Ano XXVII Nº 34 Gestão Atual - Trimestral - Abril/Junho 2007 - … · A Sociedade de Oftalmologia...

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Caros colegas, A medicina, como todos os se- tores da ciência, evoluiu bastante no século XX. No caso da oftal- mologia, o surgimento de equipa- mentos para fins de diagnóstico, tratamento e correções ópticas fez uma verdadeira revolução dentro da especialidade. Para acompanhar essas mudanças, e para que o médico oftalmologista absorvesse a grande quantidade de informações, as faculdades de medicina tiveram que adaptar-se aos novos tempos. Surgiram, en- tão, as residências médicas e os cursos de pós-graduação. O mé- dico oftalmologista, hoje, quan- do termina sua especialização, possui uma bagagem de conhe- cimento sem concorrentes para tratar dos problemas oculares. PALAVRA DO PRESIDENTE A SOC vem promovendo regu- larmente atividades científicas, e esclarecendo a população, aler- tando sobre os riscos à saúde ocular propiciados pela atuação de profissionais não habilitados legalmente a fazer exames of- talmológicos. Alerta-se, também, quanto a venda de lentes de con- tato sem a orientação do médico. A possibilidade de haver compli- cações que possam acarretar a perda da visão é um fato relevan- te nesta questão. O departamen- to jurídico da SOC propôs ações que estão em tramitação na Justi- ça às quais versam sobre o exer- cício ilegal desta atividade. Tenho procurado, como mem- bro da Comissão de Defesa da cações que possam acarretar a A SOC vem promoven- do regularmente atividades científicas, e esclarecendo a população, alertando so- bre os riscos à saúde ocular propiciados pela atuação de profissionais não habilita- dos legalmente a fazer exa- mes oftalmológicos. Saúde Ocular do Estado do Ce- ará, ressaltar nas reuniões, que temos uma quantidade suficiente de oftalmologistas para cuidar da população cearense. A questão é que o número de colegas lo- tados no serviço público é muito reduzido. Isso se deve pela falta de concursos, causando distor- ções no atendimento, e levando a uma carência de consultas e procedimentos aos pacientes de baixa renda. Associa-se a este fato as limitações na liberação, por parte das secretarias muni- cipais de saúde, das guias de procedimento, principalmente na cirurgia de catarata, gerando uma fila de espera que incomo- da os profissionais de saúde e aborrece a população. Esperamos sensibilizar a classe política e os gestores de saúde na Administração Pública para buscarem resol- ver as questões relacionadas a esta área. Gostaria, tam- bém, que todos os colegas pudessem colaborar para, unidos com a sociedade, po- dermos estar sempre à frente na resolução dos problemas oculares da população. 1 Ceará Oftalmológico Ano XXVII Nº 34 Gestão Atual - Trimestral - Abril/Junho 2007 - Nº 02 Órgão Oficial da Sociedade de Oftalmologia do Ceará

Transcript of Ano XXVII Nº 34 Gestão Atual - Trimestral - Abril/Junho 2007 - … · A Sociedade de Oftalmologia...

Caros colegas,

A medicina, como todos os se-tores da ciência, evoluiu bastante no século XX. No caso da oftal-mologia, o surgimento de equipa-mentos para fins de diagnóstico, tratamento e correções ópticas fez uma verdadeira revolução dentro da especialidade. Para acompanhar essas mudanças, e para que o médico oftalmologista absorvesse a grande quantidade de informações, as faculdades de medicina tiveram que adaptar-se aos novos tempos. Surgiram, en-tão, as residências médicas e os cursos de pós-graduação. O mé-dico oftalmologista, hoje, quan-do termina sua especialização, possui uma bagagem de conhe-cimento sem concorrentes para tratar dos problemas oculares.

PALAVRA DO PRESIDENTEA SOC vem promovendo regu-

larmente atividades científicas, e esclarecendo a população, aler-tando sobre os riscos à saúde ocular propiciados pela atuação de profissionais não habilitados legalmente a fazer exames of-talmológicos. Alerta-se, também, quanto a venda de lentes de con-tato sem a orientação do médico. A possibilidade de haver compli-

cações que possam acarretar a perda da visão é um fato relevan-te nesta questão. O departamen-to jurídico da SOC propôs ações que estão em tramitação na Justi-ça às quais versam sobre o exer-cício ilegal desta atividade.

Tenho procurado, como mem-bro da Comissão de Defesa da

cações que possam acarretar a

A SOC vem promoven-do regularmente atividades científi cas, e esclarecendo a população, alertando so-bre os riscos à saúde ocular propiciados pela atuação de profi ssionais não habilita-dos legalmente a fazer exa-mes oftalmológicos.

Saúde Ocular do Estado do Ce-ará, ressaltar nas reuniões, que temos uma quantidade suficiente de oftalmologistas para cuidar da população cearense. A questão é que o número de colegas lo-tados no serviço público é muito reduzido. Isso se deve pela falta de concursos, causando distor-ções no atendimento, e levando a uma carência de consultas e procedimentos aos pacientes de baixa renda. Associa-se a este fato as limitações na liberação, por parte das secretarias muni-cipais de saúde, das guias de procedimento, principalmente na cirurgia de catarata, gerando uma fila de espera que incomo-da os profissionais de saúde e aborrece a população.

Esperamos sensibil izar a classe polít ica e os gestores de saúde na Administração Pública para buscarem resol-ver as questões relacionadas a esta área. Gostaria, tam-bém, que todos os colegas pudessem colaborar para, unidos com a sociedade, po-dermos estar sempre à frente na resolução dos problemas oculares da população.

1Ceará Oftalmológico

Ano XXVII Nº 34 Gestão Atual - Trimestral - Abril/Junho 2007 - Nº 02

Órgão Oficial da Sociedade de Oftalmologia do Ceará

Nesta EdiçãoEditorial pág. 02

Simpósio MÁCULA 2007 pág. 03

Dia do Oftalmologista pág. 04

Simpósio Internacional

de Glaucoma pág. 07

São João da SOC pág. 07

Artigo Científi co

(Dr. Rogério Costa) pág. 08

Artigo Científi co

(Dr. Fernando Paganelli) pág. 10

Entrevista

(Dr. Marcos Ávila) pág. 12

Comissão de Saúde Ocular

e Prevenção à Cegueira pág. 12

Espaço Jurídico pág. 13

Defesa da Saúde Ocular pág. 13

Refl exão

(Dr. Flávio Paranhos) pág. 14

Oftalmologia e Arte pág. 15

Calendário Oftalmológico pág. 16

Piadas pág. 16

Conselho Editorial:

Adriano Maciel Xerez, Emilson Alves de

Sousa, Héverson Paranaguá, Maria do

Socorro Aguiar Lucena

e Rosemary Jorge Albuquerque

Jornalista Responsável:

José Mario Pinto

- Reg/DRT 290/01/148 CE

Editoração Gráfi ca:

Demir de França

Impressão:

Expressão Gráfi ca - 3253.2222

i nves t i r em tecno log ia , te rmos equ ipamen tos cada vez ma is mode rnos , es tuda rmos cada vez ma is pa ra acompanha r o c resc imen to c i en t í f i co . . . mas não podemos esquece r de i nves t i r na re l ação méd i co -pac ien te . Po r i s so , não podemos se r mecân i cos e compu tado r i zados . O pac ien te dese ja um méd ico e não um compu tado r. Mu i t os j á t êm o compu tado r em sua casa , ou se ja , mu i t os j á p rocu ram o méd i co com a lgum conhec imen to de sua a fecção . Na ve rdade o que va i f aze r a d i f e rença é o re l ac ionamen to com o méd i co .

