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Ano III - Número 38 | Dezembro de 2018 Propostas de Ronaldo Nogueira vão regulamentar três pontos da reforma trabalhista Cristiane elogia aproximação da Abin com o Parlamento O presidente da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público, deputado Ronaldo No- gueira (PTB-RS), apresentará, ago- ra em dezembro, propostas para regulamentar três aspectos da re- forma trabalhista, em vigor há um ano: o trabalho de grávidas e mães que amamentam em locais insa- lubres, a contribuição assistencial a sindicatos e a “pejotização” per- manente. “Não existe obra humana perfeita e a legislação trabalhis- ta, como obra humana, tem esses três pontos que precisam ser apri- morados. O importante é que não vamos mexer na estrutura funda- mental da modernização trabalhis- ta”, explica o parlamentar, que foi ministro do Trabalho de maio de 2016 a dezembro de 2017. A legislação trabalhista em vi- gor permite que gestantes e mães que amamentam trabalhem em ambientes considerados insalu- bres, desde que a empresa apre- sente atestado médico que garanta que não há risco ao bebê e à mãe. O deputado apresentará pro- posta para proteger e resguardar a saúde das mães e dos bebês, evi- tando o trabalho em local insalubre. Outra preocupação do depu- tado é o uso abusivo da pejotiza- ção para burlar a lei. A ideia é evi- tar que empregadores contratem pessoas jurídicas (PJs) para funções que precisam ter a proteção da CLT. Para isso, Ronaldo Nogueira vai sugerir limites para que as em- presas contratem PJs. Como os sindicatos estão tendo dificuldades para se manter desde que a reforma trabalhista tornou o imposto sindical facultativo, tam- bém vai propor que a contribui- ção assistencial aos sindicatos, já prevista na CLT, tenha o seu valor estabelecido na mesma assembleia que definir os acordos coletivos de trabalho. Sérgio: placa padrão Mercosul dificultará ação de criminosos Jovair destaca sua atuação parlamentar em benefício de Goiás Pág. 3 Pág. 8 Pág. 10

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Ano III - Número 38 | Dezembro de 2018

Propostas de Ronaldo Nogueira vão regulamentar três pontos da reforma trabalhista

Cristiane elogia aproximação da Abin

com o Parlamento

O presidente da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público, deputado Ronaldo No-gueira (PTB-RS), apresentará, ago-ra em dezembro, propostas para regulamentar três aspectos da re-forma trabalhista, em vigor há um ano: o trabalho de grávidas e mães que amamentam em locais insa-lubres, a contribuição assistencial a sindicatos e a “pejotização” per-manente.

“Não existe obra humana perfeita e a legislação trabalhis-ta, como obra humana, tem esses três pontos que precisam ser apri-morados. O importante é que não vamos mexer na estrutura funda-mental da modernização trabalhis-ta”, explica o parlamentar, que foi ministro do Trabalho de maio de 2016 a dezembro de 2017.

A legislação trabalhista em vi-gor permite que gestantes e mães que amamentam trabalhem em ambientes considerados insalu-

bres, desde que a empresa apre-sente atestado médico que garanta que não há risco ao bebê e à mãe.

O deputado apresentará pro-posta para proteger e resguardar a saúde das mães e dos bebês, evi-tando o trabalho em local insalubre.

Outra preocupação do depu-tado é o uso abusivo da pejotiza-ção para burlar a lei. A ideia é evi-tar que empregadores contratem pessoas jurídicas (PJs) para funções que precisam ter a proteção da CLT. Para isso, Ronaldo Nogueira vai sugerir limites para que as em-presas contratem PJs.

Como os sindicatos estão tendo dificuldades para se manter desde que a reforma trabalhista tornou o imposto sindical facultativo, tam-bém vai propor que a contribui-ção assistencial aos sindicatos, já prevista na CLT, tenha o seu valor estabelecido na mesma assembleia que definir os acordos coletivos de trabalho.

