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HISTÓRIA|vestenem Este conteúdo é parte integrante do curso VestEnem do Aulalivre.net e não pode ser vendido separadamente. 1 PRÉ-HISTÓRIA É o período que inicia com a evolução cultural do ser humano, (surgimento do homem primitivo), até o aparecimento da escrita. Após uma longa evolução, que se iniciou há cerca de 1 milhão de anos, os descendentes dos primeiros hominídeos espalharam-se pela África, Ásia e Europa, posteriormente para a América. (para a América tem duas hipóteses para a chegada. A primeira pelo Estreito de Bering, durante uma glaciação e a segunda com canoas partindo da África para as Américas Central e do Sul). Nome: Australopithecus Período: 4,2-1,4 milhões Crânio: 700 cm3 Local: África Características: Postura semi-ereta e uso de ferramentas Nome: Homo Habilis Período: 2-1,5 milhões Crânio: 750 cm3 Local: África Características: Fabricação de artefatos rudimentares Nome: Homo Erectus Período: 1,5 milhões – 300 mil Crânio: 900 cm3 Local: África, Ásia e Europa Características: Coluna ereta, controle do fogo, caçador habilidoso Nome: Homo Sapiens Neandertalensis Período: 200-40 mil Crânio: 1300 – 1600 cm3 Local: África, Ásia e Europa Características: Fala, religiosidade, cerimoniais fúnebres Nome: Homo Sapiens Sapiens Período: 100 mil até hoje Crânio: 1300-1600 cm3 Local: Todos os continentes Características: Todas as atuais A Pré-história pode ser dividida em três períodos: o Paleolítico (Selvageria), ou Idade da Pedra Lascada, o Neolítico (Barbárie), ou Idade da Pedra Polida e a Idade dos Metais (Civilização):

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PRÉ-HISTÓRIA

É o período que inicia com a

evolução cultural do ser humano,

(surgimento do homem primitivo), até o

aparecimento da escrita. Após uma longa

evolução, que se iniciou há cerca de 1

milhão de anos, os descendentes dos

primeiros hominídeos espalharam-se pela

África, Ásia e Europa, posteriormente para

a América. (para a América tem duas

hipóteses para a chegada. A primeira pelo

Estreito de Bering, durante uma glaciação e

a segunda com canoas partindo da África

para as Américas Central e do Sul).

Nome: Australopithecus

Período: 4,2-1,4 milhões

Crânio: 700 cm3

Local: África

Características: Postura semi-ereta e uso

de ferramentas

Nome: Homo Habilis

Período: 2-1,5 milhões

Crânio: 750 cm3

Local: África

Características: Fabricação de artefatos

rudimentares

Nome: Homo Erectus

Período: 1,5 milhões – 300 mil

Crânio: 900 cm3

Local: África, Ásia e Europa

Características: Coluna ereta, controle do

fogo, caçador habilidoso

Nome: Homo Sapiens Neandertalensis

Período: 200-40 mil

Crânio: 1300 – 1600 cm3

Local: África, Ásia e Europa

Características: Fala, religiosidade,

cerimoniais fúnebres

Nome: Homo Sapiens Sapiens

Período: 100 mil até hoje

Crânio: 1300-1600 cm3

Local: Todos os continentes

Características: Todas as atuais

A Pré-história pode ser dividida em

três períodos: o Paleolítico (Selvageria), ou

Idade da Pedra Lascada, o Neolítico

(Barbárie), ou Idade da Pedra Polida e a

Idade dos Metais (Civilização):

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Paleolítico

Período que vai de 2,5 milhões de

anos atrás até 10 mil a.C.. É caracterizado

pelo uso de utensílios elaborados a partir

da pedra lascada – lascas de sílex. Nesse

momento, o ser humano era nômade,

subsistindo a partir da coleta, da caça e da

pesca. Constituía comunidades onde

predominava a propriedade coletiva dos

meios de produção. Cultuavam os mortos e

manifestavam suas atividades (caça) nas

paredes das cavernas, (Pinturas

Rupestres). As famílias nessa época eram

poligâmicas. (Matrilinear)

A partir da descoberta do fogo,

facilitou o cozimento dos alimentos (raízes)

e o homem passou a se proteger melhor

dos animais.

Neolítico

Período que vai de 10.000 a.C. até o

surgimento da escrita (mais ou menos

4000 a.C.). É marcado pelo processo de

sedentarização da espécie humana. A

partir do domínio sobre técnicas agrícolas

onde a mulher arava, semeava e colhia

(trigo, legumes e frutas) e da criação de

animais (cabra, porco, ovelha e cavalos),

realizado pelo homem, aconteceu a

chamada Revolução Neolítica. Sendo

assim, formaram-se os primeiros núcleos

urbanos e deu-se a organização das tribos,

onde inicialmente elas eram autônomas e

auto-suficientes, sem desigualdades

sociais e a propriedade da terra era

coletiva (Comunismo Primitivo).

No entanto, o crescimento da

população, da agricultura, do pastoreio, da

tecelagem e da cerâmica proporcionou a

especialização e a divisão do trabalho.

Surgem as trocas entre as aldeias e inicia-

se o comércio.

Nesse período também foi iniciado o

trabalho em cerâmica, através do

cozimento da argila e com a utilização das

fibras vegetais e a lã possibilitou-se o

surgimento da tecelagem. As famílias

passam a ser monogâmicas. (Patrilinear).

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Idade dos Metais

Foi o momento em que o ser

humano, aperfeiçoando técnicas de

metalurgia, conseguiu elaborar

instrumentos de trabalho e armas (cobre,

bronze e ferro).

