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AÇÃO PASTORAL DOS REDENTORISTAS DE GOIÁS, MATO GROSSO, TOCANTINS E DISTRITO FEDERAL ANO XV Nº 170 JUNHO 2017 Ética e justiça acima de tudo PÁGINA 2 O BRASIL PRECISA DE HONESTIDADE Página 12 Pelos Caminhos de Santo Afonso E ra quarta-feira, dia 26 de abril, os missionários reden- toristas peregrinos se encontravam na Praça do Vati- cano para a Audiência Geral com o Papa Francisco. Dele ouviram palavras abençoadas incentivando a continuar pe- regrinando neste mundo no caminho do Redentor. “A nos- sa existência, disse o papa, é uma peregrinação fazendo um caminho, e nossa alma é uma alma peregrina”. PÁGINA 3 Com o Papa na Praça São Pedro Brandolize 60 anos da Rádio Difusora PÁGINA 4 Brandolize M ais de 30 missionários que trabalham em Goi- ás, Mato Grosso, Tocantins e no Distrito Federal visitaram, na Itália, os lugares onde vive- ram os primeiros redentoristas com seu fundador Santo Afon- so Maria de Ligório. Fizeram uma peregrinação por Nápo- les, Marianella, Scala, Ciorani, Pagani, Materdomini, Muro Lucano e Deliceto. Ali, impul- sionados pelo mesmo espírito evangélico que moveu os pri- meiros missionários, elevaram ao Pai Eterno seus sentimentos de gratidão pela história da Congregação e pela vida dos confrades pioneiros no anún- cio da Copiosa Redenção. Vol- tando para o Brasil, os peregri- nos redentoristas de Goiânia, Trindade, Rio Verde, Nova Xa- vantina, Confresa, Vila Rica, Paraíso do Tocantins, Brasília e São Sebastião/DF, sentiam que tinham tomado um banho de história e de espiritualida- de redentoristas. A visita às terras alfonsianas e às casas onde Santo Afonso viveu, dei- xou em todos a sensação de ter convivido e conversado com o fundador da Congregação Re- dentorista. PÁGINAS 5, 6 e 7 com Ir. DIEGO JOAQUIM PÁGINA 2 Redentoristas de Goiás na frente da Basílica de São Pedro

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AÇÃO PASTORAL DOS REDENTORISTAS DE GOIÁS, MATO GROSSO, TOCANTINS E DISTRITO FEDERALANO XV Nº 170JUNHO 2017

Ética e justiça acima de tudo

PÁGINA 2

O BRASIL PRECISA DE HONESTIDADE Página 12

Pelos Caminhos de Santo Afonso

Era quarta-feira, dia 26 de abril, os missionários reden-toristas peregrinos se encontravam na Praça do Vati-

cano para a Audiência Geral com o Papa Francisco. Dele ouviram palavras abençoadas incentivando a continuar pe-regrinando neste mundo no caminho do Redentor. “A nos-sa existência, disse o papa, é uma peregrinação fazendo um caminho, e nossa alma é uma alma peregrina”. PÁGINA 3

Com o Papa na Praça São Pedro

Brandolize

60 anos da Rádio Difusora

PÁGINA 4

Brandolize

Mais de 30 missionários que trabalham em Goi-

ás, Mato Grosso, Tocantins e no Distrito Federal visitaram, na Itália, os lugares onde vive-ram os primeiros redentoristas com seu fundador Santo Afon-

so Maria de Ligório. Fizeram uma peregrinação por Nápo-les, Marianella, Scala, Ciorani, Pagani, Materdomini, Muro Lucano e Deliceto. Ali, impul-sionados pelo mesmo espírito evangélico que moveu os pri-

meiros missionários, elevaram ao Pai Eterno seus sentimentos de gratidão pela história da Congregação e pela vida dos confrades pioneiros no anún-cio da Copiosa Redenção. Vol-tando para o Brasil, os peregri-

nos redentoristas de Goiânia, Trindade, Rio Verde, Nova Xa-vantina, Confresa, Vila Rica, Paraíso do Tocantins, Brasília e São Sebastião/DF, sentiam que tinham tomado um banho de história e de espiritualida-

de redentoristas. A visita às terras alfonsianas e às casas onde Santo Afonso viveu, dei-xou em todos a sensação de ter convivido e conversado com o fundador da Congregação Re-dentorista. PÁGINAS 5, 6 e 7

Ética e justiça

com Ir. DIEGO JOAQUIM PÁGINA 2

Redentoristas de Goiás na frente da Basílica de São Pedro

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2 Goiâniajunho 2017

Delação premiadaO livro do Eclesiástico nos traz ensinamentos inte-

ressantes para diversos assuntos de nossa vida. E vários destes ensinamentos podem nos ajudar nesse turbilhão de informações que recebemos das entranhas da política brasileira, reveladas nas delações premiadas de ricos empresários, que entregam seus comparsas políticos, na tentativa de salvar a própria pele.

“Não te envergonhes de confessar teus pecados” (4,31) pode ser um bom começo. Afi nal de contas, pode-ríamos pensar que as delações são uma forma de reco-nhecer que estes empresários erraram, e agora procuram redimir os prejuízos causados à sociedade brasileira. Tal postura é digna de elogio, pois o reconhecimento da própria culpa está no caminho para a redenção.

Mas, no caso da chamada “colaboração” dos empre-sários e políticos delatores, a admissão de culpa é fruto de acordos muito bem defi nidos, que na linguagem jurídica recebem o nome de “delação premiada”. A informação comprovadamente útil para a investigação se converte em benefícios de redução da penalidade. Parecem se esquecer do ensinamento que diz “quem tocar no piche, por ele fi cará manchado; quem tiver contato com o soberbo, de soberba se revestirá” (13,1).

É isso que a sociedade não pode esquecer: os delato-res são também criminosos, e não podem fi car impunes. O que não está claro em nosso país hoje são os critérios que levam à formatação dos acordos de delação pre-miada. Qual o critério para saber se as informações que chegam são úteis e verdadeiras? Não haveria seleção de informação, pelo critério de envolvimento nesta ou naquela investigação, já em curso? Qual a responsabi-lidade de divulgar o conteúdo destas delações, ainda antes do fi nal das investigações? Há auditoria sobre estes acordos?

A delação premiada é um instrumento ainda muito recente no judiciário brasileiro, e talvez por isso ainda desperte tais questionamentos. Não se pode negar, no entanto, o seu valor e necessidade para fazer avançar as investigações e a luta contra a corrupção. Mas o que temos hoje é, sem dúvida, uma falta de clareza quando um rico empresário delata, e recebe uma punição pe-quena demais diante do estrago feito à sociedade. Fica a esperança do ensinamento do Eclesiástico: “Não te apoies em suas riquezas, pois em nada te valerão no dia da desgraça” (5,10).

Ética e justiça social acima de tudo

O lado extremamente positi-vo nas delações: a revelação da forma nojenta e descarada de funcionamento da compra e venda de parlamentares. É a força que leva o país para frente, ou para trás.

A cobrança do transporte de bagagens pelas companhias aéreas. A aprovação de tal medida, que não reduziu o valor das passagens, é só mais um sinal de que não há quem defenda o consumidor no Brasil.

