ANÁPOLIS, SEGUNDA-FEIRA 26 DE ABRIL DE 2021 ANO: 01 Nº 0.0052 22H30 PREÇO: R$ 2,50 EDITOR: ALEX PEREIRA

Entre em contato com a redação(62) 98531-2554

redacao@dmanapolis.com.br

dmanapolis

P.13 - A deficiência auditiva e a importância do intérprete de libras - Rosana Dornelesa

abre espaço nobre para o pensamento nas páginas do jornal

SINAIS DA ALFABETIZAÇÃOA pandemia do novo coronavírus causou uma grande mudança no processo de aprendizagem. Nas escolas da rede municipal de ensino, várias adaptações foram feitas para garantir a inclusão dos estudantes surdos. Página 2

Segunda dose continua

Quase 4 mil doses foram aplicadas no último sábado, 24, sendo 3.279 em idosos com idade igual ou superior a 60 anos. Agora, imunização continua com segunda dose até a chegada de novas vacinas. Página 2

Decisão em casa

Grêmio Anápolis empatou em 0 a 0 com o Iporá e vai decidir a classificação para as semifinais do campeonato goiano em casa. Página 4

Comércio reabriu no fim de semana

Redução dos números da pandemia na cidade de Anápolis permitiu reabertura do comércio e serviços em geral neste último final de semana e deve se repetir nos dias 1 e 2 de maio. Página 2

Pintura nova

Companhia Municipal de Trânsito continua operação de revitalização das sinalizações de trânsito na cidade de Anápolis. Palavra “pare” é pintada e placas são instaladas ou trocadas. Página 4

Visita Pastoral

Comitiva com vários líderes evangélicos de Anápolis se reuniu com o Presidente Jair Bolsonaro na última terça-feira, 20, para aproximar cada vez mais a cidade com a presidência e orar pelos governantes do país. Na ocasião, também foram solicitadas obras como trevo do Recanto do Sol e iluminação nas rodovias. Página 13

Complicou pro Galo

Time do Anápolis perdeu em casa por 3 a 0 para o Vila Nova e vê a chance da semifinal ficar mais distante. Próximo jogo será no OBA e o Vila pode até perder por 2 gols que garante a classificação. Página 12

Cantora Marina Lima embarca na onda do streaming e lança EP de inéditas, além de um songbook com 175 gravações de sua carreira. DMRevista

Tudo em você é fullgás

INSTAGRAM/GRÊMIO ANÁPOLIS

Crime contra a naturezaLoteamento de chácaras às margens do Rio Piracanjuba na cidade de Gameleira de Goiás não possui autorização e agressões à natureza fazem parte da rotina. Moradores mais antigos relatam, com indignação, que loteamento destróis nascentes, cortam árvores nativas do cerrado e, ainda, caçadores matam animais silvestres da região. Acompanhe em matéria especial do DM Anápolis. Página 16

SEGUNDA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2021

WWW.DM.COM.BR

2 DM Anápolis

Rede municipal se adapta para garantir inclusão a estudantes

surdos com aulas remotas

Redação

A rede municipal de Edu-cação de Anápolis atende es-tudantes surdos ou deficientes auditivos em 32 unidades es-colares, contando com o apoio do Centro Municipal de Apoio à Diversidade (Cemad) e da Dire-toria de Inclusão, Diversidade e Cidadania. Em tempos de pan-demia, foi necessário adequar a metodologia de ensino, do modo presencial para o remo-to, com produção de vídeos e encontros virtuais adaptados a esses estudantes.

"A pandemia nos fez repen-sar estratégias e metodologias de ensino considerando as ca-racterísticas individuais dos estudantes para a promoção de um ensino público de qualida-de", diz a secretária de Educa-ção, Eerizania de Freitas, sobre as estratégias de ensino adota-das pelo município.

Nas escolas, os estudantes surdos recebem atendimento com o apoio de intérpretes de Libras, que exercem a impor-tante função de interpretar as atividades e aulas dos professo-res para a língua de sinais. No

Cemad, o público atendido pro-vém tanto da rede municipal de ensino como da comunidade em geral. “Os atendimentos são realizados por meio de vídeos gravados pela nossa equipe de professores. O material é com-posto por imagens, a datilologia em Libras da palavra, o sinal em Libras, uma frase e a legenda. Deste modo, os estudantes são estimulados a aprender tanto a Libras quanto o português es-crito”, pontua a coordenadora da unidade, Valdileya Prado.

Valdileya explica que, como forma de feedback ao material enviado pelos professores, os estudantes são incentivados a enviar uma foto ou a gravar um vídeo reproduzindo os sinais aprendidos. “Para os que não se adaptaram ou possuem difi-culdade para gravar vídeos, são realizadas chamadas de vídeos para que a atividade seja feita”, conclui a coordenadora.

Laysa Rodrigues, mãe da es-tudante Emanuelly Victória, da Escola Municipal Professora Edinê Rodrigues, reforça que a parceria com a escola é essen-cial para o bom aprendizado da filha de 7 anos. “O processo não é fácil, mas tenho um apoio muito grande da professora Elza e da intérprete Luciara. O método de ensino-aprendiza-gem que elas usam faz com que eu tenha mais facilidade em mediar as atividades, e a com-preensão, leitura e escrita dela estão ficando cada vez melho-

res.” Laysa também destaca a importância da participação da intérprete na aprendizagem da criança. “Quando ela tem algu-ma dúvida, a tia Luciara faz uma chamada de vídeo com ela para esclarecer todos os questiona-mentos. Estou muito orgulhosa, porque a Emanuelly já até pede pra conversar somente em Li-bras com a intérprete”, conta a mãe.

Flávia Fernanda, responsá-vel pela Diretoria de Inclusão, Diversidade e Cidadania, refor-ça que a inserção de indivídu-os surdos na educação, assim como o aprendizado de Libras, são pontos fundamentais para o seu desenvolvimento social e emocional. “Os estudantes surdos, como todos os outros, possuem o direito ao ensino de qualidade. Ocasionalmente eles podem sofrer dificuldades de adaptação, mas toda a equi-pe escolar deve colaborar para a permanência desse estudante e para que ele tenha um atendi-mento de excelência”, afirma a diretora.

ConscientizaçãoO mês de abril é marcado

por datas importantes para a conscientização da inclusão do estudante surdo, e para in-centivar o uso da Libras como forma de comunicação para promover o envolvimento de pessoas surdas na sociedade. Nos dias 23 e 24 são come-morados, respectivamente, o

Dia Nacional da Educação de Surdos (23) e o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (24). No Brasil, a Libras passou a ser reconhecida como língua oficial desde o ano de 2002, e a Língua Portuguesa passou a ser considerada a segunda língua, na modalidade escrita, pelos surdos.

O principal objetivo da in-clusão do surdo na educação é que ele aprenda a conviver em sociedade e se aproprie da linguagem de Libras e do por-

tuguês escrito. É natural que exista um grande impasse por parte da família da criança surda ao ingressá-la na esco-la, principalmente nos anos iniciais, decorrente de fatores como as limitações pessoais e o conhecimento parcial da língua pela qual se comunica, a Libras. Por isso, é essencial uma reflexão sobre a alfabe-tização dos surdos no Brasil, tendo em vista os desafios en-frentados por estes estudantes em relação ao aprendizado.

Vídeos adaptados com intérprete de Libras e apoio das escolas e Cemad foram fundamentais para possibilitar o processo de ensino-aprendizagem

Anápolis continua com segunda nessa segunda-feira, 25

Redação

A mobilização realizada pela Prefeitura de Anápolis no últi-mo sábado, 24, aplicou 3.899 vacinas contra a Covid-19, sen-do 3.279 somente primeira dose em idosos com idade igual ou superior a 60 anos já cadastra-dos. A estratégia de vacinação, com pontos exclusivos para pedestres, garantiu a aplicação de toda a remessa de imunizan-tes para primeira dose enviada pelo governo do Estado na sex-ta-feira, 23. Agora, segue a imu-nização desta faixa etária em segunda dose até a chegada de mais vacinas.

Também está disponível a segunda dose para trabalhado-res da saúde. Para esta categoria ainda há aplicação de primeira dose acima de 28 anos, confor-me chamamento dos conselhos de classe, e também para pro-fissionais da segurança pública nesta mesma faixa etária. Essas doses fazem parte da remessa que veio do Estado destinada

exclusivamente a estes grupos. Nesta segunda-feira, 26, fun-

cionam os pontos fixos exclu-sivos para pedestres no ginásio da UniEvangélica, no Banco de Leite e na unidade de saúde Santa Maria de Nazareth. A va-cinação em esquema drive-thru continua nos seguintes pontos: CMTT, Ginásio Internacional Newton de Faria e unidades de saúde do JK, Arco-Íris e Anexo Itamaraty. O horário é das 8h às 16h.

É importante observar que a vacina para pedestres não será aplicada em pontos de drive--thru, assim como pessoas em veículos não receberão a dose

em unidades voltadas para imunizar pedestres. A medida objetiva garantir a organização das filas.

Outra recomendação im-portante é quanto ao horário de chegada. “Como o proces-so de vacinação se encerra às 16 horas, nossa equipe sem-pre monitora o tamanho da fila no início da tarde para garantir que o volume de pes-soas aguardando correspon-da ao tempo restante”, explica a diretora de Vigilância em Saúde, Mirlene Garcia. Ela orienta que as pessoas não deixem para se dirigir à fila de vacinação de última hora.

Também está disponível a vacina para profissionais da saúde (1ª e 2ª dose) e da segurança pública (1ª dose), organizados pelas instituições de classe, com doses enviadas exclusivamente a estes grupos

SECOM/PREFEITURA DE ANÁPOLIS

Comercio e serviços em geral abriram as portas esse fim de semana

Em Nota Técnica da Secre-taria Municipal de Saúde a ser publicada no Diário Oficial do Município desta última sexta--feira, 23, a Prefeitura de Anápo-lis liberou, excepcionalmente, o funcionamento do comércio e serviços em geral neste fim de semana e o mesmo se repetirá no próximo. Ou seja, 1º e 2 de maio, assim como esse fim de semana, os estabelecimentos poderão abrir e a medica tem como objetivo medida é para impulsionar a economia.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Júlio César Spíndola, os dados epidemio-lógicos e de ocupação de leitos hospitalares apontam redução tanto de casos confirmados, quanto de internações, o que permite ao município liberar esse funcionamento, respeitan-do os protocolos de prevenção da Covid-19, para auxiliar os setores mais afetados economi-camente pela pandemia.

Mas o enfrentamento ao coronavírus continua e é fun-damental garantir os cuida-dos, inclusive porque a matriz de risco é analisada diaria-mente e adotada conforme ocupação de leitos. “Impor-tante lembrar que a fiscaliza-ção será mantida e que a Pre-feitura aposta na colaboração de todos para este equilíbrio entre a saúde e o comércio. Por isso, mantenha o distan-ciamento social e os hábitos de higiene para evitar a conta-minação”, orienta o secretário.

Medida foi tomada pela Prefeitura com base em noma técnica e com o objetivo de forma de impulsionar a economia. Medida se repetirá no próximo fim de semana (1ª e 2 de maio)

ASCOM/PREFEITURA DE GOIÂNIA

SEGUNDA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2021

WWW.DM.COM.BR

3DM Anápolis

www.dm.com.brUNIGRAF UNIDAS GRÁFICAS E EDITORA LTDA

CNPJ: 00.424.275/0001-52Fundado em 12 de março de 1980

Av. Anhanguera, 2.833, Setor Leste Universitário.Caixa Postal: 103 CEP: 74.610-010, Goiânia-Goiás

Os artigos e matérias são de responsabilidade dos seus autores e não refletem a opinião do veículo

Diário da Manhã

Fábio NasserFUNDADOR

Departamento Comercial(62)3267-1028

diretoriacomercial@dm.com.brAtendimento Redação

(62)3267-1035 /1048/ 1037Circulação - Assinatura

(62)3267-1000

Preço das Assinaturas Diário da Manhã - R$ 49,90 mensal / R$ 598,00 anualDM Anápolis - R$ 49,90 mensal / R$ 598,00 anual

Vendas AvulsasGoiás, Tocantins, Distrito Federal e Mato Grosso

Dias Úteis: R$ 2,50Domingo: R$ 3,50'

Ulisses AesseEditor-chefe de Reportagem e

coordenador de pautaCidades: Carlos PereiraPolítica: Helton Lenine

DM Revista: Marcus Vinícius BeckOpinião Pública: Welliton Carlos

DM Online: Hélio Lemes

WELLITON CARLOSEDITOR-GERAL Júlio Nasser

PRESIDENTEAlex PereiraEditor Chefe

Paulo Henrique MacedoEditor Executivo

Departamento comercial: Redação: (62) 98531-2554www.dmanapolis.com.brDiagramação: Mateus Cardoso

DM Anápolis

Morre menino de 8 anos atingido por bala perdida no RioO menino Kaio Guilherme da Silva Baraúna, de 8 anos, morreu no último sábado, 24, após ficar uma semana internado em um hospital público do Rio. Kaio foi atingido na cabeça por uma bala perdida no fim da tarde de sábado, 17, na Vila Aliança, zona oeste do Rio. A morte foi confirmada pela mãe, Thais Silva, que ao longo da semana pediu orações via redes sociais. "É com muita dor que comunico que meu filho descansou. Ele lutou muito", declarou a mãe. O menino havia passado por cirurgia e Thais estava esperançosa de que ele iria se recuperar, mas o quadro de saúde regrediu nos últimos dias e ele acabou falecendo. Familiares do menino declararam ainda nos dias que se seguiram ao incidente que não havia nenhuma operação policial no local. A Polícia Civil abriu investigação e está apurando o caso.

Encontrado submarino desaparecido com seus 53 tripulantes mortos

A Marinha da Indonésia anunciou, neste domingo, 25, que encontrou o submarino desaparecido que naufragou cinco dias antes na costa de Bali, e confirmou a morte dos 53 membros de sua tripulação, após uma intensa e desesperada. O submarino, que havia desaparecido na última quarta-feira, foi encontrado seccionado em três partes no fundo do mar na costa de Bali, segundo o Chefe do Estado-Maior da Marinha, Yudo Margono. Por sua vez, o comandante das Forças Armadas da Indonésia, Hadi Tjahjanto, confirmou aos jornalistas que "todos os 53 tripulantes morreram". As autoridades disseram que receberam sinais do local a mais de 2.600 pés (800 metros) de profundidade na madrugada deste domingo (hora local). E acrescentou que usaram um veículo de resgate subaquático fornecido por Cingapura para obter confirmação visual. Tjahjanto disse que mais partes da embarcação foram descobertas neste domingo, incluindo uma âncora e roupas de segurança usadas pelos membros da tripulação. Aviões, barcos e centenas de soldados foram mobilizados para localizar o KRI Nanggala 402, um submersível de cerca de 40 anos de construção alemã, desaparecido durante exercícios militares. As esperanças de sobrevivência da tripulação já eram consideradas mínimas, pois as reservas de oxigênio do submarino estariam esgotadas.

Pregão Eletrônico SRP nº 04/2021Processo nº 08662.011234/2020-52 - O objeto da presente licitação é a escolha da proposta mais vantajosa para a contratação de empresa especializada para a prestação de serviços terceirizados de tratador de animais, sete dias na semana, de forma contínua, em regime de execução indireta, com fornecimento de materiais de consumo e equipamentos necessários à execução dos serviços, visando atender às necessidades do Núcleo de Comando de Operações Especiais da Superintendência da Polícia Rodoviária Federal em Goiás, conforme condições, quantidades e exigências estabelecidas no Edital e seus anexos. Data, horário e local da realização: 06/05/2021, às 9:00h., no portal de compras do Governo Federal – COMPRASNET. Os interessados poderão retirar cópia do edital no Portal de Compras do Governo Federal –– www.comprasgovernamentais.gov.br ou requerê-lo pelo e-mail cpl.go@prf.gov.br ou nucont.go@prf.gov.br.

VINÍCIUS VEIGA FLEURYSuperintendente da PRF em Goiás

AVISO DE LICITAÇÃO

DEPARTAMENTO DE POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL1ª SUPERINTENDÊNCIA DE POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - GO

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E

SEGURANÇA PÚBLICA

Má alimentação das pessoas cresce na pandemia

Luana Floriano

Dentre os inúmeros desafios que a pandemia da Covid-19 trouxe para os brasileiros, a má alimentação está entre eles. Com a ansiedade do momento, agregado ao confinamento den-tro de casa, muitas pessoas têm descontado as preocupações na comida. Academias fechadas, home office e o EAD, contri-buem para um alto índice no surgimento de novas doenças.

De acordo com a nutricio-nista, Ludymilla Ramos, a po-pulação passou a ter um pior hábito na alimentação depois do início da pandemia. Os “ali-mentos prontos”, são uns dos grandes vilões, já que em sua maioria, são pouco nutritivos e bastante calóricos.

“Tanto os alimentos indus-trializados, pela praticidade de já vir pronto para o consumo ou por conseguir mantê-los na des-pensa por mais tempo, quanto os delivery, reflete de maneira negativa no hábito alimentar", completa a nutricionista.

A má alimentação associada a uma rotina sem exercícios físi-cos, contribuem no surgimento de novos problemas. “Doenças como a obesidade, diabetes tipo 2, hipercolesterolêmicas, hipertensão arterial sistêmica são as principais doenças cau-sadas pela má alimentação”, alerta Ludymilla.

Além das doenças prováveis, outro risco que as pessoas po-dem ter é a fácil contaminação pela Covid-19, já que pessoas com doenças crônicas se tor-nam mais sensíveis ao vírus.

A estudante, Andressa Car-doso, conta que a mudança de rotina mexeu não só apenas

com o seu psicológico, mas também com a forma com que se alimenta. “Passar a ficar o dia todo em casa, mudar a rotina, fez com que eu descuidasse da alimentação e passasse a exa-gerar nos alimentos prontos. A preocupação com o momento fez com que eu descontasse na comida, como se fosse um re-fúgio para o momento”, explica Andressa.

“Toda a incerteza que esse período nos trouxe, acabou deixando as pessoas mais an-siosas/ociosas que buscam um certo refúgio no alimento. Na maioria das vezes tais alimen-tos são os que têm alto teor de gorduras saturadas, carboidra-tos simples, aditivos químicos, realçadores de sabor e etc. São as famosas “junk foods”, o que faz do alimento ser pobre nu-tricionalmente e ter calorias vazias. Alerta a nutricionista Ludymilla Ramos.

Como ter uma boa alimentação

O primeiro passo na mudan-ça de hábito é a força de von-tade. Estar disposto a mudar e seguir uma nova linha pode ser crucial na evolução para uma vida mais saudável. Buscar fa-zer exercícios, seja ao ar livre ou dentro de casa é uma boa apos-ta para perder alguns quilinhos.

“Com as academias fecha-das e o distanciamento social eu optei além de procurar um profissional da saúde, come-çar uma rotina de exercícios dentro de casa mesmo. Na própria internet eu encontrei conteúdos que me auxiliam nos exercícios”, exemplificou Andressa.

A busca por um profissio-nal que te ajude no processo é de extrema importância. Cada organismo reage de um jeito, portanto, o profissional sem-pre buscará o melhor plano alimentar para cada indivíduo.

Outra dica importante, é buscar alimentos in natura, ou seja, frutas e legumes. “Priori-zar os carboidratos complexos, como cereais, pães e massas in-tegrais, incluir proteínas de alto valor biológico em quase todas as refeições, como carnes, ovos, para os vegetarianos/veganos. Priorizar as leguminosas que são fontes de proteína vegetal, consumir lácteos e seus de-rivados, evitar o consumo de alimentos ultraprocessados na rotina alimentar, diminuir a quantidade de sal e açúcar nas preparações. Por último e não menos importante, ingerir bastante água”, orienta a nu-tricionista Ludymilla Ramos.

Com a ansiedade do momento, agregado ao confinamento dentro de casa, muitas pessoas têm descontado as preocupações na comida

Consumo de alimentos ultraprocessados cresce na pandemia (Foto: Agência Brasil)

Avó aprende a ler com aulas online do neto Mesmo depois de trabalhar até os 25 anos nas plantações de milho, feijão, arroz e fumo da família em Bom Retiro (SC), casar-se cedo e ter tido três filhos em seguida, a dona de casa Marlene Hinckel nunca deixou de lado a vontade de aprender a ler e escrever. Era um sonho, como uma foto que a gente coloca no espelho do banheiro para inspirar a batalha de todo dia. Era também uma necessidade prática. No mercado, ela não sabia a diferença entre o xampu e o condicionador. A chance de aprender surgiu na pandemia. Aos 63 anos, ela está se alfabetizando nas aulas virtuais do neto de 7 anos. A oportunidade apareceu no turbilhão de mudanças que as famílias tiveram de fazer para cuidar dos idosos, o grupo mais vulnerável no início da pandemia. A filha Karina Hinckel, de 40 anos, deixou o emprego de gerente de Enfermagem para olhar a família mais de perto. Ela passou a visitar a mãe com uma frequência maior. Embora goste de morar sozinha, dona Marlene já estava deprimida com o isolamento da pandemia. Brasil fecha 2020 entre os maiores recicladores de latas de alumínioO Brasil fechou 2020 como um dos principais líderes mundiais em reciclagem de latas de alumínio. De acordo com levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas), o país obteve um índice de reciclagem de 97,4%.De 402,2 mil toneladas de latas vendidas, foram recicladas 391,5 mil, ou, aproximadamente 31 bilhões de unidades. Em 2019, o número de latas vendidas e recicladas foi menor. Na ocasião, foram 375,7 mil toneladas vendidas e 366,8 mil toneladas recicladas. “Os dados mostram como a estrutura de reciclagem de latas no Brasil é sólida. O setor manteve suas operações dentro de padrões seguros, contribuindo para a preservação do meio ambiente e a geração de emprego e renda para milhares de famílias”, afirmou Alfredo Veiga, diretor de Metais da Novelis e coordenador do Comitê de Reciclagem da Associação Brasileira do Alumínio (Abal).

