ANO XV 11 DOMING-O, 18 33Hl FEVEREIRO DE 1917 N.° 8i5 · 2020. 2. 11. · alumiando, pelo que se...

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ANO XV 11 DOMING-O, 18 33Hl FEVEREIRO DE 1917 N.° 8 i 5 SEMANARIO REPUBLICANO RADICAL Assinatura Ano. íS; semestre. S5 o. Pagamento aueanrado. Para fóra: Ano. 1S20; semestre, S60; avuiso. So Para o Brazii: Ano. 2S00 (moeaa forte) PKOPRIETARIO-DIRETOR % ADMíN"” __ . Q (Cosuposição e impressão) iaTrbrte)' 0 . k RUA CÂNDIDO DOS REIS - 126, José Augusto Saloio d a j l d j e g a l e g a g Publicações Ç* Anúncios—i.a publicação. S04 a linha, nas seguintes. $02. Q Anupcios na d..a pagina, contrato especial. Os autógrafos não o 0 ;C se restituem quer seiam ou náo publicados. j| ADMifíisTRADGR-HANUEl T. PAULADA EditortLUCUNO FORTUNATODA COSTA Ão Sr. Administrador Ha uns dois mezes a es- ta parte que n’este conce- lho se vem praticando rou- bos de toda a espécie, ou- sando até os gatunos assal- tar as casas, sem que até ôje a autoridade adminis- trativa tivesse por isso o menor incómodo, Mas a in- cúria da referida autorida- de não fica por aqui. Com as subsistencias acontece peior. Os padeiros, por e- zemplo, respeito, algum tê- em tido por uma postura municipal que a digna Ca- mara fizera de acôrdo com sua ex.a, e que punha o consumidor pobre ao abri- go da exploração de que vinha e está ainda, infeliz- mente, sendo vítima. Esta- mos convencidíssimos de que o digno, administrador não ignora o que se está passando em. Aldegalega, se bem que poucas horas por cá se conserva nos ra- ros dias que aqui vem. Até junto de sua exce- íencia tem, certamente, chegado amargas queixas dos lesados, e roubados e ainda d’aqu,eles que, indi- gnados perante taes aten-* tados. e abusos, se revol- tam pedindo providencias. Neste número nos en- contramos nós que já nos convencemos de que não eziste na autoridade a fôr- ça precisa para opôr um dique a esta torrente de immoralidade que ameaça corromper tudo. Ha u.ns. dois mezes, co- mo acima dizemos* se es- tão praticando abusos d'e toda a espécie com inaudi- to descaramento, o que prova, que os criminosos confiam na impunidade e se acham seguros de que não serão chamados á res- ponsabilidade. Os gatunos assaltam, as casas; alguns industriaes de padaria e comerciantes assaltam mais ousadamente do que aque- les as algibeiras do consu- midor, A autoridade não vê, não quer saber de na- da, Ro.ybos, falta de escrú- pulo dos comerciantes* des- respeito das leis, desordens, etc., parecem factos mui- to naturaes para o sr. administrador do concelho. Sempre, e principalmen- te na quadra que atraves- sámos, se ordenou aos re- gedores e á guarda que fi- zessem rondas nocturnas, a fim de evitar roubos, des- ordens e outros actos me- nos regulares. Mas atual- mente nada d'isso vemos que se faça, porque talvez a cmhsação, esse farol que alumiando, pelo que se observa, a gatunagem até ás casas e ás algibeiras dos cidadãos tem conseguido muito, não sendo preciso vigiar actos d'uma socie- dade que, a nosso vêr, nun- ca como agóra se achou mais corrupta nem mais corrompida, Mas deixemos isto e .va- mos ao que mais importa. Para que serve a guar- da republicana e para que se conserva ainda nas fre- guesias a entidade regedor,, e esse corpo, seu subordi- nado, de cabos de policia?- Se para nada servem, dè~ em-n’os por inúteis. Em nossa opinião servem para muito;- a questão está em a. autoridade administrativa do concelho querer apro- veitar-se do seu préstimo. Mas a nossa autoridade não só. se não aproveita das autoridades suas, su- bordinadas como nem da cadeira da Administração ondey por seu dever, preci- sa estar todos os, dias. P as- sa o tempo na Amadora emquanto o$ seus adminis- trados. vão sofrendo çou-j bos e a exploração dos, ga-.j nanciosos que, sem reçpei-! to pelas leis do paiz,. ainda I troçam do regime e dos,que! rebuscam nas algibeiras os | últimos centavos da sua féria:- <i 7 i viva a republica». Com franqueza senti- mos immenso ter que. nos, dirigirmos assim ao ilustre administrador d’este conce- lho, de quem só temo» re- cebido, provas de considera- ção e sãnizífcie; nias.