Ano XXXV - Nº 415 - Agosto de 2020€¦ · A biografia de Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti é...

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USE INTERMUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO Brodowski, Cajuru, Cravinhos, Dumont, Guatapará, Jardinópolis, Luís Antônio, Pontal, Pradópolis, Ribeirão Preto, Santa Cruz da Esperança, Santa Rita do Passa Quatro, Santa Rosa de Viterbo, São Simão, Serra Azul, Serrana, Sertãozinho. Ano XXXV - Nº 415 - Agosto de 2020 Em agosto, o tema abordado pelos expositores da USE RP será “A Parábola da Rede”. A palestra será transmitida no facebook da USE RP, no dia 8, domingo, às 10 horas. Página 8 15 anos do Esde em Ribeirão Preto Conheça esta história nas páginas 4 e 5 Dicas do Departamento de Artes Página 6 Ei jovem! Notícia para você na página 7!

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Page 1: Ano XXXV - Nº 415 - Agosto de 2020€¦ · A biografia de Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti é bastante conhecida, por espíritas e não-es-píritas. Nascido no estado do Ce-ará,

USE INTERMUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETOBrodowski, Cajuru, Cravinhos, Dumont, Guatapará, Jardinópolis, Luís Antônio, Pontal, Pradópolis, Ribeirão Preto, Santa Cruz da Esperança,

Santa Rita do Passa Quatro, Santa Rosa de Viterbo, São Simão, Serra Azul, Serrana, Sertãozinho.

Ano XXXV - Nº 415 - Agosto de 2020

Em agosto, o tema abordado pelos expositores da USE RP será “A Parábola da Rede”.A palestra será transmitida no facebook da USE RP, no dia 8, domingo, às 10 horas.

Página 8

15 anos do Esdeem Ribeirão PretoConheça esta história nas páginas 4 e 5

Dicas doDepartamento de Artes

Página 6

Ei jovem!Notícia para você

na página 7!

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2 Agosto de 2020

Expediente

Veículo de divulgação do Movimen-

to Espírita de Ribeirão Preto e região

Editado pela União das Sociedades

Espíritas Intermunicipal de Ribeirão

Preto CNPJ 54.171.038/0001-56

Órgão da União das Sociedades

Espíritas do Estado de São Paulo

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Jornal - nº 32.007.

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dos apenas as matérias que

estiverem de acordo com o objetivo

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Comissão Executiva da USE

2018-2021

Presidente

Mário Gonçalves Filho

1º Vice-presidente

Ana Maria de Souza

2º Vice-presidente

Pascoal Antônio Bovino

Secretário Geral

Adilson dos Santos Araújo

1º Secretário

Ana Rita Roque Fernandes

2º Secretário

Priscila Helena de Andrade

Tesoureiro Geral

Antônio Malvestio

1º Tesoureiro

Ivanir Fernandes Passos

2º Tesoureiro

Abraão Guevara Weigert Cleto

Patrimônio

Gilmar de Jesus Persona

Mensagem da Comissão Executiva

REUNIÃO MENSALDA USE RP

A reunião doConselho Deliberativoda USE RP será virtual,no dia 15 de agosto,

às 15 horas.

Éimpossível, passarmos pelomês de agosto sem noslembrar de Bezerra de Me-nezes.

A biografia de Adolfo Bezerrade Menezes Cavalcanti é bastanteconhecida, por espíritas e não-es-píritas. Nascido no estado do Ce-ará, em 29 de agosto de 1831, aos19 anos veio para o Rio de Janeiroestudar medicina, onde viveu atédesencarnar, em 1900.

Em 1875, ao ler a primeira tra-dução brasileira de “O Livro dosEspíritos”, afirmou: “EU JÁ TINHALIDO OU OUVIDO TUDO O QUESE ACHAVA NO LIVRO DOS ESPÍ-RITOS [...]. PREOCUPEI-ME SERIA-MENTE COM ESTE FATO MARAVI-LHOSO E A MIM MESMO DIZIA:PARECE QUE EU ERA ESPÍRITA IN-CONSCIENTE, OU MESMO, COMOSE DIZ VULGARMENTE, DE NAS-CENÇA”.

