ANO XV Nº 653 - JULHO DE 2009 Conferência Nacional marca ... · rio ajustado ao estipulado pelo...

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Sindicato dos Trabalhadores em Empresas do Ramo Financeiro do Grande ABC - Filiado à Fetec SP/CUT e Contraf/CUT ANO XV Nº 653 - JULHO DE 2009 Acesse a página do Sindicato: www.bancariosabc.org.br Conferência Nacional marca início da campanha 2009 Página 4: Sindicalização aumenta representatividade da categoria Mais de 600 delegados aprovaram a minuta de reivindicações; índice exigido é de 10% (inflação mais 5% de aumento real) (Página 3) Página 2: Bancários e vigilantes entregam projeto de lei a ministro

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Sindicato dos Trabalhadores em Empresas do Ramo Financeiro do Grande ABC - Filiado à Fetec SP/CUT e Contraf/CUT

ANO XV Nº 653 - JULHO DE 2009Acesse a página do Sindicato: www.bancariosabc.org.br

Conferência Nacional marcainício da campanha 2009

Página 4:Sindicalização aumentarepresentatividade dacategoria

Mais de 600 delegados aprovaram a minuta de reivindicações;índice exigido é de 10% (inflação mais 5% de aumento real)(Página 3)

Página 2:Bancários e vigilantesentregam projeto de lei aministro

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Notas Santander/Real

Sindicato entra na Justiça paramanter direitos do HolandaPreviObjetivo é evitar que as mudanças feitas pelo banco prejudiquem os funcionários do Real

O Sindicato ingressou na últi-ma segunda-feira (13) com açãojudicial coletiva para evitar que asmudanças realizadas pelo Santan-der no HolandaPrevi prejudi-quem os funcionários do Real. Ointuito é obter garantia de que ovalor dos aportes feitos pelo ban-co até 31 de maio deste ano sejamantido. Outra finalidade damedida é acabar com a imposiçãofeita pela empresa aos bancáriospara aderir à nova regra do planocom direitos rebaixados.

A ação foi a única maneira en-contrada para que sejam manti-dos os direitos. A avaliação é dodiretor do Sindicato e funcionáriodo Santander/Real Orlando Puc-cetti Júnior. “Antes de ingressarcom a ação, tentamos abrir diálo-go com o banco em cinco ocasi-ões. A empresa foi intransigente enão quis negociar. As mudançasno HolandaPrevi prejudicam

muito os bancários e, por isso, ti-vemos de recorrer à Justiça”, jus-tifica Orlando, que garante que oSindicato lutará para que a açãoseja vitoriosa e traga benefícios atodos os associados.

Em entrevista ao jornal “FolhaBancária”, do Sindicato dos Ban-cários de São Paulo, Osasco e Re-gião, o advogado Ricardo Só deCastro afirmou que existem váriasações parecidas com esta. “Esteproblema que os bancários estãoenfrentando é mais comum do quese imagina. Muitas empresas quepassam por processos de fusão eaquisição tentam retirar direitosdos trabalhadores, principalmen-te com o plano de previdênciacomplementar. Com o pretexto degarantir a isonomia entre os associ-ados, as empresas têm adotado ospiores critérios de cada plano e ni-velado por baixo. Em geral, redu-zem os compromissos da patroci-

nadora e prejudicam os trabalha-dores”, explicou.

O especialista entende que aação na Justiça é essencial para quesejam mantidos os direitos, pois,segundo ele, as categorias que aci-onaram o Judiciário têm consegui-do resultados positivos, seja peladecisão final do processo ou pelareabertura de negociação.

O Sindicato espera que a limi-nar seja concedida até o final dejulho, mantendo as regras do Ho-landaPrevi. “Continuamos com aorientação para que os bancáriosnão aceitem nenhuma alteração.O prazo para adesão termina nodia 31, portanto, os associadosdevem esperar até o último mo-mento para optar pelas mudançase evitar a punição, que é a reduçãodos aportes da patrocinadora”,explica Orlando.

Da redação, com informações doSindicato dos Bancários de São Paulo

Funcionários entregamreivindicações aoBradesco

Foi realizada na última quinta-feira(16) negociação entre trabalhadorese representantes do Bradesco. Foi en-tregue aos banqueiros pauta de reivin-dicações com base na campanha“Inovar é…”. Entre as exigências estãonovas contratações, fim do assédiomoral, o respeito ao direito de greve,licença-maternidade de seis meses,manutenção do plano de saúde naaposentadoria, criação de Plano deCargos, Carreiras e Salários (PCCS),fornecimento de auxílio-educação,maiores salários e PLR, entre outras.O banco afirmou que analisará a pau-ta e marcará nova negociação paradebatê-las.