é a. ver- dade e sua ex.a não póde a ninguém fazer vêr o con- trário do que deixamos di- to, Será um ótimo advoga- do como cremos que seja e seria, não temos dúvida, um ótimo administrador de concelho se para isso tivessse uma qualidade que lhe falta— a inergia precisa para o bom desempenho de tal cargo. Esta qualida- de poderia resultar alguns protestos de bôca pequena, protestos de sacristia, por parte de meia duzia de am- biciosos, agora mal acostu- mados, mas logo se desfa- riam e o procedimento de sua ex,a seria louvado ten- do jus á gratidão e respei- to d’um povo que ha dois, mezes vem pedindo provi- dencias contra vários abu- sos e que até ôje não go- sou ser atendido. Esperámos que sua ex.a servindo-se doa meios den- tro da sua alçada, empre- gue toda a, sua atividade e inergia para evitar que de futuro se abuse1 da sua be- nevolencia reclamando su- periormente, se tanto, for preciso,, as necessarias. pro- videncias,. e caminhemos assim, todos unidos, sem tibiez-as, na grande obra de moralidade que a todos, se impõe. Assim o esperamos, —-r ---------- --------------- ------------------------------------------ --- , diz respeito, e onde inter- calou as seguintes linhas-, « . . . o pombal, que foi preciso acrescentar ao moi- nho, porque o pombo se gue o grão que cae; o c.ar reiro em volta, que urgiu abrir á picareta sobre os fl :ncos do môrro, no sai- bro amarelo para que os burros e os carros dos ca zaes vizinhos o subissem com facilidade, carregados com os seus taleigos». Em geral as populações rurais não tratam os ani- mais com desamor, e se ás vezes lhes são hostis, é mais por ignorancia que por maldade ou desleixo. Estas, duas últimas qua- lidades, jo u defeitos?) são a- panagio do’ homem culto, do habitante da.s. cidades,, que por- mais que se. lhe rogue e peça compaixão pelos que sofrem — HO- MENS Ê ANIMAES— re- cuza obstinadamente esse poucochinho que bastaria para lhes adoçar- as agru- ras. da vida. Luiz, Leitão, Passagem a reter:.* Os e-a©,poneZesf nã.o. iratam Dial os, animais, e se ás vezes 0 fazem é- Bjais poi; ignorância que por inajdade. L. L, @ l\omem q os animais, Lama.rtineso homem cul- to a quem uma poderoza inteligencia acompanhava, dirigindo-se a Cláudio,, o homem rústico, da monta- nha, dMa: ccEu pareço a esta gente rn.ais instruído e maior do, que vós* e fòi para ouvir êste. sentido supçnor, rt ve- lado pela bôca de um sim- ples trabalhador que disse de mim para mim: Vamos lá cima. Deus revela-se nas sarças do tojo algumas ve- zes. Encontra-se sempre mais paz, mais lliz e mais serenidade á medida que nos afastámos, ás alturas,, onde o seu ruído cessa»». Este monólogo passava-j n”um lugar que n’ôu£ro- ensejo Lam.art.ine pintou a primor,, como tu.do, que. lhe. O govêrno resolveu pro- hibir as,brincadeiras carna- valescas^ atendendo á gra- vidade da hora presente. Nenhum patriota e nenhum republicano deixara de co- locar-se ao lado do govêr- no nesta conjuntura, apoi- ando-o, com. tod.o o. fervor.. O OjUe fez- o go-vêrno? Pro- hibiú' as brincadeiras carna- valescas, costume anacro- nico, que representa ainda velhas, tradições. Que motivos o levaram a. isso?; Portugal, encontrar- se em estado-, de guerra:-, sofrer-se uma. grave crise económica por- causa da guerra; haver- soldados portuguezes que se batem, valorosamente para defen- der a honra da Patria;, o inimigo esprei.ta.r-n.os, ba tendo-se em Africa, no Funchal, e só não entran- do aqui no Tejo, porque a vigilancia é grande. As consequencias da guerra apresentam áspé- tos. gravíssimos. Os géne- ros, de primeira necessida- de encareceram por uma fórma extraordinaria, As. dificuldades económicas, da povo, são cada vez maio- res. Brincar carnavalesca-- mente n’ésta hora, é como que lançar um desafio, â. miséria; demonstrar des-- prêso pelos soldados que: pela Patria se batem com denodo; provar que as do- res da Patria não incomo- dam por tal fórma que de- tenha o espirito folião. . . Não. póde ser. O mais rudimentar prin- cipio; de sentimento repu- dia os festejos carnavates^ cos. Recolhàmo-nos: todos pensando na Patria e nos bravos portuguezes qne. vão a caminho da batalha. Teremos muito tempo, de manifestar a nossa ale- gria quando eles regressa- rem triunfantes.. Não deve 0 govêrno recuar- no seu proposito. Os interesses, de alguns, emprezariosamr biçiosos e indiferentes pe- rante as desgraças dó gran- de- número, não> devem, prevalecer’ diante - da: von-. tade do povo- que.: sofre,. Então o povo póde sofrer,, póde pagar tudo • muito, mais, caro,, póde sacriíiçarr- sev e esses emprezarios,., que têem ganho tanto d i - nheiro, que se estadeiam. por ahi como pessoas ricas,, não. podem, fazer o sacrifí- cio das receitas,, dás noites, de carnaval?. Então os empresários, julgam se invulneráveis, para os sacrifícios,, quando, todos, se sacrificam? Em virtude da crise económica foram prejudicados, cafés*, restaurantes-,., tabacarias,„ barbeiros e não podem, a.s emprez.as teatrais, dispen- s a r a receita extraordina- | ria das, noites de carnaval?* | E póde haver quçm es- pecule com O : carnaval,, 1quem 0 pretenda, aprovei-