Se a t r a j e tó r i a es tá á rdua , se somos j u l gados e c r i t i cados a té pe lo es t i l o de v i da que l evamos , se as opo r tun idades do mercado de t r aba lho são escassas , se sen t imos a necess idade de t e rmos me lho res remunerações , se t emos uma j o rnada de t r aba lho ex tensa pa ra cumpr i r nossos comprom issos f i nance i ros e se ex i s tem tan tos ou t ros ques t i onamen tos . . . mesmo ass im , somos p r i v i l eg iados . P rec i samos ac red i t a r ma i s no nosso po tenc ia l , f o r t a l ece r os nossos p r i nc íp i os é t i cos , se rmos ma is am igos e recep t i vos com os co legas . Os conhec imen tos se somam e nós não somos os donos da ve rdade abso lu ta . Ta l vez se consegu íssemos va lo r i za r ma i s a am izade , r econhece r os va lo res mora i s do nosso co lega e enxe rga r a impo r tânc ia do t r aba lho que desempenhamos pa ra a soc iedade , a nossa c l asse f osse cada vez ma is un ida . E com essa un ião assumíssemos o nosso rea l pape l de des taque como méd i cos da j ane la da a lma e do espe lho do mundo .

Pa ra Leona rdo da V inc i ( 1452 -1519 ) , o o l ho é o ó rgão ma is p rec ioso . “É a j ane la da a lma , o espe lho do mundo ” . Pa ra e le , as c i ênc ias que o t em po r f undamen to são pe r fe i t amen te co r re tas . Ass im , nós o f t a lmo log i s tas somos p r i v i l eg iados po r desempenha r t a l a t i v i dade . Devemos po i s , sen t i rmos hon rados e l i son jeados po r t e rmos a capac idade de ze la r pe la saúde ocu la r. Poss i ve lmen te po r con ta da impo r tânc ia do ó rgão da v i são , a O f ta lmo log ia ocupou sempre pos i ção de des taque den t ro da Med i c i na .

Todos nós sabemos do desenvo l v imen to t ecno lóg i co da O f ta lmo log ia no sécu lo XX e que pe rs i s te no sécu lo XX I . Ho je dependemos cada vez ma is dessa t ecno log ia . Mu i t as vezes en t r i s t ecemos po r não consegu i rmos acompanha r esse avanço po i s nos sen t imos cada vez ma is ob r i gados a possu i r equ ipamen tos de cus tos cada vez ma is e l evados e mu i t as vezes quando consegu imos adqu i r i - l os nos depa ramos com a su rp resa de que j á há a lgo ma is mode rno e ma is p rec i so . Temos de acompanha r a t ecno log ia , ma i s do que i sso , t em a ob r i gação de o fe rece r o me lho r pa ra os pac ien tes . I sso pode se r f e i t o de modo d i re to ou encaminhando pa ra co legas que d i spõem da t ecno log ia ma is ap rop r i ada pa ra o caso . Temos que

2 Ceará Oftalmológico

Dra. Rosemary Albuquerque

PEC - Simpósio Mácula 2007

A Sociedade de Oftalmologia do Ceará promoveu no dia 02 de Março o Simpó-sio Mácula 2007, o mais tradicional even-to da área de Retina em nosso estado.

O evento, em sua quinta edição, foi co-ordenado por seu idealizador, Dr. Abe-lardo Targino do Centro Avançado de Retina e Catarata, e contou com a par-ticipação de 162 oftalmologistas inscri-tos. Como nos anos anteriores, a comu-nidade leiga teve acesso aos avanços

no diagnóstico e tratamento das doen-ças retinianas, em aulas especialmente formuladas para o público em geral.

As palestras foram proferidas pelos professores Rogério Costa e Rodrigo Jorge, da USP de Riberão Preto, am-bos autoridades internacionalmente reconhecidas por suas pesquisas no tratamento da Degeneração Macular. A interatividade entusiasmou tanto aos Residentes quanto aos médicos vetera-nos presentes.

Após a programação científi ca, verifi -cou-se o sucesso do evento no exce-lente jantar de confraternização, ofere-cido gentilmente pelas Óticas Boris, e Transitions.

Em 2008 o Mácula mais uma vez abrirá o calendário científi co ofi cial da SOC. Segundo o Dr. Abelardo Targino, o evento promete repetir o sucesso das edições anteriores.

Rogério Costa e Rodrigo Jorge

Platéia

Gersivan Gomes, Renato Stênio e Álvaro Fernandes

Evandro Marques, Ismar Dias, Airton Boris e Jorge Eldo

Sérgio Augusto

Equipe Transitions

Alcy Feitosa e Aristófanes Canamary

David Lucena, Socorro Lucenae Abelardo Targino

Abelardo Targino

Eveline Boris, Ana Valéria Teixeira, Elizabeth Targino e Denise Rocha

Abrahão Lucena e Ivalto Gonçalves

Sylvio Leal, Abelardo Targinoe Válter Justa

Hyder Carneiro, Fernando Furtado, Idalina Costa e Francisco Eurípedes

Sérgio Cruz e Leiria de Andrade Neto

David Lucena, Danielle Costae Adauto Ponte

Jean Rodrigues e Volney Castaldelli

3Ceará Oftalmológico

Dia do Oftalmologista 2007

A Sociedade de Oftalmologia do Ceará (S.O.C.), dando continuidade ao PEC (Programa de Educação Continuada), promoveu no dia 04 de maio de 2007 a apresentação de casos clínicos e cirúrgicos por renomados oftalmologistas do nosso estado. Tal evento contou com a presença do Presidente da Sociedade de Oftalmologia do

Ceará Dr. Sérgio Augusto Carvalho Pereira e com os coordenadores: Dr. Fernando Furtado, Dra. Ana Paula Ximenes, Dr. Walder Braga e Dra. Rosemary Jorge de Mendonça Albuquerque e teve lugar no Hotel Luzeiros. Todos os oftalmologistas palestrantes foram elogiados pelo alto nível de suas apresentações.

PEC 2007 - Sessão Clínica

Sérgio Augusto, Ana Paula Ximenese Fernando Furtado

Sérgio Augusto Abelardo Targino, Eurípdes de Lima, Sérgio Augusto e Álvaro Fernandes

Arabella Primo, Regina Forte, Rosemary Albuquerque e Ivana Carneiro

Werton Farias, Fernando Delgado e Gersivan Gomes

Islane Verçosa e Excelsa Costa Lima Fábio Canamary e Marcos Aurélio Correia Adriano Chaves e Juliana Lucena

Abelardo Targino Ricardo Marrocos Islane Verçosa Edmar Guedes

Joana Gurgel Danielle CostaLevi Madeira Igor Allamo

David Lucena e Walder BragaAna Karla Soares e Clayrton Martins Igor Allamo, Newton Andrade, Sérgio Augusto e João Conrado

Danielle Costa e Socorro Lucena

4 Ceará Oftalmológico

Parceiros Dia do Oftalmologista 2007

George CarneiroJuliana Lucena Socorro LucenaAbrahão Lucena

David Lucena

Sérgio Augusto eCristiane Brasil (ESSILOR)

Fernando Cruz (MERCK SHARP & DOHME) e Sérgio Augusto

Elizete (RODENSTOCK) e Sérgio Augusto

Márcia Medeiros e Sérgio Augusto Sérgio Augusto, Valéria Lucena e Mairton Lucena

Rita de Cássia (Ótica Mariz)e Sérgio Augusto

Nonato Ribeiro (ALCON)e Rosemary Albuquerque

Glauco Oliveira e Rachel Lima (GENON)e Sérgio Augusto

César JuaçabaJavier Montero Wantan Laércio

Dia do Oftalmologista 2007 - FESTA

A Sociedade de Oftalmologia do Ceará (SOC), tendo a frente o seu presidente, Dr. Sérgio Augusto Carvalho Pereira, comemorou a passagem do Dia do Oftalmologista com dois eventos. No dia 4 de maio aconteceu a Sessão Clínica onde foram apresentados e discutidos casos clínicos pelos médicos oftalmologistas cearenses. No dia 5, a SOC promoveu uma grande festa que reuniu os oftalmologistas cearenses em clima de harmonia e muita animação.

