Antineoplásicos - Bases Do Tratamento Do Câncer - Pronta

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QUIMIOTERAPIA E QUIMIOTERAPIA E IMUNOTERAPIA IMUNOTERAPIA Prof Prof ª ª . Paula Cristina da Silva Bote . Paula Cristina da Silva Bote

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  • QUIMIOTERAPIA E IMUNOTERAPIA

    Prof. Paula Cristina da Silva Botelho

  • - Quimioterapia- Cirurgia- Radioterapia

    PRINCIPAIS MODALIDADES TERAPUTICAS PARA TRATAMENTO DO CNCER:

  • QUIMIOTERAPIAInfuso de substncias qumicas isoladas ou em combinao.Tratamento de escolha no cncer do sangue e nos tumores slidos com ou sem metstase.Agem de forma no especfica, lesando tanto clulas benignas quanto malignas.As drogas quimioterpicas atuam nas diversas fases do ciclo celular: o que leva ao uso frequente da POLIQUIMIOTERAPIA.

  • QUIMIOTERAPIA

  • CLASSIFICAO DAS DROGAS QUANTO SUA RELAO AO CICLO CELULAR Quimioterpicos ciclo-especficos: em geral fase S ou M- Antimetablitos (citarabina, metotrexato)- Alcalides da vinca (vincristina, vimblastina)

    Quimioterpicos ciclo-inespecficos: - Alquilantes (ciclofosfamida, mecloretamina) - Antibiticos antitumorais (doxorrubicina, daunorrubicina)

  • Classificao das drogas quanto estrutura qumica e funo celular ANTIMETABLITOS: enganam as clulas, ligam-se a elas bloqueando a produo de enzimas ou interpondo-se entra as cadeias de DNA e RNA. - ALCALIDES DA VINCA: Atuao sobre as clulas na fase M.ALQUILANTES: alteram a cadeia de DNA, impede sua replicao. - ANTIBITICOS: Interferem na formao do fuso mittico. - MISCELNEAS: mecanismos de ao variados. AGENTES HORMONAIS Vinca Rosea

  • EXEMPLO DE ESQUEMA QUIMIOTERPICO: FAC - MAMAIntervalo: 21 diasPROTOCOLOS

    DROGADOSEVIAFASEFluorouracil(5-FU)500 mg/m2IVD1Doxorrubicina(DOXO)50 mg/m2IVD1Ciclofosfamida(CTX)500 mg/m2IVD1

  • FINALIDADE DA QUIMIOTERAPIA- Depende do tipo do tumor, da extenso da doena e do estado geral do paciente.1. Curativa: erradicao;2. Paliativa: melhorar a qualidade de vida;3. Potencializadora: simultaneamente a radio;4. Adjuvante: posteriomente ao TTO principal;5. Neo-adjuvante: antes do TTO principal.

  • DETERMINANTES BSICOS NA ESCOLHA DO TRATAMENTO- Diagnstico histolgico/localizao da neoplasia;- Estdio da doena;- Toxicidade potencial;- Durao da toxicidade presumida;- Condies clnicas do paciente PS.

  • VIAS E MTODOS DE ADMINISTRAO DOS ANTINEOPLSICOS

    VIAVANTAGENSDESVANTAGENSIMPLICAES PARAENFERMAGEMVia OralBaixo custo.No requer profissional especializado.Indolor.No invasivo.Menos txico.Contra indicada para pacientes com mese, disfagia, dficit neurolgicoA absoro mais lenta e menos precisa.Avaliar adeso ao tratamento.Repetir a dose em caso de mese.Orientar para que vomite em saco plstico para verificar retorno de comprimidos e administrar, se necessrio.Via IM EVia SCReduo de toxicidade.Absoro moderada.Administrado porprofissional especializado.Invasivo, causando dor.Limitaes como volume, fragilidade cutnea e vascular, neutropenia e trombocitopenia.Realizar anti-sepsia local e rodzio da rea de aplicao.Evitar frico e calor local aps aplicao.Utilizar agulhas adequadas.Observar sinais flogsticos e equimoses.Via IVMais comum, com absoro mais rpida e alcance de nveis sricos precisos.Requer profissional especializado.Invasivo, causando dor.Limitaes de fragilidade cutnea e vascular, neutropenia e trombocitopenia.Tcnica assptica e rodzio da rea de aplicao (puno perifrica).Avaliao frequente e criteriosa do acesso venoso na administrao de antineoplsicos irritantes e vesicantes.

