ANO XXVII Nº 292 MAIO 2016 PREÇO AVULSO 0,50€ · vocacional: “Bendito sejais, Senhor, porque...

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EDITORIAL S. MIGUEL DA MAIA 1 ANO XXVII Nº 292 MAIO 2016 PREÇO AVULSO 0,50€ PDJ No dia 28 de Maio foi a Maia um espaço do paraíso, pois a Imagem da "Senhora mais brilhante que o Sol", acampou entre nós, durante o dia e permaneceu durante toda a noite até às 10h00 do dia 29. A Imagem da Virgem Peregrina foi acolhida com todo o carinho e amor. Uma pequena multidão aguardou-a. As autoridades concelhias: Sr Presidente da Câmara, Eng. Bragança Fernandes,Vice-Presidente, Eng. António Domingos Tiago, Presidente da Assembleia Municipal Sr. Luciano Gomes, vários Vereadores (Dra.Ana Miguel, Marta Peneda, Dr. Paulo Ramalho),Sra Dra. Olga Freire, Presidente da Junta de Freguesia, bem como elementos do Executivo, Comandante da P.S.P., Forças da Segurança,Presidente da Comisssão de Festas da Paróquia, Eng. Joaquim Alberto, elemntos da Comissão de Festas, Grupo Coral do Santuário, Párocos da Maia e do Seminário Comboniano da Maia, Escuteiros do Núcleo Litoral, gente vinda de todas as Paróquias...Uma multidão A visitou, e com Ela falou no Santuário. À noite, 21h30, iniciou-se a Procissão de Velas até à Igreja de Nossa Senhora da Maia. As Ruas e Avenidas por onde passou a Virgem Peregrina, tornaram-se um mar de luz. Quem participou, verdadeiramente, sentiu-se emocionado, pois viveu momentos que não se conseguem descrever, mas os vídeos e as fotos o demonstram. A Igreja (grande) foi pequena para acolher tal multidão e assim metade ficou fora da Igreja a participar na Eucaristia, presidida pelo Senhor D. Pio, Bispo Auxiliar do Porto que tem a seu cargo esta Vigararia, e concelebrada por quse todos os Párocos. Durante toda a noite, esteve o Santíssimo Exposto e houve oração. Dia 29, chegou o nosso Bispo D. António Francisco que presidiu à Oração de Laudes. Partilhou nas palavras e gestos, a alegria que notou em todos os presentes. Para viver acontecimentos como este só com o coração se consegue, pois "o essencial é invisível aos olhos".

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EDITORIAL

s. miguel da maia ▪ 1

ANO XXVII ▪ Nº 292 ▪ MAIO 2016 ▪ PREÇO AVULSO 0,50€

PDJ

No dia 28 de Maio foi a Maia um espaço do paraíso, pois a Imagem da "Senhora mais brilhante que o Sol", acampou entre nós, durante o dia e permaneceu durante toda a noite até às 10h00 do dia 29. A Imagem da Virgem Peregrina foi acolhida com todo o carinho e amor. Uma pequena multidão aguardou-a. As autoridades concelhias: Sr Presidente da Câmara, Eng. Bragança Fernandes, Vice-Presidente, Eng. António Domingos Tiago, Presidente da Assembleia Municipal Sr. Luciano Gomes, vários Vereadores (Dra. Ana Miguel, Marta Peneda, Dr. Paulo Ramalho),Sra Dra. Olga Freire, Presidente da Junta de Freguesia, bem como elementos do Executivo, Comandante da P.S.P., Forças da Segurança,Presidente da Comisssão de Festas da Paróquia, Eng. Joaquim Alberto, elemntos da Comissão de Festas, Grupo Coral do Santuário, Párocos da Maia e do Seminário Comboniano da Maia, Escuteiros do Núcleo Litoral, gente vinda de todas as Paróquias...Uma multidão A visitou, e com Ela falou no Santuário. À noite, 21h30, iniciou-se a Procissão de Velas até à Igreja de Nossa Senhora da Maia. As Ruas e Avenidas por onde passou a Virgem Peregrina, tornaram-se um mar de luz.

Quem participou, verdadeiramente, sentiu-se emocionado, pois viveu momentos que não se conseguem descrever, mas os vídeos e as fotos o demonstram. A Igreja (grande) foi pequena para acolher tal multidão e assim metade ficou fora da Igreja a participar na Eucaristia, presidida pelo Senhor D. Pio, Bispo Auxiliar do Porto que tem a seu cargo esta Vigararia, e concelebrada por quse todos os Párocos.

Durante toda a noite, esteve o Santíssimo Exposto e houve oração. Dia 29, chegou o nosso Bispo D. António Francisco que presidiu à Oração de Laudes. Partilhou nas palavras e gestos,

a alegria que notou em todos os presentes.Para viver acontecimentos como este só com o coração se consegue, pois "o essencial é invisível aos olhos".

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CONSULTANDO A HISTÓRIADepois da leitura das recomendações deixadas pelo

procurador do Balio de Leça em 23 de setembro de 1749, vemos que o registo da visitação seguinte surge na fo-lha 7 do “Livro dos Capitullos da Igreja de S. Miguel de Barreiros” e é datado de 9 de outubro de 1751. Após a fórmula inicial da ata, semelhante às anteriores, vem uma nova recomendação: “(…) Sendo de summa importancia o cumprimento e satisfação dos legados, Missas, e sufra-gios perpetuos que os testadores declararam em bene-ficio das suas almas, tem mostrado a experiencia se não cumprem muitos ou por malicia e ommição dos erdeiros e sucessores de seus bens ou por se perder a noticia das propriedades em que estão impostos e portanto para evi-tar semelhante confusão e damnos mando ao Reverendo Parocho que no termo de cessenta dias faça hum auto

de cada hum dos ditos óbitos, Missas, legados, morgados, cappitulos e sufragios perpetuos ou bens mais declarando nelle quem forão os testadores, quaes são os sufrágios, como se devem cumprir (…)” Maria Artur

MAIA - DA HOMILIA DO SR. D. PIO

1. Ano da MisericórdiaSanta Maria, Rainha e Mãe de MisericórdiaRainha: a principal beneficiária da misericórdia: escolhida por Deus para Mãe de Jesus Cristo.Mãe: cuida / ajuda a crescer em misericórdia. Fátima: é gesto de misericórdia de Deus, visível em Maria. Deus (misericordioso) torna-se presente por meio de uma de nós (é criatura); mas é Mãe de Deus / nossa Mãe. Fátima, Nossa Senhora de Fátima, é uma evidência da misericórdia divina.2. Deus repete permanentemente estes gestos. Na nossa distração, não nos apercebemos. S Paulo: “Deus, rico em misericórdia”. Vem ao nosso encontro: incarnação, paixão e morte. Acabámos de celebrar: Páscoa. “Criados em Jesus Cristo”.Certeza: nunca sozinhos ou abandonados por Deus.3. “Mãe: cuida / ajuda a crescer em misericórdia”. Evangelho: Visita a Santa Isabel. Gesto de amor, de misericórdia: esquece-se da sua dignidade, dos cuidados que necessitava, vai celebrar a alegria; discretamente. Que acontece neste quadro de amor ao próximo, exercício da misericórdia? Leva Jesus Cristo.Prima Isabel e João Batista reconhecem Deus: Benedictus e ventre materno; Maria, na sua humildade, canta as maravilhas e grandeza de Deus: exalta Deus, não a si própria.4. Quando saímos de nós mesmos e nos abrimos ao serviço do próximo encontramo-nos com Deus e levamos Deus.Amor a Deus transparece nas obras, na vida.Mundo novo (Apocalipse): renovar todas as coisas.5. Amor, devoção a Nossa Senhora não termina nela: leva-nos aos outros e neles a Jesus Cristo: seu Deus e nosso Deus.++por nós.

PARTILHA DO QUE SENTI COM A VISITA DA VIRGEM PEREGRINAHoje, excecionalmente estou aqui neste lugar tão especial

- como é o nosso jornal – para partilhar convosco a alegria e a vivência tão extraordinária como foi a visita da Nossa Senhora de Fátima à nossa paróquia ou se quisermos, à nossa “casa comum”.

Todos nos sentimos abençoados por Ela. Cada momento teve um sabor especial:

A chegada ao Santuário, a procissão das velas, a eucaristia, a multidão imensa que, como diz a parábola do evangelho, ninguém pôde contar.

A oração das Laudes que mais parecia que estava num cantinho do Céu, a despedida de Nossa Senhora. Enfim, sem palavras para descrever cada momento que vivi e senti e, foram muitos!

Vi gente anónima, padres, leigos, a chorar de emoção à medida que “ELA” se ia afastando. Acredito que foi um verdadeiro ato de fé e oração que não se pode explicar por palavras, só vivendo-o.

Foram sobretudo momentos de reflexão sobre a vida que queremos para cada um de nós! Donde viemos, o que somos e para onde queremos ir. Foi uma ocasião oportuna para “lavar” a alma e a mente.

Muitos de nós, não voltaremos a viver momento igual pois há coisas que são únicas, não se repetem.

Por isso, não quis perder nenhum desses momentos. Tinha eu

12/13 anos quando vivi momento idêntico e nunca mais o esqueci.Dou graças a Nossa Senhora e ao Seu Filho Jesus pelos mo-

mentos de encontro, alegria e felicidade que tive ocasião de viver. Toda a minha alma rejubilava. Momentos houve que me esqueci de que estava na Terra.

Se me fosse feita a pergunta, como fizeram a algumas crianças das escolas e a alguns adultos sobre o que levaria na mochila se tivesse de fugir de casa ou do país numa situação de guerra, res-ponderia com toda a certeza:

Uma fotografia dos filhos, dos netos, do marido, alguns docu-mentos mas nunca esqueceria uma fotografia ou imagem de Nossa Senhora. Ela é a minha companheira de todas as horas, principalmente nas mais difíceis. Sempre me acompanha, no bolso ou na carteira mas principalmente no coração. Os amigos podem falhar-me mas Nossa Senhora está SEMPRE comigo.

Para sermos felizes não precisamos de muita coisa. Nascemos sem nada e sem dada morreremos. Quem ama Deus e Nossa Senhora, de pouco mais precisa!

Que neste ano Santo da Misericórdia, o Senhor derrame sobre todos nós e nossas famílias a Sua bênção e nos faça despertar para um novo mundo e uma nova vida. Maria da Piedade

+ Pio Alves de Sousa

Pró - VOCAÇÃO, por vocação

BOM DIA!

s. miguel da maia ▪ 3

BOM DIA!

Movimento Demográfico Mês de Abril

BAPTIZADOS02 -Gabriel Dinis Moreira Matos03 - Gabriela Filipa da Costa Santos10 - Mariana Pinto cruz17 - Guilherme Pinto Guimarâes Miranda24 - José Pedro Pinto dos Santos

MATRIMÓNIOS16 - Agostinho José Duarte Martins e Sandra Cristina Ferreira da Silva20 - Jefferson António Ortiz Santamaria e Ana Silvia Jesus de Almeida Soares Machado30 - Jacinto Manuel da Silva Cardoso Lopes e Silvia Cristina Oliveira Costa

ÓBITOS08 - Maria Adelaide Viana Bessa e Silva (71 anos)10- Manuel da Costa Moreira (75 anos)14 -Alice de Azevedo Quelhas Nunes (84anos)20 - Natividade Augusta S. Martins (98 anos)23 - José António da Silva Neto (73 anos)23 - Maria Emília da Silva Pinto (77 anos)28 - José da Silva Coelho (67 anos)

Vivemos festa com a Ascensão do Senhor. Foi o próprio Jesus que, no fim de uma tarde de um lindo dia previsto, o confidenciou aos seus Amigos: “Vou subir para o Pai. Não fiqueis tristes, porque não vos deixarei sós. E vou preparar-vos um lugar”. Não nos deixa sós, porque fará descer sobre nós o Espírito Santo que nos ensinará toda a verdade e nos dará força para dela darmos testemunho em toda a parte.

