ANO XXXIV - Nº. 402 Mês de abril de 2016 O CONCELHO DE ... · de 1973, em Bissau, onde ponderavam...

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ANO XXXIV - Nº. 402 Mês de abril de 2016 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO Redacção: Avª. Almirante Reis, Nº. 256 - 1º. esqº. 1000-058 LISBOA - [email protected] - www.ccvvrodao.no.sapo.pt - Telem. 967 018 215 - NIB: 003500630008193433011 Publica-se na última semana de cada mês Mensário Regionalista Fundador: DOMINGOS ALVES DIAS Director JOSÉ FAIA P. CORREIA Registo de Imprensa - Nº 108771 Depósito Legal Nº. 4032/84 34 Anos ao serviço do nosso Concelho Número Avulso: 0,80 Pág. 2 Editorial Pág. 9 Pág. 5 PASSEIO A VILA VELHA DE RÓDÃO 42 anos depois (um documento de grande valor histórico, porque escrito e testemunhado por atores da Revolução na Guiné) “BARRAGEM DO ALVITO” FOI À VIDA (Interior continua a ser defraudado pelo Estado) José Faia Correia 25 de ABRIL RODAM - UMA HISTÓRIA MILENAR Documentação Histórica PROGRAMA NA PÁGINA 3 HERDADE DA URGUEIRA DIA 21/05/2016 (SÁBADO) Pág. 4 Pág. 4 Pág. 2 A ESCOLA e as empresas, uma colaboração a estimular “... a Celtejo, pela experiência desenvolvida, merece o devido e merecido destaque pois os seus colaboradores manifestam uma especial motivação para desenvolver este tipo de ações colaborativas e que pretendemos estimular para a inclusão da Escola, de forma cada vez mais frequente ...” CARGALEIRO consagrado em Paris “...exposição de pintura , no Grand Palais perto da estação do metro de Champs-Elisées-Clemamceau, para a qual foi também oportunamente convidado a produzir os azulejos e painéis que decoram esta estação, e ainda outra exposição na Galeria Helene Bailly...” BOMBEIROS Assembleia Geral aprovou contas de 2015 “... a Direção congratulou-se por finalmente apresentarem um resultado positivo de € 66.432, contrariando assim os resultados dos exercícios anteriores, com a particularidade de terem aumentados as despesas (€344.306) relativamente ao ano anterior, tendo aumentado também as receitas (€410.738)...” Pág. 6 Últ. Pág. Pág. 7 O envelhecimento da população portuguesa Próxima Reunião de Câmara Pública de Ródão descentralizada em Perais

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ANO XXXIV - Nº. 402 Mês de abril de 2016

O CONCELHO DEVILA VELHA DE RÓDÃO

Redacção: Avª. Almirante Reis, Nº. 256 - 1º. esqº. 1000-058 LISBOA - [email protected] - www.ccvvrodao.no.sapo.pt - Telem. 967 018 215 - NIB: 003500630008193433011

Publica-se na última semana de cada mês

Mensário RegionalistaFundador: DOMINGOS ALVES DIAS

DirectorJOSÉ FAIA P. CORREIA

Registo de Imprensa - Nº 108771 Depósito Legal Nº. 4032/84

34 Anos ao serviço do nosso Concelho

Número Avulso: 0,80

Pág. 2

Editorial

Pág. 9Pág. 5

PASSEIO A VILA VELHA DE RÓDÃO

42 anos depois(um documento de grande valor

histórico, porque escrito etestemunhado por atores da

Revolução na Guiné)

“BARRAGEM DO ALVIT O”FOI À VIDA

(Interior continua a ser defraudado pelo Estado)

José Faia Correia

25de ABRILRODAM - UMA HISTÓRIA MILENAR

Documentação Histórica

PROGRAMA NA PÁGINA 3

HERDADE DAURGUEIRA

DIA 21/05/2016 (SÁBADO)

Pág. 4

Pág. 4 Pág. 2

A ESCOLA e asempresas,

umacolaboração a

estimular

“... a Celtejo, pela experiênciadesenvolvida, merece o devido emerecido destaque pois os seuscolaboradores manifestam uma especialmotivação para desenvolver este tipo deações colaborativas e que pretendemosestimular para a inclusão da Escola, deforma cada vez mais frequente ...”

CARGALEIROconsagrado em

Paris

“...exposição de pintura , no GrandPalais perto da estação do metro deChamps-Elisées-Clemamceau, para aqual foi também oportunamenteconvidado a produzir os azulejos epainéis que decoram esta estação, e aindaoutra exposição na Galeria HeleneBailly...”

BOMBEIROSAssembleia

Geral aprovoucontas de 2015

“... a Direção congratulou-se porfinalmente apresentarem um resultadopositivo de € 66.432, contrariando assimos resultados dos exercícios anteriores,com a particularidade de teremaumentados as despesas (€344.306)relativamente ao ano anterior, tendoaumentado também as receitas(€410.738)...”

Pág. 6 Últ. Pág.Pág. 7

O envelhecimentoda população portuguesa

Próxima Reunião de Câmara Públicade Ródão descentralizada em Perais

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ABRIL DE 2016O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 2

Crónicas deum paraíso à beira do Tejo…

por José Emílio [email protected]

Editorial

… Transformamos viagensem experiências

Avenida 1º Maio, 34 - C2825-393 Costa de CaparicaTel. +351 212 909 390E-Mail : [email protected]

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([email protected])

"O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO"Propriedade e editor: Casa do Concelho de VilaVelha de Ródão; Nº Registo Pessoa Colectiva:502 377 003 - Isento de registo na ERC ao abrigodo Decreto regulamentar nº. 8/99 de 9 de Junho (artº12º, nº 1, alínea a). Depósito Legal: Nº. 4032/84.Director: José Faia P. Correia([email protected]). Presidente da Direcçãoda Casa do Concelho: Elísio Carmona([email protected]) Composição: João LuisGonçalves Silva ([email protected]).Impressão: Jornal Reconquista - Castelo Branco.-Colaboradores: Ana Martins Camilo, Ana PaulaRibeiro, António Silveira Catana, Carolina Lourenço,David Sequerra, Elísio Carmona, Emílio B. PereiraCosta, Fabião Baptista, Jorge Manuel Cardoso, JoséCarlos Belo, José Eduardo, José Emílio Ribeiro, LuisRibeiro Pires Correia, Manuel Antunes Marques,Mónica Santo, e O. Sotana Catarino. Sede,Redacção e Administração: Av. Almirante Reis,256 - 1º. Esqº. 1000-058 LISBOA - N.B. - Toda acorrespondência deverá ser enviada para aredacção. As opiniões expressas nos textospublicados em "O Concelho de Vila Velha deRódão" apenas reflectem os pontos de vista dos seusautores. Assinatura anual: •Território nacional- 10 € • Estrangeiro -12,5€. Tiragem mensal:1 500 ex.

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(JORGE GOLIAS, Capitão Engenheiro de Transmissões naGuiné, um dos mais jovens oficias presentes na 1ª. reunião de agostode 1973, em Bissau, onde ponderavam oficiais das armas ditascombatentes, já com duas ou três experiências em zonas de campanha,avançou com uma frase bombástica, mas de grande efeito nospresentes, mais ou menos nos seguintes termos: “Meus Majores emeus Capitães, os senhores têm as armas e a experiência de combate,por isso deixemo-nos de conversa porque isto só vai à porrada”.

PREFÁCIO de Carlos Matos Gomes, Capitão Comando naGuiné “O texto de Jorge Golias, intenso e seco de divagações, relatacom a naturalidade dos que aprenderam e não esqueceram que amaior glória é fazer o que deve ser feito, … extraordinários atos decoragem, de serenidade, de lucidez, praticados nas mais difíceiscondições, incluindo as de risco de vida, por ele e pelos seuscamaradas do movimento dos capitães da Guiné, o MOCAP, dosmilitares e civis que souberam ler o tempo histórico e dar o seucontributo. Jorge Golias traz à luz do dia esses homens admiráveis– Memoráveis – assim os classificaria Lídia Jorge no título de umdos seus romances, dando-lhes nome e luz, retirando-os doesquecimento e da sombra a que quase todos se remeteram, ouforam remetidos para satisfação dos que espreitam as boasoportunidades de se promoverem sem o risco de falharem.”…Ajuda a compreender…”Porque foram assim o 25 de Abril na Guinée a descolonização que se lhe seguiu? Porque foi o 26 de Abril de1974 em Bissau determinante para o que aconteceu em Portugal atéao 25 de Novembro de 1975?”…“…O processo que o núcleo dos militares do MFA na Guinéconduziu para dotar do carácter de anti-colonialista o Portugal queiria emergir do 25 de Abril, essencial para a sua credibilidade,desenrolou-se com grande autonomia e, em boa parte, em contínuarebeldia. Primeiro contra o governo de Marcelo Caetano, de seguidacontra as orientações da Junta de Salvação Nacional, finalmentecontra as concepções do general Spínola quanto à descolonização.…“Este livro de Jorge Golias é uma homenagem a esses homens aquem os portugueses nada devem, porque nunca fizeram comérciocom os seus princípios.”

25 de ABRIL42 anos depois

Há coisas que não conseguimosexplicar de um modo claro e, umadelas, é a faculdade que eu tenho

de, ao acordar, mesmo com o quarto àsescuras, calcular o tempo com uma margemde erro muito pequena. Isto baseado nossons que me vão chegando do exterior.

Há sítios em que a coisa é fácil decompreender, mas noutros já é maiscomplicado, mesmo atendendo ao facto deeu gostar de dar importância a todos ospormenores, por mais insignificantes quepareçam.

No meu paraíso é o cantar dospassarinhos que me orientam, em Proençaé a conversa dos meus vizinhos na rua,agora aqui, na capital, é que eu achava issoestranho, até que hoje me concentrei noassunto e descobri a fonte de onde me vinhaa inspiração. Simples, é o barulho dotrânsito que me orienta, em especial apassagens de autocarros, e confesso queaté eu fiquei admirado.

Admirado sim, que não espantado coma descoberta, porque aquilo que me espantaé a forma como nós nos alheamos muitasvezes dos pormenores das coisas.

Nos campos, vemos a imensidão dasflores e descuramos os pormenores de cadauma. Nas cidades é a imponência de certasconstruções, sem ligar aos pormenores queas compõem.

Na vida, deixamos de dar importânciaà pessoa para valorizarmos a multidão.

Hoje a pessoa em si pouco vale e o queconta é o que produz o conjunto onde aaquela se insere, como se fosse um motorcomo um todo, onde cada parte que ocompõe não contasse.

Hoje até já deixamos de seridentificados pelo nome, passou a sercomum pedirem-nos uma identificação eestarem a referir-se ao número decontribuinte, ou pior, pasme-se, ao númerodo telemóvel. Foi isto que me aconteceunuma loja de um centro comercial, por causade um daqueles cartões que hoje teimamem nos dar em todo o lado, alegando que épara recebermos bónus e descontos extra.

Deixamos de ser o José ou o Manuelpara passarmos a ser o número tal ou tal.

