que deve seguir. 0 seu conductor mais burro que o burro, talvez com pretensões a «chauffeur», vai atraz dele, a guia-lo, m a s . . . eis senão quando, dois cavalheiros que conversavam animadamente num passeio, apanham com as cangalhas nas costas, em virtude do gerico ir muito junto da va­leta. . .

Daí a momentos passa um rapaz numa bicicleta a ziguezaguear para a direita e para a esquerda (anda a aprender) e depois de ter «limpo» a via pública de to­dos os peões, acabou por subir o passeio e atropelar o fogareiro e o assador das castanhas duma pobre velha que tentava governar a v i d a . . .

Pouco depois: outro ciclista! (nesta terra há muitos e . . . bons).

Escuzado será dizer que deu-se outra fatalidade: Descia a mesma artéria a toda a brida, fazendo alarme com a respectiva campai­nha; mas, de repente, saia duma casa um garoto em correria d es- ordenada, indo chocar com a bi­cicleta, no momento preciso em que o ciclista tentava desenvinci- lhar-se dum cão que lhe saltara a ladrar— o que é caso r a r o . . . o logo seguido doutro !

( F Í 1 ASSUNTOS MUNDl AíS

os seus pais ralhavam e o ciclis­ta p ro testava.. .

Houve, até quem julgasse ser fogo, m a s . . . o que valia é que o badalo do sino não tinha corda e o sino está rachado.

Mudei de rua para não endoi­decer e, realmente naquela que tomei apenas ouvia o zumbido eufónico das nuvens de moscas que se levantavam e fugiam es­pavoridas, com medo de ficarem reduzidas a massa, ao presenti- rem aproximar-se dois carros de distribuição de água que, com os seus conductores sentados nos varais, vinham em competição de velocidade, a semearem as bilhas pelo chão, enquanto meia dúzia de rapazes, com as bilhas nas mãos e braços erguidos gri­tavam desesperadamente:

E’h home, éh liome— olhe as b ilhas! ! ! . . .

Mau— disse eu— Tambem aqui não estou muito bem, e dobrei para outra artéria, um pouco mais estreita m a s . . . foi-me im­possível passar, porque estavam paradas duas carroças a par uma da outra, e nem sequer pelo pas­seio pude ir porque. . . a rua não o tinha,

E' claro, voltei para traz e— desta vez era ao contrário — vejo um homem guiando um cavaio atrelado a uma cairoça, a asso­biar em silvos estridentes com quanta força tinha, para que os transeuntes se dignassem tomar

indo que o ■rava a monte úa uma pista gura para a

Sob esta epW afe no nosso último me praticado no pelo mercado assassino se ene* e que a guarda mais ou menos sua captura.

Hoje informaásSs que o crimi­noso já se encontra detido.

As constantes batidas da nossa guarda, pelas charnecas, sob o comando do 1 :abo Sr. Anto­nio João Baía. fez afugentar o miserável até Aiuicer do Sal onde foi capturado peia guarda dessa localidade. 4

Con ’ ,shívíí> com o coman­dante do uosso Pòsto apuramos que dèsde o conhecimento do crime jamais abandonou a char­neca assim como todos os sítios

relatamos j A conferência económica mun- iune'-o o cri-j dial encerrou os seus trabalhos,

local conhecido no passado dia 27 , declarandoMacdonal, primeiro ministro in­glês, esperar que os trabalhos da importante assem blea inter­nacional recomecem dentro de poucos meses.

Após a interrupção desta já célebre conferência, ocorre preguntar aqui o que produziu ela de útil para remediar o de- siquilíbrio económico em que o mundo se debate ?

Q ue nós saibamos nada, pelo menos as gazetas estrangeiras e jornais de grande circulação do nosso país, nada nos d isse­ram acêrca das suas delibera­ções benéficas, tendentes a de­belar a crise.

Quanto custou aos vários paí-onde ia colhendo informações da | ses que enviaram os seus re- passagem do miserável. presentantes a Londres, esta

Continuando a nossa conversa conferência que ao iniciar osconcluímos que aquela autori-

to-pégadas até á sua

dade seguiu inteligentementeseus trabalhos caiu num malo­gro retumbante?

das as suas pégadas até á sua Muito dinheiro, sem dúvida captura. alguma, que a juntar ao custo

Após a consumação do s e u ; de tantas outras realizadas e crime o miserável foge veloz pe- ao sorvedoiro da So cie d ad e das los seguintes logarejos: passa a N ações, estamos convencidosponte do Vau onde aproveita uma camioneta que se dirigia para a Carreira do Tiro e daqui segue até ao Cabeço de Aranha pedindo a um tal Parreira que seguia para o Ameixoal para o levar no seu carro onde passou a a noite numa cabana dèste, e, alta madrugada dizendo ao Par­reira que ia urinar desapareceu pelas charnecas Aqui a guarda, sem perder o seu norte volta a ter informações do miserável que no dia 27 esteve em Cacho (Ca-

que tudo isto constitui um pe-. sadíssimo encargo para os po­vos, nesta época de desiquilíbrio.

Enfim é ir pagando, embora isto muito tarde, não se sabe quando, venha estar equilibrado.

Um dos acontecimentos mais sensacionais da última semana, na política internacional, foi o reconhecimento dos sovietes pelo govêrno espanhol.

Não nos surpreendeu a nós essa resolução do visinha R e­pública, sabido como é que a-pesar-de não ter enviado a M oscov o seu plinipotenciário, mantinha no entanto relações comerciais com a União S o v ié­tica comprando-lhe vários pro­dutos,

As gazetas reacionárias da nossa terra, parece que não gostaram do atrevimento do Sr. Azana, e metendo fo ice em seara alheia atiram-se a êle que nem gato a bofes.

Mas a Itália fascista, a A le ­manha nazi, a Inglaterra dos Lords, a França democrática, também têm embaixadores em Moscov!

Estranha atitude a dos referi­dos jornais que não usam para com estes países, que igual crime cometem, da atitude que usam para com a jovem Repú­blica, que Vai seguindo o seu destino, e sem dúvida, o grasnar destes corvos não lhe perturbará o seu progresso e a sua marcha para a organização duma so cie­dade melhor mais humana, mais perfeita.

Retalhos dos Jornais

o passeio e dixassem a via livre. (Não é caso virgem, é um caso de todos os dias. Muita gente ainda ignora para que se cons­truíram os passeios que ladeiam as ruas).

Entretanto encontro-me jánou-j tro sitio, e por ele sigo tranqui­lamente julgando-me, talvez, na rua da P a z . . . quando subita­mente tenho de fugir para den­tro duma casa particular, em vir­tude de uma carreta vir tão cheia de mato e caruma que arranha­va até as paredes das casas que a ladeavam . . .

Passaram-se uns instantes e resolvi sair.

Porém, ao transpor os umbrais da porta, fiquei atónito e perplexo perante este facto, para mim no momento inexplicável: A rua en­contrava-se completamente cheia dum fumo sofucante.

Pensei: teria ardido o mato da carreta? Haverá incêndio? 0 que será,?

En Ião. a limem que notou a| minha unciedade em saber o que se liavia passado, apressou-se a 1 explicar-m e:

Foi um automovel que aqui passou. Um automovel do século passado e que no entanto hoje é muito util: faz parte da nova tá- tica de g u e rra : fazer cortinas de fu m o .

