ANÓXIA E HIPÓXIA NEONATAL
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Mariana Arajo Levoratto Mariana Freitas de Moura Natlia Manzano Bresolin Nsimba Timteo Silva Manuel
Hipxia, significa a diminuio ou insuficincia de oxigenao do sangue para suprir as exigncias metablicas de um organismo humano vivo, especialmente no crebro. Apresenta uma importncia relevante entre os casos existentes: a anxia perinatal ou asfixia perinatal, a qual ocorre com o feto durante o parto. A anxia pode ser definida como sendo privao total de oxigenao no crebro, podendo ter nome de sofrimento anxico e a hipxia pode ser definida como sendo a diminuio do aporte de oxignio.(eHealth Latin America,)
No recm-nascido a termo, a PaO (Presso parcial de O) normal do sangue arterial considerada entre 50 e 100 mmHg. Segundo Avery (1984), considera-se hipxia quando a PaO inferior a 50 mmHg.
Portanto, o termo hipxia o estado em que as trocas gasosas se encontram comprometidas, cuja persistncia leva a hipoxemia progressiva e a hipercapnia. A asfixia perinatal o comprometimento das trocas gasosas durante ou logo aps o trabalho de parto enquanto
encefalopatia hipxico-isqumica a doena atribuda a essecomprometimento.
Conhecer fatores de risco que podem predispor a anxia fetal ou
neonatal de grande importncia na antecipao e preveno de seusagravos, principalmente para o Sistema Nervoso Central (SNC). Vrias causas de anxia perinatal so ainda na vida intra-uterina ou durante trabalho de parto; outras s atuam aps o nascimento e nada impede que ocorra anxia por combinao de vrias causas.
(COSTA VAZ, A. F.)
Maternas: condies Mrbidas (circulatrias, hematolgicas, metablicas, manobras obsttricas, partos cirrgicos, medicamentos
neurolgicas),
(analgsicos, anestsicos);
Placentrias: senilidade, enfartes, hemorragias, hidropsias, placenta prvia,
deslocamento prematuro, compreesso do cordo por prolapso, inseres anormais;
Fetais: malformaes congnitas, doenas ou leses, anomalias de posio. M posio, Passagem do ombro ou ndegas em crianas grandes antes da
cabea; Desproporo plvica da me ou feto, Rotaes fetais dentro do teropodem provocar movimentos respiratrios espontneos.
Respiratrias: pulmonares (imaturidade, malformaes, obstruo por
aspirao amnitica, colapsos alveolares, hemorragias intra-alveolares), extrapulmonares (pneumotrax, derrames pleurais, hrnia diafragmtica);
A
hipxia ocorre freqentemente durante o parto por fatores como
compresso do cordo umbilical, separao prematura da placenta, contrao excessiva do tero, que corta o fluxo do sangue materno para placenta e
anestesia excessiva da me, que deprime a oxigenao de seu prpriosangue.
Entre as infeces fetais destacam-se: Infeco intra-uterina; Imaturidade pulmonar TaquicardiaEntre os fatores maternos temos: Hemorragia Placenta prvia Idade materna avanada Grande multiparidade Diabetes Anemia severa
O comportamento evolutivo inicial, nos primeiros dias aps o nascimento pode ser o seguinte: Primeiras doze horas de vida: estupor profundo ou coma, respirao peridica/irregular, respostas pupilares luz, respostas oculomotoras positivas, hipotonia generalizada, convulses tnicas e clnicas presentes em cerca de 50% dos RN.
Da segunda vigsima quarta horas de vida: melhora nvel de conscincia, convulses mais freqentes e graves, crises de apnia, tremores em 35 a 50%, hipotonia mais acentuada superiores e em RN termo mais em MMII.
Entre as vinte e quatro a setenta e duas horas de vida: nvel de conscincia pode deteriorar e voltar o coma, parada respiratria com maior freqncia, distrbios oculomotores e pupilares de tronco cerebral, possibilidade de hemorragia intracraniana, bito mais freqente.
Aps setenta e duas horas de vida: melhora do nvel de conscincia, distrbios na suco, deglutio e fasciculao da lngua, hipotonia mais
acentuada que a hipertonia, fraqueza da musculatura proximal de MMSSem RN a termo, hemiparesias mais freqentes observadas no RN termo
A constatao de anxia intra-uterina pelo obstetra e a presena de fatores de risco devem alertar o pediatra para a possibilidade de anxia no RN. Clinicamente, so sinais para rastrear o sofrimento fetal: A presena de lquido amnitico e a alterao da freqncia cardaca fetal so utilizados, mas o diagnstico ps-natal feito, na maioria das vezes, pelo escore de Apgar. Analisa e pontua cinco itens: aparncia, pulso (freqncia cardaca), careta
(demonstrao de irritabilidade a colocao do cateter nasal), atividade do tnusmuscular e esforo respiratrio. A avaliao feita entre o 1 e o 5 minuto; Enquanto estiver abaixo de sete, deve ser refeito a cada 5 minutos at obter o escore
bom, que vai de 8 a 10.(DIAMENT, A. CYPEL, S.)
