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ANO XXXIII - Nº. 389 Mês de março de 2015 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS Castelo Branco TAXA PAGA Redacção: Avª. Almirante Reis, Nº. 256 - 1º. esqº. 1000-058 LISBOA - [email protected] - www.ccvvrodao.no.sapo.pt - Telem. 967 018 215 - NIB: 003500630008193433011 Publica-se na última semana de cada mês Mensário Regionalista Fundador: DOMINGOS ALVES DIAS Director JOSÉ FAIA P. CORREIA Registo de Imprensa - Nº 108771 Depósito Legal Nº. 4032/84 33 Anos ao serviço do nosso Concelho Número Avulso: 0,80 Pág. 2 Editorial Pág. 4 Associação Recreativa e Cultural de TOSTÃO L agar Social do Tostão conhecido por todos como “ Lagar Novo” este projeto designado : Refuncionalização do lagar em Museu de Azeite – Centro de Convívio temático, está concluído. Vamos fazer uma cerimónia de inauguração bonita com significado, em que a Associação Recreativa e Cultural de Tostão estará à altura dos pergaminhos que se impõem, lavrando na sua história mais uma página importante. É nossa intenção fazer coincidir esta atividade com o dia do porco no espeto. Remodelação da vista principal Centro Recreativo e Cultural do VILAR DO BOI Trilhos da Açafa VII Uma grande festa… uma jornada de grandes emoções em BTT V ila Velha de Ródão ganhou um especial colorido com a presença de 300 adeptos do BTT e respetivos acompanhantes, que compareceram para participar em mais uma edição, a sétima, dos Trilhos da Açafa. O Campo de Feiras viveu um momento de festa e de especial animação e mobilizou da parte da organização, da responsabilidade do Centro Desportivo Recreativo e Cultural da localidade, uma equipa de mais de 60 voluntários. Esta foi a realidade a que Vila Velha de Ródão assistiu no dia 8 de Março de 2015, por ocasião do Passeio em BTT, “Trilhos da Açafa VII”. No Dia Internacional da Mulher, efeméride que não foi esquecida, Ródão vestiu-se de cor e animação. Centro Cultural e Recreativo da Sarnadinha Dia Mundial da Poesia CASA DO CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO JORNAL ALMOÇO/CONVÍVIO 13,30 horas - Almoço/convívio no CDRC de VV de Ródão, com animação. (Preço do almoço: ainda não conhecido) Inscrições através dos Telm: 967018215 - 964050615 - 966182289 Nota: No nosso jornal de Abril serão divulgados mais pormenores COLÓQUIO (Entrada livre) 10,30 horas - Concentração no auditório da Casa das Artes e Cultura do Tejo 11,00 horas - Apresentação e debate do tema: “A Imprensa Regional na Beira Baixa, sua importância no contexto local” - Pelo Vice-Diretor do Jornal Reconquista, José Júlio Cruz COLÓQUIO/CONVÍVIO EM VILA VELHA DE RÓDÃO Dia 9 de maio - sábado Por iniciativa do Centro Cultural e Recreativo da Sarnadinha com apoio da Biblioteca Municipal de Vila Velha e do Jornal do Concelho, o povo de Sarnadinha comemorou o “Dia Mundial da Poesia”. Cont. Pág. 5 Últ. Pág. Cont. Pág. 4 Últ. Pág. GAFOZ CONVIDA SÓCIOS A FESTEJAR A PÁSCOA NA TERRA VILA VELHA DE RÓDÃO E OS CAMINHOS DE SANTIAGO Pág. 4

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ANO XXXIII - Nº. 389 Mês de março de 2015

O CONCELHO DEVILA VELHA DE RÓDÃO

PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS

Castelo BrancoTAXA PAGA

Redacção: Avª. Almirante Reis, Nº. 256 - 1º. esqº. 1000-058 LISBOA - [email protected] - www.ccvvrodao.no.sapo.pt - Telem. 967 018 215 - NIB: 003500630008193433011

Publica-se na última semana de cada mês

Mensário RegionalistaFundador: DOMINGOS ALVES DIAS

DirectorJOSÉ FAIA P. CORREIA

Registo de Imprensa - Nº 108771 Depósito Legal Nº. 4032/84

33 Anos ao serviço do nosso Concelho

Número Avulso: 0,80

Pág. 2

EditorialPág. 4

AssociaçãoRecreativa eCultural deTOSTÃO

Lagar Social do Tostão conhecido por todos como “ LagarNovo” este projeto designado : Refuncionalização do lagarem Museu de Azeite – Centro de Convívio temático, “

está concluído. Vamos fazer uma cerimónia de inauguração bonitacom significado, em que a Associação Recreativa e Cultural de Tostãoestará à altura dos pergaminhos que se impõem, lavrando na suahistória mais uma página importante. É nossa intenção fazer coincidiresta atividade com o dia do porco no espeto.

Remodelação da vista principal

Centro Recreativoe Cultural do

VILAR DO BOI

Trilhos da Açafa VII

Uma grande festa…uma jornada de grandes

emoções em BTT

Vila Velha de Ródão ganhou um especial colorido com a presençade 300 adeptos do BTT e respetivos acompanhantes, que

compareceram para participar em mais uma edição, a sétima, dosTrilhos da Açafa. O Campo de Feiras viveu um momento de festa ede especial animação e mobilizou da parte da organização, daresponsabilidade do Centro Desportivo Recreativo e Cultural dalocalidade, uma equipa de mais de 60 voluntários. Esta foi a realidadea que Vila Velha de Ródão assistiu no dia 8 de Março de 2015, porocasião do Passeio em BTT, “Trilhos da Açafa VII”.No Dia Internacional da Mulher, efeméride que não foi esquecida,Ródão vestiu-se de cor e animação.

Centro Cultural e Recreativo da Sarnadinha

Dia Mundial da Poesia

CASA DO CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃOJORNAL

ALMOÇO/CONVÍVIO13,30 horas - Almoço/convívio no CDRC de VV de Ródão, comanimação. (Preço do almoço: ainda não conhecido)Inscrições através dos Telm:967018215 - 964050615 - 966182289Nota: No nosso jornal de Abril serão divulgados mais pormenores

COLÓQUIO (Entrada livre)10,30 horas - Concentração no auditório da Casa das Artes eCultura do Tejo11,00 horas - Apresentação e debate do tema:“A Imprensa Regional na Beira Baixa, sua importância no contextolocal” - Pelo Vice-Diretor do Jornal Reconquista, José Júlio Cruz

COLÓQUIO/CONVÍVIO EM VILA VELHA DE RÓDÃODia 9 de maio - sábado

Por iniciativado CentroCultural e

Recreativo daSarnadinha

com apoio daBiblioteca

Municipal deVila Velha e do

Jornal doConcelho, o

povo deSarnadinha

comemorou o“Dia Mundial

da Poesia”.

Cont. Pág. 5

Últ. Pág.

Cont. Pág. 4

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GAFOZ CONVIDA SÓCIOS AFESTEJAR A PÁSCOA NA TERRA

VILA VELHA DE RÓDÃOE OS CAMINHOS DE SANTIAGO

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MARÇO DE 2015O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 2

Crónicas de um paraíso à beira do Tejo…por José Emílio Ribeiro

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"O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO"Propriedade e editor: Casa do Concelho de Vila Velha deRódão; Nº Registo Pessoa Colectiva: 502 377 003 - Isentode registo na ERC ao abrigo do Decreto regulamentar nº. 8/99 de 9 de Junho (artº 12º, nº 1, alínea a). Depósito Legal: Nº.4032/84. Director: José Faia P. Correia([email protected]). Presidente da Direcção da Casa doConcelho: Elísio Carmona ([email protected])Composição: João Luis Gonçalves Silva([email protected]). Impressão: Jornal Reconquista -Castelo Branco.- Colaboradores: Ana Martins Camilo, AnaPaula Ribeiro, António Silveira Catana, Carolina Lourenço,David Sequerra, Elísio Carmona, Emílio B. Pereira Costa,Fabião Baptista, Jorge Manuel Cardoso, José Carlos Belo, JoséEduardo, José Emílio Ribeiro, Luis Ribeiro Pires Correia,Manuel Antunes Marques, Mónica Santo, e O. Sotana Catarino.Sede, Redacção e Administração: Av. Almirante Reis, 256 -1º. Esqº. 1000-058 LISBOA - N.B. - Toda a correspondênciadeverá ser enviada para a redacção. As opiniões expressasnos textos publicados em "O Concelho de Vila Velha deRódão" apenas reflectem os pontos de vista dos seus autores.Assinatura anual: •Território nacional - 10 € • Estrangeiro -12,5 €. Tiragem mensal: 1 500 ex.

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• Vila Velha de Ródão: Sede da Junta de Freguesiade Ródão - Tel. 272541011 - Mota & Barreto Cont.Ldª - Tel: 272 545 553 • Foz do Cobrão: OctávioSotana Catarino; • Sarnadas de Ródão: EmílioB. Pereira da Costa - Tel:272 997 793 • Perais:Maria Dias Belo Carepo - Telem: 962 788 650• Fratel : Odete Martins, na Cooperativa dePequenos e Médios Agricultores da Freguesia doFratel • Lisboa: Envio de cheque ou vale postalpara: Casa do Concelho de Vila V. de Ródão - Av.Almirante Reis, 256 – 1º Esq. - 1000-058 – Lisboa(Neste caso, a Fact.ª / Recibo será enviadaposteriormente).O valor da assinatura para o ano de 2014 é de10,00 euros, para território nacional, e de 12,50euros para o estrangeiro. Apelamos para quemantenham os pagamentos em dia, tanto maisque o valor da assinatura e de alguns anúnciossão a única receita do nosso jornal.

Cresci e vivi sempre ligado ao comércio, nãoé de estranhar por isso que o meu nomeapareça ligado a uma exposição que a

Câmara Municipal de Proença tem levado a efeitona escadaria do Auditório Municipal e subordinadaa este tema.

Fui ao longo dos anos guardando religiosamenteespólio da casa comercial de meus pais, de modo apreservar alguma coisa do que era o comércio noantigamente. Digo no antigamente, porque hoje nadado que se faz se compara com aquilo a que nósestávamos habituados.

O comércio sempre foi o trocar algo por outracoisa, quer por dinheiro, quer por géneros ou mesmopor trabalho.

Um balcão corrido, umas estantes, tudo emmadeira, uma parte de mercearias, uns tecidos, meias,botões, tachos e panelas, meia dúzia de utensíliosem plástico (quando este apareceu), por vezesalgumas ferragens, mas sempre a infalível secção devinhos e bebidas, coisa que nunca podia faltar nocomércio das vilas e aldeias.

O comércio evoluiu, na forma, nos meios e atémesmo nos fins. Poderá parecer estranho eu dizernos fins, mas na realidade é nesta aspeto que lhevejo a maior mudança. O comércio deixou hoje deser um serviço para ser um investimento que terá deser rentável. Deixou de ser um lugar onde o clientenão era apenas mais um, era acima de tudo o amigoque ali vinha trocar dinheiro por alguns artigos, mastambém por uns momentos de alegre cavaqueira comquem o atendia.

Antigamente conhecíamos os nossos clientespelo nome, em vez de; “bom dia, deseja saco?”.Cumprimentávamos; “Bom dia dona Teresa, comovai o seu António e o Luisinho, então o que vaihoje?”. O Cliente era uma pessoa, não apenas umnúmero mais. Era até mais que um cliente, era umamigo a quem tínhamos o prazer de servir. Hoje ogrande comércio serve-se do cliente para engordar asua ânsia de lucro, não hesitando em o enganar se forpreciso: basta apenas que isso aumente os seusproventos, pois o fim último é o lucro, não o servir.Mas, enfim, é fruta da época em que vivemos.

Eu disse que evoluiu, mas esta evolução foi maisnotória nos meios de que se serve o comércio, emespecial a nível de máquinas, com a entrada na erados computadores. Mas será que as coisas evoluírammesmo ou alteraram-se por completo? Se por acasoo leitor tem esta dúvida eu já lhe a tiro. Dantes parasabermos o preço de um artigo consultávamos umlivro a que chamávamos “Preçário”, ondeescrevíamos o nome do fornecedor, o artigo e ospreços de custo e venda. Hoje é o código de barrasque, lido por máquina própria, nos diz isso tudo.