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  • ANO X V 11 DOMING-O, 18 33Hl F E V E R E IR O D E 1917 N.° 8 i5

    S E M A N A R IO R E P U B L IC A N O R A D IC A L

    A ss in a tu r aAno. íS; semestre. S5o. Pagamento aueanrado. Para fóra: Ano. 1S20; semestre, S60; avuiso. So Para o Brazii: Ano. 2S00 (moeaa forte)

    P K O PR IE T A R IO -D IR E T O R

    % ADMí N"”__ . Q (Cosuposição e im pressão)

    iaTrbrte)' 0 . k RUA C Â N D ID O DOS REIS - 126,José Augusto Saloio d a j l d j e g a l e g a

    g P ublicaçõesÇ* Anúncios— i.a publicação. S04 a linha, nas seguintes. $02. Q Anupcios na d..a pagina, contrato especial. Os autógrafos não

    o 0 ;C se restituem quer seiam ou náo publicados.j | ADMifíisTRADGR-HANUEl T. PAULADA EditortLUCUNO FORTUNATO DA COSTA

    Ão Sr. AdministradorHa uns dois mezes a es

    ta parte que n’este concelho se vem praticando roubos de toda a espécie, ousando até os gatunos assaltar as casas, sem que até ôje a autoridade administrativa tivesse por isso o menor incómodo, Mas a incúria da referida autoridade não fica por aqui. Com as subsistencias acontece peior. Os padeiros, por e- zemplo, respeito, algum têem tido por uma postura municipal que a digna Camara fizera de acôrdo com sua ex.a, e que punha o consumidor pobre ao abrigo da exploração de que vinha e está ainda, infelizmente, sendo vítima. Estamos convencidíssimos de que o digno, administrador não ignora o que se está passando em. Aldegalega, se bem que poucas horas por cá se conserva nos raros dias que aqui vem.

    Até junto de sua exce- íencia tem, certamente, chegado amargas queixas dos lesados, e roubados e ainda d’aqu,eles que, indignados perante taes aten-* tados. e abusos, se revoltam pedindo providencias.

    Neste número nos encontramos nós que já nos convencemos de que não eziste na autoridade a fôrça precisa para opôr um dique a esta torrente de immoralidade que ameaça corromper tudo.

    Ha u.ns. dois mezes, como acima dizemos* se estão praticando abusos d'e toda a espécie com inaudito descaramento, o que prova, que os criminosos confiam na impunidade e se acham seguros de que não serão chamados á responsabilidade. Os gatunos assaltam, as casas; alguns industriaes de padaria e comerciantes assaltam mais ousadamente do que aqueles as algibeiras do consumidor, A autoridade não vê, não quer saber de nada, Ro.ybos, falta de escrúpulo dos comerciantes* des

    respeito das leis, desordens, etc., parecem factos muito naturaes para o sr. administrador do concelho.

    Sempre, e principalmente na quadra que atravessámos, se ordenou aos regedores e á guarda que fizessem rondas nocturnas, a fim de evitar roubos, desordens e outros actos menos regulares. Mas atual- mente nada d'isso vemos que se faça, porque talvez a cmhsação, esse farol que alumiando, pelo que se observa, a gatunagem até ás casas e ás algibeiras dos cidadãos tem conseguido muito, não sendo preciso vigiar actos d'uma sociedade que, a nosso vêr, nunca como agóra se achou mais corrupta nem mais corrompida,

    Mas deixemos isto e .vamos ao que mais importa.