Santander: Políticaanti-sindical causaindignação

Após plenária com os funcionáriosdo Santander na última quarta-feira(15), em São Paulo, cerca de 80 diri-gentes sindicais do banco em todo oBrasil decidiram enviar documento aopresidente do Santander Brasil, FábioBarbosa, com cópia ao presidentemundial Emílio Botín, cobrando res-peito aos direitos dos trabalhadores enegociações com o movimento sindi-cal. Os representantes da categoriacriticam a atitude do banco de afirmarque os benefícios conquistados pelasentidades sindicais foram concedidosgenerosamente. As críticas envolvemtambém alterações unilaterais nosplanos de pensão complementar Ho-landaPrevi e Banesprev.

“As alterações unilaterais do ban-co nos fundos de previdência comple-mentar, como HolandaPrevi, Banes-prev e Bandeprev, violam direitos dosparticipantes e até passam por cimade acordos assinados com as entida-des sindicais, o que é abominável,abrindo um perigoso precedente paraos funcionários e os aposentados”,destaca o secretário de imprensa daContraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

Integrantes do movimento sindicalbancário, em parceria com a represen-tação dos vigilantes, se reuniram naúltima terça-feira (14), em Brasília, como ministro da Justiça Tarso Genro. Naocasião, foram entregues propostasdos trabalhadores dos dois segmentospara atualizar a lei nº 7.102/83, que tratada segurança para estabelecimentosfinanceiros.

Após receber o documento, o minis-tro garantiu que encaminhará as pro-postas para a Secretaria de AssuntosLegislativos do Ministério da Justiça epara a Polícia Federal. Após as análisesserá realizada reunião entre as partesenvolvidas.

A proposta prevê a obrigatoriedadeda instalação das portas de segurançacom detector de metais, além de vidros

Segurança

Trabalhadores entregam projeto a ministroFoi proposto ao ministro da Justiça, Tarso Genro, atualização da lei de segurança em bancos

blindados em todos os acessos destina-dos ao público, inclusive no espaço deautoatendimento. Outro ponto determi-nado é que os bancários sejam proibidosde guardar chaves de cofres e de trans-portar valores. O projeto dispõe tambémsobre a regulamentação do funciona-mento e da fiscalização de empresas desegurança privada nas agências; condi-ções de trabalho de vigilantes; infraçõese punições das empresas e instituiçõesfinanceiras. O documento propõe quehaja um sistema de circuito interno deimagens com acompanhamento emtempo real em um ambiente protegidofora do estabelecimento.

Críticas – Foram feitas críticas so-bre os erros da versão final do projeto deestatuto da segurança privada apresen-tado de forma unilateral pela coordena-

ção da Comissão Consultiva para As-suntos da Segurança Privada, (Ccasp)no último dia 20. Entre os erros apon-tados estão a colocação da porta gira-tória como item opcional de seguran-ça, ausência de vidros blindados, apermissão a bancários para ter aces-so a chaves de cofres, entre outros.Veja as propostas completas no sitewww.bancariosabc.org.br.

“A tradição e a cultura do país é quedeve determinar como vão funcionarseus dispositivos de segurança. Nessesentido, é mais do que urgente regula-mentar a obrigatoriedade das portasgiratórias nas agências bancárias, jun-tamente com espaços para que os cli-entes possam guardar seus perten-ces”, comenta o diretor do SindicatoMichel Miquelino.

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Foi definida entre os dias 17 e19 deste mês, durante a 11ª Con-ferência Nacional da categoria, apauta oficial de reivindicaçõesdeste ano, que será entregue àFenaban (Federação Nacional dosBancos) nos próximos dias. Cercade 640 delegados, eleitos nas con-ferências estaduais e regionais,estiveram presentes. Diretores doSindicato dos Bancários do ABCparticiparam dos debates.

Entre as reivindicações dosbancários no campo econômicoestão reajuste salarial de 10% (in-flação mais 5% de aumento real),PLR de 3 salários mais R$ 3.850,contratação de toda remuneraçãodos trabalhadores (inclusive a par-te variável, com o objetivo de aca-bar com imposição de metas abu-sivas) e PCCS (Plano de Carreira,Cargos e Salários) para todos.

Para a campanha salarial desteano, está mantido o caráter nacio-nal e unificado entre instituiçõespúblicas e privadas. Debates so-bre assuntos exclusivos de cadabanco serão realizados em mesasespecíficas de negociação.

“A Conferência Nacional dosBancários é uma das mais impor-tantes demonstrações de organiza-ção sindical no Brasil. Afinal, é aúnica categoria que tem um acordonacional coletivo que abarca empre-sas públicas e privadas. Foram maisde 100 sindicatos e 600 trabalhado-res na conferência, que, após longosdebates e análises, definiram os ei-xos principais da Campanha Naci-onal de 2009. Agora é arregaçar asmangas e organizar a nossa batalhapor melhores condições de traba-lho”, considera a presidenta do Sin-dicato, Maria Rita Serrano.