Afinal o que é o código de barras e o quesignificam aqueles traços e números? A primeirasequência de barras diz o país de origem do produto,a segunda de quatro a sete dígitos o fabricante ouembalador, a terceira o produto em si, o últimonúmero é o dígito verificador, que tem de ser igual aoresultado de uma conta complexa que o computadorfaz com todos os outros números.

E o cartão de crédito? Perguntará o leitor. Simplesresponderei eu. Corresponde ao livro de assentosque existia em todas as lojas, mas com a principaldiferença que quem suportava os custos das demorasque houvesse, ou até do incumprimento dopagamento era o comerciante. Quantas vezes ocomércio local era o banco alimentar dos pobres…que fiava ao cliente e que, quantas vezes, as contasficavam mesmo por pagar, porque não havia dinheiro?

Hoje há muita propaganda escrita, muitainformação? Pois há, mas também já em milnovecentos e trinta e sete, meu pai fez circularfolhetos anunciando a abertura da sua nova loja econtinuou a fazer propaganda por este meio.

Se não tínhamos net nem existia o Google, comoé que conseguíamos arranjar os artigos? Simples,havia os viajantes por conta dos armazenistas quevisitavam o comerciante de tempos a tempos eregistavam as encomendas que depois eram enviadasa estes. Existia um grande livro chamado anuáriocomercial, que teve como sucessor as páginasamarelas. Mas havia também a arte e o engenho decada um… para vender.

Na minha casa havia dois tipos de venda, asvendas de armazém e as vendas a retalho, sendo queas margens de lucro com que marcávamos produtoseram de 17% para o armazém, ou seja as vendaspara outros comerciantes, e 20% para as de retalhoou seja ao público. Não tenha dúvida leu bem osnúmeros, hoje nas grandes superfícies fazem-nosdescontos de 50%, nem vou comentar os porquês!!!

É certo que a maioria dos comerciantes tinhamuma vida desafogada, longe de serem ricos, mas erauma profissão com certa estabilidade, que passavade pais a filhos, em sucessivas gerações.

Hoje as maiores fortunas do país estão nas mãosde pessoas ligadas às grandes superfíciesdistribuidoras de bens alimentares, enquanto ospequenos proprietários do comércio tradicional vãoencerrando as portas, muitos deles na miséria.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.Mas vamos caminhando para o paraíso ou para oinferno?

Desta vez nem falo no meu paraíso, fica para apróxima…

Março 2015

1. Com a ajuda dos nossosestimados leitores alargámos onúmero de povoações do Concelhoque são notícia através do nossoJornal. O bem-haja para esses“novos” colaboradores, voluntárioscomo todos nós, interessados nadivulgação do que acontece nassuas aldeias.

2. No Dia da Poesia testemunheicomo, na pequena povoação daSarnadinha, foi possível organizarum evento de elevado sentidocultural a pretexto dascomemorações daquela efeméride.Ali, à poesia popular recitada pormulheres simples ali residentes,juntou-se outra mais erudita e,sobretudo, ouvimos ler muita da queé escrita pelo poeta de todos osdias, ali nascido e que por issomesmo se auto define como PoetaBeirão, SILVÉRIO PIRES DIAS.Como testemunha atenta e, pelo quevimos, divertida também, a Drª.Graça Baptista, não faltou comoreferência que é implicada na vidacultural do nosso Concelho.

3. Com a devida autorização doseu autor, um fratelense que seintitula como um menino pobre queeu fui, publicamos a primeira parteda carta que ele endereçou aosdeputados da Nação em 2010,testemunho do que era a vida dospobres num tempo que nãodesejaríamos voltar a viver, masque espreita num país onde apobreza alastra em cada dia quepassa e há ricos cada vez maisricos…

4. Recomenda-se que tomem notado que se vai passar no Vilar doBoi logo nos primeiros dias de abril!

Editorial

Telefones úteis

ADRACES - 272540200Associação Estudos Alto Tejo - 272541122As. H. Bombeiros Voluntários -272541022Câmara Municipal V.V. Ródão -272 540300CENTA - 272545314CDRC - 272545322Centro M. C. Desenvolvimento - 272545308Centro Saúde V. V. Ródão - Tel:272540210Centro Saúde de Fratel- 272566172Centro de Saúde de Perais - 272989370Centro de Saúde Sarnadas- 272997345Centro R. Segurança Social - 272545217CTT Correios de Portugal - 272549010Delegação Escolar de VVRódão - 272545256Dir. R.Agricult. Beira Interior - 272541076Escola de Ensino Básico - 272541041Estação dos Caminhos-de-ferro - 272541085Est. Caminhos ferro Sarnadas- 272997414Farmácia Pinto - 272545135Guarda Nacional Republicana -272545121Junta de Freguesia de Fratel -272566187Junta de Freguesia de Perais -272989275Junta de Freguesia de Sarnadas - 272298088Junta Freguesia de V V Ródão -272541011Posto de Informação Juvenil -272545295

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MARÇO DE 2015 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 3

Fabião Baptista

A PÁSCOA DA RESSUREIÇÃO

Como recordo aqueles tempos de menino e moço, como diria BernardimRibeiro, quando, no “sábado de aleluia”, me invadia um misto de ansiedadee incontida vontade de ouvir as dez sonoras e compassadas badaladas,

para, de maneira célere e decidida, trepar pela longa escadaria que me levava atéao cimo da torre sineira e aí, de maneira frenética, pegar no badalo do sino e começara tocar e a gritar: “Aleluia, Jesus ressuscitou”.

É verdade que, nessa altura, tudo isto era feito por um rito tradicionalista, nãotendo a verdadeira noção do seu significado.

Muitos anos mais tarde, estive em Jerusalém, na Igreja do Santo Sepulcro,junto ao túmulo que foi cavado na rocha dum jardim do José de Aritmeia, ondeJesus havia sido deposto e aí, rezando e meditando neste grande mistério pascal,melhor compreendi que foi precisamente daquele local, do túmulo de Cristo, quesaiu vida nova para a humanidade, à imagem da Ressureição gloriosa do Senhor,Jesus Cristo.

A vida cristã, mais não é do que uma Páscoa permanente, o êxodo constante,uma passagem da morte do pecado, para a vida da felicidade e da graça. Em todasas Páscoas, revivem os cristãos, o mistério pascoal da RESSUREIÇÃO, que nosdá uma nova vida, cheia de graça espiritual. É que, a Páscoa dos cristãos, é Cristo,o novo fermento que nos dá ânimo para viver, para suportarmos o sofrimento, paracrescer na fé.

Mas, para vivermos, em plena graça, é preciso estarmos em conjugação comCristo, formando com Ele, um único corpo místico, a fim de com Ele partilharmos omesmo espírito e vida espiritual.

Só vivendo em Cristo, poderemos viver com Ele. Se eu quiser ter a mais altaglória de ser de Cristo, terei de seguir os meus preceitos e de cumprir os meusmandamentos.

A PÁSCOA é uma forma de vida cristã. Pelo Batismo, sacramento daRessureição, renascemos do pecado original, para uma vida em graça, pondo àmargem os liames do pecado e as limitações inerentes ao homem velho. Ser cristãoé levar, nas obras e nas virtudes da vida diária, o testemunho de Cristo ressuscitado.A essência dos Evangelhos, a Boa Nova, consiste em comunicar aos nossos irmãos,em Cristo, o mistério do Senhor ressuscitado. Porém, ao fim, ao cabo e ao resto evendo bem as coisas, o Cristo pascal, somos nós próprios, dando o nosso testemunhode vida, onde quer que estejamos, alvoraçando o nosso próximo, com o grito quepromana do túmulo vazio, junto a Gólgota, em Jerusalém.

Se quisermos ser, autênticos cristãos, na verdadeira aceção da palavra, temoso dever de dar, à nossa vida de cristãos, os valores que conferem à vida, um saborde retidão, de santidade.

Neste mundo, onde prolifera tanto ódio, tantas vindictas, tanta violência e atostão bárbaros, como os praticados pelos desumanos jihadistas islâmicos da Líbia,que nos deixam horrorizados e em pânico, temos de mais nos unir a Cristoressuscitado, que proclamou apenas a paz, a concórdia, o perdão, a fraternidade, oamor ao próximo. Sempre que um cristão se levantar da sua cama, após um sonotranquilo e reparador, que seja sempre uma radiosa manhã de Páscoa.

A PÁSCOA é o fundamento de toda a nossa fé. Por seu lado, a RESSUREIÇÃOé o grande sinal, a anunciada prova que todos esperavam e da qual chegarammesmo a duvidar. “Se Cristo não tivesse ressuscitado, era vazia a nossa fé e toda apregação do Nazareno” (I Cor. 15-14).

A PÁSCOA é mistério de fé. E isto porque só através da fé se pode compreenderCRISTO RESSUSCITADO. Do mesmo modo que os apóstolos, também nós,cristãos, às vezes vacilamos e somos tardos no acreditar. Frequentementetropeçamos nos escolhos dos escândalos, no opróbrio da cruz, na dúvida que,amiudadamente se instala em nós.

Porém, não nos podemos esquecer que Páscoa é mistério de amor, defraternidade, de perdão, de resignação. A morte e Ressureição de Cristo é, paranós cristãos, a maior prova de amor, a autêntica e perfeita doação de Cristoressuscitado, para que nós, um dia, ressuscitemos também. Vendo bem as coisas,eramos nós que tínhamos necessidade de ressuscitar e não Cristo, que já era Deus,vértice supremo de toda a cristandade.

Mas tudo sucedeu, de modo tão diferente e tão célere, tudo aconteceu a correr,naquele inolvidável dia de Páscoa judaica. Foi uma correria do Sinédrio para oPretório, da casa de Anás, para Caifás, de Pôncio Pilatos para Herodes Antípas edeste novamente para Pilatos. Jesus apressou-se a consolar Sua Mãe e os seusamigos. Pedro e João, correram para o sepulcro. As piedosas mulheres e os discípulosde Emaús correram ao encontro do Senhor. E tudo por ódio, despeito, amor, eacrisolada afeição. Jesus foi querido, estimado, amado e odiado, vilipendiado ecruelmente cruxificado. Foi beijado de três maneiras bem diferentes. Teve o beijodo amor, de sua mãe. O beijo do arrependimento de Maria Madalena e o beijo datraição de Judas Iscariotes.

Nesta Páscoa, com qual destes beijos vamos oscular Cristo?

A MISERICÓRDIAFESTEJOU OS 501

ANOS DEEXISTÊNCIA

A Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco, ataviou-se,a preceito e vestiu as suas melhores galas, no transato dia 16de Fevereiro, a fim de festejar, com pompa e circunstância,os seus 501 anos de existência, a praticar o bem, a difundir acaridade, a fazer toda a espécie de filantropia e a espalharbenemerência.

De acordo com uma deliberação, da Mesa Administrativa,esta meritória Instituição, irá aproveitar a efeméride do seuaniversário, para fazer a cerimónia da tomada de posse, doscandidatos que desejavam ingressar na Irmandade.

As cerimónias iniciaram-se com a celebração da SantaMissa, ato religioso este a que presidiu o Cónego, EmanuelAndré Matos da Silva em representação do Bispo da Diocese,D. Antonino Eugénio Dias, tendo concelebrado o Padre JoséPalos Fernandes, capelão da Santa Casa da Misericórdia deCastelo Branco. Todos os atos de culto, foram solenizados,com muito brilhantismo, pelo Grupo Coral da Misericórdia.

A igreja encontrava-se literalmente cheia, tendo aEucaristia sido muito participada pela assistência.