O número de dias de chuva é que eu jánem sei contabilizar. Eu bem sei que o Abrilé conhecido por ser de águas mil, mas averdade é que já estávamos desabituadosde tanta chuva. Claro que se uns estãocontentes com tanta precipitação, outrosjá clamam que o S. Pedro está maluco de

1. Repentinamente, deixou-nospara sempre um Amigo,ANTÓNIO FERNADO MAR-TINS. Na altura em que, pormotivos de saúde, se retiroucomo nosso colaborador noFratel, foi-lhe prestada públicae justa homenagem pela Casa doConcelho e pelo Jornal, comoentão noticiámos.O texto que lhe dedica suafilha, Engª. Paula Martins,define como foi o seu pai, eapraz-me acrescentar o seudedicado companheirismo naesquecida Comissão de Festas eMelhoramentos em Lisboa, àqual o Fratel muito ficou adever.

2. A construção da barragem doAlvito abortou. Ou seja “foi àsmalvas”, depois de dezenas deanos a criar esperança como umpasso para o desenvolvimento danossa região. Desta vez sabe-sequem ditou a sentença: a EDP.Não se percebe é como é queesta tem peso para tanto!!!

3. O 42º. Aniversário do 25 deAbril acontecerá quando estenúmero do nosso Jornal jáestará a caminho da fase finaldo seu fabrico. Por isso aquiprestamos antecipadahomenagem a quantos lutarampela conquista da Liberdade donosso Povo e não poderíamosesquecer o oposicionista aoantigo regime que foi o nossofundador, senhor DOMINGOSALVES DIAS.

todo. Mas o certo é que o meu paraísoagradece, porque no verão o sol aperta comele.

Será sempre difícil deixar todoscontentes, para mais agora que já toda agente se habituou a ser intolerante e areivindicar para si tudo aquilo que a suaimaginação acha que lhe deve pertencerpor direito, mesmo que isso colida comvalores que pertencem a outrem. Estamoda até já chegou ao governo e, umministro, por acaso da cultura, achava quepodia resolver os seus diferendos àlambada. Depois de tal acto ter vindo apúblico, mais não lhe restou que pedir ademissão do cargo, pois uma atitude destasdeve ser incompatível com a acçãogovernativa.

Na verdade, vamos sendo governadospor pessoas sem qualquer experiência devida. São os “jotas” cuja únicapreocupação é arranjar um lugar cómodopara a vida através da política, tendo comoúnica meta alcançar um “tacho” que lhegaranta um futuro estável a nível monetário.Vão-se infiltrando em todos os buracos namira de atingirem aquilo que têm em vistae que, de um modo geral, nada tem a vercom a ideia de servir o bem comum. Este éum mal que é transversal a todos ospartidos, não sendo exclusivo deste oudaquele.

Desde cedo me habituei a seguir comtoda a atenção os debates no nossoparlamento. Faço-o desde mesmo antesda revolução de Abril e noto com certafrustração que a qualidade dos nossosrepresentantes tem vindo a baixar de umaforma assustadora, tanto a nível dequalidade de argumentação, como a nívelde conhecimentos.

Cada país, segundo dizem, tem osgovernantes que merece. E, sendo assim,eu não auguro nada de bom para o futurodas novas gerações.Façam favor de ser felizes, com ou semchuva.

Abril de 2016

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ABRIL DE 2016 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 3

Fabião Baptista

Santa Casa da Misericórdia de Castelo BrancoASSEMBLEIA GERAL

PASSEIO A VILA VELHA DE RÓDÃO HERDADE DA URGUEIRA - DIA 21/05/2016 (SÁBADO)

PROGRAMA:

SÊ FELIZ ...

Vai para quinze anos que somos membros da Mesa Administrativaduma Instituição de Solidariedade Social, que integra Infantários,“jardins de Infância”, várias estruturas residenciais, para pessoas

idosas, para além de outras respostas sociais que esta organização debenemerência, coloca ao dispôr de mais de mil utentes, que a procuramdiariamente.

É para nós, verdadeiramente gratificante, saber que somos úteis àsociedade e prestáveis à comunidade em que vivemos.

Porém, podem crer, aquilo que mais nos choca, é ver tanto idoso,sentado em cadeiras de rodas ou deitados nos seus leitos de dor, semterem, com regular frequência, a visita de qualquer familiar. E nesta Páscoao número de idosos nestas condições foi tão grande...

Mas, aquilo que ainda mais nos aflige, é sabermos que há familiares,que só visitam os seus ascendentes, no sentido de lhes extorquirem algumacoisa no seu magro pecúlio, que têm amealhado. E para que a indignaçãoseja ainda mais volumosa, é sabermos que muitos destes idosos, têmfilhos bem colocados na vida, que levam uma existência social e económica,de elevado estadão. Estes filhos, que nós consideramos de injustos, quasepoderiam ser considerados de INDIGNOS, de acordo com a alínea C) don.º 1 e do n.º 2, ambos do Art.º 2166 º do Código Civil.

Estes familiares, habitualmente, tentam justificar as suas ausências,desinteresse e abandono dos seus progenitores, com a esfarrapada desculpade falta de tempo e de estarem assoberbados de trabalho.

Perante esta repelente situação, até nos apetece perguntar: - Mas queraio de civilização é esta, em que a ingratidão, pelos seus progenitores, sesitua em tão elevado expoente de “jus sanguinis”? Que civilização criámos,em que a sensibilidade familiar, anda tão arredada, mais se fazendo sentir,precisamente. Na etapa mais difícil da vida e mais carente de carinho, paratodo o ser humano?

Será caso que estes filhos, não pensam, que no futuro também podemser anciãos e, como tal, também desejarem ter amizade familiar, carinho,conforto, amor verdadeiro, cordialidade, tal como os seus pais estão aprecisar neste preciso momento?

Como é cruente, a situação de muitos destes idosos, que se encontramna etapa mais difícil das suas vidas, não terem um carinho familiar. Sim,porque o chamado Outono da vida, nunca vem só. Faz sempre acompanhar-se de doenças, toda a espécie de limitações, tenebrosas nostalgias e então,quando falta uma família amiga ou o calor conjugal, todo o idoso se sentedesapoiado, menos querido e muito mais só, completamente abandonado.Será que esta triste realidade, está mesmo a radicar-se na sociedade dostempos hodiernos?

Se assim é, temos de concluir que estamos a voltar à barbárie, masainda mais selvagem, cruel e injusta, do que as chamadas civilizaçõesbárbaras. E isto porque o progresso não se pode mensurar, apenas, pelonível económico da sociedade, pela abundância de computadores que elapossui, mas sim pelos valores éticos e, principalmente, pelas normasmorais, cuja matriz, a civilização judaico/cristã devia preservar e defender.

Sempre advoguei, que o lugar ideal e lógico, para os idosos passaremos derradeiros dias de vida, era a sua própria casa ou então, quando já nãofosse viável cuidarem de si próprios, então o melhor lugar, seria a residênciados seus próprios filhos. Veja-se, como os nossos antepassados achavamque isto não só era normal e racional, mas até constituía uma grandebenção do Céu, cuidar dos seus pais, já idosos, até ao fim das suasexistências. Evidentemente que os tempos são outros. Todavia, não éjusto, que se atirem os pais, para um qualquer “Lar”, às vezes que de“Lar” pouco têm, visitando-os apenas uma ou duas vezes por ano. Talprática e quanto a mim, não só é imoral, como tremendamente injusta edesumana. E isto porque, por muito boa que seja uma estrutura residencial,para pessoas idosas, não pode evitar a solidão, que só o amor, o amparoe o carinho familiar, pode colmatar.

Um idoso está sempre sequioso de carinho, ávido de afago. Não é sópela Páscoa ou quando faz anos, que precisa de amor, meiguice, mimos.Que carinho tão hipócrita, certos familiares dão, quando visitam os seusfamiliares, uma ou duas vezes por ano. Nem imaginam o quanto me custa,observar a angústia que se estampa no rosto de certos velhinhos, quandovivem apenas de recordações do passado. Como eles olham, contristados,à sua volta, quando vêem os seus companheiros ser visitados por familiares,na esperança de lhes aparecer algum filho ou filha. Que espera infindável,que sofrimento, verdadeiramente atroz, quase a roçar o paroxismo.

Espero, sinceramente, que este despretencioso artigo, vá mexer com aconsciência de muitos filhos e filhas da minha comunidade e que incentiveos que são filhos e filhas dedicados e devotados a seus pais, a continuarema sê-lo.

Como recordo o Papa João Paulo II, de boa memória, quando escrevia:“A cultura da vida, tem de prevalecer sempre, sobre a cultura da Morte”.Eu e certamente o leitor (se é que os tenho), também queremos umacultura nacional de preservação da vida, de todos os domínios e em todasas etapas da existência humana, nomeadamente, na difícil etapa da vida aque chamam da “Terceira Idade” ou então o “Outono da vida”. Todos láchegaremos, se Deus assim o quiser e a melhor maneira de protegermos anossa futura velhice, é tudo fazermos, o que nos for possível, pelosidosos de hoje, assim como pela sua felicidade e bem estar.

12,30 horas - Almoço na Herdadeda Urgueira (aperitivos variados, sopa depeixe, borrego na grelha, sobremesas,bebidas e digestivos)

15,00 horas - Animação com oGrupo Musical Modas de Ródão eoutras iniciativas

18,00 horas - Lanche com degustaçãode produtos locais

PREÇOSPessoas que utilizem transporte próprio

de acesso à Herdade da Urgueira:Adultos - 20,00 eurosCrianças até 10 anos de idade -

10,00 Euros

Pessoas que utilizem o transporteorganizado pela Casa do Concelho e queinclui comboio de Lisboa (Sta. Apolónia ouGare do Oriente)/Ródão/Lisboa e autocarroda estação de Ródão para a Herdade daUrgueira e regresso:

Adultos: Com menos de 65 anos -35,00 Euros/Com mais de 65 anos- 30,00 euros

Crianças: Até 10 anos de idade -20,00 Euros

HORÁRIO DOS COMBOIOS

Saída de Lisboa: 08,15 horas (Sta.Apolónia) ou 08,20 horas (Gare doOriente)

Chegada a Ródão: 10,41 horasSaída de Ródão: 19,45 horasChegada a Lisboa: 22,20 horasOs bilhetes serão entregues no dia da

viagem, na estação de embarque, comindicação da carruagem e do lugar.

RESERVA DE LUGARES PARAALMOÇO E TRANSPORTE

Até ao dia 12 de Maio de 2016, paraos números de telemóvel:

O Grupo “Modas de Ródão” animará o encontro de rodenses e amigos

Teve lugar, no transato dia 30 de Março,no salão polivalente da Santa Casa da

Misericórdia de Castelo Branco, aAssembleia Geral, destinada a analisar,discutir e votar, o Relatório de atividades eas contas, respeitantes ao exercício do anode 2015.

Depois de saudar todos os presentes, oPresidente da Assembleia Geral, ManuelDuarte Cardoso Martins, deu a palavra aoprovedor da Santa Casa, José AugustoRodrigues Alves, que começou por afirmarque era com grande serenidade, muitoorgulho e de consciência tranquila, do devercumprido, que perante os Irmãos, presentesnesta Assembleia Geral, prestava contas doexercício das atividades desenvolvidas pelaMesa Administrativa, durante o transcorrerdo ano de 2015, o qual teve um resultadolíquido, positivo, de 13.911,09 Euros, o querevela bem, uma gestão eficiente, prudentee adaptada às difíceis condições daconjuntura política e social do País.

De imediato abordou tudo o que temsido realizado, na Santa Casa, ao longo doano de 2015, sublinhando a recuperaçãoduma casa rústica, que depois derestaurada, virá a servir para vários fins,tais como, centros de convívio social, Parquegeriátrico e centro de diversões infantis.