Com isso, alguns grupos passaram

a deter a hegemonia sobre outros

(aristocracias) e as sociedades dividiram-

se em classes sociais. Além disso,

passaram a utilizar carro de rodas e barco

à vela.

O Crescente Fértil

A região conhecida como Crescente

Fértil é o semicírculo formado pela

Mesopotâmia, Síria, Palestina e Egito. Local

cercado por planaltos áridos, cadeias de

montanhas e desertos. Ao norte, ficava o

planalto da Anatólia; ao sul, o deserto da

Arábia; a leste, o planalto do Irã e, a oeste,

o deserto do Saara. As regiões litorâneas

do Oriente Próximo eram banhadas pelos

mares Egeu e Mediterrâneo.

CIVILIZAÇÕES ORIENTAIS I

MESOPOTÂMIA

Situa-se no Oriente Médio entre os

rios Tigre e Eufrates, na região conhecida

como Crescente Fértil;

Foi uma região habitada por

diversos povos, cada um com suas

diversidades no que tange sociedade,

política, religião e características em geral.

Sumérios

Ao final do período neolítico,

diversas cidades já haviam sido criadas na

região, todas elas autônomas e habitadas

por sumérios. Eram governadas por

patesis, mistura de chefe militar e

sacerdote. Eles controlavam a população,

cobrando impostos e administrando

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as obras hidráulicas. As terras eram

consideradas propriedades dos deuses.

Desenvolveram relações

comerciais com povos vizinhos e para que

as transações fossem mais proveitosas,

criaram a escrita cuneiforme, composta de

símbolos fonéticos em forma de cunha.

Acádios

O povo acádio que há algum tempo

vinha se introduzindo na região,

estabeleceu sua hegemonia. O rei acádio

Sargão I unificou parte do território,

submeteu os sumérios e incorporou sua

cultura. Com o crescente número de

invasões estrangeiras a permanência do

Império Acádio tornou-se inviável e o

mesmo acabou desaparecendo.

Primeiro Império Babilônico (Amoritas)

Os amoritas estavam entre os

povos invasores que derrubaram os

acádios;

Tinham a Babilônia como sua principal

cidade;

Hamurábi, rei da Babilônia, conseguiu

unificar toda a região, fundando o primeiro

Império Babilônico. Nessa época ocorre a

construção de diversos monumentos como

a Torre de Babel. Hamurábi também foi

importante por organizar o primeiro código

de leis escritas que se tem notícia. O Código

de Hamurábi apresenta diversas penas

para conflitos nas mais diversas esferas.

Elas eram sempre baseadas na Lei de

Talião:” Olho por olho, dente por dente”.

Apesar da prosperidade econômica nesse

período, revoltas internas e a morte de

Hamurábi acabaram provocando a cisão do

Império e o surgimento de diversos reinos

rivais, que só foram submetidos novamente

pelos Assírios

Império Assírio

Os Assírios desde cedo

organizaram um forte Estado militarizado;

Utilizavam cavalos e carros de guerra além

de armas de ferro fundido. As populações

vencidas durante a expansão assíria

terminavam escravizadas e eram

destinadas ao trabalho, enquanto os

vencedores assírios concentravam-se nas

atividades militares.

Eram conhecidos por sua

crueldade, não só porque escravizavam os

povos conquistados, mas também por

torturá-los.

Os assírios conquistaram um vasto império

mas entraram em decadência e foram

conquistados pelos medos e caldeus. Os

caldeus deram origem ao segundo Império

Babilônico.

Segundo Império Babilônico

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A Babilônia voltou a ser a capital do

Império, cujo apogeu viria com o reinado de

Nabucodonosor. Ocorreu a realização de

diversas obras públicas como: templos,

muralhas e os famosos jardins suspensos.

Durante a expansão territorial os

babilônios capturaram e escravizaram o

povo hebreu, levado para a capital. Esse

episódio ficou conhecido como Cativeiro da

Babilônia.

Após a morte do grande imperador a região

foi invadida pelos persas e a partir de então

ficou sob domínio do Império Persa.

Observações sobre a Mesopotâmia

Na Mesopotâmia o modo de

produção era asiático e com servidão

coletiva.

A economia era baseada no

pastoreio, agricultura, comércio e

manufaturas.

Sociedade Estamental e Hierarquizada.

Divisão Social:

Dominantes: Família real, nobreza,

sacerdotes

Camada Média: Militares e comerciantes

Dominadas: Artesãos, camponeses e

escravos.

A religião era politeísta e acreditavam

nesta vida, e não na vida após a morte.

Uma das grandes construções foram os

zigurates (pirâmides para observar os

astros).

Localização: extremo nordeste da

África, às margens do rio Nilo. Terras

naturalmente férteis que possibilitaram

uma rica agricultura.

Período pré-dinástico

Construção de obras hidráulicas,

como consequência do aumento

populacional que ocorreu durante a época

neolítica, para o cultivo de alimentos. Modo

de produção asiático com servidão coletiva

(os membros das comunidades locais

servem ao Estado, o grande proprietário

das terras, por meio de tributos e trabalho).

Surgimento dos nomos, comunidades

agrícolas chefiadas por um nomarca.

Expansão e fusão dos nomos= formação de

cidades.

Formação de dois reinos: o do Alto

Egito ao sul e o Baixo Egito ao norte.

Menés, governante do Alto Egito unifica os

dois reinos, transformando-se no primeiro

Faraó.

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Antigo Império

Longo período de relativa

estabilidade política e social;política e

social;

A população tinha grandes obrigações com

o Estado, além de participar das obras de

irrigação dos nomos, deveria ajudar na

construção de grandes monumentos

arquitetônicos como as pirâmides;

A diminuição das enchentes do rio

Nilo, a fome, a peste e a desorganização da

produção agrícola levaram à

descentralização do poder político, que

ajudaram as invasões no norte do Egito e

consequentemente o fim do Antigo Império.