À homilia, de fino recorte de oratória e profundo sentidodoutrinário, o Cónego Emanuel, partindo das leituras daliturgia da palavra, exaltou o trabalho laborioso que tem sidograciosamente realizado, pelas Misericórdias, criadas pela D.ªLeonor, viúva de D. João II, e se encontram disseminadas portodo o país, pondo bem em destaque a devotada Obra decaridade e assistência, que tem sido exercida pelas MesasAdministrativas da Santa Casa da Misericórdia de CasteloBranco. De imediato referiu-se ao relevante esforço egratuidade e ao total altruísmo que tem sido praticado pelosmembros das diferentes Mesas Administrativas, terminandopor desejar muitas felicidades à nova Provedoria, exortandoos Irmãos que iam ser empossados, a que fossem diligentes,perseverantes, assíduos, colaborantes e que fossemparticipativos nas lides duma Instituição tão insigne e comtantos pergaminhos, como é a Santa Casa da Misericórdia deCastelo Branco.

Findas as cerimónias litúrgicas, teve lugar, nos claustrosda Instituição, um fraternal convívio de solidariedade social.De tarde, no salão polivalente da Santa Casa, realizou-se umaalegre e divertida tarde recreativa, onde se voltou a exibir oGrupo Coral da Santa Casa da Misericórdia, que interpretouvários números do cancioneiro regional da Beira Baixa e outrasmelodias de sabor popular, que colheram fortes aplausos daassistência, que enchia, literalmente o salão.

Seguiu-se um bem afinado conjunto de tocadores decavaquinho, da USALBI (Universidade SenioresAlbicastrense), que a todos encantou, quer pela sua elegânciae fino porte, quer pela sua afinação instrumental, quer pelostemas que nos apresentaram, todos respigados de conhecidasmelodias regionais. Embora, em dois temas, se notassemalgumas dissonâncias e desarmonia musical, isso não chegoupara ofuscar o brilho interpretativo, nem o já apreciável nívelartístico e a graciosidade que os tocadores imprimiam aosseus instrumentos de quatro cordas, que vibravamharmoniosamente.

Foi uma atuação verdadeiramente intimista, onde houvecadência de ritmos e sons, criatividade musical e uma técnicainterpretativa quase a roçar a perfeição executória, muito bemcomungada com frescas vozes, bem calibradas, na suatessitura musical e entoadas com ritmo alegre e sadio e umaarquitetura sonora, bastante apreciável, o que fez que aassistência brindasse esta atuação, com o estrugir de fortes,quentes e prolongados aplausos.

Sem receio de sermos desmentidos, podemos afirmarque este concerto, de belo efeito musical, pura beleza eencanto sedutor, foi para os idosos da Santa Casa, umverdadeiro refrigério musical.

No decorrer desta tarde recreativa, o presidente daAssembleia Geral, Manuel Cardoso Martins, o provedor daMesa Administrativa, José Augusto Rodrigues Alves e ovice-provedor, João Fernando Goulão Pinto, tomaram ainiciativa de homenagear o esforço, dedicação, empenho ezelo que ao longo de vários lustros, os mesários JoséMendonça Horta e José Fabião Baptista, dedicaram à SantaCasa da Misericórdia de Castelo Branco, distinguindo-oscom a medalha comemorativa dos 500 anos da existência daSanta Casa da Misericórdia de Castelo Branco, tendo dirigido,a ambos, palavras repassadas de carinho, sentimentos dereconhecida gratidão e total compreensão, pelo trabalho quede maneira tão devotada, estes Irmãos prestaram, em benefícioda Instituição.

Fabião Baptista

965762025 / 274822186 | [email protected]

http://acasadalena.wix.com/clena Sobral FernandoSobreira Formosa

(NOTA: A carta que se segue é da autoria do Professor JúlioMarques Mota da Universidade de Coimbra e nossoconterrâneo. Apesar de escrita há alguns anos, não perdeuatualidade. Dada a extensão da mesma será publicada por partese, a anteceder cada uma delas, farei seguir uma anotação daminha inteira responsabilidade, para que seja relevado o interesseda leitura). O DIRETOR

(O menino pobre que quis estudar e não pôde e, aos 11anos, escreveu uma carta ao ministro da Educação)

Coimbra, Outubro de 2010Ex.mos Senhores Deputados

Carta aberta aos líderes parlamentares do nosso país, apropósito de um menino pobre que eu fui.

O menino pobre que eu fui nasceu algures numa aldeia dointerior beirão, no início dos anos quarenta, num país ruralfechado sobre si mesmo e sob um regime de ditadura. Com paispobres, deles histórias lidas não ouvia e contadas também não.As que ouvia, eram ouvidas e sentidas nas homilias, ao domingo.Mais tarde, aprendeu a ler, e depois a ler histórias, graças a umasenhora desde há muito desaparecida, que mão amiga, que lheemprestava em formato de quase livro folhetins do jornal OSéculo. Foi assim num tempo de pobres que tomou o primeirocontacto com a leitura de histórias, com a “literatura”. Essemenino pobre que eu fui cresceu e quis ir estudar para o liceu daépoca e da sua região. Na altura, era preciso fazer o exame deadmissão ao liceu, mas … foi impedido por um detalheimpensável: como para isso teria que ser proposto pela suaprofessora primária, esta por iniciativa pessoal exigia 1.500$00quando um camponês ganhava 18$00 por dia e era quandotinha trabalho. Era então preciso dinheiro e este não havia.Dinheiro não o tinha, o exame de admissão, esse, não o podiapois fazer.

O menino pobre que eu fui fez o protesto possível do seutempo, protesto quase impossível no mundo opressivo dofascismo a um qualquer adulto, protesto tornado viável apenasporque era criança: escreveu ao ministro da Educação de entãoe curiosamente a carta ter-lhe-á mesmo chegado às mãos. Umprocesso foi instaurado à professora! Era ilegal o que fazia, nãopodia levar dinheiro a alunos seus. O inquérito foi feito na sededo concelho, onde a autoridade local, o regedor senhor AntónioEduardo, o levou e trouxe de regresso. Tinha 11 anos. Quandoesse menino pobre que eu fui regressou à aldeia acompanhadoda autoridade foi recebido quase que em festa, com umarecepção dos pais dos meninos pobres de então. “Ganhámos!”,era a expressão que se ouviu. Nesse ano, todos os pais dosmeninos que fizeram o exame de admissão e que ainda nãotinham pago parte ou todo o dinheiro até esse dia recusaram-seentão a pagar, excepto esse menino pobre que eu fui, porquenão tendo feito o exame, nenhum pagamento tinha que recusar,porque nada havia a pagar. “Ganhámos!”, era a expressão quese ouviu, mas a vitória foi de curta duração. A professora passoua contornar a lei. A partir daí, só levava à admissão os alunosum ano depois de terem feito a quarta classe, quando já nãoeram seus alunos. Levar dinheiro, extorquir dinheiro, passou assima ser legal. O menino pobre que eu fui aprendeu a sua primeiralição em política. Escreve ao ministro porque nessa idadeacreditava no sistema, acreditava que o que estava errado era aposição da professora e não o sistema político, que era a árvoreque estava estragada e não a floresta. Democracia era termoque nem sequer conhecia, nunca tinha ouvido falar. Termoproibido, como muitos outros, soube depois. Mas afinal descobriuque o problema estava também no regime fascista, pela suaprópria natureza, descobriu que neste os pobres nunca poderiamganhar.

(O menino pobre que cresceu como marçano, subindoescadas deserviço em caracol a carregar com as

encomendas e encontrou a literatura nos livros que osclientes lhe ofereciam, aprendendo assim duas coisas: o

sentido da fraternidade que o livro permitia,e o gosto de ter livros.)

O menino pobre que eu fui revoltado quis ir para a grandecidade, carregado com um saco de sonhos, talvez, e uns bolsosvazios de tudo, certamente. Aí cresceu como marçano, cansadona vida a subir e a descer escadas de caracol, as escadas deserviço dos prédios onde ia, a carregar com as encomendas queos clientes pediam. Mas aí também encontrou a literatura emuito mais. Clientes seus ofereciam-lhe livros, não lhosemprestavam, clientes seus convidavam-no a ler e, mais, adiscutir depois os livros oferecidos e lidos, nas suas casas.Estava-se no final dos anos cinquenta, início dos anos sessenta,na rua e na praceta Afonso Lopes Vieira, em Lisboa, perto daAvenida do Brasil. Assim, dessa maneira, aprendeu o sentidoda fraternidade que o livro permitia, aprendeu aí a ter o gostode ter livros. Desse tempo, ainda se lembra dos primeiros livrosde francês usados no Charles Lepierre e possivelmente naAlliance Française, de capa azul, que um neto de um Lucenapintor, carinhosamente lhe ofereceu, não lhos emprestou.

(Continua no próximo número)

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MARÇO DE 2015O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 4

Associação Recreativa e Cultural de Tostão VILA VELHA DE RÓDÃOE OS

CAMINHOS DE SANTIAGO

Durante a Idade Média e após a realização da primeira Cruzada à Palestina,alguns membros do Clero e Nobreza da Europa e nomeadamente daPenínsula Ibérica, deslocaram-se a Jerusalém em peregrinação ao Santo

Sepulcro.De Portugal são conhecidas as viagens encetadas pelo Bispo de Lamego, do

Deão da Escola de Santa Cruz de Coimbra e do 1º Duque de Bragança, e, deLeão e Castela o rei Afonso VI.

Com a descoberta do túmulo do Apóstolo Santiago em Compostela, aCristandade do sudoeste da Europa, nomeadamente dos territórios que hojecompreendem a França, Espanha e Portugal passou a deslocar-se em peregrinaçãoàquela localidade.

Neste sentido, foram criadas autênticas redes de comunicação queatravessavam os referidos territórios.

Assim, em Portugal a partir do séc. XII, com o estabelecimento dos mongescistercienses em Alcobaça, e a presença dos Templários em algumas regiões dopaís, começou a igreja medieval a organizar os percursos que ao longo dos séculosse materializaram nos Caminhos Portugueses de Santiago, os quais se iniciaramna zona norte do país, e mais tarde partiam também de três cidades do Algarvesubindo o território nacional e atravessando as principais cidades portuguesas.

Mas, foram sobretudo os Templários que aproveitando alguns percursosanteriormente criados pelos romanos, estabeleceram vários outros itinerários,durante parte da Idade Média, no sentido de melhor organizarem a defesa dasregiões que lhes tinham sido doadas, as quais serviam de fronteira ao possívelavanço dos muçulmanos, contribuindo assim decisivamente também, na segurançaà deslocação dos peregrinos.

No que se refere aos territórios sitos na margem direita do Tejo entãodenominadas “ Terras de Guindintesta” doadas em 1194 pelo rei D. Sancho Iao Prior da Ordem do Hospital de S. João de Jerusalém, Afonso Paes ( cujosmonges procederam à construção do castelo de Belver), as quais passaram maistarde em 1199, a pertencer à Ordem dos Templários, cujos Cavaleiros seestabeleceram sobretudo na região centro do país, receberam igualmente pordoação a chamada herdade da AÇAFA que se estendia pelo actual território dosconcelhos de Ródão, Idanha e Cardosas, (hoje Castelo Branco).

Em 2007 foi publicada a importante obra – DOS CAMINHOS DE SANTIAGOITER STELLARUM- CAMINHO PORTUGUÊS, com Projecto Editorial deFrancisco Rodrigues Iglésias e textos do arqueólogo Carlos Alberto B. Almeida,Professor na Faculdade de Letras do Porto engenheiro João G. Abreu Lima,Presidente da Associação dos Amigos dos Caminhos de Santiago e do JornalistaLourenço António Gorjão, à data Presidente do Centro Nacional de Cultura.E sta publicação em dois Tomos, para além de reproduzir todos os itineráriosutilizados ao longo dos séculos em território português, fornece uma notável edetalhada informação sobre variados interesses, que se podem encontrar nessespercursos, nomeadamente; da natureza, paisagísticos, patrimoniais e culturais.

Porque actualmente a maioria dos peregrinos dos Caminhos de Santiago, sefazem deslocar em viaturas, percorrendo estradas secundárias, e escolhendo tantoquanto possível, itinerários próximos das antigas rotas, esta obra é sem dúvidaum importante roteiro na demanda de pontos de interesse para estes caminhantes.

Relativamente a VILA VELHA DE RÓDÃO, dedica esta publicação umapágina, fazendo larga referência à beleza natural das Portas de Ródão, Travessiado Tejo, Castelo, Igreja Matriz e Gravuras Rupestres.