Entretanto sublinhou que se está atratar e cuidar de mais de 800 oliveiras, asquais produzirão, em anos de boa safra,azeite de fina qualidade e azeitona deconserva, que chegue para as necessidadesda Santa Casa.

Referiu também, o Provedor, queestavam previstas, plantações de cerca de

90 mil sobreiros, na propriedade rural daSanta Casa, o que constituirá uma preciosae rentável fonte de rendimentos, para aInstituição, rendimento este que a juntar aoutras receitas, estáveis, proporcionarão umcaminho seguro e de lucrativa rentabilidade,desejada para a nossa Misericórdia. “Porém,para se conseguir tudo isto, tem de haverafinco, sólidas energias e rentáveisestratégias empresariais, com medidasinovadoras e aproveitamento dos nossosrecursos naturais. Todavia, com o softwarehumano que a Santa Casa tem, nestemomento, estamos convencidos que asociedade albicastrense, se há de rever, comorgulho, na sua Santa Casa da Misericórdia”.

De imediato foi dada a palavra aoTécnico Oficial de Contas, o qual, com auxíliode projeção de gráficos, dilucidou, comparticular minúcia, a evolução financeira daSanta Casa, onde o ativo contabilístico atingiu15.456.746,53 Euros, cifrando-se os fundospatrimoniais e passivo, nos 15.442.835,44Euros, do que se obtém um resultado líquido,positivo, de 13.911,09 Euros.

Com esta proficiente explanaçãocontabilística, ficamos a saber que só comremunerações salariais, se despenderam3.901.566,47 Euros.

De imediato tomou a palavra opresidente do Definitório ou Conselho Fiscal,que foi presidido pelo Dr. Alfredo da SilvaCorreia, começando por aludir à situaçãopatrimonial e económica da Instituição, queconsiderou altamente proficiente, acabandopor afirmar que “merece aprovação, tantoo Balanço e a Demonstração de Resultados,como as restantes peças contabilísticas,assim como o Relatório da MesaAdministrativa”.

“Neste contexto e tendo o Definitórioapreciado o esforço desenvolvido, ao longodo ano de 2015, pela Mesa Administrativa,no sentido de racionalizar os serviçosprestados, pela Santa Casa, esforço que édesenvolvido de uma forma voluntariosa esem qualquer remuneração, o Definitóriopropõe, ao Presidente da Mesa daAssembleia Geral, que seja posto àconsideração da Assembleia, UM VOTODE LOUVOR à Mesa Administrativa, bemcomo aos quadros dirigentes da Instituição,pelo empenho, abnegação, pundonor eesforços desenvolvidos, para alcançar osresultados referidos e hoje apresentados aosIrmãos da Santa Casa”.

Submetidos à votação, o Relatório deAtividades e Contas, foi aprovado, com umaabstenção.

Por seu lado, o voto de louvor, propostopelo Conselho Fiscal, foi aprovado porunanimidade.

Fabião Baptista

967018215 - 966182289 - 969008084 -963078639 ou através dosrepresentantes do nosso jornal noconcelho.

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ABRIL DE 2016O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 4

RODAM - UMA HISTÓRIA MILENARDocumentação Histórica

Parece inútil procurar qualquerdocumento histórico anterior aoséculo XII, sobre o território do

actual concelho. Não se lhe conheceforal, o que não significa que este nãotenha existido. Deve-se crer que osTemplários, que aforavam quantoscastelos possuíam, com os seus termos,nos séculos XII e XIII, também tivessemdado foral a Açafa ou Ródão, perdendo-se dele memória, o que não surpreendenuma vila e concelho que é dos maisescassos em documentação histórica, nonosso país. Deve-se tal facto a doisacontecimentos ocorridos entre 1840 e1900 : o incêndio dos Paços do Concelho(em 1846), onde existia umadocumentação rica do passado de Ródãoe a extinção do Concelho (1896), com aconsecutiva retirada de documentos parao arquivo Distrital, pois a restauraçãodo mesmo só ocorre em 13 de Janeiro de1898.

Poderá haver alguma documentaçãono Arquivo da Câmara Eclesiástica daGuarda, e nos Arquivos do Paço deCastelo Branco, em virtude destasparóquias terem, pertencidosucessivamente àquelas dioceses até queesta última foi extinta, passando depoispara a diocese de Portalegre.

A doação de um território que incluio do actual concelho , feita entre 1115 e1118, prova que esta região pertenciaao Condado Portucalense, já desde otempo de D. Teresa.

O documento mais antigo quemenciona a região de Ródão data do ano1186. Trata-se do Foral da Covilhã. Esteforal, concedido pelo rei D. Sancho I,menciona a região das Portas de Ródãocomo o limite sul daquele concelho e

“BARRAGEM DO ALVITO”FOI À VIDA

(Interior continua a ser defraudadopelo Estado)

José Faia Correia

O Governo canceloudefinitivamente o projecto deconstrução da barragem do

Alvito, um sonho com mais de meioséculo. E fê-lo unilateralmente, no dia18 de abril, muito simplesmentecomunicando aos Presidentes dasCâmaras de Castelo Branco e de VilaVelha de Ródão a decisão jáanteriormente tomada.

Ou seja, o Estado está-se nas tintaspara quantos lutam pelodesenvolvimento do desprezadointerior, deitando por terra expectativas,criadas e mantidas durante váriasdezenas de anos, sem que a região sejaressarcida pelo investimento público que

foi sendo feito com vista a contrariar odistanciamento em termos dedesenvolvimento, com vista à coesãoterritorial.

Sabe-se que a desistência se deveu àEDP, concessionária doempreendimento, a qual, segundoparece, vinha preparando a mesma desde2011.

Como vai o Estado compensar aregião afetada é uma questão que, muitonaturalmente, se coloca sem que, noentanto, nada tenha sido adiantado…

Outra pergunta que se poderáfazer é: COMO É QUE A EDP TEMTANTO PODER?

refere a necessidade de estabilizar asfronteiras e desenvolver economicamenteuma área tão escassamente povoada.

Em 1199, este monarca concedeu,em paga dos bons serviços prestadospelos Templários, a região da Açafa, aoMestre do Templo, D. Lopo Fernandes.Era esta Herdade uma vastidão de terrasa confrontar com o termo da Idanha, jáem posse dos Templários, indo de lá,até ao ribeiro de Figueiró e rio Ocreza,com passagem por Vila Velha de Ródão.O território dos Templários é agoraalargado para o sul e leste, ocupandouma vastidão territorial que vai desde oribeiro do Figueiró, Anta da Milriça, emCastelo de Vide, Portagem (a sul deMarvão), Igreja de Nª Sª de Manjarretes,ainda existente, junto ao convento de S.Pedro de Alcântara, já em Espanha (hojerestaurante), ribeira David, (junto aValência de Alcântara), castelo de Terrón(em São Vicente), mosteiro de Palante,em ruínas, (perto de Solarino), Rio Salore daqui até ao Tejo, frente ao rio Erges.Convém recordar que, nesta época, todaaquela área pertencia ao domínio da coroaportuguesa.

Quanto aos limites, a sul do Tejo,da Herdade da Açafa, doada aosTemplários, muito se tem escrito, porgentes de muito saber, mas tambémmuitas imprecisões se têm cometido,certamente pelo facto de os seus autoresnão conhecerem, ou pelo menos, nãoterem visitado, in loco, as referências delimite, apontadas no documento dedoação. É o caso de AlexandreHerculano e de Mário Saa queconfundiram o castelo de Terrom com ocastelo de Nisa, Palantre ou Alpalantrecom Alpalhão, Mongaret com Alegrete,

ribeira David com rio Sever...Eis os termos da dita doação:

“... Partitur enim ultra Tagum per Focemde Figueyroo, quomodo intrat in Tagum,deinde intrat ad rostrum de Merlica etvadit ad Mongaret deinde ad Cimaliasde Aqua de Vida, deinde ad Castellumde Terrom quomodo vadit adMonasterium de Palantri deinde adsemederium de Benfayam, deinde adPortum de Mola de Salor, quomodovertuntur aquae de Tagum”

Faltam-nos documentos queacompanhem a evolução jurídico-administrativa do território da Açafa, apartir daquela doação e da suatransformação no concelho de Vila Velhade Ródão.

A existência do pelourinhoManuelino confirma, no entanto, aautonomia municipal que, seguramente,esta vila conquistou posteriormente aoséculo XIII. A sua área era de grandeimportância como ponto estratégico nadelimitação das fronteiras cristãs faceaos muçulmanos e na garantia daliberdade de navegação do Tejo, empresaatribuída aos Templários, assim comopara o povoamento da região da Beira.Daí a necessidade de edificação decastelos como o de Almourol e dasPortas de Ródão que teria sido fundado(provavelmente) por D.Gualdim Pais.

No “Numeramento do Reino” de1527, não nos aparecem indicaçõessobre o número de habitantes de VilaVelha de Ródão, apesar de se lhe fazerreferência como limite das comarcas daBeira e de Entre-Tejo e Guadiana.

Em 1708, a Vila era “vigararia” daOrdem de Cristo, comenda do conde deAtouguia e contava apenas 160 fogos.

I

Em 1758, o Marquês de Pombalenviou ao Bispo da Guarda um

inquérito para que este o distribuíssepor todos os párocos da sua diocese.Tivemos acesso a este inquérito do qualextraímos alguns dados, com data de

IIAbril de 1758:

“Tem esta freguesia de Vila Velhade Ródam 172 fogos e 438 fregueses.Alem da sede, tem esta freguesia oslugares seguintes: Gaviam, com 50vezinhos; Tavilla, 7; Val de Cabram, 5;

Foz de Cabram, 9; Cham das Cervas,6; Monte Queimado, 1; Sarnadinhas,8; Alvaiade, 13; Sereijal, 5; Tostam, 6;Cocherre, 3; Serrasqueiras, 10;Coutada, 15; Val de Pouzadas, 7;Perais, 14; Casa Honrada, 1.

O pároco é colado e tem de renda32 mil réis em dinheiro e 78 alqueiresde trigo e 78 alqueires de senteio.

Tem as seguintes ermidas: SamPedro, dentro da villa; Sam Sebastiame Espírito Santo, junto à mesma villa;Senhora do Castello, da Alagada eSenhora da Graça, nos limites.À Senhora do Castello acodem váriosromeiros todos os anos no dia últimode Agosto e fazem novena até dia 8 deSetembro”.

Censo da freguesia de Vila Velhade Ródão:

O pároco, em 1758, atribuiu-lhe 172fogos e 438 habitantes.

O censo de 1864 atribuiu-lhe 355fogos e 1.454 habitantes e o de 1878deu-lhe 430 fogos e 1.652 habitantes.

Censo do concelho de Vila Velhade Ródão:

Em 1708, o concelho compreendiajá as mesmas 4 freguesias de hoje - VilaVelha de Ródão, Alfrívida (actualmentePerais), Sarnadasde Ródão e Fratel - comum total de 560 fogos.

Pelo recenseamento de 1878,contava 1323 fogos e 5.233 habitantes.O censo de 1940 atribuiu-lhe 9.693habitantes.

Actualmente (em 2003) está emacentuado decréscimo, sendo a

população inferior a 4.700 habitantes.

Para além da estratégica posição dedefesa que ocupava, a importância deRódão advém do Porto do Tejo que davapassagem a uma estrada comercial epastoril fundamental para odesenvolvimento das regiões da BeiraBaixa e Alentejo. O gado atravessava-aem direcção aos pastos estivais da Serrada Estrela e inverniços do Alentejo.