SEGUNDA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2021

WWW.DM.COM.BR

4 DM Anápolis

Segura Peão

Continuidade

Daniel Vilela cobra continuidade da gestão de Iris. O presidente regional do MDB, Daniel Vilela, usou as redes sociais para se manifestar sobre o fim da investigação liderada pela prefeitura de Goiânia a contratos de recapeamento de asfalto assinados na gestão de Iris Rezende (MBD). Alguém tem que avisar ao Danyboy que o prefeito de Goiânia se chama Rogério Cruz dos republicanos e não tem nada com MDB.

Favorito

Goianésia deve bancar 3 candidatos a deputado estadual e 1 a deputado federal. O favorito é o ex-prefeito Renato de Castro. Correm por fora Emerson AutoVip e o médico José Machado. Hélio de Sousa vai a deputado federal.

Em família

Mulher e irmãos do presidente da CPI já foram presos. Mulher do futuro presidente da CPI da Pandemia no Senado já foi alvo de operação da Polícia Federal Omar Aziz, futuro presidente da CPI da Pandemia no Senado, entende de investigação. A deputada estadual Nejmi Aziz, casada com o senador, já foi presa duas vezes pela PF em 2019, em um desdobramento da Operação Maus Caminhos, que apura desvios na saúde estadual. Três irmãos de Omar Aziz também foram presos naquela ocasião.

Ernani de Paulaernanidepaula007@gmail.com

62 98344-1055

"Quando tenta impressionar as pessoas com palavras, quanto mais diz, mais comum parece!”

Adriano (FAKE) do Baldy atua para conter debandada de prefeitos do PP rumo ao Democratas. O deputado federal conversou com interlocutores do governo do Estado e disse que o Progressistas segue na base de Ronaldo Caiado. Vários prefeitos do partido Progressistas procuraram interlocutores do governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Eles querem se filiar ao partido Democratas, partido do governador. A possibilidade de debandada era geral. Alguns prefeitos já estavam com a ficha para trocar de partido

Equipe nota 10 Michel Roriz com a diretora da Atenção Primária, Márcia e a coordenadora da APS, Virgínia. Michel é farmacêutico e tem se destacado à frente da diretoria de auditoria, regulação e agendamento da Prefeitura de Anápolis ampliando parcerias estratégicas para o atendimento na saúde. Ele já foi candidato a deputado estadual. O que vem pela frente?

Harmonia Caiado cita “convergência” durante posse no TJ. O governador Ronaldo Caiado destacou a “convergência de objetivos entre os três poderes” durante a posse dos magistrados Wilson Safatle Faiad e Fernando de Castro Mesquita como desembargadores, realizada no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), nesta sexta-feira (23/04). Segundo ele, a soma de esforços contribui para que o Estado possa superar dificuldades.

Tá sobrandoLei Aldir Blanc: 914 cidades deixaram de repassar recursos a artistas. No total, R$ 738,5 milhões seguem parados em contas de prefeituras e governos estaduais. Auxílio para setor cultural foi sancionado em junho. Em Goiás uma das cidades é ARUANÃ que deixou de repassar R$ 79.991,00 da lei Aldir Blanc

Do Bem

Caiado lança edital com 5 mil bolsas para Programa Universitário do Bem. Edital está disponível no site da OVG com inscrições iniciando no dia 25 de junho. Estudantes precisam estar inscritos no Cadastro Único. O Programa Universitário do Bem (Probem), da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) lançou nesta terça-feira, 13, um edital com 5 mil bolsas estudantis para o ensino superior. O programa é destinado para universitários de baixa renda que residam em Goiás.

Mande fotos, notícias e sugestões para a coluna através do whatsapp (62) 98344-1055 e ernanidepaula007@gmail.com

Goianão 2021: Com um a menos Grêmio Anápolis empata com Iporá

Hélio Lemes

Iporá x Grêmio Anápolis entraram em campo na tarde deste domingo, 25, pelo jogo de ida das quartas de finais do Goianão 2021. O jogo foi disputado no Estádio Ferreirão e mesmo com um a menos, o Grêmio Anápolis pressionou, mas a partida terminou empatada em 0 x 0.

Os primeiros cinco minutos de jogo foram mais de estudo das duas equipes, no entanto, o Grêmio Anápolis começou a tomar as ações do jogo a partir desse momento e a levar pressão para a defesa do Lobo Guará.

Mesmo melhor em campo e com mais volume de jogo, pouco se produziu em campo, a Raposa não conseguiu balançar as redes. Os donos da casa no entanto, só voltaram a pressionar aos 23′ da primei-ra etapa, mas sem levar muito perigo ao gol adversário.

O Grêmio Anápolis começou melhor e teve as melhores chances na primeira etapa do jogo. As jogadas mais perigosas da raposa aconteceram no finalzinho do primeiro tempo. Igor ganhou a bola e aproveitou que tinha espaço e arriscou de fora da área, mas o goleiro Wallace de-fendeu.

Dois minutos depois por pouco o ata-cante Lucão não abriu o placar para o time de Anápolis. O lateral Igor ganhou da marcação e tocou para o atacante Neto na ponta, o atacante ganhou na disputa de corpo e cruzou para dentro da área para Lucão que cabeceou para o chão e a bola caprichosamente tocou na junção da trave com o travessão para impedir o gol do Grêmio Anápolis.

O primeiro tempo terminou sem gols, mas a Raposa desceu para o intervalo

com um jogador a menos, pois o meia Gabriel recebeu o segundo cartão amare-lo e consequentemente foi expulso.

Goleiro Wallace impede vitória do Grêmio Anápolis no jogo de ida das quar-tas de finais do Goianão 2021

O Iporá teve a chance de marcar, mas a defesa do Grêmio Anápolis afastou. No contra-ataque puxando por Ronald, Neto recebeu com chances de abrir o placar, mas a defesa do Lobo Guará afastou na primeira oportunidade, a bola voltou nos pés do atacante Lucão que dentro da área tentou marcar, mas em mais uma oportu-nidade a parte defensiva do Iporá afastou o perigo.

Com um a mais o Iporá tentava pres-sionar o adversário, e conquistar a vanta-gem para o jogo de volta no próximo final de semana. No entanto, o Grêmio Aná-polis levava muito mais perigo ao gol do goleiro Wallace nos contra ataques.

E em um desses contra ataques por pouco a Raposa não abriu o placar, Ro-nald puxou pela direita e rolou para Neto, que de fora da área arriscou, mas a bola ficou fácil para a defesa do goleiro Walla-ce.

Matheus Martins que entrou no se-gundo tempo trabalhou pela esquerda com Ronald, abriu o espaço e bateu cruzado, a bola quicou na frente do goleiro Wallace que espalmou a bola para a linha de fundo e evitou o que seria o primeiro gol da raposa.

Wallace apareceu mais uma vez para evitar o gol do time adversá-rio, após receber no ataque, Ronald fez o pivô e girou para cima de Ce-sinha, no giro, o atacante do time de Anápolis tentou bater na saída do goleiro Wallace que fechou o es-paço e fez mais uma grande defesa.

Anápolis realiza trabalho de revitalização da sinalização

Redação

São quatro equipes trabalhando diariamente, duas no período diurno e outras duas no período noturno, para sinalização das ruas de maior fluxo de trânsito. Nesse mês de abril, o proces-so de execução se concentra nos bair-ros da Vila Jaiara, Jundiaí e Residencial Ana Caroline.

Entre os últimos bairros com sinali-zação reforçada estão Setor Sul, Jardim Progresso, Santa Clara e Parque Calix-tópolis.

A média, por período, é de pintura da palavra ‘pare’ em 30 esquinas da

cidade, além de substituição ou ins-talação de placas, quando necessário. Segundo o diretor de trânsito e trans-porte da Companhia Municipal de Trânsito, Transportes e Serviços Urba-nos, Igor Siqueira Lino, existem alguns critérios adotados ao optar pela revita-lização do bairro.

“Nossos fiscais realizam visto-rias previamente e, quando detec-tam que há necessidade de revi-talização, a região é colocada no cronograma”, diz. Outro ponto, con-forme ele, é a quantidade de pedidos registrados via ouvidoria. Quanto maior a demanda, maior a urgência.

Com dezenas de setores já concluídos, cronograma segue normalmente apesar das chuvas e da pandemia.

INSTAGRAM/GRÊMIO ANÁPOLIS

SEGUNDA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2021

WWW.DM.COM.BR

5DM Anápolis

HALEX ISTAR INDÚSTRIA FARMACÊUTICA S.A.CNPJ/MF nº 01.571.702/0001-98 - NIRE 5230001855-2

Ata da Assembleia Geral Extraordinária realizada em 02/02/2021Data, Hora e Local: Aos 02/02/2021, às 10h, na sede social da Halex Istar Indústria Farmacêutica S.A., Goiânia/GO. Presenças: Presente a totalidade dos acionistas da Companhia, conforme consta do Livro de Presença. Convocação: Dispensada em razão da presença da totalidade dos acionistas, conforme Lei 6.404/76 (“LSA”). Mesa: Presidente: Zanone Alves de Carvalho; Secretário: Marcelo Hudik Furtado de Albuquerque. Ordem do Dia e Deliberações: (i) consignar a renúncia de Ana Luiza de Figueiredo Brandão Squadri, brasileira, solteira, en-genheira, RG nº 25.789.461-8 Detran/RJ, CPF/MF nº 136.878.207-85, residente e domiciliada no Rio de Janeiro/RJ, com escritório na Avenida Ataulfo de Paiva 1251, 9º andar, Leblon, Rio de Janeiro/RJ, CEP 22440-034, ao cargo de Membro Suplente do Conselheiro Martin Eberhard Nelzow, nos termos da Carta de Renúncia por ela apresentada; (ii) diante da renúncia da Sra. Ana Luiza de Figueiredo Brandão Squadri ao cargo de Membro Su-plente do Conselheiro Martin Eberhard Nelzow, fica eleito para o mandato em curso, o Sr. Luiz Paulo Boueri de Berredo, brasileiro, solteiro, economista, RG nº 279796833 Detran/RJ, CPF/MF nº 154.505.497-50, residente e domiciliado no Rio de Janeiro/RJ, com escritório na Avenida Ataulfo de Paiva 1251, 9º andar, Leblon, Rio de Janei-ro/RJ, CEP 22440-034, investido no cargo na presente data, mediante assinatura do Termo de Posse; e (iii) a eleição dos seguintes membros para compor o Conselho de Administração, para um mandato unificado de 1 ano, iniciando em 14/03/2021: a. Zanone Alves de Carvalho, brasileiro, casado, médico, RG nº 19.099.2614715 SSP/GO, CPF/MF nº 002.867.371-91, residente e domiciliado em Goiânia/GO, Brasil, com escritório na Rodovia BR 153, km 3, s/n, Chácara Retiro, CEP 74.775-027, Goiânia/GO, Brasil, para o cargo de Presidente do Conselho de Administração; b. Marcelo Hudik Furtado de Albuquerque, brasileiro, casado, administrador de empresas, RG nº 11.605.282-0 Instituto Félix Pacheco/RJ, CPF/MF nº 025.989.187-89, residente e domiciliado no Rio de Janeiro/RJ, com escritório na Avenida Ataulfo de Paiva, nº 1.251, 9º e 10º andares, Leblon, CEP: 22440-034, para o cargo de Vice-Presidente do Conselho de Administração; c. Carmen Lúcia Reis Perillo de Cássia, brasileira, casada, administradora de empresas, RG nº 443716 SSP-GO, CPF/MF nº 137.136.391-91, residente e domiciliada em Goiânia/GO, Brasil, com escritório na Rodovia BR 153, km 3, s/n, Chácara Retiro, CEP 74.775-027, Goiânia/GO, Brasil, para o cargo de Membro do Conselho de Administração; d. Danielle Oliveira de Carvalho Moreira, brasi-leira, casada, farmacêutica bioquímica, RG nº 2050268 SPTC-GO, 2º via, CPF/MF nº 648.322.601-20, residente e domiciliada em Goiânia/GO, Brasil, com escritório na Rodovia BR 153, km 3, s/n, Chácara Retiro, CEP 74.775-027, Goiânia/GO, Brasil, para o cargo de Membro do Conselho de Administração; e. Eva Maria Perillo Cardoso, bra-sileira, casada, empresária, RG nº 248.139 DGPC/GO, CPF/MF nº 188.433.011-87, residente e domiciliada em Goiânia/GO, Brasil, com escritório na Rodovia BR 153, km 3, s/n, Chácara Retiro, CEP 74.775-027, para o cargo de Membro do Conselho de Administração; f. Martin Eberhard Nelzow, brasileiro, casado, administrador de em-presas, RG nº 11.453.558 SSP/SP, CPF nº 048.032.788-22, residente e domiciliado na Rua Barão de Santa Eulá-lia, nº 400, apto 21, Real Parque, São Paulo/SP, CEP: 05685-090, para o cargo de Membro do Conselho de Admi-nistração; e g. Luiz Paulo Boueri de Berredo, brasileiro, solteiro, economista, RG nº 279796833 Detran/RJ, CPF/MF nº 154.505.497-50, residente e domiciliado no Rio de Janeiro/RJ, com escritório na Avenida Ataulfo de Paiva 1251, 9º andar, Leblon, Rio de Janeiro/RJ, CEP 22440-034, para o cargo de Membro Suplente do Conselheiro Martin Eberhard Nelzow. Os membros do Conselho de Administração não terão direito de receber remuneração, porém suas despesas razoáveis com viagens decorrentes do cumprimento de suas atividades e funções serão reembolsadas pela Companhia. (iv) O aumento de capital social em R$ 399.432,32, passando dos atuais R$ 156.087.499,12 para R$ 156.486.931,44, diante da (a) incorporação da parcela do lucro líquido no valor de R$ 47.812,56, decorrente da subvenção da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE, desti-nada originalmente para a Isofarma Industrial Farmacêutica Ltda., anteriormente inscrita no CNPJ nº 02.281.006/0001-00, incorporada pela Companhia em 01/12/2017, constante anteriormente na reserva de in-centivos fiscais do ano-calendário 2015; e (b) incorporação da parcela do lucro líquido no valor de R$ 351.619,76, decorrente da subvenção da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE, destinada original-mente para a Isofarma Industrial Farmacêutica Ltda., anteriormente inscrita no CNPJ nº 02.281.006/0001-00, incorporada pela Companhia em 01/12/2017, constante anteriormente na reserva de incentivos fiscais do ano--calendário 2016. (v) A consequente alteração do caput do artigo 5º do Estatuto Social, que passa a ter a seguin-te redação: “Artigo 5º - O capital social da Companhia, totalmente subscrito e integralizado, é de R$ 156.486.931,44, dividido em 84.192.712 ações, todas nominativas e sem valor nominal, das quais 61.039.716 são ações ordinárias e 23.152.996 são ações preferenciais.” (vi) A reformulação e consolidação do Estatuto Social, já refletindo as alte-rações acima deliberadas, passando a vigorar com a redação constante no Anexo I da presente ata. Os adminis-tradores da Companhia estão autorizados a tomar todas as medidas necessárias para o cumprimento das delibe-rações ora aprovadas. Encerramento: Oferecida a palavra a quem dela quisesse fazer uso e, como ninguém se manifestou, foram encerrados os trabalhos e suspensa a reunião pelo tempo necessário à lavratura desta, a qual, após ter sido reaberta a sessão, foi lida, achada conforme, aprovada e assinada, nos termos do artigo 130, §1º da Lei 6.404/76. A presente ata é cópia fiel da original, lavrada em livro próprio. Goiânia/GO, 02/02/2021. Mesa: Za-none Alves de Carvalho - Presidente da Mesa; Marcelo Hudik Furtado de Albuquerque - Secretário da Mesa. [Assinaturas continuam na página seguinte] [Página de assinaturas da Assembleia Geral Extraordinária da Halex Istar Indústria Farmacêutica S.A., realizada em 02/02/2021] Acionistas: Carmen Lúcia Reis Perillo de Cássia; Eva Maria Perillo Cardoso; Marcelo Reis Perillo; Maria Augusta Reis Perillo; JMDZ Participações Ltda. - Zanone Alves de Carvalho; Cascadura Participações S.A. - arcelo Hudik Furtado de Albuquerque, Ana Luiza de Figueiredo Brandão Squadri. JUCEG certifico o Registro sob nº 20215008715 em 07/04/2021. Protocolo: 215008715 de 03/02/2021. Paula Nunes Lobo Veloso Rossi - Secretária-Geral.Estatuto Social - Capítulo I - Da Denominação, Sede, Objeto e Duração - Artigo 1º - A Halex Istar Indústria Farmacêutica S.A. (“Companhia”) é uma sociedade por ações regida por este Estatuto Social, pela Lei nº 6.404 de 15/12/1976, conforme alterada (“LSA”) e pelas demais disposições legais que lhe forem aplicáveis. Artigo 2º - A Companhia tem sede e foro em Goiânia/GO, na BR 153, Km 3, s/n, Chácara Retiro, Zona Urbana, CEP 74775-027, Goiânia/GO, com Filiais localizadas em Eusébio/CE, na Rua Manoel Mavignier, nº 5000, Sala A, Precabura, CEP 61.760-000, CNPJ nº 01.571.702/0008-64; São Paulo/SP, na Rua dos Botocudos, nº 90/96, Vila Anastácio, Lapa, CEP 05093-030, CNPJ nº 01.571.702/0002-79 e; São Paulo/SP, na Rua Lavandisca, nº 777, Conjunto 32, 3º andar, Edifício Lavandisca, CEP 04515-011. A Companhia poderá, por deliberação do Conselho de Administração, abrir e encerrar filiais, sucursais, agências, escritórios ou representações em qualquer localidade do País ou do exterior. Artigo 3º - A Companhia tem por objeto social (i) a industrialização, própria ou para terceiros, comércio por ataca-do ou varejo, importação, exportação, representação por conta própria de medicamentos, produtos farmacêuticos, produtos médicos, produtos cosmetológicos, produtos de uso hospitalar, produtos para a saúde, soluções injetá-veis em geral, soluções parenterais de grande e pequeno volume, antibióticos em geral, antissépticos hospitalares, desinfetantes, bactericidas, bacteriostáticos, saneantes, medicamentos sólidos, semissólidos, líquidos, produtos químicos, produtos plásticos, produtos farmacêuticos em geral, materiais cirúrgicos, produtos farmoquímicos, nu-tricionais, alimentação enteral, nutrição parenteral, sistemas de coleta, fracionamento, armazenamento e transfu-são de sangue, produtos domissanitários e medicamentos para o uso veterinário, embalagens, produtos previstos na Portaria nº 344 de maio de 2008, editada pela ANVISA, suas alterações e atos relacionais e, ainda, cefalospo-rínicos, penicilâmicos, oncológicos, biológicos e carbapenêmicos podendo ainda armazenar, distribuir, embalar, reembalar e comercializar, por atacado ou varejo, produtos próprios ou de terceiros acima referidos; (ii) a presta-ção de serviços de transporte rodoviário por conta própria ou de terceiros; (iii) prestação de serviços de manuten-ção de equipamentos hospitalares e laboratoriais de terceiros; (iv) a prestação de serviços de instalação, manu-tenção e conserto de medidas materializadas e instrumento de medir; (v) a exploração de atividade de guarda e conservação de mercadorias e gêneros pertencentes a terceiros; (vi) a participação no capital social de outras sociedade como quotista ou acionista; e (vii) serviços combinados de escritório e apoio administrativo. Artigo 4º - A Companhia terá prazo indeterminado de duração. Capítulo II - Do Capital Social - Artigo 5º - O capital social da Companhia, totalmente subscrito e integralizado, é de R$ 156.486.931,44, dividido em 84.192.712 ações, todas nominativas e sem valor nominal, das quais 61.039.716 são ações ordinárias e 23.152.996 são ações preferen-ciais. § 1º - Cada ação confere ao seu titular o direito a um voto nas Assembleias Gerais da Companhia, cujas deliberações serão tomadas na forma deste Estatuto Social, observado o disposto no Acordo de Acionistas da Companhia arquivado na sede social (“Acordo de Acionistas”) e da legislação aplicável. § 2º - Todos os acionistas terão direito de preferência na subscrição de novas ações, na forma da lei, no prazo que for fixado pela Assembleia Geral que deliberar sobre a respectiva emissão de ações. § 3º - É vedada a emissão pela Companhia de partes beneficiárias. § 4º - As ações preferenciais gozarão dos seguintes direitos e preferências, sem prejuízo de outros dispositivos deste Estatuto Social ou do Acordo de Acionistas: (i) direito de voto, em igualdade de condições com as ações ordinárias da Companhia, de modo que cada ação, de qualquer classe ou espécie, tenha direito a um voto; (ii) preferência a todas as demais classes ou espécies de ações do capital social da Companhia no que diz respeito à liquidação; (iii) direito a todos os dividendos declarados pagáveis às ações ordinárias da Companhia, em dinheiro ou não; (iv) os acionistas detentores de ações preferenciais poderão solicitar a conversão de uma ou mais ações de que forem titulares em ações ordinárias, de acordo com as regras específicas do Acordo de Acio-nistas; e (v) quaisquer outros direitos que sejam atribuídos no Acordo de Acionistas. Artigo 6º - A Companhia está autorizada a aumentar seu capital social em até R$ 100.000.000,00, exclusivamente para viabilizar o exercício de bônus de subscrição emitido pela Companhia, mediante a emissão de ações preferenciais, nominativas e sem valor nominal, de acordo com os termos do respectivo bônus de subscrição, independentemente de reforma esta-tutária, mediante deliberação do Conselho de Administração. Capítulo III - Da Assembleia Geral de Acionistas - Artigo 7º - A Assembleia Geral reunir-se-á, ordinariamente, dentro dos 4 meses seguintes ao término de cada exercício social para deliberar sobre as matérias do artigo 132 da Lei das Sociedade por Ações e, extraordinaria-mente, sempre que os interesses sociais o exigirem. § 1º - As Assembleias Gerais serão convocadas pelo Presi-dente do Conselho de Administração ou pelo Vice-Presidente do Conselho de Administração, sendo facultado a qualquer acionista solicitar ao Presidente do Conselho de Administração ou ao Vice-Presidente do Conselho de Administração a convocação de Assembleia Geral de Acionistas para tratar de tema de interesse da Companhia, ou de outra forma conforme contemplado pela LSA. A não convocação, pelo Presidente do Conselho de Adminis-tração ou pelo Vice-Presidente do Conselho de Administração, de assembleias solicitadas por qualquer Acionista em até 5 dias consecutivos contados da data de recebimento da solicitação pertinente, permitirá a tal Acionista convocar a assembleia aplicável. As Assembleias Gerais de acionistas serão presididas pelo Presidente do Con-selho ou, na ausência deste, pelo Vice-Presidente do Conselho, ou, na falta destes, por outro conselheiro indicado pela maioria do capital social presente, sendo secretariadas por pessoa indicada pelo Presidente da Assembleia Geral. § 2º - Sem prejuízo do cumprimento das demais formalidades legais, o Presidente ou o Vice-Presidente do Conselho de Administração convocará a Assembleia com prazo mínimo de 8 dias de antecedência em primeira convocação, e prazo mínimo de 5 dias e máximo de 15 dias em segunda convocação, por meio de comunicação escrita enviada aos acionistas, nos termos do Acordo de Acionistas. § 3º - As Assembleias Gerais somente se instalarão (i) em primeira convocação, com a presença de Acionistas representando pelo menos 2/3 do capital votante; e (ii) em segunda convocação, com a presença de qualquer número de Acionistas. § 4º - Independente-mente das formalidades legais de convocação para Assembleias Gerais, será considerada regularmente convoca-da a Assembleia Geral à qual comparecerem todos os acionistas da Companhia. Artigo 8º - As deliberações da Assembleia Geral, ressalvadas as hipóteses previstas na LSA, neste Estatuto Social e no Acordo de Acionistas, serão tomadas por maioria dos votos dos acionistas presentes, não se computando os votos em branco. § Único - Compete à Assembleia Geral deliberar privativamente sobre as matérias abaixo listadas, as quais exigirão sem-pre a aprovação de pelo menos 3/4 do capital social votante, observado o disposto no Acordo de Acionistas: (i) redução de capital; (ii) emissão de títulos de dívida, debêntures ou quaisquer outros títulos pela Companhia, conversível ou não em ações; (iii) aumento de capital; (iv) admissão de novos acionistas ou sócios nas controladas da Companhia; (v) emissão de ações de qualquer classe, mudança nas características, direitos e privilégios das ações de emissão da Companhia; (vi) grupamento, desdobramento, conversão, resgate, reembolso, amortização ou recompra de ações ou de quaisquer valores mobiliários conversíveis em ações, ou mudanças nas condições aplicáveis a resgate, amortização ou recompra de ações ou valores mobiliários conversíveis em ações; (vii) qual-quer incorporação, incorporação de ações, transformação, fusão, cisão, conferência (drop down) de ativos e pas-sivos envolvendo a Companhia e qualquer forma de reorganização societária; (viii) alteração do dividendo obriga-tório previsto no Estatuto Social, distribuição de dividendos em um valor inferior ao dividendo obrigatório previsto no Estatuto Social e alteração das disposições a respeito da política de dividendos da Companhia prevista no Estatuto Social; (ix) definição da remuneração global anual do Conselho de Administração e dos membros da Di-retoria e das suas controladas; (x) dissolução, processo de reorganização judicial ou extrajudicial, atos voluntários de reorganização financeira, falência, liquidação ou extinção, bem como eleição e destituição de liquidantes, julga-mento de suas contas e partilha do acervo social em caso de liquidação; (xi) aprovação das contas anuais da Companhia apresentadas pela Diretoria ao Conselho de Administração; (xii) alterações de qualquer disposição do Estatuto Social; (xiii) aprovação ou modificação de qualquer plano de opção de compra de ações; e (xiv) aprovação da oferta pública inicial da Companhia, de qualquer participação societária ou títulos de dívida conversíveis. Artigo 9º - As deliberações tomadas em Assembleia Geral serão lavradas sob a forma de ata sumária, nos termos da LSA, que vinculará todos os acionistas, presentes ou ausentes, para todos os efeitos de direito, obrigando os ad-ministradores da Companhia, que deverão seguir estritamente as deliberações tomadas em Assembleia Geral. Capítulo IV - Da Administração - Artigo 10 - A Companhia será administrada por um Conselho de Administração e por uma Diretoria, com os poderes conferidos pela LSA e de acordo com as disposições do presente Estatuto Social e do Acordo de Acionistas. § 1º - Os membros do Conselho de Administração e da Diretoria tomarão posse mediante assinatura do respectivo termo de posse nos livros de Atas das RCA e da Diretoria, respectivamente. § 2º - Os membros dos órgãos da administração deverão observar, no que for aplicável, as disposições do Acordo de Acionistas, e não serão computados os votos proferidos nas reuniões dos órgãos de administração em violação ao disposto no Acordo de Acionistas. Artigo 11 - A remuneração global do Conselho de Administração e da Dire-toria será fixada anualmente pela Assembleia Geral, cabendo ao Conselho de Administração deliberar sobre a respectiva distribuição individual. Capítulo V - Conselho de Administração - Artigo 12 - O Conselho de Adminis-tração será composto por, no mínimo, 3 e, no máximo, 6 membros e por até o mesmo número de suplentes, acionistas ou não, residentes ou não no Brasil, eleitos pela Assembleia Geral e por ela destituíveis a qualquer tempo, observadas as regras específicas estabelecidas no Acordo de Acionistas. A Assembleia Geral, quando da eleição dos membros do Conselho de Administração, deverá designar o Presidente e o Vice-Presidente do Con-selho de Administração, observadas as regras específicas estabelecidas em Acordo de Acionistas. § 1º - O man-dato dos membros do Conselho de Administração será unificado de 1 ano, sendo permitida a reeleição. Os mem-bros do Conselho de Administração permanecerão no exercício de seus cargos até a eleição e posse de seus sucessores. § 2º - Em caso de renúncia ou impedimento permanente de qualquer membro do Conselho de Admi-nistração durante o prazo de gestão para o qual foi eleito, o Presidente do Conselho de Administração ou o Vice--Presidente do Conselho de Administração deverão convocar Assembleia Geral, no prazo de até 5 dias úteis contados do recebimento de notificação escrita de qualquer acionista ou administrador, para eleger seu substituto que completará o prazo de gestão em curso, observadas as regras específicas estabelecidas em Acordo de Acio-nistas. Artigo 13 - O Presidente ou o Vice-Presidente do Conselho de Administração deverá convocar as RCA, por iniciativa própria ou mediante solicitação por escrito de quaisquer dois membros do Conselho de Administração. A não convocação por parte do Presidente ou do Vice-Presidente do Conselho de qualquer reunião solicitada por qualquer membro do Conselho de Administração em até 5 dias consecutivos da data de recebimento da solicita-ção por qualquer membro do Conselho de Administração possibilita que qualquer outro membro do Conselho de Administração convoque a reunião solicitada. § 1º - Para a instalação das RCA, deve ser observado o quórum de instalação estabelecido no Acordo de Acionistas. § 2º - Independentemente das formalidades previstas neste Ar-tigo, será considerada regular a reunião a que comparecerem todos os Conselheiros por si ou que tenham nomea-do outro membro do Conselho de Administração para votar em seu nome. § 3º - As RCA serão presididas pelo Presidente do Conselho de Administração e secretariadas por quem ele indicar. No caso de ausência do Presiden-te do Conselho de Administração, as reuniões serão presididas pelo Vice-Presidente do Conselho de Administra-ção e, na ausência deste, por Conselheiro escolhido por maioria dos votos dos demais membros do Conselho de Administração presentes, cabendo ao presidente da reunião indicar o secretário. § 4º - No caso de ausência ou impedimento temporário de qualquer membro do Conselho de Administração durante o prazo de gestão para o qual foi eleito, o Conselheiro ausente ou temporariamente impedido poderá nomear outro membro do Conselho de Administração, mediante procuração, para que este vote em seu nome nas RCA. Artigo 14 - As RCA serão reali-