Neste importante trabalho referem aqueles autores;“ Pelo centro do país, só que por um traçado bem interior, circulava uma

estrada que partia de Vila Velha de Ródão por Sarnadas e Benquerenças paraCastelo Branco, ou desviavam-se por Perais, se coincidia com as datas festivasda Senhora dos Remédios, atingindo a Guarda por Belmonte, seguindo por Pinhelem direcção ao rio Douro por Barca de Alva ou Vila Nova de Foz Coa.”

Parece-nos assim que após a fixação dos Templários nas terras da AÇAFA,compreendidas na chamada zona raiana, a sua presença nesta região, emborapor motivos de defesa, terá contribuído decisivamente na ocupação deste territóriono estabelecimento de vias de comunicação também para o alicerçar daorganização e manutenção destes percursos e itinerários dos peregrinos deSantiago, durante a dinastia borgonhesa no território da actual Beira Baixa eBeira Alta e que perdurou ao longo dos séculos.

A este respeito, se referiu oportunamente a Associação dos Estudos do AltoTejo na edição online da AÇAFA Nº 5, a propósito da origem OCCITANA doSubdialecto do Alto Tejo Português.

Na verdade, Vila Velha de Ródão foi sempre ao longo dos tempos um pontode chegada e de partida, uma vez transposto o grande obstáculo que era o rio Tejoe que aqui convidava ao retempero das energias despendidas. Com efeito, aquichegavam peregrinos oriundos da zona oriental do Algarve e Alentejo bem comoda região do sul de Castela que por aqui se dirigiam ao norte e atingiam a Galiza.

Estas antigas rotas e itinerários dos antigos Caminhos de Santiago, têm vindonos últimos tempos a ser restabelecidos e sinalizadas ao longo dos seus percursos,por muitas autarquias por forma a criar e publicitar importantes vias de interessepatrimonial, paisagístico e turístico.

Joaquim Tomé

Contin. da 1ª. Pág.

O que representa para todos nós esta,outrora Empresa. Pela sua história, pelosignificado na nossa Aldeia, pela formaartesanal de fazer azeite e pelaimportância económica no seio de cadafamília. Todos tinham azeitona o azeitevendido tinha extrema importância noorçamento familiar. Toda a zonaenvolvente ao Tostão se classificava porter boa azeitona e bom azeite, devendo-se essencialmente às características doolival, localizado nas encostas íngremesdas barreiras do açafal e seus afluentes,apoiado por pequenos muretos, parasuster as matérias orgânicas e facilitar acolocação dos panais epinchos.(pincho- pau de esteva com odiâmetro de + ou – 2cm com + ou – 70cmde comprimento afiado de ambos os ladoscuja função era depois de se fixar aochão servir de apoio ao panal para que a

azeitona se concentrasse ali e não seperdesse na barreira/encosta). Estaazeitona era transportada até ao lagar emsacas nos burros ou machos. Só estesanimais tinham a destreza de passar porveredas sinuosas em forma de S,conhecidas por “arraçares”.Porque recordar é viver é umreconhecimento ao trabalho dos nossosantepassados, preservando este espaçoe equipamento dando a dignidade que elemerece. Assim acreditamos que todas aspessoas ligadas ao Tostão, sócios, epessoas que não sendo da nossa Aldeia,também estarão disponivéis para dar oseu apoio. Na rubrica da previsão dareceita que menciona, “ofertas” vaisuperar as nossas expectativas e vamosconseguir este objectivo. Qualquer ajudaserá bem vinda e certamente que nosaliviará nos custos significativos que a

Reparação das tulhas Remodelação do interior

Associação tem que suportarEstimados sócios e todos em geral,

colaborem com os corpos sociais, nemsempre o dinheiro é importante mas nestecaso é.Também estão disponíveis impressos nobar da Associação para que cadaproprietário/herdeiro da tulha (tanquepara guardar a azeitona até ser moída)ou tulhas identifique a sua/suas, a partirdo número que foi dado alietóriamente epreencha o respetivo impresso com onome dos donos/proprietários eherdeiros, para assim colocar-mos estainscrição nas tulhas devidas. Este aspetotambém é importante para assimperpetuarmos a história do lagar. Destaforma vamos respeitar o sentimento dosherdeiros relativamente aos seusantepassados e de quem nos visita.

A Direcão

Foz do Cobrão

GAFOZ CONVIDA SÓCIOS A FESTEJAR APÁSCOA NA TERRA

“Mantendo a tradição, o GAFOZconvida a diáspora para festejar a Páscoana Aldeia Presépio, promovendoatividades e convívios fraternos quepraticam neste rincão desde a fundaçãoda associação há 49 anos, em Lisboa,quando não havia autarquias como háhoje. Aliás, no início da sua atividade,pela Páscoa, o GAFOZ trazia desdeLisboa em autocarros, três ou quatro,os conterrâneos que vinham matarsaudades à volta das sopas de boda oudas broas de mel, cavacas, etc. Hoje asituação em nada é comparável, osresidentes fixos são cada vez menos,sendo os naturais e amigos da terra quevêm do exterior a fazer lembrar a Fozdos anos 60/70 do século passado.”Estas são palavras de um fundador emembro da direção dos “Amigos daFoz”que se manteve sempre fiel aosprincípios que têm norteado aassociação.

Entretanto, acaba de chegar à nossaRedação o boletim informativo doGAFOZ Grupo Amigos de Foz doCobrão com informações da sua ação,saudando na abertura os Amigos, osutentes do Centro de Dia e Serviço deApoio Domiciliário que confiam notrabalho de entrega à causa “fazer bemsem olhar a quem”, os colaboradores, eos sócios que ajudam, voluntariamente,com serviços e bens.

Juntando o útil ao agradável, aassociação marcou para o fim de semanada Páscoa, uma Assembleia-Geralordinária a realizar no dia 3 de abril,sexta-feira santa, às 15 horas, onde serãoapreciados e votados o Relatório e as

Contas do exercício de 2014, bem comoo Parecer do Conselho Fiscal, entreoutros assuntos de interesse para aInstituição.

Outra atividade que se repete emcada ano, é a “Caminhada da Páscoa”,desta feita em parceria com a AssociaçãoCultural e Recreativa da Sarnadinha,estando programada a partida do Largoda Eira (Foz) às 9 horas do dia 4 deabril, sábado, com passagem pelas

esplendorosas Portas do Almourão,Chão das Servas, rio Ocreza (margemesquerda), ponte dos Bugios e chegadaà Sarnadinha pelas 12h30 onde seráservido o almoço de confraternização(feijoada à Fernando Ribeiro). Asinscrições para o Passeio Pedestre sãolivres e grátis, para o repasto (10 euros)devem ser feitas até ao dia 2, quinta-feira, pelo tel. 272 543 149 ou nas sedesdo GAFOZ ou ACR Sarnadinha.

OC

foto: skyscrapercity

Portas do Almourão

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MARÇO DE 2015 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 5

O Concelho de Vila Velha de Ródão- Notícias da Câmara Municipal - Drª. Ana Martins Camilo

Município de Ródão assina protocolode adesão à Iniciativa Economia Cívica

Contin. da 1ª. Pág.

Trilhos da Açafa VIIUma grande festa… uma jornada de

grandes emoções em BTT

Dia Mundial da Árvore

Gira-vólei – fase local deVila Velha de Ródão

Vindos de inúmeros pontos dopaís, os participantes na manhãde domingo inundaram o Campode Feiras de Vila Velha de Ródãotransmitindo àquele belo espaço,com vista privilegiada para o Tejoe as Portas de Ródão, um coloridoe um movimento pouco habituais.

As bicicletas de todo oterreno mais pareciam “máquinasde guerra” prontas para afrontarpercursos fisicamente exigentesmas atrativos pelas paisagens queos enquadram e pelo pitorescodas aldeias que atravessaram. Oscondutores destas máquinassofisticadas, algumas a incorporarmateriais de tecnologia espacial,estavam preparados paraenfrentar as dificuldades que iamencontrar, mas conscientes deque tinham uma organizaçãoatenta e a zelar para que tudocorresse bem.

Este passeio era compostodois percursos, definidos emfunção do objetivo de receber osdiferentes perfis de utilizadores dabicicleta. O traçado mais longo,composto por 65 Km, tinha umcoeficiente de dificuldade maiselevado, em função da suaextensão e dos maiores desníveisque se impunha ultrapassar.Como complemento às

dificuldades inerentes à distância,foram os participantespresenteados com algumaspreciosidades: estamos a falar decaminhos de pé posto, veredasladeadas por muros de xisto quedão um toque de diferença aosnossos percursos.

O percurso deste anoprivilegiou as freguesias de VilaVelha de Ródão, Perais eSarnadas de Ródão e foi definidocom a preocupação de que aspopulações pudessem desfrutarda passagem dos atletas e dar-lhes o seu apoio, especialmentenos locais de abastecimento,situados em Alfrívida e Cebolaisde Baixo.

Registamos a enormesatisfação com a presença nosTrilhos da Açafa, de PauloFerreira, atleta que em 1984, apósuma fuga de 200 quilómetros,venceu a Etapa Béthune e Cergy-Pontoise da Volta à França,dedicando a vitória ao malogradoJoaquim Agostinho, falecido doismeses antes e que consideravaser “o pai da equipa”.

Aos acompanhantes,maioritariamente do sexofeminino, foi proporcionada umaviagem pelos locais maisemblemáticos do concelho,

périplo recheado de História ehistórias, guiado por quemconhece as raízes maisprofundas da Terras de Ródão.

São estas particularidadesque a organização prima porproporcionar em cada uma dasedições, e que resultam de umprofundo conhecimento da regiãoe da riqueza do património naturale construído. Para encerrar oevento foi servido o almoço coma qualidade que nos caracterizae que constitui o melhor prémiopara quem quer regressar a casacom a satisfação do devercumprido. A realização de umevento com esta envergadura sóse tornou possível pelo empenhode um grupo de voluntáriosconhecedores e motivados epelos apoios recebidos daCâmara Municipal, Juntas deFreguesia e empresas doconcelho.

Com esta equipa e com estaforma de trabalhar damos o nossocontributo para a valorização doconcelho de Vila Velha de Ródãoe das suas instituições,promovendo o seu território comodestino de qualidade para arealização de iniciativas deturismo ativo e de natureza.

N o dia 25 de fevereirorealizou-se, no Fundão, a

cerimónia pública de assinaturado Acordo de constituição daAssociação para a EconomiaCívica Portugal.

Na cerimónia foiapresentada a Iniciativa para aEconomia Cívica e assinado oacordo de adesão do Municípiode Vila Velha de Ródão aoConsórcio, passando a integrar alista dos membros fundadores daAssociação para a EconomiaCívica Portugal, juntamente comas Câmaras Municipais deBragança, de Campo Maior, doFundão, de Idanha-a-Nova, deGondomar, de Gouveia, da Lousã,de Vila Real, a Santa Casa daMisericórdia de Campo Maior ea Vieira de Almeida &Associados.

Vila Velha de Ródão aointegrar este consórcio, abraça amissão de envolver instituições eempresas locais que possam teruma palavra a dizer sobre o futurodo concelho. Estas empresas einstituições farão parte da Redede Comunidades para aEconomia Cívica locais, a

constituir em cada um dosmunicípios aderentes.

Vários objetivos estãodelineados, colocando umespecial enfoque no combate aodesemprego jovem, na reduçãodo abandono escolar, no combateà baixa densidade populacional,entre outras ações especialmentevocacionadas para os concelhosdo interior do país. De acordocom os promotores, umimportante desafio é manter osjovens residentes, “dar-lhesesperança”, e atrair os de fora,através de programas quedinamizem o tecido económico eempresarial da região.O consórcio para a economia

cívica pretende envolver toda asociedade, alinhando o interessepúblico com o interesse privado,através de um programa detrabalho com as comunidadeslocais, promovendo a inovaçãosocial e a mudança de paradigmana resposta aos desafios dodesenvolvimento integrado esustentável, aplicando osrecursos de maneira diferente,olhando para os problemaslocalmente.