Não deixaremos passar em vão mais esta prova de amor do Senhor Nosso Deus. Subindo para o Pai, Ele lança-nos um forte apelo a que nós sejamos capazes de subir, de subir sempre, para não deixarmos vazia a cadeira que nos reserva no Seu Reino. O segredo está só em querermos, porque Ele nunca nos falta com a força do Seu Espírito, com a ajuda da Igreja a que pertencemos com o nosso Batismo, com o carinho, o cuidado e a ternura da Sua e nossa Mãe, Maria de Nazaré.

A visita que Maria acaba de fazer a Portugal, e neste mês ao Porto, e por isso, a nós, terra da Maia, também ela, e a vários títulos, Terra de Santa Maria, ficou para todos como uma prova de muito afeto a que procuraremos corresponder, e como promessa de Bom Despacho a todos e tantos pedidos que, certamente, lhe iremos fazer.

Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, Virgem de Fátima e Senhora do Bom Despacho, roga por nós.

15º Dia Diocesano da Família15º Dia Diocesano da Família

Já é uma tradição na nossa diocese a celebração dum Dia Diocesano da Família, congregando os casais que no ano completam 10, 25, 50 ou 60 anos de matrimónio. Neste ano, para coincidir com a presença no Porto da imagem peregrina de Nª Srª de Fátima, a celebração foi antecipada e ocorreu a 24 de abril. Há que registar a participação de cada vez mais casais: neste ano foram 1343, provenientes de 256 paróquias!

Os casais puderam preparar-se antecipadamente nas suas paróquias de origem, refletindo sobre o tema do encontro – “Matrimónio, uma história de misericórdia” – e sobre a concretização do amor e da misericórdia na vida de cada casal e de cada família; assim cada família responde à sua vo-cação de ser imagem e presença atuante do amor misericordioso de Deus.

Importa agora, e sempre, que a celebração não se fique pelo dia deste evento! Pelo contrário, um verdadeiro matrimónio vivido no Senhor renova--se continuamente; cada dia é uma nova etapa duma história de amor, vivida pelos cônjuges um para o outro e, um com o outro, para os filhos e netos e para toda a comunidade de que fazem parte.

A oração que todos os casais fizeram em uníssono manifesta este sentido vocacional: “Bendito sejais, Senhor, porque nos assististes com a vossa graça nos momentos felizes e nos momentos difíceis da nossa vida. Ajudai-nos, nós Vos pedimos, a conservar fielmente o amor recíproco, para que sejamos testemunhas fiéis da aliança que contraístes com os homens.”

“A Alegria do Amor”

Este é o título do documento que o Papa Francisco nos oferece na sequência dos Sínodos dos Bispos de 2014 e 2015, sobre as questões ligadas com as Famílias, e que o Papa apresenta assim:

“Considerei oportuno redigir uma Exortação Apostólica pós-sinodal que recolha contribuições dos dois Sínodos re-centes sobre a família, acrescentando outras considerações que possam orientar a reflexão, o diálogo ou a práxis pastoral, e simultaneamente ofereçam coragem, estímulo e ajuda às famílias na sua doação e nas suas dificuldades.”

Em seguida, acrescenta: “Esta Exortação adquire um significado especial no contexto deste Ano Jubilar da Misericórdia, em primeiro lugar, porque a vejo como uma proposta para as famílias cristãs, que as estimule a apreciar os dons do ma-trimónio e da família e a manter um amor forte e cheio de valores como a generosidade, o compromisso, a fidelidade e a paciência; em segundo lugar, porque se propõe encorajar todos a serem sinais de misericórdia e proximidade para a vida familiar, onde esta não se realize perfeitamente ou não se desenrole em paz e alegria.”

Apesar de bastante longa, é importante lê-la seguindo a recomendação do Papa: “Não aconselho uma leitura geral apressada. Poderá ser de maior proveito, tanto para as famílias como para os agentes de pastoral familiar, aprofundar pa-cientemente uma parte de cada vez ou procurar nela aquilo de que precisam em cada circunstância concreta”.

O Papa conclui a apresentação com um voto: “Espero que cada um, através da leitura, se sinta chamado a cuidar com amor da vida das famílias, porque elas não são um problema, são sobretudo uma oportunidade.”

Nota: O texto integral já está publicado em livro e pode também ser encontrado no site http://w2.vatican.va/

Cadeia de Oração “Rogai”

No dia 16 de maio, das 18 às 19h, no santuário de Nossa Senhora do Bom Despacho, va-mos encontrar-nos de novo para continuar a rezar pelas vocações e, de modo especial, pelas vocações sacerdotais

Equipa Paroquial Vocacional

MAIO

Maria Teresa e Maria Fernanda

4 ▪ s. miguel da maia

É tão lindo o mês de Maio!Maio de sol, de luz,De belas flores perfumadas…Maio, mês de Maria,Senhora, Mãe de Jesus!Mãe que sentiu a dorDe Seu Filho muito amado Ao vê-Lo sofrer na cruz,Ao vê-Lo cruxificado.

Ó Maria Imaculada,Vós sabeis o que é a dor…Rogai a Teu Filho, no Céu,Por todos, aqui, na Terra:Que tenham Fé e Esperança,Haja amizade e amor,Reine a paz e não a guerra…

Primeiro domingo de Maio,Dia da nossa Mãe!Brindemos à que nos deu vida,Nos educou com amorE tantas noites passouA acalmar nosso choro,A minorar nossa dor.

Nossa mãe tudo merece!Esteja entre nós ou no Céu,Mostremos-lhe o nosso amorCom um gesto de ternura,Uma oração, uma flor…

TRES HSTÓRIAS COM RESULTADO FELIZ

LIVRO A LIVRO

MADRE de misericordia

Ana Maria Ramos

Manuel Machado

Em toda a parte se reza, canta e medita sobre a vida de Nossa Senhora, neste mês de es-pecial devoção a Maria, nossa Mãe e Mãe de Jesus. Este pequeno livro, escrito em espanhol, é um contributo para o melhor aproveitamento deste maio, dedicado à Virgem Maria. A leitura breve, para cada dia, é repartida por um pequeno texto extraído da Bíblia, por um comentário a ele alusivo, e uma oração. Quer os comentários quer as orações vêm identificados e remon-tam a épocas bem antigas, o que aumentou a nossa admiração.

Assim, para o dia 7- saída provável do BIP- lemos na página 20 com o título MARIA, ARCA DA NOVA ALIANÇA, um texto retirado do Livro 2 de Samuel acompanhado de comentário, do século IX, onde lemos que a arca de Israel era de madeira revestida de ouro; o ouro e a madeira simbolizando a união da divindade com a humanidade. A arca revestida de ouro por dentro e por fora simboliza Maria, a santa mãe de Deus: o ouro no exterior significava a pureza de Maria; o ouro no interior assinalava o Espírito Santo que devia habitar por completo na sua intimidade.

E na Oração, de Aclamação da Liturgia bizantina, rezamos: “Todos, como templo vivo, te cantamos hinos … Salve, a maior Santa dos Santos. Salve, arca

dourada pelo Espírito. Salve, tesouro inesgotável de vida…” Ainda, neste livrinho, podemos meditar sobre Maria como Mãe de Misericórdia com pala-

vras do Papa Francisco, retiradas Da Misericordiae Vultus – Ninguém, como Maria, conheceu a profundidade do mistério de Deus feito homem. Na sua vida, tudo foi plasmado pela presença da misericórdia feita carne. A Mãe do Crucificado Ressuscitado entrou no santuário da misericórdia divina, porque participou intimamente no mistério do seu amor…

Rezemos a Nossa Senhora para nunca se cansar, de voltar para todos nós, seus olhos de misericórdia e nos faça dignos de contemplar o rosto da misericórdia que é seu Filho Jesus!

Pelos ensinamentos que delas advém, vou partilhar com os meus prezados leitores três histórias de resultado muito feliz:

1ª.História: A esposa ia tentando, mas parecia não ter jeito para a cozinha. Não havia refeição em que marido e filhos não protestassem. Um dia pediu ajuda as amigas; aprendeu uns truques e fez um petisco. Marido e filhos comeram sem dizer nada. Ela desanimou e voltou ao desleixo antigo.

2a. História: O marido gostava de fazer trabalhos ligeirinhos há em casa, mas quando pintava as paredes escorriam-lhe algumas gotas de tinta para o chão que, com a pressa, 0 não protegia suficientemente. A esposa reclamava e não parava de o repreender. Um dia ele encheu-se de brios e fez tudo "nos conformes"; nem uma gota de tinta no chão. Todavia, ninguém reparou. Desanimou e voltou ao sistema antigo. Ao fim e ao cabo, se se esforçasse, ninguém reconheceria 0 seu mérito!

3ª História: O filho mais velho não tinha jeito para os números. Era mau em mate-mática. O pai dizia: «É de família; eu nunca atinei com contas». A mãe perguntava: «Para que é que ele precisa disso, se vai para trolha?». O tio comentava: «A cabecinha dele não dá para mais. É burro como 0 pai e como 0 avô. Mas para ser trolha não é preciso saber muito dessas coisas da escola. Preciso é ter "cabedal" e "mãozinhas?».

Mas um dia a professora de matemática convenceu 0 menino a ir até à sala de estudos de escola e pedir ao professor que lá estivesse que 0 ajudasse a organizar 0 caderno diário e a melhorar o seu método de estudo. Quando ele ia começar a fazer as contas, 0 professor perguntou-lhe: «Já leste bem 0 problema?»

-«Mais ou menos». -“E então, o que percebeste»? -«Ora lê lá outra vez». O rapaz leu com mais atenção e começou a achar que não era tão burrinho como

0 pintavam. Esmerou-se, seguiu os conselhos do professor e teve um "Satisfaz" no teste de matemática, 0 primeiro da sua vida! ..

Chegou a casa muito feliz, mostrando a todos a sua vitória. Pai e mãe ficaram or-gulhosos do seu filho, que, afinal, não era tão aselha como diziam, e perguntaram-lhe:

- «Como conseguiste este resultado?» . O filho, já mais animado porque, finalmente, os pais repararam nele, respondeu: «Foi

com ajuda dos meus professores», Desde aí os pais perceberam que burros burros só os de quatro patas, e cada qual começou elogiar o cozinhado da

mãe, o desenho do filho mais novo, o "satisfaz" do filho mais velho, e a pinturas das portas e das paredes que 0 pai fazia com tanto esmero.

Salvou-se a família!...