    Para que serve a guarda republicana e para que se conserva ainda nas freguesias a entidade regedor,, e esse corpo, seu subordinado, de cabos de policia?- Se para nada servem, dè~ em-n’os por inúteis. Em nossa opinião servem para muito;- a questão está em a. autoridade administrativa do concelho querer aproveitar-se do seu préstimo. Mas a nossa autoridade não só. se não aproveita das autoridades suas, subordinadas como nem da cadeira da Administração ondey por seu dever, precisa estar todos os, dias. P assa o tempo na Amadora emquanto o $ seus administrados. vão sofrendo çou-j bos e a exploração dos, ga-.j nanciosos que, sem reçpei-! to pelas leis do paiz,. ainda I troçam do regime e dos,que! rebuscam nas algibeiras os | últimos centavos da sua féria:-

  • 2 Q D Ò M I N G O

    tar para obter lucros, quando a situação portugueza é angustiosa?

    Não!O povo portuguez deve

    dar todo o seu aplauso ao gavêrno, para que este mantenha o decreto prohi- bindo as folias carnavalescas. Deve ser essa a opinião de todos os republicanos.

    Essas folias já não são permitidas nos paizes aliados onde eram um costume. Tambem em Portugal não devem ser.

    E’ isto o que aconselha o critério simples e humana do povo portuguez.

    Abaixo o carnaval!UM GRUPO D E PATRIOTAS E REPUBLICANOS.

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    H neutralidade em chequeChega finalmente a vez

    de falar àqueles que se tinham retraído a um cómodo silencio perante o conflito europeu. A Alemanha, atacada já do delirio do desespêro, vai jogar a cabra cega. Promete ela meter a pique todos os navios dos paizes neutrais, dando-lhes o prazo de cinco dias para se pôrem a porto de salvamento. E’ o último arranco; é .o esbravejar louco da fera que se vê manietada e ferida de morte. A America do Norte quebrou já as relações diplomaticas com o monstro e parece estar resolvida a ir até onde fôr preciso pará assegurar a integridade de seus bens e pessoas, não tendo valido absolutamente nada a nota (panos quentes!) do seu presidente Wilson! Isto prova que a opinião mundial está reprovando a áção maldita da raça teutoníca.

    Este povo tem de ser esmagado, e de tal modo que nunca mais possa levan- tar-se contra a humanidade, contra a justiça e o direito. E’ preciso que os aliados e com eles já agora os neutrais se esforcem por arrancar as garras a êste tigre.

    Tudo se dispõe para isso. Estamos sem dúvida em vésperas de um tremendo choque de armas que vai decidir dos destinos historicos das nações da Europa.

    Os paizes baixos, os escandinavos e até a Suissa vão entrar no tablado da guerra, porque não poderão conservar-se indiferentes ante o desafio brutalis- sirno da pata alemã. Têem de defender os seus haveres e a sua honra, e não poderão obter esta justís

    sima aspiração sem pegar em armas com os invasores. Temos, pois, todo o mundo em guerra!

    E a Espanha? E’ verdade que já nos esquecíamos de falar na Espanha e no em- tanto ela móra aqui ao pé da nossa porta. E ’ que a Espanha por tradição, por educação e por interesses especiais é germanõfila, mais amiga da Alemanha do que talvez do vizinho Portugal. A posse de G ibraltar e os saudosos tempos de Filipe II são ainda a preocupação dos castelhanos que têem mantido uma lucrativa neutralidade com esperança de melhores dias. . .

    No emtanto a Espanha tem de decidir-se: ou pre- pãrar-se para uma defeza e n’esse caso tem de colocar-se ao lado dos aliados ou joga os seus destinos, consentindo que o e- zército do Kaiser e os submarinos dos impérios centrais lancem ao fundo todos os seus navios mercantes. Ela ainda apela para indemnisações... Para as indemnisações apelaram os povos beligerantes atacados; e no emtanto a Alemanha que já quer a paz porque se vê perdida, não aceitou reparar o mal que tinha feito. As convenções internacionais são para ela «farrapos de papel».

    Veremos, porêm, até onde se desencadearão os a- contecimentos, após o espantoso ccultimatum» lançado ás nações neutrais.

    Já não se dirimem apenas os interesses da Europa, mas os" proprios destinos do Mundo.

    Qual será o mapa-mun- di, de ôje a uns dois anos?

    Portugal, que desde o principio compreendeu a sua missão histórica, está já ao lado dos seus irmãos de armas, nos campos de França, para honrar a fé dos seus tratados e assegurar a integridade do seú patrimonio. A nossa sorte, portanto, será a sorte dos perseguidos; e ôje reside n’eles a Fôrça, que ha de vencer, porque eles tinhamo Direito e a Razão. Oje o grito agudo, sahido de todas as bôcas sedentas de justiça é este:

    Delenda GermamalArrase-se a Alemanha!

    CAMILO DE OLIV EIRA.

    ( D o « C i n c o d e O u t u b r o í ) .