Achei graça à piada e farto já de peripécias de toda a natureza, resolvi ir até à ponte dos vapores, observar se no elemento liquido, tambem reinava a mesma anar­quia, u mesma d eso rd em .. .

E.-am quàsi horas do «Monli- jense» chegar. Meti ponte fóra e sou surpreendido, a meio do ca­minho, pela correria louca e de-

nha) onde preguntou a António

Do nosso prezado colega B eira M ar que se publica em llhavo, transcrevemos a seguin-

Braz o que se dizia em Montijo, te local:a seu respeito, df.^.ndo-lhe êste 0 deputado m onárquico es- que a guarda o procurava e acon-1 p a n h o l e fid a lg o D. /o sé L u iz selhando-lhe a entregar-se, ao O ria l f o i apanhado num avião que o assassino respondeu que | quando passava contrabando.vivo não o prenderiam.

Passa pelo Arieiro, Moura. Pegões e Alcácer onde foi capturado.

Espera-se a toda a hora gresso do criminoso.

Aguas do

F o i afiançado e obrigad o a de p a g a r 4 m ilhõ es de p eseta s

Sal p a ra con tinuar em lib er­dade . . .

re- Não nos surpreendeu o oficio de contrabandista, do homem de linhagem do país visinho. Nós

----- — — — —— — — tambem por cá temos alguns,bei por não saber a certa altura descendentes de muitos bon s para que lado estava virado. . . n egreiros que neste oficio arran-

Pareceu-me estar na festa da jaram titulo e fortuna e queAtalaia ou nalgumas espera de hoje não se dedicam a arte datouros a que nós chamamos «en- candonga, porque lhe

Uma b a g a t e l a ! . . . Uma ni­nharia mesmo custa a manu­tenção da p a z !

D epois o que as nações pou­pam uns armamentos chega bem para sustentar êste orga­nismo que Wilson, num puro idealismo instituiu!

* * *

tradas» Cheguei.

1 possivelmente o avião?Vi o traga- * * *

D e 0 S ecu lo extraímos a seguinte local:

0 S ecretariado da S . D . N . acaba de p u b lic a r o rela torio

vapor, vi tas, vi canoas, vi mais barcos e não notei nada de anormal, por­que, concordei, no mar por en- quanto não há peões. . .

Entretanto choveu. E choveu bastante!

Ainda bem, disse eu, da poeirai da obra rea liza d a p o r a q u ele já eu estou livre na volta. organism o, d esde a X IIIs e ss ã o

Regressei: e, quando vinha j da A ssem bléa. S erá subm eti- qu.isi no tenniuus da estrada, • do d A ssem b léa ordin aria passam novamente os mesmos I d este ano, q ue reun irá em 25 automoveis na mesma correriaj de Setem bro. 0 orçam ento do j camisola desorden ad a... secretariado e o rg a n iza çõ es profissão.

Ia a voltar-me para lhes dizer esp ecia is da S o cied a d e, p a ra A primeira que agora não me em poeiravam ! 1934, é de 15. 703:631 fra n co s nos oferecer,

Do orgão do nacional-síndi- calista União N a cio n a l que se publica em Leiria, extraímos o seguinte bocadinho.

H a d ia s um p r o fe sso r , p e s­soa cu lta , ou qu e p e lo m enos tivesse obrigação de o se r , te­ve uma g ra n d e rep u g n â n cia

falta em f a zer en g ra xa r o seu ca l­çado p o r um en g ra xa d o r que, com o bom N a cio n a l-S in d ica - lista , ostentava na la p ela o d istin tivo do M ovim ento N . S .

O orgão dos n askis não perdõa ao p ro fesso r m a lcri­ado a relutância que teve em se deixar engraxar, pelo que concluímos que é homem lan­çado ás feras uma vez que a causa triunfe.

D eve ter muita graça, muita mesmo, um engraxador com a

azul a exercer a sua

mas, a emenda foi pior que o soneto: Apanhei com tanta lama pelo fato. pela cara e pelos olhos que não pude ver mais coisa al­guma. Senão ainda teria muito que co n tar. . .

A j a x

ouro, contra 11.322:459 fr a n ­cos ouro, em 1933 e 19.174:317 fra n co s ouro em 1932.

ocasiao que se servimo-nos dum

dêsses caramadas que mais não seja para observarmos se ele não engraxa a c a m i s a . . .

IMPORTANTEA G R A D E C I M E N T O

sordenada de cinco automoveis, a j doença e que acompanharam a pequena distancia um dos outros, | sua ultima morada seu marido levantando tal poeirada, que aca- c pai Gercmiets de Oliveira.

[nformam-nos que os chefes de familia que pretendam ma-

e seus fiihos tricular seus filhos nos liceusagradecer a j devem faze-lo até ao dia 10 do

todas as pessoas que se interes- corrente. Assim as crianças quesaram pelas melhoras durante a êste ano fizeram exame do 2.°

Verdiuna Çard.eira vèm por esta forma

grau devem pedir desde já a sua certidão de exame á Ins­pecção Escolar Destrital.

eG R A N D E C O N C U R S O

O R G A N I S A D O P O R Ê S T E J O R N A L

Leia no proxim o numero mais detalhes sobre o n o sso concurso . »

6-8-933 JO R N A L D E M O N TIJO 3

U M A C A R T A* * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

Do Snr. José Pereira F ia lh o , ' limpos, mas em simples passeio, importante proprietário da nos-* Lançando os nossos olhares sa terra, recebem os a seguinte para asplacas verificám osque as carta: plantas que as povoam estavam

. . ... n , . , j 1A__! sêcas, umas por chegar a épo-Montijo 2 de Agosto de 19oo ca terminar a sua vegetação

Ex. Snr. Joao Lopes ou(;ras qUe podiam vegetar ain- Montqo com exuberância, secavam

Ten do lido no «J o r n a l d e i igualmente, e para estas é que M o n tijo » de 30 do passado mês * lançámos a nossa atenção e lhe uma noticia sôbre o Parque i fizemos referência.Municipal, venho di;er a V. São as plantas que povoam Ex.a que não é verdad e tudo |as placas, regadas como são o que nela se diz. as arvores?

«As plantas secam á falte dei E ’ possivel, mas se o são po- água». V . Ex.a de certo foi m al de suceder que o não sejam informado, pois que, desde o j suficientemente, tanto mais que principio de Maio até ontem to- a terra onde vegetam necessita das as noites o Parque tem sido de muita íg u a , porque é frouxa regado, como V. Ex.a p o d e r ia ! delgada e disto não pode ser ter verificado se ali fosse d e responsável o Snr. Pereira Fia- noite. O facto de algumas ár- lho, porque até se pode dar o vores apresentarem as folhasj caso do Parque não a possuir sêcas , não é devido á falta d e para satisfazer as exigências, e rega, mas sim devido aos c a - , necessidades das plantas, nas lores excessivos que têm feito, condições expojtas.

«Que os arruamentos estão porcos, imundos». Tambem não é verdade. Há dias que anda pessoal raspando e limpando as placas e as ruas, sendo êste serviço feito êste ano pela 4 .1 vez.