Contactos:917373873 - 229482390 229448287 - 229486634 - 969037943 966427043 - 229416209 - 965450809 962384918 - 938086881 229482390 - 914621341 - 914874641 - 229411492 - 910839619

www.paroquiadamaia.net; - [email protected] - Navegue

Maria Luísa e José Carlos Teixeira; Jorge Lopes; Lídia Mendes; Fernando Jorge; Regina; Júlia Sousa; José Sousa; P. Domingos Jorge

E.P.P.F

FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA. A Equipa Paroquial da Pastoral Familiar preparou o Dia Diocesano da Família. Da Paróquia foram

alguns Casais. A Celebração foi extraordinária. Este Ano teve a Presença da Imagem de Nossa Senhora de Fátima - A Virgem Peregrina que trouxe encanto e bênção. Toda a beleza fica alojada no coração e lá o decora e depois faz falar, pois a "boca fala da abundância do coração". Para dizer algo de bom é preciso que isso esteja no coração. A vida de todo o casal é um hoje permanente de experiânci da amor de Deus e que se concretiza na Família de cada um e na Paróquia que é a grande família.

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EQUIPA PAROQUIAL DE PASTORAL FAMILIAR

ExCERTOS DA HOMILIA DO SR. BISPO NO DIA DIOCESANO DA FAMíLIA (para recordar)1.“A alegria do amor que se vive nas famílias é também o júbilo

da Igreja”(AL 1), começa assim a recente Exortação Apostólica do Papa Francisco, que resultou da reflexão dos dois sínodos sobre a Família, e que tem este belo nome: A Alegria do Amor.

Neste quinto domingo de Páscoa, vivido na Igreja do Porto como Dia Diocesano da Família, vemos reunidas, à volta do altar da eucaristia, tantas famílias felizes que vêm celebrar, com acrescida alegria e redobrada gratidão, neste Ano Santo da Misericórdia, o jubileu de 10, 25, 50 ou 60 anos de matrimónio. São 1320 casais, provenientes de toda a Diocese, a celebrar a alegria e o amor, que por esta eucaristia se faz júbilo e gratidão de toda a Igreja do Porto. Sede bem vindos, caríssimos casais!

Trazeis convosco a “alegria do amor” acolhido, celebrado e vivido como dom de Deus. Acompanham-vos os vossos filhos e netos, frutos abençoados do vosso amor. Vós transformais, assim, este emblemático Palácio de Cristal da nossa Cidade em santuário de oração a Deus, para que, a partir daqui, cada uma das vossas casas seja cada vez mais santuário da família.

Celebramos este dia, por abençoada coincidência, na presença da Imagem Peregrina da Senhora de Fátima, Mulher de alegria e Mãe de misericórdia, em visita à nossa Diocese. Quantas vezes, ao longo do vosso caminho aqui celebrado em júbilo, a Mãe de Jesus velou por vós com o mesmo olhar e igual solicitude das Bodas de Caná, intercedendo junto de Jesus, seu Filho, para que nunca faltasse o “vinho” da alegria e da felicidade à mesa do vosso lar!...

A vossa fidelidade e a vossa alegria, caríssimos casais, é verda-deira escola de santidade na família e testemunho de compromisso

pastoral nas comunidades cristãs a que pertenceis. Transmiti, assim, aos vossos filhos este impressionante e inesquecível exemplo de famílias felizes! Este é um dos melhores tesouros que lhes ofereceis como herança!...

Que ‘Maria, Mãe e educadora de Jesus’, esteja sempre presente no vosso coração e no vosso lar e vos ajude a viver ‘A alegria do amor’, dom de Deus derramado no coração de cada uma das vossas famílias e no coração da Igreja e do Mundo.

Porto, Palácio de Cristal, 24 de abril de 2016António, Bispo do Porto

EUTANáSIA

Nota Pastoral do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa

«Eutanásia: o que está em causa? Contributos para um diálogo sereno e humanizador»1.As questões ligadas à legalização da eutanásia e do suicídio assistido estão em discussão na Assembleia da República e na socie-

dade. Como contributo para esse debate, que desejamos seja em diálogo sereno e humanizador, surge esta Nota Pastoral do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa sobre o que verdadeiramente está em causa[1].

2.Por eutanásia, deve entender-se «uma ação ou omissão que, por sua natureza e nas intenções, provoca a morte com o objetivo de eliminar o sofrimento»[2]. A ela se pode equiparar o suicídio assistido, isto é, o ato pelo qual não se causa diretamente a morte de outrem, mas se presta auxílio para que essa pessoa ponha termo à sua própria vida.

Distinta da eutanásia é a decisão de renunciar à chamada obstinação terapêutica[3], ou seja, «a certas intervenções médicas já ina-dequadas à situação real do doente, porque não proporcionadas aos resultados que se poderiam esperar ou ainda porque demasiado gravosas para ele e para a sua família»[4]. «A renúncia a meios extraordinários ou desproporcionados não equivale ao suicídio ou à eutanásia; exprime, antes, a aceitação da condição humana perante a morte»[5]. É, pois, bem diferente matar e aceitar a morte. Quer a eutanásia, quer a obstinação terapêutica, constituem uma ingerência humana antinatural nesse momento-limite que é a morte: a primeira antecipa esse momento, a segunda prolonga-o de forma artificialmente inútil e penosa.

3.De forma sintética, podemos dizer que subjacente à legalização da eutanásia e do suicídio assistido está a pretensão de redefinir tomadas de consciência éticas e jurídicas ancestrais relativas ao respeito e à sacralidade da vida humana. Pretende-se que o mandamento de que nunca é lícito matar uma pessoa humana inocente (“Não matarás”) seja substituído por um outro, que só torna ilícito o ato de matar quando o visado quer viver. Consequentemente, intenta-se que a norma segundo a qual a vida humana é sempre merecedora de proteção, porque um bem em si mesma e porque dotada de dignidade em qualquer circunstância, seja substituída por um outro critério, segundo o qual a dignidade e valor da vida humana podem variar e podem perder-se. Ora, na nossa conceção, isto é inaceitável.

Continua no próximo número

Maria Luisa C. M. Teixeira

SENHOR, MEU DEUS, COMO TU ÉS GRANDE!Como canta o salmista, (Salmo 103) assim é o meu anseio:«Bendiz, o minha alma, o Senhor,e todo o meu ser louve o seu nome santo.Bendiz, ó minha alma, o Senhore não esqueças nenhum dos seus benefícios» Tantas foram as maravilhas do Senhor que tive a gra-

ça de vivenciar nestes últimos quinze dias! Conforme havia sido anunciado, participei no Encontro de Experiência de Deus de 15 a 20 de Abril, organizado pela coordenação local das Oficinas de Oração e Vida no Seminário dos Mis-sionários Combonianos.

Foram uns dias de Deus e para Deus, em silêncio, refle-xão, oração e paz. È um tempo favorável ao encontro em intimidade com Deus, muito importante para todo aquele que deseja crescer na vida espiritual e na descoberta da Presença viva e vivificante do Senhor, em si. Todos os que participaram no encontro deram testemunhos, na Eucaris-tia de encerramento e ação de graças, muito ricos e alguns emocionantes que a todos uniu num abraço fraterno de grande alegria e comunhão de louvor ao Senhor pelas Suas grandes e admiráveis obras.

No primeiro dia de regresso a casa, sentia como se esti-vesse a descer do céu á terra, por já não poder permanecer naquela paz, e dias simples despojados de tudo o que me enche a vida no turbilhão da rotina do dia-a-dia. Até o gesto habitual de ligar a televisão foi um aborrecimento que se antecipou no meu pensamento por saber que tudo como de costume voltava a entrar pela casa dentro e que com frequência me incomoda a cabeça e retira a paz do espírito.

Como diz ainda o Salmista no mesmo Salmo, também eu direi daqueles dias: «É Ele quem cumula de bens a minha existência e me rejuvenesce como a águia»

No domingo, 24 de Abril, outra maravilha que saboreei nos “ assuntos “ de Deus: A celebração do Dia Diocesa-

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no da Familial, no Palácio de Cristal. Mais de 1300 casais festejaram os seus 10, 25, 50 ou 60 anos de matrimónio. Foi motivo de grandes graças ao Senhor.

E de novo: Bendiz, ó mi-nha alma o Senhor… pelo marav i lhoso acontecimen-to histórico e inesquecí-vel da visita da Imagem Pe r e g r i n a de Nossa S e n h o r a de Fátima com chegada á nossa ter-ra da Maia no dia 28 e par-tida na manhã do dia 29. A procissão de velas foi uma manifestação pública de fé grandiosa e emocionante pela multidão imensa que caminhou acompanhando a nossa Mãe do Céu. A Igreja de Nossa Senhora da Maia tornou-se de-masiado pequena para acolher os milhares de pessoas que

se deslocaram como que numa onda gigante de luz desde o Santuário do Bom Despacho até lá

Não adores mais que a Deus… Não escutes mais que a Deus…Não contemples mais que a Deus …porque só Ele te pode saciar. Cantamos, assim, na hora de adoração ao Santíssimo Sacramento das 4 às 5horas da manhã. È um cântico tão simples, mas na verdade, naquela noite foi perfei-to e suficiente para traduzir tudo, pois só Deus era O mais importante e O que preenchia a alma de total felicidade.

A minha gratidão, também, às catequistas do primei-ro ano de catequese, pela sua dedicação e extraordinário trabalho de que me apercebi na celebração da Eucaristia animada pela festa desse ano de catequese, a Festa da Fa-mília, no sábado dia 30.Foi encantadora a vivacidade com que os meninos e meninas participaram naquela celebração.

VIRGEM PEREGRINA NA MAIA - 28/29 de Abril de 2016

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D. Manuel Martins acolheu, junto do Santuário, a Imagem de Nossa Senhora de Fátima , a Virgem Peregria, e o cortejo da pequena multidão, que A tinha recebido,vindo Ela da Universidade Católica, junto da Capela do Senhor dos Passos e com Ela processionasl-mente caminhou até ao Santuário.

D. Manuel encantou com as suas palvaras que saíram do coração. Convidou-nos a louvar e a seguir Maria. Pelas belas palavras não deixou ninguém insensível ou sentir-se á margem do que estava a acontecer.

No fim a Imagem entrou no Santuário onde foi aguardando todos quantos quiserem, individualmente ou em grupo louvá--La e falar com Ela.E, na tarde acolheu, já no adro, os grupos da Catequese.

NA DESPEDIDA DA VIRGEM PEREGRINA 29/04

Presidiu à Oração do Laudes o Sr. D. António Francisco.Dele ouvimos:"... Viemos aqui a esta Igreja de Nossa Senhora da Maia onde

se congregaram todas as Comunidades Paroquiais da Maia para olharmos para a Mãe da Igreja, de Jesus e nossa Mãe.

Aqui rezamos um cântico de louvor ao Senhor depois de uma longa e bela jornada que reuniu multidões ao longo do dia de ontem para acolher na presença da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima a mensagem que ela nos quis mostrar, e aos Pastorinhos deixou-a, à quase cem anos, em que repetidamente e renovadamente vai transmitindo a todo o mundo. ...

Quero agradecer a Deus esta presença que nos uniu e reuniu, que nos congregou e nos envia em missão...

A Imagem vai partir, mas a Mãe fica e com Ela fica a ternura do seu olhar, do seu coração e fica o seu convite à Conversão.

Agradeço-vos de novo a todos com a alegria de nos encon-trarmos esta manhã. Agradeço-vos esta longa e bela jornada, que começou ontem ainda cedo, que se perlongou pela noite, com a Procissão das Velas, celebração festiva da Eucaristia e pelas vigílias da noite, que trouxeram a esta Igreja Matriz da Maia, que se tornou Santuário da Mãe para que o seja hoje, sempre e para sempre...