    Q O f E l » ' £ F E R O L I S

    a Ao convento! ao convento/» — Uiva de longe o vento. E' noite. E a multidão descalça, esfomeada,Á lu\ de archotes, sobe a ladeira empedrada, Praguejando e gritando: «Ao convento! ao convento.»

    A onda de povo cresce e galga num momento, Chispam ferros no ar. A porta chapeada De bronze, range, oscila e cái d machada;Nem um frade. Deserta a casa de S. Bento.

    A multidão convulsa invade a portaria;— a Fogo ao convento! Fogo d igreja, d livraria! »O incêndio lavra; estoira o vigamento a arder.

    Em baixo, o povo dança. E uma mulher grosseira, Grita, rouca, atirando um missal d fogueira:— « Tanto livro—e ninguém, que nos ensine a lêr!»

    J u l i o D a n t a s .

    e o se g u n d o em m u l t a a 1 0 ce n -

    Comentariojs & Noticias

    Julgam entoE m l õ d o c o r r e n t e r e s p o n d e

    r a m no t r i b u n a l d ’ esta c o m a r c a a cus ado s de ofensas c o rp o ra is e m M a r i a R o s a P e r e i r a no dia5 de a g o s to d o ano p r e t é r i t o ,

    de 2 4 anos de i d a d e , t r a b a l h a d o r , e su a m ãe M a r i a C a u t e l e i r a , d o m é s t i c a , de 4 1 anos de i d a d e , a m b o s n a t u r a is e re s id e n te s n ’ es ta v i l a , sendo o p r i m e i r o c o n d e n a d o em 9 0 dias de prisão cor- recional e 3 de m u l t a a 1 0 ce nta v o s p o r dia 4 0 dias e 3 de t a v o s .

    Uma leva de batoteirosP e l o ilus tre a d m i n i s t r a d o r do

    co n ce lh o da M o i t a e nos so p r e sado a m i g o C a r l o s S a b i n o da S i l v e i r a fo i , d o m i n g o p a s s a d o , fe ita u m a ru s g a aos ba tote iro s n ’ a q u e l a v i l a , se n do c a p t u r a d o s e r e m e t id o s p a r a as cade ias d ’ es- ta v i l a os seguintes i n d i v í d u o s : J o s é dos S a n t o s F a i m , J o a q u i m A l e g r i a , A n t o n i o M a r i a A l e g r i a , J o s é V i e i r a , M a n u e l A n t o n i o e A n t o n i o B e n t o A l e g r i a to dos na t u r a is e residentes n ’ a q u e la v i l a . S a h i r a m todos na q u i n t a fe i ra , de pois de a ssin ad o o t e r m o de i d e n t i d a d e .

    O perários p ortuguezespara França.S e g u i r a m h a dias p a r a F r a n

    ça 1 6 6 ope rá rios p o r t u g u e z e s , q u e v ã o e m p r e g a r -s e no fa b ric o de m u n iç õ e s .

    Caminhos de Ferro P o r tuguezes.F o i p r o r o g a d o até 3 1 de d e

    z e m b r o do v i g e n t e a n o , o pra so de v a li d a d e da a p lic a ç ã o d a s so b r e t a x a s nas t a r if a s do s C a m i n h o s de . F e r r o P o r t u g u e z e s .

    ê i e e e z s s i a a j c j E É o e f e i t o r a !, T e r m i n a r á no dia 28. do c o r

    re n te o pra so p a r a inscrição de eleitores. A to dos os cidadãos a in d a não recensiados q ue estej a m d e n tr o dos te r m o s d a lei l e m b r á m o s não d e i x e m de cu ia p r i r o d e v e r de o f a z e r p e d in d o e xp lic a ç õ e s , no caso de as p r e c i s a r e m , todos os dias nas reda - ções d ’ « 0 D o m i n g o » e « A R a z ã o » e no C e n t r o D e m o c r á t i c o .

    «Punta do Crédito Agrícola.D o m in i s t é r i o d o f o m e n t o r e

    ce be m o s u m i l u c i d a t i v o m a p a da c o n ta d e g e r e n c ia d a J u n t a do C r é d i t o A g r í c o l a r e f e r i d a a o a a o e co n ó m ic a de 1 9 1 5 1 9 1 6 , , d^o.nde se v ê q u e o n ú m e r o de eropres- ti m o s c o n ce dido até 3 0 dè j u nho de 1 9 1 5 , é d& 2 : 1 0 6 na i m p o r t a n c i a de 7 4 7 : 1 7 6 ^ 3 3 q.ue so m a d o s c o m 1 : 3 3 8 n a de 6 4 3 : 8 2 4 $ 8 9 d ‘ esta g e r e n c i a , dá