Com a integração nesteconsórcio, Vila Velha de Ródãopretende reunir condições paraapoiar projetos de inovação ee m p r e e n d e d o r i s m o ,nomeadamente na área social.

O Dia Mundial da Árvore ouda Floresta comemora-se

no dia 21 de Março mas, navéspera, no primeiro dia deprimavera, a Câmara Municipalde Vila Velha de Ródão associa-se às comemorações da cada vezmais pertinente e significativaefeméride e programou, emcolaboração com o Agrupamentode Escolas local, uma iniciativade plantação de árvores,envolvendo e mobilizando cercade 100 crianças do jardim-deinfância e do 1º ciclo.

Neste dia festivo,especialmente vocacionado paraa sensibilização das crianças, paraas questões do ambiente e daproteção da natureza, a plantaçãode árvores foi programada parao Cabeço das Pesqueiras, localnobre de Vila Velha de Ródão eonde o município está adesenvolver um amplo projeto deremodelação dos espaçospúblicos, destinados aproporcionar à Vila Velha deRódão um espaço com acentralidade que a sede doconcelho não possuía e que sejustifica pelas condiçõesexistentes, propiciadoras daprática de actividades comerciais,de recreação e de lazer.

A iniciativa da autarquia foiapadrinhada e acompanhada inloco pelo executivo camarário eproporcionou às crianças, nesteúltimo dia das atividades letivasdo 2º período, a plantação decerca de 30 árvores, nos espaçosestruturados e previamentedefinidos no projeto devalorização do local. A alegriacontagiante das crianças, a formamotivada como estas abraçarama actividade, o envolvimento dadirecção do Agrupamento e dosprofessores responsáveis e acolaboração dos serviços dejardinagem da Câmara Municipal,contribuíram para o sucessodesta iniciativa comemorativa,carregada de especial simbolismoe cuja mensagem é

especialmente determinante parao processo de formação dascrianças.

A GNR associou-se àscomemorações deste dia tendooferecido e participado naplantação de dois carvalhos,espécie autóctone de grandenobreza e de especial significadoecológico.

O local escolhido para ainiciativa, a forma viva eentusiástica como as crianças seenvolveram e o significado dadata, mereceram da parte de LuísPereira, presidente da edilidade,o renovar do compromisso demobilização da comunidaderodense para a participação edinamização de projectos devalorização comunitária.

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Na casa do desporto-rei,reinou o voleibol

O campo de futebol de Fratelfoi transformado no cenárioprivilegiado para receber asduplas de atletas que participaramna fase local do Gira-vólei, torneioque ganha adeptos em cada anoque passa e que faz de Vila Velhade Ródão um concelho comespecial capacidade demobilização para esta modalidadecompetitiva mobilizadora e fácilde implementar, face aosrecursos exigidos.

A organização e aresponsabilidade técnica dacompetição, que envolveu 62atletas, dos 8 aos 40 anos, foi daresponsabilidade de EdgarSaraiva, técnico de desporto daCâmara Municipal de Vila Velhade Ródão e de Jorge Florêncio,em representação da FederaçãoPortuguesa de Voleibol.

A competição e a formacomo decorreu e a intensidadecompetitiva apresentada, justificaque a possamos considerar comouma verdadeira a festa dodesporto, pelo número de atletasque envolveu, mas também pelaforma como cativou os residentesem Fratel que acorreram ao localda competição para apoiar asdiferentes duplas e para, no finaldo torneio, eles próprios semobilizarem e recrearem, jugandoentre si.

O Voleibol, neste dia, ocupouo trono do desporto rei.A competição contou com apresença permanente de JoséPereira, o presidente da junta defreguesia de Fratel,especialmente agradado com osucesso da iniciativa e com adinâmica e a animação trazida àsede da sua freguesia.

A entrega de prémios estevea cargo do presidente da Junta,acompanhado pelo presidente evice-presidente da CâmaraMunicipal, respetivamente LuísPereira e José Alves que seassociaram à actividadeexpressando palavras de estímuloaos atletas e de agradecimentoaos responsáveis pelaorganização e pela mobilizaçãodos jovens competidores.

As duplas do Gira-vólei eGira + apuradas vão representarVila Velha de Ródão na faseregional que se realiza no próximo

mês de abril e onde, à semelhançados anos anteriores, se espera aobtenção de resultados dequalidade, para este grupomotivado e com grande potenciale talento.

Por se ter registado acoincidência desta actividadecompetitiva com o dia Mundial daÁrvore, e porque a mensagemambiental e o desporto encontramentre si muitos pontos de contato,teve lugar a plantação, no espaçoda piscina de Fratel, de umconjunto de árvores, símbolo daresponsabilidade que cabe a cadaum de nós assumir napreservação do planeta que é detodos.

No final da iniciativa o campode jogos ficou impecavelmentelimpo e os resíduos recolhidosforam colocados nos recipientescorrespondentes.

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MARÇO DE 2015O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 6

O 9ºAno vai à FuturáliaSemana da leitura 2015

Pelo oitavo ano consecutivo efazendo parte do Plano Nacionalde Leitura, realizou a equipa da

Biblioteca Escolar, em colaboraçãocom os vários Departamentos doAgrupamento de Escolas e com aBiblioteca Municipal de Vila Velha deRódão, um conjunto de atividades paracomemorar a Semana da Leitura 2015,entre os dias 16 e 20 de março. Esteano o tema era “Palavras do Mundo”.

Algumas destas iniciativas contaramcom a participação dos Pais/Encarregados de Educação bem comode outros membros da ComunidadeEducativa que gentilmente acederam aoconvite e partilharam com as nossascrianças e jovens os seus testemunhosde leitura, contribuindo para incentivar oprazer de ler e para enriquecer umaatividade de partilha das histórias e doslivros. Estiveram envolvidos nesta açãocerca de 40 leitores, entre pais, avós,funcionários, professores e outrosconvidados. Sob o lema: “Uma históriapor dia…todos os dias!”, todos osalunos dos Jardins-de-Infância, Escolasdo 1º Ciclo e alunos do 2º Ciclo, tiverama oportunidade de ouvir contar umahistória diferente e adaptada ao seu níveletário.

Iniciou-se a Semana da Leitura coma realização, no dia 11 de março, da finaldo Concurso de Leitura do 2º Cicloque teve lugar na Biblioteca Municipalde Vila Velha de Ródão e que contou nãosó com a presença dos nossos quatroalunos finalistas como também com 24alunos do concelho de Castelo Branco.De realçar o bom trabalho de equipa quecontribuiu para a consecução destaatividade e que envolveu a BibliotecaMunicipal e todos os professoresbibliotecários dos concelhos de CasteloBranco e Vª Vª de Ródão.

No dia 17 de março, pelas 14.30hna Casa de Artes, todos alunos dosJardins-de-Infância do Agrupamento,assim como todos os alunos do 2º e 3ºCiclos, assistiram à peça de Teatro“Cavaleiro procura-se” encenada pelaCompanhia de Teatro das Beiras, numainiciativa que envolveu como parceiroso Agrupamento de Escolas, a Associaçãode Estudos do Alto Tejo, a Junta deFreguesia de V.ª V.ª de Ródão e aAssociação de Pais. Também a CâmaraMunicipal colaborou connosco nacedência gratuita do espaço da Casa deArtes e dos transportes aos nossosalunos. Foi uma peça muito divertida eque proporcionou boas gargalhadas eminteração com os atores.

No dia 18 de março, um grupo dealunos do 8.º e 9.º anos, em colaboraçãocom a docente de História do 3º Ciclo,

preparou uma Peça de Teatro deFantoches, sobre a Restauração daIndependência, para os alunos do 2.ºCiclo e para os alunos do 4.º ano. Osfantoches utilizados foram-nosgentilmente cedidos pelo Agrupamentode Escolas de Figueiró dos Vinhos. Foium momento alto da nossa Semana daLeitura pelo que quer os atores, quer aprofessora que os ensaiou estão deparabéns pelo excelente espetáculo quenos proporcionaram.

No dia 20 de março, último dia daSemana da Leitura, comemorámos o Diada Árvore e da Família. Com acolaboração do Clube de Jardinagem, doPROSEPE e do Departamento deExpressões, pretendemos acolher os pais/encarregados de educação e outrosmembros da Comunidade Educativa queneste dia nos visitaram. Para abrilhantarainda mais a festa os alunos do 2.º Cicloderam um Concerto de Música,orientados pelo docente de EducaçãoMusical. Aos pais, mães e avós presentes

neste dia foi oferecida uma flor, fruto dotrabalho dos alunos do Clube deJardinagem e de NEE. E por estarmostão perto do dia da Poesia, tiveram aindadireito a um poema de Álvaro Magalhães,“O Limpa-palavras”, declamado pelosalunos do 4.º Ano e por uma aluna do 9.ºAno.

Durante a tarde todos os alunos dosJardins-de-Infância e das Escolas do 1.ºCiclo, em conjunto com os seusprofessores, foram plantar árvores aconvite da autarquia de Ródão e com apresença dos agentes da G.N.R. que sequiseram também associar a estainiciativa. Terminámos assim, em festa,mais uma Semana da Leitura do nossoAgrupamento. Procurámos, com todasestas atividades, incentivar o prazer deler, dos mais pequeninos aos mais velhos,envolvendo nesta tarefa elementos detoda a comunidade educativa queconnosco colaboraram. A todos o nossosincero agradecimento.

Colóquio “O Desembarquena Normandia - O Dia D”

Já o sol raiava bem alto, quando,pelas 11h30, o 9.º ano agraciouLisboa com a sua presença. Já

trazíamos bastantes sorrisos na bagagemdado que a viagem de ida, apesar dealgumas caras sonolentas aqui e ali, foibastante divertida. A primeira paragemque a nossa turma efetuou foi para fazero levantamento dos bilhetes, sem os quais,não teríamos entrado nesta verdadeiraExpo de Conhecimento.Apesar da imensa dor de pés que assoloumuitos de nós, vários foram os stands quevisitámos e onde nos informámos acercado nosso futuro. E as nossas expetativasnão ficaram defraudadas uma vez que,quando nos juntámos todos para almoçar,trazíamos imensas fontes de informaçãoconnosco, na área de preferência decada um.O almoço foi um verdadeiro momentode convívio entre alunos e professores,como já foi proporcionado várias vezese em tudo contribuiu para manter a nossaboa disposição em alta. Já de estômagocheio, o nosso foco de atenção passou aser o segundo pavilhão da exposição.Enquanto que, no primeiro pavilhão, o

foco eram as vertentes superiores dosestudos, no segundo pavilhão eraexatamente o contrário, apresentandouma vertente mais técnica para aquelesque assim ambicionam o seu futuro.Desde xadrez e música clássica, ao judoe ao “giravólei”, fomos agraciados comuma verdadeira panóplia de escolhas eatividades.Mas, Lisboa é Lisboa, e como não podiadeixar de ser, as nossas últimas horas donosso dia em terras alfacinhas forampassadas no centro comercial Vasco daGama. Grupos formados, todos vimosaquilo que mais nos despertou a atenção.Livros, gelados, jogos e roupas incluíram-se na lista de sacos que muitos de nós,maioritariamente a nossa queridaprofessora, trouxemos para casa.De regresso, houve quem cedesse aocansaço e quem continuasse o convívio.De qualquer das formas, foi umaexcelente visita de estudo que nosalargou os nossos horizontes.Porque afinal de contas, “O homemcomum fala, o homem sábio escuta e ohomem tolo discute.”

Bianca Almeida (9.º A)

AGENDA - abril 2015dia 8 - jogo de Futsal (VVR - Instituto S. Tiago)dia 9 - visita de estudo do 2º ciclo (Batalha; Alcobaça; Aljubarrota)dia 10 - visita de estudo do 3º ciclo (Lisboa)dia 15 - Concurso de spelling (Inglês)dia 15 - Concurso Nacional de Leitura (fase distrital - Covilhã)dia 15 - Jogo de Futsal (EB23 João Roiz-VVR)dia 23-Concurso de poesia (temaa definir)dias 18, 19 - XVI Jornadas sobre Conservação da Natureza e EducaçãoAmbiental - Participação dos “Jovens Reórteres do Ambiente” do AEVVR.