Que ele já trazia gravado emsua consciência os princípios cris-

Nosso querido Benfeitortãos e espíritas, não resta dúvida.Seu nome está sempre associadoàs ações no bem. Nós o conhece-mos como o Médico do Pobres,pela sua dedicação, enquanto en-carnado, à população carente.Teve participação marcante comodefensor e divulgador do Espiri-tismo, incentivando o estudo daDoutrina e a necessidade premen-te de um relacionamento maisamoroso e fraternal entre os com-panheiros de ideal.

Neste mês, em que também secomemora o dia dos pais, quere-mos contar um pouco sobre a vidafamiliar de Bezerra de Menezes.

Em 1858, casou-se com MariaCândida de Lacerda, com quemteve os filhos Adolfo e Antônio. D.Maria Cândida desencarnou pre-maturamente, com apenas 19anos. Viúvo com dois filhos pe-quenos, as crianças tinham apenastrês e um ano de idade, viveu diasdifíceis, sendo amparado por fa-

miliares e amigos próximos. Em1865, casou-se com Cândida Au-gusta de Lacerda Machado, irmãpor parte de mãe de sua primeiraesposa, que já o ajudava a cuidarde seus f ilhos. Desta segundaunião nasceram 10 filhos.

Ao longo de sua existência, obondoso médico passou por dra-máticas provas. Além da primeiraesposa, assistiu à desencarnaçãode seis filhos. Adolfo, o primogê-nito, foi o primeiro a desencarnar,ainda na década de 1860. Em1887, num intervalo de quatromeses, assistiu à partida de Antô-nio, filho do primeiro casamentoe Maria Cândida, a primogênita dosegundo. Antônio, anteriormente,já havia mobilizado os cuidados dopai por graves problemas espiritu-ais. Mas, ainda viriam mais dores.Em 1889, desencarnou Christiana(9 anos), em 1892, Carolina (21anos) e, em 1898, Consuelo, a ca-çula com apenas 3 anos de idade.

A revista Reformador, de agostode 1898, ao noticiar este tristeacontecimento, relatou que o Dr.Bezerra de Menezes “...ficou de pé,resignado e humilde, nessa atitu-de de crente que sabe, em qual-quer caso, submeter-se aos decre-tos divinos.” Como aprendemosna Doutrina Espírita, “A DOR É OAGUILHÃO QUE IMPELE O HO-MEM PARA A FRENTE, NO CAMI-NHO DO PROGRESSO” (A GÊNE-SE, CAP. III, ITEM 5).

Que os exemplos de amor aopróximo, fé e resignação desteApóstolo da terceira revelação to-quem nossos corações, encorajan-do-nos a seguir em frente em nos-sa caminhada evolutiva.

O Espírito Bezerra de Menezescontinua a dispensar a todos nós,os doentes do corpo e da alma,seu amparo caridoso. Ao nossoquerido Benfeitor, gratidão eterna!

Ana Maria de Souza

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Artigo

Banca do Livro Espírita

“18 de Abril”Localizada na

Praça da Catedral.Sempre com os

últimos lançamentos

(16) 3236.5719Ribeirão Preto

Amai-vos uns aos ou-tros, eis toda a lei, lei di-

vina, mediante a qual governaDeus os mundos.” (O Livro dosEspíritos, resposta à questão888 a, S. Vicente de Paulo).

Em tempos de introspecçãoe batalhas árduas no caminhoda reforma íntima, buscamosnos aproximar, amar mais ver-dadeiramente a Deus. Tal dese-jo por si só, demonstra umavontade que impulsiona a bus-ca por Ele. Permitir-se entrarnesta busca faz com que as ca-madas de orgulho e egoísmoque acumulamos há séculosprecisem, inevitavelmente, serrasgadas pouco a pouco.

Para começar tal discussão,precisamos pensar primeira-mente sobre o que é o Amor. Obenfeitor Emmanuel nos dizque “plasma divino com queDeus envolve tudo o que é cri-ado, o amor é o hálito d’Elemesmo, penetrando o Univer-so”1. Joanna de Ângelis resumedizendo que “Amor é vida”2.Assim, podemos considerarque o Amor permeia toda a Cri-ação, que tange todos os seres,que envolve a todas as criatu-ras, a todos nós. O Amor vemde Deus e nos atinge em todas

Deus, Amor e nósas nossas fibras.