Dia do Oftalmologista 2007 - FESTA

Socorro Lucena, David Lucena, Márcia Medeiros, Sérgio Augusto e Joana GurgelSocorro Lucena David Lucena Márcia Medeiros Sérgio Augusto e Joana Gurgel

5Ceará Oftalmológico

Sérgio Augusto e Lourdes Soares

Edison e Livramento Costa

Ana Valéria e Ivon Teixeira

Mary Helena e Aécio Dias

Luiziane Cavalcante e Luciano Alencar

Verônica e Héverson Paranaguá

Marineuza e Alonço Memoria

Germano e Bernadeth Andrade

Ana Larissa e Jovanni Alves

Andréa Cavalcante e Edmar Guedes

Volilma e Werton Farias

Claudina e João Conrado Ponte

Juliana e Parcifal Botelho

Denise e Valdy de Menezes

Renato Stênio Torres

Ivana Carneiro, Breno Holanda, Jocélia e Hyder Carneiro

Alessandra Rossi e Paulo César Marques

Germana Ximenes e Adriano Viana

Amélia Lima e Jorge Eldo

Michele Albuquerque e Cleanto Jales

Carlos Alfredo Guerra

Ivalto Gonçalves, Gardênia Diniz,Maria do Rosário e Ismar Dias

Andréa Cavalcante e Edmar Guedes

Marineuza e Alonço Memoria Claudina e João Conrado Ponte

Juliana e Parcifal BotelhoEdison e Livramento Costa

Alessandra Rossi e Paulo César Marques

Germana Ximenes e Adriano Viana

Ana Valéria e Ivon Teixeira Denise e Valdy de MenezesAna Larissa e Jovanni Alves Amélia Lima e Jorge Eldo

Mary Helena e Aécio Dias

Volilma e Werton Farias Ivana Carneiro Breno Holanda Jocélia

Verônica e Héverson Paranaguá Ivalto Gonçalves Gardênia Diniz

Luiziane Cavalcante e Luciano Alencar Carlos Alfredo Guerra

Renato Stênio Torres

Sérgio Augusto e Lourdes Soares

Michele Albuquerque e Cleanto Jales

Germano e Bernadeth Andrade

Aristófanes e Vânia CanamaryAna Zélia e Fernando Furtado

6 Ceará Oftalmológico

PEC - SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE GLAUCOMA

SÃO JOÃO DA SOC

A SOC promoveu no dia 01 de junho o Simpósio Internacional de Glaucoma. O evento trouxe a Fortaleza o médico oftalmologista cearense Dr. Felipe Medeiros, atualmente radicado nos Estados Unidos. O Simpósio, pelo alto nível do palestrante, atraiu um grande número de participantes.

A Sociedade de Oftalmologia do Ceará (SOC) promoveu no último dia 23 de junho o “Arraiá da SOC”. O evento, organizado pelo médico oftalmologista Hyder Carneiro, aconteceu no Sítio Casarão e já faz parte do calendário da oftalmologia do Ceará. A festa foi prestigiada por um grande número de médicos oftalmologistas, familiares e convidados, tendo a frente o presidente da SOC, Dr. Sérgio Augusto Pereira.

Márcia Medeiros e Felipe Medeiros

Luciano Alencar e Fernando Furtado

Edmar Guedes, Sérgio Augusto, Abrahão Lucena, David Lucena,

Márcia Medeiros e Vitor Luna

Denise Rocha e Marineuza Memória

Cleanto Jales, Michele Albuquerque, Flávia Carneiro e George Carneiro

Telma Freitas, Máurea Césare Marília Araújo

Jean Rodrigues (Casa dos Relojoeiros) e Carlos Alfredo Guerra

Flávia Carneiro, Abelardo Targino, George Carneiro e Regina Coeli Forte

Igo Enomoto, Daniel Justae Felipe Carvalho

Luciana Costa (Transitions) e Margareth Tatcher (Carl Zeiss)

Casamento na Roça

Felipe Medeiros

Héverson Paranaguá e Ivana Carneiro

Sérgio Augusto

Werton Farias, Francisco Eurípedes e Evandro Marques

Mark Sampaio (Essilor), Joana Guergel, Marcos Aurélio de Castro e

Francisco Melo

Socorro Lucena, David Lucena, Nayana (Pfi zer) e Máurea César

Daniele Rios, Manoelae Rodrigo Vicentini

Máurea César

Socorro Lucena e Ivana Carneiro

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Rogério A. CostaDiretor Clínico, U.D.A.T.

Divisão de Mácula: Imagem e Tratamento

Hospital de Olhos AraraquaraAraraquara-SP

Especilista em Retina e VítreoDoutor em Oftalmologia

Escola Paulista de MedicinaUniversidade Federal de São Paulo –

UNIFESPProfessor Doutor OrientadorPrograma da Pós-graduação

Departamento de OftalmologiaFaculdade de Medicina de Ribeirão

PretoUniversidade de São Paulo – USP

Ribeirão Preto-SP

FÁ R M A C O - M O D U L A Ç Ã O A N G I O G Ê N I C A : U M A N O VA E R A D E T R ATA M E N T O ( PA R A T O D O S ? )

Desenha-se na atualidade, nova perspectiva no trata-mento de patologias coroido-retinianas: a modulação da angiogênese (processo em que células endoteliais proli-ferantes formam “novos ele-mentos vasculares” a partir de vasos pré-existentes) por meio de fármacos injetados na cavidade vítrea. Dentre os agentes disponíveis para fármaco-modulacao angiogê-nica, os resultados mais con-sistentes alcançados no ma-nejo de doenças do segmento posterior ocular, até o presen-

te momento, pertencem ao ra-nibizumabe (Lucentis®). Este agente foi especificamente desenvolvido pela empresa Genentech com modificações a nível molecular para que sua função anti-angiogênica fosse otimizada quando injetado na cavidade vítrea. Já no campo alternativo (“experimental”) o agente bevacizumabe (Avas-tin®), anticorpo monoclonal humanizado direcionado ao VEGF circulante também de-senvolvido pela empresa Ge-nentech, vem gradativamente conquistando a confiança de pesquisadores ao redor do planeta.

O bevacizumabe foi aprova-do em fevereiro de 2004 pelo FDA norte-americano para uso endovenoso no tratamento de primeira l inha do câncer de cólon metastático, associa-do à quimioterapia baseada em 5-fluorouracil, passando a constituir a primeira droga an-ti-angiogênica aprovada para uso em humanos. Estudos re-alizados pela empresa fabri-cante sugeriram inicialmente que o bevacizumabe (full- len-gh), se injetado intravítreo, apresentaria menor eficácia por dif iculdades de transpo-sição da membrana limitan-te interna. Não obstante, as possíveis diferenças e seme-

lhanças moleculares entre ra-nibizumabe e bevacizumabe parecem ter pouca relevância clínica frente aos resultados preliminares observados em diversas patologias coróido-retinianas utl izando ambas medicações.

O uso alternativo do bevaci-zumabe intravítreo em Oftal-mologia vem ecoando despro-porcionalmente em virtude de uma série de fatores. Além de resultados indiscutivelmen-te promissores até o presen-te momento, o medicamento (bevacizumabe) já se encon-tra registrado junto à ANVISA (para uso endovenoso em On-cologia) e disponível comer-cialmente em território na-cional. Adicionalmente, sua recente “nacionalização” e re-lativo baixo custo estabeleci-do pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), vem facil i tando o acesso ao medicamento. Por fim, diferentemente da triam-cinolona, glaucoma e catara-ta não são eventos esperados após a administração intra-vítreo do bevacizumabe em virtude de suas propriedades farmacológicas favoráveis.