Sérgio: placa padrão Mercosul dificultará ação de criminosos

Jovair destaca suaatuação parlamentar

em benefício de Goiás

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Líder do PTB: Jovair Arantes Chefe de Gabinete: Clilson Souza Assessoria de Imprensa: Claudia Brasil Regina Mesquita Renata Tôrres Assistente: Raquel Souza Fotógrafo: João RicardoDiagramação e Design Gráfico : Thiago Diniz

Os deputados petebistas Paes Landim (PI) e Benito Gama (BA) participaram da sessão solene re-alizada pelo Congresso Nacional em homenagem aos 30 anos de promulgação da Constituição Fe-deral. Os dois parlamentares foram deputados constituintes – ou seja, trabalharam na elaboração da Carta Magna brasileira.

Paes Landim integrou as comis-sões de Organização dos Poderes e Sistema de Governo, de Redação e de Sistematização. Benito Gama, por sua vez, presidiu a Comissão do Sistema Tributário, Orçamento e Fi-nanças.

Principal lei do BrasilEm discurso no Plenário da

Câmara, Paes Landim disse que se sentiu muito honrado em ajudar a construir a principal lei do Brasil. “Tive a oportunidade de defender a

atual estrutura do Supremo Tribu-nal Federal”, lembrou.

Formado em Direito e com especialização na área, o deputa-do afirmou que, com a Constitui-ção, “o Ministério Público Federal deixou de ser um órgão do gover-no e passou a ser o braço direito dos direitos da sociedade, dos in-teresses maiores do País”.

Carta dos brasileirosBenito Gama também se disse

orgulhoso de ter participado dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte. “Neste momento, estamos celebrando não a carta aos brasileiros, mas a carta dos brasileiros. É por essa carta que se guia a organização da sociedade”, assegurou.

O parlamentar falou da emo-ção de rever antigos deputados com quem trabalhou na Consti-

tuinte. E fez um chamamento: “Essa Constituição é viva, forte. Ela trata de todos os assuntos de uma sociedade organizada. Por isso, vamos preservar a nossa Constituição.”

AutoridadesA sessão solene contou com

a participação dos presidentes dos Três Poderes: do Legislativo (Câmara dos Deputados e Sena-do Federal), do Judiciário (Supre-mo Tribunal Federal) e do Execu-tivo (Presidência da República).

O presidente Michel Temer defendeu a harmonia e a inde-pendência entre os Poderes. Dis-se, ainda, que o titular do poder no Brasil é o povo, que foi às ur-nas no último dia 28 de outubro e elegeu o deputado Jair Bolso-naro (PSL-SP) para comandar o País a partir de 2019.

O presidente eleito tam-bém participou da sessão solene. Num rápido discurso, de aproxi-madamente dois minutos, Bolso-naro afirmou que a Constituição é o “norte da democracia”.

Ele declarou seu compromis-so com o cumprimento da Cons-tituição e reafirmou que “juntos, vamos continuar construindo o Brasil que o nosso povo mere-ce. Temos tudo para sermos uma grande nação”.

Paes Landim (E) e Benito Gama (D) foram deputados constituintes.

Paes Landim e Benito Gama celebram os 30 anos de promulgação da Constituição Federal

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mentos de saúde, com constru-ções de postos de saúde e com-pra de equipamentos hospitalares. Também foram usadas em melho-rias habitacionais, com a cons-trução de casas populares, e no

incentivo à educação, por meio da construção de escolas e viabiliza-ção de transporte escolar, entre outros pontos”, citou.

Na área da agricultura e pecu-ária, ressaltou os recursos destina-dos para a aquisição de patrulhas agrícolas mecanizadas, constru-ção de feiras cobertas, incentivos à agricultura familiar, e para via-bilizar o escoamento da produção agrícola de Goiás.

Gratidão“Sou grato pela oportunida-

de de ter contribuído, com meu trabalho, ideias e ideais políticos, para melhorar a qualidade de vida da maioria dos munícipios goia-nos, e por ter participado de mui-tos projetos legislativos em âmbi-to nacional”, afirmou.

Para ilustrar sua jornada como homem público, Jovair Arantes ci-tou a poetisa goiana Cora Coralina, que escreveu: “O que vale na vida

Em 24 anos como deputa-do federal, o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), destinou R$ 193 mi-lhões aos 246 municípios de Goiás por meio das emendas individuais que apresentou ao Orçamento da União. Além disso, como coorde-nador da bancada de deputados e senadores goianos – cargo que ocupa desde 2001 –, ajudou a via-bilizar aproximadamente R$ 5 bi-lhões para o estado.