A travessia do Tejo era feita atravésde uma ponte de barcas, até à construçãoda ponte metálica em 1888.

O tráfego fluvial foi muito activoaté à construção do caminho-de-ferro,em 1885-93, que o substituiu.

A construção da ponte metálica edo caminho-de-ferro contribuíramdecisivamente para o desenvolvimentodeste concelho, comprovado peloaumento da sua população, que severificou até meados do século passado.A partir daí, tem-se verificado umdecrescimento da população, de talmaneira acentuado que se tornaalarmante.

Para reflectir:No ano de 2005, o movimento

paroquial de Vila Velha de Ródão, Fratele Perais foi o seguinte: Baptismos, 7 eóbitos, 107.

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ABRIL DE 2016 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 5

O Concelho de Vila Velha de Ródão- Notícias da Câmara Municipal - Drª. Ana Martins Camilo

Cont. Pág. 9

Vila Velha de Ródão recebe Estágio RegionalDEFESA PESSOAL

Em maio naCASA DE ARTES E CULTURA DO TEJO

Dias 13, 14 e 15 de maio | III JORNADAS DE ARQUEOLOGIA DO VALE DOTEJO

Atividade enquadrada no âmbito do II Congresso Internacional O Cavalo e oTouro na Pré-História e na História.

Tema: Compreensão das dinâmicas de interação a grandes distâncias ao longodos tempos na Bacia do Tejo

+ Info: (+351)962997654 ou [email protected]/cpgp/ jornadas/Organização: Centro Português de Geo-História e Pré-HistóriaApoio: AEAT · Câmara Municipal de V. V. Ródão

Dia 14 de maio | 09h-13hII Seminário Educação Especial com a presença de DR. PEDRO CABRAL

Local: Casa de Artes e Cultura do TejoOrganização: Agrupamento de Escolas de V.V.RApoio: Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão

Dias 27 e 28 de maio COMEMORAÇÕES 10 ANOS CASA DE ARTES ECULTURA DO TEJOOferta de merchandising comemorativo

27/MAIO | 21H00 | Sessão cinema gratuitaO CAÇADOR E A RAINHA DO GELO

28/MAIO | 20H30 |RECEÇÃO AO PÚBLICO

21H30 | INÍCIO DO ESPETÁCULO “CONCERTOS ÍNTIMOS” COM BERGEntrada 8 euros. Abertura bilheteira a partir de 28 de abril

Próxima Reunião de CâmaraPública de Ródão

descentralizada em Perais

Realiza-se a 6 de maio, às 14h30, na Junta de Freguesia de Perais, a Reunião deCâmara Pública descentralizada.

No seguimento da estratégia do executivo municipal de ouvir os munícipessobre os assuntos de interesse coletivo das freguesias, convidam-se todos osinteressados a marcar presença.

A Associação de Defesa Pessoalde Portugal (A.D.P.P.)realizou um Estágio Regional,

em Vila Velha de Ródão, no pavilhãogimnodesportivo do Agrupamento deEscolas de Vila Velha de Ródão. Ainiciativa contou com o apoio daautarquia de Vila Velha de Ródão, e coma presença de alunos de muitas dasacademias a nível nacional.

Neste mesmo dia decorreu na Casade Artes e Cultura do Tejo, das 09h30às 10h30, um Curso Prático de DefesaPessoal—Imobilização e Controlo, como Treinador João Almeida, gratuito paraa comunidade de Ródão.

A Associação de Defesa Pessoal dePortugal (ADPP) existe desde 1982, éuma organização sem fins lucrativos,dedica-se a ensinar Defesa Pessoal eajuda na formação policial desde 2000.Ao longo dos anos existe a preocupaçãode estudar a questão da Defesa Pessoal

e todas as suas envolvências, numprocesso contínuo de investigação epermanente adaptação e actualização dosistema às necessidades reais e actuaisdo cidadão. Este processo permite-nosdotar o nosso corpo docente dasmelhores ferramentas pedagógicas e

técnicas e assim corresponder aoscidadãos, habilitando-os a se defendereme a ganharem mais valias de Saúde,Segurança e Qualidade de Vida.

Mais informações emwww.defesapessoal.org

Sinopse: Em Fevereiro de2014 foi o grande vencedordo Factor X Portugal, que ofez abraçar a sua carreira asolo e conquistar o já tãomerecido reconhecimentopúblico, músico de profissãohá vários anos, BERG estáde regresso com o contagiantesingle “MABELLE” queconta com a participação deBOSS AC, com quem já haviatrabalhado. O músico ecompositor antecipa assim olançamento do novo álbum,com data de edição a Abril2016.

23H15 | BOLO COMEMORATIVO 10 ANOS CACTEJO

BERG

Dia 1 | Comemorações do 1º de Maio em FratelOrganização: Junta de Freguesia de FratelApoio: Autarquia de V.V. Ródão

Dia 1 | Saberes e Sabores tradicionaisOrganização: Associação Desportiva e Cultural de Amarelos

Dia 1 | Comemoração do Dia do TrabalhadorOrganização: Associação Desportiva e Cultural de Vale dePousadas

Dia 1 | Excursão a FátimaOrganização: Núcleo Sportinguista de Vila Velha de Ródão

Dia 8 | 8º Passeio Pedestre/almoço convívioOrganização: Grupo de Amigos das Vilas Ruivas

Dia 21 | V Encontro de BombosOrganização: Associação Gentes de Ródão

Dia 22 | Concurso de PescaOrganização: Associação Recreativa e Cultural de Tostão

Dia 22 | Passeio PedestreOrganização: Núcleo do Benfica de Vila Velha de Ródão

Dia 28 | Excursão ao BombarralOrganização: Grupo de Amigos das Vilas Ruivas

Dia 28 | Passeio ao AlquevaOrganização: Centro Sócio Cultural e Recreativo de Alvaiade

Dia 28 | Noite de FadosOrganização: Centro Socio Cultural, Recreativo e DesportivoVilar do Boi

Festas popularesDias 7 e 8 | Festa em Honra da Nossa Senhora da PiedadeLocal: Alvaiade

BIBLIOTECAMUNICIPAL

José Baptista Martins

EM AGENDA

Dia 27 de maio | 17h30 |Apresentação do livro de contos «O Elogiodos Últimos», pelo seu autor José ManuelBatista.

Entrada Livre

Apoio: Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão

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ABRIL DE 2016O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 6

Celtejo remodela laboratório no Agrupamento deEscolas de Vila Velha de Ródão

Visita de Estudo ao Porto

Muitas vezes considerado umdos melhores destinosturísticos, uma cidade

portuguesa situada no Norte, atravessadapelo rio Douro, resplandece. Como éóbvio, estamos a falar do Porto, uma belacidade da nossa pátria.

Por estes motivos e muitos mais, o 3ºciclo da nossa escola não podia deixarpassar a oportunidade de a conhecer.Saímos dia 8 de Abril, ainda o Sol estavameio adormecido, embora nós não oestivéssemos, pois a ansiedade por estavisita era grande.

Foi uma viagem de autocarroanimada, mas longa. A ânsia de explorarnovos museus, como o World ofDiscoveries e o Museu dos Transportese Comunicações compensou o tempogasto na viagem.

Ao chegarmos, fomos diretamentevisitar o World of Discoveries, um museudedicado à época dos Descobrimentos.Trata-se de um museu interativo e parquetemático que reconstrói a fantástica

odisseia dos navegadores portugueses,que cruzaram oceanos à descoberta deum mundo desconhecido. Após a visitapelas diversas salas, o reconhecimento dotipo de embarcações utilizadas e ascondições usufruídas na viagem, tivemosoportunidade de ir mais além, fazendouma viagem de barco, pelos diversoscontinentes, que também os nossosantepassados percorreram.

A fome já se sentia quando acabamosesta visita e, como manda a tradição, uma“francesinha” para o almoço foi osuficiente para satisfazer a nossabarriguinha. Após esta refeição à beirado Douro, muitos de nós foram dar umpasseio pelo Cais da Ribeira, com vistapara a ponte D. Luís.

De seguida, como planeado, fomoster ao Museu dos Transportes eComunicações. Aí dividimo-nos em doisgrupos que foram, respetivamente, ver eaprender como se faz televisão e a rádio.O grupo que foi para a televisão aprendeucomo se realiza um programa, desde a

luz até à ação. Os alunos desse grupofizeram um trabalho fantástico, queconsistiu na realização do seu próprioprograma televisivo, tendo cada umdesempenhado uma função diferente,desde os animadores e convidados até aoscameramen e realizadores (numaverdadeira régie). O grupo destinado àrádio fez também o seu programa, tendodois alunos como locutores e inúmerosconvidados, que eram os restantes. Foramatividades divertidas para ambos osgrupos, que apreciaram muito asexperiências.

Quando demos por terminada estavisita, despedimo-nos do Porto eentrámos no autocarro, para voltarmospara a escola. Esta foi também umaviagem muito animada que teve direito auma sessão de anedotas, ditas tanto pelosalunos, como pelos professores.

Margarida Diogo e Maria Faustino(9ºA)

O Agrupamento de Escolas passou adispor, desde a semana passada, de

um renovado laboratório de Física equímica, adequadamente apetrechadopara o desenvolvimento da atividadeexperimental pelas disciplinas de naturezacientífica, nas suas atividades letivas e deenriquecimento curricular. Estelaboratório vem dar resposta à ambiçãoe à intenção de reforçar a componentecientífica dos alunos e constitui o culminarde um processo de conversações com aCeltejo, empresa de referência doconcelho, e com o seu diretor, Eng.ºCarlos Coelho que, no âmbito dacolaboração que tem vindo a desenvolvercom a Escola e com as instituiçõesconcelhias, tomou a iniciativa de assumiro processo de remodelação desteLaboratório.

O equipamento instalado é compostopor uma Hotte e um armário, ventilados,destinados ao armazenamento e à

manipulação de produtos químicos e queasseguram a segurança dos materiais edos utilizadores do espaço laboratorial.

Foram ainda instaladas duasbancadas para a concretização dasatividades experimentais pelos alunos euma bancada apropriada para o trabalho

de coordenação do professor.Hoje, ao observar a antiga sala 3,

deparamos com uma realidade diferente,mais atrativa e potenciadora de um ensinode qualidade. Cabe-nos agora saber tiraro devido partido deste novo recurso epreservar a sua integridade.

A Escola e as empresas,uma colaboração a estimular

É consensual considerar que umdos fatores chave para asseguraro desenvolvimento de um país e

de uma região reside na qualificação doseu capital humano. O investimento naeducação, na qualidade dos seusprocessos e na formação dos seusagentes, constitui uma das vias maiseficazes para impulsionar essedesenvolvimento e a competitividade.

Na Escola do século XXI, não écompreensível o desenvolvimento daprática educativa sem que orelacionamento com as empresas daregião constitua uma componente dedestaque do seu projeto educativo. Asexperiências de parceria e de articulaçãodaí resultantes deverão, sempre quepossível, ser transportadas para aatividade educativa, pelas vantagens quedesta proximidade e desta conjugação deinteresses podem resultar e entre as quaisse destaca:

· A possibilidade do contacto com omundo do trabalho e com a dinâmica dasempresas.

· A definição nos jovens de um perfilvocacional mais precoce e de escolhasacadémicas e profissionais maisconscientes.

· A aproximação da escola com acultura das empresas.

· A possibilidade de contacto comáreas tecnológicas.

· Orientação dos jovens parapercursos formativos relacionados com asnecessidades empresariais da região.