Contudo, como observado em qualquer tratamento, l imita-ções existem. Algumas são óbvias; outras porém, ainda

8 Ceará Oftalmológico

são desconhecidas em virtude da l imitada experiência do uso de agentes anti-angiogênicos em Oftalmologia. Em rela-ção ao procedimento de tra-tamento (injeção intravítreo), a ocorrência de endoftalmite deve ser nossa principal pre-ocupação. Tendo por base dados dos Estudos MARINA e ANCHOR (ranibizumabe) de-vemos considerar uma taxa de endoftalmite de ~1%, uma vez que múltiplos procedimentos de tratamento (independente do medicamento escolhido) serão necessários na grande maioria para manutenção de possíveis efeitos benéficos da fármaco-modulação angio-gênica em monoterapia. Se a promessa de “estabil izar” a vi-são agrada parte dos pacien-tes acometidos, parcela maior destes (geralmente com idade superior a 70 anos) sente-se desconfortável com a real possibil idade de freqüentes (a cada 4 ou 6 semanas) visitas ao seu médico. Para o oftal-mologista, novos “desafios” estão por vir. Por exemplo, em casos de DMRI neovacu-lar detectados precocemente, surge agora a possibil idade de conseguirmos níveis sus-tentáveis de acuidade visual em torno de 20/25~20/32 após um ou dois procedimentos de tratamento. Uma vez alcan-çados esses níveis de visão, o médico passará a enfrentar uma situação um tanto desa-fiadora pois, em teoria, o me-lhor benefício foi alcançado, restando a este desenvolver estratégias para convencer seu paciente que futuros pro-cedimentos de tratamento se-rão ainda necessários “ape-nas” para a “manutenção” do efeito induzido (mas com os mesmos riscos de quando a visão era de 20/60~20/80). Do ponto de vista prático, ou-

tro fator preocupante diz res-peito a mudança na dinâmica de atendimento médico que a disseminação desta forma de tratamento pode causar. A terapia com ranibizumabe im-plica em injeções intravítreo continuadas a cada 4 sema-nas. Ou seja, se considerar-mos hipoteticamente a inclu-são de apenas 5 novos pa-cientes com DMRI neovacular para tratamento com ranibizu-mabe por mês, no oitavo mês, 40 procedimentos intravítreo serão realizados em um único mês. Protocolos de pesqui-sa clínica realizados no Hos-pital de Olhos de Araraquara em conjunto com a USP de Ribeirão Preto (Dr. Rodrigo Jorge) sugerem que a historia não será muito diferente com o agente bevacizumabe em termos da obrigatoriedade de múltiplos procedimentos de tratamento.

As reais complicações re-lacionadas especificamen-te ao medicamento uti l izado na terapia anti-angiogênica ainda são pouco entendidas. O VEGF está implicado não apenas na angiogênese “nor-mal” assim como parece ter papel crít ico na manutenção neuronal. Eventos adversos não-oculares foram conside-rados raros de acordo com os Estudos MARINA e ANCHOR (ranibizumabe). Uma análise interina dos pacientes subme-tidos a ranibizumabe intraví-treo (Estudo SAILOR) sugeriu uma possível maior associa-ção desta terapia com infarto do miocárdio naqueles sub-metidos à maior dose testada (1.2% [0.5 mg] versus 0.3% [0.3 mg]). A publicação dos dados definit ivos do Estudo SAILOR, provavelmente na segunda metade de 2007, nos ajudará a entender melhor essa questão. Níveis altos de

VEGF são também encontra-dos em tecidos retinianos de olhos “normais” e seu papel parece estar relacionado a manutenção do EPR e fotor-receptores. Dúvidas sobre a segurança relacionada à ini-bição “continuada” do VEGF em tecidos oculares existem. Apesar da baixa dosagem uti-l izada intravítreo, concentra-ções relativamente altas de medicação anti-angiogênica foram encontradas na corren-te sanguínea após múltiplas injeções. A longo prazo (3~4 anos), devemos esperar alte-rações a nível do SNC e teci-dos cardíacos bem como a ní-vel do EPR e fotorreceptores? Ninguém tem essa resposta, ainda...

Estamos tendo a oportunida-de de presenciar o início de uma nova era de tratamento em retina. Embora indesejá-veis e ainda desconhecidos eventos possam estar asso-ciados à fármaco-modulação angiogênica, acredito que a possibil idade de estabil ização da perda bem como recupera-ção clinicamente significante da visão em parcela conside-rável de pacientes compense os possíveis riscos associa-dos. Em relação a polêmica ranibizumabe versus bevaci-zumabe, acredito que nosso dever como oftalmologistas é o de informar conscientemen-te nossos pacientes sobre seu estado de saúde ocular e pos-síveis formas de tratamento. Já a opção pelo tratamento e forma de exerce-lo depen-de exclusivamente do pacien-te. Se tratamentos aprovados existem, estes devem ser co-locados em discussão. O alto custo de um procedimento te-rapêutico per se não justif ica sua exclusão. Em paralelo, gostaria de acreditar que as companhias farmacêuticas

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Fernando PaganelliSetor de Patologias Corneanas e

Transplante de CórneaCentro de Oftalmologia Especializada e

Hospital de Olhos de AraraquaraAraraquara – SP – Brasil

F d P lli

responsáveis pela produção e distribuição destes medica-mentos também levarão em conta esse fator durante seu planejamento estratégico.

Mais especificamente em re-lação ao uso do bevacizuma-be, se acreditamos no poten-cial desta medicação para a fármaco-modulação angio-gênica, ações que culminem nesta constatação devem ser tomadas. Verdade é que, desde seu “aparecimento”, passamos a viver um dilema: garantir acesso a um trata-mento promissor, economi-camente viável, porém com ainda limitados dados de se-gurança e eficácia versus l i-mitar-se ao emprego de téc-nicas regularizadas porém moderadamente eficazes ou pouco viáveis do ponto de vista sócio-econômico de nossa população? Simplisti-camente, “promover mas não proteger” ou “proteger mas não promover”? Gostaria de terminar exaltando o ranibi-

zumabe, por ser o primeiro agente empregado para fár-maco-modulacao angiogêni-ca a comprovar, cientif ica-mente, eficácia clinicamente significante, e seu “primo-pobre” bevacizumabe, que talvez nunca comprove sua eficácia por meio de estudos rigorosamente conduzidos por razões óbvias, mas que pode ser o grande protago-

nista de fato dessa nova era de tratamento. Uma era de tratamento potencialmente segura, eficaz e, principal-mente, que faça diferença na vida de nossos pacientes.

Endereço para correspondência:Dr. Rogério A. Costa

Rua Padre Duarte 989 ap172Araraquara-SP 14801-310

Telefone/fax: (16) 3331-1001Email: [email protected]

O ceratocone é uma distrofia da córnea em que ocorrem protrusão e afinamento pro-gressivos do ápice, causan-

Figura. Remodelação macular favorável observada em um paciente com degeneração macular relacionada à idade forma neovascular após sua primeira sessão de fármaco-modulacao angiogênica (intravítreo). A manutenção dos efeitos induzidos geralmente implica em novas sessões de tratamento em intervalos regulares entre 4 a 8 semanas.

do baixa visual em virtude do astigmatismo irregular da superfície corneana. É uma doença de evolução lenta, geralmente bilateral e de etiologia desconhecida, que se inicia entre 14 e 22 anos de idade, evoluindo até 35 a 40 anos.