Médio Império

Os nobres do Alto Egito uniram força

através da figura do faraó e

reconquistaram o poder no Egito, para

tentar controlar a situação de caos que

viviam. Os trabalhos coletivos foram

retomados na sociedade. As classes mais

baixas adquiriram alguns direitos, a

situação econômica se estabilizou, as

doenças diminuíram e os conflitos foram

finalmente combatidos;

Prosperidade material, sustentada no

trabalho servil;

Apesar das melhorias ainda era

grande a pobreza da grande maioria. A

situação de miséria da população e o

retorno da pressão por parte da nobreza,

que exigia maior autonomia, desafiavam a

autoridade do faraó e facilitaram a

penetração estrangeira, como a chegada

dos hebreus e a invasão dos hicsos

(utilizavam cavalos em larga escala e

armas desconhecidas pelos egípcios).Essa

ocupação durou aproximadamente dois

séculos.

Novo Império Foi considerado o apogeu da civilização

egípcia;

Os egípcios se unem a fim de expulsar os

hicsos;

O mesmo fortalecimento, baseado em

identidade cultural, que uniu os egípcios

contra os hicsos, fez com que os mesmos

dominassem e escravizassem o povo

hebreu;

Este período apresenta grande

expansão territorial (subjugaram entre

outros, sírios e fenícios) e o surgimento de

comerciantes;

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O faraó Amenófis IV faz uma

tentativa de substituição do politeísmo pelo

monoteísmo, cuja divindade era o Deus

Aton, representando pelo círculo solar.

Suas reformas não foram aceitas e tiveram

grande impopularidade. Com a morte de

Amenófis IV, seu sucessor Tutancamon,

restabeleceu a religião politeísta;

Grandes conquistas militares foram

realizadas pelo faraó Ramsés II. Após o seu

reinado mais uma vez o poder central se

desintegrou e teve início o período de

decadência do Império.

Problemas internos fizeram com que o

Império se dividisse novamente em dois

reinos, Alto e Baixo e facilitaram a invasão

dos Assírios;

Durante um período relativamente

curto o Egito voltou a ser independente por

meio do faraó Psamético I que conseguiu a

expulsão dos Assírios. Esse período é

chamado de renascimento Saíta e teve

grande desenvolvimento no comércio;

Após este período houve novamente lutas

internas que abriram caminho para novas

invasões, como a dos persas que

derrotaram os egípcios na batalha de

Pelusa e conquistaram a região;

Houve a instauração de uma nova dinastia

de origem macedônica à qual pertencia

Cleópatra.

O Egito cai sob domínio primeiramente dos

romanos e mais tarde árabe.

Observações sobre a civilização Egípcia

A sociedade egípcia era estamental

e hierarquizada.

- As classes dominantes eram: faraós,

sacerdotes, nobres, militares e escribas;

Ø- As classes dominadas eram:

Camponeses (eram a maioria), artesãos e

escravos.

A religião foi muito importante para

a manutenção da ordem existente e,

portanto para o domínio dos camponeses

pelo Estado; para toda a sociedade o faraó

era um deus. A religião por ser politeísta

possuía vários deuses em comum na

civilização como Osíris, Ísis e Hórus.

Desenvolveram técnicas de mumificação

(serviam para preservar os cadáveres),

pois acreditavam na vida após a morte.

Essas técnicas proporcionaram maior

conhecimento da anatomia humana e como

consequência o maior entendimento no

campo da medicina.

Muitos avanços foram feitos na

arquitetura e engenharia. Havia um grande

interesse na ciência por parte dos egípcios,

como o estudo da astronomia que resultou

na criação do calendário solar.

O destaque para a escrita egípcia

foi o desenvolvimento de hieróglifos. A

escrita hieroglífica era considerada

sagrada, mais antiga e composta por mais

de 600 caracteres.

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PERSAS

Império Persa= Atual Irã.

O território do planalto iraniano foi

unificado por Ciro I, rei persa que submeteu

seus vizinhos medos.

Sob o comando de Ciro o império foi

expandido. Os persas invadiram a

Mesopotâmia, a Palestina, a Fenícia,

chegaram ao ocidente (Ásia Menor) e ao

oriente (a Índia).

Ciro foi um grande conquistador, ao

invés de subjugar os povos conquistados,

se aliava à elite local garantido estabilidade

ao território.

Seu filho Cambises, atacou e

venceu o Egito na batalha de Pelusa. Ao

contrário de seu pai, deu início a um

período de centralização autoritária e de

submissão dos povos conquistados. Era

considerado Cruel e violento.

O período de grande crescimento

persa ocorreu no reinado de Dario I que

dividiu o império em satrápias, para melhor

governar. Dario também construiu estradas

que ligavam os principais centros urbanos

do império, criou um eficiente sistema de

correio e implantou uma unidade

monetária chamada dárico.

As chamadas guerras médicas,

travadas contra a Grécia por Xerxes I,

iniciaram a decadência do império Persa.

Mais tarde, todo império persa seria

dominado pelos macedônios.

Observações sobre o Império Persa:

ü Economia baseada na agricultura e

pastoreio e grande desenvolvimento do

comércio;

ü Religião: zoroastrismo na qual pregava

o dualismo (bem X mal);

ü Ideia de céu e inferno que influenciou

os Hebreus.

FENÍCIOS

Localização atual: Palestina.