· Estímulo, a médio prazo, para asustentabilidade das escolas, resultante dafixação das famílias e dos jovens no meioem que a escola se encontra implantada.

Se é verdade que algumas destasinterações se direcionam, especialmente,para os ensinos secundário ou superior,nunca é cedo para estruturar nos alunosa definição de um projeto de vida. Estarealidade, acreditamos, aumentarásignificativamente a motivação e oempenhamento dos alunos na rotinaescolar das diferentes disciplinas. Asempresas, por sua vez, estarão acontribuir, a prazo, para uma maior ofertade pessoal especializado para integraçãonos seus quadros e acorrer às suas

necessidades de mão-de-obra.Uma outra área de grande relevância

e com um desejável potencial decrescimento, diz respeito àresponsabilidade social e ao compromissodas empresas para com as comunidadesonde estão inseridas e onde desenvolvema sua atividade produtiva.

Das empresas, a Escola esperará aambicionada partilha de recursosmateriais e humanos (troca deinformações acerca de percursos eexperiências profissionais, as opções quemarcaram a carreira de técnicos e outroscolaboradores) e um crescenteenvolvimento destas na realidade escolar,quer através da participação nos órgãosde gestão onde legalmente têm assento,quer através de iniciativas de voluntariadoque podem incidir sobre a recuperação evalorização de espaços funcionais, masigualmente em parcerias nodesenvolvimento de projetos e em açõesconcretas para as quais disponham decompetências especialmente relevantes.

Neste capítulo da responsabilidadesocial das empresas a Celtejo, pelaexperiência desenvolvida, merece odevido e merecido destaque pois os seuscolaboradores manifestam uma especialmotivação para desenvolver este tipo deações colaborativas e que pretendemosestimular para a inclusão da Escola, deforma cada vez mais frequente regular,nos seus planos de ação anuais.

Num futuro próximo outras empresas,acreditamos, estarão recetivas edisponíveis para se associar a este génerode práticas, manifestando a Escola totalabertura para receber o contributo destas,preferencialmente em momentos defuncionamento das atividades escolares,para que as ações de voluntariadoconstituam um exemplo para os alunos erestante comunidade escolar.

Exige-se da Escola a visão e acapacidade, permanente, para colaborare dialogar com as empresas,sensibilizando-as para que estasmobilizem o seu capital de conhecimentoe os recursos que dispõem e que poderãopartilhar em prol da concretização de umprojeto educativo consequente,mobilizador da comunidade escolar evalorizador dos alunos.

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ABRIL DE 2016 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 7VERMUM EM FESTA CARGALEIRO CONSAGRADO

EM PARIS

O Mestre Cargaleiro tevepatente em Parisdurante o mês de

Março e Abril uma importanteexposição de pintura , no GrandPalais perto da estação do metrode Champs-Elisées-Clemamceaupara a qual foi tambémoportunamente convidado aproduzir os azulejos e painéisque decoram esta estação.

Trata-se de uma exposiçãode trinta e duas obras queconsagra definitivamente

Manuel Cargaleiro, pois, oGrand Palais é considerado comoa catedral da grande pintura ondesó são expostos os grandes ecélebres artistas.

No ano de 2015 ManuelCargaleiro tinha sido escolhidojuntamente com mais vinteartistas para a grande exposiçãosobre o Abstraccionismo do Séc.XX até aos nossos dias (L‘abstraction de 1920 a NousJours).

No início do mês de Abril

último Cargaleiro inaugurou aindana Galeria Helene Bailly,igualmente em Paris, outraimportante exposição ondeesteve presente o ex- PrimeiroMinistro francês Leonel Jospin.

Recentemente, foi tambéminaugurada no Grand Palaisimportante exposição de Amadeude Sousa Cardoso, na qual estevepresente o senhor PrimeiroMinistro António Costa.

Parabéns à culturaportuguesa em França.

Nos passados dias 11, 12, e 13 de Março, fomos visitados por um Grupo de Escuteiros do Agrupamento1111 da Várzea, da região de Santarém. S. Pedro ajudou, ao enviar-nos um tempo primaveril e os

meninos, com as suas gargalhadas, encheram de alegria as ruas da nossa aldeia.Durante a sua permanência em Vermum, os 26 escuteiros que compunham o Grupo, procederam à

montagem de 7 tendas de campo; efetuaram um raide de orientação de 6 quilómetros, até ao rio Ocreza;montaram cozinhas selvagens e organizaram um atelier de pão no forno comunitário, entre outrasatividades.

Bem Haja aos escuteiros e seus superiores.Maria de Lourdes Caroço

Associação Recreativa eCultural de Tostão

No dia 19 de Março no âmbito do Plano de Atividades e Orçamento, decorreu no Museu do Azeite– Centro de Convívio Temático em Tostão a 1ª noite fados com o grupo “Retalhos do Fado”, ojantar foi servido pelo distinto serviço da Herdade da Urgueira. As pessoas aderiram muito bem

proporcionando um ambiente acolhedor. Foram muitos os momentos em que o público vibrou com ainterpretação dos fados e acompanhamento. Estes momentos foram possíveis graças à mestria dosmúsicos e à genialidade da voz da Ana Paula. A direção da Associação deseja ao grupo “ Retalhos do fado“ as maiores felicidades e muitos sucessos.

A todos os que participaram Bem Haja pela presença. Fernando Carmona

PAPA FRANCISCOA ALEGRIA DO AMOR

José Faia Correia

Em Portugal, no ano de 2013, houve mais de70 divórcios em cada 100 casamentos, oque mostra uma alteração de padrões sociais,

quiçá de mentalidades, que não são mais do queuma complexa mutação da nossa vida em sociedade.E esta é a panorâmica geral no mundo.

Ora num tempo do casa/descasa como panode fundo da crise no matrimónio, o Papa Francisco,em pós-Sínodo dos Bispos, faz uma exortaçãoapostólica sobre a ALEGRIA DO AMOR, em livrodado à estampa já no mês de abril que ora finda, o

qual merece leitura pausada permitindo reflexãosobre cada tema.

Não há dúvida que o Papa Francisco acredita noamor e na força atraente do mesmo, mais do que nasnormas com que tentam regulá-lo e, na exortaçãoque agora publica, a palavra amor aparece mais de300 vezes!

No livro “A ALEGRIA DO AMOR, o Papacomeça “por uma abertura inspirada na SagradaEscritura”, onde se reflete sobre as histórias de amore das crises familiares, com início em Adão e Eva atéàs núpcias da Esposa e do Cordeiro (1) , e vai até àfamília nos nossos dias.

Depois, dedica dois capítulos ao amor, nos quaissão referidos dados fundamentais de reflexão dadoutrina da Igreja sobre o matrimónio e a família.

Destaca a seguir algumas orientações para aconstrução de famílias sólidas e fecundas no caminhode Deus, incluindo a educação dos filhos.

Relativamente às situações que nãocorrespondem especificamente ao que o Senhor teráespecificado, apela à misericórdia e ao discernimentopastoral.

Por último, traça linhas acerca da espiritualidadefamiliar.

(1)É o próprio Cristo, que é ao mesmo tempoCordeiro, o Esposo; na sua morte e ressurreição,ele desposou a Igreja, sua imaculada Esposa.inwww.domhenrique.com.br – Meditações: OEsposo, o Cordeiro, as Núpcias e a Igreja.

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ABRIL DE 2016O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO8

CRÓNICADOS LUSÍADAS piquininos

Manuel Antunes Marques

“...para que os nossos versos, não andem por aí...dispersos”!

Poetas do nosso Concelho

Nasci em Chão das ServasFui à escola em Foz do CobrãoVou falar desta sem reservasMas com muita emoção

Eu recordo a minha escolaCom imensa gratidãoÀs costas carregava a sacolaA merenda levava na mão

A mochila era de retalhosUma sacola feita à mãoGuardava nesta os trabalhosNo dia seguinte sabia a lição

Não havia termos ou lancheiraNem pizzas ou coca colaPão queijo ou farinheiraEra o almoço lá na escola

Eu lembro-me da minha escolaSituada na aldeia da FozBata branca laço e golaMuita disciplina para todos nós

Os alunos do Vale do CobrãoEsperavam por nós perto da CapelaDescíamos a aldeia até ao PontãoTodos contentes em fila paralela

Se havia gelo ou até neveDivertida era a caminhadaA sacola ate era mais leveNa encosta se escorregava

A carteira de escura madeiraAs ardósias para escrever O Giz branco ali à beira As aulas eram um prazer

1Se o povo não souber lerIsso chama-se “iliteracia”Assim nunca poderá viverComo nos deverá apetecerA verdadeira democracia2O povo cultural avançadoÉ consciente hoje em diaÉ um povo bem preparadoPara a luta política treinadoPara viver uma democracia3O mundo tem experimentadoVárias formas de governaçãoAlgumas têm dado resultadoE outras porque têm falhadoAcabando na REVOLUÇÃO4O rei parece que tenha sidoDe todos o primeiro soberanoAlguns têm o povo oprimidoNão vive como tem queridoLhe têm chamado um “tirano”5Um monarca será imperadorSe governa sem constituiçãoHá quem lhe chame “Ditador”Porque isso é um crime maiorPraticando até a escravidão6Toda a governação refletiuE destituiu esse Poder RealA governação então evoluiuQuando o rei seu povo ouviuPara regime CONSTITUCIONAL7Este será um governo novoEstá em vigor hoje em diaSendo um governo do povoDiferente do Estado NovoChamado uma Democracia

A Democracia e a “Demopedia”Num povo iletrado é muito difícil implantar uma democracia. Foi assim queaconteceu na 1ª república .Para se conseguir uma verdadeira democracia temosde começar primeiro por uma “DEMOPEDIA” (Educação do Povo).

8Parece ter sido o portuguêsChamado RAFAEL HITLODEUA descreveu a primeira vezEm memória desse portuguêsQuando em UTOPIA viveu9Tomás Morus com a UtopiaDeu ao mundo uma evoluçãoQue o povo nessa altura viviaPor baixo de uma burguesiaAssentando numa escravidão12Hoje a Democracia é diferenteTem uma base constitucionalQue é vivida por toda a genteSeguindo a sua vida influenteCom um direito político igual13Cuidado. Um governo do povoPoderá não ser boa democraciaPorque hoje há um dado novoQue ainda causa um estorvoA que chamamos DEMOPEDIA14O que é então DEMOPEDIAPara ser assim tão importanteA CULTURA que hoje em diaCom uma mais forte literaçiaQue temos de levar por diante15Só um povo que é bem letradoPode viver numa DEMOCRACIAPorque o analfabeto coitadoDepressa pode ser enganadoE pode cair numa DEMAGOGIA16Apostemos nessa DEMOPEDIAEssa grande vitória culturalPara verdadeira DEMOCRACIASer triunfante em cada diaPoder ser vivida em PORTUGAL

Era linda a minha escolaNo recreio muita brincadeiraUma pinha e jogava-se à bolaA tabuada ficava na carteira

Na parede o quadro giganteAo cimo o cruxifico do SenhorRezar era uma regra importanteMuito silêncio e com rigor

A escola lá bem no altoTodos os dias este caminhoA subida era por asfaltoParagem na volta do Pinheirinho

Aqui se esperava pela ProfessoraEm fila e com prontidãoOs alunos da Foz e os de foraTodos com respeito e obrigação

Eram exigentes as professorasMas tinham orgulho em todos nósNogueira-Marília- ou outras SenhorasEram estimadas pelos alunos da Foz

A minha escola está diferenteRestaurada com distinçãoPara receber toda a genteComo turismo de habitação

Aos colegas da minha escolaAs atividades recordo em geral Estudar rezar jogar à bolaA todos envio um abraço especial

Lourdes Ribeiro

A Minha Escola

Não vivas triste. Alegra o teu olharRecorda o passado, que ainda vive em tiFaz com que o Sol, venha outra vez brilharE digas finalmente: - ESTOU FELIZ AQUI...

