ANO VII Nº 85 Julho de 2008 Vamos Acabar com a Corrupção ......Bíblia; tomar uma consciência...

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Vamos Acabar com a Corrupção Eleitoral ANO VII Nº 85 Julho de 2008 Nasce o MOVIMENTO FÉ E POLÍTICA em nossa Diocese. Com base na experiência do CENTRO NACIONAL FÉ E POLÍTICA DOM HELDER CÂMARA, que é uma iniciativa da CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL... (leia mais - pág. 10) - Recordando o 1º Aniversário da Diocese Página 2 - Concentração Diocesana de Catequistas Páginas 4 e 5 - Discípulo de Jesus, Cidadão Consciente Páginas 8 e 9 - Semana da Família Vida Dom de Deus Páginas 12

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Vamos Acabar com a Corrupção Eleitoral

ANO VII Nº 85 Julho de 2008

Nasce o MOVIMENTO FÉ E POLÍTICA em nossa Diocese. Com base na experiência do CENTRONACIONAL FÉ E POLÍTICA DOM HELDER CÂMARA, que é uma iniciativa da CONFERÊNCIANACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL... (leia mais - pág. 10)

- Recordando o 1º Aniversárioda DiocesePágina 2

- Concentração Diocesana de Catequistas Páginas 4 e 5

- Discípulo de Jesus, CidadãoConscientePáginas 8 e 9

- Semana da FamíliaVida Dom de DeusPáginas 12

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2 Julho de 2008SANTO(A) DO MÊS

EDITORIAL

EXPEDIENTE

DIRETORIA

Diretor Geral: Pe.Raul Kestring, Jornalista Responsável: José Roberto Rodrigues SC 00241 JPDiretor Comercial: Luiz Eduvirges de Souza NetoRevisão: Pe. Raul Kestring

CONSELHO EDITORIAL

D. Angélico Sândalo Bernardino, Pe.José Carlos de Lima,Pe. Antônio Francisco Bohn, Pe. Idonizete Krüger

CORRESPONDÊNCIA

Redação e Administração

Rua XV de Novembro, s/nº Centro- Fone/Fax: 3322-4435

Caixa Postal 222 Cep:89.010.971 - Blumenau - SC

FICHA TÉCNICA

Fotolito e impressão: Jornal de Santa CatarinaDistribuição: GratuitaTiragem: 36.600 exemplares

COLABORAÇÃO DE ARTIGOS:NO MÁXIMO 30 LINHAS EM ESPAÇO DUPLO. NOTÍCIAS, NO MÁXIMO 5 LINHAS.

E-mail para enviar matérias: [email protected]

NB: Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores. Matérias entregues depois do dia 12 de cada mês serão publicadas no mês seguinte.

PARA ANUNCIARFONE : 3334-0718 ou 3322-4435 Manoel

MEMÓRIA DIOCESANA

No final deste mês de junho e início de julho, entrando no ano Paulino, instituído pelo Papa Bento XVI para comemorar o segundo milênio de nascimento do Apóstolo Paulo, cabe muito bem lembrarmos a sua oportuna

exortação:”Não vos conformeis com este mundo , mas trans-formai-vos, renovando vossa maneira de pensar e julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, a saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito”(Rm 12,2). De fato, passamos por esta terra, como por um lugar de prova da nossa fé, da nossa perseverança no desígnio de Deus sobre nós e sobre a realidade que nos cerca.

No Documento de Aparecida, nossos bispos nos chamam ao discipulado de Jesus e à missão como forma de nos san-tificarmos e de transformarmos o mundo, dando preferência às pessoas, sobretudo aos sofredores. Não adianta pensarmos que vamos fazer acontecer essa urgente transformação so-mente com ações dentro da comunidade eclesial. Elas, sem dúvida, são indispensáveis. Mas está mais do que na hora de lançarmos mão das estratégias políticas para que as estruturas sociais sejam menos geradoras de injustiça e morte. A política sadia é um dos caminhos para melhorar o mundo. “É a forma excelente da caridade”, afirmava o Papa Pio XII.

Por isso, neste mês de julho, estamos destacando o tema da consciência política como parte integrante do discipulado e da missão do cristão e da cristã. Com antecedência suficiente, de-sejamos chamar a atenção para as eleições municipais, das quais participaremos efetivamente no próximo mês de outubro.

Acelebração do primeiro aniversário da Diocese de Blumenau ocupou

o espaço da página central do nosso Jornal. Aí, na edição de agosto de 2001, consta a descri-ção de dois significativos símbo-los. Agora, aproximando-nos da celebração do oitavo aniversário, será edificante recorda-los.

1. Uma linda menina de l ano de idade, vestida de amarelo e com uma coroa de girassóis à cabeça, como símbolo da Dioce-se, foi trazida para Dom Angéli-co abençoar. Conta o relato, da autoria deste mesmo e subscrito escritor, que “quando Dom Angélico tomou-a nos braços, toda a igreja ir-rompeu num caloroso aplauso”. Nosso bispo, com a criança ainda ao colo, ci-tou a Palavra de Jesus:”Se vocês não se converterem, e não se tornarem como as crianças, nunca entrarão no Reino do céu”(Mt 18,3). O mesmo escrito re-gistra outra palavra do primeiro bispo

da Diocese de Blumenau:”Quero que a criança continue o símbolo da nossa Diocese até o centenário”. Diocesanos e diocesanas de Blumenau, vamos amar nossas crianças. Assim, estare-mos amando a Jesus e, portanto, nossa Igreja. Amar nossos pequenos e peque-nas significa principalmente favorecer seu crescimento “em idade, sabedoria

e graça”, como fala o Evangelho a respeito do próprio Menino Jesus. Ainda, sem cuidar da evangelização das famílias, as crianças carecerão de amor verdadeiro.

2. Ao final daquela inesquecível celebração do primeiro aniversário da Diocese, também foram distri-buídas sementes de girassol, “em-pacotadas em pequenos envelopes plásticos”. Continua o relato: “Dom Angélico e os padres abençoaram-nas, e os pacotinhos foram distribu-ídos ao povo. Semeadas, elas pode-rão dar outro cognome à Diocese do amor: Diocese dos Girassóis”. Esta flor volta sempre a sua corola

na direção do sol, buscando nele sua vida e sua beleza. Que a Diocese, as pastorais, movimentos, comunida-des, grupos de reflexão, em Deus, na oração, na Palavra, nos sacramentos, encontrem sempre seu vigor, sua dire-ção, sua razão de ser e agir.

Pe. Raul Kestring

Apraz-nos, neste mês de julho, con-templarmos Santa

Paulina. A data litúrgica da sua comemoração transcor-re no dia 9. Logo depois da sua canonização, pelo servo de Deus, o Papa João Paulo II, na nossa região de San-ta Catarina, como em todo o Brasil, surgiram muitas comunidades dedicadas a esta mulher “toda de Deus e toda dos irmãos”. Nossa Diocese honra a sua memó-ria com o patrocínio até de uma Paróquia, no municí-pio de Navegantes.

Nesta coluna do nosso jornal, queremos destacar dois elementos da sua histó-ria. Mesmo porque não convém, aqui, expor toda a sua trajetória terrena.

Primeiro, a sua família, originária de Vigolo Vattaro, província de Tren-to, no norte da Itália. Foi a segunda fi-lha do casal Napoleão e Ana. Amábile nasceu no dia 16 de dezembro de 1865.

Caracterizando a sua família, todos os que falam da sua vida dizem:”Eram ótimos cristãos, mas muito pobres”. A pessoa pode se tornar santa, mesmo que sua família seja atéia. Mas quan-do, a família, começando pelos pais, é temente a Deus e participante da Igre-

ja, a santidade de seus filhos têm um fundamental incentivo. Não só aque-la santidade que entendemos como a canonização depois da morte. Pais e filhos já vivem a santidade aqui, na terra, vivendo a Palavra do Senhor, fugindo do pecado, dos vícios; agin-do responsavelmente na escola, no trabalho e na convivência familiar.

Segundo, na vida da Madre Pau-lina, a pobreza não foi empecilho para fazer o bem ao próximo. Em setembro de 1875, ela e sua famí-lia vieram para o Brasil, em busca de uma vida melhor. Como muitos imigrantes europeus e de outros con-tinentes, vivendo em dificuldades no seu país, desacomodaram-se e partiram para uma nova meta. Ma-dre Paulina, mesmo pobre, socorreu uma cancerosa e deu origem come-

çou uma Congragação Religiosa, ain-da hoje espalhada pelo mundo.

Santa Paulina, ajuda-nos a superar nossos egoismos e dificuldades para que sejamos instrumentos de Deus so-correndo os sofredores e construindo o Reino de justiça e paz.

Não vos conformeis com este Mundo

Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus

Recordando o primeiro Aniversário da Diocese

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3Julho de 2008A mensageM dos pastores

A PALAVRA DO PAPA BENTO XVI

ENCONTRO COM DOM ANGÉLICO

De 15 a 20 do corrente mês acontece em Sidnei, Austrália, mais uma Jornada Mundial da Juventude. Jovens dos diversos Continen-tes lá estarão representando os Movimentos, Pastoral da Juventude das Dioceses do mun-do todo.

Entre nossas prioridades diocesanas, a evangelização da Juventude ocupa lugar de destaque pelo muito que devemos ainda fa-zer, em verdadeira mobilização, neste setor.

A CNBB, por unanimidade, aprovou precioso documento sobre a Evangelização da Juventude, afirmando ser compromisso prioritário de toda a Igreja. A Conferência de Aparecida, por sua vez, em diversos momen-

tos, abraçou a causa da urgente evangelização da Juventude. Em sua “Mensagem Final”, afirma como compromisso: “Acompanhar os Jovens na sua formação e busca de identida-de, vocação e missão, renovando nossa opção por eles.” E, ao falar especificamente, sobre os Jovens, o Documento de Aparecida suge-re como linha de ação: “Dar novo impulso à Pastoral da Juventude nas comunidades ecle-siais”. “Estimular os Movimentos eclesiais que têm pedagogia orientada à evangelização dos Jovens e convida-los a colocar mais ge-nerosamente suas riquezas carismáticas, edu-cativas e missionárias a serviço das Igrejas lo-cais”. “Privilegiar, na Pastoral da Juventude,

processos de educação e amadurecimento na fé como resposta de sentido e orientação da vida, e garantia de compromisso missionário. De maneira especial, buscar-se-á implemen-tar uma catequese atrativa para os Jovens que os introduza no conhecimento do mistério de Cristo, buscando mostrar a eles a beleza da Eucaristia dominical que os leve a descobrir nela Cristo vivo e o mistério fascinante da Igreja” (DA 446).