Esses números foram apre-sentados pelo parlamentar, ao fa-zer um balanço de sua atuação na Câmara dos Deputados por seis mandatos consecutivos.

“As verbas destinadas a Goiás serviram para ampliar os atendi-

não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e seme-ando, no fim terás o que colher.”

O parlamentar afirmou que percorreu sua caminhada semean-do, e acredita ter colhido bons fru-tos. “Num quadro geral, encerro esta legislatura com um saldo de mais de 1.146 proposições legis-lativas apresentadas, mais de 139 projetos relatados”, enumerou.

Bilhete rodoviárioEntre as várias conquistas em

benefício da população, Jovair destacou a lei federal que teve origem em um projeto de sua au-toria: a Lei 11.975 de 2009, que garante ao cidadão o direito de utilizar seu bilhete rodoviário pelo prazo de um ano a partir da data de emissão.

Também lembrou que, em 2016, encarou o desafio de ser o relator, na Câmara dos Depu-tados, do processo de impeach-ment contra a então presidente Dilma Rousseff.

“A missão não foi fácil, mas a encarei com coragem. Em respei-to à Constituição Federal, ao povo de Goiás e ao Brasil, realizei um trabalho imparcial, dentro da téc-nica, ética e regramento de nosso ordenamento jurídico”, avaliou.

Líder do PTBDesde 2007, Jovair Arantes

exerce a função de líder do PTB na Câmara dos Deputados. Por conta de seu perfil conciliador e de grande articulação entre os parlamentares, teve a oportunida-de de atuar, também, como líder e vice-líder de várias formações de blocos partidários.

Encerro esta legislatura com um saldo de mais de 1.146 proposições

legislativas apresentadas

Sou grato pelo privilégio de ter servido aos goianos por tantos anos, diz Jovair Arantes

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uma visão bastante pessimista em re-lação ao modelo de transporte adota-do pelo Brasil.

“O modal rodoviário está esgota-do. A gente teve uma greve de cami-nhoneiros em que o País acabou fican-do refém”, afirma o deputado, que vê necessidade urgente de o Brasil mudar o modo como se locomove e transpor-ta suas riquezas.

“Por que não ampliarmos isenções para o modal ferroviário, que você tem em todas as partes do mundo? É um modal que merecia uma atenção maior”, avalia.

O deputado cita o exemplo de paí-ses europeus que já estão estabelecen-do metas para acabar com a circulação de automóveis que usam combustíveis fósseis, como a gasolina, que, lembra Deley, poluem o meio ambiente.

O deputado Deley (PTB-RJ), por outro lado, vê com preocupação o novo regime tributário para as monta-doras de veículos no Brasil previsto na Medida Provisória 843/18. O programa Rota 2030 prevê investimentos dos fa-bricantes de automóveis em pesqui-sa e desenvolvimento de produtos e tecnologias como contrapartida aos incentivos fiscais concedidos pelo go-verno.

“Será que as montadoras vão mesmo fazer os investimentos? Será que vai haver, realmente, a cobrança desses avanços tecnológicos? No mo-mento em que você vive uma crise fis-cal, principalmente num momento em que o desemprego é muito grande, você tem que colocar algum atrativo social e exigir que realmente sejam fei-tos investimentos”, diz.

Além disso, o parlamentar tem

Deley manifesta preocupação com novos incentivos dados à indústria automobilística

prorrogá-los até 2025 é fundamental para que o regime automotivo no Nor-deste continue gerando emprego e ren-da na região. A Bahia tem esse grande exemplo da Ford, que é uma das maiores empresas do mundo. No meu estado, a montadora dá exemplos de tecnologia e de geração de emprego e renda”, des-tacou.

O Programa Rota 2030 — Mobili-dade e Logística substitui o Inovar-Auto, que vigorou entre 2013 e 2017. Assim como a política anterior, o Rota 2030 baseia-se em incentivos fiscais.