Que haja em tua alma, um riso de criançaSempre acompanhado de alegria e de amorNão desfaleças. Não percas a esperançaPois tens agora abrigo, na Graça do Senhor...

Olha p’la janela, a natureza em florExulta de alegria, solta o teu sorrisoFaz por esquecer, aquilo que te deu dorConversa, convive, expande esse teu riso

Recorda a tua aldeia, a flauta do pastorAs borboletas, de flor em flor adejantesO verde dos campos, gritando o seu louvorO ribeiro de águas rumorejantesSempre a correr, entre penedos e valadosGritando hossanas a Deus, como fossem anjos alados

És um idoso? Queremos que te sintas bemQue aqui encontres o que te faltou um diaPor isso alegra-te e sê feliz tambémNesta que é agora, a tua moradiaA SANTA CASA, onde queremos que vivas com alegriaE sintas sempre o carinho, o afago e a harmonia...

Fabião Baptista

DESENGANOAlvito não passa

de mitoFeita esta introdução,um convite à análise da questão:Sessenta anos de um sonhoanimaram as gentes desta Beiraque assim via uma boa maneirade ter futuro mais risonho.

Entre avanços e recuosde compreensões e de amuos,num “faz que anda mas não anda”,chegou-se a ter uma conclusão:Haveria barragem na Foz do Cobrão!Expropriações, de quem manda.

Tal, até chegou a ser feito,ficando sem terras qualquer sujeitoque tivesse o seu bocado na área.Bem pagos, segundo se dize o Governo que tal quis,desenvolveu, obra vária.

Estrada de acesso conveniente,postos de altíssima corrente,tudo a embandeirar em arco!Só que, Governo mudado,e tivemos o “caldo entornado”!...Do todo já feito, não vale pataco!

Divulgada agora a decisão final.Excluída do energético plano nacional,irá ficar apenas na imaginação,um desejo sonhado de muitos anos,reduzido a grandes perdas e danos,por culpa de incompetências da Nação!

Certo e sabido. Pagarei para ver.O que se perdeu já não iremos ter.As oliveiras do Rio Ocrezadeixarão de merecer devido trato.Aumentarão o rude espaço do mato,pois o novo dono, não as cuidará, de certeza!

O que ganhámos com estas inteligênciasque mal governam nas suas vigências,esquecendo o já feito e gasto?!Quantos os milhões deitados à rua,à nossa custa, à minha e à tua?!Este país parece um pasto!...

DA BARRAGEM FICOU A MIRAGEM

Silvério Dias

Silvério Dias

Aquele mêsde abril

Abril foi o mês da revolução.Aquele que nos fez sorrirNo criar da sonhada ambiçãoDe ver cravos rubros a florir...

Ao primeiro, dos mais comemorados,Quantos mais já passaram?...Dos perfumes então aspirados,Apenas resquícios ficaram...

A plena liberdade alcançada,Pela conquista da razão,Do tanto que se esperava,Algo ganhámos. O todo, não!

Pois se ditadura foi tormentoE ter país novo uma esperança,Na imposta sujeição do momento,O sonho é ainda uma criança!

Este ano, não porei cravo na lapela.Ficarei a vê-lo passar, à janela.

Sê Feliz

SENHORES ASSINANTES:Informamos que o pagamento de assinatura do jornal, ou quotas da Casa do

Concelho, poderá ser feito por transferência bancária, através do NIB da contabancária da Casa do Concelho de Vila Velha de Ródão - proprietária do jornal -conta Nº 003500630008193433011. Será necessário indicarem o primeironome e pelo menos um dos sobrenomes para identificarmos o assinante nanossa listagem e anotar o respectivo pagamento. Poderão ainda dar-nosconhecimento da transferência através do endereço da Casa do Concelho:[email protected] alternativa os pagamentos poderão ser efectuados nos nossos colaboradores,nos seguintes locais: • Vila Velha de Ródão: Sede da Junta de Freguesia deRódão - Tel. 272541011 - Mota & Barreto Cont. Ldª - Tel: 272 545 553 •Foz do Cobrão: Octávio Sotana Catarino; • Sarnadas de Ródão: Emílio B.Pereira da Costa - Tel:272 997 793 • Perais: Maria Dias Belo Carepo - Telem:962 788 650 • Fratel: Odete Martins, na Cooperativa de Pequenos e MédiosAgricultores da Freguesia do Fratel • Lisboa: Envio de cheque ou vale postalpara: Casa do Concelho de Vila V. de Ródão - Av. Almirante Reis, 256 – 1º Esq.- 1000-058 – Lisboa (Neste caso, a Fact.ª / Recibo será enviada posteriormente).O valor da assinatura para o ano de 2015 é de 10,00 euros, para territórionacional, e de 12,50 euros para o estrangeiro. Apelamos para que mantenhamos pagamentos em dia, tanto mais que o valor da assinatura e de alguns anúnciossão a única receita do nosso jornal.

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ABRIL DE 2016 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 9

haja

SAÚDE

Mónica Santo(Dietista)

Notícias da Câmara Municipal

06 de Maio, 21h00 | O CasoSpotlightM14 | Género: Biografia, Drama,HistóriaRealizador: Tom McCarthyActores: Michael Keaton, RachelMcAdams, Liev Schreiber, MarkRuffaloDuração (minutos): 129

13 de Maio, 21h00 | 10 CloverfieldLaneM14| Género: Drama, MistérioRealizador: Dan TrachtenbergActores: Mary Elizabeth Winstead,John Goodman, John Gallagher Jr.Duração (minutos): 104

20 de Maio, 21h00Batman vs Super-Homem: ODespertar da JustiçaM14Género: Ação/Aventura/FantasiaRealizador: Zack SnyderActores: Ben Affleck, Henry Cavill,Amy AdamsDuração (minutos): 152

21 de Maio, 15h00O Livro da Selva (Dob)M6Género: Aventura/Fantasia/DramaRealizador: Jon FavreauActores: Scarlett Johansson,Saffron Burrows, Idris ElbaDuração (minutos): 106

Integrado nas Comemorações dos10 anos da CACTEJO (SESSÃOGRATUITA)

27 de Maio, 21h00 ()O Caçador e a Rainha do Gelo

Género: Épico, Ação, AventuraRealizador: Cedric Nicolas-TroyanActores: Chris Hemsworth,Charlize Theron, Emily Blunt,Jessica Chastain, Nick Frost

O envelhecimento da população portuguesa

CINEMA - ABRIL

1. IntroduçãoOs fatores que maior

influência têm no processo deenvelhecimento da população sãoos movimentos naturais e asmigrações. Assim, nos estudosrelacionados com tal processo,haverá que ter em conta, emsequência, a relação entre aemigração, a baixa natalidade e abaixa mortalidade, nas suasdiferentes componentes.

2. Conceito demográficoO conceito de

envelhecimento demográficodesigna, no essencial, aprogressiva diminuição do pesodas gerações mais jovens a favordas gerações mais velhas. O iníciodessa mudança coincide em geralcom a descida da natalidade, que,ar substituir gerações mais plenaspor gerações mais vazias,provoca a redução da basemasculina e feminina da pirâmideetária da população e oconsequente alargamento dopeso das gerações mais velhas notopo.

Além do envelhecimento nabase, provocado pela baixa danatalidade e do envelhecimento

no topo, em consequênciaprincipalmente do aumento daduração média de vida a partirdos 60 anos, pode-se tambémfalar de envelhecimento comorigem em alterações dasestruturas etárias intermédias,devidas à emigração de adultosativos.

3. Desequilíbriosestruturais entre gerações

Na hipótese de a natalidadebaixar e de, ao mesmo tempo, orisco de a mortalidade diminuirde maneira uniforme em todas asidades, o envelhecimento serásempre automático, porque ossobreviventes nas idades maiselevadas pertencem a geraçõesmais plenas e passam, por isso,a ser mais numerosos emproporção relativamente aos

mais jovens. Contudo, osdesequilíbrios estruturais entregerações juniores, gerações emidade ativa e gerações seniorestenderão a acentuar-se à medidaque o aumento das probabilidadesde sobrevivência beneficieprincipalmente as idades pós-ativas, acentuando aretangularização da curva desobrevivência e o envelhecimentodo topo da pirâmide demográfica.

4. Influência da descidada natalidade noenvelhecimento demográfico

A influência da descida danatalidade no envelhecimentodemográfico sempre foiinquestionável. Quanto ao papeldo recuo da mortalidade nesseprocesso, ele é mais complexo etem suscitado diferentes

interpretações. Em oposição aNotestein (1945), autor da teoriada transição demográficaquepela primeira vez equacionou ahipótese de um envelhecimentodas populações devido à baixafecundidade, alguns demógrafosinsistiram na importância dopapel do recuo da mortalidadeenquanto fator que ampliava osefeitos de envelhecimento. Paraesses demógrafos, oenvelhecimento resultava nãoapenas da baixa da natalidade,mas também da baixa damortalidade.

Mas esta interpretação foicontestada, por exemplo, porAlfred Sauvy (1954) ao afirmarque, na medida em que «osprogressos da medicina e dahigiene permitiram salvarmais jovens do que idosos», orecuo da mortalidade, não só nãofavorecia o envelhecimento,como funcionava como fator derejuvenescimento por ajudar afortalecer a base da pirâmide.

5. Causas das mudançasno envelhecimento e norejuvenescimento dapopulação

Qualquer que seja a causaprimeira do envelhecimentodemográfico, as mudanças dopeso relativo de cada estruturano conjunto da população sãosempre condicionadas pelasdinâmicas demográficas. Oenvelhecimento ou orejuvenescimento daspopulações dependem do«desempenho» danatalidade,da mortalidade e dasmigrações. Na medida em queesse «desempenho» é tambémsocial, económico, político ecultural, o que obriga a umaabertura do campo dos estudosdemográficos do envelhecimentopara lá da sua base metodológicafundamental que é a análisedemográfica.

Atualmente, considera-seque o avançado declínio demuitas populações fortementeenvelhecidas e com baixíssimopotencial de substituição dasgerações e de autorreprodução é

explicável principalmente pelamuito baixa natalidade, a atençãoda análise demográfica deveráconcentrar-se principalmente nosefeitos e consequências doaumento da esperança de vidadepois dos 60 anos sobre oenvelhecimento.

6. O envelhecimento dapopulação portuguesa

O envelhecimento dapopulação portuguesa começouna década de 1960 – época emque a natalidade se mantinhaainda relativamente elevada – sobo efeito de dois tipos deemigração: movimentos externospara países europeus emovimentos internos para olitoral urbano. Esses movimentosdesequilibraram principalmente,e de maneira durável, as estruturasdas populações em idade ativanas regiões onde o êxododemográfico foi mais intenso.

Porque somos viciadas em açúcar?

Odia está a correr mal?Vamos beber um caféali na pastelaria para

desanuviar, pedimos o café aobalcão e os benditos docesfazem-nos salivar, entãoachamos que o conforto podeestar mesmo ali à mão de semear.A compulsão alimentar é dificilde conter. A razão e a culpaentram em conflito. Olhamospara aquele bolo e não resistimos:pedimos uma fatia. É só hoje.Mas no dia seguinte vamos terde novo dificuldades em resistirà tentação. E todos os diaspensamos, é só hoje, acabamospor comer o doce, e naquelemomento, realmente a sensaçãode prazer invade-nos!