Doeu-me esta noticia porque d esd e o inicio da form ação do dito parque, até agora, não o tenho desamparado, fazendo todo a diligênc.ia ao meu alcance de fazer dele um recinto bonito e agradavel, o que espero conseguir com o tempo se a minha pessoa con­tinuar a dirigir os serviços do mesmo, e doeu-me tambem por não ver a expressão da verdade.

Com referência á iluminação do dito Parque, não passo dei­xar de concordar: é verdade; mas a isto que responda quem de direito.

V. Ex.a fará o uso que en­tender desta minha carta poden­do informar-se da veracidade do que acabo de expôr.

Com muita consideração sou

D e V. Ex.aM.° At.° e V en .or

J osé P e r e ir a F ialh o

Muito gostosamente publica­mos a carta do Snr. Pereira Fialho, um amigo dedicado do Parque, e que veni cuidando dêle desde o seu inicio com desvelado carinho, o que nos apraz registar nas colunas do nosso jornal, porque tal facto só abona as suas boas qualida­des de caracter.

Há aproximadamente quinze dias visitamos de tarde o par­que, não a titulo de investigar se as plantas estavam sêcas ou vegetavam normalmente, nem tão pouco para examinar se os arruamentos estavam sujos ou

Aqui tem V. Ex.a Snr. Pereira Fialho o que nós vimos, com os nossos próprios olhos, passe o plionasmo, no Parque, quando há quinze dias o visitámos, muito antes destas canículas que nos têem turturado ch ega­rem, isto no que diz respeito ás plantas.

A gora volvamos a nossa atenção para a limpeza.

D iz V. Ex.a na sua carta que há dias que anda pessoal ras­pando e limpando as placas e as ruas.

S e V. Ex.a mandou proceder a esse serviço certamente é por­que as placas estavam sujas e igualmente os arruamentos, pois de contrário não se faria por desnecessário.

Ora nós perante esta afir­mação de V. E x.a concluímos que quando o acaso nos levou ao Parque em passeio os ser­viços de limpeza ainda não se tinham iniciado e daí as nossas objecções insertas no último número do nosso jornal por no anterior, devido á falta de e s ­paço, não o puderem ser.

Para terminar, por julgarmos e s c l a r e c i d o suficientemente êste caso, cumpre-nos declarar aqui por um dever de lealdade, que não foi nossa intenção ao fazermos a referência que f ize­mos ao Parque, melindrar ou maguar V, Ex.a porque nenhum interêsse tinhamos nisso. A p e ­nas o desejo de chamar para o caso a atenção de quem supe- rientendia nele.

Q ue V. Ex.a continue a in- teressar-se pelo Parque, que faça dele aquele recinto bonito e aprazivel que constitua o seu orgulho e o seu enlêvo e que faça o nossa diiicia, são os nossos votos.

D E S P O R T O SA avenida principal do Parque

Municipal nau está -linda enri- A s p r o V a s desportivas leVa-quecida _ <•■ ;:i o mu linda casinha j a efe jf0 p e j0 Aldegalense

numeme portu- § p 01q Club, em comemoraçãoi0 ,!‘ n,S | . a ,1.’ * do seu 24 ." aniversario, termi- !"',r naram com um espectáculo in-

desui da. teressante, que foi um jogo de pouco caso. «!ootball» infantil entre o In-

duguesu. que < fantil Azul, e outra igual cate-' lU.a íg o r i a d e Setúbal,

sorteios ne.w as e og-n. i r i m e s - A injc iativa de criar nos Clubs trais entre os seus coii&ui iidores, I <(f00^ aj|# uma secção in-ofereceu mo {*:» ' ^ como | fantil é interessante sob todos este ano i g u a l m e n t e o l e i v í o, u m a

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

em estilo guòs, da autoii quiteto Raul LSI Câmara Muuid

Histori .‘mos A Fosforeira muitos :

casa em estiio poviuguès, como prémio dc consolação, aos por­tadores do s-ribas não premiadas, nos sorteios ;:í>reriore.«, E sa casa coube— como ó do domínio de todos— a um pobre rapa/ desta vila, chamado Américo «ía Silva, e que se encontrava ao tempo desempregado.

Prevendo as eventualidades, a Fosforeira comprometeu-se a mandar construir a casa onde o contemplado indicasse. Foi esco­lhido o Parque Municipal, e á Camara pedidas imediatamente as necessárias facilidades para se iniciar a sua construção. Aquela entidade bem ou mal, (não dis­cutimos) resolveu não facilitar.

Isto passa-se em Janeiro preci­samente quando mais se fazia sen­tir a crise na classe da constru­ção civil. A sua construção, nes­ta altura, atenuá-ia um pouco.

Mais tarde, vencidas as difi­culdades que então se apresen­taram, foi requerida a venda do terreno, e a Câmara vendeu como a qualquer particular. Claro que a escritura não podia ser admi­tida a registo, porque as Câma­ras só podem vender em hasta publica, salvo auctorização espe­cial..

Vão já decorridos 2. meses que a escritura foi feita, a qual não tem validade alguma pelos mo­tivos já expostos.

A Fosforeira insiste pela sua legalidade; quere construir a casa o mais breve possivel; quer dar trabalho a todos os operários de Montijo. quer torná-la um facto; quer acima de tudo mostrar que dará aquilo que prometeu, mas a Câmara espera impassivel que os poderes públicos venham dar remédio ao caso, A -a lid a n d o a escritura que erradamente efec­tuou.

E aqui tèem os leitores e os operários da construção civil como se descreve a história da i . a Casa em Estilo Português que saiu a Américo da Silva.

C O N D E N A D O I R E V O L U Ç Ã OFez-se finalmente o julga­

mento do celebre Cerqueira de V ascon celos, ex-inspector-chefe da Região Escolar de Lisboa, e feroz inimigo dos republicanos, poiseraum reacionário exaltado.

Pelo crime de burla, prati-

Êste jornal dirigido pelo Sr Rolão Preto, o Hitler português, suspendeu a publicidade, facto que muito lamentamos, pois as suas doutrinas eram desopilan­tes e faziam-nos muito bem ao

cada contra a assistência, o tr i - ! „ . ,bunal sentenciou da seguinte;, P e l° s modos aquilo lá pelas forma: 22 m êses de prisão cor- h ° s tes n a sç u is anda pela horarecional, igual tempo de multa a 5$00 por dia, 1 .500$00 de im­posto de justiça, 5 .000$00 de indemnização para a Assistên­cia Nacional aos Tuberculosos.

As gazetas reaccionárias a êste respeito . . . nem um monos­sílabo, entretidas como estão a difamar os republicanos.

bastantes distraídos, e que con­seguiu, com a sua grande von­tade e bastante geito, vencer pelo «score» d e ‘ 4-2 um «team» de jogadores muito mais expe­rimentados, e muito superiores fisicamente.

E ’ necessário que o Club não descure o assunto, dedicando a devida atenção ás crianças que se quérem fazer desportis­tas, pois eles mais tarde sa­berão elevar o nome do Club que os soube lançar no gran­dioso e belo campo do Desporto.