Para que estes compromissos, linhas de ação, sejam agarrados com entusiasmo em toda Diocese de Blumenau, todos nós, no vigor do ESPÍRITO SANTO, somos convo-cados!

A XXIII Jornada Mundial da Juventude

Recordo sempre com grande alegria os vários movimentos transcorridos jun-tos em Colônia, em agosto de 2005. No final daquela inesquecível manifestação de fé e de entusiasmo, que permanece im-pressa no meu espírito e no meu coração, marquei encontro convosco para a próxi-ma reunião que terá lugar em Sidnei em 2008. Será a XXIII Jornada Mundial da Juventude e terá como tema: “Ides receber

uma força, a do Espírito Santo, que desce-rá sobre vós e sereis minhas testemunhas” (At 1,8). O fio condutor da preparação espiritual para o encontro de Sidnei é o Espírito Santo como Espírito de verdade. Em 2007 procuramos descobri-lo mais profundamente, como Espírito de amor, para nos encaminharmos depois rumo à Jornada Mundial da Juventude de 2008, refletindo acerca do Espírito de fortaleza e testemunho, que nos dá a coragem de vi-ver o Evangelho e a audácia para o procla-mar. Por isso, é fundamental que cada um de vós, jovens, na comunidade e com os educadores, possa refletir sobre este Protagonista da história da salvação, que é o Es-pírito Santo ou Espírito de Jesus, para alcançar e s t a s altas fi-n a l i d a -des: re-conhecer a verdadeira identidade do Espírito, em primeiro lugar ou-vindo a Palavra de Deus na Revelação da Bíblia; tomar uma consciência límpida da sua presença contínua e ativa na vida da Igreja, em particular redescobrindo que o

Espírito Santo se põe como “alma”, sopro vital da própria vida cristã, graças aos sa-cramentos da iniciação cristã do Batismo, Confirmação e Eucaristia; tornar-se assim capaz de amadurecer uma compreensão de Jesus cada vez mais profunda e alegre e, contemporaneamente, de realizar uma prática eficaz do Evangelho no alvorecer do terceiro milênio.

Matrimônios Sólidos

“Famílias sólidas são edificadas sobre matrimônios sólidos. Sociedades sólidas são edificadas sobre famílias sólidas. De fato, todas as comunidades civis deveriam fazer o possível para promover políticas econômicas e sociais destinadas a ajudar os jovens cônjuges a facilitar o seu desejo de criar uma família. Longe do permane-cer indiferente ao matrimônio, o Estado deve reconhecer, respeitar e apoiar esta

honrada instituição como união estável entre um homem

e uma mulher que se comprometem reci-

procamente até a morte.

Evangelização da Juventude: compromisso urgente!

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4 Julho de 2008CATEQUESE

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INTRODUÇÃO

A CNBB – Confe-rência Nacional dos Bis-

pos do Brasil, através da Dimensão Bíblico-Catequética,

convoca todos os cristãos para o grande acontecimento: O ANO CATEQUÉTICO NACIONAL que acontecerá durante todo o ano de 2009. Por sua vez, os Regionais e as Dioceses do Brasil estão se mobilizando para que este acontecimento seja um passo novo na caminhada da Catequese.

1. O momento histórico em que vive-mos, com seus valores, desafios e mudan-ças, exige dos evangelizadores, preparação, qualificação e atualização. Neste contexto, a formação catequética de homens e mulheres “é prioridade absoluta” (DGC 234).

2. Os documentos recentes da Igreja re-forçam, estimulam, a formação inicial e per-manente de seus agentes. O Doc. Estudos da CNBB, nº. 59 - O Ministério da Catequese, trata da Formação dos Catequistas. A fonte inspiradora desta formação é Jesus Cristo. Formar discípulos missionários dotados de profunda fé, de identidade cristã eclesial clara, possuidores de espírito missionário e não menos de sensibilidade social (DGC 237; DNC 29-34).

3. O Ano Catequético terá sua culmi-nância com a Terceira Semana Brasileira de Catequese, a realizar-se em Indaiatuba, SP, de 07 a 11 de outubro de 2009. Terá como TEMA: “Catequese, caminho para o dis-

cipulado, e por LEMA “Nosso coração arde quando ele fala, explica as Escritu-ras e parte o pão” (cf. Lc 24,13-35).

4. Em preparação para este evento, a Co-ordenação Regional de Catequese, formada por todas as coordenações diocesanas, reali-zou um Encontro Regional de estudo e refle-xão sobre CATEQUESE, UM MINISTÉ-RIO ECLESIAL. O assessor do Encontro foi o Pe. Vanildo de Paiva – Catequeta, Psicólogo, de Pouso Alegre, Sul de Minas. Ele tem muito material publicado relaciona-do à Catequese, inclusive Catequese e Li-turgia – Duas faces do mesmo mistério; Reflexões para a interação entre cateque-se e liturgia. O lançamento do livro foi feito no Encontro de Lages.

5. Blumenau esteve presente no En-contro Regional com 14 participantes:

w Comarca de Timbó, através das pa-róquias: Dr. Pedrinho. Timbó e Rio dos Cedros - sete participantes.

w Comarca Norte: Paróquias Santuá-rio Nossa Sra. Aparecida, São Francisco de Assis e Santo Estevão - quatro parti-cipantes.

w Comarca de Gaspar: Paróquia Nossa Senhora do Rosário, Barracão - duas par-ticipantes e Irmã Anna, da Coordenação.

w Entre os participantes, contamos com a presença do Pe. Roberto Fritzen, pároco da Paróquia de Dr. Pedrinho. Foi uma presença muito especial para todos neste encontro, pelo incentivo, participação, apoio, que tem dado à Catequese. Muito obrigada, Pe. Roberto; contamos sempre com você, apoiando, valorizando e apostan-

do na formação de catequistas!

6. CATE-QUISTAS: Dis-cípulos Missio-nários de Jesus Cristo. O Docu-mento de Apare-cida coloca o tema do seguimento de Jesus para estudo, reflexão e vivên-cia destacando:

7. OS DIS-CÍPULOS MIS-SIONÁRIOS DE ONTEM

À diferença de

outros mestres de seu tempo, Jesus convidava as pes-soas não a uma

adesão intelectual ou a um estudo da Lei e das tradições religiosas, mas para que O se-

guissem e fizessem o mesmo que Ele fazia:w Cuidar dos doentes;w Dar ânimo aos sofredores;w Acolher os excluídos;w Restituir e dignificar a vida;w Experimentar um novo modo de se re-

lacionar com Deus e entre si.

8. Também, hoje, “Jesus convida a nos en-contrarmos com Ele e a que nos vinculemos es-treitamente a Ele, porque é a fonte da vida (cf.Jo 15, 1-5) e só Ele tem palavras de vida eterna (cf. Jo 6,68)... O discípulo experimenta que a vinculação íntima com Jesus no grupo dos seus é participação da Vida saída das entranhas do Pai; é formar-se para assumir a missão de fazer novas todas as coisas” (V CELAM 131).

O processo formativo do discípulo de Jesus nasce do encontro com Ele e do fascínio que Ele desperta com sua presença, o que corresponde ao desejo de realização humana e vida em ple-nitude.

“O discípulo é alguém apaixonado por Cristo, a quem reconhece como Mestre que o conduz e o acompanha” (V CELAM 277).

Formação de Catequistas e de Coordenações, processo contínuo

“A Igreja reconhece que, no conjunto de ministérios e serviços, com os quais ela realiza sua missão evangelizadora, ocupa lugar destacado o Ministério da Catequese” (DGC 219).

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5Julho de 2008CATEQUESE

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7. ACONTECENDO NAS COMARCAS:

GASPAR: Realização de um encontro das coordenações paroquiais em Gaspar. Cada paróquia se fez presente com duas a quatro participantes, para rever a caminhada da catequese, a programação em termos de formação na co-marca, pela diocese e a par-ticipação na concentração de catequese.

O grupo participou ativamen-te, interagindo e colocando as dificuldades deste ministério. Houve momentos de oração, espirituali-dade e de formação em relação ao que é catequese, hoje: formar discípulos mis-sionários. OLHEM A FOTO!

8. A COORDENAÇÃO DIOCESANA DE CATEQUESE – AMPLIADA, também não deixou por menos. Reuniu-se, tomou decisões e agora é só partir para a ação: Dar continuidade à formação prevista no cronograma da diocese que é uma prio-ridade e a convocação para a concentra-ção.

9. CONGRESSO TEOLÓGICO CATE-QUÉTICO. MEDELLIN-APARECI-DA: UM DIÁLOGO PROVADOR

Em São Paulo, dias 22 a 24 de maio de 2008.

“Ouvi o clamor do m eu povo e vim para que todos tenham vida em abundância” (Cf. Ex 3,7s; Jo 10,10)

O Congresso foi promovido por SCALA (SOCIEDADE de Catequistas LatinoA-mericanos) MARKTUR Turismo e Uni-lassalle – RJ

OBJETIVO DO CONGRESSO: Impulsionar a consolidação das opções

fundamentais, teológicas e pastorais, de Medellín e de Aparecida, face aos desa-fios e esperanças do hoje e do amanhã da Igreja do nosso continente.

Pela amanhã houve conferências e no pe-ríodo da tarde, escolha de temas atinen-tes à catequese, por grupo de interesse. Foram muito interessantes os temas de-senvolvidos, pelos grandes catequetas e teólogos, no todo do Congresso.

Estivemos participando intensamente deste Congresso. Foi um grande encontro iluminado, provocador e de claras pers-pectivas para a catequese, formadora de Discípulos(as) Missionários(as) a serviço da construção do Reino.