Obrigado, ò Mãe, obrigado amado povo da Maia. Que Deus vos abençoe e que Nossa Senhora por todos interceda, hoje, sempre e para sempre. ..." António Francisco, Bispo do Porto

8 ▪ s. miguel da maia

Pela terceira vez em 4 anos, o GAM (Grupo de Acólitos da Maia) voltou a tomar parte na PNA (Peregrinação Nacional de Acólitos), realizada em Fátima, no passado dia 30/Abril, com a organiza-ção e apoio do SNA (Serviço Nacional de Acólitos) e do Secretariado Nacional da Liturgia. Para os mais atentos, esta Peregrinação, que neste Ano atingiu a sua 20ª Edição, decorreu neste dia (e não no dia 01/Maio), de forma a não coincidir exatamente com o Dia da Mãe.

Desta forma, 16 dos Acólitos deste Grupo, juntamente com alguns dos seus familiares que nos têm acompanhado tipicamente neste dia, marcaram presença pelas 06:30 deste dia, para, bem ce-dinho, iniciarmos a viagem até ao nosso destino. Da vivência deste dia, destacam-se essencialmente 3 momentos principais, nomeadamente:

1) Oração Inicial, apenas do nosso Grupo, no Centro Catequético de Fátima, tendo cada elemento recebido, no final da mesma, de forma simbólica, uma t-shirt identificativa a envergar neste dia;

2) Eucaristia Solene, no recinto do Santuário, para todos os grupos de acólitos do país par-ticipantes nesta Peregrinação, terminada com o cântico do Hino do Acólito, o qual nunca deixa nenhum dos presentes indiferente;

3) Almoço do Grupo no Centro Catequético de Fátima, precedido igualmente por um pe-queno cântico e oração de ação de graças;

4) Participação no momento de Animação e Convívio para todos os Grupos presentes, promovido pelo SNA.

Num dia certamente diferente, e a título pessoal, marcou-me sobretudo o momento inicial de Oração, realizado na Capela do Centro Catequético. Deus sabe como, em semana de visita da Vir-

gem Peregrina à nossa Vigararia, foi difícil poder prepará-lo. Chegando a questionar-me se aquele esforço iria realmente valer a pena, tal era já o cansaço acumulado de uma semana de trabalho particularmente exigente. Mas fiel ao compromisso que tinha assumido, não perdi a determinação em escrevê-lo e prepará-lo o melhor que o meu discernimento e capacidade permitiam. Agora, olhando para trás, sinto, sem dúvida, que valeu a pena. E sinto que o Espírito San-to fez o resto, e habitou em mim para a sua concretização. Enquanto Catequista, “martela-me” muitas vezes a meta principal da Catequese, várias vezes referida em momentos formativos proporcionados pelo SDEC (Secretariado Diocesano para a Educação Cristã) do Porto: “Co-

locar o catequizando não só em contacto, mas em comunhão e intimidade com Jesus”. E naqueles sensivelmente 40 minutos de oração, senti essa comunhão e intimidade com Jesus, por parte de vários participantes, como provavelmente ainda não tinha vivenciado até aqui. Porque Jesus, quando realmente nos fala, toca bem lá dentro do interior de cada um, proporcionando às vezes momen-tos extraordinários de comunhão. Claro que toca a todos de forma diferente, individualmente, e com maior ou menor intensidade, dependendo também da maturidade e estágios de desenvolvimento de Fé de cada um. Pois é bom sa-lientar o alargado espectro de idades presentes, desde os 11 anos de idade, o que naturalmente implica algum cuidado na preparação de momentos como este. Para que, mesmo que não tocando a todos da mesma forma, a mensagem não deixe de ser transmitida e interiorizada. Em jeito de conclusão, partilho aqui uma pequena oração que nos acompanhou na vivência deste dia. Uma oração também ela escrita para este dia, inspirada num cântico que, de forma particular, a mim me diz bastante:

PNA 2016

João BessaContinua na Pág. nº 11

RÚBRICA “OBJETOS LITÚRGICOS”: SANGUíNEO

Depois da pala, do corporal e da respetiva bolsa, continuamos com as alfaias (pequenos panos e objetos encapados com tecido que se usam junto aos vasos sagrados). Nesta edição, falaremos do sanguíneo.

O sanguíneo é também conhecido por purificatório. Caracteriza-se como sendo um tecido de linho retangular, de cerca de 30 centímetros, utilizado pelo sacerdote para limpar o cálice e, se necessário, a boca e os dedos.

Este, colocado tipicamente junto ao cálice, é usado para evitar que alguma partícula se perca e ainda para limpar/enxugar os restantes vasos sagrados, também conhecidos como píxides, e as patenas.

GAM – Grupo de Acólitos da Maia

“Jesus, eu venho, eu confesso.E inclinando-me para ti, eu encontro o meu descanso.Sem ti, mais não sou do que um conjunto de pedaços,Tu és o único que guia o meu coração.

Jesus, eu preciso de ti,Preciso mesmo de ti em cada momento.Tu és o meu protetor, quem me confere segurança.Jesus eu preciso mesmo de Ti.

Mesmo quando as minhas falhas são grandes,A tua graça é ainda e sempre maior.Onde essa graça é encontrada, é onde Tu estás.E quando estás comigo, eu torno-me livre.

Então, ensina-me a elevar a minha oração até Ti,Para quando a tentação me surgir no caminho,Tu me poderes suportar e acolher.Pois Tu és a minha esperança e suporte.”

s. miguel da maia ▪ 9

UM CORAÇÃO BONDOSO PARA COM TODOS

Neste Ano Santo da Misericórdia vemo-nos confrontados com o drama humano de milhares de refugiados e migrantes que fogem da guerra e ba-tem às portas da Europa. É um drama de dimensões gigantescas ao qual não podemos ficar indiferentes.

Para reflectir sobre esta situação, os missionários combonianos da Eu-ropa organizaram um Convénio que decorreu em Limone, terra natal de São Daniel Comboni, nas margens do Lago Garda, Itália, de 29 de março a 2 de abril. Durante vários dias, cerca de 40 combonianos a trabalhar em vários países da Europa reflectiram sobre este tema para ver o que nós, como Família Comboniana, devemos fazer concreta-mente perante esta situação dramática que afeta toda a Europa.

Qual a reação perante o fenómeno das migrações? Infelizmente, na socie-dade europeia, a reação é negativa par-te das pessoas em geral. Por um lado, os países europeus estão mais empenha-dos em levantar muros para impedir a chegada dessa gente que foge da morte, do que em acabar com a venda de ar-

P. Dário Balula Chaves, mccj Missionário Comboniano

mas e com as guerras que são a causa desses problemas. Por outro lado, na nossa sociedade em geral, há cada vez mais preconceitos e atitudes negativas em relação aos estrangeiros. Embora se compreenda que as pessoas possam ter um certo medo, o pior é que são os próprios meios de comunicação so-cial a fazerem eco desses receios e a fomentarem esses preconceitos, apre-sentando os estrangeiros e migrantes como sendo perigosos e como uma ameaça para o nosso modo de vida.

Como Família Comboniana, nós não alinhamos com esse tipo de men-talidade que não tem nada a ver com os valores do evangelho. O documen-to aprovado pelos membros da Famí-lia Comboniana, que participaram no encontro de Limone, diz claramente: “Queremos reafirmar a nossa solida-riedade ao lado dos nossos irmãos e irmãs que chegam até nós fugindo de guerras, perseguições, ditaduras e cri-ses ambientais. Desejamos também su-blinhar que a abertura ao outro, na sua diversidade cultural e religiosa, é uma ocasião de crescimento que enriquece

a nossa identidade de seres humanos e cristãos. Refugiados e migrantes têm que ser tratados como irmãos e irmãs e vistos como uma oportunidade para construir uma sociedade mais plural e para reforçar o diálogo inter-religioso.” Os migrantes não são uma ameaça; pelo contrário, são uma ocasião para mostrar a nossa solidariedade. Acolher faz bem à Europa em todos os senti-dos.

Neste Ano Santo, Jesus convida--nos, mais do que nunca, a pormos em prática as obras da misericórdia: “Vinde, benditos de meu Pai... Era refu-giado e me acolhestes”. A festa do Co-ração de Jesus, que se celebra no mês de junho, tem um significado especial para a Família Comboniana. Foi aquele coração cheio de amor que inspirou S. Daniel Comboni a dar a vida pela evangelização da África. Que o Cora-ção de Jesus nos inspire também a nós a sermos bondosos para com todos como o Pai é bondoso para connosco e a lutarmos por um mundo mais justo.

RETIRO: UM TEMPO DE GRAÇA

P. Dário Balula Chaves, mccj Missionário Comboniano

De 11 a 13 de março realizou-se um retiro missionário na casa dos Mis-sionários Combonianos na Maia em que participaram cerca de 40 colaboradores, vindos de várias paróquias da diocese do Porto e alguns vindos de Vila Nova de Fa-malicão. O retiro foi orientado pelo P. Dá-rio da Maia e P. Tavares de V. N. de Famali-cão. Os membros do Cenáculo de Águas Santas também ajudaram na preparação da Via-Sacra e dos momentos de oração. O tema do retiro foi “Misericórdia e Re-conciliação” para nos ajudar a aprofundar a nossa fé durante este Ano Santo que es-tamos a celebrar.

Houve momentos muito bonitos de reflexão e de partilha que encheram o nosso coração de de alegria e de fer-vor missionário e nos deram muita força para continuarmos a ser mensageiros da boa nova de Jesus entre as pessoas com quem vivemos e nas nossas paróquias. Descobrimos que fé cristã não pode ser algo que fazemos por hábito e por rotina e sem grande convicção, mas que deve ser, acima de tudo, uma relação pessoal de profunda amizade com Jesus. Bastante tempo foi dado à celebração do sacra-mento da reconciliação em que pudemos sentir no nosso coração a alegria de ser-mos amados por Deus e de receber o perdão. Neste Ano Santo da Misericórdia corre-se o risco de falar muito sobre esse tema, mas deixar ficar tudo na mesma. Reconciliação quer dizer, em poucas pa-lavras, fazer as pazes. Vamos todos pedir ao Senhor que nos dê a graça de sermos capazes de mudar e de fazer as pazes com nós próprios, com os outros e com Deus.

O retiro é um tempo de graça e de encontro com nós próprios e com Deus. Não é tempo perdido, antes pelo con-

trário. Aqui fica o apelo para que muitos outros amigos e colaboradores possam participar.

O meu coração palpita de tantas emoções. A Nossa Senhora peregrina de Fatíma veio visitar-nos á Maia, foi um momento de grande emoção, provalvelmente a oportunidade única de contem-plar a imagem peregrina em visita á nossa terra em toda a nossa vida, e como não chegasse nesta mesma semana a minha esposa foi para a casa de São Paulo em Cortegaça, não á nada melhor na vida do que fazermos o que mais gostamos acompanhados de quem amamos, e este mundo de Deus até parece mais branco e puro tudo se torna mais leve. Aqui deixo o testemunho dela para compreender a minha alegria, agora o caminho irá ser muito mais agradavél tudo combina.