Seu território foi ocupado antes de

3000. a.C por povos semitas que

destacavam-se principalmente no

comércio marítimo;

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Organizavam-se em cidades-estado

independentes (Biblos, Sidon, Tiro),

chefiadas pela elite mercantil, constituindo

uma talassocracia;

Instalaram colônias em várias regiões no

Mediterrâneo, verdadeiros entrepostos

comerciais.

O contato com diferentes culturas

em virtude das relações comerciais que

mantinham, fez com que eles

incorporassem diversas técnicas às suas,

sendo detentores de grande conhecimento.

Ao mesmo tempo, deram contribuições

como o alfabeto fonético simplificado, que

serviu de base para o alfabeto ocidental

atual.

Desenvolveram a astronomia,

associada às essenciais técnicas de

navegação e matemática ligada às

necessidades do comércio.

A religião era politeísta com

influência estrangeira e sacrifícios

humanos.

HEBREUS

Localização: Palestina e Israel (Rio

Jordão).

Maior desenvolvimento do

pastoreio e pouca atuação na agricultura

devido ao clima seco e a baixa fertilidade

das terras.

Os primeiros hebreus tinham origem

semita.

As primeiras informações que

temos sobre os Hebreus são tidas através

da Bíblia. Consequentemente as

informações históricas confundem-se com

elementos místicos e religiosos.

O primeiro grande líder hebreu foi

Abraão, considerado o primeiro patriarca

(chefe do clã), pregava uma nova religião

monoteísta, cujo Deus único era Jeová, que

logo se tornaria o elemento unificador do

povo hebreu.

Com as crescentes dificuldades

econômicas, muitos hebreus deslocaram-

se para o Vale do rio Nilo, onde a princípio

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foram bem recebidos pelo faraó, porém

mais tarde foram escravizados.

A fuga dos hebreus do Egito,

chamada de Êxodo, ocorreu sob a liderança

de Moisés, que teria recebido os dez

mandamentos de Deus. Após quarenta

anos no deserto, acabaram retornando à

Palestina, sob a liderança de Josué.

Seu sucessor Davi formou um verdadeiro

Estado Hebraico, com governo

centralizado. Com Salomão o Estado

atingiu seu apogeu. Houve grande

desenvolvimento comercial e foi construído

o Templo de Jerusalém.

O Estado não sobreviveu à morte de

Salomão e com as disputas internas pela

sucessão, ocorreu a divisão do território

em dois reinos: o de Israel e o de Judá.

Como consequência vieram as invasões

estrangeiras. Primeiramente pelos assírios

e depois por Nabucodonosor, que levou os

hebreus escravizados para a Mesopotâmia.

Somente quando os Persas invadiram a

Babilônia, os hebreus foram libertados

para voltar à Palestina.

Os últimos invasores da Palestina

na antiguidade foram os macedônios e, a

seguir os romanos.

Somente em 1948 uma

determinação da Organização das Nações

Unidas, criou o Estado de Israel e os judeus

voltaram a se reunir num mesmo território,

constituindo um Estado nacional próprio.

A partir de então foram gerados inúmeros

conflitos com os palestinos.

GRÉCIA

(Do Período Pré-Homérico ao Período

Arcaico.)

Período Pré-Homérico

A origem da civilização grega está ligada à

Ilha de Creta, no sul do mar Egeu. Nessa

Ilha desenvolveu-se uma sociedade

fundada no comércio com as regiões

vizinhas.

O relevo montanhoso e o

consequente isolamento das localidades

facilitaram a organização de cidades-

Estado autônomas.

Existe a possibilidade de a

civilização cretense ter sido uma unidade

política, governada por um rei lendário

chamado Minos, onde existiam vários

reinos. É com este rei que teria surgido a

lenda do Minotauro.

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Nessa época, ao contrário do que

acontecia normalmente, as mulheres

tinham grandes privilégios. Em decorrência

disso, a religião cretense mostrava-se

matriarcal, com a figura da Grande Mãe,

sua principal divindade.

Uma grande invasão de aqueus

levou fim à soberania de Creta e o

surgimento da civilização micênica. Essa

civilização foi a fusão entre cretenses e

aqueus. Os aqueus incorporaram valores

dos habitantes de Creta, entretanto

mantiveram a supremacia do

patriarcalismo na sociedade.

Mais tarde os dórios impuseram

um violento domínio sobre a região da

Grécia, causando não só o fim da civilização

micênica, mas também o deslocamento de

um grande número de pessoas, da Grécia

continental para as ilhas do Mar Egeu e

para a costa da Ásia Menor. Esse processo

ficou conhecido com a primeira diáspora

grega.

Período Homérico:

Essa fase tem como base descritiva

os poemas Ilíada (uma descrição da Guerra

de Troia) e Odisseia (narração das

aventuras de Ulisses, herói grego).

Foi um período caracterizado pela

comunidade gentílica, onde existiam os

genos, pequenas unidades agrícolas, auto-

suficientes. Nessas unidades tudo estava

sobre o controle do pater, chefe

comunitário, que exercia funções

religiosas, administrativas e judiciárias.

Com a agregação de diversos

genos, houve a formação de uma unidade

maior com uma estrutura muito mais

ampla, chamada de demos (povo ou

povoado), que tinha como chefe supremo o

basileu, um autêntico rei.

O fim do domínio gentílico sobre a

terra fez com que os parentes mais

próximos do pater apropriassem-se das

terras mais ricas, passando a ser

conhecidos como eupátridas (os bem-

nascidos), verdadeiros latifundiários. O

restante da terra foi dividido entre os

georgoi (agricultores), pequenos

proprietários. Os mais prejudicados nessa

divisão foram os thetas (marginais),

excluídos da divisão das terras.