10. QUERIDAS E QUERIDOS CATE-QUISTAS.

Vamos prosseguir em nossa caminhada, estudando, refletindo, rezando, vivendo como discípulos(as) de Jesus, partilhan-do a fé, fazendo discípulos no processo de educação da fé de modo dinâmico, vibrante, interativo, pois o discipulado requer um tempo de aprendizagem que inclua uma experiência concreta de adesão a Jesus, seguimento, inserção na comunidade, partilha das alegrias, dores e esperanças, enfim busca e acolhida de novos discípulos e compromisso comu-nitário (cf Jo 10,7-10; Mt 28,19-20; DNC 96). Essa é a tarefa de cada catequista.

ISSO É SER CATEQUISTA! Irmã Anna Gonçalves

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6 Julho de 2008ECUMENISMO em fatos

I Jornada Ecumênica do Sul do Brasil

As Jornadas Ecumênicas acontecem desde 1994, na cidade de Mendes, Estado do Rio de Janeiro e são pro-

movidas pelo fórum Ecumênico Brasil. Os organismos ecumênicos, movimen-tos sociais, ONGs e Igrejas da região Sul do Brasil, compreendendo os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, se propõem a realizar a 1ª JORNA-DA ECUMÊNICA SUL, a partir do de-safio lançado por Fé Brasil a cada uma das regiões. Buscará reunir 300 pessoas de pastorais eclesiais e sociais, envolvi-das com o trabalho ecumênico no Sul do Brasil e representantes do Conesul, a Jor-nada acontecerá de 07 a 09 de novembro de 2008, em Joinville, SC. A partir do tema Diversidade e Convivência: sonho ecumênico, buscará promover um espa-ço de troca de experiências, fortalecer as redes de solidariedade e cooperação en-

tre igrejas, organizações e movimentos ecumênicos, além de propor e incentivar formas de articulação de redes, do movi-mento ecumênico com os movimentos e organizações sociais na América Latina.

Da nossa cidade e Diocese de Blu-menau, estão sendo convidados três organizações comunitárias: a Fun-dação Municipal do Meio Ambiente (FAEMA), o Conselho Municipal de Entorpecentes (COMEN) e a Pastoral da Criança. Frei Pascoal e seu grupo teatral manifestaram-se favoráveis a apresentarem uma encenação própria para a ocasião.

Local da Jornada: Recanto da Paz – Rua Waldemiro José Borges, nº 4.911 – Bairro Itinga – Joinville – Estado de Santa Catarina, Brasil – fone: 47 – 3465-0101

O ITESC confirma a realização do III Curso de Pós-graduação em Diá-logo Ecumênico e Interreligioso nas suas dependências. A primeira etapa acontecerá nos dias 14 a 26 de julho. O Curso propõe suprir uma carência de formação em uma das áreas mais desafiantes para a reflexão teológica e para a ação pastoral. Trata-se de uma experiência única no Brasil (e na América Latina), e as inscrições para o Curso são oriundas de vários esta-dos do país. O término das inscrições é 10 de julho. Informações: (48) 3234 0400 ou [email protected].

O NÚCLEO ECUMÊNICO DE BLUMENAU, além das agendas nor-mais, encerrará o ano com a realização de um Seminário sobre Eclesiologia Ecumênica. Estudiosos do assunto, um representante de cada confissão reli-giosa que é membro do Núcleo, apre-sentará o seu ponto de vista e, num segundo momento, serão moderadores das reações de todos/as os/as lideranças eclesiais presentes ao evento, agendado para dia 11 de novembro, das 08h30min até 13h00min, tendo por local a Igreja Evangélica de confissão Luterana Gus-tavo Adolfo, no bairro Vila Itoupava, Blumenau. .

Encontro do CIER - SC, em Rodeio 12, município de Rodeio

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7Julho de 2008PASTORAL

Olema: “Ai de mim, se eu não evangelizar” (1Cor 9,16) e o tema: “Grupos de Reflexão,

Caminho para o Discipulado e a Missão!”, foram escolhidos para ani-mar um grande evento eclesial que já está envolvendo as Dioceses de Blu-menau e Joinville: a Primeira Con-centração Interdiocesana dos Gru-pos de Reflexão.

Com imensa esperança e alegria, já começamos a preparação. Embora a data, 14 de setembro pareça distan-te, uma mobilização desse porte exige começar logo, contando com o apoio de todas as paróquias, comunidades, movimentos, padres, diáconos, minis-tros, catequistas, lideranças, os nossos Grupos, principalmente dos animado-res e animadoras.

O local definido para este verda-deiro marco da Caminhada dos Grupos de Reflexão em nossas Dioceses e em nosso Estado não poderia ter melhor, mais amplo, acolhedor, local escolhi-do: a Arena, em Jaraguá do Sul.

No dia 23 de maio, as duas coor-denações diocesanas estiveram reuni-das no Centro Diocesano de Pastoral, em Joinville, encaminhando os prepa-rativos para este momento importante da nossa caminhada.

A parte que compete aos Gru-pos, às paróquias e comunidades já

deve começar a ser preparada. Prever ônibus, automóveis. Fazer a lista das pessoas que vão reservando o dia 14 de setembro para a grande Concen-tração. Ninguém pode ficar de fora! Será um encontro de fé, partilha, ale-gria, formação e de ação de graças a Deus pela caminhada evangelizadora de nossos Grupos na vida de nossas comunidades. Ainda, cada paróquia não pode pensar só em si. Precisamos dar-nos as mãos e encorajar-nos mu-tuamente para o absoluto sucesso do esperado evento.

VOCÊ, amigo(a) animador(a) de Grupo de Reflexão, comece a motivar o seu grupo! No dia 5 de julho a equi-pe interdiocesana, responsável por

esta concentração, estará se reunindo novamente em Jaraguá do Sul, onde iremos acertar mais alguns detalhes para o grande encontro.

Em breve, a coordenação diocesa-na de nossa diocese de Blumenau es-tará encaminhando às paróquias todas as informações necessárias e o indis-pensável material de divulgação.

Venha com o seu Grupo de Refle-xão participar desta Concentração e manifestar a nossa alegria de sermos e propagarmos “Um jeito bom de ser Igreja”.

Pe. Walmir M. Gomes Assessor Diocesano

dos Grupos de Reflexão

1. Planejamento – Os agentes e gru-pos da Pastoral Vocacional (PV) recebe-ram a agenda de todo o ano de 2008.

2. Próximo Estágio Vocacional – Dia 09 de agosto, sábado, com início às 09h. Divulgue-se em todas as comu-nidades. Há necessidade de trabalho vocacional em cada paróquia e comu-nidade para que se disponha de equipe de “pescadores”, como pediu o próprio Jesus. Preencha a sua ficha do(a) Agente da Pastoral Vocacional.

3. Folder – Orientações, sugestões, projetos constam neste folder, elaborado e distribuído em grande número. Cons-tam aí muitas informações sobre o SAV. Se a comunidade não recebeu, pode solicitar com Pe. Fabian, no seminário. Dúvidas podem ser esclarecidas tam-bém no seminário, fone: 3334-6861.

4. Prossegue a Caravana Vocacional – Pe. Fabian e um grupo de se-minaristas, no dia 05 e 06 de julho, visitarão a Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Santa Maria, divulgando o SAV, o seminário e animando as comunidades na oração e no compromisso com as vocações sacerdotais e religiosas. A Paróquia Santa Inês, de Indaial, será visitada pela Caravana Vo-cacional nos dias 12 e 13 de julho.

5. Encontro Diocesano de Coroinhas – O Serviço de animação Voca-cional programou, para o dia 22 de junho, na Paróquia Imaculada Conceição, Rio dos Cedros, o ENCONTRO DIOCESANO DE COROINHAS, com chegada às 08h, missa às 9h, teatro com as Irmãs Carmelitas às 11h15min e almoço de encerramento às 12h.

“Por isso, pedi ao Senhor da messe que mande trabalhadores para a sua messe” (Lc 10,2).

Informações: 3334-6861

Pe. Fabian Marcelo Capistrano – Coordenador Diocesano da PV e do SAV; Felipe de Oliveira – 1º Secretário; Erik D. Schmitz – 2º

Secretário.

Dioceses de Joinville e Blumenau em Expectativa:

1ª Concentração Interdiocesana dos Grupos de Reflexão

Serviço de Animação Vocacional (SAV) na Diocese de Blumenau

7º Festival da Canção – Promoção da Pastoral da Juventude“Bem aventurados os jovens que

sonham e correm o risco de verem seus sonhos realizados” (Dom Helder Câmara).

No próximo dia 12 de julho, acon-tecerá o VII FECAN – PJ Diocese de Blumenau, tendo por local o Pavilhão de Eventos Milton Seara Müller, na cidade de Navegantes, SC. Estão sen-do convidados os Grupos de Jovens,

as comunidades, as famílias, os padres e todos os que quiserem vibrar com os jovens naquele dia de encontro, celebra-ção, música e muita alegria.

A programação terá início às 18h, com apresentação dos grupos par-ticipantes do festival, apresentação da equipe julgadora, saudações, início das apresentações, etc...

Os participantes terão duas mo-dalidades de apresentação : a) Inédita

- elaborada em torno do tema:”Temos mil razões para viver”, eixo das ativida-des permanentes de 2008 das Pastorais da Juventude no Brasil, fazendo renascer a profecia de Dom Helder Câmara; b) Paródia – letra inédita, inspirada no tema do Dia Mundial da Juventude de 2008, “Juventude e os Meio de Comunicação. Queremos plantar as razões do nosso vi-ver” - com melodia conhecida.

Serão premiadas três apresenta-

ções de cada modalidade (1º, 2º e 3º lu-gares). Baixo, guitarra, meia lua, tecla-do, violão elétrico e gaita de boca serão os troféus aos vencedores. Também a melhor torcida será premiada.