Mesmo após vários estudos, as causas do ceratocone ainda não estão definidas. Pesquisas indicam tratar-se de uma doença multifatorial, com componentes genéti-cos, estruturais e com in-

OPÇÕES NO TR ATAMENTO DE CER ATOCONEf luência de fatores externos como micro traumas ocula-res, como coçar os olhos e uso de lentes de contato. O papel da hereditariedade no desenvolvimento do cerato-cone ainda não foi bem es-tabelecido, mas em cerca de 10 a 15% dos casos existem outros membros afetados na família.

A identif icação do ceratoco-ne moderado ou avançado é razoavelmente simples atra-vés de topografia corneana. Entretanto, o diagnóstico em

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suas fases iniciais requer cuidadosa história clínica, medidas da acuidade visual e refração, e ainda exames complementares que estu-dam a face posterior e ela-borem mapas paquimétricos da córnea como o Orbscan (Bausch & Lomb®) e o Pen-tacam HR (Oculus®).

A maioria dos pacientes com Ceratocone tem sua visão restabelecida com óculos ou lentes de contato, aproxima-damente 95% dos pacien-tes ficarão satisfeitos com o tratamento não cirúrgico. Atualmente existe uma gama enorme de lentes de contato e materiais, lentes gelatino-sa para ceratocone, mate-riais híbridos, mas os me-lhores resultados ainda são obtidos com as lentes esféri-cas ou bi curvas (Soper) gás permeáveis.

Quando a acuidade visu-al com óculos ou lentes de contato não é suficientemen-te boa para que o paciente desenvolva suas atividades de estudo e/ou trabalho (em geral nos casos mais avan-çados, com alto astigmatis-mo irregular, leucoma ou in-tolerância ao uso das lentes) abre-se atualmente um leque enorme de possibil idades ci-rúrgicas. Anéis intra-cornea-nos, transplantes penetran-tes, transplantes lamelares e cirurgias corneanas assis-tidas por femtosecond laser (IntraLase Corp.) são ótimas opções no tratamento cirúr-gico do ceratocone quando bem indicadas e realizadas.

Quando já não existe indi-cação de óculos ou lentes de contato e a córnea ainda

permanece sem leucomas com uma ceratometria infe-rior a 56 D e com menos de 5 D de miopia os anéis in-tra-corneanos são uma boa opção. Hoje temos disponí-veis no mercado mundial o INTACS (Addition Technolo-gy, Inc.) e o Anel de Ferrara (Ferrara Ring), desenvolvido pelo Oftalmologista brasilei-ro Paulo Ferrara. A vanta-gem da colocação dos Anéis intra-corneanos em relação ao transplante de córnea é que se trata de um procedi-mento mais rápido, feito com anestesia tópica e menores riscos de complicações gra-ves. A grande maioria de pa-cientes com ceratocone que necessitam de transplante podem precisar de mais de um procedimento ao longo da vida aumentando em mui-to o risco de catarata, glau-coma e complicações vítreo retinianas. Seu custo é me-nor que a cirurgia de trans-plante de córnea se consi-derado o custo de obtenção de córneas de boa qualidade pelos Bancos de Olhos. Se não der bons resultados, os anéis podem ser removidos e o paciente poderá receber uma nova córnea, sem ne-nhum risco adicional à cirur-gia do transplante. A cirurgia do Anel de Ferrara, no entan-to, merece um estudo multi-cêntrico e um tempo maior de observação a médio e longo prazo para que conheçamos com mais consistência suas reais vantagens e eficácia.

Córneas com leucomas por evolução do ceratocone ou trauma pelo uso de lentes de contato por longos perí-odos, ceratometria superior

a 56 D, mais de 5 D de mio-pia e falência no tratamento com anéis intra-corneanos poderão se beneficiar de transplante penetrantes ou lamelares de córnea . Nos casos de leucoma ou de es-pessura corneana extrema-mente finas está indicado o transplante penetrante, sua principal vantagem é a quali-dade de visão pós operatória muitas vezes não conseguida com os enxertos lamelares e sua principal desvantagem é o risco de rejeição aumenta-do em relação aos lamelares. Transplantes lamelares au-tomatizados e transplantes lamelares profundos podem remover cicatrizes e prover tecido as córneas com cera-tocone com poucos pontos ou até mesmo sem pontos levando a uma rápida recu-peração visual e com míni-mo astigmatismo.

Um grande avanço nas cirur-gias corneanas é o uso de femtosecond laser (IntraLa-se Corp.) para construção de túneis para o implante dos anéis, confecção de cor-tes perfeitos e com possibi-l idade de encaixe tipo zig-zag ou outros desenhos na córnea doadora e receptora em transplantes penetrantes e cortes lamelares sem dis-torções que são provocadas pela dissecção manual ou pelo microceratomo. O gran-de limitante para a expansão do uso do femtosecond laser (IntraLase Corp.) no Brasil é seu alto custo de aquisição e manutenção, mas com certe-za esta técnica já rompeu o paradigma da cirurgia corne-ana com trépanos e microce-ratomos.

11Ceará Oftalmológico

COMISSÃO DE SAÚDE OCULAR E PREVENÇÃO À CEGUEIRA

Qual será o tema oficial do XXXIV Congresso Brasileiro de Oftalmologia?R. Doenças externas e córnea

Durante o Congresso será realizado o II Fórum Nacional de Saúde Ocular. Há 6 anos, o I Fórum Nacional de Saúde Ocular trouxe resultados efetivos para a saúde ocular da população brasileira. Quais são as expectativas para o II Fórum, neste momento de crise generalizada na saúde?Esperamos reconquistar o financiamento das ações oftalmológicas existentes no passado, pelos gestores públicos. Pretendemos também implantar no País a hierarquização da rede de atendimento em níveis de complexidade.

Quais são os principais desafios – científicos, financeiros

e políticos – para se organizar um congresso desse porte? Científica organizar mais de 800 palestrantes;financeiro - conseguir colocar no budget da indústria evento desta grandiosidade.

A realização do XXXIV Congresso Brasileiro de Oftalmologia em Brasília dará à Oftalmologia Brasileira uma maior visibilidade junto aos poderes constituídos?A força da oftalmologia nacional, a especialidade com maior engajamento social e político se fará sentir no centro das decisões nacionais.

As empresas patrocinadoras parecem ser fundamentais para a realização do congresso. Elas exercem alguma influência sobre a grade científica?Felizmente, não.

Quais novas práticas diagnósticas, terapêuticas clínicas e cirúrgicas serão abordadas no evento?Sedimentação dos antigos e lançamentos de novos produtos pela indústria.

Haverá palestrantes internacionais? A presença de convidados estrangeiros atrai mais público? Muitos, mas hoje pelo alto nível da oftalmologia brasileira, não tem-se que, necessariamente, convidar palestrantes internacionais.

Como está a programação social do evento? Está prevista alguma grande atração?Fantástica! O cantor Leonardo será a atração nacional.

Por ocasião do Seminário Cearense de Saúde Ocular, ocorrido no último dia 16 de maio de 2007 na Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, tomou posse a nova Comissão de Saúde Ocular e Prevenção à Cegueira do Estado do Ceará. Por ato do Secretário da Saúde do Estado do Ceará, Dr. João Ananias Vasconcelos Neto, através do Decreto nº 28.689, de 28 de fevereiro de 2007, fica assim constituída a nova comissão:

Dr. Fernando Queiroz Monte (Conselho Regional de Medicina, que exercerá a função de Presidente); Dr. João Hélder Alves Arcanjo (Hospital São Francisco de Canindé, que exercerá função de Vice-Presidente); Dra. Francisca Leonete Borges de Almeida (Coordenadoria de Políticas e Atenção à Saúde/Núcleo de Atenção Especializada, que exercerá as funções de Secretária Executiva); Dra. Ana Valéria Carneiro Teixeira (Secretaria da Saúde do Município de Fortaleza, que exercerá as funções de 1ª Secretária) e Dra. Rosimeyre Anastácia da Silva (Serviço Social da Indústria (SESI), que exercerá a função de 2ª Secretária). Fazem ainda

parte da Comissão o Dr. Sérgio Augusto Carvalho Pereira (Sociedade de Oftalmologia do Ceará), Dr. Hermínio Resende, Dr. David da Rocha Lucena, Dr. Raimundo José Arruda Bastos, Dr. João Maia Nogueira, Dr. Ricardo Evangelista Marrocos Aragão, Dr. Aldrovando Nery de Aguiar, Dra. Islane Maria Castro Verçosa, Dr. Carlos Afonso Silva, Dra. Ofélia Maria Gomes de Matos, Dr. Paulo César Dias Almeida, Dra. Joana Gurgel Holanda Filha, Dra. Verônica Maria Benevides Pedrosa, Dr. Sisley Jean Araújo Viana, Dra. Itelvina Marly Goes Sampaio, Sra. Maria Josélia Sá e Almeida, Dr. Orismar Vanderlei Diniz, Dr. Francisco Airton de Vasconcelos e o Sr. Jorge Rolim de Castro.