PONTO DE VISTA

Os Superiores das nove Uni-dades Redentoristas do

Brasil (URB) estiveram reunidos nesse mês de maio para refl etir sua missão e vida a partir das diretrizes do último Capítulo Geral da Congregação aconte-cido no fi nal do ano passado. Nesta ocasião, diante da situa-ção caótica na política brasileira, emitiram uma declaração onde manifestam suas preocupações:

“Perplexos diante do mo-mento crítico por que passa o Brasil, em sintonia com a nota da CNBB e com os ensinamen-tos sociais do Papa Francisco, com muito cuidado e respeito, gostaríamos de partilhar algu-mas inquietações:

Gostaríamos de deixar claro que nosso compromisso funda-mental, a partir do Evangelho, é com os mais excluídos e margina-lizados da sociedade, os sem terra, sem teto, sem trabalho digno;

Tendo isso em mente, afi r-mamos que não se pode acei-tar que as forças do mercado se sobreponham à dignidade das pessoas, como nos alerta o Papa Francisco;

Não podemos concordar que direitos fundamentais e neces-sidades básicas como saúde, educação, segurança, situação de trabalho digno, previdência social e outros estejam subordi-nados ao lucro e as exigências

do capital fi nanceiro interna-cional, que não leva em consi-deração a ética e a justiça social;

Preocupa-nos a falta de meios de comunicação que se-jam espaço de discussão plu-ral e democrática e que não se coloquem como protagonistas das decisões para toda a nação. Julgamos que o papel da mídia é estabelecer o debate nacional e não se colocar como um po-der que julga e decide autorita-riamente sobre os fatos;

Somamo-nos a todas as for-ças vivas e vozes que conti-nuam se articulando nas ruas, gritando e lutando para garan-tir direitos conquistados ao lon-go dos últimos anos;

Continuemos sonhando e construindo o Brasil que quere-mos e não o Brasil que querem nos impor. ‘Solidários para a missão em um mundo ferido’”.União dos Redentoristas do Brasil - URB

Quem querdinheiro?

Desaprendendo Pe. Mau MauFundador do Nosso Guia

Quando estudante no Semi-nário, eu tive um formador

que dizia: “O dinheiro é um diabo, mas o diabo é não ter di-nheiro” (Pe. Silvério Negri). De fato, o dinheiro faz falta para muita gente que vive à min-gua... Por outro lado, o dinhei-ro é uma constante tentação na vida das pessoas. Ele escraviza. Sobre este perigo Jesus Cristo já fazia um alerta: “Ninguém

& Aprendendopode servir a dois senhores... vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24).

O dinheiro se tornou o ‘deus’ para muita gente e é buscado, sem escrúpulos, por meios in-justos e escusos. O perigo ron-da a todos. No momento se destacam as classes políticas e empresariais. As empresas fi -nanciam os políticos que, por sua vez, benefi ciam escandalo-samente as empresas.

Repito, o dinheiro é uma ten-tação tão grande que ninguém fi ca isento da possibilidade de cair nela. Até religiosos aca-bam fazendo do dinheiro o seu ‘deus’.

Meses atrás, o Papa condenou a mentalidade mundial que faz do dinheiro um ídolo, um deus. Lamentou que sejam destinadas “somas escandalosas” de dinhei-ro para salvar bancos, e só “ni-nharia” para resgatar refugiados ou imigrantes. “Quem governa então? O dinheiro! Como gover-na? Através do medo, da desi-gualdade, da violência econômi-ca, social, cultural e militar que gera mais e mais violência em um ciclo que parece não acabar jamais”, afi rmou. E arrematou com mais ou menos estas pala-vras: “Quem é fanático por di-nheiro, por favor, não seja políti-co, nem entre para o seminário”!

Em forte declaração, redentoristas manifestam preocupação com os pobres do Brasil

Delação premiada

com Ir. DIEGO JOAQUIM

Posso entrar? Sou o Papa Francisco!Essa é boa: Os párocos italianos

têm o costume de visitar as famílias e dar as bênçãos nas ca-sas por ocasião do tempo pascal. Assim, Pe. Plinio Poncina, da pa-róquia Stella Maris, uma das seis paróquias de Ostia, nas periferias de Roma, havia fi xado um aviso na porta do condomínio de casas po-

pulares, avisando às famílias que iria passar para a habitual bênção pascal às residências. Mas quem bateu às portas não foi o pároco. Os inquilinos foram tomados de grande surpresa quando, ao in-vés do pároco, se depararam com o Papa Francisco ao tocar-lhes a campainha. “Posso entrar? Sou o

Papa Francisco!” Com este gesto, o bispo de Roma quis dar continui-dade às “Sextas-feiras da Miseri-córdia”, sinais que se inspiram nas obras de misericórdia corporais e espirituais que o Papa fez durante o Jubileu da Misericórdia no ano passado. Isso aconteceu na tarde de sexta-feira, dia 19 de maio.

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Redentoristas de Goiás se encontram com o Papa na Praça São Pedro

3Goiâniajunho 2017

OS MISSIONÁRIOS PEREGRINOS OUVIRAM PALAVRAS ABENÇOADAS DO PAPA INCENTIVANDO A CONTINUAR PEREGRINANDO NESTE MUNDO NO CAMINHO DO REDENTOR

Brandolize

IGREJA EM SAÍDA

IGREJA VIM PARA SERVIR

O grupo redentorista da Província de Goiás num lugar privilegiado: na frente da Basílica de São Pedro, no Vaticano, perto do papa Francisco

Logo após o domingo da Páscoa, um grupo signi-

ficativo de redentoristas da Província de Goiás tiveram a grande graça de fazer uma peregrinação pelas terras de Santo Afonso, fundador da Congregação Redentoris-ta. Estiveram em Marianella (onde nasceu Santo Afonso), em Nápoles (onde exerceu a profissão de advogado e de-pois, já padre, trabalhou com os pobres das periferias), em Scala (onde fundou a Congre-gação), e em outras cidades

importantes da história dos missionários como Ciorani, Pagani, Materdomini, Muro Lucano, Deliceto...

O final da peregrinação foi em Roma... e estando em Roma não se pode perder a oportunidade de ver e ouvir o papa.

Quarta-feira, manhã do dia 26 de abril, logo nas primeiras horas, o grupo adentrava a mais conhecida e frequentada praça popular internacional, vislumbrando o magnífico cenário, com a Basílica de São

Pedro ao fundo, com suas colunatas, fontes, estátuas, e claro, peregrinos e turistas do mundo inteiro apressados em conseguir um lugar mais apro-priado para se acomodar, tirar suas fotografias, etc. O grupo redentorista já tinha um espa-ço reservado perto da Basílica, nas proximidades do papa. Com uma visão privilegiada, puderam escutar palavras abençoadas incentivando a continuar peregrinando neste mundo no caminho do Reden-tor. “A nossa existência, disse

o papa, é uma peregrinação fazendo um caminho, e nossa alma é uma alma peregrina”. Francisco lembrou que a Bíblia está repleta de histórias de pe-regrinos e viajantes. Exemplo disso é o patriarca Abraão que recebeu de Deus a ordem “sai da tua terra e vai!”.

Os redentoristas peregrinos e os outros milhares presentes na Praça São Pedro ouviram ainda do papa Francisco que ninguém está sozinho neste caminho: “O cristão não se sente nunca abandonado, pois

Jesus nos assegura não somen-te de nos esperar ao final de nossa longa viagem, mas de nos acompanhar em cada um de nossos dias até o fim do mundo. Não existirá um dia de nossa vida em que deixare-mos de ser uma preocupação para o coração de Deus”.

Sem dúvida, um dia espe-cialíssimo para todo o grupo redentorista que se encontrava na praça e que teve inclusive a emoção de ver diversas ban-deiras brasileiras tremulando no meio da multidão.

Papa Francisco: “Maria nos convida para a oração, penitência e conversão”

Os missionários redentoristas de Goiás ao entrar na Praça São PedroConfrades, com ou sem batinas, atentos às palavras do Papa Francisco

Brandolize

Arquivo

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4 Goiâniajunho 2017

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A Congregação do Santíssimo Redentor, através da Scala Editora, lhe oferece mensal-mente o Nosso Guia relatando a Ação Pasto-ral dos Redentoristas de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Distrito Federal. Agradecemos os colaboradores, abaixo relacionados, que ajudam no custeio das edições.