"Eu Paula Novais, quando foi iniciar o meu cursilho na casa de São Paulo em Cortegaça, pensei cá para mim quando lá cheguei,

Conceição Dores de Castro

José Carlos Niovais

onde estou? O que vou fazer? Acreditem estava com algum receio e até um bocado de medo, quando entrei na casa do Senhor, tive uma voz que me disse baixinho, « Não tenhas medo isto vai-te fazer muito bem». O tempo foi passando e uma coisa vos digo comecei a ter outra reação perante a presença do Senhor, tive mais fé, coragem, alegria e humildade. Este Curssilho para mim foi vivido com muita aprendizagem, fortaleceu a minha fé, aprendi a conviver mais em grupo e a viver em comunidade e a sentir Jesus Cristo mais perto de mim. Valeu a pena ter passado por esta esperiência, o que trago deste cursilho é o meu coração mais aberto e com Deus, levo mais fé comigo propria e coragem para seguir em frente. Obrigado meu Senhor por me teres chamado." OBRIGADO SENHOR POR TUDO

A MINHA ALEGRIA

AMAR-TE, ASSIM…

10 ▪ s. miguel da maia

“Já passamos por muito juntos…” É um chavão muito comum, que pronunciamos muitas vezes e que nos parece ser verdade. E é!

Depois de uma vida vivida a dois ao longo de vinte e quatro anos já podemos fazer um pequeno balanço. Muitas alegrias, muitos desalentos, alguns sofrimentos. Muitas ansiedades, muitas expectativas vencidas, outras logradas. Muitos projetos sonhados, alguns concreti-zados, outros em espera, alguns abandonados.

Mas sempre, sempre juntos, “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença.” Somos suporte um do outro. Um gesto, um olhar e não é preciso mais nada. Sabemos um do outro, sabemos um pelo outro. Entendemo-nos no silêncio, entendemo-nos perto ou longe. Interesses comuns, gostos díspares mas convergentes. “Olhamos um para o outro” e “olhamos juntos na mesma direção”. Remamos contra a maré, navegamos à bolina, sempre sem naufragar. Traçamos o norte

com a nossa bússola, orientamo-nos pelas estrelas do nosso céu.A frescura, o entusiasmo, a vontade de abrir caminho juntos, de

construir um futuro risonho, continuam hoje a ser vontade como há vinte e quatro anos. Mas, hoje temos uma “vantagem” acrescida que não tínhamos há tanto tempo atrás e pela qual continuamos a lutar. Temos um rebento fruto de todo o nosso amor. Sonhado, desejado e amado por nós. É a nossa luz, é a nossa vida, é a nossa alegria.

Porque vinte e quatro anos não são vinte e quatro dias, deixo uma pequena lembrança deste vinte e quatro de maio, para o meu Jorge, é que a alma portuguesa é alma de gente poeta:

“E é amar-te, assim, perdidamente...É seres alma e sangue e vida em mimE dize-lo cantando a toda a gente!”

A IMAGEM PEREGRINA DA SENHORA DO ROSáRIO DE FáTIMA PASSOU PELA MAIAA imagem de Nossa Senhora de Fátima foi acolhida na cidade

da Maia, junto à Capela do encontro do Senhor dos Passos, no passado dia 28 de Abril, num ambiente de grande emoção, pelos muitos devotos que ali a esperavam.

Esta imagem, Obra de Arte Sacra Portuguesa, é inequivocamente um dos mais importantes ícones marianos do catolicismo contemporâneo.

Convém que se tenha consciência que esta é a imagem da ternamente designada por Senhora do Rosário de Fátima, que os peregrinos e devotos avistam enquanto rezam o Terço e se quedam em oração, na Capelinha das Aparições, onde a imagem recebeu o título de vera-efígie de Nossa Senhora de Fátima.

Além da dimensão simbólica intrínseca à representação ima-gética da Mãe de Deus, acrescem outros significados simbólicos, de entre os quais destaco a coroação da escultura original, que não esta réplica peregrina, por um legado pontifício, bem como os marcantes momentos de oração privada e pública dos diferentes Papas, precisamente junto á Imagem da Senhora de Branco relu-zente como o Sol.

Não posso deixar de invocar igualmente os milhares e milhares de peregrinos que já se abeiraram da imagem da Senhora do Rosário, numa íntima relação filial, para pedirem a interceção da Virgem Mãe, em circunstâncias particulares das suas vidas cujo aconchego espiritual só eles e o Criador conhecerão.

O Papa Pio XII, ciente desta relação íntima dos devotos da Se-nhora do Rosário de Fátima considerou-a “taumaturga”, quer dizer, dotada da capacidade de realizar maravilhas miraculosas.

A imagem original, que inspirou fielmente a que esteve na Maia em peregrinação, foi coroada em 1946, com o contributo das mu-lheres portuguesas. Entretanto, a coroa da Rainha da Paz recebeu em 1989, um objeto simbólico, concretamente, a bala que atingiu o Papa João Paulo II, no dia 13 de Maio de 1981.

Para os crentes de toda a comunidade concelhia da Maia, a presença entre nós, desta imagem plena de significado, é o signo que nos remete para uma dimensão que transcende a visibilidade das coisas terrenas.

Para mim que sou devoto de Nossa Senhora de Fátima, par-tilhar a alegria de viver em comunidade a visita desta imagem, é sentir que o poder da oração, que a Senhora do Rosário pediu nas suas aparições aos pastorinhos, para que a Humanidade nunca esquecesse, é caminho para a Paz.

Nestas nossas terras de dedicação a Santa Maria, Senhora da Maia, esta passagem da imagem da Virgem Peregrina, além do sentido espiritual que a comunidade Católica lhe atribui, reveste-se também de valor histórico-cultural, considerando que se inscreverá na nossa memória coletiva.

Sei bem que o afeto que os devotos da Senhora do Rosário de Fátima nutrem por esta imagem, enquanto signo, quer dizer sinal, que nos remete para o significado espiritual, desta representação singular da Virgem Maria, escapa à compreensão dos séticos e dos não crentes, cuja opinião muito respeito, mas que só me faz acre-ditar ainda mais na importância da peregrinação desta imagem e da sua curta estada entre nós.

Emocionante foi a procissão das velas que se realizou ao início da noite na qual participaram milhares de maiatos, compenetrados na oração e entoando câmticos Marianos num extraordinário coro que em uníssono ergueu a voz de uma Maia toda ela Mariana.

Ao longo de toda a noite, a Igreja de Nossa Senhora da Maia permaneceu aberta em oração, pontuando a noite com diversos momentos de meditação e contemplação da imagem.

Na despedida da Senhora de Branco, novamente uma pequena multidão, ali estava para se despedir daquela imagem que aviva no es-pírito de quem a vê, a devoção pela Virgem Maria aparecida em Fátima.

Comunidade, na expressão do seu mais genuíno sentido de pertença e de identidade, foi o que aconteceu na Maia, em todos estes momentos memoráveis. Aqueles milhares de pessoas estavam ali irmanadas por um sentimento em comum, não apenas para ve-nerar a Senhora do Rosário de Fátima, mas também e muito pela sua devoção filial à Mãe do Céu e Rainha da Paz.

Os representantes do povo da MaiaO Estado, que na sua dimensão local se afirma pelo poder au-

tárquico, é laico. Enquanto cidadão democrata por funda convicção, sou o primeiro a subscrever a laicidade do Estado e a Liberdade religiosa.

Contudo, a laicidade do Estado e das suas instituições democráticas não implica que os titulares dos cargos públicos tenham de abdicar da profissão da sua Fé, qualquer que seja o credo.

Do mesmo modo, e a meu ver, essa condição do Estado, também não implica que numa comunidade esmagadoramente Católica, os líderes políticos não devam respeitar essa opção confessional do seu povo.

s. miguel da maia ▪ 11

PNA 2016 Continuação da Pág nº. 8

Na Peregrinação Nacional de Acó-litos de 2016, o momento que mais me tocou foi a oração da manhã no Centro Catequético de Fátima, devido à reflexão feita sobre como comunicar com Deus, que julgo ter posto todos a pensar, para

além de ter comovido alguns dos presentes. Não esqueço também, o divertimento da viagem proporcionada pelo companheirismo entre acólitos. Paulo Monteiro

Pela minha experiência da peregrinação anterior, este ano foi bastante agradável, apesar de nem toda a gente poder ter ido. Sendo que a minha parte preferida foi a Eucaristia, apesar de termos estado de pé durante todo esse tempo. Rafael Martins

Os dias da PNA são sempre uma grande surpresa! Nesta última, realizada a 30 de abril, sem dúvida que essa surpresa foi igualmente surpreendente. Apesar de o dia ter sido bom, há sempre coisas que gostamos mais e outras menos. Falando por mim, o que mais gostei foi sem dúvida a oração realizada em grupo. Foi um momento comovente, em que senti um enorme contacto com Jesus, talvez mais profundo do que sinto nos outros dias. Acho que graças a esta oração me “reconciliei” com Jesus, uma vez que tenho andado bastante longe dele! Agradeço bastante por estes momentos com este grupo, cada vez mais e melhores. Rita Sá

Considero que o melhor momento desta peregrinação foi a Eucaristia "matinal", muito provavelmente pela perceção que nos dá relativamente à dimensão do grande grupo que são os acólitos portugueses. É reconfortante sentir que existem muitos mais que fazem o mesmo que nós, e que servem o Senhor da mesma manei-ra! Diogo Pereira

O que eu gostei mais foi o momento da Animação da tarde, pois fizemos jogos divertidos. António Pereira

O que eu mais gostei foi da Eucaristia, porque foi um momento, para mim, muito especial. Mariana Ribeiro

O momento que mais me emocionou foi o momento de oração da manhã, porque percebi que já pequei muitas vezes e reconheci os meus erros. Maria Brito

O momento que mais me tocou aconteceu quando fomos rezar à capela do Centro Catequético, porque emocionou-me

muito. Fez-me pensar na minha vida, no que eu faço de mal, e o que posso melhorar. Não pensar só em mim, mas também nos outros porque há quem necessite mais de que eu... José Parreira

O que me emocionou mais hoje foi quando tivemos o momento de oração, porque foi aí que percebi os meus erros, e que devo dar mais valor ao que tenho. Inês Novais

Nesta peregrinação tão enriquecedora tive oportunidade de conhecer melhor os acólitos novos. Tivemos um momento de oração que a mim me tocou em especial, porque nestes momentos nós conseguimos falar diretamente com Jesus e desabafar com ele sobre a nossa vida. O nosso compromisso como acólitos é cada vez maior e a vontade de seguir o caminho em direção a Jesus é cada vez maior. O nosso grupo agora é identificado pelas nossas camisolas do GAM. Gostava de agradecer ao João Bessa por fazer de nós acólitos com mais vontade de servir Jesus. Tiago Maranhão

O dia 30 de abril foi um dia diferente de todos. Apesar de fa-zermos esta peregrinação todos os anos, cada ano me surpreende mais. Começando pela manhã, com um encontro com Deus em que nos tocou imenso. Também de manhã, tivemos uma Eucaristia no recinto do Santuário de Fátima com todos os acólitos do país. Era um manto branco, muito bonito. Da parte da tarde, fizemos um jogo muito engraçado também em que todos se divertiram. Não faltou animação, boa disposição nem as cantorias no autocarro.

Um bem-haja ao João pela organização deste dia maravilhoso e também a todos os participantes deste dia, desde acólitos a pais e motorista. Todos contribuíram para que este dia fosse espetacu-lar! João Soares

Foi um dia bastante emotivo, principalmente para os acólitos que o viveram. Para alguns foi uma novidade, para outros foi o reviver de uma experiência, mas, mesmo assim, notava-se no rosto de cada um a alegria em poderem, mais uma vez, participar neste dia dedicado a eles e onde podem ver que, tal como eles, outras centenas de jovens servem Jesus com o mesmo entusiasmo. Foi sensibilizante ver como os jovens acólitos viveram cada momento.