Dr.

Mar

cos

Ávi

la

O Ceará Oftalmológico entrevista o professor do Departamento de Oftalmologia da Universidade Federal de Goiás, Dr. Marcos Ávila. O Dr. Marcos Ávila fala sobre o XXXIV Congresso Brasileiro de Oftalmologia que se realizará em Brasília, no período de 3 a 6 de setembro de 2007.

12 Ceará Oftalmológico

ESPAÇO JURÍDICO

DEFESA DA SAÚDE OCULAR

Ao longo dos últimos anos vem surgindo no Brasil uma tendência de ajuizamento de ações judiciais de reparação de danos materiais e morais das mais diversas nature-zas. Relações de consumo, confl i-tos entre vizinhos, colisões de au-tomóveis, inscrições indevidas de pessoas em serviços de proteção ao crédito são somente algumas das situações levadas ao Poder Judiciário para este fi m.“Mas onde os médicos enquadram-se nestas situações?”, pode per-guntar o leitor. A resposta é simples: os próprios atendimentos, consultas, procedi-mentos e intervenções cirúrgicas podem ser motivo de reclamação do paciente e levarem a eventual propositura de ação judicial de re-paração de danos contra o médico e/ou sua clínica. O tão falado “erro médico” é um dos casos que enseja a propositura de ações judiciais de reparação de danos, mas não so-mente em casos de erros em pro-cedimentos e tratamentos ensejam a reparação de danos.De acordo com o entendimento pacífi co dos tribunais pátrios, os médicos e hospitais e seus respec-tivos pacientes se enquadram nas defi nições que o Código de Defesa do Consumidor dá para “fornece-dor” e “consumidor”, fato que, por si, pode difi cultar a defesa em juí-zo dos profi ssionais da saúde en-volvidos em processos. É que me relações de consumo, existe a pos-sibilidade de o juiz determinar que o fornecedor do serviço (no caso,

médicos e hospitais) prove que os atos realizados não foram danosos ao autor da ação (paciente).Neste contexto, cabe aos próprios médicos de se cercarem de medi-das acautelatórias simples e indis-pensáveis que possibilitam a dimi-nuição dos riscos de demandas ju-rídicas, sendo necessária a própria participação efetiva desse profi s-sional na tomada de medidas acau-telatórias simples e indispensáveis, tudo no seu dia-a-dia dentro dos consultórios e salas cirúrgicas.Como alternativa a minimizar o re-cebimento do “convite” do Poder Judiciário, ou mesmo para poder opor uma defesa contundente, o profi ssional da medicina deve es-tar cada vez mais atento não só na execução de seus procedimentos, mas também nas informações que transmite ao paciente. Aí entra o chamado Termo de Con-sentimento Informado (TCI) que nada mais é do que um documen-to produzido pelo médico, redigido sem grandes formalidades, que menciona, entre outros elementos, a descrição completa do procedi-mento a ser realizado, os riscos que o envolvem e os cuidados a serem tomados antes e depois do mesmo, tudo de forma muito clara e objetiva, para que qualquer leigo entenda prontamente as informa-ções nele contidas. Este documen-to deve ser assinado pelo médico, paciente e por duas testemunhas, após esclarecidas todas as dúvidas formuladas pelo atendido.É certo que nem todo mau resulta-

do é sinônimo de erro médico. Da mesma forma, não se deve admitir que as conseqüências da má prá-tica médica deixem de ser justa-mente reparadas. Nesse sentido, é importante iniciar uma investigação profunda acerca do resultado ocor-rido, coletar todos os documentos necessários e consultar outros pro-fi ssionais a respeito do caso. E é exatamente neste momento que podem aparecer os problemas que difi cultam a defesa dos médicos em juízo, justamente pela falta de documentos e provas destes.Os TCIs já tiveram fundamental im-portância para diversos julgamen-tos no Brasil que o levaram como prova fundamental para o desfecho do processo. Mas não só o TCI é sufi ciente para a redução substan-cial dos riscos da atividade médica. Solicitar os exames necessários no pré-operatório; empregar técni-cas reconhecidas no ato cirúrgico; verifi car se a aparelhagem utiliza-da teve a manutenção adequada; prestar adequadamente os cuida-dos do pós-operatório; informar adequadamente aos pacientes acerca dos riscos dos procedimen-tos, especialmente quando envol-vam cirurgias, são outras medidas que muito ajudam no momento de realizar a prova judicial, cercando e resguardando os profi ssionais da medicina de eventuais ações judi-ciais de reparação de danos.

Mário Dos Martins Coelho BessaAssessor Jurídico da Sociedade

de Oftalmologia do CearáAdvogado OAB-CE 15.254

DEPUTADOHERMÍNIO RESENDE

PRONUNCIAMENTO: Denuncia contra práticas danosas à visão do povo do Ceará.DATA: 13.03.2007Senhor Presidente, Senhores De-putados, Senhores da Imprensa, alunos do Colégio Dom Manuel, presentes nesta galeria, amigos te-lespectadores da TV Assembléia,

da TV Ceará. Estou usando esta Tribuna, mais uma vez, para falar de um assunto que reputo ser da maior importância e da mais alta gravidade.Eu queria que hoje estivesse até mais médicos nessa casa, pois o assunto é caso de saúde pública, e vem se arrolando por vários anos. Aqui no Ceará tem nos preocupado muito que pessoas não qualifi cadas

vem prescrevendo óculos e lentes de contatos. Pessoas, Dr. Washing-ton, que estão muitas vezes, eu di-ria com muita freqüência, cegando cearenses por não estarem qualifi -cados para tal ato.Nobre Deputado Fernando Hugo, Vossa Excelência é médico, tem que nos ajudar. O que mais me as-susta é que as pessoas menos es-clarecidas procuram esses pseudo-

Como Minimizar os Riscos da Atividade Médica

13Ceará Oftalmológico

R E F L E X Ã O

profi ssionais para realizarem exa-mes e para prescreverem lentes. Nós que somos médicos sabemos que a grande maioria dessas pes-soas que não estão enxergando bem não é pelo viço refracional. Eu quero citar aqui alguns exem-plos visão que não são decorrentes de viço refracionais, num linguajar mais simples: Por falta de lentes corretoras. È o caso do glaucoma, no Brasil mais de 900 mil pessoas são portadoras de glaucoma, doen-ça que destrói o nervo ótico e leva à cegueira. Muitos desses pacientes, por falta de um esclarecimento, por falta de uma oportunidade para re-alizar uma consulta com um médi-co oftalmologista, procuram esses pseudo-profi ssionais em todos os

cantos do Ceará, na capital e no interior. Encontramos placas que anunciam aviamento de consultas gratuitas. É uma prática danosa, não pode acontecer. Nós deputados temos combater essas atitudes.Gostaria que o Deputado Antônio Granja, Presidente da Comissão de Saúde, estivesse presente para que ele também levantasse essa bandeira, para que estas pessoas que prescrevem tanto lentes de óculos quanto lentes de contatos fossem abordadas, para que cea-renses não mais cegassem por tra-tamentos indevidos, meu caro Per-boyre, Vossa Excelência também é médico. Eu tenho certeza que lá na sua região de Saboeiro ocorre esse problema.