H u m b e r t o S o u s a

Após o brilhantismo com que decorreu a prova de natação do dia 24 é vontade do Alde-

os aspectos. O desportista que o é de creança, tem indiscutível Vantagem sobre o que começa a ser depois de se sentir já ho­mem. S e mostra habilidade para o jogo e as necessarias condi­ções fisicas, e tendo quem dêle queira fazer o devido caso, é evidente que é mais natural vir jgalense realizar uma corrida dea ser um «ás» que qualquer ou­tro que se lembre de praticar qualquer desporto depois dos 20 anos.

Alem destas vantagens, os «teams» formados por crianças despertam interesse, distraem bastante o publico, d e s d e que esses «teams» estejam formados por rapazes habi­lidosos, e que joguem com um conjunto que por ve ze s nos façam lembrar os regulares «teams» de «crescidos».

Neste caso está o Infantil Azul, que na tarde de 50 p. p. nos fez passar uns momentos

barcos á vela. E’ interessantíssi­ma esta prova e reina o maior entusiasmo nos nossos meios desportivos.

Tambem é vontade do Alde- galense realizar uma corrida de 100 km. e uma prova de atlétismo,

— Foi no dia 24 do mês pas­sado que vimos pela 1 .a vez entrar numa prova oficial o Bela Vista Club da nossa terra iniciado e fundado por humildes rapazes de Montijo.

A o novo club, tão simpático por ser humildemente iniciado, os nossos melhores votos.

SINDICATO DO PESSOALDE

HORÁRIO DE T R A B A L H OPedem-nos que chamemos a

especial atenção do Sr. Adm i­nistrador do Concelho para o facto dos estabelecimentos abri­rem muito antes das 8 horas e encerrarem quási ás 22, ch e­gando, alguns ao domingo a en­cerrar as suas portas ás 25 ,5 0 !

Porque razão é aqui desres­peitado o horário de trabalho?

No próximo numero faremos alguma luz sôbre o caso.

" A VOZ DO OPERÁRIO, ,Êste importante organismo

operário da capital, enviou á R edacção do nosso jornal um bem apresentado livreto que in­sere o discurso que o profes­sor Canhão Junior pretendeu proferir na Assem bleia Geral daquela agremiação, mas que uma parte da mesma interrom­peu, vaiando o orador.

Lemos com atenção o refe­rido discurso que se intitula «Homens e Princípios» e que tem como sugestivo sub-titulo « A M ordaça em Mãos de Prole­tários'» e agradou-nos sobrema­neira, não só por nele haver eloquência, calor e vibração de alma, mas porque também há doutrina, humanismo, inteligên­cia, elegância moral e muita fé e convicção na causa que defende.Agradecem os a oferta e mani­festamos aqui os nossos maio­res desejos para que uma raja­da de bom senso paire sobre tão prestante agremiação operária, conciliando todos os desavindos, pois de contrário a causa do proletariado será prejudicada nas suas justíssimas reivindica­ções.

da morte. E nós a julgarmos que por lá havia muito bagninho para sustentar a gazeta que tanto nos r e g a la v a !

As aparências muitas vezes iludem, ou estaremos nós ilu­didos e o motivo da suspensão foi outro?

A seu tempo se s a b e r á . . .

A C H A D O SEncontra-se na nossa Reda-

ção uma chave grande, enfiada numa argola que será entregue a quem por provar pertencer-lhe.

Com vista á Sociedade Marí t i ma de Transpor tes

Vimos chamar a atenção da Empreza para o facto que re­petidas ve ze s temos notado, nos dias de maior movimento de passageiros nos vapores que, sem querer arvorar-nos em ul- tra-moraiistas, m erece, no en­tanto, os reparos das pessoas de bom senso.

E’ o facto de, uns determina­dos cavalheiros, useiros e ve-

O TempoC A L O R

Uma onda de calor caiu so­bre o país, subindo o termó­metro em várias partes a 43°

No observatório de Lisboa, informaram os jornais, que nos últimos 25 anos a temperatura mais alta ali registada foi a do dia 1 do corrente.

Cam po Maior, foi a locali­dade que, segundo há notícia, registou a maior subida da c o ­luna termométrica, pois ali mar­cou 45“ centígrados.

A seguir foi Coimbra onde se elevou a 42,8 e depois Beja que registou 4 2 .

Na nossa terra contámos n esse dia 56° o que pôs a po­pulação masculina em camisa a passear pelas ruas, e as s e ­nhoras a exibirem as mais fi­nas e leves toiletes.

No cais dos vapores, nestas noites de canícula, são nume­rosos os habitantes que mer­gulham no rio e bastantes os visitantes àquele lugar á procura da brisa que refresque e con­sole.

F U R A C Ã OPelas 5 horas e meia da ma­

drugada do dia 5 do corrente, passou sôbre esta vila um pe­queno furacão que felizmente não causou estragos, não se apercebendo a popuiação àquela hora matutina do fenómeno me- tereológico que noutros pontos causou prejuízos.

da escad a que dá acesso á parte superior do «Ribatejo».

Sentados neste sítio, ficam observando e criticando as for­mas mais ou menos harmonio­sas dos membros inferiores das senhoras, que vão subindo ou que resolvem descer a escada, em virtude de, para cumulo do descaramento, ficarem de cos-

A L V IÇ A R A SD ão-se a quem entregar n a ! zeiros neste estratagema, assim

nossa Redação uma carteira| que chegam ao barco, teem o ! tas voltadas para a ré, para com diversos documentos, que; cuidado de se munir de b a n c o s ; verem e observarem sem artifí- só ao dono fazem falta j portáteis, colocando-os ao fu n d o ! cios nem su b terfú g io s. . .

J O R N A L D E M O N T IJ O

c i B U Q T ç C A M U N I C I P . 4 L.1 D P M O m T i j q I

c o i r ~ ~ - —

LAfcGláTO N *ÍSTANTL ___ ^ ' ~~...... 6-8-933

ser um fjrande país

é uma vila extra lurai mente re­publicana, é precioso provar-se:E’ obrigação de todos os repu­blicanos serem regionalistas,' ou, i uuuo cuvuineiru c. atenta ctmira \ n ç,. i h-nvn Vnlont* / /•„ , • ? , ,melhor, a simples qualidade de I a/AcfV, . - m ,liio<J ,n is ! O S, Alvcmo Valente publicou < cinco homens como o autor dasrepublicano deve significar só por 1 a , 1 0S" ‘“ f . ’ nao ha mu,lo tempo um (,- .O des Modernas, A , r ^ a / co«-si re°ionalismo 1 p£ir mhssmios ha oro de sonetos a que deu o nome

A republica e ; o regime que íairtda cIu e ’ sern . aspeito algum | melhor pode satisfazer as aspi- pela saúde ou pela sensibilidade Antes de encetar a leitura destarações dos povos. ! alheia, escau-an; por toda a parte j Vor instantes o

E verdadeiramente o . regime j on(je se encontrem, quer seja fí"'úm 'titu b iuieifioo vow odo povo pelo povo. mudo longe, . , . ' ; ‘ , 7 . j P 0 , í >e fóra dos excessos e das velhas nOS cincmas' cIuer dentro d e j oulgar, .fora dos moldes, longe detendencias para a politica da m a -; qualquer estabelecimento, quer | roçar pelo lugar-comum.nobra eleitoral. As Câmaras Mu-1 ainda dentre- dos nossos vapo-nicipais não dòvem sair de p e - i r e s . . . quenos ninhos eleitorais devem \ Tornar-se-ia.uma ' série

N0U05 HORIZONTES0 espírito regionalisla, que

hoje predomina por todo o país. à margem do que cada um de nós portugueses, pos^apensar de polí­tica. Faz-nos encontrar, lado a la­do para o engrandecimento local, para o progresso das nossas ci­dades, vilas e aldeias.