N o dia 2 demarço do

presente ano letivoteve lugar, na salade audiovisuais doAgrupamento, oColóquio “ODesembarque naNormandia - O DiaD, no contexto daII GuerraM u n d i a l ” .Promovida pelogrupo disciplinar deHistória, a ação teve como destinatáriosos alunos do 8.º e 9.º anos deescolaridade e foi dinamizada peloEngenheiro Joaquim Rodrigues. Apesarda sua área de formação académica(engenharia civil), o nosso convidadodesenvolveu, ao longo de vários anos, um

gosto muito especial por esta temática, oque o levou a efetuar muitas pesquisas evárias visitas à Normandia, localemblemático associado à II GuerraMundial. No próximo número do jornalGente em Ação será publicada umabreve entrevista ao nosso convidado.

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MARÇO DE 2015 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 7

Dia Internacional da mulher

“ A rota dasnossas fontes“

No dia 19 de Abril a AssociaçãoDesportiva e Cultural Nossa

Senhora da Paz vai realizar umacaminhada pelas fontes das localidadesde Rodeios e Vale do Homem , fontesestas que serviram durante muitos anosos habitantes daquelas localidades .

As inscrições podem ser feitas nasede da Associação ou junto dosmembros da Direção .

Pereira da Costa

ConcertoÉ no próximo dia 29 de março que

a Associação D. A. C. S. oferecea toda a população da freguesia umconcerto com a FilarmónicaRetaxense, no Museu do Azeite, nasala das Tulhas, por volta das 17H .

Antes deste concerto o café daAssociação mais conhecido pelo “Clube “, vai estar aberto ao publico apartir das 14H onde dará inicio aoserviço “ Livros de Rodão “ que é umaparceria com a Biblioteca Municipalque irá permitir a requisição de livrosnesta associação .

Este evento tem o apoio da Juntade Freguesia e da Câmara Municipal.

Notícias de SARNADAS

Dia do pai

No dia 8 de março do ano emcurso, as mulheres da freguesiade Sarnadas de Ródão

comemoraram o seu dia, que teve iniciocom um almoço organizado pelo Café“O Adro” no salão polivalente da juntade freguesia e que contou com um grupode mulheres desta freguesia que aliestiveram para festejar o seu dia .

O almoço foi animado com váriasiguarias do agrado de todas asparticipantes, com início por volta das13H e teve o seu fim por volta das 15H.A Câmara Municipal e a Junta deFreguesia associaram-se àquele evento,oferecendo a cada uma das mulherespresentes uma pequena lembrançaalusiva ao dia bem assim como àorganizadora do almoço .

Após o almoço a AssociaçãoDesportiva e de A. C. Sarnadensetambém se associou ao dia internacionalda mulher, tendo para o efeito organizadouma exposição de pintura no salão dastulhas no Museu do azeite, quadros estespintados por algumas mulheres destafreguesia no curso que estão a frequentarnesta localidade . Esta exposição foivisitada por várias pessoas desteconcelho que admiraram os quadros aliexpostos .

Após a visita há exposição a mesmaA. D. A. C. S. ofereceu às mulherespresentes uma tarde musical quedecorreu no salão polivalente da junta eque contou com a atuação do Grupo deAdufeiras do Rancho Etnográfico deIdanha-a-Nova que encantaram com assuas musicas tradicionais .

No final da atuação o grupo foipresenteado com um lanche oferecidopela associação que os convidou para oevento .

A festa continuou à noite e o jantarteve lugar na “ Taverna da Estalagem “que as presenteou com um belo jantar ea seguir com música para animar o resto

da noite. Este jantar contou com apresença de mulheres desta freguesia etambém da localidade de Vale dePousadas .

A junta também se associou a este

Foi no dia 19 de março do ano emcurso que todos os paiscomemoraram o seu dia e em

Sarnadas essa data também não podiapassar em claro . Foi no Café “O Adro “que a maior parte dos pais desta aldeiase reuniram para um jantar que teveinicio por volta das 20H e terminou porvolta das 23H e contou com variasiguarias do agrado de todos .

Este jantar teve também muito boa

disposição e troca de historias sobre oseus queridos filhos. Além do dia acomemorar também se cantaram osparabéns ao amigo e assinante do jornal,Sr. Domingos Sousa Pires, que no diaanterior tinha feito anos.

No final do convívio a gerência doCafé “O Adro “ ofereceu a cada um dospais presentes uma garrafa de vinhopersonalizada, alusiva ao dia e ao localdo convívio .

ODia Internacional da Mulher, também foi assinalado em Perais, com arealização do tradicional almoço comemorativo lembrando os direitos dasmulheres, desta vez, concebido e organizado por duas senhoras de Perais,

nas instalações do Grupo Sociocultural desta localidade.Estiveram presentes cerca de quarenta mulheres numa tarde animada, onde foi

também oferecida uma pequena lembrança pela Junta de Freguesia de Perais.Na sequência deste evento, achei que deveria publicar a mensagem que uma

senhora de Perais, me fez chegar.”O Dia Internacional da Mulher chegou, e também chegou a Perais, por

duas mulheres dinâmicas que com o seu entusiasmo, organizaram tudo em oitodias e a festa realizou-se, não com as mulheres que desejariam mas o suficientepara um bom convívio. Eu tenho pena de não ter estado presente, mas porcondições físicas e morais não me foi possível, mas pode ser que para o ano de2016, possa estar presente. Peço a Deus que essas duas irmãs, que tudo sabemfazer com muito amor, Ele lhes dê muita saúde e muita sorte e muitos anos devida para poderem realizar muitos convívios, para que as pessoas se sintammais alegres, porque quem tem alegria hoje, não a guarde para amanhã. Doumuito valor a quem organizou e a quem ajudou, e a todas as mulheres presentesno convívio, que Deus vos conserve a todas com muita saúde e alegria, paraque nos anos seguintes estas festas sejam cada vez melhores.

A minha saudação à Benilde e à Alzira pelo vosso trabalho e pelo vossotalento, que tudo vos corra como vós desejais, nas vossas vidas, são os desejosde uma amiga.” Lídia Lopes Moura

Notícias de PERAIS

Dia Internacional da mulher

evento dando uma pequena lembrança atodas as participantes e ao proprietáriodo estabelecimento onde teve lugar ojantar .

Notícias do PERDIGÃO

Um dos desejos há muito tempo manifestado pela população, era ver melhorado,no recinto de festas, o conjunto de bar, telheiro e espaço de grelhadores. Obar tornava-se pequeno, a zona de grelhados tinha poucas condições e o

espaço coberto estava a tornar-se pequeno para a realização dos convívios. Paraalém disto, a cobertura estava a ficar danificada e tinha amianto. Logo, existiam umasérie de motivos, para lançar mão à obra. Então, embora o Grupo de Amigos disponhade escasso valor monetário, resolveu avançar com os trabalhos de melhoria, com oapoio da autarquia, como já tive ocasião de referir no jornal anterior.

Espero que, quando o jornal chegar às mãos dos leitores, os trabalhos já tenhamcomeçado e os conterrâneos e amigos, pela Páscoa que se aproxima, fiquem já comuma ideia de como ficarão as instalações.

Uma vez as instalações concluídas, ficaremos com condições mais condignaspara a realização dos convívios habituais, e, quem sabe, outros eventos que poderemosproporcionar.

Como já tive, também, ocasião de escrever, dada a humilde condição monetáriada Associação, todas as ajudas são úteis. A Associação agradece a todos os sócios eamigos de boa vontade, que queiram contribuir para ajudar o esforço agora iniciado.As instalações não são só para a Associação, elas são para a população em geral.ASSEMBLEIA GERAL: Como já foi noticiado no jornal anterior e está expostoem lugar público na aldeia, convém lembrar os sócios do Grupo de Amigos, que éimportante comparecerem na Assembleia Geral do dia 4, sábado, do próximo mês deAbril, véspera de Páscoa. As vossas opiniões construtivas, são muito importantespara o progresso da Associação. Por isso não faltem.DIA DA MULHER: Mais uma vez, as mulheres da nossa aldeia se reuniram, para,

em ambiente de confraternização, celebrarem o DIA DA MULHER. O seu dia. Odia que lhes é dedicado. E para que fosse um dia liberto do seu quotidiano, o almoçofoi-lhes fornecido por um restaurante e o convívio aconteceu na sede do Grupo deAmigos.Pena tenho que os maridos das mulheres ali presentes, começando por mim, nãotenham jeito para a culinária, seria uma boa altura para, num gesto simpático,confecionar para as esposas uma deliciosa refeição. Assim, os maridos juntaram-see foram almoçar ao restaurante. No final do dia os maridos juntaram-se às esposas eo convívio prolongou-se até depois do jantar. Assim terminou o DIA DA MULHER,em ambiente alegre, com o desejo de que no próximo ano se repita a alegria doevento para mais um dia de convívio. Assim será, se Deus quiser.Para todos os meus conterrâneos e amigos em especial, e para todos os que, dummodo geral, têm a paciência de ler os meus simples textos, eu desejo Santa Páscoa.

Luís Correia

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MARÇO DE 2015O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO8

“...para que os nossos versos, não andem por aí...dispersos”!

Poetas do nosso Concelho

CRÓNICADOS LUSÍADAS piquininos

Manuel Antunes Marques

Era dia de feira, dia de mercado, Dia da aldeia ir à cidade,

Fazer compras na Devesa,Levar o cabaz ao filho,Dar algumas voltasPara assuntos resolverE à tardinha à aldeia regressar.Bem cedinho começava a caminhadaPela linha do comboio,Uns iam pelos “passeios”,Outros saltavam para as “travessas”.Os mais apressados saíam cedo,Os retardatários partiam mais tarde,Mas todos corriam, corriam... eProtestavam por tudo e por nada E ao peso dos cabazes,Arfavam e transpiravam,Mas corriam, corriam sempre!“Já se ouve o comboio” dizia um dos atrasados.“Está quase, quase a chegar” dizia outro,“Lá vem ele... lá vem ele...” gritavam vários em coro.Lá vinha o comboio das oito,Que iniciara a marcha no Fratel,Tinha passado em RódãoE seguia agora para a cidade.Trazia só uma carruagem,Uma carruagem verde com janelas pequeninas,Com bancos longos de madeira,Alguns “vagons” e uma máquina a vapor,Que fumegava, fumegava... sem parar,Puf... puf... puf...,Puxava, puxava...,Subia, subia...,Tanta terra... tanta terra... tanta terra...E chiava...,E apitava...,Fiu, fiu... fiu, fiu...,E caminhava, caminhava...,ansiosa, desejosa de chegar à estação,Para recuperar forças com uma boa dose de carvão.Depressa alcançava, saudava e ultrapassava,Os grupos que tinham saído da aldeia,Que a pouco e poucoÀ estação iam chegando.Entravam então na carruagem,Com sacos, cabazes e cestos,Era grande a azáfama, maior a confusãoE só depois de tudo arrumado,Toda a gente se ter sentado,O chefe da estação dava a partida.O maquinista apitavaE logo a máquina arrancavaE apitava...,Fiu, fiu..., fiu, fiu...,E bufava,

MANUELCARGALEIRO

O Padre António Vieira disse: Quem pede compra equem dá vende por alto preço

O PEDIR

1Quem pede vai a comprarA uma loja de sujeiçãoNinguém está disposto a darSem lhe beijarem a mão2Pedir custa muito a dizerPor ser palavra tão duraUma palavra dura de roerPara uma pobre criatura3Quem pede tem de beijarA mão da gente que temCusta mais do que comprarSem ter favores de alguém4Dizer a palavra “eu peço”Que muitos não sabem dizerA palavra tem alto preçoE muitos a querem vender5Mas às vezes quem não temTambém não a pode comprarTem de ir “pedir” também”Pedir” tem de se sujeitar6Pedir só para dar um beijoNo rosto de uma criançaPedido que mata o desejoDeixa no mundo esperança

7Custa mais “pedir”que darEstender aos outros a mãoÈ mais caro do que comprarPor ter sempre uma sujeição8Ter de pedir pão para comerAté corta qualquer coraçãoÀs vezes também fará doerO peito daqueles que dão9Até pedir para comer fiadoTambém será uma sujeiçãoÉ pão duas vezes compradoE já nem tem o sabor a pão10O mundo devia de produzirPão para toda a gente comerSem ninguém ter de o pedirSem ser necessário o vender11As palavras “pão e amor”Devem ser mais conjugadasAmbas têm o mesmo valorPoderiam ser mais trocadas12Dar um pão é dar comidaSem nunca a vida perderUma vida pode ser perdidaSem ter pão poderá morrer.