zadas na sede da Companhia, salvo se de outra forma previamente aprovado por todos os membros do Conselho de Administração, sendo permitido aos membros do Conselho de Administração participar das reuniões por meio de vídeo conferência ou conferência telefônica, desde que todos os participantes possam ser claramente identifi-cados, caso em que a reunião será considerada realizada no local onde estiver o presidente da respectiva reunião. No caso de participação remota, referido membro do Conselho de Administração deverá até o término da reunião havida, confirmar seu voto por meio de correio eletrônico, que identifique de forma inequívoca o remetente, deven-do posteriormente, dentro do prazo máximo de 10 dias úteis, assinar a correspondente ata da reunião lavrada em livro próprio. § Único - Ao término da reunião, deverá ser lavrada ata, a qual deverá ser assinada por todos os Conselheiros presentes à reunião, e posteriormente transcrita no livro de Atas das RCA. Artigo 15 - Observado o disposto no Acordo de Acionistas da Companhia, as deliberações do Conselho de Administração serão tomadas mediante o voto favorável da maioria simples dos membros presentes à respectiva reunião. O Presidente do Con-selho de Administração terá o voto de minerva em caso de empate nas deliberações do órgão, exceto com relação às matérias listadas no § 1º do Artigo 16. Artigo 16 - Sem prejuízo das demais matérias que lhe são atribuídas por lei ou no § 1º abaixo, competirá de forma exclusiva ao Conselho de Administração deliberar acerca das matérias listadas abaixo: (i) estabelecimento das diretrizes estratégicas gerais da Companhia, ressalvado, contudo, que a Diretoria será responsável por todas as decisões a respeito das atividades diárias da Companhia; (ii) fiscalização da gestão dos diretores da Companhia, podendo, para tanto, a qualquer tempo, examinar os livros e papéis da Companhia, solicitar informações sobre contratos celebrados ou em via de celebração, e quaisquer outros atos da Companhia; (iii) manifestação a respeito do relatório da administração e das contas da Diretoria; (iv) eleição dos diretores da Companhia, observadas as regras específicas no Acordo de Acionistas; (v) aprovação da contratação de qualquer empregado ou administrador cujo valor total de contratação, somados salários, bonificações e quais-quer benefícios, seja superior a R$400.000,00 e inferior a R$ 1.000.000,00 por ano (desconsiderados quaisquer encargos trabalhistas), exceto se previsto no orçamento anual da Companhia; e (vi) aprovação da contratação de qualquer prestador de serviço cujo valor total de contratação seja superior a R$ 500.000,00 e inferior a R$1.300.000,00 por ano, exceto se previsto no orçamento anual da Companhia. § 1º - As seguintes matérias so-mente poderão ser aprovadas com observância ao quórum indicado no Acordo de Acionistas: (i) aprovação de distribuição de dividendos intermediários, intercalares e/ou juros sobre capital próprio pela Companhia, ad referen-dum da Assembleia Geral; (ii) destituição de qualquer diretor da Companhia; (iii) eleição de diretores ou contrata-ção de empregados da Companhia que sejam partes relacionadas dos Acionistas; (iv) aprovação de assunção de qualquer obrigação de não concorrência que vincule a Companhia; (v) apresentação de propostas para destinação dos lucros da Companhia e para alteração do Estatuto Social, desde que não seja observado o dividendo mínimo obrigatório; (vi) aprovação de quaisquer planos de incentivo de longo prazo para funcionários da Companhia, ex-ceto se previsto no orçamento anual da Companhia, os quais serão considerados previamente aprovadas; (vii) aprovação do plano de negócios, do orçamento anual, planejamento comercial e operacional anual da Com-panhia, bem como as diretrizes de gestão operacional da Companhia, conforme preparados e recomendados pela Diretoria, e suas modificações relevantes; (viii) celebração, participação e alteração de qualquer instrumento ou rescisão de qualquer operação com partes relacionadas, incluindo o contrato de locação celebrado entre a Com-panhia e CP3 Participações Ltda., com sede na Rua Dona Yara Azevedo Malta de Sa, nº 103, Quadra 26, Lote 05, Sala 02, Conjunto Palmares, CEP 74.775-024, Goiânia/GO, CNPJ/MF sob o n. 23.994.088/0001-00, exceto se previsto no orçamento anual da Companhia; (ix) escolha ou substituição do auditor independente; (x) constituição de sociedade, aquisição, alienação ou oneração pela Companhia de participação no capital social de outras socie-dades, associações e/ou joint ventures, bem como a criação de quaisquer parcerias, consórcios, joint ventures ou associações similares relevantes com terceiro(s), exceto se previsto no orçamento anual da Companhia; (xi) apro-vação de quaisquer operações de natureza financeira, tais como empréstimos, financiamentos, linhas de crédito, emissão de instrumentos de dívida, instrumentos de crédito para a captação de recursos, sejam “bonds”, “notes”, “commercial papers”, debêntures ou endividamentos de qualquer natureza, bem como eventuais modificações de tais operações que resultem em maior endividamento ou que as tornem mais onerosas para a Companhia, em qualquer caso cujos valores (a) superem a quantia equivalente a 10% do EBITDA da Companhia no exercício social imediatamente anterior (considerado o ato isoladamente ou um conjunto de atos de mesma natureza reali-zados num mesmo exercício social) ou (b) façam com que o endividamento da Companhia supere uma vez e meia o EBITDA da Companhia no exercício social imediatamente anterior; exceto se previsto no orçamento anual da Companhia; (xii) aprovação da realização de qualquer despesa pela Companhia, cujo valor supere a quantia equivalente a 1% do orçamento anual da Companhia para o exercício social em questão (considerado o ato isola-damente ou um conjunto de atos de mesma natureza realizados num mesmo exercício social), exceto se previsto no orçamento anual da Companhia; (xiii) outorga de garantias de qualquer natureza a terceiros, incluindo a con-cessão, pela Companhia, de avais, fiança ou outras garantias, exceto se previsto no orçamento anual da Compa-nhia; (xiv) concessão de empréstimos a terceiros, exceto se previsto no orçamento anual da Companhia; (xv) rea-lização pela Companhia de qualquer investimento em valor superior a R$3.000.000,00 (considerado o ato isoladamente ou um conjunto de atos de mesma natureza realizados num mesmo exercício social), desenvolvi-mento de novos projetos pela Companhia em novos negócios e novas linhas de atividade e compra e venda de bens integrantes do ativo em valor superior a R$3.000.000,00 (considerado o ato isoladamente ou um conjunto de atos de mesma natureza realizados num mesmo exercício social), exceto se previsto no orçamento anual da Companhia; (xvi) venda, transferência, constituição de quaisquer ônus ou outra forma de alienação ou oneração, pela Companhia, de ativos intangíveis, incluindo direitos de propriedade intelectual; (xvii) venda, transferência, constituição de quaisquer ônus ou outra forma de alienação ou oneração, pela Companhia, de ativos tangíveis em valor superior a R$ 100.000,00 (considerado o ato isoladamente ou um conjunto de atos de mesma natureza realizados num mesmo exercício social), exceto se previsto no orçamento anual da Companhia; (xviii) aprovação da contratação de qualquer empregado ou administrador cujo valor total de contratação, somados salários, bonifi-cações e quaisquer benefícios, seja igual ou superior a R$1.000.000,00 por ano (desconsiderados quaisquer en-cargos trabalhistas), exceto se previsto no orçamento anual da Companhia; (xix) aprovação da contratação de qualquer prestador de serviço cujo valor total de contratação seja superior a R$1.300.000,00 por ano, exceto se previsto no orçamento anual da Companhia; (xx) aprovação de aumentos de capital dentro do limite do capital autorizado; (xxi) distribuição desproporcional de lucros em qualquer controlada da Companhia; (xxii) aprovação de criação e/ou extinção de comitês técnicos ou consultivos para assessorar o Conselho de Administração na admi-nistração da Companhia, bem como a aprovação e alteração dos respectivos regulamentos; (xxiii) mudança nos princípios ou políticas contábeis ou fiscais relacionadas às demonstrações financeiras da Companhia e suas controladas, exceto conforme exigidas pelos princípios ou regulamentos contábeis brasileiros geralmente aceitos no Brasil; e (xxiv) rescisão ou alteração do contrato de administração celebrado entre a Companhia e o diretor presidente da Companhia. § 2º - Os valores previstos neste Artigo 16 serão corrigidos anualmente, no mês de fe-vereiro, pela variação positiva do IPCA no exercício anterior. Capítulo VI - Diretoria - Artigo 17 - A Diretoria será composta por até 4 diretores, acionistas ou não, residentes no país, eleitos e destituíveis pelo Conselho de Admi-nistração, com mandato de 1 ano, permitida a reeleição, sendo 1 Diretor Presidente, 1 Diretor Financeiro e os outros sem designação específica ou com designação estabelecida na eleição. § 1º - Os membros da Diretoria permanecerão no exercício de seus cargos até a eleição e posse de seus sucessores. § 2º - Os Diretores ficarão dispensados de prestar caução. § 3º - Na ausência ou impedimento permanente de qualquer dos Diretores, seu substituto será nomeado em Reunião do Conselho de Administração a ser realizada no prazo de 30 dias após o evento que der causa a tal vacância, com o objetivo de eleger o novo Diretor, que completará o prazo do mandato em curso, observadas as regras específicas estabelecidas no Acordo de Acionistas. Artigo 18 - Compete aos Di-retores a administração dos negócios sociais em geral e a prática, para tanto, de todos os atos necessários ou convenientes, ressalvados aqueles para os quais seja, por lei, pelo presente Estatuto Social ou pelo Acordo de Acionistas, exigida a aprovação dos acionistas em Assembleia Geral ou do Conselho de Administração. Artigo 19 - Observado o disposto neste Estatuto Social e no Acordo de Acionistas da Companhia, a Diretoria reunir-se-á sempre que assim exigirem os negócios sociais, e somente se instalará com presença da maioria dos Diretores em exercício. § 1º - As reuniões de Diretoria serão convocadas por qualquer de seus membros, com antecedência mínima de 48 horas, e suas deliberações serão tomadas pela maioria de seus membros. As reuniões de Diretoria serão presididas pelo Diretor Presidente, ou, na sua ausência, pelo Diretor Financeiro ou por outro Diretor confor-me deliberado pela maioria dos presentes. § 2º - Ao término da reunião, deverá ser lavrada ata, a qual deverá ser assinada por todos os Diretores presentes à reunião e transcrita no Livro de Registro de Atas das Reuniões da Diretoria. Artigo 20 - A Companhia será representada, em juízo ou fora dele, ativa ou passivamente, perante quaisquer terceiros, (a) por quaisquer 2 diretores, agindo em conjunto; ou (b) por um diretor, em conjunto com 1 procurador devidamente constituído e com poderes específicos; ou (c) por 1 procurador devidamente constituído e com poderes específicos. Artigo 21 - As procurações serão outorgadas pela Companhia desde que representa-da na forma da alínea (a) acima. As procurações deverão especificar os poderes conferidos e, com exceção da-quelas para fins judiciais, deverão ter um período máximo de validade de 1 ano. Artigo 22 - São expressamente vedados, sendo nulos e inoperantes com relação à Companhia, os atos de qualquer Diretor ou procurador que a envolverem em obrigações relativas a negócios ou operações estranhas ao objeto social, tais como fianças, avais, endossos, ou quaisquer garantias em favor de terceiros, exceto se previamente aprovados pela Assembleia Geral ou pelo Conselho de Administração, nos termos do presente Estatuto Social. Capítulo VII - Conselho Fiscal - Artigo 23 - O Conselho Fiscal somente será instalado nos exercícios sociais em que for convocado mediante de-liberação da Assembleia Geral, nos termos da legislação aplicável. § 1º - O Conselho Fiscal, quando instalado, será composto nos termos da LSA. § 2º - A remuneração dos membros do Conselho Fiscal será estabelecida pela Assembleia Geral de Acionistas que instalar o Conselho Fiscal e eleger seus membros. Capítulo VIII - Exercício Social, Demonstrações Financeiras e Distribuição dos Resultados - Artigo 24 - O exercício social terá início em 1º de janeiro e encerrar-se-á em 31/12/cada ano. Ao final de cada exercício social deverá ser preparado um balanço geral, bem como as demais demonstrações financeiras, observadas as disposições legais vigentes e as disposições deste Estatuto Social. § Único - As demonstrações financeiras da Companhia deverão ser auditadas por auditor independente registrado na Comissão de Valores Mobiliários. Artigo 25 - A Companhia distribuirá anualmente 25% do lucro líquido apurado em cada ano, ajustado na forma do artigo 202 da LSA. Artigo 26 - A Companhia poderá, a qualquer tempo, levantar balancetes em cumprimento a requisitos legais ou para atender a interesses societários, inclusive para a distribuição de dividendos intercalares ou intermediários, por deliberação do Conselho de Administração. § Único - A Companhia poderá levantar balanços semestrais, trimestrais ou em períodos inferiores, podendo com base neles declarar, por deliberação do Conselho de Administração, ad referen-dum da Assembleia Geral, dividendos intermediários e intercalares e, ainda, o crédito de juros sobre capital pró-prio. Os dividendos intermediários e intercalares, bem como os juros sobre capital próprio previstos neste artigo poderão ser imputados ao dividendo mínimo obrigatório. Capítulo IX - Dissolução, Liquidação e Extinção - Ar-tigo 27 - Companhia entrará em dissolução, liquidação e extinção, nos casos previstos em lei, competindo à As-sembleia Geral de Acionistas a eleição e destituição de liquidantes. Capítulo X - Solução de Conflitos - Artigo 28 - Os acionistas e a Companhia se comprometem a envidar seus melhores esforços para resolver amigavelmen-te e por mútuo acordo, no prazo de 30 dias, qualquer conflito, controvérsia ou reclamação decorrente deste Esta-tuto Social ou do Acordo de Acionistas ou a eles referentes, inclusive quanto a sua existência, validade, eficácia, interpretação, execução e/ou rescisão, envolvendo quaisquer dos acionistas e/ou a Companhia (“Conflito”). A qualquer tempo, caso não seja possível chegar a um acordo mútuo, o Conflito deverá ser submetido e resolvido por arbitragem, administrada pela Câmara de Comércio Brasil-Canadá (“CAM-CCBC”), nos termos do seu Regu-lamento de Arbitragem (“Regulamento”). § 1º. O tribunal arbitral será composto por 3 árbitros, sendo um nomeado pela(s) requerente(s), e um pela(s) requerida(s). O terceiro, que atuará como presidente, será escolhido pelos dois árbitros nomeados pelas partes da arbitragem, no prazo de 15 dias a contar do recebimento pela CAM-CCBC da aceitação do encargo pelo último árbitro. Caso qualquer das partes da arbitragem deixe de nomear um árbitro ou os árbitros nomeados pelas partes sejam incapazes de designar o terceiro árbitro, este será nomeado no período subsequente de 15 dias, de acordo com o Regulamento. § 2º. Na hipótese de procedimentos arbitrais envolvendo 3 ou mais partes em que estas não possam ser reunidas em blocos de requerentes e requeridas, todas as partes da arbitragem, em conjunto, nomearão dois árbitros dentro de 15 dias a partir do recebimento pelas partes da úl-tima notificação da CAM-CCBC nesse sentido. O terceiro árbitro, que atuará como presidente do tribunal arbitral, será escolhido pelos árbitros nomeados pelas partes da arbitragem dentro de 15 dias a partir da aceitação do encargo pelo último árbitro ou, caso isso não seja possível por qualquer motivo, pelo Presidente da CAM-CCBC de acordo com o Regulamento. Caso as partes não nomeiem conjuntamente os 2 árbitros, todos os membros do tribunal arbitral serão nomeados pelo Presidente do CAM-CCBC, de acordo com o Regulamento, que designará um deles para atuar como presidente. § 3º. A Companhia não nomeará árbitros, mas participará da arbitragem para garantir o cumprimento das decisões do tribunal arbitral. § 4º. A sede da arbitragem será em São Paulo/SP, Brasil, local onde a sentença arbitral também será emitida. O idioma oficial do procedimento de arbitragem será o português, sendo a sentença arbitral também ser processada nesse idioma, devendo ser observado, no entanto, que (i) os documentos apresentados ao tribunal arbitral podem estar no idioma original, nas versões em português ou inglês, e (ii) todos os depoimentos, pareceres, testemunhos e outras declarações verbais poderão ser forneci-dos em inglês ou português. A arbitragem, bem como todos os documentos e informações nela divulgados estarão sujeitos à confidencialidade e deverão ser mantidos em sigilo. § 5º. Antes da constituição do tribunal arbitral, os acionistas e/ou a Companhia poderão pleitear medidas cautelares e de urgência ao Poder Judiciário. Após a sua constituição, todas as medidas cautelares e/ou de urgência deverão ser pleiteadas diretamente ao tribunal arbitral, podendo este manter, revogar ou modificar tais medidas anteriormente concedidas pelo Poder Judiciário. § 6º. Pe-didos de tutela de urgência e ações de cumprimento de sentença arbitral, quando aplicáveis, poderão ser pleitea-dos, à escolha do interessado, (i) na comarca onde estejam o domicílio ou os bens de qualquer das partes; ou (ii) na comarca de São Paulo/SP. Para quaisquer outras medidas judiciais permitidas pela Lei 9.307/96, fica desde já eleita exclusivamente a comarca de São Paulo/SP. O requerimento de qualquer medida judicial não será conside-rado uma renúncia aos direitos previstos nesta cláusula ou à arbitragem como o único método de solução de Conflito. § 7º. A sentença arbitral deverá ser proferida de acordo com o Direito Brasileiro, ficando desde já vedado ao tribunal arbitral decidir quaisquer disputas por equidade. As decisões do tribunal arbitral serão finais e vinculan-tes entre os acionistas, a Companhia e seus sucessores a qualquer título. § 8º. Antes da assinatura do termo de arbitragem, a CAM-CCBC poderá consolidar procedimentos arbitrais simultâneos nos termos do Regulamento. Após a assinatura do termo de arbitragem, o tribunal arbitral poderá consolidar procedimentos arbitrais simultâ-neos fundados neste ou em qualquer outro instrumento firmado entre as partes, desde que tais procedimentos digam respeito à mesma relação jurídica e as cláusulas compromissórias sejam compatíveis. A competência para consolidação será do primeiro tribunal arbitral constituído, e sua decisão será vinculante a todas as partes da ar-bitragem. § 9º. Salvo acordo por escrito em contrário, os acionistas deverão continuar a desempenhar diligente-mente seus respectivos deveres e obrigações previstos neste Estatuto Social e no Acordo de Acionistas, enquan-to o procedimento arbitral estiver em curso. § 10º. Os acionistas acordam que a parte vencida deverá arcar com despesas do procedimento arbitral, incluindo, mas não limitadas, às custas administrativas da CAM-CCBC, hono-rários dos árbitros. As partes da arbitragem arcarão com os custos e honorários de seus respectivos advogados e consultores profissionais. Capítulo XI - Disposições Gerais - Artigo 29 - Este Estatuto Social será regido por e interpretado de acordo com as leis da República Federativa do Brasil. Os casos omissos neste Estatuto Social serão resolvidos pela Assembleia Geral e regulados de acordo com o que preceitua a LSA. Artigo 30 - Todos os acionistas da Companhia e a Companhia deverão observar o Acordo de Acionistas arquivado em sua sede, deven-do a Diretoria abster-se de lançar transferências ou onerações de ações a qualquer título, e o presidente da As-sembleia Geral e das RCA deverão abster-se de computar votos contrários aos termos do referido Acordo de Acionistas, conforme o artigo 118 da LSA. Artigo 31 - Mediante pedido, qualquer acionista poderá ter acesso a contratos celebrados pela Companhia com partes relacionadas, qualquer acordo de acionistas arquivado na sede da Companhia e/ou qualquer plano de opções de emissão da Companhia. Artigo 32 - Em caso de abertura de capital, a Companhia deverá aderir a um segmento de listagem especial da Bolsa de Valores, nos termos da Ins-trução CVM 391 de 16/07/2003, conforme alterada. Artigo 33 - Havendo dissonância entre as disposições conti-das neste Estatuto Social e no Acordo de Acionista, deverá prevalecer o quanto disposto no Acordo de Acionistas. Mesa: Zanone Alves de Carvalho - Presidente da Mesa; Marcelo Hudik Furtado de Albuquerque - Secretário da Mesa.