Maria Bárbara Duarte (in memoriam), Dr. Hélio Seixo de Britto (in memoriam), Helinho de Brito e Myrian - Setor Sul, Flávio Ivo Bezerra e Maria Alice - St. Marista,Ronaldo de Brito e Mª das Dores - St. Bueno,Dr. Salomão e Mª Augusta Calado - Setor Sul, Família Nunes - Jardim América, Francimar Maia - Setor Bueno,Dediher e Irene - Campinas,Eurico Almeida de Britto - Setor Central,Maria Clemente de Oliveira - Setor Bueno, Geraldo Magela e Eunice - Setor São José, Kalil - Setor Campinas, Pe. Guilherme Contart - Palmelo-GO,Maria José e Hermando Lisier - Sorocaba-SP, Pedro Evangelista de Lima - St. Maysa I, Antônio João Thozzi - São Paulo, Antônia R. de Oliveira - St. Castelo Branco, Divino Felício - Jd. Marista, Demerval Cândido - Res. Araguaia, Geraldo Clarindo Caldas - Setor Oeste, Joventina Alkmim - Aparecida de Goiânia, Tereza Gonçalves - Piracanjuba-GO, Anna Mancila Madeira - Caldas Novas-GO,Maria Luiza Costa - Goiânia-GO,Vilma Trevisan Ricardo - Tietê-SP,Maria do Carmo - Tietê-SP, Clara Melo Vaz - Tietê-SP, Darcy G. Paschoal - Tietê-SP, Maria José F. Lopes - Tietê-SP, Família Brandolise - Tietê-SP.

Cantinho MirimCarlos Alexandre Júnior - St. Oeste;Isabele Pereira Ferreira - St. Oeste; Matheus Pereira do Prado - St. Oeste; Guilherme Salera Bezerra - St. Marista; Artur S. Brito Bezerra Oliveira - Brasília-DF; Luiza Seixo de B. B. Oliveira - Brasília-DF; Felipe Quieregati - St. Marista;Flávio Q. S. Britto Bezerra - St. Marista;Stéphanie Q. S. B. Bezerra - St. Marista; Laís Salera S. de Britto Bezerra - St. MaristaAmanda Olinto O. Guimarães - St. Campinas;Renato Xavier de C. Nunes - St. Campinas

DepósitosBanco do Brasil nos dois últimos meses até o fechamento desta edição.Agência: 4864-X Conta Corrente: 21.081-1(Antônio M. Brandolize)

03/04 transf. agendada .......... R$ 150,0006/04 transf. periódica ........... R$ 10,0011/04 depósito online ............ R$ 500,0027/04 crédito em conta .......... R$ 40,0002/05 crédito em conta .......... R$ 400,0003/05 transferência agendada R$ 150,0004/05 depósito online ............ R$ 30,0008/05 transferência periódica . R$ 10,0029/05 crédito em conta .......... R$ 40,00outras possíveis contribuições: serão publi-cadas na próxima edição

Gratidão

TESTEMUNHAS DO REDENTOR

PARÓQUIAS FRENTES MISSIONÁRIAS

60 anos de serviço ao povoA RÁDIO DIFUSORA PASSOU A TRANSMITIR SUA PROGRAMAÇÃO TAMBÉM EM FM E SE TORNOU A EMISSORA LÍDER DA REDE PAI ETERNO

No dia 24 de maio, a Rá-dio Difusora de Goiânia

completou sessenta anos de existência. Administrada pe-los Missionários Redentoris-tas da Província de Goiás, ela foi inaugurada em 1957, exa-tamente no dia da padroeira de Goiânia, Nossa Senhora Auxiliadora.

Nossa Missão é Evangelizar

Desde o início de suas transmissões, nunca cedeu às tentações de ser a rádio da moda. Mas teve sempre como objetivo a evangelização, no sentido de anunciar para to-das as pessoas, e não somente aos católicos, a Boa-Nova da Salvação. Esse evangelizar, esse anunciar não se con-funde pura e simplesmente com a pregação ou com uma catequese como se estivesse

numa igreja ou num grupo reunido para uma palestra. Seus diretores, nestes 60 anos, sempre quiseram fazer rádio procurando proporcionar um ambiente sadio, procurando ser uma companhia no dia a dia para o ouvinte, mais, procu-rando pensar e examinar junto com a pessoa as situações e os acontecimentos do dia a dia. Assim, a Difusora quer ser uma companhia agradável, apresen-tando valores básicos de soli-dariedade, de respeito, de fra-ternidade. Enfim, ela quer ser uma rádio a serviço do povo em geral e a serviço do povo de Deus em particular.

No Mourão da PorteiraSe fosse destacar um ponto

alto dessa história de 60 anos, sem dúvida, muitos ouvintes iriam falar do Claudino Silvei-ra, o Doutor do Sertão. Locu-

tor das madrugadas, durante mais de 50 anos comandou programas sertanejos. Através do “No Mourão da Porteira”, divulgou a boa música serta-neja, a música de raiz. Naque-les tempos em que não havia a praticidade dos celulares e dos whatsApp, era ele o gran-de comunicador transmitin-do recados para as famílias, divulgando e participando das festas no interior, como novenas, pousos de folia, ro-das de catira, jogos de futebol nos povoados e tantas outras manifestações culturais. Foi durante muitos anos um elo entre a cidade e o sertão. Até hoje, aposentado, suas repen-tinas aparições “No Mourão da Porteira” com o atual apre-sentador Malvão Bahia, são apreciadas e emocionam os ouvintes....

NovidadesNo ano de seu sexagená-

rio a Rádio Difusora passou a transmitir sua programação também em FM, na frequên-cia de 95,5 Mhz, e se tornou a emissora líder da Rede Pai Eterno com suas emissoras em Brasília, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Presi-dente Prudente, Jaboticabal, Piracanjuba, Nova América, Rubiataba e Firminópolis.

Várias mudanças estão acontecendo no prédio da emissora que fica na Praça Joaquim Lúcio, Setor Campi-nas. O novo estúdio será no andar térreo, bem como a sala de redação do jornalismo, sa-las de gravação e de produção. Isso significa também que, em breve, os visitantes terão opor-tunidade de acompanhar ao vivo as transmissões.

Claudino Silveira fez história na

Difusora nas madrugadas com seu “No

Mourão da Porteira”

Arquivo

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5Goiâniajunho 2017TESTEMUNHAS DO REDENTOR

PARÓQUIAS FRENTES MISSIONÁRIAS

Peregrinando pelos

A VISITA ÀS TERRAS ALFONSIANAS DEIXOU NOS MISSIONÁRIOS REDENTORISTAS DE GOIÁS A SENSAÇÃO DE TER CONVIVIDO COM O FUNDADOR DA CONGREGAÇÃO

Fotos: Brandolize

Mais de 30 missioná-rios que trabalham em

Goiás, Mato Grosso, Tocantins e no Distrito Federal visi-taram, na Itália, os lugares onde viveram seu fundador Santo Afonso e os primeiros redentoristas. Fizeram uma peregrinação por Nápoles, Marianella, Scala, Ciorani, Pagani, Materdomini, Muro Lucano e Deliceto.

Na manhã da segunda-feira depois do Domingo da Res-surreição, 17 de abril, partiam para São Paulo, donde voaram diretamente para Roma. Em Roma, um ônibus os aguarda-va para seguir direto para Cio-rani, próximo a Nápoles, onde ficaram hospedados três dias.