A principal medida do novo regi-me é a concessão de até R$ 1,5 bilhão por ano de crédito tributário à indús-tria, caso as montadoras participantes do Rota 2030 invistam ao menos R$ 5 bilhões ao ano em pesquisa e desenvol-vimento.

O deputado Benito Gama (PTB-BA) acredita que a medida provisória que criou o programa de incentivos ao setor automotivo conhecido como Rota 2030 (MP 843/18) vai “marcar fortemente a geração de emprego e renda” na Região Nordeste, especialmente na Bahia, em Pernambuco e no Ceará.

A MP, que aguarda sanção presi-dencial, já foi aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

Uma das mudanças feitas pelos par-lamentares em relação ao texto original encaminhado pelo governo é a prorro-gação, por cinco anos, do regime para as montadoras instaladas nas regiões Norte (motocicletas como BMW, Harley-Davidson, Honda e Yamaha) e Nordeste (Ford e Fiat Chrysler). Para a região Cen-tro-Oeste, o benefício acaba em 2020.

“Manter esses incentivos agora e

Programa Rota 2030 vai gerar emprego e renda na Região Nordeste, prevê Benito Gama

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ressar por esse tipo de investimento, que é de longo prazo. Com estudo feito, é um retorno super garantido. A própria ferrovia vai garantir inves-timentos dessa natureza”, afirma.

Marquezelli cita exemplo de construção de uma ferrovia saindo de Brasília, indo para Belo Horizon-te e terminando no Rio de Janeiro. Outra, começando na divisa do Mato Grosso com a Bolívia, passando por Brasília e Goiânia, terminando em São Paulo, no porto de Santos.

“Qualquer capital chinês, ame-ricano ou europeu vai se interessar por uma ferrovia dessa, que é alta-mente rentável. O que precisamos é, urgentemente construir ferrovias, al-ternativas para o transporte no Bra-sil”, declara.

Investir em ferrovias é uma das alternativas mais baratas e du-ráveis para o transporte no Brasil. Quem afirma é o deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), um defensor dessa ideia.

“Há muito tempo o governo já deveria estar investindo mais em ferrovias no País. Uma estrada fér-rea é muito mais durável que uma estrada feita com asfalto. Além da durabilidade, tem um rendimento e um custo muito mais baixo”, diz.

Segundo o parlamentar, mui-tas empresas estrangeiras têm in-teresse em investir em ferrovias no País. Ele acredita que bastará o go-verno abrir concorrência, para que elas possam participar.

“Muitos bancos vão se inte-

Nelson Marquezelli aposta em ferrovias para melhorar transporte de longa distância no Brasil

Interno Bruto (PIB). A consequ-ência, na opinião do deputado, é muito ruim para a economia brasileira: “Isso concorre para que haja diminuição do crescimento econômico, de investimentos, de ofertas de emprego. Enfim, a pa-ralisação do País.”

Mesmo assim, afirma o par-lamentar, a perspectiva é de um final de ano promissor, tanto para a indústria, quanto para o comér-cio.

“Já há um clima relativamen-te favorável a que essas reformas estruturais sejam implementa-das para o próximo ano, o que aumenta o ânimo do investidor e do empresário, fazendo com que acreditemos que, neste final de ano, talvez haja um consumo maior do que o final do ano pas-sado”, prevê.

“É um escárnio o que o bra-sileiro paga em impostos”, afir-mou o deputado Jorge Côrte Real (PTB-PE), ao comentar o montante arrecadado em tri-butos no Brasil de 1º janeiro de 2018 até o último dia 21 de no-vembro: R$ 2,1 trilhões, segun-do o Impostômetro da Asso-ciação Comercial de São Paulo (ACSP). O valor equivale a quase toda a arrecadação do ano de 2017.

“Isso quer dizer que há, realmente, um aumento dos impostos, sem que haja o cor-respondente crescimento da produção no País. É uma expan-são efetiva da carga tributária”, analisa Côrte Real.

Ele afirma que, atualmente, a carga de tributos correspon-de a mais de 37% do Produto

Côrte Real critica alta carga tributária no País e pede mudanças no perfil dos impostos

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nóstico, com sorteio de números ou símbolos.