Beleza mais acessívelA cada dia que passa os procedimentos estéticos se tornam mais conhecidos, avançados e populares

Clínicas de estética mais acessíveis à população

DIVULGAÇÃO

Giovana Batista

A cada dia que passa os procedimentos estéticos se tornam mais conhecidos e avan-çados, as mulheres sempre buscam se cuidar para estar bem com sua beleza. Pensando nis-so, a Royal Face que é uma rede de clínicas de estética, nasceu e se concretizou com o obje-tivo de facilitar o acesso a tratamento estético para todos.

Pabline Rodrigues responsável pela uni-dade da Cidade Jardim diz que o motivo que fez ela ser uma franqueada da Royal Face foi a possibilidade de trabalhar com todos os pú-blicos, independente da condição financeira.

A clínica também conta com uma equipe que aposta no tratamento humanizado, que nada mais é que ao invés de utilizar mensa-gens automáticas realizar um atendimento de forma individual, dando mais segurança para o cliente.

Antes da realização de qualquer proce-dimento, todas as clientes passam por uma avaliação gratuita para que uma profissional identifique quais procedimentos devem ser feitos, levando em consideração a idade, res-trições médicas e necessidades reais.

"Às vezes chegam clientes aqui e falam que querem a boca igual a de tal atriz, que querem uma harmonização facial e às vezes elas nem precisam disso. Por isso fazem a avaliação, porque não queremos realizar procedimentos para deixar uma pessoa desproporcional, ou para que depois ela se sinta deformada. Re-alizamos os procedimentos mediante a real necessidade dela, respeitando os seus limi-tes para que fique algo harmonioso”, explica Pabline.

Para ser acessível a todos os públicos, foi desenvolvido um carnê da beleza que permite a divisão do valor dos procedimentos a serem realizados em até 12x no boleto. Por conta de não haver comprometimento no cartão de crédito se torna viável para muitas pessoas.

São mais de 200 franquias espalhadas por todo Brasil e mediante a pandemia por conta da acessibilidade nas formas de pagamento dos procedimentos, mais unidades estão sen-do abertas, desfazendo o mito de que proce-dimentos estéticos são para acesso somente de pessoas com boas condições financeiras.

Projeto promete destravar ferrovias

A aguardada aprovação, pelo Congresso, de um novo regime de operação de ferrovias no Brasil tem potencial para destravar projetos e deslanchar ao menos R$ 25 bilhões em investi-mentos. Seriam trechos ferroviários construídos do zero por empresas que têm interesse em ligar novos destinos e baratear o custo do transporte de cargas. O Estadão/Broadcast levantou quatro traçados já discutidos entre o setor e o governo, que podem avançar caso o novo marco legal das ferrovias seja chancelado pelos parlamentares.

A proposta é uma das prioridades do Execu-tivo no Senado. O texto permite que ferrovias se-jam construídas sem um processo concorrencial, mas por meio do regime de autorização. Hoje, a operação do modal por empresas precisa passar por uma licitação, que resulta na concessão. Esse formato continuará existindo, e a escolha do regi-me vai depender do modelo de negócio.

O projeto de lei está em discussão no Senado desde 2018. A previsão é que ele seja aprovado nos próximos meses e siga para análise da Câmara.

SEGUNDA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2021

WWW.DM.COM.BR

6 DM Anápolis

A Pandemia das autoridades infelizes

Irani Inácio de Lima

A fantástica obra mediúnica intitulada “No Rumo do Mun-do de Regeneração,” veio a lume recentemente graças ao lápis fe-nomênico do medianeiro Dival-do Pereira Franco. Da fulgurante lavra de além-tumba de Manoel Philomeno de Miranda, ela é lida refletida e comentada por doutos e estudiosos da Doutrina Espíri-ta.

Atual, contemporânea e es-tribada nos princípios basila-res do Evangelho de Jesus, seu conteúdo revela de forma clara, objetiva e insofismável os vaticí-nios que ora se cumprem na face escura do planeta formoso neste momento tenebroso da grande transição planetária. Muitos são os nossos irmãos de caminhada evolutiva que ainda não enten-dem e não aceitam a preciosa li-ção do sofrimento enviada o orbe pela Misericórdia Divina para en-direitar as veredas daqueles que ao longo da história humana se negaram a aceitar as diretrizes do Cristo. A nossa não é a intenção de, em comentando deslustrar a limpidez do duro, assertivo e irretocável conteúdo desta aler-tadora e veneranda mensagem. Aceitando-a como importante e eficaz ao processo de desperta-mento da consciência humana sentimos que o nosso é o dever impostergável de recomendar a leitura desta obra de inestimável valor histórico e espiritual.

Releva notar que o Anjo Is-mael bíblico e o espírito Ismael inserto na obra Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho, da lavra de Humberto de Campos e psicografada por Francisco Cân-dido Xavier é o mesmo Ismael mensageiro do Cristo Planetário que em evoluindo sempre sobre a égide de Jesus coordena o pro-cesso da grande transição plane-tária que anela instalar no orbe o novo Mundo de Regeneração.

Em carta psicografada por Di-valdo Franco em 05 de janeiro de 2.021 e inserta no capítulo 14 da citada obra de Miranda, Ismael, o mensageiro de Jesus assim se manifesta falando aos irmãos terráqueos encarnados e os que gravitam na psicosfera do plane-ta. Diz textualmente o mentor:

“Filhas e filhos da Terra. Que a paz do Senhor esteja em vossos corações! Conheceis a história da nebulosa de gases incandescen-tes da qual surgiu o nosso Siste-ma Solar. Sabemos como a Divi-na Providência manipulou estas forças gasosas e construiu o nos-so amado planeta, acalmando as convulsões contínuas da massa em ebulição e adornou-lhe a su-perfície com a incomum e majes-tosa beleza, bem com acalmou os seus oceanos, mares e todas as

águas, a fim de que a vida sobre-pujasse os difíceis e complexos fatores ambientais. Surgiram os astros que passaram a iluminar as suas trevas, e o céu transpa-rente e azul apareceu com a pre-sença dos sessenta quilômetros de altura do seu oxigênio, envol-vendo-lhe a crosta que segura a matéria ígnea do seu centro.

Vagarosamente surgiram as primeiras expressões de vida, até o momento em que o ser hu-mano passou a habitá-la, sendo o instante culminante da obra de amor ante a possibilidade de crescer para Deus. Passo a passo, a Lei do Progresso estabeleceu os paradigmas de comportamen-to para a grandeza da Criação e através dos mensageiros celes-tes buscou manter o equilíbrio

e a busca da iluminação interior para alcançar a obra inicial ge-rada no Pai. Por fim, veio Jesus, o próprio construtor do planeta, para guiar a Humanidade, con-forme o Seu modelo de amor.

As paixões primevas, porém, retiveram-na em retaguarda das sensações asselvajadas, enquan-to orbe terrestre soluçava em lavas vulcânicas ou revoluções das suas placas tectônicas, orga-nizando suas entranhas e elimi-nando a energia exagerada para manter o equilíbrio majestoso do seu eixo. Simultaneamente os pensamentos e ações físicas dos seres humanos atraíram muitas das forças inerentes ao

seu processo, que geraram cala-midades inomináveis. Graças a esta inderrogável lei, o progresso alcançou a submissa Gaia, como a chamavam os gregos antigos, alcançou o seu clímax neste nível de evolução mais elevado, elimi-nando de seu processo as tragé-dias de grande porte e as pesadas aflições que ainda são partes dos mecanismos de expiação moral.

Um mundo regenerado onde poderá prelibar a ventura é ofere-cido pelo Pai aos filhos terrestres. Isto porque o Senhor não deseja a destruição do equivocado, mas o desaparecimento do crime e por misericórdia diminuirá o tempo de depuração. Estes, por-tanto, são os dias de purificação interior, e, em consequência, a injustiça, a promiscuidade e a

vileza moral da maioria dos se-res humanos terrestres atraíram os tormentos que ora afligem e atemorizam as multidões desas-sisadas. Incontáveis, no entanto, na sua suprema ignorância, se-dentos dos prazeres ultrajantes, não se dão conta da terrível dizi-mação.

Estavam previstos horrores e alucinações devastadores, em guerras impiedosas a começar pelos lares em desalinho, co-munidades e países que seriam aniquilados... quando tudo mu-dou. Este período é muito mais sério do que se pensa ou se tra-balha para que logo passe. As sonhadas soluções apressadas

mediante vacinas preventivas e terapêuticas providenciais ate-nuarão, mas não solucionarão os sofrimentos programados para a sociedade atual. Sucede que o estabelecido se cumprirá e aqueles que preferirem o caos serão exilados para mundos congêneres, porém inferiores, onde sentirão incríveis dilace-rações morais pela saudade da Terra amada e dos afetos que desrespeitaram. Verão, à distân-cia, a generosa mãe flutuando nos espações luminosos, en-quanto os seus desertores cho-rarão amarguras nos primitivos lugares a que fazem jus.

A Pandemia resultante da Covid-19 que assola muitos pa-íses faz-se acompanhar de outra mais cruel, que é a do crime pra-

ticado por autoridades infelizes que exploraram o momento, acumulado poder enganoso e fortuna sobre a desgraça de mi-lhares de vítimas das circunstân-cias infames que eles criaram e mantêm. Para esses criminosos, conscientes do mal que estão fazendo, a Divina Providência reserva lições de reabilitação muito dolorosas, em razão de seu cinismo e crueldade em re-lação às massas mutiladas pelo sofrimento e abandono a que se encontram relegadas. Esses vampiros dos bens públicos e particulares não fugirão de si mesmos e não encontrarão conforto à hora do resgate, qual

ocorre com aqueles que explo-ram e abandonam covardemen-te.

Em razão destes criminosos aplaudidos por uns e odiados por outros, prolongar-se-ão as doenças em força de epidemias regionais, conforme a densidade de sua hediondez, e os dislates morais, atentatórios às leis de ordem e a ética moral, que pre-tendem transformar as pessoas em espectros devoradores pela sensualidade e pelas aberrações sexuais, telementalizadas por Espíritos de igual quilate, resva-larão nestes sórdidos pântanos em que já vivem sem dar-se con-ta. As comunidades de vingança na Terra, nas faixas espirituais estão sendo desmontadas e os seus membros reencarnam-se pela última oportunidade de es-colherem o futuro como melhor o desejarem.

Confiamos que todos os que aqui estamos ofertemos o cami-nho e o amor de Jesus Cristo no Seu tempo, ante as injunções, algo semelhantes destes dias. Estamos convidados a interferir de toda forma possível nos so-nhos bélicos e nos pensamentos nocivos, nas decisões crimino-sas e nos anelos de rebeldia dos povos, inspirando as criaturas, socorrendo-as como as possibi-lidades ao nosso alcance e des-viando as atrações do mal pelas mentes viciadas.

Serão esforços contínuos de nossa parte, porque também estaremos vigilantes e operosos com as multidões de desencar-nados na psicosfera tenebrosa dos lugares enfermos, aliviando o desespero e encaminhando para o trabalho e o dever de soli-dariedade todos aqueles que se acham injustiçados, mantendo a ignorância dos fatores que os levaram às ocorrências danosas, quando as houve.

Todos dispomos dos tesou-ros incalculáveis do amor e da caridade para dispensar em todo lugar, colocando luz nos veladores apagados, de modo que sempre haja caridade. No século passado, momento hou-ve em que o próprio Jesus visi-tou novamente a Terra, a fim de evitar a guerra que estava por explodir, na volúpia de algumas nações soberbas e materialistas que ainda se encontram aguar-dando momento de suprema-cia sobre as demais.

O seu incomparável amor venceu as ambições arbitrá-rias de seus líderes alucinados, por isso que agora o método de depuração da Humanidade é mais difícil de superar, porque as armas tremendas armazena-das não conseguem destruí-lo. Somente o amor terá o poder de vencer as batalhas de loucu-ra que se estabelecem na Terra, até última, que será vitoriosa do Evangelho do Cristo, mes-mo que sobre outras denomi-nações. Onde vicejar o amor, a caridade e a compaixão, o Pai Celeste se fará presente e defi-nirá o rumo da glória e da paz para todos.

Irani Inácio de Lima - Presidente da Associação Jurídico Espírita de Goiás

‘‘Exaltemos e cantemos glórias ao Senhor e aos seus mensageiros afáveis e sábios.” Ismael

SEGUNDA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2021

WWW.DM.COM.BR

7DM Anápolis

GOIÁS

Empreendedor tem mais 1.100 propostas de crédito

Redação

O Governo de Goiás, por meio da Agência de Fomento de Goiás (GoiásFomento), já liberou cerca de R$ 20 milhões em financiamentos do Pro-grama Estadual de Apoio ao Empreendedor (Peame), des-de que ele foi lançado, no dia 16 de março. Ao todo, foram aprovadas 1.102 propostas, sendo 358 de pessoas físicas e 744 de pessoas jurídicas.

“Em apenas 37 dias, já aprovamos o equivalente a mais de 70% do total registra-do em 2020 em todas as linhas de crédito da GoiásFomento”, destacou o presidente da Goi-ásFomento, Rivael Aguiar, ao citar que ano passado foram contratados 1.500 financia-mentos.

O Peame disponibiliza um total de R$ 112 milhões para linhas de crédito especiais, com taxa de juros 100% subsi-

diada pelo Governo Estadual e carência estendida. O prin-cipal objetivo do programa é socorrer os micro e pequenos empresários, microempreen-dedores individuais (MEI) e trabalhadores autônomos do Estado, além de feirantes e motoristas de aplicativo, dian-te das dificuldades financeiras impostas pela pandemia da Covid-19.