Livreto sobre o conteúdo das letras está sendo divulgado, inclusive pela Internet, em pdf, para auxiliar na elaboração das letras. Muito cativante e bem elaborado, o mesmo livreto serve como excelente material de formação

individual e grupal. Pedidos podem ser feitos pelo e-mail: [email protected]

Inscreva-se já pelo endereço: Pasto-ral da Juventude – Diocese de Blumenau – Rua XV de novembro, 514 – Centro – CEP 89010-971 Blumenau, SC – Fone: 3322-4435 – Ramal 30, (período da tarde, Helio – Celular: 9607-2173; após as 15h, Ana Maba) ou pelo e-mail: [email protected]

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9Julho de 2008

ESPECIAL8

3322-3950Informar-se é Prevenção

Prevenção = Atendimento Digno + Redução dos Custos

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CEMITÉRIO?E-mail:[email protected] - www.onedamoveis.com.brE-mail:[email protected] - www.onedamoveis.com.br

Uma cultura de corrupção marca o nosso país. – Desde o início da colonização portuguesa, no ano de 1500, a história política do Brasil tem sido marcada pela corrupção.

O quase total analfabetismo do povo mantinha-o sob os interesses pessoais dos reis, príncipes e li-deranças. O ato de governar não tinha claramen-te o objetivo de servir o povo. O povo, embora na sua miséria e desproteção, devia pôr-se a serviço do Estado, dos soberanos daquele tempo. Quan-do, no período republicano, entrou em vigor o sistema democrático de governo, teoricamente, o povo teria mais participação na gerência da coisa pública, através do voto. Mesmo assim, com o belo nome de democracia, a realidade política brasileira não foi sanada. A corrupção continuou permeando instituições públicas e sugando san-gue e vida do povo.

O ano de 1999 marca uma virada histó-rica. – A luta por eleições sem fraudes, sem abuso do poder econômico, verdadeiramente democráticas, foi entendida e assumida como a base de uma virada no exercício do serviço político no Brasil. No ano de 1999, o cidadão brasileiro assinalou duas grandes vitórias nes-sa luta: a) foram reunidas as assinaturas de mais de um milhão de eleitores numa inédita iniciativa: apresentar ao Congresso Nacional um Projeto de Lei de Iniciativa Popular contra a corrupção eleitoral; b) esse mesmo projeto foi aprovado pelos congressistas em prazo re-corde, como primeiro Projeto de Lei de Inicia-tiva Popular aprovado pelo congresso.

Mais de um ano durou a coleta de assinatu-ras.

Hoje, o povo brasileiro dispõe de um novo instrumento de luta para acabar com a impu-nidade do crime da compra de votos, flagelo da nossa democracia: a Lei de no. 9840 de 29 de setembro de 1999.

Só a lei, de nada adianta. – Agora, é pre-cisa que, em todo o Brasil, os mais de um mi-lhão de subscritores conheçam bem a lei, se organizem, com outros brasileiros que a eles e elas se juntem nessa ação de cidadania para fiscalizar o cumprimento da Lei 9840.

Mas, ainda, só fiscalizar não basta. Será ne-cessário difundir uma verdade simples, cunha-da durante a campanha de coleta de assinaturas por um participante de Apucarana, no Paraná:

VOTO NÃO TEM PREÇO, TEM CONSE-QÜENCIAS. Ela precisa ser repetida, lida e ou-vida pelo máximo possível de eleitores, em toda parte, em cartazes, adesivos de carro, botons, na rádio etc.

Comitês 9840, o miolo da ação proposta

pela Lei – COMITÊS 9840 podem ser chama-dos os grupos de cidadãos e cidadãs que, em qualquer lugar, deverão conhecer a nova lei e a maneira de aplicá-la. Caberá a eles iden-tificar todas as irregularidades que estejam sendo cometidas, em termos de compra de votos e de uso da máquina administrativa, e levá-las ao conhecimento da Justiça Eleito-ral. Desde o dia do registro do candidato até o dia da eleição, a identificação da irregulari-dade poderá se feita, somente neste período. É aconselhável, no entanto, começar a tra-balhar antes, preparando a atuação durante esse período.

Criando Comitês 9840 – A todo e qualquer cidadão cabe identificar irregularidades eleito-rais cometidas em termos de compra de votos e de uso da máquina administrativa, e levá-las ao conhecimento da Justiça Eleitoral. Mas a fisca-lização será mais eficaz se for feita em grupo, criando-se, com outras pessoas igualmente dis-postas a participar, Comitês que poderiam se chamar, por exemplo, Comitês 9840, para carac-terizar bem seu objetivo.

A COMPRA DE VOTOS DESTACA-SE ENTRE OS CRIMES ELEITORAIS – O Código eleitoral já tipifica como crime, mas essa forma de corrupção fica quase sempre impune. Por isso, ela se torna uma prática corriqueira nas campanhas eleitorais, aceita sem maiores críticas por candidatos e eleitores. Desvirtua o exercício do voto e abre espaço para o abuso do poder econômico, explorando as carências populares e, por conseqüência, falseando gravemente os resultados eleitorais. Consideremos que dois ter-ços da população brasileira vive em situação de carência, com baixo nível de consciência poítica. A quantidade de votos que podem ser compra-dos por esta parcela da população chega a ser, portanto, decisiva numa eleição. Por outro lado, essa prática é extremamente perversa: para aque-les que se elegem “comprando” votos, torna-se muito útil manter na miséria e na ignorância po-lítica um”exército eleitoral de reserva”, o mais

numeroso possível.

O que significa comprar votos? É ato do candidato que propõe ao eleitor que este lhe dê o seu voto, em troca de algum bem ou vantagem que lhe é entregue ou oferecido. No ano de 1977, a Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), organismo ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizou pesquisa de âmbito nacional sobre a compra de votos. Os re-sultados foram apresentados na 36ª. Assembléia Geral da CNBB, em abril de 1998, chamando a

atenção da mídia. A devolução dos questionários, com 50 per-

guntas, não correspondeu às expectativas. Um total de 300 questionários foram devolvidos. Pela distribuição geográfica das respostas, po-rém, obteve-se amostra significativa deste crime em todo o território nacional, confirmando a gra-vidade e a extensão do problema. A lista é longa: cestas básicas, alimentos básicos diversos, tais como açúcar, óleo, sal, tíquetes de leite, bebi-das, dentaduras, óculos, sapatos, roupas, ajuda para obter documentos, pagamento de fiança

de presos, cimento, areia, pedra, tijolos e outros materiais de construção, ferramentas, insumos agrícolas, uniformes para clubes esportivos, bolas e redes, enxovais, cobertores, berços, col-chões e colchonetes, móveis, eletrodomésticos e utensílios domésticos, bujões de gás, redes para dormir, casas, lotes de terreno, remédios, exames de laboratório, pagamento de consultas médicas e de atendimento hospitalar, de esterilizações e abortos, cirurgias, tratamentos odontológicos e próteses, cadeiras de rodas, pagamento de con-tas atrasadas, de aluguéis, de promissórias, car-ros, passagens e transporte, viagens e passeios, caixões de defuntos e transporte para enterros, remoções gratuitas em ambulâncias, som para festas, financiamento de festas de formatura, de aniversário, batismo ou casamento, de quermes-ses, de bancos ou torres de igreja, etc., etc., numa lista infindável que expõe todas as dificuldades vividas pelo povo brasileiro.

OUTRO CRIME-DESTAQUE: USO DA MÁQUINA ADMINISTRATIVA – O que é isso

O art. 73 da Lei Eleitoral (Lei nº 9504, de 30 de setembro de 1997) prescreve que são proi-bidas, aos agentes púbicos (isto é, aos Prefeitos, por exemplo) uma série de condutas que carac-terizam o uso da máquina administrativa. Vale a pena ler este artigo:

Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas tenden-tes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:

I – ceder ou usar, em benefício de candidato, partido político ou coligação, bens móveis ou imóveis pertencentes à administração direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Fe-deral, dos Territórios e dos Municípios, ressal-vada a realização de Convenção Partidária;

II – usar materiais de serviços, custeados pelos Governos ou Casas Legislativas, que exce-dam as prerrogativas consignadas nos regimen-tos e normas dos órgãos que integram;

III – ceder servidor público ou empregado da administração direta ou indireta federal, estadu-al ou municipal do Poder Executivo, ou usar de seus serviços, para comitês de campanha eleito-ral de candidato, partido político ou coligação, durante o horário de expediente normal, salvo se o servidor ou empregado estiver licenciado;

IV – fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido político ou coliga-

ção, de distribuição gratuita de bens, serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público;

VI – nos três meses que antecedem o pleito:a) realizar transferência voluntária de

recursos da União aos Estados e Municípios, e dos Estados e Municípios, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os recursos desti-nados a cumprir obrigação formal preexistente para execução de obra ou serviço em andamen-to e cronograma prefixado, e os destinados a atender situações de emergência e de calamida-de pública;

b) com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no merca-do, autorizar publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos ór-gãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, salvo em caso de grave e urgente neces-sidade pública, assim reconhecida pela Justiça eleitoral;

c) fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, fora do horário eleitoral gratuito, salvo quando, a critério da Justiça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente, relevante e carac-terística das funções de governo.

PROCEDIMENTO PARA A PUNIÇÃO – Referente unicamente à propaganda eleitoral, o artigo 36 da Lei Eleitoral atual (9504/97) pres-creve que “a propaganda eleitoral só é permiti-da a partir do dia 5 de julho do ano da eleição”, aplicando-se uma multa a quem a fizer antes dessa data. Antes do dia 5 de julho, as sanções previstas para a propaganda eleitoral aplicam-se mesmo antes da escolha dos candidatos e ainda que o candidato denunciado não venha a ser es-colhido em Convenção partidária.

No caso da Lei 9840, que é aquela que se pretende fiscalizar mais diretamente, os prazos são diferentes. A denúncia de compra de votos ou uso da máquina administrativa, a serem puni-dos com cassação do registro ou do diploma, só pode ser feita depois que o candidato conseguiu seu registro na Justiça Eleitoral.

Até o dia da eleição se aplica a Lei 9840, uma vez que, depois da eleição não se po-derá pretender “comprar votos”, depois que o eleitor já votou. A lei prevê até mesmo “vales” e promessas com validade para depois da eleição.

BRASIL: Igrejas vão distribuir 50 mi-lhões de cartilhas sobre educaçãoBrasília, quinta-feira, 15 de maio de 2008 (ALC) -

Numa iniciativa inédita na história do Brasil, pela primeira vez igrejas serão parceiras do Ministério da Educação (MEC) na mobilização de famílias, incentivando-as a acompanharem o processo formativo de seus filhos e filhas. Uma das metas do programa é a distribuição de 50 milhões de cartilhas.