Ciorani Um lugarejo importantíssi-

mo na história da Congrega-ção Redentorista, pois foi em

março de 1736 que Pe. Afonso de Ligório juntamente com Pe. Rossi e o Ir. Rendina che-garam a Ciorani montados no lombo de burros para fundar uma terceira casa missionária. Esta comunidade foi a mais consistente, e é chamada de `Casa Mãe’, pois aí houve perseverança no grupo da Congregação fundada recen-temente. Ganharam um ter-reno do barão Sarnelli (pai do bem-aventurado Pe. Januário Sarnelli, na ocasião trabalhan-do em Nápoles na pastoral com milhares de marginaliza-das prostitutas). Atualmente, Ciorani é a Sede da Província Napolitana e Casa de Retiros.

18 de abril de 2017. Chegam a Ciorani, 281 anos depois de Afonso, dezenas de confrades da Província Redentorista de Goiás, para experimentar o ardor missionário de Afonso e

seus companheiros. Ali, impul-sionados pelo mesmo espírito evangélico que moveu os pri-meiros missionários, elevam ao Pai Eterno os louvores pela história da Congregação e pela vida dos confrades pioneiros no anúncio da Copiosa Redenção.

Em Ciorani, Afonso viveu os anos mais fecundos de sua árdua vida missionária. Aí foi o lugar ideal para que o pequeno grupo missionário pudesse se encontrar com os abandonados de seu tempo: “...muito pobre, está situado num pequeno povoado camponês, tem igreja e casa de exercícios e tem boa comunicação com povoados de gente humilde”, contam as crônicas daqueles tempos.

Nápoles

O fundador dos redentoris-tas, Santo Afonso de Ligório, nasceu em Nápoles, no bairro

Marianella, nome que lembra Nossa Senhora, a Maria ainda menina. Por estes lugares passou a peregrinação dos redentoristas no dia 19 de abril. No tempo de Afonso de Ligório, Nápoles era dividida em classes de nobres, clero e um povinho sofrido que vivia para pagar os impostos. Uma classe abastada e outra so-frida e abandonada pelo Estado e pela Igreja. Apesar do clero ser em grande número, havia pouca assistência religiosa e a popula-ção cheia de superstições.

Nesse ambiente nasceu Afonso no dia 27 de setembro de 1696, filho do casal José de Ligório e Ana Catarina Cava-lieri. Sua mãe, muita religiosa, e seu pai era um cavaleiro e herdeiro de um vasto patrimô-nio que lhe proporcionou um bom estudo. Afonso, após for-mar-se em Direito eclesiástico e civil, foi um grande e célebre

jovem no campo da advocacia. Com o seu conhecimento am-plo ajudava a todos, principal-mente os pobres desprovidos do acesso jurídico. Sua fama se espalhou muito rápido por Nápoles. Certo dia, Afonso foi convidado para defender um processo muito importante. O que ele não sabia, era que o juiz havia sido corrompido por influência política. Decep-cionado com o tribunal ele diz: “Ó mundo falaz, agora eu te conheço! Adeus, Tribunais!”

O famoso e jovem advo-gado procurou um caminho diferente e se tornou sacerdote, não para aumentar o clero fol-gado da sua época, mas para se colocar em missão permanente juntos aos “lázaros”, isto é, os pobres e miseráveis cujo tra-balho era nas estrebarias e nas cocheiras, junto aos viciados, mendigos e prostitutas.

caminhos de Santo Afonso...

Primeiro almoço da peregrinação em Ciorani, onde ficou três dias Em Ciorani: a Igreja da Trindade e a Casa Mãe dos Redentoristas

Em Marianella: Pe. Robson, Pe. Lelo, Pe. Bráulio, Ir. Mateus e Pe. Gercé Em Nápoles: Ir. Alcízio. Ir. Michael, Pe. Reinaldo e Diác. Heverton

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Pes. Henrique Demartini, Idemar, Edinisio e Domingos (da Comunidade do Santuário de Trindade) em frente à casa onde Santo Afonso fundou a Congregação

6 Goiâniajunho 2017 SOLIDARIEDADE NA MISSÃO

Os “lázaros” trabalhavam o dia inteiro e o tempo da noite era destinado ao descanso. Foi exatamente “ao entardecer/anoitecer” que Afonso en-contra uma alternativa para se reunir com o povo pobre e iniciar ali uma experiência fascinante de anúncio e escuta da Boa Nova. Em peque-nos grupos se organizam as “Capelas do Entardecer”. Ali canta-se, reza-se, dialoga-se

em linguagem simples, seja na rua, praças, casas ou ofi-cinas. Ainda hospedados em Ciorani, os missionários pe-regrinos estiveram em Scala, a primeira das cidades da bela Costiera Amalfina. É o berço da Congregação, a Belém dos Redentoristas.

ScalaDia 20 de abril, a pere-

grinação dos redentoristas

subiu as montanhas e chegou até Scala. Ali esteve Santo Afonso em 1730. Exausto e abalado em sua saúde por causa dos trabalhos pastorais, seus médicos mandaram-no fazer repouso e respirar o ar puro das montanhas. No topo das montanhas ficava o Santuário de Nossa Senhora dos Montes, lugar ideal para descanso, lugar ideal para a contemplação perto da Mãe de

sua missão e formam com eles a Família Redentorista. “Nossa Senhora do Perpétuo Socorro” é o ícone missioná-rio da Congregação.

PaganiDia 21 de abril foi a vez de

visitar Pagani. Nesta comuni-dade redentorista viveu Santo Afonso, depois que renunciou ao episcopado, de 1745 até sua morte em primeiro de agosto de 1787. Momentos fortes de emoção para todos, principalmente ao celebrar a Eucaristia junto ao altar/tú-mulo do fundador na Basílica do Santo, e depois passar pelo quarto onde viveu seus últi-mos anos, ver a capela ao lado onde rezava diariamente, contemplar objetos pessoais que usou em sua vida, visitar a biblioteca que frequentava e onde estão muitas de suas obras literárias... almoçar no refeitório da comunidade... O redentorista, Pe. Luciano Panella, reitor da Basílica de Santo Afonso, fala sobre a Basílica do Santo: “Muitos peregrinos vêm a este lu-gar, não tanto quantos vão a Materdomini (São Geraldo Majela), porém, vêm muitos redentoristas de todas as partes do mundo, e agora são vocês aqui. Com certeza mui-tos outros peregrinos passam por aqui para visitar a tumba de Santo Afonso, o museu e a biblioteca. Por isso mesmo providenciamos um casal de jovens, que conhecem e amam a nossa história reden-torista, para guiar as visitas dos peregrinos”. Dia 22 e 23 de abril foram dedicados a visitar Materdomini, Muro Lucano e Deliceto... Em outra edição, Nosso Guia voltará a falar sobre esses lugares relacionados aos redentoris-tas, especialmente com São Geraldo Majela.

Voltando para o Brasil, os mais de trinta peregrinos redentoristas de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Distrito Federal, sentiam que tinham tomado um banho de história e de espiritualidade reden-toristas. A visita às terras alfonsianas e às casas onde Santo Afonso viveu, deixou em todos a sensação de ter convivido e conversado com o fundador da Congregação Redentorista.

Visita à Casa Anastácio, onde viveram alguns anos os primeiros redentoristas

Celebração Eucarística junto ao altar/túmulo na Basílica de Santo Afonso em Pagani

Deus: montes, belo panorama e embaixo, o mar.

Mas Scala também sig-nificava pobreza. Naquelas montanhas viviam grupos de pastores, “que entendiam de religião tanto quanto suas cabras”. Em contato com eles, Afonso lhes fala do Evangelho. E voltando para Nápoles, Afonso sentia que um pedaço do seu coração ficou com aqueles pastores. De sua cabeça não saía o desejo de criar alguma coisa para ajudá-los.