  • VIAVANTAGENSDESVANTAGENSIMPLICAES PARAENFERMAGEMVia Intratecal (IT)ADM diretamente no lquor cefalorraquidianoAtravessa a barreira hematoliqurica.A administrao requer mdico especializado.No pode ser reconstitudo nem diludo com solventes que contenham na sua frmula conservantes.Tcnica assptica no preparo e ADM.Reconstituir e diluir com gua destilada.Atentar para aspecto, volume, tempo de estabilidade e integridade da embalagem.Manter paciente em repouso, decbito dorsal e cabeceira a 0 por 2 horas para evitar cefalia, nuseas e vmitos.Avaliao constante de sinais e sintomas de neurotoxicidade e irritao menngea: rigidez de nuca, vmitos, parestesias, dor lombar, irritabilidade, vertigens, sonolncia e convulses.ViaIntra-arterialTratamento mais efetivo e menos txico sistemicamente.Tratamento de tumores inoperveis e localizados.Administrao por mdico e/ou enfermeiro especializado.Invasivo, causando dor.Realizada atravs de cateteres temporrios ou permanentes e a infuso controlada por bomba infusora.Necessita de heparinizao adequada junto a soluo infundida.Tcnica assptica no preparo e na administrao.Manter a permeabilidade e a fixao segura do cateter.Atentar para sangramentos, hematomas, edema e stio de insero do cateter.Atentar para os sinais de deslocamento do cateter atravs dos efeitos relacionados localizao do mesmo.Via IntrapleuralADM no espao intrapleural.Reduz os episdios de derrame pleural maligno, atravs da esclerose da parede da pleura.Realizada por mdico especializado atravs de cateter torcico.Requer insero de dreno no trax.Invasivo, causando dorAps o procedimento inicial, o dreno devera ser mantido at que o volume drenado seja inferior a 100 ml.Tcnica assptica na manipulao do dreno.O dreno dever ser fechado no mx. por 2hs aps a ADM do antineoplsico e realizar mudana de decbito de 5 a 15 min, para mobilizao da medicao.Monitorizar alteraes de PA e FR.Aps o procedimento inicial, manter o dreno em selo dagua e mensurar periodicamente.

  • VIAVANTAGENSDESVANTAGENSIMPLICAES PARAENFERMAGEMVia IntraperitonialADM nacavidade peritonealIndicada nos casos de ascite neoplsica e metstases intra-abdominais para potencializar o efeito do antineoplsico.Toxicidade local aceitvel e sistmica leve ou tardia.Realizada por profissional especializado, atravs de cateter de curta ou longa permanncia.Tcnica assptica na manipulao do cateter.Aquecer soluo a tem. corporal.Infundir em 10 a 20 min (cateter de curta permanncia) e em 30 a 45 min (longa permanncia).Realizar mudana de decbitoa cada 20 min, para mobilizao do medicamento na cavidade.Monitorizar sintomas de dor e clica abdominal, dispnia, nuseas, vmitos, diarria e sinais de desequilbrio hidroeletroltico.Via Intravesical a instilao de medicamento diretamente na bexigaToxicidade sistmica reduzida.Realizada por profissional especializado, atravs de cateter vesical.Tcnica assptica na instalao e manipulao do cateter vesical.Infuso pode ser contnua ou em push, com 20 a 60 ml de soluo.Restringir lquidos de 8 a 12 hs. antes da aplicao.Retirar o cateter ou clampea-lo aps a instilao da medicao.Orientar o paciente a reter, o maior tempo possvel, o volume na bexiga.Realizar mudana de decbito a cada 15 min. para mobilizao da medicao.Monitorizar os sinais e sintomas de dor, urgncia urinaria, disria, polaciria, dermatite e eritema da genitlia externa.

  • CVC TI PUNCIONADO

  • CVC TI COM RESERVATRIO BEM EVIDENTE

  • CLASSIFICAO QUANTO AO POTENCIAL DE LESO TECIDUAL- Vesicantes- Irritantes

  • CLASSIFICAO QUANTO AO POTENCIAL DE LESO TECIDUALVesicantes: aqueles que, em contacto com tecidos adjacentes ao vaso sanguneo, levam a irritao severa, com formao de vesculas e destruio tecidual. Caracterizam-se por dor, hiperemia, edema, formao de vesculas e necrose. Exemplos: Doxorrubicina, Epirrubicina, Mitomicina, Vimblastina, Vincristina, Vinorelbine, Daunorrubicina, Daunorrubicina lipossomal, Idarrubicina. Irritantes: aqueles que, quando extravasados, causam irritao tecidual que no evolui para necrose. Caracterizam-se por hiperemia, dor, inflamao no local da puno e no trajeto venoso, queimao e edema local sem formao de vesculas. Exemplos: 5-fluorouracil,Docetaxel, Paclitaxel, Cisplatina, Gencitabina, Carmustina, Etoposide, Ifosfamida, Teniposide, Dacarbazina, Mitoxantrona, Oxaliplatina, Streptozocin, Cisplatina.

  • SINAIS E SINTOMAS DE EXTRAVASAMENTO- Podem ocorrer imediatamente ou aps alguns dias aps a aplicao.

    Reaes imediatas: Queimao; Desconforto local; Eritema.