“A mobilização social é um dos pilares do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e as igrejas têm papel forte e são referência nas comunidades em que atuam”, justificou a assessora especial do MEC, Oros-linda Goulart.

A cartilha explica como as famílias podem ajudar seus filhos e filhas no processo educativo, e incentiva-as a acompanhar o desempenho das crianças na escola e a participar dos conselhos escolares.

No lançamento do Plano de Mobilização das Igrejas Cristãs pela Educação, na quinta-feira, 8, o ministro de Estado da pasta, Fernando Haddad, disse que o desa-fio proposto é o de garantir qualidade com eqüidade “e alçar à parte desassistida a condição de protagonista da mudança”.

O MEC chamou para a elaboração do Plano de Mobilização o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), o Conselho Latino-Americano de Igre-jas (Clai), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o movimento Todos pela Educação e a Organi-zação das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (Unesco).

Desde o ano passado, um grupo de trabalho envol-veu-se na elaboração da cartilha e nas linhas de atuação das igrejas a partir das 28 diretrizes do projeto do MEC. A cartilha foi ilustrada pelo cartunista Ziraldo, criador de personagens como o Saci Pererê e histórias voltadas ao público infantil, entre elas “O menino maluqinho”.

Nas ações interativas, o plano prevê o envolvimento das igrejas em atividades lúdicas, informações em cultos e missas, almoços comunitários, conversas informais, cursos, palestras e seminários, eventos culturais tra-tando do tema educação. Um curso preparará líderes comunitários para o desenvolvimento do programa, que também prevê a formação de multiplicadores.

O programa quer assegurar a alfabetização de crianças até no máximo oito anos de idade, combater a repetência e a evasão escolar, valorizar a formação ética, artística e de atividades físicas, desenvolver pro-postas de alfabetização de jovens e adultos, garantir o acesso e a permanência de crianças portadoras de de-ficiência na escola.

Em reunião com bispos católicos na terça-feira, 6, Haddad disse que a melhoria da educação brasileira é a chave para o sucesso do país. Ele mencionou ações que o MEC vem desenvolvendo junto às escolas, como avaliações periódicas do ensino, aumento de recursos, publicização dos indicadores educacionais.

“Tudo isso é muito importante, mas se não tivermos a mobilização da sociedade e das famílias, não cumpri-remos os prazos estabelecidos para atingir nossos obje-tivos”, afirmou, referindo-se à meta de elevar o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) brasileiro à nota 6 até 2022, nas primeiras séries do ensino funda-mental. Hoje, a média é 3,8.

O ministro se valeu dos exemplos de alguns países que também transformaram a educação em política de Estado, e não de governo, como a Coréia do Sul e a Irlanda. “Muitos imaginam que a revolução educacional sul-coreana foi uma decisão de governo, mas na verda-de foi encaminhada pela sociedade”, lembrou.

Agência Latino-Americana e Caribenha de Comu-nicação (ALC)

VOTO NÃO TEM PREÇO, TEM CONSEQÜÊNCIAS

Segundo encontro do Movimento Fé e Política da Diocese de Blumenau

Dom Angélico dirigindo sua palavra aos participantes do movimento Fé e Política da Diocese.

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10 Julho de 2008FÉ E POLÍTICA

Nasce o MOVIMENTO FÉ E POLÍTICA em nossa Diocese. Com base na experiência do

CENTRO NACIONAL FÉ E POLÍ-TICA DOM HÉLDER CAMARA, que é uma iniciativa da CNBB – CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Dois encon-tros de apresentação do MOVIMEN-TO foram realizados, o primeiro no dia 20 de maio e o segundo no dia 18 de junho, nas dependências do Centro Catequético de nossa Catedral.

Agradável presença de represen-tantes das paróquias, movimentos, pastorais, partidos políticos, poder executivo municipal, poder legislativo, bem como a maravilhosa presença de representantes de grupos de jovens.

Neste primeiro momento de ca-minhada, um grande questionamento inquietava a comunidade: É possível misturar fé e política? Penso que a for-mulação mais correta seria: É possível separar fé e política? Não existe nada mais contrário à religião do que, dian-te de problemas sociais de nosso coti-diano, ficarmos inertes, imóveis, sem ação. Como poderemos resolver pro-blemas como a violência, as drogas, desemprego, educação? Problemas que atingem a nossa juventude, nossos filhos. Diria alguém que se diz católi-co, cristão: “Meu filho não usa drogas, tem um bom emprego, não me preo-cupa!” Devemos louvar e agradecer por estes pais e filhos privilegiados! E os outros? E a grande maioria? Será que não é problema meu, seu? Belo exemplo de fé! Insisto: é possível se-parar fé e política? “Quem diz que Re-

ligião não tem nada a ver com Política entende pouco de Política e menos ainda de Religião” – dizia Mahatma Gandhi.

O movimento é fundamental-mente de caráter educativo, segundo a dialética “observação-reflexão-ação”. Precisamos despertar uma consciên-cia nova de cidadania e desmistificar a idéia de relacionar a política com situações negativas. Bem sabemos, caro leitor, que uma grande maioria de políticos ficou desligado de valores éticos, razão pela qual, o movimento pretende colaborar na formação de cristãos leigos/leigas, para as funções públicas, eletivas ou não, no campo da política e das organizações, bem como para um melhor discernimento no momento do voto.

Somos convidados, convidadas a participar de movimentos populares, associação de moradores, conselho municipal de saúde, da educação, da criança e do adolescente, entre outros. Podemos e devemos assumir o papel de controladores do poder, especial-mente porque o que vemos é o poder a

serviço de poucos. Quando se quer articular a fé e o

agir político, torna-se, pois imprescin-dível, manter o duplo olhar. De um lado o olhar teológico sobre as Escri-turas e a Tradição, nas quais e através das quais, é-nos transmitida a Palavra do Deus Vivo. De outro, o olhar das ciências sociais e humanas que nos permitem compreender de forma mais aprofundada o mundo. Uma adequa-da formação cristã para o agir político deve, portanto, não só contemplar o olhar sobre as Escrituras e a Tradição, mas também sobre os estudos socio-lógicos, históricos, filosóficos e das ciências políticas e jurídicas que per-mitam uma abordagem mais profunda da realidade onde se atua.

Vamos estimular as ações e con-dutas éticas em todos os níveis do serviço público e político, comba-tendo a corrupção e a manipulação inescrupulosa do dinheiro público. Contra a corrupção eleitoral, façamos valer a Lei 9.840 que diz ser proibido a qualquer candidato “doar, oferecer, prometer ou entregar, ao eleitor, com o

fim de obter-lhe o voto, bem ou vanta-gem pessoal de qualquer natureza, in-clusive emprego ou função pública”.

A propósito da lei 9.840, bem sabemos que se trata de uma Lei que nasceu da iniciativa popular, e estamos juntos, no projeto, também de iniciati-va popular que pretende tornar inele-gíveis candidatos com condenação em primeira instância, bem como aqueles que tiverem denúncia recebida por um tribunal ou renunciaram a seus man-datos para escapar de punições.

No mês de julho, iniciaremos as formações nas 35 paróquias da Dioce-se de Blumenau, divididas em 13 cida-des. O foco será: REFLEXÕES PARA AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS QUE SE APROXIMAM, onde serão abordados os seguintes temas: uMUDAR O MUNDO A PARTIR DE

NOSSA CIDADE;uA PARTICIPAÇÃO DO CIDADÃO

NA GESTÃO PÚBLICA;uOS TRÊS PODERES DA REPÚ-

BLICA;

uVOTO: A FORÇA DA CIDADANIA;uO DESTINO DO NOSSO VOTO;u ELEGER PARA QUE?;uCIDADANIA, ÉTICA E POLÍTICA:

DESAFIOS PARA OS CRISTÃOS.

Avalie bem quem merece o seu voto: quem acompanha e participa das lutas com a população; quem de-fende a vida, quem não vota em proje-tos que levam à morte; quem vota em projetos que favorecem o povo: para moradia, saúde, educação; quem está comprometido com as causas popula-res; quem cumpriu o que se propôs a fazer e presta contas de seu mandato ao povo que o elegeu; quem entende que não é senhor absoluto de seus vo-tos, mas que representa aqueles que o elegeram; quem é coerente com a fé que professa, demonstrando que sua ação política é parte de seu compro-misso com a vida, a partir de sua fé; quem assume, pois, os princípios da Doutrina Social da Igreja.

Vamos criar grupos suprapartidá-rios de acompanhamento e de fisca-lização nas câmaras municipais, co-brando compromissos de campanha, acompanhando o desenvolvimento da proposta do candidato/a, estando junto com o eleito/a, contribuindo com su-gestões e propostas; participando das sessões da câmara e das audiências públicas.

Pretendemos favorecer a partici-pação e diálogo entre pessoas que te-nham ideologias políticas diferentes.

“ BEM AVENTURADOS OS JOVENS PORQUE SONHAM E CORREM O RISCO DE VEREM SEUS SONHOS REALIZADOS” – Dom Helder Câmara.

“ POLÍTICA SEM TEOLOGIA É PURO NEGÓCIO” – Leonardo Boff.

Luiz Eduvirges de Souza Neto - Coordenador do Movimento

Fé e Política

Fé e Política: Movimento que fazia falta e... possível!

Luiz Eduvirges e Pe. José Carlos, coordenadores do Movimento Fé e Política, introduzindo a reunião

Anuncie noJornal da Diocese

FONES: 3322-4435 8834-0011

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MISSÃO11Julho de 2008

Sou missionário, e, mesmo pequeno,

sirvo alegre...

Estou chegando numa Paróquia, na qual, há dois anos, nasceu e está organizada a Infância Missioná-ria (I.M.).

Estou conhecendo as crianças, jovens e adultos que assessoram os grupos. Fiquei refletindo e acabei acreditando que a pro-posta da Infância Missionária é capaz de entusiasmar e fazer a diferença numa Co-

munidade.Eu vi a atuação das crianças da Infân-

cia e Adolescência Missionária na Coro-ação de Nossa Senhora, no dia da festa, na procissão do Corpus Christi, na missa das crianças da Catequese, na preparação do Encontro Diocesano de Coroinhas e na preparação para o Congresso Missionário Regional em Caçador. Dona Onélia, 62 anos, tem dois netos que

participam da IM.