Em seu parecer, o deputado fez uma alteração na proposta original. Wilson Filho estabeleceu que os va-lores arrecadados com a Loteria da Saúde serão transferidos para o Fundo Nacional de Saúde “que deverá fazer a destinação dos recursos para o cum-primento do estabelecido nos planos e programações de saúde”.

Originalmente, o projeto determi-nava que a repartição dos valores arre-cadados com a Loteria da Saúde seria proporcional ao valor arrecadado no respectivo estado e que haveria dis-tribuição aos municípios onde ocorre-ram as apostas.

O deputado Wilson Filho (PTB-PB) defende a aprovação do projeto de lei que cria a Loteria da Saúde, com o ob-jetivo de arrecadar mais recursos para a área da saúde (PL 1413/15).

O parlamentar é relator do proje-to na Comissão de Seguridade Social e Família e apresentou parecer favorável à proposta, que está pronta para ser votada naquele colegiado.

“Não há como não reconhecer a importância do acréscimo de recursos financeiros para a área da saúde pú-blica brasileira. É recorrente e históri-ca a denúncia de subfinanciamento e do crescimento de custos da atenção”, explica Wilson Filho.

De acordo com o projeto, a Lo-teria da Saúde será um jogo de prog-

Wilson Filho apoia criação de loteria para arrecadar mais recursos para a saúde

O deputado federal Paes Lan-dim (PTB-PI) solicitou ao futuro mi-nistro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Hele-no, que inclua o Piauí no projeto de transposição de águas do Rio São Francisco.

O parlamentar fez o pedido ao comentar entrevista do general ao jornal O Globo, na qual o futuro ministro afirmou que ideia do go-verno Bolsonaro é retomar obras paralisadas ou quase finalizadas das administrações anteriores, como a transposição do Rio São Francisco e a construção da ferrovia Transnor-destina, além de fazer projetos de irrigação.

Segundo Paes Landim, os go-vernos anteriores erraram, desde o início, quando não incluíram seu

estado na transposição. Ele afirmou que essa obra seria mais barata e mais rápida, porque a jusante do São Francisco, em Sobradinho, é muito perto do afluente de São Lourenço, do Rio Piauí.

“Isso é um absurdo e resulta de falta de conhecimento da realidade nacional. Desde o presidente Itamar Franco esse projeto vem andando, e o Piauí não é incluído, até porque, quando levaram o presidente da Re-pública ao Piauí para discutir o pro-blema, o levaram para Teresina e não para o sertão, como os outros esta-dos o fizeram”, criticou.

O deputado destacou que, quando um voo sai de São Raimun-do Nonato (PI) em direção à Bahia, em cinco minutos já é possível ver as águas do São Francisco.

Landim pede que governo Bolsonaro inclua Piauí na transposição de águas do São Francisco

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Integrante da comissão espe-cial que analisa o projeto conhe-cido como “Escola sem partido” (PL 7180/14), o deputado Josué Bengtson (PTB-PA) manifesta-se a favor da proposta.

O texto em análise no cole-giado, apresentado pelo relator, deputado Flavinho (PSC-SP),de-fine deveres para os professores das instituições de ensino brasi-leiras, como a proibição de pro-mover suas opiniões, concepções, preferências ideológicas, religio-sas, morais, políticas e partidárias. Além disso, proíbe o ensino, no Brasil, da “ideologia de gênero”, do termo “gênero” ou “orientação sexual”.

AmadurecimentoO relator também incluiu ar-

tigo proibindo o poder público

de se intrometer no processo de amadurecimento sexual dos alu-nos, ou de permitir qualquer for-ma de dogmatismo ou tentativa de conversão na abordagem das questões de gênero.

“Sou inteiramente favorável à escola sem partido, sem religião e sem opinião de ninguém. O Esta-do é laico, o Estado é Estado”, afir-ma Josué Bengtson.

Na opinião do parlamentar, a escola deve ensinar apenas as matérias que os alunos precisam aprender para passar em provas como o vestibular e o Exame Na-cional do Ensino Médio (Enem). “A escola não é para educar a criança, o adolescente ou o jovem. A edu-cação é em casa”, entende o de-putado.