    1 . 3 9 1 : 0 0 1 ^ 2 2 . D o s 1 : 3 3 8 m ú tuos co ncedidos n ’ esta ge re n c ia são — F i a n ç a : 6 3 4 n a i m p o r t a n cia de 2 7 6 : 0 8 3 ^ 1 5 — H i p o t e c a : 2 6 5 n a de 1 1 3 : 3 9 5 ^ 9 9 — P e n h o r : 4 1 5 n a de 2 3 6 ’ 5 3 5 # 7 5 — C o n s i g n açã o de r e n d i m e n t o s : 2 4 na de 1 8 : 8 1 0 $ 0 0 . E s t e s c a pita is f o ra m d is t r i b u i d o s pe las se gu inte s C a i x a s de C r é d i t o A g r í c o l a M u tuo d e : A l c á c e r do S a í , A l c á ç o v a s , A l e o b o ç a , A l c o c h e t e , A l d e g a l e g a , A l j u s t r e l , A l v o r n i n h a , A r r a i o l o s , B e j a , B o m b a r r a l , B o r b a , C a m p o - M a i o r , C a s t r o V e r d e , C h a c i m , C u b a , E b o r e n s e , E i v a s , E v o r a - M o n t e , F e r r e i r a do A l e m t e j o , I d a n h a - a - N o v a , L e i r i a , L o u r i n h ã , M a n t e i g a s , M o i t a do R i b a t e j o , M o u r a , M o u r ã ò , O u - r i q u e , P e n i c h e , P e r n e s , S a l v a - te r r a de M a g o s , S a n t a M a r t a de P é n a g u i ã o , S a n t a r é m , S , T e o t o - n i o , S e r p a , T o m a r , T o r r e s V e - d r a s , V a i h e l h a s , V i a n a d o A l e m t e jo , Y i l a F l ô r , V i l a N o v a de F a m a l i c ã o e V i l a V i ç o s a .

    1‘ risãoT e r ç a fe ira p a ssa da de u e n t r a

    d a - n a s cadeias d ’ esta v i l a o f o g u e i r o dos C a m i n h o s de F e r r o de S u l e S u e s t e , J o a q u i m ' J o r g e P e t i n g a J c a s a d o , de 3 3 anoá de i d a d e , n a t u r a l d a v i l a d a M o i t a , acusado de ofènsas c o rp o ra is n ’ u m a p ra ç a da g u a r d a r e p u b l ic a n a .Sebastião Costa

    J u n t a m e n t e c o m o u tro s oficiais p a r t i u h a dias p a r a F r a n ç a , o n d e irá t o m a r p a r t e n a g r a n d e l u t a c o n tr a o in im i g o d a H u m a n i d a d e , do: D i r e i t o e da J u s t i ç a o srv S e b a s tiã o C o s t a , a lfere s m i liciano', filho do g r a n d e e s t a d is t a , s r . d r . A f o n s o C o s t a .

    A o brio s o m ô ç o , b e m c o m o a todos os m ilita re s q u e ôje se b a te m e m pro l d a l i b e r d a d e , d e z e - j â m o s v o l t e m p a r a j u n t o dos seu s, cobertos de g l ó r i a .

    U efezo da caçaC o m e ç o u sêsta fe ira p a ssa da o

    d e fe z o d a ca ça e , s e g u n d o a lei, á lê m da a p r e e n s ã o , i n c o r r e m os tra ns gre sso re s n a pe n a de u m escudo de m u l t a p o r ca da peça de caça q u a n d o não h o u v e r r e i n - c id e n c ia , p o r q u e , h a v e n d o - a , a penalida de será a g r a v a d a c o m p ris ã o .

    A h i fica o a v i s o .

    Arnaldo Correia da Graça.P a s s o u o n t e m o 5 0 . ° a n i v e r s a

    rio n ata líc io do nos so b o m a m i-A n t o n i o M a r i a S a v e l h a , s o l t e i r o , ! 3 : 4 4 4 n a i m p o r t a n c i a t o ta l de J g o e d e dica díssim o c o rra lig io n a -

    rio A r n a l d o C o r r e i a d a G r a ç a , d i r é t o r do nosso pre sa d o colega lisbonense « A P a t r i a L i v r e s .

    D ’ a q u i e n v i á m o s ao a m i g o G r a ç a , as nossas m a is sineeras e co rd ia is fe licita çõ e s.

    D oenteT e m pa ssado b a s t a n t e i n c o m o

    d a d o de sa u de c o m u m fo rt ís s im o a t a q u e de r e u m a t i s m o , o nosso b o m a m i g o e de d ic a d o c o r r e l i g i o n á r i o S e v e r o das N e v e s G o u v e i a , e s tim a d o i n d u s t r i a l d e esta v i l a .