Dentro do regionalismo, não combatemos portanto peSsòas nem a acção dessas p essoas; mas também não podèmos guar­dar uma ideia, esconder um pon­to de vista, deixar de anunciar uma opinião só para que não possa parecer que estamos fazen­do jogo contra determinado sec­tor : quando chega a ocasião de falar, de bradar ás armas.

Terminou mais um ano econó­mico, sem que o estado, tivesse dado um centavo, ao abrigo da lei dos melhoramentos rurais, para o nosso concelho.

E isto porquê? Pelo desinte- rêsse, pelo egoismo de cada uni, pelo desamor do bem colectivo. Deste desleixo que cada qual põe, em vincar sempre nas mais sim­ples atitudes tomadas resulta a situação de decadência, sobre to­dos os aspectos, em relação ao Barreiro, do concelho de Montijo.

A ’ margem continuam os bons valores, que Montijo possui, não dando cooperação aos negócios Municipais.

Nos novos está o remédio con­tra esses velhos vícios da passa­da Aldeia Galega.

Não é só dizer-se que M ontijo

G r f f l õ a L i t e r á r i ainacredilàve! /ias éE ’ quási

verdade.Não é um único o>i determi­

nado cavalheiro 3 a te n ta contra \

éé E U ” — Sonetos por A L V A R O V A L E N T EMOST1JO, 1933

, . _________________ _ _____ ín te r *snn sair de todas as correntes • • , . ,mmavel e noienta de citações, se de opimao do puro regionalismo, j , .•' vpara poderem enfrentar os gran- eu l°ssc aqui desenvolver e raos- des e velhos problemas locais. : trar aos que escarram de dentro

Todas as correntes de opinião de casa para a rua, sem indaga- devem ter compreendido já que j rem se irá atingir alguém, que parar é morrer e portanto se qui- zerem levar Mont

1 cho que o autor, com o nome que deu ao seu trabalho, se preo­cupou bastante e nisto fès bem, porque assim jà nos prepara um caminho para a compreensão da finalidade que quer que nós ti­remos do «Eu». E pensamos pois lá, dentro do eu, deve estar o au: lar a viver a sua obra; aqui deve estar uma vida que necessita ex-

outras grandesnliio ao nível das 1 nao Passam* dims falhados de plicar-se, liberta-se de si pro-vilàs para que te- raciocínio; aos que o fazem nos \pria, expôr-se, a sair á claridade

nha um aspeto diferente daquele 'cinemas e estabelecimentos, que e r(jjJressar a0 seu pensamento.em que por tantos anos perma- são tarados e não vèm um pal- <J aulov do poder-se-ia

mncoírHAnrin ,inmo irairra1 . ' servir doutro nome para a pro-neceu, consequcncia duma lon a | mo a(jeante jJq nanz; e , final-! dução e dentro do sofisma es- e larga poldica de compadno, , . «urao, e uatt/o ao so/isma, tstêm de agrupar os seus valores mente’ aos (' UC em .viaSem nos ^nder-se, contando a sua pro- em torno da Comissão de Inicia- j vapores, entre Montijo e a capi- tiva e da Camara Municipal. tal que preferem-escarrar para o

E ‘ êste o caminho da resolução chão a fazer um leve movimento dos seus magnos problemas e , : apenas para lançar a mucosa no assim, Montr/o, podera vanglo- „riar-se continuando sendo a sóde!m ar’ nao fezem mais cIue dedai’ da sua comarca que data de 28 para o chão uma pequena amos­

tra de si mesmo!AJAX

de Fevereiro de 183o.

(Julgado de Jurados)

C a r l o s H y d a l g o G o m e s d e L o u r e ir o

UMA INICIATIVALisboa, 28 de Julhp de 1933 . E x.moSr. Director do «Jornal de

Montijo».Incluso remeto aV. Sr.;

circular queser dirigida

umabrevemente deve a varias pessoas

desse concelho para V. S .a fazer a fineza de publicar no seu jornal.

Caso aceda a êste meu pedido, rogo-lhe que me remeta um exem­plar do número em que ela seja incerta.

Concordando Y . Sr.a com a organização do grémio, era favor fazer os seus comentários con- juntamente a publicação.

De Y. etc.J. R u m in a

E x .mo Sr.

0 Distrito de Setúbal que admi­nistrativamente pertence á Extre- madura, cor o graficamente é Alen- tejo- Litoral e assim o conside­ravam os nossos antigos geógra­fos e historiadores.

Como porém os alente/anos não estão habituados a ter-nos por seus cornprovincianos, apesar das nossas características se apro­ximarem mais das cláles que dos extremenhos, é natural que no futuro êste Distrito passe à cate­goria de província com a desi­gnação de Alentejo-Litoral.

A exemplo do qae têm feito as outras regiões do país, é neces­sário que nós organisemos o nosso Grémio Regional para que èle seja o nosso Senado Provincial onde se cuide dos nossos interesses materiais e intelectuais e a nossa Casa Fam iliar onde nos reúna- rnos para diliberar e conviver.

São muitas as vantagens dos Grémiós regionais. Inumerarei apenas algumas para elucidar e entusiasmar V. E x .a a cooperar comnosco na sua criação.

l.° Evitar o urbanismo e emi­gração, excitando o apêgo ao tor­rão natal.

2 ° Desenvolver o patriotismo

pria vida. Mas assim è sincero, franco, lea l e dis-nos a realidade duma Vida— que. é a sua.

Está bem. 0 titulo dos sonetos è belo, e só por si muito vale:

Desfolho o «Eu» Vários é o ca­pitulo I e Este livro é o primeiro soneto deste capitulo que encetei,

Nesta poesia o sr, Alvaro Va- lertte mostra-nos que conhece aque­le dizer que nos indica que todo o homem para ser completo deve

Achamos, interessante esta iui- plantar uma arvore, gerar um ciativa, pois os grémios regio- filh o e escrever um livro. nais, como está sobejamente de- Escrever um livro! monstrado têm um valor social í Que coisa tão form idável!

! que os impôe e escusado se torua Quantos não labutam nesse desejo1 quantos os que ficam a bracejar, bracejar doidamente, porque não

e a solidariedade entre os regio­nais.