Meu caro Deputado-médico Rober-to Cláudio, peço a vossa excelên-cia também que se associe a essa nossa luta para benefi ciar a visão do povo do Ceará. Que o povo do Ceará seja consultado por oftalmo-logista. Tenho certeza que nenhum dos senhores gostaria que seus familiares viessem a ter a luz com um médico que não fosse um gine-cologista ou obstetra. Tenho certe-za que nenhum dos Senhores, que tivesse uma fratura quisesse ser atendido por um médico que não fosse qualifi cado para tanto.Apartearam o Deputado Hermínio Resende, se solidarizando com o caso os deputados: Fernando Hugo, Roberto Cláudio e Perboyre Diógenes.

“Dedico esse momento ao meu amigo Fulano, que é engenheiro, e sempre me provocou dizendo que doutor é quem tem doutorado”Pós-graduando, ao saber da apro-vação de sua tese de doutorado.

Uma medida tomada recentemen-te por uma empresa de seguros de saúde é, ao mesmo tempo, al-vissareira e triste. Estabelece re-gras para o ganho do médico, va-lorizando aspectos como: formado há mais de dez anos, residência, especialização, mestrado, douto-rado e docência. Quanto aos três primeiros, não há qualquer sombra de dúvida de que são indicado-res de maior experiência e melhor formação e preparo profi ssionais. Mas será que isso vale também para mestrado e doutorado? Não. O mestre/doutor é necessariamen-te melhor médico do que o que não possui esses títulos? Não.O que signifi ca, então, para o médi-co ter mestrado/doutorado? Signi-fi ca, na melhor das hipóteses, que se trata de uma pessoa com gran-de interesse em ensino e/ou pes-quisa. Digo “na melhor das hipóte-ses” porque, infelizmente, há uma infi nidade de outros motivos menos nobres para almejar esses títulos. Vaidade e marketing pessoal, para

começo de conversa. Galgar posi-ções políticas em sociedades médi-cas, subir na carreira universitária, melhorar o salário, etc.Um erro grosseiro que se vem co-metendo sistematicamente, e, o que é pior, encarado de forma na-tural, é a valorização cega e obses-siva dos títulos de mestre e doutor pelos meios ofi ciais de fomento à educação. Se determinada univer-sidade tem mais mestres/doutores, é melhor conceituada, recebe mais atenção, enfi m, mais dinheiro. Em conseqüência, temos universida-des tradicionais tratando de garan-tir que seus próprios quadros abo-canhem logo o título, e professores sem a menor vocação para a pes-quisa sendo obrigados a enfrentar os cursos não como se fossem cur-sos, mas, sim, obstáculos à obten-ção do amaldiçoado título.Como diz Wladimir Kourganoff, em A Face Oculta da Universidade (Edi-tora da Unesp), vocação para ensi-no não signifi ca necessariamente o mesmo para a pesquisa e vice-versa, e o que se consegue com o atrelamento da produção científi ca à subida na carreira docente é ape-nas a fi gura dos pseudopesquisa-dores e pseudoprofessores.Não há porque obrigar bons pro-fessores da graduação a passar

pelo suplício (para eles) de um curso de pós-graduação. Existem meios mais inteligentes e justos para mantê-los atualizados. Por outro lado, não faz sentido obrigar pesquisadores a dar aulas, se essa não for sua vocação. O prejuízo é duplo: deles próprios e dos alunos.O fi nanciamento da graduação não pode depender do número de mestres/doutores ou mesmo da produção científi ca. Aliás, número de mestres/doutores não deve ser-vir de parâmetro nem para a pós-graduação, pois seu fi nanciamento e de seus laboratórios de pesquisa deveria depender exclusivamente de sua produção científi ca, quan-titativa e qualitativa. Afi nal, de que vale o título com a tese empoeiran-do nas bibliotecas, sem que seja sequer publicada ou mesmo inau-gure uma linha de pesquisa regu-lar?Outra conseqüência bastante noci-va dessa fome de títulos é a difi cul-dade de acesso aos cursos de pós-graduação, por parte de candidatos (com vocação) oriundos de univer-sidades mais novas. Enfrentam a endogenia reinante em muitas das ditas tradicionais, e alguns acabam por desistir no meio do caminho.Como consolo, apenas o fato de que, a médio e longo prazos, essa

A p ó s - g r a d u a ç ã o e a m a i s - v a l i a

Por FLÁVIO R. L. PARANHOS

14 Ceará Oftalmológico

O F T A L M O L O G I A E A R T E

INTRODUÇÃO O médico Levi Madeira conta em forma de poesiaNarrando as principais ocorrências da oftalmologiaDe uma forma muito didática e sem nenhum mistérioEle vai narrando os fatos levando tudo muito a sérioTem muito a nos contar como médico oftalmologistaPois além de rotariano tem sido um grande idealistaPalestras sobre a visão envolvendo a comunidadeTem proferido desde o ano que concluiu a faculdadeSeja em escola, igreja, centro comunitário ou empresaSe for convidado irá ele com disposição e destrezaProjetos de prevenção como Visão do EscolarTem benefi ciado muita gente sendo ele o titular Com este livro não tem ele nenhuma outra pretensãoTão somente esclarecer em forma de diversãoA quem possa interessar seja médico ou nãoOs variados problemas que afetam a visãoSem mais grandes delongas vamos logo terminar

endogenia será fatal a essas uni-versidades, resultando em comple-ta decadência, pois instala um cli-ma de inércia e desestímulo entre seus integrantes.Mestrado e doutorado, antes de se-rem títulos, são cursos. Aprofunda-se em um tema específi co que será objeto de um experimento científi co para a elaboração da tese e, qui-çá, inaugurador de uma linha de pesquisa. Para tanto, são de vital importância as disciplinas do cha-mado domínio conexo (metodolo-gia científi ca, estatística e didática, por exemplo). Pois bem. É de es-tarrecer o desprezo que dispensam

a essas disciplinas os alunos que evidentemente entram na pós-gra-duação com todas as credenciais do mundo, exceto a que mais in-teressa: vocação. Resultado: for-mam-se mestres e doutores sem a menor noção dessas matérias, ali-viadas por obterem enfi m o título.Sou médico, não sou matemático, dizem, referindo-se à campeã das antipatias, a bioestatística (como se fosse possível realizar pesquisa científi ca sem, no mínimo, compre-ender seus fundamentos). Alguns, os chamados medalhões, chegam a contratar um verdadeiro exército para elaborar sua tese, com a ale-

gação de falta de tempo. Terminam o curso como começaram: pseudo-pesquisadores.“Sendo o termo da vida limitado, não tem limites a nossa vaidade”, escreveu o fi lósofo brasileiro Ma-tias Aires. É verdade. Que o diga o rapaz da epígrafe, que fez doutora-do para ser chamado de doutor.