    D e z e j â m o s - l h e p r o n t o r e s t a b e l e c i m e n t o .

    VelocidadesP a r a d a r u m a v o l t a á r o d a do

    g l o b o , g a s t a r i a u m a pe sso a , e m passo o r d i n á r i o , 1 ano e 6 3 d i a s .

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    A l u z , u m p o u c o m a i s de u m d é c im o de s e g u n d o .

    A e l é tríc id a d e , t a m b e m u m po uc o m a is de 1 d é c i m o de se g u n d o .

    A v e l o c i d a d e d a m e n t i r a é q u e n ã o está a in d a b e m d e t e r m i n a d a , sâ b e n d o -s e , t o d a v i a , q u e d e p e n d e d i r é t a m e n t e d o m e i o em q u e se p r o p a g a . . .

    Sargento R ochaE s t e v e q u a r t a f e i r a pa ssa da

    n ’ esta v i l a de v i s i t a a pessoas de su a f a m i l i a e a p r e s e n t o u - n o s , n ’ esta r e d á ç ã o , os seus c u m p r i m e n t o s , o nosso a m i g o e a s s i n a n te R a u l A n t o n i o d a R o c h a , estim a d o s a rg e n to d a g u a r d a r e p u b l i c a n a n a d e m o c r a t i c a v i l a d o B a r r e i r o .

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    leceu u m co rre io aéreo e n t re C o * l u m b u s , N . M . e C o l o n i a D u - b l a n , q u a r t e l g e n e r a l d a e x p e d i ção p u n i t i v a do g e n e r a l P e r s h i n ç .

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    N e m t o d a a g e n t e sabe q ue o café t o r r a d o é u m dos d e s in fé - ta n t e s m a is in ergic os c o n t r a t o d a a o r d e m de e m a na çõ e s p ú t r i d a s , q u e r a n im a is q u e r v e g e t a i s .

    O m a u cheiro q u e se e s pa lhe n ’ u m a ca sa , o q u e sae d ’ u m a r e tre te m a l c u i d a d a , e t c . , d e s a p a re ce m m e d i a n t e o f u m o d o ca fé t o r r a d o . S e se d e f u m a r c o m c a f é urna pe ça de caça m o r t a de fr e s c o , p o d e r á s e r c o n s e r v a d a bastan tes dias s e m q u e a p o d r e ç a . E s t e proce ss o é so b re t u d o p r á t i c o , t r a t a n d o se de e x p e d i r a c a ç a i p a r a p o n to s d i s t a n t e s . P a r a os t r a n s p o r te s d e m o r a d o s , c o n v ê m i n t r o d u z i r o p ó d o café t o r r a d o no v e n t r e do a n i m a l , d e p o is de se lh e t i r a r e m a s vís c e ra s .

    A ’ l ê m d^isto, as fu m i g a ç õ e s d e café dã o ó í im o s re s u lta d o s fias a lc ov a s dos e n f e r m o s ; são tão e- fi c a ze s co m o as de c h lo ro ou d e ácido s u l f u r o s o , co m a v a n t a g e m de se r m e n o s a g r a d a v e l ao o l f a c t o .

    Com 1 4 1 a n o sD o « D a m i ã o de G o e s » :S e g u n d o lemos no nos so co le

    g a « A A l v o r a d a s , j o r n a l de N e w B e l f o r d , M a s s , C a l i f ó r n i a , fa le ceu n o R i o de J a n e i r o u m p o r t u g u e z , 4;e n o m e J o s é F e r n a n d e s G u i m a r ã e s , c o m a b o n ita i d a d e d e 1 4 1 a n o s , pois q u e nasceu e m 1 7 7 5 . .

    F o i p a r a o B r a z i l aos 2 1 a n o s d e i d a d e e ali t r a b a l h o u pelo seu oficio de sa pa te iro até os 85 a n o s , e m p r e g a n d o se depo is c o m o en-

  • O D O M I N G O 3

    c a r r e g a d o d a l i m p e z a n a casa c o m e rc ia l de C u s t o d i o F e r n a n d e s & C . a, até h a dois a n o s , q ue d e i x o u de c o m p a r e c e r n o e m p r e g o , p o r f a l t a de fo r ç a s . N o s ú lt im o s t e m p o s a u n ic a coisa q u e ali fa z i a e ra t r a t a r dos p a s s a r i n h o s .

    R e c o l h e n d o á su a re s id e n c ia , o n d e v i v i a c o m u raa f i l h a , c o n s e r v a v a , p o r ê m , t o d a a l u c id e z d e e s p i r i t o , v i s t a p e r f e i t a , etc. N ã o p o d i a a n d a r , n e m d o r m i r d e i t a d o . S e n t a d o e m u m a c a d e ira ali p e rm a n e c i a e ali p e r n o i t a v a .