Jesus, nosso irmão maior,veio mostrar o caminho doAmor, exemplificando e aman-do acima de qualquer circuns-tância do mundo. Ele veio de-monstrar que a Lei de Amor éa nossa rota. Lázaro inicia suamensagem sobre esta Lei n’OEvangelho Segundo o Espiritis-mo dizendo que “o amor resu-me a doutrina de Jesus todainteira, visto que esse é o sen-timento por excelência, e ossentimentos são os instintoselevados à altura do progressofeito”3.

Então, se resumirmos todosos ensinamentos que Jesus nosdeixou em uma palavra, o me-lhor, em um sentimento, este éo Amor. Entre estes presentesdeixados pelo nosso queridoIrmão Maior um deles é o Espi-ritismo.

O Consolador Prometidonos mostra que as idas e vin-das à carne são recursos amo-rosos que Deus nos oferecepara que possamos criar e for-talecer laços de amor com osnossos irmãos. Primeiro realiza-mos tal conquista com aquelesEspíritos que já temos afinida-des para depois expandir as

construções do amor a todos osseres da Criação da mesma for-ma, compreendendo e verda-deiramente sentindo que so-mos todos irmãos.

Observando a Natureza,podemos notar a Lei de Amoraplicada desde os seres micros-cópicos até os astros. Podemosnotar o amor, a justiça e a mi-sericórdia de Deus por todaparte. Contemplando a Criação,notamos o Criador. Perceben-do que somos parte deste todo,nos sentimos amados e busca-mos também amar.

Os nossos aprendizados vão

1 Pensamento e Vida, capítulo 30 - Amor. Emmanuel/Chico Xavier. Editora FEB.2 Leis Morais da Vida, capítulo 1 - Amar a Deus. Joanna de Ângelis/DivaldoPereira Franco. Editora Leal.3 O Evangelho Segundo O Espiritismo, capítulo XI, item 8. Allan Kardec. Tradu-ção Guillon Ribeiro. Editora FEB.4 O Evangelho Segundo O Espiritismo, capítulo XVII, item 3 e O Livro dos Espí-ritos, questão 918. Destacamos o seguinte trecho que inicia a passagem: “overdadeiro homem de bem é o que pratica a lei de justiça, amor e caridade emsua maior pureza”.

acontecendo pouco a pouco,ampliando a cada dia, segun-do os nossos esforços, a nossacapacidade de compreender,respeitar e amar o outro. É abusca diária por nos aproximardo homem de bem4, por cami-nharmos na lei de justiça, amor

e caridade, por seguirmos umpouco mais na nossa vivênciao que já sabemos ser o cami-nho das conquistas eternas.

Que nos amemos verdadei-ramente uns aos outros!

Marina Colli

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4 Agosto de 2020

ESDE

Quinze anos do ESDE em Ribeirão Pretom agosto comemoramosos 15 anos de ESDE – Es-tudo Sistematizado da

Doutrina Espírita em RibeirãoPreto. Neste momento impor-tante de reflexão recordamosessa trajetória, reconhecendocom alegria os bons resultadosalcançados e que ainda há mui-to trabalho a ser feito.

O ESDE foi implantado pelaUSE Intermunicipal de RibeirãoPreto em 2005, na gestão deCarlos Fonseca (presidente) eRamatis Allan de Oliveira (dire-tor do Departamento de Orien-tação Doutrinária). É o Progra-ma de Estudo Sistematizado da

Doutrina Espírita, proposto peloConselho Federativo Nacionalda FEB – Federação Espírita Bra-sileira, em 1983 (com algumasrevisões ao longo desse perío-do), com o objetivo do estudometódico, contínuo e sério doEspiritismo, com programaçãofundamentada na codificaçãoespírita. Destina-se a todos, es-píritas ou não, que tenham in-teresse em conhecer e ter umavisão geral do Espiritismo.

Vale destacar que no Esta-do de São Paulo, essa foi a pri-meira experiência formal doESDE ligada a um órgão de uni-ficação. Com o êxito obtido em

Ribeirão Preto, estendeu-se,em 2009, para todo o Estado.