Segundo o presidente da GoiásFomento, Rivael Aguiar,

com o lançamento do Peame, foi registrado grande aumen-to na demanda por emprésti-mos. Ele explica que a agência reforçou a análise dos con-tratos, com a criação de uma força-tarefa, e os técnicos têm trabalhado até nos fins de se-mana.

O cadastro foi simplifica-do e uma série de documen-tos, antes exigida, foi retirada da proposta. Com a adoção dessas medidas, a instituição

financeira consegue aprovar um número cada vez maior de contratos.

Conquista“Em menos de 30 dias o fi-

nanciamento saiu. É uma gran-de conquista para nós, empre-endedores de Goiás. Parabéns, Governo de Goiás. Parabéns, equipe da GoiásFomento”. Esta foi a mensagem da proprietária da loja de material de constru-ção Comercial Gomes, Shirley

Giovane Mendes, ao ter seu pe-dido de crédito aprovado.

A empreendedora contou que o dinheiro obtido no em-préstimo do Peame é utilizado para equilibrar as contas da loja. Segundo ela, o acesso ao crédito representou “um gran-de impulso nesse momento, pois as vendas caíram muito na pandemia”.

Maria Clara da Silva, pro-prietária da loja de roupas fe-mininas Tulipa Closet, também teve o financiamento liberado por meio do Peame. “Com o capital, foi possível pagar o alu-guel do espaço físico, aumentar as vendas e o estoque da minha loja”, relata a empresária.

AtendimentoPara ter acesso às linhas de

crédito especiais do Peame, o primeiro passo é acessar o site www.goiasfomento.com, que contém todas as informações e os contatos dos corresponden-tes de crédito, que também po-dem auxiliar na contratação.

Os interessados também podem ser atendidos pela Agência de Fomento por meio do telefone (62) 3216-4900 ou WhatsApp (62) 3216 4999. O Sebrae Goiás, via o 0800-570-0800, também presta apoio à instituição financeira no serviço de atendimento.

O Governo de Goiás, por meio da Agência de Fomento de Goiás (GoiásFomento), já liberou cerca de R$ 20 milhões em financiamentos do Programa Estadual de Apoio ao Empreendedor

O Peame disponibiliza um total de R$ 112 milhões para linhas de crédito especiais

Governo entrega R$ 380 mil em benefícios para Goianira

Redação

O governador Ronaldo Caia-do cumpre duas agendas em

Goianira, município integrante da Região Metropolitana de Goi-ânia (RMG), nesta segunda-feira (26/04). No primeiro compro-

misso, às 8 horas, ele assina or-dem de serviço para a constru-ção de uma quadra de esportes no Colégio Estadual José Rodri-gues Naves. Já às 9 horas, Caiado inaugura reforma da unidade do Vapt Vupt, localizada no Setor Central.

Para a viabilização do pro-jeto da Secretaria de Estado da

Educação (Seduc), o Governo de Goiás destinou R$ 330 mil, oriundos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), versão estadual. No caso da reforma do Vapt Vupt, o investimento para a execução de melhorias estrutu-rais, como troca de piso e pintu-ra completa, foi de aproximada-mente R$ 80 mil.

As intervenções, nos dois ca-sos, visam o conforto, bem-estar e atendimento de qualidade às demandas da população. Acom-panham Caiado em Goianira o secretário de Estado da Adminis-tração (Sead), Bruno D’Abadia, e o superintendente de Seguran-ça Escolar e Colégios Militares da Seduc, coronel Mauro Vilela.

CPI da Covid deve chamar cientistas e médicos críticos do governo federal

Leonardo Calazenço

Alguns nomes de cientistas e médicos mais renomados do país, podem figurar ao lado de políticos na lista preliminar de trabalho da CPI da Covid no senado. Há uma grande ex-pectativa de algumas pessoas, se convidados, nomes como Natália Pasternak, Átila La-marino, Margareth Dalcolmo e Miguel Nicolelis, reforcem os alertas dados pela classe científica brasileira ao longo

da pandemia sobre a necessi-dade de se usar máscara, de se impor isolamento social e, es-pecialmente, de se investir em vacinas, e não em tratamentos sem eficácia comprovada.

Tendo seus trabalhos re-conhecidos na medicina, os

quatro são unânime sobre as críticas do governo federal. Todos eles já declararam que faltaram liderança e planeja-mento nacional para reduzir a transmissão e mortes pelo novo coronavírus.

Pneumologista e pesquisa-

dora da Fiocruz, Margareth foi uma das pioneiras no atendi-mento a doentes de covid-19 no Brasil. Diretamente envol-vida na produção de vacinas, ela responsabiliza a diploma-cia brasileira pela demora na chegada dos insumos neces-sários à produção das vacinas.

“A absoluta incompetên-cia diplomática do Brasil não permite que cada um dos se-nhores aqui presentes e aque-les que vocês amam estejam amanhã ou nos próximos me-ses recebendo a única solução que há para uma doença como a covid-19”, disse Margareth no mês de janeiro.

Já o médico Átila Lama-rino, doutor em Microbio-logia e dono de um canal no YouTube sobre ciência, o médico é um crítico do uso da cloroquina e demais medicamentos que com-

põem o ”Kit Covid”. ”Tem bastante o que investigar”, afirmou o médico, sobre a CPI.

A bióloga Natália Paster-nak já afirmou que negar a realidade virou a principal, se não a única, estratégia do governo. “Bolsonaro receita remédio que não funciona e faz estoque de cloroqui-na, num claro desperdício de dinheiro público. Não usa máscara e reafirma que evitar aglomerações não faz diferença para impedir o contágio”, afirma a bióloga.

Em entrevista ao blog In-consciente Coletivo, do Es-tadão, o médico Miguel Ni-colelis, disse em março, que o Brasil é hoje uma “amea-ça global”. Sobre a CPI, afir-mou que está à disposição para dar sua contribuição e cumprir um “dever cívico”.

Com trabalhos reconhecidos no campo médico, Natália Pasternak, Margareth Dalcolmo, Átila Lamarino e Miguel Nicolelis fazem críticas ao governo federal na condução da pandemia

CPI da covid no Congresso Nacional vai investigar a condução da Pandemia no país

Governador assina ordem de serviço, no valor de R$ 300 mil, para construção de quadra de esporte em colégio estadual, e inaugura reforma do Vapt Vupt, orçada em R$ 80 mil. Visita será nesta segunda-feira (26/04), a partir das 8 horas

SEGUNDA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2021

WWW.DM.COM.BR

8 DM Anápolis

‘Se eu não puder mover os céus, moverei o inferno.’ - Vírgilio

Queiroga visita para conhecer projeto-piloto do Telessaúde

Redação

O ministro da Saúde, Marce-lo Queiroga, esteve em Crista-lina, município goiano distante 130 km de Brasília, na manhã sábado (24). A visita ocorreu para Queiroga conhecer o pro-jeto Telessaúde Brasil. A pro-posta do projeto é levar o tele-atendimento de saúde a locais de difícil acesso. O canal será usado no combate à pandemia de Covide-19.

Cristalina foi escolhida para receber o projeto-piloto do pro-grama. A viagem de Queiroga não estava na agenda oficial do ministro.

O ministro esteve na unida-de Estratégia Saúde da Família (ESF) Marajó, onde será im-plantado o Telessaúde, em Cris-talina.

Queiroga anunciou a criação do programa no fim de março. Trata-se de projeto de teleme-dicina realizado em parceria com universidades públicas e especialistas, centralizado pelo Ministério da Saúde e distribu-ído para unidades de Saúde do país.

A intenção do Telessaúde é aproximar os especialistas que se dedicam ao estudo da Co-vid-19 aos médicos da linha de frente de combate à doença.

Marcelo Queiroga: projeto-piloto do ministério

Iso Moreira destaca programaUniversitário do Bem da OVG

Redação

O deputado estadual Iso Moreira (DEM) destacou a im-portância do Programa Univer-sitário do BEM (Probem), da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), ao lançar cin-co mil bolsas estudantis para o ensino superior.

O programa é voltado para universitários de baixa renda. O edital para o processo seletivo foi lançado no site da OVG. As inscrições para o programa têm início no dia 25 de junho. A pre-visão é que haverá vagas para

todos os municípios goianos. O benefício deve ser disponibili-zado no segundo semestre.

Ao todo, são 4 mil bolsas in-tegrais, com valores de até R$ 5,8 mil para cursos de medici-na e odontologia e de até R$ 1,5 mil para as demais graduações. Além de 1 mil bolsas parciais, que correspondem à metade do valores.

Iso Moreira ressalta o traba-lho da primeira-dama Gracinha Caiado à frente da Organização das Voluntárias de Goiás: “Gra-cinha é um guerreira, dedicada às causas dos mais necessitados”.

Iso Moreira: apoio a Gracinha Caiado

Goiás dando o bom exemplo. O modelo goiano de combate à Covid-19 acabou sendo destaque na reunião do Conselho Nacional de Secretários de Administração. Em videoconferência, o vice-governador Lincoln Tejota (foto) disse à integrantes do Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração (Consad) que Goiás, por meio de ações reais e concretas do governo estadual, 'conseguiu atender às demandas urgentes impostas pela pandemia da Covid-19', ampliando a capacidade de assistência aos cidadãos em tempo extremamente hábil 'Assumimos o governo em situação financeira muito difícil, com muitas dívidas e a capacidade de investimento muito reduzida. Isso exigiu ritmo diferenciado de gestão, planejamento e muito comprometimento, o que contribuiu para que pudéssemos enfrentar a pandemia de modo mais efetivo'. E completou: 'Tudo isso, para que conseguíssemos atender aos anseios da população e dar resposta urgente à questão sanitária, conforme determinação do governador Ronaldo Caiado', reforçou. Presidente do Consad, Fabrício Santos, destacou o trabalho, sob o comando de Caiado, e se prontificou a criar um grupo de trabalho no Consad para que os estados interessados possam conhecer ainda mais de perto essas ações promovidas pelo Governo de Goiás, por meio do programa 'Goiás de Resultados'.

lManoel Rezende (foto) comanda um empório super diferente: o BrewBox Bebidas, na T-3, número 1180, pertinho do Sebrae, na rua da Igreja Videira, Setor Bueno. Para quem curte cervejas especiais e destilados,

além de aperitivos especiais (queijos, frios finos, carnes recheadas, molhos, geléias e castanhas), um endereço recomendável. Quando permitido, em época de pandemia, o espaço abre mesas para um bom e divertido happy hour. Vale a pena conferir.

lA Globo ajudou a fazer a 'caveira' da rapper Karol Conká nessa edição ainda em tela do BBB. Agora, pelo jeito, quer endeusá-la com abordagens especiais. Pena que o telespectador já entende tudo e parece não dar bolas. lPode parecer até piada, mas não é: o Brasil criou um robô

que pode desinfectar ambientes e livrá-los da ação do Novo Coronavírus. Ninguém sabe ao certo se funciona, mas pelo menos já há uma boa intenção nessa criação. l‘Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos

nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor'. - Romanos 8:38-39

Habilidade de Goiás no combate da pandemia

'É CHATO FALAR ISSO, MAS É FATO, PORQUE TEM CERTOS TIPOS DE PROJETO QUE SEM ORÇAMENTO ELES TÊM UM HIATO E ESSE HIATO MATA O PROJETO. PESQUISA NÃO É UMA COISA QUE VOCÊ PODE LIGAR E DESLIGAR A CHAVE ASSIM, DE UMA HORA PARA A OUTRA. ISSO NÃO EXISTE.’, MINISTRO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E

INOVAÇÕES, MARCOS PONTES, RECLAMANDO CORTES DE VERBAS EM SEU MINISTÉRIO

Na prática...Para líderes internacionais, a fala do presidente Jair Bolsonaro (foto) não impressionou e nem vai impressionar. O presidente dos EUA, Joe Biden, revelou que o discurso pode até existir, mas quer ver mesmo as ações do governo brasileiro na prática.

Sem entender Um dia após seu discurso na Cúpula do Clima, o presidente brasileiro tomou uma medida antiambiental ao cortar recursos mais de R$ 240 milhões de programas de proteção ao meio ambiente no País. O que ele quer fazer agindo dessa forma?! Projetos Dois projetos do vereador Ronilson Reis estão em tramitação na Câmara. O vereador trabalha para a inclusão da Educação entre as atividades essenciais, para o retorno das aulas presenciais (aguarda segunda votação). PrioridadeRonilson quer, também, a inclusão das gestantes no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19 (em primeira votação). 'São projetos que a Câmara precisa dar agilidade na votação. Não podemos esperar mais', acentua. CorretíssimoPor falar em Joe Biden, massa seu projeto de dobrar os impostos dos super ricos nos EUA. Na CPIParlamentares oposicionistas querem que o ex-secretário de Comunicação do governo federal, Fábio Wajngarten, seja ouvido na CPI da Pandemia. . RevelaçõesSegundo a revista Veja, o ex-secretário 'responsabilizou o Ministério da Saúde pelo atraso das vacinas' e contou que 'o general Pazuello foi demitido após rumores de que seria preso'. Difícil (I)A grande quantidade de grupos prioritários acabou bagunçando a vacinação no Brasil contra a Covid-19. Ninguém entende mais nada. Essa é a verdade.

Difícil (II)E o Ministério da Saúde ainda reduz a oferta de quase 15 milhões de vacinas somente no mês de maio. Um crime!

A morte de Saulo Cortes O escritor Luís Alberto de Queiroz lamentou a morte do amigo Saulo Cortes, que atualmente estava morando em Cristalina. Saulo Cortes estava internado no Hospital Brasília em Águas Claras, faleceu no último dia 21 e foi sepultado em Cristalina no dia 22. Ele era filho da cidade. No registro, Rui Cortes e Saulo Cortes.

Socorro aos hospitais particulares O ministro Marcelo Queiroga recebeu representantes de entidades do setor de Saúde no País para debater pautas urgentes, como a aprovação de linhas de crédito para socorrer hospitais. Esta, inclusive, foi uma das reivindicações do presidente da Associação dos Hospitais do Estado de Goiás (AHEG) e da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Adelvânio Francisco Morato. 'Muitos estabelecimentos com até 50 leitos, que representam 57,4% do total, correm o risco de fechar as portas, devido à queda de atendimentos e à superinflação no preço de insumos', diz. 'Lembrando que cerca de 56,5% dos hospitais privados atendem a rede pública, ou seja, são prestadores de serviços, que, principalmente no interior do país, acabam se tornando a única opção de assistência hospitalar', observa.

CRISTALINA

SEGUNDA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2021

WWW.DM.COM.BR

9DM Anápolis

Senadores: governo falha na condução da pandemia

Agência Estado

Prestes a investigar as ações do governo federal na pande-mia, a maioria dos senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid acre-dita que a gestão de Jair Bol-sonaro errou na condução da crise sanitária no País. Segundo levantamento, seis dos 11 sena-dores do grupo veem falhas do Executivo no enfrentamento da doença, antecipando que este deve ser o foco dos trabalhos da comissão, prevista para come-çar nesta terça-feira (28).

Aliados do governo são mi-noria na CPI. Dos 11 integran-tes, apenas quatro estão ali-nhados ao Palácio do Planalto, dois fazem oposição e outros cinco atuam de forma inde-pendente, mudando de posição de acordo com seus interesses. Dos seis que apontam erros de Bolsonaro na pandemia, qua-tro são deste último grupo. Os

senadores governistas Marcos Rogério (DEM-RO) e Ciro No-gueira (Progressistas-PI) não responderam às perguntas da reportagem.

Numa espécie de defesa an-tecipada, Bolsonaro tem dito que “acertou todas” na pande-mia, apesar de declarações mi-nimizando a doença e previsões de que a crise iria acabar logo, o que não ocorreu. “Não errei nenhuma desde março do ano passado”, disse o presidente a apoiadores no dia 1.º de março, em frente ao Palácio da Alvora-da.

Até sexta-feira, 23, o País so-mava mais de 14 milhões de ca-sos de covid-19 e 383.502 mor-tes. Só fica atrás dos Estados Unidos, que acumula mais de meio milhão de vidas perdidas para o novo coronavírus.

Uma versão preliminar do plano de trabalho da CPI pre-vê investigar questões como o atraso na compra de imuni-zantes pelo País, a omissão do Ministério da Saúde no colapso na rede de saúde de Manaus no início do ano e a insistência de Bolsonaro em recomendar o chamado tratamento precoce – que, além de não ter eficácia para a covid-19, ainda pode levar pacientes à fila dos trans-

plantes.A CPI foi proposta inicial-

mente com o objetivo de in-vestigar apenas as ações e omissões do governo federal na pandemia. Após pressão do Palácio do Planalto, no en-tanto, o alvo do colegiado foi ampliado e passou a incluir eventuais desvios de recursos federais enviados a Estados e municípios.

Dos 11 integrantes da co-missão, cinco disseram ser fa-voráveis a também convocar governadores para prestarem esclarecimentos sobre como usaram recursos federais du-rante a pandemia. Renan não quis se posicionar sobre este ponto e condicionou ouvir gestores locais ao avanço das investigações do colegiado. “Você não pode fazer uma CPI contra governadores ou pre-feitos ou contra o presidente da República. Tem de fazer a investigação”, declarou o eme-debista.

Provável presidente da CPI, o senador Omar Aziz (PSD--AM) evitou responder se vê equívocos de Bolsonaro na crise sanitária. “As ações do governo federal serão inves-tigadas para apurar eventuais responsabilidades”, disse ele.

Seis dos 11 parlamentares que integram a comissão parlamentar de inquérito se dizem já convencidos de que a gestão Bolsonaro erra na condução da crise sanitária

Osmar Aziz (PSD/AM): cotado para presidente

Renan Calheiros (MDB/AL): provável relator

CPIs que marcaram a história da RepúblicaCPI do Governo Collor► Um dos casos mais emblemáticos de uma CPI ocorreu em 1092, e culminou com a queda do então presidente Fernando Collor de Mello. O esquema envolvia o empresário Paulo César Farias, tesoureiro da campanha presidencial, em 1989.A investigação quebrou 395 sigilos bancários, 267 sigilos fiscais e 43 telefônicos, e colheu 79 depoimentos em 111 reuniões.Terminou com a proposta de cassação de mandato de 18 parlamentares e o envio de vários dossiês para a Receita Federal e ao Ministério Público. Antes de sofrer o impeachment, Collor renunciou.

CPI do Banestado► Anos mais tarde, em 2003, uma CPI passou a investigar denúncias de que R$ 150 bilhões haviam sido enviados ao exterior. O esquema envolvia bancos. Essa foi uma das mais longas apurações, com quebra de mais de ,17 mil sigilos bancários.A evocação de moeda teria ocorrido entre os anos de 1996 e 2002, com 200 pessoas envolvidas na organização criminosa. Apesar de nunca ter sido votado, o relatório final pediu indiciamento de 91 pessoas, incluindo o do ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta.

Correios e Petrobras► Os governos do PT enfrentaram duas comissões: a primeira, em 2005, pós o então presidente Lula em colisão com o seu marqueteiro, Duda Mendonça; O depoimento do publicitário foi inesperado e revelou uma conta nas Bahamas que recebeu R$ 10,5 milhões do PT, de forma ilegal. Mendonça chorou enquanto relatava o caso.Uma década mais tarde, após o início da Operação Lava Jato, foi instalada a CPI da Petrobras na Câmara. A comissão também não indiciou ninguém.

CPI dos Bingos► Também chamada de “CPI do Fim do Mundo”, investigou, em 2006, a relação entre o bicheiro Carlos Cachoeira e Waldomiro Diniz, assessor do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Ao longo das investigações, a comissão passou a abranger outros temas.Foram investigados os esquemas de caixa dois do PT no interior paulista, os assassinatos de prefeitos do partido, Toninho do PT (Campinas) e Celso Daniel (Santo André), entre outros temas. O relatório final da CPI pediu o indiciamento de 48 pessoas, dentre elas o bicheiro Carlos Cachoeira.

CPI dos Sanguessugas► O colegiado, também instalado em 2006, foi o que envolveu mais parlamentares. A suspeita era de desvio de recursos da Saúde. Uma quadrilha estaria desviando verbas que seriam utilizadas para compras de ambulância.O relatório final pediu a abertura de processo disciplinar contra 69 deputados e três senadores. Nenhum deles foi punido pelos colegas.

Diário do Nordeste

Na lista dos assuntos mais recorrentes do noticiário bra-sileiro nos últimos dias, a Co-missão Parlamentar de Inqué-rito (CPI) da Covid-19 promete ser uma das mais importantes na história da política nacional desde a redemocratização, em 1985.

Com poderes de até mesmo derrubar o Presidente da Repú-blica, o colegiado formado por parlamentares ganha o centro das atenções, mobiliza senado-res e tensiona a relação com o Executivo no momento em que o país se aproxima de 400 mil mortos pela Covid-19.

Instalada para investigar ações e possíveis omissões do Governo Federal no combate à pandemia, a CPI promete jogar luz em suspeitas que possam comprovar ou não se o presi-dente Jair Bolsonaro (sem par-tido) e o Ministério da Saúde foram responsáveis, por exem-plo, pela escalada de mortes em decorrência da doença no Brasil.

Senadores também podem realizar diligências, convocar ministros de Estado, requerer depoimentos de qualquer auto-ridade e inquirir testemunhas.