Os novos grupos sociais, a

propriedade privada da terra e o

surgimento dos demos marcaram o

surgimento da polis (cidade-estado) grega.

Tendo como ponto geográfico central a

acrópole (templo e palácio), local mais

elevado da povoação.

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Com a crescente expansão

demográfica e o aumento na escassez de

terras, teve o início o processo de

colonização grega no Mediterrâneo, com o

estabelecimento de inúmeras pólis gregas

em toda a região. Esse processo ficou

conhecido como segunda diáspora grega.

Período Arcaico:

Foi o período de consolidação das

cidades-estado. Os grandes proprietários

de terras tornaram-se o grupo social

dominante em cada polis, organizando um

regime oligárquico. Houve o surgimento de

mais de cem polis gregas espalhadas pela

península balcânica e orla do Mediterrâneo,

sendo Atenas e Esparta as mais

importantes.

ESPARTA

Situava-se na região da Lacônia, na

península do Peloponeso, foi formada na

invasão dos dórios, por isso seu caráter

militarista. Situava-se em uma planície

fértil, o que representava uma exceção no

território grego, e por ter terras férteis, sua

economia era baseada na agricultura.

A sociedade espartana era formada por:

ü Espartanos/Esparciatas: principal

grupo social e elite militar, eram

detentores do poder econômico.

Concentravam ainda o poder político e

religioso, marginalizando as demais

categorias sociais.

ü Periecos: habitantes da periferia da

polis, eram pequenos proprietários que

se dedicavam ao comércio e ao

artesanato em pequena escala.

ü Hilotas: servos, de propriedade do

Estado. Sem direitos políticos, tinham

seu trabalho explorado pelos

esparciatas. Durante os rituais de

passagem, cripteia, um grupo de jovens

esparciatas era designado para

assassinar líderes em potencial entre

os hilotas.

Sua legislação teria sido criada por

Licurgo, e se fundava no monopólio político

dos cidadãos-guerreiros.

Instituições:

- Ápela: Uma grande assembleia,

responsável pela eleição da gerúsia e

do eforato, formada por esparciatas

maiores de 30 anos;

- Gerúsia: Tinha atribuições legislativas

e judiciárias e era composta por 28

esparciatas com mais de 60 anos;

- Éforos: Tinham funções executivas;

- As funções religiosas e militares

estavam nas mãos de dois reis,

formando uma diarquia.

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ATENAS

Situa-se na região da Ática, sul da

Grécia. Cercada por montanhas, foi

poupada das invasões dóricas. Tinha uma

sociedade mais intelectualizada e dividida

em: Eupátridas (aristocratas), georgóis

(agricultores), demiurgos (artesãos), thetes

(marginais), metecos (estrangeiros) e

escravos.

Teve durante muito tempo uma

monarquia, mas esse regime foi substituído

pelo Arcontado, órgão de poder formado

por indivíduos com mandatos anuais. Além

disso, havia o Aerópago, conselho de

eupátridas,

responsáveis pelo controle e fiscalização

dos arcontes.

A escassez de terras fez com que

os atenienses se lançassem ao mar com o

objetivo de fundar colônias comerciais ou

de povoamento. A expansão pelo

Mediterrâneo provocou muitas mudanças

nas estruturas econômicas de Atenas.

Pequenos proprietários (os georgoi),

incapazes de concorrer com os produtos

baratos ou de melhor qualidade que

vinham das colônias, acabaram perdendo

suas terras. Muitas vezes endividavam-se e

acabavam sendo escravizados diante da

impossibilidade de pagar suas dívidas.

Com a instabilidade do poder

oligárquico, uma nova categoria de homens

enriquecia pelo comércio, os demiurgos,

que devido à sua ascensão econômica,

começaram a questionar o poder político

exercido pelos eupátridas, aumentando as

tensões sociais.

Para tentar diminuir esse quadro

de instabilidade, surgiram vários

legisladores.

Drácon: organizou e tornou público

um registro escrito das leis, que até o

momento eram orais e de conhecimento

apenas dos eupátridas. Apesar dos

avanços, os privilégios dos eupátridas

continuavam e a insatisfação entre as

demais classes crescia.

Sólon: eliminou a escravidão por

dívidas. Dividiu a sociedade de forma

censitária, de acordo com a renda de cada

indivíduo, possibilitando a ascensão dos

demiurgos. Criou ainda a Bulé (conselho

dos quatrocentos), a Eclésia (assembleia

popular que aprovava as leis preparadas

pela Bulé) e o Helieu (tribunal de justiça

aberto a todos os cidadãos).

As mudanças criadas por Sólon,

desagradaram a elite eupátrida e

intensificou as lutas sociais o que deu

origem ao período das Tiranias, governo de

indivíduos que tomavam o poder.

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Os tiranos mais importantes foram:

- Psistrato: gerou empregos com obras

públicas e com isso conseguiu alcançar

estabilidade;

Ø- Hiparco/Hípias: houve o retorno da

crise.

Clístenes, conhecido como o pai da

democracia, liderou uma rebelião contra o

último tirano e criou reformas que

culminaram na implantação de uma

democracia escravista.

Seu governo teve como

características: a exclusão de mulheres,

escravos e metecos; participação exclusiva

para cidadãos homens, filhos de pai e mãe

atenienses; criou o ostracismo, mecanismo

de defesa da democracia que exilava por

dez anos todo aquele que fosse

considerado uma ameaça à democracia,

sem retirar os bens e as terras que lhe

pertenciam.