    Alteraes tardias (drogas vesicantes): Dor; Edema; Endurao; Ulcerao; Vesculas; Necrose; Celulite; Inflamao;

  • PREVENO DO EXTRAVASAMENTO1. No administrar droga vesicante em infuso contnua prolongada (mais de 1 h) atravs de veia perifrica puncionada com scalp ou jelco;2. Evitar o uso de veias puncionadas a mais de 24hs, mesmo que apresentem bom retorno venoso;3. Evitar puno de membros: Inferiores;Submetidos a irradiao;Edemaciados;Com leses ou metstases;Correspondentes a mastectomia;Submetidos cirurgia (exrese ganglionar);Distrbios motores ou sensoriais (plegia, paresia, parestesia);Excessivamente puncionados;4. Puncionar acesso perifrico calibroso evitando articulaes;5. Executar seguramente a puno;6. Fixar com pouco curativo, deixar visvel o local da puno;7. Acompanhar pessoalmente a infuso;8. Checar fluxo e refluxo a cada minuto;9. Atentar e valorizar queixa do paciente em relao a infuso da droga;10. Inspecionar o local e trajeto da puno quanto a edema e hiperemia;

  • PREVENO DO EXTRAVASAMENTO Ignoffo e Friedman recomendam esta ordem para escolha de acesso venoso:1 - antebrao2 - dorso da mo3 - punho4 - fossa anticubital

    Evitar a escolha de veias rgidas e endurecidas, com alteraes de cor e doloridas. Dar preferncia em iniciar as punes no dorso da mo, sentido distal para proximal.

  • EFEITOS COLATERAIS - TOXICIDADES HematolgicaGastrointestinalCardacaHepticaPulmonarNeurolgicaDisfuno ReprodutivaVesical e RenalDermatolgicaAlterao MetablicaReaes alrgicas e anafilticas

  • MANIPULAO QUIMIOTERAPIAManipulao exclusiva em capela de fluxo laminar vertical classe II B2.FarmacuticosEnfermeirosUso de EPIs especficos:Duplo enluvamento;Capote com manga fechada impermevel;Mscara com barreira qumica;culos;Gorro e Props.

  • RISCO OCUPACIONAL EXPOSIODIRETO INDIRETO

    NORMAS QUANTO AO MANUSEIO DOS PACIENTESEPI no manuseio de excretas e secrees;Desprezar excretas e secrees com cautela evitando respingos;Luvas ao manusear roupa de cama e pessoal contaminados;Identificar a roupa como contaminada como resduo txico.

  • Tratamento do cncer que promove a estimulao do sistema imunolgico, por meio do uso de substncias modificadoras da resposta biolgica.

    As reaes imunolgicas podem ser resultado da interao antgeno-anticorpo ou dos mecanismos envolvidos na imunidade mediada por clulas.IMUNOTERAPIA

  • CLASSIFICAO DA IMUNOTERAPIA

    Classificada em ATIVA e PASSIVA, de acordo com as substncias utilizadas e os seus mecanismos de ao.

    IMUNOTERAPIA ATIVA - substncias estimulantes e restauradoras da funo imunolgica so administradas com a finalidade de intensificar a resistncia ao crescimento tumoral.

    IMUNOTERAPIA PASSIVA - anticorpos antitumorais so administradas, objetivando proporcionar capacidade imunolgica de combate a doena.

  • Principais Agentes

    IMUNOMODULADORESTUMORESImuno BCGMelanoma maligno Cncer superficial de bexigaInterferonMieloma mltiplo, melanoma maligno Linfomas malignos e outras leucemias.Interleucina-2Melanoma maligno, sarcomas, carcinoma de clons e reto, sarcoma de Kaposi do portador de Aids e adenocarcinoma de pulmo.FilgrastimNeutropenia febril Anticorpos MonoclonaisMelanoma maligno, neuroblastoma, Linfoma no-Hodgkin, Cncer colorretal metasttico, Cncer de mama metasttico, cncer renal, Leucemia Linfoctica Crnica B

  • Anticorpo MonoclonalSo imunoglobulinas altamente especficas para a ligao e atuao sobre determinadas molculas. Ao identificar e ligar-se s suas protenas-alvo, apresentam a possibilidade de alterar a ao destas molculas com relevante funo no processo de carcinognese.

    PRINCIPAIS:- RITUXIMABE- CETUXIMABE- TRASTUZUMABE- BEVACIZUMABE- ALEMTUZUMABE

  • Mecanismo de ao:Fator de Crescimento Endotelial Vascular (VEGF)Receptores: VEGF1 e VEGF2Responsvel por estimular a angiognese

  • REFERNCIAS

    1 BONASSA, E. M. A. Enfermagem em Quimioterapia. 2 reimpresso da 1 edio Editora Atheneu, 1998. 2 INSTITUTO NACIONAL DE CNCER (BRASIL). Aes de enfermagem para o controle do cncer: uma proposta de integrao ensino-servio. / Instituto Nacional de Cncer. 3. ed. atual. amp. Rio de Janeiro: INCA, 2008.3 DEL DEBBIO C.B.; TONON L.M.; SECOLI S.R. Terapia com anticorpos monoclonais: uma reviso de literatura. Revista Gacha de Enfermagem. 2007;28(1):133-142.

  • OBRIGADA!