Consumir açúcar faz-nossentir bem. Quando o efeitopassa, o que fazemos? Vamos embusca de outro doce! Nuncaestamos realmente felizes,satisfeitas e pior: sentimosculpa!!! Mesmo assim, nãoconseguimos interromper esseciclo... Falta de força de vontade?Disciplina?

Identificaram-se com estaprimeira parte? Então vamos lá...“bora” perceber o que se passana nossa máquina (digo corpo)...e aprender umas dicas paracontornar este vicio... que casonão saibam, assemelha-se aovicio de consumo de drogas! Ora

isto é realmente um assunto sériomerecedor de muita atenção!

Quando comemos alimentos quesão feitos com uma grandequantidade de açúcar, umaenorme quantidade de dopamina(um neurotransmissorproduzido no cérebro) é liberadaprovocando um grande sensaçãode prazer.

Quando comemos açúcarmuitas vezes e em grandesquantidades, os receptores dedopamina começam a desregular,procurando por mais e maisprazer, fazendo com quetenhamos menos receptores dedopamina.

Isto significa que na próximavez que comermos açúcar, oefeito de prazer é anulado.Vamos precisar de maiorquantidade para atingir osmesmos níveis de recompensa nocérebro.

Quanto mais viciados em

açúcar ficamos, mais tolerantesà dopamina ficamos também,pois para termos o mesmo nívelde prazer, precisaremos de umamaior quantidade de dopamina,pois os receptores são menoseficientes.

Assustador não é?E então? E agora?Existem duas maneiras de

contornar o problema, ou sãoradicais e fazem uma “cura” porabstinencia, cortandoradicalmente com todos osprodutos que contém açúcarrefinado; ou vão retirandogradualmente o açúcar.

Não vou dizer que ummétodo seja melhor que outro,pois para umas pessoas poderesultar melhor a abstinência epara outros, a abstinência poderálevar a uma crise de compulsão.A minha dica para aqueles quenão se identificam com oradicalismo é: experimentemsubstitutos do açúcar: stevia,

agave, açúcar de cacau e de coco,tâmaras, etc.

Eu sou uma fã da utilizaçãodas tâmaras para substituir oaçúcar em algumas receitas. Asbolinhas de cacau são o meuúltimo vicio. Super fáceis defazer e acreditem... ajuda mesmonaquelas alturas que precisamosde satisfazer o desejo.

Sabem aquela hora em queandamos de uma lado para ooutro, vamos petiscando, masnada nos satisfaz, porque narealidade queremos um doce,estas bolinhas são ouro! Comemuma ou duas e aquela sensaçãode saciedade é imediatamenteatingida.

Vamos à receita?Bolinhas de cacau, amêndoa,

côco e tâmaras1 chávena de tâmaras1 chávena de côco2 chávenas de amêndoas

(com pele preferencia)½ chávena de cacau em póDeixem as tâmaras a

demolhar durante cerca de 1h30.Retirem o caroço.

Numa picadora (ouprocessador de alimentos tipobimby) coloquem todos osingredientes. Piquem bem atéformar uma pasta moldável (seficar muito seco, adicionem água).Moldem bolinhas... E estápronto a comer!

Cont. Pág. 5

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O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 11ABRIL DE 2016

NECROLOGIA

Somos uma empresa de base familiar sendo os seusproprietários oriundos do concelho de Abrantes, defensoresdos valores de seriedade e correção no trato também

apanágio das gentes da Beira.Temos 41 anos de experiencia na construção e venda de

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Estou sentimentalmente muito ligada às pessoas do concelhode Vila Velha de Ródão, por herança do meu avô, Domingos AlvesDias, e em memória dele seria com grande entusiasmo e empenhoque desenvolveria qualquer ação para apoio na venda/aquisiçãode propriedades

Ficaremos muito gratos se decidir contatar-nosBem hajam.

ProfessoraANA PAULA FERRO RODRIGUES

História verdadeira de dois honestos fratelenses,vítimas de um juiz perverso

Se há coisas que me causamdesconfiança, uma delas éaquilo a que chamam de

justiçaAcontece isto, muito

provavelmente porque fui educadopor um pai que entre muitas outrasboas qualidades, tinha a der serum homem justo e bom que tevea capacidade de saber transmitiressa qualidade aos seus filhos.Recordo que durante toda a minhajuventude o meu pai era na nossafreguesia a autoridadeadministrativa a quem na alturachamavam de regedor. Era porassim dizer um julgado de paz, jáque entre outras exercia funçõesjudiciais consideradas comopequenas causas, as quais tentavaresolver sempre através daconciliação entre as partesenvolvidas. E, tanto quanto melembro exerceu essa função deuma forma tão honesta e justa que,ao que me recordo durante quaseduas décadas, na nossa freguesiaquase se desconhecia que emCastelo Branco havia um tribunal.

E recordo que, escondido numquarto do andar superior, assistimuitas vezes à resolução decontendas em que ambas aspartes entravam em nossa casaquase que a insultarem-se eacabavam por sair, depois de umaperto de mão, a falaremcordialmente e a dirigirem-se àtaberna onde acabavam por pôrtermo ao diferendo, com um oudois copos de vinho, como era usona nossa terra. Era assim que,um homem justo, com apenas aescolaridade obrigatória,contribuía para a resolução deproblemas que de outra formapoderiam encontrá-la apenas nostribunais. Tinha o condão deencontrar sempre uma forma deconciliação, sem deixar de darrazão a quem a tinha fazendocompreender isso mesmo a quema não tinha. E, era assim que aspequenas contendas se resolviamna nossa terra durante muitosanos.

Foi assim até ao dia em quese desenrolou a história que voucontar e de que alguns fratelensescertamente ainda se lembrarão.Estava em causa a rescisão de um

contrato de trabalho, que deacordo com tradição aconteciapelo São Pedro. Patrão etrabalhador não se entenderam, oque provocou uma troca demimos. O patrão em vez de tentara conciliação, decidiu apresentarqueixa em tribunal.

Tinha chegado nessa altura aCastelo Branco um Juiz que, aovisitar o estabelecimento prisionalverificou que o mesmo seapresentava de bandeira brancahasteada, o que significava quenão havia nenhum recluso. Em vezde se rejubilar porque o facto denão haver presos era um sinal deque estava numa terra de genteboa, o senhor Juiz comentou que,dentro de um mês queria veraquela cadeia cheia. Isto é, mesmoque não houvesse delinquentes, acadeia tinha que ser ocupada, oque demonstrava a suaperversidade.

No dia do julgamento à noite,ouvi do meu pai, que tinha ido aomesmo, um desabafo de revoltapor aquilo a que tinha assistido notribunal, o que nunca mais esqueci.Não exagero se disser que nuncatinha visto o meu pai tão indignadoe revoltado como o estava naqueledia. Não havia fundamento paracondenação pelo que os réustinham que ser, e foramabsolvidos. Mas, o Juiz, na suaânsia de encher a cadeia, jádurante o julgamento tinhamandado prender umatestemunha que, no decorrer do

seu depoimento teve dificuldadesem se exprimir. Tinha na mão ochapéu, mas para se explicarmelhor, acabou por coloca-lo emcima da mesa do senhor Juiz queviu nisso motivo para o mandarpara a cadeia por dez dias. Nodecorrer da leitura da sentença,ao aperceber-se de que o Juiz nãoestava a narrar correctamente osacontecimentos, um dos réus nomeio da sua simplicidade e semqualquer intuito de ofender quemquer que fosse, protestou, o quefoi motivo para que fosse tambémele condenado a dez dias deprisão. E assim, se ia cumprindoa promessa do perverso juiz denum mês encher a cadeia deCastelo Branco, mesmo que paratal tivesse que condenar inocentes,pessoas boas e honestas.

Valeu aos nossosconterrâneos o senhor PadreManuel que tinha sido pároco danossa freguesia e que na alturaexercia o sacerdócio em CasteloBranco. O bom Padre Manuel,quando soube da injustiça,procurou o juiz, não sei se notribunal, se na sua casa ou emqualquer um café da cidade, o quesei é que lhe propôs ficar ele nacadeia a cumprir a pena, enquantoque os bons fratelenses deviamser imediatamente libertadosporque tinha nas suas casasmulher e de filhos para sustentar.

Desconheço os pormenoresdas negociações, o que sei é queum dia depois os nossos

compatriotas foram recebidos emfesta pelos fratelenses.

E foi desta forma que, muitonovo ainda, fiquei a temer a“justiça” daqueles que têm na mãoo poder de dar ou tirar a liberdadeàs pessoas, conforma aquilo quelhes aprouver. Não fosse o nossoPadre Manuel e lá ficariampresos, sem terem cometidoqualquer crime dois fratelenseshonestos que apenas pela suasimplicidade cometeram o“crime” de terem,“desrespeitado” um homem mau,que por acaso era juiz e que deviaestar apenas ao serviço da justiça,mas que não estava.

Ao longo dos muitos anos queentretanto se passaram, nuncaesqueci este episódio, e a verdadeé que não consegui ganhar aconfiança perdida na justiça.Sempre fui defensor de que hajajustiça, mas, infelizmente somosdiariamente confrontados comdecisões revoltantes em que sãometidos na cadeia pessoas queroubam um pão para comeremenquanto que ladrões que roubammilhões são mandados emliberdade. E, por isso, não consigoter confiança nesta coisa a queteimam em chamar de “justiça”.

Acredito no conceito de justiçaque me foi ensinado pelo meu paino entanto duvido da justiça quehoje como então, é e foi praticadapor muitos juízes.. De cada vezque leio notícias acerca de maisuma injustiça, cometida pelajustiça, lembro-me daquela que foicometida aos nossosconterrâneos.

Acredito que na nossa terrahaja gente que ainda se lembra dahistória que aqui conto. Decidiescrever sobre este caso, comoforma de agradecimento ao meupai pela forma como fez dos seusfilhos as pessoas justas quesomos. Decidi fazê-lo tambémcomo homenagem a esses doisbons e honestos homens da nossaterra, vítimas de uma das muitasinjustiças que a “justiça” comete.

José EduardoLisboa, 20.04.2016

Até sempre querido Papá…

Citando um poema deJosé Luís Peixoto “nahora de pôr a mesaéramos”… 3, meu Pai,minha doce Mãe e eu.

Anos mais tardefomos 6. Para felicidadedos avós a Família cresceue a casa encheu-se de risose brincadeiras de crianças;o núcleo familiar aumentoue com ele a felicidade.

O pai, amigo e semprepresente, o avô dedicado eorgulhoso!

Recordarei parasempre meu querido Pai,o homem inteligente ebom, amigo do seu amigo!

fratelense a felicidade dos dias defesta celebrados à volta da mesa,repleta dos petiscos beirões tantodo seu agrado.

Na certeza, porém, queenquanto um de nós tiver memóriaseremos sempre 6, porque parasempre ecoarão na nossamemória as vozes e os sorrisosdesses tempos!...

Até sempre querido Papá…

Nota – Quero aqui expressar omeu bem-haja aos responsáveis efuncionários do Lar de Fratel, pelocarinho e apoio que dedicaram ameu pai.