Esparta Atenas

Localização Sul do Peloponeso

Planície da Ática

Características

Fundada pelos Dórios

Militaristas

Aristocrática

Fundada pelos Jônios

Democracia

Cultura liberal

Organização Social

Esparciatas (cidadãos)

Periecos (livres sem direito

Eupátridas (cidadãos)

Metecos (estrangeiros)

político)

Hilotas (escravos)

Escravos

Organização Política

Diarquia

Gerúsia

Ápela

Conselho dos Éforos

Monarquia

Oligarquia

Tirania

Democracia

Educação

Militar; sob a responsabilidade do Estado; serviço militar até 60 anos.

em casa; valorizavam o culto, o belo, o saber

Governantes Principal legislador: Licurgo

Drácon: primeiras leis escritas. Sólon: acabou com a escravidão por dívidas. Psístrato: tirano, tomou o poder pela força. Cl ístenes: introduziu a democracia. Péricles: estabeleceu a justiça com tribunais populares.

Período Clássico e Período

Helenístico

Período Clássico, Século de Péricles ou

Século de ouro de Atenas

Foi marcado por violentas lutas dos gregos

contra povos invasores e entre si. Apesar

disso esse período foi o apogeu da antiga

civilização grega, concentrando suas

maiores realizações culturais

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Guerras Médicas ou

Guerras Greco-Pérsicas

Teve como motivo a disputa pelo comércio

na Ásia Menor.

Durante a guerra, as polis

formalizaram uma aliança conhecida como

Liga de Delos. Várias polis se uniram para

enfrentar os persas. As cidades membros

pagavam impostos que eram depositados

na ilha de Delos para sustentar a frota e os

exércitos.

Dario I é derrotado na batalha de

Maratona pelos atenienses. Seu filho

Xerxes vence em Termópilas, mas perde

em Salamina e Platea, tendo os gregos

derrotado os persas.

Com o fim da guerra, Atenas, com

seu prestígio e poder econômico, logo

passou a administrar os recursos de Delos,

tornando-se líder da Liga. Como os

impostos continuaram a ser cobrados, isso

gerou uma insatisfação nas demais cidades

gregas. Atenas passou a subordinar a

maior parte das cidades-Estado.

Durante o governo de Péricles a

democracia foi aprimorada. Péricles criou

uma pequena remuneração em dinheiro

para os ocupantes de cargos públicos,

possibilitando a participação popular nos

assuntos da administração da cidade. Além

disso, em seu governo foi realizada a

reconstrução e o embelezamento de

Atenas, com destaque para a construção do

Partenon. A democracia de Atenas tinha

como base o imperialismo sobre as demais

polis.

A insatisfação contra o domínio de

Atenas não existia apenas na Liga de Delos,

o que resultou na formação da Liga do

Peloponeso, com Esparta à frente.

A guerra do Peloponeso

Com a morte de Péricles, Atenas é

derrotada e perde a sua hegemonia. A

vitória é conquistada pela Liga do

Peloponeso e Esparta passa a ter

hegemonia e dominar politicamente a

Grécia por alguns anos.

A cidade de Tebas cria a Liga de

Beócia, vence Esparta e tornas-se

hegemônica.

As guerras constantes enfraquecem as

cidades-estado abrindo caminho para as

invasões macedônicas.

Período Helenístico

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Período de dominação macedônica

através de Felipe II e seu filho Alexandre

Magno. É caracterizado pelo grande

desenvolvimento urbano e comercial.

O império de Alexandre o Grande

não sobrevive à sua morte e aos poucos vai

se esfacelando.

Há a formação da cultura

helenística que é a mescla da cultura grega

a elementos orientais.

Entre os feitos notáveis estão:

A astronomia que se desenvolveu

com a teoria geocêntrica;

A criação de esculturas como a Venus de

Milo;

O desenvolvimento da matemática

e da física;

Influência da Superstição e do

irracionalismo;

A formação das escolas filosóficas

como o Epicurismo, Estoicismo e

ceptcismo.

Vênus de Milo

Vitória de Samotrácia

Laocoonte e

seus Filhos

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ROMA

MONARQUIA

Origem Lendária: Segundo a obra

Eneida, escrita por Virgílio, Roma teria sido

criada por Rômulo e Remo, descendentes

do guerreiro troiano Enéas.

Origem Histórica: Roma foi uma

aldeia que recebeu influência de diversos

povos: etruscos, samnitas, sabinos, latinos

e gregos, dedicada à agricultura e

pastoreio. Provavelmente originou-se do

estabelecimento de latinos que buscavam

defender-se de incursões etruscas.

A documentação relativa à

fundação de Roma registra Rômulo de fato

como primeiro rei de Roma, embora como

figura lendária.

As classes sociais deste período são

formadas por:

Patrícios - Grandes proprietários de

terras, formando uma aristocracia que

detinha inúmeros privilégios.

Plebeus - Homens livres que não

possuíam direitos políticos. Eram

marginalizados.

Clientes - Plebeus que prestavam

serviços aos patrícios e eram seus

dependentes.

Escravos - Endividados ou vencidos

em guerras, considerados apenas mão de

obra e ainda pouco numerosos no período

monárquico.

Do ponto de vista político o rei

possuía funções executivas, judiciais e

religiosas, mas tinha o poder limitado pelo

Senado, órgão político comandado pelos

patrícios.

O conjunto dos cidadãos em idade

militar formava a Assembleia ou Cúria, que

validava as leis votadas pelo Senado.

Os patrícios ao notarem a tentativa

de aproximação dos últimos reis com a

plebe se revoltaram e proclamaram a

república.

REPÚBLICA

Tinha como órgão máximo de poder

o Senado. Mantinha suas funções

legislativas e agora também controlava a

administração e as finanças.