Um dos exemplos dos efeitos devastadores desse desgaste ocorreu em 1992, quando o en-tão presidente Fernando Collor de Mello renunciou ao cargo em meio a severos desgastes políticos provocados por uma CPI.

Juntando Senado e Câmara dos Deputados, já são 203 CPI na história do Brasil, desde a redemocratização, em 1985. Do total, 49 foram finalizadas na Câmara, e 17 tiveram con-clusão no Senado.

CPI da Covid-19O início dos trabalhos da CPI

da Pandemia deve ser oficializa-do nesta terça-feira (27). Há ex-pectativa pela definição dos no-mes do presidente, vice e relator

da Comissão. O senador Osmar Aziz (PSD/AM) é cotado para presidente e o senador Renan Ca-lheiros (MDB/AL) para relator.

Conforme aponta a cientis-ta política Monalisa Soares, uma CPI gera uma cobertura midiática, há um interesse público que pode gerar mui-to desgaste aos congressistas, aos políticos, aos investiga-dos. “É um pouco a expecta-tiva que se tem com essa CPI da Covid”.

Conforme a cientista política, diante desse risco, o Governo Federal tenta conter os possíveis estragos, influenciando na for-mação do colegiado. “O Governo tenta pressionar para que a CPI não atinja a finalidade, que não é só gerar dados que possam im-putar a administração em uma provável omissão diante da pandemia, mas, também, o des-gaste que o governo sabe que ocorrerá ao longo do processo”.

Relembre os efeitos de outras CPIs na política brasileira

Com a expectativa da CPI da Covid, é bom ressaltar que comissões tiveram efeitos que vão desde a queda do presidente da República até a forma “pizza” quando a investigação não pune ninguém

Manifestantes a favor do impeachment de Collor na Esplanada dos Ministérios, em Brasília

CPI DA COVID

SEGUNDA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2021

WWW.DM.COM.BR

10 DM Anápolis

No primeiro mandato à frente do executivo, o governador Ronaldo Caiado (DEM) vislumbra um cenário promissor em uma disputa pela reeleição. Mesmo após a política goiana ser conduzida por um seleto grupo político por 20 anos ininterruptos, alguns analistas previram que seria difícil que Caiado obtivesse sucesso em convergir forças em torno de seu projeto político, principalmente com uma herança de profunda crise financeira deixada pela gestão passada e os difíceis momentos que a pandemia trouxe para o poder executivo em todos os níveis. Mas, o estilo austero e totalmente focado em resolver questões orçamentárias e o combate à covid-19, cimentou uma base sólida na gestão Caiadista. Aliado a forma de administrar, Caiado soube dosar firmeza e diálogo com a classe política: foi assertivo quando confrontado politicamente e cortês nos momentos de diálogo decisivo. Também soube se relacionar bem com a imprensa (que estava acostumada com anos de relações carregadas de intransigência e centenas de processos ao menor sinal de crítica). Sua relação com críticas é mais focada dentro do espaço político e supera com elegância os apontamentos feitos em sua gestão, para ele "natural na democracia". O perfil de político de enfrentamento se limita às respostas diretas aos adversários que possuem histórico questionável, sem rodeios e sem meias palavras. Há poucos dias de completar 30 meses à frente do governo de Goiás, Caiado construiu muitas pontes, aproximou lideranças, partidos, poderes e entidades: isso o fortaleceu como um gestor comprometido e bem avaliado, colocando-o como uma figura central até mesmo no cenário nacional, inclusive, convidado a se apresentar como uma alternativa para um futuro bem próximo. É uma convergência histórica. Sem dúvida.

O ex-prefeito de Goianésia, Renato de Castro (foto), presidente da Codego, deve se filiar ao DEM para disputar mandato à Câmara Federal nas eleições do ano que vem. Ele tem recebido apoio de prefeitos e lideranças políticas de municípios das regiões do Vale do São Patrício e Norte do Estado.

Caiado cria convergênciahistórica na política goiana

Renato de Castro deve concorrer à Câmara

Em baixa, perfis de políticos tradicionais do Estado de Goiás, entre 2010 e 2018, estão praticamente abandonados e com pouquíssima atualização e interação.Sem mandato, alguns preferem o sossego do ostracismo.

Linha cruzada

AliançaAlém dos 12 partidos que o acompanharam em 2018, o governador Ronaldo Caiado (DEM) deverá acrescentar mais sete legendas ao seu projeto de reeleição em 2022.

DiálogoRonaldo Caiado e Daniel Vilela têm diálogo permanente sobre uma eventual aliança entre o DEM e o MDB para as eleições do ano que vem, mas decisão mesmo somente a partir de janeiro.

Canal livreCaiado tem bom trânsito também junto a Iris Rezende, uma das principais lideranças do MDB de Goiás. O ex-prefeito já anunciou apoio à reeleição do governador.

PressãoPrefeitos do Progressistas pressionam o presidente Alexandre Baldy para que restabeleça conversações com o Palácio das Esmeraldas. Caso contrário, grande parte dos 32 partidos ameaçam deixar a legenda.

AlegoO presidente Lissauer Vieira (PSB) prevê para o próximo mês de outubro a inauguração da nova sede da Assembleia Legislativa, no bairro Lozandes, em Goiânia. O custo total das obras está estimado em R$ 115 milhões.

Quebra-de-braçoVereadores do MDB e do Patriota disputam a indicação junto ao prefeito Rogério Cruz (Republicanos) para o importante cargo de secretário de Planejamento e Habitação de Goiânia. O nome deve ser definido esta semana.

Tiago MendonçaO novo secretário estadual de Agricultura de Goiás. Tiago, reúne qualidades importantes: é técnico respeitado e um político experiente, além de possuir perfil conciliador e muito dinâmico.

Tiago Mendonça IINa campanha para prefeitura de Morrinhos de 2020, liderou todas as pesquisas até o último minuto, quando foi superado por menos de 3% dos votos. Tiago é filho do advogado Jerônimo Mendonça, um dos fundadores da Complem.

Rogério CruzNo meio político, apesar dos desgastes gerados pelo afastamento de parte do MDB do governo municipal, muita gente concorda que o prefeito de Goiânia é muito diplomático e cordial no trato com as pessoas, em todos os níveis.

BolsonaroParece quase certa a ida do presidente para o Patriota. Porém, sua chegada na sigla é vista por muitos filiados com cautela, pois demanda de alterações sensíveis na direção nacional do partido.

HistóriaO presidente do TJGO, Carlos Alberto França, quer resgatar a memória do Poder Judiciário goiano e formou um grupo de estudos para o levantamento histórico das comarcas goianas. Vale lembrar que o judiciário goiano é um dos mais antigos do Brasil.

Governo entrega a prestação de contas do Estado de 2020

Redação

O governador Ronaldo Caia-do (DEM) enviou ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO), a prestação de contas do Estado de 2020. O TCE-GO tem 60 dias para apreciar os documentos e emitir parecer.

Por determinação do presi-dente Edson Ferrari, o relator do parecer prévio é o conselhei-ro Sebastião Tejota. O entendi-mento será subsidiado por aná-lise do setor técnico do tribunal.

As contas anuais compre-endem todo o exercício finan-

ceiro do Estado, bem como os recursos orçamentários e ex-traorçamentários utilizados, ar-recadados, guardados, geridos ou administrados no âmbito da administração pública estadu-al. Entram na conta, inclusive, os demais poderes e órgãos au-tônomos.

O relator de 2021, confor-me escolha prévia do TCE--GO, será o conselheiro Cel-mar Reche. Desta forma, ele já inicia o acompanhamen-to dos gastos, por meio de trocas de informações com os setores técnicos da casa.

Ronaldo Caiado: contas de exercício de 2020

Fio DiretoGercyley Batista gercyley@gmail.com

ARAGARÇAS

Prof. Alcides e ministro daEducação entregam ônibus

Redação

A frota de ônibus escolares para atender aos alunos de Ara-garças está sendo recomposta. Os sete veículos que o municí-pio tinha foram queimados em ato de vandalismo na noite do dia 9 de fevereiro de 2019 no in-cêndio ocorrido no pátio Secre-taria Municipal de Obras.

Foram entregues à prefeitura cinco novos ônibus escolares. Desses, quatro são de emendas do deputado federal Professor Alcides (Progressistas), que le-vou ao município o ministro da Educação, Milton Ribeiro, e o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Edu-cação (FNDE), Marcelo Ponte,

para entregar os veículos à pre-feitura.

O prefeito Delegado Ricar-do Galvão (Republicanos), a secretária municipal de Educa-ção e primeira-dama Raqueline Galvão, a vice-prefeita Regina Célia, secretários e vereadores, prefeitos, lideranças da região e moradores participaram do ato público de entrega dos ônibus.

Ricardo Galvão agradeceu o empenho do deputado fe-deral Professor Alcides, do vereador Hudson Mantei-guinha e do governo federal pelos ônibus e disse que são fundamentais para restabe-lecer o transporte escolar no município com segurança e conforto para os estudantes.

Professor Alcides e Milton Ribeiro em Aragarças

SEGUNDA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2021

WWW.DM.COM.BR

11DM Anápolis

GOIÁS PERDE PARA ATLÉTICO E SE COMPLICA NO GOIANÃO

Wesley Bião

O Goiás recebeu na tarde deste domingo (25) o Atlético--GO na Serrinha pela primei-ra partida das quartas de final do Campeonato Goiano e foi atropelado pelo Dragão: 3 a 0 para os rubro-negros, que com a vitória deixa a classificação para as semifinais muito bem encaminhada. Zé Roberto, Ar-thur Gomes e Janderson mar-caram para os visitantes.

Na próxima partida, o Atlé-tico pode perder por até dois gols de diferença que mesmo assim avança para a próxima fase.

O primeiro tempo foi de equilíbrio. Sabendo que os ad-versários eram mais fortes, o Goiás teve uma postura mais

defensiva e cuidadosa du-rante os primeiros quarenta e cinco minutos.

O Esmeraldino até teve boa chance com Madison, mas quem aproveitou mesmo foi o Atlético, com João Paulo, que após cruzamento de Natana-el, mandou a sobra da disputa de Zé Roberto com Heron de esquerda, no canto de Tadeu aos 44 minutos. A defesa do Goiás reclamou muito de falta de ataque e saiu de campo na bronca com a arbitragem.

Na etapa final, o Atlético tratou de marcar o segundo logo cedo. Com seis minutos, João Paulo rolou para dentro da área e Arthur Gomes, que entrou no intervalo, ampliou na Serrinha.

Jogando em casa e atrás no placar, o Goiás começou a sair de forma desorganizada e dava espaços para o Dragão chegar no contra-ataque. Ta-deu foi providencial nos chu-tes de Janderson e João Paulo.

Se as coisas já estavam ruins para o Esmeraldino,

pioraram depois da expulsão de Miguel Figueira. Com um a mais, o Dragão dominou ain-da mais a partida e chegou ao terceiro gol com Janderson, depois de triangulação de An-dré Luís e Roberson, que en-controu o atacante atleticano sozinho para tocar na saída de Tadeu e dar números finais ao jogo.

Enquanto o Goiás esperará a segunda partida das quar-tas do Goianão no Antônio Accioly no próximo domingo (2) às 16h, o Dragão viaja até o Chile para enfrentar o Pa-lestino pela segunda rodada do Grupo F da Copa Sul-Ame-ricana. Na primeira partida no torneio, os rubros-negros ficaram no empate sem gols em casa contra o Newell’s Old Boys, da Argentina.

Jogos Quartas de Final

Anápolis 0 x 3 Vila Nova Jataiense 0 x 3 Aparecidense Goiás 0 x 3 Atlético Goianiense Iporá 0 x 0 Grêmio Anápolis

Vitória sem sustos na Serrinha por 3 a 0 deixa o Dragão com os dois pés na vaga. Equipe rubro-negra pode perder por até dois gols de diferença

Janderson comemora o terceiro gol do Atlético contra o Goiás

Vila Nova goleia e sai na vantagem

Willi Becker

Vila Nova venceu o Anápo-lis por 3 a 0, neste domingo (25), no Estádio Jonas Du-arte, em Anápolis. Primeiro jogo das quartas de finais do Campeonato Goiano 2021. Com os gols de Rafael Nonato e dois de Arthur Resende, o time colorado vai com vanta-gem para o jogo de volta, no Onésio Brasileiro Alvarenga.

Com superioridade em campo, o time colorado do-minou o jogo no estádio Jo-nas Duarte. O Galo da Co-marca começou indo para cima do Tigrão, mas rapida-mente foi dominado, com uma marcação forte no cam-po defensivo. E acabou sen-do atropelado pelo placar de 3 a 0.

Com a vitória o Tigrão

pode até perder por dois gols de diferença, mesmo assim estará garantido para a semi-final do Goianão. A partida de volta será no próximo sá-bado (1), no Estádio do OBA.

Primeiro tempoA etapa inicial começou

equilibrada, para os dois ti-mes, com o time tricolor indo para cima do time colorado. E aos poucos o Tigrão vai se organizando na partida. E aos 11 minutos, abre o placar com Rafael Donato, após co-brança de escanteio de Alan Mineiro, Vila 1 a 0.

O Tricolor foi atrás do pre-juízo, mas o time visitante fez uma marcação forte. E o time colorado quase fez o segundo com Celsinho, que na entra-da da área chutou forte, mas acabou acertando o traves-são de Saulo. Tigrão avançou a marcação, não deixando os donos da casa passarem do meio de campo.

Com dificuldade de sair, o Galo vai sendo domina-

do pelo time colorado. E aos 45, o time visitante ampliou o placar, com um golaço de Arthur Rezende que chutou quase da intermediária, acer-tando no ângulo do goleiro Saulo. Termina o primeiro tempo com a vitória parcial do Vila, por 2 a 0, no estádio Jonas Duarte.

Vila Nova superior em campo

O segundo tempo começou com o time colorado domi-nando o jogo. O técnico Luís Carlos Winck fez mudanças no time, mas não houve efeito e o Tricolor teve dificuldade de furar a marcação do Ti-grão. Os donos da casa quase diminuíram o placar mas o Anselmo, que saiu na cara do gol, mas finalizou para fora.

Time colorado chegou no terceiro gol, novamente com Arthur Rezende que recebeu de Henan na entrada da área, e bateu colocado no canto direito sem chance de defesa do goleiro Saulo. Os donos

da casa tentam diminuir o placar, mas não conseguem chegar no campo ofensivo. Terminando o jogo com a vi-tória de 3 a 0, para o Colorado e indo com vantagem para o jogo de volta, em Goiânia.

Ficha técnicaAFC: Saulo; Vinícius Alves,

Eduardo Moura, Lucas Lima e Hugo Leonardo; Thiago Ba-tista, João Ananias e Vitinho;

Anselmo, Ivamar e Riquelme.Técnico: Luís Carlos WinckVIL: Georgemy; Celsi-

nho, Rafael Donato, Walis-son Maia, e Willian Formiga; Dudu, Pedro Bambu, Arthur Rezende e Alan Mineiro; Kel-vin e Pedro Júnior.

Técnico: Wagner Lopes.Árbitro: Osimar Moreira.Cartão amarelo: AFC:

Riquelme. VIL: Rafael No-nato e Arthur Resende.

Com a goleada o Vila sai na vantagem para a classificação para a semifinal do Goianão

Com os gols de Rafael Nonato e dois de Arthur Resende, o time colorado vai com vantagem para o jogo de volta (Foto: Vila Nova FC)

A dura tarefa do goleiro

Isabella Brito

O Dia Nacional do Goleiro é comemorado nesta segunda-fei-ra (26), em homenagem à Aílton “Manga” Corrêa Arruda. Além dis-so, a data é comemorada no dia do aniversário de Manga, que foi con-

sagrado um dos melhores goleiros. O defensor atuou inicialmente para o Sport de Recife, em seguida foi para o Botafogo, Coritiba e Grê-mio. Defendeu também a Seleção Brasileira em amistosos e Copas do Mundo.

Inicialmente, o Dia do Goleiro seria comemorado em 14 de abril, porém a data foi alterada para 26 de abril para homenagear Manga. Por outro lado, a ideia surgiu ainda em 1975, por iniciativa dos profes-sores da Escola de Educação Física do Exército, Raul Carlesso. Neste período, Raul cuidava da prepa-

ração física da Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo de 1974.

Confira os nomes dos 10 me-lhores goleiros da história.

Entretanto, não existe goleiro somente no futebol, a função tam-bém é ocupada no polo aquático, hóquei e outros esportes. Todavia, existem regras especiais para pro-teger o atleta que ocupa tal posição contra atos perigosos e violentos.

Goleiro BrunoO ex-goleiro Bruno Fernandes

foi condenado em 2010 a 20 anos de prisão após o sequestro e assas-

sinato da modelo Eliza Samúdio. Em 2019, o defensor foi beneficia-do com progressão de pena devido ao bom comportamento. No en-tanto, a sua volta ao esporte ainda é motivo de revolta para os familia-res de Eliza.

De acordo com a legislação, Bruno pode – e deve – voltar a tra-balhar. Porém a família de Eliza é contra a decisão e questiona até onde vão os limites da lei contra feminicídio. Além disso, vale res-saltar que a Lei do Feminicídio foi criada cinco anos pós a morte de Eliza, e aborda também o acompa-

nhamento psicossocial do agres-sor.

Em contrapartida, Bruno não recebeu nem o acompanha-mento e nem passou por outras sanções após o alívio da pena. Considerando também o fato de receber três propostas de traba-lho de clubes de futebol ainda em regime fechado, que não foram aceitos por pressão popular. No entanto, ele atuou como goleiro em um time do Acre, da série D. Porém a treinadora do time pe-diu rescisão de contrato após ser informada sobre a sua presença.

Inicialmente, o Dia do Goleiro seria comemorado em 14 de abril, porém a data foi alterada para 26 de abril para homenagear Manga

Editor: Marcus Vinícius BeckSEGUNDA-FEIRA, 25 DE ABRIL DE 2021

12

Facebook: EditoriaDMRevistaE-mail: mvbeck20@gmail.comDMRevista

arina Lima está de álbum novo. Ou melhor, faz sua estreia em um EP - modelo cada vez mais recorrente na indústria da música. Apenas quatro canções. Ou, como ela prefere chamar, quatro contos. Algo diferente dos álbuns tradicionais, com dez ou doze. “É um formato que eu não conhecia. Tive que acertar o alvo com essas quatro músicas. Elas têm uma razão de ser. Mesmo não sendo um romance - o disco - como no passado”, diz Marina.

Junto com o EP “Motim”, Marina colocou em seu site o songbook “Música e Letra”, com 175 músicas que gravou em 21 álbuns transcritas pelo músico Giovanni Bizzotto (parceiro da cantora desde os anos 1990) e revisadas pela própria dona da obra.

Os dois lançamentos, embora apontem para direções opos-tas - passado e presente -, proporcionam, inevitavelmente, um passeio pela obra de Marina, hoje com 65 anos, e ajudam a entendê-la de forma mais ampla. A própria cantora e compo-sitora, que desde o final dos anos 1970 carrega a bandeira do pop romântico brasileiro, mostra-se disposta a essa reflexão na entrevista que fez via aplicativo Zoom para o Estadão.

A música que abre o EP, “Pelos Apogeus”, percorre justa-mente esse trajeto. Nela, Marina fala de momentos importantes da vida e carreira, como a infância no Rio de Janeiro, a mudança para os Estados Unidos aos 5 anos - época em que ganhou dos pais um violão para tentar fugir do tédio -, e das “derrapadas” na meia-idade, como ela escreve em canção que assina sozinha.

Foi com o violão nos braços, em terras estrangeiras e es-tranha para a menina da zona sul carioca, que ela se valeu dos songbooks de nomes como Tom Jobim e Beatles - duas de suas grandes paixões. Por isso, sabe o valor desse tipo de material para quem está começando ou já é um músico.

Marina lançou seu primeiro álbum, “Simples Como Fogo”, em 1979. A faixa que abria o trabalho era “Solidão”, de Dolores Duran (1930-1959). “Ai, a solidão vai acabar comigo”, dizem os primeiros e dramáticos versos do samba-canção. Recém-con-tratada na Warner, gravadora que chegava ao Brasil pelas mãos de André Midani (1932-2019), Marina não teve poder de esco-lha.Midani, de certa forma, queria que Marina, que já compu-nha e iria gravar suas canções, se conectasse com a linhagem das compositoras brasileiras. Queria mais, segundo ela. O executivo fez uma lista com diversos tópicos, entre eles, figurinos, amigos e letras. “Não gostei. Fiquei brava. Brigamos e fizemos as pazes anos depois. Midani era um sábio. Eu até entendi o que ele que-ria quando me pediu que gravasse Dolores ou Maysa. Mas eu não me conectava com aquilo. E, ouvindo hoje, vejo que cantei Solidão de uma maneira infantil”, diz.

Marina conseguiu se impor apenas no terceiro trabalho, “Certos Acordes”, de 1981, o que tem o sucesso “Charme do Mundo”. A música foi feita em parceria com o irmão Anto-nio Cícero, de quem ela, aos 15 anos, musicou o poema “Alma Caiada”. Por intermédio da empresária Lea Millon, conhecida no meio como Tia Lea - e que era, de fato, tia de Marina -, o poema chegou às mãos de Maria Bethânia, que a gravou para o disco “Pássaro Proibido”, de 1976. A gravação, no entanto, foi

proibida pela censura federal da época“Eu adoro acorde de violão. A harmonia é o que distingue

quem você é no meio musical. A música é o que você sabe que existe entre e no meio das sete notas musicais. É esse o mistério. E “Motim” é isso. Os dois primeiros acordes fazem dela ser o que é. O resto é natural”, diz Marina, agora falando da canção que dá nome ao EP, assinada em parceria com Giovanni Biz-zotto e Alvin L , e que carrega sua marca de pop romântico.