3 ° Promover a cultura inte- aqui evidenciá-lo, não só. porque lectual por meio de conferências j a circular que nos foi remetida e bibliotecas organizadas espe- \ com clareza foca tal facto, como cialmente com obras que versem j também por esse valor ser de assuntos regionais e de autores ! todos nós conhecido dada a acção patrícios. | benéfica e constructora, desen-

4." Coadjuvar os estudos sôbre volvida pelos que ha fundados e o nosso Distrito, especialmente a funcionar com notável êxito.as monografias de cada um dos \ Mas, no caso presente que é nossos concelhos. posto á nossa modesta aprecia-

ò.° Organizar exposições produetos regionais, obras de j tiva cm marcha, algumas obser- arte e literatura sôbre o nosso' vações, sem de modo algum de- Distríto para o. q u é se auxiliará sejarmos contrariá-la as indústrias locais, escritores e Diz-se na presente circular que artistas que forem aparecendo. o Districto de Setúbal que admi-

fí.° Estudar os projectos de in- nistrativamente pertence á Extre- terêsse local ou regional para os j madura, corográlicamente é Alen- apresenlar ás •instâncias oficiais tejo-Litorál. Muito bem, estamos completamente esclarecidos.

7.0 Promover festas que inte-

alçam o alvo !Recorda-me isto o cantar do

poeta latino: apparent vari nan- tes in gurgite vasto Escrever um livro !

0 espirito artístico nãsce com o indivíduo. Este não o cria. Ele

de perfeito e inteiro acòrdo com essa divisão regional. Mas se assim é porque não havemos,

tinua a vivo» » .

Esta idea vale mais que muitas foi^mas. Vale muito. Vale tanto como este dizer' do burilador do Primo Bazilio e do estatuário dos Maias: Então perante este céuonde os escravos eram mais glo­riosamente acolhidos que os dou­tores, destracei a capa, tambem me sentei num degrau, quási aos pés de Antero que improvisava, a escutar, num enlevo, como um discípulo.

E para sempre assim me con­servei na vida»».

F oi assim que Eça de Queiroz um dia se deixou prender, em Coim­bra, ainda estudante, a uma ami­zade e admiração fortíssimas por Antero.

E no «E u * leio mais sonetos alguns que já conheço dos tempos em que Montijo surgiu à p u b li­cidade e prende-me a m usicali­dade das Andorinhas Passam, repassam, num recorte

airosocomo um sorriso de infinita graça. Tocam de leve. tocam na vidraça num cumprimento amigo, donai-

roso.Conheço poesias maravilhosas,

cheias de encantos lírico e filoso- fico e eu quero que esta seja, para mim, tão bela como as sublimes que conheço.

Depois este cantar nos M oinhos:Moer......... moer s e m p r e . . . ,

r u g ir . . . . penar.E seduz-me a vida, a luz, o

so l, o colorido, a natureza etri flo r nas Paisagens.

0 capitulo II— Do Amor e do passado— é belo, e o auctor mos- tra-nos que c inspirado numa fon­te, talvez inexgotavel e pronta a proporcianar-lhiTmais poesias.

0 capitulo III e ultim o— Ori­entais— é enriquecido pelo voca­bulário do misterioso levante, da terra hindu, essa índia que Mariano Grácias, há pouco fale-

nos revela no! seu livro Terra de Rajás.

Os sonetos deste capitulo, de

está criado. Aquele modifica-oí/e|ção, vamos fazer á grande inicia- apenas. Etodas as tentativas que

1 o homem, que não nasce artista, j " f u m o ^rucuis, ne tenta esboçar, serão sempre heca-1 cldo> ,ã0 belamente tombes, tantas, que por fim se \convencer do êrro eni que lavrou \ 7 - , ,tanto tempo precioso. \ gosto oriental, são sobremodo

A certa altura deste soneto 0 \ encantadores.autor d is : que lembre o meu «Eu» é um livro que honra opassado e lembre Antero! RecordeA ntero! Para mim tem muitovalor este pensamento. LembrarAntero é trazer sempre viva na

nós extremenhos, por fòrça duma divisão administrativa, de nos aproximar dos alentejanos a quem nos ligam caracteres semelhantes, tratando primeiro de que o Districto de Setúbal

ressem a mocidade com o fim de os relacionar, criar amòr por esta Instituição e amigos para a mes­ma e para o Distrito.

8.9 Pôr em evidência os valo­res intelectuais da região para osgovernantes afim de serem apro- que o Districlo de Setúbal seja veitados a bem da nação. [considerado oficialmente Alente-

9.° Organizar excursões turis- jo-Litoral e ingressar depois to- ticas aos locais do Distrito que | dos nós no Grémio Alenlejano mereçam ser visitados. \ existente em Lisboa em plena !

Pelo exposto fica V. E x .a in-1 actividade e progresso? formado das beneméritas inten j Se nos consideramos álente- ções que nos movem a fundar o \ janos, debaixo do ponto de vista nosso Grémio. \ corográlico, e sob o aspecto de

Pedimos a fineza de dar a esta j afinidade de costumes e psicolo- circular a maior publicidade p o s-, gia, amanhã oficialmente reco- sivel e de nos enviar nomes e mo- nhecidos como tal, só teríamos radas de pessoas que devam ser \ de fazer isto, ingressar na casa convidadas a ingressar no nosso

memória a nossa querida Pátria. E ’ não esquecermos Portugal, um Portugal imenso. E pensar­mos no dizer de M itchelet: ««Se em Portugal restam quatro ou

Grémio.Esperamos que V. E x .a nos dê

a sua adesão, o que desde já agra­decemos.

Pela Comisssão Organizadora

0 .Secretário

J. RUMINA Rua Primeiro de Dezembro,

101 2 .°— LISBOA.

propriedade se chama de Portugal, acolheria com

alentejana, onde a lhaneza da gente da terra a que com muita

o celeiro entu­

siasmo os seus novos irmãos.Não será isLo viável? E possi­

vel, mas achamos que a inicia­tiva em marcha tem o inconve­niente de pulverizar fòrças da mesma província, uma vez que isso fosse uma idealidade.

B O M -H U M O RUm carrasco ia debutar na

sua arte e receiando da sua anim osidade, d isse para o pa­ciente:

—P eço que me ajude irmão, por que é a primeira vez que taço o sacrifício de enforcar.

— Oh! que contrariedade,não posso satisfazê-lo, vou ser en­forcado pela primeira vez.

♦ **Entre escritores de revistas:— Então a tua obra dá di­

nheiro?— D eve dar bastante; mas o

emprezário só a leva á cena quando não vai ninguém ao teatro.

sr. Alvaro Valente, que fa z com que nós, se já apreciavamos os seus dotes de poeta, fiquem os agora presos de futuros sonetos sempre belos e sempre cheios de encanto.

Agosto de 83

J o r g e A n t u n e s

Um patrão dá ao creado vá­rias cartas para deitar no cor­reio.Quando o creado volta, diz-lhe:

— O ’ Manuel não esq u eceste carta nenhuma?

—Isso havéra de esquecer!Antão eu que inté tenho lume

nos o l h o s ! . . . Eu bem sei como faço as c o is a s !

A que tinha no subrescrito u rg en te foi a primeira que eu deitei na ca i xa!

Outro fosse eu que não fi- jesse c a s o . . .

□ □ □ □ 3 D □ □ □ □ □ □□□□□□□□□□□□□□□□□ !□□;□□!□□□□□□□□ □□□□□□foi v isado de censura.

qD □ □ □ □ □ □ □ □ OL □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □

Este numero pela com issão

6 -8-933 J O R N A L D E M O N T IJ O

Lavra grande

Misérias U sgssa terra

contentamento entre os pais e encarregados de educação, a propósito da funda­ção de um Colégio dentro dos métodos pedagógicos modernos, e a par das modalidades que, o ensino contemporâneo, requer com urgência.