Ana Paula Araújo MartinsCoimbra, Abril 2016

Faleceu no Porto, no passadodia 1 do corrente mês, vítima

de doença prolongada.Natural de Vila Velha de

Ródão, de 50 anos, era casadacom António Carmona,Presidente da AssembleiaMunicipal, com quem tinha umfilho, Vasco, e filha de JoaquimRodrigues, grandes amigos eapoiantes da Casa do Concelho edo nosso Jornal.

Diretora Pedagógica daAssociação Jardim de Infância Dr.Alfredo Mota, em CasteloBranco, onde exerceu funçõesdurante cerca de 27 anos, a suacompetência profissional, a parda forma respeitosa como tratavacom quantos com ela ali

conviviam, deixa consternação eum grande vazio em todos os queestão ligados a esta prestigiadainstituição.

O funeral realizou-se no dia5 para o cemitério de Vila Velhade Ródão, com umacompanhamento só muitíssimoraramente ali visto, demonstraçãoda amizade e da consideração emque a Profª. Paula era tida, e deque toda a sua família igualmentedisfruta no nosso concelho, masnão só.

A Casa do Concelho e onosso Jornal associam-se àFamília, nos momentos de dor ede tristeza que estes nossosestimados Amigos estão a viver.

O menino que um dia nasceunuma pequena aldeia beirã e que,como frequentemente dizia“nunca tinha sido menino”, pelorigor da educação que tinharecebido e pelas tarefas familiaresque, desde cedo, teve dedesempenhar. O Homem“pensante”e elemento activo dasociedade onde se inseria, frutoda sua capacidade e esforço de“self made man”, em queentretanto, se transformou. Contudo, sem nunca esquecer asua terra natal, o seu Fratel, peloqual sempre nutriu enorme paixãoe ao qual, enquanto pôde, muitodeu em prol da comunidade.

“Na hora de pôr a mesaéramos” …6, na nossa casa

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ABRIL DE 2016O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 12

por OctávioCatarino

Motu Proprio

Trabalhadores detodo o mundo,

uni-vos!

Oescândalo Panamá Papers foitornado público porque existemJornalistas de investigação que dignificam

a classe. Foi pois porque existe um ConsórcioInternacional de Jornalistas de Investigação que,através de milhares de documentos, trouxerampara as grandes parangonas nomes que antesninguém imaginaria estrarem ligados a negóciosobscuros: Reis, Primeiros-Ministros, Presidentes,políticos ou famosos do espetáculo. E a procissãoainda vai no adro… “A putrefação saiu daclandestinidade”, escreveu Manuel Carvalho noPúblico, frase curta mas eficaz para ilustrar apouca vergonha que alastra pelo mundo fora.Aliás, temos de recuar ao tempo dos reis e danobreza em que era a plebe que pagava os tributospara a nobreza viver à conta. Os donos das terrasnão pagavam impostos e ainda exigiam a quemnada tinha, com a conivência do Rei/governo…Mas a mistificação já está em marcha para tornar acoisa “ilegal mas legal” porque as leis, normas eacordos internacionais são feitas por esses guruscapitalistas que dominam a seu belo prazer osistema financeiro mundial! E quem sofre maiscom o sistema? Os países com economias débeiscomo Portugal, claro.

Os trabalhadores por conta de outrem que pagamimpostos na hora podem dar uma ajuda, mesmoque pequena, para iniciar a inversão da atualsituação de domínio absoluto do capital sobre otrabalho: tomada de consciência da situação deabuso do poder à escala mundial, usar a cidadanialivre e empenhadamente e utilizar a arma do voto.Claro, quem defende os Paraísos Fiscais e/ouOffshores, para fugir ao fisco e à justiça, muitospor ignorância ou desinteresse, continuará adefender o sistema montado para proteger os quemais têm e o lucro que é a génese do capitalismoque não é crime se for transparente…

O modelo económico que está enraizado nasociedade porque as escolas formam em finanças eeconomia com base na cartilha neoliberal que põeem prática nas economias em geral e que se regemapenas pela ideologia do lucro. Razão tem o PapaFrancisco quando afirma que os políticos e oseconomistas não pensam nas pessoas. De facto,cada vez menos se pensa nas pessoas que pordiversas razões vivem com grandes dificuldades,pelo que as universidades deste país,modestamente o reclamo, têm de criar cursos queintegrem a ética, moral e economia transparente elucrativa, sim, para distribuir com equidade…estou a ser utópico? Não, estou apenas a cumpriro meu papel de cidadão livre que teme perder esteestatuto com o rumo que o mundo está a“desenhar”…

O mundo vive de facto uma situação dedesconfiança e promiscuidade sem paralelo nostempos modernos, dai serem normais reações derevolta como esta:

Era meia-noite, o sol raiava pelas trevas dumclaro dia, um velho ancião sentado num banco depedra feito de pau, calado, falando assim dizia:

“Ó navegantes da Terra,Ó habitantes do mar

Ide todos à m...Que eu não vos posso aturar!

PERDIGÃO(MINHA ALDEIA,

MEU BERÇO)Aqui nasci, aqui vivi,

Aqui, adulto me tornei,Ausentei-me por bom motivoMas, à minha aldeia voltei

Voltei com muito gosto e aqui mesinto feliz.

Felicidade partilhada com minhamulher, porque os dois temos omesmo pensamento.

Com muito orgulho sinto que aminha aldeia, (como não podia deixarde ser) é, para mim, a mais bonita emais bem situada, geograficamente,da Freguesia.

No sopé da serra com o mesmonome, lugar relativamente plano,com cruzamento de estradasdirecionadas aos quatro pontoscardiais, bastante soalheira, é, semdúvida, um lugar agradável para seviver.

É verdade que nem toda a gentegosta de viver na aldeia, razão porquemuitas pessoas, já reformadas, nãovoltam para a sua terra. Outras nãovoltam por razões familiares. Cadaum sabe de si e Deus sabe de todos.Por aqui já somos poucos, é verdade,mas, até que pudermos cá vamosvivendo com a cadência do tempo.

Encontramo-nos na época maisbonita do ano. O nosso olhar ficaextasiado com o verde e as flores docampo. Este ambiente convida-nosà alegria, à tranquilidade de espíritoe vontade de viver.

Com a ocupação no tratamentodos campos (cuidar da horta e dasplantas), dos animais e das flores,evitamos a ida à fisioterapia, e outrasformas de manutenção, comoacontece nas cidades,principalmente.

Como já disse, somos poucos a

viver na aldeia. De qualquer modotemos necessidade de conviver, porisso é necessário criar ambiente.Razão porque é necessário procurarmanter, embora de maneira simplesmas com alguma atividade, a nossahumilde Associação.

Para que isso aconteça, como játenho dito, há uns amigos que sãoespecialistas em cozinhados e têmmantido um almoço todos os mesespara que, quem o desejar, ter unsmomentos de convívio.

Em relação à nossa Associação ecomo foi previamente anunciado, aAssembleia Geral Ordinária doGrupo de Amigos, para aprovaçãodas contas do ano de 2015, teve lugarno passado dia 26 de março.

Como normalmente acontece, aspresenças não foram muitas, mas,infelizmente, o mal é geral, ouçoqueixas de várias associações.Contudo, a reunião decorreutranquilamente e as contas foramaprovadas por unanimidade.

A próxima Assembleia será a daapresentação do Plano de Atividadespara 2017 e aproveitar-se-á paraeleger os novos corpos gerentes.

Faço votos para que não seja

difícil encontrar quem sinta vontadede dar continuação a esta simplesassociação, ponto de convívio paraquem gosta da sua terra e gosta deconviver.

HOJE RECORDO QUE AASSOCIAÇÃO, está sediada numacasa oferecida pelo conterrâneo eamigo, Major João Alves Rodrigues,sua esposa e filhos. Este nossoconterrâneo e benemérito faleceu nodia 7 de junho de 2014. A sua famíliasentiu a perda do seu familiar e anossa aldeia sentiu e continua a sentira perda de um conterrâneo, amigo ebenemérito.

Mais uma vez a famíliaRodrigues, viu partir para aeternidade, no passado dia 5 dopresente mês, outro dos seusmembros, Ana Paula FerroRodrigues, filha de Joaquim PiresRodrigues e de Maria Florinda PiresRodrigues.

Mais uma vez a dor econsternação enlutou esta família.

É sempre triste sentir a separaçãode um ente querido, seja qual for aidade, mas a separação de um filho é,com certeza, mais triste.

O nosso conterrâneo e amigo

Joaquim, tem manifestado a suaamizade pela sua terra, e temcontribuído para sua dignificação,com donativos, principalmente paraabrilhantar as festas em louvor de S.João Baptista e ajuda nos convíviosrealizados pela Associação.

Esta família tem as suas raízesaqui em Perdigão. Seus pais, ManuelRodrigues e Maria Hermínia, aquinasceram, tornaram-se adultos,casaram, tiveram a sua prole e sódepois rumaram a Vila Velha deRódão. São nossos conterrâneos,temos muito orgulho nisso.

A toda a família, eu manifesto,não só a tristeza que eu sinto, mascreio poder interpretar a tristeza queos associados e todos os habitantesda aldeia, sentem também.

A vós familiares de Ana Paula, eupeço a Deus que vos dê coragem parasaberdes aceitar mais este rude golpe.A vida é feita de alegrias e tristezas. Anossa vida é uma passagem. Só Deussabe o futuro.

A nossa vida terrenaÉ dom de Deus, felicidade,Mas é, apenas, passagem

Para outra vida, eternidade

Luís Correia

BOMBEIROSASSEMBLEIA GERAL APROVOU CONTAS DE 2015

Presidida pelo seu titular, Prof.Jorge Gouveia, a assembleia-geral da Associação

Humanitária de BombeirosVoluntários de Vila Velha de Ródão,que se rege por novos estatutosregistados e a aguardar publicaçãono Diário da Republica, aprovou porunanimidade o Relatório e Contasdo exercício de 2015 depois deexposição muito bem elaboradospela Direção, presidida por JoséManuel Alves, e do Parecer favoráveldo Conselho Fiscal apresentado pelasua presidente, Drª. FernandaNeves.

Pelos resultados do Exercício, aDireção congratulou-se porfinalmente apresentarem umresultado positivo de € 66.432,contrariando assim os resultados dosexercícios anteriores, com aparticularidade de terem aumentadosas despesas (€344.306)relativamente ao ano anterior, tendoaumentado também as receitas(€410.738),

Considerando exatamente o rigordas contas apresentadas e a entregaà causa solidária que os Bombeirosencerram por parte da Direção, a pardas excelentes relações com o CorpoAtivo, um sócio propôs que fosseregistado em ata um Voto de Louvor

à Direção, voto aprovado porunanimidade.

No ponto da ordem de trabalhos“Outros Assuntos de Interesse”,para além de diversas intervenções,todas no sentido de engrandecimentoda Instituição, discutiram-se asdifíceis relações com o INEM, pordificultar a ação do corpo ativo devidoa processos pouco tolerantes e

burocráticos…Antes da conclusão dos

trabalhos, a Direção em conjuntocom a Mesa propôs a condição deSócio de Mérito à CELTEJO peloimportante apoio que esta unidadeindustrial tem dado à Instituição. Aproposta foi aprovada porunanimidade. O apoio que oMunicípio de Vila Velha de Ródão

tem concedido aos Bombeiros foiigualmente salientado por diversosoradores.

A assembleia terminou em climade boa disposição, tendo o “repórter”observado em cada membro doExecutivo, e dos restantes órgãos, asatisfação de dever cumprido… atépelos resultados apresentados!

OC