Marina também gosta das incertezas. E, no novo trabalho, essa condição aparece em “Kilimanjaro”, outra em parceria com Alvin L., compositor que deu a ela, em 1991, a canção “Não Sei Dançar”, com a adesão de Alex Fonseca, produtor do EP ao lado de Marina.

“Como virginiana com ascendente em virgem, acho que ninguém me pega de surpresa. Eu estava quieta fazendo uma música com Alvin e chega o tema do Alex. Mandei para o Alvin e eles criaram outra música. Não queria abrir mão dela, mas não tinha como juntar. O Alex juntou. Deu certo. Quando vem uma tijolada assim, eu fico louca”, conta, sobre a faixa que usa elementos eletrônicos, algo com que ela flerta desde 1984, no álbum Fullgás.

Pop ou rock?Durante muito tempo, Marina recebia telefonemas do can-

tor Renato Russo (1960-1996), da Legião Urbana. O assunto predileto do amigo era debater se ela fazia rock ou pop. A teoria de Renato era a de que Marina era rock. Ela sempre discordou.

“O Renato amava o rock inglês. Era algo de combatente. Eu amava os Beatles, porém, por ter sido criada nos Estados Unidos, amava mais ainda a música negra americana. Era Mo-town (gravadora responsável por discos de nomes como Marvin Gaye, The Supremes e Jackson Five), Stevie Wonder. Foi daí que eu bebi. Daí, de Tom Jobim - e da bossa nova que virou moda entre os gringos - e dos Beatles. Dos Beatles vem o en-tendimento de como compor uma música pop/rock. Entender a estranheza e a beleza do que se faz”, explica Marina.

A música que fecha o EP “Motim é Nóis”, que compôs so-zinha e teve a participação de Mano Brown nos vocais. A letra flagra o momento atual em versos que falam da “onda de horror que chegou por aqui”, do “vírus matador” e do “essezinho daqui que vai ruir”.

E sobre como Mano chegou até Marina, anos atrás, tem a ver com a música negra e o pop. Convidada para uma premiação da MTV, a cantora viu o rapper se aproximar. Brown disse que sempre viu nela a música negra, o canto negro.

Para “Nóis”, Marina esperava que Mano fosse criar versos que dialogassem com o que ela havia escrito. Juntos no estúdio, ele dizia que estava sentindo que a música tinha certa tensão entre um homem e uma mulher. Ela não enxergava isso. Mano pegou o microfone e fez vocalizes. “Era algo Marvin Gaye, Cas-siano, Milton Nascimento. Eu disse a ele que estava lindo, sacro. Ele, marrento, negou. Foi o que deu alma à letra e à melodia que eu criei esperando ele entrar, para o rei chegar”, diz Marina. (Danilo Casaletti, especial para Agência Estado)

Tudo em você é fullgás

Cantora embarca na onda do streaming e lança EP de inéditas, além de um songbook com 175 gravações de sua carreira

Marina Lima: “A harmonia é o que distingue quem você é no meio musical” - Foto: Candé Salles/ Instagram

M

Conheça quatro discos fundamentais de Marina

Lima

‘Simples Como Fogo’Já na capa, somos fisgados: ela foi criada por um dos diretores da gravadora, com a intenção de ressaltar a “sensualidade e a inteligência” da artista. Àquela época, Marina, junto com Rita

Lee, era a única compositora da MPB. Foi um rebuliço a ocasião do lançamento do disco, mas hoje ele se faz essencial para introduzir no universo musical de Marina. A obra que abre o

repertório do disco, “Solidão”, foi composta pela cantora Dolores Duran, rainha do rádio. Tem no

streaming.

‘Certos Acordes’Terceiro disco de Marina, aqui

ela assume uma roupagem musical que lhe valeu um estilo

singular na música brasileira. É do álbum também a faixa “Certos Acordes”, sucesso

no repertório da cantora. A música foi feita em parceria

com o filósofo e poeta Antônio Cícero, seu irmão e membro da Academia Brasileira de Letras. Você pode ouvir a íntegra do

trabalho nas plataformas digitais.

‘Fullgás’Disco de maior sucesso de Marina Lima, ‘Fullgás’ foi

lançado em 1984. O álbum, além de sucessos de Marina como a faixa-título, emplacou canções de Erasmo Carlos e Roberto

Carlos (“Mesmo Que Seja Eu”) e Lobão (“Ma Chama”). Após o lançamento, Maria chegou

ao estrelado da indústria fonográfica. Assim como os

outros três, o LP também pode ser ouvido no streaming.

‘O Chamado’Marina em estado puro. Com

seu canto sensualmente rouco, a cantora criou uma releitura da

música “Carente Profissional”, composição assinada pela dupla

Frejat e Cazuza. Além dela, também há a bela “Pessoa” e a canção que renomeia o LP. Está nas plataformas digitais.

(Redação)

SEGUNDA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2021

WWW.DM.COM.BR

13DM Anápolis

A deficiência auditiva e a importância do intérprete de libras

Este artigo é dirigido princi-palmente a familiares que pos-suem dúvidas sobre o cresci-mento de ensino aprendizagem de seus filhos (as) que são sur-dos e mudos. Entendendo que o intérprete de libras é um direito e uma conquista destas pessoas.

Conforme estudos, a medi-cina otorrinolaringologista de-monstra que a perda auditiva

é muito comum, e pode afetar qualquer um a qualquer mo-mento de sua vida. As percas auditivas podem estar relaciona-das: a idade; perda auditiva in-duzida por ruídos; perda auditi-va causada por infecções; perda auditiva relacionada a medica-mentos; perda auditiva causa-da por perfuração de tímpano; surdez congênita; perda auditiva transitória.

No dia 23 de abril comemo-ramos o Dia Nacional de Educa-ção de Surdos e dia 24 de abril comemoramos Dia Nacional da Libras. Sendo datas especiais para celebrar as lutas e conquis-tas da escolarização de estudos surdos e a integralização no en-sino regular.

Como marco, a Lei nº

10.436/2002 reconhece Libras - Língua Brasileira de Sinais, como uma língua de modalidade ges-tual-visual onde é possível se comunicar através de gestos, expressões faciais e corporais. Evidentemente a Libras é muito utilizada na comunicação com pessoas surdas, sendo, portanto, uma importante ferramenta de inclusão social.

O autor Damázio explica que, a abordagem educacional por meio do bilinguismo visa capa-citar a pessoa com surdez para a utilização de duas línguas no co-tidiano escolar e na vida social, quais sejam: a língua de sinais e a língua da comunidade ouvinte.

Desta forma, as escolas es-tão aparelhadas para este atendimento que inicia com o

diagnóstico do aluno, e sem-pre acontece no Atendimento Especializado Especial – AEE, no horário contrário ao das au-las regulares. De acordo com o estágio de desenvolvimento da língua de sinais em que o aluno se encontra, com um planeja-mento de atendimento a partir do diagnóstico do conhecimen-to que o aluno possui a respeito da língua de sinais.

Assim, o trabalho do intérpre-te de libras é orientar o aluno a alcançar estruturas gramaticais corretas, inserindo regras gra-maticais propriamente ditas. Sendo um diferencial para o alu-no iniciar este atendimento nos primeiros anos de escolarização.

O sucesso desta criança em relação ao domínio da língua de

sinais é de extrema importância para quando chegar na univer-sidade ter a continuação deste suporte para a sua qualificação profissional futura.

As Universidades e Faculda-des também contam com este suporte dentro do Núcleo de Apoio Psicopedagógico, os in-térpretes estão cada vez mais buscando informações e conhe-cimento aos termos científicos em libras, como exemplo: termos técnicos na área da engenharia civil, arquitetura, enfermagem, matemática entre outros.

Viva a inclusão social!Espero ter ajudado aqueles

que precisam deste apoio!

Rosana Dorneles é Pedagoga – Psicopedagoga- Psicanalista.

ESPECIAL PARA O

Rosana DoRneles

Lideranças evangélicas de Anápolis se reúnem com Bolsonaro para manifestar apoio

Vânio Limiro

Na última terça feira (20/04) uma delegação de líderes evan-gélicos de igrejas sediadas em Anápolis foi recebida em audi-ência pelo presidente Jair Bol-sonaro no Palácio do Planalto em Brasília. O vice-prefeito de Anápolis, Márcio Cândido (DEM), que também é pastor, articulou e liderou o grupo de líderes religiosos. No início do encontro, o grupo cantou uma música e um dos bispos fez uma leitura bíblica. Após isso, todos fizeram uma oração em prol do governo Bolsonaro.

O deputado federal Vitor Hugo, que intermediou com a Presidência da República a re-alização da audiência, também participou do encontro junta-mente com o vereador de Aná-polis, Wederson Lopes (PSC), que é também pastor da Igreja Luz para os povos.

Participaram da reunião com o chefe da Nação a após-tola Graça Braga, presidente da Igreja Internacional da Renova-ção; os bispos Mozart Almeida, coordenador regional da Igreja Fonte da Vida; Tarcísio Gomes, presidente Igreja Evangélica Efraim; Henrique Antônio, pre-sidente da Igreja Luz Para os Povos, e os pastores, Washing-ton Albuquerque, da Igreja do Evangelho Quadrangular; Thia-go Cunha, presidente da Chur-ch In Connection, Richelson Xavier, pastor-auxiliar da Chur-ch In Connection; Darley Ma-cedo, da Assembleia de Deus; e Elias Noel, presidente da Igreja

Casa do Pai. Também participa-ram os músicos Lucas Furtado e Késia Gonçalves

A proximidade de Bolsonaro com os evangélicos é conheci-da e notória. O segmento teve forte participação na eleição do presidente. Assim, frequente-mente ele tem estado com líde-res evangélicos, mas não tinha recebido ainda uma delegação composta somente por pastores que atuam em Anápolis.

Márcio Cândido, além do cargo no município, desde o mês de janeiro deste ano vem

exercendo efetivamente o mi-nistério pastoral, liderando uma congregação da Assem-bleia de Deus Madureira, no Bairro Boa Vista. Márcio falou ao DM Anápolis sobre o encon-tro com Bolsonaro.

Vice-prefeito, qual foi o objetivo da reunião do o pre-sidente da República?

Nos articulamos, junta-mente com o deputado Vitor Hugo, esse encontro para dar esta oportunidade à liderança evangélica que exerce o mi-nistério pastoral em Anápolis. Nossa cidade possui várias de-nominações evangélicas que foram fundados aqui, mas, por outro lado, existem grandes denominações e ministérios que têm sedes estabelecidas aqui também, o que faz Aná-polis possuir um dos maio-res índices proporcionais de igrejas no Brasil. Levando em conta este cenário, o objetivo foi, através deste segmento, aproximar ainda mais Aná-polis com o presidente da República. Vale ressaltar que essa aproximação já existia também por meio do prefei-to Roberto Naves e de outros

deputados que articulam em favor do município, mas era interessante que a proximida-de pudesse de dar também por meio da comunidade evan-gélica, representada por este grupo de pastores.

O que pode ser considera-do como resultado deste en-contro?

Bem, como é de se esperar numa visita pastoral, mesmo numa audiência e num am-biente institucional, realiza-mos um momento devocional no gabinete do presidente, oramos por ele, houve um momento de louvor, mas, pu-demos reiterar nosso apoio e reforçar o empenho pelo aten-dimento às demandas do mu-nicípio, já levadas a ele pelo deputado Vitor Hugo; pleitos importantes como o trevo do Recando do Sol, a iluminação das rodovias que cortam a ci-dade entre outros pedidos que já foram encaminhados ao presidente Bolsonaro.

Para o segmento evangé-lico, por assim dizer, houve também alguma solicitação?

A visita, nesse sentido, teve um caráter de apoio ao presi-

dente e não de demandas para pastores ou igrejas. Nós for-mulamos um convite para que o presidente pudesse vir parti-cipar de um culto interdeno-minacional em Anápolis. Há a previsão de que esse evento seja realizado no mês de maio; depois de acertada uma data, o presidente nos disse que virá.

O presidente tem uma for-te ligação com os evangélicos deste a campanha eleitoral. Considerando isso, o que a liderança eclesiástica espera desta ligação?

Os líderes evangélicos ver-dadeiros têm uma visão e uma missão que vai além do presi-dente Bolsonaro. A missão da Igreja é interceder pelos go-vernantes, seja em que tempo for e independente também de quem esteja governando, porque entendemos que a vontade de Deus é soberana e nenhum governante na terra atua sem a permissão divina. Agora, não só os evangélicos, mas o povo brasileiro espera um governo de justiça e digni-dade.

Neste governo há uma sin-tonia maior, até mesmos por princípios em comum com o que pensa e defende o evan-gélico. Por exemplo, o presi-dente nos disse no encontro, reiterando um compromisso já assumido, que seu desejo é nomear um evangélico para o STF, na vaga do Ministro Mar-co Aurélio Mello que se apo-senta nos próximos dias.

No entanto, mais do que uma identificação com o pre-sidente ou com este governo, o que as lideranças evangélicas fazem em momentos como este é orar para que o gover-nante da nação possa ter saú-de, discernimento, equidade e espírito reto para governar.

Delegação foi liderada pelo vice-prefeito Márcio Cândido e a reunião com o presidente foi intermediada pelo deputado federal Vitor Hugo (PSL)

Vice-prefeito Márcio Cândido (DEM) e presidente Jair Bolsonaro (sem partido)

SEGUNDA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2021

WWW.DM.COM.BR

14 DM Anápolis

Oscar 2021

Zhao olha para os desalentados

A carreira de Chloé Zhao com seu terceiro longa-metragem, “No-madland”, tem sido de sucesso e premiação desde o Festival de Ve-neza, em setembro, quando levou o Leão de Ouro. De lá para cá, não fo-ram poucas as vezes que apareceu na tela, em geral metida numa simples camisa xadrez e cabelos em tranci-nhas, para agradecer aos dois Glo-bos de Ouro, quatro Baftas, Direc-tors Guild, Producers Guild, quatro Independent Spirit Awards e muitos outros troféus.

“Nomadland” concorre a seis es-tatuetas no Oscar deste ano: filme, direção, roteiro adaptado, edição, atriz (Frances McDormand) e fo-tografia. Nas duas primeiras catego-rias, só uma zebra tira o troféu de suas mãos. E, se assim confirmado, ela será a segunda mulher a levar o prêmio de direção, a primeira não--branca, a primeira chinesa.

Chloé Zhao nasceu em Pequim, há 39 anos. Mas seus três longas até agora exploram a paisagem natural e humana dos Estados Unidos, em to-das as suas complexidades e contra-dições. “Os Estados Unidos são tão diversos quanto seus cenários”, disse, em entrevista na qual a reportagem era a única de um veículo brasilei-ro, via videoconferência, logo após o Festival de Toronto.

Seus filmes - além de “Noma-dland”, “Songs My Brothers Taught Me” (canções que meus irmãos me ensinaram, na tradução, disponível na MUBI) e “Domando o Destino”

(Telecine) - se passam no mítico Oeste americano que, tradicional-mente nos westerns, foi sinônimo de conquista e violência, mas também de riqueza, futuro, possibilidade. Para Zhao, as paisagens continuam belíssimas e quase intocadas. Mas ela volta seu olhar para os indígenas, por exemplo, em seus dois primeiros longas. E, em “Nomadland”, para os americanos brancos, com mais de 50 anos, deixados para trás pelo sonho americano, se é que um dia ele exis-tiu.

São homens e mulheres como Fern (Frances McDormand), que fizeram de vans as suas casas e per-

correm o Oeste atrás de trabalhos temporários para sobreviver. Em seus caminhos, encontram-se e se desencontram. “Nos vemos por aí” é a despedida preferida de Bob Wells, um dos personagens reais que têm a vida ficcionalizada em Nordland.

McDormand é a primeira atriz profissional a trabalhar com Chloé Zhao, que sempre usou pessoas co-muns emprestando suas presenças e suas histórias. Foi a atriz quem abordou a diretora depois de as-sistir a “Domando o Destino”, no Festival de Toronto. Ela que deu a ideia de adaptar o livro-reportagem “Nomadland - Surviving America

in the Twenty-First Century” (No-madland - Sobrevivendo à Améri-ca no Século 21, na tradução livre), de Jessica Bruder. “Para funcionar, Frances tinha de desaparecer”, ex-plicou a cineasta. E foi o que acon-teceu. Filmando num banheiro num camping, um sujeito enrolado numa toalha perguntou se ela era a Frances McDormand. A resposta da atriz? “Não, eu sou sua hostess no cam-ping, Fern.”

Zhao foi criticada por não fa-lar da exploração que essas pesso-as sofrem em trabalhos precários. “Nomadland” também não expõe a visão política dessa gente que, sen-do branca e de meia idade, naque-la região dos Estados Unidos, seria facilmente rotulada de “boomers do território Trump”. “Eu sei que, só de apontar a câmera, alguém vai ver algo político”, disse ela. “Mas o que eu acho é que, quando um torna-do vem chegando, não importa em quem você votou para presidente. É preciso trabalhar juntos para sobre-viver.” Para ela, este é o espírito dos pioneiros americanos, que se per-deu. “Eu só espero que meus filmes possam ajudar a lembrar aos espec-tadores quanto temos em comum e quanto estamos conectados.”

HumanidadeA história importa pouco em

sua obra. Seu interesse está em mostrar a humanidade daqueles que retrata. E, assim, as contradições e a falta de clareza aparecem. A cri-se de 2008 tem reflexos profundos na sociedade americana até hoje, principalmente em determinadas comunidades. Cidades inteiras fo-ram varridas do mapa. A ida para o Oeste, que representava possibi-lidade, futuro e fortuna, hoje é uma jornada a esmo, pela sobrevivência.

Chloé Zhao evita as respostas

simples. Nem todo o mundo que colocou o pé na estrada é apenas uma vítima da falta de empregos decentes para a classe trabalhado-ra. As motivações se misturam e se confundem. Uns perseguem o so-nho de liberdade representado pelo Oeste. Outros escolhem viver com menos, por necessidade ou vonta-de. Existem aqueles à procura de si mesmos. Ou de reinvenção.

“Talvez eu mesma esteja buscan-do isso”, disse Zhao. “Muitos têm a sorte de nascer com uma noção de quem são. Eu não sou assim. Cons-tantemente, tento descobrir quem sou. Encontrar quem se reinventou depois de uma tragédia ou num es-tágio mais tardio da vida é muito reconfortante.” E há os que tentam fugir da perda. Esse luto pode ser por uma pessoa, por todo um estilo de vida passado ou, simplesmente, por um país que não existe mais. Não à toa, “ N o m a d l a n d ” , muitas vezes, parece um elogio fú-nebre filmado na hora mágica, com céus tingidos de rosa, laranja e lilás.

Curioso imaginar como vai ser a próxima aventura de Chloé Zhao, que abandona não apenas o Oeste americano, mas os Esta-dos Unidos e até o planeta Terra. Com Eternos, do estúdio Marvel, ela também deixa os filmes inde-pendentes, os elencos de não pro-fissionais e personagens humanos para falar de uma turma de extra-terrestres cheios de poderes.

“Eu acho que meu processo criativo não mudou muito. Na verdade, trabalho com um grupo bem pequeno e íntimo na Marvel. E, de novo, começamos com um mundo que amamos, personagens que adoramos e encontramos a história que desejamos contar”, comenta. (Mariane Morisawa/ Agência Estado)

‘Nomadland’ mostra que sonho americano é uma falácia - Foto: Divulgação

Longa da cineasta chinesa concorreu a seis estatuetas na premiação hollywoodiana e mostra que trabalho sem sentido gera desprazer

Mostra

Festival presta homenagem ao cinema novoE já se passaram quase 60 anos da

estreia de “Deus e o Diabo na Terra do Sol”. Em 1964, o filme de Glauber Rocha foi selecionado para a mostra oficial do festival de Cannes, junto com “Vidas Secas”, de Nelson Pereira dos Santos. Se para os modernistas da Semana de 22 a fome era estética, Glauber e companhia tinham uma vi-são diferente: eles acreditavam que se tratava de uma questão essencialmente política.

“Deus e o Diabo” estava longe de ser um filme qualquer e marcava um ponto de virada na obra glauberiana, após o diretor experimentar linguagens em “Pátio” (1959), “Cruz na Praça” (1959) e “Barravento” (1962). O gover-no fardado da ocasião passou a dificul-tar as tentativas de Glauber em realizar um cinema que focasse nos problemas brasileiros, porém seu filme que mais deixou os ânimos da direita e esquer-da assanhados foi “Terra em Transe” (1967), o mais impactante longa do gênio da raça.

Além da expectativa em torno do segundo filme de Glauber, “Terra em Transe” havia sido há pouco liberado pela censura e dividia a opinião dos críticos, assim como a do público. Mais escrachado do que propriamente lou-vado, taxado de alegórico demais e de difícil assimilação, os resenhistas do jornal Correio da Manhã dedicaram

uma bofetada de palavras àquilo que, na visão deles, deveria ser mais explí-cito em termos políticos, mas essa tese esbarrava num ponto: com a censura, isso se tornava inviável.