DoutrinaçãoBengtson também critica o

modelo adotado atualmente pelas escolas públicas brasileiras, que, segundo ele, tem o enfoque na doutrinação de cunho ideológico e sexual.

A escola tem que ser apolítica e laica, afirma Bengtson sobre projeto em análise na Câmara

“O que existe hoje é um tra-balho de doutrinação socialis-ta, comunista, anti-família. Esse negócio de gênero, de a criança não saber se é macho, se é fê-mea, se é homem, se é mulher, é um absurdo! A educação é fami-liar, o ensino sobre o sexo deve ser em casa, não na escola”, re-força.

O parlamentar também se preocupa com a reação de al-guns professores quando são confrontados com a opinião con-trária dos alunos: “Eles passam a perseguir, a fazer uma lavagem cerebral, lançar o jovem contra a família. A escola não existe para isso.”

ManifestantesAs reuniões da comissão es-

pecial têm tido bastante partici-pação social. Manifestantes lo-tam o plenário onde o colegiado se reúne, com cartazes favoráveis e contrários ao texto do projeto. Em muitos momentos, o clima fica tenso entre os deputados e entre os manifestantes.

Manifestantes participam de reunião da comissão especial.

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O deputado Sérgio Moraes (PTB-RS) manifestou apoio à im-plantação, no Brasil, das placas de veículos com o mesmo padrão dos outros países do Mercosul – Argen-tina, Uruguai, Paraguai e Venezuela.

Na opinião do parlamentar, além de uniformizar a identificação dos veículos, as novas placas vão dificultar a ação de criminosos, pois serão fabricadas com mecanismos de proteção e itens de segurança similares aos que são utilizados em cédulas de dinheiro. Um QR Code e um chip vão permitir que a placa seja rastreada por todos os países do Mercosul.

“Vai haver uma leitura digital em cada placa, ela será única e per-mitirá o acesso a todo o histórico do carro: multas, por onde andou, en-

fim, vai possibilitar o rastreamento desse carro. Se não houver a leitura correta, o veículo já fica apreendido. Então, acredito que isso vai facilitar e ajudar muito na segurança inter-nacional”, avalia Sérgio Moraes.

O novo padrão, que já está em vigor no Rio de Janeiro e começa-rá a ser implantando no restante do País a partir de dezembro, tem qua-tro letras e três números, diferente do modelo usado até agora, com três letras e quatro números.

Outra diferença é que a cor do fundo das placas será sempre bran-ca. O que varia é a cor da fonte. Para veículos de passeio, cor preta; para veículos comerciais, vermelha; car-ros oficiais, azul; em teste, verde; di-plomáticos, dourado; e de colecio-nadores, prateado.

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A atuação parlamentar do de-putado Nilton Capixaba (PTB-RO) permitiu a instalação de equipa-mentos de voo nas duas cabeceiras do aeroporto Capital do Café, em Cacoal (RO). A medida ajudará a di-minuir os cancelamentos de voos.

Com recursos da ordem de R$ 2 milhões, o aeroporto está sendo equipado com Indicador de Per-curso de Aproximação (PAPI), Esta-ção Meteorológica (EMS) e Estação Prestadora de Serviço de Telecomu-nicações e de Tráfego Aéreo (EPTA). Também será instalado um sistema de indicador de rampa, que deve facilitar o trabalho de pouso das ae-ronaves.

Capixaba disse que seu maior objetivo é proporcionar voos no-

turnos, porque esses equipamentos dão condições para isso, mesmo que esteja chovendo na área de pouso.

O aeroporto contará com duas estações: uma prestadora de tráfe-go aéreo, que enviará informações aos aeronavegantes; e outra mete-orológica, para informar as condi-ções climáticas do município.

Os cancelamentos dos voos acontecem, normalmente, por con-dições adversas de clima, como chuva, neblina e fumaça. Os equipa-mentos minimizam os cancelamen-tos e proporcionam segurança aos pilotos e passageiros. O aeroporto de Cacoal recebe um voo diário de jato com capacidade para 119 pas-sageiros.