FLÁVIO R. L. PARANHOS Médico, doutor em Oftalmologia pela UFMG é pós-doutorado pela Escola

Médica de Harvard

Estas primeiras palavras para agora iniciarA leitura das poesias envolvendo a visãoPodendo ser lido por criança, jovem ou ancião.BLEFAROPLASTIA Traços primorosos têm as pálpebras no limiar da existênciaJunto com cílios e sobrancelhas harmonizam a aparênciaAo globo ocular protegem cumprindo grande funçãoAo piscar espalham as lágrimas aperfeiçoando a visãoCom o envelhecimento da pele e a força da gravidadeAparecem então as rugas pela perda da elasticidadeRadiação solar e o fumo nos que têm exposiçãoEnvelhecem muito mais cedo já é uma constataçãoEm alguns surgem as temidas bolsas sob a pele palpebralÉ a hérnia de gordura orbitária infl uindo na aparência facialA queda das pálpebras e bolsas simulam cansaço e tristezaChegou o momento de operar e aos olhos dar mais belezaBlefaroplastia é a técnica que vai mudar seu astralÉ o nome que damos para a cirurgia plástica palpebralPele, músculo e gordura são retirados com toda precauçãoCom a sutura repõe-se tudo na sua correta posiçãoAntes da cirurgia faça uma consulta oftalmológicaHemograma, glicemia, coagulograma e avaliação cardiológicaA campimetria é outro exame que deve ser usualEla mostra se há defeitos no seu campo visualEstando tudo acertado fi nalmente chega o diaPrimeiro a demarcação das áreas para a correta cirurgiaOperar duas ou as quatro pálpebras já

houve esta decisãoO anestesiologista agora aplica uma suave sedaçãoInfi ltração nas pálpebras é feita dando completa anestesiaLimpeza da face com álcool iodado para uma boa assepsiaE a transformação agora começa pelas mãos do cirurgiãoFinalizando após pôr tudo na sua mais correta posiçãoEntre uma a duas horas é o tempo que dura a blefaroplastiaCompressas geladas são importantes indo até o sétimo diaSem curativos já vai para casa duas horas pós-cirurgiaQuanto mais compressas geladas fi zer melhor a fi sionomiaDia seguinte deve ser visto pelo seu cirurgiãoA mobilidade ocular é testada assim como sua visãoAté o terceiro dia suas pálpebras decerto incharãoCom oito dias tirar os pontos e fazer outra avaliaçãoMuito sucesso temos alcançado na nossa blefaroplastiaCom 3 sessões de drenagem antes e mais 3 pós cirurgiaDrenagem linfática bem feita além de segura auxiliaMenos edema e equimose deixa melhor a cirurgiaAos três meses já é se observa sua nova fi sionomiaÉ o milagre da técnica de uma blefaroplastiaFaça as pazes com o espelho afaste aquele pesarVeja novamente como é a beleza do seu olhar...

Ã

Levi Madeira

15Ceará Oftalmológico

SOCIEDADE DE OFTALMOLOGIA DO CEARÁSede Própria: Av. Dom Luiz, 300 - S/ 1127 Meireles-Fortaleza-CE - CEP 60.160-230Fone-Fax: (85) 3264.9781 - 3264.9404

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DIRETORIA EXECUTIVA Presidente

Dr. Sérgio Augusto Carvalho Pereira Vice-Presidente

Dra. Márcia Maria de Araújo MedeirosSecretário Geral

Dr. Abrahão da Rocha Lucena1º Secretário

Dr. George Emílio S. Carneiro2º Secretário

Dra. Joana Gurgel Holanda Filha1º Tesoureiro

Dr. Edmar Oliveira Guedes Júnior2º Tesoureiro

Dr. Francisco Eurípedes Gomes de LimaRepres. Reg. Norte Dra. Ana Maria F. Gomes Dias

Repres. Reg. Central: Dr. Raimundo Holanda AmorimRepres. Reg. Sul: Dr. João Correia Saraiva

COMISSÕESCursos:

Dr. Abelardo Pompeu de TarginoDr. Alexandre Teles HolandaDr. David da Rocha Lucena

Dra. Deborah Fernandes TávoraDr. Leiria de Andrade Neto

Dr. Newton Leitão de AndradeDr. Rodrigo Vicentini

Defesa da Saúde Ocular:Dr. Antônio Hermínio B. ResendeDr. Carlos Alfredo Cisne GuerraDr. Danton Correia Nobre Junior

Dr. Francisco Melo NetoDr. João Helder A. Arcanjo

Dr. Volney Anderson Castaldelli

Divulgação e Marketing:Dr. Adriano Holanda Viana

Dr. Gersivan Gomes de limaDra Joyce Duarte Gandhi MartinsDra Juliana Cristina Leite BotelhoDra. Wélia Maria Aquino Ferraro

Ética:Dr. Cleanto Jales de Carvalho Filho

Dr. Fernando Queiroz MonteDr. Francisco Alequy de Vasconcelos Filho

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Dr. Sylvio Idelburque Leal Filho

Incentivo à Pesquisa Científi ca:Dra. Andréia Giffoni

Dr. Carlos Afonso SilvaDr. Cícero Narcísio Moreira Leite

Dr. Jailton Vieira da SilvaDr. Regis Santana de Figueiredo

Dr. Ricardo E. Marrocos de AragãoDra. Rosistelle Maria O. Bezerra Castaldelli

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Informática e Documentação: Dr. Armando Arrais Feitosa Neto

Dr. Jovanni Gomes AlvesDr. Levi Torres Madeira

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Lente de Contato:Dra. Arabella Chagas Primo

Dr. Fernando Augusto Delgado SampaioDra. Ivana Lucia S. Carneiro

Dr. José Hyder Dantas CarneiroDra. Maria Eugênia Lima CruzDr. Sisley Jean Araújo Viana

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Prevenção à Cegueira:Dra. Ana Valéria Carneiro Teixeira

Dr. Breno Santos de Holanda Dr. Daniele Limeira Lima Costa

Dr. Jailton DantasDr. Paulo Rogers Parente Gomes

Conselho Consultivo:Dr. Fernando Antônio Lopes Furtado Mendes

Dr. Aristófanes Canamary RibeiroDra. Eliane Barbosa Silva Bonfi m de Morais

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AGRADECIMENTOS

DIREITOS DO SÓCIOO associado da S.O.C tem direito a:

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CALENDÁRIO OFTALMOLÓGICO

NOVEMBRO

XVIII Congresso Cearense de Oftalmologia22 a 24 de novembro de 2007

Hotel Vila Galé - Fortaleza - CearáInformações: ARX Eventos - Tel.: 85 - 4011.1572 (Paula Moraes)

Acesse também o nosso site: www.soc.org.br

Participe!!!As clínicas / hospitais que desejarem divulgar seus eventos na área de

Oftalmologia, deverão fazê-lo pelo fax: 85-3264-9781 oupelo e-mail: [email protected]

• O cara morria de medo de avião. No balcão do aeroporto, quando a moça perguntou que lugar ele preferia, respondeu: - Dentro da caixa-preta, por favor!.

• Havia três amigos - um argentino, um brasileiro e um português. O brasileiro pediu dinheiro emprestado ao argentino, que tinha fama de pão-duro. O brasileiro, por sua vez, tinha fama de caloteiro. Passaram-se seis meses, sem que a dívida fosse paga. Um dia os três amigos se encontraram. O argentino, de repente, puxa uma arma e diz para o brasileiro: - Você vai pagar a dívida, ou não?- Claro que não - debocha o brasileiro. Eis que ele toma o revólver do argentino,

PIADASaponta para a própria cabeça e diz, antes de atirar: - Vou para o inferno, mas não pago essa dívida!Os amigos fi cam olhando, atônitos. O argentino, descontrolado, pega a arma, aponta para a cabeça e diz: - Vou até o inferno para cobrar o que me devem - e puxa o gatilho. O português vê os dois amigos mortos, pensa um pouco, pega a arma, aponta para a própria têmpora e grita: - E eu não vou perder essa briga por nada!!!• Paulo Maluf vai visitar o Papa e no fi nal da audiência, Sua santidade coloca a mão no bolso da batina e diz: - Espere, meu fi lho. Eu vou lhe dar um terço... - Nada feito! - protesta o político - Só aceito se for a metade!

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