Puf..., puf..., puf...,E corria..., corria..., corria...,“Pouca terra..., pouca terra..., pouca terra..., pouca terra,”Até chegar à cidade.Como os tempos mudaramE como a vida hoje é bem diferente!A aldeia ainda tem gente,Ainda aí vivem pessoas,Mas já não tem, nem jovens,Nem estudantes na cidade,Mas à segunda-feira continua a ser o dia do mercado,Que já não é na Devesa,Mas longe do centro da cidade.Já não há o comboio das oito,Nem as apressadas caminhadas,Já não há máquinas a vapor,Nem as carruagens verdesDe janelinhas pequeninas,Com longos e amarelos bancos de madeira.Hoje há comboios rápidos,Que não param, não apitam,Nem se sentem ao passar,Ainda há pessoas que vão fazer compras ao mercado,Mas agora é também a cidade que vem vender à aldeia!Os tempos são outros,As realidades e as vontades bem diferentes,Viva o progresso, viva a tecnologia!Ah, mas como eu recordo,Com alguma nostalgia,Os dias de mercado, os dias de feira,O comboio das oito... das segundas-feiras.

09 de Fevereiro de 2007Matias João

Breves notas:1- A aldeia referida no poema é a de Rodeios, pertencenteao concelho de Vila Velha de Ródão, freguesia de Sarnadas,embora a estória do comboio das oito se alargue a todo oconcelho e o ultrapasse mesmo.2 - Devesa: Praça no centro da cidade de Castelo Branco,onde se realizava o mercado.3 - Cabaz: Cesto de verga vermelho, fechado com duasasas, caraterístico da Beira Baixa, que servia paratransportar, neste caso concreto, os produtos alimentaresque os pais produziam e levavam à casa onde os filhosestudantes estavam hospedados, para tornar a mensalidademais baixa.4 - A estação da CP mencionada é a de Sarnadas deRódão.

Nota da redação: O poema “O Comboio das Oito”,assinado com o pseudónimo Matias João, é da autoria doDr. Adérito Joaquim de Jesus Dias, natural de Rodeios.Este nosso conterrâneo apresentou este seu trabalho nos“II JOGOS FLORAIS” organizados pela Casa doConcelho de Vila Velha de Ródão no ano de 2008.

E.C.

O COMBOIO DAS OITO

Vista parcial da aldeia referida no poema - Rodeios - com a linha do caminho de ferroa passar no meio da casario.

RESSUREIÇÃOAh!... se eu fosse poeta, como cantariaEm versos lindos, cheios de melodiaA festa, a luz, a glória deste diaE tudo o que encerra terna harmonia...

Faria versos, sem escrever nadaPuros e simples, como a alvoradaÀ luz nascente, de manhã doiradaOu entre orvalhos de leda madrugada

Cantaria, como o canário cantaAo claro Sol, que na Primavera encantaVersos que não passassem por qualquer gargantaNem por qualquer boca, que não fosse santa

Puros e simples, como açucenasBrandos e místicos, como o sussurrar de novenasCantados em paz e sempre com voz serenaLindos e leves, como o peso de uma pena

Ah! Se eu soubesse, como escreveriaVersos lutuosos, carregados de agoniaQue consagrassem a glória deste diaE transformassem a dor em alegria

Mas, silêncio, não me digais mais nadaDeixai apenas que fale o coraçãoE assim reviverei a madrugadaAquela madrugada da RESSUREIÇÃOQue apenas as almas simples viverãoE um dia sobre a morte triunfarão...

Fabião Baptista

foto: circuloarturbual

16 DE MARÇO

Cargaleiro,o Homem e a Obra.A sua Arte lhe sobra

Espalhada pelo Mundo.Quando a vida se prolonga,

Tantas gentes assombraUnidos em culto profundo

Hoje, nova data festejada.Pela existência dilatada,

Lhe desejamos todos os bens,Nos tradicionais, Parabéns!

COFRESCHEIOS...

DE PAPEIS:

Que bom, senhor Coelho!...Vê-lo a bater palminhasComo um feliz rapazelho

A quem deram...prendinhas!

A melhor e mais recenteÉ a que revela cofres cheios.

Pretende enganar a genteOu vive sonhos alheios?

Cheios de quê, afinal?Saberá ou quer saber?O digo, pois por sinal

Parvo não sou, pode crer!

Abarrotam mas de papeis:Contratos e rendas PPPs,

Juros à troika, dos “Manéis”,Somatórios, do mal português!

Todo o resto, fogo de vista!Dinheiro? De-nos uma pista!

Silvério Dias

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MARÇO DE 2015 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 9

haja

SAÚDE

Mónica Santo(Dietista)

Carolina Lourenço

Os Direitos Humanos

As cores dos 5 anéis doEmblema Olímpico

Será, queremos crer, o símbolo de mais fácil reconhecimento em todo o mundo: o dos anéisolímpicos.

A defesa que salvaguarda a utilização desse símbolo vale muito dinheiro e constitui uma dasmelhores fontes de rendimento de todo o denominado Movimento Olímpico.

Continuam a verificar-se abusos, por descuido ou ignorância e, também continua a haver controvérsiasobre o simbolismo das cores dos 5 anéis entrelaçados.

É voz corrente, de extensão mundial, que cada cor dos anéis diz respeito a cada um dos Continentes– verde a Europa, amarelo a Ásia, vermelho a América e preto a África. Mas, na verdade, não é assim,conforme passo a explicar.

* *

Aversão clássica e actual do emblema data de 1913, logo após os Jogos de Estocolmo e sob ainspiração plena do próprio Barão de Coubertin.

A oficialização ocorreu pouco tempo depois, durante a sessão plenária do Congresso Olímpico de1914, em Paris.

A aplicação, desejada e aplaudida, ficou aprazada para os J.O. de 1916, já em plena preparação.Mas veio a I Guerra Mundial e a estreia da bandeira dos 5 anéis só aconteceu nos J.O. de Antuérpia, em1920.

E porquê as 5 cores dos anéis emblemáticos? Porque, naquela altura, com uns 40 países aderentes,foi possível apurar que as cinco cores constavam de todas as bandeiras de tais países e daí o simbolismoadequado.

A relação cores/continentes foi tomando vulto, com deturpação do ideal de base imaginado porPierre de Coubertin. E mesmo em textos de uma certa forma tónica oficial tem sido possível registar essedesvio da verdade olímpica, estabelecida em 1913.

* *

Hoje em dia, com 203 países aderentes, o Olimpismo base de 1894, as bandeiras nacionais jáapresentam mais do que 5 cores básicas, tais como o alaranjado das Bermudas, o roxo da Letónia

ou o violeta das Ilhas Maurícias como meros exemplos.Nas minhas deambulações por África a divulgar o Olimpismo abordei com frequência este assunto

“quente” dos anéis olímpicos escutando remoques de censura por não ter havido ainda nenhuma ediçãode J.O. no Continente Africano, com 54 países filiados, dizendo-se que o simbolismo dos anéis sóatingiria verdade plena quando o anel negro (África) fosse, de facto, contemplado. Eu lá fui contrapondorazão de raiz histórica, mas sei que nem sempre convenci os meus formandos.

Há poucos anos, a cidade do CABO (África do Sul) esteve à beira da grande decisão. Também já setinha falado do Cairo e de Lagos e há quem sonhe a viabilidade de uma coligação de países do Norte deÁfrica (Marrocos, Argélia, Tunísia) para os próximos J.O.. Não é fácil, convenhamos. Mas o espíritoolímpico já está afeito às dificuldades…

Rua Santana, nº 800 - 6030-230 Vila Velha de RódãoT. +351 272 545 137 F. +351 272 545 153 - [email protected]

GPS: 52” 4052.65”N, 5”2115.58

Manuel Rodrigues & Herdeiros, Ldª

Conhece adieta do paleolítico?

Dizem os adeptos da dietado paleolítico, que parase manter saudável,

perder peso e prevenir algumasdoenças o melhor é alimentar-secomo os homens das cavernas.

Mais uma moda extravaganteou uma ideia com fundamentaçãocientífica? A verdade é que játodos estamos cansados de ouvirfalar em dietas que prometemresolver todos os nossosproblemas. Mas, com a dieta doPaleolítico, a situação éligeiramente diferente, uma vezque, apesar de não reunirconsenso, existe uma basecientífica que a sustenta.

A premissa é simples: comercomo os nossos antepassados.Não quer dizer que temos quenos tornar numa espécie de FredFlinstone e passar a caçar parater o que comer, a ideia é voltarao passado e recuperar alguns

dos bons hábitos alimentares eestilo de vida desses tempos.

Os princípios fundamentaisdeste regime alimentar assentamna ingestão de carne de animaisde caça, peixe gordo de capturaselvagem, ovos, legumes e fruta,na quantidade que desejar.

Os alimentos proibidos sãoos açúcares, (bem como a frutoseou qualquer açúcar processado),os grãos (cereais), as carnestambém processadas (com

conservantes ou aditivos comomilho, amido e açúcares), o leitee quaisquer derivados do mesmo,o café, o pão, os óleos vegetais, ochocolate, os refrigerantes e asbebidas alcoólicas. O único“açúcar” permitido será o mel.

Também de fora ficam oscereais, leguminosas e batata,incluindo batata-doce.

Ou seja, uma alimentação ricaem proteínas, moderada emgordura, pobre em hidratos decarbono, com baixo teor de sal,rica em fibras, vitaminas, mineraise antioxidantes.

Ainda em fase de exploraçãoem Portugal, esta dieta começa,cada vez mais a ter adeptos, e deacordo com estudos cientificos,existem evidências de resultadospositivos em regressões dealguns tipos de doenças como adiabetes, obesidade e doençasauto-imunes.

U ma das maioresconquistas realizadasno século XX consistiu

nos avanços verificados na áreados direitos humanos.

Podemos definir direitoshumanos como o conjunto dedireitos civis, políticoseconómicos, sociais e coletivos,consubstanciados na DeclaraçãoUniversal dos DireitosHumanos. Estes implicam aabolição de todas as formas dediscriminação, seja por etnia,religião, género ou idade.

De facto, ao percorrermos ahistória dos direitos humanos,encontramos vários exemplos delutas humanas para os adquirir.Dois exemplos lendários sãoMartin Luther King e NelsonRolihlahla Mandela.

Martin Luther King lutou

pela igualdade dos direitoscívicos dos negros. A sua açãopautou-se pela defesa dos meiospacíficos (discursos ou marchas)na luta pelo reconhecimentooficial dos direitos dos negrosnos EUA. Em 1964, recebeu oprémio Nobel da Paz, tendo sidoassassinado quatro anos maistarde. Ficou célebre a sua frase«I have a dream…» (Eu tenhoum sonho…), relativa ao seusonho de libertação dos negros ereconhecimento da igualdade.

Nelson Mandela lutoucontra as políticas do apartheid,foi preso em 1962 e, em 1964,foi condenado a prisão perpétua.Durante os anos de prisão, a suareputação cresceu, tendo sidoaceite como o líder negro maisimportante de África e umsímbolo de resistência contra o

apartheid. Mandela foi libertadoa 18 de fevereiro de 1990 erecebeu o prémio Nobel da Pazem 1993.

Embora a luta contra todasas formas de discriminação sejauma guerra antiga, está longe deestar terminada. Apesar de todasas pessoas nascerem iguais emdireitos, o seu reconhecimento eusufruto é, ainda hoje, umamiragem para muitos milhões depessoas.

Para que haja umdesenvolvimento justo nasdiversas sociedades, estas nãopodem estar fechadas em simesmas, ao invés, têm queprocurar uma cooperaçãoconjunta e estarempermanentemente abertas aodiálogo!