Meses e meses de ques-tionamentos, resolvidos com muita oração, reflexão e acon-selhamento. Sim, havia po-breza em Nápoles também, mas aí havia muitos outros que poderiam ajudar os po-bres a sair da sua marginali-zação. Em Scala, ao contrário, os pobres estavam sós, sem ninguém para ajudá-los, to-talmente abandonados. Por isso chegou à conclusão de que devia voltar a Scala. E no dia 9 de novembro de 1732, Pe. Afonso de Ligório, junto com alguns companheiros, reunidos na Via Torricella, numa hospedaria que perten-cia ao Mosteiro das monjas, fundou a Congregação do Santíssimo Redentor para seguir o exemplo do nosso Salvador Jesus Cristo anun-ciando a Boa Nova aos po-bres.

Em Scala, além da Casa Anastácio (onde viveram os primeiros redentoristas por alguns anos), visitaram o Mosteiro das Redentoristas, a Catedral de São Lourenço e a Gruta de Santo Afonso que é um dos lugares mais significativos na história dos redentoristas. Nossa Senhora esteve sempre presente na vida de Afonso e quantas vezes ele se retirou para esta gruta de Scala, onde buscava luzes para sua fundação mis-sionária! Conta-se que Maria apareceu para ele várias ve-zes e ele conversava com ela sobre suas angústias, suas preocupações com os pobres e sobre o Instituto que iria fundar.

Atualmente os redentoris-tas, com mais de 5 mil mem-bros, trabalham em quase 80 países dos 5 continentes, com o auxílio de homens e mulheres que colaboram na

A peregrinação subiu as montanhas

Fotos: Brandolize

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7Goiâniajunho 2017NUM MUNDO FERIDO

Testemunhos sobre esta peregrinação

Ir. Marcos Vinícius “A peregrinação nos lu-

gares onde Santo Afonso e os primeiros redentoristas iniciaram nossa Congregação é sempre uma experiência de refundação ou mesmo de reestruturação. Nessa, pode--se ‘beber no próprio poço’ de nosso carisma e daí revi-sar, reestruturar e refundar com criatividade a alegria de ser um missionário da redenção. Particularmente ao significado da peregrinação acrescentou-se a renovação do sentimento de pertença à Província de Goiás: sou feliz por participar deste grupo de homens consagrados que levam adiante o carisma mis-sionário redentorista no Brasil Central.” (Ir. Marcos Vinícius,

secretário do Superior Geral em Roma)

Pe. Sidney Martins

“Nosso muito obrigado ao Pe. Robson de Oliveira, Supe-rior da Província de Goiás e ao seu Conselho por propor-cionar a todos nós este mo-mento tão especial de espiri-tualidade e fraternidade nesta

peregrinação aos lugares al-fonsianos e às fontes de nossa Congregação. Que possamos todos nós, fortalecidos por tão rico momento, renovar nossa disponibilidade para a missão que o Santíssimo Redentor nos chamou e nos enviou! Deus abençoe tam-bém o Pe. Eduardo Rezende e a todos que ajudaram na pre-paração e organização desta peregrinação nos Caminhos de Santo Afonso e de forma especial aos que nos acolhe-ram de forma tão carinhosa na Itália, nossos confrades

que lá trabalham: Ir. Marcos Vinícius e Ir. Michael Gou-lart. Nossa gratidão ainda ao Pe. Luiz Carlos, da Província de São Paulo, um profundo conhecedor da história e da espiritualidade redentorista, que nos enriqueceu com sua companhia, suas palavras e reflexões”. (Pe. Sidney Martins,

pároco em Paraíso do Tocantins)

Passando pelas diversas comunidades, a Província de Goiás deixou como presente a imagem venera-

da pelos romeiros do Divino Pai Eterno em Trindade. As fotos registram, recebendo a imagem em Ciorani, Pe. Serafino Fiore (Superior Provincial de Nápoles), em Pagani, Pe. Luciano Panella (Superior e Reitor da Basílica de Santo Afonso) e em Scala, a Superiora das Monjas Redentoristas.Pe. João Bosco

“Os poucos dias da pere-grinação nos trouxeram uma riqueza imensurável. Nas conversas com os confrades, nós percebemos como foi importante fazer esta visita às origens da história da nossa Congregação Redentorista. Como é belo e rico o caminho feito por Afonso e seus compa-nheiros. Houve momentos de profunda emoção em pensar nas dificuldades que sofreram e sentir o ideal que os animou. Para mim, um dos momentos mais fortes desta peregrinação foi a visita à gruta onde Afonso rezava para perguntar a Deus se era realmente vontade d’Ele que fundasse uma Congre-gação. É um lugar místico e de muita importância no caminhar de Afonso e de suas decisões. Nesta gruta Afonso teve a percepção de que ele deveria continuar a missão do Redentor. E para Afonso e para nós hoje, como bem lembrava o Pe. Luiz Carlos na visita à gruta, ‘ser redentorista não é somente mostrar o que o Redentor quer da humanidade ou das pessoas, mas vivenciar de tal modo o seu seguimento que nos faz continuadores da missão d’Ele no mundo atual”. (Pe. João Bosco, pároco em Nova Xavan-

tina/MT)

AgradecimentosBrandolize

Arquivo

Brandolize

Superior Provincial da Província de Nápoles em Ciorani

Superior e Reitor da Basílica de Santo Afonso em Pagani

Superiora das Monjas Redentoristas em Scala

BrandolizeBrandolize

Brandolize

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8 Goiâniajunho 2017 ALEGRIA DO EVANGELHO

Pe. Luiz Carlos, C.Ss.R. Missionário Redentorista, SP

O mesmo endereço Pentecostes (04.06.17) João 20,19-23

Naquele dia de Pentecostes estava em Jerusalém gente devota vin-

da de todas as partes do mundo co-nhecido então. Se olharmos o mapa poderemos ver que suas origens fazem um círculo à Cidade Santa, como lemos em Atos dos Apóstolos (At 2,5), vindos de todas as direções. Ao ouvirem o barulho, a manifes-tação do Espírito Santo, todos cor-reram para um único endereço: o cenáculo onde estavam reunidos os discípulos. Era o endereço da casa do Espírito. Como Jesus Se manifestou a nós em Belém, o Espírito inicia sua missão em Jerusalém.

Foi o momento do primeiro anún-cio. Os apóstolos anunciam as ma-ravilhas de Deus acontecidas na Ressurreição. A grande surpresa de todos era que cada um entendia em sua própria língua. A língua do Espírito é inteligível a todos. Esta lin-guagem é nova e anuncia Jesus vivo que dá o Espírito para a paz e para o anúncio da reconciliação universal.

Cada um é convocado a assumir o próprio dom para que esse anún-cio possa chegar a todos. Todos os que acolheram a Palavra formaram o único Corpo de Cristo, bebendo o mesmo Espírito.

A celebração suplica que se reno-vem nos corações dos fi éis as maravi-lhas operadas no início da pregação do Evangelho.

Não falta serviçoSantíssima Trindade (11.06.17) João 3,16-18

Jesus disse: “Meu Pai trabalha sem-pre e Eu também trabalho” (Jo

5,17). A Santíssima Trindade está sempre em atividade de vida divi-na. A comunhão entre si coloca as três Pessoas Santíssimas em contí-nuo movimento de amor, doação e acolhimento. A serena violência do amor leva Jesus a dizer que somente

os violentos o tomam de assalto. O Reino dos Céus sofre violência dos que querem entrar, e violentos se apoderam dele (Mt 11,12). Essa vio-lência é sair de si para entrar na força de vida do Pai, do Filho e do Espírito. É esse seu trabalho.

Celebrando a Santíssima Trinda-de, não estamos diante de um mis-tério insondável, mas diante de um mistério que nos convida a participar.