Essa nova Escola de Ensino Secundário, que funcionará 11a Rua Santos Oliveira, terá como corpo docente professores dos mais competentes, sabedores e habeis a que a missão de ensi­nar não dispensa de possuir como bagagem.

Neste periodo dificil em que 0 magistério é um sacrifício, e a aprendizagem um esforço titâ­nico, muitas vezes mal compen­sados, é grato revelarmos aos nossos leitores que o novo esta­belecimento de ensino já tem inúmeras simpatias e de dia para dia cresce a afluência de pessoas a inquirir do seu desenvolvi­mento.

0 curso dc ferias iniciado 110 dia 1 do corrente mès funciona regularmente, frequentando-o alu­nos que, no desejo de saber, acor­rem á Escola do Ensino Secun­dário diariamente.

Nessa Escola tambem funciona um curso de Comércio minis­trado por um distinto professor diplomado,

Este curso é nocturno e é preenchido por inúmeros rapa­zes do nosso meio comercial.

E x a m e s do 2.° g r a u

Por sentença de 17 do cor­rente, que transitou em julga­do, proferida nos autos de acção de divorcio litigioso, com beneficio de assistência judi­ciaria, que Francisco Gomes, servente, move contra Maria Gertrudes de Andrade Rola, domestica, ambos moradores em Santo Antonio da Charneca, freguesia de Palhais, desta co ­marca, foi decretado 0 divorcio definitivo dos cônjuges referi­do.—

Montijo, 28 de Junho de 1955.O Escrivão do 5 .° Oficio

J o ã o A . de B . F ig u e irô a J . 0TVerifiqueia a exactidão.

O Juiz de Direito, Substituto B en to M a to so

Iniciamos hoje a publicação dos resultados destes examès que conforme noticiámos termi­nara no pretérito dia 2 8 :

Alunos da Ex.ma professora D. Emilia Maria Nobre Silva.

Ivone da purificação Ribeiro, Benvinda de Jesus dos Santos, C eleste Rosa Bordeira, Emilia Neto, Helena Fonseca dos S a n ­tos Rocha, Arlete Maria da.Costa Silva, Maria Cândida S an ch ez Alvarez, Maria Carmina da Veiga Marques, Maria Luiza Soares Luz, Maria S o ares Pin­to, Carolina M endes Catarino, Leonor Marques Tavares, M a­ria Júlia Milho da Rosa, Doro- tea Maria Gouveia, Juvenália Caria, Maria Antonieta Felix de Sousa Pontes, Luiza Benito Ro- mina, Raquel de Brito Figueirôa, Maria Gomes Martins, Maria Helena V az de Carvalho, Maria Augusta Pinto, Maria José Baptista V asconcelos, distin­tas.

Maria Matilde Morgado Quin­tino, Lubélia Pereira Coutinho Salgado, Maria Laura Ribeiro de Carvalho, Maria Jacinta Es­pírito Santo, Maria Angélica dos Santos, aprovadas.

Alunos do professor Rodrigo Pimenta,:

Acácio Artur Soeiro Dores, Jacinto Levi Ramos Dias, M a­nuel Almeida Cordeiro, Manuel da Veiga Marques Junior, Ri­cardo Raimundo da Silva, Hen­rique Oliveira Dias, João Bas­tos Panelas Junior, Francisco António Faria, Joaquim Sam ­paio Gervásio, António Lopes Tavares, distintos.

Carlos Ramos Sequeira, José G om es da C osta Lopes, Manuel Gom es Simões, Francisco Luiz Báldrico, Armando Valério Ro­drigues, Amadeu da C osta Ju­nior, Joaquim Ribeiro, aprova­dos.

No proximo número conclui­remos a publicação dos resul­tados destes exames.

I .a p u b lica cã o No dia 1 de Outubro, proximo,

pelas 15 horas, no Bairro do Moisem, da vila de Alcochete, pelos autos de justificação para arresto que Julio Maria Maduro requereu contra Carlos de Abreu, ambos daquela vila, Vão pela segunda vez á praça para serem arrematados por quem maior preço oferecer acima de metade dos valores da avali- açãO( os seguintes bens.

Diversos materiais de cons­trução e um motor a gaz pobre com todos os seus pertences.

Pelo presente e respectivo edital são citados quaisquer credores incerto para assistirem á arrematação e deduzirem os seus direitos.

Montijo. 28 de Julho de 1955 O Escrivão da 5 .a Secção

Jo ã o A . de B . F ig u e irô a J . nTVerifiquei a exactidão.

O Juiz de Direito.J . R a p o so

FAZEDORV E N D E - S E

Tratar com JOAQUIM FER­NANDES SUPELOS Rua

França Borges.

Recebem os dos professoresD. Alice Costa e Bernardo C o s ­ta, com 0 pedido de publicação, a relação nominal dos alunos que apresentaram a exame e os respectivos resultados obti­dos.

2.° ano— exame singular de português: Maria Fernanda Dô- res Mira Reis, aprovada com 12 valores.

1.° ano— curso g e r a l : Helena Caetano Mora, aprovada com15 valores, Maria Manuela V a s­concelos Rodrigues, aprovada com 15 valores; João Narciso Ferra Junior, aprovado com 12 valores.

Tod os estes alunosforam dis­pensados de prestar provas orais.

Pequenos mdas que muito valem

S e se mostrasse 0 inestético barracão ie m e e i r a da Rua da Ponte, a todos os visitantes que viessem á nossa terra pela pri­meira vez, nenh.;m diria tra­tar-se dum >Cine-' aa tro» .

No que toca a sua es té t ica não nos alongamor. em consi­derações, visto ser absoluta­mente condenávei aos olhos de todos.

O segando ponto im en sam en ­te importante é 0 que periga a vida dos esp ectad ores que des- preocupadamer.íe assistem ao desenrolar do esp ec tá cu lo sem preverem 0 perigo catastrófico que osarrieaça inexoravelmente.

S e se preguntasse a qualquer desses espectadores qual seria a sua surpreza ao despertar ro­deado por quatro intransponí­veis e enormes linguas de fôgo, na impossibilidade de salvar seus filhinhos filados ao seu pescoço, sua espôsa sem sen­tidos e a sua própria vida, fi­caria aterrorizado dentro da­quele fôrno crematório de m a­deiras ressequidas.

Por muito vigilante e cuida­doso que seja 0 seu serviço de bombeiros 'não pode obstar a uma catástrofe prevista.

Os bombeiros não podem acu­dir a tudo e todos, e, á menor falha seguir-se-á a conclusão lógica que é a aflição decerto fatal para tantas vidas.

«Mais vale prevenir do que remediar» diz 0 velho aforismo.

Por que se não previne sal­vaguardando centenas de vidas que correm 0 risco de desapa­recer em alguns minutos?

O «Cine Parque» está igual­mente condenado por que as suas minguadas dimensões não permitem 0 arejamento n eces­sário de casas com as condi­ções higiénicas para êste fim, nem afastar suficientemente 0 écram afim de não ferir a vista dos seus espectadores.