    O s ú lt im o s dias d a su a e ziste n - cia f o r a m de u m a v e r d a d e i r a i n f a n t i l i d a d e : r i a , b r i n c a v a e fa z i ag r a ç a s p a r a ele m e s m o .

    O seu ó b i t o v e rific o u -s e e m u- m a c a s in h a d a r u a F r e i C a n e c a , n ú m e r o 4 2 0 . S u a esposa fa lecera t a m b e m h a pouco t e m p o , c o m a b o n i t a i d a d e de 9 4 a n o s.

    E m o r r e u co m o os passa rin h os q u e t a n t o a d o r a v a .

    S olrée dauçanteP r o m o v i d a p o r u m a oomissã o

    d e c a v a l h e i r o s d ’ esta v i l a r e a lisou -se q u a r t a fe ira p a s s a d a , no salão do t e a t r o R e c r e i o P o p u l a r g e n t i l m e n t e cedido pelo seu pro p r i e t a r i o , s r . N u n e s de C a r v a l h o , u m a a n i m a d a soirée d a n ç a n t e q u e d e c o r r e u ch e ia de in tere sse.

    SentençaP o r s e n te n ç a d o rn e ritis sim o

    j u i z d a 2.® v a r a c i v e l d a c o m a r c a de L i s b ô a e e m a u d iê n c ia do d i a 1 4 do co rre n t e fo i r e s o lv id o q ue a m e n o r E s t h e r , f ilh a dos c ô n ju g e s d i v o r c i a d o s , E d u a r d o M a d e i r a e A n g e l a d ’ A l r a e i d a e C o u t o , fosse e n t r e g u e a seu p a e , c o n f o r m e d e z e j o s m a n if e s t a d o s p e lo m e s m o .

    A m a n d io B a t is taA c o m p a n h a d o de dois a m ig o s

    seus e steve a s e m a n a passada n ’ esta v i i a eco mi&são c o m e rc ia l , o nosso c o rr e l i g i o n á r i o e a m i g o A m a n d i o B a t i s t a , c o m q u e m t i v e m o s o p r a z e y de p a ssa r a lg u n s m o m e n t o s n o C e n t r o D e m o c r á t i c o .Teatro H eercio Popular

    O e m p r e z a r i o d ’ este salão cin e m a t o g r á fi c o te m sido inegua-» ja v ô l a a esco lha d e p r o g r a m a s a e z i b i r n *e s ta v i l a .

    U l t i m a m e n t e t ro u c e -n o s « A c h a v e m e s t r a » e j á a n u n c io u p a r a b r e v e a f i t a , t a m b e m de g r a n d e m e t r a g e m , « R e c a m b o l e s v

    « R e c a m b o l e » é a a n k n a ç ã o d ’ u m r o m a n c e policia l d ’ u m do s m e lh o r e s escritores f r a n c e z e s , d e v e n d o p o r isso a g r a d a r e m A l d e g a le g a co m o a g r a d o u no p ú b l i co de L i s b ô a . R e c a m b o l e é o n o m e d a pe ça e o d ’ u m b a n d i d o , n a s cid o n a m a i s b a i x a escala soc i a l , que c h e g a , d e v i d o á sua i n t e lig e n c ia e a r r ô j o a f r e q u e n t a r os. m e lh o re s salões, o n d e r o u b a .

    N ã o d e v e r á o p ú b l i c o d e i x a r d e a p r e c i a r tão bela o b r a , q u a n d o a q u i v i e r , po is f i c a rá assim c o m u m a noção do q ue se ja m os g r a n d e s d r a m a s de P a r i s .

    P a r a ôje a p re s e n ta -n o s o e m p r e z a r i o u m belo p r o g r a m a em q u e se salienta o d r a m a a t r e z p a rt e s « S a l t e a d o r e s de s a l ã o » .

    C o m o d.e c o s tu m e h a v e r á duas sesSes q u e d e v e m ser m u i t o con c o r r i d a s pelo q u e h a seu dono não poder estar á? testa, um estabelecimento, bem localisado».nesta vilav

    Tratasse com José Soares.

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    xv

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    Uma cruel ilusão. O rei reduzido a simples pregoeiro público e a máquina dassinar. A falsa nobreza do rei constuucional. A irresponsabilidade real origem de degradação. Os famosos árgus da «monarquia nova». A «monarquia n o y a » , menos monarquica do que a monarquia velha. A monarquia constitucional não é preferível ao regimen republicano. O argumento do figurino inglez. Poder absoluto e poder-arbitrário. O falso equilíbrio social resultante do casamento do poder real com o poder do povo. O poder real, inde- pendente dos súbditos, não conduz ao despotismo. «Reis, góvernae ousadamente». O ezemplo que nos vem ’de França.

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