Moisés convida Deus a caminhar com o povo “Caminha conosco”! (Ex 34,9). Deus caminha entre nós na força da comunhão: “A graça do Se-nhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco” (2Cor 13,13). A cada pessoa da Trindade é atribuída uma missão.

Quem crê nesse amor doado, tem a vida eterna (Jo 3,16). A salvação é um dom mais que esforço. Partici-pemos da obra da Trindade para sa-borearmos a doce violência do amor.

desse Sacramento que contém o amor de entrega de Cristo na cruz. Paulo pergunta: “O cálice que abençoamos, não é comunhão com o sangue de Cristo? O pão que partimos, não é a comunhão com o Corpo de Cristo?” (1Cor 10,16-17). Nós comungamos, mas não prestamos atenção que essa comunhão é comunhão com Cristo, com sua Morte e Ressurreição.

A Eucaristia foi instituída para ser comida e bebida para sustento. Dela aprendemos a partilhar com os ou-tros os dons de Deus que provêm de sua bondade. Sem isso a comunhão e adoração perdem sua força. Cristo se fez por nós para que nós fi zéssemos uns pelos outros. É a dieta que dá vida ao nosso ser.

Emprego novo11º Domingo Comum (18.06.17) Mateus 9,36-10,8

O povo do Antigo Testamento nos traz a experiência de ser povo

de Deus. O que lhe dá garantias é ouvir sua voz. Assim ele é uma na-ção santa. Jesus também está sempre falando aos seus con� ando-lhes os compromissos do Reino. Como no Antigo Testamento constituiu um povo, agora constitui a base do novo povo que são os doze apóstolos

Para esse Reino ir adiante e se im-plantar, Jesus escolheu homens que fossem continuação de sua missão e sua presença no mundo. São a nova nação santa e reino de sacerdotes.

Essa missão é transformadora. Vão eliminar o poder do mal que atinge a pessoa até em seu físico. Há tantos tipos de doenças frutos do mal. Para essa missão escolhe homens simples, do povo e cheios de

boa vontade. São os doze apóstolos. Por mais que tenhamos de organi-

zar a vida da Igreja e arranjar novos colaboradores, quem os dá é o Pai. Ele sabe quem é a pessoa certa para o lugar certo. Por isso Jesus manda pedir: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois ao dono que envie trabalhadores para sua colheita” (Mt 9,37-38).

Não se trata somente de padres ou bispos, mas também tantos leigos são chamados para assumir grandes missões. Tudo seja gratuito, pois re-cebemos de graça.

Nada de segredo12º Domingo Comum (25.06.17) Mateus 10,26-33.

Há uma onda de pecado que avas-saladoramente invade o mundo.

Deus não inventou o mal. Paulo diz que o pecado de Adão passou a todos. E fez um mal muito grande. Mas acres-centa que o novo Adão, Jesus, veio para curar todos os males. Se o mal fez mal, o Bem faz um bem muito maior.

Para levar adiante essa missão re-dentora Jesus envia seus apóstolos e a todos nós. Não há o que temer. Todo o mal, mesmo o mais oculto, vai ser atingido pela força da graça. É para anunciar e não guardar esta riqueza só para si. É para anunciar de cima dos telhados.

Não é para ter medo, mesmo que acabem conosco. O Pai cuida de nós mais que cuida dos passarinhos. Ele cuida de todos os detalhes. O profeta Jeremias foi perseguido, mas sentiu a força de Deus a seu lado.

O Pai não vai se esquecer de nossa coragem e nossos sofrimentos. Ele dará a recompensa

Pão de dietaSantíssimo Corpo e Sangue de Cristo (15.06.17) João 6,51-58

Vivemos no reino das dietas. O pão, alimento tão tradicional em

nosso mundo ocidental, é tomado por Jesus para o alimento espiritual em sua forma material. Jesus explica que esse pão é sua carne. É um pão descido do Céu. Deus deu o maná ao povo faminto no deserto e o alimen-tou por quarenta anos com esse pão. Era um pão que tinha todo sabor e servia para o que se queria, como nos explica o livro da Sabedoria (Sb 16,20). Continha mil sabores. ‘O pão que Eu darei é minha carne para a vida do mundo” (Jo 6,51). Sabor de Deus, gosto de Vida.

A adoração ao Santíssimo não pode perder de vista a finalidade

Reprodução

Reprodução

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9Goiâniajunho 2017ALEGRIA DO EVANGELHO

Uma Igreja acidentada e ferida lutando com o povo pobre e injustiçado

n SILVONEI JOSÉ Rádio Vaticano

Estamos celebrando no Bra-sil os 300 anos do encontro

da imagem de Nossa Senhora da Conceição nas águas do Rio Paraíba, em Aparecida, São Paulo. Um evento milagroso que viu envolvido três pesca-dores pobres. Entre os dias 9 e 12 deste mês de maio, bispos de 22 países da América Lati-na estiveram reunidos em El Salvador para a Assembleia do CELAM, Conselho Episcopal Latino-americano. O tema do encontro foi “Uma Igreja pobre para os pobres”. Para a oca-sião, o Papa Francisco enviou uma mensagem inspirada na Padroeira do Brasil e no tema da pobreza. Tema que Francis-co se diz fortemente preocupa-do pela corrupção que atinge o continente americano.

Três séculos depois, o en-contro da imagem de Nossa

Senhora nas águas do Pa-raíba, - escreveu o Papa -, “nos faz crescer na fé e a nos imergir em um caminho de apostolado”. Antes de tudo, os três pescadores, homens pobres com famílias que vi-viam na insegurança do viver cotidiano, contando com a generosidade e a inclemência do rio. Uma imagem que nos traz as dificuldades de vida de muitos de nossos irmãos nos dias de hoje.

O que mais dói – denuncia Francisco – é como seja quase normal ver o nosso irmão de hoje enfrentar “um dos peca-dos mais graves que afligem o nosso continente: a corrupção, a corrupção que nivela as vi-das submergindo-as na extre-ma pobreza”. Corrupção que destrói populações inteiras submetendo-as à precarieda-de. Corrupção, que, como um câncer, vai corroendo a vida cotidiana do povo.

O que se entende por salvação?A CATEQUESE TRADICIONAL NOS ENSINAVA QUE, SE ANTES O MUNDO ESTAVA “PERDIDO” POR CAUSA DO PECADO DOS PRIMEIROS PAIS, COM JESUS CRISTO NOS VEIO A SALVAÇÃO

Missionário Redentorista, licencia-do em Filosofia pelo IFITEG- Institu-to de Filosofia e Teologia de Goiás, cursando o 2º período de Teologia pela mesma faculdade. Email: [email protected].

n Fr. Thiago Gomes de Azevedo*

A temática da salvação é um assunto recorrente em

nossos discursos religiosos. O anúncio explícito da salvação como o projeto de amor de Deus para toda a humanidade consti-tui a essência da pregação cristã. Contudo, uma interpretação equivocada do que vem a ser essa salvação pode gerar medo e angústia em nós, fiéis.

De modo geral, entende-se a salvação como um evento cronológico que inaugura uma nova fase da história humana. A catequese tradicional nos ensina que, se antes o mundo estava “perdido” por causa do pecado dos primeiros pais, com Jesus Cristo nos veio a salvação. Neste sentido, a salvação é com-preendida como um ato divino

NÃO DEVEMOS TEMER DE NOS SUJAR PELA CAUSA DO NOSSO POVO POBRE. NÃO DEVEMOS TEMER O BARRO DA HISTÓRIA PARA RESGATAR E RENOVAR A ESPERANÇA

Falando em seguida de Ma-ria, Francisco afirma que Ela é uma Mãe atenta, que acom-panha a vida de seus filhos. E ela vai aonde não se espera. Na história de Aparecida ela é encontrada no rio em meio ao barro. Ali ela esperava os seus filhos, ali ela estava com os seus filhos em meio às lutas e buscas, estava onde os homens tentam ganhar suas vidas.