Fernandes quer mudar distribuição de royalties da mineração para municípios não produtores

Nilton Capixaba: instrumentos de voo vão evitar cancelamentos no aeroporto de Cacoal

Sérgio Moraes apoia implantação de placas de padrão Mercosul no Brasil

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Proposta do deputado Pedro Fernandes (PTB-MA) em análise na Câmara dos Deputados muda as regras de distribuição dos cha-mados royalties da mineração nos casos em que o Distrito Federal e municípios são afetados pela ativi-dade e a produção não ocorre em seus territórios.

O Projeto de Lei 9753/18 es-tabelece que, nesses casos, os 15% da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) deverão ser distribuídos en-tre o Distrito Federal e municípios de forma diretamente proporcional aos impactos sofridos, considerada a extensão da ferrovia, e inversa-mente proporcional ao respectivo Índice de Desenvolvimento Huma-no Municipal (IDHM).

DecretoPela proposta, a nova regra de-

verá ser regulamentada por decreto do Executivo em até 90 dias. O tex-to estabelece ainda que o decreto deverá compensar os municípios

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que, pela nova regra de distribuição dos recursos, tiverem perda de arre-cadação superior a 50% da CFEM.

Fernandes lembra que duran-te a discussão da Medida Provisória (MP) 789/17, que deu origem a Lei 13.540/17, a nova regra de distribui-ção dos recursos da CFEM foi inclu-ída, mas acabou vetada pelo presi-dente da República sob a alegação de que o critério era de difícil mensu-ração, subjetivo e criaria dificuldades de implementação.

Fernandes quer mudar distribuição de royalties da mineração para municípios não produtores

“Não é possível sepultar as-sim, friamente, os anseios de tan-tos municípios de nosso País, que têm de arcar com os ônus dos impactos por eles sofridos em razão da produção mineral rea-lizada em seus vizinhos, sem, no entanto, usufruir dos benefícios por eles recebidos”, argumenta o autor.

Pela lei vigente, 15% dos recursos da CFEM serão distri-buídos ao Distrito Federal e a municípios não produtores de minérios quando forem cortados por ferrovias ou dutos que trans-portem minérios; forem afetados por atividades portuárias ligadas a mineração; ou abrigarem barra-gens de rejeitos e instalações de beneficiamento de substâncias minerais.

TramitaçãoO projeto será discutido e

votado de maneira conclusiva pelas comissões de Minas e Ener-gia; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Ci-dadania.(Com informações do Câmara Notícias)

Sesanor executará programas de saúde e laser para empregados de cartórios.

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Municípios receberão compensação proporcional aos impactos sofridos.

Não é possível sepultar assim, friamente, os

anseios de tantos municípios que

têm de arcar com os ônus dos impactos

sofridos pela produção mineral realizada em seus vizinhos

Sérgio Moraes apoia implantação de placas de padrão Mercosul no Brasil

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da audiência, a parlamentar elogiou a iniciativa da agência de se aproximar do Congresso Nacional.

“A Abin saiu desse casulo em que estava até o início desta legislatura. Vocês não tinham essa comunicação com o Poder Legislativo, com os de-putados federais”, disse.

Com essa aproximação, explicou a deputada, a suposta inimizade que havia entre a agência e o Parlamento deixou de existir.

“Pareciam inimigos, com a Abin espionando os parlamentares. Uma coisa que não é real, não é verdade”, disse. O trabalho de esclarecimento, segundo Cristiane, tem sido funda-mental para que deputados e senado-res conheçam a real função da Abin.

Em audiência pública realizada pela Comissão de Relações Exterio-res e de Defesa Nacional, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) afirmou que o trabalho realizado pela Agência Brasi-leira de Inteligência (Abin) para a se-gurança do Estado é fundamental ao País.

“Entendo que a atuação da Abin não é uma atuação de polícia. A agên-cia não está aqui para reprimir nada, e sim para levantar dados, para desco-brir os erros e informar às autoridades. O que as autoridades vão fazer com as informações que repassadas pela agência é uma decisão delas”, decla-rou.

Falando ao diretor-geral da Abin, Janér Tesch, que também participou

to para as obras vai voltar para os cofres do governo federal. “Vamos perder e, no ano que vem, não va-mos conseguir alocar esses mesmos recursos para nossas creches em todo o Brasil”, lamentou.