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Os demais magistrados da

República eram:

Cônsules - propunham leis,

presidiam o Senado e as assembleias e, em

caso de guerra, nomeavam um ditador

temporário por um período de seis meses;

Pretores - administravam a justiça;

Censores- faziam o censo, contavam e

classificavam a população de acordo com a

renda;

Edis - deveriam conservar o núcleo

urbano da cidade, além do abastecimento e

policiamento;

Questores - encarregados do

tesouro público.

Por serem marginalizados e

impedidos de ter direitos na política, os

plebeus revoltaram-se e retiraram-se de

Roma para o Monte Sagrado, passando a

exigir representação política. Os patrícios

cederam e criaram o cargo de Tribuno da

Plebe. Eleitos pelos plebeus tinham poder

de veto sobre as decisões do Senado.

Outras concessões feitas à plebe:

Lei das doze Tábuas - primeira

compilação de leis romanas;

Leis Licínias - Estabeleceu que um

dos cônsules sempre seria plebeu;

Lei Canuleia - Passou a permitir os

casamentos entre membros de classes

diferentes, até então proibido;

Lei Hortênsia - Plebiscito com força

de lei.

Essas concessões ocorreram

durante a primeira expansão romana, na

península

Itálica. O apogeu dessas conquistas

ocorreu com as Guerras Púnicas, contra

Cartago. A guerra ocorreu por uma disputa

de território comercial na bacia do

Mediterrâneo.

Ocorreram três grandes guerras que

resultaram na destruição de Cartago e no

controle romano do vasto território

espalhado pelo Mediterrâneo.

Entre as consequências da

expansão estão: o aumento do número de

escravos, aumento da grande propriedade

que leva à falência a pequena propriedade,

os plebeus não conseguem concorrer com

a importação de produtos agrícolas e

acabam abandonando o campo, levando ao

êxodo rural.

Os plebeus migram para a cidade

em busca de refúgio e isso gera um

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processo de proletarização, submetidos à

política do pão e circo.

A cidade de Roma passou a crescer

rapidamente. Houve o surgimento de uma

nova classe, chamada de os homens-novos

(cavaleiros) formada por plebeus

enriquecidos, comerciantes e generais do

exército. Toda essa situação levou ao

enfraquecimento dos patrícios e a guerra

civil entre populares e conservadores não

tardou.

Os irmãos Tibério e Caio Graco,

tribunos da plebe, ainda tentaram superar

a crise sugerindo a reforma agrária, mas

como os patrícios não aceitaram qualquer

tipo de mudança, promoveram o

assassinato de Tibério e dez anos depois

forçaram o suicídio de Caio. Assim iniciou-

se a guerra civil.

Ocorrências da Guerra Civil:

Ditadura de Mario (ligado à plebe) e

Silas (líder aristocrático);

Revolta dos escravos, liderada por

Espartacus;

Formação dos Triunviratos (junta

militar formada para melhor governar

Roma) para evitar a guerra civil;

Primeiro Triunvirato: Júlio César,

Pompeu e Crasso (morte de Crasso rompe

o equilíbrio levando à disputa Pompeu e

Júlio César; Júlio César vence);

Assassinato de Júlio César

(Proclama-se ditador vitalício e centraliza

todo o poder em suas mãos, enfraquecendo

o Senado que arma uma conspiração para

causar a sua morte);

Segundo Triunvirato: Marco

Antônio, Otávio e Lépido (entram em

conflito).

Disputa entre Marco Antônio e

Otávio;

Otávio proclama o Império.

ROMA

IMPÉRIO

Otávio vence Marco Antônio e

centraliza o poder tornando-se o primeiro

imperador romano

Principado / Alto Império

Como o poder agora estava

centralizado nas mãos do imperador e a

influência do Senado diminuiu fortemente,

o imperador não era mais visto somente

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como uma figura política, mas também era

cultuado como um Deus era chamado de

Augustus (o divino).

A tensão social foi atenuada entre a

aristocracia patrícia e os comerciantes

enriquecidos com a expansão territorial,

graças à burocracia criada pelo imperador,

devido ao seu caráter censitário.

Para consolidar o processo Otávio

Augusto oficializou a política do “pão e

circo”, distribuindo trigo e oferecendo

espetáculos públicos para os menos

favorecidos a fim de evitar conflitos.

Com a expansão e a conquista de

territórios aumentou em grande

quantidade o número de escravos, e eram

eles os responsáveis pela base de toda a

economia romana.

O governo de Otávio Augusto

também foi marcado por grande avanço

cultural. Entre seus feitos estão belíssimas

construções e grande desenvolvimento

literário. Esse período ficou caracterizado

pela Pax Romana, um período de

estabilidade.

Com a morte de Otávio Augusto

assumiu Tibério e igual a ele, vários foram

os sucessores lembrados por seus feitos

negativos. Os governos foram marcados

por intrigas, conspirações e perseguições.

Tibério manteve a linha de governo de

Otávio Augusto, mas permitiu o

crescimento da corrupção e da

imoralidade. Foi durante seu governo que

Jesus Cristo foi crucificado.

Calígula, sucessor de Tibério, era

conhecido por sua natureza extravagante e

cruel. Além das orgias que promovia,

chegou a promover seu cavalo, cônsul

romano. Seu sucessor Cláudio, em meio Às

disputas palacianas, acabou sendo

envenenado por sua própria esposa.

Outro imperador, conhecido por sua

reputação, de maneira negativa, foi Nero,

que foi acusado de ter ateado fogo em

Roma e posto a culpa nos cristãos, por se

negarem a adorá-lo como um Deus. Com

Nero tem início as grandes perseguições

aos seguidores do cristianismo.