Jogos Olímpicos

David Sequerra*

O Enf.º Joaquim Dias Caratão faleceu“…Aqueles que por obras valorosas,

Se vão da lei da morte libertando…”Foram oitenta e oito anos, em que teve corpo no Mundo.No meu mundo tive-o por trinta e dois, e foi um privilégio abençoado.Se Camões nos dá a pista para entendermos o nosso papel na vida, euentendo, na minha fé, que o corpo que nos é emprestado serve apenaspara o aperfeiçoamento da alma, essa sim, importante.Quando as almas, através das obras do corpo, tocam outras almas,enriquecendo-as, ter-se-á cumprido a citação de Camões, e o nossodestino.As palavras bonitas publicadas no nosso jornal do Concelho, aspresenças carinhosas na Missa da despedida do corpo, as cantigaspor ele escritas que muitos entoam, as memórias de afeto que muitosnos transmitem, tudo isto é a prova de que a sua alma tocou e enriqueceumuita gente, tendo valido a pena a sua passagem pelo Mundo.A todos os que o guardam com carinho, o nosso “Bem-haja”.

José Duarte

NECROLOGIA

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MARÇO DE 2015O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO10

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O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 11MARÇO DE 2014

Notícias da Câmara Municipal

CASA DE ARTES E CULTURA DO TEJO

Dia 11 | VIII Encontro de Música Tradicional

Até 15 de maio| Exposição de David Almeida,A Ética da Mão - Gravura em retrospetivaDesignada por Ética da Mão, a exposição, queesteve patente, até dezembro 2014, na BibliotecaNacional, constitui uma retrospetiva da obra deum ilustre e prestigiado artista português,reconhecido nacional e internacionalmente, Davidde Almeida.A obra de David de Almeida contempla trabalhosque constituem o resultado de uma intensa econtinuada caminhada à descoberta do patrimónioarqueológico português, que lhe proporcionou ocontato com o tempo das antas e das “pedras

Em agenda:Dia 3 |20h|Noite de Fados com jantar e prova de vinhos | Organiz.: Grupo de Amigos de Vilas Ruivas

Dia 4 | 57º Aniversário do CDRC | 18h – Início das comemorações com celebração da palavra porReverendo Padre Escarameia | 18h30 – Intervenções, descerramento da placa comemorativa e visita àsinstalações | 19h – Concerto pela Banda Filarmónica Fratelense20h30 - Jantar convívio com atuação de Retalhos do Fado | Organização: CDRC

Dia 4 | Baile de Páscoa | Local: Estalagem Portas de Ródão | Organiz.: Associação Gentes de Ródão

Dia 4 | Rota dos Fornos Comunitários | Organiz.: Centro Soc. Recreativo e Desportivo do Vilar do Boi

Dia 11 | Caminhada | Organização: Centro Sociocultural, Recreativo e Desportivo do Vilar do Boi

Dia 11 | “As Boas vindas à Primavera” | Organização: Clube de Jardinagem do Agrupamento deEscolas de VVR e Associação de Pais

Dia 12 |II Passeio pedestre |16h - Apresentação da sede e bebereteOrganização: Núcleo de Benfiquistas de Vila Velha de Ródão

Dia 12 | 16h | Futebol 11> Liga CovifilVila Velha de Ródão C.D.R.C. X Proença-a-Nova | Local: Estádio Municipal de V. V. Ródão

Dia 18 | Passeio pedestre “Rota das Nossas Fontes” e almoço com músicaOrganização: Associação Cultural e Desportiva Nossa Senhora da Paz

Dia 18 |14h |Festa da Primavera |Local: zona de cais fluvial |Org:Centro Recreativo e Cultural do Coxerro

Dias 18 e 19 | FAPAS - XVI Jornadas Nacionais sobre Conservação da Natureza e Educação AmbientalOrganização: FAPAS | Apoio: Autarquia de Vila Velha de Ródão e Centro de Formação de Associação deEscolas Alto Tejo

Dia 20 | Ultra-maratona Trans-Pangea passagem em Vila Velha de RódãoA etapa inclui o Percurso Pedestre “Rota das Invasões”, Portas de Ródão, Castelo de Ródão, PenedoGordo e geomonumento das Portas de Almourão na Foz do Cobrão, seguindo através dos trilhos da Serradas Talhadas.Os ultra-maratonistas vão vir de todas as partes do mundo para realizar esta corrida em auto-suficiência aolongo das espetaculares paisagens de montanha do Geopark Naturtejo.Organização: Land’s End Expedition Racing | Apoio: Naturtejo, Autarquia de Vila Velha de Ródão

Dia 25 | Noite de fados para sóciosOrganização: Associação Desportiva e Cultural de Alfrívida

Dia 26 |1º Passeio de Bicicletas Antigas | Inscrições: [email protected] ou https://www.facebook.com/adacs.sarnadense | Local: Sarnadas de Rodão | Organização: ADACS

Dia 26 | 13h | Almoço, jogos tradicionais e baileOrganização: Centro Cultural e Recreativo de Gavião de Ródão

Cont. Pág. 5

CASA DE ARTES E CULTURA DO TEJO - CINEMA ABRIL

Dia 17 | 21h30Blackhat: Ameaçana RedeReali.: Michael MannActores: ChrisHemsworth, ViolaDavis, Tang Wei eWang LeehomDistribuidora: NOSAudiovisuaisGénero: Ação/ThrillerDuração: 135 min.Classe etária: M12

Dia 10 | 21h30Taken 3Realizador: OlivierMegatonAtores: LiamNeeson, MaggieGrace, FamkeJanssenGénero: Ação/Crime/AventuraDuração : 109 min.Classe etária: M12

Dia 2 | 21h30O Meu Nome éAliceRealizador: RichardGlatzer, WashWestmorelandAtores: JulianneMoore, AlecBaldwin, KristenStewartGénero: DramaDuração: 99 min.Classe etária: M12

Dia 4 | 15h00Abelha Maia OFilmeRealizador: AlexsStadermannAtores/vozes: KodiSmit-McPhee, NoahTaylor, Jacki WeaverGénero: Animação/Aventura/ComédiaDuração : 79 min.Classe etária: M3

Comemorações do 25 de AbrilDia 24 | 21h | Concerto com Conservatório de Castelo BrancoLocal: Casa de Artes e Cultura do Tejo | Organização: Câmara Municipal Vila Velha de RódãoEm Vila Velha de Ródão | Organização: Junta de Freguesia de Vila Velha de Ródão | Apoio: CâmaraMunicipal VVR e CDRCLocal: CDRC | Dia 25 | 8h30 | Concentração e início das atividades alusivas ao 25 de abril:Jogos tradicionais (sueca e malha) | Peddy papper em Vila Velha de Ródão ( equipas de 8 elementos)com prémio instituído pela Junta de Freguesia de VVR13h | Almoço> Porco no espeto | 14h30 | Tertúlia 25 de AbrilApresentação de textos alusivos à efeméride | 16h30 | Torneio de FutsalNota: Inscrições até dia 22 de abril > Peddy papper, Tertúlia 25 de abril e Torneio de Futsal > 272 545322 (CDRC) ou 272 541 011 (JFVVR)Em Perais | Organização: Junta de Freguesia de Perais | Apoio: Câmara Municipal VVRDia 19 | 10h | Jogo de malha | 14h30 | Jogo da SuecaDia 25 | Caminhada Sra dos Remédios | Inscrições até dia 22 de abril na sede da Junta de Freguesiade Perais ou 272 989 2757h30 | Concentração na Junta de Freguesia de Perais | 8h | Início da caminhada | Percurso: Alfrívida/ Senhora dos Remédios / Monte Fidalgo / Perais | 13h30 | Almoço> Porco no espeto15h | Entrega de prémios das atividades

Jorge Palma com lotação esgotada em Ródão

A Casa deArtes eCultura do

Tejo recebeu, a 14 demarço, às 21h30, oconcerto Jorge Palma– Acústico.

À semelhança doque aconteceu comTeresa Salgueiro,Rita Guerra e comoutros grandesconcertos que a Casade Artes e Cultura jáacolheu, o públicoaderiu em massa aoconcerto de JorgePalma. Um eventopromovido pelaCâmara Municipal

espontaneidade, como se tudofosse feito de improviso, atestemunhar ao vivo a catarse docantor, especialmente ao tocarpiano.

Com mais de 40 anos decarreira é um nome incontornáveldo panorama musical português.Compositor, poeta, intérprete eexímio pianista, o percurso de vidade Jorge Palma observa-sesempre a par da música, suamaior forma de expressão.

Desde os anos 70 que esgotasalas um pouco por todo o país,desde as mais emblemáticas, atéaos palcos mais intimistas, tendotambém passado por festivaiscomo o Meo Sudoeste, Festa do

Avante, Super Bock Super Rocke Rock in Rio.

A programação culturalpromovida pela autarquia de VilaVelha de Ródão privilegia,claramente, a opção peladiversidade tentando, sempre,equilibrar a programação mensalcom os critérios financeirosestabelecidos, procurando, assim,agradar ao maior número depessoas e tornar a cultura maisacessível a todos.

O próximo espetáculo naCasa de Artes e Cultura doTejo ocorrerá no dia 24 deabril, às 21h30, com umConcerto do Conservatório deCastelo Branco.

escritas” que alguém, algures no tempo, deixougravados na pedra. Foi esta “escrita” que trouxe oautor até Vila Velha de Ródão.

de Ródão e que após dois dias deabertura da bilheteira esgotou alotação do auditório.Neste dia, Jorge Palma, umartista que dispensaapresentações, teve em palcocom o seu filho, Vicente Palmaque o acompanhou na guitarra,no piano e na voz onde tocaramalguns dos temas, que juntos játocam há mais de uma década,criando momentosverdadeiramente intimistas eespeciais.

Num ambiente acolhedorpropiciado pela excelenteinteração entre a música e ailuminação, ao longo do concertovivenciaram-se momentos de

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MARÇO DE 2015O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 12

O Grupo Toc & Ródão/ Centro Recreativo e Culturalde Coxerro, dando cumprimento ao seu plano de actividades, irá realizar no próximo dia 18 de

Abril a IV Festa da Primavera, no Centro Nautico, junto aos cais do rio Tejo, a partir das 14 horas.Com a participação do Grupo de Teatro do CDRC, do Coro da Santa Casa e do Grupo Etnográfico deVila Velha de Ródão.

Assim como os Grupos de Bombos de Nisa e os Zabumbas de Alpedrinha e os organizadores doevento, os Toc & Ródão, além da participação também do Grupo de Alunos de Concertina da Carapalha.Esta festa de celebração da Primavera, conta também com a presença de mostras de artesanato,produtores locais e petiscos.

Centro Recreativo e Cultural do VILAR DO BOIDia Mundial da Poesia

Contin. da 1ª. Pág.

Simultâneamente, o “Início daPrimavera” com permuta deflores e plantas.

Ao calor suave do equinócio,teve lugar uma maratona poéticaapoiada no caderno de poetalocal, “Fragmentos – das MinhasAnsiedades, Memórias eLamentos”.

Foi um regalo ouvir as“Marias da terra”, (vencida anatural timidez), a ler poemasinéditos que falavam de si e dosusos e costumes da nossa aldeia.

Mais tarde, à luz deminúsculas velas, no interior doCentro, decorado de maneiraprimorosa, teve lugar um “Portode Honra à Poesia” paraacompanhar degustação dosapreciados “entretens de boca”da região.

Mais poesia pela noite dentro,a finalizar um momento deagradável convívio e partilha.

De realçar e agradecer, a

presença da Doutora GraçaBaptista, com o seu grupo deleitores.

Também a do Coronel FaiaCorreia, muito interventivo eaplaudido nas suas actuações.

Inaugurada com carácter depermanência, ficou patente umamostra de “Quadras

Enquadradas”, relatando Factose Figuras que a memória recorda.Um bom motivo para visitarSarnadinha, .que um “filho daterra” (que se diz poeta),classifica de “ALDEIA DOVERSO SIMPLES”.

Silvério Dias

fotos:Biblioteca Municipal de VVRódão