O espaço de oração, onde cada um conseguiu, à sua maneira, exprimir as emoções, e o espaço de descontração foi vivido de uma maneira muito animada. No fim do dia, regressamos a casa mais ricos e com a certeza que para o ano lá estaremos. Amélia Soares

Alguns Testemunhos de Elementos Participantes: O que mais me tocou e porquê?

A IMAGEM PEREGRINA DA SENHORA DO ROSáRIO DE FáTIMA PASSOU PELA MAIA

Devo reconhecer que me sensibilizou imenso, o posicionamento da Câmara Municipal da Maia, quer pela presença de alguns mem-bros do executivo, na receção, na procissão e na despedida da imagem da Senhora de Fátima, como pela forma como quis saudar a sua passagem pela Praça do Município, expondo na varanda principal uma tapeçaria com as armas do concelho, com algumas velas acesas e com toda a Torre Lidador iluminada.

Nessa passagem da procissão, creio que aqueles milhares e milhares de maiatos se sentiram respeitados, pelo modo digno como a sua edilidade saudou a imagem Peregrina da Senhora de Fátima.

Continuação da Pág. 10

Victor Dias

No sábado, dia 30 de Abril, os meninos do 1º ano de Catequese vieram, com as suas famílias, celebrar em Comunidade, na Eucaristia das 19h , a “Festa da Família”. É realmente no seio da família que a relação de cada criança com o amigo Jesus se foi e vai consolidando. Os catequistas ajudaram a conhecer melhor Este Jesus que ama cada menino e a sua família, de um modo especial. Mas as crianças só aprendem aquilo que vivem e, é em família, que dão os primeiros passos, e a família cresce, na Igreja, com os próprios filhos. Assim procurámos que a participação na Eucaristia fosse concretizada, por famílias: pai, mãe e filho(a). Aconteceu nas Leituras, na Oração Universal e no Ofertório Solene. No Ofertório o primeiro dom trazido ao altar, a

SAGRADA FAMÍLIA DE NAZARÉ, evidenciou a importância da “SAGRADA FAMÍLIA” como exemplo de caminho a seguir, por cada família, na educação de cada criança.

E os meninos fizeram festa com a sua alegria, com o seu canto, com as suas palmas e as suas orações. Meninos e Pais estavam felizes e a comunidade regozijou-se com o encontro dos meninos com Jesus. Os meninos louvaram a Maria como Mãe de Jesus e nossa Mãe. Louvaram também as suas mães, antecipando a celebração do “Dia da Mãe”. E as flores expressaram o carinho de cada um.

O refrão do salmo 66(67), “Louvado sejais Senhor, pelos povos de toda a Terra”, entoado com entusiasmo e ternura, deixou claro um objetivo do Ano: Ajudar a assumir atitudes de louvor, de gratidão e de amor a Deus e aos irmãos.

Obrigado a todos os que nos ajudaram a concretizar esta FESTA, incluindo o Padre Domingos.

FESTA DA FAMíLIA

Ascenção Ferreira

12 ▪ s. miguel da maia

O REINO UNIDO E A UNIÃO EUROPEIA: TEREMOS UM BRExIT?

A expressão” Brexit” ganhou foros de popularidade nos últimos tempos para expressar a possibi-lidade de saída do Reino Unido (RU) da União Europeia (UE), à semelhança do “Grexit”, que foi popularizado há meses atrás para designar a eventual saída da Gré-cia do Euro. Neste caso, porém, não se trata da saída do Euro, pois o Reino Unido nunca quis aderir à moeda única europeia, preferindo manter a sua libra estrelina.

Porquê, agora, o debate da eventual saída do Reino Unido da União Europeia? O assunto tem raízes antigas, pois os ingle-ses ainda olham para a Europa Continental pensando que estão montados no seu enorme ex-im-pério! Na verdade, nos tempos da Rainha Victória, o British Em-pire ocupava quase toda a África Oriental e Austral grande partes da Ásia, com especial destaque para a India. Talvez por isso, os in-gleses olharam sempre a Europa Continental de soslaio, conside-rando-se o centro do mundo. É célebre a anedota que se conta de um locutor da BBC, num no-ticiário da manhã que se seguiu a uma terrível noite de tempestade no Canal da Mancha dizer: “houve uma grande tempestade no Canal; o Continente está isolado”!….

Mesmo depois de perder o império, o Reino Unido foi capaz de criar uma rede de coopera-ção com as suas antigas colónias, naquilo que ainda hoje se designa de “Commonwealth”, a qual veio a inspirar a nossa conhecida CPLP (Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa). Para não per-der esse vínculo aos seus antigos territórios e por não aceitar pres-cindir de partes importantes da sua soberania, o RU não quis alinhar na criação sa Comunidade Económica Europeia (CEE) em 1957. Em vez disso, criou, 3 anos depois, com mais 10 países, incluindo Portugal, a

EFTA (European Free Trade Asso-ciation). Poucos anos depois, ainda na década de 1960, quis aderir à CEE, motivada pelo enorme suces-so desta. Porém a França, liderada pelo histórico General Charles De Gaulle, que não morria de amores pelos ingleses, vetou essa entrada. Consegui-o apenas em 1973, já de-pois da morte do General, e desde então tem liderado a sensibilidade menos entusiasta do aprofunda-mento da integração europeia.

É este lastro cultural e polí-tico que está no centro das tra-dicionais posições menos euro--entusiastas do Reino Unido que, em importantes franjas da população, evoluiu para o euro-pessimismo e eurocepticismo. Foi neste contexto que surgiu há uns anos atrás o UKIP (Partido da Independência do Reino Uni-do) que defende a saída do Reino Unido da União Europeia e que, ano após ano, tem vindo a ganhar mais apoio político. Foi, aliás, o receio de ver fugir parte do elei-torado do seu Partido Conserva-dor para o UKIP nas eleições de 2013, que levou o actual Primeiro Ministro David Cameron a pro-meter que faria um referendo à população sobre a permanência do país na U.E.).

Não é possível antever a esta distância o resultado do refe-rendo de 23 de Junho devido ao facto de as sondagens realizadas até agora darem resultados mui-to próximos entre os adeptos da permanência e os da saída. Após algum tempo de “bluff ”, David Cameron anunciou finalmente que iria fazer campanha pela con-tinuação do seu país na União, não sem antes ter conseguido negociar com Bruxelas algumas derrogações a certas políticas sociais comuns, como por exem-plo a de pagar pelo nível inglês o abono de família aos filhos dos imigrantes que tenham permane-cido nos seus países de origem.

As excepções concedidas ao Reino Unido para conseguir que o seu Primeiro-Ministro faça campanha por permanecer na U.E causaram um certo des-conforto político, especialmente por abrir um precedente que no futuro outros Estados Membros

poderão invocar para esta ou outras matérias. Em tempos de graves dificuldades económicas e sociais, esta posição de oportu-nismo político não augura nada de bom, quer o país decida sair ou ficar. As reivindicações britâ-nicas foram, porém, aceites pelos restantes parceiros europeus por ninguém querer ficar com o ónus de ter contribuído para uma eventual saída.

Quanto às consequências, também não é fácil prevê-las. Mas serão seguramente relevantes para os dois lados, ainda que, se-gundo as previsões dos especia-listas, mais graves para o Reino Unido, particularmente devido à perda para a sua economia das vantagens do acesso ao grande Mercado Único Europeu. Isto para além do trauma político in-terno, especialmente se o resulta-do for muito estreito. E há ainda a questão escocesa, já que este povo do norte da ilha, ao contrá-rio dos vizinhos ingleses do sul, sempre foi assumidamente pró--europeu. E foi precisamente a promessa de um maior compro-misso e envolvimento na União Europeia por parte do governo de Londres, que levou a maioria a decidir permanecer na Coroa Britânica, no referendo sobre a independência da Escócia realiza-do há menos de dois anos. Daí que, segundo alguns observado-res, a saída do Reino Unido da UE possa ter também como conse-quência alterar o posicionamen-to dos escoceses nesta matéria, levando a Escócia a optar pela saída do Reino Unido e a voltar a ser um país independente – que o foi, até início do Século XVIIII. E essa não será, certamente, uma questão de somenos!

Arlindo Cunha

s. miguel da maia ▪ 13

ESCUTISMO NA MAIA – 56 ANOS “POR UMA JUVENTUDE MELHOR”

A FAMíLIA, IGREJA DOMéSTICA, MISERICÓRDIA DE DEUS NO NOSSO MUNDO

A revolução começa no momento em que o cardeal arcebispo de Buenos Aires, primeiro jesuita eleito para o trono de Pedro, escolhe o seu nome:Francisco. E não escolhe esse nome em homenagem a Francisco Xavier, missionário jesuita navarro, também santo, falecido na China no século xvI. Tão pouco o faz por São

Francisco de Sales, do mesmo século xvl, bispo de Genebra, padroeiro da família salesiana, dos escritores e dos jornalistas.

Escolhe-o por Francisco de Assis, padroeiro de Assis, padroeiro de Itália, o santo dos pobres, um nome que cons-titui, por si só, um programa de governo. Nenhum Pontífice se tinha atrevido a usar o nome do poverello de Assis, que abandonou todas as suas riquezas para se entregar a Deus, ás suas criaturas e aos pobres. Como conciliar isso com o faustoso mundo do Vaticano?

"Francisco, vai reparar a minha casa, não vês que está em ruinas?"Foi o que ouviu dizer por três vezes em 1205, o jovem Francisco, filho de um rico mercador e que se encon-trava em plena busca espiritual, enquanto rezava, lavado em lágrimas, diante do crucifixo da Igreja de São Damião, nos arredores de Assis.

A 24 de Abril comemoramos mais um aniversário do Agrupamento 95-Maia. Já lá vão 56 anos desde que o Padre Pietro Albertini, Missionário Comboniano, juntou alguns rapazes e lhes foi transmitindo os Valores do Escutismo. Desde então, o Agrupamento desenvolve um Projecto Educativo, baseado no ideal Escutista, nos principios da cidadania e da fraternidade. São já 56 anos de muitos sonhos, vontades, concretizações, algumas contrariedades, mas um

Agrupamento que se orgulha da sua história.Parabéns a todos os que ao longo destes anos, deram um pouco de si a este Agrupamento. Parabéns aos que actualmente estão presentes e se entregam à missão de educadores, tendo apenas como recompensa a alegria de verem os "seus" jovens crescerem e se tornarem bons adultos, responsáveis, autónomos e

Mário Pires

MAIS DO QUE UM SINAL é UM GESTO CONCRETO

Por uma Juventude melhor, Palmira Santos

Como foi amplamente noticiado, o Papa Francisco visi-tou recentemente a ilha grega de Lesbos, uma das principais portas de entrada dos refugiados da Síria.

Convém lembrar que a primeira visita do seu pontificado, foi á ilha de Lampedusa, em Itália, onde o Papa se encontrou com os milhares de refugiados que atravessam o Mediterrâneo para chegar à “prometida” Europa.

Desta vez, o Santo Padre, além de ver com os seus próprios olhos e tocar com as mãos a realidade da desumanidade que se vive em Lesbos, quis ter um gesto concreto de acolhimento, e levou consigo para o Vaticano, 3 famílias sírias, num total de 12 pessoas, sendo que 6 delas são crianças.

Não posso deixar de sublinhar que os refugiados que o Papa levou consigo no avião, são todos muçulmanos.