Em agosto de 2005, cincogrupos do ESDE, com 150 pes-soas, iniciaram seus trabalhosem Ribeirão Preto: dois na Uni-ficação Kardecista, dois na So-ciedade Espírita Benedito Rosade Jesus e um no Centro Espí-rita Caminhos do Amor. A aber-tura se deu com a palestra “Va-mos estudar juntos” proferidapor André Bordini. Vejam o con-vite divulgado na ocasião (Figu-ra 1).

Algumas curiosidades sobreesses participantes: 73% dosparticipantes eram mulheres, as

Figura 1: Cartaz de divulgação abertura do ESDE em 2005

Figura 2: Mesa do evento com palestra de Cecília Rocha. Da esquerda para direita: Carlos Fonseca (presiden-te da USE Ribeirão Preto), Helena Granato (USE regional de Ribeirão Preto), Cecília Rocha (vice-presidenteda FEB e responsável pelo ESDE), Nestor Masotti (presidente FEB), José Antônio Luís Balieiro(presidente USESP), Eurípedes Machado (presidente da Unificação Kardecista, Mário Gonçalves e Marlene Gonçalves(coordenadores do ESDE Ribeirão Preto) – novembro 2006.

E

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ESDE

idades variaram entre 19 e 79anos, sendo a maioria entre 20e 59 anos. A escolaridade tam-bém variou entre fundamentalincompleto e doutorado. O cu-rioso é que 8% não frequenta-va Centro Espírita algum antesde participar do ESDE.

Logo no ano seguinte, emnovembro de 2006, tivemos emRibeirão a visita da querida Ce-cília Rocha, vice-presidente daFEB na época e responsávelpela elaboração e implantação,em âmbito nacional, do Progra-ma de estudos do ESDE. Elaveio acompanhada pelo presi-dente da FEB, Nestor Masotti.Em sua visita fez uma palestrapública (Figura 2) e, na manhãseguinte, deu um curso paramonitores do ESDE, aqui emRibeirão Preto (Figura 3).

No decorrer desse tempo, onúmero de grupos foi crescen-do. Em 2008 já tínhamos 35

grupos em 17 Centros Espíritas,com um total de 650 participan-tes. Em 2013 uma queda nes-ses números do ESDE apontoupara 12 Centros, com 33 gru-pos e cerca de 400 pessoas.

Agora em 2020 completa-mos 15 anos. Temos casas quecontinuam firmes no ofereci-mento do ESDE, sendo queuma delas já está em seu 30ºgrupo. Algumas casas migra-ram para outros programas deestudos, mas a vontade de es-tudar permanece.

O departamento do ESDE daUSE Ribeirão Preto também seampliou e oferece orientação eapoio para os centros espíritasque desejam implantar progra-mas de estudo. Atualmentenossa equipe é coordenada porMaria Amélia de Souza Nunes,sendo composta por dez pes-soas, de diferentes centros es-píritas (Figura 4).

Figura 4: Equipe do ESDE de Ribeirão. Da esquerda para a direita:Adriana Pedretti, Ana Maria de Souza, Dalma Chicayban e MariaAmélia de Souza Nunes (em cima); Maria Aparecida de Oliveira eJorgete Daher (no meio); Marlene F.C. Gonçalves, Marcia Barbosa,Marisa Carvalho e Sandra Faria (em baixo).

Figura 3: Curso de monitores de ESDE em Ribeirão Preto – novembro 2006.

Nossa reflexão caminha nosentido de que nesses quinzeanos muitas novas possibilida-des de estudos nas casas espí-ritas foram aparecendo. Muitasdelas disparadas pelo próprioESDE que, além de ter sido uminstrumento importante na di-vulgação e implantação do es-tudo espírita pelo Brasil afora,trouxe um caráter participativoe interativo para os grupos deestudo, que se perpetua emdiferentes e atuais programasde estudo.

Nesse sentido temos umadívida de gratidão aos amigos,daqui e da espiritualidade, queelaboraram esse Programa do

ESDE. Como disse um dessesamigos, o Espírito Angel Agua-rod, em mensagem psicografa-da por Divaldo Franco por oca-sião dos 25 anos do ESDE noBrasil: “(...) o Estudo Sistemati-zado da Doutrina Espírita cons-titui o mais eficiente métodopedagógico para a educação detodos aqueles que se candida-tam à auto iluminação”. (publi-cada na revista O Reformador,FEB, março 2008).