Reajuste – O reajuste aprova-do – de 10% (aumento real de 5%mais reposição da inflação) – é re-flexo do desejo dos bancários dopaís, expressado em consultas re-alizadas durante o mês passado.

PLR – O modelo de PLR a serreivindicado é o pagamento de 3salários mais R$ 3.850. Foi apro-vada proposta de contratação to-tal da remuneração da categoria,

Campanha Salarial

Definida pauta de reivindicações 2009Bancários exigem índice de 10% (inflação mais 5% de aumento real) e PLR de três salários mais R$ 3.850

incluída a parte variável.Pisos salariais – Será exigido

que os salários de ingresso sejam va-lorizados, com o piso de escriturá-rio ajustado ao estipulado pelo Die-ese (Departamento Intersindical deEstatísticas e Estudos Socioeconô-micos), que é de R$ 2.047. O piso deportaria seria de R$ 1.432,90 e o decaixa R$2.763,45. Para o primeirocomissionado, a reivindicação é deR$ 3.477,88 e para o primeiro ge-rente R$ 4.605,73.

Plano de Carreira – Foi man-tida a proposta de criação dePCCS (Plano de Carreira, Cargose Salários) em todos os bancos,com o acompanhamento do mo-vimento sindical.

A proposta prevê 1% de reajustea cada ano de trabalho. A cada cincoanos, o aumento seria de 2%. A em-presa teria de promover o funcio-nário pelo menos um nível a cadacinco anos. É determinado aindaque os bancos sejam obrigados atreinar o trabalhador para a novafunção por no mínimo 60 dias.

Preservação do emprego – Apauta de reivindicações deste anoexige novas contratações, fim dasterceirizações, garantia de empre-go, inclusive durante os processosde fusão, luta pela ratificação daConvenção 158 da OIT (proíbedispensas imotivadas) e fim dasdemissões por justa causa em fun-ção de endividamento e respeito àjornada de trabalho.

Saúde e Condições de Traba-lho – É defendida a ampliação doauxílio-educação para todos, licen-ça-maternidade de seis meses, ado-ção de mecanismos mais abrangen-tes para coibir a prática de assédiomoral e de violência organizacionale aprimoramento das regras paraeliminação de riscos no local de tra-balho. A minuta prevê a manuten-ção salarial e de todos os benefíciosaos empregados afastados por mo-tivo de doença e acidente de traba-lho e em licença-maternidade; cus-teio por parte dos bancos de todasas despesas com tratamentos médi-cos relativos a doenças ocupacionais,

inclusive com autorização para queexames e consultas médicas sejamfeitos durante o expediente; alémde aperfeiçoamento nos procedi-mentos para registros no INSS, den-tre outras medidas. Outra exigên-cia é para que as instituições finan-ceiras antecipem o 13º salário paratodos os funcionários licenciadospor motivo de agravo à saúde e li-cença-maternidade.

Segurança – Foi definido con-junto de itens na área da seguran-ça dos estabelecimentos, funcio-nários e clientes. Veja no site. Foilançado na Conferência Nacionalo 1º Jornal dos Bancários e Vigi-lantes do Brasil.

Previdência Complementar –Foram aprovadas medidas com oobjetivo de assegurar a implanta-ção de Previdência Complementarem todos os bancos, com gestãocompartilhada e representantes elei-tos pelos participantes na direção econselhos dos fundos de pensão.

Da redação, com informações daContraf-CUT

Bancários aprovam pauta de reivindicações da campanha salarial 2009

Renato Silva

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Presidenta: Maria Rita Serrano. Diretor de Imprensa: Gheorge Vitti Holovatiuk. Jornalista responsável: Celso Prado (MTB 18.065). Estagiário: FábioMunhoz. Sede: Rua Cel. Francisco Amaro, 87, Centro, Santo André, SP. CEP: 09020-250. Fone: (11) 4993-8299. Fax: (11) 4993-8290. Projeto gráfico:Interarte Comunicação. Impressão: NSA. Editado em 20/07/2009. Tiragem: 7 mil. Site: www.bancariosabc.org.br. E-mail: [email protected].