Depois do encontro da imagem, depois de restaurá-la, limpá-la, o que fazem os pes-cadores? Levam-na para casa, uma casa aonde os moradores da região iam para encontrá-la. Essa presença se fez comuni-dade, Igreja, disse Francisco.

De fato, as redes não se en-cheram de peixe mas de uma presença que encheu suas vidas e deu a eles a certeza de que nos seus propósitos e lutas não estariam mais sozinhos. Redes que se transformaram em co-munidade, a de um povo que

crê, que se confessa pecador e salvado, um povo forte e obsti-nado, consciente de que as suas redes, suas vidas, “estão cheias de uma presença que os enco-raja a não perder a esperança”.

Hoje, 300 anos depois, como filhos, somos chamados a escutar e aprender o que aquele acontecimento conti-nua a nos dizer: “Aparecida não traz receitas mas chaves, critérios, pequenas grandes certezas para iluminar e so-bretudo, acender o desejo de nos despojar de todo o des-necessário e voltar às raízes, ao essencial, à atitude que fez de nosso continente a terra da esperança. Aparecida renova nossa esperança em meio a tantas inclemências”.

Francisco na sua mensa-gem convida ainda os bispos latino-americanos a apren-derem a escutar e conhecer o Povo de Deus, dando-lhe a im-portância e o lugar merecidos.

Isto significa se despojar dos preconceitos, racionalismos e esquemas funcionalistas para conhecer como o Espírito atua no coração destes homens e mulheres. O Papa diz aos bispos para aprenderem da fé dos latino-americanos; “a fé de mães e avós que não têm medo de se sujar, pois sabem que o mundo está cheio de injustiças, onde a impunidade da corrup-ção continua cobrando vidas e desestabilizando cidades”.

Francisco volta a dizer que prefere uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saí-do pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças.

Quanto devemos aprender com a fé do nosso povo? Não devemos temer de nos sujar pela causa do nosso povo pobre. Não devemos temer o barro da história para resgatar e renovar a esperança.

que tem o intento de reparar uma falta humana. No entanto, a partir de uma reflexão teológica mais atual, é possível dar um salto em nossa compreensão.

Para Karl Rahner (1904- 1984), um dos maiores teólogos católicos do século XX, a salva-ção coexiste com a história hu-mana. Ela sempre esteve presen-te, desde a criação. Não se trata, portanto, de um evento crono-lógico, que divide a história em antes e depois, mas constitui o que há de mais original no ser humano. A célebre frase “Deus cria para salvar” expressa a ideia de que Deus, desde o início da criação, já nos predestinou à salvação (cf. Ef 1,4). Assim, a compreensão de salvação ultra-passa a ideia de “reparação”, como se o evento salvífico fosse um “plano B” para o ser humano

caído. Ao contrário, trata-se de “potencializar em vista da plena realização e não retirar um casti-go” (QUEIRUGA, 2005, p. 173).

Salvação é um dom que se traduz por plenitude de vida. Esta, por sua vez, se expressa na vivência harmoniosa entre as criaturas com o seu Criador. Nota-se que na tradição bíblica essa plenitude de vida já se faz real desde o princípio. Na nar-rativa de Gênesis 2 é possível compreender o paraíso como “Jardim de Deus”, a morada divina. O convite para habitar com o Criador em sua casa nos revela a vocação última do ser humano, a saber, a comunhão plena com o ser de Deus.

Nessa perspectiva, em que sentido se pode compreender o papel mediador de Cristo na sal-vação? Muito mais interessante

que utilizar a expressão trazer é empregar o verbo revelar quando nos referimos à missão salvífica de Jesus, pois a pri-meira expressão remete a algo ausente que se faz presente por uma intervenção. Já a segunda nos aponta para uma realidade sempre atual, mas que ainda estava oculta aos nossos olhos. Segundo a constituição pastoral do Vaticano II Gaudium et Spes, Jesus veio revelar o homem a si mesmo juntamente com sua vo-cação sublime, a saber, a divina (cf. n. 22), apontando-nos assim o caminho que nos leva a assu-mir a plenitude de vida querida por Deus: o caminho do serviço e do amor. Por esse motivo afir-mamos que Jesus é a plenitude da salvação (cf. Jo 10,10).

Por último, cabe dizer que a salvação deve ser uma realidade

já em nossa existência histórica. Dito em outras palavras, não podemos esperar a morte para vivenciar essa graça que nos é concedida. Pelo contrário, só viverá a comunhão plena com Deus na eternidade quem a experimentou, mesmo que de forma limitada e ferida, aqui na terra. Aprendemos isso com o próprio Cristo que, vivendo sua existência com intensidade, amando os seus até o fim, al-cançou a vitória sobre a morte, reafirmando assim o querer de Deus em nos garantir a Vida em sua plenitude.

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10 Goiâniajunho 2017

Em oração ao Divino Pai Eterno

MÍDIA REDENTORA

A Scala Editora possui uma li-nha de subsídios que ajudam

o devoto a estar em comunhão permanente com o Divino Pai Eterno. São roteiros que atendem a todas as idades, e que trazem in-formações importantes para uma catequese básica, com orações e cânticos.

É assim o Manual do Devoto do Divino Pai Eterno, que con-tém as explicações da mensagem da imagem do Divino Pai Eterno,

além das orações das novenas celebradas no Santuário Basílica e cânticos referentes à devoção e outros cânticos. Um livreto de 232 páginas, e que custa apenas R$ 10,00. Para as crianças, uma outra versão com linguagem mais acessível também é oferecida: o Devocionário do Romeirinho do Divino Pai Eterno, oferecido por apenas R$ 3,00.

Já o roteiro da Novena Per-pétua em louvor ao Divino Pai

Eterno rezada no Santuário Ba-sílica de Trindade também pode ser adquirido, por apenas R$ 2,50. E uma outra coletânea de orações está disponível no livreto Abbá – ó Pai!, que traz um verdadeiro convite para conhecer quem é o Divino Pai Eterno. Este livreto é vendido por apenas R$ 5,00.

Como catecismo popular, o livreto Unidos à Trindade Santa contém um resumo da História da Salvação, a Catequese Básica, as

A Scala Editora estará presente na Romaria 2017Visite nosso estande em frente à Sala dos Milagres

orações do cristão, o ordinário da missa, da Reconciliação, a oração do Rosário e o Ofício da Imacula-da Conceição e diversos cantos. Este livreto custa apenas R$ 6,50.

E como proposta de contem-plação, a coleção Face a Face com o Divino Pai Eterno, em quatro volumes, traz imagens e orações baseadas nos relatos da vida e dos ensinamentos de Jesus a partir de cada evangelista. Cada exemplar da coleção custa apenas R$ 3,00.

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Goiâniajunho 2017 11MÍDIA REDENTORA

Como estratégia de divul-gação de seus produtos,

a Scala Editora tem marcado presença nos principais even-tos do segmento católico em Goiás. Trata-se de uma ini-ciativa que busca mostrar o potencial evangelizador das publicações, em diálogo com

os agentes de pastoral das paróquias e comunidades.

Na Arquidiocese de Goiâ-nia, a Scala Editora marcou presença na Jornada da Ci-dadania, entre os dias 24 e 27 de maio, além de todas as edições da Reunião Mensal de Pastoral, no segundo sábado

Pe. Reginaldo ManzottiAos 48 anos, padre Re-

ginaldo Manzotti tem se destacado como cantor e apresentador de programas de rádio e televisão. Em Curi-tiba (PR), é pároco e reitor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, na região central da cidade, além de presidir a Associação Evangelizar é Preciso, que reúne milhares de membros em todo o país. Ele é descendente de italianos, e sua formação para o sacerdó-cio ocorreu no Seminário dos Frades Carmelitas. Hoje per-tence ao clero da Arquidiocese de Curitiba.