P.: Nos dois anos que a Senhora acom-panha um grupo de IM, notou algumas mudanças nas crianças,

R.: Desde que comecei a acompanhar os meus netinhos, percebi uma maior disponibi-lidade das crianças em participar e ajudar nas celebrações e a convidar outros coleguinhas. É impressionante ver como eles fazem isto com muita alegria.

P. : A sua idade não atrapalha o grupo? R.: Acho que não, pois são felizes comigo.

Eu canto com eles; aliás, mais que eles, mas eles também têm uma voz forte. Do Hino da IM “Sou missionário, e, ainda pequeno,....”, eles gostam muito. Brinco com eles... Conto historias da vida dos missionários...

E você, TAHINÁ, (9 anos, neto de dona Onélia) o que você faz na IM?

R.: Eu sou o “animador” da IM. Eu tenho 12 crianças. Somos nós que fazemos os en-contros. Todo têm uma responsabilidade: dois são coordenadores, 2 são tesoureiros; eu e Fa-

brício somos animadores, mas logo vai mudar todo mundo, pois vamos dar a vez para quem não assumiu nada até agora.

E você, ANA THÁLIA (8 anos), o que você aprende na IM?

R.: “Eu aprendo muitas coisas, como eu rezo para as crianças do mundo inteiro. No dia, em casa, fico no cantinho rezando e agra-decendo pelo que a gente come, pelo que a gente ganha de alguém, e depois faço um sa-crifício pela comunidade... Eu rezo bastante todos os dias.

P.: Você, TÁLISON, não é mais crian-ças...

R.: Pois é... eu tenho 14 anos e , faz dois anos, participo da Infância Missionária.

Assessoro eles. Ajudo a respeitar o ou-tro e a aceitá-lo como ele é. Eu vou tam-bém de casa em casa para convidar para o grupo; ajudo a escrever cartas aos missio-nários brasileiros de S. Catarina que estão na África, ao Pe. José, que é missionário em Rondônia. Eu só fico triste por que muitos não são perseverantes.

DONA CLEIDE.Aproximei-me da Senhora Cleide, mãe

de dois filhos que participam do grupo da Infância Missionária.

Perguntei (P).: como nasceu o seu en-gajamento na Infância missionária?

Resposta (R).: Fui convidada pelo Pa-dre a participar de um encontro de forma-ção em Blumenau. Em teoria, achava lindo um projeto, assim, “as crianças evangelizar crianças”, mas na prática achava difícil, quase utópico... Eu, na realidade, sempre desejava que as crianças conhecessem me-lhor Jesus, mas que eles se tornassem sujei-tos de evangelização para outras crianças, isto não cabia muito na minha cabeça. Mas me entusiasmei, e, daí em diante, não parei mais de participar.

P.: E continua entusiasta?R.: Caminhar com as crianças e colabo-

rar para semear a sementinha da atenção aos mais pobres e àqueles que não conhecem Jesus, fazer conhecer a vida cheia de amor e dedicação de tantos missionários; isto con-tinua me entusiasmando mesmo! No Grupo da I.M. eu esqueço os problemas, o cansaço

e me recarrego interiormente.

P.: Mas o seu grupinho, o que faz de “Especial”?

R.: De especial “nada”, pois é aqui-lo que todos deveriam fazer: são ativos na catequese, trazem sugestões. Convidam os coleguinhas para conhecer Jesus e vir par-ticipar da IM. Rezamos juntos para os Mis-sionários que estão longe, em outros Conti-nentes, escrevemos para eles, enviamos as nossas ofertas do cofrinho..

O nosso grupinho se tornou ponto de re-ferência para outras comunidades e somos convidados a animar as crianças para que surjam outros grupos da IM, na Paróquia. Como aconteceu, por exemplo, no domingo passado, na Comunidade N. Sra de Fátima, na missa das crianças.

P.: Você encontra dificuldades?R.: A maior dificuldade é conciliar os

horários do encontro semanal para que to-dos possam participar. Nossos pequenos, desde cedo, tem uma vida corrida com cur-sos, jogos, dança... o descanso de fim de semana dos pais, que viajam... Quando uma criança não pode participar, ela fica real-mente muito triste.

AVÓ ONÉLIA E OS NETINHOS

A Infância missionária está, de fato, ao alcance de todos e, na realidade, faz a diferenca nas nossas comunidades. A renovação da Igreja se dá com uma nova postura: olhar fora da nossa janela... deixar-nos conduzir pelo Espírito, que nos leva por caminhos missionários além fronteiras, Discípulos Missionários, como nos diz o Documento de Aparecida.

Pe. Carlos Faggion - Coordenador Diocesano do COMIDI

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Julho de 2008curtas diocesanas

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No domingo, 22, a diocese de Blume-nau (SC) comemora oito anos de criação. A celebração acontece na catedral de São Paulo Apóstolo. Criada em 19 de abril do ano 2000, pelo papa João Paulo II, a posse de seu pri-meiro bispo diocesano, dom Angélico Sân-dalo Bernardino, ocorreu em 24 de junho do mesmo ano.

Nestes oito anos, segundo o secretário de pastoral da diocese, pe. Anderson Ferrari, fo-ram construídos o seminário menor e o prope-dêutico, o seminário maior instalado em Flo-rianópolis, um Centro de Espiritualidade para retiros e encontros, além de 11 paróquias e a ordenação de 12 padres e 35 diáconos perma-nentes. “Temos também implantada a Pastoral da Sobriedade, duas casas de recuperação para dependentes químicos e a diocese irmã de Hu-maitá (AM) na qual já enviamos missionários leigos, ajudamos na compra de um barco e agora vamos colaborar na construção de uma

capela na Vila Esperança de Humaitá”, enu-merou o padre.

No domingo, também, a diocese celebra os 33 anos de ministério episcopal e 49 anos de ministério presbiteral de dom Angélico.

Por ter São Paulo como padroeiro, a partir de 28 de junho iniciam as primeiras comemo-rações do Ano Paulino, na diocese de Blume-nau, com a celebração da missa de abertura. Ao longo do segundo semestre haverá estudo sobre as cartas paulinas.

Durante o ano de 2009, a diocese de Blu-menau aprofundará o conhecimento de seu padroeiro entre os fiéis. “Vamos realizar um aprofundamento nas cartas paulinas e nos es-pírito missionário de São Paulo para que haja um maior vigor missionário em nossa dioce-se”, sublinhou pe. Ferrari.

(cópia do site da cnbb, quinta, 19 de junho de 2008)

R.C.C., o que é? É a sigla utilizada para “Renovação Carismática Católica”.

Renovação porque o Espírito Santo reno-va todas as coisas; Carismática porque vive os carismas, e Católica porque nascemos no Cursilho da Cristandade, num retiro de final de semana na cidade de Duquesa, estado da Pensilvânia, Estados Unidos da América, exa-tamente nos dias 17, 18 e 19 de fevereiro do ano de 1965.

Jovens universitários estavam neste retiro de fim de semana. O nome da Universidade é

“SPIRITUS EST QUI VIVIFICAT” (é o Espírito que vivifica). Todos foram condu-zidos para a capela com o Santíssimo exposto e, lá, aconteceu a efusão do Espírito Santo com seus carismas e suas conseqüências....

A EQUIPE DE PASTORAL DA COMUNICAÇÃO da nossa Diocese, além de se ocupar do jornal, de projetos já em andamento, está encaminhando a fundação da “Associação São Paulo Apóstolo, Blumenau, Centro”, com es-tatuto e todos os trâmites legais para, logo, em diversos pontos da cidade de Blumenau, possivelmente colocar no ar três rádios comunitárias. Pe. Raul Kes-tring é presidente da nova entidade; Ce-lésio Bernz, vice; Antonio Felini, secre-tário e Luiz Eduvirges de Souza Neto, tesoureiro. Outros sócios fundadores reforçam a inciativa, que foi sugerida por D. Angélico e por ele também está sendo, de perto, acompanhada.

PREPARANDO A SEMANA NACIONAL DA FAMÍLIA, a transcorer em agosto, do dia 10 a 16, a Comissão do Setor de Evangelização da Família da nossa Diocese, formada por representantes da Pastoral familiar, Equipes de Nossa Senhora, Movimento Irmãos, Cursilho de Cristandade, Lareira e Encontros de Pais em Cristo, no próximo dia 20.07, ACONTECERÁ ENCONTRO na Comunidade Cristo Rei, em Baú Baixo, BR 470 (Km 25), Ilhota, com a assessoria do Pe. Ivan, assessor da Pastoral Familiar do Regional Sul IV; do Pe. Josué, assessor da Pastoral Familiar da nossa Diocese e do casal Volnei/Marivone, coordenador da Pastoral Familiar do Regional Sul IV. Inscrições com Diác. Valdir Wirth, fone: (47) 3324-0614 e com Diác. João F. Zimmermann, fone: (47) 3171-0019. Prazo das inscrições: 15.07.2008.

Bom número de paróquias da Diocese manda-ram seus repre-sentantes para o encontro dos Con-selhos Missioná-rias Paroquiais ( C O M I P A S ) , ocorrido no dia 07 de junho, no Cen-tro Catequético da Catedral. Pe. Car-los Faggion, novo coordenador da animação missionária em nossa Diocese, conduziu os trabalhos. Houve boa troca de experiências sobre a animação missionária nas paróquias. A In-fância Missionária apresentou-se como verdadeira esperança de evangelização sem fronteiras, começando pelas crianças, adolescentes e jovens. Foram feitos os acertos para a presença de representantes da nossa Diocese no Congresso Missionário, em Caçador, sob o lema: “Santa Catarina, com Cristo, escuta, aprende e anuncia”, dia 29 de junho, domingo. Da nossa diocese irão 90 pessoas. O lema do congresso é o mesmo do 2º Congresso Missionário Latino-Americano (Quito, mês de agosto). Lamentou-se a ausência de representantes de diversas paróquias!