Também Bezerra de Mene-zes disse, em mensagem psi-cofônica recebida pelo mé-dium Divaldo Pereira Franco, naReunião do Conselho Federa-tivo Nacional da FEB, em 1983

em Brasília, no lançamento daCampanha de Estudo Sistema-tizado da Doutrina Espírita:“Quando a Federação EspíritaBrasileira se prepara para cele-brar o seu primeiro Centenáriode tarefas com o Cristo e comKardec, saudamos (...) esta EraNova que se inicia com o pro-grama de estudo sistematiza-do da Doutrina, voltado ao no-bre esforço de iluminar o ho-mem dos séculos do futuro”(publicada na revista O Refor-mador, FEB, janeiro 1984).

Parabéns e gratidão aoESDE de Ribeirão Preto!

Marlene F. C. Gonçalves

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6 Agosto de 2020

Artigo

Rua Angélica, 144Ribeirão Preto/SP

Telefone:(16)

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eus, nosso Pai criador,instituiu a família comoo educandário ideal paraque nós, seus filhos pos-

samos encontrar o apoio neces-sário para a jornada rumo à per-feição espiritual, alcançando as-sim, a paz, meta e objetivo decada Espírito criado pelo amorde Deus.

A vivência no ambiente fa-miliar permite que o Espíritoencontre a preciosa oportunida-de da convivência com pessoasem diferentes graus de evolu-ção, gostos diversos dos seus,formas de enxergar a vida e as-sim aprender a enfrentar os per-calços naturais numa encarna-ção vivida por Espíritos imper-

feitos que estão buscando o seuaprimoramento.

É com o aprendizado no es-paço familiar e na convivênciacom as diferenças que o Espíri-to vai desenvolver o entendi-mento de que a cooperação e orespeito nos fazem ver que exis-tem regras a serem acatadas eque o nosso irmão também temdesejos e objetivos e que estesnem sempre são iguais ao nos-so surgindo então o imperativode aprender a relevar.

O passar do tempo nos mos-trará que é através da institui-ção familiar que receberemosoportunidades especiais para,paulatinamente, alcançar o pro-gresso intelectual e espiritual,

objetivo da criação e que essepropósito é que nos fará felizes.

A família é a primeira e maisimportante escola que a vidanos oferece. Nela encontramosproteção e amparo. Ela nos aco-lhe em todos os momentos. É oabrigo Divino que vai sendo re-tocado diariamente através doesforço de cada um dos seusmembros para que permaneçasólida e harmonizada.

Com a nossa interação nes-ses pequenos núcleos, Deus nosprepara para saltos maiores, poisconvivendo sob o mesmo tetocom personalidades tão distin-tas passamos por um processode aperfeiçoamento extraordi-nário nos permitindo examinar

O que a família representa na vida de cada um de nós?o nosso progresso em todos osmomentos.

Ao voltar para o lar diaria-mente e encontrar os nossosfamiliares temos a chance depôr em prática o aprendizadovivido na sociedade. Os encon-tros que temos no seio familiare o que temos fora deste espa-ço é que nos fornece exemplosrenovadores para todos, pois, amelhora da coletividade comoum todo passa necessariamen-te pelo ambiente familiar.

É na família, enfim, que vaiser estruturado o caráter do Es-pírito imortal dando-lhe supor-te para enfrentar os percalços dareencarnação, que não são cas-tigos Divinos, como erronea-

mente, muitas vezes em razãode nossos desequilíbrios, acha-mos que seja.

Deus, Pai de amor justiça emisericórdia oferece sempreoportunidades valiosas de cres-cimento e aprimoramento mo-ral.

Que possamos refletir pro-fundamente para entender quea família sendo bem constituí-da, equilibrada e organizada embases morais cristãs representaa mais importante oportunida-de de preparação da sociedadepara um futuro melhor e maiscondizente com os nossos an-seios.