Pontuao: Vale 0 (exemplo) Vale 1 Vale 2
Aparncia:
1
Ciantico (cor azulada)
Rosado/com as extremidades cianticas
Extremidades:rosado
Pulso:
2
Ausente
Abaixo de 100
Acima de 100
Careta:
2
sem resposta
careta
tosse ou respiro
Atividade Muscular:
2
hipotnico
alguma flexo
flexo
Respirao:
2
Ausente
dbil-irregular
choro forte
Total
9
0 - 2 (baixo)
3 - 7 (mdio)
8 - 10 (alto)
Apgar de 8 a 10: nenhuma asfixia. Os cuidados a serem tomados com a criana so normais para recm-nascidos.Apgar 5 7: asfixia leve. Estmulos: tapinhas nas plantas dos ps, frico nas costas, evitando manobras mais fortes; oxigenao com atmosfera enriquecida de oxignio (mscara colocada diretamente na face da criana). Apgar 3-4: asfixia moderada. Estando a pulsao abaixo de 100 batimentos por minuto, apesar da utilizao dos estmulos e oxignio facial, deve-se providenciar ventilao atravs mscara especial. O controle da eficincia feito atravs da melhoria da cor, movimentao da parte superior do trax e melhoria da freqncia cardaca.(DIAMENT, A. CYPEL, S.)
Apgar 0-2: asfixia severa, necessrio procedimentos deressuscitao atravs da desobstruo das vias reas, ventilao e controle da movimentao do trax. Aps isso, persistindo a baixa freqncia cardaca, a criana deve ser entubada imediatamente e realizada massagem cardaca por pessoa habilitada.(DIAMENT, A. CYPEL, S.)
Colpocitologia: esfregaos vaginais demonstram a evoluo da gestao e sinais de alarme na insuficincia placentria. Dosagens Hormonais: analisam a dosagem seriada de estriol urinrio, sendo o normal de um a dois mg/24h entre a oitava e dcima segunda semana; at 12 a 50 mg/24 no beb a termo; nveis abaixo do normal indicam situao ameaadora para o feto. Lquido amnitico: o meio ambiente do feto e suas modificaes traduzem alteraes fetais.
Eletroencefalograma: dados valiosos sobre a gravidade da encefalopatia hipxico-isqumica.
Quando
h encefalopatia presente, o SNC freqentemente envolvido, piorando o prognstico.A
anxia determina morbidade e mortalidade perinatais elevadas ou seqelas em geral neurolgicas. Entre os sinais de mau prognstico esto convulses persistentes, hipotonia persistente ou evoluo de fase hipotnica e aptica para o estado de hiperexcitabilidade e hipertonia extensora.Indicadores
do prognstico a longo prazo, nos recm-nascidos com manifestaes sugestivas de anxia perinatal so o pH do sangue do cordo, a ultra-sonografia do crnio, a velocidade do fluxo sangneo intracerebral, a presso intracraniana, a tomografia computadorizada, exame de ressonncia magntica e a espectroscopia.
Aquecimento A manuteno da temperatura corporal importante porque a hipotermia aumenta o consumo de O2 e dos gastos energticos. Aspirao A aspirao uma providncia urgente que visa desobstruo das vias areas superiores, o que deve ser feito de maneira rpida, no traumtica, eficaz e assptica. Oxigenao Aps a aspirao, se for necessrio, oxigenar o recm-nascido. A medida inicial da oxigenao retificar as vias areas;(AVERY, G. B)
A previso se constitui medida eficaz para aliviar os resultados da asfixia fetal. Para o Dr. Telmo Diamante, pediatra (in eHealth Latin America, 2000), o importante para prevenir a asfixia neonatal um bom pr-natal da me, que deve fazer no mnimo seis visitas ao seu obstetra do convnio, ou posto de sade ou privado.O mdico far a avaliao, pedir os exames de rotina; exames de sangue, urina, diabete, verificao de infeces tipo sfilis e HIV A melhor forma de evitar danos criana recm-nascida, como j foi enfatizado, um pr-natal assistido pelo mdico, exames peridicos para identificar problemas na me e no feto e trat-los desde o incio da gestao.(BURNS, Y. R.)
Anoxia: falta de oxigenao que pode ser prevenida. eHealth Latin America, 21 de setembro de 2000. Disponvel em: www.ehealthonline.org acessado em: 12/10/2011 AVERY, G. B. Neonatologia Fisiopatologia e tratamento do Recm Nascido. 2 ed. Rio de Janeiro: Medsi, 1984. BURNS, Y. R. & MACDONALD, J. Fisioterapia e Crescimento na Infncia. Santos: Santos. Editora Ltda, 1999. COSTA VAZ, A. F. Problemas Neurolgicos do Recm Nascido. So Paulo: Savier, 1985.
DIAMENT, A. CYPEL, S. Neurologia Infntil. 3ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 1998.