O INSTITUTO DE VIDA CONSAGRADA “FILHOS DA POBREZA DO SAN-TÍSISMO SACRAMENTO” (Toca de Assis), com seus colaboradores, comemorou o primeiro aniversário de presença e atividades em Blumenau, no domingo, 15 de junho, com caminhada até a Vila Germânica, Almoço Festivo, Adoração e Santa Missa, presidida pelo Pe. Daniel, membro do Instituto e residente em Londrina, PR. A “Toca de Assis” desempenha edificante trabalho na nossa cidade e Diocese de Blumenau, acolhendo mora-dores de rua, quais “bons samaritanos” dos nossos dias.

Diocese de Blumenau celebra oito anos de criação, aniversário de dom Angélico e abre Ano Paulino

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13Julho de 2008OPINIÃO

AGENDA DE DOM ANGÉLICO

Estes são os compromissos de nos-so Bispo no corrente mês, além de atendimento na Cúria e visitas a Co-munidades:

Em LinsDe 1º a 4, em Lins, pregando Retiro Espiritual

aos Padres daquela Diocese.

Encontro de BisposNos dias 8 e 9, encontro dos Bispos das Dioceses

do Estado de Santa Catarina (Regional Sul IV da CNBB) em Massaranduba.

Encontro RegionalEm Joinville dias 10 e 11, encontro do Conselho

Pastoral do Regional Sul IV da CNBB.

Secretariado de PastoralNa sala da coordenação diocesana de pastoral,

dia 17. às 19h30m, reunião do Secretariado de Pas-toral.

Comarcas de BlumenauDia 18, às 8h30m, no Centro Catequético da Ca-

tedral, reunião dos padres das Comarcas Blumenau Sul e Norte.

Evangelização da famíliaNo dia 20, na comunidade Cristo Rei, Baú Bai-

xo, presença ao encontro sobre a evangelização da família, promovido pela coordenação diocesana da Pastoral Familiar.

Presbíteros de Santa Catarina

Presença ao encontro de Presbíteros das Dioce-ses de Santa Catarina, dias 21 a 24, na Casa São José, Vila Itoupava.

Em São PauloReunião, em São Paulo, nos dias 28 a 31, de gru-

po de Bispos.

Flores... Não apenas!

Quando vier me visitar, traga flores.Muitas delas...Porém, não me traga apenas flores.Não se esqueça de juntar a elas a beleza do

seu sorriso, a ternura do seu olhar, a força do seu abra-

ço, o calor dos seus beijos...Mas não esqueça de tirar-lhes os espinhos

que machucam, as folhas envelhecidas, os galhos secos, as

dores embutidas...Quando vier me visitar, traga flores.Muitas delas...Perfumadas, coloridas, alegres.

A calamidade do alcoolismo

As drogas continuam destruindo vidas, ar-rebentando famílias” Em particular, o alcoolis-mo que conta com escândalos à publicidade em Meios de Comunicação Social, é responsável por muitas vidas esmagadas, famílias destruídas!

Felizmente, as Escolas no Estado de Santa Catarina proíbem o consumo de bebidas alcoóli-cas em suas festas! O mesmo acontece nos está-dios de futebol!

Muitas paróquias, em belo testemunho, tam-bém estão realizando suas festas sem o consumo de bebidas alcoólicas!

Longo caminho nos resta, porém, a percorrer. A relação entre alcoolismo e desastres no trânsi-to é bárbara! Muitos, sobretudo, jovens, bebem em bares, festas, e se matam e matam inocentes.

Uma pesquisa divulgada em fevereiro de 2007 pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) mostrou que de 1.034 universitários ouvidos no Rio e São Paulo, 37% admitiram dirigir quando bebem. Entre os que evitam o volante após beberem, 80% aceitam ca-rona de amigos alcoolizados.

Correr riscosRir é correr o risco de parecer tolo.

Chorar é correr o risco de parecer sentimental.

Estender a mão é correr o risco de se envolver.

Expor seus sentimentos é correr o risco de mos-trar seu verdadeiro eu.

Defender seus sonhos e idéias diante da multi-dão é correr o risco de perder pessoas.

Falar é correr o risco de se enganar.

Comer é correr o risco de se envenenar.

Auxiliar é correr o risco da ingratidão.

Amar é correr o risco de não ser correspondido.

Viver é correr o risco de morrer.

Confiar é correr o risco de se decepcionar.

Tentar é correr o risco de fracassar.

Mas os riscos devem ser corridos, porque o maior perigo é não arriscar nada. A pessoa que não corre nenhum risco não faz nada, não tem nada e não é nada. Elas podem até evitar sofrimentos e desilu-sões, mas elas não crescem, não vivem. Acorrenta-das por suas atitudes, privam-se de sua liberdade.

O medo do fracasso, da derrota ou da desilusão nos impede de ajudar, de viver, de crescer.

Somente a pessoa que corre riscos é livre! Não tenha medo, auxilie, fale, coma, chore, ria, enfrente os riscos necessários, mas viva.

(Anita Godoy)

Anuncie no Jornal da Diocese de BlumenauFONES: 3322-4435 - 8834-0011

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14 Julho de 2008pASTORAL

Ovizinho não segura o eleva-dor, filas são furadas no mer-cado, o colega não dá “bom dia”, motoristas xingam no

trânsito. Mais do que falta de educação, está-se diante da “era da falta de respeito”. Na atualidade que preza só pelos capitais mercadológicos, as pessoas perceberam que se importar com o próximo não dá lucro. Raras são as excessões. Geral-mente, as leis da boa convivência só têm vez quando se é um cliente, porque, nes-se caso, elas se transformam em “regras de bom atendimento” ou em situações à parte, como com pessoas que são mais próximas, ou que trariam algum benefício no futuro. Exagero? Em um mundo capi-talista, até as relações pessoais parecem ter valor de mercado.

Tudo bem que não é de hoje que a sensibilidade tem perdido espaço para a correria dos vários compromissos do dia-a-dia: emprego, família, casa... Enfim, são infinitas as obrigações. Mas isso não seria uma inversão de valores? Afinal, não se corre justamente atrás de tanta coisa para

se viver bem? E como se pode viver bem se não se olha nem para a pessoa co lado? Ainda que seja um estranho, ela faz parte do meu mundo, em que, diga-se de passa-gem, todos vivem.

O individualismo transformou o lema cristão “amar ao próximo como a si mes-mo” em mero “amar a si mesmo”. A ques-tão é se realmente tem como se estar bem consigo mesmo em ambiente onde nem sequer um “tudo bem?” é perguntado com sinceridade e interesse pelo outro.

As pessoas têm se esquecido de que mais do que um “passe adiante”, a educa-ção, a boa vontade e a simpatia refletem a paixão pela vida, a esperança de melho-ra. É verdade que o otimismo cansa, nem sempre se está de bom humor: há cobran-ças, situações ruins e noites mal dormidas, entretanto, passar por cima do outro não melhora o dia de ninguém.

Obviamente, não há um progresso mundial quando se dá a vez para uma pes-soa na fila do cinema, mas a iniciativa, por menor que seja, é melhor do que a conivên-cia. Disse Walter Benjamin que “as coisas

continuem como antes, eis a catástrofe”. Portanto, as mudanças são fundamentais. E não seria mais fácil simplesmente come-çar, então, sorrindo?

Para os egoístas que ainda não tenham se convencido, algumas constatações: fa-zer o bem ao próximo traz bem-estar a si mesmo, evita rugas e estresse e, caso o pa-trão perceba que você se importa pelo ou-tro, você pode até ganhar uma recompensa ou uma promoção, por que não? O fato é que, já lembrou Platão que a carruagem, quando guiada pelo cavalo mais calmo, com bom senso, integridade e altruísmo, segue em harmonia. E, ainda que muitas vezes ignore-se o fato, no fundo, todos so-nham com a prática do amor e com o fim dos conflitos.

(A autora, Gabrielle Vivian Bittel-brun, é estudante do quarto ano de jor-nalismo da Inesp-Bauru. A pedido da sua mãe, residente em Blumenau, publicamos, aqui, em nosso Jornal da Diocese, este es-crito, que julgamos de excelente qualidade e que transcrevemos do “Jornal da Cida-de”, Bauru, SP, edição de 31.03.2008).

O valor de fazer o bem ao próximo

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15Julho de 2008nOTÍCIAS DA IGREJA

IGREJA NO BRASIL IGREJA NO MUNDO

Pastoral da Pessoa Idosa Papa visitará França de 12 a 15 de setembro

A visita apostólica de Bento XVI à França para celebrar os 150 anos das aparições de Nossa Senho-ra em Lourdes acontecerá de 12 a 15 de se-tembro, segun-do anunciou a Conferência Episcopal da França.

“Os Bispos da França con-vidam os fiéis a se mobilizarem amplamente para acolher o papa e agradecer a Deus pela men-sagem de Lourdes, afirma um comunicado de imprensa emitido pelo episcopado.

Por sua parte, o Santuário de Nossa Senhora de Lourdes convidaram também os “bispos, os sacerdotes e fiéis de todo o país, em particular europeus, a irem em grande número para rezar em Lourdes com o Santo Padre”.

Santa Sé pede desenvolvimento centrado no ser humano

Igreja no Brasil terá Diretório de Comunicação

Hora da Família 2008A Semana Nacional da família, que este ano será de 10 a 16/08, terá como tema central a

Defesa da Vida, em consonância com a CF 2008. A Hora da Família, subsídio oficial da Semana, contém 8 roteiros especialmente preparados para a reflexão orante, em família ou em grupos, da temática Vida: Dom de Deus; O valor inalienável da vida humana; Família: santuário da vida, entre outros. Ainda reúne textos para celebrações do Dia das Mães, dos Avós, dos Pais, do Nas-cituro, de Todos os Santos e a Solenidade da Sagrada Família. Pedidos pelo fone (61) 3443-2900 ou pelo e-mail: [email protected].