Dois anos depois, em 1969, o ci-neasta lançou “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro”. O longa expõe a miséria da população brasi-leira e, prontamente, fora censurado pelo general Emílio Garrastazu Médi-ci. Em cena, a relação permeada pela luta de classes dos personagens, com os donos do poder representados pelo coronel Horácio. Os oprimidos são mostrados a partir dos habitantes po-bres da cidade.

Do ponto de vista estético, o pla-no-sequência do confronto entre Coi-rana e Antônio dos Mortos se tornou um dos mais cultuados da filmografia glauberiana. Com a câmera em punho, a sequência enfoca os personagens, e condensa a naturalidade do improviso e o aspecto teatral do filme: a produção leva o espectador a dissecar a realidade do chamado terceiro mundo a partir da dialética entre as cenas e a edição.

O cinema novo ousava mergulhar no lado que as autoridades brasilei-ras queriam maquiar. Em geral, eram filmes de baixo orçamento, com uma linguagem autoral e com a pretensão de estabelecer uma ruptura com o ci-nema feito no Brasil até então.

“Cinco Vezes Favelas", produção dirigida por um grupo que conta-va com Joaquim Pedro de Andrade, Cacá Diegues e Leon Hirszman, marca – por assim dizer – a inau-guração do movimento. Depois, são filmadas obras como “Os Cafajestes” (1962), de Ruy Guerra, e “Vidas Se-cas” (1963), de Nelson Pereira. No final da década, Joaquim Pedro adap-tou às telonas o anti-herói “Macuna-íma”, do escritor Mário de Andrade, numa estética reverenciada pelas co-res gritantes e pela sátira social.

É preciso dizer, de fato, que parte desses filmes foram concebidos sob as ideias desenvolvidas por Glau-

ber Rocha no ensaio “Eztetyka da Fome”, publicado na terceira edição da Revista Civilização Brasileira. Glauber pregava que o homem lati-no-americano precisava reagir à desi-gualdade e à exploração, e se possível de forma agressiva. Foi o que, vale ressaltar, o cinema novo fez a partir de personagens que comiam terra e raízes, que roubavam e matavam para ter alimento na mesa.

Sim, Glauber era cirúrgico: o co-lonizado é um escravo e só o deixa de ser quando segura armas. Assim como seus colegas do cinema novo, ele admirava o soviético Serguei Ei-senstein, diretor de “O Encouraçado

Potemkin”, um clássico do cinema que aborda uma revolta de marinhei-ros. Detalhe: em pleno stalinismo, a ditadura que instituiu na União So-viética uma estética que ficara conhe-cida como Realismo Socialista. Ou seja, só era possível fazer uma arte que enaltecesse Joseph Stalin.

Fora desse caldo revolucionário que levou o escritor Nelson Rodri-gues a bater em sua máquina uma crônica-pérola na qual comparou “Terra em Transe” a um ideograma chinês posicionado de cabeça para baixo, Nelson confessou que gostou apenas de uma cena do filme, em que – segundo ele – “dão a palavra ao povo”. Já Hélio Pellegrino, amigo de Glauber, atestou que a obra era “um vômito triunfal”.

Para além de polêmicas como o libelo rodrigueano e o comentá-rio mordaz de Pellegrino, o cinema novo mostrou os horrores do Brasil em plena ditadura civil-militar. Os fardados não eram exatamente sensí-veis ao verem os problemas do país retratados pela arte. Então a saída era censurar a patota de Glauber.

E passados mais de 60 anos do estardalhaço provocado pelos cine-manovistas, o Telecine Play dispo-nibiliza uma mostra em homenagem ao cinema novo. Assistam. (Marcus Vinícius Beck)

Cena do filme ‘O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro’, de Glauber Rocha -Foto: Reprodução

SEGUNDA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2021

WWW.DM.COM.BR

15DM Anápolis

Renato e seus Blue Caps e seu maior discípulo no Nordeste: Nélber Jatobá

Final dos anos de 1950 (1959), bairro da Piedade, subúrbio do Rio de Janeiro. Lá um grupo mu-sical formado pelos irmãos Bar-ros — Renato, Paulo César e Ed-son — juntaram-se aos amigos Euclides de Paula e Gelson para fundarem um conjunto. Surgia assim os “Bacaninhas do Rock da Piedade”.

Naqueles tempos da brilhan-tina, o rock chegara ao Brasil e fora logo acontecendo na zona norte do Rio de Janeiro. Apare-cia, então, uma banda atrás da outra. Lá mesmo em Piedade, do outro lado da linha do trem,

surgira outra banda que, sem ser concorrente, tornou-se coirmã do conjunto liderado por Renato Barros. Falo dos Fevers.

O próprio Renato revela, em depoimento, que, por sugestão do radialista Jair de Taumatur-go, “Os Bacaninhas do Rock da Piedade” mudaram de nome passando a chamar-se Renato e seus Blue Caps. Passados mais de sessenta anos, o conjunto continua por aí, na estrada da vida, encantando sessentões e setentões e até jovens garotos que apreciam o romantismo de um rock que conquistou mentes e corações enamorados. Rena-to e seus Blue Caps colecionou uma legião de discípulos por este Brasil afora. Dentre esses seguidores, destaco o alagoano Nélber Jatobá, que é, sem dúvi-da, o mais talentoso da região Nordeste. Falemos um pouco de sua trajetória de vida ligada à banda de Piedade.

Nélber, filho de uma família de 13 irmãos, traz no sangue o talento musical herdado de seu pai, Nelson Almeida; este, por sua vez, sofreu a influência da mãe. Sim, a avó de Nélber fora uma grande pianista.

O som de Renato e Seus Blue Caps chegou cedo na vida do ainda garoto Nélber, que se lembra bem do acontecido: ele tinha 14 anos quando conse-guiu, de ouvido, tocar a música “Meu bem não me quer”, grande sucesso dos rapazes de Piedade.

A sólida cultura musical ad-quirida é o reflexo da sua de-terminação juvenil, que desde a adolescência sabia o que queria. A fase do aprendizado vivida com a banda Jet Stones mui-to contribuiu para que, o ainda garoto, Nélber participasse da banda Jet Stones Júnior. Poste-riormente, ele teve seu talento reconhecido ao ser contratado como profissional para ser o

baixista e vocalista de “Os Bár-baros”. Nessa banda, o filho do senhor Nelson Almeida teve a oportunidade de conviver com um grande mestre da música alagoana: Carlos Moura. A partir daí a profissionalização dele foi consolidando-se; primeiramen-te, como membro da banda “Os Corujas”, depois, como integran-te da banda que pertencia à Rá-dio Difusora de Alagoas — “Os Diamantes”. Nessa fase de rela-ção com a música, Nélber já era um profissional respeitado entre seus conterrâneos alagoanos. Ele ainda participou como bai-xista e vocalista da banda “Gru-po Seis”, que era exclusiva do Clube Pajussara.

Foi com essa respeitável for-mação musical influenciada pelo pai Nelson Almeida que Nélber se tornou, sem lugar a dúvidas, o mais expressivo discípulo do conjunto Renato e seus Blue Caps na região Nordeste. A

voz e a guitarra dele nos fazem voltar àqueles anos dourados de um Brasil liderado pelo pre-sidente Juscelino Kubitschek, quando tudo dava certo. O líder dos irmãos Barros — Renato — já se foi. Mas a banda continua firme e forte na sua trajetória de mais de sessenta anos. O sonho não acabou, e esse sonho jamais se apagará enquanto existirem discípulos como Nélber Jatobá.

E aqui vai um convite: entre no Youtube e assista às interpre-tações dele. Estas nos fazem en-trar no túnel do tempo, à época em que Renato e seus Blue Caps embalava o amor e a ternura dos casais apaixonados.

Salatiel Soares Correia é Engenheiro - Administrador de Empresas, Mestre em Ciências pela Unicamp. É autor, entre outras obras, de Cheiro de Biblioteca.

ESPECIAL PARA O

OS ARTIGOS ASSINADOS SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES E NÃO REPRESENTAM A LINHA EDITORIAL DO JORNAL

Salatiel Soares Correia

AVISO DE LICITAÇÃOO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS, por intermédio da Secretaria da Comissão Permanente de Licitação, torna público que realizará Licitação nas datas e horários abaixo indicados. Os interessados poderão obter a íntegra do edital no sítio www.tjgo.jus.br e em www.licitacoes-e.com.br. As informações poderão ser obtidas junto a Secretaria da Comissão Permanente de Licitação pelo e-mail licitacao@tjgo.jus.br e rjayme@tjgo.jus.brPREGÃO ELETRÔNICO 019/2021 DO TIPO MENOR PREÇO SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOSProcesso nº 202104000269279 Objeto: contratação de serviços de apoio administrativo na área de secretariado Recebimento das Propostas a partir das 08h00 do dia 07/05/2021Abertura das Propostas a partir da 08h00 do dia 10/05/2021Início da Disputa de Preços às 15h00 do dia 10/05/2021

Rogério JaymePregoeiro

COMPANHIA SÃO PATRÍCIO DE GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA –CSP-G&T

Av. Presidente Vargas, 618 – Centro,Sala 06Ceres-GO, CEP 76300-000 CNPJ(MF) 18.433.682/0001-91

NIRE 52300016053ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

EDITAL DE CONVOCAÇÃOConvocamos os senhores acionistas da Companhia São Patrício de Geração e Transmissão de Energia Elétrica –CSP-G&T, para se reunirem em Assembleia Geral Ordinária às 10h do dia 05 de maio de 2021 na sede social da Companhia na Av. Presidente Vargas,618, Sala 06, Centro, Ceres, Estado de Goiás, CEP 76300-000, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia:Assembleia Geral Ordinária:1.Tomar as contas dos administradores: examinar, discutir e votar as Demonstrações Contábeis e os documentos que as complementam relativos ao exercício findo em 31 de dezembro de 2020;2.Outros assuntos de interesse da Companhia.

Ceres, 26 de abril de 2021Ricardo de Pina Martin

Diretor

A região do Parque Atheneu está mudando para melhor

Moro há praticamente 30 anos no Conjunto Parque Athe-neu, em Goiânia. Conheço cada rua deste bairro. Aliás, não só do bairro, mas de toda a região Sudeste da capital. Acompanhei o crescimento de cada setor, as mudanças nas casas, instalação de praças, unidades de saúde, iluminação pública, escolas e o Batalhão da Polícia Militar. Ao longo destas décadas, a região melhorou demais. Cresceu e se

expandiu.No entanto, é bem verdade

que a aceleração no crescimento econômico e populacional tam-bém trouxe problemas, especial-mente de infraestrutura. A obras e serviços ofertados pelo poder público ficaram a desejar duran-te um certo período de tempo. Esse, inclusive, foi um dos moti-vos para que eu entrasse na vida pública. Corre em minhas veias a necessidade de ajudar as pesso-as. E, por meio da Câmara Mu-nicipal, sabia que teria minhas possibilidades ampliadas.

Em 2008, fui eleito vereador por Goiânia. Foi um momento de muito trabalho. Nossa região estava abandonada. Recordo até hoje que fui campeão de envio de requerimentos e projetos ao poder público durante o man-

dato. Foram nada menos do que 80 projetos de lei e 1.975 reque-rimentos apresentados e apro-vados. O número alto mostrou a carência de nossa região. E pos-so garantir que cada um desses pedidos representaram algum tipo de benefício para os bairros.

Dentre os projetos e reque-rimentos, lembro quando apre-sentei, ao então prefeito Paulo Garcia, o projeto para duplica-ção da Avenida Engler, que foi aprovado de imediato. A obra era uma demanda antiga de nossa comunidade. Uma pena que os trabalhos só tiveram iní-cio em 2019, mas deve ser finali-zada até julho deste ano.

Hoje, quase dez anos depois, voltei para a Câmara Municipal de Goiânia como representan-te do povo, especialmente da

região do Parque Atheneu. E vi que nossa região ficou nova-mente carente de uma atuação mais próxima do poder público. Por isso, comecei 2021 acelera-do. Já apresentei mais de 100 re-querimentos e 310 ofícios. Com a ajuda do prefeito Rogério Cruz e de seu secretariado, estamos transformando a região do Par-que Atheneu num grande can-teiro de obras e serviços.

A Avenida Engler, como disse anteriormente, será inaugura-da em breve. Solicitei roçagem, limpeza, capina e operação ta-pa-buracos em todos os bairros de nossa região. Fomos pronta-mente atendidos pela Comurg e pela Secretaria Municipal de In-fraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra), a quem devo especiais agradecimentos. Conseguimos

ainda melhorias na sinalização viária e conserto das tampas de diversas bocas-de-lobo.

A região do Parque Athe-neu está se transformando. E se transformando para melhor. Tenho certeza de que, com o apoio do poder público munici-pal e o olhar atento de nossa co-munidade, vamos colocar nossa região como o melhor local para se viver em Goiânia. É por essas e outras que sinto uma enorme gratidão de servir à minha co-munidade. E sigo sempre à dis-posição da população goianien-se. Juntos, somos mais fortes!

Joãozinho Guimarães é vereador pelo Solidariedade em Goiânia

ESPECIAL PARA O

Joãozinho Guimarães

SEGUNDA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2021

WWW.DM.COM.BR

16 DM Anápolis

Agressão ambiental: loteamento ilegal de chácaras destroem mata ciliar e rio no município de Gameleira de Goiás

Vânio Limiro

Um crime ambiental está sendo perpetrado nas margens do Rio Piracanjuba, um dos mais importantes cursos d’água da re-gião que banha os municípios goianos de Silvânia, Gameleira, Leopoldo de Bulhões e outros adjacentes.

Muitos sítios e fazendas loca-lizados na margem esquerda do rio, no município de Gameleira de Goiás, estão sendo divididos em pequenos lotes que são ven-didos para a construção, princi-palmente, de chácaras de lazer, cujos compradores são atraídos pela exuberância das matas e da beleza do Rio Piracanjuba, a grande atração da região.

Para preparar estes lotes, os responsáveis pelo empreendi-mento estão cometendo, sob todos os aspectos, um crime ambiental. Tratores e retroesca-vadeiras estão trabalhando em vários pontos do lugar, aplai-nando trechos de terrenos (que é acidentado), abrindo acessos e estradas, arrancando árvores e movimentando sem qualquer critério grande quantidade de terra.

O barulho das máquinas pode ser ouvido em meio à paz do lugar. Ao ver as alterações promovidas, constata-se que não foi feito nenhum estudo e nem adotado qualquer critério para as intervenções que ocor-rem em vários lugares.

O cenário é triste. A reporta-gem do DM Anápolis esteve na região na tarde do último sába-do (24) e constatou um cenário desolador. Por todos os lados, colunas de fumaça podem ser vistas sobre a mata. São os lo-tes que já foram vendidos e os compradores estão queimando a vegetação que já foi removida pelas máquinas, as árvores e a vegetação rasteira são amonto-adas no centro dos lotes e quei-madas para limpar o terreno onde se vai construir.

No sábado, em um dos terre-nos, para permitir o acesso, um morro na chegada foi pratica-mente escavado para dar lugar a uma estrada íngreme que des-ce até o lote, onde uma ou mais famílias haviam montado uma barraca no meio dá área, que já estava toda queimada.

Em outro terreno demarca-do, a cerca de trezentos metros adiante, já quase na margem do rio, o silêncio era quebrado por uma música alta vindo de um dos cinco carros parados perto

de um monturo de terra remo-vida, onde com uma imensa fogueira ardia queimando as ar-vores arrancadas, algumas delas de grande porte.

A poucos metros de uma es-trada vicinal, onde foi aberto o acesso a alguns lotes já demar-cados, uma poroca com cerca de 6 metros de comprimento ja-zia no chão arrancada pela raiz, para permitir construir as vias de acesso.

Um antigo morador da re-gião, sob anonimato, disse ao DM Anápolis que os responsá-veis por vender os lotes estão co-metendo um crime contra a na-tureza. “Eles estão cortando não é só pororoca não; estão cortan-do barú, aroeira, pequizeiro; re-movendo pedras que servem de barreiras nas encostas, jogando montões de terra nas grotas e, quando chover, vai criar valas e alagamento, porque a água não tem mais onde escoar natural-mente”, disse, triste, o morador.

À medida em que se vai adentrando na região onde os lotes estão demarcados, perce-be-se o estrago provocado pelas alterações no solo. Em um dos pontos, próximo à cabeceira do Rio Piracanjuba, uma das nas-centes de água foi drenada com a colocação de manilhas para conduzir a água. Não mais exis-te a nascente.

O morador indignado pros-segue: “Olha, moço; estão ca-çando aqui a noite. Toda esta

região é uma reserva do lobo--guará, do veado-catingueiro, no tamanduá-bandeira. Até onça-parda já foi vista aqui. De uns dias para cá, de noite dá pra ouvir os tiros de quem está ca-çando e isto é novidade, pois o povo daqui não mata os animais silvestres não”

As fazendas da região têm no vale do Piracanjuba as suas reservas de mata. Segundo um pequeno fazendeiro do lugar, já foram feitas denúncias dessas agressões ambientais junto à Prefeitura de Gameleira de Goi-ás, mas ainda não obtiveram res-posta do órgão público. Vários proprietários de terras no lugar já denunciaram o fato também no Ministério Público e outros órgãos ambientais, mas, tam-bém não houve resposta.

Na margem do rio as agres-sões ambientais são ainda mais graves. Além da canalização de nascentes, árvores localizadas nos barrancos junto à margem foram arrancadas e há montes de terra jogadas no leito do rio à guisa de aterro. A dois metros da margem, uma retroescavadeira havia jogado grande pedras no leito, aparentemente para fazer uma espécie de barragem e in-terferir no curso da água.

O sitiante Waldemar Pires, 43 anos, nascido e criado na região, herdou o sítio dos pais e que foi comprado pelo seu bisavô. Wal-demar reclama de não poder plantar mais em determinados

trechos da sua propriedade, pois a enxurrada que vem das estradas abertas assoreia a ter-ra. “Eles estão destruindo as nascentes, jogando enxurro nas estradas, agredindo a natureza, destruindo tudo. Minha terra fica num nível mais baixo, en-tão eles abrem estradas, aí vem a chuva e o enxurro das estradas invade a minha terra e eu não posso plantar mais nada. Sem contar no incômodo do som alto, bebedeiras e outras coisas que antes não tinha aqui”.

E clara a agressão ambiental e o atropelo da lei. Pelas reso-luções do CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente), a maioria dos locais onde estão sendo demarcados os lotes são áreas que se enquadram nas si-tuações específicas em que são consideradas e constituídas as Áreas de Preservação Perma-nente (APP). Por exemplo, área de nascentes, como as que estão sendo drenadas, são considera-das de preservação permanente e que num raio mínimo de 50 metros elas devem ser protegi-das.

GanânciaSegundo informações de

fazendeiros e sitiantes do lu-gar, muitos proprietários foram convencidos que terão gran-des lucros em dividir duas ter-ras. Eles são abordados com a proposta de que, dividindo a propriedade em lotes, o valor

alcançado na venda será bem maior do que se fossem vender toda a terra. Muitos já aceita-ram.

Segundo um contrato a que o DM Anápolis teve acesso, a operação que está destruindo parte do Vale do Piracanjuba está sendo levada a cabo pela empresa Premix Participações Ltda, com sede em Goiânia. A empresa, segundo consta em seu Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) é uma holding de instituições não fi-nanceiras e que tem como ati-vidades secundárias, o aluguel de imóveis próprios e a inter-mediação e agenciamento de serviços e negócios em geral, exceto imobiliários.

Segundo moradores da re-gião, a Premix está celebrando com proprietários interessados no negócio, um “contrato par-ticular promessa de compra e venda de chácaras”. No contrato a que o DM Anápolis teve aces-so, a empresa é representada pelo sócio-administrador Paulo Reis Esselin de Melo, qualifica-do no contrato como o vende-dor, dos lotes de terras. A reda-ção tentou entrar em contato com representantes da Premix mas não obteve sucesso.

Precários e sem formali-dade, os contratos não pare-cem oferecer segurança para o comprador, visto que, em um empreendimento imobiliário, desde a sua implantação, são exigidos os devidos registros junto ao município onde está sendo construído e, neste caso, mais importante ainda, seriam necessárias licenças ambien-tais e as regularizações perti-nentes a um loteamento a ser feito em área rural, onde devem ser levados em conta critérios como, distanciamento de cur-sos d’água; proteção à vegeta-ção, fauna e flora; entre outros requisitos importantes para que se libere um empreendimento deste modelo sem que a natu-reza e o meio ambiente sejam afetados.

Com a palavra a PrefeituraO prefeito de Gameleira de

Goiás, Wilson Tavares (DEM) disse ao DM Anápolis desco-nhecer qualquer empreendi-mento imobiliário, mesmo em área rural do município.

“Eu não conheço o lotea-mento e também não autorizei nenhum loteamento nos úl-timos quatro anos na cidade. Possivelmente não há autoriza-ção, nem minha, nem do poder público de maneira geral. Eu espero que, nos próximos dias nós encontremos os proprietá-rios e regularize isso, sob pena do Ministério Publico embargar o empreendimento”, disse Tava-res.

O chefe do Executivo afirmou anda: “O empreendimento, com certeza deve ser irregular; en-tão, tanto nós do Executivo Mu-nicipal, quanto o Ministério Pú-blico, temos que investigar isso”

Donos de empreendimento imobiliário ilegal derrubam árvores, drenam nascentes e até aterram partes do Rio Piracanjuba, para preparar lotes de terra para formação de chácaras de recreio