Você só tem a ganharFique sócio

Mulher

CUT SP define ações para ampliar igualdadeDiretoras sindicais querem igualdade de oportunidades na vida e no trabalho

Lutas

Sindicalização fortalece categoriaSindicato forte e representativo é mais eficiente na luta por direitos e conquistas

Diminuir o preconceito e am-pliar a participação da mulher tra-balhadora na sociedade. Esses fo-ram os principais objetivos do pla-nejamento da Secretaria Estadualda Mulher Trabalhadora da CUTSão Paulo, realizado na última ter-ça-feira (14) na sede da central, nacapital paulista. A diretora do Sin-dicato Inez Galardinovic esteve nareunião, que teve a participaçãode 27 entidades sindicais cutistasde todo o Estado.

As propostas levantadas pelaslíderes sindicais serão apresenta-das nesta semana, entre os dias23 e 25, no planejamento geralda CUT São Paulo, realizado acada três anos, após a eleição dosmembros da nova diretoria daentidade.

Uma das propostas da secre-taria é o combate ao machismopraticado pela imprensa pormeio de matérias publicadas emjornais, revistas ou na mídia ele-trônica. Para Inez, muitas repor-tagens contêm viés discriminató-rio. A Contraf-CUT (confedera-ção nacional dos bancários) de-fende a criação de campanhas deconscientização e orientação parapunir distorções que levem aposturas de discriminação noambiente de trabalho e na socie-dade em geral.

Inez afirma também que ou-tra preocupação das líderes daCUT é a identificação dos focosde preconceito e o trabalho emconjunto com outras frentes deatuação.

Dino Santos

Diretora Inez Galardinovic (primeiro plano)participou de reunião na CUT SP

Salários dignos, PLR mais justa,fim do assédio moral. Essas sãoapenas algumas das reivindicaçõesde muitos trabalhadores da cate-goria. Entretanto, prestes a iniciarmais uma campanha salarial, éimportante que quem ainda não éassociado ao Sindicato se sindicali-ze para fortalecer a categoria.

O bancário sindicalizado temmais peso em assembleias e no for-necimento de opiniões e sugestõessobre o andamento da campanha,o que influencia no andamento dasnegociações. Por exemplo, após dis-cussões em mesa entre o ComandoNacional e a Fenaban, o processo sóé finalizado após avaliação da pro-posta em assembleia da categoria.“Sindicato só é forte se tiver repre-sentatividade”, enfatiza o diretor daentidade Belmiro Moreira.

A representatividade tem pesonas negociações permanentes com

cada instituição financeira e no esta-belecimento da Convenção Coleti-va nacional, instrumento que evi-dencia os avanços e as conquistas.“O Sindicato somos todos nós, to-dos os bancários”, ressalta Belmiro.“Nós negociamos com a Fenaban,que representa o interesse dos ban-queiros. Por isso, temos que fortale-cer a nossa representação para res-ponder à altura, como temos feitodurante toda a nossa história”, fina-liza.

Outra vantagem oferecida semcustos para os sindicalizados são osserviços prestados pelo departa-mento jurídico. Os bancários nãosócios pagam, no início da ação, taxano valor de um salário mínimo e, aofinal, 20% do valor líquido a ser re-cebido. Os advogados fazem aten-dimento nas esferas trabalhista eprevidenciária (ações acidentárias)e somente com horário marcado.

Comunicação – Além de rece-ber o jornal Notícias Bancárias, en-viado a todos os empregados daárea, os bancários associados rece-bem informações de forma pontu-al, ágil e precisa, por meio dos tor-pedos SMS e dos boletins eletrôni-cos, enviados apenas para os e-mails dos sócios. A Revista do Bra-sil, publicação mensal de todo omovimento sindical cutista, tam-bém é enviada apenas para quemtem cadastro na entidade. O infor-mativo contém, além de assuntosligados a sindicalismo e política,matérias sobre cultura, esportes,comportamento e variedades.

Convênios – O Sindicato pos-sui parcerias com diversas insti-tuições de ensino. Entre as opçõesna área estão creches, ensino fun-damental e médio, cursos de idio-mas, faculdades e pós-gradua-ções. Veja lista completa no site.

Será realizado nesta sexta-feira (31) seminário para discu-tir assuntos ligados ao crédito.Os organizadores são os inte-grantes do Grupo de Trabalhode crédito criado após o evento“ABC do Diálogo e do Desen-volvimento”, que contou coma presença da ministra-chefe daCasa Civil, Dilma Rousseff. Oencontro será realizado a partirdas 9h no teatro Cacilda Becker,em São Bernardo. O objetivo édebater sobre as linhas de finan-ciamento do BNDES, de formaa facilitar o acesso das empresase ajudar o desenvolvimento.Entre os participantes estão ossindicatos, a Agência de Desen-volvimento do Grande ABC, osprefeitos das cidades da região,a CEF e o Banco do Brasil. A pre-sidenta do Sindicato, Maria RitaSerrano, representará a entida-de no evento.

Seminário de Crédito:Dia 31 no teatroCacilda Becker