Segundo o parlamentar, é pre-ciso compreender que, em muitos casos, o município está trabalhando há bastante tempo para viabilizar essas obras.

“A grande maioria já tem o re-curso nas contas das prefeituras e é uma burocracia infernal: é a questão da licitação, são empresas que dão problema. Nós não podemos per-mitir que essas obras e esses convê-nios sejam cancelados”, afirmou.

Para Canziani, o Ministério do Planejamento precisa rever essa de-cisão, para evitar que crianças de todo o Brasil sejam prejudicadas.

“Isso é um crime contra a edu-cação brasileira!” A afirmação foi fei-ta pelo presidente da Frente Parla-mentar da Educação do Congresso Nacional, deputado Alex Canziani (PTB-PR), ao criticar decisão do Mi-nistério do Planejamento que can-cela construções de mais de 3.500 creches e quadras esportivas em todo o País, que já haviam sido au-torizadas, mas não iniciadas.

Canziani falou sobre a medi-da em discurso no Plenário da Câ-mara dos Deputados e convocou o Congresso Nacional a reagir: “Não é possível que o Parlamento vá per-mitir isso. Não podemos deixar can-celarem essas obras. Não podemos penalizar os municípios e as crianças do Brasil.”

O deputado explicou que, com essa decisão, o dinheiro previs-

Cristiane Brasil destaca atuação da Agência Brasileira de Inteligência na segurança do País

Canziani critica decisão do Planejamento de suspender construção de creches no Brasil

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proibida a produção e o comércio de lenha e carvão vegetal oriundos de ecossistemas nativos da caatin-ga, exceto para fins de subsistência.

ProteçãoO objetivo do projeto, de acor-

do com Zeca Cavalcanti, é conter o desmatamento da região e conciliar a proteção da biodiversidade com o desenvolvimento sustentável. “A caatinga é a região brasileira mais vulnerável às mudanças climáticas”, disse o deputado.

Segundo informações do Minis-tério do Meio Ambiente citadas pelo deputado, o bioma já perdeu quase 46% da sua cobertura vegetal origi-nal. Os dados disponíveis apontam uma taxa média de desmatamento de 2,2 mil quilômetros quadrados por ano entre 2002 e 2011.

O desmatamento afeta o regime de chuvas do bioma, prejudicando ainda mais a flora, a fauna e a popu-lação humana que vive no semiá-rido. “Em vista desse quadro, urge estabelecer medidas de fomento à conservação desse importante bio-ma brasileiro”, afirma Cavalcanti.

ZoneamentoO zoneamento ecológico-eco-

A caatinga, maior bioma ex-clusivamente brasileiro, poderá ganhar uma lei de proteção am-biental, com meta de preservação, proibição de desmatamento e zo-neamento ecológico-econômi-co (ZEE). As medidas constam no Projeto de Lei 9076/17, do depu-tado Zeca Cavalcanti (PTB-PE), em análise na Câmara.

Segundo a proposta, o bioma terá como meta de preservação pelo menos 17% da sua área, por meio de unidades de conservação de proteção integral, a ser alcan-çada em cinco anos. A caatinga ocupa 844,4 mil quilômetros qua-drados, abrangendo a maior par-te do Nordeste e áreas de Minas Gerais.

Será proibida a supressão de vegetação nativa, exceto em caso de utilidade pública, interesse so-cial e atividades de baixo impacto, como abertura de pequenas vias e implantação de estrutura destina-das a ecoturismo.

O corte, a supressão e o uso da vegetação nativa dependerão de autorização de órgão integrante do Sistema Nacional de Meio Am-biente (Sisnama). Além disso, será

nômico deverá indicar as regiões destinadas ao desenvolvimento das atividades produtivas, à im-plantação dos corredores de bio-diversidade e à restauração eco-lógica, entre outras atividades.

Cavalcanti propõe que os no-vos empreendimentos sejam im-plantados, prioritariamente, em áreas já desmatadas ou degrada-das da caatinga.(Com informações do Câmara Notícias)

Projeto de Zeca Cavalcanti cria lei de proteção da caatinga, com restrição a desmatamento

A caatinga é a região brasileira mais vulnerável às mudanças climáticas.

Foto

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