Jorge Jossi Wagner

D

Departamento de Arte - Dicas de Arte para o Espírito

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Agosto de 2020 7

Evangelização Infantil

ANDRÉ BORDINIPSICÓLOGOCRP=/75018

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Ei Jovem!Achou que esse ano não iria ter o “4º Ei Jovem!”Sim, nós teremos o Ei Jovem! Mas esse ano será um pouco

diferente.Para saber mais fiquem de olho em nossas redes sociais pelo

@dmiribeiraopreto.Nos vemos lá!

odos os sábados ou do-mingos, de manhã ou àtarde, tinha que ir a Casa

Espírita para aulas de evangeli-zação. Alguns amiguinhos ti-nham outros dias durante a se-mana, no mesmo horário queseus pais participavam de estu-dos para adultos.

Mas, lembrando bem, em di-versos dias, por diversas vezes,sentia uma preguiça para sair decasa, queria ficar brincando como vídeo game, ou assistindo de-senho e até mesmo dormindo,eu nem me preocupava se per-dia uma aula com explicaçõesdo Evangelho de Jesus.

Mas de repente: ...Não lembro se ocorreu algu-

ma tempestade, escutava mui-tas conversas diferentes, pala-vras estranhas e pessoas preo-cupadas.

E veio uma ordem: ...“As aulas estão suspensas

até segunda ordem”. O tempofoi passando: até terceira ouquarta ordem.

E agora? E hoje?Que saudades! Saudades do

retorno à rotina!Não posso nem amassar o

papel de algum desenho quenão gostei de fazer; não quererprestar atenção e nem respon-der a qualquer questão.

Sentimentos comuns entrenossos evangelizandos.

Muitas coisas mudaram: En-tramos de cabeça na era digital,única saída para os reencontros;muitas casas espíritas estão seorganizando e oferecendo estu-

dos em grupos, as exposições,aulas pela internet podendo uti-lizar o celular ou computador.

Afinal não podemos parar,muitas coisas a aprender.

E eu sei bem que as liçõesdo Evangelho de Jesus são parasempre em nossas vidas, trans-forma-nos, mostra-nos o me-lhor caminho a seguir e tambémnos ensina a reconhecer nossasmás escolhas. Falta muito mes-mo, ainda não aprendemos nemmesmo a identificar o “Nosso Ir-mão” para amá-lo e respeitá-locomo a nós mesmos... A fazer-mos o bem seguindo os exem-plos de Jesus.

E para que tudo aconteça

Departamento de Mocidades

[email protected]:s (16) 3610-1120 - (16) 92000 3870

PARA COLORIRDIA DOS PAIS - 09 DE AGOSTO

TMudanças

sem traumas, com mais levezaou naturalidade, vamos atenderaos convites de nossas Casas Es-píritas e de seus evangelizado-res; auxiliar nossos a estarempresentes nas salas virtuais; par-ticipar também conversando eestendendo o tema abordado,para que no decorrer da sema-na a prática auxiliará a fixar oentendimento.

Afinal:“Cada criança leva consigo

um projeto de luz que nós todosdevemos auxiliar a concretizar-se.”

Obra: Vereda Familiar –médium: Raul Teixeira – Espí-rito: Thereza de Brito

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8 Agosto de 2020

Tema do mês

á, no capítulo treze doevangelho de Mateus,sete parábolas que Je-

sus apresenta à humanidadeensinando a edificação do Rei-no de Deus no coração doshomens. Começando com aparábola do semeador e, termi-nando, com esta parábola darede, Jesus traça um roteiro queconvida ao crescimento espiri-tual da criatura humana, da se-meadura à colheita final.

Antes de tecermos conside-rações mais diretas referentesa parábola da rede é justo re-cordarmos a afirmativa de Je-sus quando do seu convite aSimão Pedro e André para in-gressarem em Seu colegiadoíntimo; Jesus diz: “[...] vindeapós mim, e eu vos farei pesca-dores de homens” (Mateus4:19). Compreensivelmente, ospeixes na parábola da rede sim-bolizam os homens e as mulhe-res do mundo, igualmente sim-bolizando o mundo, como omar que reúne “peixes de todaespécie”.

Parece também haver umaassociação de que o Evangelhode Jesus, personificado nas fi-guras de Simão Pedro e André,seria o instrumento de pescados homens, ou, ainda particu-larmente, a rede lançada aomar.