Duas das famílias são oriundas da capital, Damasco e outra de Deir Ezzor, cidade Síria martirizada pela ocupação do grupo terrorista “estado islâmico”.

A missão de cuidar destas pessoas que o Papa levou para Roma, foi confiada aos jovens voluntários que servem a Igreja através da comunidade de Santo Egídio.

Na verdade, este gesto do Papa Francisco tem a sua aderência concreta a uma realidade preocupante que desas-

interventivos. Parabéns aos nossos Lobitos, Exploradores, Pioneiros e Caminheiros, que abraçam o Escutismo sem medo, com alegria e certeza que este caminho é o CAMINHO certo.

Parabéns aos Pais dos Elementos do 95 - Maia, que sabem e reconhecem o valor do Escutismo como projeto de vida que acrescenta algo mais à educação e formação dos seus filhos e sabem sempre estar presentes ao nosso lado. Parabéns para um Homem muito especial, que está neste Agrupamento desde o primeiro momento da fundação e que aqui tem estado ao longo destes 56 anos, tal como um timoneiro ao leme do barco e tal como um pai que quer o melhor para os seus filhos, o Chefe Pena!

E já agora, parabéns à Direção do Agrupamento e ao Assistente Padre Domingos, que tudo fazem para que este Agrupamento tenho um Escutismo de excelência!

Parabéns ao 95-Maia!

Jorge Bergoglio, Francisco, toma as rédeas de uma Igreja cató-lica que não está em ruinas, mas no meio de uma crise profunda.

O consumismo e o secularismo reinam em todo o mun-do - um mundo que se esqueceu do Além - e sobretudo na Europa de raizes cristãs, onde quase não há vocações e as Igrejas estão vazias.

Após o habemus Papam da noite do dia 13 de Março, os cento e quatorze cardeais e o novo Papa voltam á Domus Santa Marta para jantar.Uma limusina preta com a matrícula SCV(Stato Cittá del Vaticano) espera o Santo Padre recente eleito no páteo de S. Dâmaso.A seu lado encontram-se os autocarros. O Papa argentino, que nunca teve um automóvel com motorista na vida, não vai mudar aos 76 anos só por estar vestido de branco. Explica com um sorriso, que não, que não irá de limusina, que prefere ir com os seus "irmãos" cardeais , no autocarro.

Os vaticanistas"continuistas" dirão que se trata de um gesto cosmético. Mas não o é. como também não serão os que virão a seguir, que falam de um regresso aos fundamentos essenciais da Igreja. e também de um Papa autêntico, que continua a ser o mesmo, que está convencido de que para ser um bom pastor tem de estar com a sua grei, de ser humilde com a sua grei e de ter "cheiro a ovelha"

(Francisco, Vida e Revolução)

sossega todas as pessoas de boa vontade, todos os governos e que não pode de modo algum deixar ninguém indiferente. Com efeito, o problema daquelas 12 pessoas, agregadas nas suas 3 famílias, está por hora resolvido.

A dimensão simbólica deste gesto, de um líder religioso que é igualmente um chefe de Estado, ganha também con-cretude, na interpelação que faz às consciências, não apenas dos governantes ocidentais e de todo o Mundo, mas a todos nós, que vemos, ouvimos e lemos, logo, não podemos ignorar.

O Papa do Mundo Católico, sem reservas, sem medos, sem preconceitos religiosos, culturais ou civilizacionais, le-vou para a sede da Igreja Pessoas que não professam a sua religião. São muçulmanos, sim é verdade, mas antes disso, são pessoas. E o Papa não viu nelas qualquer ameaça, bem pelo contrário, viu uma oportunidade para testemunhar a Fé e o seu sentido de Deus, apontando ao Mundo o caminho para a solução do drama dos refugiados.

É esta desconcertante e consequente coerência da pessoa do Papa que desarma os argumentos da inércia, do calculismo securitário de certos discursos políticos, mas que também nos deixa, a nós católicos, sem palavras.

Victor Dias

"Um homem chamado Francisco"

A experiência da oração e da veneração a Maria teve, no dia 28 de abril, dia da visita da Imagem da Virgem Peregrina, à paróquia da Maia, expressão muito pessoal em gestos plenos de sentido comunitário.

As crianças da catequese da infância da vigararia tiveram a oportunidade de orar e venerar a imagem de Maria, Mãe amorosa e protetora, numa pequena cerimónia, durante a qual, cantaram, rezaram e expressaram, através da entrega de uma flor com uma oração, nela agarrada, agradecimento e súplica.

Encheram-se cestos de flores e orações. E estas orações, sentidas e sinceras, encheram também de emoção quem as ofe-receu e quem participou no momento da oração e veneração.

A oração é um encontro pessoal. Pode demorar algum tempo até percebermos isso, por isso, motivar para uma atitude orante é muito importante. As fórmulas ajudam e sustentam a estrutura da oração.

Tornar a oração um momento íntimo de encontro com Deus é um processo que requer maturidade e hábito. Tanto que, a dada altura, é algo que não se pode deixar de fazer.

Participar de um momento em comunidade alargada aju-da também a perceber que somos muitos a comungar uma mesma fé. Reforça o sentimento de pertença e acrescenta alegria aos nossos gestos. E foi com alegria que, durante a oração de um terço do rosário, as crianças foram convida-das a erguer as suas flores. Pequenos gestos de elevação, sempre em direção ao céu, no princípio que assenta a nossa fé e a nossa comunhão: Por Maria até Jesus.

E, porque Maria suscita uma alegria imensa no louvor a Deus, pela Sua maternidade, pelo Seu exemplo na família que criou, pela Sua divina bondade e humildade, pela Sua coragem e disponibilidade, as mães, das crianças do 2º ano da catequese, foram convidadas a participar na sessão de catequese especialmente dedicada a Maria e a todas as mães. Quisemos sublinhar o extraordinário da maternidade, refor-çando a inspiração que vem de Maria. Quisemos sublinhar que as mães são movidas a amor, por isso, é muito importan-te reconhecer e agradecer todo o trabalho, todas as preocu-pações, e todo o tipo de mimo que delas recebemos.

Deus Pai, agradecemos-Te o coração pleno de Amor de Maria, pois é um coração cheio de amor

A VIRGEM PEREGRINA ENTRE NÓS

14 ▪ s. miguel da maia

AJM - DAR POuSADA AOS PEREGRINOSMaio é o mês que exala o perfume das flores, da liberdade

das aves, da caminhada dos humanos, da Homenagem às Mães, das peregrinações de fé a Fátima. Nunca Maio esteve tão centra-do nos que caminham, quantas vezes sem destino, doutras fés e doutras crenças, deixando tudo e à procura de nada… Quantas vezes, esse (nada) está nas nossas mãos… Basta abri-las… Beiji-nho a todas as MÃES do mundo.

Ó! Tantos caminheiros… Quantos peregrinos-Sem pão, nem pousada e dúbios destinos.Migrantes em busca de paz e de calma-Porque a fé e a esperança lhes enche a alma.Creiam no que creem, isso pouco importa-Preciso é que haja alguém que lhes abra a porta.Caminheiros dum caminho que nunca escolheram-Ninguém foge ao destino, nem os que os acolheram.Quem não peregrina nas incertezas da vida?-Palmilhando dúvidas. Ansiando guarida.Porta aberta. Mão que colhe. Ombro de aconchego-Coração aberto. Sorriso rasgado. Afastam o medo.Tu que lá vens, ou vais para longe, perdido-Tem esperança, porque a vida faz todo o sentido.Peregrinadores de Maio têm fé, emoção e lágrima-Pela Mãe, pela Mulher e pela Senhora de Fátima.Peregrina na esperança. Tua luta não é inglória-Encontrarás alguém, com gestos de Misericórdia.Maio de 2016Grandeza de Mãe

Ela é o perfume de todas as floresO calor de todos os sóisO brilho de todas as estrelasO azul de todos os céus.

O sangue que nos corre nas veiasO alimento que me sustentaO calor que me aconchegaEnquanto estou na placenta

É o hino que nos canta ao dormirO cheiro que atrai seu coraçãoA voz que nos encaminhaPara o mau. Ou para o bom.

É parede de linhas retasPor onde trepo na verticalÉ colo para o meu choroÉ afago para o meu mal.

Mãe! É mais que tudo istoSe cumprir com seu instintoÉ menos que ser-humanoSe entrar em mau labirinto.

Mas. (Se MÃE ao lado do pai Desencaminham o nosso serNem ele se considere Homem Não ela se considere Mulher).Depois!? Quando fica doenteE ausente! Como está a minhaTransforma em recordaçãoToda a grandeza que tinha…

…Pois seu olhar ficou distanteÉ outro, o seu horizonteÉ um pouco angustiante Ver a água secar na fonte…

Quem poder beije sua MãeSe ainda a tem por aíSaúdo respeitosamenteQuem já não as tem por aqui.

-Há dias a MÃE PeregrinaPassou pela nossa cidade-Nossa Senhora de FátimaAbençoa a humanidade!)

Paula Isabel

Henrique António Carvalho

PAPA FRANCISCO OUVE JOVENS EM CONFISSÃOMais uma vez o Papa Francisco surpreende o mundo

ao confessar jovens em plena Praça de São Pedro, perto da colunata de Bernini. Na manhã do dia 23 do mês passado, o Papa Francisco participou no Programa do Jubileu da Misericórdia. Aqui estavam milhares de jovens, entre os 13 e os 16 anos de idade, estavam presentes para realizar o sacramento da reconciliação.

O Papa Francisco sentou-se frente a frente com adolescentes tal como os outros sacerdotes. Em pouco mais de uma hora ouviu confissões de 16 adolescentes. O aparecimento do Papa para este sacramento não tinha sido anunciado.

No dia seguin-te, o papa presidiu a uma eucaristia para os adoles-centes que parti-ciparam no Pro-grama do Jubileu da Misericórdia, o qual terminou no dia 25.

Deste modo, o Papa Francisco continua a entusiasmar multidões com a sua atitude humilde e aberta, sem altivez. Maria Lúcia

Côngrua ParoquialUma palavra de gratidão a todos os que já cumpri-

ram este seu dever. Se ainda não o fez pode dirigir-se aos Cartórios Paroquiais e lá entregar a sua OFERTA (Côngrua). O ficheiro Paroquial regista o que cada fa-mília ou cada um dá. Há quem nunca tenha cumprido este dever e outros deixaram de o fazer.

Um dever cumpre-se. Esta palavra de gratidão estende-se a todos os

que participaram na Visita Pascal e a todos os que abriram a porta da sua casa a Jesus Ressuscitado e pelo "folar"dado.

s. miguel da maia ▪ 15

Quem desejar fazer a sua dádiva (oferta) para o LAR DE NAZARÉ, por transferência bancária, pode fazê-lo usando o Balcão da Caixa do Crédito Agrícola (Maia), NIB 0045 1441 40240799373 19 ou entregar nos Cartórios Paroquiais. A Obra é nossa .

Após a transferência indique-nos o NIC para lhe passarmos o Recibo para apresentar na Decl. do IRS.