“Ao longo da sua história, a Igreja Ca-tólica esteve sempre voltada para a comuni-cação, quer seja na comunidade, na arte, na pintura, na escultura e nos símbolos. Com a revolução tecnológica,descortinou-se um novo horizonte para a sua ação evangeliza-dora enquanto meios e processos de comu-nicação”. A afirmação é da assessora do se-tor Comunicação Social da CNBB, Ir. Elide Fogolari. Os fundamentos e as estratégias para o anúncio do evangelho com a comu-nicação na Igreja Católica no Brasil serão apresentados no Diretório da Comunicação, que está em fase final de elaboração. Espe-

cialistas da área estão trabalhando na reda-ção do documento. O texto será submetido à análise da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura,, Educação e Comunicação social e à aprovação dos bispos do Brasil. O obje-tivo do Diretório é orientar as políticas de comunicação e a Pastoral da Comunicação na Igreja no Brasil, dado que “nos últimos anos, a Igreja Católica no país tem dedicado constante atenção para a comunicação social enquanto geradora de uma nova cultura”. Ir. Elide salienta que “encontramo-nos diante de um novo desafio cultural que precisa ser iluminado pelo Evangelho.”

Congresso Nacional da Pastoral Familiar

De 5 a 7 de setembro próximo, acontecerá, no Rio de Janeiro, o 12º Congresso Pastoral Fa-miliar. “A defesa da vida” será o foro central deste Congresso.

A 46ª Assembléia da conferência Nacio-nal dos Bispos do Brasil (CNBB), aprovou a Pastoral da Pessoa Idosa como Organismo de Ação Social da CNBB. Assim, essa Pastoral torna-se uma instituição eclesiástica supradio-cesana no que se refere a sua natureza, fins, organização e administração. Criada em 2004, após a Campanha da Fraternidade 2003, que teve como tema Fraternidade e Pessoas Idosas, a Pastoral da Pessoa Idosa tem o objetivo de promover a dignidade e a valorização integral das pessoas com mais de 60 anos, por meio do trabalho voluntário de promoção humana

e espiritual. A Pastoral organiza comunidades e capacita voluntários que, em visitas domici-liares mensais às famílias, promovem o bem estar físico, mental, social, espiritual, cogniti-vo e cultural dos idosos, principalmente dos mais pobres. As ações também se estendem à articulação social para promover a dignidade e a cidadania, colaborando para a divulgação e implementação do Estatuto do Idoso. Em nossa Diocese de Blumenau, o Diácono João Ernesto da Silva é o coordenador desta impor-tante Pastoral.

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Rua XV de Novembro, s/n (fundos da Catedral)Fone: (47) 3322-4435

Os princípios de solidariedade e subsidia-riedade são chave para estabelecer as regras internacionais que sustentam o desenvolvi-mento, propõe a Santa Sé.

Esta idéia se afirma em uma nota enviada pela Secretaria de Estado do Vaticano à Con-ferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento em Acra, Gana.

O documento da Santa Sé menciona uma “crise do multilateralismo”, assinalando espe-cialmente duas críticas às organizações inter-nacionais.

“A primeira é o problema de representa-ção, segundo o qual a decisão que tem poder entre estas instituições não está situada de forma eqüitativa”, disse. A segunda crítica se refere à “falta de envolvimento da so-ciedade em iniciativas orientadas ao desen-volvimento, empreendidas por instituições multilaterais. Tal enfoque apresenta o risco

de formular uma estratégia política que não está centrada nos pobres, mas nos governos dos países”.

Após uma análise dos problemas ineren-tes ao comércio e desenvolvimento, a Santa Sé dedica um olhar a “o que se pode fazer”.

A primeira proposta é r4ecordar o que o documento chama de “verdade objetiva”, que é um desenvolvimento centrado no ser huma-no.

O verdadeiro objetivo é o desenvolvimen-to, propõe a Santa Sé, e “o comércio repre-senta uma oportunidade significativa para os países em vias de desenvolvimento. Contudo, este não é um fim em si mesmo, mas um meio para a conquista do desenvolvimento e a redu-ção da pobreza”.

A seguir, o documento aconselha “uma mudança de perspectiva”: o objetivo de desen-volvimento, afirma, é o bem comum.

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16 Julho de 2008HISTÓRIA DAS COMUNIDADES

No ano de 1994, a comuni-dade católica do Bairro Araponguinhas, em Timbó,

ainda fazia parte da Capela Nossa Senhora Aparecida, situada no Bair-ro dos Estados, da mesma cidade. Nesse mesmo ano, foi oficialmente constituído o Bairro Arapongui-nhas. Este fato ocasionou também o desejo de construir uma capela no novo bairro. O casal Nelson Paulo e Fátima Uber Cristofolini, iniciaram contatos com as lideranças locais e paroquiais sobre a necessidade de, inicialmente, ali, ter catequese para as crianças. A mesma Sra. Fátima organizou a primeira turma de 15 catequizandos, iniciando a sua pre-paração à Primeira Eucaristia. A di-reção da Escola Nestor Margarida,

daquelas imediações, cedeu sala para o importante projeto. O mes-mo ano de 1994 marca o início dos Grupos de Reflexão entre aquelas famílias.

No dia 18 de novembro de 1997,

o pároco de Timbó, Pe. Aloísio Flu-dra, na residência do mesmo casal, Nelson Paulo e Fátima, presidiu a primeira missa no bairro Arapon-guinhas. Depois dessa data, a missa tornou-se mensal na comunidade.

Ir. Maria Tchá, da Congregação das Catequistas Franciscanas, incentivou a realização do culto dominical. As atividades e celebrações passaram a ser feitas na citada escola do lugar. A mesma religiosa propôs que a comu-nidade escolhesse o padroeiro ou a padroeira. Nossa Senhora de Fátima obteve a preferência da maioria das famílias. João Schimanski, Emilio Al-ves Padilha e Lorival Packer doaram a bonita imagem da recém-escolhida padroeira.

No ano de 1997, a nova comuni-dade já tinha sua primeira Ministra Extraordinária da Comunhão, Sra. Fátima Uber Cristofolini. A primei-ra diretoria, formada em agosto de 2001, assim compunha-se: Nelson Paulo Cristofolini, coordenador; de-

mais membros: Emilio Alves Padilha, Mercio Bruske, Ademir dos Santos Bonfim e Márcio Lindner. O primei-ro trabalho destes pioneiros foi o ca-dastramento das famílias, chegando a anotar 230 famílias católicas.

O passo seguinte foi a compra do terreno para a futura capela. Muita luta, sacrifício, promoções, ajuda de R$ 6.000,00 (seis mil Reais) das de-mais comunidades da paróquia e mui-to apoio do atual pároco, Pe. Carlos H. C. de Camargo, no dia 11 de agosto de 2005, possibilitaram a compra do ter-reno, no valor de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil Reais). Agora, como se vê na foto, ao lado, já está coberto o salão comunitário, onde inicialmente serão realizadas as atividades comunitárias e celebrações.

No dia 18 de fevereiro de 1991, Srs. Honorato Tonolli e Julio Cipriani, no Bairro das Capi-

tais, em Timbó, tomaram a iniciativa de convidar as famílias católicas para uma reunião. Os dois líderes tencio-navam eleger representantes da co-munidade católica, confiando-lhes a incumbência de encaminhar a forma-ção de uma comunidade e a constru-ção de uma capela naqueles arredores. Laudila Maria Schuster Stolf foi, en-tão, eleita como presidente; Gelásio Fiamoncini, vice-presidente; Sonia Maria Pretti, secretária; Amélio Dalla-bona, 2º secretário; Jairson Dorigatti, tesoureiro; Valdemiro Bauer, 2º tesou-reiro; e os conselheiros: Erna Lenzi, Gema Floriani, Jaime Salvador, Eu-fêmia Lenzi e Ernesto Ropelato. No mesmo dia, foi concretizada a compra do terreno destinado para a sede da futura comunidade, no valor de Cr$ 2.000.000,00 (Dois milhões de cru-

zeiros, dinheiro daquela época), pelo Caixa da Matriz Santa Terezinha.

Anteriormente, o mesmo bairro já tinha caminhada de organização religiosa/comunitária, com boas lide-ranças, como os catequistas: Valdemi-ro Bauer, Luiz Carlos Bauer, Maria Dolses Cipriani e Juvina Menegarda. Cinco Ministros Extraordinários da Comunhão já exerciam esse minis-tério: Gelásio Fiamoncini, Amélio Dallabona, Jaime Salvador, Valdemiro Bauer e Atalvina Bauer. Todas essas lideranças, porém, referiam-se à Igre-ja Matriz. As crianças, adolescentes e jovens do bairro iam até o Centro para a Catequese de Eucaristia e Crisma. Esses foram alguns dos fatores que levaram a comunidade a pensar numa igreja mais próxima, no bairro.

As missas já eram celebradas mensalmente na Escola Juvenal Car-doso Zanella, gentilmente cedida pela diretora daquela época, Professora

Marilda Isabel Longo. Houve perí-odo de grande entusiasmo, quando três senhoras começaram tratativas para a escolha de terreno adequado para construir a igreja. Ao Prefeito Donigo Wolter teria sido solicitado a doação da pretendida área de terra. Explicada a impossibilidade legal da doação, foi garantida a colaboração

da Prefeitura para outros serviços ne-cessários à iniciativa.

Entendeu a Diretoria e a comu-nidade do Bairro das Capitais que, mais do que o edifício do templo, tinha primazia a construção de um Centro Catequético. Assim, no dia 17 de março de 1994, tiveram início as obras do mesmo centro, com recursos

originários da festa do mês de maio, que já era realizada . Na data de 10 de fevereiro de 1998, o Centro começou a ser utilizado, com salas, secretaria, sanitários e auditório.

No dia 13 de março de 2005, foi aprovado o projeto da igreja. A estas alturas, a obra está adiantada, como se pode ver na foto ao lado e, aos poucos, conforme a disponibilidade de Caixa, vai ficando pronta, inclusive com o es-tilo da torre, já definido.

Registra-se ainda que a padroei-ra, Santa Rita de Cássia, foi escolhi-da no dia 11 de maio de 1991, num culto dominical, realizado nas depen-dências do Colégio Juvenal Cardoso Zanella. Uma lista de assinaturas favoráveis à protetora e intercessora foi feita e nela consta a assinatura de 203 membros da comunidade. Um histórico da santa foi exposto e todos aplaudiram a importante e unânime escolha daquelas famílias católicas.

Comunidade Eclesial Nossa Senhora de Fátima - Bairro Araponguinhas - Timbó

Comunidade Eclesial Santa Rita de Cassia - Bairro das Capitais - Timbó