Os peixes capturados, detodas as espécies, seriam clas-sificados como bons ou maus,apresentando em si mesmos, ascaracterísticas de diferenciaçãode suas “qualidades espiritu-ais”; qualidades estas resultan-tes da aquisição dos verdadei-ros valores da alma. Essa sele-ção aconteceria no chamado“fim do mundo” e seria promo-vida pelos anjos que fariam aseparação dos “bons e mauspeixes”; descartando os mause lançando-os na fornalha dosofrimento. Obviamente, temosneste trecho da parábola, umforte simbolismo caracterizadopelas culminâncias dos temposchegados, tratados não somen-te nos evangelhos, mas espe-cialmente no próprio Espiritis-mo.

Allan Kardec, escreverá comsegurança1: “Somente o pro-gresso moral pode asseguraraos homens a felicidade na Ter-ra, refreando as paixões más;somente esse progresso podefazer que entre os homens rei-nem a concórdia, a paz, a fra-ternidade. Será ele que deitarápor terra as barreiras que sepa-ram os povos, que fará caiamos preconceitos de castas e secalem os antagonismos de sei-tas, ensinando os homens a seconsiderarem irmãos que têm

1 KARDEC, Allan. A Gênese. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 2ª. ed. Brasí-lia: FEB, 2013. Cap. XVIII, item 19.2________. Cap. XVII, it. 63.3 XAVIER, Francisco Cândido, VIEIRA, Valdo. O Espírito da Verdade -Autoresdiversos. Cap. 8

por dever auxiliarem-se mutu-amente e não destinados a vi-ver à custa uns dos outros.

Será ainda o progresso mo-ral que, secundado então peloda inteligência, confundirá oshomens numa mesma crençafundada nas verdades eternas,não sujeitas a controvérsias e,em consequência, aceitáveis portodos. A unidade de crença seráo mais forte, o fundamento maissólido da fraternidade universal,obstada, desde todos os tempospelos antagonismos religiososque dividem os povos e as fa-mílias, que fazem sejam uns, osdissidentes, vistos, pelos outros,como inimigos a serem evitados,combatidos, exterminados, emvez de irmãos a serem amados.”

O progresso moral seria ocritério essencial adotado pelos“anjos do senhor” na separaçãodos “peixes bons ou ruins”, dei-tando por terra as barreiras queseparam os povos e, conse-quentemente, tornando-nostodos irmãos unidos em umaúnica crença de verdades eter-nas.

Ora, os Espíritos fieis e com-prometidos com o bem já seencontrariam em condições deserem destinados a “novos ces-tos” (mundos) em suas experi-ências regenerativas, diferente-mente daqueles recalcitrantes

e retardatários, que haveriamde repetir as experiências dereajustes e aprendizados aindanecessárias, em mundos equi-valentes ou ainda inferiores(choro e ranger de dentes).

Ainda em “A Gênese”, Kar-dec afirmará2: “Tendo que rei-nar na Terra o bem, necessárioé sejam dela excluídos os Espí-ritos endurecidos no mal e quepossam acarretar-lhe perturba-ções. Deus permitiu que eles aípermanecessem o tempo de queprecisavam para se melhora-rem; mas, chegado o momentoem que, pelo progresso moral deseus habitantes, o globo terrá-queo tem de ascender na hie-rarquia dos mundos, interdito

A Parábola da RedeFinalmente, o Reino dos Céus é semelhante a uma rede, que foi lançada ao mar e apanhou peixes de toda espécie: e depois de cheia, os pescadorespuxaram-na para a praia; e sentados, puseram os bons em cestos, mas deitaram fora os ruins. Assim será no fim do mundo: sairão os anjos e separarãoos maus dentre os justos, e lançá-los-ão na fornalha do sofrimento; ali haverá choros e ranger de dentes.”

Mateus 13:47:50

será ele, como morada, a encar-nados e desencarnados que nãohaja aproveitado os ensinamen-tos que uns e outros se achavamem condições de aí receber.”

Recordando, enfim, as pala-vras do espírito André Luiz3

quando assevera que o dia dojuízo sempre será a oportunida-de situada entre dois períodosde existência da alma, que sereferem à sementeira de açõese à renovação da própria con-duta, reflitamos nós mesmosque tipo de peixe seremosquando a rede celeste for lan-çada no mar de nossa intimi-dade.

Edegar Tão

H