Seu programa de rádio, chamado “Experiência de

Deus”, começou a ser apre-sentado em setembro de 2005, pela Rádio Colmeia, de Ma-ringá (PR). O sucesso fez com que outras emissoras passas-sem a retransmitir o progra-ma. Hoje são mais de 1.500 emissoras em todo o país, como a Difusora Goiânia e Rede Pai Eterno de Rádio, que exibem o programa das 10 às 11 da manhã, além das repeti-doras da TV Evangelizar, dis-ponível também em antenas parabólicas. Padre Reginaldo já escreveu 10 livros, sendo um dos campeões de vendas da atualidade. E como cantor, já gravou 9 álbuns em estúdio e 2 ao vivo.

Reprodução

Exposição de produtos na Jornada da Cidadaniade cada mês. Na Romaria do Divino Pai Eterno, também haverá a exposição e venda dos produtos no estande junto ao Santuário-Basílica de Trindade.

A Scala Editora também já participou em eventos nas dioceses de Ipameri e Uruaçu.

Pe. Marcelo Rossi em novo horárioA partir de 12 de junho,

a Rádio Globo de São Paulo apresenta uma nova programação, dentro do processo de migração do AM para FM. Na verdade, será uma transmissão simultânea para as duas frequências. Durante o mês passado, a

Rádio Globo tocou a sua programação normal, e fez outra, nos bastidores, apenas como ensaio. A mudança também significa uma inte-gração entre nomes da TV, como Otaviano Costa, Adria-ne Galisteu, Maju Coutinho e Tiago Abravanel, que agora

serão apresentadores da emissora. E nesta nova Rádio Globo, o programa “Nosso Momento de Fé”, com o Padre Marcelo Rossi, será apresentado em novo horá-rio: ao vivo, de meia-noite à uma da manhã, no rádio e nas redes sociais.

Ir. Diego

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12 Goiâniajunho 2017

PE. RAFAELVIEIRA, C.SS.R.

[email protected]

PS1 – José Saramago, Nobel de Literatura: “Parece que a honestidade não se usa muito nos tempos atuais”.

*******PS2 – Victor Hugo, poeta e dramaturgo: “O homem honesto procura ser útil, o intrigante tenta ser necessário”.

*******PS3 – Ivan Teorilang, poeta: “A prática da injustiça, acobertada pela impunidade, é tão nefasta que destrói aquele alento do fundo da alma, para o trabalho honesto, o exercício do bem, promovendo com isto a inspiração maléfi ca para a delinquência, a contravenção e a corrupção”.

Junho· 2017 ·

CARTA MENSAL

Olá pessoal.

Honestidade na Grécia Antiga

Do que o Brasil mais precisa nesse momento da nossa história? Do quê? De honestidade! Honestidade na política, na economia, nos relacionamentos, nas coisas mais corriqueiras de todos os dias. Estou convencido disso. Daí, resolvi dedicar essa carta de junho a algumas fi guras que deram grandes contribuições na refl exão do que seja a honestidade. Começo com a mãe da civilização oci-dental, a velha Grécia. O fi lósofo Diógenes de Sinope viveu em Atenas e morreu em Corinto no século III a.C. Na capital, pode ter sido um aluno de Antístenes, antigo discípulo de Sócrates. Os his-toriadores contam que ele radicalizou de tal maneira a sua busca pela honestidade que se desfez de tudo e vivia pelas ruas como um mendigo. Conta-se que ele andava pelas ruas de Atenas, com uma lamparina na mão, e se perguntassem o que ele fazia com aquilo, respondia: ”Procuro um homem honesto”. Dessa história já se pode imaginar que esse tipo de gente era raro já em tempos clássicos. Diógenes procurava o ideal chamado na Filosofi a de “cí-nico” por meio da autossufi ciência, não no sentido que compreen-demos hoje, mas no sentido de adotar um estilo de vida que fosse despojada fugindo dos luxos da civilização. Diógenes deixou um ensinamento que pode iluminar a realidade de nossos dias: a vir-tude da honestidade não é revelada em teoria, aliás, todo mundo é honestíssimo, na teoria. A honestidade se revela na prática. E na prática se combate uma sociedade corrupta.

Honestidade nos Padres da Igreja

Trazendo outro pilar sobre o qual o Ocidente se apoia, o cristia-nismo, e recordando as grandes fi guras dos primeiros oito sécu-los, impossível não fazer menção a Santo Agostinho a respeito do tema. Prof. Ivanildo Maciel Júnior diz que o bispo de Hipona, que viveu entre 354 e 430 d.C., aplicava a seguinte consideração sobre o que é e como se pratica a honestidade: “Vamos supor que eu vá comprar algo em uma mercearia e por descuido o vendedor ou vendedora acaba me dando o troco a mais do que era realmente o correto, logo que percebo retorno e explicando a situação devolvo o dinheiro a mais que recebi. Nisto eu exerci a Virtude da Honestidade, que não pode ser usada para o mau, mas somente para minha felicidade, ou seja, uma pessoa não poderia vir a me dizer que eu havia me prejudicado sendo ho-nesto em devolver o que não era meu, neste caso, o dinheiro que

recebi a mais”. Parece simples a compreensão de fi car apenas com aquilo que é seu, de direito, e não tocar no que não é seu. Teríamos todas as histórias que lotam nossos telejornais, todos os dias, mostrando dinheiro saindo pelos canos grandes e sujos das propinas se as pessoas fossem capazes de não tocar no que não é seu, por direito?

Honestidade no Oriente

O terapeuta, jornalista e escritor Gilberto Antonio Silva, segui-dor do taoísmo, visitou muitas vezes o Japão e conta a história dos “Mujin Hanbai” que é o nome dado às barracas de vendas sem atendentes. Ele diz que, geralmente, são barracas bem sim-ples, onde são colocados à venda, diversos tipos de mercado-rias, na maioria das vezes verduras, legumes e frutas frescas. “O diferencial está na hora de fazer a compra, o comprador escolhe a mercadoria, embala nas sacolinhas e deposita o dinheiro cor-respondente à compra dentro de uma caixinha sempre bem à vista e vai embora. O comprador faz tudo isso sozinho sem que haja ninguém para conferir se o valor depositado é correspon-dente ao que pegou - não tem câmeras porque são a maioria provenientes de agricultores locais, ou idosos - muito ocupados com suas hortas. As mercadorias na maioria das vezes não são aceitas em grandes supermercados por estarem fora do padrão de estética solicitado, porém em alguns casos, os legumes são produzidos apenas para consumo da família, e o excedente aca-ba sendo colocado à venda através do sistema ‘mujin hanbai’”.

Papa Francisco e a honestidade

Em 16 de janeiro de 2015, em missa celebrada na capital das Fi-lipinas, Papa Francisco, ao lembrar que a corrupção acaba com os recursos que devem chegar aos pobres, disse: “O Evange-lho chama os indivíduos cristãos a conduzirem vidas honestas, íntegras e solícitas pelo bem comum. Mas chama também as comunidades cristãs a criarem ‘círculos de integridade’, redes de solidariedade que possam impelir a abraçar e transformar a sociedade com o seu testemunho profético. Os pobres estão no centro do Evangelho, são o coração do Evangelho; se tirarmos os pobres do Evangelho, não podemos compreender plenamen-te a mensagem de Jesus Cristo. Como embaixadores de Cristo, nós, bispos, sacerdotes e religiosos, devemos ser os primeiros a receber a sua graça reconciliadora nos nossos corações”.

Um abraço.