Somente meio século depois foram

superadas as disputas violentas e retomou-

se a expansão territorial.

Dominato / Baixo Império

Período em que a civilização

romana entra em crise. A expansão

territorial foi se esgotando. Esse

esgotamento ocorreu principalmente pela

pressão exercida pelos povos dominados e

vizinhos. A interrupção da expansão

territorial para a manutenção e o

fortalecimento das fronteiras levou à

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escassez de mão de obra. A economia

escravista romana entrou em crise.

Em meio à decadência, a

intervenção do Estado romano começou a

aumentar fortemente. Passaram a intervir

na vida econômica e social da população.

Nesse período destacaram-

se os imperadores:

Diocleciano - Criou o Édito Máximo,

fixando os preços das mercadorias e

salários, numa tentativa de combater a

crescente inflação, criou a tetrarquia,

dividindo o império entre quatro generais e

foi o responsável pela última perseguição

aos cristãos;

Constantino - Por meio do Édito de

Milão declarou liberdade de culto aos

cristãos, encerrando a violenta perseguição

que sofriam e construiu uma segunda

capital para o império: Constantinopla.

Teodósio - Tornou o cristianismo a

religião oficial do império, pelo Édito de

Tessalônia e dividiu o império em: Império

Romano do Oriente (com capital em

Constantinopla) e

Império Romano do Ocidente (com

capital em Roma).

No governo de Teodósio se intensificaram a

entrada dos bárbaros na região. No início

foram recebidos no império como

trabalhadores agrícolas, o que era visto

como proveitoso, graças à crise do sistema

escravista, mas logo a entrada se

transformou em invasão e em 476, os

hérulos invadiram e saquearam a cidade

de Roma, derrubando o último imperador e

dando fim ao Império Romano do Ocidente.

QUESTÕES I

1- Os Estados Teocráticos da -

Mesopotâmia e do Egito evoluíram

acumulando características comuns e

peculiaridades culturais. Os Egípcios

desenvolveram a prática de embalsamar o

corpo humano por que:

a) se opunham ao politeísmo dominante na

época.

b) os seus deuses, sempre prontos para

castigar os pecadores, desencadearam o

dilúvio.

c) depois da morte a alma podia voltar ao

corpo mumificado.

d) construíram túmulos, em forma de

pirâmides truncadas, erigidos para a

eternidade.

e) os camponeses constituíam categoria

social inferior.

Resposta C

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2- O cristianismo, na sua origem, está

repleto de heranças (em geral modificadas)

da religião judaica; mas há, também,

elementos que não são partilhados por

essas duas concepções religiosas. Dentre

eles, podemos destacar:

a) a referência ao Antigo Testamento como

escritura sagrada.

b) o conceito de culpa como elemento

estruturante da moral religiosa.

c) a fé em um deus único.

d) o alcance universal do ideal de salvação.

e) a adoção de uma moral sexual que

valoriza a monogamia

Resposta D

3- Sobre a Realeza, entre os Hebreus não

se pode afirmar:

a) foi o período de apogeu do Estado,

principalmente durante o reinado de

Salomão;

b) nesta época ocorreu a Diáspora,

promovida pelos romanos, entre os

Hebreus, em função do caráter

revolucionário do cristianismo;

c) ocorreu a divisão política dos hebreus

em dois reinos: Israel e Judá;

d) os filisteus invadiram Canaã.

Resposta D

4-Leia o texto. " . . . essencialmente

mercadores, exportavam pescado,

vinhos, ouro e prata, armas,

praticavam a pirataria, e

desenvolviam um intenso comércio

de escravos no Mediterrâneo. . . "

O texto refere-se a características que

identificam, na Antiguidade Oriental, os:

a) fenícios.

b) hebreus.

c) caldeus.

d) egípcios.

e) persas

Resposta A

5- Os Estados Teocráticos da Mesopotâmia

e do Egito evoluíram acumulando

características comuns e peculiaridades

culturais. Os Egípcios desenvolveram a

prática de embalsamar o corpo humano

por que:

a) se opunham ao politeísmo dominante na

época.

b) os seus deuses, sempre prontos para

castigar os pecadores, desencadearam o

dilúvio.

c) depois da morte a alma podia voltar ao

corpo mumificado.

d) construíram túmulos, em forma de

pirâmides truncadas, erigidos para a

eternidade.

e) os camponeses constituíam categoria

social inferior.

Resposta C

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6- Em relação à religião no antigo Egito,

pode-se afirmar que:

a) a religião no antigo Egito, como nos

demais povos da Antiguidade, não tinha

grande influência, já que estes povos, para

sobreviverem, tiveram que desenvolver

uma enorme disciplina no trabalho e viviam

em constantes guerras.

b) a religião tinha apenas influência na vida

da família dos reis, que a usava como

forma de manter o povo submetido a sua

autoridade.

c) o período conhecido como antigo Egito

constitui o único em que a religião foi quase

inteiramente esquecida, e o rei como

também o povo dedicaram-se muito mais a

seguir a tradição dos seus antepassados,

considerados os únicos povos ateus

da Antiguidade.

d) a religião do povo no antigo Egito era

bastante distinta da do rei, em razão do

caráter supersticioso que as camadas mais

pobres das sociedades antigas tinham,

sobretudo por não terem acesso à escola e

a outros saberes só permitidos à família

real.

e) a religião dominava todos os aspectos da

vida pública e privada do antigo Egito.

Cerimônias eram realizadas pelos

sacerdotes a cada ano, para garantir a

chegada da inundação e, dessa forma, boas

colheitas, que eram agradecidas pelo rei

em solenidades às divindades.

Resposta E