IGREJAS DE Nª Sª DO BOM DESPACHO E DE Nª Sª DA MAIA

E OBRAS PAROQUIAISEm Abril recebeu-se

2º Domingo- 427,61; 3º Domingo 455,80;4º Domingo(Ucránia) 623,87; 1º Domingo de Maio 739,30; Vários 416,77; 28/29-04(VP)788,95.+ 551,88 Folgosa e S. Pedro Fins(Celebração Jubilar)26,87 Cofre Santuário: (Março)S. Gonçalo e S. Francisco 0,20; Anjo da Guar-da 16,40; . Miguel e S. João 10,90; SS. Sacramento 24,35;PORTA SANTA 17,75 S.José e Menino Jesus de Praga 12,20 S.Lourençoe S.Sebastião 0,40; S. Roque,1,80; Sagrado Coração de Jesus 4,70;NªSª do Bom Despacho (Sacristia)74,70; Santuário 58,500; Santa Teresinha e Santa Bárbara 2,05; Acção Social-0,25;Santo António 34,50;Almas;23,00;Nossa Senhora de Fátima- 39,60; NªSenhora da Assunção 37,00 Cofre da Capela dos Passos: Senhor dos Passos 6,65; Senhor dos Amarrados 40,85; Nossa Senhora das Dores 8,90; Santa Eufémia e S. Frutuoso 3,85;Acção Social 6,15; Obras 5,30;

CENTRO SOCIAL E PAROQuIAL da MAIA - LAR DE NAZARÉ OFERTAS - Março

Transporte......................................................................424.352,463552 - Por Maria Joaquina Barros ..................................................15,003553 - Maria Ilídia Assunção Carvalho Teixeira..................... 100,003554 - TEATRO (ICM) + Bar 458,30 A Transportar ..............................................................573,00

PARABÉNS ao grupo de Teatro do Instituto Cultural da Maia pela representação, no Auditório do Lar de Nazaré, das peça de teatro - O INSPETOR. As palmas foram dadas com alegria . A Paróquia está grata ao Instituto Cultural da Maia, na pessoa do seu Diretor Eng.Joaquim Guedes, diz um muito obrigado ao elenco.

O LAR DE NAZARé

Tendo em conta a devoção a Nossa Senhora do Bom Despacho e a Nossa Senhora da Maia, fizemos várias peças que poderá adquirir nos cartórios das duas Igrejas:

PINS: Nossa Senhora do Bom Despacho; Nos sa senhora da Maia; S. Miguel Arcanjo.MEDALHAS : pequenas e com guarnição: NªSª do Bom Despacho Nª Senhora da Maia; S. Miguel (algumas duas faces);PORTA-CHAVES: Nª Sª do Bom Despacho; NºSª da Maia; S. Miguel (2 faces)TERÇOS: várias cores ; com a imagem de NªSª do Bom Despacho e da Maia e a Cruz da Igreja de Nossa Senhora da Maia.CATECISMO DA DOuTRINA CRISTÃBÍBLIA SAGRADAMedalhões alusivos à Dedicação; Coroação de NªSª como Padroeira do Concelho da Maia e Decreto da Declaração de Santuário Mariano, plo Senhor D. Armindo e pela Igreja.

ESTES ARTIGOS RELIGIOSOS ESTÃO á VENDA NOS CARTÓRIOS DAS NOSSAS IGREJAS.

ARTIGOS RELIGIOSOS DAS NOSSAS IGREJAS

OFERTAS - ESTáTuA DE SÃO JOÃO PAuLO IIA Transportar ...............................................................20.395,00

Quem entra no Lar de Nazaté, para ser atendido, visitar os utentes ou ver o edifício ,sai agradado pelo que viu e ouviu. Ninguém que lá entre é insensível à beleza do

edifício... "Os olhos enchem-se".A procura tem sido a um ritmo maior do que se pensava, pois

é um edifício com as portas abertas há pouco tempo.Todos conhecem a célebra frase de Fernando Pessoa: "Deus

quer, o homem sonha, a obra nasce". Com o Edifício do Lar isso aconteceu. De muuitos eu tenho

ouvido: - "Como é que isto foi possível... maravilho-me... continue... avance..."

Há gente que sintoniza, apoia, nunca se pôe à margem, mas sabe falar e diz o que tem no coração. É com gente assim que vale a pena caminhar.

A paróquia está contente com obra de tal monta. Na construção deste LAR houve verdadeiros milagres... como

o da pobre viúva do Antigo Testamento. Desde pequeno, ouço dizer esta frase: "O muito sem Deus é

pouco. O pouco com Deus é muito" É bem verdade. Isto é uma evidência. Quem algo fez pelos outros a sua memória

permanece e é sempre lembrado na oração da comunidade reunida."Quem bem faz, para si o faz. Quem mal faz, para si o faz."

(frase atribuída a S. Macário, eremita, lembrado na serra que tem o seu nome.

Todo o interessado que queira fazer parte nesta Peregrinação deve inscrever-se quanto antes.

Luís Fardilha

Pela Cidade... Nos últimos dias o ministro da

educação voltou à ribalta mediática, pondo fim a uma curta ausência. A reaparição teve a ver com o anúncio de propostas para o futuro. Embora por enquanto não sejam mais que desejos, as intenções de Tiago Bran-dão Rodrigues foram divulgadas pela imprensa como se tudo já estivesse decidido. É uma prática que se vem tornando, infelizmente, cada vez mais habitual: hipotéticos acontecimentos ou alternativas em equação nos gabi-

netes ministeriais são apresentados em títulos mais ou menos sugestivos como se fossem factos já ocorridos e confirma-dos. Só quem se dê ao trabalho de ler os textos respectivos nas páginas interiores ficará a saber que, afinal, ainda nada é definitivo e as “notícias” não passam de possibilidades…

Ainda assim, ficámos a saber que os responsáveis ac-tuais pela educação no nosso país têm o desejo de mexer profundamente na estrutura curricular dos ensinos básico e secundário, pretendendo igualmente introduzir uma nova filosofia no modo como cada direcção de agrupamento escolar gere os estabelecimentos de ensino a seu cargo. Em declarações a que não foi dado o devido relevo, o titular da pasta da educação adiantou que não existe, ainda, nenhum calendário para tornar efectivos estes planos, porque deseja que as alterações pretendidas sejam feitas de modo consensual, com a participação de todos os interessados. São palavras cautelosas e sensatas, tendo em conta a natureza e dimensão do que está em causa.

De acordo com o que foi tornado público, as alterações desejadas orientam-se num sentido que favorece a descentrali-zação, aumentando a autonomia das direcções de agrupamento, e que prevê uma diversificação do currículo, aproximando-o da realidade e das necessidades específicas de cada comunidade educativa. Segundo declarações do ministro, é desejável que cada agrupamento faça a gestão das horas lectivas de modo a criar uma identidade própria, podendo dar maior relevo a disciplinas que considere mais importantes para o público escolar que o frequenta ou, até, introduzir alguma disciplina que considere relevante, em função do meio em que esteja inserido e das exigências particulares de formação que o mercado de trabalho local imponha.

Deste modo, o currículo deverá apresentar um tronco comum obrigatório que garanta uma formação de base de âmbito nacional, mas cerca de 25% das horas lectivas serão geridas de acordo com o projecto educativo específico de cada agrupamento escolar. Poderá haver escolas que dediquem mais tempo às áreas artísticas, enquanto outras favorecerão a aprendizagem de línguas estrangeiras ou as ciências exactas. Caberá aos órgãos de direcção traçar o perfil formativo desejado e tomar as decisões indispensáveis para que seja posto em prática.

Não se põe em causa a legitimidade que têm os respon-

sáveis ministeriais para desenhar a política educativa que acreditam ser a mais adequada para o futuro do país dos seus cidadãos. Governar é optar e não podemos criticar um ministro por fazer as suas escolhas. No entanto, também temos de lembrar que tais decisões, sejam elas quais forem, irão afectar a vida de alunos, famílias e professores concretos, e terão de ser aplicadas num contexto histórico e social es-pecífico. Há um passado, mais recente ou mais longínquo, que tem de ser tido em conta, do mesmo modo que haverá um futuro que se seguirá, desejavelmente em continuidade com o que for aplicado no presente. Nenhuma equipa ministerial está em condições de criar um sistema educativo a partir do zero ou para ser aplicado a um universo abstracto, pelo que o realismo tem de imperar na actividade governativa. Não é por acaso que tantas vezes se repete que a política é “a arte do possível”…

Nestas condições, saúda-se a intenção publicamente manifestada de alcançar consensos para que seja possível aplicar as medidas desejadas. Não se trata apenas de seguir na direcção tão enfaticamente apontada pelo novo Presidente da República, mas também de reconhecer, sobretudo, que a educação é uma área da nossa vida social em que a conti-nuidade e a estabilidade das políticas são cruciais. Já basta o que se passou com os exames e as provas de aferição. Se queremos garantir o sucesso real dos alunos e preparar um futuro mais progressivo e prometedor para o nosso país, temos de saber construir consensos em torno do essencial das políticas educativas. A instabilidade e a incerteza em nada contribuem para a qualidade do sistema educativo.

As famílias e os alunos têm de conhecer com clareza e antecedência quais são os objectivos e as condições que regulam a formação oferecida pelos estabelecimentos de ensino em Portugal, sem viverem na expectativa permanente de que a cada remodelação governamental sejam alterados os fundamentos e a filosofia da política educativa. Isto não significa que o sector da educação deva viver num clima de permanente imobilismo. Pelo contrário: a cultura da avaliação tem de ser um dos seus vectores essenciais. Só que esta tem de estar claramente integrada no sistema e ocorrer em mo-mentos que estejam previstos, de modo a produzir oportuna e atempadamente os efeitos inerentes.

Não entremos em alarmismos apressados, mas espere-mos que nesta matéria seja possível acatar a recomendação recente do Presidente da República e o bom senso tenha força para conter eventuais impulsos emotivos comandados por tentações revanchistas. Se para todos é evidente que a área da saúde é um domínio em que se impõe a construção de consensos entre as diferentes forças partidárias, também os aspectos centrais da política educativa devem concitar os acordos que lhe garantam uma linha de continuidade e consistência. Embora possam não ser visíveis de imediato, os efeitos das decisões que hoje forem tomadas neste domínio não deixarão de se fazer sentir, tanto no médio como no longo prazo.

NOVOS CURRÍCULOS, CONSENSOS E ESTABILIDADE

16 ▪ s. miguel da maia

direCtor e Chefe de redaCção

P. Domingos Jorge

Colaboradores

Ana Maria RamosÂngelo Soares

António MatosArlindo CunhaCarlos CostaConceição Dores de CastroD. Manuel da Silva MartinsHenrique Carvalho

Higino CostaIdalina MeirelesJoão AidoJoão BessaJosé Carlos NovaisJosé Carlos Teixeira

José Manuel Dias CardosoLuís Sá FardilhaManuel MachadoMª Artur C. Araújo BarrosMª Fernanda Ol. RamosMaria Lúcia Dores de Castro

Mª Luísa C.M. TeixeiraMaria Teresa AlmeidaMário OliveiraP. Francisco José MachadoPalmira SantosPaula Isabel Garcia Santos

tiragem: 1.500 exemplares Impresso na Tipografia Lessa ▪ Largo Mogos, 157 - 4470 MAIA ▪ t: 229441603

t: 229448287/229414272 /229418052 ▪ fax: 229442383 ▪ e-mail: [email protected]: Padre Domingos Jorge ▪ Registo na D.G.C.S. nº 116260 ▪ Empr. Jorn./Editorial nº 216259

s. miguel da maia ▪ boletim de informação paroquial publicação mensal ▪ ProPriedade da fábriCa da igreja Paroquial da maia

www.paroquiadamaia.net

maio 2016

ano xxviinº 292

CorresPondentes

Vários (eventuais)

ComPosição

José Tomé