De casas tão acanhadas não se devia pensar em fazer e s ­pectáculos públicos.

Urge, pois, construir uma casa própria para espectáculos fa­zendo desaparecer tudo quanto denote atraso para a nossa terra.

Montijo é uma das maiores vilas de Portugal com justas as­pirações a cidade, portanto exi­ge 0 seu embelezamento em proporção com a sua grandeza.

F A L E C IM E N T O SFaleceu em 21 de Julho na

sua residencia da Avenida da Li­berdade, 211-2.° Esq., a sr.a D. Cristina de Jesus Sant’Ana Soa­res Ventura esposa do nosso prezado assinante sr. Henrique Soares Ventura.

O funeral realizou-se no dia se­guinte para o Cemitério dos Pra- zeres tendo a urna sido deposita­da em jazigo de familia.

Da porta do cemitério até ao jazigo foram organisados diver­sos turnos.

Dirigiu o funeral 0 Dr. Pinto Gouveia, advogado em Lisboa.

Á distinta familia enlutada apresenta o «jornal de montijo» ja expressão sincera do seu sentimento.

Segundo noticias colhidas de fonte auctorizada, a Mesa da Mi­sericórdia acaba de fechar con­trato para a exploração da Praça de Touros, com os Srs. José Vi- lalonga Gomes, Francisco dos Santos e Jaime Rodrigues que se propõem dar alguns espectácu­los. constando-nos, que o pri­meiro será no próximo dia 28 de Agosto segunda feira da Festa da Atalaia > sendo de esperar uma grande enchente.

PELA I MPRENS AAcaba de sair á publicidade

0 quinzenário regionalista E cos do G u a d ia n a que se publica na importante vila de Mértola.

Ao colega que apresenta um magnifico aspecto gráfico e uma escolhida colaboração, de­sejamos longa vida e vamos es- tabecer permuta.

Faleceu no dia 30 de Julho após poucos dias de sofrimento, na residencia de seu irmão, a sr.a D. Maria José Nunes, 11a avançada idade de 82 anos.

A extinta era irmã do sr. José Antonio Nunes e da sr.a D. Ma­ria de Jesus Marques.

0 seu funeral foi muito con­corrido.

0 «jornal de montijo» envia a toda a familia enlutada os seus sentidos pêsames.

Faleceu 11a passada semana no Asilo de S. José onde se encon­trava internado o Sr. José Anto­nio Torga.

0 finado era tio das Sr.as D. Luisa Xavier Lopos e D. Ofélia Soeiro de Oliveira e do Sr. Car­los Jacinto Soeiro.

A toda a familia enlutada os nossos sentidos pêsames.

A Impressão do nosso

S e m a n á r io

C om o era p a r a d e s e ja r 0 n o sso jo r n a l p a s s o u a se r im p resso em M o n tijo , na t i ­p o g r a fia do n o sso a m ig o P ere g r in o A n to n io Q u a resm a .

E scu sa d o se to rn a encarecer as m ú lt ip la s va n ta g en s d e s ta reso lu çã o q u e há m u ito se im ­p u n h a , d a d a s a s d ific ie n c ia s de que 0 n o sso p er ió d ico p o r vezes en ferm a va , en tre e a p r in c ip a l, 0 a tra so com q u e p o r vezes sa ía , p o r m o tiv o s e s tra n h o s á n o ssa vo n ta d e .

S a i h o je 0 * J o r n a l de M on- t i j o » com novo fo r m a to e com se is p a g in a s . C rem os q u e a g ra d a rá a o s n o sso s , a s s in a n ­tes, le ito res , e p u b lic o em g e ra l. P orém da d o o seu novo fo r m a to ele terá 4 p a g in a s , a u m en ta n d o 0 seu n ú m ero , sem p re q u e is so s e ja neces­sá rio e se im p o n h a ao bem da terra .

N ão q u erem o s te rm in a r e s ta p eq u e n a n o tic ia sem a q u i e lo ­g ia r o corpo t ip o g rá fic o que ora tra b a lh a no n o sso se m a ­ná rio , p o is d isp en d em u m e s ­fo rço enorm e p a ra q u e ele se se a p resen te com o asp ec to g r á fic o q u e m u ito a b o n a a

[ su a co m p eten cia p r o fis s io n a l .

A niversários— Completou no passado dia

25 de Julho, mais um aniver­sário natalacio, a menina Maria José Rosa, nossa gentil con- terranea.

— Tambem completou mais uin aniversário, no passado dia4 do corrente mês 0 Sr. João Carlos de Oliveira pai do nosso querido Director.

Partidas e chegadasC hegou de Monte Real,

acompanhado de sua Ex.ma e s­posa do nosso prezado amigo Snr. José Salgado de Oliveira, importante industrial da nossa terra.

* **Acompanhado de sua Ex.ma

esposa e filhos retirou desta viia para 0 Monte de Caparica 0 nosso amigo Snr. Henrique José Leão, professor oficial nesta vila.

Encontra-se nesta vila a me­nina Maria Manuela Brandão Ferreira, que acabou de prestar provas do exame do 2.° grau no Colégio de N. S . do Rosário e é gentil sobrinha do nosso amigo Julio Ferreira compa­nheiro de trabalho nesta casa.

♦ **Com sua Familia retirou para

S a n t’Ana onde conta passar 0 verão 0 nosso estimável co la­borador e amigo Sr. Carlos Hidalgo G om es de Loureiro.

DfoentesDeu entrada no hospital de

Santo António dos Capuchos, onde foi operada pelo distinto cirurgião, Dr. A zeved o G om es, com um feliz êxito, a Ex.ma Snr.aD. Alice Dimas Gregorio, e s­posa do nosso amigo Antonio Joaquim Gregório.

Desejam os as rápidas me­lhoras da virtuosa senhora.

Encontra-se melhor das seus padecimentos 0 nosso prezado amigo João António Xavier Lopes que hoje parte para Monte Real onde vai fazer uma cura de águas.

Ao nosso querido editor de­sejamos melhores sensiveis.

Direitos da Cr iançaA União Internacional de S o ­

corros á criança; de Genebra, fez publicar a D eclaração dos direitos da criança que são:

I— A cria n ça deve s e r h a b i­l i ta d a a desenvo lver-se d u m a m a n e ira n o rm a l, m a te r ia l e esp ir itu a lm e n te .

I I — A cria n ça q u e tem fo m e deve se r a lim e n ta d a ; a c r ia n ça d o en te deve se r tr a ta d a ; a cr i­an ça a tra sa d a deve se r a n i­m a d a ; a cr ia n ça d esen ca m i­n h a d a deve se r en ca m in h a d a ; do orfão e 0 a b a n d o n a d o de­vem ser rec o lh id o s e s o c o r r i­dos.

I I I — A criança deve ser qu em em p r im e iro lu g a r rece­berá so c o rro s em tem p o s de crise .

I V— A criança deve se r h a b i­l i ta d a a g a n h a r a v id a e deve s e r p ro te g id a co n tra to d a a e x p lo ra ç ã o .

V— A cr ia n ça deve se r ed u ­cada no se n tim en to de q u e a s su a s m e lh o re s q u a lid a d e s de­vam se r p o s ta s ao serv iço do s se u s irm ã o s .

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